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Colaboradores

Ana Freire

Ana Paula Costa

Ana Paula Rosa

Ana Luzia Batista

Ana Vanessa Fuzeta

Artur Correia

Bárbara Neves

Beatriz Pinto

Beatriz Santana

Carlota Custódio Carolina Almeida

Clara São Pedro Cláudia Vendinha Duarte Virgolino

Felipa Silva Flávia Modesto

Francisca Morais Gonçalo Elias Gonçalo Mamede

Inês cabo

Iris Fazendas

Isabel Gama Pinto

Isabella Neves

Joana Poupinha

Joana Vicente

João Maria Catarino

João Medeiros

Laís Prata

Leonor Brioso

Leonor Pires

Leonor Silva

Luís Ramalho

Manuela Carvalho

Manuela Sieberger

Margarida Silva

Maria Albino

Maria Clara Baptista Maria Franco

Maria Gonçalves

Maria Quinteiro

Mariana Branco

Mariana Carvalho

Marília Bação

Marisa Baía

Matilda Horrobin

Matilde Lopes

Matilde Rodrigues

Rafael Mendes

Raquel Polainas Rita Campos

Rodrigo Piteira

Rui Branco

Samuel Pinhão

Sandra Gouveia Sara Rodrigues

Sofia Atalaia

Sofia Abreu Susana Pereira

Coordenação

Alexandra Cabral Grafismo e capa

Miguel Boullosa Logotipo

Bernardo Botelho

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Vivemos num tempo de mudanças constantes, num cenário de fragmentação, individualismo, multiplicidade de significados, de conceitos e de verdades que desenham as incontáveis e díspares realidades que configuram a existência humana. Em face desta cosmovisão pós-moderna, e a partir do centro nevrálgico da ação gestionária, torna-se urgente repensarmos o papel da escola na formação de cidadãos adequadamente preparados, não apenas para se adaptarem às mudanças e transformações súbitas e constantes que se operam nos múltiplos palcos do quotidiano, mas principalmente para serem agentes potenciadores dessas mesmas mudanças, no sentido do desenvolvimento sustentável da vida humana nas sociedades contemporâneas.

Plasmada num cenário de fragmentação, de multiplicidade e ambiguidade de sentidos, a escola pública portuguesa tem sido hoje consensualmente concebida como uma organização profundamente complexa e em constante reestruturação, atendendo à contínua ação pedagógica e institucional, por parte dos múltiplos atores internos e externos à escola, e em torno da qual se gera um verdadeiro arco‑íris de expectativas, atendendo às inúmeras missões que lhe são atribuídas, aos múltiplos universos que a compõem, no seio de uma sociedade pós‑pandemia, multicultural e multifacetada.

É, pois, neste enquadramento conjuntural que pretendemos implementar um programa de ação estratégica que possa trazer a luz da esperança, nestes tempos conturbados, junto da comunidade educativa, no sentido de que, no final deste quadriénio, a Escola Secundária du Bocage possa ser uma escola humanista, de braços abertos ao mundo, no seio da qual todos possam partilhar de um mesmo sentido

de dignidade, de respeito e de empatia, num ambiente de bem-estar e pleno de humanismo.

Em suma, poderemos afirmar que o que nos move é a concretização de um ideal de escola feliz – uma Happy School – conceito criado pela UNESCO e que pretende enfatizar uma escola centrada nas pessoas, que tem como interesse prioritário o seu bem‑estar e que, segundo uma abordagem holística, com forte incidência nas soft skills, se abre ao mundo envolvente cada vez mais global, certa de que cumpriu com a missão mais nobre que lhe foi confiada, a de formar cidadãos preparados para os múltiplos desafios que continuamente terão de enfrentar num mundo altamente tecnológico e global. Nesta nobre missão, contamos com a colaboração de todos: pais e encarregados de educação, alunos, professores, funcionários, parceiros e demais elementos da comunidade local.

Raquel Polainas

Cheguei ao Liceu com 12 anos e nunca de cá parti.

As suas paredes imponentes fundiram-se com a minha pele e uma suave e serena reverência encheu-me a alma.

Mais do que símbolo, é carne em mim, como se o aprender intemporal do espaço me arrastasse eternamente na espiral de uma galáxia.

É génese e fim. Sou eu, filho e pai do conhecimento que se espalha, em expansão, tornando esta escola uma nave, a tal dos dez mil capitães, com o mesmo grau e posto. Vai, para onde quisermos que nos leve, fica, com quem dela precisar.

Mãe, mosto calcado, degraus acima, degraus abaixo.

Néctar, quando o berro libertador ecoa com paixão e a descoberta acontece.

Conjugação do verbo em todas as pessoas que aqui passaram e dos vindouros.

Não há nada mais belo do que sentir-me em casa.

Como habitualmente e pode verificar-se nos textos acima, da nossa diretora, Raquel Polainas e do nosso colegas e também ex-aluno do liceu, Heitor Matos, vamos conjugando diferentes visões da escola e do mundo.

Este número do dubocage versa tantos temas que nem e será possível enumera-los em tão pouco espaço que restou.

Desejamos a toda a comunidade educativa um Santo Natal e um ano de 2023 cheio de boas surpresas e sucesso!

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Heitor Matos Matilde Lopes

TOMADA DE POSSE DA DIRETORA

Da esquerda para a direita, Prof. Rui Ermitão (adjunto da Direção), Dra. Carla Guerreiro (vice-presidente da CMS, vereadora da Educação), Prof.ª Ana Paula Raposo (adjunta da Direção), Prof.ª Raquel Polainas (Diretora), Prof.ª Anabela Ramos (sub-diretora), Prof. Carlos Bico (Presidente do Conselho Geral)

No dia 23 de junho de 2022, decorreu na nossa escola a tomada de posse da nova Diretora, professora Raquel Polainas. Neste momento formal, a docente apresentou a sua equipa e as linhas orientadoras do seu projeto de intervenção que, sucintamente, se apresentam de seguida, extraídas do seu discurso:

“Pretende-se enfatizar uma cultura de valorização e integração. Construir uma escola humanista, no seio da qual todos possam partilhar de um mesmo sentido de dignidade, de respeito e de empatia, num ambiente verdadeiramente humanista. Tornar a Escola Secundária du Bocage numa Happy School – por alusão ao projeto da UNESCO - é centrá-la nas pessoas, com enfoque no seu bem-estar e, simultaneamente, abri la ao mundo envolvente cada vez mais global. Formar cidadãos preparados para gerir com criatividade, autonomia e resiliência os múltiplos desafios que continuamente terão de enfrentar num mundo cada vez mais tecnológico e global será o objetivo essencial do nosso trabalho.”

e Tecnologia

No dia 15 de setembro, na sessão solene evocativa do feriado municipal, no contexto das comemorações do dia de Bocage, da Cidade e do Concelho, realizada no Fórum Municipal Luísa Todi, foram atribuídas medalhas honoríficas a personalidades e entidades que se destacam ou destacaram de forma particularmente notória, nas mais diversas áreas da sociedade.

O professor de Matemática da nossa escola, Dr. Paulo Quintino, foi distinguido na classe Ciência e Tecnologia.

Parabéns ao nosso docente!

Atividade de leitura em voz alta na Biblioteca

O Cavaleiro da Dinamarca

Os alnos da professora Manuela Carvalho, na Biblioteca, leram em voz alta a obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca.

O ambiente diferente trouxe ainda mais magia à história.

Aqui fica o registo.

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Professor Paulo Quintino distinguido
nas comemorações do Dia de Bocage, da Cidade e do Concelho, na classe Ciência

Abertura do ano letivo Professores e funcionários Receção à comunidade Educativa

No dia 12 de setembro de 2022, decorreu, no refeitório da nossa escola, a receção à comunidade educativa. Foi um momento de convívio e de acolhimento aos novos docentes, em torno de iguarias concedidas por diversas empresas da comunidade local, que gentilmente nos presentearam com alguns dos seus produtos. Este momento de convívio culminou com a tradicional foto de família.

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D. Alice Mercearia do Miguel Ricardo Silva

À conversa com o Sr. Ministro da Educação

No passado dia 7 de outubro, catorze jovens, entre os 11 e os 19 anos, juntaram-se para conversar com o Ministro da Educação, Dr. João Costa, e a Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção de Crianças e Jovens (CNPDPCJ), Dra. Rosário Farmhouse, no âmbito do Encontro do Conselho Nacional de Crianças e Jovens (CNCJ).

Apresentação do projeto “Atento e confiante, eu sou capaz!” na VIII Conferência Anual de Educação de Setúbal, promovida pela Câmara Municipal de Setúbal

No âmbito da VIII conferência anual de educação de Setúbal, o Serviço de Psicologia e Orientação da nossa escola, representado pelas psicólogas Claúdia Vendinha e Ana Freire, foi convidado a participar, no dia 8 de setembro, no painel “Caminhos que se trilham: experiências locais de sucesso”.

De entre todos, destacamos o nosso aluno Gonçalo Cruz (nas fotos, com t-shirt amarela), o qual, juntamente com os restantes participantes, e depois de uma sessão de preparação, se empenhou em transmitir aquilo que deseja para a escola de hoje e de amanhã – uma escola que ajude crianças e jovens a olhar para fora dela e que os ensine a interpretar o mundo que os rodeia.

Parabéns ao nosso Gonçalo Cruz pela sua dedicação a estas causas tão nobres!

Neste sentido, foi apresentado como boas práticas na educação para a saúde o projeto “Atento e confiante, eu sou capaz”, integrado no Plano de Desenvolvimento Pessoal, Social e Comunitário do PNPSE (Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar). Esta ação permite aos alunos desenvolverem as suas competências socioemocionais, com vista ao seu desenvolvimento integral e bem-estar no contexto educativo.

Agradecemos à organização o convite e a oportunidade de partilhar a experiência da nossa escola..

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São Martinho

Os professores da Escola Secundária du Bocage são um grupo de gente simpática e bem-disposta, que gosta de conviver à volta da mesa, e o São Martinho foi mais um pretexto para o fazerem.

Cumprindo uma tradição muito portuguesa, no dia 11 de novembro houve na nossa escola castanha assada e batata-doce, juntando muitos colegas à volta das antigas e robustas mesas de madeira da sala de professores no final de mais uma semana de trabalho.

Ao final da tarde, um grupo de professores deu continuidade à ordem de trabalhos e prosseguiu o convívio na Adega Cooperativa de Palmela para uma prova de vinhos da região. Três vinhos foram avaliados (honra à profissão!): um rosé, um tinto e um moscatel, todos acompanhados da devida degustação de produtos regionais. Passaram com distinção, tendo o moscatel conseguido o quadro de honra, graças à sua complexidade aromática, cor e doçura.

Na região de Setúbal é tradição na vinificação deste vinho licoroso, uma maceração pósfermentativa com as películas das uvas que, ricas em aromas e sabores, lhe dão as suas maravilhosas características.

Desta reunião de avaliação ficou um momento agradável entre colegas e amigos com diversão, descontração e o mais importante: baterias carregadas para a segunda metade do período!

O CINEMA VAI À ESCOLA

A escola Secundária du Bocage, através da sua Biblioteca, promove sessões de cinema abertos à comunidade escolar, em pareceria com o Plano Nacional de Cinema. A primeira sessão, por ocasião do dia Internacional das Bibliotecas Escolares, realizou-se no dia 24 de outubro, pelas 20:30, no Auditório José Saramago, com entrada gratuita.

O Filme “Terra Nova” (2021), de Artur Ribeiro, é baseado numa obra literária, “O Lugre”, de Bernardo Santareno, e conta a história do lugre bacalhoeiro Terra Nova, quando num mau ano de pesca, o capitão decide arriscar numa rota nunca antes navegada até à Gronelândia.

O trailer oficial pode ser visto em https:// www.youtube.com/watch?v=Qyg4gA03i2o

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Artur Correia

O Cinema na Escola

Desde 1895, quando os irmãos Lumière criaram o cinematógrafo, que o cinema constitui um dos mais variados modos de expressão cultural das sociedades. Possui a capacidade de fazer o espectador emocionar-se e refletir sobre a temática exibida e apresenta grande importância como ferramenta de entretenimento e de interação na sociedade. Os filmes apresentam diversas temáticas morais, sociais, políticas e culturais e fazem com que os espectadores tomem consciência e sejam informadas sobre diversos aspetos.

Além do seu carácter crítico, satírico e por vezes irónico, o cinema é uma produção audiovisual e um dos principais veículos propagadores da representatividade. A relação entre o cinema e a educação, seja no contexto da educação escolar ou da educação informal, é parte da própria história do cinema. Desde os primórdios das produções cinematográficas, produtores e diretores de cinema o consideravam como uma poderosa ferramenta para instrução, educação e reflexão humanas (https:// www.infoescola.com/pedagogia/relacao-entrecinema-e-educacao/)

A Escola Secundária du Bocage (ESB), através da Biblioteca Escolar, exibe de forma quinzenal (às 3ªfeiras), filmes com diferentes temáticas, promovendo a importância do cinema na escola e procurando evidenciar os benefícios que esta atividade pode ter na comunidade escolar e na vida dos alunos da ESB, em particular.

Alguns dos filmes já exibidos em Outubro e Novembro de 2022 :

Cinema Paraíso de 1988, do cineasta italiano Giuseppe Tornatore, conquistou o Prémio Especial do Júri de Festival de Cannes e vencedor d o Óscar para Melhor Filme Estrangeiro.

Dia mundial da alimentação

Para a evocação do Dia Mundial da Alimentação, que se comemora no dia 16 de outubro, o Professor Nuno Leal propôs aos

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O Clube dos Poetas Mortos de 1989, do cineasta norte-americano Peter Wier. Artur Correia

alunos do 9.º ano (turmas A, C, D, E e G), a realização de pesquisas sobre os alimentos, no âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e do Projeto Educação para a Saúde (PES), em articulação com a Biblioteca Escolar. Para complementar o trabalho realizado pelos alunos, são apresentados, numa breve exposição, alguns títulos sobre a temática que podem requisitados pela comunidade escolar. Os alunos do 7.º ano de escolaridade participaram num peddy-ypaper alusivo ao tema, pelos vários espaços da escola. A Escola agradece ao professor aposentado, Fernando Afonso, a colaboração nesta atividade.

Esta atividade que foi realizada em articulação com a Biblioteca Escolar, com o Serviço de Psicologia e Orientação (SPO), com a disciplina de Educação Física e com a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, teve também como objetivo dar a conhecer a escola, proporcionar um momento lúdico de aprendizagem e criar/reforçar laços de amizade entre os novos alunos da escola.

Como já é tradição, no mês de outubro, festejámos o Dia Mundial da Alimentação, com a realização do nosso Peddy Paper destinado aos alunos de 7º Ano. Para tal, contámos com a preciosa colaboração das “nossas” queridas Nutricionistas, do ACES Arrábida, Drª Margarida Runa e Drª Joana Agostinho, na organização/dinamização e no esclarecimento das questões da atividade e de outras dúvidas que, naturalmente, foram surgindo.

Um Bem-Haja a todos os que permitiram, à Equipa da Saúde, realizar esta atividade e, assim, contribuir para uma Escola mais Saudável, Alegre e Feliz!

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Sofia Abreu

Ciências Naturais, de Físico-Química e de Matemática à disposição do público escolar para requisição.

A Escola Secundária du Bocage, a partir da sua Biblioteca e do Clube de Ciência Viva, promoveu atividades com os alunos sobre o dia Nacional da Cultura Científica que se celebrou no dia do nascimento de Rómulo de Carvalho, a 24 de novembro.

Rómulo de Carvalho Clube de leitura

Jogos matemáticos

As professoras Ana Gonçalves, Lúcia Galvão e Gabriela Costa levaram algumas das suas turmas à BE para participar nos jogos matemáticos. A atividade consistiu na demonstração, pelos alunos mais experientes, aos que ainda não conheciam, do funcionamento destes equipamentos. Estes jogos fazem parte de um grande conjunto de atividades que ajudam a desenvolver a capacidade de abstração e de raciocínio. Foi uma manhã divertida!

Rómulo de Carvalho (nascido a 24 de novembro de 1906 e falecido a 9 de fevereiro de 1997), para além de ter sido cientista, foi escritor e poeta, assumindo o pseudónimo de António Gedeão. Alguns elementos do clube de Leitura e Escrita, a Bárbara Bárbara, a Clara São Pedro, o Gonçalo Cruz e a Laura Grosso, levaram alguns poemas às turmas da escola, que

Exposição cultura científica

Para divulgar a cultura científica, a BE promoveu uma exposição bibliográfica com parte da coleção, da classe 5, referente aos livros de

Dia Internacional a Biblioteca escolar associou se ao grupo disciplinar de Biologia e Geologia para abordar o tema. Dirigido à comunidade, a evocação do dia contou com a exposição de cartazes alusivos à utilização de vários materiais geológicos, a exposição de fósseis e de rochas, a exposição bibliográfica alusiva à geodiversidade, e, por fim, a feira de fósseis e de mi-

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Comemorações saramaguianas

ramago". Assistiram a esta palestra as turmas 10.º H, 12.º B e 12.º H, no Auditório José Saramago.

A Escola, através da sua Biblioteca, associouse à celebração do Centenário de José Saramago, que faria 100 anos no dia 16 de Novembro, com a exposição "Voltar aos passos que foram dados", obtida com a parceria da Fundação José Saramago e aberta à comunidade, entre as 17:40 e as 18:30, de 2.ª a 6.ª feira.

Uma das curadoras da exposição patente na Biblioteca, a Dra. Fernanda Costa, esteve na nossa Escola para contextualizar a exposição e falar da vida e obra de José Saramago com as turmas 12.º C e G. No fim da sessão, houve uma leitura de um excerto do Memorial do Convento pela aluna Laura Grosso e pela professora Carla Canelas.

Carta a Saramago, por uma aluna:

Meu caro José Saramago, Em tantos anos da minha vida escrever-te foi algo que provavelmente nunca pensei fazer. Já viste? Tu, um aclamado escritor português conhecido mundialmente, e eu, uma adolescente cujas preocupações não passam de meros episódios do quotidiano. Nada mais faço, além de passar o dia a ler debaixo de um cobertor, e, no entanto, parece que hoje senti esta urgência de me levantar e escrever-te esta carta.

Provavelmente a minha escrita não é a melhor. Compará-la com a tua, deve assemelharse a comparar um rato com um elefante, um feto com uma macieira, uma pequena pepita de ouro com uma mina carregada dele. Será que faz sentido escrever-te, se qualquer coisa que escreva não se aproximar sequer dos teus calcanhares? Não sei. Provavelmente deveria, mas

las participaram nas movidas pela Fundação José Saramago, com a leitura de uma das obras trabalhadas pelos alunos do 12.º ano. Assim, um excerto do Memorial do Convento foi lido por três alunas do Clube de Leitura e Escrita: a Carolina Unas, a Catarina Pardal e a Laura Grosso. A operadora de câmara foi a Clara São Pedro.

Peculiaridades de Saramago Palestra

No dia 17 de novembro, a Dra. Manuela Palma Rodrigues veio partilhar os seus conhecimentos sobre as "Peculiaridades na vida e obra de Sa-

Realmente, esta necessidade impetuosa de comunicar contigo parece um pouco estranha em mim. Pensava que era provavelmente a pessoa mais vulgar à face da Terra, mas hoje, hoje foi diferente. Ainda assim, não compreendo. Porquê? Porquê escrever-te se nunca terás oportunidade de ler o que quer que seja? A ânsia que mo levou a fazer obrigou-me a um esforço que no fim de tudo é em vão. Quando esta carta estiver escrita, vai ser dobrada e guardada dentro de uma gaveta ou um livro velho. Vai ser esquecida, e aquilo que te quis dizer vai ficar perdido para sempre. Valerá mesmo a pena?

Atenciosamente, Clara

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A nossa escola, no âmbito do Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) e do Projeto de Educação para a Saúde, candidatou-se, no final do ano letivo anterior, ao Selo Escola SaudávelMente 2022 – 2024, da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP).

De acordo com a OPP, esta iniciativa contribui para «o aumento das oportunidades de acesso a uma educação de qualidade, equitativa e inclusiva, para todos, através do incentivo e divulgação de políticas e boas práticas no que respeita à promoção da saúde psicológica, do bem -estar e do sucesso educativo nas escolas portuguesas, estando enquadrada no âmbito da Campanha Escola SaudávelMente.»

Para nossa grande satisfação, o trabalho desenvolvido pela escola foi reconhecido e ganhámos este selo que «pretende reconhecer e distinguir as escolas portuguesas, cujas políticas e práticas educativas, demonstram um compromisso forte e efetivo com a promoção do desenvolvimento (cognitivo, emocional, social e de carreira), da aprendizagem, da inclusão e da saúde psicológica de toda a comunidade educativa.»

O SPO e a Equipa da Saúde agradecem a colaboração e envolvimento de todos os elementos da comunidade educativa que tornaram possível esta distinção.

Estamos todos de parabéns!

No âmbito do plano anual de atividades do Projeto da Saúde, realizaram-se, em novembro, sessões sobre Prevenção Rodoviária. As sessões foram dinamizadas por agentes da PSP em todas as turmas de 9º ano e de 12º ano. Os alunos reagiram com interesse e agrado às atividades propostas. A equipa responsável pelo projeto agradece aos professores e alunos das turmas envolvidas a sua colaboração.

Esta iniciativa enquadra-se na parceria estabelecida entre a escola e a PSP que prevê, ao longo do ano letivo, a realização de sessões sobre temáticas diversas ligadas à promoção de comportamentos saudáveis, de interesse para os alunos, a dinamizar nos diferentes anos

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Selo Escola SaudávelMente 2022 –2024, da Ordem dos Psicólogos Portugueses

rium José Saramago, notre école a célébré la fête du cinéma français. C nous avons reçu Monsieur Frédéric Davanture, directeur de L’Alliance Française de Lisbonne et coordinateur des Alliances françaises au Portugal ainsi que Madame Stéphanie Pardete, directrice de l’Alliance française de Setúbal. La directrice de l’école, Madame Raquel Polainas, a chaleureusement reçu nos invités et participé à notre soirée.

naitre, de parler un peu en français et de savourer ces produits.

Ce fut aussi l’occasion de remettre les diplômes DELF aux deux candidates Carolina Luísa Mesquita et Maria Madalena Costa, élèves du 9º B qui ont réussi l’examen avec d’excellentes notes. Monsieur Frédéric Davanture, a souligné l’importance du français pour l’avenir de nos étudiants. Il a rappelé le fait qu’il y ait une grande communauté de français au Portugal et beaucoup d’entreprises pour qui le français est un atout. Madame Stéphanie Pardete a donné des exemples concrets des atouts du français.

Alliance française de Setúbal et de l Institut Français du Portugal qu il a été possible de projeter le film "Le Nouveau", comédie dramatique de Rudy Rosenberg qui raconte l’histoire et les aventures de Benoît, un nouvel élève de 13 ans qui vient habiter à Paris.

Mais, avant la session de cinéma, il y a eu un moment de dégustation de produits gastronomiques français (croissants, baguettes, pains au chocolat, pâtés, fromages divers, macarons, palmiers, et tant d’autres) qui a permis aux élèves, parents et famille, professeurs et français qui habitent à Setúbal, de mieux se con-

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Humanidade e Injustiça

Há milhares de pessoas no mundo que não têm um lugar ou comida para se alimentarem e provavelmente nem têm a higiene que nós temos.

Há centenas de pessoas lá fora que não têm os privilégios que nós temos. Cada dia que passa há centenas que lutam para sobreviver e há outras que acabam por ter doenças graves como o cancro, diabetes e problemas cardíacos. Ninguém deveria tratar mal essas pessoas que não têm nada do que nós temos, porque um dia isso pode acontecer-nos a nós e nós vamos perceber o que fizemos e como as fizemos sentir. Toda a gente deveria ser tratada com respeito e ter os mesmos privilégios que este mundo oferece.

Na minha vida já vi muitas pessoas a tratarem os outros mal e sem respeito, como se fossem animais, com se não tivessem sentimentos, como se fossem lixo que está atirado ao chão.

Devíamos fazer pelo menos um esforço para acabar com esta injustiça e desigualdade no mundo

Machismo

Apesar de estarmos no séc. XXI, ainda podemos observar casos de machismo na nossa sociedade.

O machismo é expresso através de atitudes e opiniões, não respeitando a igualdade dos direitos e deveres entre o sexo feminino e masculino, favorecendo o homem e desvalorizando a mulher.

Existem muitas pessoas que não estão cientes da gravidade desta situação e que apoiam este tipo de ideia de que o homem é mais capaz do que a mulher, o que não é verdade, porque todos têm as suas qualidades, devendo todas ser respeitadas.

Homens e mulheres são seres humanos, ou seja, devem todos ser tratados com respeito.

Esta é a minha opinião, pode não ser igual à de todos, mas é a minha.

Íris Fazendas

A pressão das notas e o “overthinking”

Os alunos sofrem muito com a pressão das notas e com o overthinking, ou seja, pensar demasiado.

Acho que é um desgaste aquilo que um aluno faz para se encaixar num determinado nível. Por exemplo: os alunos vêm à escola, fazem as tarefas propostas e, por fim, têm as suas avaliações que se dividem por níveis (1-5). Não estou

a dizer que é para acabar com isso, mas é muito stress para um aluno, uma criança, um adolescente...terem de lidar com várias avaliações de várias disciplinas e ter de ser muito bom para não chumbar, para ir para o quadro de mérito ou para não desiludir ninguém. “As notas não definem a inteligência.”, já dizia o meu padrasto e eu sinceramente concordo. Uma pessoa pode ser horrível em diversas disciplinas, mas, fora da escola, ajuda a comunidade e usa a sua inteligência para outras coisas. Existem vários alunos de mérito que sofreram muito com o stress, por isso também não tem a ver com o tipo de aluno. Estes podem ficar a pensar: “Será que sou bom o suficiente?”, “Será que estou a fazer o que é preciso? Não quero desiludir a minha família.”, “Estou muito cansada..., mas não posso ser uma falhada, o que diriam os meus pais?”, “Vou entrar no quadro de mérito? Não estou a conseguir fazer as coisas sozinho/a”, “Não estou a conseguir gerir bem o meu tempo”, “Oh MEU DEUS, tirei uma negativa! O que será de mim?! Como digo aos meus pais?!!”, “Não vou ser nada na vida!”

Eu acho que os alunos sofrem demasiado e há muitos que não têm o apoio, tanto físico como psicológico, de que necessitam. Os alunos são pessoas, não máquinas e não são as notas que os definem enquanto pessoas!

A Reciclagem

A reciclagem é a divisão de bens materiais, como por exemplo papel, vidro, entre outros, que são colocados nos seus respetivos ecopontos, sendo transformados em outros materiais, é feita a sua reutilização.

Na minha opinião, a reciclagem é muito importante para o planeta e para os animais que nele habitam, pois, ao fazê-lo, estamos a prevenir que muitos materiais, como o plástico, acabem por ir parar ao mar ou a florestas, e com isso poupamos a vida de muitos animais.

Eu acredito que a maioria das pessoas já tem conhecimento da reciclagem e a fazem, e quem não a faz é porque não vê necessidade, não acredita ou simplesmente porque não quer, o que, no meu ponto de vista, é um grande erro, pois todos deviam ter conhecimento do mal que apenas uma pequena garrafa de plástico pode fazer ao mundo.

Eu acredito que é muito importante a reciclagem e que daqui a alguns anos vamos ter ainda mais pessoas a ajudar na melhoria do planeta, pois, no fundo, é um pequeno gesto que pode ter grandes efeitos positivos a nível ambiental.

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Leitura em pleno século XXI

Hoje em dia, a leitura é muito pouco falada, pelo simples facto de que temos mais coisas para nos distrairmos, como a internet, ao contrário de há uns 60 anos atrás, em que as pessoas não tinham nada para fazer a um sábado à tarde senão ler.

Muitos pessoas, atualmente, pensam: “Em pleno séc. XXI, quem lê por vontade própria?”

Eu creio que ler ajuda-nos a adquirir vocabulário e aprender coisas novas. Na minha opinião, ler é como sonhar acordado, leva-nos a lugares desconhecidos, como por magia. Quando lemos, é como se estivéssemos dentro do livro a visualizar os acontecimentos e a sentir o que as personagens sentem.

Por isso, penso que ler em pleno séc. XXI é sempre uma experiência valiosa.

A sobrecarga e a depressão na adolescência

Tristeza, cansaço constante, problemas de memória e concentração, falta de interesse nas atividades diárias, insónia, etc… Estes são alguns dos problemas que assolam jovens diariamente.

De facto, a rotina dos adolescentes de hoje em dia não é assim tão fácil quanto parece. Através da visão dos mais velhos, isso pode parecer drama ou preguiça, mas o cansaço não é apenas físico, mas também psicológico.

A fadiga escolar é, na maioria das vezes, o principal motivo, por mais que seja um transtorno muito comum nas crianças, consiste no esgotamento e cansaço que os alunos sentem devido às tarefas e matérias próprias da escola. Isso gera desmotivação, falta de vontade e cria inconvenientes para a aprendizagem.

Outros casos são relacionados com conflitos familiares, pois muitas vezes as crianças transferem para a aula os problemas que os seus pais têm em casa.

Já no contexto da pandemia de Covid-19, muitos foram os desafios que os mais novos tiveram que ultrapassar, juntamente com a adaptação de tudo, a rotina exaustiva: Acordar, estudar, dormir, num ciclo repetitivo, devido ao lockdown

Agora vamos à questão principal: Como lidar com tudo isso? A recomendação mais simples, mas também a mais difícil de cumprir, é o repouso, que é um aspeto muito importante no desenvolvimento dos adolescentes. As horas de sono são o que fará uma grande diferença em relação à fadiga.

Outra forma de cuidado é ter atenção à saúde mental, como conversar com os professores, com os pais, com alguma forma de ajuda profissional, ou até com algum amigo próximo, pode ajudar-nos conhecer melhor a nossa situação e o que podemos fazer para a resolver. Guardar tudo para nós mesmos não é a melhor opção.

Em relação à saúde física, praticar exercício é uma parte fundamental para o bem-estar.

Em geral, a sobrecarga e a depressão não são coisas fáceis de lidar, mas também não é nada impossível de ultrapassar. Pouco a pouco, os adultos terão mais conhecimento sobre o assunto e conseguirão ajudar melhor os mais jovens.

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Sofia Atalaia

Conflitos nas escolas

Ultimamente, temos ouvido falar muito sobre conflitos nas escolas.

Estes conflitos acontecem frequentemente entre alunos e alunos, professores e alunos e também funcionários e alunos. Alguns casos são “Alunos agride professor de 65 anos a pontapé em escola em Matosinhos”, “Menino de 12 anos atacado por um grupo em escola de Lisboa”, “Jovem esfaqueada na escola em Mem Martins por terminar namoro”.

Muitos casos são sobre violência, violação ou esfaqueamentos.

Ao ler estas notícias, fico chocada e triste e não consigo perceber como em pleno século XXI isto acontece, como é que as pessoas podem ter tanta maldade.

A escola deveria ser um local educativo, pacífico, feliz, mas nem sempre é, infelizmente.

Gostava de apelar aos estudantes para refletirem e perceberem que todos temos os mesmos direitos e que não existe ninguém superior ou inferior a nós, temos de respeitar todos, ninguém é perfeito. Este, sim, é um mundo realista.

A homofobia

A homofobia é um assunto muito presente na atualidade e deveria ser mais abordado.

Na minha opinião, a homofobia ainda é um assunto pouco tratado nas escolas e ainda existem demasiadas pessoas homofóbicas no mundo. Eu acho que é um absurdo ainda existir homofobia! Todas as pessoas deveriam ser respeitadas, independentemente da sua orientação sexual ou qualquer outra coisa. Todos têm o direito de amar e de serem amados sem o julgamento das outras pessoas.

A homofobia é comum demais, hoje em dia, e as escolas devem ajudar as próximas gerações a perceberem o quão errado isso é!

Desigualdade de género

Quando falamos de desigualdade de género, pensamos que é uma realidade que já não se aplica aos dias de hoje, mas não é bem assim. Lá por não ser tão regular como há uns anos, isso não quer dizer que já não aconteçam situações ligadas a este tema.

A desigualdade de género, como todos já sabem, é quando as mulheres são discriminadas e vistas como inferiores aos homens e isso começou a ser mais contestado desde, mais ou menos, o início do século XX. Nessa altura, as mulheres eram vistas e tratadas como objetos.

Frequentar a escola e votar são exemplos de atividades que eram «exclusivas» aos homens enquanto as mulheres eram obrigadas a ficar em casa a fazer as suas tarefas e a obedecer aos seus maridos.

Carolina Beatriz Ângelo (primeira mulher a votar), Regina Maria de Jesus Mateus (primeira mulher general) e Maria de Lourdes Braga de Sá Teixeira (primeira mulher piloto) são exemplos de mulheres portuguesas que mostraram ao país que podem ser tão fortes e capazes como os homens.

Ainda há muita discriminação de mulheres em todo o mundo, principalmente em países subdesenvolvidos, mas temos de fazer algo para parar com isso. As mulheres têm direito à educação, a ocupar cargos públicos, a trabalhar, a receber salários justos, à liberdade de expressão e à saúde.

Para poder combater esta desigualdade, temos de assumir algumas práticas sociais. Estas práticas irão construir uma sociedade mais justa com oportunidades iguais para todos.

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Carolina Almeida

Quebra de rotina

Depois de mais um dia esgotante, finalmente vou para casa. Arrumo a minha mesa antes de sair e sigo pelos mesmos caminhos que sempre percorro até à estação de comboio. Chegando lá, cumprimento com um pequeno aceno com a cabeça a rapariga ruiva que todos os dias, à mesma hora, apanha o mesmo comboio que eu.

19:53h, vejo no relógio da estação. O meu comboio chegará em sete minutos.

Observo os meus arredores até o comboio chegar. Entro, sento-me e começo a ler o livro que recentemente comprei. Estou especialmente entusiasmado, pois é o livro que, semanas antes, vi a rapariga ruiva a ler. Quando estava por volta do segundo capítulo, uma senhora com os seus 60 anos sentou-se ao meu lado e começou a falar comigo. Quando dei por mim, a minha paragem tinha chegado. Saí do comboio e corri para casa, onde rapidamente comi e fui dormir.

6:30h. Acordo. Mais um dia exatamente igual a todos os outros. Sair de casa, apanhar o comboio, trabalhar; sair do trabalho, apanhar o comboio, ir para casa dormir e repetir tudo no dia seguinte. Até à hora de saída do trabalho correu tudo como esperado, mas, a meio do caminho

para a estação, deparo-me com a senhora idosa com quem tinha falado no dia anterior. Falamos cerca de dez minutos e, quando dou por mim, são 19:48h. Nunca conseguiria chegar a tempo, mas, mesmo assim, corri e corri.

20:01h. Cheguei à linha. A rapariga ruiva não se encontrava em lugar algum, por isso deduzi que tinha perdido o comboio. Como estou cansado, adormeço, não sem antes colocar um despertador para as 20:50h, dez minutos antes do comboio partir. Acordo com a música do meu despertador e sigo para a plataforma mesmo a tempo de entrar no comboio seguinte. Sento-me e rapidamente adormeço. Quando acordo, sintome ainda mais cansado. O comboio estava escuro e não se encontrava ninguém lá dentro. Olho pela janela. Também não conhecia o local onde me encontrava. Era escuro e havia árvores. Muitas. Olho com mais atenção e vejo uma casa. Parto uma janela do comboio e sigo em direção à casa. A cada passo que dou, algo me diz para voltar para trás, mas, como se costuma dizer, «a curiosidade matou o gato» e a casa era a melhor opção para pedir ajuda. Bato à porta. Ninguém responde. De repente, sinto um arrepio e, olhando para trás, percebo que o comboio desapareceu.

Corro na direção onde estava antes o comboio, esperando que os meus olhos me estivessem a enganar, mas não. O comboio tinha-se evaporado. Decido beliscar-me. É real, confirmo. Olho ao meu redor, parando o meu olhar na casa. Algo estava diferente. Estava uma rapariga ruiva parada à frente da porta. Ela segurava um livro que me parecia familiar e a última coisa que me lembro antes de desmaiar é da risada dela. Seria humana?

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Margarida Silva Bárbara Neves Mariana Branco

Hábitos sociais dos jovens

Já desde há muitos anos, os humanos, como forma de diversão, têm hábitos de convívio, de festa e de fruição da companhia uns dos outros. Estes hábitos ainda se mantêm nos dias de hoje, e têm um papel importante no quotidiano da juventude, mas devem ser cultivados com moderação.

Na minha opinião, estes hábitos são essenciais para o bem-estar de cada um, pois é ao haver interação entre as pessoas que se podem construir relações de amizade ou de namoro que durem para o resto da vida e que nos tornam mais alegres e felizes. Este convívio pode acontecer, por exemplo, ao irmos sair com amigos ou e com o nosso companheiro ou companheira.

A meu ver, também pode haver um descontrolo neste convívio, ao perder-se o foco nos estudos, ambições e sonhos. Isto acontece, por exemplo, quando se sai mais vezes do que é suposto, ou até ao ficar-se viciado em certas substâncias que causam dependência e um relevante impacto negativo na pessoa.

Concluindo, deve haver equilíbrio e controlo no convívio, pois este é essencial para a felicidade de cada um. No entanto, se houver um descontrolo, passa a não ser saudável.

Os jovens e a música

Nos dias de hoje já não se fala de sociedade sem se falar de música. É bastante evidente a preponderância que esta tem alcançado, principalmente na vida dos jovens. Neste texto irei abordar, de forma subjetiva e pessoal, a utilização da música enquanto expressão, bem como os seus benefícios do ponto de vista científico.

No que diz respeito à música enquanto expressão, podemos afirmar que esta pode ser um método de expressão, tanto coletiva como individual. Neste contexto, os estilos de música mais ouvidos por um certo grupo social podem mostrar características específicas dessa mesma sociedade. E no caso dos jovens? Ora, estes, por vezes, sentem-se intimidados por fatores externos e podem encontrar na música um auxílio para a demostração dos seus sentimentos e até da sua personalidade, permitindo, assim, a sua inclusão. De forma mais pessoal, perdi a conta de quantas vezes pude apoiar-me na música e na partilha dos meus estilos musicais preferidos para que as pessoas à minha volta me pudessem perceber e conhecer melhor. Há músicas que valem mais do que mil palavras.

Por outro lado, a utilização contínua da música pelos jovens pode ter uma explicação muito mais complexa do que aquilo que se pensa. Provaram-se, cientificamente, os efeitos da música no funcionamento do cérebro. Diariamente, o nosso sistema nervoso central trabalha com emoções, sensações e estados de espírito diversos, através da produção ou libertação de hormonas, provocando, então, o bem ou o malestar. Uma das hormonas libertadas aquando da audição de música é a Adrenalina, hormona responsável pelos estados de alerta do indivíduo e, consequentemente, do stress e da ansiedade. Foi, também, comprovado por cientistas que o recurso à música durante o estudo pode resultar numa maior concentração, através dos estímulos enviados pelas ondas sonoras. Mais uma vez, a música comprova os seus benefícios, visto que conduz ao foco. Deste modo, muitos jovens recorrem à música enquanto refúgio face a estados de espírito de conflito. No meu caso, a altura em que mais notei a necessidade de ouvir música na minha vida, foi quando enfrentei emocionalmente uma situação traumática e totalmente inesperada relativa a um familiar. Foram semanas em que nada parecia ter solução e a pergunta “E se?” tomou conta de mim. As emoções menos boas entraram no meu quotidiano e o mais difícil era ver as coisas positivas no meio do caos. A verdade é que a música ocupou um papel extremamente importante no meu processo de recuperação emocional. De facto, sempre que me encontrava num estado de alerta elevado ou me sentia mais assoberbada pela situação, recorria à música, que me ajudava a acalmar. Hoje sei a importância que a música teve e tem para mim.

Assim, e após refletir sobre o assunto, posso afirmar que a música se revela, cada vez mais, uma forma de inclusão social e auxílio na melhoria da saúde mental dos jovens.

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Felipa Silva

A música no quotidiano dos jovens

“Primeiro, devemos educar a alma através da música e, a seguir, o corpo através da ginástica”, Platão.

Esta citação de Platão permite estabelecer uma analogia que justifica a verdadeira importância da música no bem-estar e sanidade psicológica de qualquer indivíduo.

A música contribui para o equilíbrio emocional dos jovens, uma vez que assume um efeito e papel terapêutico. Aliás, pode ser considerada um refúgio. Nos momentos de fragilidade e sensibilidade emocional, a música afigura-se fulcral para muitos: tal como um animal de estimação, a música faz-nos companhia.

Por exemplo, quando estamos de coração partido, há um enormíssimo leque de artistas e obras por onde escolher e nos quais nos podemos rever. Simultaneamente, quando precisamos de motivação ou inspiração, surge a música com algo para nos oferecer. O seu poder de transversalidade é inigualável.

Em contrapartida, a música, ou mais especificamente as letras que a acompanham, podem gerar comportamentos reprováveis aos olhos da sociedade. De que forma?

A internet, aliada ao enorme interesse por inovação e necessidade de saber e conhecer sempre mais, levou à emergência de novos estilos musicais. Como tudo na vida, também a música influencia a adoção de novos hábitos e costumes. Desta forma, o declinar da influência da música tradicional e o crescente reconhecimento da música estrangeira gerou e expôs novas realidades sociais. Assim, foram promovi-

dos e disseminados novos comportamentos censuráveis, nomeadamente, o consumo de drogas ou a incitação à violência.

Em suma, o papel de destaque que a música assumiu no quotidiano dos jovens pode implicar boas ou más consequências. Cabe a cada um rever as suas escolhas, decisões e caminhos de vida para tirar bom partido desta bênção que é a música, dado que, segundo Platão, é esta que educa a alma.

A música no quotidiano dos jovens: vantagem ou prejuízo?

É cada vez mais frequente ver jovens constantemente com auscultadores a ouvir música. Isto levanos a pensar se ouvir música no quotidiano será benéfico para os jovens.

Bem, a transição entre a adolescência e a vida adulta é acompanhada por uma série de emoções e estados de espírito, como tristeza, raiva, felicidade, ansiedade, medo, entre outros. A música oferece aos jovens a possibilidade de lidarem com estes sentimentos e regularem-nos. Um jovem com depressão, por exemplo, pode encontrar conforto e inspiração em músicas com tons melancólicos, como Romantic Homicide, de D4vid

Para além disso, a música oferece um sentido de identidade a estes jovens, que se encontram num processo de autodescoberta. Os diferentes estilos musicais influenciam a sua personalidade e modo de vestir, possibilitando a descoberta de músicas e estilos de que gostam ou de que não gostam.. Por outro lado, a música proporciona facilidade na interação social, a partir da identificação de preferências em comum que facilitam a entrada em grupos sociais casuais ou até em bandas. Isto é, um jovem tem mais facilidade em “fazer conversa” com diferentes pessoas, utilizando estilos musicais, artistas e músicas como tema de conversa. Por isso, estes temas podem permitir-lhe descobrir uma similitude com outros jovens, o que facilita a divulgação do seu conhecimento em relação ao tópico e a integraão num grupo musical.

Algumas pessoas afirmam que isto pode ter impactos negativos, devido a músicas que incitam à violência. Contudo, na minha opinião, as músicas mais agressivas e consideradas incitadoras de violência acabam por ser quase terapêuticas para algumas pessoas, servindo como motivação para persistir. Um bom exemplo desta situação são as músicas de Disturbed, consideradas violentas e ruidosas por alguns, mas que acabam por ser uma boa motivação para dias de trabalho árduo.

Conclui-se, então, que a música traz uma série de benefícios, tanto a nível emocional como social, permitindo que os jovens permaneçam motivados, encontrem os seus gostos, façam amigos e, simultaneamente, se sintam compreendidos ou menos sozinhos na transição para a vida adulta.

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Beatriz Pinto

na escola

O uso de meios digitais e tecnologias no ensino tem vindo a aumentar ao longo dos anos, tornandose essencial. Embora tenha as suas vantagens, também tem desvantagens, que geram bastantes polémicas. Concordamos parcialmente com o uso de tecnologias como método de ensino no dia a dia.

A nosso ver, há bastantes aspetos negativos na utilização dos meios digitais. Por exemplo, o transporte dos meios digitais de maior porte, como os computadores, não é prático, levando a que muitas das vezes seja escolhido o telemóvel para atividades digitais, ainda que, apesar de ser de menor dimensão, este não seja tão útil como o computador.

Do mesmo modo, pode haver mais distrações por parte dos alunos, que, por exemplo, estejam a jogar a jogos ao invés de realizarem as atividades propostas. Também pode haver danos causados nos equipamentos, ou estes podem até mesmo ser roubados. Finalmente, há uma maior dependência, que, consequentemente, leva a uma maior perda de hábitos de escrita e leitura e origina ainda outros problemas.

Ao contrário do que foi pressuposto anteriormente, é claro que o uso destes novos meios tecnológicos é vantajoso, mesmo tendo em conta as suas desvantagens.

Como sabemos, o uso destes meios tem vindo a tornar-se necessário no ensino. Muitos professores têm vindo a adotar os meios digitais como principal

ambiente de aprendizagem, pois, para além de ser bastante prático, torna as aulas mais dinâmicas e motivadoras para os alunos; já que é uma forma de cativar a atenção. Outro lado benéfico é que, na Internet se encontra tudo aquilo de que precisamos, existem muito mais informações disponíveis do que, por exemplo, nos livros ou manuais.

Por fim, outra vantagem da utilização dos meios digitais é a possibilidade de uma maior organização, pois nos computadores estaria tudo organizado e com fácil acesso.

Concluindo, há várias vantagens e desvantagens no uso dos meios digitais no ensino. Visto isto, seria essencial haver um equilíbrio entre o uso dos meios digitais e os meios tradicionais.

Digitalização do ensino: bom ou mau?

Nos últimos anos têm vindo a aparecer cada vez mais novas tecnologias que facilitam a vida à população. Estas têm ajudado em diversas áreas, incluindo a do ensino. Com a oferta de kits tecnológicos, com a função de ajudar os alunos no estudo, e com as aulas online, podemos observar como cada vez mais tecnológico é o ensino. Mas será que isto é bom ou mau?

Ora, a meu ver, esta digitalização nas escolas pode ser muito perigosa, já que pode deixar os mais jovens dependentes das tecnologias. Esta dependência é bastante preocupante, porque desconecta os jovens da realidade, fazendo com que os mesmos não aproveitem o “mundo real”.

Este hábito recente de que com um “click” conseguem em segundos abrir um livro na internet, é algo que causa uma ideia distorcida da realidade.

Pessoalmente, já dei por mim a lutar contra esta dependência tecnológica, por passar horas nas redes sociais, pois, mesmo quando estudo ou faço qualquer outra coisa, distraio-me com o som de uma nova notificação.

Mas, nem tudo é mau, e acredito, na verdade, que os meios digitais têm os seus benefícios. Por exemplo, facilitam não só o trabalho dos alunos, que conseguem fazer uma tarefa em menos tempo ao escrever em computador, assim como aos professores, que conseguem ensinar e corrigir trabalhos com maior facilidade. O ensino também pode tornar-se mais fácil a partir de vídeos ou PowerPoints.

Por experiência própria, acho mais cativante aprender digitalmente, até porque geralmente tenho melhores resultados nos testes quando não estudo pelo manual, mas sim pelos meios digitais.

Dito isto, acredito que a digitalização do ensino escolar tem os seus benefícios, mas também tem os seus defeitos. Por isso, os alunos devem encontrar um equilíbrio no que toca à utilização das tecnologias.

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Leonor Pires

A utilização dos meios digitais no ensino

Ao longo do tempo, a utilização de meios tecnológicos no ensino tem sido bastante recorrente. Inicialmente eram usados para ajudar o ensino por parte dos professores, mas, até aos dias de hoje, este método percorre toda a sociedade escolar. A nosso ver, o acolhimento desta ideia pode beneficiar e ajudar no ensino, mas, por outro lado, também pode originar dependência, perda de hábitos de trabalho e constituir também uma fonte de distração para os alunos.

Por um lado, estas tecnologias têm um peso muito grande, pois podem levar os alunos ao esclarecimento de questões, recorrendo, por exemplo, á internet e trazendo também uma diversidade de ideias e informação sobre um determinado assunto ou dúvida. Diminui também a carga escolar presente nas mochilas dos alunos, visto que os manuais podem ser utilizados através de plataformas digitais, Porto Editora, Leya, Escola virtual, e contribui também para uma melhor organização dos estudos. OS alunos, através da dinamização das aulas com estes meios, terão mais interesse e motivação nas matérias em estudo, facilitando a retenção dos conhecimentos e das ideias que o professor pretende transmitir. Com o melhoramento da tecnologia, as escolas tendem a melhorar as suas condições e oferecem kits tecnológicos aos alunos para a prática destas atividades e realização de trabalhos propostos em sala de aula.

Por outro lado, o uso destes meios pode também prejudicar os alunos, servindo como causa de distração, por exemplo, através da utilização de outras aplicações, jogos, vídeos, redes sociais, que os distraem da dinâmica da aula. A perda de hábitos escolares tradicionais também é visível, visto que, ao passar tempo no computador, telemóvel, tablet, a maioria dos alunos não pratica a escrita manual, levando assim a um esquecimento da mesma. Em relação à saúde, o aparecimento de deficiências e de doenças é previsível, devido à quantidade de horas que uma pessoa passa sentado a olhar para um ecrã: por exemplo, cerca de 19 horas conectado a estes meios. Isso pode trazer graves problemas visuais, a epilepsia, e pode provocar obesidade e problemas musculares, dores de costas e dores de cabeça. A dependência destes meios é também consequência da tecnologia, pois todos temos noção de que uma pes-

soa atualmente não consegue viver sem o seu uso. Eles vão destruindo a existência diária, fazendo com que o ser humano vá perdendo qualidades e seja substituído por máquinas. E, por fim, pode também existir uma redução da criatividade e articulação do raciocínio, visto que qualquer pessoa atualmente recorre a recursos pré-feitos e não usa a cabeça para usar/criar.

Em conclusão, percebemos que estes meios tecnológicos trazem mais vantagens do que desvantagens, desde que usados de forma correta e para benefício da pessoa, mas sabemos que tal varia de pessoa para pessoa. Além disso, fazem com que se perca a noção do tempo que se passa em frente a estes meios e causam problemas para a saúde de casa um de nós. Mas supomos também que estes meios tendem a melhorar.

A tecnologia em sala de aula: benefício ou distração?

Atualmente, as escolas têm vindo a adotar meios digitais, como computadores, tablets e manuais digitais. Por agora, estas técnicas estão a ser introduzidas, mas o objetivo é que o seu uso seja sistemático. Será esta a melhor opção?

Ora, a tecnologia faz parte do nosso dia-a-dia, pois os típicos objetos diários são cada vez mais tecnológicos. Isto deve-se ao facto de a tecnologia possibilitar a simplificação do nosso modo de vida. Assim, a utilização destas tecnologias em sala de aula permite facilitar a vida a alunos e professores. Um bom exemplo desta situação é a utilização de manuais digitais, que evita que andemos carregados com livros e cadernos. Por sua vez, isto permite evitar que os manuais fiquem danificados e não causa problemas nas costas de alunos e professors, devido à redução significativa do peso a que a coluna é submetida.

Por outro lado, há quem defenda o uso de meios tradicionais, já que a nossa geração é extremamente dependente de tecnologias digitais. Para além disso, os meios digitais permitem que tenhamos a informação toda acessível, quer esta seja correta ou incorreta. Apesar deste fator poder ser um benefício no que toca à pesquisa para trabalhos, pode originar resultados de avaliação fraudulentos. Do mesmo modo, a existência de distrações em aula, como jogos e mensagens, pode comprometer o desempenho dos alunos.

Por isso, acho que o facto de os jovens atuais terem uma forte dependência das tecnologias, juntamente com a facilidade de acesso a conexão e informação a nível digital, poderia comprometer a conduta escolar, sendo necessário um meio termo entre o novo e o velho, entre o moderno e o tradicional. Proponho, então, o uso moderado, ou talvez um pouco controlado, das tecnologias em sala de aula.

Ana Paula Costa

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Rita Campos

A utilização dos meios digitais no ensino

Nos dias de hoje está-se a começar a pensar na utilização dos meios digitais no ensino. Será que é uma boa ideia?

Por um lado, é mais fácil e prático para os alunos transportarem um tablet/computador do que irem carregados para a escola com 6/7 livros todos os dias, o que pode causar dores nas costas e problemas de postura.

Por outro lado, passar horas e horas por dia à frente de um ecrã pode prejudicar a vista, a qualidade do sono e a concentração dos alunos, visto que está comprovado que não se deve olhar para um ecrã durante mais de 20 minutos, e cada aula dura cerca de 50 minutos. Por isso, a utilização de meios digitais pode vir a trazer consequências para os jovens.

Em adição, como é de conhecimento geral, os jovens hoje em dia são bastante viciados em meios digitais, sejam telemóveis ou computadores, e, se os alunos os tiverem sempre na sua posse, não só podem ficar distraídos com a sua utilização e não prestar atenção às aulas, como pode aumentar a sua adição.

Em conclusão, nós achamos que existem vantagens e desvantagens na utilização de meios digitais no ensino, mas que as desvantagens sobressaem e, a nosso ver, esta mudança pode vir a trazer mais mal do que bem.

Com a pandemia, a utilização dos meios digitais aumentou, uma vez que, em tempo de contenção, era a forma de comunicação mais imediata e eficaz. Agora, mesmo após o confinamento, continua-se a usufruir de plataformas digitais como complemento às aprendizagens.

O uso da internet para efeitos pedagógicos tem benefícios. As aulas tornaram-se mais interativas com a contribuição de dispositivos móveis, nos quais são apresentados mais materiais do que aqueles de que o manual dispõe, permitindo-nos aprofundar matéria e adquirir novos conhecimentos. Sites como o Kahoot, que tornam a execução de questionários mais divertida, assim como o Quizlet. O Duolingo também tem vindo a ser aplicado por professores de línguas estrangeiras, pois é uma aplicação que não

se limita a fazer referências à gramática da língua que estiver a ser estudada, mas também nos permite exercitar a parte prática. De entre todas as outras aplicações, aquela com que se tem articulado mais com o trabalho escolar é, sem dúvida o Teams da Microsoft, pois é a plataforma onde todos os professores disponibilizam os seus materiais digitais, e onde todos os alunos estão adicionados para os poderem consultar.

Com esta inevitável mudança de materiais auxiliares ao ensino, os manuais físicos ficaram em segundo plano, dado que todos os alunos têm acesso a um computador portátil para uso escolar, facultado pelo ministério da educação. Há até escolas que abandonaram na totalidade o uso de manuais de papel na sala de aula, substituindo-os por manuais digitais, de forma a solucionar o problema do armazenamento dos manuais e diminuir a utilização de papel.

Mas, como tudo, também este aspeto tem as suas desvantagens. O emprego destas ferramentas provou ser mais propenso à distração dos alunos e provoca mais faltas de atenção. Para além de que o hiperfoco em ecrãs durante um longo período de tempo é prejudicial à saúde mental e ocular, provocando fadiga ocular e aumento dos níveis da ansiedade.

Por isso, devemos aproveitar estas novas tecnologias, mas cientes dos males que podem causar, pois, como Paracelso afirmou, o veneno está na dose.

Um tema que tem sido bastante abordado nos últimos anos é a utilização de manuais digitais no ensino. Esta ideia inovadora já foi aplicada em alguns países do sudeste asiático, como o Japão, Coreia do Sul e Singapura, assim como na Finlândia. Mas será este modelo de ensino benéfico na formação de jovens?

A utilização e visualização de manuais digitais através de um único dipositivo móvel munido de um ecrã, como, por exemplo, um computador, tablet ou smartphone, implicaria que os estudantes não teriam de carregar os manuais de cada disciplina todos os dias. Vários alunos já acusaram dores e problemas de deformações na coluna graças ao excessivo peso dos manuais.

Para além de benefícios, os meios digitais também têm os seus senãos. A utilização excessiva de meios digitais pode trazer também consequências, isto é, o tempo passado em frente dos monitores acarreta deficiências visuais.

A recente pandemia provou-nos muita coisa, uma delas foi que passar muito tempo a depender de meios digitais traz problemas sérios no que respeita à nossa visão. Certas pessoas, de diferentes faixas etárias, começaram a usar óculos, sem nunca antes terem tido essa necessidade, ou então aumentaram a graduação dos seus óculos.

Concluindo, achamos que os benefícios dos manuais digitais são reais e também concordamos que acarretam alguns senãos. Mas sem dúvida, os equipamentos digitais ajudar-nos-ão bastante no futuro, seja em pesquisas, seja na disposição de informação á distância de um “click”.

Gonçalo Elias e Gonçalo Mamede

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João Medeiros

no Ensino

Atualmente, a utilização dos meios digitais como recurso a materiais inovadores para o processo de aprendizagem, nomeadamente os manuais digitais, tem vindo a ser cada vez mais frequente no ensino a nível mundial. Mas quais são as suas vantagens e desvantagens?

Por um lado, a utilização dos manuais digitais no ensino tem inúmeras vantagens, entre as quais ser mais prático para transportar e ser mais interativo. Nos dias de hoje, cada estudante, em média, tem de transportar cadernos e livros, em formato físico, de 3 a 5 disciplinas, todos os dias, para a escola, o que pode levar ao desenvolvimento de problemas a nível da coluna vertebral, uma vez que as suas mochilas apresentam um peso elevado. Com a utilização dos manuais e cadernos em formato digital, para além do peso das mochilas ser reduzido ao peso de apenas um computador portátil ou até mesmo de um “smartphone”, o ensino tornar-seia mais interativo para os alunos. Os manuais digitais possuem recursos, como vídeos e quizzes, que cativam a atenção dos estudantes.

Contudo, por outro lado, a utilização dos manuais digitais no ensino implicaria um aumento significativo do tempo que os estudantes despendem em frente de ecrãs digitais. O aumento

deste tempo poderia resultar não só em inúmeros problemas de saúde, mas também sociais. O tempo excessivo gasto em frente de ecrãs poderia provocar problemas de visão, uma vez que a sua luminosidade fere a retina. Causaria também problemas de postura, pois, passando muitas horas em frente de um ecrã, os estudantes adotariam uma postura que não é natural no corpo humano, bem como desenvolveriam hábitos de sedentarismo, prejudiciais para saúde.

Para além disso, como a utilização dos meios digitais no ensino envolve um trabalho mais individual por parte dos alunos, este poderia afetar o desenvolvimento das suas capacidades de trabalho em grupo, essenciais para a vida adulta, podendo resultar no fraco desenvolvimento de competências sociais e de relacionamento.

Em suma, a utilização dos meios digitais no ensino, nomeadamente os manuais digitais, beneficiaria os estudantes, uma vez que lhes iria facilitar o processo de aprendizagem. No entanto, a sua utilização também traz consequências para o seu desenvolvimento físico, social e mental.

Será que compensa?

Atualmente, a tecnologia está cada vez mais presente nas nossas vidas, e a escola não é uma exceção. O sistema educativo depende cada vez mais da utilização dos meios tecnológicos, especialmente com a recente aquisição de computadores para os alunos. Mas será que esta mudança traz apenas vantagens?

Por um lado, a utilização de computadores e de outros recursos tecnológicos para além do papel irá diminuir consideravelmente o abate de árvores. Como efeito da menor utilização do papel, haveria a amenização da crise ecológica hoje em dia vivenciada.

Por outro lado, esta opção de ensino poderá trazer dificuldades, na medida em que o professor não tem uma forma de controlar o uso impróprio dos meios digitais pela parte dos alunos. Ao longo da nossa vida escolar, notámos que alguns professores têm dificuldade em supervisionar as turmas, problema que seria agravado com o uso da tecnologia em sala de aula.

Não é segredo que a utilização excessiva de tecnologia prejudica a saúde, assunto polémico na geração Z. O uso imaturo e exagerado da tecnologia pode causar problemas de dependência e de diminuição da capacidade de escrita nas crianças e adolescentes. Somos capazes de reconhecer por experiência e observação este facto inegável e achamos que a utilização de meios tecnológicos no seio do ensino iria agravar este problema já existente.

Em suma, achamos que os meios digitais, apesar de tudo, deviam ser exclusivamente usados como um complemento ao ensino tradicional.

Matilda Horrobin

A Escola Secundária du Bocage vai participar na 6ª edição da European Statistics Competition (ESC). Trata-se de uma competição onde 19 países competem a nível nacional e europeu.

A competição Europeia de Estatística é uma competição dirigida às escolas, na qual jovens de 14 a 18 anos competem entre si fazendo pesquisa, análise e interpretação de dados estatísticos. O objetivo é promover a literacia estatística entre os alunos e incentivar os professores a utilizarem novos materiais pedagógicos, baseados em estatísticas oficiais.

A ESC tem duas fases:

• A nacional durante a qual os alunos competem com colegas do seu país. Nesta fase será feita uma avaliação por intermédio de um formulário web e uma segunda avaliação que consistirá numa apresentação em PowerPoint (ou num programa informático similar)

• A europeia, na qual os vencedores da fase nacional representam os seus países a nível europeu e produzem vídeos com base num tema estatístico.

A Escola Secundária du Bocage vai participar com 6 equipas da categoria A, alunos do ensino secundário, através da professora tutora Marisa Baía, e 2 equipas da categoria B, alunos do 3º ciclo, através da professora tutora Lúcia Galvão.

As ilustrações presentes nesta edição foram produzidas na aula do professor Rui Branco, que nos esclarece:

“Este trabalho é referente à unidade - "Ensaios em perspetiva - convergência perspetica", da disciplina de Desenho do 10º ano, desenvolvido a partir de Registos de observação direta, do espaço interno da escola, utilizando a perspetiva convergente com um e dois pontos de fuga. Seguidamente foi realizada uma transformação, do

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Laís Prata Maria Cara Baptista

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