NÚMERO
50
abril 2019
Editorial/ Jogos Matemáticos
E já estamos de novo na Páscoa! Neste número do Jornalsemnome, damos conta de várias atividades realizadas pelos nossos alunos. Realçamos as visitas efetuadas no contexto das aprendizagens de uma ou várias disciplinas., bem como a participação em atividades como os Jogos Matemáticos. Referimos também a visita ao Palácio de Belém, onde os nossos alunos foram fotografados com o Presidente da República no contexto de uma palestra a que assistiram sobre Inteligência Artificial. Damos também a público trabalhos dos nossos alunos, no âmbito da “Cidadania e Desenvolvimento”, que refletem pesquisa e reflexão sobre “O lado negro do chocolate”. Aproveitamos para lembrar que no final deste mês de abril comemoramos os 70 anos do edifício da nossa escola. Assim, convidamos a comunidade educativa a participar neste número especial enviando, fotografias, textos que nos ajudem a expressar a memória coletiva da escola que vamos sendo. A todos uma Santa Páscoa e um bom descanso aos nossos alunos. Que voltem revigorados!
Participação dos alunos da Escola Secundária du Bocage no 15º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos
No dia 29 de março de 2019 os alunos da Escola Secundária du Bocage participaram no 15º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, que se realizou na Maia, Porto. Os alunos jogaram os jogos: Rastros, Avanço e Produto. 12º Campeonato de jogos Matemáticos do concelho de Setúbal No dia 17 de maio de 2019 realizarse-á, na Escola Secundária du Bocage, o 12º Campeonato de Jogos Matemáticos do concelho de Setúbal. Participarão alunos do 5ºano ao 12º ano, que jogarão os jogos: Semáforo, Cães e Gatos, Rastros, Avanço e Produto. Os alunos de várias escolas do concelho de Setúbal confraternizarão num ambiente acolhedor, com alunos monitores a apoiá-los nas diferentes etapas dos jogos. Os alunos poderão mostrar as suas habilidades no raciocínio matemático e no uso da estratégia mais adequada para cada uma das jogadas. Será um dia dedicado à Matemática, com muita animação e convívio entre os jovens do concelho de Setúbal.
Colaboradores Afonso Camolas Ana Maria Sequeira Gonçalves Ana Marta António Jorge Áurea Beatriz Janes Bernardo Silva Dan Oliveira Dinis Mestre Diogo Esteves Fátima Patranito Glória Silva Inês Páscoa Isabel Evangelista Jerôme João Rodrigues Margarida Raposo Maria Carolina Maria Stella Martim Agostinho Matilde Ferreira Matilde Silva Nazaré Oliveira Pedro Botelho Sara Rodrigues Sofia Martins Soraia Carreto Teresa Neves Tiago Lopes Vicente Silva 8º D, E, G, H 7º C 9º A 11º D
Ana Maria Sequeira Gonçalves
Equipa responsável Alexandra Cabral Ana Paula Rosa Paula Barros
Coordenação
Logotipos André e Joana
Alexandra Cabral
jornalsemnome@gmail.com
Associação de Pais e Encarregados de Educação dos Alunos da Escola Secundária du Bocage http://apesbocage.blogspot.pt/ https://sites.google.com/site/apesbocage/ Novo email da associação 2
o lado negro do chocolate
“COMPRARIAS UM CHOCOLATE SE SOUBESSES QUE QUEM RECOLHE O CACAU SÃO CRIANCAS TRAFICADAS?”
in http://whynotsee.com
O lado negro do chocolate – Tráfico de crianças na Costa do Marfim Direitos da criança, trabalho e tráfico infantil 7º C
Quando vimos o documentário “O lado negro do chocolate” a primeira impressão que tivemos foi de choque pois é horrível o facto de as crianças, hoje em dia, ainda serem escravizadas, quando supostamente a colheita do cacau deveria ser feita pelos adultos, pois têm mais capacidades físicas. O mais chocante neste caso é o facto de as grandes empresas saberem que existem crianças a serem escravizadas e usadas na colheita do cacau, e não fazerem nada. Com este documentário conseguimos perceber como as crianças são levadas das famílias para os campos de cacau. Em 2001, a ONU pediu a assinatura de um acordo, pelas grandes empresas que utilizam o cacau para fabricar chocolate, contra a escravatura, mas este não foi cumprido. Se tivéssemos oportunidade, gostaríamos de perguntar aos traficantes porque é isto necessário. Nós pensamos que todas as crianças deviam ter os mesmos direitos.
Ana Marta , Dinis Mestre , Inês Páscoa, Vicente Silva
No documentário assistido na aula, houve vários acontecimentos que nos impressionaram, entre eles o facto dos moradores das regiões onde é praticado o tráfico de crianças levarem isso como uma coisa habitual e também a maneira como os representantes das marcas, reagiam às perguntas colocadas pelo jornalista. Tendo em conta as opiniões do nosso grupo, se tivéssemos a oportunidade de entrevistar os donos de algumas marcas fabricantes de chocolate colocar-lhe-íamos as seguintes questões: O senhor está de acordo com o trabalho infantil? Tem conhecimento do que está a acontecer nos cacauzais de onde vem o cacau que a sua empresa utiliza para produzir chocolate? O que poderia acontecer se o tráfico de crianças terminasse? Para concluir, pensamos que todas as crianças, do mundo, deveriam ter os mesmos direitos, como por exemplo, o direito à educação, à saúde, à habitação, à proteção e à alimentação. Beatriz Janes
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, Dan Oliveira , Maria Carolina , Sofia Martins
o lado negro do chocolate
Neste vídeo observamos algumas situações chocantes, tais como:
- Um homem que salvava crianças de irem para as plantações de cacau; - O facto de os fabricantes de chocolate terem fingido que não sabiam do trabalho infantil em África para não fazerem «má figura» em frente à câmara; - A bravura do repórter pelo facto de ter arriscado a sua vida para fazer a reportagem; - A tristeza dos pais por terem de vender os filhos para terem outros mais algum rendimento; - O homem que foi visitar as aldeias perto da Costa do Marfim (o maior produtor de cacau do mundo) falou com um homem que admitiu que cerca de 20 crianças iam em um autocarro para as plantações de cacau. Numa aldeia de 500 habitantes, ao longo dos anos foram raptadas 130 crianças. As empresas de chocolate pagavam 1 euro por 1kg de cacau com o qual se podem fabricar 40 barras de chocolate. Para combater este problema, achamos que poderíamos ajudar as famílias em África e por cada 4 meses toda a gente oferecia alimentos, algum dinheiro etc… Áurea , Bernardo Silva , Diogo Esteves , Margarida Raposo
Neste documentário vimos a verdade por trás das grandes indústrias do chocolate.
Vimos que nas empresas cacaueiras, existe muito trabalho infantil. O trabalho infantil surge do tráfico de crianças na costa de Marfim, em Africa. É proibido, mas mesmo assim não impede as famílias pobres com muitos filhos de os venderem. Tudo começa na estação de autocarro onde as crianças são contrabandeadas para empresas produtoras de cacau. Pode parecer um costume estranho, mas para os habitantes daquela zona é uma coisa normal. As crianças levadas têm entre 12 e 15 anos, se forem rapares, e 12 ou 13 se forem raparigas. O jornalista que fez a reportagem, foi falar com pessoas que trabalhavam nas grandes empresas, como a Nestlé, e todas afirmaram que não existia trabalho infantil ou até negavam saber de alguma coisa, mas quando ele foi a África a realidade era outra. Quase todos afirmaram que a exploração das crianças realmente existia. Quem não disse que existia quase que dava a vida para dizer que não. Muitas as pessoas entrevistadas não permitiram as câmaras no local e, por isso, os entrevistadores arriscaram a sua vida escondendo uma câmara na sua roupa para mostrar ao mundo a verdade por detrás dos chocolates de que todos gostamos. João Rodrigues, Martim Agostinho
,
Matilde Silva, Teresa Neves
O cacau é cultivado na Costa do Marfim e todo o trabalho nas plantações é feito por crianças da nossa idade. Nós não concordamos com esta situação porque elas não têm a obrigação de trabalhar 12 horas por dia sem receberem qualquer importância em troca do trabalho que fazem. As crianças têm o direito de ir à escola e terem uma família. As autoridades deviam impedir o tráfico de crianças. Existem grandes empresas que utilizam a mão-de-obra infantil, tais como a Nestlé, Nesquik, Kinder, Kit Kat, Milka, etc. Mesmo depois de terem assinado um acordo contra a utilização de trabalho infantil, ignoram o problema. As empresas utilizam a mão-de-obra infantil, pois as crianças têm as mãos pequenas, o que facilita o trabalho. Afonso Camolas, Jerôme, Maria Stella, Matilde Ferreira, Tiago Lopes
Sitografia: http://whynotsee.com https://www.youtube.com/watch?v=LOp-EbZltD4
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9º A À DESCOBERTA
9ºA à descoberta!
No dia 11 de janeiro deste ano, o 9ºA, acompanhado pelos professores Nazaré Oliveira e Sérgio Duarte e no âmbito da disciplina de História, foi a Lisboa para embarcar numa viagem musical galáctica denominada "Star Wars" e para visitar o Museu-Prisão do Aljube. A primeira aconteceu de manhã, na Gulbenkian (Lisboa), onde pudemos aprender ritmos das músicas do filme "Star Wars" e tocar instrumentos muito diversos, caso da caixa, gongo, piano, pratos e harpa. Para além disso, tivemos oportunidade de aprender quem foi John Williams, compositor destas músicas e de muitas outras reconhecidas em filmes como "E.T. - O Extraterrestre", “Harry Potter", "Jurassic Park" e "Sózinho em casa". 1 A segunda visita foi durante a tarde, no Museu-Prisão de Aljube. Aqui, nova aprendizagem, neste caso, sobre o Estado Novo - Ditadura Salazarista -, as suas caraterísticas principais (autoritarismo, violência, repressão, propaganda, censura, antidemocrático, monopartidário, colonialista, racista, bem como, os métodos terríveis que usava, sobretudo, com a PIDE (polícia política) e até campos de concentração ( exemplo: o Tarrafal, em Cabo Verde, conhecido como o campo da morte lenta). Lemos e vimos testemunhos de pessoas que estiveram presas por serem contra este regime, por exemplo: "Dormíamos no chão, ficávamos nus, a roupa era posta no chão para servir de colchão, não tínhamos sequer uma bota (...)” (Edmundo Pedro); "Perdi a memória, perdi a segurança, e algumas outras coisas que não se conseguem recuperar. Tenho muitos momentos de brancas absolutas" (Georgina Azevedo). Também soubemos o que era viver na clandestinidade, com medo de ser encontrado, torturado... Falaram-nos de Margarida Tengarrinha, ilustradora dos jornais comunistas, uma mulher que viveu na clandestinidade durante 20 anos, no Norte, mudando de identidade 24 vezes mas, também, de vários tipos de torturas que a PIDE fazia aos presos para conseguir saber coisas de outros opositores. Também conhecemos clandestinos que corajosamente denunciavam os horrores do fascismo em Portugal, e a forma como faziam esses jornais e essas notícias. Esta visita abarcou todo o tempo da ditadura (Estado Novo) mas também nos deu a conhecer o “25 de Abril” e as suas conquistas democráticas. Que felicidade vivermos em liberdade, em democracia!
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Visitas de estudo
Palácio de Belém
No dia 22de janeiro de 2019, um grupo de alunos das turmas 11ºC e 11ºD, no âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, participaram numa visita de estudo organizada pelas professoras Anabela Ramos e Glória Silva. A visita dividiu-se em duas partes: na parte da manhã, os alunos visitaram a exposição fotográfica,Photo Ark, na Cordoaria Nacional, proporcionada pelo fotógrafo Joel Startose. Esta exposição tinha como principal objetivo sensibilizar a população para o impacto que uma ação humana pode ter para a biodiversidade, uma vez que as fotografias representavam animais em via de extinção. Na parte da tarde, os alunos tiveram a oportunidade de visitar o Palácio de Belém, onde assistiram a uma palestra dada pelo professor Arlindo Oliveira, diretor do Instituto Superior Técnico de Lisboa, acerca da Inteligência Artificial, e do quão próxima esta realidade está dos nossos dias. Finalmente, os alunos foram ainda surpreendidos pela presença do Sr. Presidente da República, professor Marcelo Rebelo de Sousa, que falou um pouco com eles, proporcionando-lhes um lanche na varanda do Palácio, e ainda teve tempo para tirar algumas fotografias com professores e alunos. António Jorge, Pedro Botelho e Soraia Carreto
Visita de Estudo 20 de março de 2019
No dia 20 de março, realizou-se uma visita de estudo, com as turmas 10.º D e 12.º B, ao Instituto Dom Luiz, no âmbito da parceria estabelecida entre o projeto "Cientificamente provável" e a nossa escola. Os alunos realizaram atividades práticas na área da sismologia e da energia solar. A atividade prática relativa à sismologia teve como objetivos introduzir o conceito de Riscos Naturais e incentivar os alunos a se tornarem embaixadores para a prevenção de desastres naturais na sua comunidade (Educação para o Desenvolvimento Sustentável). Os alunos realizaram várias atividades, de realçar a participação na simulação de um sismo, numa plataforma preparada para tal.
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Instituto dom Luiz
A atividade prática relativa à energia solar contou com a abordagem a conceitos relativos à sustentabilidade, avaliação do recurso de fontes de energias renováveis e impactes ambientais; tendo os alunos participado num mini-workshop de construção de carros solares.
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Salinas do samouco
Visita de estudo às Salinas do Samouco Nos dia 21e 25 de março, realizaram-se visitas de estudo às Salinas do Samouco, no âmbito de um projeto interdisciplinar da disciplina de Ciências Naturais e Ciências e Físico Químicas. Participaram as turmas do 8º D, E, G e H. Iniciámos a visita de manhã, com a saída dos autocarros às 8:40. A viagem não foi muito longa e, quando estávamos quase a chegar, já conseguíamos ver as salinas. Primeiramente, caminhámos ao longo de todo o ecossistema, desde o sapal até às salinas. A fim de realizar este passeio, fomos acompanhados por uma guia, que nos ajudou a compreender melhor o que se passava ao nosso redor, explicando-nos vários factos sobre os seres vivos, os seus habitats e também sobre o sal. Ainda no âmbito do sal, provámos diferentes tipos desta substância. De seguida, visualizámos um filme acerca das salinas e das espécies de aves que nelas habitam. Após a visualização do filme, participámos numa atividade de observação de aves, com binóculos e com um telescópio. Finalmente, fizemos uma pausa na visita para almoçar, descansar e socializar. Depois do almoço, aprendemos sobre a anilhagem, que consiste num processo de marcação da aves a fim de controlar as populações e também descobrimos mais acerca das rotas migratórias destes seres vivos. A seguir destas aprendizagens, fizemos um jogo de aplicação dos conhecimentos mas, ao mesmo tempo, divertido. Por fim, voltámos para Setúbal às 3:45. Em suma, esta visita de estudo foi muito interessante e pedagógica, assim como foi uma experiência marcante e inesquecível.
Março de 2019
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