Jornalsemnome 68

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NÚMERO

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ESCOLAS UBUNTU

PARLAMENTO DOS JOVENS

dezembro de 2021


editorial

Este é o primeiro (e talvez o último) número do Jornalsemnome do ano letivo de 2021/2022. Queremos, em primeiro lugar, dar conta de que o nosso diretor, Pedro Tildes Gomes, e a sua equipa, constituída pelos professores Luísa Abreu, Alfredo Mendes, Isilda Silva e Etelvina Gaspar, terminou o seu mandato. Agradecemos-lhes o profissionalismo e rigor com que exerceram as suas funções num tempo em que foi necessário inovar e cuidar, num contexto muito particular e que foi exigindo respostas rápidas e eficazes. Ao longo de toda a pandemia, fomos acompanhando os nossos alunos de acordo com regras e princípios que nos permitiram minimizar os efeitos da distância e promover a diferenciação pedagógica, muitas vezes através de meios unicamente digitais. Se fomos bem sucedidos neste processo de ensino-aprendizagem num meio digital, que de início poucos dominavam com proficiência, se o contacto entre professores e alunos nunca se perdeu, se fomos conseguindo orientar e acompanhar os estudantes, tal deveuse à proatividade dos alunos, ao cuidado e atenção dos encarregados de educação, ao empenho dos nossos professores, mas também e em não menor parte ao trabalho de organização e gestão da direção, que, em conjunto com o conselho pedagógico, gizou uma estratégia que provou ser a mais adequada. Damos as boas-vindas à nova equipa diretiva que, ao longo deste ano letivo, orientará os destinos da escola. A Presidente da Comissão Provisória é a professora Fátima Lopes e a sua equipa é constituída pelas professoras Manuela Santos, Alda Farrica e Celina Almeida. Também o conselho geral da escola cessou as suas funções. A nova equipa, já eleita, iniciará em breve as suas funções. É este em muitos aspetos um número especial—apresentamos o balanço de algumas atividades realizadas ainda em 2020/2021, como a participação da escola no “Parlamento dos Jovens” e no concurso promovido pela associação dos professores de Francês (APPF) "Que vois-tu derrière les masques”. Por outro lado, damos também notícia de projetos que iniciaram já a sua atividade, como o “Parlamento dos Jovens” , que este ano letivo tem como tema as “fake news” e o seu impacto na democracia. Também damos conta da participação das nossas turmas de 11º ano de Humanidades e Artes no último Doc Lisboa. Mas há ainda novos projetos a que a escola aderiu. Destacamos neste número as “Escolas Ubuntu”, que agora integramos. No que diz respeito ao nosso jornal, o Jornalsemnome, em breve passará a ter nome e nova aparência, provavelmente a partir do início do próximo período. A turma de Artes Visuais de 11º ano encontra-se, em conjunto com o professor Rui Ermitão, a fazer estudos para o novo logotipo. A formatação da publicação, da autoria do professor Miguel Boullosa, dar-nos-á uma nova face. Desejamos a todos um Santo Natal e um ano de 2022 com muita saúde e sucesso.

O diretor cessante, Pedro Tildes Gomes, a dirigir-se à assembleia de professores.

Alocução da Presidente da CAP, professora Fátima Lopes.

Colaboradores

Interlúdio musical proporcionado por alunos do ensino articulado.

Ana Paula Rosa Afonso Fialho Artur Correia Carlos Gonçalves Carolina Silvino Diogo Matos Inês Romão Marília Bação Nazaré Oliveira Nuno Cravidão

Logotipos Coordenação André e Joana

jornalsemnome@gmail.com

Alexandra Cabral

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Escolas ubuntu

O Auditório Calouste Gulbenkian

Alunas Ubuntus

Encontro Nacional de Escolas Ubuntu Fundação Calouste Gulbenkian, 08 de Novembro 2021 A Escola Secundária du Bocage é uma Escola Ubuntu Decorreu no dia 8 de Novembro o encontro nacional de Escolas Ubuntu, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. A Academia de Líderes Ubuntu – Escolas Ubuntu é um programa de capacitação destinado a jovens entre os 12 e os 18 anos, desenvolvido a partir do modelo de liderança servidora e com a inspiração de personalidades como Nelson Mandela, Martin Luther King ou Malala. A palavra “UBUNTU” é uma combinação de dois termos: “Ntu”, que significa pessoa e “Ubu”, que significa tornar-se. Ubuntu é uma filosofia de origem africana (Africa do Sul) que se traduz na expressão “Eu Sou porque tu És”, na valorização da interdependência e da solidariedade. Inspirada por estes valores, a Academia visa desenvolver e promover competências pessoais, sociais e cívicas dos participantes, contribuindo para a sua transformação em agentes de mudança ao serviço da comunidade, ajudando a construir uma sociedade mais justa e solidária .

O senhor líder da Associação Ubuntu

O senhor Presidente da República 3


Escolas ubuntu

O senhor Secretário de Estado da Educação

Plateia de ubuntus

Alguns líderes ubuntus

O senhor Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian

A metodologia Ubuntu assenta no desenvolvimento de cinco competências chave, centrais do desenvolvimento humano: tornar-se pessoa. Eu sou porque tu és. A primeira etapa foca-se no desenvolvimento de competências pessoais e tem como pilares o Autoconhecimento, a Autoconfiança e a Resiliência. A segunda etapa reforça as competências sociais e relacionais através dos pilares da Empatia e do serviço. O Encontro Nacional Escolas Ubuntu, que teve lugar em Lisboa, teve como propósito juntar toda a comunidade escolar nacional envolvida no projeto Academia de Líderes Ubuntu Escolas. O dia foi inspirador e congregou a reunião de Ubuntus de mais de 55 escolas de Norte a Sul do País, assim como de todos os interessados na aplicação da filosofia Ubuntu no contexto da educação formal. A escola Ubuntu , nos tempos atuais, difíceis e complexos, desafiantes e de transição, agora e no futuro próximo, procura inspirar os jovens a serem verdadeiros construtores de pontes, líderes servidores e protagonistas de uma ética do cuidado. A Academia de Líderes Ubuntu visa promover as competências socio-emocionais de todos os participantes, contribuindo para a sua transformação em agentes de mudança ao serviço da comunidade, ajudando a construir uma comunidade mais justa, coesa e solidária Se queres pertencer e ser um aluno e líder Ubuntu solicita informação nos Serviços de Medição e Psicologia e na tua Biblioteca. Fonte:

https://www.academialideresubuntu.org/pt/ https://www.academialideresubuntu.org/pt/escolas-ubuntu https://www.escolasubuntu.pt/

Artur Correia

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Doc lisboa

Doc Lisboa, o Filme – Orchestra from the Land of Silence e Oh Dear Sara

No Afeganistão, pais em desenvolvimento localizado da Ásia Central, Sara é uma mulher ativista que defende os direitos das mulheres. Os Talibãs tomaram o poder político em agosto deste ano e a opressão e discriminação sobre as mulheres acentuou-se. No filme editado em Julho de 2021, um mês antes da tomada do poder pelos Talibãs, observamos Sara, uma mulher taxista, a falar sobre o país, que quer mudar, antecipando realidades que atualmente já são uma realidade. Ao longo do filme, ouvimos e vemos Sara a lutar pela emancipação e não discriminação de outras mulheres, ensinando-as a conduzir. Um filme documentário realizado pela cineasta Patricia Franquesa. Em Orchestra from the Land of Silence, uma orquestra de jovens afegãs prepara o seu primeiro concerto na Europa. Music is the Best, Music Gives you Freedom.

A cineasta Patricia Franquesa em conversa com os alunos

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Doc lisboa

O Local onde o Festival Doc Lisboa aconteceu

Culturgest em Lisboa, os alunos à entrada

O palco onde o filme foi projetado

Os alunos do 11 H e 11 G – Turmas de Humanidades e Artes

Oh Dear Sara – O fim, último fragmento do filme, com o sol no horizonte sobre Cabul, com o prenúncio do fim do dia e do fim dos sonhos e esperança de Sara em contribuir para mudar um país. Os talibãs tomaram o poder logo depois.

E assim foi a visita ao Doc Lisboa. Um programa interessante que os alunos do 11H e 11G recordarão, certamente.

Artur Correia

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O Parlamento dos Jovens no seu 25º ano

Inicio da sessão no IPDJ pelo Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues (via Teams)

Realizou-se no dia 25 de maio de 2021 a Sessão Nacional do ensino secundário do Parlamento dos Jovens 2021, no ano em que o Parlamento dos Jovens também celebra vinte e cinco anos da sua existência. O tema em debate foi VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E NO NAMORO: como garantir o respeito e a igualdade? Adiado devido à pandemia que enfrentamos, e com os constrangimentos que inevitavelmente surgiram, este fantástico projeto nacional acabou por concluir-se com o entusiasmo e a dedicação ainda maior, quer das nossas deputadas Rita Moura e Leonor Viegas quer da nossa coordenadora, Professora Maria Nazaré Oliveira. Deu-se início à sessão por volta das 10h com as intervenções da Presidente da Mesa, Bárbara Ferreira, seguidas pelas de Eduardo Ferro Rodrigues, Firmino Marques e Ilda Figueiredo. A edição deste ano, por motivos de segurança, não pôde reunir os jovens deputados na Assembleia da Républica, onde apenas se encontravam os membros da Mesa – Presidente da Mesa Bárbara Ferreira (círculo eleitoral do distrito do Porto), Vice-Presidente Maria João Abreu (círculo eleitoral do distrito de Leiria) e as secretárias Clara Silva e Alice Matos (do círculo eleitoral de Beja e Évora, respetivamente - Eduardo Ferro Rodrigues, Ilda Figueiredo e Firmino Marques, sendo a reunião realizada via Teams. Os círculos de Lisboa, Setúbal e Santarém encontravam-se reunidos no Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ). Esta última sessão teve como objetivo constituir a recomendação final sobre o tema em debate: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E NO NAMORO: como garantir o respeito e a igualdade? O Presidente da Assembleia começou a sua intervenção dando destaque ao crescimento do interesse e do pensamento critico, por parte dos jovens, na ação política. Frisou a importância em estimular o gosto pela política, assim como a diferença de ideias e as várias formas de lidar com os problemas existentes no mundo. Destacou ainda, devido ao tema da sessão, a complexidade do mesmo, pois a violência sofrida pelas vítimas não é apenas física, mas também psicológica, sexual e virtual (caso da violação da privacidade através das redes sociais). 7


Parlamento dos jovens

Professora Maria Nazaré Oliveira, Rita Moura e Leonor Viegas (da esquerda para a direita)

De seguida, Firmino Marques sublinhou as condições adversas em que vivemos, salientando a importância do Parlamento dos Jovens, na procura de soluções para o tormento social da violência doméstica e no namoro, apelando à colaboração de todos para acabar com este flagelo. Por fim, Ilda Figueiredo evidenciou a questão da importância da defesa dos Direitos Humanos. Chamou a atenção para o facto de a violência doméstica começar com a violência no namoro e que os ciúmes não podem ser uma “desculpa” para tudo. Defendeu que é essencial o apoio às vítimas e urgente a necessidade de acabar com os tabus ainda existentes. No final destes discursos, a Presidente da Mesa apresentou os deputados e explicou o funcionamento das sessões. No total, estiveram presentes 130 deputados oriundos de Portugal Continental, Arquipélagos dos Açores e Madeira, Suíça (a representar a Europa) e São Tomé e Príncipe (a representar os países fora da Europa). A sessão foi dividida em dois períodos, sendo o primeiro constituído pelas doze perguntas que os jovens deputados iriam colocar aos deputados da Assembleia da República, a saber: Carla Sousa (PS), Alexandre Poço (PSD), Luís Monteiro (BE), Ana Mesquita (PCP), Ana Rita Beça (CDS/PP), Bebiana Cunha (PAN), Mariana Silva (Verdes) e Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal. Após a sessão de perguntas, a Presidente da Mesa agradeceu a presença dos deputados da Assembleia da República e explicou como se procedia à votação das propostas de eliminação. A primeira intervenção de Rita Moura, uma das nossas deputadas e também porta-voz do distrito, foi desde logo o pedido da eliminação preventiva das medidas consideradas mais redundantes (as que já tinham sido passadas ou que já constavam do Código Penal). Durante o intervalo, os deputados do nosso distrito, Lisboa e Santarém reuniram-se no pátio do IPDJ para debater em conjunto as melhores propostas e discutir as fusões a fazer, de modo a conseguirem ter uma ação mais abrangente e consensual. Seguiu-se um momento informal, onde os jovens deputados puderam lanchar e conversar acerca dos seus projetos futuros, de maneira descontraída, trocando ideias e materiais mais pertinentes para a Sessão. Após a reabertura da mesma, teve lugar a votação para as tais propostas de eliminação. Todos os círculos distritais - escolas concorrentes a nível nacional - votaram através de um formulário eletrónico submetido pelos porta-vozes via Teams. Durante o almoço, reinou a alegria e a boa disposição, não só dos deputados, mas também dos professores e jornalistas. Após a reabertura da sessão, a Presidente da Mesa apresentou aos deputados os resultados da votação anterior: das 25 medidas passíveis de serem propostas para eliminação, 16 (as medidas números 6, 7, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 20, 22, 23, 24 e 26), foram sinalizadas pelo menos por um ciclo, sendo que nove não foram alvo deste tipo de proposta e assim integraram automaticamente a recomendação final

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Parlamento dos jovens

(são estas as medidas números 8, 16, 19, 21, 25, 27, 28, 29 e 30). Os vários círculos tiveram ainda oportunidade de se pronunciar contra ou a favor de uma proposta de eliminação. A Presidente da Mesa deu sempre oportunidade e prioridade aos que menos vezes se tinham pronunciado. Seguiu-se assim, mais duas rondas de discursos sobre cada medida proposta para eliminação, culminando numa votação em que os deputados votaram individualmente. No final das duas rondas, foram eliminadas as medidas 6, 7, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 22, 23, 24 e 26 e recomendadas dezassete medidas. Ao encerrar a sessão, a Presidente da Mesa fez um pequeno discurso sobre a experiência de fazer parte deste projeto, agradecendo especialmente aos responsáveis pela organização e a todos os participantes. Destacou, ainda, o interesse desta geração pela política e pelo combate ao populismo crescente e à ignorância causada pelo desconhecimento. “Devemos continuar a exigir ser ouvidos!”, disse, acrescentando que esta sessão foi a prova da enorme importância da participação dos jovens na Política. No final, todos entoaram o Hino Nacional e ficaram as promessas de um futuro reencontro. É verdade que ainda temos um longo caminho pela frente no que diz respeito à violência doméstica e à violência no namoro, mas com a ajuda e intervenção destes jovens deputados, das suas ideias, propostas e visões, estamos no bom caminho.

Inês Romão

Vídeo sobre os 25 anos do Parlamento dos Jovens: https://jovens.parlamento.pt/Filmes/25anosprograma/25-anos-parlamento-jovens_v2.mp4 Recomendações à Assembleia da República feitas pelos deputados do básico e do secundário nesta Sessão Nacional: https://jovens.parlamento.pt/2019_2020/docs/Recomendacao_SN_BAS2021.pdf Galeria de vídeos e de fotos deste Parlamento dos Jovens : https://jovens.parlamento.pt/2019_2020/Galeria_Secundario.html

Já começou a edição deste ano! ___________________________________________________ O PARLAMENTO DOS JOVENS, programa da iniciativa da Assembleia da República, continua a entusiasmar os nossos alunos do secundário e, a prová-lo, as dezenas e dezenas de inscrições para candidatos a deputados/as que já temos desde setembro e que, seguramente, continuarão a levar bem alto o nome da Secundária du Bocage e os princípios e valores que a norteiam.

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Parlamento dos jovens

Fake News. O impacto da desinformação na democracia, é o tema da edição deste ano, extremamente atual, pertinente e da maior importância cívica, política e social. Prevê-se, tal como em anos anteriores, uma campanha eleitoral dinâmica, criativa e muito participada na escola, quer nos debates a realizar no nosso Auditório, com oradores especialistas convidados, quer nos expositores que as listas concorrentes terão para o efeito e até nas redes sociais, caso do Instagram Twitter e Facebook. Os nossos deputados/as têm vencido sempre todas as etapas do programa e representado as escolas do distrito na sessão final a realizar em maio de 2022 na Assembleia da República. É um privilégio, uma honra, trabalhar com jovens deste nível e coordenar um projeto com esta dimensão, que promove o debate, a participação democrática e o exercício de uma cidadania ativa, crítica e responsável. Nazaré Oliveira (coord.)

2021.2022

Objetivos: Educar para a cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política; Dar a conhecer a Assembleia da República, o significado do mandato parlamentar, as regras do debate parlamentar e o processo de decisão do Parlamento, enquanto órgão representativo de todos os cidadãos portugueses; Promover o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de formação das decisões; Incentivar a reflexão e o debate sobre um tema, definido anualmente; Proporcionar a experiência de participação em processos eleitorais; Estimular as capacidades de expressão e argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria; Sublinhar a importância da sua contribuição para a resolução de questões que afetem o seu presente e o futuro individual e coletivo, fazendo ouvir as suas propostas junto dos órgãos do poder político. É significativo que seis em cada dez notícias partilhadas nas redes sociais não tenham sequer sido lidas pelo utilizador que as partilhou. Cerca de 85 % dos europeus consideram que as notícias falsas constituem um problema no seu próprio país e 83 % são de opinião que este fenómeno representa um problema para a democracia em geral.

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Ética no desporto

A aluna Carolina Silvino (12ºG) foi distinguida pelo texto de “elevada qualidade” produzido no âmbito do IX Concurso Literário "A Ética na Vida e no Desporto". O texto da autoria da aluna, intitulado "A candidata ideal", foi o eleito pelo Júri como 1º (primeiro) classificado do segmento Estudantes do Ensino Secundário e de Cursos Profissionais ministrados em Estabelecimentos de Ensino Público, Particular e Cooperativo de entre um total de 400 trabalhos, cujos autores são oriundos de todas as regiões de Portugal Continental e das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. O projeto promovido pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P., - através do Plano Nacional de Ética no Desporto, premiou a aluna com um valor monetário de 1000 euros (mil euros), troféu, publicação do texto no Jornal nacional “A Bola” e entrevista (edição impressa). Carlos Gonçalves

A CANDIDATA IDEAL Exmo. Sr. Desporto, O meu nome é ética e sou licenciada em respeito, educação e justiça, pela Universidade da Consciência e Determinação. O meu objetivo principal é desenvolver as minhas capacidades e aplicar os conhecimentos adquiridos numa empresa a operar a nível mundial. Ao longo do meu percurso académico e profissional, desenvolvi várias atividades tais como, a consciencialização dos jovens, adultos e graúdos para a distinção entre o bem e o mal, comportamentos corretos e incorretos, o que me permitiu adquirir experiência prática na área do fair play. Encaro, por conseguinte, com entusiasmo a possibilidade de integrar uma empresa de prestígio e líder no mercado, neste ramo de atividade. Sei que lhe seria mais lucrativo empregar qualquer outro tipo de candidato, como a corrupção, a discriminação, a manipulação, o desrespeito, mas já pensou nos problemas que acabariam por lhe causar? Por outro lado, comigo a seu lado, poderíamos mudar por completo o teor da empresa, tornar os seus princípios perfeitos e passá-los a todos os que a integram. Neste momento deve-se estar a perguntar o que tenho de tão especial, calculo; como será possível que comigo a seu lado tanta coisa mude, certo? Bem, passarei a explicar-lhe: Consegue imaginar uma “reunião” com duração de 90 minutos com a participação de Ronaldo, ou mesmo de 60 minutos com Alfredo Quintana, em que todos os participantes se respeitem mutuamente, exista tolerância, espírito de equipa, trabalho e dedicação para ganhar o árduo debate? Pois é, sabe bem que este cenário muitas vezes é impossível com todos os restantes candidatos a bater-lhe à porta. Consegue pensar no prestígio que a sua empresa iria adquirir se conseguisse este enorme respeito em todas as suas reuniões, e os mesmos comportamentos nos seus espetadores? Comigo a seu lado, tudo isso e muito mais seria possível. Iria proporcionar-lhe o prestígio mundial que sempre quis. Juntos podemos passar esta mensagem ao mundo, podemos revolucionar todas as suas multinacionais. Por fim, gostaria ainda de dizer que, além de uma excelente profissional ainda sou dotada de um elevado jeito para a prática desportiva; sei realizar inúmeros desportos, desde o ballet à luta, do andebol à natação, sem quaisquer limitações. Acredito que com esforço e dedicação tudo é possível e é essa mentalidade que tenciono trazer para o meu local de trabalho. Tudo isto conjugado com uma enorme serenidade e equilíbrio fazem de mim uma excelente escolha para esta vaga de emprego. Caso disponha de alguma dúvida, comunico-lhe desde já a total disponibilidade e interesse em aprofundar as razões desta candidatura. Na certeza de que esta carta merecerá a melhor atenção de V. Exa., subscrevo- me com os melhores cumprimentos. Ética desportiva

“A candidata ideal” foi um texto produzido pela aluna Carolina Silvino, no ano letivo de 2020/2021, no âmbito no âmbito do tema Ética e o Desporto, trabalhado ao longo das aulas de Educação Física, do professor Carlos Gonçalves. em articulação com a disciplina de Português

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vários

Participation au concours "Que vois-tu derrière les masques" Quelques élèves des classes de 7ème et de 9ème ont participé au concours organisé par l’Association des professeurs de français (APPF) intitulé "Que vois-tu derrière les masques". Le concours consistait à écrire en quelques mots (280 caractères au maximum) ce que chaque élève voyait derrière les masques et à illustrer son opinion. Tous les projets étaient alors postés anonymement sur Facebook. Les trois projets les plus "likés" recevaient le Prix Public. Un autre prix, décerné par un jury nommé par l’APPF, a été attribué au projet de Diogo Matos comme étant le meilleur projet dans la catégorie 1 (7.º, 8.º e 9.º Anos). Nos félicitations à tous les participants: Daniela Almeida 7ºB, Beatriz Palhoça 7ºC, Ruby Mumby 7ºC, Ana Ribeiro 9ºF, Matilde Frischknecht 9ºF, Liliana Água 9ºG et au vainqueur Diogo Matos 9ºE. Voici leurs projets:

Diogo Matos

Segurança ou privacidade? Na minha opinião, a vigilância em locais públicos é necessária em prol da segurança, porém é inegável que pode afetar a nossa vida privada, bem como a nossa liberdade. Do meu ponto de vista, os sistemas de videovigilância servem para nos sentirmos mais seguros, porque ajudam a desincentivar certas ações criminosas, nomeadamente os roubos. Olhando para o estado atual da sociedade, cada vez mais se vê a vigilância como um meio de obter segurança, dado que algumas pessoas bastante malintencionadas não conseguem ser travadas a não ser com medidas como estas. Assim por exemplo, uma pessoa que esteja a pensar assaltar uma loja, vai pensar duas vezes se reparar que se encontra instalada no local uma câmara de vigilância. No entanto, a vigilância pode afetar-nos, no que diz respeito à nossa liberdade e privacidade, porque nenhum ser humano gosta de se sentir controlado, isto é, todos gostamos de ter liberdade para fazer seja o que for que nos dê prazer, sem ninguém saber. A meu ver a vigilância afeta a nossa vida privada, porque, algumas vezes, os responsáveis pelos sistemas, mesmo tendo boas intenções, tendem a quebrar as regras de autorização, registando-se abusos de poder. Para concluir, eu vejo a videovigilância como uma ferramenta necessária para que haja segurança e penso que, desde que siga as regras, a “invasão” da nossa privacidade (e liberdade) é um preço a pagar pela nossa segurança, visto que é bastante complicado as duas coexistirem. Afonso Fialho 12


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