Farmacoterapia dos Produtos Naturais Ácidos fenólicos
Prof. Dr. Alexandre de Barros Falcão Ferraz
Salix alba
Salix alba Discórides indicava uso para gota e doenças inflamatórias, (50 D.C). Comissão E (1992) Doenças febris, reumáticas ou dor de cabeça
Salicina
Ácido salicílico
Salicina
Kolbe 1876
Ácido acetil salicílico
FitoterĂĄpicos contendo Salix alba
Cada 15 ml contĂŞm 600,00 mg de extrato seco de Salix alba 5 a 6% correspondendo a 30 a 36 mg de salicina
Indicação: auxiliar em processos inflamatórios, dolorosos, reumatismo, nevralgias. Prevenção de tromboembolismos e na dismenorreia (dificuldade de eliminação de coágulos). Contraindicações: úlceras (estômago ou intestino), problemas de coagulação sanguínea, gota, crise de asma induzida por salicilatos e derivados. Crianças ou adolescentes não devem usar este medicamento se estiverem com catapora ou sintomas gripais (Síndrome de Reye).
Exemplo
Possíveis consequências da interação
Paracetamol
Nefrotoxicidade
Antianêmicos (anemia ferropriva)
▼ absorção de ferro
metotrexato
aumento da toxicidade hematológica
Anticoagulantes, aumento do risco de sangramentos trombolíticos ou inibidores da agregação plaquetária Digoxina
aumento da concentração plasmática de digoxina devido à diminuição na excreção renal.
Álcool
aumento do dano à mucosa gastrintestinal e prolongamento do tempo de sangramento
Surgiram dĂşvidas??? Assessment report on Salix [various species including S. purpurea L., S. daphnoides Vill., S. fragilis L.], cortex
https://www.ema.europa.eu/en/medicines/her bal/salicis-cortex
Melissa officinalis
Melissa officinalis ( Lamiaceae) Erva-cidreira, melissa Farmacógeno: folhas
Ácido rosmarínico Extrato seco de Melissa officinalis padronizado em no mínimo 5,0 % de derivados hidroxicinâmicos expressos como ác. rosmarínico
Água de melissa Cada gota contém 0,98 mg/gota de derivados hidroxicinâmicos expressos em ácido rosmarínico
Indicação: Indicada para o alívio de sintomas leves de estresse e para ajudar a dormir. Além de tratar distúrbios gastrointestinais leves (inchaço e flatulência) Melissa officinalis atua no intestino diminuindo gases intestinais e prevenindo cólicas e no SNC com efeito ansiolítico leve
CI: hipotireoidismo, devido a inibição de hormônios tireoidianos. Pessoas com glaucoma devem evitar o uso de, pois o citral pode aumentar a pressão ocular
Ef. Adv: Ocasionalmente pode ocorrer hipotensão arterial (pressão arterial baixa) e sonolência. vômitos, tonturas, chiado no peito, agitação, náusea e dor abdominal (Akhondzadeh et al., 2003). IM: Pode provocar sonolência. Esse risco pode aumentar em combinação com álcool ou outros sedativos ou se forem tomadas doses excessivas.
Precaução: dirigir ou trabalhar com máquinas
DADOS FARMACOLÓGICAS Extrato aquoso de Melissa officinalis produziu sedação dose-dependente, induziu sono e potencializou doses subhipnóticas e hipnóticas do pentobarbital.
Extrato de Melissa officinalis tem moderada afinidade sobre o sítio de ligação GABA-A (benzodiazepínico), mas não alterara locomoção ou ciclo do sono [Ibarra et al., 2010].
DADOS FARMACOLÓGICOS extrato hidroetanólico não mostrou atividade antiespasmódica significativa quando testado em contrações do íleo da cobaia induzida por acetilcolina e histamina [ESCOP, 2003]. Óleo essencial in vivo e compostos isolados Componentes do óleo essencial exibiram atividades espasmolíticas no íleo isolado de cobaia, duodeno de rato e ducto deferente e no jejuno e aorta de coelhos.
Citral principal componente do óleo essencial inibiu as contrações do íleo isolado de ratos induzidas por KCl, acetilcolina e 5-HT [Sadraei et al., 2003]
Quer saber mais!!!
Assessment report on Melissa officinalis L., folium https://www.ema.europa.eu/en/documents/herbalreport/final-assessment-report-melissa-officinalis-lfolium_en.pdf
Echinacea purpurea
Echinacea purpurea
Farmacรณgeno: Raiz
Indicação de uso Preventivo e coadjuvante no tratamento dos sintomas de resfriados.
Posologia Oral: extrato seco 250 mg, 1 a 3 vezes ao dia (equivalente a 10-30 mg de ácido chicórico por dia).
Raiz seca pulverizada, 2 cápsulas 3X/ dia
Venda sob prescrição médica
Ensaios não-clínicos O extrato de E. purpurea atua como imunomodulador ativando a fagocitose, estímulando fibroblastos e aumentando a mobilidade dos leucócitos. Estimula o córtex adrenal onde são produzidos os glicocorticóides (corticosterona e a hidrocortisona), produção de interferon e properdina (proteína sérica que neutraliza bactérias e vírus).
CONTRAINDICAÇÕES Devido à possível ativação de agressões auto-imunes e outras respostas imunes hiper-reativas, E. purpurea não deve ser administrado a pacientes com distúrbios sistêmicos progressivos, doenças autoimunes, imunodeficiências, imunossupressão e doenças leucocitárias
Tempo de utilização Bula: Não utilizar por + de 8 semanas sucessivas (2 meses), pois uso contínuo pode causar danos hepáticos
EMA: 1 caso confirmada de leucopenia após uso prolongado (+ de 8 semanas) por isso, recomenda-se uso de curto prazo (10 dias)
EFEITOS ADVERSOS Pode causar febre e distúrbios gastrointestinais, como náusea, vômito e paladar desagradável logo após a ingestão. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Deve ser administrado com cautela em associação com fármacos cujo metabolismo é dependente das enzimas CYP. Classe
Exemplo
Possíveis Consequências da Interação
Quimioterápico
Metrotexato
Hepatotoxicidade aumentada
Antifúngico
Cetoconazol
Hepatotoxicidade aumentada
Antiarrítmico
Amiodarona
Hepatotoxicidade aumentada
Analgésico
Acetominofeno
Hepatotoxicidade aumentada
Esteroides anabolizante Estimulante
Hepatotoxicidade aumentada Cafeína
Aumento das reações adversas da cafeína.
Estudos clínicos 120 pacientes com infecção aguda do trato respiratório▼ tempo de duração da doença e melhora significativa dos sintomas entre os pacientes tratados com extrato aquoso de E. purpurea do que com placebo.
59 pacientes com infecção aguda do trato respiratório. pacientes tratados com E. purpurea ▼ 64% as queixas relativas a 12 sintomas e 29% para os tratados com placebo.
Ficou com dĂşvidas!!! Assessment report on Echinacea purpurea (L.) Moench., herba recens https://www.ema.europa.eu/en/medicines/herbal/echin aceae-purpureae-radix LiverTox: Clinical and Research Information on Drug-Induced Liver Injury.Echinacea Last Update: April 10, 2019. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK548440/pdf/Books helf_NBK548440.pdf
Cynara scolymus
Cynara scolymus (alcachofra)
Farmacógeno: Folhas Venda sem prescrição médica.
cinarina
cinaropicrina
cinarosídeo
Cada cápsula 300mg contém extrato seco de Cynara scolymus padronizado em 1,35-1,65mg (0,45-0,55%) de cinarina
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS colerético (▲ liberação de bílis a partir da vesícula biliar)
colagogo (▲ da produção de bílis pelo fígado) diurético, hepatoprotetor coadjuvante no tratamento de dislipidemia mista leve a moderada
auxiliar na prevenção da aterosclerose e nos sintomas da síndrome do intestino irritável DURAÇÃO DE USO: não + 2-3 meses. Se desconforto voltar o tratamento poderá ser reiniciado após um mês de intervalo POSOLOGIA: 2 cápsulas, 2 a 4 x dia (1-2 g de extrato seco)
CONTRAINDICADO: Obstrução do ducto biliar, doença hepática, cálculos biliares ou qualquer outro distúrbio biliar
EFEITOS ADVERSOS Diarreia leve com espasmo abdominal, queixas epigástricas como náusea e azia. Efeito laxante em pessoas sensíveis aos componentes do fitoterápico.
PRECAUÇÕES DE USO ▼ ▼ volume sangüíneo gerando queda de pressão arterial por hipovolemia A ocorrência de hipersensibilidade para C. scolymus foi associada à presença de lactonas sesquiterpênicas como a cinaropicrina.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS O uso concomitante com diuréticos (Furosemida, clortalidona ou hidroclorotiazida) em casos de hipertensão arterial ou cardiopatia deve ser realizado sob supervisão médica, pelo risco de descompensação da pressão arterial, ou, hipocalemia que pode potencializar a ação de fármacos cardiotônicos. Potenciais interações: ▼ concentrações sanguíneas de fármacos de medicamentos metabolizados pelas CYP3A4, CYP2B6, CYP2C9 e CYP2D6, como estatinas, varfarinas, nifedipina, contraceptivos orais tamoxifeno e paclitaxel, entre outros.
Worldwide ethnomedical uses of Cynara scolimus Place
popular use
Europe
For bile insufficiency, cancer, detoxification, dyspepsia, gallbladder disorders, high cholesterol, hyperglycaemia, jaundice, liver disorders, nausea
Brazil
For acne, anaemia, arthritis, arteriosclerosis, asthma, bile insufficiency, blood cleansing, bronchitis, diabetes, diarrhea, dyspepsia, digestive disorders, dandruff, fever, flatulence, gallbladder disorders, gallstones, gout, heart function, haemorrhage, haemorrhoids, high cholesterol, hypertension, hyperglycaemia, inflammation, kidney insufficiency, liver disorders, nephritis, obesity, prostatitis, rheumatism, seborriasis, ulcers, urethritis, urinary disorders, and as an astringent and vasoconstrictor
Dominican Republic
For bile insufficiency, digestive problems, gallbladder disorders
Haiti
For oedema, hypertension, kidney disorders, liver problems, urinary insufficiency
Mexico
For cystitis, gallstones, hypertension, liver disorders (Iwu, 1993)
Ensaios não-clínicos Dois extratos hidroetanólicos de folhas frescas 19% e 46% de ácidos cafeoilquínicos, via ip em ratos mostrou aumento significativo do estímulo da colerese.
O extrato aquoso seco de folhas inibiu a biossíntese de colesterol em cultura de células de hepatócitos de ratos. o extrato na faixa de 0,007 e 0,1 mg/mL inibição moderada (20%) na concentração de 1 mg/mL (80%).
O cinarosídeo e sua aglicona, luteolina, são os principais responsáveis por essa atividade.
Estudos clínicos 400 pacientes com dispepsia ou disfunções hepáticas ou biliares, após tratamento por 4 - 6 semanas, mostraram ▼ significativa dos sintomas dor, desconforto abdominal, gases e náuseas Em estudo clínico randomizado, 20 homens com disfunções metabólicas apresentaram ▲da secreção intraduodenal biliar. 553 pacientes colesterol total e triglicerídeos elevados Para 302 ▼colesterol em 11,5% e 12,5% de triglicerídeos 1,3% Ef. Adv (7/533): inchaço (5), fraqueza (1) e fome (1)
Surgiram dĂşvidas????
European Union herbal monograph on cardunculus L. (syn. Cynara scolymus L.), folium
Cynara
https://www.ema.europa.eu/en/documents/herbalmonograph/final-european-union-herbal-monographcynara-cardunculus-l-syn-cynara-scolymus-lfolium_en.pdf
Rhodiola rosea
Rhodiola rosea (Crassulaceae) golden root, roseroot Nativa (Tibet, China e Mongólia) Cultivada (Europa e Américado Norte) Uso popular: ↑ sistema nervoso, ↓ fadiga, ↑ desempenho no trabalho, ↓ depressão, ↑ longevidade e fraqueza em doenças infecciosas e antiinflamatórias
INDICAÇÕES
Efeito adaptogênico de Rhodiola aumenta a atenção e resistência em situações de diminuição desempenho causado por fadiga e sensação de fraqueza, e reduz deficiências e desordens induzidas por stress relacionado com a função dos sistemas neuroendócrino e imunológico
Extrato seco padronizado das raízes de R. rosea padronizado em rosavina 2,0 –4,0%
tirosol
Potente antioxidante devido a presença dos ácidos fenólicos além de flavonoides, e taninos. Por isso apresenta estudos mostrando efeitos hepatoprotetor, neuroprotetor, cardioprotetor, normalizador da atividade endócrina e distúrbios apele
Posologia: 1 Cp (400 mg) 1x/dia (manhã) Tempo de uso: 2 semanas Efeitos adversos: Poucos relatos em estudos clínicos Efeitos teóricos: taquicardia, insônia, agitação, irritabilidade, cefaleia e intolerância gastrintestinal e hipertensão
Contraindicações : doenças cardíacas ou que pacientes em tratamento de distúrbios psiquiátricos, - 12 anos Não ingerir álcool durante tratamento
Mecanismo de ação Interação com cortisol, proteinaquinase c-JNK, óxido nítrico e proteínas de defesa (Hsp70 e FoxO/DAF-16). Possíveis interações com fármacos que atuam no SNC (ansiolíticos, sedativos, antidepressivos, antipsicóticos,e estabilizadores do Humor) e Sistema Cardiovascular (antiarrítmicos, digitálicos, vasodilatadores, anticoagulantes e beta-bloqueadores). Não é recomendável seu uso antes de cirurgias
Quer saber mais! Panossian A. , Wikmana G. , Sarris J. Rosen root (Rhodiola rosea): Traditionaluse, chemical composition, pharmacology and clinical efficacy. Phytomedicine17 (2010) 481–493 Hsiu-Mei Chiang, Hsin-Chun Chen, Chin-Sheng Wu, Po-Yuan Wu, Kuo-Ching Wen. Rhodiola plants: Chemistry and biological activity. Journal of Food and Drug Analysis 23 (2015) 359-69 Assessment report on Rhodiola rosea L., rhizoma et radix https://www.ema.europa.eu/en/medicines/herbal/rhodiolaeroseae-rhizoma-et-radix
Curcuma longa
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Curcuma longa (Zingiberaceae) Farmacógeno: Raízes
POSSÍVEIS ADULTERANTES: Curcuma zedoaria, Curcuma xanthorrhiza e C. malabarica
Adaptógeno Indicações O extrato de C. longa é principalmente utilizado no tratamento da osteoartrite apresentando ação antiinflamatória e antioxidante, incluindo diminuição da peroxidação lipídica (ANVISA/MS).
EMA e WHO: Distúrbios TGI (queimação, inchaço, náuseas), problemas de pele e doenças e infecções hepáticas Usos descritos nas farmacopeias e nos sistemas tradicionais de medicina Tratamento de úlceras pépticas e dor e inflamação devido à artrite reumatoide, amenorreia, dismenorreia, diarréia, epilepsia, dor e doenças de pele.
A cúrcuma contém os curcuminóides curcumina, monodesmetoxicurcumina e bisdemetoxicurcumina.
Reações adversas: boca seca, desconforto gástrico leve, flatulência e movimentos intestinais mais freqüentes. Posologia: 2 cápsulas (250 mg - equivalente a 50 mg de curcuminóides)= via oral a cada 12 horas (adultos)
A curcumina tem risco teórico de Interações com AINEs, antiagregantes plaquetários, anticoagulantes, heparina de baixo peso molecular e agentes trombolíticos. Contraindicações Evitar ADM antes de procedimentos cirúrgicos Devido ao efeito na secreção biliar, uso C. longa é Contraindicado a pacientes com obstrução de vias biliares, pacientes com úlceras estomacais e hiperacidez ou qualquer outra doença biliar. Falta de estudos indica o uso apenas em adultos
Advertências e precauções
Os riscos de uso por via de administração não recomendada são a não obtenção do efeito desejado e a ocorrência de reações adversas.
não há contraindicação para o uso prolongado da curcumina (Bula)
Não foram observados efeitos tóxicos em pacientes após ingestão oral diária de C. longa (110 mg de curcumina) por quatro meses (EMA)
A atividade antirreumática da curcumina foi avaliada em estudo com 18 pacientes com diagnóstico de artrite reumatóide. Os resultados mostraram poucos efeitos adverso para curcumina e efeito similar ao da fenilbutrazona
50 pacientes com osteoartrite de joelhos foram tratados com “melhor tratamento disponível” e “melhor tratamento disponível” associado a curcumina (1gr/dia = 200mg de curcumina) durante 3 meses Os resultados indicaram que houve ▼ significativa no tamanho do edema, dor, rigidez e função física dos pacientes recebendo a curcumina
melhora no 2º mês 201% e 26% 3º mês 245% contra 30% grupo curcumina X controle
▼ estatística no grupo curcumina do teor de proteína C reativa. ▼ do uso de analgésicos e anti-inflamatórios pelos pacientes em 63% e 12% (grupo curcumina e controle) ▼ do No de complicações gastrointestinais, uso de outros tratamentos e custos com admissões hospitalares, consultas e exames radiográficos, etc
Os resultados do WOMAC mostraram ▼ do score de 83,4 para 41 no 2º mês de tratamento com curcumina e queda até 34,8 no terceiro mês contra 78,8 para grupo controle.
Avaliação de dor: nenhuma – 0, fraca– 1, moderada– 2, severa– 3, Extrema – 4
Ainda quer pesquisar mais!! Assessment report on Curcuma longa L., rhizoma https://www.ema.europa.eu/en/documents/herbalreport/final-assessment-report-curcuma-longa-l-rhizomarevision-1_en.pdf Curcumin: Total-Scale Analysis of the Scientific Literature. Molecules 2019, 24, 1393; doi:10.3390/molecules24071393 MONOGRAFIA DA ESPÉCIE Curcuma longa L. (CURCUMA) Organização: Ministério da Saúde e Anvisa
Piper methysticum
Kava-kava Piper methysticum (Piperaceae)
Farmacรณgeno: rizomas
James Cook (1768-1771) 1o europeu a ter contato com a kava-kava. • Piper = sabor picante • methysticum = palavra em grega methu (bebida embriagante) • observação de ratos que roíam as raízes rapidamente ficavam sedados e após algum tempo voltavam as suas atividades normais • Extrato seco padronizado de Piper methysticum Forst - 234mg 1 cápsula equivalente a 70,2mg de kava-lactonas por cápsula
Kavapironas ou Kavalactonas
INDICAÇÕES tratamento sintomático de estágios leves a moderados de ansiedade, tensão e insônia.
TTO de curto prazo (1-8 semanas de tratamento) não deve ser administrado por mais de 3 meses sem orientação médica. Contraindicado a pacientes com depressão
POSOLOGIA 1 cápsula até 3 vezes ao dia VO (insônia/ansiedade)
REAÇÕES ADVERSAS Kavadermopatia = pele seca e escamosa, olhos avermelhados, descoloração amarelada temporária da pele, cabelos e unhas.
Alteração no metabolismo do colesterol ▼ teor de niacina. Reversão com balanceamento da dieta e ▼ o consumo de kava
Hepatite tóxica com uso de doses excessivas e por tempo prolongado têm sido relatados. Pode ocorrer elevação das enzimas hepáticas aspartato e alanino aminotransferases, g-glutamiltransferase, dehidrogenase láctica, com ▲da bilirrubina conjugada.
PRECAUÇÕES P. methysticum mesmo quando administrado no intervalos e doses recomendadas, pode prejudicar os reflexos motores e a capacidade de dirigir ou operar máquinas pesadas
Ingestão do medicamento junto a alimentos gordurosos pode auxiliar na sua absorção EFEITOS ADVERSOS Vigilyse (banco de dados da OMS) apresenta 94 notificações de reações adversas. Mais frequentes erupção cutânea, prurido, hepatite. Em relação à toxicidade hepática: aumento da enzima hepática, hepatite, cirrose hepática, icterícia.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Exemplo
Possíveis Consequências da Interação
Inibidores da galactogenese, antiparkinsoniano, agonistas dopaminérgicos
▼da efetividade do fármaco
Relaxantes Musculares, Álcool, barbitúricos, Benzodiazepínicos, agentes psicoativos e opioides
▲ ação depressora do SNC.
Esteroides anabolizantes, Amiodarona, Metotrexato, Paracetamol, Cetoconazol
Ocorrência de danos hepáticos.
Heparina, Fármacos trombolíticos, Antiplaquetários
▲ de risco de sangramento.
Kava-kava pode interagir com outros medicamentos fitoterápicos como Hipérico (Hypericum perforatum), Valeriana (Valeriana officinalis), echinacea (Echinacea purpurea), etc
Precisando de mais dados!! Assessment report on Piper methysticum G. Forst., rhizoma https://www.ema.europa.eu/en/documents/h erbal-report/final-assessment-report-pipermethysticum-g-forst-rhizoma_en.pdf
Zingiber officinalle
Zingiber officinalle
Rizomas
Gengimin Classificação: antieméticos e antinauseantes Indicações: alívio sintomático da doença de movimento (cinetose), tratamento sintomático de queixas gastrointestinais leves e espasmódicas, incluindo inchaço e flatulência, náusea enjoo pós-operatória, vômitos na gravidez . Mecanismo de ação: ação antiemética dos gingerois ocorre através de receptores centrais.
Reações adversas: dor de estômago, eructação (arroto), azia e náuseas Dermatite de contato foi relatada em pacientes sensíveis. Interações: anti-inflamatórios não esteroidais e varfarina (risco de sangramentos). Pode potencialização do efeito de fármacos hipoglicemiante como sulfaguanidina (risco de hipoglicemia)
↓ absorção de ferro e ação aditiva com anti-hipertensivos
Contraindicações: pessoas com cálculos biliares, irritação gástrica, hipertensão arterial e que façam consumo de hipoglicemiantes ou anticoagulantes. Não e indicado para crianças -6 anos Posologia: Crianças + de 6 anos 1 cp/dia Adultos 2 a 3 cp/dia prevenção da cinetose, ADM dose diária 30 minutos antes da viagem Tempo de uso: 1 a 5 dias
Gingerol
Shogaol
Quer saber mais !!!
Assessment report on Assessment report on Zingiber officinale Roscoe, rhizoma
https://www.ema.europa.eu/en/documents/herba l-report/final-assessment-report-zingiberofficinale-roscoe-rhizoma_en.pdf
Cannabis sativa
Cannabis sativa
Benzopiranos
Efeitos farmacológicos anorexia e caquexia em pacientes com Aids, CA e Alzheimer analgésico para dor neuropática e dor crônica (reumatismo, esclerose múltipla, fibromialgia e dor tumoral, ), disfunção da bexiga em pacientes com esclerose múltipla náuseas e vômitos para pacientes em tratamento com citotóxicos espasticidade e movimentos involuntários induzidos por levodopa em pacientes com Parkinson
Glaucoma
Indicação utilizado para melhorar os sintomas relacionados com a rigidez muscular, espasticidade na esclerose múltipla. Mecanismo de Ação atuam no sistema nervoso central, levando ao relaxamento dos músculos e alívio da rigidez e dor muscular Cada mililitro contém 38-44 mg e 35-42 mg de dois extratos de Cannabis sativa, folha e flor correspondente a 27 mg de delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) e a 25 mg de canabidiol (CBD). Extrato padronizado, mas Não é considerado fitoterápico
Utilize apenas na boca do lado de dentro da bochecha ou sob a língua. Aponte o bocal para debaixo da língua ou para o lado de dentro da bochecha. Mude a zona da boca sempre que efetuar uma pulverização para evitar desconforto no local.
os efeitos colaterais mais comuns dos canabinóides são cansaço e tonturas (10% dos pacientes), efeitos psicológicos e boca seca. A tolerância a esses efeitos colaterais quase sempre se desenvolve dentro de pouco tempo. Os sintomas de abstinência raramente são um problema no ambiente terapêutico.
Conservação Deve ser mantido na geladeira temperatura entre os 2ºC e 8ºC. Depois de aberto, e no caso do spray com 5,5 ml, deve ser jogado no lixo após 28 dias. Já no caso do spray com 10 ml, pode ser mantido por 42 dias.
Efeitos colaterais Muito frequentes (+1 em 10 pacientes)-Sensação de tontura e sonolência. Frequentes (-1 em cada 10 pacientes)- depressão ou confusão, hiperexcitação ou sentir-se desligado da realidade, problemas de memória ou dificuldade em concentrar-se, sonolência ou vertigens, visão desfocada, dificuldade em falar, comer mais ou menos do que é habitual, alteração do sentido do paladar ou a boca seca, problemas na boca, (ardor, dor ou úlceras na boca), falta de energia ou sensação de fraqueza ou mal-estar geral, sensação de embriaguez, perda do equilíbrio ou queda. A tolerância a esses efeitos colaterais quase sempre se desenvolve dentro de pouco tempo. Os sintomas de abstinência raramente são um problema no ambiente terapêutico
• Parada repentina pode alterar sono e apetite. A rigidez muscular deve voltar gradualmente • Sobredose: alucinações, tontura, sonolência, confusão, alteração na frequência cardíaca • Interação Medicamentosa ansiolíticos, sedativos relaxantes muscular e indutores de sono podem aumentar o risco de quedas e de outros acidentes. Álcool pode induzir perda de equilíbrio ou da capacidade para responder rapidamente ↑o risco de quedas e de outros acidentes.
Contra Indicado Familiares diretos com problemas de saúde mental como, esquizofrenia, psicose ou outra perturbação psiquiátrica importante Pacientes com epilepsia ou convulsões regulares, problemas hepáticos ou renais, angina, enfarto, hipertensão mal controlada ou arritmia Idoso com dificuldades em efetuar as suas atividades diárias, ou paciente que abusou de qualquer droga ou substância psicotrópica Mesmo quando estiver sob dose estável, não deve conduzir ou utilizar máquinas se sentir sonolência ou tonturas pois podem prejudicar sua habilidade seu estado de alerta
Quer saber mais !!! investigation plan for cannabidiol / delta-9tetrahydrocannabinol (Sativex), https://www.ema.europa.eu/en/documents/pipdecision/p/0316/2016-ema-decision-2-december2016-acceptance-modification-agreed-paediatricinvestigation-plan/delta-9-tetrahydrocannabinolsativex-emea-000181-pip01-08-m03_en.pdf
Farmacoterapia dos Produtos Naturais
Prof. Dr. Alexandre de Barros FalcĂŁo Ferraz