HERÓIS OU VILÕES NO TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA?
Nutricionista Patrícia Rios Liga de Síndrome Metabólica HC-FMUSP
SÍNDROME METABÓLICA
Rev Endocr Metab Disord. 2013;14:241–254
SÍNDROME METABÓLICA
OBJETIVOS DO TRATAMENTO NUTRICIONAL
Rev Endocr Metab Disord. 2013;14:241–254
TRATAMENTO NUTRICIONAL NA SÍNDROME METABÓLICA
HERÓIS OU VILÕES?
HERÓIS OU VILÕES?
CHÁ VERDE
CHÁ VERDE Produzido a partir das folhas de Camellia sinesis. Corresponde à 20% da produção mundial de chás.
Food Funct. 2014; 5:545–556.
CHÁ VERDE
Consumido principalmente
em países asiáticos: Japão, China,
Coréia,
Índia
e
Paquistão.
Food Funct. 2014; 5:545–556.
CHÁ VERDE Chá verde x chá preto: diferentes modos de produção a partir das folhas de Camellia sinesis.
Os efeitos mais significativos sobre a saúde humana têm sido observados com o consumo do chá verde.
Chinese Medicine. 2010; 5:545-56.
CHÁ VERDE Os flavonóides presentes no chá verde conferem à ele propriedades funcionais.
Current Pharmaceutical Biotechnology. 2015; 16:265–271
CHÁ VERDE
Current Pharmaceutical Biotechnology. 2015; 16:265–271
CHÁ VERDE Efeitos associados à epigalocatequina-3-galato (EGCG): Antioxidante Antiinflamatório Neuroprotetor Anticancerígeno Antiaterosclerótico
Current Pharmaceutical Biotechnology. 2015; 16:265–271
CHÁ VERDE Benefícios do consumo do chá verde em animais e humanos: Proteção contra doenças degenerativas; Redução do estresse oxidativo; Prevenção de alguns tipos de câncer; Redução do risco para doenças crônicas.
Chinese Medicine. 2010; 5:545-56.
CHÁ VERDE Chá verde x intolerância à glicose
Estudos
têm
demonstrado que o chá verde
estimula
a
translocação de GLUT-4, levando ao aumento da captação de glicose. Current Medicinal Chemistry, 2015; 22:59-69.
CHÁ VERDE
Amostra: camundongos db/db Duração: 10 meses
Nutr Metab. 2012;14:9-11.
CHÁ VERDE Protocolo experimental: Controle: placebo Extrato de chá verde (94% de EGCG) Rosiglitazona
Nutr Metab. 2012;14:9-11.
CHÁ VERDE
Nutr Metab. 2012;14:9-11.
CHÁ VERDE
Nutr Metab. 2012;14:9-11.
CHÁ VERDE
Nutr Res. 2012;32:421-427.
CHÁ VERDE Amostra: 56 indivíduos adultos obesos hipertensos Duração: 3 meses Protocolo experimental: consumo diário de cápsulas contendo 208 mg de EGCG Controle: placebo
Nutr Res. 2012;32:421-427.
CHÁ VERDE
Observou-se
redução
significativa
das
concentrações de glicose e insulina nos indivíduos que consumiram EGCG.
Nutr Res. 2012;32:421-427.
CHÁ VERDE
Amostra: 35 indivíduos adultos portadores de SM Duração: 8 semanas
Nutr Res. 2013;33:180–187.
CHÁ VERDE Protocolo experimental: Controle: 4 xícaras de água/dia Chá verde: 4 xícaras/dia (440 mg EGCG) Extrato de chá verde: 2 cápsulas/dia (460 mg EGCG)
Nutr Res. 2013;33:180–187.
CHÁ VERDE O grupo que consumiu chá verde e o grupo que consumiu extrato de chá verde tiveram aumento da glutationa peroxidase em relação aos controles.
Nutr Res. 2013;33:180–187.
CHÁ VERDE
Nutrition. 2011; 27: 206–213.
CHÁ VERDE Não foram observadas diferenças entre controles e os grupos que consumiram chá verde quanto à: Proteína C reativa IL-6 IL -1B sVCAM-1 ICAM-1
Nutrition. 2011; 27: 206–213.
CHÁ VERDE
Amostra: 66 indivíduos portadores de SM Duração: 8 semanas
J Med Food.2014;1–8.
CHÁ VERDE Protocolo experimental: Controle: pão controle Mulheres: 280 g/ dia Homens: 360 g/dia Pão enriquecido com extrato de chá verde Mulheres: 280 g/ dia (188 mg/dia EGCG) Homens: 360 g/dia (242 mg/dia EGCG) J Med Food.2014;1–8.
CHÁ VERDE O pão enriquecido com extrato de chá verde não alterou significativamente: Peso corporal Glicemia de jejum Triglicérides HDL-colesterol
J Med Food.2014;1–8.
CHÁ VERDE CONCLUSÃO Embora os estudos não sejam conclusivos quanto aos efeitos do consumo do chá verde sobre os marcadores da SM, eles sugerem uma relação entre esse consumo e a diminuição da resistência insulínica e do estresse oxidativo.
HERÓIS OU VILÕES?
FRUTOSE
FRUTOSE Monossacarídeo
Constituinte da sacarose
Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas. 2011;18(2):88-98.
FRUTOSE A frutose está presente em: Frutas Mel Xarope de milho: High Fructose Corn Syrup (HFCS) - 55% Frutose
Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas. 2011;18(2):88-98.
FRUTOSE Por ser 1,5x mais doce que a sacarose, é incorporada no preparo de: Refrigerantes Pó para bebidas Frutas enlatadas
Frutas em caldas Bolos Pudins
Geleias
Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas. 2011;18(2):88-98.
FRUTOSE
Aumento no consumo de frutose:
refrigerantes xarope de milho (HFCS) cereais matinais
Am J Clin Nutr 2002;76:911–22
A
FRUTOSE Dietas contendo altos teores de frutose estão associadas à ocorrência de: Obesidade Doenças cardiovasculares Aumento de triglicérides Síndrome metabólica Doença hepática gordurosa não alcoólica
Adv Nutr. 2013 Mar 1;4(2):220-5.
FRUTOSE Frutose x ganho de peso Amostra: 16 macacos rhesus Duração: 12 meses Protocolo experimental: bebidas adoçadas com glicose (380 Kcal/dia) x bebidas adoçadas com frutose (380 Kcal/dia)
Am J Clin Nutr 2008;88(suppl):1733S–7S.
FRUTOSE
Am J Clin Nutr 2008;88(suppl):1733S–7S.
FRUTOSE
Am J Clin Nutr 2008;88(suppl):1733S–7S.
FRUTOSE Frutose x sensibilidade à insulina
Diabetes. 2005;54:1907–1913.
FRUTOSE Amostra: 7 indivíduos adultos saudáveis Protocolo experimental: 4 diferentes dietas em diferentes ocasiões Dieta controle: 50% CHO, 35% GD, 15% PT Dieta rica em frutose: 3 g/dia Dieta suplementada com óleo de peixe: 7,2 g/dia Dieta rica em frutose + óleo de peixe
Diabetes. 2005;54:1907–1913.
FRUTOSE Dieta rica em frutose aumentou as concentrações de TG; A inclusão do óleo de peixe à dieta rica em frutose levou à redução de TG.
Diabetes. 2005;54:1907–1913.
FRUTOSE Dieta rica em frutose e dieta suplementada com óleo de peixe + frutose: aumento significativo na glicemia de jejum; aumento na lipogênese hepática.
Diabetes. 2005;54:1907–1913.
FRUTOSE
Am J Clin 1988;48:1031-4.
FRUTOSE
A lipemia p贸s prandial foi significativamente maior com o consumo de sacarose e frutose do que com o consumo de glicose.
Am J Clin 1988;48:1031-4.
FRUTOSE CONCLUSÃO O consumo excessivo de frutose leva à piora do quadro metabólico em indivíduos portadores de SM.
HERÓIS OU VILÕES?
DIETA HIPERLIPÍDICA
DIETA HIPERLIPÍDICA Dieta Atkins: 1972 – Dr Atkins' Diet Revolution 1992 – Dr Atkins' New Diet Revolution Características: Hiperlipídica Hiperproteica Hipoglicídica
DIETA HIPERLIPテ好ICA
DIETA HIPERLIPテ好ICA
The Journal of Biological Chemistry. 1998; 273: 26157- 26163
DIETA HIPERLIPÍDICA Observou-se redução de 30% na fosforilação de IRS-1 nos animais que
consumiram
dieta
rica em gordura, com consequente redução da translocação de GLUT-4. The Journal of Biological Chemistry. 1998; 273: 26157- 26163
DIETA HIPERLIPテ好ICA
Diabetology & Metabolic Syndrome 2014, 6:130.
DIETA HIPERLIPÍDICA
A dieta hiperlipídica induziu: Aumento de trigllicérides e insulina Esteatose hepática Estresse oxidativo no fígado, pâncreas e vasos sanguíneos.
Diabetology & Metabolic Syndrome 2014, 6:130.
•
Amostra: 63 indivíduos obesos
•
Duração: 1 ano
N. Engl. J. Med. 2003; 348:2082-90
Protocolo experimental:
Dieta Atkins
Manual de Atkins
2 sem - 20g CHO/dia
Dieta convencional
Desistência: 41%
60% CHO, 25% Gord, 15% Prot N. Engl. J. Med. 2003; 348:2082-90
Variação de peso
N. Engl. J. Med. 2003; 348:2082-90
N. Engl. J. Med. 2003; 348:2082-90
Comentários sobre artigo de Foster RO Bonow - Diet, Obesity and CV Risk. • Magnitude da perda de peso e a aderência ao estudo foram muito baixas. • Estudo de um ano serve para mostrar que restrições na composição alimentar não são compatíveis com estilo de vida e difíceis de manter a longo prazo. • Redução de TG é compatível com perda de peso; aumento de HDL se deve a maior ingestão de gordura saturada que sabidamente não é benéfica para as populações. N. Engl. J. Med. 2003; 348:2057
Amostra: 93 mulheres insulino-resistentes
Duração: 1 ano
International Journal of Obesity (2006) 30, 342–349
Protocolo experimental
Dieta rica em CHO (HC): 55% CHO; 15% PT; 30% LIP
Dieta rica em proteína (HP): 40% CHO; 30% PT; 30% LIP
Dieta rica em gordura (HF): 2 semanas – 20g CHO/dia; após 2 sem: 50g CHO/dia
International Journal of Obesity (2006) 30, 342–349
HC HF HP
6 meses: maior perda de peso e redução de cintura nas dietas HP e HF.
International Journal of Obesity (2006) 30, 342–349
Ao final de 12 meses, não foram observadas diferenças na glicemia e insulina de jejum entre as dietas.
International Journal of Obesity (2006) 30, 342–349
Padrão alimentar e risco para infarto agudo do miocárdio em 52 países Resultados do estudo INTERHEART Identificação de 3 modelos de dieta: Oriental Ocidental (Rica em gordura ) Prudente (Balanceada/rica em frutas, verduras e legumes) Circulation. 2008 ;118:1929-37
Risco para infarto agudo do miocรกrdio
Circulation. 2008 ;118:1929-37
DIETA HIPERLIPÍDICA CONCLUSÃO Embora leve à rápida perda de peso, a dieta rica em gordura está relacionada com o aumento da resistência insulínica e aumento do risco cardiovascular.
PLANO ALIMENTAR NA SÍNDROME METABÓLICA RECOMENDAÇÕES
I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica Arq Bras Cardiol. 2005;84 supl I:1-28
OBRIGADA!!!
nutri.lsm.hcfmusp@gmail.com