Alessandra Coelho - Suplementação na Corrida

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Lenycia Neri Nutricionista da Nutri4Life Consultoria em Nutrição Nutricionista do Instituto da Criança do HC Maratonista amadora

www.nutri4life.com.br lenycia@nutri4life.com.br


Fisiologia da corrida

DESEMPENHO


Sistemas envolvidos do exercĂ­cio


VO2 máx  Capacidade máxima do corpo de um indivíduo em

transportar e metabolizar O2  Capacidade aeróbica de um indivíduo  l/m  absoluta; ml/kg/minrelativa ao peso;

 Genético, gênero, idade, treinamento...  Diferentes para diferentes modalidades esportivas;  Carga relativa e tempo máximo de exercício;  Para treino: 60 – 80% VO2 máx


Substrato energético FATOR LIMITANTE: OXIGÊNIO DISPONÍVE L


Atletismo - definição  3 modalidades – movimentos essenciais:  Corrida  Lançamentos  Saltos  Esporte milenar: primeiros registros: Primeiros Jogos

Olímpicos: 776 aC.  Esporte de base.


CORRIDA


Classificação  Curta distância ou velocidade (tiro rápido), que nas

competições oficiais vão de 100, 200 e os 400m inclusive;  Média distância ou de meio fundo: 800 metros e 1 500 metros;  Longa distância ou de fundo 3 000 metros ou mais, chegando até às ultra maratonas de 100 quilômetros.


Corridas de rua crescimento  2001: apenas 11 provas regulamentadas.  Brasil (2012): 730 corridas de rua, dez maratonas e 30    

meias-maratonas: 880 mil competidores. EUA: 12 milhões de participantes: 17 mil corridas de rua, 316 maratonas e 930 meias-maratonas. Atlanta Road Race 10k - foram registrados mais de 55 mil inscritos. Mulheres: crescendo a participação: 27,73%. Meses com mais corridas SP: agosto, maio e dezembro. Ativo – 06/12/2012


Números em corridas de rua Corridas EUA

concluintes Corridas BR

Atlanta Road Race 10k

55.077

Lilac Bloomsay Run 12k Dick’s Sporting Goods Bolder

51.303 49.213

ING New York City Marathon

47.133

Zazzle Bay to Breakers 12k

43.954

Chicago Marathon

35.755

Cooper River Bridge Run 10k

34.789

Ukrop’s Monument Avenue

33.365

Zappos.com Half Marathon

33.257

Shamrock Shuffle 8k

32.442

Maratona de Revezamento Pão de Açúcar SP São Silvestre 10km Tribuna Circuito das Estações RJ Primavera Circuito das Estações RJ Outono Night Run SP - 1ª etapa Circuito das Estações RJ Inverno Meia Internacional do RJ Meia Maratona de São Paulo Maratona Caixa RJ

conclui ntes 25.630 19.347 14.013 11.678 11.019 10.989 10.864 10.645 9.983 8.861


Perfil do corredor  Corredor: Atleta x Amador  Objetivo: rendimento esportivo, prazer, redução de

peso (mulheres), social, redução de estresse.  Assessorias esportivas;  Calendário de corridas de rua.


Corridas


Corridas


Velocista  Corridas de 60 a 400m  Energia de forma anaeróbia: fosfocreatina (100/200m)

e via glicolítica (400m)  Sprint: máximo esforço por um curto período de tempo.  Habilidade de atingir velocidade máxima e limitar a perda desta explosão.  FATORES INFLUENCIADORES: biomecânicos, neuromusculares e metabólicos. Tipton KD et al, 2007


Nutrição no velocista  Poucas informações: maior enfoque em longas

distâncias;  Objetivo: modular a hipertrofia: força e massa muscular.  Treino e competição.

Tipton KD et al, 2007


Considerações importantes  Manter os níveis energéticos para os treinos;  Recuperação rápida pós-treino;  Otimizar adaptações do treino através da nutrição;  Alcançar a maior razão força: peso  (elevada massa muscular e mínimo gordura)

 Manter foco e concentração nos dias de competição;  Melhorar tempo de reação

Tipton KD et al, 2007


SINALIZAÇÃO INTRACELULAR

DNA MUSCULAÇÃO TRANSCRIÇÃO INSULINA

RNA TRADUÇÃO

PROTEÍNA

Tipton KD et al, 2007

DIETA: CARBOIDRATOS + PROTEÍNAS


Treino para ganho de massa magra  Melhor razão força: peso  Massa ótima ≠ Massa máxima  Balanço da síntese miofibrilar:  Aumentar a síntese de proteína muscular e diminuir o catabolismo;  A síntese pós-treino demora para começar (elevação de AMPK – inibe tradução)  Depois que começa síntese permanece elevada por 48h;  No entanto não há balanço positivo se não há consumo de aminoácidos exógenos (pequena quantidade). Tipton KD et al, 2007


PROTEÍNAS  Essencial para ganho de massa magra  Indústria vende vários suplementos proteicos para 

  

ganho de massa muscular Tipo (aminoácidos), momento, quantidade de proteína ingerida e outros nutrientes ingeridos em conjunto. Necessidades: 1,2 a 1,5 g/kg/dia Aumentar a ingestão proteica dos atletas não é necessário. Excesso é oxidado (risco de dano renal???) Tipton KD et al, 2007


Balanço energético  Não é possível manter um balanço nitrogenado

positivo em déficit de energia.  Balanço energético positivo é mais importante do que a quantidade de proteína ingerida.

Tipton KD et al, 2007


Dia da competição  Duração de segundos  Várias séries: com descanso entre elas:  Campeonato Mundial em Osaka, 100m, 2007  Dia 1: 12h10 100m 8  Dia 1: 20h15 quartas de final h  Dia 3: 20h10  semi-final 2  Dia 3: 22h20  final h

Tipton KD et al, 2007


Dia da competição objetivos  Manter-se hidratado: não beber muita água;  Manter glicemia: evitar alimentar-se muito;

Evitar desconforto gastrointestinal  Mais importante é o que não comer, do que o que comer.

Tipton KD et al, 2007


Suplementos para velocistas  Glicólise Anaeróbia  aumento da acidez do músculo  Impossibilita a contração muscular  Diminuir os H+  melhora performance

Tipton KD et al, 2007


Beta -alanina  Aa não essencial: presente em carnes  Substrato para síntese de a Carnosina (fibra II alta

concentração em velocistas)  Carnosina  atenua redução pH intracelular  Diminui a fadiga  aumenta rendimento  Supl por 4 sem  aum de 59% carnosina  Supl por 10 sem  aum 80% carnosina Tipton KD et al, 2007


Bicarbonato de sódio  Tampões do meio extracelular: proteínas e    

bicarbonato Usado para 400m, mas sem estudos para exercícios < 1min Doses < 100mg/kg  não afeta performance Doses > 300mg/kg  probl gastrointestinais 300mg/kg  1-2h antes

Tipton KD et al, 2007


Creatina  Guanidina: presentes em carnes e peixes em     

concentrações de 3 a 7g/kg Aumenta a concentração de creatina muscular Não houve melhora em performance em vários estudos (100m, 6x60m, 6x40m) Difícil determinar o efeito em sprint (benefício pequeno e variabilidade diária da performance) 15-60m: Tempo de reação e coordenação da corrida(?) Ganho de massa magra, força e explosão  musculação. Tipton KD et al, 2007


Creatina  Saturação: 15-20g/dia  4 a 7 dias  Manutenção: 2 -5g/dia  Efeito positivo diminui depois de 8-10 semanas:

período de suspensão da supl.  Não é doping, ingerir com o carboidrato pós-exercício  Aumento de água intracelular: razão peso: força

Tipton KD et al, 2007


Cafeína  Estimulante mais popular entre atletas e não atletas;  Café, chá, chocolate, bebidas tipo cola, energéticos;  Estimula sistema central  aumenta recrutamento de

fibras musulares.  Pequenas doses (1-2mg/kg)  alerta e diminui o tempo de reação. Dose maiores: piora.

Tipton KD et al, 2007


Cafeína  Ingerir em capsulas ou pastilhas (melhor que café

forte para prevenir probl GI)  estomago vazio préevento.  Variabilidade individual da resposta: sensibilidade.  Altas doses: pode causar problemas cardíacos (2004 saiu da lista de substancias banidas)

Tipton KD et al, 2007


Corridas


Meia - distância  800 e 1500m  Vários sistemas energéticos: 60 e 75% energia é

aeróbica nos 800 e 1500m (respectivamente).  Alcançam 20x VO2 repouso;  115% VO2 máx por 4 min (1500m);  Lactato pós – 20mmol/l


Treinos  Volume, duração e intensidade;  Diversos estímulos:  Fase aeróbia (preparatória) = volume (maratonista);  Fase de preparação específica  Fase competitiva = intensidade (velocista);  Fase de transição ou repouso.

 Exercícios resistidos: adaptações nervosas e

musculares;  Periodizar a nutrição de acordo com fase dos treinos.


Periodização de treinos nutrição



Metabolismo energéticocarboidratos  Maior combustivel para intensidades maiores que

75% VO2 máx;

 Principal combustível para oxidação aeróbia e

anaeróbia;  Moderada a alta quantidade de carboidratos na dieta, de acordo com fase do treino ( 7 a 10g/kg peso).  Consumo de atletas é alto, exceto mulheres (comem menor quantidade: energia e carboidratos)

 De acordo com tipo de treino são as

recomendações nutricionais para favorecer a recuperação muscular.


Metabolismo energético gordura  Intensidades moderada a baixa;  4 x mais ATP por molécula;  Pode aumentar o peso corporal: indesejado;  Estoques tec adiposo e células musculares

(triglicerídeos intramusculares: combustível para exercício)


Metabolismo energético proteínas  Enzimas, sinalizações energéticas, estruturais nas

células (fibras musculares);  Oxidação energética: 2-5%: pode aumentar com maiores intensidades de treino e com consumo excessivo de proteínas;  Recomendações treino intenso: 1,5 a 1,7g/kg peso (dieta equilibrada).  Medo de ganhar peso (massa muscular): mas estímulo aeróbio favorece aumento de mitocôndrias ao invés de proteínas miofibrilares.



Fase preparação geral  Carga de treino alta: fornecer combustível suficiente;  CHO: 7-10g/kg/dia;  GORD: 1,5 a 2g/kg peso/dia (30% VCT)  PROT: 1,5 a 1,7g/kg/dia


Fase de treino específico  Maximizar capacidade cardíaca e respiratória:

treinos 75 – 90% VO2 máx;  Fibra muscular tipo II, aumento de enzimas glicolíticas, adaptações para aceitar maiores níveis de acidose muscular;  Função imune: consumo restrito de energia e carboidratos;  Não perder peso de forma rápida.  CHO: 7-10g/kg/dia;  GORD: 1,5 a 1,5g/kg/dia - 20 a 25% VCT  PROT: 1,5 a 1,7g/kg/dia


Fase competitiva  Muito alta intensidade e pequeno volume de treino

(<130% VO2 máx)  Máx velocidade da tolerância de lactato;  Pico fisiológico e psicológico;  Energia: cuidados para não haver ganho de peso (reduzido volume de treino).  CHO: 7-10g/kg/dia;  GORD: 1g/kg peso/dia  PROT: 1,2 -1,5g/kg/dia


Fase de recuperação: transição  Repouso: prevenir overtraining;  Pode ocorrer mudanças no peso (< 5%) e percentual

de gordura;  Recomendações nutricionais: menor consumo energético;  Proporção de macronutrientes: dieta saudável.


Antes da competição  Individualmente: sintomas gastrointestinais;  Refeição rica em CHO (1-4g/kg) 1 a 6h antes da

competição;  Água com eletrólitos ou bebida esportiva: 400 – 600ml 60 a 120min antes (rever qtidade em ambiente frio);  Pequeno lanche (fruta ou barra) 1 a 3h antes do aquecimento.


Durante e pós treino  Manter-se hidratados e com glicogênio muscular:  Carboidratos: 30-60g/h;

 Recuperação imediata (<4h): maior síntese de

glicogênio muscular (na primeira hora pós treino):  cho de alto IG 20 -30g/ 20-30min (total: 1,2-1,5g/kg);  Proteína adicionada na bebida: alguns aminoácidos

como leucina e fenilalanina (melhora síntese de glicogenio muscular?)


Pós treino: recuperação tardia  Proteína + carboidrato = essencial  4h pós-exercício:  0,1g/kg de aa essenciais;  1-4g CHO/kg

 Grande refeição: dificuldades técnicas.


Suplementação  Fadiga 2-10min: limitações da glicolise anaeróbia:

produção de lactato e ínos H+: altera balanço ácido-base.  Redução pH: inibe enzimas glicolíticas, interações actina miosina (cálcio).  Melhora na performance: diminui H+ intramuscular ou favorecer efluxo de H+ do músculo:  Bicarbonato de sódio;  Β-alanina.


Bicarbonato de sódio  0,3g/kg – 1-2h antes: pequeno mas significante

resultado.  Melhora de 0,44 dp: em 2006 na prova de 800m masculina 1:46:36  1:45:52.  Vômitos e diarréia: experimentar nos treinos;  Supl crônica (?): 0,5g/kg – 5 dias (4 doses por dia) sem supl melhora rendimento.


β-alanina/carnosina  Carnosina é um agente tampão intracelular:

síntese limitada pela disponibilidade de β-alanina.  Suplementação 3,2 a 6,4g/dia :  dose única de 3,2g  ou 8 doses diárias de 0,4 a 1,6g de β-alanina

 Aumento de 50-60% na carnosina por 4

semanas melhora do rendimento? (mais estudos).  Efeitos colaterais: pseudo-alérgicas na pele: desaparece em 2h.


Corridas


Longas distâncias -fundistas  5, 8, 10, 12, 15, 20, 21, 42, 50km  Elite a atletas de final de semana;  Periodização:  Treino base;  Pré-competição (aclimatização, altitude)  Período de competição;  Repouso pré-evento;  Repouso ou transição. Burke et al, 2007


Performance  LIMITANTES:  VO2máx  Fração máxima do VO2 máx mantida por longas distâncias  Velocidade do limiar de lactato  Custo energético na corrida  africanos tem economia da corrida e fração maior de

VO2 mantida.

Burke et al, 2007


Longas distâncias  Várias séries  Ciclo de provas: Big City Marathons

(Boston, Chicago, New York, London, Paris): abril a novembro.  Metabolismo aeróbio: 95% da produção de energia; anaeróbio: subidas, sprint final.  Nutrição: balanço hídrico, disponibilidade de carboidrato, distúrbios ácido-base.

Burke et al, 2007


Desafios da nutrição  Físico do atleta: PEQUENOS E LEVES  Baixo peso (economia para corrida) e percentual de gordura (“peso morto”): mais rápido.  Mínimo de musculatura na porção superior,  Termoregulação: menor quantidade de calor produzida (músculo menor) e evaporação melhor (proporção área de superfície e volume)  Quando não tem este físico: genética e mulheres:  Mudança de peso e percentual de gordura: dietas restritivas:

distúrbios alimentares, osteopenia, disfunções menstruais (tríade da atleta): fraturas de estresse. Burke et al, 2007


Micronutrientes - Ferro  Crença: Maior risco de deficiência de ferro (na

verdade é igual a população em geral): oxigenação deficiente: impossibilita rendimento;  Suplementação Fe: sem resultados na performance, exceto mulheres com baixa ferritina (dieta restritiva e baixa em ferro);  3 meses de suplementação de 100mg de ferro elementar Restaura estoques baixos

Burke et al, 2007


Carboidrato  Ingestão de altas doses de carboidratos: recuperação

rápida para próxima sessão de treino (embora não recupere completamente glicogênio muscular entre 24-48h);  Um dano muscular não usual: como maratona: requer até 7 dias para completa reposição de glicogênio muscular.  Dieta com alto teor de carboidratos, melhor que a de moderado teor de CHO. Burke et al, 2007


“Train low, compete high”  SUPERCOMPENSAÇÃO DE CARBOIDRATOS:

corridas de 60-90min de duração: 1960:  3-4 dias de depleção (elevado treino e baixo consumo de cho)  3-4 dias de supercompensação (baixo treino e alto consumo de cho)  Adaptações com baixo nível de glicogênio muscular durante treinos, restaurando glicogênio muscular para a competição;

Burke et al, 2007


Supercompensação de CHO  Maior risco de lesões e dores e redução do bem-estar e

capacidade de treinos;  Supercompensação sem a fase restritiva: 3 dias de alto consumo e diminuição dos treinos  ótimo conteúdo de glicogênio musucular após 36-48h.  Recomendações de CHO:  Elevado volume de treinos: 7-10g/kg peso  Moderado volume: 5-7g/kg

 Altos níveis de cho NÃO aumentam a velocidade, mas

mantém o ritmo nos km finais.

Burke et al, 2007


Adaptação para uso de gordura  Dieta com baixo teor de carboidrato: 2,5g/kg  Alto teor de gordura: 65-70% VCT  Depois recompõe o estoque de glicogênio muscular;  Aumento da oxidação de gordura e economiza o

glicogênio muscular;  Mas pode impossibilitar o uso do glicogênio muscular por diminuição das enzimas (piruvato desidrogenase)  impossibilita altas intensidades: sprints, subidas etc  não deve ser realizada esta adaptação. Burke et al, 2007


Durante a corrida  Fornecimento de água, bebidas esportivas e esponjas é

comum nestas provas.  Hidratação: debates da dose ideal:  Bebidas esportivas (4-8gCHO/100ml), géis de carboidratos e água: mostram benefícios para corridas maiores do que 60 minutos.  Boston 1920: relato de consumo de doces para prevenir hipoglicemia e melhora do rendimento.

Burke et al, 2007


Função do carboidrato durante corrida  Prevenir hipoglicemia;  Economia do glicogênio muscular;  Fornecimento de um combustível extra para músculos  Para atletas treinados: mais estudos sobre benefício

em provas de 15-21km.

Burke et al, 2007


Necessidades nutricionais - proteínas  Atletas recreacionais: não altera as necessidades de

proteínas;  Elite: 1,6 -1,7g/kg/dia (dobro do sedentário);  Mulheres requerimentos 25% menores do que homens: 1,2-1,3g/kg/dia;  g/kg: evita doses baixas se recomendações fossem em %VCT.


Suplementos  3mg/kg cafeína antes e durante melhora performance

corredores  5km tem benefício do bicarbonato  Creatina: inapropriado para distancias longas (maior tempo devido aumento de peso);  Hiperhidratação com glicerol: melhora na termoregulação em condições de extremo calor (mais estudos).

Burke et al, 2007


Pós-treinos  Ingestão logo após o final do exercício, maximiza a

reposição de glicogênio muscular;  Proteína: possivelmente melhora recuperação e adaptação muscular (sistema imune);  Reidratação.


Maratona: 42195m  490 aC. Soldado grego Filípides.  Correu a distância da planície de Maratona (local da

batalha) à cidade de Atenas: anunciar vitória dos gregos aos persas.  Caiu morto na sua chegada.


Fisiologia da Maratona

 Metabolismo aeróbio: recrutamento de fibras

musculares e conversão de substrato energético.

Coyle EF,


Histórico - Maratonas  Anos 60/70  aumento da popularidade das

maratonas  “The Marathon: Physiological, Medical, Epidemiological, and Psychological Studies”  com a Maratona de NY – 1976  Boston: anualmente desde 1896  NY: primeiro ano: 55 homens – 4 voltas no Central Park: U$1  1976: 2090 homens (mudou percurso  urbana) Burfoot A, 2007





HIDRATAÇÃO

Aumento de 1-2% (280-285mOsm/kg H2O)

Aumento de 5-10 mOsm/Kg

Hew-Butler T, et al, IMMDA,


Sinais de desidratação

SBME, 2009


Reposição de fluidos  Temperatura ambiente  Peso do corredor  Velocidade do corredor  Comrades, 2005 – 90km: 7299 atletas:  Média de peso: 73kg (variação 43 – 119kg)  Velocidade: 16,4km/h – 7,4km/h

Hew-Butler T, et al, IMMDA, 2006.


Recomendações de hidratação  ACSM: 600 – 1200ml/h: muito amplo e baseado em atletas de elite:

 International Marathon Medical Directors Association (IMMDA): 400-

800ml/h  SBME (2009): beber a cada 15 a 20 minutos: 500 e 2.000ml/h + cho 30 a 60g/h + sódio 0,5 a 0,7g/l (corridas longas) Hew-Butler T, et al, IMMDA,


Orientações práticas: atleta amador  Alimentação saudável:  Verificar consumo de acordo com as recomendações de porções alimentares para população brasileira: frutas, verduras, legumes, leite, carne...  Adequar horários, de acordo com rotina;  Adequar o consumo macronutrientes: antes, durante e

depois dos treinos (principalmente cho);  Adequar a hidratação.


Estratégias práticas – relatos de casos  Orientar o que consumir no dia anterior (jantar rico

em carboidrato = macarrão alho e óleo?)  Orientar o que consumir imediatamente antes da corrida (carboidrato em gel hipoglicemia de rebote?)  Planejar a alimentação (não esquecer suplementos de carboidrato para durante a corrida longas)


Mitos entre corredores amadores  Carboidrato engorda (não bebem bebidas esportivas);  Não comer depois do exercício para não repor as

calorias gastas!  A dieta deve ser 0% de gordura sempre!  O que serve pra ele serve pra mim... (suplementos)


Estudo de maratona...  Maratona de Assunção – 26/08/2012  Início dos treinos: 11/06/2012 (com histórico de 3

maratonas anteriores, em 9 anos de corrida).

 Dificuldades: conciliar atividades profissionais e

treino intenso.





Chegada 3h45min!!!



Disney – Desafio do Pateta  21km no sábado + 42km no domingo


JosuĂŠ de Castro.


Referencias  Martin, DE. Strategies for Optimising Marathon Performance in the Heat. Sports        

Med 2007; 37 (4-5). Montain SJ, Ely MR. e Cheuvront SN. Marathon Performance in Thermally Stressing Conditions. Sports Med 2007; 37 (4-5) 320-323. Kenefick RW, Cheuvront SN e Sawka MN. Thermoregulatory Function During the Marathon. Sports Med 2007; 37 (4-5) Coyle EF. Physiological Regulation of Marathon Performance. Sports Med 2007; 37 (4-5): 306-311. Pate RR e O'Neill JR. American Women in the Marathon. Sports Med 2007:37 (4-6): 294-298. Burfoot A. The History of the Marathon: 1976-Present. Sports Med 2007; 37 (4-5): 264287. Roberts WO. Can Children and Adolescents Run Marathons? Sports Med 2007; 37 (4.5): 2W-3O1. Lieberman DE. e Bramble DM. The Evolution of Marathon Running: Capabilities in Humans. Sports Med 2007; 37 (4.6): 288-290 Burke LM et al. Nutrition for distance events. Journal of Sports Sciences, 25(S1): S29: S38, 2007.


Referencias  Tipton KD et al. Nutrition for the sprinter. Journal

of Sports Sciences, 25(S1): S5: S15, 2007.  Stellingwerff T et al. Nutritional strategies to optimize training and racing in middle-distance athletes. Journal of Sports Sciences, 25(S1): S17-S28, 2007.  Hew-Butler T, et al. Updated Fluid Recommendation: position Statement from the international Marathon Medical Directos Association (IMMDA). Clin J Sport Med, 16: 283-292: 2006.


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