Alessandra Coelho - e-Book Suplementação

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SUPLEMENTAÇÃO INTRODUÇÃO O papel do nutricionista entre outros aspectos é otimizar o padrão alimentar do indivíduo para que

seja fornecido ao organismo todos os nutrientes necessários. Porém, em algumas situações especiais como patologias, idade, erro alimentar ou dificuldade de atingir a recomendação de um ou mais nutrientes a suplementação alimentar pode ser indicada. O material a seguir foi elaborado para que você tenha uma informação rica e atualizada do que é a suplementação e como ela pode ser incluída nas diversas fases da vida, desde a infância até durante a gestação e na idade adulta. Outras condições especiais como atletas que apresentam um gasto energético alto e muitas vezes não consegue repor apenas através da alimentação, ou em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica onde a suplementação adequada, regular e continua é parte fundamental do sucesso da cirurgia. Esperamos que este material possa enriquecer seu conhecimento e trazer benefícios no cuidado e na saúde de seu paciente. Boa leitura!

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SUPLEMENTAÇÃO DEFINIÇÃO De acordo com a Resolução CFN nº390/2006 suplementos nutricionais são definidos como formulados

de vitaminas, minerais, proteínas e aminoácidos, lipideos e ácidos graxos , carboidratos e fibras, isolados ou associados entre si. Para a prescrição deve ser respeitado os níveis máximo de segurança determinados pelas “Dietary Reference Intakes” (DRIs) e pela “Tolerable Upper Levels” (UL). São normalmente comercializados sob a forma de tabletes, capsulas, pó ou líquido. Possuem a finalidade de complementar a alimentação habitual de indivíduos que não atingem a recomendação de nutrientes somente através da alimentação ou como forma de tratamento. De acordo com a ANVISA os suplementos alimentares são divididos em 4 categorias diferentes: 1) Suplementos vitamínicos e/ou minerais São os alimentos, compostos exclusivamente por nutrientes vitamínicos e/ou minerais, que servem para complementar a recomendação diária de um indivíduo saudável que através da alimentação não atinge a necessidade. Devem conter no mínimo 25%, e no máximo até 100% da DRIs de vitaminas e/ou minerais, não podendo substituir os alimentos nem serem considerados dieta exclusiva. 2) Alimentos para atletas Os alimentos formulados para auxiliar os atletas a atender suas necessidades nutricionais específicas e auxiliar no desempenho do exercício também são denominados suplementos e podem ser classificados, de acordo com a finalidade a que se destinam: Alimentos para atletas Hidroeletrolíticos Energéticos Protéicos Suplementos para substituição parcial de refeições Suplemento de creatina Suplemento de cafeína

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SUPLEMENTAÇÃO 3) Novos alimentos São os alimentos ou substâncias sem histórico de consumo no país, ou alimentos com substâncias que

já são consumidas, que, entretanto, venham a ser adicionadas ou utilizadas em níveis muito superiores aos atualmente observados nos alimentos utilizados na dieta regular. Alguns exemplos de novos alimentos são: Omega 3 proveniente do óleo de peixe, resveratrol sintético ou extraído da uva, licopeno sintético ou extraído de tomate e fitoesteróis de óleos vegetais. 4) Alimentos com alegação de propriedade funcional e/ou de saúde São os alimentos que apresentam em seus dizeres de rotulagem e/ou material publicitário a alegação de propriedade funcional relativa ao papel metabólico ou fisiológico ou alegação de saúde, aquela que afirma, sugere ou implica a existência da relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde. Alguns exemplos: fibras alimentares, fitoesteróis, probióticos, proteína de soja, carotenóides e ácidos graxos. No Brasil, essas substâncias estão isentas de registro, mas devem seguir um regulamento técnico da ANVISA, que estabelece critérios de classificação, indicação, composição e rotulagem. Os suplementos alimentares só podem ser indicados por médico ou nutricionista!

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SUPLEMENTAÇÃO

REFERÊNCIAS 1- Resolução CFN nº390/2006 – Regulamenta a prescrição dietética de suplementos nutricionais pelo

nutricionista e dá outras providências. Disponível em http://www.cfn.org.br/novosite/pdf/res/2006/res390.pdf (Acesso em: 25/11/15). 2- U.S. Food and Drug Administration - FDA. Disponível em:

http://www.fda.gov/Food/DietarySupplements/UsingDietarySupplements/ucm110493.htm#what. (Acesso em: 15/10/15). 3- FORTÉ PHARMA. 2013.

Disponível em: http://pt.fortepharma.com/conselhos/os-suplementos-alimentares. (Acesso em: 15/10/15). 4- BRASIL. OUVIDORIA, ANVISA E DPDC, SENACON. Consumo e Saúde: “Suplemento Alimentar” – Fique

Atento. 2013.

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SUPLEMENTAÇÃO SUPLEMENTAÇÃO NA GESTAÇÃO

A gestação é um dos períodos de maior vulnerabilidade nutricional na vida da mulher, pois nesse momento o organismo encontra-se em intenso anabolismo, o que determina expressivo aumento das necessidades nutricionais4. Segundo a American Dietetic Association a suplementação com micronutrientes é um dos componentes-chave para aquisição de um estilo de vida saudável durante a gestação5. A gestação é caracterizada por diversas alterações orgânicas que ocorrem para atender as necessidades nutricionais desse período e preparo para o trabalho de parto e fase de lactação4,5. Na consulta nutricional pré-natal é necessário avaliar o estado nutricional da gestante detectando situações de risco e programando ajustes adequados na alimentação. A suplementação é necessária quando não é possível atingir às necessidades por alimentação e deve ser avaliada individualmente, com exceção de nutrientes específicos, como ferro e ácido fólico que devem ser suplementados em todos os casos4,5. A deficiência de micronutrientes é um problema de saúde pública, e principalmente quando o nosso organismo entra em fase de grande proliferação celular como na gestação. Novas evidências sugerem que a deficiência de micronutrientes pode ser uma importante causa do baixo peso ao nascer, do retardo no crescimento fetal, da pré – eclampsia e do risco aumentado para doenças crônicas na idade adulta5. Alguns nutrientes (micro e macro) tem necessidade aumentada no período gestacional e merecem atenção na hora de programar a alimentação da gestante, são eles4: Nutrientes com necessidades aumentadas na gestação Vitaminas do Complexo B Proteína Calorias Ferro Iodo Zinco Ácido fólico Vitaminas A e C Vitamina D

VITAMINA B12 Atua na conversão de homocisteína em metionina e regeneração da forma ativa do ácido fólico, e também funciona como enzima na catálise da conversão mitocondrial do ácido metilmalônico a succinil CoA, essencial para a síntese de hemoglobina2. Sua deficiência causa anemia megaloblástica e distúrbios neurológicos4,5,11. A preocupação com essa vitamina é voltada principalmente às gestantes vegetarianas restritas, que não consomem alimentos fontes: carnes, ovos, leite e derivados, vísceras, embutidos e frutos do mar. Outros fatores que concorrem para deficiência de vitamina B12: Doença de Crohn, a doença celíaca, as alterações autoimunes gástricas e cirurgia bariátrica, que promovem a redução da secreção do fator intrínseco5.

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SUPLEMENTAÇÃO

Nesses casos é necessário entrar com suplementação. A recomendação diária para gestantes adultas é 2,6 mcg/dia . 4,5,8

ÁCIDO FÓLICO A necessidade de folato aumenta durante a gestação, em função da rápida proliferação celular. Em virtude da demanda aumentada há propensão do desenvolvimento de deficiência de ácido fólico podendo ser prejudicial a divisão celular e a síntese protéica4,8,11. As primeiras semanas são decisivas para formação e fechamento do tubo neural, que posteriormente se desenvolverá para formar o cérebro e a medula espinhal4,5,8,11. A deficiência de ácido fólico pode levar a DTN (Defeitos do tubo neural), quando no inicio da gestação, e à anemia megaloblástica quando no final. Além disso, aborto espontâneo, hemorragias, pré-eclampsia e retardo de crescimento intrauterino são outras consequências da deficiência4,5,8, 11. A necessidade desse nutriente aumenta 50% nesse período, 600 mcg/dia. Dificilmente essa recomendação será atingida via alimentação, sendo necessário suplementar4. A suplementação deve ser iniciada antes da concepção e mantida até o término do primeiro trimestre nas seguintes doses3,8: 400 mcg/dia (0,4mg/dia) VITAMINA A A vitamina A é um nutriente que tem grande importância em vários processos metabólicos como a reprodução, sistema imune, visão, na manutenção da diferenciação celular e também nos períodos de grande proliferação celular como na gestação, no período neonatal e na infância2. A deficiência dessa vitamina está associada á ruptura prematura de membranas, à eclampsia, à xeroftalmia e à anemia por deficiência em vitamina A, enquanto que a hipervitaminose parece estar envolvida na teratogênese, em anormalidades hepáticas e na perda mineral óssea2.

Durante a gestação, a concentração de vitamina A no sangue diminui de forma gradual caso a alimentação da gestante esteja pobre em alimentos fonte de vitamina A como: abóbora, mamão, manga, cenoura, brócolis, couve, espinafre e batata doce2, 12. A vitamina A é transferida para o bebe pela placenta ou pelo leite materno. O leite materno fornece 60 vezes mais no período dos seis primeiros meses quando comparada com o período gestacional6. O ácido retinóico desempenha papel importante no período embrionário, atuando mais especificamente no desenvolvimento do coração, olhos e dos ouvidos. Trabalhos experimentais sugerem que a ingestão tanto deficiente, quanto excessiva de vitamina A no período gestacional está associada a defeitos congênitos cerebrais, oculares, auditivos, do aparelho gênito-urinário e cardiovascular, podendo promover reabsorção de embriões e, até mesmo, a morte fetal, sendo que a associação entre a DVAe a perda reprodutiva também foi descrita em humanos6. A ingestão de suplementos em quantidades próximas à recomendada para gestantes (770 mcg/dia), durante a gestação, reduz a mortalidade materna em 40% sendo esse percentual aumentado para 49% quando se utiliza betacaroteno. A causa aparente da redução do risco da mortalidade foi atribuída a menor suscetibilidade às infecções2,12.

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SUPLEMENTAÇÃO

VITAMINA D A vitamina D está envolvida no funcionamento do sistema músculo esquelético, regula o metabolismo do cálcio e do fósforo juntamente com o paratormônio e a calcitonina (tireoide). Sua deficiência é um fenômeno mundial e está incluída entre as principais epidemias que afligem a humanidade1. A deficiência de vitamina D em gestantes aumenta o risco de pré- eclampsia, resistência à insulina, o diabetes mellitus gestacional, aumento da frequência de parto cesáreo e o parto pré-termo. Após a gestação pode trazer consequências nos recém-nascidos como baixo peso, raquitismo neonatal, o risco de hipocalcemia neonatal, asma e/ou diabetes tipo 1 1. A deficiência de vitamina D durante a gravidez é a origem de uma série de futuros perigos para a criança, especialmente no neuro desenvolvimento e no sistema imunológico. Além dos efeitos imediatos, alguns destes danos causados por deficiência materna de vitamina D podem se tornar evidentes depois de muitos anos. Portanto, a prevenção da sua deficiência em mulheres grávidas é essencial sendo uma intervenção para proteger contra desfechos gestacionais adversos 1. Em função da demanda de cálcio aumentar no terceiro trimestre da gestação, o status dessa vitamina se torna crucial para a saúde da mãe, para o crescimento esquelético e para bons resultados maternos e fetais. Alimentos de origem animal são fontes representativas de vitamina D como os peixes, gema de ovo, fígado e produtos lácteos, porém a quantidade de vitamina D no corpo depende não só da ingestão, mas também da síntese pela exposição da pele à luz solar.

A sua deficiência é diagnosticada quando os níveis séricos de vitamina D estão abaixo de 20ng/ml, níveis adequados estão acima de 40ng/ml. A suplementação recomendada para gestante (RDA) é de1: 600 UI/dia Porém não é suficiente para todas as grávidas e lactantes para manter um valor de 25 OH VD acima de 30 ng/ml . Para estas prescreve-se: 600 UI/dia 1.500-2.000 UI/dia <30ng/ml 6.000 UI/dia <20ng/ml (deficientes) 1

Porém, deve-se ter atenção a ingestão excessiva de vitamina D (>100-150ng/ml), pois pode causar intoxicações como: hipercalcemia e hiperfosfatemia, podendo ocorrer calcificação de tecidos moles como os rins, pulmões, coração e vasos sanguíneos. Os sintomas geralmente são: câimbras, diarreias, dor de cabeça, náusea, perda de apetite, vômito e depressão1. A manutenção dos níveis séricos de vitamina D em níveis adequados, traz benefícios para o período gestacional, lactação e para o desenvolvimento dos filhos. FERRO O ferro é um elemento fundamental na transferência de moléculas de oxigênio para a respiração de células maternas e fetais, além da produção de energia. Na gestação estão aumentadas as necessidades de oxigênio e com isso

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SUPLEMENTAÇÃO

a demanda do mineral se duplica, e dessa forma, a necessidade de suplementação preventiva e rotineira para todas as gestantes se faz necessária5,8. Além disso, existe um aumento de demanda pelo crescimento do feto e uma necessidade de compensar eventuais perdas durante o processo do parto. No feto, além da formação da hemoglobina, o ferro é essencial para o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central através da síntese de enzimas responsáveis pelo metabolismo cerebral 8. Durante o período gestacional, as necessidades de ferro são desiguais, e a absorção do ferro alimentar, que é baixa no primeiro trimestre aumenta de forma progressiva chegando a triplicar por volta da 36ª semana de gestação em função do aumento da massa eritrocitária para suprir as necessidades do feto2,9. Segundo o Ministério da Saúde a suplementação deve ser: Após 20º Semana gestacional 1 drágea de sulfato ferroso/dia (300 mg de sulfato ferroso = 60 mg de ferro elementar) *Anemia: Hb < 11 mg/dLL

Com anemia* 3 drágeas de sulfato ferroso/dia (900 mg de sulfato ferroso = 180 mg de ferro elementar)

4,8

O suplemento deve ser ingerido 30 minutos antes das refeições, preferencialmente com suco de fruta cítrica, para aumentar a biodisponibilidade4. Algumas experiências têm mostrado que a suplementação com ferro durante a gestação tem diminuído a perda fetal e a mortalidade neonatal2. A suplementação de ferro na gestação geralmente é recomendada, mesmo na ausência de anemia, objetivando satisfazer o aumento dos requerimentos desse mineral durante os dois últimos trimestres gestacionais. Tal fato deve-se à dificuldade de atendimento das necessidades de ferro serem atingidas somente pela ingestão dietética10. IODO A gravidez está associada com diversas alterações na tireoide, uma ingestão adequada de iodo nessa fase é essencial a fim de evitar complicações para mãe e o bebe, evitando dessa forma danos irreversíveis ao cérebro, retardo mental e deficiências neurológicas3. A maior parte do iodo vem da alimentação. O peixe e o marisco são geralmente uma boa fonte, porque o mar contém um teor de iodo considerável. Na maioria dos países, a melhor estratégia para controlar o déficit de iodo nas populações é a iodização do sal. Existem também outros métodos para fornecer iodo à população em geral, tais como3: -Administração de óleo vegetal iodado - Água potável - Iodeto de potássio -Suplementos contendo iodo.

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SUPLEMENTAÇÃO

O aumento do consumo de iodo pelas gestantes é necessário em função da demanda elevada do micronutriente, decorrente do incremento de aproximadamente 50% na produção de T4 para a manutenção do eutireiodismo materno e para a transferência do hormônio para o feto. Além desses ajustes, verificaram – se perdas renais elevadas desses micronutriente no período gestacional2, 3. O hipotireoidismo na gestação associa-se à ocorrência de abortos, partos prematuros, retardo no desenvolvimento mental do concepto ou retardo mental permanente, habilidade intelectual reduzida e nascimento de crianças com cretinismo. Associadas a essas alterações, concentrações elevadas de TSH também foram relacionadas com risco aumentado de nascimentos de bebes pequenos para a idade gestacional ou com BPN 2. Segundo a OMS, a recomendação diária de iodo para mulheres é de pelo 150mg, na gestação passa para 250mg para manter os níveis de tiroxina livre adequada e transferir iodo para o feto³, sugere que a média da concentração de iodo urinário CIU entre 150 e 250 mg/L indica ingestão adequada do mineral2, 3. A suplementação de iodo na gestação só é recomendada em países que menos de 90% das famílias usam sal iodado ou cuja média do CIU em crianças em idade escolar esteja abaixo de 100 mg/L2.

ZINCO O zinco é o segundo microelemento mais encontrado no organismo humano, é um micronutriente necessário à reprodução, diferenciação celular, crescimento, desenvolvimento, reparação tecidual e imunidade. A deficiência de zinco é responsável por diversas anormalidades bioquímicas e funcionais no organismo humano, devido à participação desse micronutriente em uma ampla gama de processos metabólicos7. Os prejuízos na velocidade de crescimento rápido e em fases onde as necessidades apresentam-se aumentadas como na gestação e lactação, são consequências dessa carência nutricional que podem ser corrigidas através de suplementação específica7. As concentrações de zinco foram significantemente reduzidas durante o começo da gestação em mulheres com complicações como parto anormal ou hemorragia. Mulheres que também tiveram parto pré-termo ou pós-termo também tiveram menores níveis de zinco7. A carência de zinco no período gestacional está relacionada com aborto espontâneo, retardo do crescimento intra-uterino, nascimento pré-termo, pré-eclampsia, prejuízo na função dos linfócitos T, anormalidades congênitas, como retardo neural e prejuízo imunológico fetal7. Embora o zinco esteja abundantemente difundido nos alimentos, alguns fatores interferem na sua biodisponibilidade. Uma dieta rica em alimentos integrais e fitatos, a suplementação elevada de ferro (30 mg/dia), fumo, o abuso do álcool e o stress causado por infecção ou trauma podem diminuir a concentração plasmática materna de zinco, reduzindo sua disponibilidade para o feto. Gestantes nessas condições devem receber uma suplementação de 25 mg/dia de zinco, a fim de minimizar o risco de complicações associadas à sua deficiência como a mortalidade neonatal por doenças infecciosas7. Como podemos ver, o período gestacional é um processo com grandes mudanças tanto em aspectos fisiológicos, quanto metabólicos e nutricionais. Existem evidencias de que desenvolvimento e crescimento intrauterino adequado exerce importante efeito sobre a saúde na vida adulta 12. Realizar acompanhamento nutricional pode auxiliar neste processo.

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SUPLEMENTAÇÃO REFERÊNCIAS

1. BASILE, L.H. Gestante e necessidade de vitamina D. International Journal of Nutroloy, v.7, n.1, p. 05-13, Jan / Abr 2014. 2. COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Baureri, SP: Manole, 2013. 3. FERREIRA, S.M.S; NAVARRO, A.M; MAGALHAES, P.K.R; MACIEL, L.M.Z; Insuficiência iódica em gestantes paulistas. Arq. Bras. Endocrinol Metab. , São Paulo, 2014. 4. GUERTZENSTEIN, Solange Miranda Junqueira. Nutrição na gestação. In: SILVA, Sandra M. Chemin S. da; MURA, Joana D'arc Pereira. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2011. p. 261 - 293. 5. GUIMARÃES, Andréa Fraga; SILVA, Sandra Maria Chemin Seabra da. Necessidades e recomendações nutricionais na gestação. Cadernos Centro Universitário São Camilo, São Paulo, v. 9, n. 2, p.36-49, jun 2003. 6. LIRA, L.Q;DIMENSTEIN,R. Vitamina A e diabetes gestacional. Ver. Assoc. Med. Bras, Natal, RN, 2010. 7. MORAES, M.L.; ALMEIDA, L.B.; SANTO, R.E.; BARBOSA, R.F.; CARMO, M.G.T.; Elemento traço e complicações obstétricas na gestação na adolescência. Revista Nutr. , Campinas, 2010. 8. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Diretriz: Suplementação diária de ferro e ácido fólico em gestantes. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/77770/9/9789248501999_por.pdf 9. PEREIRA, M.U.; SOLÉ, D. Deficiência de vitamina D na gravidez e o seu impacto sobre o feto, o recém nascido e na infância. Rev. Paulista de Pediatria, São Paulo, 2014. 10. SILVA, L.S.V; THIAPÓ, A.P; SOUZA, G.G.; SAUNDERS, C; RAMALHO, A. Micronutrientes na gestação e lactação. Revista Brasileira Saúde Matern. Infant, Recife, 2007. 11. SOCIEDADE BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO PARENTERAL E ENTERAL e ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTROLOGIA. Projeto

Diretrizes:

Terapia

Nutricional

na

Gestação

http://www.projetodiretrizes.org.br/9_volume/terapia_nutricional_na_gestacao.pdf 12. VITOLO, M,R. Nutrição da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2ª Ed, 2015.

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SUPLEMENTAÇÃO SUPLEMENTAÇÃO NOS IDOSOS

A população idosa mundialmente apresenta ritmo de crescimento acelerado devido ao declínio das taxas de mortalidade associado à redução da fecundidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nos países em desenvolvimento, são considerados idosos, indivíduos com 60 anos ou mais de idade. Já em países desenvolvidos, a taxa de corte é 65 anos1. Em 2014 a OMS declarou que a população idosa mundial passaria de 841 milhões para 2 bilhões até 20502. Segundo esta mesma organização, até o ano de 2025, o Brasil será o sexto país no mundo, em número de idosos: mais de 31 milhões 3,4. O envelhecimento é um processo natural caracterizado por alterações e desgastes em vários sistemas funcionais, os quais ocorrem de maneira progressiva e irreversível. Estas, associadas à farmacoterapia, repercutem nas condições de saúde e nutrição dos idosos, desde o aparecimento de doenças crônico-degenerativas até alterações em processos metabólicos, comprometendo o estado de saúde geral e nutricional destes indivíduos 4,5. Devido à relevância dos dados expostos acima, existe uma necessidade de aprofundarmos conhecimentos a respeito da nutrição na promoção e manutenção da saúde, independência e autonomia dos idosos6. Entendendo o contexto... A população idosa constitui grupo de risco para deficiência de macro e micronutrientes, devido à diversas mudanças fisiológicas que interferem no consumo alimentar7: - Redução do metabolismo basal - Redistribuição da massa corporal - Alterações no funcionamento digestivo (saúde oral prejudicada, saciedade precoce) - Alterações na percepção sensorial (redução do paladar e olfato) - Perda de apetite - Diminuição da sensibilidade à sede - Fatores psicossociais (depressão, demência), econômicos e medicamentos Compreender as alterações nutricionais mais frequentes é essencial para traçar condutas e estratégias que previnam e gerenciem condições crônicas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos deste grupo. Desnutrição Da mesma maneira que o excesso de peso predispõe a diversos problemas de saúde, a perda de peso acentuada também está relacionada ao maior risco de morbi-mortalidade, porém muitas vezes esta é frequentemente ignorada por familiares e cuidadores e vista como um processo natural do envelhecimento7,8. A desnutrição aumenta a susceptibilidade às infecções, reduz a qualidade de vida e piora o prognóstico para os agravos à saúde8. Os indicadores utilizados para avaliar sua ocorrência são9: Dados antropométricos (peso, índice de massa corporal - IMC, circunferências do braço, panturrilha e abdominal, dobras cutâneas e composição corporal) Exame clínico

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SUPLEMENTAÇÃO Exames laboratoriais (hemograma, eletroforese de proteínas, balanço nitrogenado, colesterol sérico) e dietéticos Perda de peso involuntária de aproximadamente 5% em um mês, 7,5% em três meses e 10% em 6 meses Peso baixo para a altura, inferior a mais de 20% do peso corporal ideal IMC < 22 kg/m2 Albumina sérica < 3,5 mg/dL Colesterol sérico total < 160 mg/dL Mudança do estado funcional: de independente para dependente Ingestão alimentar inadequada Circunferência muscular do braço < percentil 10 Dobra cutânea tricipital < percentil 10 ou > percentil 95

A baixa ingestão alimentar, tanto protéica quanto calórica, está relacionada ao desenvolvimento da desnutrição. Nestes casos, quando a ingestão oral for inferior a 75% da oferta alimentar, é indicada a Terapia Nutricional Oral 10. Os suplementos orais têm a finalidade de complementar as necessidades nutricionais, e não serem substitutos de refeições ou única fonte alimentar. Podem ser caseiros ou industrializados (pó ou líquido). É importante considerar a aceitação da textura e sabor, pois alguns pacientes podem interromper o uso ou apresentarem baixa adesão devido à monotonia ou rejeição em decorrência das alterações de paladar causadas pela própria idade, alguns tratamentos e doenças. Além disso, muitos suplementos podem ser utilizados em receitas e preparações, o que também otimiza a aceitação 10. As recomendações energéticas e protéicas para idosos são 11: Indivíduos Idosos (> 65 anos) Idosos desnutridos (quadros moderados e graves)

Recomendações Energia Proteína 30 kcal/kg peso/dia 1,0g / kg peso/dia 40 kcal/kg peso/dia 1,2g / kg peso/dia

Existem poucas evidências de que o consumo protéico elevado pode afetar a atividade renal em idosos saudáveis, mas ressaltamos aqui a importância de avaliar a função renal antes de aumentar a prescrição de proteína 11.

Vitamina B12 Essa vitamina tem sua biodisponibilidade afetada na população idosa, tornando sua deficiência bem comum (511 60%) . Existem algumas razões para isso: Diminuição da acidez gástrica (gastrite atrófica), que ocasiona redução na liberação de vitamina dos alimentos, resultando em pequena quantidade de vitaminas livres para se ligar ao fator intrínseco, o qual auxilia na absorção. A pequena quantidade de vitamina B12 que consegue ser liberada dos alimentos é rapidamente absorvida pelas bactérias da porção proximal do intestino. Desta maneira recomenda-se o aumento no consumo de alimentos fontes de vitamina B12, fortificados ou a própria suplementação. Esta deficiência pode resultar em anemia megaloblástica, aumento da concentração de homocisteína no plasma e consequente aumento do risco de doença vascular, prejuízo neurológico e disfunção cerebral 10,11 .

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SUPLEMENTAÇÃO

A recomendação para idosos é a mesma para adultos: 2,4 µg/dia, porém devemos considerar os fatores expostos acima no momento do planejamento alimentar e considerar a necessidade e possibilidade de suplementação11. Suplementos sublinguais são boas opções, uma vez que não necessitam da acidez gástrica e mucosa intestinal para serem absorvidos. Cálcio e vitamina D Relacionamos estes dois micronutrientes à doenças osteometabólicas, como a osteoporose, a qual predispõe a fraturas incapacitantes. Apesar de ser mais freqüente em mulheres, também acomete homens e a principal causa é a redução de estrógenos e andrógenos que aumenta com o passar da idade 11. À medida que a idade aumenta, a absorção de cálcio é possivelmente diminuída devido a: Alterações no metabolismo da vitamina D Redução de receptores da mucosa intestinal Redução da ingestão de alimentos fonte Redução da exposição solar Redução da conversão dos rins na forma ativa da vitamina Redução da habilidade do fígado e do rim em utilizar o precursor de vitamina D. Parece que, mesmo sob a exposição solar, o idoso é menos capaz de sintetizar a vitamina D, o que colabora para a deficiência de cálcio nessa população. A recomendação de cálcio para homens a partir de 50 anos de idade é de 1000 mg/dia e, para mulheres da mesma faixa etária, é de 1200 mg/dia. Com relação à vitamina D, a ingestão diária recomendada é de 800 a 1000 UI/dia 11 . Apesar de serem necessários mais estudos, a suplementação com isoflavona (80 a 90 mg/dia) em mulheres idosas, parece colaborar para reduzir ou evitar a osteoporose, uma vez que devido à atividade estrogênica, inibe a atividade dos osteoclastos (células responsáveis pela transferência do cálcio do osso para o sangue)11. Zinco O baixo nível sérico de zinco é relativamente comum na população idosa e existem alguns fatores relacionados 11,12

:

Elevada ingestão de alimentos ricos em carboidrato Baixa ingestão de alimentos fonte de proteínas animal (principais fontes alimentares de zinco) Menor renda Dificuldade para obter e preparar as refeições A deficiência deste mineral compromete a imunocompetência e o sistema de defesa antioxidante. Além disso, pode levar à anorexia e à dificuldades na reparação de tecidos, piorando o prognóstico em estados de doença12. A suplementação de zinco em idosos, além de normalizar os níveis séricos, melhora a resposta imune, os marcadores do estresse oxidativo, a incidência de infecções e a atividade de enzimas antioxidantes. A recomendação de ingestão diária é de 11 mg/dia para o gênero masculino e 8 mg/dia para o gênero feminino11. Ômega 3 Diversos estudos demonstram a relação do ômega-3 com aspectos variados: função protetora da parte cognitiva, redução da agregação plaquetária, melhora da resposta imunológica, saúde óssea, melhora do tônus muscular e da qualidade de vida e redução da mortalidade 11,13.

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SUPLEMENTAÇÃO Função cognitiva existe possível relação positiva entre adequado consumo de peixe ou ingestão (alimentar ou de suplementos) de ácidos graxos ômega 3 e o estado cognitivo ou menor declínio cognitivo durante o envelhecimento. Porém são necessárias mais pesquisas que estabeleçam o uso do ômega 3 como tratamento seguro e eficaz para o comprometimento cognitivo na população idosa13,14. Função imunológica melhora dos marcadores inflamatórios: menor proliferação de linfócitos, redução da atividade das células NK (natural killers cells), redução das prostaglandinas13. Saúde óssea e tônus muscular achados indicam que os ácidos graxos ômega 3 estimulam a síntese de proteína muscular em idosos, podendo ser útil na prevenção e tratamento de sarcopenia. Na mesma revisão, a ingestão elevada de peixes gordurosos (3 porções/semana) apresentou relação positiva com a manutenção da densidade mineral óssea e à maior força de preensão13. A recomendação de ingestão de ômega-3 é de 1,6g/dia para homens e 1,1g/dia para mulheres11.

Doença de Alzheimer (DA) O envelhecimento é um importante fator de risco para a DA. Indivíduos com esta doença apresentam, geralmente, deficiências nutricionais especificas: ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega 3, vitaminas do complexo B e antioxidantes (vitaminas C e E) 15. A baixa ingestão destes nutrientes, que influenciam a estrutura e funções cerebrais, tem sido associada a um maior risco de desenvolvimento da doença 15. A suplementação concomitante de vitaminas C e E resultou em diminuição da prevalência e incidência da DA 11. Alguns estudos têm demonstrado que a curcumina possui propriedades antioxidades, antiinflamatórias e antiamiloidogênicas em modelos animais de DA, mas os mecanismos de neuroproteção ainda não foram esclarecidos16. Em alguns estudos ela mostrou-se capaz de inibir a agregação de Beta-A e a formação dos emaranhados intraneurais, principais características patológicas da doença 11.

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SUPLEMENTAÇÃO

Referências Bibliográficas 1. BALDONI, A. O; PEREIRA, L. R. L. O impacto do envelhecimento populacional para o sistema de saúde sob a óptica da farmacoepidemiologia: uma revisão narrativa. Rev. Ciênc Farm Básica Apl., São Paulo , v. 32, n. 3, p. 313-321, Mar 2011. Disponível em: http://servbib.fcfar.unesp.br/seer/index.php/Cien_Farm/article/viewFile/1505/1173 2. ONU-BR, Nações Unidas do Brasil. Mundo terá 2 bilhões de idosos em 2050; OMS diz que ‘envelhecer bem deve ser prioridade global’. Nov. 2014. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/mundo-tera-2-bilhoes-deidosos-em-2050-oms-diz-que-envelhecer-bem-deve-ser-prioridade-global/>. 3. COSTA, Maria Fernanda Baeta Neves Alonso da; CIOSAK, Suely Itsuko. Atenção integral na saúde do idoso no Programa Saúde da Família: visão dos profissionais de saúde. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 44, n. 2, p. 437-444, Jun 2010 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S008062342010000200028&lng=en&nrm=iso 4. CAMPOS, Maria Teresa Fialho de Sousa; MONTEIRO, Josefina Bressan Resende; ORNELAS, Ana Paula Rodrigues de Castro. Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Rev. Nutr., Campinas, v. 13, n. 3, p. 157-165, Dez. 2000 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141552732000000300002&lng=en&nrm=iso> 5. FIEDLER, Mariarosa Mendes; PERES, Karen Glazer. Capacidade funcional e fatores associados em idosos do Sul do Brasil: um estudo de base populacional. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. (2), p. 409-415, Fev, 2008. Disponível em: https://www.researchgate.net/profile/Karen_Peres/publication/5574365_Functional_status_and_associated_fa ctors_among_the_elderly_in_a_southern_Brazilian_city_a_populationbased_study/links/54346ad70cf294006f735802.pdf 6. SAMPAIO, Lílian Ramos. Avaliação nutricional e envelhecimento. Rev. Nutr., Campinas , v. 17, n. 4, p. 507-514, Dez. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141552732004000400010&lng=en&nrm=iso>. 7. BORREGO, Carolina de Campos Horvat; CANTARIA, Juliana dos Santos. Efeito da utilização de complemento alimentar em idosos atendidos em um ambulatório na cidade de São Paulo. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de Janeiro , v. 16, n. 2, p. 295-302, 2013. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232013000200009&lng=en&nrm=iso 8. OTERO, Ubirani Barros et al. Mortalidade por desnutrição em idosos, região Sudeste do Brasil, 1980-1997. Rev Saúde Pública, 2002, v. 36, n. 2, p. 141-8. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v36n2/9204.pdf 9. SOUSA, Valéria Maria Caselato de; GUARIENTO, Maria Elena. Avaliação do idoso desnutrido. Rev Bras Clin Med, 2009, n.7, p. 46-49. Disponível em:

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SUPLEMENTAÇÃO https://www.researchgate.net/profile/Maria_Guariento/publication/240642804_Evaluation_of_the_malnourish ed_elderly/links/02e7e53304b979dbb4000000.pdf

10. Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). I Consenso Brasileiro de Nutrição e Disfagia em Idosos Hospitalizados. Barueri, SP: Minha Editora, 2011. Disponível em: http://sbgg.org.br/wpcontent/uploads/2014/10/Consenso_Brasileiro_de_Nutricao1.pdf 11. COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Baureri, SP: Manole, 2013. 12. CESAR, Thais Borges; WADA, Silvia Regina; BORGES, Renata Gracioso. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev. Nutr., Campinas, v. 18, n. 3, p. 357-365, Maio/jun., 2005. Disponível em: http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/8059/S141552732005000300008.pdf?sequence=1&isAllowed=y 13. ÚBEDA, Natalia;ACHÓN, María; VARELA-MOREIRAS, Gregorio. Omega 3 fatty acids in the elderly. British Journal of Nutrition, 107, S137–S151, 2012. Disponível em: http://journals.cambridge.org/download.php?file=%2FBJN%2FBJN107_S2%2FS0007114512001535a.pdf&code= 762a68f31c8757155eecd461067b11c3 14. DANGOUR, Alan D. et al. Omega 3 fatty acids and cognitive health in older people. British Journal of Nutrition, 107, S152–S158, 2012. Disponível em: http://journals.cambridge.org/download.php?file=%2FBJN%2FBJN107_S2%2FS0007114512001547a.pdf&code= 055006137b1b915ea52396b9fb4b0cce 15. COSTA, Sara Margarida Covas Lourenço da. Importância das Vitaminas, Antioxidantes e Ómega-3 na Doença de Alzheimer. 2008. 71 f. Tese - Curso de Nutrição, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto, Porto, 2009. 16. HOPPE, Juliana Bender. Mecanismos celulares e moleculares envolvidos no efeito neuroprotetor da curcumina em modelos experimentais da Doença de Alzheimer. 2013. 172f. Tese (Pós graduação) – Ciências Biológicas: Bioquímica, Instituto de Ciências Básicas da saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013.

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SUPLEMENTAÇÃO SUPLEMENTAÇÃO NO ESPORTE

Os suplementos alimentares ganharam uma grande força no mercado do esporte, uma vez que a ciência mostra cada vez mais sua importância na melhora dos resultados e alcance de metas. Os suplementos podem ser divididos em 2 grupos: - Ergogênicos : aumentam o desempenho físico e capacidade fisiológica - Repositores: garantem a capacidade máxima de desempenho fisiológico Diversos nutrientes e substâncias são estudados no intuito de avaliar o impacto de seu consumo no desempenho esportivo. Faremos agora um resumo dos principais nutrientes e suplementos utilizados. 1 CARBOIDRATOS Os carboidratos são compostos por carbono, hidrogênio e oxigênio e podem ser moléculas simples (monossacarídeos), ou cadeias de carbonos maiores (dissacarídeos ou polissacarídeos). Nosso organismo é capaz de armazenar a glicose (monossacarídeo) na forma de glicogênio que pode ser sintetizado por qualquer tecido corporal, mas principalmente pelo fígado e músculo esquelético. A quantidade de glicogênio no organismo é baixa e podem ser influenciados pelo tipo de alimentação e exercício. Quando os níveis ficam muito baixos, principalmenteem exercícios de moderada intensidade está associado a fadiga, redução de desempenho e baixa capacidade de consumo de lipídeos para fornecimento de energia. No passado a recomendação de carboidrato era de mais 60% do valor energético total, hoje a recomendação é baseada no peso do indivíduo. A recomendação é de 58g/kg/dia para recuperação muscular, sendo em treinos mais intensos/longos a recomendação chega a 10g/kg/dia. As recomendações de carboidrato consideram a quantidade diária ingerida e também o momento consumido. Antes do treino: deve fornecer energia suficiente para realizar o exercício e evitar a forme durante o treino, sem trazer desconfortos gastrointestinais. Sugere-se 200-300g de carboidratos de 3-4 horas antes. Quando a refeição ocorrer em torno de 1-2 horas antes deve-se levar em consideração a tolerência individual, mas sempre priorizar alimentos pobres em fibras e de fácil digestão.

Durante o treino: sugere-se o consumo de bebidas que contenham de 6-8% de carboidrtaos em treinos com duração maior de 1hora. Em treinos mais longos a recomendação é de 0,7g/Kg/h. O tipo de carboidrato indicado é a glicose ou maltodextrina, já que a frutose por exemplo aumenta o risco de desconfortos intestinais e diarréia. Vale ressaltar que o consumo de água deve estar associado a qualquer tipo de bebida. Após o treino: para a recuperação de glicogênio a recomendação é de 1-1,5g/Kg de carboidrato com intervalo de 2 até 6 horas após o treino, sendo a fonte carboidratos de alto índice glicêmico.1 LIPIDEOS

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SUPLEMENTAÇÃO

A recomendação deste macronutriente para atletas segue a mesma do que os sedentários. Muito se discute atualmente sobre a suplementação de ácidos graxos esseciais (Omega 3 e Omega 6), mas os estudos ainda são inconclusivos. Alguns estudos sugerem que são eficazes na redução de processos inflamatórios, maior oxigenação tecidual e melhora da função cardíaca, porém o limite de ingestão e relação da dosagem com a resposta ainda não estão estabelecidos. 1 Acido Linoleico conjugado Mais conhecido como CLA, este suplemento é utilizado para redução de tecido gorduroso e aumento de músculo. A dosagem geralmente utilizada varia de 1,8-6g/dia por um período de 3 meses. Os estudos ainda são controversos e não há um consenso na recomendação deste suplemento.1 Norris et alt em 2009, mostrou que a suplementação de 8g/dia de CLA durante 16 semanas reduziu 6,3% a gordura em região de tronco e 1,6% de aumento em massa magra em mulheres na pós menopausa com diabetes tipo2.2 Outros estudos, no entanto sugerem que a suplementação de CLA em rato aumentou o tamanho de fígado, esteatose hepática, hiperinsulinemia e diminuição dos níveis de leptina.3 Sendo assim, mais estudos devem ser feitos para avaliar a efetividade desta suplementação. PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS Estes nutrientes são mais utilizados e estudados no meio do esporte. Além da quantidade de tipo de proteína que deve ser utilizada, a literatura atual demonstra uma maior preocupação com o momento da ingestão do que propriamente a quantidade de proteína ingerida no dia. De forma geral a recomendação de proteína é diferenciada entre os exercícios aeróbicos e de força:

Aeróbicos: a recomendação é de 1,2-1,6g/Kg/dia. Força: a recomendação é de 1,2-1,7g/Kg/dia, sendo a recomendação para atletas com objetivo de aumento de massa magra de 1,6-1,7g/Kg/dia. Proteína do soro do leite Este suplemento foi muito bem aceito uma vez que possui uma quantidade significativa de proteínas de alto valor biológico e aminoácidos de cadeia ramificada, importantes para sinalização de síntese proteica. A utilização deste suplemento em praticantes de atividade física regular, além de síntese proteica atua na melhora do sistema imune e melhora de composição corporal geral. Metanálise publicada no Journal of the American College of Nutrition em 2014, foi desenhada para avaliar o efeito do consumo de whey protein associado ou não com a atividade física sobre o peso e composição corporal. Um total de 626 indivíduos foram avaliados e o resultado mostrou uma redução média 4,2Kg no peso corporal e de 3,74 kg na massa gorda dos participantes, ao comparar a condição inicial e condição após a ingestão de proteínas de soro de leite.4

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SUPLEMENTAÇÃO

Quando analisada a síntese de proteína muscular, que incluíram ou não exercícios de resistência, verificou aumento médio de 2,24 kg na massa magra corporal dos participantes, quando a proteína de soro de leite foi utilizada em conjunto com exercícios de resistência.4 Aminoácidos de cadeira ramificada Os aminoácidos de cadeira ramificada são a valina, isoleucina e leucina. O aumento da concentração destes aminoácidos no plasma reduz os efeitos de fadiga muscular, impactando na melhora de performance muscular. Sua utilização durante o treino auxilia no desempenho cognitivo e na percepção de esforço. 1 A leucina é estudada como a grande responsável pela síntese proteica, no entanto quando suplementada em conjunto com outros aminoácidos essenciais seu resultado é potencializado. A recomendação é de 0,03 a 0,05g/Kg/peso/h ou 2 a 4g/h ingeridos durante ou após o treino.1 Glutamina A Glutamina é o aminoácido mais abundante no organismo, envolvida na proliferação e desenvolvimento de células, principalmente do sistema imune. Embora ela seja sintetizada pelo organismo, em situações de estresse, tais como casos de infecções, cirurgias, traumas e exercícios físicos intensos e prolongados, o organismo não supre a demanda. O aumento das concentrações de glutamina através de suplementação diminui estresse oxidativo, diminui a liberação de citocinas pró-inflamatórias e de substâncias indicativas de lesão muscular. Foi demonstrado uma ação de proteção no trato aéreo superior de atletas em provas longas.5 A dosagem utilizada varia entre 3,5-5,0g após o treino em atletas. 1

Creatina A creatina é sintetizada pelo organismo e também mantemos seus níveis através de alimentação, principalmente de fontes de origem animal como as carnes e peixes. A recomendação é de 20g/dia durante 5 a 7 dias e após uma dose manutenção que varia de 2-5g/dia por 30 dias. Esta suplementação está relacionada com aumento de força e de massa magra, além de retardo de fadiga em exercícios de alta intensidade. 1,6 Arginina A suplementação de arginina possui um papel na recuperação após o treino, uma vez que remove a amônia do sistema circulatório, induzida por sessões de treinamento mais intensas. Ela também pode promover o aumento do hormônio de crescimento (GH), melhorando a recuperação do exercício e síntese proteica. 1 A arginina possui um papel de síntese proteica por elevar a síntese de creatina e de GH, quando associada ao treinamento de força. A quantidade recomendada ainda difere em cada estudo, e se correlaciona o resultado com outros fatores como ingestão proteica do indivíduo. 1

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SUPLEMENTAÇÃO Vitaminas e Minerais

As vitaminas e minerais possuem um papel importante na manutenção da saúde do atleta, por estar associada na produção de energia, síntese de hemoglobina, manutenção saúde óssea e do sistema imune, além de reparação tecidual. O treino realizado de forma regular pode aumentar a necessidade de determinados nutrientes e estes devem ser suplementados. Atividades que exigem dietas restritivas são as mais susceptíveis a carências nutricionais e deve-se ter atenção com nutrientes como: • Cálcio • Ferro • Zinco • Magnésio • Vitaminas do complexo B, C, D, E1

O acompanhamento nutricional é importante para adaptar a alimentação de acordo com o tipo de treino e fornecer o aporte necessário de nutrientes para a manutenção da saúde e melhora do desempenho do atleta e do praticante de atividade física. A deficiência de determinados vitaminas e minerais podem influenciar diretamente na performance do atleta e por isto faz necessário o olhar técnico de um profissional com experiência para adequar a alimentação e a suplementação de forma precisa e individualizada.

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SUPLEMENTAÇÃO REFERÊNCIAS

1. COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Baureri, SP: Manole, 2013. 2. Norris LE, Collene AL, Asp ML, Hsu JC, Liu LF, Richardson JR, et al. Comparison of dietary conjugated linoleic acid with safflower oil on body composition in obese postmenopausal women with type 2 diabetes mellitus. Am J Clin Nutr. 2009;90(3):468-76. 3. Ácido Linoleico Conjugado – CLA - Saúde & Performance – Suplementos http://www.rgnutri.com.br/sp/suplementos/cla.php (Acesso em 19/01/16) 4. Proteína do soro de leite pode melhorar a composição corpórea http://www.nutritotal.com.br/notas/?acao=bu&id=666 (Acesso em 19/01/16) 5. Gleeson M. Dosing and efficacy of glutamine supplementation in human exercise and sport training. J Nutr. 2008 Oct;138(10):2045S-2049S. 6. Gualano B, Roschel H, Lancha-Jr AH, Brightbill CE, Rawson ES. In sickness and in health: the widespread application of creatine supplementation. Amino Acids. 2012 Aug;43(2):519-29.

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SUPLEMENTAÇÃO SUPLEMENTAÇÃO EM ESTÉTICA

A nutrição e estética é um novo campo no cenário da saúde, voltado para a implementação de um cuidado nutricional que, além dos requisitos fundamentais da dietética e da dietoterapia aplicados a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, atenda também às “necessidades estéticas” dos pacientes. O seu principal objetivo é tratar ou atenuar os principais problemas do sistema tegumentar, visando melhorar a saúde e a autoestima dos indivíduos3,6. Muitas dietas prescritas ou planos alimentares da moda ignoram um aspecto que é fundamental na prevenção de doenças e na manutenção da saúde: o processo inflamatório. Esse processo, modulado por hábitos alimentares inadequados, serve de base para o aparecimento de várias doenças relacionadas com a vida moderna, inclusive deformações estéticas6. Quando modificamos o processo inflamatório por meio de uma alimentação rica em “alimentos antiinflamatórios”, podemos não só prevenir e combater doenças preexistentes, como melhorar todos os aspectos estéticos do indivíduo6. Porém, quando isso não acontece de forma adequada, surgem as deficiências. A realização de maus hábitos alimentares, com deficiências nutricionais e excesso de gordura saturada, carboidratos simples e sódio, podem causar alterações estéticas, como 7:

Alterações Estéticas Unhas – quebradiças, rugosas Cabelo – seco, quebradiço Pele – seca, edemaciada, avermelhada, acne Envelhecimento cutâneo Flacidez cutânea ou muscular Excesso de peso PELE A pele é o maior órgão do corpo, possui anexos cutâneos (as unhas, os pelos e as grandulas- sebáceas e sudoríparas). Constitui-se de diferentes células e estruturas que trabalham em harmonia, garantindo as seguintes funções6: Proteção Barreira Hídrica Regulação da temperatura corporal Excreção de sais Síntese de vitamina D ou colecalciferol Atuação como órgão sensorial

É composta por três camadas: Epiderme, Derme, Hipoderme. Na camada do meio, encontramos as fibras de colágeno e a elastina6.

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SUPLEMENTAÇÃO

As fibras colágenas são proteínas complexas sintetizadas por diversas células incluindo os fibroblastos e os miofibroblastos. Para garantir a formação das fibras e de colágeno, ocorre a hidroxilação dos resíduos de lisina e prolina que é dependente da presença de oxigênio, ferro e vitamina C3,6. Outro mineral importante na produção de colágeno é o silício, onde a sua principal função é promover a formação de pontes entre aminoácidos hidroxilados do colágeno e das fibras elásticas. Sua deficiência torna a pele mais seca, enrugada e menos resistente. É também um mineral-traço cuja principal função é formar cartilagens e participar da cicatrização de feridas3. A principal barreira de permeabilidade na pele que tem a função de impedir a perda de água e protege a pele contra os raios ultravioleta, oxidantes, antígenos e agentes tóxicos é o estrato córneo. O conteúdo de água normal no estrato córneo é de 20% a 35%. Quando inferior a 10%, sinais e sintomas xeróticos são evidenciados6. Fatores nutricionais podem contribuir para a manutenção da hidratação cutânea, como aminoácidos, colágeno hidrolisado, água, ácidos graxos, óleo de prímula e entre outros6.

ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Geralmente, após doenças graves, estresse intenso, cirurgias e também depois de dietas muito restritivas, é comum verificarmos envelhecimento rápido e acentuado da pele 6. Envelhecer é um processo natural caracterizado por alterações da pele como o surgimento de rugas, de efélides ou sardas, de descamações e de manchas senis, porém, está diretamente relacionado com as condições as quais o organismo foi exposto3. Fatores que contribuem para o envelhecimento cutâneo são3,6: Estilo de vida Tabagismo Hipertensão arterial sistêmica Sedentarismo Estresse Fatores Hormonais Envelhecimento intrínseco e extrínseco Exposição solar

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ É reconhecida a existência da relação entre o aumento da formação de radicais livres e o envelhecimento cutâneo. Em paralelo a sua formação endógena, o organismo também se sujeita a uma séria de condições externas que interferem na quantidade de radicais livres como a radiação solar, os pesticidas, poluição ambiental, fumaça do tabaco, alguns medicamentos antitumorais e entre outros3,6. O mecanismo responsável por diminuir a formação de radicais livres é denominado sistema antioxidante, que envolve o sistema enzimático endógeno e o sistema não enzimático podendo ser endógeno ou exógeno. Os antioxidantes provenientes da alimentação são os exógenos, onde se destacam a vitamina C e E, os carotenoides e os flavonoides3. Além da função antioxidante, o ácido ascórbico ou vitamina C atuam como cofator das enzimas responsáveis pela hidroxilação da prolina e da lisina, são dois aminoácidos essenciais para a estrutura e função do colágeno3. A vitamina E, por ser uma vitamina lipossolúvel, acumula-se nas membranas celulares, sendo um forte protetor, pois melhora a circulação cutânea, inibe a peroxidação dos lipídios cutâneos ocasionada em particular pelos raios ultravioletas B (UVB). A sua ingestão em quantidades acima das recomendações correntes, pode reduzir ou modular condições degenerativas importantes ligadas ao envelhecimento da pele. Segundo as DRI, a recomendação de ingestão é de 15 mg por dia6. Já os carotenoides são amplamente utilizados como protetores da pele, ou seja, proporcionam proteção contra o envelhecimento precoce causado pela exposição a luz solar e também protege os sistemas biológicos contra os danos dos radicais livres.Entre eles, o licopeno aparece como um dois mais potentes antioxidantes,está presente em vegetais folhosos, legumes e frutas, óleo de fígado de peixe e em alimentos com pigmentação amarela, laranja ou vermelha.Quanto mais avermelhado for o alimento maior será a sua concentração6. Os flavonoides atuam como antioxidantes na inativação dos radicais livres, em um tratamento com o objetivo de retardar o envelhecimento, recomenda-se a suplementação com extratos concentrados ou o consumo de frutas ricas como morango, amora, açaí, verduras, soja, vinho, chá verde e o chá preto6. O uso de substância antioxidantes pode auxiliar os sistemas endógenos de proteção da epiderme, como também contribuir para a prevenção de problemas a longo prazo6.Resultados somente são alcançados com a reposição dos nutrientes associados a uma alimentação equilibrada, sono e exercício físico adequados. ACNE A acne é uma afecção crônica que surge na puberdade, e caso não seja tratada pode perdurar por toda a adolescência e se estender até a vida adulta. Acomete ambos os gêneros, sendo mais graves nos homens, porém mais persistentes nas mulheres3,6. Localiza-se no folículo pilossebáceo, formado pela invaginação da epiderme que se estende até a derme e abriga a glândula sebácea e o pelo em seu interior6. A sua prevalência é menor em zonas rurais e não industrializadas do que nas sociedades ocidentais e em populações industrializadas e modernas3. Entre os fatores envolvidos na fisiopatologia da acne, encontram-se6:

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ Produção excessiva do sebo pelas glândulas sebáceas, com alteração da composição química, favorecendo a infecção bacteriana Hiperqueratinização folicular Colonização no folículo da bactéria denominada Propionibacterium acnes (P. acnes). Indivíduos acometidos pela acne, referem piora do quadro quando ingerem determinados alimentos sendo os mais citados: chocolate, nozes, produtos lácteos e aqueles com alta quantidade de lipídios ou os muito condimentados3. Observa-se que a acne pode desenvolver-se em grupos que adotam principalmente alimentos com altos índices glicêmicos, dietas hiperlipídicas, alimentos pró-inflamatórios, ocorrência do aumento da permeabilidade intestinal6. Os alimentos que elevam rapidamente a glicemia provocam hiperinsulinemia aguda, que induz a ativação de uma cascata endócrina e afeta as glândulas sebáceas, bem como a queratinização folicular3. Certos alimentos causam inflamação, porém há outros nutrientes como os ácidos graxos Ômega – 3, que são capazes de sintetizar hormônios, que inibem ou a menos controlam a inflamação. As principais fontes de ômega 3 são os ácidos graxos moduladores da inflamação: alfa-linolenico, eicosapentanoico (EPA) e o docosa-hexanoico (DHA), que estão presentes nos óleos vegetais e em animais de origem marinha6. O ácido linoleico (ácido graxo essencial da família do Ômega-6) é o que aparece em menor quantidade nos indivíduos acnéicos. A falta desse ácido graxo deixa a parede glandular desprotegida, a qual passa a ser agredida por ácidos graxos livres, provenientes da hidrolise dos triacilgliceróis, ocasionada pelas lipases do P.acne, promovendo hiperqueratinização e inflamação dérmica3. Além dos nutrientes anti-inflamatórios, observa-se um déficit de algumas vitaminas e minerais em indivíduos que sofrem com desordens como a acne, entre eles estão6: -Zinco: é considerado um coadjuvante nutricional no tratamento da acne, por ser antioxidante, constituinte da superóxido dismutase, modulador da inflamação, cicatrizante e por diminuir a secreção sebácea. -Cobre: possui ação antibiótica local, estimula processos de defesas orgânicos e aumenta a resistência a infecções virais e microbianas. -Vitamina B5 (ácido pantotênico): é fundamental para a síntese dos hormônios sexuais e seu déficit pode promover o desequilíbrio dos ácidos graxos aumentando a probabilidade de ocasionar acne. Sabe-se que mesmo com uma ingestão adequada de nutrientes, é importante avaliar a permeabilidade intestinal, pois o seu aumento leva a uma maior incidência de perda de vitaminas e outros nutrientes. Além disso, há uma absorção de macromoléculas tóxicas e antígenos e consequente liberação de self de anticorpos, gerando uma hipersensibilidade imunológica6. O tratamento da hiperpermeabilidade intestinal e disbiose intestinal consiste na utilização de probióticos, prébióticos, fibras solúveis, insolúveis e glutamina6. Existem indícios da influência dos alimentos e nutrientes na causa e/ou no tratamento da acne, porém, mais estudos são necessários para garantir as evidencias6.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ FIBROEDEMA GELOIDE (CELULITE) A fibroedema geloide ou lipodistrofia ginoide, conhecida popularmente por celulite, é uma alteração da topografia da pele. É definida como uma disfunção metabólica localizada no tecido subcutâneo e na derme, causada pelo excesso de tecido adiposo retido no septo fibroso e por projeções deste na derme3. A prevalência é maior em mulheres do que em homens, em razão da presença do estrogênio que favorece a retenção e o armazenamento de gordura corporal nas células adiposas3. Situações como alto consumo de gorduras, carboidratos, sódio ou baixa ingestão hídrica, agravam o quadro microcirculatório, com aumento da resistência capilar3,6. Pelo fato de haver alterações no tecido adiposo, propõe-se que a perda de peso seja um dos tratamentos mais eficazes e mais empregados na atualidade. Porém, é importante que o indivíduo apresente bom funcionamento intestinal, uma vez que isso diminui a pressão abdominal exercida nessa região favorecendo o sistema circulatório dos membros inferiores e auxiliando o clearence de estrogênio que também está associado ao aumento da gordura na região gluteofemoral, podendo intensificar a aparência das depressões na pele3. Em se tratando do bom funcionamento do intestino, além das fibras alimentares, ressalta-se a importância do consumo de probióticos e prebióticos3. Além disso, ingestão adequada de líquidos, principalmente de água, auxilia amplamente a eliminação de toxinas por diminuir a pressão capilar e aumentar a pressão linfática, evitando assim, a retenção hídrica3. Dessa forma, é importante evitar a ingestão excessiva de sódio, pois quando é retido no nosso organismo a água também permanece na tentativa de dilui-lo. Sendo assim, um excedente de sódio promove a retenção de água corporal, provocando a formação de edema, o que favorece ainda mais a lipodistrofia ginoide3,6. Como vimos, percebe-se que na prática clínica, há uma melhora no quadro quando aplicada dietas6: Anti inflamatória Normo ou hipossódica Com baixa carga glicêmica e índice glicêmico Porém, os tratamentos tanto nutricionais quanto estéticos existentes não promovem a cura da fibroedema geloide, mas sim uma melhora no seu aspecto6. PELOS Os pelos são estruturas acessórias da pele e tem a função de proteger o corpo. Estão presentes na maior parte das superfícies da pele. As influencias genéticas e hormonais determinam na maioria das vezes a espessura e o padrão de distribuição dos pelos6. A cor do pelo deve-se a melanina, que é sintetizada pelos melanócitos na matriz do bulbo e passa para as células da raiz e da haste. Os pelos escuros contem em essência a melanina verdadeira, já os loiros e ruivos contém variantes, nas quais existe ferro e mais

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ enxofre; o grisalho ocorre um declínio da síntese de melanina e o branco resulta do acumulo de bolhas de ar na haste do pelo6. Os pelos cumprem um ciclo característico, em que alternam períodos de crescimentos e repouso. O ciclo normal de um pelo no interior de um folículo piloso resulta na substituição completa desse fio no couro cabeludo em cada três ou cinco anos6. Hoje em dia, tanto homens quanto mulheres sofrem com a queda total ou parcial de cabelos, denominada alopecia androgenética masculina ou feminina. Tem como causa a condição genética comum e sendo produzida pela ação hormonal, podendo surgir também por estresse emocional6. O tratamento da alopecia, é muito difundido entre profissionais e pacientes, normalmente é feita a utilização de fármacos e suplementos para os cabelos6. Para entender como utilizar a nutrição como coadjuvante do tratamento, é importante saber que o cabelo é composto por: 45% carbono, 7% hidrogênio, 28% oxigênio, 15% nitrogênio e 5% enxofre. Além desses elementos, também possui em sua composição: ferro, cobre, iodo, silício, cálcio, magnésio, 20 tipos diferentes de aminoácidos, proteínas e lipídios6. Uma ingestão correta de proteínas, garante a oferta de aminoácidos essenciais. As fontes alimentares para garantir esse aporte, principalmente de cisteina e a síntese de taurina, que possui uma afinidade pela estrutura do cabelo exercendo um papel citoprotetor, são as fontes de origem animal como carnes, ovos, queijos, iogurtes e leite6. Além das do aporte proteico, é importante uma ingestão equilibrada de vitaminas e minerais. A vitamina A está envolvida com o crescimento e diferenciação tissular, manutenção e desenvolvimento de tecidos epiteliais. Já a vitamina C atua como um excelente antioxidante, porém a sua deficiência pode causar sintomas como perda de cabelo e ocorre em indivíduos desnutridos como alcoólatras, idosos que recebem dietas restritas e lactentes alimentados somente com leite de vaca6. As vitaminas do complexo B atuam com destaque no tratamento da alopecia, pois regulam a ação dos hormônios esteroides (progesterona e testosterona) e participam no metabolismo dos aminoácidos, além disso algumas auxiliam no tratamento de eczema seborréico e tem ação umectante, como a biotina (vitamina B8) e o ácido pantatênico (vitamina B5)6. Com relação aos minerais destaca-se o zinco pela sua concentração maior no cabelo, quando encontra-se deficiente pode acarretar em dermatite e alopecia; e o ferro tem grande influência na alopecia, pois níveis inferiores de ferritina impedem a melhora do quadro havendo a necessidade de mantê-los acima de 60ng/dl6. A desnutrição proteico– calórica contribui para alteração dos fios, apresentando mudanças na pigmentação, ralos e com a textura mais fina, crescendo de maneira dispersa e caindo com facilidade. Sendo essa a consequência no metabolismo proteico que interfere na formação dos fios, pois se encontra em maior quantidade na fase telógena (repouso e eliminação do fio) e menor proporção na fase anágena (fase inicial de formação de um novo pelo)6. A alimentação pode interferir tanto de forma positiva como de forma negativa, no qual a falta ou o excesso de nutrientes pode provocar alterações no ciclo evolutivo dos fios. Por isso, é necessário manter o equilíbrio entre os nutrientes com uma alimentação saudável

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ composta de alimentos variados, para garantir o aporte adequado dos macro e micronutrientes6. UNHAS As unhas são placas de ceratina dura na superfície dorsal das falanges terminais dos dedos dos pés e das mãos. Sua principal função é auxiliar na preensão e na manipulação de pequenos objetos, e também na proteção as extremidades dos dedos6. O seu crescimento médio nos dedos das mãos é de 0,5 a 1 mm/semana. No exame físico, a tranlucidez das unhas constitui uma indicação rápida da saúde de uma pessoa, já a coloração rosa indica um suprimento sanguíneo bem oxigenado6. As unhas podem contribuir no diagnóstico nutricional associado a outros dados, podendo revelar deficiências ou alterações nutricionais relacionadas ao ferro, selênio e zinco, além de sinalizar quadros de hipoalbuminemia e desnutrição. As deficiências podem ser definidas conforme o aspecto das unhas, que são classificadas como8: Coiloníquias: forma de colher Muehrcke: possui pares de linhas brancas transversais que se estendem por todo o caminho da unha, Terry´s: a maior parte fica esbranquiçada com a aparência de vidro em todas as unhas uniformemente. As unhas normais não apresentam manchas ou colorações atípicas, mas se apresentarem enfraquecimento pode estar relacionada a síndrome das unhas fragéis (SUF). Essa síndrome ocorre comumente em 20% das mulheres e pode ser ocasionada pela deficiência da biotina e vitamina E8. Portanto, as unhas podem auxiliar na avaliação nutricional desde que associada a outros métodos, a fim de se obter um melhor diagnóstico do estado nutricional8. Como podemos analisar existem várias funções associada a um mesmo nutriente, e os principais envolvidos na Nutrição Estética são4: • Proteína • Ferro • Zinco • Selênio • Cobre • Cálcio • Silício Orgânico • Colágeno Hidrolisado • Betacaroteno • Vitamina A • Vitaminas do Complexo B • Vitamina C • Vitamina E • Ômega 3.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ A tabela a seguir relaciona quais nutrientes são recomendados para o tratamento das desordens estéticas 6:

Desordem estética

Nutrientes recomendados

Acne

Selênio / Zinco / Magnésio / Cobre / Vitamina B6 / Betacaroteno / Vitamina E / Ômega-3 / Vitamina A Colágeno Hidrolisado / Silício Orgânico / Taurina / Vitamina C Proteína / Cistina / Cisteína / Colágeno Hidrolisado / Silício Orgânico / Zinco / Ferro / Ômega-3 / Betacaroteno / Biotina / Taurina Proteína / Glucosamina / Silício Orgânico / Ômega-3 / Vitamina C / Vitamina E / Selênio / Cálcio

Envelhecimento cutâneo Fortalecimento de cabelos e unhas

Fibroedema Geloide (Celulite)

É de extrema importância, que o nutricionista faça uma avaliação global do paciente, ou seja, deve-se primeiro avaliar o consumo alimentar e os exames laboratoriais recentes. Após a análise, deve ser feito o planejamento de uma alimentaçao equilibrada e que priorize os nutrientes deficientes, e também pode-se recorrer a suplementação específica e individual. Os suplementos alimentares são utilizados para complementar a deficiência de vitaminas, minerais e outros nutrientes no organismo. Os nutrientes podem ser prescritos isoladamente, de acordo com a deficiência apresentada, ou na forma de nutricosméticos. Os nutricosméticos são produtos para administração oral, formulados e comercializados especificamente para propósitos de beleza, podendo ser apresentados na forma de cápsulas, alimentos ou bebidas. Esses produtos surgiram a partir do conceito de “beleza de dentro para fora”, caracterizado pelo uso de dieta e suplementos orais para produzir benefícios na aparência física1. Os nutricosméticos são suplementos alimentares que contém como princípio ativo, vitaminas, minerais, aminoácidos e outros nutrientes, que suprem a necessidade fisiológica e regulam o organismo, agindo como coadjuvantes no tratamento de alterações estéticas5. Os efeitos dos nutricosméticos podem ocorrer por meio de diferentes ações no organismo, como efeito fotoprotetor, antioxidante e modulador inflamatório, porém, não substitui os produtos cosméticos tópicos, mas favorece uma melhora da saúde cutânea3. Além disso, temos ainda a opção de fitoterápicos que são produtos derivados de vegetais, caracterizados pelo conhecimento da eficácia, dos riscos de seu uso, como também pela constância de sua qualidade2. Independentemente do tipo de suplementação, deve-se associar uma alimentação saudável, visando resultados satisfatórios e principalmente, saúde e qualidade de vida.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ REFERÊNCIAS 1. ANUNCIATO TP. Nutricosméticos. [Dissertação de Mestrado]. São Paulo: Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo; 2011. 2. ANVISA. Fitoterápicos. Gerência de Medicamentos Isentos, Específicos, Fitoterápicos e Homeopáticos. Gerência Geral de Medicamentos. 3. COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Baureri, SP: Manole, 2013. 4. MATOS, A. Nutrição aplicada à estética. Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde. 2013. 5. PIATTI, Isabel. Nutricosméticos – Potencializadores dos tratamentos estéticos. De profissional para profissional. 2011. 6. PUJOL, A.P. Nutrição Aplicada à Estética. Rio de Janeiro, RJ: Rubio, 2011. 7. SCHNEIDER, A. P. Nutrição Estética. São Paulo: Atheneu, 2009. 8. As unhas podem sinalizar deficiências e alterações nutricionais. http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&id=770&categoria=4 (Acesso em 25/03/16)

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ SUPLEMENTAÇÃO EM DOENÇAS CARDIOVASCULARES As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de mortalidade no mundo e o seu crescimento significativo nos países em desenvolvimento alerta para o potencial impacto nas classes menos favorecidas. Em 2030 cerca de 23,4 milhões de indivíduos terão essas doenças como causa de suas mortes. No Brasil, aproximadamente 30% dos óbitos totais são decorrentes das DCV ¹. Ainda que a genética e a idade tenham grande importância nesta evolução, grande parte dos outros fatores de risco (tabagismo, diabetes mellitus, dislipidemias, etc) pode ser influenciada por modificações no estilo de vida capazes de reduzir os eventos cardiovasculares e aumentar a sobrevida em pacientes portadores ou em risco de coronariopatias. A mudança de hábitos alimentares e a prática de atividade física possuem custo baixo/moderado quando comparadas com os tratamentos medicamentosos e dependentes de alta tecnologia.² A nutrição adequada pode alterar a incidência e a gravidade das DCV. Alguns alimentos que auxiliam na prevenção e controle dessas doenças estão citados na tabela abaixo:² Alimentos X Doenças Cardiovasculares Vegetais Frutas Grãos integrais Soja Azeite Peixes Em contrapartida, alimentos ricos em ácidos graxos saturados e trans devem ser evitados, assim como o uso excessivo de sal e bebidas alcoólicas². A American Heart Association enfatiza o consumo de vegetais, frutas e grãos integrais, confirmando a importância das fibras alimentares, antioxidantes e outras substâncias na prevenção e controle das DCV. Recomenda ainda a manutenção de peso saudável, auxiliado pela atividade física regular e consumo moderado de gorduras (< 30% do valor energético total diário) 3. O consumo de gordura não deve ser apenas moderado, deve também ser provenientes de gorduras boas: • Ácidos graxos monoinsaturados: Encontrados no azeite, óleo de canola, azeitonas, avelã, amêndoa e abacate. As gorduras monoinsaturadas são mais resistentes ao estresse oxidativo e uma dieta rica nestes ácidos graxos faz com que as partículas de LDL-c fiquem enriquecidas com eles, tornando-as menos suscetíveis à oxidação4, diferente do estimulado pelos ácidos graxos ômega-6. Na substituição de gorduras saturadas por monoinsaturadas, as concentrações de colesterol total são reduzidas e as de HDL-c possivelmente aumentadas5. • Ácidos graxos ômega-3: Os ômega-3 vêm sendo alvo de diversos estudos epidemiológicos, pois reduzem os triglicerídeos séricos, melhoram a função plaquetária e promovem ligeira redução na pressão arterial em pacientes

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ •

hipertensos1,6, sendo encontrados principalmente nos óleos de peixes de águas frias e profundas como o salmão, arenque, atum e sardinha4. Portanto, os óleos vegetais e os óleos de peixes, além das cápsulas constituídas por estes, são uma sugestão de suplementação em DCV. Outras substâncias também ajudam no controle e/ou prevenção das DCV: Fitoesteróis: São constituintes naturais das plantas que possuem estrutura muito similar ao colesterol. Desta maneira, essas substâncias competem com o colesterol no momento da absorção intestinal reduzindo, portanto, a concentração plasmática deste, ainda que não influencie as concentrações séricas de HDL-c e de triglicerídeos. A recomendação da Sociedade Brasileira de Cardiologia é a utilização de 1,6g – 2g/dia 7,8. Conheça alguns alimentos enriquecidos com fitoesteróis e sua recomendação diária 8: Alimentos enriquecidos com fitoesteróis e Recomendação Diária Creme vegetal – 2 colheres de sopa/dia (20g) Iogurte enriquecido – 2 unidades/dia Composto lácteo enriquecido – 2 porções/dia

Antioxidantes: A oxidação das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) tem papel fundamental na formação de células espumosas e na lesão de células endoteliais, contribuindo para a aterogênese. A utilização de diferentes antioxidantes no bloqueio dos fenômenos oxidativos orgânicos tem sido amplamente demonstrada em animais e humanos8. Os principais antioxidantes são: - Vitamina E - Selênio - Pigmentos carotenóides - Vitamina C - Flavonóides e outros compostos fenólicos9 Fibras: Grande parte dos benefícios diretos nas DCV está relacionada ao uso de fibras solúveis, como a redução nas concentrações séricas da LDL-c, melhor tolerância à glicose e controle do diabetes tipo 2. Chandalia et al. mostraram, em estudos randomizados, que o alto consumo de fibras em geral (total: 50g, com 25g solúveis e 25g insolúveis) melhorou o controle glicêmico, reduziu a hiperinsulinemia, assim como as concentrações de lipídios séricos em diabéticos tipo 2.10,11 Apesar dos avanços na área de nutrição e prevenção de doenças cardiovasculares, atualmente é muito difícil estabelecer um padrão alimentar único e específico, uma vez que a individualidade bioquímica e genética pode reproduzir diferentes respostas a tratamentos e intervenções similares. Desta maneira, o cuidado nutricional deve sempre estimular a mudança de comportamento e hábito alimentar, mas a suplementação deve ser avaliada caso a caso, após análise detalhada.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ REFERÊNCIAS 5- COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Baureri, SP: Manole, 2013. 6- RIQUE, A.B.R.; SOARES, E.A.; MEIRELLES, C.M. Nutrição e exercício na prevenção e controle das doenças cardiovasculares. Rev Bras Med Esporte, 2002; 8(6): 244-254. 7- American Heart Association. AHA Scientific Statement. Dietary guidelines. Revision 2000. A statement for health care professionals from the nutrition committee of the American Heart Association. Circulation 2000; 102: 2284-99. 8- O’Keefe JH, Nelson J, Harris WB. Life-style change for coronary artery disease. Postgrad Med, 1996; 99:2: 89-106. 9- McGowan MP. Am I at risk for developing heart disease? Heart fitness for life. New York: Oxford, 1997; 10-25. 10- American Heart Association. AHA Scientific Statement: Summary of the scientific conference on dietary fatty acids and cardiovascular health. Conference summary from the nutrition committee of The American Heart Association. Circulation 2001; 103:7: 1034-9. 11- Santos RD, Maranhão RC, Luz PL, Lima JC, Filho WS, Avezum A, et al. III Diretrizes brasileiras sobre dislipidemias e diretrizes de prevenção da aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol, 2001; 77(Suppl 3): 1-191. 12- Costa RP et al. Óleo de peixe, fitoesteróis, soja e antioxidantes: impacto nos lípides e na aterosclerose. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo, 2000; 10(6): 819-827. 13- Halliwel B. Antioxidantes. In: Ziegler EE, Filer JLJ, editors. Conocimientos actuales sobre nutrición. 7 ed. Washington: International Life. Sciences Institute Press, 1997; 636-44. 14- McGowan MP. Am I at risk for developing heart disease? Heart fitness for life. New York: Oxford, 1997; 10-25. 15- Chandalia M, Garg A, Lutjohann D, Bergaman KV, Grundy SM, Brinkley LJ. Beneficial effects of high dietary fiber intake in patients with type 2 diabetes mellitus. N Engl J Med, 2000; 342(19):1392-8.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ SUPLEMENTAÇÃO EM CIRÚRGIA BARIÁTRICA A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que está relacionada a diversos prejuízos significativos à saúde do indivíduo. Devido à etiologia multifatorial, seu tratamento é multidisciplinar e inclui mudanças de hábitos de vida, alimentares e prática de atividade física regular1. Quando o indivíduo chega a um grau acentuado de obesidade e o tratamento conservador falha, a cirurgia bariátrica torna-se a terapêutica mais efetiva2. Ela é indicada para aqueles que apresentam o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m² ou acima de 35kg/m² com comorbidezes associadas à obesidade como, por exemplo: Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus Tipo 2, Dislipidemia, entre outras. Existem tipos de cirurgia regulamentados e realizados atualmente: • Restritivas: Banda gástrica ajustável e Gastrectomia vertical • Disabsortivas: Derivação biliopancreática Scopinaro, Derivação biliopancreática com gastrectomia longitudinal “Duodenal Switch” • Mistas: Bypass gástrico em y de Roux 3,4,5 Nas cirurgias disabsortivas e mistas há um prejuízo na absorção de diversos nutrientes. Desta maneira, a suplementação é fundamental para a prevenção de carências nutricionais que podem levar a prejuízos na saúde do indivíduo7. A investigação começa antes mesmo do procedimento cirúrgico. Isto porque, a obesidade por si só já é um fator de risco para deficiências nutricionais. Boa parte dos pacientes possui alimentação de alto valor energético e baixo valor nutricional e, acredita-se, que algumas vitaminas sejam recrutadas pelo tecido adiposo ocasionando baixos níveis séricos. As principais deficiências encontradas no pré-operatório são: Vitamina D, Cálcio e Ferro as quais devem ser minimizadas e/ou corrigidas antes da cirurgia8. No pós-operatório a suplementação é um dos obstáculos para o sucesso do procedimento e está diretamente relacionada à adesão do paciente ao tratamento. É preciso conhecer e entender a técnica cirúrgica para identificar nutrientes chave e ter uma conduta nutricional precisa, uma vez que todas as deficiências são preveníveis e tratáveis quando a ingestão de alimentos e suplementos está adequada9. Abaixo listamos os tipos de cirurgia e as principais deficiências encontradas no pós operatório: Tabela 1 - Principais deficiências nutricionais no pós operatório Deficiência Cirurgias Restritivas Cirurgias Mistas Tiamina X Desidratação Raro Desnutrição Raro X Ferro X Ácido fólico X Vit. B12 X

Cirurgias Disabsortivas X X X X X

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ Vit. Lipossolúveis X Cálcio X Má absorção gorduras Raro Fonte: Adaptado de Tratado de Obesidade - MANCINI et al (2010) 11

X X X

Para uma conduta efetiva o nutricionista deve considerar alguns aspectos no momento da escolha do suplemento, a fim de garantir melhor biodisponibilidade9: pH (ácido ou alcalino) gastrointestinal necessário para a solubilização do nutriente Forma de apresentação do suplemento: solução aquosa, cápsula, pó, pastilha Dependência ou não de enzimas do trato gastrointestinal Integridade intestinal e superfície de absorção disponível Via de administração: oral ou intramuscular ou endovenosa (definida de acordo com a gravidade da deficiência nutricional) Quantidade e tipo de micronutriente presente nas formulações O paciente deve ser submetido à avaliação laboratorial periódica, principalmente no primeiro ano de pós-operatório. Assim, é possível monitorar a ocorrência de possíveis deficiências, antes mesmo da identificação pelo exame físico, evitando agravos10. De acordo com o Guideline Americano publicado em 2013 a suplementação no pós operatório consiste em: 3,4 Tabela 2 - Suplementação nutricional de rotina após cirurgias bariátricas Suplemento Dosagem Multivitamínico 1 a 2 diariamente Citrato de cálcio com 1200 a 1500 mg/d + 400 a 800 UI/d Vitamina d Vitamina D Até 3000 UI/dia Ácido fólico 400 µg/d em multivitamínico Ferro elementar 40 a 65 mg/d Vitamina B12 ≥ 350 µg/d por via oral Ou 1.000 µg/mo por via intramuscular (prescrição médica) Ou 3.000 µg a cada seis meses por via intramuscular (prescrição médica) Ou 500g por semana por via intranasal (prescrição médica) O acompanhamento com uma equipe multidisciplinar especializada neste tipo de cirurgia é fundamental para garantir o sucesso do procedimento. A suplementação, principalmente em cirurgias mistas e disabsortivas, deve ser realizada durante toda a vida, assim como exames bioquímicos para monitoramento.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ REFERÊNCIAS 7. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (I-DBSM). Arquivos Brasileiros de Cardiologia – Volume 84, Suplemento I, Abril 2005. 8. Segal, A; Franques, Aída RM. Atuação Multidisciplinar na Cirurgia Bariátrica – A visão da COESAS – SBCBM: São Paulo: Miró Editora, 2012. 9. Mechanick et al. AACE/TOS/ASMBS Guidelines for clinical practice for the perioperative nutritional, metabolic, and nonsurgical support of the bariatric surgery patient. Endocr Pract. 2008; 14(suppl1):1-83. 10. Mechanick et al. AACE/TOS/ASMBS Guidelines. Surgery for Obesity and Related Diseases, v. 9 (2013) 159–191 11. Soares CC, Falcão MC. Abordagem nutricional nos diferentes tipos de cirurgia bariátrica. Rev Bras Nutr Clin. 2007; 22(1):59-64. 12. Resolução CFM nº 1.942/2010, D.O.U. de 12 de fevereiro de 2010, Seção I, p. 72 13. Godoy-Matos AF, Guedes EP, Souza LL, Martins MF. Management of obesity in adolescents: state of art. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009; 53(2):252-61. 14. Kaidar-Person O, Rosental RJ. Malnutrition in morbidly obese patients: fact or fiction? Minerva Chir 2009; v. 64, n.3, p. 297-302 15. BORDALO, Livia Azevedo et al. Cirurgia bariátrica: como e por que suplementar. Rev Assoc Med Bras, Viçosa, v. 57, n. 1, p.113-120, 2011 16. Coppini, LZ (org). Nutrição e Metabolismo em Cirurgia Metabólica e Bariátrica. !ª Ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2015; 312 p. 17. Mancini, MC. - Tratado de Obesidade : Editora Guanabara Koogan, 2010.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ SUPLEMENTAÇÃO NO CÂNCER Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil o câncer é a terceira causa de morte (11,84% do total de óbitos) e a segunda por doença (27,63% do total), e a cada ano atinge pelo menos 9 milhões de pessoas . O câncer é caracterizado pelo progressivo crescimento celular anormal e por mutações intracelulares. Quando o sistema imunológico não é capaz de inibir essa frequência de mutações, o aumento da proporção de células mutantes dá origem a uma população de células cancerosas que se multiplica exponencial e descontroladamente, formando os tumores. O tratamento para o câncer é complexo e envolve equipe multidisciplinar. A escolha do tipo de terapia empregada varia de acordo com a localização e agressividade da doença. Entre elas estão radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, hormonioterapia e cirurgia. Pacientes oncológicos que são submetidos a tratamentos como radioterapia e quimioterapia estão mais susceptíveis às ações danosas de agentes oxidantes denominados Radicais Livres. Isto porque, nestes pacientes, a formação excessiva destes elementos, devido ao tratamento, provoca um desequilíbrio em todo sistema orgânico, podendo haver danos no DNA de células de tecidos sadios. TERAPIA NUTRICIONAL E SUPLEMENTAÇÃO ALIMENTAR A terapia nutricional tem um papel importante na manutenção do estado nutricional do paciente oncológico. Nem sempre é possível atingir a recomendação nutricional através da alimentação e torna-se necessário a complementação com suplementos alimentares. Um paciente bem nutrido suporta melhor os efeitos adversos produzidos pelo tratamento. Os objetivos da terapia nutricional em câncer são: Impedir ou corrigir a desnutrição; Prevenir perda de massa magra; Auxiliar na tolerância ao tratamento; Reduzir os efeitos adversos relacionados à nutrição e suas complicações;

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ Manter o vigor e a energia; Combater infecções; Manter ou melhorar a qualidade de vida. Quando a ingestão alimentar não é suficiente um suplemento alimentar nutricionalmente balanceado e que forneça carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais é uma conduta eficaz para o controle de peso do paciente e seu estado nutricional. No mercado está disponível produtos com carga nutricional bastante favorável em um volume reduzido e sabor agradável. A terapia nutricional enteral é indicada aos pacientes gravemente desnutridos ou que tenham efeitos colaterais relacionados com a doença ou ao tratamento que impedem a ingestão oral adequada. A via enteral pode auxiliar o paciente a manter o peso e melhor qualidade de vida em pacientes submetidos a tratamentos com antineoplásicos. A literatura reforça o grande benefício da terapia nutricional adequada precoce. CAQUEXIA NO CÂNCER A Caquexia é representada por anorexia, associada a perda de massa magra e tecido gorduroso e pode acometer não só pacientes oncológicos, mas qualquer outra doença grave ou pós operatório de grandes cirurgias. Este processo no câncer é resultado de alguns fatores: 1- Neoplasias malignas são compostas por células que sofreram mutação genética e se tornam agressivas e nocivas ao organismo. A resposta a estas células leva a uma atividade metabólica mais intensa, afim de combater estas células e levando a um estado inflamatório. Este processo inflamatório eleva a concentração de citocinas pró-inflamatórias que estão relacionadas a redução da ingestão alimentar. 2- Alguns produtos do próprio tumor induzem a lipólise de tecido gorduroso, sendo também uma das causas do rápido emagrecimento dos pacientes. 3- Estudos demonstram que células tumorais possuem em torno de 10 vezes mais avidez por glicose do células normais, levando a um quadro de hipermetabolismo. É possível com estes fatores entender que a Terapia Nutricional no paciente oncológico é fundamental.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ SUPLEMENTAÇÃO COM ANTIOXIDANTES Estudos indicam que nutrientes antioxidantes como as vitaminas A, C e E podem minimizar os efeitos tóxicos produzidos pelas drogas utilizadas no tratamento. As interações entre antioxidantes e agentes antineoplásicos produzem benefícios importantes aos pacientes oncológicos, contribuindo para o sucesso do tratamento empregado. Dentre os benefícios, destacam-se: A capacidade que os antioxidantes possuem em potencializar os efeitos das drogas antineoplásicas. Com isso é possível reduzir a dose administrada com redução dos efeitos colaterais, sem que haja prejuízo nos seus efeitos terapêuticos. Os antioxidantes, por si só, conseguem controlar o crescimento tumoral sem produção de toxicidade ao organismo. Prevenção da alopecia induzida pelos medicamentos durante o tratamento, que é um dos pontos de estresse físicos e psicológico envolvido no tratamento da doença. SUPLEMENTAÇÃO COM ÔMEGA 3 Os ácidos de graxos poli-insaturados de cadeira longa, EPA e DHA, presentes nos óleos de peixes tem impacto positivo no câncer, devido ao seu potencial de inibir a carcinogênese, retardar o crescimento de tumores e aumentar a eficácia do tratamento com quimioterapia e radioterapia. A ação do ômega 3 se mostrou eficiente também na caquexia, síndrome que afeta cerca de 60% dos pacientes críticos. SUPLEMENTAÇÃO COM LACTOBACILOS Os lactobacilos são organismos vivos, presentes em alimentos lácteos e trazem benefícios ao seu hospedeiro, devido a sua ação funcional e melhora da microbiota intestinal. Muitos estudos tem demonstrado que os probióticos exercem um fator de proteção contra o desenvolvimento do câncer, como o câncer de cólon. Por estimularem a resposta imunológica, auxiliam no combate de substâncias carcinogênicas, atuando na degradação e excreção destas substâncias.

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fâÑÄxÅxÇàt†ûÉ O paciente oncológico está exposto a situações de risco nutricional e deve ser inserido na Terapia Nutricional

o mais precoce possível para que seu estado

nutricional seja mantido e/ou recuperado para melhor prognóstico do tratamento.

REFERÊNCIAS 1. COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases fisiológicas da nutrição nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Baureri, SP: Manole, 2013. 2. SANTOS, Hemilar Senna dos; CRUZ, Wanise Maria de Souza. A terapia nutricional com vitaminas antioxidantes e o tratamento quimioterápico oncológico. Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, v. 47, n. 3, p.303-308, 2001. 3. SILVA, Sandra M. Chemin S. da; MURA, Joana D'arc Pereira. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2011. p.796-815. 4. FERREIRA, Carmen Veríssima; LIMA, Vanessa Teixeira de. Importância dos Antioxidantes na Dieta de Pacientes Oncológicos em Tratamento Quimioterápico e na Dieta de Pacientes Expostos a Agendes Cancerígenos. Nutrição em Pauta, São Paulo, v. 44, n. 8, outubro 2000. 5. CARMO, Maria Carmen Neves Souza; CORREIA, Maria Isabel Toulson Davisson. A Importância dos Ácidos Graxos Ômega-3 no Câncer. Revista Brasileira de Cancerologia, Minas Gerais, v. 55, n. 3, p.279-287, 6 abr. 2009 6. Waitsberg. Dan L. DESNUTRIÇÃO EM CÂNCER - PROGRESSOS NA COMPREENSÃO Perda de peso em câncer: fatores produzidos pelo tumor ou lesão inflamatória do tumor. Disponível em: http://www.nutritotal.com.br/newsletter/?acao=bu&id=82 (Acesso em 08/01/2016).

Material Elaborado pela Núcleo Especializada em Nutrição LTDA


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