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Redes sociais x gracinhas
15/07/2015
Alguns anos atrás, a impressão que se tinha era de que estar nas redes sociais era uma obrigação para as empresas - tinha-se que estar lá. De uns tempos pra cá, o mundo corporativo conscientizou-se de que, se é para estar, não é de qualquer jeito e é preciso ter ideia do reflexo da presença da empresa em uma rede social. Mas parece que uma nova onda toma conta das fanpages e perfis empresariais: é preciso fazer gracinhas. Puxada especialmente pelos usuários mais jovens, para quem a zoeira nunca acaba, e pela Prefeitura de Curitiba, que faz isso com maestria, essa nova onda está colocando em maus lençóis aquelas corporações e instituições não tão engraçadinhas. Basta ver o que, de vez em quando, acontece com a página oficial da Presidência da República. Assuntos sérios e de forte impacto social são tratados com memes, aquelas imagens com piadinhas que são infinitamente compartilhadas. A diferença é que, para a Presidência da República, nem sempre tal ferramenta pega bem.
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A última gafe desse tipo foi comemorar a medida provisória que reduz a jornada de trabalho em empresas em crise com uma imagem de Chaplin em Tempos Modernos - um filme que retrata um trabalhador executando tarefas repetitivas em regime quase de escravidão. Não dá para fazer gracinha com um assunto assim tão sério.