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Verdade e credibilidade

Verdade e credibilidade 16/11/2015

Mentira tem perna curta, já avisa o ditado. Mas, quando se trata de construir a reputação de uma empresa, muito cuidado com as mentiras contadas e para quem se conta essas falsas histórias. Já falamos aqui do mau uso da técnica de storytelling pela fabricante de picolés Diletto, mas agora vamos dar uma ideia do impacto que essa história mal contada teve junto à imprensa. Ao lançar a marca, o fundador da Diletto repetiu várias vezes em entrevistas que a empresa dava continuidade a uma história de família, iniciada por seu avô, um imigrante italiano que fazia sorvetes usando neve e frutas frescas. Foram publicadas inúmeras páginas de revistas e jornais, pois a história era muito diferente e interessante, mas uma grande mentira, como todos descobriram depois. Em uma reportagem sobre reputação, a revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios usa o caso da Diletto como um mau exemplo, como uma empresa que perdeu prestígio. Tentaram saber se isso trouxe impacto nas vendas, mas a marca não respondeu, portanto não dá para saber se o consumidor perdoou a mentira e deu mais valor ao sabor dos picolés. Entretanto, a matéria deixa claro que será muito difícil a marca reconstruir um relacionamento com a imprensa.

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A base do convívio com jornalistas é a credibilidade. Um passo em falso, uma história mal contada, e o jornalista começar a se questionar se tudo o que ouviu até aquele momento era realmente verdade. Sem contar o sentimento de traição por tantas vezes ter dado espaço para uma empresa que mente. Por isso, muito cuidado: mentira não combina com nenhum tipo de relacionamento e, se você está tentando construir ou manter uma boa reputação, contar falsas histórias para a imprensa pode ser um tiro no pé.

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