1 minute read

Pelo coletivo

27/12/2015

Hoje eu peço licença para falar de um amigo que nós, jornalistas, perdemos ontem. Diretor da Fábrica de Comunicação, agência de Florianópolis, e vice-presidente da Associação Catarinense de Imprensa, Roger Bitencourt foi atropelado e morto na manhã de ontem, enquanto praticava uma de suas paixões, o ciclismo. Não vamos aqui entrar no mérito de o motorista estar embriagado e já estar com sua carteira de motorista prestes a ser cassada por outro acidente que provocou ao dirigir alcoolizado. Como este é um espaço que trata de comunicação, marketing, mercado, estratégias de marca, quero utilizar a experiência de Roger Bitencourt para mostrar o quanto é importante a participação dos empresários em seus setores por meio do associativismo. Roger participava ativamente da Associação Catarinense de Imprensa, era um entusiasta, e seu trabalho na entidade foi importante para a realização de muitas ações. Assim como a imprensa tem pessoas como o jornalista Roger Bitencourt, toda atividade empresarial precisa de pessoas que se envolvam com as ações coletivas, que elevem o setor e busquem soluções para os problemas que afetam todas as empresas.

Advertisement

O bom seria que todos os empresários participassem efetivamente das associações empresariais, mas infelizmente não é o que acontece. Quando um determinado segmento não encontra líderes motivados a trabalhar pelo coletivo, tende a ser desestruturado de tal maneira que qualquer problema externo abala o mercado. Contudo, a maior parte desses líderes, especialmente aqueles não remunerados, um dia param e se perguntam: o que me faz investir meu tempo em um trabalho que beneficia também aos meus concorrentes? Por que não me dedico exclusivamente ao meu negócio? Esses líderes, como era o jornalista Roger Bitencourt, sabem que não há como viver isolado, que as empresas têm problemas comuns e que, com união e pensamento coletivo, tudo se resolve com menor esforço. Você pode estar pensando: mas, se não há remuneração, qual a vantagem de dedicar tempo a algo coletivo? A contrapartida daqueles que se dispõem a fazer um trabalho ético são os relacionamentos que trarão novas oportunidades e o acesso a muitas informações que não teriam se estivessem isolados. E se não houver essa contrapartida, esse líder, como nosso colega Roger Bitencourt, no mínimo, deixou um legado, um exemplo, e fez muitos amigos. Afinal, o que se leva desta vida é a vida que se leva.

This article is from: