Revista Ponto & Vírgula - Ano 1 - Edição 01 - Janeiro 2013

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Expediente

Editorial

Irene Coimbra Direção Geral Irene Coimbra a.poetisa@hotmail.com Edição Ponto & Vírgula Editora e Produtora de Eventos Diagramação e Arte ABS Produções (16) 9137-1033 absproducoes@hotmail.com Impressão Nova Enfim - Gráfica e Editora (16) 3234-1508 novaenfim@hotmail.com

Ponto & Vírgula em revista

2013 chegou!!! Com ele também chegou a revista que faltava em Ribeirão Preto: a Revista “Ponto & Vírgula”! Uma revista que tem como objetivo divulgar escritores, poetas, músicos, artistas em geral e todos os envolvidos em Educação e Cultura. É mais um projeto concretizado pela professora, escritora, empreendedora idealista, produtora e apresentadora do programa “Ponto & Vírgula” da TVRP, Irene Coimbra. A revista “Ponto & Vírgula” tem todos os ingredientes para ser sucesso, assim como já é sucesso a “Antologia Ponto & Vírgula”, que em sua primeira edição, lançada em 22 de maio de 2012, reuniu 39 escritores, na segunda, lançada em 7 de dezembro de 2012, 46 escritores e já partindo para a Terceira Edição, com previsão de mais de 60 escritores. Nesta primeira edição da “Ponto & Vírgula”, de acordo com a matéria dos colunistas convidados por Irene Coimbra, já dá pra se ter uma idéia do nível cultural da revista. A princípio não haverá colunistas fixos. Todos os interessados em divulgar matérias de sua autoria, poderão enviá-las diretamente para Irene (a.poetisa@hotmail.com ou Irene. pontoevirgula@gmail.com) As selecionadas serão publicadas e as não selecionadas serão devolvidas. A cada edição haverá novos convidados. Por enquanto é só!

Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opinião da revista é expressa em editorial.

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Arquivo pessoal

Destaque

Casos pitorescos de

Lucília Junqueira de Almeida Prado Dia 20 de dezembro de 2012, véspera do anunciado “fim do mundo”, no apartamento da Escritora Lucília Junqueira de Almeida Prado, tive um bate-papo super descontraído com ela. O tempo em sua companhia passou voando, e foi uma delícia ouvir seus casos pitorescos! Hoje, com permissão dela, compartilho-os com vocês: 1º Lucília: Certa vez, recebi um telefonema de São Paulo, pedindo que eu fosse para lá , a fim de receber o prêmio Jaboti. Eu nem sabia que estava concorrendo, pois quem manda o livro para ser julgado, é a editora. Saí do telefone eufórica e o primeiro filho que encontrei, agarrei-o pelo braço, sacudi-o e gritei: “Aloísio! Aloísio! Ganhei o Jaboti”. E ele, com a maior cara de pau, me perguntou: - “Macho ou fêmea?” 2º Lucília: Quando eu tinha 17 anos, Dona Vera Paranaguá, dama da sociedade de São Paulo, resolveu fazer uma festa, em benefício dos pracinhas que lutavam na Itália. O último quadro da festa, representava uma escadaria, por onde mocinhas da sociedade paulista deveriam descer representando cada uma, a personagem de um país. Fui convidada para encerrar o espetáculo, descendo a escadaria representando a Marquesa de Santos, representante do Brasil. Na hora do almoço, quando minha mãe contou para meu pai, ele sorriu de orelha a orelha. E falou: “Filhota, mas que glória! E quem você vai representar?” Inocentemente respondi: “A Marquesa de Santos”. Meu pai empalideceu, e dando um murro na mesa 4

gritou: “Não admito que minha filha represente uma puta!”. Pois não é que tiveram de inventar uma tal de Viscondessa de Cachoeira, para que eu descendo da escadaria, vestida à moda do império, abanando-me com um grande leque, representasse o meu país? Foi uma beleza, mas ninguém sabia quem era a tal viscondessa. 3º Lucília: Vivi 53 anos na fazenda muito chegada aos problemas dos colonos. Certo dia, uma mulher chamada Maria Simplício, tendo ficado viúva com 4 filhos, foi me pedir que a levasse ao médico, pois se ele acabasse com certas tonturas, ela e os filhos teriam força para tocar 10.000 pés de café. Levei-a ao Dr. Ribamar, um médico nordestino, muito bondoso, e ele perguntou: “O que sente, minha filha?” Então, Maria Simplício levan-

do a mão à cabeça disse: “ Tirando uma dor filha da mãe que sinto aqui na cabeça, um aperto no gorgomilo, um travo nas costas, umas pontadas na anca,tremedeira nas pernas e essa aziazinha que me persegue seu doutor, sou saninha de tudo.” Dr. Ribamar, olhando-a com pena disse: “Minha filha, você tem um zoológico na barriga”. Receitou-lhe um vermífugo polivalente e ela e os filhos puseram todas as bichas pra fora. Dai por diante tocou sua vida com a força de um homem. 4º Lucília:Certa ocasião tivemos um caso de invasão de água de 400 alqueires de uma de nossas fazendas. O governo pagou em prestações grande parte. No fim, ficou faltando 750 mil cruzeiros. Passaram os meses, e nada de nos pagarem. Soube


Algumas obras de Lucília

Perfil

São 65 livros infanto-juvenis publicados e 16, entre contos e romances, para adultos então que quem tomava conta desta dívida era o Sr. Andrea Matarazzo. Resolvi, sem marcar hora, ir ao seu escritório. Fui. Quando lá cheguei o secretário me perguntou: “Mas a senhora tem hora?” Respondi: “ Não, mas tenho tempo”. Sentei numa cadeira, peguei meu tricô e comecei a tricotar. O Senhor Andrea, abria a porta para despedir e receber os agendados, me olhava espantado e não dizia nada. A noite chegou e eu tinha feito uma manga comprida de um paletó. O Sr. Andrea, louco para ir para casa, chamou-me dizendo: “A senhora é a pessoa mais teimosa que conheço”. Respondi: “ Não sou teimosa, sou persistente”. Ele riu, me fez entrar, e acabou pagando o que nos devia. 5º Lucília: Temos uma fazenda no Mato Grosso, com uma casinha de madeira que consegui arrumar confortável. Frente a ela, tinham derrubado o mato, feito pastagens e deixado todos

os coqueiros. Era uma infinidade de palmitais, que fomos comendo um a um. Naturalmente, depois de anos a consumi-los foram escasseando, e eu reclamei. “Quem anda derrubando meus coqueiros?” Meu marido então perguntou: “Como você quer comer o palmito sem derrubar os coqueiros?” 6º Lucília: O meu sogro era um homem provinciano, mandão prá caramba. Certa vez, (grávida de meu quinto filho), conversando com uma cunhada na varanda da fazenda, eu disse: “Se eu tiver outro menino, vai se chamar Bernardo. Se for uma mulher, vai se chamar Catarina. Meu sogro fingia cochilar na rede, ouviu e não disse nada, mas no dia seguinte comprou um casal de cachorros, e entregando-os para o caseiro, disse: “Olha Alcides, o nome deles é Bernardo e Catarina”. A minha vingança é que hoje ele tem um bisneto que se chama Bernardo e a promessa de uma bisneta chamar-se Catarina.

Lucília Junqueira de Almeida Prado, tem 65 livros infanto-juvenis publicados (todos esgotados) e 16, entre contos e romances, para adultos. Recebeu no ano de 2012, duas importantes homenagens: A primeira durante a 12ª. Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto quando a Biblioteca de Artes dos Estúdios Kaiser de Cinemafoi inaugurada e levou seu nome: Biblioteca de Artes Lucília Junqueira de Almeida Prado. A segunda, dia 17 de novembro, de 2012, em São Paulo, no Bairro da Liberdade, pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, quando recebeu o Diploma de Mérito pela elevada qualidade literária de suas obras e, em especial, pela elegante abordagem do tema da imigração japonesa em seus romances: “O Amor é um Pássaro Vermelho” e “Sob as Asas da Aurora” O romance “Sob as Asas da Aurora” conta a história de um casal de imigrantes japoneses, Missayo e Taro, que foram administradores da Fazenda Lageado, de sua propriedade e onde ela passou sua infância. A romancista além do Jaboti de 1971, recebeu outros prêmios, sendo o mais importante o do “Pen Clube Internacional”, pelo conjunto de suas obras. Em 1980 foi considerada a “Personalidade do Ano”. Neste ano e nos dois seguintes foi presidente da “Academia de Literatura Infantil e Juvenil”. 5


Artigo

Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto em Destaque

Maris Ester A. Souza, Presidente da Casa do Poeta

Para quem ainda não conhece a Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto, assim a descreve a poetisa Maris Ester A. Souza, Presidente da Casa A Casa do Poeta é um lugar onde poetas, músicos, pessoas ligadas à Arte se encontram. Reuniu em 2012, talentos como os pianistas Gustavo Molinari e Suely Cacita, a jovem soprano Carolina Strakovinch, o cantor seresteiro Leandro Silva, e o flautista Samuel Bastianini (que veio de Franca somente para se apresentar na entidade). Tem uma frequência de quarenta a sessenta pessoas, maioria da terceira idade, que se encontram todo primeiro sábado do mês, das 15h às 18h, para declamarem poesias, cantarem, lerem e discutirem sobre seus trabalhos literários. A Casa traz todo mês, um escritor a ser entrevistado, um músico convidado e ao término da reunião oferece um delicioso Café! Além dos poetas de Ribeirão Preto, também participam da Casa outros poetas da região como, a poetisa Sebastiana Laxa, de Tambaú, 6

o poeta Vicente de Santo Antônio da Alegria, a poetisa e declamadora Célia Natalina, de Batatais, entre outros. Todos com o objetivo de estar em união com os poetas de nossa cidade. No ano de 2012, dia 22 de abril, a Casa completou vinte e dois anos e a comemoração se deu no Centro Cultural Palace, comemorando também o “Dia Mundial do Livro” (24/04). O auditório do Palace ficou lotado. Estudantes com seus pais, poetas, escritores, artistas em geral compareceram ao evento. Uma fala marcante ficou em minha memória quando convidada a falar algo, a escritora, poetisa e professora Ely Vieitez Lisboa disse: “Olhando este prédio lotado, em uma segunda-feira, um público atento, gente que veio por interesse ao livro e à leitura, vejo que o mundo não está perdido!” Gostaria de ressaltar que a Casa do Poeta não existiria sem o trabalho

do nosso incansável vice-presidente, um dos fundadores e um dos maiores trovadores de Ribeirão Preto, Othniel Fabelino de Souza, também conhecido como Oefe Souza. A ele o nosso eterno agradecimento. Nota: A Casa do Poeta fica na Rua Liberdade, 182 – Campos Elíseos.

Othniel Fabelino de Souza, vicepresidente, um dos fundadores da Casa do Poeta de Ribeirão Preto


Poesia & Prosa

"Na vida, como na Literatura, nada é muito lógico e matemático, gerando discussões e celeumas que ficam sempre em aberto" É um equívoco pensar que fazer poemas é mais fácil que escrever em prosa. Ao contrário, o gênero poético é mais exigente, os conceitos e asserções são mais sugeridos que explícitos. Na poesia há que se usar muito bem a linguagem figurada. Um bom poema é aquele que consegue dar uma roupagem nova, como algo que nunca foi dito. Ora, os poemas têm mais do autor que sua prosa, quer sejam crônicas, contos ou romances; eles refletem sua alma, sua sensibilidade, sua essência e sua cosmovisão. Antes, contudo, de explicitar o argumento, é preciso lembrar algo inquestionável: são muito tênues os limites entre a realidade, na obra literária, e a ficção. Aliás, enfatize-se que, muitas vezes, o conceito de ficção é muito equivocado. Pensa-se, em geral, que obras de ficção são as alicerçadas somente na criatividade, quando o autor cria uma realidade fictícia, sonhada, idealizada. O autor não é um demiurgo que cria do nada. Quando escreve uma novela, um conto, um romance, o material que usa é a própria realidade. Ele a toma, recria, muda, de acordo com sua filosofia de vida,

seus conceitos de arte, sua mundividência. É a sua visão de mundo. Aprofundando nesses conceitos, é preciso lembrar de certos debates sobre a criatividade na Arte. Nunca se chegou a um consenso se a Arte imita a vida, ou vice-versa. Minha experiência pessoal, nesse assunto, é interessante. Em 2003 publiquei o romance epistolar Cartas a Cassandra, obra premiada pela Academia de Letras de Minas Gerais e que atraiu muitos leitores. No livro, a narradora conversa com as possíveis leitoras sobre a vida, em cartas-capitulo e as personagens, com suas histórias densas e muitas vezes trágicas, são mulheres várias, de classe social diferente. Como procedimento literário, as cartas são da infância, da mocidade e da idade adulta. Casualmente, logo após o lançamento do livro, aconteceram fatos em minha vida, que pareciam copiados da obra. Premonição? Aliás, na vida, como na Literatura, nada é muito lógico e matemático, gerando discussões e celeumas que ficam sempre em aberto. Existem os conceitos de apolíneo e fáustico, nas Artes. A tendência do primeiro é seguir regras clássicas, já consagradas; o segundo prioriza a liberdade

Ely Vieitez Lisboa

de criação, o novo, o inusitado em Arte. São sobejamente conhecidas as características antitéticas das chamadas Escolas Literárias. Enquanto o Romantismo opta pelo subjetivismo, o Parnasianismo, ao contrário, prega o objetivismo, a valorização da forma, da linguagem perfeita. Continuando o raciocínio acima, há uns dias, assistindo no Canal 3, do SESC, a um Documentário sobre o grande poeta Lêdo Ivo, ele cita uma afirmação de Tolstoi: “Se queres ser universal, fala de tua aldeia”. A citação pede rica discussão sobre o assunto. Na realidade, quando um autor escreve sobre suas dúvidas, busca respostas para seus questionamentos filosóficos ou metafísicos, ele não fala somente de si, mas de todos os seres humanos, iguais em essência, criaturas do mesmo barro, para usar a metáfora bíblica. Como se vê, o tema Poesia e Prosa suscita um aprofundamento, por sua complexidade. Acima está o início da abordagem, muito ainda pela rama. É só um prólogo. Convido leitores interessados a continuar com a pesquisa sobre o assunto. Ely Vieitez Lisboa é escritora. E-mail: elyvieitez@uol.com.br

“Se queres ser Universal, fala de tua aldeia” Tolstoi 7


Poemas do Mês

Viajando Nilva Mariani

Vou por essas estradas desoladas de minha terra, essas rotas tristonhas, cheias de pó, quentes e ensolaradas, vermelhas, longas, tristes e enfadonhas.

Poetando Nely Cyrino de Mello

No princípio, o Verbo, pairando sobre as águas, navegando nas estrelas em que se fez Luz. O verbo se fez homem e o homem se fez poeta. Rei, escravo, profeta. O poeta surfa nas palavras e se afoga nos seus versos como o surfista brinca com o mar. Traz o coração inquieto, a mente borbulhante, prestes a transbordar. Ele captura a chama que acende os sentimentos. A poesia se derrama no espaço descalço, na magia, no assombro, inundação de abraços. Como o pescador às pérolas, o poeta busca palavras na concha do pensamento, formadas pelo atrito e pela dor. E em delírio, explodindo, como gotas de cascatas molhando a alma, matando a sede, ele oferta seu poema, sublime doação do amor! 8

Jesus Cristo Poeta Toledo

O Teu nome Eu chamo. A Tua bênção Eu clamo. A Tua força Eu proclamo. O Teu poder Eu conclamo. A Tua beleza Eu declamo. Porque Eu Te amo.

O trem, serpente gigantesca de aço, nelas arrasta-se, lambendo o pó. Dos livros ergo os olhos por espaço, contemplo a paisagem e sinto dó dessas árvores tão moças, mas tão envelhecidas pela terra má; amarguradas, velho o coração, sem brilho, moças, mas tão tristes já. E eu penso num tão jovem coração, ofusco e triste qual pobre ancião...

Poemas Perdidos Heloísa Crosio

Escrevo

Guilherme Mapelli Venturi Escrevo em vão, escrevo por qualquer razão. Escrevo para passar o tempo, escrevo a qualquer momento. Escrevo por prazer, escrevo sem querer. Escrevo por necessidade, escrevo com a saudade. Escrevo sem saber, escrevo por escrever. Escrevo sem entender, escrevo sem sofrer. Escrevo para minha própria reflexão, escrevo para refletirem. Escrevo...

No escuro do quarto, O sono que não chega. Nem a lua ilumina a janela! Silêncio na madrugada quente, Sem vento... Somente apaixonados sentimentos! Tempo lento das horas que não passam, Dos ponteiros que não andam, Do corpo que te chama! E nos meus devaneios, escrevo poemas Que vagam pelos meus pensamentos Na solidão que me inflama! E quando o sono chega Vence os sonhos, e rouba meus poemas. Tudo fica perdido... esquecido!


Poema

Antonio Ventura

Desenho: Carlos Alberto Paladini

Ponte Caminhamos lado a lado. Rimos juntos das mesmas coisas. No entanto, sou só eu que tenho um pássaro pousado no ombro. Eu sou a ponte que seus olhos procuram. A única distância é seu medo.

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Educação

Repercutindo Educação Antônio Carlos Tórtoro

“A complexidade começa logo que há sistema, isto é, inter-relações de elementos diversos numa unidade que se torna complexa (una e múltipla)”. Morin

A ideia de fazer uma coletânea de meus artigos — publicados em jornais, revistas e sites — sobre Educação, família, realidade escolar, e suas relações com os acontecimentos divulgados pela mídia no cotidiano, nasceu no dia em que, durante o lançamento de meu livro Piacevolezza, no Ponto de Encontro, do Shopping Santa Úrsula, meu amigo, e pai de ex-aluna, Sebastião Correia de Carvalho, aberta a palavra ao público presente, indagou-me sobre qual a riqueza que eu havia obtido nos mais de trinta anos de magistério. Minha resposta foi: grande parte de minha experiência, ao conviver com os jovens e suas famílias, está registrada em meus artigos escritos nos últimos vinte anos. Nesse momento, o Ex-Prefeito, Dr Welson Gasparini, também pai de ex-alunos, e que prestigiava o evento, quase me impôs a necessidade de, imediatamente, publicar o material de que eu dispunha, a fim de que um número maior de pais, a exemplo dele, pudessem conhecer um pouco da minha maneira de pensar a escola e suas relações com as famílias. A partir daí, a ideia tomou corpo e, como eu não estava sonhando sozinho, Marcos Botelho e o Shopping Santa Úrsula tornaram realidade a publicação de REPERCUTINDO 10

EDUCAÇÃO e a sinestesia decorrente de suas relações. A escritora Ely Vieitez Lisboa diz sobre o livro : “Iniciando o livro, descobre-se logo a razão da leitura agradável, apesar dos temas aparentemente comuns e já muito explorados. Os argumentos, as análises, os posicionamentos do Tórtoro Professor, Coordenador Pedagógico e Orientador Educacional são sempre frutos do vivido, do vivenciado dia a dia e não meras teorias. É isto que dá força aos textos, com títulos, argumentações e abordagens diferentes”. A Dra. Vera Lucia Hanna comentou: “A obra apresenta um estilo agradável, de quem sabe realmente lidar com as palavras, fazendo-as vetores de uma informação sempre pertinente à transparência dos fatos relatados. Trata-se de um escritor que viaja pela vida, olhando à frente o seu destino, sem deixar, contudo, de enxergar todos os fatos que acontecem à direita e à esquerda da paisagem existencial. Assim sendo, sua temática é eclética, refletindo Educação, comportamento de pais e filhos diante de problemas escolares, valor da leitura, modismos, cidadania, bulling, até mesmo aquele que surge do comportamento de adultos que deveriam massacrá-lo, para melhor orientação e equilíbrio dos jovens”.

A publicação do material de que eu dispunha permitiu que um número maior de pais pudesse conhecer um pouco da minha maneira de pensar a escola e suas relações com as famílias


Artigo

Ética e Direito

Brasil PP Salomão * A ética, seja do ponto de vista filosófico, ou que objetiva o estudo do comportamento moral ou ainda sob o conceito de que é a conduta esperada pela aplicação de regras morais, sempre estará umbilicalmente ligada ao direito. Mesmo o direito sendo ciência, e, que a ética não possa ser vista como objeto descritível de uma ciência, inexoravelmente, tal qual as paralelas, em um momento infinito, ou até finito, elas se encontrarão. Se o direito é o hospedeiro de normas de superposição, que envolvem os fatos da vida, e da morte, para lhes dar sentido e sobretudo limites, e punições pela desobediência, a ética não pode ser vista como um fenômeno especulativo. Não significa que o direito seja apofântico, pois ele cuida do “dever ser”, tal qual a

Saúde

ética. Não diferem por aí, como pretendem alguns diversos autores. Outra é a visão que se faz da deontologia onde se reconhece, como afirmado acima, que é a conduta esperada pela aplicação de REGRAS morais voltadas ao comportamento social. Sem sanções. É essa natureza normativa da ética que a colocará paralelamente ao direito, que também faz o regramento ora vedando, ora permitindo, ora determinando “que seja feito”, e, quase sempre, com sanções. Para descrever tal encontro da ética com o direito, na verdade, segui a lição da poetisa cá das Terras de Ribeirão Preto, Elisa Alderani, quando no poema FERIDAS diz: “Abri a gaveta das lembranças - Tirei tudo que dentro estava”. * Advogado

Dr. Brasil Salomão

Se o direito é o hospedeiro de normas de superposição que envolvem os fatos da vida e da morte, a ética não pode ser vista como um fenômeno especulativo

Postura é fundamental!

Nelson Jacintho * Pediu-me, a minha amiga Irene, que escrevesse um artigo sobre o meu livro “Postura é Fundamental” para a Primeira Edição de sua Revista “Ponto e Vírgula”. Antes de tudo quero me congratular com essa pessoa incansável que é Irene Coimbra e agradecê-la pelo gentil convite que me fez para participar desse novo órgão de imprensa e porque não dizer de literatura que vem engrandecer mais o nosso rico parque literário! Irene é dessas pessoas incansáveis que sempre estão de olho no futuro. Em relação ao livro “Postura é Fundamental”, é um livro que, como o próprio nome diz, valoriza a boa postura das pessoas, desde o nascimento até a morte. A postura é realmente fundamental na vida das pessoas. Pessoas que não têm boa pos-

tura, certamente, se já não estão sofrendo, vão sofrer. Sabemos que todas as células do organismo dependem de oxigênio. Sabemos que o oxigênio é levado pelo sangue a todas as partes do organismo. Regiões do nosso corpo que não recebem o sangue necessário, com o respectivo oxigênio, certamente vão ficar doentes. Quando sentamos ou deitamos em uma posição em posição inadequada, os tecidos vão receber menor oxigenação e, com o passar do tempo, vão adoecer. O oxigênio é vida para as células, tecidos e órgãos. Com o passar da idade os nossos órgãos vão se tornando cada vez mais preguiçosos. As defesas naturais vão diminuindo o seu vigor e, o organismo vai, cada vez mais, ficando à mercê de doenças degenerativas que vão nos acometendo, no outono da vida!

Dr. Nelson Jacintho

A lei da gravidade é ingrata com o corpo humano, que tenta ficar ereto Costumo falar que a lei da gravidade é ingrata com ao corpo humano, que tenta ficar ereto. Ela vai nos atraindo, nos puxando com maior intensidade à medida que a nossa musculatura vai perdendo o tônus normal, vai nos deixando arcados com o passar do tempo. * Médico Ortopedista 11


Dicas de Português

Um pouquinho sobre Crase, pra você relembrar Casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: - à medida que, - às vezes, - à noite, - à moda. Ex: - À medida que o tempo passa, mais gosto de você. - Às vezes vou ao teatro. - Se você sair à noite, tome cuidado. - Quero uma pizza à moda italiana. A crase não ocorre: antes de - palavras masculinas, - antes de verbos, - de pronomes pessoais, - de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, - da palavra “casa” quando tem significado do próprio lar, - da palavra “terra” quando tem sentido de solo - e de expressões com palavras repetidas (dia a dia) P&V

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Vagas para Moda

Quem estreia a nossa seção é a Susana Almeida Formada em Moda e com cursos como Produção de Moda, Direção de Arte e Estamparia, a Su tem o currículo perfeito para ninguém botar defeito. Já trabalhou como assistente de produção tendo seu nome divulgado em revistas como Estilo, Marie Claire, entre outras. Foi produtora de objetos em uma divertida série do canal Multishow, trabalhou para uma conhecida empresa carioca de vestuário feminino e hoje, trabalha como produtora em uma assessoria de comunicação super badalada. A seguir, o nosso bate-papo/entrevista.

Susana Almeida

VpM: Por que escolheu fazer Moda como Faculdade? Susana Almeida: Desde pequena sempre gostei muito de tecidos e estampas. Enquanto minha avó costurava, ficava ao lado da máquina fazendo combinações com os retalhos. Essa curiosidade só aumentou conforme cresci e quando tive que decidir o que queria fazer da vida, só pensei em uma coisa: Moda! VpM: Logo quando você terminou a Ffaculdade, veio para São Paulo e começou a trabalhar como assistente de produção. Como foi vivenciar essa profissão? Susana Almeida: Sempre gostei de folhear as revistas de Moda, apesar de não seguir tantas tendências. Quando cheguei em São Paulo e tive a oportunidade de entrar para a área de produção foi como sonho, nunca imaginei que

pudesse conseguir tão rápido produzir as fotos das revistas que eu gostava de ler. No início foi... deslumbrante! É a palavra certa. Eu pagava para trabalhar e não tinha hora pra viver, conheci pessoas incríveis e lugares maravilhosos, andava carregada de sacolas de lojas que jamais pensei passar pela calçada, almocei com gente famosa, e fiz contatos que guardo a sete chaves. Não imaginava que precisasse de tantas pessoas e tanto trabalho para uma foto. Para trabalhar com produção de moda, tem que ser forte, extrovertido, muito comunicativo e disposto. As pautas sempre vão mudar de um dia para o outro, as fotos sempre podem atrasar horas e horas, e de repente a editora da revista vai pedir o vestido mais difícil da marca mais complicada de se produzir, e é a pro-atividade que faz a diferença nessa hora. Não é um trabalho fácil, mas quando se vê o resultado é muito gratificante. VpM: Hoje você é produtora em assessoria. Conta pra gente: o que faz uma produtora dentro de assessoria? Susana Almeida: Basicamente cuido da logística do produto com o produtor. Os produtores nos enviam as pautas das revistas e temos que fazer de tudo para encaixarmos cada um de nossos clientes. Enviamos as peças e torcemos para que seja emplacado, dessa forma, saindo créditos nos editoriais. Cuidamos também da organização do acervo. Entrada e saída das peças de acordo com a

Aline Olic

estação, tabela de preços, envio de fotos em still para as pautas de consumo. E os clientes que desfilam no Fashion Week, cuidamos de backstage, organizamos a fila de imprensa para as entrevistas com os estilistas, cabeleireiros e maquiadores. E, seeting, onde mapeamos a sala do desfile e cuidamos para que cada convidado sente na cadeira correta. Para não ter confusão minutos antes do desfile, os nomes mais importantes sempre têm o privilégio da fileira A. VpM: Você já trabalhou várias vezes no SPFW. Queremos saber a sua visão! Para você, além de uma semana de Moda, o que é o SPFW? Susana Almeida: Vejo o SPFW como uma vitrine de ideias tendenciosas, que refletem tudo o que nos cerca socialmente, financeiramente, nacionalmente e mais. E também serve para inflar o ego dos exibidos. VpM: Dentro da Moda, qual campo você mais admira e por quê. Susana Almeida: Entrei na faculdade imaginando que fosse ir para a área de estilo e modelagem, mas durante o curso descobri todas as outras possibilidades de trabalho, me apaixonei por produção e fotografia de Moda, tanto é que cheguei em São Paulo traçada a conseguir me inserir nessa área. Hoje ainda não estou satisfeita, quero conhecer mais. Gosto muito também da área de criação e estamparia, ainda quero me aventurar por ela. VpM: Você trocaria sua profissão por outra em outra área? Susana Almeida: Só se a proposta valesse muito a pena! Eu amo trabalhar com Moda. VpM: Espero que tenham gostado da entrevista tanto quanto nós gostamos de entrevistá-la. Valeu Su!!! :) http://www.vagasparamoda.com.br/ 13


Quem é você? Quem você quer ser? Falar de moda nos dias de hoje parece fácil com tantas informações disponíveis não apenas na internet, como também na televisão, revistas e livros. Mas moda não se resume apenas em tendências para a próxima estação. Ela vai além, ela reflete o comportamento e os valores de uma sociedade, de um grupo de pessoas, de uma cultura. Já dizia Chanel que “a moda sai de moda, o estilo jamais”, mas, de alguma maneira, ao tentarmos nos diferenciar, nunca ficamos tão iguais. Talvez seja por essa sensação do tempo passar mais rápido ou talvez essa busca desenfreada por consumir mais e mais. Queremos tudo o que está disponível para comprar. E, quanto me-

nos disponível for o produto, maior o nosso senso de “estilo” e status social. Hoje em dia, parece que nos tornamos mais imagem do que indivíduos. Estilo é o nosso indivíduo expressando quem ele é. Mas fica difícil expressar-se quando há tantas opções disponíveis. E a indústria sabe disso e coloca a nossa disposição um leque vasto de possibilidades. Nesse verão, somos românticos, no inverno, somos góticos. Na estação seguinte, viramos todos hippies. Não, isso não quer dizer que estamos errados, nem que a indústria é um monstro que nos domina. Afinal de contas, desde que a moda era uma simples forma de proteção contra o frio, o Homem busca sua identidade.

Priscila Okano Entretanto, com os avanços adquiridos ao longo dos séculos até chegarmos ao século XXI, é possível ver mais nitidamente essa busca interna se exteriorizando através da moda, por exemplo. E, diante de tantas possibilidades, a pergunta que fica não é mais “quem é você?”, e, sim, “quem você quer ser?”. Priscila B. Okano Bióloga e consultora de Moda em busca de sua identidade fazendo as vezes de escritora

Ensaios sobre auto-ajuda O conceito de auto-ajuda é alvo de devoção dos brasileiros. Não é em vão que vários escritores e demais artistas têm se dedicado ao gênero. Todo ser humano tem necessidade de relacionamento. O indivíduo que não a possui, segundo a psicologia, sofre de alguma espécie de patologia ou distúrbio. De acordo com o psicólogo Abraham Maslow, relacionamento social ocupa o terceiro lugar na pirâmide das necessidades humanas. O elemento crucial para relacionamentos exitosos é o amor. Claro, em suas diversas nuances. No grego, cuja cultura helenista ainda nos influencia, há três expressões traduzidas para amor em português: phileo, eros e ágape. Phileo é o amor presente em uma amizade, de onde se origina a palavra philos, amigo. Também é usada, em outro contexto, para amante. Eros é o amor entre um homem e uma mulher, de onde se origina o termo erótico e usado para descrever o sentimento de caráter sexual. O que dife14

re de pornéia, que é a relação sexual desprovida de eros. Já ágape é o amor altruísta. O amor que, por exemplo, um pai ou uma mãe sente pelo filho ao ponto de dar a própria vida por ele. Foi este o amor que levou Jesus a se sacrificar pela humanidade. Este Jesus, citando a Lei mosaica, elucida: “Amem o Senhor vosso Deus de todo coração, de toda a alma e de todo entendimento... E o seu próximo como a ti mesmo”. (Evangelho segundo Mateus 22:37 e 39). O verbo amem usado no texto original é ágapeseis. Portanto, o intento é de que amemos a Deus, ao nosso próximo e a nós mesmos com o amor ágape nesta ordem inversa ao conceito de auto-ajuda predominante e preconizado pelo adágio: “cada um por si e Deus por todos”. Matheus Viana Jornalista, professor de Ensino Religioso e capelão escolar no IAVEC – Instituto Avançado Vida de Ensino Cristão

Matheus Viana

O elemento crucial para relacionamentos exitosos é o amor em suas diversas nuances


Fraquezas e paixões* “As paixões são todas boas por natureza e nós apenas temos de evitar o seu mau uso e os seus excessos”. René Descartes

Cezar Augusto Batista Todo ser humano possui fraquezas e paixões. É fato que se alcançarem pontos extremos, fugindo ao controle daquele que convive com elas, ele será levado a um delicado estado emocional e material. Não se pode esquecer que o direito de um vai até onde se inicia o do outro. Se as fraquezas ou paixões de uma pessoa, além dela mesma, estiverem prejudicando terceiros, revelado fica que se ultrapassou o sinal vermelho. Para o seu próprio bem e dos que o cercam, o ser humano inteligente e maduro não deixa se tomar por maus costumes; entretanto não procede de maneira a se reprimir em demasia, porque a repressão tende a ser maléfica. A autorrepressão, sobremaneira, deixa o indivíduo com forte sentimento de culpa que tende a aniquilar a sua própria estima, provocando-lhe diversos distúrbios, como se falou e mais se falará neste.

Quanto ao cerceamento por parte de autoridades, se ele pudesse receber mais instrução e educação, tivesse maiores oportunidades e lhe fossem propiciadas condições para se conhecer, a reprimenda poderia ser bem menor do que a que é vista hoje. No que se refere às restrições impostas a ele pelo cônjuge, por parentes ou por verdadeiros amigos, cabe somente a ele o afastamento do que lhe sufoca; sentir-se livre, tanto interna quanto externamente, é uma opção maravilhosa. Há de se encontrar um ponto de equilíbrio, pois as fraquezas tentam-no frequentemente, e doses pequenas de paixão, de ardor por alguém ou por alguma atividade são o que o impulsionam, o que dão colorido à Vida. O prudente é que a pessoa procure desvendar o seu interior e sabedora das suas dificuldades aceite-as sem violência, sem conformismo, e utilizando-se de bom senso procure

eliminá-las ou reduzi-las, para o quê é importante que ela aprenda a aceitar críticas e a utilizá-las no aprimoramento das suas características. Em muitos procedimentos o indivíduo não enxerga que está vivendo um período de descontrole emocional, não enxerga que está deixando muito de lado a razão e sendo levado apenas pelo coração. Nesse instante, se alguém em quem ele confia for capaz de lhe mostrar, educadamente, que está exagerando com relação a algumas medidas e ele constatar a veracidade daquela crítica, poderá corrigir o desvio apresentado. *** *Do livro: “AME-SE - Ensaio sobre autoestima” - Cezar Augusto Batista

“Ponto & Vírgula” também está na TV! Produzido e apresentado por Irene Coimbra na TVRP – Canal 9

O Poeta de Ontem – O Poeta de Hoje Dicas de Português

Li e Gostei – Ouvi e Gostei – Entrevistas

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A importância de cultivar valores de vida! Welson Gasparini* Atendendo convite da Irene Coimbra, é uma alegria e uma honra para mim, figurar entre os articulistas convidados para a primeira edição da revista “Ponto & Virgula” que, certamente, assim como seus outros empreendimentos na área cultural, deverá alcançar total sucesso. Segundo conceituados economistas a crise econômica atualmente vivida pelo mundo é uma das maiores dos últimos cinquenta anos. O amplo noticiário que tem absorvido as principais páginas dos grandes jornais e o tempo das emissoras de rádio e televisão deixa, em todos nós, uma insegurança terrível. Todos os governantes, horrorizados com esse quadro, milagrosamente encontram nos seus tesouros, em curto espaço de tempo, recursos inacreditáveis, colocando-os urgentemente nas mãos de grandes empresas e grandes bancos para salvá-los da falência. Vive-se uma grande emergência mostrando a necessidade de medidas urgentes voltadas para a estabilização do quadro econômico. A miséria dos pobres não conse-

gue o mesmo destaque e atenção dos governantes do que a tragédia dos ricos grupos econômicos; ela acontece normalmente, sem causar grandes emoções ou provocar manchetes. Por que os governantes não reconhecem a tremenda crise social vivida pela humanidade e também para ela achem recursos em seus tesouros? São, portanto, dois pesos e duas medidas: para a crise financeira, medidas emergenciais; para a crise social nunca há recursos e com isto se prolonga, diariamente , o sofrimento de milhões, talvez bilhões, de seres humanos. Quero, porém, destacar a omissão dos nossos governantes e de todos nós quanto a uma reação urgente diante de outra crise igualmente grave: a de valores morais e éticos de vida. Muitas das nossas escolas formam uma juventude totalmente alienada quanto à importância destes valores. As famílias, através dos pais e das mães, já não transmitem aos seus filhos os valores espirituais e morais que deveriam conduzir os seus atos. Há, sim, uma preocupação de orientá-los para que sejam vito-

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Welson Gasparini

As famílias já não transmitem aos seus filhos os valores espirituais e morais que deveriam conduzir os seus atos riosos nas suas profissões, alcançando o maior êxito econômico possível. A degradação moral e ética chegou a tal ponto que a sociedade respeita e admira o bem sucedido economicamente, desculpando suas desonestidades, vendo nas suas ações uma conduta “esperta”. A malandragem, em muitos casos, chega a ser indicada aos jovens como o caminho mais fácil para o sucesso. *Jornalista e Deputado Federal


Ainda vamos ter de aguentar este mundo pelo menos mais 1 bilhão de anos!!! Jarbas Cunha* Para sorte da Irene Coimbra o mundo não acabou no dia 21 de dezembro de 2012 e ela pode, assim, começar 2013 realizando um sonho para o qual muito se empenhou: a criação da revista “Ponto & Vírgula”. Para quem já tinha um programa de tevê “Ponto & Virgula” e uma antologia de poetas, cronistas e contistas “Ponto & Virgula” só faltava mesmo, como exclamação do seu ardor como ativista cultural em Ribeirão Preto, a revista “Ponto & Virgula”. O que, é afinal, o ponto e vírgula senão uma pausa mais longa do que a vírgula e menor do que a do ponto? É um instrumento gramatical mais ou menos do tipo bom-bril: tem mil e uma utilidades! Conforme escrevi alhures, voltando ao tema central (???), o mundo físico só acaba para quem morre; já o mundo espiritual, segundo fundamentadas crenças religiosas, nem mesmo para quem morre porque a alma, até prova em contrário, é imortal. 2012 – que já foi tarde – foi um ano marcado pela discussão em torno do fim do mundo mas sequer houve consenso sobre a data fatal: alguns, apregoaram o 12 de dezembro; outros, baseados em interpretação equivocada do calendário Maia, no dia 21.

Seja lá como for – 12 ou 21 – o fato é que o mundo não acabou e acabou se constituindo em tema para minha primeira colaboração para a “Ponto & Virgula”. A discussão sobre o fim do mundo ainda vai continuar, acredito, por muito tempo: diria mais – até o fim do mundo! A vida no planeta, logicamente, não durará para sempre mas também não é motivo para a gente se preocupar agora. Os riscos maiores, segundo li na revista VEJA, virão, apenas, dentro de um bilhão de anos quando a intensidade da radiação solar deve aumentar a ponto de queimar o que estiver vivo e evaporar a água da terra; se mesmo sem água o homem sobreviver, em 3 bilhões de anos a Galáxia de Andrômeda colidirá com a Via Lactea. O perigo maior, entretanto, está previsto para daqui a 5 bilhões de anos quando o Sol se tornará uma estrela gigante vermelha e consumirá a terra com suas chamas... Portanto, não há razões para pressa ou precipitação; ainda temos muito tempo – tempo até demais – para aplacarmos nossas iras, nossas cobiças e criarmos um espaço terreno melhor em prol de uma vida mais feliz... Um bilhão de anos, afinal, são um bilhão de anos; são 1 bilhão de vezes 365 dias... é tempo que não dá nem

Jarbas Cunha

Ainda temos muito tempo para aplacarmos nossas iras e criarmos um espaço terreno melhor em prol de uma vida mais feliz para imaginar sem o auxílio de uma calculadora!!! Vamos, pois, tentar aguentar o mundo enquanto o mundo nos aguenta... vivendo um dia de cada vez e sabendo aproveitar, de cada dia, aquilo que houver de melhor: a música, a literatura, a amizade, a fraternidade e não perder nenhuma oportunidade de rir da vida e de rir com a vida. Conforme os versos do poeta “a alegria é a melhor coisa que existe” e é “muito melhor ser alegre do que ser triste!!!!!” *Jornalista

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