Revista Ponto & Vírgula - Edição 61 - Outubro/Novembro/Dezembro 2022

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& PONT

VÍR ULA

CONCEIÇÃO LIMA A arte me inspira, a vida me define!

Out/Nov/Dez 2022 Ano 10 | Edição 61 R$10,00

Pág. 1 - Conceição Lima - A arte me inspira, a vida me define!

Pág. 2 - Publicidade - Grupo RS

Pág. 3 - Índice, Editorial e Expediente

Págs. 4 a 6 - Matéria de Capa

Págs. 7 a 9 - Posse de Conceição Lima na ARL

Pág. 10 - Ele conheceu outra... - Perce Polegatto | Poetas em Destaque: Alceu Bigato e Luzia Granato

Pág. 11 - Cantinho Literário de Bridon e Arlete

Pág. 12 - Um Berço da Democracia – Sérgio Roxo da Fonseca e Tais Roxo da Fonseca

Pág. 13 - Poetas em Destaque: Maria Luzia M. Graton, Idemar de Souza e Fernanda R-Mesquita

Pág. 14 - Poetas em Destaque: Maria Alice F. da Rosa e Adriano Pelá

Pág. 15 - Poetas Inesquecíveis – Alvim Barbosa e Antônio Ventura | Fotógrafa em Destaque: Carla Barizza

Pág. 16 - Aconteceu no “The Palace”, em São Carlos...

Pág. 17 - A História de Sadako

Pág. 18 - A Alegria da Maternidade | Anúncios: FRUTÃO e Ribergráfica

Págs. 19, 20 - Acadêmicos da Academia Ribeirãopretana de Letras

Págs. 21, 22 - Fotos do Sarau de Lançamento da 60ª. Revista Ponto & Vírgula

Pág. 23 - Publicidade - FUNPEC/RP

Pág. 24 - Foto em Destaque - Aline Cláudio

Outubro, novembro, dezembro e... acabou 2022!

No Brasil, milhares de pessoas se manifestam, em favor da democracia e da liberdade de expressão. Nós, da revista Ponto & Vírgula, também!!!

Liberdade de expressão para, através da palavra, manifestar nossa indignação.

Indignação contra o ódio e a violência e luta por mais amor.

Mais amor, fraternidade e boa vontade para lutar a favor do bem.

E assim, nós, poetas convictos da vitória do bem contra o mal, continuamos firmes na luta!

E é com muita alegria que destacamos e homenageamos CONCEIÇÃO LIMA!!!

CONCEIÇÃO LIMA, a Guerreira das Letras, que não se cansa de lutar e, de palavra em punho, vai desafiando o mundo, enfrentando obstáculos, sem jamais esmorecer!

Dotada de extrema sensibilidade e com dom divino da palavra é por todos admirada e sempre premiada!!

Um pouco mais sobre ela e os prêmios recebidos, conhecerão nas páginas que se seguem.

A todos os leitores, uma boa viagem pelas páginas de nossa “Ponto & Vírgula”!!!

EXPEDIENTE

Direção Geral: Irene Coimbra de Oliveira Cláudio - irene.pontoevirgula@gmail.com

Edição: Ponto & Vírgula Editora e Promotora de Eventos | Diagramação: Aline Cláudio

Impressão: Ribergráfica - A Cor da Qualidade | Fotos de Capa e Matéria: Carla Barizza

Anuncie na Revista Ponto & Vírgula. Associe sua marca à Educação e Cultura! Mídias: Impressa, Digital e Audiovisual.

Publicidade e Venda: Irene – (16) 3626-5573 / WhatsApp: (16) 98104-0032

Tiragem: 1 mil exemplares impressos

Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opinião da revista é expressa em editorial.

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ÍNDICE OUTUBRO/NOVEMBRO/DEZEMBRO
2022
Editorial
Foto: Fernando O. Claudio Irene Coimbra Editora

Conceição Lima

A arte me inspira, a vida me define!

Nasci num 08 de dezembro, na Ventania, oficialmente “Alpinópolis”. (Ah! Sou mineira, é claro! E o ano não interessa!)

Meu pai, quando lhe nascia um filho, ia logo na “folhinha” ver o santo do dia. Meu nome só podia ser mesmo “Conceição” (ainda bem que ele omitiu o “Imaculada”!). Mas, do nome Maria não escapei!

Não sei por que cargas d’água meu pai colocou nas filhas-mulheres somente o sobrenome “Lima”, que era da família de minha mãe (aliás, um sobrenome de tradição lá na Ventania). Assim, por muito tempo, não fui “Alves”! Quando me descasei pela segunda vez é que tratei de sê-lo também, para ter a marca de meu pai no nome. Logo fui apelidada de “Ção” ou “Çãozinha”. O nome Conceição somente era usado nas ocasiões oficiais. E Maria, só mesmo

quando faço viagens internacionais!

Minha mãe, até o fim de seus dias, fazia questão de anunciar que eu era muito chorona e “braba”. Também pudera! O enorme esparadrapo no umbigo de minha foto de bebê atestava que eu tinha “quebradura”, aquela terrível hérnia abdominal que dói pra caramba! Mas, outra fotinha com três anos mostra mesmo uma pequenina de cara amarrada, a cabecinha inclinada como faço até hoje, um laço enorme na cabeça e (pasmem!) colar de pérolas.

Aos cinco ou seis anos, eu me lembro que era magrela e doentinha. Meu pai me pesava toda a semana para ver se eu tinha engordado uns quilinhos... Minha mãe garantia que eu tinha asma e que um “benzedor”, o Zacarias, me curou com Fimatosan. Hoje, duvido disso! Asma não se cura, é um estado

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alérgico! Porém, descobri (mais de meio século depois) que sou intolerante ao glúten. A causa pode ter sido sempre essa...

Fui mesmo uma menina-fera. Em tudo! Comandava a turma, não tinha medo dos moleques intrometidos, não levava desaforo para casa. Muitas aventuras vivi: brincadeiras de rua, cirquinho no quintal, pique na mangueira, fuga para os córregos da redondeza. Depois levava bronca e mais bronca! Mas, tapa... nunca! Meus pais não eram disso! Na escola, eu era mais “fera” ainda, não abria mão da nota 10! Outro dia mostrei ao meu neto um boletim escolar. Dez o ano inteiro... Ele não acreditou!

Aos dez anos fui para o colégio interno. Então, a felicidade se acabou! Não vale a pena lembrar! Saí aos 17 anos para casar... Três casamentos depois, isso também não vale a pena lembrar! Todavia, a minha missão mais importante foi cumprida com todo o esmero!

Criei sozinha meus três adoráveis tesouros, os filhos Carla Andrea, Pollyanna Lavinia e Renzo Patrick. Agora já sou avó de seis: Rafael, Felipe, Larissa, Erick, Mariana e Lívia Maria.

de FURNAS. Concomitantemente, fui Vice-Diretora da Escola Estadual de Furnas e, como trabalho voluntário, participei da criação do Fundo Assistencial Furnense, do qual fui Diretora Administrativa e, em seguida, Presidente.

Aprendi muito com a empresa FURNAS, principalmente organização e administração. Criei a habilidade de ser rápida e eficaz nas decisões e ações. Como única mulher num time de marmanjos, aprendi a me safar de “saias justas” e a rebater ditos e piadas machistas. Foi lá também que me iniciei e me afeiçoei às tecnologias digitais.

A atividade acadêmica no Magistério Superior iniciou-se no Curso de Letras da Faculdade de Filosofia da atual Universidade de Minas Gerais, campus de Passos, lecionando Teoria Literária e Linguística, tendo ocupado ainda a Chefia do Departamento de Letras. Esse trabalho durou mais de 20 anos e foi exercido concomitantemente com as atividades em FURNAS, até aposentar-me a contragosto em 1992 e, acompanhando o segundo ex-marido, ir viver no Mato Grosso do Sul, na pequenina Batayporã.

Lá comecei tudo do zero novamente, mas fiz o meu melhor. Dediquei-me com afinco ao vilarejo, tive a oportunidade de praticar o voluntariado e, inclusive, participar da criação da APAE da localidade, da qual fui a primeira Presidente. Incrível! Foi em Batayporã que aprendi a língua tcheca, já que a cidade mantém uma estreita relação com a República Tcheca, visto ter sido fundada por um empresário evadido daquele país por ocasião da ocupação comunista após a Segunda Guerra Mundial. O casamento acabou, o marido voltou ao sudeste, eu lá fiquei por outros quase 20 anos e fiz grandes amigos. Saudades, muitas saudades do “meu” Mato Grosso do Sul!

Passando da vida pessoal para a profissional, comecei como professorinha do bê-á-bá. Alfabetizei com muito sucesso crianças difíceis, com retardo escolar e social. Ao mesmo tempo, tratei de ser professora de línguas e de Didática. E nisso também fui muito bem sucedida! No ano de 1970, fui admitida na ELETROBRÁS – FURNAS.

Em Furnas, comecei por chefiar a Secretaria Administrativa da Usina, sendo remanejada, posteriormente, para a Coordenação Pedagógica do Centro de Treinamento da empresa, até ser convocada para assessorar a Superintendência de Operação

Em 1994, participei da implantação da recém-criada Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, uma instituição multicampi, onde, aprovada em concurso público, fui efetivada para a área de Linguística, iniciando um percurso de Pesquisadora, Extensionista e Docente que durou até abril de 2011.

Em 2014, fixei residência em Ribeirão Preto (SP), com o objetivo de dedicar-me, prioritariamente, à missão de Escritora. Recém-chegada a esta cidade, além de frequentar a Academia Filosófica Cristã , tornei-me membro assíduo da Casa do Poeta e do

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Escritor de Ribeirão Preto e da Associação dos Médicos Escritores e Amigos “Dr. Carlos Roberto Caliento”, participando ativamente de seus saraus (presenciais ou virtuais) e dos respectivos grupos online.

Ribeirão Preto me encanta e me assusta até hoje! “Mautorista” que sou, me perco em seus meandros e tenho pavor de estacionar nos “buraquinhos” ao longo das avenidas e ruas. Todavia, já aprendi a amar esse (para mim) labirinto ribeirão-pretano!

Mineira que sempre serei, de paixão, a partir do final de 2020, passei a fazer parte do grupo fundador da Academia Feminina Sul-Mineira de Letras , Cadeira nº 32, tendo como Patrona Janete Clair. Em maio de 2021, fui eleita membro efetivo da Academia Ribeirãopretana de Letras , também para a Cadeira nº 32, cuja Patrona é Cecília Meireles. Que maravilhosa coincidência: o mesmo número de Cadeira e duas Patronas mulheres!

Já rodei várias vezes a parte do mundo que me interessa, a Europa ocidental. Vivi algum tempo em Londres (sou fascinada por esse lugar e me tornei perita em circular pelos trens e metrôs londrinos). Estive algum tempo nas Astúrias (Espanha), onde “acampei” num chalezinho às margens do rio Nalon, na pequenina Pola Laviana. Quanto à Escandinávia, fiquei (e continuo) literalmente apaixonada pelo interior da Noruega, suas montanhas de pinheiros decorados com neve, seus fiordes espelhados, suas casinhas coloridas.

Aqui estou eu agora, fazendo tantas coisas que não dá mais para detalhar. Publicações, feiras de livro, saraus, palestras, entrevistas, lives de todo o tipo, cursos... E faço questão de escrever, infalivelmente, todo o santo dia, produzindo alguma coisa para ser aproveitada ou mesmo jogada no lixo.

Como sempre fosse muito afeiçoada à música, já participei de vários corais, dentre eles o Coral Zíper Na Boca , da UNICAMP e o Coral Pop Minaz de Ribeirão Preto. Hoje participo do Grupo Feminino Zênite , da USP-Ribeirão. Realizando um velho sonho de infância, ultimamente tenho me dedicado à composição musical para piano, algumas delas a duas e quatro vozes. E já pintei alguns quadros. Ano que vem, com certeza, vou me matricular no curso de pintura da Nice Forti. Já combinei com ela...

Em termos de escolaridade, “ostento” uma for-

mação acadêmica que, modéstia às favas, eu diria invejável: Pós-Doutora em Linguística (linguagem no meio digital) pela UNICAMP; Doutora em Letras (linguística e filologia portuguesa) pela UNESP de Assis; Mestre em Educação (metodologia do ensino) pela Universidade Federal de São Carlos; Especialista em Gestão da Educação a Distância pela Universidade Federal de Juiz de Fora ; Especialista em Planejamento e Didática do Ensino Superior pela Fundação de Ensino Superior de Passos/Universidade Estadual de Minas Gerais (FESP/UEMG); Licenciada em Letras e Pedagogia Plena (Magistério, Administração, Supervisão e Orientação Escolar) pela FESP/UEMG . Ah! Fiz também um Curso de Inglês no Oxford House College , de Londres.

Articulista, ensaísta, cronista, romancista, contista e poeta, até o momento já produzi/participei de 29 obras acadêmicas, ficcionais ou poéticas, sendo 12 livros solo, 3 coautorias e 14 coletâneas , além de inúmeros artigos científicos e ficcionais, ensaios, crônicas e poemas impressos e online. Conferencista e palestrante, tenho levado minha fala a inúmeras plateias, abordando basicamente os temas ligados à linguagem, à literatura e à educação, especialmente aquelas exercidas no meio digital.

Em função dessa atividade lítero-educativa, já recebi vários prêmios literários, moções de aplauso, medalhas e diplomas de honra ao mérito. Tenho também um Currículo Lattes recheado, que pode ser consultado online na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), no endereço http://lattes.cnpq.br/7693516104749057. Conheci muita gente boa, fiz grandes amigos. Será que sou feliz? De fato, não sei! Tento parecer... Pouco importa! Ultimamente, venho me dedicando, com afinco, à espiritualidade. Quero mesmo é me tornar uma pessoa melhor. Tudo o mais pertence ao desígnio insofismável de Deus! Ou do Universo! Sei lá...

Contato com a escritora: alvesdelimameister@gmail.com.

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Conceição Lima Posse na Academia Ribeirãopretana de Letras

Eleita em maio de 2021, somente em 04 de novembro de 2022 é que aconteceu a posse público-presencial de Conceição Lima, na Academia Ribeirãopretana De Letras , ocupando a Cadeira 32, cuja patrona é a poeta Cecília Meirelles.

Coisas da pandemia do coronavírus... Atrasou a vida de todo o mundo! Enfim, aconteceu a tão desejada posse e a espera compensou. Foi uma cerimônia bonita, marcante, acontecida no auditório e salão do Centro Médico De Ribeirão Preto, recheada de momentos artístico-literários, impecavelmente conduzida pelo cerimonialista Carlos Roberto Ferriani.

O Presidente Waldomiro Waldevino Peixoto abriu a sessão e compôs a mesa: além dele próprio, Nelson Jacintho, Fábio José Gonçalves Da Luz, Raphael Henrique Da Silva Freire, Maria Conceição Alves De Lima, Geovah Paulo Da Cruz e Rui Flávio Chúfalo Guião.

A acadêmica Conceição Lima adentrou solenemente o recinto, ladeada pelos acadêmicos Fernanda Castello Moço Ripamonte e Alberto Cosme Gonçalves, ao som de uma magnífica canção entoada por Ed Lemos, que, acompanhada pelo violonista Jorge Gonçalves, também abrilhantou o evento executando os hinos da cerimônia (Hino Nacional Brasileiro, Hino da Academia Ribeirãopretana de Letras e Hino de Ribeirão Preto.

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O acadêmico e médico Geovah Paulo Da Cruz, padrinho da neoacadêmica na ARL, proferiu sua saudação, apresentando a “afilhada” com um discurso contagiante e bem-humorado.

Conceição Lima não deixou por menos! A sua fala, focada principalmente na Patrona da Cadeira 32, poeta Cecília Meirelles. e no antecessor, Prof. Wilson Salgado (como, aliás, manda o cerimonial), foi dita de modo natural e espontâneo, sem se prender ao papel, como deve acontecer com todo orador que se preze!

Uma ótima surpresa foi a fala-homenagem prestada ao antecessor da Cadeira 32, Wilson Salgado, por Vinícius De Paula Pimenta Salgado, o neto muito amado e que mantinha com o avô estreitos laços literários, sentimentais e espirituais.

Presente que se achava na mesa das autoridades, o incrivelmente jovem Rafael Henrique Da Silva Freire, Prefeito Municipal de Alpinópolis (MG), terra natal de Conceição Lima, carinhosamente conhecida pelo primitivo nome de Ventania surpreendeu e encantou a todos com seu talento, juventude e competência, falando de maneira natural e espontânea, no improviso.

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A apoteose final coube ao Grupo Coral Zênite, da USP, do qual Conceição Lima também faz parte. Liderado pelo diretor artístico e regente titular Sergio Alberto De Oliveira, o grupo tem percorrido diferentes linhas musicais e literalmente empolgou a plateia com um repertório variado e executado à perfeição, sob a batuta do regente substituto Isaque Martins.

Para complementar, os convidados foram brindados com um requintado buffet, deliciosamente preparado pela equipe do Joy Café e musicalmente embalado por Tadeu de Lima Alves & Maria José de Lima, irmãos da acadêmica Conceição Lima. Por sua vez, Ed Lemos fez um entusiasmado tour musical pelas mesas do salão, acompanhada de sua filha, a violinista Marisa Lemos de Oliveira. Arrasaram!

Enfim, uma cerimônia memorável, uma noite emocionante, um momento inesquecível para Conceição

Lima e seus “tesouros”, os amados filhos (da esquerda para a direita) Renzo Patrick, Carla Andrea e Pollyanna Lavinia!

Fotos por Francine Rodrigues

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Ele conheceu outra... Por Perce Polegatto

“Ele conheceu outra. E, da noite para o dia, revelou ter se cansado de mim. Algo que eu não percebi até o último momento. E continuava fascinada com tudo o que estava vivendo. Isso me entorpecia um pouco, baixava minha guarda. Confundia os sinais de alerta. Amortecia meu senso de observação.”

Sua voz linda parecia estar narrando sequências de um filme em que a personagem conta de sua vida enquanto se desenvolvem outras imagens – e o que vemos são ruas, ambientes, veículos, pessoas e a chuva oblíqua.

“Você não percebe que ele está jogando xadrez com você até ele derrubar sua rainha. Ele me humilhou. Mostrou o pior de seu caráter. Deve ter pensado que, me esmagando daquele jeito, eu ficaria acabada. Destruída. Pensasse em suicídio. E desejasse sair, o quanto antes, de sua vida. Agora eu cogitava também o risco de ser morta. Nesse meio e com essa engrenagem em franco funcionamento, isso não é tão estranho. Não havia nenhum sinal de eu estar sendo vigiada. Mas isso costuma ser o pior: quando não há sinais. O perigo é o mesmo.”

Poetas em Destaque

Sensibilidade

Luzia Madalena Granato

És um sentimento profundo, amigo. Sempre apareces nas horas precisas.

Se nas tristezas da vida, raiva e solidão, reapareces, me refazendo em forma de poesia.

És meu farol, meu guia, quando as marés altas chegam. Me trazes esperança para prosseguir, me acalmas, enxergo a maré mansa. Sensibilidade, és minha essência, sempre voltas para me resgatar.

Graças a ti, escrevo.

Esses perigos, pensei, enquanto fumava e fingia estar absorvendo tranquilamente aquele tapete de bombas, podem chegar até mim.

“Ele cometeu o erro básico de deixar para trás uma aliada ofendida, no meio da estrada. Uma ave ferida. Ressentida, arruinada. Que ele previu não pudesse mais erguer-se do chão. Não pudesse mais voar.”

Senti um arrepio de alegria e de fascínio. Podia ver seus olhos se estreitando, transtornados pela coragem. E sua inteligência, acima do normal, assumindo o poder, superando com energia qualquer expectativa alheia quanto à sua derrota. Ficava clara sua motivação, e não poderia ser mais justa. Uma mulher traída, com a capacidade dela, com seu potencial de articulação e clareza de pensamento, com a habilidade de uma brilhante enxadrista, poderia desencadear o fim do mundo. Agora ela vinha a lume, vinha à noite e às primeiras horas do dia, vinha às trevas, vinha até mim, para lançar seu contra-ataque calculado e descomunal.

Do romance “Teus olhos na escuridão”

As cordas do meu violão

Alceu Bigato

As cordas do meu violão, quando tocadas por mim, contam coisas do meu coração, detalhadamente, tintim por tintim.

Violão, fiel companheiro, seu som me faz sentir que ela sente.

Não é preciso dinheiro, para me dar o melhor presente.

Às vezes apanho das cordas.

Não sou Dilermando Reis.

Mas ela não concorda e me diz: “Abismo de Rosas, parece que foi você que fez”.

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CANTINHO LITERÁRIO

Por JC Bridon & Arlete Trentini

Renascendo

JC Bridon

Renasço hoje deixando de lado os maus pensamentos, as impurezas que me cercam a cada instante e os infortúnios que me fazem deixar de pensar em ti, Senhor.

Renasço hoje com as vontades encontradas, as virtudes achadas em meu caminho e os exemplos de vida que me são dados, dia após dia.

Renasço hoje com as esperanças no amanhã, que elas sejam o alicerce de uma vida melhor e o marco de um recomeço feliz.

Renasço hoje eternizando o amanhã, pois sei que ele será o meu hoje novamente, com todas as certezas de uma vida digna e cheia de paz.

Renasço hoje com a vitória estampada no rosto, que somente os conquistadores possuem, para pode plantar a semente da esperança, no coração de todos que também buscam renascer.

Do livro: Momentos de Reflexão – Pág. 105

Por que te decepcionaste?

Arlete Trentini dos Santos

Eu não me decepciono. Nada me deixa amargurada. Vejo-te agora, parecendo um mendigo, quase nu, à beira da estrada.

Tuas apostas foram altas demais. Agora, acabaram as tuas esperanças e tua paz. Estavas cego demais. Colocaste fé, onde não devias.

Choras agora, amargurado, desesperado. Tu me dizes que és um pobre coitado, que foste açoitado, maltratado. Sentes-te injustiçado, enlutado.

Eu continuo feliz. Sou dona do meu nariz. Faço o que sempre quis.

Do livro: Alinhavando Poesia – Pág. 41

Foto: Marek Piwnicki
Studio Cine Foto Mary

Um Berço da Democracia

Há unanimidade entre os escritores quando afirmam que a democracia ocidental, como governo do povo (“demos”: povo; “cratos”: poder) foi primeiramente projetada pelos gregos. A afirmação encontra época na origem das palavras.

Antes da condenação de Sócrates 469-399 (antes de Cristo) condenado a morrer envenenado bebendo “cicuta”, os gregos já não apenas lidavam com as palavras escritas, como também já compunham obras clássicas como a Ilíada e a Odisseia atribuídas a Homero (928-898 antes de Cristo).

É bem verdade que quase todos os povos então existentes insistiam em registrar sua dificuldade em conceituar a “vida”, as “ideias” e os “sentimentos”. Foi somando e dividindo e somando os seus efeitos, eles acabaram construindo regras de conduta, como punições aos seus possíveis infratores.

Após a execução de Sócrates, que nada deixou por escrito, seu mais notável discípulo, Platão (428/348 antes de Cristo), desenvolveu a tarefa de registrar sua herança, como também se afastou da Grécia, passando a trabalhar no sol da Itália que recebia forte influência grega. A cidade de Nápoles exibe em seu nome o significado de “nova cidade” em grego. Platão preocupou-se com as “ideias” dos homens, valorizadas por ele muito mais do que os seus sentimentos.

Em Atenas Platão instalou sua Academia em 384 antes de Cristo e que, quase um século depois, em 529, depois de Cristo, foi fechada por ordem do Imperador Romano Justiniano, sob o argumento de que os ensinamentos dos gregos violavam a doutrina de Jesus Cristo.

Como Péricles (495/429 antes de Cristo): “Somos uma democracia porque a administração pública depende da maioria e não de poucos; nessa democracia todos os cidadãos são iguais perante as leis para resolver conflitos particulares”. Indagam-se, quantas nações durante o século XX poderiam proclamar a obediência a esta afirmação sem cometer uma inverdade?

O mais famoso discípulo de Platão, Aristóteles (384/322 antes de Cristo), entre outras de suas

grandes lições, deixou para a humanidade a divisão dos três poderes da república democrática: o legislativo, exercido pelo povo: o judiciário exercido pelos juízes e o executivo pelos administradores. Assim foram lançados os alicerces do Estado atual. É importante registrar que vários romanos de grande valor estudaram na Grécia.

Com a perseguição encetada pelos imperados romanos contra a filosofia grega, a Europa foi mergulhada no estado de ignorância quanto à matéria referida tanto à filosofia como quanto a política. Os árabes e os judeus ocuparam o espaço.

Com a invasão dos árabes na Península Ibérica, antes da existência da Espanha e de Portugal, na cidade de Córdoba, numa mesma época nasceram dois dos mais importantes estudiosos da filosofia grega. Refiro-me ao mulçumano Averrois ou Abu Chalide Maomé ibne Amade ibne Ruxide (1126/1198), e, o judeu Rambam ou Maimônides (1135/1204), que se converteram nos dois polos insuperáveis no desenvolvimento dos trabalhos de Aristóteles. São Tomás de Aquino chegou a ser acusado de “averroismo”.

Outro mulçumano persa, Avicena ou Abu Ali Huceine ibne Abdala ibne Sina (980/1037), deixou extensa obra sobre filosofia, especialmente sobre Aristóteles. Tal como o judeu Maimônides, Ibn Sina também era médico. Manteve uma escola de medicina. Afirmam os historiadores que do vocábulo Ibne Sina nasceu o nome da “medicina”. Avicena é o nome ocidental atribuído ao persa Ibne Sina.

Este texto é a tentativa de ser feito um brevíssimo relato sobre a vinculação da democracia com a sua mãe, a filosofia.

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Sérgio Roxo da Fonseca Procurador de Justiça e professor universitário da UNESP (aposentado). Advogado
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Tais Roxo da Fonseca Advogada Por Sérgio Roxo da Fonseca e Tais Roxo da Fonseca

Mensagem

Quero juntar como o mar junta as águas... Nelas jogar as tristezas, desavenças, todas as mágoas e diferenças.

Receber todo cardume, sem queixas, sem ciúme. Ser como a várzea que verdeja, a pedra d’água, a pedra Hume. Como as aves no seu revoar, juntando gravetos para se aninhar. Como estrelas cintilantes no céu a brilhar.

Na escuridão aceitar as luzes azuis do vagalume... Unir corações dispersos e, numa chuva de versos, poder cantar um coral madrigal...

Poetas em Destaque

Nossas Vidas - XVII

Idemar de Souza

Adentrou. Olhou-me assim.... piedosa, a Florbela. Acariciou-me as faces, como dantes... delicada... E acomodou, em minhas pernas, a sua amada Cria. E o pranto, doce, veio... e também o dela!

Recompusemo-nos. Varremos, de vez, o pranto, ainda que doce! O momento propunha alegria... e na luz dos olhos seus, já reconfortado, eu via de volta, a quimera... manhãs ao entoar de canto...

beijos... E ela veio. Pôs-se sentada ao meu lado... pertinho... estava leda! Falou da vida, do irmão, da filha... eu esqueci de saber do companheiro!

Sobre filhos, a preocupação é o ausente! Então, Inquiri sobre o Cravinho, um amigo, meu parceiro... mas, já no ocaso parecia, tudo isso, o nosso fado!

Ver mil centelhas de luz! A celeste amplidão! Mago encanto!

Reverter a pobreza de cada canto... Levantando todas as vozes, numa sublime verdade. Buscando ideias velozes para inundar o mundo de coisas serenas, sem pesadelos, sem hipocrisia, Sem dor e sem pena, e, uma frase pequena, Bênçãos de união e o coração em paz!

Grande cidade

Fernanda R-Mesquita

Ostensivo corpo sem útero, a cidade que encobre o drama, dirige ilusões, rouba até da dor, a imensidade e com a sua poeira, expulsa canções .

Prisão de corredores ao relento cortina de pó voltada para o céu fumeiros sujos que escondem dentro o pulmão da vida que prendeu

Um cheiro de amor maltratado por um bosque de pedra arrematado por janelas sem calor maternal...

As portas, tocas sem ninhos, paraíso esquivo, sem carinhos, expulsando as aves do beiral.

Outubro/Novembro/Dezembro 2022 Revista Ponto & Vírgula 13
Foto: Fabian Keller

Barquinho de papel

Ligeiro desce meu barco embalado pelo amor na corredeira da paixão. Segue seu curso tão livre ébrio de felicidade, desejo, atração, tudo intenso. E ele corre ligeiro rumo aos braços do meu amado, buscando esse outro barco, vai sempre firme, ansioso e não se cansa nem desiste em busca de seu destino.

Agora volta meu barco contra toda a correnteza tentando superar a tristeza

de apenas ter encontrado um barco vazio de afeto que não lhe tinha apego.

Vagaroso, vai sem querer seguir em seu triste trajeto, meu pobre barco desfeito. Não era de boa madeira igual a esse amor que morreu em uma triste madrugada: era um barco de papel era apenas um falso amor desfez-se na noite dos tempos levado pela enxurrada, era um barquinho de papel, era um amor de mentirinha.

Em catarse ouvira concerto divinal.

Acordes graves, solenes, profundos. Emoções à tona.

Ergo os olhos ao céu, e lá está ela, a Lua cheia, Majestosa!

Concentro meu olhar, dedico toda atenção, e suave luz me impacta.

Entro em sintonia.

Estado catártico amplia. Flutuo, divago...

Leve, levado pela brisa, nuvens de macio teor.

Não sei do tempo. Perdi no momento o tino. A contra gosto, volto. Sou outro!

Turvos sentimentos, agora distantes. Olho a lua, me identifico!

Por lá fico!

Deixo-me estar...

(19/11/2022)

14 Revista Ponto & Vírgula Outubro/Novembro/Dezembro 2022
Por Maria Alice Ferreira da Rosa Estar Por Adriano Pelá Foto: Artak Petrosyan Foto: Malith D Karunarathne

Poetas Inesquecíveis

O tempo na ponte

Alvim Alvino Barbosa

(Alvim Barbosa na fecundidade de seu silêncio)

Tempo cansado destruindo a cor subjetivamente. Ganhar o tempo acima da solidão. Do que é possível tudo se perde.

Recuperar o tempo.

Talvez a emoção traída se transforme. Ponte incomum. O rio é largo.

Não tem limite nem direção. A ponte é só.

Não passarei do gesto. A água turva te afogará.

Este impulso no tempo proporcionará o tom.

Descobrirei teu rosto em minhas mãos. E o som da água entre meus dedos.

Canção de teus cabelos.

Havia a ponte. Preferiste o rio.

Violentei-me no choro de teu naufrágio. Perdeste o tempo. Ponte em ruínas.

* 07/12/1935

† 01/06/2007

Fotógrafa em Destaque: Carla Barizza

Barco Antonio Ventura

Minha vida foi sempre um barco levado pelos ventos, neste mar ora calmo, ora encapelado. Quem o comandante do barco que ora no mar calmo, que ora no mar revolto navega?

Sempre tentei e quis comandar este barco que ora no mar calmo, que ora no mar revolto navega. Mas serei eu o comandante deste barco que ora no mar calmo navega em busca do arco-íris? Ou o comandante é o outro que na onda encapelada espreita?

* 06/06/1948

† 29/06/2017

Outubro/Novembro/Dezembro 2022 Revista Ponto & Vírgula 15

Aconteceu no The Palace, em São Carlos...

...dia 18 de novembro de 2022, lançamento do livro

Tive o privilégio de ler, em primeira mão, os sessenta e um poemas, vários aforismos e pensamentos, dois ensaios e um conto que compõem esta obra instigante do Arthur.

Foi uma leitura que fiz, degustando cada parágrafo, cada frase, cada palavra, sem pressa e com muita calma. Amei!!!

Eis uma amostra para “degustarem” também!

“Há um homem. Um homem caminhando na calçada, como um gerúndio ou um sinal de pontuação. Seus olhos são duas borboletas roxas, mas não há nada de roxo em seus olhos. O roxo são seus próprios olhos, e não algum tipo de cor que possa ser vista neles.

Esse homem vê mulheres comprando carrinhos de plásticos dos biscateiros e muambeiros numa rua fedida. Os filhos dessas mulheres, para quem aquilo será dado, ficam felizes com os carrinhos de brinquedo, que são paupérrimos e mal feitos. Mas o homem que caminha, sente pena da miséria das crianças escondida na felicidade com seus brinquedos baratos e mal-acabados.“

Acredito que, os que lerem “Na Sombra de Um Anjo”, assim como eu, se sentirão tomados por um universo de diferentes sensações que os levarão a refletir profundamente sobre tudo, até encontrarem a mensagem oculta a qual ele se propõe.

Contato com o escritor: gregoriovalerioarthur@gmail.com

16 Revista Ponto & Vírgula Outubro/Novembro/Dezembro 2022
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“Na Sombra de um Anjo” de Arthur Gregório Valério! Foto: Anderson Ottani

A História de Sadako

Sadako Sasaki nasceu em Hiroshima e tinha apenas dois anos de idade quando os americanos lançaram a bomba atômica sobre a cidade. Ela vivia distante do epicentro da bomba, cerca de 2 quilômetros do centro da explosão, e juntamente com a mãe e o irmão, saiu quase ilesa do ataque. Porém, consta que, durante a fuga, quando se aproximaram da ponte em uma área chamada Misasa, foram atingidos pela “chuva negra” (chuva radioativa, consequência da bomba) que caiu sobre Hiroshima ao longo daquele dia.

Tempos depois, a família Sasaki retornou à Hiroshima para reconstruir a casa depois da guerra. Sadako cresceu feliz e saudável, sem se lembrar do dia em que a bomba atômica foi lançada, mas ciente que muitas pessoas foram mortas, incluindo sua avó.

Levava uma vida normal. Em 1949 iniciou seus estudos na Escola Nobori-cho. Era uma garota alegre, tinha muitos amigos e gostava de cantar e praticar esportes. Com onze anos, foi a corredora mais rápida da sua turma do ano. Fez parte da equipe vencedora na corrida de revezamento de bastão no Dia de Campo. Sonhava ser uma atleta e um dia, professora de atletismo.

Mas, em janeiro de 1955, durante uma aula de educação física, então com 12 anos, sentiu-se mal, com tonturas. Depois de alguns dias surgiram marcas escuras e caroços em seu corpo. O diagnóstico foi de “cancro”, (leucemia), uma consequência da exposição a radiação, doença que já estava matando outras crianças expostas à bomba. Na época a leucemia era chamada de “doença da bomba atômica”. Ela foi internada em fevereiro de 1955, recebendo a previsão de apenas mais 1 ano de sobrevida.

Em Agosto daquele mesmo ano, recebeu a visita de Chizuko Hamamoto, sua melhor amiga, que lhe contou a “Lenda dos Mil Tsurus”, presenteando-a com um origami da ave sagrada.

Impressionada com a história, Sadako que desejava muito sua recuperação, resolveu confeccionar os tsurus, na esperança de que os deuses pudessem lhe conceder a cura. Então passou a fazer os

origamis com ajuda de sua família e amigos que iam visitá-la no hospital. Mas a doença avançava rapidamente. Sem entregar-se, e cada vez mais debilitada, Sadako prosseguia esperançosa dobrando lentamente os pássaros, sem nunca falar sobre sua dor ou sofrimento. Compreendeu que sua doença era fruto da guerra. Mais do que desejar apenas a sua própria cura, ela desejou a paz para toda a humanidade, para que nenhuma criança mais sofresse as consequências desses conflitos. Pensando nisso, disse para si mesma ao confeccionar o tsuru: “Eu escreverei PAZ em suas asas e você voará o mundo inteiro”.

Por fim, na manhã de 25 de Outubro de 1955, ela montou seu último tsuru. Pouco tempo depois, com a família a seu lado, Sadako Sasaki placidamente adormecera. Não conseguira completar os mil tsurus, mas sua dedicação tocara profundamente a todos, e estes dobraram os tsurus que faltavam para que fossem sepultados com a menina.

Inspirados por seu exemplo de coragem e força, seus amigos juntaram e publicaram um livro com uma coleção de cartas escritas por Sadako. Dando início ao sonho de construir um monumento em homenagem, não só a Sadako, mas a tantas outras vítimas da guerra. Muitos jovens japoneses, solidários a causa, passaram a arrecadar dinheiro para o projeto. Receberam doações de alunos de mais de 3000 escolas japonesas e de nove outros países. E, em 5 de Maio de 1958, exatamente no Dia das Crianças no Japão, foi erguido no Parque da Paz em Hiroshima o “Monumento das Crianças à Paz”, também conhecido como “Torre dos Tsurus”.

Fonte: https://cacadoresdelendas.com.br

Outubro/Novembro/Dezembro 2022 Revista Ponto & Vírgula 17
Foto: Peter Chordas

A Alegria da Maternidade

A alegria do casal ao saber que o primeiro filho, ardentemente desejado, já dá sinais que está chegando! ***

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Revista Ponto & Vírgula
Foto: Sally Masson

Acadêmicos da Academia Ribeirãopretana de Letras

Outubro/Novembro/Dezembro 2022 Revista Ponto & Vírgula 19
Adriana Silva Antônio Ruffino Netto Cezar Augusto S. Batista Ely Vieitez Lisboa Fernanda C. M. Ripamonte Alberto Cosme Gonçalves Augusto Martinez Perez Denis Eduardo Bertini Bó Fábio José G. da Luz Galeno de Amorim Júnior Amini Boainain Hauy Camilo Xavier Edevard de Souza Pereira Fábio Leite Vichi Geovah Paulo da Cruz Antônio Carlos Tórtoro Carlos Roberto Ferriani Elias Antônio Neto Feres Sabino Gilberto Andrade de Abreu

A Academia Ribeirãopretana de Letras, fundada em 1947, acaba de completar 75 anos!

Cada um de seus membros tem uma bonita história para contar, como poderão ver no site https://academiadeletrasrp.com.br/

20 Revista Ponto & Vírgula Outubro/Novembro/Dezembro 2022
Irene Coimbra de O.Cláudio Luzia Stella D. C. S. e Mello Marlene B. Cerviglieri Rosa Maria de B. Cosenza Sérgio Roxo da Fonseca Jefferson C. O. de Souza Marcos Zeri Ferreira Menalton João Braff Roseli Sant'Anna Valdir Ribeiro Borba João Agnaldo D. Gandini Maria Cecília M. Figueiredo Nelson Jacintho Rui Flávio Chúfalo Guião Waldomiro W. Peixoto José Eduardo D. Oliveira Maria Conceição A. de Lima Rita Marciano Mourão Sérgio N. Marques Lima Wlaumir Donizete de Souza
Outubro/Novembro/Dezembro 2022 Revista Ponto & Vírgula 21
60a. REVISTA PONTO & VÍRGULA SARAU DE LANÇAMENTO FOTOS POR FRANCINE RODRIGUES
Simone Neves e Irene Coimbra Conceição Lima, Idemar de Souza e Irene Coimbra Irene Coimbra Gabriel dos Santos e Gustavo Molinari Conceição Lima, Irene Coimbra e Maria Luzia M. Graton Irene Coimbra, Nilza Pelá e Adriano Pelá
22 Revista Ponto & Vírgula Outubro/Novembro/Dezembro 2022
Maris E. Souza, Nelly Cyrino de Mello, Irene Coimbra, Roseane, Anete B. Sabioni e Cidinha Faggion Maris Ester Souza, Leonor Barros e Irene Coimbra Perce Polegatto e Irene Coimbra Nelson Jacintho e Dumara P. Jacintho Irene Coimbra e Gustavo Molinari Luan Delfini e Irene Coimbra Conceição Lima Leonor Barros Maria Luzia M. Graton Irene Coimbra, Denise Farb e Natal A. Bortoliero Luís Carlos Faggion, Cidinha Faggion e Irene Coimbra

FOTOEMDESTAQUE

Apsley, Reino Unido Foto: Aline Cláudio

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