Revista Ponto & Vírgula - Ano 1 - Edição 03 - Março 2013

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Ano 1 | Edição 003 | Março 2013 Ribeirão Preto, SP

Profissionalismo e Elegância Dra. Sílvia Helena Uzun objetiva devolver a beleza do sorriso e o equilíbrio fisíco e emocional a seus pacientes



Editorial

Expressão literária como presente para todas as mulheres A “Ponto & Vírgula” do mês de março está incrível!!! Neste mês, colunistas da mais alta expressão literária de Ribeirão Preto, homenageiam todas as mulheres. Estamos felizes porque a cada dia a nossa “Ponto & Vírgula” se consolida como uma revista de altíssimo nível. E é assim que a queremos sempre! Os artigos de Rosa Maria de Brito Cosenza, Presidente da Academia Ribeirãopretana de Letras; Ely Vieitez Lisboa, Escritora e Crítica Literária; Cristiane Framartino Bezerra, Escritora e Historiadora; Débora Soares Perucello Ventura, Poetisa; Antônio Carlos Tórtoro, Escritor; Júlio César Bridon dos Santos e Arlete Trentini dos Santos, Escritores, da cidade de Gaspar, Santa Catarina; Dr. Carlos Roberto Ferriani, Cirurgião Plástico e Escritor; Cezar Augusto Batista, Escritor; Adélia Maria Woellner, Escritora de Piraquara, Paraná; Elisa Alderani e Rita Mourão, Poetisas, são um presente para todas as mulheres. Na Capa da revista o destaque é para a Dentista Dra. Sílvia Helena Uzun. Vão conhecer um pouco mais dessa dentista carismática, idealista e batalhadora!

| Irene Coimbra | Editora |

Destacamos também oito mulheres empreendedoras de nossa cidade. Tudo de uma forma dinâmica e convidativa à leitura. Assim, ao entregarmos mais uma edição da revista “Ponto & Vírgula” à nossa comunidade, nos sentimos realizados e com o senso de dever cumprido. Que todos possam desfrutar dessa leitura com o mesmo prazer que tivemos ao editá-la.

Expediente Direção Geral: Irene Coimbra - a.poetisa@hotmail.com • Edição: Ponto & Vírgula Editora e Produtora de Eventos • Dep. Comercial: Paulo ou Irene - (16) 3626-5573 / 9733-2577 • Coordenador Editorial: Francine Muniz (MTb 44.300) • Coordenador de Produção Gráfica: Edmundo Cruz Canado • Diagramação e Arte: Natasha Valera Canado - Rosivaldo Antonio dos Santos • Impressão: São Francisco Gráfica e Editora • Fotografia de capa: Lidia Muradás • Fotografia: Aline Olic, Antônio Carlos Tórtoro, Elza Rossato, Lidia Muradás, Lu Degobbi. Tiragem: 3 mil exemplares. Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opnião da revista é expressa em editorial. 5


Destaque

Fotos: Aline Olic e Lidia Muradás

Sílvia Helena Uzun Dentista carismática e antenada com a alta tecnologia em benefício de seus pacientes Sílvia Helena Uzun, é Cirurgiã-Dentista em Ribeirão Preto há 21 anos. Embora atenda a área da clínica geral (extrações, tratamento de canal, odontopediatria, próteses, prevenção, estética), ficou mais conhecida na cidade, pela Odontologia Estética. Especializou-se em Homeopatia pelo Instituto Homeopático Françóis Lamasson e em Acupuntura pelo Instituto Mineiro de Estudos Sistêmicos. Aperfeiçou-se em “Auriculoterapia Avançada” e “Anestesia e Analgesia por Acupuntura” pelo IBRAN e “Acupuntura Estética” pelo CEATA/SP. Recebeu a habilitação em Práticas Integrativas e Complementares à Saúde Bucal na Área Acupuntura, pelo Conselho Federal de Odontologia. 6

Fez cursos de aperfeiçoamento em Odontopediatria para pacientes especiais (1994); Habilitação em Implantodontia (2004); Cirurgia BucoMaxiloFacial (2009); Biópsia e Diagnóstico Bucal (2009). Paralelamente fez curso de Florais de Bach em São Paulo, com a embaixadora deste no Brasil, Dra. Carmen Monari, com aprovação na Inglaterra: International Education Programme - Courses Aproved by “Dr. Edward Bach Foundation”. Escreveu 52 artigos de orientação popular em 16 veículos de comunicação em Ribeirão Preto e a nível nacional na Revista Plástica e Beleza (assunto específico de Odontologia). Recebeu 11 prêmios de Mérito Profissional em Odontologia, sendo o primeiro no Rio de Ja-


neiro, no Copacabana Palace e depois em Ribeirão Preto e São Paulo. Este ano foi convidada para receber seu 12º. Prêmio na Sociedade Hebraica em São Paulo, por Mérito Profissional em Odontologia e Medicina Complementar e Integrativa à Odontologia, no dia 16 de maio de 2013. Sílvia Helena Uzun está sempre participando de Congressos na Área de Medicina Interativa e Complementar e de Odontologia Estética, não só no Brasil como também no Exterior. Os mais recentes: em Cuba (Havana /2010) e França (Paris/2012). Atende apenas pacientes particulares e tem como diferencial a Homeopatia, Acupuntura e Florais. Sempre conectada com profissionais e tecnologia de ponta, seu objetivo é devolver a beleza do sorriso e o equilíbrio físico e emocional de seus pacientes. Considera-se uma pessoa simples, tranquila e feliz a maior parte do tempo. Confessa grande paixão pelo trabalho, pelas pessoas que trabalham com ela e seu amor pela Odontologia Estética. Por essa razão merece nossa homenagem. Parabéns, Dra. Sílvia Helena Uzun! Irene Coimbra

“Tenho uma família maravilhosa, que eu amo! Simples e tranquila. Sou feliz a maior parte do tempo. Adoro meu trabalho, e gosto mais ainda das pessoas que trabalham comigo. Sou cirurgiã-dentista há mais de 20 anos, amo odontologia estética. Meu hobby: publicidade e agricultura orgânica”. 7


Crônicas

Conquistas femininas no mundo das letras

Rosa Maria de Britto Cosenza

“Todos são iguais perante a lei....”, mas só a partir de 1978 que foi permitida a entrada de uma mulher na Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897 - oitenta e um anos de puro machismo! E a contemplada foi Rachel de Queiroz. Cora Coralina sofreu grandes percalços e por isso mesmo ela se definiu poeticamente, com a seguinte declaração: “eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores”. No século XIX, a literatura francesa legou ao mundo a figura enigmática de George Sand, que enfrentou a sociedade artística da época para vencer preconceitos e assumir grandes amores, como Musset e Chopin. Em 2012, já em pleno século XXI, quando a Academia Ribeirãopretana de Letras completou sessenta e cinco anos de existência, fomos a primeira mulher a assumir a presidência desse sodalício, embora tenha ele a presença do elemento feminino desde sua fundação. E nesse mesmo ano, na Academia Brasileira de Letras, a escritora Ana Maria Machado assumiu a presidência, sendo a segunda mulher a ocupar esse cargo. Hoje, na Academia Ribeirãopretana de Letras, onze de suas quarenta cadeiras, estão ocupadas por mulheres. Poemas, contos, crônicas, romances, questões gramaticais e/ou linguísticas, artigos jornalísticos, entrevistas, reportagens - e muito mais - compõem a literatura produzida pelo gênero feminino. Isto não significa que somos melhores que nossos confrades,os acadêmicos masculinos. Somos todos escritores; a diferença está no gênero e não na arte. 8

A arte é dom divino, que aproxima a criatura do criador; não pode discriminar genericamente, pois homem e mulher foram criados por Deus. Não há distinção genérica na obra artística, porque a sensibilidade é inerente às artes. Por isso é que nós, mulheres, enfrentando a resistência tradicional da humanidade, ousamos escrever. Com paixão, com ternura, com raiva, com tristeza ou com alegria, desenhamos em letras nosso deslumbramentoe/ou nossa angústia ante a descoberta do mundo, a confirmação da vida e a constatação da morte. Somos humanos pela existência física, mas somos divinos pela experiência artística. Mortais porque humanos, atingimos a imortalidade porque chegamos na Academia de Letras. E, mesmo sendo “iguais perante a lei”, temos imenso orgulho de sermos “MULHER”.

Natural de Ribeirão Preto-SP, formada pela Escola Normal, é também licenciada em Línguas Neolatinas, pedagoga e advogada. Aposentada do magistério oficial, como Diretora de Escola, leciona ainda Lingüística no Curso de Letras e também Linguagem Forense no Curso de Direito, ambos do Centro Universitário “Moura Lacerda”. Possui mestrado e doutorado em Letras, na área de concentração em Lingüística e Língua Portuguesa, pela UNESP. É membro da U.B.E. (União Brasileira de Escritores), da Academia Ribeirãopretana de Letras, onde ocupa a cadeira nº 38. Tem crônica e contos premiados. É autora do livro de contos “O 7º Sentido”, publicado em 1992, pela João Scortecci Editora, em São Paulo-SP, tendo sido classificada em 2º lugar no 8º Concurso Nacional de Obras Publicadas, promovido pela ALECI


Congresso internacional do medo Ely Vieitez Lisboa O título é do poema de Drummond, realçando o universalismo com o substantivo comum coletivo e a semântica do adjetivo. Tema eterno como o homem, pois é um sentimento que o acompanha, intrínseco a ele. O Mago de Itabira, sintético e profundo, resume tudo sobre o medo, em onze versos, em um pequeno poema. Inicialmente, avisa o leitor que não cantará o amor, “que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos”; há metáfora mais expressiva para denunciar o mundo atual, que esteriliza abraços, carinho, amizade, tudo contaminado pela desconfiança e pelo pessimismo? Em um dos versos, o quarto, o poeta diz que o ódio não existe. Pasmo, o leitor não entende a mensagem já tão explorada por Freud. O ódio só pode surgir se precedido pelo amor. Como odiar quem é ninguém para nossa alma, que nosso coração desconhece? Ódio é o polo negativo do amor. É a outra face. É a sombra. Fala-nos Drummond de medos grandes e pequenos, reais e psicológicos, físicos e metafísicos. Fecha a pequena obra-prima poética com uma insólita causa mortis dos seres humanos, que, só matéria, servem de adubo a “flores amarelas e medrosas” que nascem sobre nossos túmulos, pois nosso maior carrasco é o medo. Fico a pensar em afirmações discutíveis (ou ingênuas?) de quem diz não gostar de poemas. Na verdade, é um pobre ser, mortal insensível, que nunca aprendeu a interpretar um texto poético e não tem coragem de colocar a verdade sobre a mesa: tem a alma deficiente, não sabe captar belezas. Não se comove com a pureza dos animais, não se abisma diante de árvores pejadas de flores, prefere música só de ruído e ritmo.

Alguém já disse que as flores são um capricho de Deus. Por isso o truísmo: a rosa é a rosa. Só tal predicativo pode explicar o sujeito. Assim como os sentimentos mais excelsos do homem, complexos, um emaranhado insondável. Nós, seres falhos, sem antenas, captamos apenas átimos fugazes, raros insights. O mais é cegueira, escuridão, desacerto, seres gauches que somos. Os poetas, privilegiados, assinalados, antenas da raça, tentam alertar-nos a descortinar belezas. Eles também têm suas batalhas, porque trabalham com as palavras, em uma luta vã. Elas traem, são misteriosas. Muitas vezes se valem das metáforas para driblar a complexidade dos termos. A comparação é mais ingênua, a metáfora mais audaz. Assim, caro leitor, jamais diga a heresia que não gosta de poemas. É uma confissão falaciosa. Na verdade, está escondendo falhas e incapacidades, não é sensível, tem dificuldade de ver as riquezas do mundo, sofre de cosmovisão pobre, de cegueira diante das belezas da Criação. Ninguém ousou ligar certos tipos de seres humanos a essa incapacidade de amar poemas. Perguntem aos monstros beligerantes, aos déspotas, aos torturadores, aos ladrões, aos corruptos, aos pedófilos, se eles amam poemas e flores. Talvez tudo isto sejam apenas digressões utópicas e tolas. A culpa é do Drummond, que consegue, em um poema tão curto, falar dos mistérios abissais de nossa existência.

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Mulher “Mas é preciso ter força, é preciso ter garra, é preciso ter gana sempre!...” Cristiane Framartino Bezerra Fizemos a revolução! Queimamos sutiãs, exigimos nossos direitos! Mas a que preço!?... Hoje somos empregadas e patroas, cinderelas e gatas borralheiras, temos que cumprir metas, atingir corpos perfeitos, não ter rugas, apenas curvas! A ditadura da beleza, de uma beleza uniforme e aprisionante dos botox e silicones! A plástica está encobrindo a inteligência, a sensatez, a leveza de ser o que se é! Sinto que necessitamos de uma nova “queima” em praça pública, mas dos valores conturbados, controvertidos! “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”! Precisamos de leveza, da sustentação de quem somos de verdade! Acreditar que podemos ser exatamente do jeito que desejamos e ainda assim sermos desejadas e amadas! Há necessidade de um novo grito da mulher nesta temporada!

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Pleno de harmonia, de amor e paz! Um grito de respeito à sua própria essência, pondo terminantemente, um fim à violência. Olhando nos olhos da vida e de quem quer que seja com alegria de viver! Mulher! Eu celebro nosso dia, prestando uma homenagem justa e silenciosa às tantas mulheres que foram vítimas de violência doméstica, abusos de toda sorte, sem vez e voz ainda em muitos países! Celebro o fato de ser mulher brasileira, com direitos adquiridos, com uma nova distribuição de poderes, com participação mais efetiva na política! Que possamos exaltar e homenagear aquelas que ousaram antes de nós! Aprendendo a não nos deter pelo medo, ocupando o espaço que nos cabe! Neste dia especial e em todos os dias de nossas vidas, saber que é possível lutar, vencer, ousar e sempre que preciso, recomeçar!


A mulher e a cirurgia plástica Carlos Roberto Ferriani CRM 27365

Nossa reverência ao Dia Internacional da Mulher! Vivemos hoje uma espécie de época do curto prazo: a data de validade de nossos corpos e ideias parece sempre vencida de antemão. Daí emerge uma enorme vontade de viver sempre jovem e belo. No entanto, o corpo humano tem seus limites. Um organismo funciona em harmonia e os exageros devem ser evitados. Por outro lado, a auto-estima incentiva a busca pela beleza. “Quando as necessidades prementes estão satisfeitas, o homem se volta para o universal e o mais elevado” Aristóteles, séc. IV a. c.. Sempre houve, por parte do ser humano, a busca pelo belo. Cleópatra usava a beladona para dilatar as pupilas, o que tornava-a mais provocante. Hoje a indústria farmacêutica investe bilhões de dólares no assunto, conseguindo avanços espetaculares e efetivos. Foi através do desenvolvimento da Cirurgia Plástica que realmente se conseguiu devolver harmonia e auto-estima a muitas pessoas que sofriam do mal da “depressão sem causa aparente”, melhorada após as correções de seus complexos corporais ou defeitos congênitos e acidentes que causam a desarmonia. Como os gregos perceberam “Mens sana in corpore sano”. Sabe-se, entretanto que a cirurgia plástica não é tão recente. Na Índia, mulheres que tinham praticado adultério tinham os narizes decepados

como castigo. Eram então submetidas a correções pelos cirurgiões da época. Aí nascia a Cirurgia Plástica. Ambroise Paré, em 1700, já realizava alguns tipos de Cirurgia Plástica. A cirurgia moderna, entretanto, começou em 16 de Outubro de 1846, em Boston, com a invenção da anestesia pelo éter. Em 1887 foi relatado o primeiro caso de Rinoplastia. Joseph, em 1890 realizou muitas cirurgias plásticas, considerado o pai da especialidade. Em 1926 surge o primeiro livro de cirurgia estética de Muller. Atualmente, no Brasil, o cirurgião plástico precisa de seis anos de faculdade, cinco de residência e mais três anos para prestar o título para a sua formação completa. Técnicas são criadas diariamente, novidades são discutidas em congressos e muito se tem feito em prol da beleza, devolvendo indivíduos que sofrem à sociedade. A mulher, com sua coragem e vaidade aventurou-se, muito antes dos homens, a submeterse aos bisturis dos especialistas, colaborando para o avanço notável da especialidade. Sobre a vaidade, em 1952, Drumond disse: “Por muito que examine minha vaidade, não lhe vejo o mesmo tom desagradável da dos outros. O que é uma vaidade suplementar”.

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Novos Talentos

A poeta Débora e outros poemas Antonio Ventura

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A poeta Débora não nasceu no Sertão, mas no Sertão buscou os olhos de Maria, viu a vida seca de Maria, os filhos de Maria comendo os xiquexiques cozidas na água e sal, com gosto de nada, como a vida de Maria e de todas as Marias perdidas nos Sertões brasileiros. Nesse poema Sertão, Débora espelha sua alma de guerreira. Em outros poemas Débora conversa com o vento, num banco de uma pracinha qualquer. Porque o vento vem sempre procurar a poeta para sussurrar as coisas do mundo. Em outro poema Débora apenas na noite quer caminhar, pois o destino da poeta é caminhar na noite, simplesmente caminhar. Em outro poema Débora indaga sobre a existência do mar batendo espumas na pedra, e em outro, fala dos jardins com frutos dourados e suas maçãs. Em outro poema... Querida Débora, deixo aqui para você o meu amor, que trago nas conchas de minhas mãos.

Sertão Maria, mulher guerreira, sofrida, trava todos os dias uma guerra interminável com o dia. Como se fosse possível, é uma flor do sertão, a flor que vinga, que cresce e dá frutos, frutos que vingam também do ventre seco de Maria. Os olhos de Maria, ninguém os tem, são olhos marejados de lágrimas, sol e pó; única água derramada sob esta terra seca, rachada, enrugada, tal qual o rosto de Maria, mas é água salgada, como se fosse possível minar algo doce dos olhos de Maria.

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Xiquexiques, palmeiras, frutos desta terra, que ora alimentam gado, ora alimentam Maria, frutos abençoados que salvam, que vingam desta terra, brotam dela tal qual os seios de Maria. Plantas estas cozidas na água e sal com gosto de nada, o mesmo nada que preenche o coração de Maria e alimenta os filhos de Maria.

Débora Soares Perucello Ventura


Oração de Criança Anjinho da Guarda Meu bom amiguinho Guiai-me sempre Para o bom caminho.

Forças Senhor, dá-me forças para vencer tudo aquilo que penso estar me prejudicando. Dá-me sabedoria para entender meus amigos e que eu os possa ajudar nos momentos que mais precisam de mim. Dá-me serenidade para compreendê-los nas suas desventuras e nos seus sofrimentos. Ó Deus, que a “tua”paz permaneça sempre comigo e que me mostre o caminho mais perfeito e mais puro para que eu os possa ajudar. Obrigado, Senhor.

Eu vou, eu vou Passear agora eu vou, Jesus é meu amigo Aonde eu for. A comida abençoada É um presente de Deus Obrigada ao pai da Terra Obrigada ao Pai do Céu! Já é noite e vou dormir Eu brinquei o dia inteiro E o Anjinho da Guarda Vai ser o meu companheiro.

Arlete Trentini dos Santos

Júlio César Bridon dos Santos

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Nós Indicamos!

“Quem não se enfeita, por si só, se enjeita” Cezar Augusto Batista

“A beleza é a única coisa preciosa na vida. É difícil encontrá-la, mas quem consegue descobre tudo”. Charles Chaplin A princípio quando se ouve ou se lê o dito popular acima, enxerga-se apenas o lado físico da observação. Entende-se que o homem e a mulher devem estar sempre limpos, bem arrumados e perfumados, se quiserem conquistar novos parceiros ou manter aqueles com os quais estiverem. Naturalmente que essa atitude é fundamental no relacionamento humano, todavia a sua importância deve ser analisada e compreendida também do ponto de vista imaterial. A beleza interior é tão ou mais necessária que a beleza física: sendo caridoso, paciente, sincero, atraem-se não só boas vibrações como boas pessoas, porque as feições exteriores espelham o que se leva na Alma. Meditando sobre ela, consegue-se vislumbrar outros aspectos mais profundos daquela frase: se a pessoa não tiver ânimo para se cuidar é porque não está se amando, e se nem ela mesma se quer, como outrem irá lhe querer bem? Entende-se então, que aquele ditado tem tudo a ver com a autoestima: desejar estar bem sob todos os sentidos; fazer força para se manter saudável física e emocionalmente; valorizar as conquistas. Muitos passam a vida toda sem prestar a atenção suficiente nesse comportamento de manter alto o amor por si mesmo; e ele tem grande e direta influência em tudo que se faz na vida. Não aquele vincu-

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lado à propalada honra; não aquele oriundo de orgulho descabido; não aquele próprio das pessoas que “não levam desaforo para casa”. E sim o saudável amor-próprio: quando se conhece as limitações, mesmo porque o autoconhecimento é indispensável em qualquer situação, mas também se conhece o próprio valor, as aptidões, os dotes físicos e mentais, enfim o próprio “coração”. Pois, às vezes, confunde-se boa autoestima com arrogância, o que na realidade não se configura porque aquele que está satisfeito consigo e consequentemente com os do seu círculo de relacionamento, não precisa de subestimar os outros, nem de se superestimar. Ele, sabendo do seu e do valor de cada Homem, não tentará pisar em cima dos outros, nem se preocupará em competir com eles. Voltando ao adágio -título deste capítulo- o mesmo foi ouvido apenas uma vez, contudo ficou gravado para sempre na mente e serviu para abrir os olhos aos cuidados que cada um deve ter consigo mesmo em todos os aspectos. Do livro: “AME-SE - Ensaio sobre autoestima”


Poemas do Mês

Face Feminina de Deus Quando eu conseguir: - ser a seiva que alimenta a raiz, fortalece o caule e embeleza a flor; - admoestar, sem perder a doçura; - oferecer afeto, sem esperar retribuição; - estender, generosamente, as mãos, em qualquer direção; - distribuir alimento, para o corpo e para a alma, sem esperar agradecimento; - receber a agressão, sem perder a ternura; - perceber, com igual emoção, todas as desigualdades; - abrir os braços para acolher, calorosamente, sem preconceitos; - diluir a ira, com a suavidade do olhar; - anular a violência, por não oferecer resistência; - amar conscientemente todas as vidas da natureza, inclusive a minha; terei encontrado, enfim, a face feminina da Eterna Divindade.

Adélia Maria Woellner

Casulo da Palavra Palavra fechada no casulo da alma Como bicho da seda tecendo fios dourados Trabalha sem cessar Na noite profunda sonha Escondida, aguarda seu tempo. Na hora certeira amadurece Silenciosa e calma Com a força do pensamento Abre sua provisória morada. Vagarosa sai informe Úmida e gelada Na madrugada de um dia qualquer Aguarda o sol chegar. Um raio luzente a aquece Revigora sua carne machucada Distende as asas lentamente Voa para experimentar a vida! Agora linda e colorida borboleta. Não é efêmera... Logo ela volta e docemente pousa Na perfumada flor branca do papel Que acolhedor está à sua espera A indelével palavra do poeta.

Elisa Alderani

Mulheres Bendigo a tua agilidade de pantera, a tua mansidão de corça e a tua entrega determinada quando o corpo pede amor. Louvo a tua missão de mãe, tuas alegrias e dores, e o teu dom de alongar as raízes da vida. Às vezes há sede de sombra, sonhos e metáforas, mas bem maior é o teu desejo de manteres aceso o amor que te fez tecelã da história humana. Não te preocupes com a passagem do tempo, aceita com dignidade a conjugação do verbo, sabes conviver sem exaustão com os sóis repetidos. Mulher, somos iguais, determinadas, santas e pecadoras, mas redimidas porque sem a mulher não existem vidas.

Rita Mourão

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Homenagem

Mulheres e a Fotografia Antônio Carlos Tórtoro “A fotografia é uma linguagem fascinante porque todo mundo tem acesso a ela: então a considero absolutamente democrática” Simonetta Persichetti - Fotógrafa De acordo com informações da Coleção Folha Grandes Fotógrafos, não é fruto do acaso que o século XX - quando a revolução feminina foi a mais transcendental - tenha visto nascer excelentes fotógrafas. A espontaneidade da arte fotográfica com grandes mestres autodidatas e sem estruturas rígidas dominadas por homens, livrava-as das habituais barreiras. As mulheres encontraram um espaço mais livre e acessível nesta disciplina artística. E souberam responder com muitos trabalhos de extraordinária qualidade, que superam os de seus contemporâneos do sexo oposto. Dorothea Lange (pioneira entre as mulheres fotógrafas - 1895 / 1965) , Margaret Bourke-White, Tina Modotti, Lee Miller, Dora Maar, Gerda Taro, Diane Arbus, Mary Ellen Mark são apenas alguns nomes. Suas vidas, porém, mostram que não estavam isentas das dificuldades adicionais do fato de serem mulheres. Hoje em dia, pelo ipad ou celular, qualquer pessoa fotografa, dentre outras coisas, a capa do livro, a lousa do professor, o modelo de vestido, a tela da TV... A importância da fotografia é apresentar esse fascínio, esse poder que ela, particularmente tem. Ela está na mão de todos, ela é generosa, democrática e, ao mesmo tempo, ela traz o mundo para muito perto. E você pode fazer arte com a fotografia, escrevendo com luz e o coração, como tem feito nessa primeira década do século XXI, em Ribeirão Preto, a mestre, Elza Rossato e a carismática Lu Degobbi, no Grupo Amigos da Fotografia. Elza, atual presidente do GAF, começou suas atividades fotográficas em Ribeirão Preto na década de 80, quando o falecido João Rossato, então um jovem apaixonado por fotografia, mudou - se para Ribeirão Preto. A partir daí - com a criação, em 2000, do GAF- Grupo Amigos da Fotografia - várias exposições foram feitas, e bienais/salões nacionais foram trazidos para nossa cidade. Quanto a Lu Degobbi, discípula de Elza, apaixonou-se pela Arte de Daguerre ao acompanhar as atividades literárias de seu esposo, AC Tórtoro, que, além de fotografar, desenvolveu a arte de compor versos 16 14

diante das imagens fotográficas dos componentes do GAF. Lu, que por uma década, amadoramente, clicou eventos da ARL- Academia Ribeirãopretana de Letras, passou a ver na fotografia uma oportunidade de dividir com as pessoas sua maneira mágica e sensível de ver o mundo. Enfim, a premiada Elza Rossato e a eterna aprendiz, Lu Degobbi podem, pela experiência adquirida e pela qualidade do trabalho que apresentam, serem estimuladoras da participação feminina em um espaço ainda dominado pelos homens.

Elza Rossato

Lu Degobbi e Tórtoro


Mulheres Empreenderoras

Regina e Belkiss Escritora e Artista Plástica

Andréa e Regina Cake Designer

Gilda Cintra e Arlinda Rocha Rádio Educativa

Marisa Salão Linda Mulher

Bruna Secretária do Lar

Solange e Sueli Empresárias - SolSuh

Vanilsa Empresária - BioExtratus

Denise Jacometti Diretora - Bauhaus

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Sarau de Lançamento Revista “ Dia 16 de fevereiro de 2013, tivemos mais uma noite cultural festiva. O Sarau de lançamento da Revista “Ponto & Vírgula” - Edição 002, no Hotel Nacional da Rua Duque de Caxias, 1313 - Ribeirão Preto. A parte musical foi abrilhantada pelo Conjunto Musical Ed Lemos e a parte literária pelos nossos escritores, poetas e declamadores. Mais uma noite de magia e beleza! Tudo foi gravado e apresentado no programa “Ponto & Vírgula” na TVRP.

Aldair e Tórtoro

Adélia Ouêd

Matheus, Manuela, Angela e Manoel

Dr. Odilon Iannetta

Heloísa Alves

18 Heloísa Crosio e Elisa Alderani

Rita Mourão e Celuta Cassini


“Ponto & Vírgula” - Edição 002

Dr. Nelson Jacintho e Dumara

Nely Cyrino e Família Lemos

Edson e Marlene

Nilva Mariani

Ely Vieitez e Jugurta Lisboa

Ed Lemos e Lucília

Irene Coimbra

Manuela

Adriano Pelá e Láius Antonazzi e esposas 17 19


Nossos Artistas

O Conjunto Musical Ed Lemos O Conjunto Musical Ed Lemos é resultado notável da Genética e de MUITO trabalho. A multi-instumentista Ed lemos, executa, com extrema habilidade, violino, acordeon e teclado. Tem uma voz privilegiada de rara beleza. Os outros artistas da família completam a plêiade admirável: a filha Marisa Lemos, exímia violinista; o marido José Roberto, excelente violonista e os novos membros do Conjunto: o filho Tales Lemos, violonista e vocal e a neta Janaína, violinista e vocal. Tales e Janaina estrearam no Sarau Ponto & Vírgula realizado dia 16 de fevereiro no Hotel Nacional da Rua Duque de Caxias, 1313.

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Tales Lemos, além de violonista e vocalista é um talentoso escultor e pintor! O sucesso do Conjunto Musical Ed Lemos em suas apresentações em dezenas de cidades é explicado por serem profissionais de alto nível com repertório eclético e de bom gosto (do erudito ao popular). Enfim, o grupo familiar, transmitindo emoção e alegria, é presença marcante em cerimônias, recepções e saraus, etc. Conjunto Musical Ed Lemos | Contato : 3623-5022




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