Al Bayan 3

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No. 3 Julho / Agosto 2009

Socialista

Publicação pela construção da Liga Internacional da Luta Árabe

Manifestação no Irã

obama: o novo rosto do imperialismo

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plano imperialista para o Oriente Médio encontrase numa das piores fases da sua crise diante do avanço da resistência dos povos árabes.. Mais uma vez, o imperialismo demonstra que está enfraquecido, somando derrotas atrás de derrotas à sua crise político-militar; e agora, sofre uma crise cíclica do seu sistema econômicio, que é a expressão histórica da transição do capitalismo mundial. A invasão e ocupação do Iraque em 2003 é a mais recente manifestação do expansionismo imperialista americano, no seu vasto currículo de agressões, intervenções e ofensivas militares. As condições dramáticas de vida da população iraquiana, a incapacidade de garantir seus salários e a repressão brutal tem aumentado a oposição e a resistência iraquiana à ocupação ianque, que durante cinco anos de carnificina já matou mais de um milhão de civis. No Irã, os protestos de universitários e dos operários em oposição ao o regime burguês , junto às ameaças dos EUA de atacar

este país caso este não se incline diante do seu plano. são cada vez mais freqüentes, dando protagonismo à esquerda, marginalizada desde as intensas repressões na década de 1980. Nos protestos, vários lídres políticos sindicais são presos presos sob a justificativa de advogar contra o regime islâmico, de filiação em grupos marxistas ou suporte a grupos de oposição. Na Palestina após o massacre sionista contra o povo palestino em Gaza, o Hamas, partido que tem o controle da faixa de Gaza, aceitou uma negociação com o FATAH mediada pelo governo corrupto do Egito. No entanto, acordos que levem a negociações com as forças de ocupação são inviaveis, pois só servem para auxiliar o Estado de Israel a esconder seus crimes contra o povo e a causa palestina. As bases para qualquer unidade nacional são o direito do retorno, o direito à autodeterminação e a criação do Estado Palestino Democrático e laico, porêm, esta unidade só será possível com a participa direta dos trabalhadores

organizados e dirigidos pelo programa do partido revolucinário. O novo governo israelense encabeçado por Natenyaho, após o que se caracterizou como uma das piores ofensivas sobre o povo palestino, desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Para tentar recompor seu lugar no Oriente Médio após a derrota militar no Líbano em 2006 e em Gaza em 2009, Natenyaho utiliza leguagem de Guerra para corrigir o carater político-militar do governo sionista. Na Síria, o cenário de acomodação às forças imperialistas não é diferente do contexto da região. O governo Sírio, que até o momento negocia os pontos do acordo de paz com Israel, foi incapaz de responder ao novo bloqueio reiniciado esta vez por Obama e as ameaças de Israel. No Líbano, o Hezbollah, que saiu fortalecido da Guerra de 2006, e procura posições políticas dentro do governo, para responder ás provocações das milicias do Hariri, tem interferido nos protestos da classe trabalhadora que se levanta contra o governo de Siniora. O Hezbollah que en-

frentou as milícias pró-governo numa Guerra que custou centenas de vidas de civis, aceitou negociar com quem era, até então, o seu principal inimigo, Saad Hariri e disputa as eleições parlamentares junto á eles. Diante da crise político-militar do imperialismo e seu rebento, o Estado sionista de Israel, os

governos corruptos do Oriente Médio não tem uma reposta para defender o seu povo. Por outro lado, não surge uma alternativa revolucionária. Neste processo de luta da classe trabalhadora árabe é necessária a construção de um partido revolucionário capaz de organizar a luta pela federação socialista dos países árabes. •

Nesta Edição Editorial: Obama: O novo rosto do imperialismo • p. 1 Gaza: genocídio não pôde destruir a resistência • p. 2 ISRAEL: As eleições depois do massacre em Gaza confirmam sua natureza racista e genocida • p. 3 PALESTINA: Egito articula uma negociação para retroceder • p. 4 Obama: novas formas para manter o domínio • p. 5 MARXISMO: O que é socialismo científico• p. 6 ORGANIZAÇÃO: A coluna vertebral de uma organização é seu jornal• p. 6

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palestina

gaza: genocídio não pôde destruir a resistência

Por Khalid Almair e Tariq Kader

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o longo de 22 dias as forças armadas sionistas, com sua força aérea, mísseis de artilharia, utilizando sem escrúpulos armas proibidas pelas convenções de Genebra – como as bombas com fósforo branco –, arrasaram com a Faixa de Gaza. Assassinaram

Nosso Jornal Al Baian Al Baian é o jornal pela construção da Liga Internacional da Luta Árabe. Ele está aberto a todos realmente comprometidos com a causa árabe e o socialismo. Nosso objetivo é acompanhar e analisar os acontecimentos da luta de classes em nossos países árabes e no mundo dentro de uma perspectiva socialista de combate ao imperialismo e seu aliado, o estado sionista de Israel. Estamos no mesmo campo de batalha de todos os movimentos árabes de resistência ao imperialismo e ao sionismo. Nenhum governo árabe, colaboracionista ou nacionalista, defende até o fim esta luta. Apoiamos a resistência iraquiana, libanesa, afegã e palestina mas ao mesmo tempo não depositamos a menor confiança nas suas direções, que pelo seu caráter pequeno-burguês, estão sempre dispostas a negociar um acordo de acomodação com o imperialismo. Defendemos o direito dos povos árabes às liberdades democráticas, a autodeterminação dos povos, salário e empregos dignos para os trabalhadores, e a emancipação da mulher. Defendemos o fim do estado racista de Israel e lutamos pela Palestina Laica, Democrática e Não Racista rumo a uma Palestina socialista numa federação das repúblicas árabes socialistas.

Conselho editorial editorial Conselho

Sadek Amin, Ahmad Naim, Aziz Nasser, Nadia Khalil, Hassan Al Barazili, Tarik Khader, Muhssen Daoud, Khalid Al-Mair, Indra K. Habash e Mhamed Abdel Karim

1285 habitantes. Destes, 111 eram mulheres e 280 crianças. Bombardearam ambulâncias, escolas, hospitais, mesquitas, prédios da ONU. Um verdadeiro genocídio foi aplicado implacavelmente à luz do dia pelo Estado racista, mas sem conseguir acabar com a Resistência. A barbárie israelense na faixa de Gaza com todos os bilhões de dólares e todos os sistemas sofisticados do exército sionista não foram suficientes para derrotar o povo palestino que luta por sua sobrevivência. Apesar de conseguir arrasar o território, o resultado de fato foi uma derrota política para Israel, pois não conseguiu terminar com a resistência e seu caráter apareceu como nunca antes para as populações de todo mundo. Foi uma verdadeira virada. Uma violenta onda de repúdio tomou conta das capitais europeias. A mobilização internacional golpeou fortemente o Estado de Israel. O discurso “Israel é a única democracia de Oriente Médio” caiu por terra de vez. Israel, que já vinha perdendo toda sua aura de “democrático”, “posto avançado da civilização”, perdeu de vez o sursis que ainda tinha, utilizando a recordação do holocausto nazista e do genocídio de 6 milhões de judeus. Já não tem mais a boa vontade que havia conseguido desde sua criação com a extensa utilização do Holocausto sofrido pelos judeus para justificar suas atrocidades. Os sionistas terão grande dificuldade para defender-se perante qualquer plateia depois que o mundo contemplou o horror que produziram. Os milhões que se mobilizaram não voltarão a ser neutros perante o genocídio que foi praticado contra o povo palestino. Os primeiros protestos Ainda que a tática israelense fosse aproveitar o período de festas de final de ano para arrasar Gaza, os primeiros protestos de massa ocorreram já nos primeiros dias. Nos dias 28 e 29 de dezembro, Líbano, Egito, Jordânia, Turquia, Síria e Bahrein viram grandes mobilizações, algumas chegando a dezenas de milhares de pessoas. Nos dias seguintes, as manifestações surgiam em cidades espanholas, francesas, norteamericanas, latino-americanas e asiáticas. Em Londres a contagem chegou a 50 mil. Em Nova York, a mídia registrou um bloco composto de judeus ortodoxos deplorando a ação israelense.

Mulher palestina em manifestação no Líbano

Manifestação na Síria queima a bandeira de Israel Na Jordânia e no Egito, a polícia recebeu ordens de seus governos, aliados de Israel, para reprimir as mobilizações. Na Cisjordânia, relatos por e-mail chegavam aos ativistas brasileiros detalhando os métodos policialescos dos grupos de Abu Mazen, do Fatah, para infiltrar agentes provocadores nas passeatas. Seu objetivo era dar motivos para a intervenção da polícia do Fatah, que foi corrompida e treinada por Israel.

As dificuldades, entretanto, não evitaram as mobilizações. Também a intensa campanha da mídia para responsabilizar o Hamas pela guerra não surtiram o efeito esperado, pois os manifestantes levavam cartazes e distribuíam panfletos que apontavam o Estado de Israel como o verdadeiro terrorista. Eram comuns nos atos ao redor do mundo todo as bandeiras em que a estrela de Davi era substituída pela suástica nazista, expressando

claramente a real herança política do Estado de Israel. Do mesmo modo, cartazes e falas comparavam Gaza e o Gueto de Varsóvia, e colocavam os habitantes de Gaza como as vítimas de um novo e mais prolongado holocausto. Com todas essas demonstrações, a mobilização popular ia ganhando mais adeptos e levando às consciências dos trabalhadores uma mensagem de solidariedade com os palestinos e desmascarando Israel.­‌•


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israel

as eleições depois do massacre em Gaza confirmam sua natureza racista e genocida

Por Tariq Kader e Indra Habash

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eleição de Israel tirou as dúvidas de quem ainda tinha alguma ilusão sobre a possibilidade de uma reforma interna de Israel e de que alguma força moderada pudesse salvar as propostas de “paz” e dos dois Estados. Os vencedores da eleição são uma variação de correntes de ultradireita, algumas abertamente fascistas e racistas. Demonstrou-se existir um acordo geral entre os judeus israelenses, com exceção de alguns poucos indivíduos ou grupos. Vários dos grupos ou indivíduos que advogam contra a limpeza étnica são ameaçados de punição ou eliminação, o que faz com que alguns deles tenham preferido viver no auto-exílio, como o professor Ilan Pappé, que recebeu ameaças de morte e foi obrigado a renunciar ao cargo de catedrático de ciência política na Universidade de Haifa, e deixar o país. As camisetas usadas pelos soldados sionistas com inscrições que advogam abertamente matar mulheres grávidas palestinas para, segundo sua inscrição, eliminar dois com um só tiro, são a expressão mais acabada da barbárie nazista imperante no Estado de Israel. Netanyahu, herdeiro dos terroristas de extrema direita do Irgun e da gangue Stern, formou um governo com a participação de Israel Beitenu (Israel nossa casa), abertamente racista e a favor da expulsão dos palestinos e da exclusão da cidadania para os árabes que vivem no território de 1948. O partido Beiteinu de Lieberman se descreve como “um partido nacional com a meta de seguir o corajoso caminho de Zev Jabotinsky” – nada mais, nada menos que o fundador do revisionismo sionista e da organização paramilitar israelense Irgun, responsável pelos ataques a bomba ao Hotel King David em Jerusalém, em 1946 (sim, Israel foi quem primei-

Chekpoint na Cisjordânia

Obama e Netanyahu ro se utilizou de terrorismo na região, hoje aprimorado para o terrorismo de Estado) e do massacre de Deir Yassin em 1948. Benjamin Netanyahu, por sua vez, reiterou que vai continuar a política de expansão das colônias judaicas nos TPO’S (Territórios Palestinos Ocupados) dos governos de Ariel Sharon e Ehud Olmert. Também já declarou que vai estimular “áreas econômicas palestinas” e nem sequer o simulacro de Estado acordado em Oslo e ansiado por Abbas vai ser permitido. Os partidos israelenses que seriam pretensamente mais democráticos, Meretz e outros, tidos pela imprensa ocidental como de centro ou centro-esquerda, não têm praticamente eleitores. Os únicos partidos que questionam até certo ponto o status racista têm sua base entre os árabes israelenses, cerca de 20% da população. Nesta eleição, esses partidos chegaram a ter seu direito de concorrer suspenso e de última hora puderam concorrer, devido a uma sentença da Corte Suprema. Essa situação

levou a que aproximadamente metade dos eleitores árabes não comparecesse às urnas. Quem governa Israel Para resumir, o eleitorado israelense escolheu um Knesset (parlamento israelense) novo cujos membros em sua ampla maioria são fascistas autênticos, como o Likud de Netanyahu, e muitos deles, como Israel Beitenu, exigem abertamente a limpeza étnica dos não-judeus. Outros apelam para o genocídio contra a comunidade palestina. A seguinte síntese das idéias dos partidos ganhadores pode esclarecer o perfil do novo Knesset: •Os palestinos devem ser mantidos sob a mais cruel repressão. •Caso sigam insistindo em resistir à ocupação, devem ser expulsos. •O “direito a defender-se” de Israel autoriza-o a violar o direito à vida das centenas de milhares de palestinos aos quais massacra e a praticar o terrorismo de Estado. Segundo a versão enganosa da mídia, essa direitização seria compensada pela entrada dos trabalhistas no governo. Os trabalhistas, ainda apresentados pela mídia internacional como de centro-esquerda, são os mesmos que comandaram o massacre de Gaza através de seu ministro Ehud Barak. O trabalhismo serviu para tentar disfarçar a natureza do Estado de Israel, que ele dirigiu por mais de 40 anos; agora, aos 61 anos da criação desse Estado, o sionismo “de esquerda” já não tem mais espaço para postular-se aos olhos do mundo como alternativa diferenciada e ‘pacifista’.

Sua derrota patética e a perda até mesmo do 3º lugar para Israel Beitenu demonstram que, para o eleitorado israelense, se é necessário defender o caráter racista do Estado, melhor escolher quem não mede as palavras e diz abertamente que é necessário ir ainda mais fundo na limpeza étnica. Obama continua a sustentar e armar Israel, mas quer manter a política enganosa dos dois Estados e mostrar uma cara mais negociadora Esses mesmos hipócritas encabeçados por Barak, depois de algumas barganhas, se dispuseram a colaborar com os fascistas do Likud. Por trás dessa disposição de Netanyahu e a colaboração pronta dos trabalhistas, está a pressão do governo Obama, ansioso em apresentar uma cara mais dócil para os assassinos sionistas. Afinal, em sua recente visita, a secretária de Estado Hillary Clinton fez

questão de reafirmar o “leal compromisso” dos EUA com a segurança de Israel. E continua a sustentar a todo custo o regime nazi de apartheid, que possui centenas de ogivas nucleares e tem um dos exércitos mais fortes do mundo, com a desculpa que a segurança de sua população civil está ameaçada pelos foguetes caseiros de Gaza. Mas não teve uma palavra sequer para o direito à vida dos palestinos, nem mesmo das mulheres e crianças massacradas em Gaza – afinal, até as armas usadas por Israel foram fornecidas pelo governo de Bush e continuam a ser pelo novo governo. Obama inclusive declarou que vai trabalhar com qualquer governo que o povo de Israel escolha, ou seja, mesmo com esses nazistas declarados, mas se recusa a conversar com o governo eleito pelos palestinos, encabeçado pelo Hamas, pois “não reconhece Israel”. Em maio, a visita de Netanyahu colocou nos jornais a discussão entre Obama e Netanyahu. Mas é bom não se deixar enganar: tratava-se de discussões táticas. Obama queria convencer Netanyahu de que, frente à resistência palestina e ao isolamento crescente de Israel, seria melhor adotar a prática tradicional de trabalhistas e Kadima, ou seja, falar em “processo de paz”, em Estado palestino, enquanto continuam o roubo de terras palestinas e a limpeza étnica. E apesar de não tê-lo convencido até agora a disfarçar sua prática genocida com a cortina de fumaça dos “dois Estados”como faziam os trabalhistas e o Kadima, Obama mantém todo o apoio militar e econômico, que é vital para a manutenção de Israel e para que ele possa continuar sua prática genocida. •

Palestino de 13 anos é usado como escudo humano amarrado a um tanque israelense


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palestina

Egito articula uma negociação para retroceder Hamas não pode cair no canto da negociação que visa a rendição Por Tariq Kader

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Hamas tem sido perseguido pelo imperialismo a serviço do Estado de Israel e sua política genocida não por ser “terrorista” como eles dizem. Nem por ser uma direção fundamentalista religiosa. O problema reside em que, ao manter em seu programa o chamado à destruição de Israel e sua denúncia dos Acordos de Oslo, somado ao seu papel na segunda Intifada, tem colocado um obstáculo à traição do Fatah. Isso é central para que se entenda os motivos porque Israel e EEUU se negaram a qualquer concessão, não aceitaram sua vitória eleitoral e trataram de isolá-los, enquanto apoiam com tudo o Fatah e estimulam Abbas e sua gente a perseguilos e a tentar golpes como o fracassado de 2007. Não deve haver dúvida em nenhum revolucionário de que, em Gaza ou em qualquer combate da Palestina contra Israel e o imperialismo, se deve estar no campo militar de Hamas, ainda que sem lhe dar apoio político. Mas ao mesmo tempo em que defendemos este campo e rechaçamos a tentativa de isolar e esmagar Gaza e Hamas através dos governos imperialistas, sejam de direita ou de “esquerda”, da União Europeia, temos que dizer que está em marcha uma política tão perigosa quanto a outra, a de impor pela via da negociação o que não foi possível pela via das armas. Afinal, apesar do terrível número de mortes e vítimas do ataque genocida, Israel não pôde desarmar a resistência nem mesmo pôde obrigar Hamas a devolver o soldado Galit, cativo há 3 anos. Por isso, está em curso uma negociação encabeçada pelo

Abbas e Obama

Egito, que é um governo capacho do imperialismo. Esta negociação, que conta com o apoio do governo Obama, se concentra em exigir do Hamas que aceite entregar ou “compartilhar” com a ANP colaboracionista de Abbas o controle das fronteiras em troca de uma trégua. Parte dessa política é uma pseudo recomposição de um governo de unidade nacional, a ser compartilhado por todas as forças políticas. O cinismo de Abbas o levou a propor dividir o controle em Gaza, sem mexer uma vírgula na Cisjordânia, que continuaria totalmente controlada pelos esbirros de Abbas. É preocupante que, embora não tenha aceito tal absurdo, a direção de Hamas tenha declarado aceitar a manutenção do Fatah no controle da ANP em um possível “governo de unidade nacional”. A unidade de que os palestinos necessitam é a unidade da resistência, de todos os lutadores, independente de sua origem e filiação política, não a unidade entre defensores da causa e os traidores que entregaram até os mapas dos locais dos túneis em Gaza para facilitar o trabalho dos sionistas assassinos. Do que os palestinos necessitam é um chamado a uma política de unir os trabalhadores e o povo de Gaza com as massas da Cisjordânia com essa perspectiva da resistência e a desconhecer a ANP colaboracionista. As negociações para o acordo entre Hamas e Fatah vão na contramão dessa necessidade e permitem aos colaboracionistas uma recuperação, a qual vão usar novamente contra a resistência e o próprio Hamas assim que possam. A esquerda palestina Os partidos comunistas da

região sempre estiveram comprometidos pelo apoio da exURSS à partilha da Palestina, à criação de Israel e à tese dos dois Estados. Mas também as outras organizações que se reivindicam marxistas vieram sofrendo uma transformação e mudando sua estratégia desde a libertação nacional de toda Palestina para “os dois Estados”. Esta constatação vale com diferentes ritmos para a Frente Democrática para a Libertação da Palestina e a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). A FDLP foi pioneira em propor “etapas” na luta de libertação. Isto preparou o caminho para concessões estratégicas que eles consideravam “etapas necessárias” na luta. A FPLP, cuja postura reivindicava o fim do Estado de Israel e que em um período anterior da luta estava na primeira linha da resistência, um tempo depois também passou a aceitar na prática partir das teses das “etapas” e os “dois Estados” em sua linha política oficial. As organizações que tradicionalmente representaram a esquerda entre os palestinos tiveram uma posição equivocada desde a formação da ANP após os Acordos de Oslo. Essa política fazia com que as organizações de esquerda se comportassem como uma espécie de oposição de sua majestade nos marcos do processo de Oslo e de conformação da ANP, aceitando a autoridade do Fatah. Por isso foram perdendo apoio na base da população palestina, e esse espaço acabou ocupado em grande parte pelas correntes islâmicas, como Hamas ou Jihad. Os islamistas, que insistiam na libertação de toda Palestina e na negativa a reconhecer a legitimidade da entidade sionista, e que man-

Abbas demonstrou seus métodos autoritários ao fechar o escritório da Al Jazeera na Cisjordânia por veicular entrevista em que Faruk Kadumi (foto) denuncia participação de Abbas na morte de Arafat tiveram a luta de resistência armada, foram ganhando força frente a eles. Esse papel da esquerda tradicional ficou ainda mais nefasto quando Abbas, já convertido em agente direto do imperialismo e do sionismo, tentou dar um golpe após a eleição que deu a vitória ao Hamas um ano antes. Esse golpe foi orquestrado em associação com Israel e com a supervisão da CIA, mas fracassou e as forças do Fatah foram expulsas de Gaza. No entanto, a esquerda palestina passou a chamar à unidade, como se se tratasse de uma briga entre forças da resistência, como se fossem todos igualmente responsáveis, Fatah e Hamas. Ainda hoje, em vez de saudar a ação que levou a expulsar os agentes de Gaza, essas organizações mantêm uma posição de considerar ambos os lados “divisionistas” e chamar à unidade com elas. O principal dirigente da Frente Democrática de Llibertação da Palestina, Nayef Hawatmeh, em entrevista recente ao jornal Gara, do país basco, declarou: ”o diálogo que se levou a efeito no Egito é consequência do golpe militar do movimento Hamas, que provocou a separação de Gaza e Cisjordânia. Portanto, a luta é para recuperar a unidade do povo, da resistência e do território palestino. Nós estamos participando ativamente no diálogo, e nesta última reunião se chegou a um estancamento, em 2 de abril, pela intransigência de ambos, mas sobretudo do Hamas, que não quer retroceder de seu controle sobre a Faixa de Gaza”. Ou seja, forças que se dizem de esquerda continuam a falar em uma unidade de todas as correntes para um “governo de unidade nacional”, aí incluídos os agentes do imperialismo e do sionismo. Seria como propor a unidade na

França, quando da II Guerra Mundial, entre as Forças Livres da França e o governo de Philippe Pétain (1940-1944) conhecido como regime de Vichy (cidade a sudeste de Paris), que ficou encarregado de governar dois quintos da França, cooperando e legitimando a ocupação nazista. Este governo mantinha a ordem, protegia fronteiras, reprimia manifestantes e entregava militantes da resistência para a Gestapo. Seria também como sustentar uma aliança na década de 70, entre a Frente de Libertação Nacional vietcongue, com o governo títere do Vietnã do Sul sustentado pelo imperialismo com sede em Saigon. Estaríamos, então, exigindo das forças de resistência do Vietnã que dividissem o controle de alguma zona libertada com o governo colaboracionista de Saigon. O que é o governo Abbas senão a direção dos agentes apoiados e pagos pelo imperialismo para controlar e reprimir a resistência a serviço do projeto dos ocupantes? Para não deixar margem a dúvidas, Abbas acabou de nomear um governo encabeçado novamente pelo funcionário do Banco Mundial Salam Fayad, homem de confiança do imperialismo e odiado pelas massas na Cisjordânia e Gaza, e só aceita o acordo pela unidade se conseguir impor uma força de segurança de 15.000 homens para atuar em Gaza. Por tudo isso, buscar a unidade com o traidor Abbas e exigir de Hamas que aceite as exigências do ditador egípcio Mubarak e dos EUA de recompor as forças de segurança unificadas sob a autoridade do “novo governo unificado” com o Fatah à cabeça, é uma política que em vez de unir forças para resistir, como dizem seus defensores, desarma a resistência e facilita a tarefa dos traidores da causa palestina! •


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imperialismo norte-americano

Obama: novas formas para manter o domíni0

Por Mhamed Abdel Karim

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uando há poucos meses acontecia a vitória eleitoral de Barack Obama, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, em quase todo o planeta houve demonstrações de alegria. As pessoas queriam esquecer Bush, que em seu governo havia tentado derrotar, pela via militar, a qualquer país que não se submetesse. O imperialismo quer ter o controle dos recursos energéticos, que são fundamentais para dominar o planeta, e por ele Bush invadiu o Afeganistão e o Iraque e ameaçava de guerra Irã e Síria. Na política interna Bush tampouco melhorou a vida dos norte-americanos; além dos cortes sociais e medidas cada vez mais autoritárias, foi incapaz de impedir o estouro da crise econômica, que agora afeta todo o planeta. Ademais, com a chegada de Obama se produziu o feito histórico da eleição de um presidente negro, filho de um imigrante nigeriano muçulmano, ainda que ele mesmo não professe essa religião. Seus discursos colocavam uma nova relação com o resto do mundo, uma aproximação com o mundo árabe... mas também continuou defendendo o Estado de Israel e apesar de assegurar que retiraria as tropas norteamericanas do Iraque, afirmou que redobraria a ofensiva no Afeganistão, e que esperava a amizade de todos mas que os inimigos, combatê-los-ia. Obama se elegeu presidente com o apoio durante a campanha de importantes setores da burguesia norte-americana. Também recebeu o apoio dos setores que se dizem de esquerda, inclusive alguns que se proclamam socialistas e revolucionários. Os presidentes de “esquerda” como Lula do Brasil e Zapatero da Espanha lhe fazem cortesias e se oferecem para colaborar com ele. Esses governantes empregam seu prestígio, um por ter sido operário metalúrgico e outro por ter tirado as tropas espanholas do Iraque, para conter as mobilizações dos trabalhadores e ir garantindo os lucros dos empresários. Lembremos que o governo brasileiro tem o maior contingente de tropas na ocupação do Haiti e o espanhol tem tropas no Sul do Líbano, que com a chancela da ONU fazem o serviço dos EUA; os dois governos fazem o trabalho que não podem fazer diretamente as tropas norteamericanas. Fidel Castro, por sua vez, saudou a eleição de Obama e lhe desejou sorte; Chávez, o presidente venezuelano que tantos discursos contra Bush fez, espera ser seu amigo.

Obama, o chefe do imperialismo Agora que o governo de Obama já tem alguns meses podemos começar a ver o que se pode esperar realmente do novo presidente. Em primeiro lugar, há que se ter em conta, ainda que pareça óbvio, que Obama é o presidente dos EUA, isto é, é o chefe do imperialismo, governa para que os poderosos dos EUA e suas multinacionais possam continuar explorando os trabalhadores e saqueando todo o planeta. Ele não chegou ao poder para acabar com o sistema, mas sim para manter, sob outras formas, o domínio do imperialismo, do capitalismo. Isto se pode notar já pela resposta que está dando à crise econômica. Obama apoiou as remessas milionárias que Bush preparou para salvar o sistema financeiro e garantir os lucros dos bancos. Em seguida, exigiu das empresas automobilísticas planos de reestruturação, que incluem fechamentos de fábricas, de concessionárias, demissão de milhares de trabalhadores e corte de direitos trabalhistas dos trabalhadores que sobrarem. Em Cuba, localiza-se a base militar estadunidense de Guantánamo, transformada em prisão extrajudicial. O tão anunciado fechamento da prisão ilegal de Guantánamo, onde 240 presos estão detidos sem julgamento desde a invasão do Afeganistão, foi deixado para o ano que vem, enquanto se declara a instauração de tribunais militares para apenas alguns dos presos, pois os outros continuarão com o mesmo status jurídico atual. O que observamos é que, ao se produzir a derrota do plano de George Bush, Obama busca mudar o ódio que se acumulou contra os EUA e o imperialismo, tentando fazer algumas concessões democráticas e sobretudo convencer as direções dos países e de algumas organizações com os quais tem conflitos a

aceitar seus planos através de negociações. Conflitos no Oriente Médio Com a derrota que as tropas dos EUA estão sofrendo no Iraque, Barack Obama apostou no anúncio de que retiraria as tropas e de que esperava uma nova relação com os países árabes. Não obstante, a retirada não vai ser completa e se fia na capacidade de manter a ordem das tropas do governo imposto pelos EUA naquele país. Para isso, o exército estadunidense vai continuar armando e treinando o que podemos definir como tropas coloniais, como foram as do exército cipaio na Índia do Império Britânico. Ademais, as tropas que Obama retira do Iraque ele as leva para o Afeganistão, onde a resistência está se fortalecendo e infligindo uma multidão de baixas ao exército ocupante. O controle do Afeganistão se lhe escapa das mãos e com isso se debilita o seu aliado da região, o governo do Paquistão. Perante esses problemas, a política do imperialismo para o Irã foi mudando: não descartam a opção militar, mas tentam negociar com o regime iraniano. Com as derrotas que o imperialismoe stá sofrendo na região, o regime iraniano se viu fortalecido, e por isso agora os EUA se veem na necessidade de neutralizar essa força crescente na região, para conseguir frear os conflitos que ali tem. Daí que tenha oferecido negociar o programa nuclear iraniano, propondo permissão para desenvolver a energia de uso civil e controlada pelos EUA, em troca de auxiliar a derrota da resistência no Iraque. Além disso, por esse mesmo caminho busca domesticar o Hizbollah, cuja expressão numérica eleitoral, confirmada no último pleito, já é majoritária no Líbano e poderia servir de base para reivindicar mudanças na composição confessional do Parlamento libanês, o que no entanto o Hizbollah

Tropas americanas continuam no Afeganistão

não tem feito. Se Obama conseguir domesticar esses dois focos de conflito, isto significará que Israel continuará tendo a exclusividade do armamento nuclear da região, o que constitui uma ameaça permanente para os povos árabes. O novo governo norte-americano já anunciou o passo seguinte, caso não consiga seus objetivos com o Irã: as sanções econômicas. Não nos esqueçamos das milhares de vítimas que esse tipo de medida provocou no Iraque de Saddam Hussein. Diferenças com Netanyahu, mas um mesmo objetivo O massacre de Gaza perpetrado nos meses de dezembro e janeiro pelas tropas sionistas pretendia acabar com o Hamas e colocar ali um governo controlado por Israel. A polícia da ANP dirigida pelo Fatah se encontrava na fronteira egípcia, esperando sua entrada na Faixa de Gaza junto com o exército israelense. Este plano fracassou por ação da resistência palestina, e além disso teve como resultado que as massas de todo o mundo viram Israel como o carniceiro que é. Tal derrota de Israel se somou à derrota que sofreu explicitamente contra o Líbano, que a resistência dirigida pelo Hizbollah ainda comemora. O governo Bush havia apoiado a invasão da Faixa de Gaza com a ideia de que Israel, seu posto avançado no Oriente Médio, recuperaria a perda que teve no Líbano. Esse novo desastre levou a uma mudança de política na nova administração estadunidense. Os sionistas não se tranquilizam até que consigam uma derrota completa dos palestinos, e por isso elegeram a direita e a ultradireita, representadas agora por Netanyahu e seu novo governo. Este governo não quer realizar nenhuma concessão aos palestinos, nem os dois Estados nem barrar a construção dos assentamentos na Cisjordânia, e por isso agora tem rusgas com a proposta de Obama. Sob grande pressão internacional para retomar as formulações do Mapa do Caminho, Netanyahu aceitou falar em dois Estados, mas rebaixou este Estado palestino a

um nível indefensável mesmo pelos seus agentes da ANP. Mas ter rusgas não significa que deixaram de ter o mesmo objetivo, que é manter o Estado de Israel e legalizar o roubo que o sionismo, com o apoio da ONU, realizou contra o povo palestino. E isto é algo que já defendeu o novo presidente dos EUA, tanto em sua campanha eleitoral e logo após nas nomeações (Rahm Emanuel, chefe da bancada democrata, é um sionista declarado, filho de um terrorista do Irgun), quanto em sua reunião de maio com Netanyahu, em que apesar das diferenças declarou-o seu eterno aliado. De fato, nem sequer colocou deixar de apoiar economicamente os novos assentamentos sionistas. A aproximação ao mundo árabe No seu discurso no Cairo, acompanhado e louvado pela maioria dos governos árabes, Obama justificou a ocupação do Afeganistão e a existência de Israel (lembrou o Holocausto judeu e esqueceu as matanças de palestinos). Enquanto falava de seu desejo de se aproximar do povo muçulmano, pediu sua colaboração contra os violentos extremistas. Para Obama não existe resistência contra a ocupação, todos são terroristas que assassinam inocentes. Para o presidente dos EUA, Iraque está melhor agora (como um país destruído e ocupado militarmente pelos EUA) do que com Saddam Hussein. Nisto, portanto, não se diferencia de seu antecessor na Casa Branca. Obama representa os setores do imperialismo que sabem que a política belicista de Bush e de Israel pode levá-los a derrotas cada vez mais importantes. Isso explica sua política de “aproximação do mundo árabe”. Obama quer aplicar a política de Bill Clinton, conseguir que Israel possa cumprir seu papel de policial do imperialismo ao fazer os palestinos e os países árabes reconhecerem o Estado sionista, em troca de um falso Estado palestino, dependente de Israel. O que seu discurso busca é que as massas árabes deixem de ver o Estado norte-americano como seu inimigo, que os governos árabes se comprometam mais a fundo na estratégia imperialista e que possam fazer o trabalho que as tropas estado-unidenses não puderam acabar. Em resumo, o povo árabe, bem como os outros povos do planeta, teremos um inimigo mais pérfido em Obama, mais difícil de combater. Os governos dos países árabes estão prontos para escutar seu canto de sereia.Os trabalhadores e os povos oprimidos teremos que estar atentos para que as direções que até agora vinham combatendo Israel e o imperialismo não concedam agora o que as massas ganharam nos últimos anos de luta.•


No. 3 - Julho / Agosto 2009

6 marxismo

organização

O quE é socialismo

A coluna vertebral de uma organização é seu jornal Por Khalid Al Mair

O

Por Sadek Amin

N

a sociedade capitalista em que vivemos, existem duas classes sociais fundamentais que lutam entre si quanto às relações de produção: a burguesia e o proletariado. A burguesia é uma classe social formada pelos proprietários dos meios de produção (terras, máquinas, ferramentas, matéria-prima, edifícios, meios de transporte etc.), e o proletariado é uma classe formada por aqueles que possuem apenas sua força de trabalho (a capacidade dos trabalhadores, usada em troca de um salário pequeno, para produzir riqueza material). A burguesia despojou o proletariado dos meios de produção por um longo processo histórico, que envolveu guerras e opressão. Assim chegamos a entender que a minoria burguesa, por possuir os meios de produção, explora a maioria proletária, obrigada nestas condições – capitalistas - a vender sua força de trabalho em troca de um salário. Este salário, pago pelo capitalista em troca do trabalho executado pelo proletário, é muito menor do que o valor final que ele, trabalhador, produziu. A diferença de valor entre o salário pago ao proletário e o valor final que ele produziu como produto do seu trabalho, que fica na mão do explorador, é a chamada mais-valia, que constitui o lucro e é a base para o acúmulo crescente de capital na mão do capitalista. Desta forma, os interesses das duas classes são opostos: o proletariado quer se libertar deste círculo vicioso de exploração, e a burguesia quer explorar cada vez mais o proletariado para ter mais mais-valia e concentrar em suas mãos cada vez mais riqueza, luxo e controle político-social. Deste antagonismo surge a luta de classes que é uma constante do re-

gime capitalista, e é a única ameaça séria ao domínio da propriedade burguesa. A classe proletária, para reverter esta situação, tem como única saída atacar a burguesia no seu eixo essencial. A tarefa fundamental é expropriar a burguesia de sua propriedade dos meios de produção e assim obter o controle do produto social do trabalho, antes usurpado pela burguesia. Para cumprir esta tarefa histórica, a classe proletária organiza-se em sindicatos e partidos políticos revolucionários, iniciando a luta pela destruição do modo capitalista de produção. Seu triunfo será a substituição do capitalismo pelo socialismo, como um novo modelo social em que a propriedade privada dos meios de produção seria substituída pela propriedade social, coletiva, dos meios de produção e de distribuição da riqueza. Na concepção marxista, elaborada a partir de análises científicas da formação histórica do capitalismo e de seus mecanismos econômicos, o socialismo é um sistema sócio-político que só pode ser caracterizado pelo fim efetivo do capitalismo, com a apropriação dos meios de produção pela coletividade. Assim abolida a propriedade privada destes meios, todos se tornariam trabalhadores, tomando parte na produção e na distribuição, e as desigualdades sociais tenderiam a desaparecer drasticamente. O socialismo é portanto uma etapa do processo revolucionário, que começa acabando com as estruturas capitalistas e construindo um Estado controlado pelo proletariado para organizar o funcionamento da sociedade e a repressão dos antigos dominadores, mas que só acaba com sua próxima fase: o comunismo, na qual o Estado passaria a ser desnecessário e seria extinto em que todos os vestígios da divisão em classes desaparecerão gradualmente. •

Al-Baian vem realizando um esforço de análise e estudo da conjuntura política dos países do mundo árabe ou influenciados por ele. Com isso, ele não busca uma compreensão abstrata que não leve a resultados práticos, mas sim um esclarecimento político para apresentar alternativas de ação. Mas como um simples jornal pode chegar a mudar a conjuntura política? Isso só pode ser feito se o Al-Baian servir como impulsionador de grupos políticos organizados e atuantes dentro de sindicatos, associações e movimentos clandestinos. A primeira etapa é a impressão e distribuição do Al-Baian. Em seguida, é preciso discutir com os leitores as matérias, ouvir as críticas e os acordos. A terceira etapa é organizar um grupo para realizar essa discussão de forma mais constante, com reuniões semanais. Nessas reuniões, é vital chegar a uma apreciação comum dos eventos políticos e das propostas. Essas propostas são o começo de um programa, que reúne as avaliações comuns sobre as forças de cada lado

na luta de classes de cada país e como os socialistas podem desenvolvê-la para levar os trabalhadores à tomada do poder. A discussão de um programa deve começar pelos princípios comuns. Os três princípios essenciais da tradição marxista são: o classismo (os trabalhadores devem ser independentes da burguesia e só podem confiar em suas próprias forças), a revolução (não há possibilidade de avanços definitivos para os trabalhadores sem uma ruptura com o Estado burguês e poder econômico capitalista), e o internacionalismo (a revolução deve derrubar o capitalismo em todos os lugares e construir uma integração verdadeiramente mundial da humanidade). Em seguida, há que discutir uma interpretação marxista e saídas revolucionárias para os problemas concretos, como por exemplo a luta por melhores salários e condições de trabalho, a resistência contra o sionismo e a guerra contra o imperialismo, a libertação das nações oprimidas. Uma tarefa tão grande pode parecer impossível de fazer a partir de um simples jornal, mas um grupo organizado em tor-

no dessas reivindicações e atuando com unidade consegue uma audiência cada vez mais disposta a ouvir as propostas revolucionárias. Esse grupo leva suas propostas para os ativistas, através do jornal e de panfletos e conversas, e os mobiliza para essas causas. Quanto maior a mobilização e mais ampla a participação das massas, mais rápida a experiência de cada lutador com a burguesia, seu Estado e o beco sem saída em que eles botaram os povos do mundo. Quando os trabalhadores assumem as bandeiras que os revolucionários propõem, e exijem das lideranças não-revolucionárias que façam o mesmo, cada vitória que eles obtêm é um cerco a esses dirigentes, um incômodo que acaba levando-os a se desmascararem e exporem seu verdadeiro programa de colaboração com o imperialismo e a burguesia. Então é o momento dos revolucionários, que vinham mostrando as diferenças entre seu programa revolucionário e os outros programas políticos limitados, se oferecerem como alternativa clara para a direção do movimento, e encaminharem a mobilização para a tomada do poder. •

No final dos anos 70 no Brasil, a difusão dos jornais operários acompanhou a expansão das greves.


‫ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ‬

‫ﻋﺪﺩ ‪03‬‬ ‫ﻳﻮﻟﻴﻮ ‪ /‬ﺃﻏﺴﻄﺲ ‪2009‬‬

‫ﺍﻹﺷﺘﺮﺍﻛﻲ‬

‫ﻣﻦ ﺍﺟﻞ ﺑﻨﺎء ﺍﻟﺮﺍﺑﻄﺔ ﺍﻟﻌﺎﻟﻤﻴﺔ ﻟﻠﻨﻀﺎﻝ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ‬

‫ﺍﻷﻻﻑ ﻳﺘﻈﺎﻫﺮﻭﻥ ﻓﻲ ﺇﻳﺮﺍﻥ ﻣﺘﺨﺬﻳﻦ ﻣﻦ ﺍﻹﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﺫﺭﻳﻌﺔ ﻟﻴﻌﺒﺮﻭﻥ ﻋﻦ ﺇﺳﺘﻴﺎﺋﻬﻢ ﻣﻦ ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻱ‪.‬‬

‫ﻛﻠﻤﺔ ﺍﻟﺘﺤﺮﻳﺮ‬

‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ :‬ﺍﻟﻮﺟﻪ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪ ﻟﻼﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﺻﺎﺩﻕ ﺃﻣﻴﻦ‬ ‫ﺍﻟﻤﺨﻄﻂ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻲ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪ ﻟﻠﺸﺮﻕ‬ ‫ﺍﻻﻭﺳﻂ ﻳﺼﻄﺪﻡ ﺍﻟﻴﻮﻡ ﺑﻮﺍﺣﺪﺓ ﻣﻦ ﺃﺳﻮﺃ‬ ‫ﻣﺮﺍﺣﻞ ﺍﻷﺯﻣﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻳﻤﺮ ﺑﻬﺎ‪ ,‬ﻭﻫﻲ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺃﻧﺘﺠﺘﻬﺎ ﻣﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﺸﻌﻮﺏ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ ﺍﻟﺒﻄﻠﺔ‪..‬‬ ‫ﻓﻤﺮﺓ ﺃﺧﺮﻯ‪ ،‬ﻳﺘﺒﻴﻦ ﺃﻥ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﺑﺎﺗﺖ ﺗﻀﻌﻒ‪ ،‬ﺟﺮﺍءﺍﻟﻬﺰﺍﺋﻢ ﻭﺍﺣﺪﺓ ﺗﻠﻮﺓ‬ ‫ﺍﻷﺧﺮﻯ ﻭﺍﻟﺘﻲ ﺗﻀﺎﻑ ﻷﺯﻣﺘﻬﺎ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ؛ ﻭﺗﻌﺎﻧﻲ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺍﻟﻴﻮﻡ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻷﺯﻣﺔ ﺍﻹﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ ﺍﻟﺪﻭﺭﻳﺔ‪ ،‬ﻭﻫﻲ ﻟﻴﺴﺖ‬ ‫ﺇﻻ ﺗﻌﺒﻴﺮ ﻋﻦ ﺍﻟﺘﺤﻮﻝ ﺍﻟﺘﺎﺭﻳﺨﻲ ﻟﻠﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻟﻤﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻓﺈﻥ ﻏﺰﻭ ﻭﺍﺣﺘﻼﻝ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ ﻓﻲ ﻋﺎﻡ‬ ‫‪ 2003‬ﻫﻮ ﻣﻦ ﺁﺧﺮ ﻣﺸﺎﻫﺪ ﻣﻈﺎﻫﺮ‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﺍﻟﺘﻮﺳﻌﻴﺔ‪ ,‬ﻣﻀﺎﻓﺎﺍﻟﻰ‬ ‫ﺗﺎﺭﻳﺨﻬﺎﺍﻟﻌﺪﻭﺍﻧﻲ ﺍﻟﻮﺍﺳﻊ ﻭﺍﻟﺘﺪﺧﻼﺕ‬ ‫ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ ﻓﻲ ﻛﻞ ﻣﻜﺎﻥ‪ .‬ﻓﻈﺮﻭﻑ ﺍﻟﺤﻴﺎﺓ‬ ‫ﺍﻟﻤﺮﻭﻋﺔ ﻟﻠﺸﻌﺐ ﺍﻟﻌﺮﺍﻗﻲ‪ ،‬ﻭﺍﻟﻔﻘﺮ ﻭﻋﺪﻡ‬ ‫ﺍﻟﻘﺪﺭﺓ ﻋﻠﻰ ﺗﺄﻣﻴﻦ ﺍﻟﻤﻌﺎﺷﺎﺕ ﻭﺍﻟﻘﻤﻊ‬ ‫ﺍﻟﻮﺣﺸﻲ‪ ,‬ﺯﺍﺩﺕ ﻣﻦ ﻋﺰﻡ ﺍﻟﻤﻌﺎﺭﺿﺔ‬ ‫ﻭﺗﻮﺳﻊ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺿﺪ ﺍﻹﺣﺘﻼﻝ ﺍﻷﺟﻨﺒﻲ‬ ‫ﻟﻠﻌﺮﺍﻕ‪ .‬ﻭﺍﻟﺬﻱ ﺃﺩﻯ ﺧﻼﻝ ﻣﺪﺓ ﺳﺘﺔ ﺳﻨﻮﺍﺕ‬ ‫ﻣﻦ ﺍﻹﺣﺘﻼﻝ ﺇﻟﻰ ﺇﺭﺍﻗﺔ ﺍﻟﺪﻣﺎء ﻭﻗﺘﻞ ﺍﻛﺜﺮ‬ ‫ﻣﻦ ﻣﻠﻴﻮﻥ ﻣﺪﻧﻲ ﻋﺮﺍﻗﻲ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﺇﻳﺮﺍﻥ‪ ،‬ﻧﺸﻬﺪ ﺍﻟﻜﺜﻴﺮ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻹﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ ﺍﻟﺘﻲ ﻳﻘﻮﻡ ﺑﻬﺎﺍﻟﻄﻠﺒﺔ ﻭﺍﻟﻌﻤﺎﻝ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻌﺎﺭﺿﺔ ﺿﺪ ﻧﻈﺎﻡ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﻣﻦ‬ ‫ﺟﻬﺔ ﻭﺿﺪ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻬﺪﻳﺪﺍﺕ ﺍﻻﻣﻴﺮﻛﻴﺔ ﻟﻠﻬﺠﻮﻡ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺒﻠﺪ ﻓﻲ ﺣﺎﻝ ﻋﺪﻡ ﺍﻹﻧﺤﻨﺎء ﺃﻣﺎﻡ‬

‫ﺍﻟﻤﺸﺮﻭﻉ ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻲ ﻭﺗﻬﺪﻳﺪﺍﺗﻪ ﻣﻦ ﺟﻬﺔ‬ ‫ﺍﺧﺮﻯ‪ .‬ﻫﺬﺓ ﺍﻹﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ ﺑﺎﺗﺖ ﺗﺘﻀﺎﻋﻒ‬ ‫ﺑﺈﺳﺘﻤﺮﺍﺭ ﻭﺗﺒﺮﺯ ﺩﻭﺭ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ ﺍﻟﻤﻬﻤﺶ‪,‬‬ ‫ﺟﺮﺍء ﻣﺎ ﺃﺻﺎﺑﻪ ﻣﻦ ﺍﻟﻘﻤﻊ ﺍﻟﻤﻜﺜﻒ ﻓﻲ‬ ‫ﻋﻘﺪﺓ ﺍﻟﺜﻤﺎﻧﻴﻨﺎﺕ‪ .‬ﺧﻼﻝ ﺍﻹﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ‬ ‫ﻭﺍﻹﺿﺮﺍﺑﺎﺕ ﻋﺪﺓ ﺯﻋﻤﺎء ﺳﻴﺎﺳﻴﻴﻦ ﻭﻧﻘﺎﺑﻴﻴﻦ‬ ‫ﺗﻢ ﺇﻋﺘﻘﺎﻟﻬﻢ ﻭﺳﺠﻨﻬﻢ‪ ,‬ﺑﺤﺠﺔ ﺃﻧﻬﻢ ﻳﺪﻋﻮﻥ‬ ‫ﺿﻤﻦ ﻣﻨﻈﻤﺎﺕ ﻣﺎﺭﻛﺴﻴﺔ ﻟﻠﻤﻌﺎﺭﺿﺔ ﻭ‬ ‫ﻟﻠﻌﻤﻞ ﺿﺪ ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ ﺍﻻﺳﻼﻣﻲ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ ﺑﻌﺪ ﺍﻟﻤﺠﺰﺭﺓ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺒﺸﻌﺔ ﺿﺪ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ ﻓﻲ ﻏﺰﺓ‪،‬‬ ‫ﻓﺈﻥ ﺣﺮﻛﺔ ﺣﻤﺎﺱ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺴﻴﻄﺮ ﻋﻠﻰ ﻗﻄﺎﻉ‬ ‫ﻏﺰﺓ‪ ،‬ﻗﺪ ﻭﺍﻓﻘﺖ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﻭﺑﻮﺳﺎﻁﺔ‬ ‫ﻣﻦ ﻣﺼﺮ ﻣﻊ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﻓﺘﺢ ﺍﻟﻔﺎﺳﺪﺓ‬ ‫ﻭﺍﻟﺨﺎﺋﻨﺔ‪.‬‬ ‫ﻏﻴﺮ ﺃﻥ ﺍﻹﺗﻔﺎﻗﺎﺕ ﺍﻟﺘﻲ ﺃﺩﺕ ﺇﻟﻰ‬ ‫ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﻣﻊ ﻗﻮﺍﺕ ﺍﻻﺣﺘﻼﻝ‪ ,‬ﻫﻲ ﻟﻴﺴﺖ‬ ‫ﻗﺎﺩﺭﺓ ﻋﻠﻰ ﺍﻹﺳﺘﻤﺮﺍﺭﻳﺔ‪ ،‬ﻷﻧﻬﺎ ﻻ ﺗﺆﺩﻱ ﺇﻻ‬ ‫ﺇﻟﻰ ﻣﺴﺎﻋﺪﺓ ﺩﻭﻟﺔ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻹﺧﻔﺎء ﺟﺮﺍﺋﻤﻬﺎ‬ ‫ﺿﺪ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﻭﺍﻟﻘﻀﻴﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻓﺄﻱ ﺗﻔﺎﻭﺽ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺍﻟﻮﺣﺪﺓ ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻳﺠﺐ ﺃﻥ ﻳﻘﻮﻡ ﻋﻠﻰ ﺃﺳﺎﺱ‪,‬‬ ‫ﺣﻖ ﺍﻟﻌﻮﺩﺓ‪ ،‬ﻭﺣﻖ ﺗﻘﺮﻳﺮ ﺍﻟﻤﺼﻴﺮ ﻭﺇﻗﺎﻣﺔ‬ ‫ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ ﺍﻟﻌﻠﻤﺎﻧﻴﺔ‪,‬‬ ‫ﻭﻟﻜﻦ ﻫﺬﺓﺍﻟﻮﺣﺪﺓ ﻻ ﻳﻤﻜﻦ ﺃﻥ ﺗﺤﻘﻖ ﺇﻻ‬ ‫ﺑﻤﺸﺎﺭﻛﺔ ﻣﺒﺎﺷﺮﺓ ﻟﻠﻌﻤﺎﻝ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﻴﻦ ﺗﺤﺖ‬ ‫ﺭﺍﻳﺔ ﺑﺮﻧﺎﻣﺞ ﺍﻟﺤﺰﺏ ﺍﻟﺜﻮﺭﻱ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪﺓ ﺑﺮﺋﺎﺳﺔ‬ ‫ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ‪ ,‬ﺍﻟﺘﻲ ﺃﺗﺖ ﺑﻌﺪ ﺍﻟﺤﺮﺏ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﻭﺻﻔﺖ ﺑﺄﻧﻬﺎ ﻭﺍﺣﺪﺓ ﻣﻦ ﺃﺷﺮﺱ ﺍﻟﻬﺠﻤﺎﺕ‬

‫ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ ﻣﻨﺬ ﺣﺮﺏ ﺍﻷﻳﺎﻡ‬ ‫ﺍﻟﺴﺘﺔ ﻓﻲ ﻋﺎﻡ ‪ .1967‬ﻫﺬﺓ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﻫﻲ‬ ‫ﻓﻲ ﻣﺮﺣﻠﺔ ﺗﺨﺒﻂ ﻟﻤﺤﺎﻭﻟﺔ ﺇﺳﺘﻌﺎﺩﺓ ﻣﻜﺎﻧﺘﻬﺎ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﺸﺮﻕ ﺍﻷﻭﺳﻂ ﺳﻴﻤﺎ ﺑﻌﺪ ﺍﻟﻬﺰﻳﻤﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ ﻓﻲ ﻟﺒﻨﺎﻥ ﻓﻲ ﻋﺎﻡ ‪ 2006‬ﻭﻓﻲ‬ ‫ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ ﻓﻲ ﻋﺎﻡ ‪ ،2009.‬ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ‬ ‫ﻳﺴﺘﺨﺪﻡ ﻟﻐﺔ ﺍﻟﺤﺮﺏ ﺍﻟﻘﺎﺳﻴﺔ ﻛﻤﺤﺎﻭﻟﺔ‬ ‫ﻟﺘﺼﺤﻴﺢ ﺍﻟﻄﺎﺑﻊ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻲ ﻭﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻱ‬ ‫ﻟﻠﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ ﺍﻟﻤﻬﺰﻭﻣﺔ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﺳﻮﺭﻳﺎ‪ ،‬ﻓﺈﻥ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﻤﺮﺣﻠﺔ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﺘﺴﻮﻳﺎﺕ ﻣﻊ ﺍﻟﻘﻮﻯ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻻ ﺗﺨﺘﻠﻒ‬ ‫ﻋﻦ ﺳﻴﺎﻕ ﻣﺎ ﻳﺠﺮﻱ ﺑﺎﻟﻤﻨﻄﻘﺔ‪ .‬ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ‬ ‫ﺍﻟﺴﻮﺭﻳﺔ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ ﻛﺎﻧﺖ ﻭﻣﺎ ﺯﺍﻟﺖ ﺣﺘﻰ‬ ‫ﺍﻟﻴﻮﻡ ﻓﻲ ﺗﻔﺎﻭﺽ ﻣﺴﺘﻤﺮ ﺣﻮﻝ ﺑﻌﺾ ﻧﻘﺎﻁ‬ ‫ﺍﻹﺗﻔﺎﻕ ﻟﻠﺘﻮﺻﻞ ﺍﻟﻰ ﺍﻟﺴﻼﻡ ﻣﻊ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪,‬‬ ‫ﻫﺬﺓ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﻫﻲ ﻏﻴﺮ ﻗﺎﺩﺭﺓ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺮﺩ ﺿﺪ‬ ‫ﺗﺠﺪﻳﺪﺍﻟﺤﺼﺎﺭ ﻭﺍﻟﻌﻘﻮﺑﺎﺕ ﺍﻹﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ ﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﻓﺮﺿﻬﺎ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﻤﺮﺓ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ ,‬ﻭﻫﻬﻲ ﻋﺎﺟﺰﺓ‬ ‫ﺃﻳﻀﺎ ﻟﻠﺘﺼﺪﻱ ﻟﻠﺘﻬﺪﻳﺪﺍﺕ ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﻟﺒﻨﺎﻥ‪ ،‬ﺣﺰﺏ ﷲ‪ ،‬ﺍﻟﺬﻱ ﺧﺮﺝ‬ ‫ﻣﻌﺰﺯﺍ ﻣﻦ ﺣﺮﺏ ‪ ،2006‬ﺭﺍﺡ ﻳﺒﺤﺚ ﻋﻦ‬ ‫ﻣﻮﻗﻊ ﺳﻴﺎﺳﻲ ﺩﺍﺧﻞ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ‪ ،‬ﻟﻠﺮﺩ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺍﺳﺘﻔﺰﺍﺯﺍﺕ ﻣﻴﻠﻴﺸﻴﺎ ﺍﻟﺤﺮﻳﺮﻱ‪ ،‬ﻛﻤﺎ ﻭﺗﺪﺧﻞ‬ ‫ﻓﻲ ﺇﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ ﺍﻟﻄﺒﻘﺔ ﺍﻟﻌﺎﻣﻠﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻗﺎﻣﺖ‬ ‫ﺿﺪ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﺴﻨﻴﻮﺭﺓ ﺑﻬﺪﻑ ﺗﺴﻴﻴﺮﻫﺎ‬ ‫ﻟﺼﺎﻟﺤﻪ‪ .‬ﺣﺰﺏ ﷲ ﺍﻟﺬﻱ ﻭﺍﺟﻪ ﺍﻟﻤﻠﻴﺸﻴﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻤﻮﺍﻟﻴﺔ ﻟﻠﺤﻜﻮﻣﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﺤﺮﺏ ﺍﻟﺘﻲ ﺍﺳﻘﻄﺖ‬ ‫ﺑﺤﻴﺎﺓ ﺍﻟﻤﺌﺎﺕ ﻣﻦ ﺍﻟﻤﺪﻧﻴﻴﻦ‪ ,‬ﻗﺪ ﻭﺍﻓﻖ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﻣﻊ ﺍﻟﺬﻱ ﻛﺎﻥ‪ ،‬ﺣﺘﻰ ﺫﻟﻚ‬ ‫ﺍﻟﺤﻴﻦ‪ ،‬ﻋﺪﻭﻩ ﺍﻟﺮﺋﻴﺴﻲ‪ ،‬ﺃﻱ ﺳﻌﺪ ﺍﻟﺤﺮﻳﺮﻱ‬

‫‪،‬ﻭﺍﻟﺪﺧﻮﻝ ﺍﻟﻰ ﻣﺴﺮﺡ ﺣﺮﺏ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﻟﻤﺎﻧﻴﺔ ﻟﻠﻨﺰﺍﻉ ﻣﻌﻬﺎ‪.‬‬ ‫ﻭﻧﻈﺮﺍ ﻟﻸﺯﻣﺔ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ ﻭﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ‬ ‫ﻟﻼﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻭﺑﺮﺍﻋﻤﻬﺎ‪ ،‬ﻣﻦ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺎﺕ ﺍﻟﻔﺎﺳﺪﺓ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﺸﺮﻕ ﺍﻷﻭﺳﻂ ﺍﻟﺘﻲ ﻟﻴﺲ ﺑﺤﻮﺯﺗﻬﺎ ﺭﺩﻭﺩﺍ‬ ‫ﻟﻠﺪﻓﺎﻉ ﻋﻦ ﺍﻟﺸﻌﻮﺏ ﺃﻭ ﺑﺎﻻﺻﻞ ﻫﻲ ﻻ ﺗﺮﻳﺪ‬

‫ﺍﻟﺪﻓﺎﻉ ﻋﻦ ﺍﻟﺸﻌﻮﺏ‪ .‬ﻭﻣﻦ ﺍﻟﻨﺎﺣﻴﺔ ﺍﻷﺧﺮﻯ‬ ‫ﻳﻔﺘﻘﺪ ﻋﺎﻟﻤﻨﺎ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ ﻟﻠﺒﺪﻳﻞ ﺍﻟﺜﻮﺭﻱ‪.‬‬ ‫ﻓﻔﻲ ﺇﻁﺎﺭ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﺼﻴﺮﻭﺭﺓ ﺍﻟﻨﻀﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺘﺎﺭﻳﺨﻴﺔ ﻟﻠﻄﺒﻘﺔ ﺍﻟﻌﺎﻣﻠﺔ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‪ ,‬ﻟﻬﻮ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻀﺮﻭﺭﻱ ﺑﻨﺎء ﺍﻟﺤﺰﺏ ﺍﻟﺜﻮﺭﻱ ﺍﻟﻘﺎﺩﺭ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺗﻨﻈﻴﻢ ﻭﻗﻴﺎﺩﺓ ﺍﻟﻨﻀﺎﻝ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺑﻨﺎءﺍﻻﺗﺤﺎﺩ‬ ‫ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻲ ﻟﻠﺒﻠﺪﺍﻥ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‪• .‬‬

‫ﺇﻗﺮﺃ ﻓﻲ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻌﺪ ﹸﺩ‬

‫ﻛﻠﻤﺔ ﺍﻟﺘﺤﺮﻳﺮ‪ :‬ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ :‬ﺍﻟﻮﺟﻪ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪ ﻟﻼﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ‪ -‬ﺻﻔﺤﺔ ‪۱‬‬ ‫ﻏﺰﺓ‪:‬ﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﻟﻢ ﺗﺘﻤﻜﻦ ﻣﻦ ﺍﻟﻘﻀﺎء ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ‪ -‬ﺻﻔﺤﺔ ‪۲‬‬ ‫ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ :‬ﺍﻹﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﺑﻌﺪ ﻣﺬﺑﺤﺔ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ ﺗﺆﻛﺪ ﻁﺒﻴﻌﺘﻬﺎ ‪ -‬ﺻﻔﺤﺔ ‪۳‬‬ ‫ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‪ :‬ﻣﺼﺮ ﺗﺤﻀﺮ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﻟﻠﺘﻨﺎﺯﻝ ‪ -‬ﺻﻔﺤﺔ ‪٤‬‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ :‬ﺍﻟﺸﻜﻞ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪ ﻟﻠﺤﻔﺎﻅ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﺍﻟﺪﻭﻟﻴﺔ ‪ -‬ﺻﻔﺤﺔ ‪٥‬‬ ‫ﺍﻟﻤﺎﺭﻛﺴﻴﺔ‪ :‬ﻣﺎ ﻫﻲ ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ ‪ -‬ﺻﻔﺤﺔ ‪٦‬‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺔ‪ :‬ﺍﻟﻌﻤﻮﺩ ﺍﻟﻔﻘﺮﻱ ﻷﻳﺔ ﻣﻨﻈﻤﺔ ﻫﻲ ﺍﻟﺼﺤﻴﻔﺔ ‪ -‬ﺻﻔﺤﺔ ‪٦‬‬ ‫ﻳﻤﻜﻨﻜﻢ ﺍﻹﺗﺼﺎﻝ ﺑﻨﺎ ﻋﺒﺮ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺒﺮﻳﺪ ﺍﻹﻟﻜﺘﺮﻭﻧﻲ ‪albaian.socialista@gmail.com‬‬ ‫‪www.litci-arabe.org‬‬

‫ﻁﺑﻌﺕ ﻓﻲ ﺍﻟﺑﺭﺍﺯﻳﻝ‬ ‫ﺍﻟﻣﺳﺎﻫﻣﺔ ﻣﺎ ﻳﻌﺎﺩﻝ ‪ 1500‬ﻟﻳﺭﺓ ﻟﺑﻧﺎﻧﻳﺔ‬


‫‪2‬‬

‫ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ‬

‫ﻋﺪﺩ ‪ - 03‬ﻳﻮﻟﻴﻮ ‪ /‬ﺃﻏﺴﻄﺲ ‪2009‬‬

‫ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‬

‫ﻏﺰﺓ‪:‬ﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﻟﻢ ﺗﺘﻤﻜﻦ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻘﻀﺎء ﻋﻠﻰ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‬ ‫ﺧﺎﻟﺪ ﺍﻟﻤﻴﺮ ﻭ ﻁﺎﺭﻕ ﻗﺎﺩﺭ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﻣﺪﻯ ‪ 22‬ﻳﻮﻣﺎ‪ ,‬ﻗﺎﻣﺖ ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ‬ ‫ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‪ ،‬ﻭﻭﺟﻬﺖ ﻛﻞ ﻣﺎ‬ ‫ﻟﺪﻳﻬﺎ ﻣﻦ ﺳﻼﺡ ﺍﻟﺠﻮ‪ ،‬ﻭﻗﺬﺍﺋﻒ ﺍﻟﻤﺪﻓﻌﻴﺔ‬ ‫ﺿﺪ ﺍﻟﻤﺪﻧﻴﻴﻦ ﻓﻲ ﻏﺰﺓ‪ ،‬ﻭﻋﺪﻳﻤﺔ ﺍﻟﻀﻤﻴﺮ‬

‫ﺟﺮﻳﺪﺗﻨﺎ ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ‬ ‫ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ ﻫﻮ ﺟﺮﻳﺪﺓ ﺍﻟﺮﺍﺑﻄﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻟﻤﻴﺔ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺍﻟﻨﻀﺎﻝ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ ‪.‬‬ ‫ﻭﻫﻮ ﻳﻔﺘﺢ ﺍﻟﺒﺎﺏ ﻟﻜﻞ ﺍﻟﺬﻳﻦ ﻫﻢ‬ ‫ﻣﻠﺘﺰﻣﻴﻦ ﺣﻘﺎ ﻣﻊ ﺍﻟﻘﻀﻴﺔ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‬ ‫ﻭﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ‪ .‬ﻫﺪﻓﻨﺎ ﻫﻮ ﺭﺻﺪ‬ ‫ﻭﻣﺘﺎﺑﻌﺔ ﻭﺑﺤﺚ ﻭﺗﺤﻠﻴﻞ ﻟﻼﺣﺪﺍﺙ‬ ‫ﺍﻟﺠﺎﺭﻳﺔ ﻋﻠﻰ ﻣﺴﺎﺭ ﺍﻟﺼﺮﺍﻉ‬ ‫ﺍﻟﻄﺒﻘﻲ ﻓﻲ ﺑﻼﺩﻧﺎ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ ﻭﻓﻲ‬ ‫ﺑﻼﺩ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ ,‬ﺗﺤﻠﻴﻠﻨﺎ ﻟﻸﺣﺪﺍﺙ ﻫﻮ‬ ‫ﻣﻦ ﻣﻨﻈﻮﺭ ﺍﺷﺘﺮﺍﻛﻲ ﻋﻠﻤﻲ ﺑﻬﺪﻑ‬ ‫ﻣﻨﺎﻫﻀﺔ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻭﺣﻠﻴﻔﺘﻬﺎ‬ ‫ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ ‪.‬‬ ‫ﻭﻧﺤﻦ ﻓﻲ ﻧﻔﺲ ﺳﺎﺣﺔ ﺍﻟﻤﻌﺮﻛﺔ‬ ‫ﻣﻊ ﺟﻤﻴﻊ ﺍﻟﺤﺮﻛﺎﺕ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﻘﺎﺗﻞ ﺿﺪ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻭﺿﺪ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‪ .‬ﻟﻴﺴﺖ ﻫﻨﺎﻙ ﺍﻳﺔ ﺣﻜﻮﻣﺔ‬ ‫ﻋﺮﺑﻴﺔ‪ ,‬ﻣﺘﻌﺎﻭﻧﺔ ﻣﻊ ﺍﻟﻌﺪﻭ ﺍﻟﻤﺤﺘﻞ‬ ‫ﺍﻭ ﻗﻮﻣﻴﺔ ﺗﺪﺍﻓﻊ ﻋﻦ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪.‬‬ ‫ﻧﺤﻦ ﻧﺪﻋﻢ ﻭﻧﺆﻳﺪ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻨﻀﺎﻝ !‬ ‫ﻧﺪﻋﻢ ﻭﻧﺆﻳﺪ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻓﻲ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‬ ‫ﻭﻓﻲ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ ﻭﻓﻲ ﺃﻓﻐﺎﻧﺴﺘﺎﻥ ﻭﻓﻲ‬ ‫ﻟﺒﻨﺎﻥ‪ ,‬ﻟﻜﻨﺎ ﺑﺬﺍﺕ ﺍﻟﻮﻗﺖ ﻟﻴﺲ ﻟﺪﻳﻨﺎ‬ ‫ﺃﻱ ﺛﻘﺔ ﺑﻬﺬﺓ ﺍﻟﻘﻴﺎﺩﺍﺕ ﺍﻟﻌﺎﻣﻠﺔ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺭﺃﺱ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ ,‬ﻷﻧﻬﺎ ﻓﻲ ﺟﻮﻫﺮﻫﺎ‬ ‫ﻫﻲ ﻣﻦ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﺍﻟﺼﻐﻴﺮﺓ ‪,‬‬ ‫ﻭﻫﻲ ﺩﺍﺋﻤﺎ ﻋﻠﻰ ﺇﺳﺘﻌﺪﺍﺩ ﻟﻠﺘﻔﺎﻭﺽ‬ ‫ﻋﻦ‬ ‫ﺑﺤﺜﺎ‬ ‫ﻣﻊ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﻣﺼﺎﻟﺤﻬﺎ‪.‬‬ ‫ﻧﺤﻦ ﻧﺪﺍﻓﻊ ﻋﻦ ﺣﻖ‬ ‫ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ ﻓﻲ ﻧﻴﻞ ﺣﺮﻳﺎﺗﻪ‬ ‫ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ ﻭﻋﻦ ﺣﻘﻪ ﻓﻲ ﺗﻘﺮﻳﺮ‬ ‫ﺍﻟﻤﺼﻴﺮ‪ ,‬ﻭﻋﻦ ﺣﻖ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﺟﻞ ﺍﻟﺤﺼﻮﻝ ﻋﻠﻰ ﺍﻻﺟﻮﺭ ﺍﻟﻌﺎﺩﻟﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﻌﻤﻞ ﺍﻟﻜﺮﻳﻢ ﻭﺍﻟﻮﻅﺎﺋﻒ ﻭﺗﺤﺮﻳﺮ‬ ‫ﺍﻟﻤﺮﺃﺓ‪ .‬ﻧﺤﻦ ﻣﻊ ﺍﻟﻘﺘﺎﻝ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ‬ ‫ﺩﺣﺮ ﺍﻟﻜﻴﺎﻥ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ ﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻱ‬ ‫ﻭﻧﻨﺎﺿﻞ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺑﻨﺎء ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‬ ‫ﺍﻟﻌﻠﻤﺎﻧﻴﺔ ﻭﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ ﻭﺍﻟﻐﻴﺮ‬ ‫ﻋﻨﺼﺮﻳﺔ ﻧﺤﻮ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ‬ ‫ﺿﻤﻦ ﺇﺗﺤﺎﺩ ﺍﻟﺠﻤﻬﻮﺭﻳﺎﺕ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‬ ‫ﺍﻹﺍﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ‪.‬‬

‫‪EDITORIAL‬ﺍﻟﺘﺤﺮﻳﺮ‬ ‫ﻫﻴﺌﺔ‬ ‫‪CONSELHO‬‬ ‫ﺻﺎﺩﻕ ﺃﻣﻴﻦ‪ ,‬ﺃﺣﻤﺪ ﻧﻌﻴﻢ‪ ,‬ﻋﺰﻳﺰ‬ ‫ﻧﺎﺻﺮ‪ ,‬ﺣﺴﻦ ﺍﻟﺒﺮﺍﺯﻳﻠﻲ‪ ,‬ﻁﺎﺭﻕ‬ ‫ﻗﺎﺩﺭ‪ ,‬ﻧﺎﺩﻳﺔ ﺧﻠﻴﻞ‪ ,‬ﻣﺤﺴﻦ ﺩﺍﻭﻭﺩ‪,‬‬ ‫ﺧﺎﻟﺪ ﺍﻟﻤﻴﺮ ‪ ,‬ﺍﻧﺪﺭﺍ ﺳﻴﺸﺎﺱ ﻭ‬ ‫ﻣﺤﻤﺪ ﻋﺒﺪ ﺍﻟﻜﺮﻳﻢ‬

‫ﺇﺳﺘﺨﺪﻣﺖ ﺍﻷﺳﻠﺤﺔ ﺍﻟﻤﺤﻈﻮﺭﺓ ﺑﻤﻮﺟﺐ‬ ‫ﺍﺗﻔﺎﻗﻴﺎﺕ ﺟﻨﻴﻒ ‪ -‬ﻛﻤﺎ ﻫﻮ ﺍﻟﺤﺎﻝ ﻓﻲ ﻗﻨﺎﺑﻞ‬ ‫ﺍﻟﻔﻮﺳﻔﻮﺭ ﺍﻷﺑﻴﺾ ‪ -‬ﻭﺩﻣﺮﺕ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ‪.‬‬ ‫ﻭﻗﺘﻠﺖ ‪ 1،285‬ﺷﺨﺺ‪ .‬ﻣﻦ ﺑﻴﻦ ﻫﺆﻻء‪،‬‬ ‫‪ 111‬ﺍﻣﺮﺃﺓ ﻭ‪ 280‬ﻁﻔﻼ‪ .‬ﻭﻗﺼﻔﺖ ﺳﻴﺎﺭﺍﺕ‬ ‫ﺍﻻﺳﻌﺎﻑ ﻭﺍﻟﻤﺪﺍﺭﺱ ﻭﺍﻟﻤﺴﺘﺸﻔﻴﺎﺕ‬ ‫ﻭﺍﻟﻤﺴﺎﺟﺪ ﻭﺍﻟﻤﺒﺎﻧﻲ ﺍﻟﺘﺎﺑﻌﺔ ﻟﻼﻣﻢ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ‪.‬‬ ‫ﺇﻧﻬﺎ ﺇﺑﺎﺩﺓ ﺟﻤﺎﻋﻴﺔ ﺣﻘﻴﻘﻴﺔ ﻭﻭﺣﺸﻴﺔ‬ ‫ﻁﺒﻘﺘﻬﺎ ﺑﻮﺿﺢ ﺍﻟﻨﻬﺎﺭ ﻗﻮﺍﺕ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻳﺔ‪ ،‬ﻭﻟﻜﻨﻬﺎ ﻟﻢ ﺗﺘﻤﻜﻦ ﻣﻦ ﻗﻤﻊ‬ ‫ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ .‬ﺍﻟﻬﻤﺠﻴﺔ ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ ﻓﻲ ﻗﻄﺎﻉ‬ ‫ﻏﺰﺓ ﻭﻛﻞ ﻣﻠﻴﺎﺭﺍﺕ ﺍﻟﺪﻭﻻﺭﺍﺕ ﻭﻛﻞ ﺍﻟﺘﻄﻮﺭ‬ ‫ﺍﻟﺘﻜﻨﻮﻟﻮﺟﻲ ﻭﺍﻟﻨﻈﺎﻣﻲ ﻟﻠﺠﻴﺶ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ‬ ‫ﻟﻢ ﻳﻜﻦ ﻛﺎﻓﻴﺎ ﻟﻠﺘﻐﻠﺐ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‬ ‫ﻓﻲ ﻧﻀﺎﻟﻪ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺍﻟﺒﻘﺎء ﻋﻠﻰ ﻗﻴﺪ ﺍﻟﺤﻴﺎﺓ‪.‬‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺮﻏﻢ ﻣﻦ ﺍﻟﻘﻴﺎﻡ ﺑﺠﺮﻑ ﺍﻷﺭﺍﺿﻲ‬ ‫ﻭﺍﻟﺘﺪﻣﻴﺮ ﻭﺍﻟﻘﺘﻞ‪ ،‬ﻛﺎﻧﺖ ﺍﻟﻨﺘﻴﺠﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﻨﻬﺎﻳﺔ‬ ‫ﻫﺰﻳﻤﺔ ﺳﻴﺎﺳﻴﺔ ﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ ﻟﻢ ﺗﺘﻤﻜﻦ‬ ‫ﻣﻦ ﺗﺪﻣﻴﺮ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ ,‬ﺑﻞ ﺣﺼﻞ ﺍﻟﻌﻜﺲ‬ ‫ﻭﺃﺻﺒﺤﺖ ﻅﺎﻫﺮﺓ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‬ ‫ﻣﻴﺰﺓ ﻟﻢ ﻳﻜﻦ ﻟﻬﺎ ﻣﺜﻴﻞ ﻣﻦ ﻗﺒﻞ ﻓﻲ ﻛﻞ ﺍﻧﺤﺎء‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ ,‬ﻭﻧﺎﻟﺖ ﺩﻋﻢ ﻭﺗﺄﻳﻴﺪ ﻛﻞ ﺍﻟﺠﻤﺎﻫﻴﺮ‬ ‫ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‪ .‬ﻭﻛﺎﻧﺖ ﻧﻘﻄﺔ ﺗﺤﻮﻝ ﺣﻘﻴﻘﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻗﺎﻣﺖ ﻣﻮﺟﺔ ﻣﻦ ﺍﻟﺮﻓﺾ ﺍﻟﻌﻨﻴﻒ ﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﻁﺎﻝ ﻛﻞ ﺍﻟﻌﻮﺍﺻﻢ ﺍﻷﻭﺭﻭﺑﻴﺔ‪ .‬ﺍﻹﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﻋﻤﺖ ﻛﻞ ﺩﻭﻝ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺿﺮﺑﺖ‬ ‫ﺑﻘﻮﺓ ﺩﻭﻟﺔ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ .‬ﻣﻘﻮﻟﺔ »ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‬ ‫ﻫﻲ ﺍﻟﺪﻳﻤﻮﻗﺮﺍﻁﻴﺔ ﺍﻟﻮﺣﻴﺪﺓ ﻓﻲ ﺍﻟﺸﺮﻕ‬ ‫ﺍﻷﻭﺳﻂ« ﺳﻘﻄﺖ ﻋﻠﻰ ﺍﻻﺭﺽ ﻓﻲ ﺍﻟﻮﻗﺖ‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﺎﺳﺐ‪ .‬ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ ﺳﺒﻖ ﺃﻥ ﻓﻘﺪﺕ‬ ‫ﺟﻤﻴﻊ ﺇﻣﻜﺎﻧﻴﺎﺕ »ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ« ﻭ »ﺍﻟﻤﻮﻗﻊ‬ ‫ﺍﻟﺤﻀﺎﺭﻱ ﺍﻟﻤﺘﻘﺪﻡ« ﻭﻓﻘﺪﺕ ﺍﻟﺸﻔﻘﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﻛﺎﻧﺖ ﻣﺎ ﺯﺍﻟﺖ ﺗﻘﻊ ﻋﻠﻴﻬﺎ‪ ,‬ﻣﺴﺘﺨﺪﻣﺔ ﺫﻛﺮﻯ‬ ‫ﺍﻟﻤﺤﺮﻗﺔ ﻭﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﺍﻟﻨﺎﺯﻳﺔ ﻟﺴﺘﺔ‬ ‫ﻣﻼﻳﻴﻦ ﻳﻬﻮﺩﻱ‪ .‬ﻟﻘﺪ ﻓﻘﺪﺕ ﺍﻟﻨﻮﺍﻳﺎ ﺍﻟﺤﺴﻨﺔ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﺣﺼﻠﺖ ﻋﻠﻴﻬﺎ ﻣﻨﺬ ﻧﺸﺄﺗﻬﺎ ﻹﺳﺘﺨﺪﺍﻣﻬﺎ‬ ‫ﺍﻟﻤﻜﺜﻒ ﻟﻠﻤﺤﺮﻗﺔ ﺍﻟﻴﻬﻮﺩ ﺍﻟﺘﻲ ﻋﺎﻧﺖ ﻣﻨﻬﺎ‬ ‫ﻟﺘﺒﺮﻳﺮ ﺍﻟﻔﻈﺎﺋﻊ ﻭﺍﻟﺠﺮﺍﺋﻢ ﺿﺪ ﺍﻟﺸﻌﺐ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‪ .‬ﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ ﺳﻴﺠﺪﻭﻥ ﺍﻟﻤﺰﻳﺪ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﺼﻌﻮﺑﺔ ﺍﻟﻜﺒﻴﺮﺓ ﻓﻲ ﺍﻟﺪﻓﺎﻉ ﻋﻦ ﺃﻧﻔﺴﻬﻢ‬ ‫ﺃﻣﺎﻡ ﺃﻱ ﺟﻤﻬﻮﺭ ﻓﻲ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺑﻌﺪ ﺣﺎﻟﺔﺍﻟﺮﻋﺐ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﻭﻟﺪﻭﻫﺎ ﻓﻲ ﻧﻔﻮﺱ ﺍﻟﺠﻤﻬﻮﺭ ﺍﻟﻌﺎﻟﻤﻲ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﻤﻼﻳﻴﻦ ﺍﻟﺬﻳﻦ ﺗﻤﺖ ﺗﻌﺒﺌﺘﻬﻢ ﻟﻺﺣﺘﺠﺎﺝ ﻟﻦ‬ ‫ﺗﻜﻮﻥ ﻟﺪﻳﻬﻢ ﻣﻮﺍﻗﻒ ﻣﺤﺎﻳﺪﺓ ﺑﻞ ﺍﺩﺍﻧﻮﺍ ﻋﻤﻠﻴﺔ‬ ‫ﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻣﻮﺭﺳﺖ ﺿﺪ ﺍﻟﺸﻌﺐ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‪.‬‬ ‫ﺃﻭﻝ ﺍﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ‬ ‫ﺣﺘﻰ ﺍﻟﺘﻜﺘﻴﻚ ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻲ ﺍﻟﺬﻱ ﺍﺭﺍﺩ‬ ‫ﺇﺳﺘﻐﻼﻝ ﻓﺘﺮﺓ ﺍﺣﺘﻔﺎﻻﺕ ﻧﻬﺎﻳﺔ ﺍﻟﺴﻨﺔ‪,‬‬ ‫ﻟﺘﺪﻣﻴﺮ ﻏﺰﺓ‪ ,‬ﺍﻭﻝ ﺍﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ ﺟﻤﺎﻫﻴﺮﻳﺔ‬ ‫ﻗﺎﻣﺖ ﻓﻲ ﺍﻷﻳﺎﻡ ﺍﻷﻭﻟﻰ‪ .‬ﻓﻲ ﺃﻳﺎﻡ ‪28‬‬ ‫ﻭ ‪ 29‬ﺩﻳﺴﻤﺒﺮ‪ ،‬ﻟﺒﻨﺎﻥ‪ ،‬ﻣﺼﺮ‪ ،‬ﺍﻷﺭﺩﻥ‬ ‫ﻭﺗﺮﻛﻴﺎ ﻭﺳﻮﺭﻳﺎ ﻭﺍﻟﺒﺤﺮﻳﻦ ﺗﺤﻮﻟﻮﺍ ﺍﻟﻰ‬ ‫ﺇﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ ﻛﺒﻴﺮﺓ‪ ،‬ﻭﺑﻌﻀﻬﺎ ﻭﺻﻞ ﺍﻟﻰ‬ ‫ﻋﺸﺮﺍﺕ ﺍﻻﻻﻑ ﻣﻦ ﺍﻟﺘﻈﺎﻫﺮﻳﻦ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻷﻳﺎﻡ ﺍﻟﺘﺎﻟﻴﺔ‪ ،‬ﻗﺎﻣﺖ ﺍﻟﻤﻈﺎﻫﺮﺍﺕ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻤﺪﻥ ﺍﻷﺳﺒﺎﻧﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺍﻟﻔﺮﻧﺴﻴﺔ‪،‬‬ ‫ﻭﺃﻣﺮﻳﻜﺎ ﺍﻟﺸﻤﺎﻟﻴﺔ ﻭﺃﻣﺮﻳﻜﺎ ﺍﻟﻼﺗﻴﻨﻴﺔ‬ ‫ﻭﺁﺳﻴﺎ‪ .‬ﻋﺪﺩ ﺍﻟﻤﺘﻈﺎﻫﺮﻳﻦ ﻓﻲ ﻟﻨﺪﻥ ﻭﺻﻞ‬ ‫ﺇﻟﻰ ‪ 50‬ﺃﻟﻒ‪ .‬ﻓﻲ ﻧﻴﻮﻳﻮﺭﻙ ‪ ،‬ﺣﺴﺒﻤﺎ‬ ‫ﺫﻛﺮﺕ ﻭﺳﺎﺋﻞ ﺍﻻﻋﻼﻡ ﻛﺘﻠﺔ ﻣﺆﻟﻔﺔ‬

‫ﻓﻲ ﺍﻟﻀﻔﺔ ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ ﺧﺮﺝ ﺍﻻﻻﻑ ﻣﻨﺪﺩﻳﻦ ﺑﺎﻟﻤﺠﺰﺭﺓ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ ﺿﺪ ﺷﻌﺐ ﻏﺰﺓ ﺍﻟﺒﻄﻞ ﻭﻣﻌﺒﺮﻳﻦ ﻋﻦ ﺭﻏﺒﺘﻬﻢ ﺑﺎﻹﻟﺘﺤﺎﻕ ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪.‬‬

‫ﺍﻟﻤﺘﻈﺎﻫﺮﻭﻥ ﻳﺤﺮﻗﻮﻥ ﺍﻟﻌﻠﻢ ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻲ ﻓﻲ ﺑﺎﻛﺴﺘﺎﻥ ﻭﻳﻔﻀﺤﻮﻥ ﺗﺎﺭﻳﺦ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﻨﺎﺯﻳﺔ‪.‬‬

‫ﻣﻦ ﺍﻟﻴﻬﻮﺩ ﺍﻻﺭﺛﻮﺫﻛﺲ ﺍﻋﺮﺑﺖ ﻋﻦ‬ ‫ﺍﺳﺘﻨﻜﺎﺭﻫﺎ ﻟﻼﻋﻤﺎﻝ ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻷﺭﺩﻥ ﻭﻣﺼﺮ‪ ،‬ﺍﻟﺸﺮﻁﺔ ﺗﻠﻘﺖ‬ ‫ﺃﻭﺍﻣﺮ ﻣﻦ ﺣﻜﻮﻣﺎﺗﻬﻢ ﺣﻠﻔﺎء ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪،‬‬ ‫ﻟﻘﻤﻊ ﺍﻟﺘﺤﺮﻛﺎﺕ ﺍﻟﺸﻌﺒﻴﺔ‪ .‬ﻓﻲ ﺍﻟﻀﻔﺔ‬ ‫ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻘﺎﺭﻳﺮ ﺍﻟﺘﻲ ﻭﺻﻠﺖ ﻋﻦ‬ ‫ﻁﺮﻳﻖ ﺍﻟﺒﺮﻳﺪ ﺍﻻﻟﻜﺘﺮﻭﻧﻲ ﺍﻟﻰ ﻧﺸﻄﺎء‬ ‫ﺑﺮﺍﺯﻳﻠﻴﻴﻦ ﺗﺤﻜﻲ ﺑﺎﻟﺘﻔﺼﻴﻞ ﻋﻦ ﺃﺳﺎﻟﻴﺐ‬ ‫ﻣﺠﻤﻮﻋﺎﺕ ﻣﻦ ﺷﺮﻁﺔ ﺣﺮﻛﺔ ﻓﺘﺢ ﻭﺍﺑﻮ‬ ‫ﻣﺎﺯﻥ‪ ،‬ﻟﻠﺘﺴﻠﻞ ﻋﻤﻼء ﺍﺳﺘﻔﺰﺍﺯﻳﻴﻦ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﻤﺴﻴﺮﺍﺕ‪ .‬ﻫﺪﻓﻪ ﻫﻮ ﺇﻋﻄﺎء ﺃﺳﺒﺎﺏ‬

‫ﺗﺪﺧﻞ ﺍﻟﺸﺮﻁﺔ ﻟﺤﺮﻛﺔ ﻓﺘﺢ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻢ‬ ‫ﺗﺪﺭﻳﺒﻬﺎ ﻋﻠﻰ ﻳﺪ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪.‬‬ ‫ﻟﻜﻦ ﺍﻟﺼﻌﻮﺑﺎﺕ‪ ،‬ﻟﻢ ﺗﻤﻨﻊ ﻣﻦ ﻗﻴﺎﻡ‬ ‫ﺍﻹﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ ﻭ ﺗﻌﺒﺌﺘﻬﺎ‪ .‬ﻛﺬﻟﻚ ﺍﻟﺤﻤﻠﺔ‬ ‫ﺍﻹﻋﻼﻣﻴﺔ ﺍﻟﻤﻜﺜﻔﺔ ﻹﻟﻘﺎء ﺍﻟﻠﻮﻡ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺣﻤﺎﺱ ﻟﺤﺮﺏ ﻟﻢ ﻳﻜﻦ ﻟﻬﺎ ﺍﻟﻮﻗﻊ ﺍﻟﻤﻨﺘﻈﺮ‬ ‫ﻭﻓﺸﻠﺖ‪ ،‬ﻛﻤﺎ ﺣﻤﻞ ﺍﻟﻤﺘﻈﺎﻫﺮﻭﻥ ﻻﻓﺘﺎﺕ‬ ‫ﻭﻣﻨﺸﻮﺭﺍﺕ ﻭﺯﻋﺖ ﻭﺗﺪﻝ ﻋﻠﻰ ﺣﻘﻴﻘﺔ‬ ‫ﺩﻭﻟﺔ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺍﻻﺭﻫﺎﺑﻴﺔ‪ .‬ﺗﻘﺮﻳﺒﺎ ﻓﻲ ﻛﻞ‬ ‫ﺍﻹﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ ﺍﻟﺘﻲ ﻛﺎﻧﺖ ﺗﺠﺮﻱ ﻓﻲ ﺩﻭﻝ‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ ,‬ﺭﻓﻌﺖ ﺍﻟﻌﺪﻳﺪ ﻣﻦ ﺍﻷﻋﻼﻡ ﺍﻟﺘﻲ‬

‫ﻛﺎﻧﺖ ﺗﺴﺘﻌﻴﺾ ﻧﺠﻤﺔ ﺩﺍﻭﻭﺩ ﺑﺎﻟﺼﻠﻴﺐ‬ ‫ﺍﻟﻤﻌﻘﻮﻑ ﻟﻠﻨﺎﺯﻳﺔ‪ ,‬ﻫﺬﺍ ﻛﺎﻥ ﻳﻌﺒﺮ‬ ‫ﺑﺸﻜﻞ ﻭﺍﺿﺢ ﺍﻟﻮﺭﺍﺛﺔ ﺍﻟﺤﻘﻴﻘﻴﺔ ﻟﺴﻴﺎﺳﺔ‬ ‫ﺩﻭﻟﺔ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ .‬ﻭﺑﺎﻟﻤﺜﻞ‪ ،‬ﺍﻟﻤﻠﺼﻘﺎﺕ‬ ‫ﻭﺍﻟﺨﻄﺎﺑﺎﺕ ﻛﺎﻧﺖ ﺗﻘﺎﺭﻥ ﻏﺰﺓﺑﻐﻴﺘﻮ‬ ‫ﻓﺎﺭﺳﻮﻓﻴﺎ ‪ ،‬ﻭﻭﺿﻊ ﺳﻜﺎﻥ ﻏﺰﺓ ﻛﻀﺤﺎﻳﺎ‬ ‫ﻟﻤﺤﺮﻗﺔ ﺟﺪﻳﺪﺓ‪ .‬ﻛﻞ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﻤﻈﺎﻫﺮﺍﺕ‪،‬‬ ‫ﻭﺍﻟﺘﻌﺒﺌﺔ ﺍﻟﺸﻌﺒﻴﺔ ﺗﻜﺘﺴﺐ ﺍﻟﻤﺰﻳﺪ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻤﻌﺠﺒﻴﻦ ﻓﻲ ﺿﻤﻴﺮ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ ﻛﺮﺳﺎﻟﺔ‬ ‫ﺗﻀﺎﻣﻦ ﻣﻊ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ‪ ،‬ﻭﻓﻀﺢ‬ ‫ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪• .‬‬


‫ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ‬

‫ﻋﺪﺩ ‪ - 03‬ﻳﻮﻟﻴﻮ ‪ /‬ﺃﻏﺴﻄﺲ ‪2009‬‬

‫ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‬

‫‪3‬‬

‫ﺍﻹﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﺑﻌﺪ ﻣﺬﺑﺤﺔ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ ﺗﺆﻛﺪ‬ ‫ﻁﺒﻴﻌﺘﻬﺎ ﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻳﺔ ﻭﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ‬ ‫ﻁﺎﺭﻕ ﻗﺎﺩﺭ ﻭ ﺍﻧﺪﺭﺍ ﺳﻴﺸﺎﺱ‬ ‫ﺇﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺃﺯﺍﻟﺖ ﺍﻟﺸﻜﻮﻙ‬ ‫ﻋﻨﺪﺍﻟﺬﻳﻦ ﻣﺎ ﺯﺍﻟﻮﺍ ﻳﻮﻫﻤﻮﻥ ﺑﺮﻫﺎﻧﻬﻢ‬ ‫ﺣﻮﻝ ﺇﻣﻜﺎﻧﻴﺔ ﺍﻹﺻﻼﺡ ﺍﻟﺪﺍﺧﻠﻲ ﻓﻲ‬ ‫ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ،‬ﻭﺃﻧﻪ ﻳﻤﻜﻦ ﻷﻳﺔ ﻗﻮﺓ ﻣﻌﺘﺪﻟﺔ‬ ‫ﺇﻧﻘﺎﺫ ﻋﻤﻠﻴﺔ »ﺍﻟﺴﻼﻡ« ﻭﻓﻜﺮﺓ ﺍﻟﺪﻭﻟﺘﻴﻦ‪.‬‬ ‫ﺃﺳﻤﺎء ﺍﻟﻔﺎﺋﺰﻳﻦ ﻓﻲ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﻫﻢ‬ ‫ﻋﺒﺎﺭﺓ ﻋﻦ ﺧﻠﻴﻂ ﻣﻦ ﺍﻟﺘﻴﺎﺭ ﺍﻟﻴﻤﻴﻨﻲ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﻄﺮﻑ‪ ,‬ﺑﻌﻀﻬﻢ ﻣﻌﺮﻭﻑ ﻋﻠﻨﺎ‬ ‫ﺑﺎﻟﻔﺎﺷﻴﺔ ﻭﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻳﺔ‪.‬‬ ‫ﻫﺬﺓ ﺍﻹﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﺍﻷﺧﻴﺮﺓ ﺑﻴﻨﺖ‬ ‫ﻅﺎﻫﺮﺓ ﻣﻬﻤﺔ ﺟﺪﺍ‪ ,‬ﻭﻫﻲ ﺍﻧﻪ ﻛﺎﻥ‬ ‫ﻫﻨﺎﻙ ﺍﺗﻔﺎﻕ ﻋﺎﻡ ﺑﺎﻟﺮﺃﻱ ﺑﻴﻦ ﺍﻟﻴﻬﻮﺩ‬ ‫ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﻴﻦ‪ ،‬ﺑﺈﺳﺘﺜﻨﺎء ﻋﺪﺩ ﻗﻠﻴﻞ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻷﻓﺮﺍﺩ ﺃﻭ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﺎﺕ‪.‬‬ ‫ﻓﺎﻟﻌﺪﻳﺪ ﻣﻦ ﺍﻟﻤﺠﻤﻮﻋﺎﺕ ﺃﻭ‬ ‫ﺍﻷﻓﺮﺍﺩ ﺍﻟﺬﻳﻦ ﻳﻨﺪﺩﻭﻥ ﺿﺪ ﺍﻟﺘﻄﻬﻴﺮ‬ ‫ﺍﻟﻌﺮﻗﻲ ﺃﺻﺒﺤﻮﺍ ﻣﻬﺪﺩﻳﻦ ﻭﻣﻌﺮﺿﻴﻦ‬ ‫ﻟﻠﻌﻘﺎﺏ ﺍﻭ ﻟﻠﺘﺼﻔﻴﺔ‪ ،‬ﻣﻤﺎ ﺟﻌﻞ ﺍﻟﺒﻌﺾ‬ ‫ﻳﻔﻀﻞ ﺍﻟﻌﻴﺶ ﻓﻲ ﺍﻟﺨﺎﺭﺝ ﺍﻭ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﻔﻰ‪ .‬ﻛﺎﻷﺳﺘﺎﺫ ﺍﻟﺠﺎﻣﻌﻲ ﺇﻳﻼﻥ ﺑﺎﺏ‪،‬‬ ‫ﺍﻟﺬﻱ ﺗﻠﻘﻰ ﺗﻬﺪﻳﺪﺍﺕ ﺑﺎﻟﻘﺘﻞ‪ ،‬ﻭﺃﺟﺒﺮ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺍﻻﺳﺘﻘﺎﻟﺔ ﻣﻦ ﻣﻨﺼﺐ ﺍﺳﺘﺎﺫ ﺍﻟﻌﻠﻮﻡ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ ﻓﻲ ﺟﺎﻣﻌﺔ ﺣﻴﻔﺎ‪ ،‬ﻭﻣﻐﺎﺩﺭﺓ‬ ‫ﺍﻟﺒﻼﺩ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﻘﻤﺼﺎﻥ ﺍﻟﺘﻲ ﻳﺮﺗﺪﻳﻬﺎ ﺍﻟﺠﻨﻮﺩ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ ﺍﻟﻤﻨﻘﻮﺷﺔ ﺑﺎﻟﻌﺒﺎﺭﺍﺕ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺪﻋﻮ ﻋﻼﻧﻴﺔ ﺇﻟﻰ ﻗﺘﻞ ﺍﻟﻨﺴﺎء ﺍﻟﺤﻮﺍﻣﻞ‬ ‫ﺑﻄﻠﻘﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺎﺕ‪» ,‬ﻗﺘﻞ ﺇﺛﻨﻴﻦ‬ ‫ﻭﺍﺣﺪﺓ«‪ ،‬ﻫﻲ ﺍﻷﻛﺜﺮ ﻭﺣﺸﻴﺔ ﻟﻠﻄﺒﻴﻌﺔ‬ ‫ﺍﻟﻨﺎﺯﻳﺔ ﺍﻟﺒﺮﺑﺮﻳﺔﺍﻟﺴﺎﺋﺪﺓ ﻓﻲ ﺩﻭﻟﺔ‬ ‫ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪.‬‬ ‫ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ ‪ ،‬ﻫﻮ ﻭﺭﻳﺚ ﻟﻺﺭﻫﺎﺑﻴﻴﻦ‬ ‫ﻣﻦ ﺣﺰﻛﺔ ﺍﻟﻴﻤﻴﻦ ﺍﻟﻤﺘﻄﺮﻑ ﻟﻤﻨﻈﻤﺔ‬ ‫ﺇﻳﺮﻏﻮﻥ‪ ،‬ﻭﻋﺼﺎﺑﺔ ﺷﺘﻴﺮﻥ‪ ،‬ﻭﺷﻜﻞ‬ ‫ﺣﻜﻮﻣﺘﻪ ﻣﻊ ﻣﺸﺎﺭﻛﺔ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺑﻴﺘﻨﺎ‬ ‫)ﻣﻨﻈﻤﺔ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺑﻴﺘﻨﺎ(‪ ،‬ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻳﺔ ﺍﻟﻌﻠﻨﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻄﺎﻟﺐ ﺑﻄﺮﺩ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ ﻭﺇﺑﻌﺎﺩ ﺍﻟﻤﻮﺍﻁﻨﻴﻦ ﻟﻠﻌﺮﺏ‬ ‫ﺍﻟﺬﻳﻦ ﻳﻌﻴﺸﻮﻥ ﻓﻲ ﺃﺭﺍﺿﻲ ﻋﺎﻡ ‪1948‬‬ ‫ﺍﻟﻤﺤﺘﻠﺔ ﻭﺗﺠﺮﻳﺪﻫﻢ ﻣﻦ ﺍﻟﺤﻘﻮﻕ ﺍﻟﻤﺪﻧﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﺣﺰﺏ ﻟﻴﺒﺮﻣﺎﻥ ﺃﻱ ﺣﺰﺏ ﺇﺳﺎﺋﻴﻞ ﺑﻴﺘﻨﺎ‪,‬‬ ‫ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺼﻒ ﻧﻔﺴﻪ ﺑﺄﻧﻪ » ﺣﺰﺏ ﻭﻁﻨﻲ‬ ‫ﺫﻭ ﻫﺪﻑ ﺷﺠﺎﻉ ﻭﻫﻮ ﻣﺘﺎﺑﻌﺔ ﻣﺴﺎﺭ‬ ‫ﺯﻳﻒ ﺟﺎﺑﻮﺗﻨﺴﻜﻲ« ﻣﺆﺳﺲ ﺍﻟﺘﻌﺪﻳﻠﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ ﻭﻣﺆﺳﺲ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺔ ﺍﻟﺸﺒﻪ‬ ‫ﻋﺴﻜﺮﻳﺔ »ﺇﻳﺮﻏﻮﻥ« ﺍﻟﻤﺴﺆﻭﻟﺔ ﻋﻦ‬

‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﺮﻳﺪ ﺇﻗﻨﺎﻉ ﻧﺘﺎﻧﻴﺎﻫﻮ ﺑﺄﻧﻪ ﻓﻲ ﻅﻞ ﺗﺼﺎﻋﺪ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻭﺯﻳﺎﺩﺓ ﻋﺰﻟﺔ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻣﻦ ﺍﻷﻓﻀﻞ ﺇﻋﺘﻤﺎﺩ ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺍﻟﺴﻼﻡ‪.‬‬

‫ﻫﺠﻤﺎﺕ ﺍﻟﺘﻔﺠﻴﺮ ﻋﻠﻰ ﻓﻨﺪﻕ ﺍﻟﻤﻠﻚ‬ ‫ﺩﺍﻭﻭﺩ ﻓﻲ ﺍﻟﻘﺪﺱ ﻓﻲ ﻋﺎﻡ ‪) 1946‬ﻧﻌﻢ‪،‬‬ ‫ﻛﺎﻧﺖ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻫﻲ ﺍﻭﻝ ﻣﻦ ﺍﺳﺘﺨﺪﻡ‬ ‫ﺍﻹﺭﻫﺎﺏ ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻨﻄﻘﺔ‪ ،‬ﻭﺍﻵﻥ ﻫﺎ ﻫﻲ‬ ‫ﻣﻌﺰﺯﺓ ﺑﺈﺭﻫﺎﺏ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ( ﻭﻫﺬﺍ ﺍﻟﺤﺰﺏ‬ ‫ﻫﻮ ﺍﻟﻤﺴﺆﻭﻝ ﻋﻦ ﻣﺠﺰﺭﺓ ﺩﻳﺮ ﻳﺎﺳﻴﻦ‬ ‫ﻋﺎﻡ ‪ .1948‬ﺑﻨﻴﺎﻣﻴﻦ ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ ﺑﺪﻭﺭﻩ‪،‬‬ ‫ﺃﻛﺪ ﻋﺪﺓ ﻣﺮﺍﺕ ﺃﻧﻪ ﺳﻴﻮﺍﺻﻞ ﺳﻴﺎﺳﺔ‬ ‫ﺗﻮﺳﻴﻊ ﺍﻟﻤﺴﺘﻌﻤﺮﺍﺕ ﺍﻟﻴﻬﻮﺩﻳﺔ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻷﺭﺍﺿﻲ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﺍﻟﻤﺤﺘﻠﺔ‪ ,‬ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻏﺮﺍﻡ ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺣﻜﻮﻣﺎﺕ ﻛﻞ ﻣﻦ ﺍﺭﻳﻴﻞ‬ ‫ﺷﺎﺭﻭﻥ ﻭﺍﻳﻬﻮﺩ ﺍﻭﻟﻤﺮﺕ‪.‬‬ ‫ﻭﺳﺮﺡ ﺃﻳﻀﺎ ﺃﻧﻪ ﺳﻴﺤﻔﺰ »ﺍﻟﻤﻨﺎﻁﻖ‬ ‫ﺍﻻﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ »‪ ،‬ﻭﺑﻌﺪﻡ‬ ‫ﻣﻮﺍﻓﻘﺘﻪ ﻋﻠﻰ ﺩﻭﻟﺔ ﻋﺒﺎﺱ ﺍﻟﻤﺘﻔﻖ ﻋﻠﻴﻬﺎ‬ ‫ﻓﻲ ﺃﻭﺳﻠﻮ‪.‬‬ ‫ﺍﻻﺣﺰﺍﺏ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺪﻋﻲ ﺃﻧﻬﺎ ﺃﻛﺜﺮ ﺩﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ‬ ‫ﻣﺜﻞ ﻣﻴﺮﺗﺲ ﻭﻏﻴﺮﻫﺎ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ ﺍﺗﺨﺬﺗﻬﺎ‬ ‫ﺍﻟﺼﺤﺎﻓﺔ ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ ﻛﻮﺳﻂ ﻳﺴﺎﺭﻱ‪،‬‬ ‫ﻳﻜﺎﺩ ﻻ ﻳﻮﺟﺪ ﻟﺪﻳﻬﺎ ﻧﺎﺧﺒﻴﻦ‪ .‬ﺍﻻﺣﺰﺍﺏ‬ ‫ﺍﻟﻮﺣﻴﺪﺓ ﻣﻦ ﺍﻷﻁﺮﺍﻑ ﺍﻟﻤﻌﻨﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺴﺘﺎء ﻭﺗﺸﻜﻮ ﺇﻟﻰ ﺣﺪ ﻣﺎ ﻣﻦ ﺍﻟﻮﺿﻊ‬

‫ﺟﻨﺪﻱ ﺻﻬﻴﻮﻧﻲ ﻳﺮﻫﺐ ﺻﺒﻲ ﻓﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‪ ,‬ﺗﻬﻤﺘﻪ ﺃﻧﻪ ﻓﺴﻠﻄﻴﻦ ﻭﻓﻠﺴﻄﻴﻨﻲ ﻳﻌﻨﻲ ﻣﻘﺎﻭﻡ‪.‬‬

‫ﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻱ‪ ,‬ﻟﻬﺎ ﻗﺎﻋﺪﺓ ﺑﻴﻦ ﺍﻟﻌﺮﺏ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺬﻳﻦ ﻳﻤﺜﻠﻮﻥ ﻧﺤﻮ ‪٪ 20‬‬ ‫ﻣﻦ ﻋﺪﺩ ﺍﻟﺴﻜﺎﻥ‪ .‬ﻓﻲ ﻫﺬﻩ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ‪،‬‬ ‫ﻫﺬﻩ ﺍﻻﺣﺰﺍﺏ ﻛﺎﻧﺖ ﻗﺪ ﻣﻨﻌﺖ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻙ ﻟﻠﻤﻨﺎﻓﺴﺔ ﻓﻲ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ‪،‬‬ ‫ﻭﺗﻤﻜﻨﺖ ﻣﻦ ﻧﻴﻞ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺤﻖ ﻟﻠﺘﻨﺎﻓﺲ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﻠﺤﻈﺔ ﺍﻻﺧﻴﺮﺓ ﺑﺴﺒﺐ ﻗﺮﺍﺭ ﻟﻠﻤﺤﻜﻤﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﻠﻴﺎ‪.‬‬ ‫ﻭﻫﺬﺍ ﻣﺎ ﺟﻌﻞ ﻣﺎ ﻳﻘﺎﺭﺏ ﻧﺼﻒ‬ ‫ﺍﻟﻨﺎﺧﺒﻴﻦ ﺍﻟﻌﺮﺏ ﻣﻦ ﻋﺪﻡ ﺍﻟﺤﻀﻮﺭ ﺍﻟﻰ‬ ‫ﺻﻨﺎﺩﻳﻖ ﺍﻻﻗﺘﺮﺍﻉ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺤﻜﻢ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻭﺑﺎﺧﺘﺼﺎﺭ‪،‬‬ ‫ﻟﻘﺪﻯ ﺇﺧﺘﺎﺭ ﺍﻟﻨﺎﺧﺒﻮﻥ ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﻴﻦ‬ ‫)ﺍﻟﺒﺮﻟﻤﺎﻥ‬ ‫ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻲ‬ ‫ﺍﻟﻜﻨﻴﺴﺖ‬ ‫ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻲ( ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺸﻜﻞ ﺃﻋﻀﺎﺋﻪ‬ ‫ﺍﻟﺠﺪﺩ ﻓﻲ ﺍﻟﻐﺎﻟﺒﻴﺔ ﺍﻟﻌﻈﻤﻰ ﻫﻢ ﻣﻦ‬ ‫ﺃﺻﻠﻴﺔ ﺍﻟﻔﺎﺷﻴﻴﻦ‪ ،‬ﻣﻦ ﺃﻣﺜﺎﻝ ﺑﻨﻴﺎﻣﻴﻦ‬ ‫ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ ﻭﺣﺰﺏ ﺍﻟﻠﻴﻜﻮﺩ‪ ،‬ﻭﺍﻟﻜﺜﻴﺮ ﻣﻨﻬﻢ‪،‬‬ ‫ﻣﺜﻞ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺑﻴﺘﻨﺎ ‪ ،‬ﻳﻘﻮﻣﻮﻥ ﺑﺪﻋﻮﺓ‬ ‫ﻭﺍﺿﺤﺔ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﻋﻤﻠﻴﺎﺕ ﺍﻟﺘﻄﻬﻴﺮ‬ ‫ﺍﻟﻌﺮﻗﻲ ﻟﻐﻴﺮ ﺍﻟﻴﻬﻮﺩ‪ .‬ﻭﺁﺧﺮﻳﻦ ﻳﺪﻋﻮﻥ‬ ‫ﻟﻼﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﻟﻠﻤﺠﺘﻤﻊ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‪.‬‬ ‫ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻤﻠﺨﺺ ﻷﻓﻜﺎﺭ ﺍﻷﺣﺰﺍﺏ ﺍﻟﻔﺎﺋﺰﺓ‬ ‫ﻳﻮﺿﺢ ﻟﻨﺎ ﺍﻟﺼﻮﺭﺓ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪﺓ ﻟﻠﻜﻨﻴﺴﺖ‬ ‫ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻲ‪ :‬ﺇﻥ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ ﻳﺠﺐ ﺃﻥ‬ ‫ﻳﻜﻮﻧﻮﺍ ﺗﺤﺖ ﺃﻗﺴﻰ ﺃﻧﻮﺍﻉ ﺍﻟﻘﻤﻊ‪ ,‬ﺇﺫﺍ‬ ‫ﻛﺎﻧﻮﺍ ﻣﺼﺮﻳﻦ ﻋﻠﻰ ﻣﺘﺎﺑﻌﺔ ﻣﻘﺎﻭﻣﺔ‬ ‫ﺍﻻﺣﺘﻼﻝ ﻭﻳﺠﺐ ﺃﻥ ﻳﻄﺮﺩﻭﺍ‪» .‬ﺍﻟﺤﻖ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﺪﻓﺎﻉ ﻋﻦ ﺍﻟﻨﻔﺲ« ﻛﻤﺎ ﺗﺘﺪﻋﻲ‬ ‫ﺩﻭﻟﺔﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻳﺘﻴﺢ ﻟﻬﺎ ﺍﻧﺘﻬﺎﻙ ﺍﻟﺤﻖ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﺤﻴﺎﺓ ﻟﻤﺌﺎﺕ ﺍﻵﻻﻑ ﻣﻦ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ‪,‬‬ ‫ﻫﺬﺓ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻤﺎﺭﺱ ﺇﺭﻫﺎﺏ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﻤﺠﺎﺯﺭ‪.‬‬ ‫ﺣﺴﺐ ﻭﺳﺎﺋﻞ ﺍﻹﻋﻼﻡ ﺍﻟﻤﻀﻠﻠﺔ‪،‬‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﺷﺠﻌﺖ ﻋﻠﻰ ﺩﺧﻮﻝ ﺣﺰﺏ ﺍﻟﻌﻤﻞ‬ ‫ﺍﻟﻰ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ‪ .‬ﻭﻋﻤﻠﺖ ﻭﺳﺎﺋﻞ ﺍﻹﻋﻼﻡ‬ ‫ﺍﻟﺪﻭﻟﻴﺔ ﻋﻠﻰ ﺗﻘﺪﻳﻤﻪ ﻛﻤﺤﻮﺭ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ‬ ‫ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻲ‪ ,‬ﺍﻱ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻘﻴﺎﺩﺓ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺘﺪﻋﻲ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ ﻫﻲ ﺍﻟﺘﻲ ﺩﺑﺮﺕ ﻣﺬﺑﺤﺔ‬ ‫ﻏﺰﺓ ﻋﺒﺮ ﻭﺯﻳﺮﻫﺎ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ ﺍﻳﻬﻮﺩ‬ ‫ﺑﺎﺭﺍﻙ‪ .‬ﺣﺰﺏ ﺍﻟﻌﻤﻞ ﻗﺎﻡ ﺑﺨﺪﻣﺔ ﺩﻋﺎﺋﻴﺔ‬ ‫ﻓﻲ ﻣﺤﺎﻭﻟﺔ ﻟﺘﻤﻮﻳﻪ ﻁﺒﻴﻌﺔ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ‬ ‫ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺍﻟﻨﺎﺯﻳﺔ ﻭﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻳﺔ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻲ‬

‫ﻗﺎﺩﻫﺎ ﻷﻛﺜﺮ ﻣﻦ ‪ 40‬ﻋﺎﻣﺎ‪ ،‬ﺍﻵﻥ ﻭﺑﻌﺪ‬ ‫‪ 61‬ﻋﺎﻣﺎ ﻋﻠﻰ ﺇﻧﺸﺎء ﻫﺬﻩ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ‪,‬‬ ‫»ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ« ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ ﻟﻴﺲ ﻟﺪﻳﻪ ﻣﺎ‬ ‫ﻳﻘﺪﻣﻪ ﺍﻣﺎﻡ ﺃﻧﻈﺎﺭ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﻛﺒﺪﻳﻞ ﻣﺨﺘﻠﻒ‬ ‫ﻭﺳﻠﻤﻲ‪.‬‬ ‫ﻫﺰﻳﻤﺘﻪ ﺣﺰﺏ ﺍﻟﻌﻤﻞ‪ ،‬ﻭﻭﺿﻌﻪ‬ ‫ﺑﺎﻟﻤﺮﺗﺒﺔ ﺍﻟﺜﺎﻟﺜﺔ ﺍﻣﺎﻡ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺑﻴﺘﻨﺎ‪,‬‬ ‫ﺗﺒﻴﻦ ﺃﻥ ﺍﻟﻨﺎﺧﺒﻴﻦ ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﻴﻦ ﻳﻔﻀﻠﻮﻥ‬ ‫ﺿﺮﻭﺭﺓ ﺍﻟﺪﻓﺎﻉ ﻋﻦ ﺍﻟﻄﺎﺑﻊ ﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻱ‬ ‫ﻟﻠﺪﻭﻟﺔ‪ ،‬ﻭﺇﺧﺘﻴﺎﺭ ﻣﻦ ﻻ ﻳﺒﺎﻟﻲ ﻓﻲ‬ ‫ﻗﻴﺎﺱ ﺍﻟﻜﻠﻤﺎﺕ ﻭﻳﻘﻮﻝ ﺑﺼﺮﺍﺣﺔ ﺃﻧﻪ‬ ‫ﻣﻦ ﺍﻟﻀﺮﻭﺭﻱ ﺃﻥ ﻳﺬﻫﺐ ﻋﻤﻴﻘﺎ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﺘﻄﻬﻴﺮ ﺍﻟﻌﺮﻗﻲ‪.‬‬ ‫ﺍﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﻮﺍﺻﻞ ﺩﻋﻢ ﻭﺗﺴﻠﻴﺢ‬ ‫ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ،‬ﻭﻟﻜﻨﻪ ﻳﺮﻳﺪ ﺍﻟﺤﻔﺎﻅ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺍﻟﺘﻀﻠﻴﻞ ﻭﺍﻅﻬﺎﺭ ﺍﻟﻮﺟﻪ‬ ‫ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺿﻲ ﻛﺤﻞ ﻭﺣﻴﺪ ﻭﺳﻠﻤﻲ‪ .‬ﻫﺆﻻء‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﺎﻓﻘﻴﻦ ﻧﻔﺴﻬﻢ ﻭﺑﺮﻋﺎﻳﺔ ﺑﺎﺭﺍﻙ‪،‬‬ ‫ﻭﺑﻌﺪ ﺑﻌﺾ ﺍﻟﺼﻔﻘﺎﺕ‪ ،‬ﺃﺑﺪﻭﺍ ﺍﺳﺘﻌﺪﺍﻫﻢ‬ ‫ﻟﻠﺘﻌﺎﻭﻥ ﻣﻊ ﺍﻟﻠﻴﻜﻮﺩ ﺍﻟﻔﺎﺷﻲ‪.‬‬ ‫ﻭﻟﻜﻦ ﻭﺭﺍء ﻫﺬﺓ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﻳﻘﻮﺩﻫﺎ ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ ﺑﺎﻟﺘﻌﺎﻭﻥ ﻣﻊ ﺣﺰﺏ‬ ‫ﺍﻟﻌﻤﻞ‪ ،‬ﻫﻨﺎﻙ ﻋﺎﻣﻞ ﺃﺳﺎﺳﻲ ﻭﻫﻮ‬ ‫ﺍﻟﻀﻐﻂ ﺍﻟﺬﻱ ﺗﻤﺎﺭﺳﻪ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‬ ‫ﺍﻟﺤﺮﻳﺼﺔ ﻋﻠﻰ ﺗﻘﺪﻳﻢ ﻭﺗﻌﺒﺌﺔ ﺍﻟﻤﺰﻳﺪ ﻣﻦ‬

‫ﺍﻟﺮﺟﺎﻝ ﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ ﻛﻠﻄﻔﺎء ﻣﺴﺘﻌﺪﻭﻥ‬ ‫ﻟﻠﻘﺘﻞ ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﺯﻳﺎﺭﺗﻬﺎ ﺍﻷﺧﻴﺮﺓ‪ ،‬ﻫﻴﻼﺭﻱ‬ ‫ﻛﻠﻴﻨﺘﻮﻥ ﺣﺮﺻﺖ ﻋﻠﻰ ﺇﺑﺪﺍء ﻭﺗﺄﻛﻴﺪ‬ ‫ﺍﻟﺘﻌﻬﺪ »ﺍﻻﻣﻴﻦ« ﻣﺎ ﺑﻴﻦ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻭﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ .‬ﻭﻋﻠﻰ ﺗﻮﺍﺻﻞ‬ ‫ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﺑﺪﻋﻤﻬﺎ‬ ‫ﻟﻠﻨﻈﺎﻡ‬ ‫ﺍﻟﻜﺎﻣﻞ ﻓﻮﻕ ﺍﻱ ﺣﺴﺎﺏ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ ﺍﻟﻨﺎﺯﻱ ﻭ ﻧﻈﺎﻡ ﺍﻟﻔﺼﻞ‬ ‫ﺍﻟﻌﻨﺼﺮﻱ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺬﻱ ﻳﻤﺘﻠﻚ ﺍﻟﻤﺌﺎﺕ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﺮﺅﻭﺱ ﺍﻟﻨﻮﻭﻳﺔ ﻭﺗﻤﺘﻠﻚ ﻭﺍﺣﺪﺍ ﻣﻦ‬ ‫ﺃﻗﻮﻯ ﺍﻟﺠﻴﻮﺵ ﻓﻲ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ ،‬ﺑﺤﺠﺔ ﺃﻥ‬ ‫ﺃﻣﻦ ﺳﻜﺎﻧﻬﺎ ﺍﻟﻤﺪﻧﻴﻴﻦ ﻣﻌﺮﺽ ﻟﻠﺨﻄﺮ‬ ‫ﻣﻦ ﻗﺒﻞ ﺻﻮﺍﺭﻳﺦ ﻣﺤﻠﻴﺔ ﺍﻟﺼﻨﻊ ﻣﻦ‬ ‫ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ‪.‬‬ ‫ﻭﻟﻜﻦ ﻻ ﻳﻮﺟﺪ ﺣﺪﻳﺚ ﻭﻻ ﻛﻼﻡ ﺣﻮﻝ‬ ‫ﺍﻟﺤﻖ ﻓﻲ ﺍﻟﺤﻴﺎﺓ ﻟﻠﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ‪ ،‬ﻭﻻ ﺣﺘﻰ‬ ‫ﺣﻖ ﺍﻟﻨﺴﺎء ﻭﺍﻷﻁﻔﺎﻝ ﺍﻟﺬﻳﻦ ﻳﺬﺑﺤﻮﻥ‬ ‫ﻓﻲ ﻏﺰﺓ ‪ -‬ﻭﻧﻬﺎﻳﺔ‪ ،‬ﺣﺘﻰ ﺍﻷﺳﻠﺤﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺴﺘﺨﺪﻣﻬﺎ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺗﻢ ﺗﻮﻓﻴﺮﻫﺎ ﻣﻦ‬ ‫ﻗﺒﻞ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺑﻮﺵ ﻭﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪﺓ‬ ‫ﻣﺴﺘﻤﺮﺓ ﻓﻲ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺘﺴﻠﻴﺢ‪ .‬ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻛﻤﺎ‬ ‫ﻗﺎﻝ‪ ,‬ﺍﻧﻪ ﺳﻴﺘﻌﺎﻣﻞ ﻣﻊ ﺃﻱ ﺣﻜﻮﻣﺔ‬ ‫ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ ﻳﺨﺘﺎﺭﻫﺎ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻴﻬﻮﺩﻱ‪،‬‬ ‫ﺃﻱ‪ ،‬ﺃﻧﻪ ﻣﺴﺘﻌﺪ ﻟﻠﺘﻌﺎﻭﻥ ﺣﺘﻰ ﻣﻊ‬ ‫ﺍﻟﻨﺎﺯﻳﻴﻦ ﺍﻟﻌﻠﻨﻴﻴﻦ‪ ،‬ﻭﻟﻜﻨﻪ ﻳﺮﻓﺾ ﺇﺟﺮﺍء‬ ‫ﻣﺤﺎﺩﺛﺎﺕ ﻣﻊ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﻣﻨﺘﺨﺒﺔ ﻣﻦ ﻗﺒﻞ‬ ‫ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻲ‪ ،‬ﺑﺮﺋﺎﺳﺔ ﺣﻤﺎﺱ‪،‬‬ ‫ﻷﻧﻬﺎ »ﻻ ﺗﻌﺘﺮﻑ ﺑﺎﺳﺮﺍﺋﻴﻞ«‪.‬‬ ‫ﺍﻟﺰﻳﺎﺭﺓ ﺍﻟﺘﻲ ﻗﺎﻡ ﺑﻬﺎ ﻧﺘﺎﻧﻴﺎﻫﻮ ﻓﻲ ﺃﻳﺎﺭ‬ ‫‪ /‬ﻣﺎﻳﻮ‪ ،‬ﺃﺣﺪﺛﺖ ﻧﻘﺎﺷﺎﺕ ﻓﻲ ﺍﻟﺼﺤﻒ‬ ‫ﺣﻮﻝ ﺍﻻﺧﺘﻼﻑ ﻓﻲ ﺍﻟﺮﺃﻱ ﻣﺎ ﺑﻴﻦ ﺍﻭﺑﺎﻣﺎ‬ ‫ﻭﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ‪ .‬ﻟﻜﻦ ﻻ ﻳﻤﻜﻦ ﺃﻥ ﻧﺨﺪﻉ ﺍﻧﻔﺴﻨﺎ‪:‬‬ ‫ﻓﻬﺬﺍ ﺍﻹﺧﺘﻼﻑ ﻛﺎﻥ ﻳﺪﻭﺭ ﺣﻮﻝ ﺍﻟﻤﻨﺎﻗﺸﺎﺕ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﺘﻜﺘﻴﻜﺎﺕ‪ .‬ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﺮﻳﺪ ﺇﻗﻨﺎﻉ ﻧﺘﺎﻧﻴﺎﻫﻮ‬ ‫ﺑﺄﻧﻪ ﻓﻲ ﻅﻞ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻭﺯﻳﺎﺩﺓ‬ ‫ﻋﺰﻟﺔ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ،‬ﺳﻴﻜﻮﻥ ﻣﻦ ﺍﻷﻓﻀﻞ‬ ‫ﺇﻋﺘﻤﺎﺩ ﻣﻤﺎﺭﺳﺔ ﻭﺗﺠﺮﺑﺔ ﺣﺰﺏ ﺍﻟﻌﻤﻞ‬ ‫ﻭﻛﺎﺩﻳﻤﺎ‪ ،‬ﺃﻱ ﺍﻟﺤﺪﻳﺚ ﻋﻦ »ﻋﻤﻠﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺴﻼﻡ« ﻭﻋﻦ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‪ ،‬ﻓﻲ‬ ‫ﻧﻔﺲ ﺍﻟﻮﻗﺖ ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺘﻮﺍﺻﻞ ﻓﻴﻪ ﺳﺮﻗﺔ‬ ‫ﺍﻷﺭﺍﺿﻲ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻭﺍﻟﺘﻨﻈﻴﻒ ﺍﻟﻌﺮﻗﻲ‪.‬‬ ‫ﻭﻋﻠﻰ ﺍﻟﺮﻏﻢ ﻋﺪﻡ ﺇﻗﻨﺎﻋﻪ ﺗﻤﺎﻣﺎ ﺣﺘﻰ ﺍﻻﻥ‪,‬‬ ‫ﻓﺘﺴﻮﻳﻎ ﻣﻤﺎﺭﺳﺎﺕ ﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﺗﺤﺖ‬ ‫ﺳﺘﺎﺭ ﺩﺧﺎﻥ »ﺍﻟﺪﻭﻟﺘﻴﻦ« ﻛﻤﺎ ﻓﻌﻞ ﺣﺰﺏ‬ ‫ﺍﻟﻌﻤﻞ ﻭﻛﺪﻳﻤﺎ‪ ,‬ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﺒﻘﻲ ﻋﻠﻰ ﻛﻞ‬ ‫ﺍﻟﺪﻋﻢ ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻱ ﻭﺍﻻﻗﺘﺼﺎﺩﻱ‪ ،‬ﻭﻫﻮ ﺃﻣﺮ‬ ‫ﺣﻴﻮﻱ ﻟﻺﻧﻔﺎﻕ ﻋﻠﻰ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ،‬ﻣﻦ ﺃﺟﻞ‬ ‫ﺃﻥ ﺗﺴﺘﻤﺮ ﻓﻲ ﻣﻤﺎﺭﺳﺔﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ‬ ‫ﺑﺤﻖ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‪• .‬‬

‫ﻣﻤﻨﻮﻋﻴﻦ ﻣﻦ ﺍﻟﺪﺭﺍﺳﺔ ﻛﻲ ﻻ ﻳﺘﻌﻠﻤﻮﺍ ﺗﺎﺭﻳﺦ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‪...‬ﻟﻜﻦ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻋﻠﻤﺘﻬﻢ ﻟﻴﺲ ﻋﻦ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ ﻭﺣﺴﺐ ﺑﻞ ﻋﻦ ﻛﻞ ﺍﻟﻌﺮﺏ‬


‫‪ 4‬ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ‬

‫ﻋﺪﺩ ‪ - 03‬ﻳﻮﻟﻴﻮ ‪ /‬ﺃﻏﺴﻄﺲ ‪2009‬‬

‫ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‬

‫ﻣﺼﺮ ﺗﺤﻀﺮ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﻟﻠﺘﻨﺎﺯﻝ‬ ‫ﻻ ﳝﻜﻦ ﳊﻤﺎﺱ ﺃﻥ ﺗﻘﻊ ﻓﻲ ﻓﺦ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﺍﳌﺆﺩﻱ ﻟﻺﺳﺘﺴﻼﻡ‬ ‫ﻁﺎﺭﻕ ﻗﺎﺩﺭ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺣﻤﺎﺱ‬ ‫ﻣﻼﺣﻘﺔ‬ ‫ﻛﺎﻧﺖ‬ ‫ﺗﻨﺘﻬﺠﻬﺎ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻭﺗﻘﻮﻡ ﻓﻲ ﺗﺄﺩﻳﺘﻬﺎ‬ ‫ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻭﺳﻴﺎﺳﺔ ﺍﻹﺑﺎﺩﺓ‬ ‫ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﻟﻴﺲ ﻹﻥ ﺣﻤﺎﺱ ﻣﻨﻈﻤﺔ‬ ‫»ﺇﺭﻫﺎﺑﻴﺔ« ﻛﻤﺎ ﻳﻘﻮﻟﻮﻥ‪ .‬ﻭﻻ ﻷﻧﻬﺎ ﺩﻳﻨﻴﺔ‬ ‫ﺃﺻﻮﻟﻴﺔ ﺍﻻﺗﺠﺎﻩ‪ .‬ﺍﻟﻤﺸﻜﻠﺔ ﻫﻲ‪ ،‬ﻓﻲ‬ ‫ﺑﺮﻧﺎﻣﺞ ﺣﻤﺎﺱ ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺪﻋﻮ ﺇﻟﻰ ﺗﺪﻣﻴﺮ‬ ‫ﺍﻟﻜﻴﺎﻥ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ ﻭﺍﻟﻤﻮﻗﻒ ﺍﻟﻤﻌﺎﺩﻱ‬ ‫ﻹﺗﻔﺎﻗﺎﺕ ﺃﻭﺳﻠﻮ‪ ،‬ﺇﺿﺎﻓﺔ ﺇﻟﻰ ﺩﻭﺭﻫﺎ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻻﻧﺘﻔﺎﺿﺔ ﺍﻟﺜﺎﻧﻴﺔ‪ ،‬ﻛﻞ ﻫﺬﺍ ﺟﻌﻞ ﻣﻨﻬﺎ‬ ‫ﻋﻘﺒﺔ ﺣﻘﻴﻘﻴﺔ ﺃﻣﺎﻡ ﻣﺸﺮﻭﻉ ﻓﺘﺢ ﺍﻟﺨﻴﺎﻧﻲ‪.‬‬ ‫ﻫﺬﺍ ﺃﻣﺮ ﺃﺳﺎﺳﻲ ﻟﻔﻬﻢ ﺍﻟﺴﺒﺐ ﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﻳﺠﻌﻞ ﻣﻦ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻭﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‬ ‫ﺍﻥ ﻳﺮﻓﻀﻮﺍ‪ ،‬ﻭﺍﻥ ﻻ ﻳﻘﺒﻠﻮﺍ ﺑﻔﻮﺯ ﺣﻤﺎﺱ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ‪ ،‬ﻭﺍﻥ ﻳﻌﻤﻠﻮﺍ ﺑﺸﺪﺓ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻋﺰﻟﻬﺎ‪ ،‬ﺑﻴﻨﻤﺎ ﻛﺎﻧﻮﺍ ﻳﻘﺪﻣﻮﺍ ﻛﻞ ﺍﻟﺪﻋﻢ‬ ‫ﻟﻔﺘﺢ ﻭﻋﺒﺎﺱ ﻭﺍﻟﺘﺸﺠﻴﻊ ﻋﻠﻰ ﺍﻹﻧﻘﻼﺏ‬ ‫ﻛﺬﺍﻙ ﺍﻟﻔﺎﺷﻞ ﻋﺎﻡ ‪.2007‬‬ ‫ﻳﻨﺒﻐﻲ ﺃﻻ ﻳﻜﻮﻥ ﻫﻨﺎﻙ ﺃﻱ ﺷﻚ ﻟﺪﻯ‬ ‫ﺃﻱ ﺛﻮﺭﻱ ﻓﻲ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ ﻛﺎﻥ ﺃﻭ ﻓﻲ ﺃﻱ‬ ‫ﻣﻮﻗﻊ ﻗﺘﺎﻟﻲ ﻓﻲ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ ﺿﺪ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‬ ‫ﻭﺿﺪﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪ ،‬ﺃﻧﻪ ﻳﺠﺐ ﺃﻥ ﻧﻜﻮﻥ ﻓﻲ‬ ‫ﺫﺍﺕ ﺍﻟﻤﻮﻗﻊ ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻱ ﺍﻟﻘﺘﺎﻟﻲ ﻟﺤﺮﻛﺔ‬ ‫ﺣﻤﺎﺱ‪ ،‬ﺣﺘﻰ ﻭﺇﻥ ﻛﻨﺎ ﻻ ﻧﻘﺪﻡ ﺍﻟﺪﻋﻢ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻲ ﻟﻬﺎ‪ .‬ﻭﻟﻜﻦ ﻓﻲ ﺍﻟﻮﻗﺖ ﻧﻔﺴﻪ‬ ‫ﺍﻟﺬﻱ ﻧﺪﺍﻓﻊ ﺑﻪ ﻋﻦ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺨﻴﺎﺭ‪ ,‬ﻭﺭﻓﺾ‬ ‫ﻣﺤﺎﻭﻟﺔ ﻋﺰﻝ ﻭﺳﺤﻖ ﺣﻤﺎﺱ ﻭﻏﺰﺓ ﻣﻦ‬ ‫ﺧﻼﻝ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺎﺕ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪ ،‬ﺍﻟﻴﻤﻴﻨﻴﺔ‬ ‫ﺃﻭ »ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ«‪ ،‬ﺃﻭ ﺍﻻﺗﺤﺎﺩ ﺍﻷﻭﺭﻭﺑﻲ‪،‬‬ ‫ﻳﺠﺐ ﺃﻥ ﻧﻘﻮﻝ ﺃﻧﻪ ﻫﻨﺎﻙ ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺗﺴﻴﺮ‬ ‫ﺇﻟﻰ ﺍﻻﻣﺎﻡ ﻭﺗﻤﺜﻞ ﺧﻄﺮﺍ ﻛﺒﻴﺮ‪ ،‬ﻭﻫﻲ‬ ‫ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﻟﻔﺮﺽ ﻣﺎ ﻟﻢ ﻳﻜﻦ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻤﻤﻜﻦ ﻓﺮﺿﻪ ﻋﻦ ﻁﺮﻳﻖ ﺍﻟﺴﻼﺡ‪ .‬ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻛﻞ ﺣﺎﻝ‪ ،‬ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺮﻏﻢ ﻣﻦ ﻋﺪﺩﺍﻟﻮﻓﻴﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﺮﻫﻴﺐ ﻭﺿﺤﺎﻳﺎ ﺍﻹﺑﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ ﻧﺘﻴﺠﺔ‬ ‫ﻟﻠﻬﺠﻮﻡ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ ﺍﻟﺸﺮﺱ‪ ،‬ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻟﻢ‬

‫ﺃﺑﻮ ﻣﺎﺯﻥ ﺍﻟﺨﺎﺋﻦ ﻓﻲ ﺃﺣﻀﺎﻥ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬

‫ﺗﺘﻤﻜﻦ ﻣﻦ ﻧﺰﻉ ﺳﻼﺡ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ ،‬ﺑﻞ ﻭﻟﻢ‬ ‫ﺗﺘﻤﻜﻦ ﻣﻦ ﺇﺟﺒﺎﺭ ﺣﺮﻛﺔ ﺣﻤﺎﺱ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺇﻋﺎﺩﺓ ﺍﻟﺠﻨﺪﻱ ﻏﺎﻟﻴﺖ‪ ،‬ﺍﻟﻤﻮﺟﻮﺩ ﻟﺪﻯ‬ ‫ﺣﺮﻛﺔ ﺣﻤﺎﺱ ﻛﺄﺳﻴﺮ ﻣﻨﺬ ﺃﻛﺜﺮ ﻣﻦ ‪3‬‬ ‫ﺳﻨﻮﺍﺕ‪.‬‬ ‫ﻭﻟﺬﻟﻚ‪ ،‬ﻳﺠﺮﻱ ﺣﺎﻟﻴﺎ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ‬ ‫ﺑﻘﻴﺎﺩﺓ ﻣﺼﺮ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻲ ﻫﻲ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺭﻫﻴﻨﺔ‬ ‫ﻟﻺﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪ .‬ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺽ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﻳﺤﻈﻰ ﺑﺪﻋﻢ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ ،‬ﻳﺘﺮﻛﺰ‬ ‫ﺑﺎﻟﻄﻠﺐ ﻣﻦ ﺣﻤﺎﺱ ﻟﺘﺴﻠﻴﻢ ﺍﻟﺤﻜﻢ ﺍﻟﻰ‬ ‫ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﺍﻟﺘﺎﺑﻌﺔ ﻟﻌﺒﺎﺱ ﺃﻭ‬ ‫ﺍﻟﺪﺧﻮﻝ ﻟﻠﻤﺸﺎﺭﻛﺔ ﻭﺗﻘﺎﺳﻢ ﺍﻟﺤﻜﻢ ﻣﻌﻬﺎ‬ ‫ﺿﻤﻦ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﻭﺣﺪﺓ ﻭﻁﻨﻴﺔ ﻭﺍﻟﺘﺨﻠﻲ ﻋﻦ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺤﺪﻭﺩ ﻣﻘﺎﺑﻞ ﻫﺪﻧﺔ‪ .‬ﻫﺬﻩ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﺔ ﺗﻬﺪﻑ ﻹﺳﺘﻌﺎﺩﺓ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﻮﺣﺪﺓ‬ ‫ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ‪ ،‬ﻋﻠﻰ ﺃﻥ ﺗﺸﺘﺮﻙ ﻓﻴﻬﺎ ﺟﻤﻴﻊ‬ ‫ﺍﻟﻘﻮﻯ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ‪ .‬ﺳﺨﺮﻳﺔ ﻋﺒﺎﺱ ﺃﺧﺬﺕ‬ ‫ﺑﻪ ﺇﻟﻰ ﺃﻥ ﻳﻘﺘﺮﺡ ﻣﺸﺮﻭﻉ ﺗﻘﺴﻴﻢ ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ‬ ‫ﻓﻲ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ‪ ،‬ﺩﻭﻥ ﺃﻥ ﺗﺘﺤﺮﻙ ﻓﺎﺻﻠﺔ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻀﻔﺔ ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ ﻻ ﻳﺰﺍﻝ ﻳﺴﻴﻄﺮ‬ ‫ﻋﻠﻴﻬﺎ ﺭﺟﺎﻝ ﻋﺒﺎﺱ‪.‬‬ ‫ﻟﻜﻦ ﻣﺎ ﻳﺜﻴﺮ ﺍﻟﻘﻠﻖ ﻫﻮ ﺃﻧﻪ‪ ،‬ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺮﻏﻢ‬ ‫ﻣﻦ ﺃﻧﻬﺎ ﻟﻢ ﺗﻘﺒﻞ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻬﺮﺍء‪ ،‬ﻗﻴﺎﺩﺓ ﺣﻤﺎﺱ‬ ‫ﻗﺪ ﺍﻋﻠﻨﺖ ﻋﻦ ﺇﻣﻜﺎﻧﻴﺔ ﻗﺒﻮﻝ ﺍﻟﺤﻔﺎﻅ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻓﺘﺢ ﻓﻲ ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻟﻤﺤﺎﻭﻟﺔ ﺗﺸﻜﻴﻞ »ﺣﻜﻮﻣﺔ‬ ‫ﻭﺣﺪﺓ ﻭﻁﻨﻴﺔ«‪.‬‬ ‫ﺇﻟﻴﻬﺎ‬ ‫ﻳﺤﺘﺎﺝ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺍﻟﻮﺣﺪﺓ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ‪ ,‬ﻫﻲ ﻭﺣﺪﺓ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ ,‬ﻟﺠﻤﻴﻊ‬ ‫ﺍﻟﻤﻘﺎﺗﻠﻴﻦ‪ ،‬ﻭﺑﻐﺾ ﺍﻟﻨﻈﺮ ﻋﻦ ﺃﺻﻠﻬﻢ‬ ‫ﻭﺍﻧﺘﻤﺎﺋﻬﻢ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻲ‪ ،‬ﻭﻟﻴﺲ ﻭﺣﺪﺓ ﺑﻴﻦ‬ ‫ﻣﺆﻳﺪﻱ ﺍﻟﻘﻀﻴﺔ ﻭﺍﻟﺨﻮﻧﺔ ﺍﻟﺬﻳﻦ ﺗﺨﻠﻮﺍ‬ ‫ﻋﻦ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﻭﺳﻠﻤﻮﺍ ﺍﻟﻌﺪﻭ ﺣﺘﻰ ﺧﺮﺍﺋﻂ‬ ‫ﺍﻷﻧﻔﺎﻕ ﻭﺍﻟﻤﻮﺍﻗﻊ ﻓﻲ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ ﻟﺘﺴﻬﻴﻞ‬ ‫ﻋﻤﻞ ﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ ﺍﻟﻘﺘﻠﺔ‪ .‬ﻣﺎ ﻳﺤﺘﺎﺟﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻮﻥ ﻫﻮ ﺍﻟﺪﻋﻮﺓ ﺍﻟﻰ ﺳﻴﺎﺳﺔ‬ ‫ﺗﻮﺣﻴﺪ ﻋﻤﺎﻝ ﻭﺷﻌﺐ ﻏﺰﺓ ﻣﻊ ﺍﻟﺠﻤﺎﻫﻴﺮ‬

‫ﻓﻲ ﺍﻟﻀﻔﺔ ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ ﺿﻤﻦ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻤﻨﻈﻮﺭ‬ ‫ﻟﻠﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻭﺗﺠﺎﻫﻞ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﻤﻴﻠﺔ‪ .‬ﺍﻟﻤﻔﺎﻭﺿﺎﺕ ﻟﻼﺗﻔﺎﻕ ﺑﻴﻦ ﻓﺘﺢ‬ ‫ﻭﺣﻤﺎﺱ ﺗﺘﺠﻪ ﺑﻌﻜﺲ ﺁﻣﺎﻝ ﺍﻟﺸﻌﺐ‬ ‫ﻭﺗﺆﺩﻱ ﺇﻟﻰ ﺇﻧﺘﻌﺎﺵ ﺍﻟﻤﺘﻌﺎﻭﻧﻴﻦ ﻭﺍﻟﺴﻤﺎﺡ‬ ‫ﻟﻬﻢ ﺑﺎﻹﺳﺘﻤﺮﺍﺭ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻲ ﺳﻮﻑ ﺗﺴﺘﺨﺪﻡ‬ ‫ﻣﺮﺓ ﺃﺧﺮﻯ ﻗﻮﺍﻫﺎ‪ ،‬ﺿﺪ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻭﺣﺘﻰ‬ ‫ﺿﺪ ﺣﻤﺎﺱ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‬ ‫ﺍﻷﺣﺰﺍﺏ ﺍﻟﺸﻴﻮﻋﻴﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻨﻄﻘﺔ‬ ‫ﻛﺎﻧﺖ ﺩﺍﺋﻤﺎ ﻣﺘﻌﻬﺪﺓ ﻟﻼﺗﺤﺎﺩ ﺍﻟﺴﻮﻓﻴﺎﺗﻲ‬ ‫ﺍﻟﺴﺎﺑﻖ ﺍﻟﺬﻱ ﺃﻳﺪ ﻭﺩﻋﻢ ﺗﻘﺴﻴﻢ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‪،‬‬ ‫ﻭﻗﻴﺎﻡ ﺩﻭﻟﺔ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻭﻓﻜﺮﺓ ﺍﻟﺪﻭﻟﺘﻴﻦ‪.‬‬ ‫ﻭﻟﻜﻦ ﺃﻳﻀﺎ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ ﺍﻷﺧﺮﻯ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺪﻋﻲ ﺍﻧﻬﺎ ﻣﺎﺭﻛﺴﻴﺔ‪ ,‬ﻋﺎﻧﺖ ﻣﻦ ﻋﻤﻠﻴﺔ‬ ‫ﺗﺤﻮﻝ ﻓﻲ ﺍﻹﺳﺘﺮﺍﺗﻴﺠﻴﺔ‪ ,‬ﻓﻤﻦ ﺍﻟﺪﻋﻮﺓ‬ ‫ﻟﺘﺤﺮﻳﺮ ﻛﻞ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ ﺇﻟﻰ ﺷﻌﺎﺭﺍﺕ‬ ‫»ﺍﻟﺪﻭﻟﺘﻴﻦ«‪ .‬ﻭﺗﻨﻄﺒﻖ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﻤﻼﺣﻈﺔ ﻭﺇﻥ‬ ‫ﻛﺎﻧﺖ ﻋﻠﻰ ﻧﻤﻂ ﻣﺨﺘﻠﻒ‪ ,‬ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺠﺒﻬﺔ‬ ‫ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ ﻟﺘﺤﺮﻳﺮ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ ﻭﺍﻟﺠﺒﻬﺔ‬ ‫ﺍﻟﺸﻌﺒﻴﺔ ﻟﺘﺤﺮﻳﺮ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‪ .‬ﻓﺈﻥ ﺍﻟﺠﺒﻬﺔ‬ ‫ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ ﻟﺘﺤﺮﻳﺮ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ ﻛﺎﻧﺖ‬ ‫ﺭﺍﺋﺪﺓ ﻓﻲ ﺍﻗﺘﺮﺍﺡ »ﺍﻟﻤﺮﺣﻠﻴﺔ« ﻓﻲ ﺍﻟﻜﻔﺎﺡ‬ ‫ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺍﻟﺘﺤﺮﻳﺮ‪ .‬ﻭﻣﻬﺪ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻄﺮﻳﻖ‬ ‫ﻻﺳﺘﺮﺍﺗﻴﺠﻴﺔ ﺍﻟﺘﻨﺎﺯﻻﺕ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻌﺘﺒﺮﻫﺎ‬ ‫»ﺍﻟﺨﻄﻮﺍﺕ ﺍﻟﻀﺮﻭﺭﻳﺔ« ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻌﺮﻛﺔ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﺠﺒﻬﺔ ﺍﻟﺸﻌﺒﻴﺔ ﻟﺘﺤﺮﻳﺮ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‪،‬‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﻛﺎﻧﺖ ﺗﺮﻓﻊ ﺷﻌﺎﺭ ﺗﺪﻣﻴﺮ ﺍﻟﻜﻴﺎﻥ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ‪ ,‬ﻭﻛﺎﻧﺖ ﻓﻲ ﺍﻟﺼﻔﻮﻑ ﺍﻹﻭﻟﻰ‬ ‫ﻟﻠﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻁﻴﻠﺔ ﻓﺘﺮﺍﺕ ﺍﻟﺼﺮﺍﻉ ﺍﻟﺴﺎﺑﻘﺔ‬ ‫ﻣﻊ ﺍﻟﻌﺪﻭ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ‪ ,‬ﺃﺻﺒﺤﺖ ﺑﻌﺪ ﻭﻗﺖ‬ ‫ﺗﻘﺒﻞ ﻋﻤﻠﻴﺎ ﻓﻲ ﻧﻈﺮﻳﺎﺕ »ﺍﻟﻤﺮﺣﻠﻴﺔ«‬ ‫ﻭﻓﻜﺮﺓ »ﺍﻟﺪﻭﻟﺘﻴﻦ« ﻛﺴﻴﺎﺳﺔ ﺭﺳﻤﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻤﺜﻞ ﺗﻘﻠﻴﺪﻳﺎ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ‬ ‫ﺑﻴﻦ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ ﻛﺎﻥ ﻟﻬﺎ ﻣﻮﺍﻗﻒ‬ ‫ﺧﺎﻁﺌﺔ ﻣﻨﺬ ﺗﺸﻜﻴﻞ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻭﺑﻌﺪ ﺍﺗﻔﺎﻗﺎﺕ ﺃﻭﺳﻠﻮ‪ .‬ﺗﻠﻚ‬

‫ﺍﺑﻮ ﻣﺎﺯﻥ ﻋﺒﺮ ﻋﻦ ﺃﺳﺎﻟﻴﺒﻪ ﺍﻹﺳﺘﺒﺪﺍﺩﻳﺔ ﺑﺈﻏﻼﻕ ﻣﻜﺎﺗﺐ ﺗﻠﻔﺰﻳﻮﻧﻴﺔ ﺑﻌﺪ ﺑﺜﻬﺎ ﻟﺘﺼﺮﻳﺤﺎﺕ ﻓﺎﺭﻭﻕ ﺍﻟﻘﺪﻭﻣﻲ ﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﻳﺘﻬﻢ ﺃﺑﻮ ﻣﺎﺯﻥ ﺑﻘﺘﻞ ﻳﺎﺳﺮ ﻋﺮﻓﺎﺕ ﺑﺎﻟﺘﻌﺎﻭﻥ ﻣﻦ ﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ‪.‬‬

‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﺔ ﺟﻌﻠﺖ ﻣﻦ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ ﺍﻥ‬ ‫ﺗﺘﺼﺮﻑ ﻋﻠﻰ ﺍﻧﻬﺎ ﻛﻨﻮﻉ ﻣﻦ ﺍﻟﻤﻌﺎﺭﺿﺔ‬ ‫ﺿﺪ ﺃﻭﺳﻠﻮ ﻭﺍﻟﻤﺸﺎﺭﻛﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ‬ ‫ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‪ ,‬ﻭﺑﻬﺬﺍ ﺍﻟﻘﺒﻮﻝ‬ ‫ﺑﺴﻠﻄﺔ ﻓﺘﺢ‪ .‬ﻟﻬﺬﺍ ﺍﻟﺴﺒﺐ ﻓﻘﺪﺕ ﻫﺬﺓ‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭﻳﺔ ﺍﻟﺪﻋﻢ ﺍﻟﺠﻤﺎﻫﻴﺮﻱ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻲ‪ ،‬ﻭﺃﻓﺴﺤﺖ ﺍﻟﻤﺠﺎﻝ ﺃﻣﺎﻡ‬ ‫ﺍﻟﺘﻴﺎﺭﺍﺕ ﺍﻻﺳﻼﻣﻴﺔ‪ ،‬ﺃﻱ ﺣﻤﺎﺱ ﻭﺍﻟﺠﻬﺎﺩ‬ ‫ﺍﻟﺬﻳﻦ ﺇﺳﺘﻄﺎﻋﺎ ﺇﺳﻐﻼﻝ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻔﺮﺍﻍ‬ ‫ﻭﺑﻠﻮﺭﺗﻪ ﻟﻤﺼﻠﺤﺘﻬﻤﺎ‪ .‬ﺍﻻﺳﻼﻣﻴﻴﻦ ﺃﺻﺮﻭﺍ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺭﻓﻊ ﺷﻌﺎﺭ ﺗﺤﺮﻳﺮ ﻛﻞ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‪،‬‬ ‫ﻭﻋﺪﻡ ﺍﻻﻋﺘﺮﺍﻑ ﺑﺸﺮﻋﻴﺔ ﻭﺟﻮﺩ ﺍﻟﻜﻴﺎﻥ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ‪ ،‬ﻭﺟﻌﻠﻮﺍ ﻣﻦ ﺍﻟﻨﻀﺎﻝ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﻤﺴﻠﺤﺔ ﺍﻟﻄﺮﻳﻖ ﻟﻠﺘﺤﺮﻳﺮ‪ ،‬ﻫﺬﺍ‬ ‫ﻣﺎ ﺟﻌﻠﻬﻢ ﻳﻜﺒﺮﻭﻥ ﻭﻳﺰﺩﺍﺩﻭﻥ ﻗﻮﺓ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻋﻜﺲ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ ﺍﻷﺧﺮﻯ‪.‬‬ ‫ﺩﻭﺭ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ ﺍﻟﺘﻘﻠﻴﺪﻱ ﺃﺻﺒﺢ ﺃﻛﺜﺮ‬ ‫ﺿﺮﺭﺍ ﻋﻨﺪﻣﺎ ﻗﺎﻡ ﻋﺒﺎﺱ ‪ ،‬ﺍﻟﺬﻱ ﻫﻮ‬ ‫ﺍﻟﻌﻤﻴﻞ ﺍﻟﻤﺒﺎﺷﺮ ﻟﻼﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻭﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‪،‬‬ ‫ﻭﺣﺎﻭﻝ ﺍﻟﻘﻴﺎﻡ ﺑﺎﻧﻘﻼﺏ ﺑﻌﺪ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﺃﻋﻄﺖ ﺣﻤﺎﺱ ﺍﻟﻔﻮﺯ‪ .‬ﻫﺬﺍ ﺍﻻﻧﻘﻼﺏ‬ ‫ﻗﺪ ﺗﻢ ﺗﻨﻈﻴﻤﻪ ﺑﺎﻻﺷﺘﺮﺍﻙ ﻭﺍﻟﺘﻌﺎﻭﻥ ﻣﻊ‬ ‫ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺗﺤﺖ ﺇﺷﺮﺍﻑ‬ ‫ﻭﻛﺎﻟﺔ ﺍﻻﺳﺘﺨﺒﺎﺭﺍﺕ ﺍﻟﻤﺮﻛﺰﻳﺔ ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ‪،‬‬ ‫ﻟﻜﻦ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻤﺤﺎﻭﻟﺔ ﻓﺸﻠﺖ‪ ،‬ﻭﻁﺮﺩﺕ ﻗﻮﺍﺕ‬ ‫ﻓﺘﺢ ﻣﻦ ﻏﺰﺓ‪ .‬ﻭﺑﺎﻟﺮﻏﻢ ﻣﻦ ﻛﻞ ﺫﻟﻚ‪،‬‬ ‫ﻓﺈﻥ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ ﻣﺎ ﺯﺍﻝ ﻳﺪﻋﻮ‬ ‫ﺍﻟﻰ ﺍﻟﻮﺣﺪﺓ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‪ ،‬ﻭﻛﺄﻧﻬﺎ ﻣﻌﺮﻛﺔ‬ ‫ﺑﻴﻦ ﻗﻮﻯ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ ،‬ﻛﻤﺎ ﻟﻮ ﻛﺎﻥ ﺍﻟﺠﻤﻴﻊ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﻗﺪﻡ ﺍﻟﻤﺴﺎﻭﺍﺓ ﻭﺍﻟﻤﺴﺆﻭﻟﻴﺔ‪ ,‬ﻓﻲ ﻓﺘﺢ‬ ‫ﻭﺣﻤﺎﺱ‪.‬‬ ‫ﻭﺣﺘﻰ ﺍﻟﻴﻮﻡ‪ ،‬ﻓﻲ ﺍﻟﻮﻗﺖ ﺍﻟﺬﻱ ﻛﺎﻥ‬ ‫ﻣﻦ ﺍﻟﻤﻔﺮﻭﺽ ﺇﺣﻴﺎء ﺍﻟﻤﻨﺎﺳﺒﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺃﺩﺕ ﺍﻟﻰ ﻁﺮﺩ ﺍﻟﻌﻤﻼء ﻣﻦ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ‪،‬‬ ‫ﻗﻮﻯ ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ ﻣﺎ ﺯﺍﻟﺖ ﺗﺼﺮ ﻋﻠﻰ ﺍﻷﺧﺬ‬ ‫ﺑﻌﻴﻦ ﺍﻹﻋﺘﺒﺎﺭ ﺣﺎﻟﺔ »ﺍﻻﻧﻘﺴﺎﻡ« ﺍﻟﻘﺎﺋﻤﺔ‬ ‫ﺑﻴﻦ ﺍﻟﺠﺎﻧﺒﻴﻦ ﻭﺍﻟﺪﻋﻮﺓ ﺍﻟﻰ ﺍﻟﻮﺣﺪﺓ‬ ‫ﻭﺍﻹﺗﺤﺎﺩ ﻣﻌﻬﺎ‪ .‬ﺍﻟﺰﻋﻴﻢ ﺍﻟﺮﺋﻴﺴﻲ ﻟﻠﺠﺒﻬﺔ‬ ‫ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ ﻟﺘﺤﺮﻳﺮ ﻓﻠﺴﻄﻴﻦ‪ ،‬ﻧﺎﻳﻒ‬ ‫ﺣﻮﺍﺗﻤﺔ‪ ،‬ﻓﻲ ﻣﻘﺎﺑﻠﺔ ﺃﺟﺮﺗﻬﺎ ﻣﻌﻪ ﻣﺆﺧﺮﺍ‬ ‫ﺻﺤﻴﻔﺔ ﻏﺎﺭﺍ‪ ،‬ﻟﺒﻼﺩ ﺍﻟﺒﺎﺳﻚ‪ ،‬ﻗﺎﻝ ﺍﻥ‬ ‫»ﺍﻟﺤﻮﺍﺭ ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺠﺮﻱ ﻓﻲ ﻣﺼﺮ ﻫﻮ ﻧﺘﻴﺠﺔ‬ ‫ﻟﻼﻧﻘﻼﺏ ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻱ ﺍﻟﺬﻱ ﻗﺎﻣﺖ ﺑﻪ ﺣﺮﻛﺔ‬ ‫ﺣﻤﺎﺱ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺬﻱ ﺗﺴﺒﺒﺖ ﻓﻲ ﺍﻧﻔﺼﺎﻝ ﻏﺰﺓ‬ ‫ﻋﻦ ﺍﻟﻀﻔﺔ ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ‪ .‬ﻟﺬﻟﻚ ﻫﻨﺎﻙ ﻛﻔﺎﺡ ﻣﻦ‬ ‫ﺃﺟﻞ ﺍﺳﺘﻌﺎﺩﺓ ﻭﺣﺪﺓ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﻭﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‬ ‫ﻭﺍﻻﺭﺍﺿﻲ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‪ .‬ﻭﻧﺤﻦ ﻧﺸﺎﺭﻙ‬ ‫ﺑﻨﺸﺎﻁ ﻓﻲ ﺍﻟﺤﻮﺍﺭ‪ ،‬ﻭﻫﺬﺍ ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻉ‬ ‫ﺍﻷﺧﻴﺮ ﻭﺻﻞ ﺇﻟﻰ ﻁﺮﻳﻖ ﻣﺴﺪﻭﺩ ﻓﻲ ‪2‬‬ ‫ﻧﻴﺴﺎﻥ‪/‬ﺍﺑﺮﻳﻞ‪ ،‬ﻧﺘﻴﺠﺔ ﻟﻌﻨﺎﺩ ﺍﻟﻄﺮﻓﻴﻦ‪،‬‬ ‫ﻭﻟﻜﻦ ﺑﺸﻜﻞ ﺭﺋﻴﺴﻲ ﻋﻨﺎﺩ ﺣﺮﻛﺔ ﺣﻤﺎﺱ‬

‫ﺍﻟﺘﻲ ﻻ ﺗﺮﻳﺪ ﺍﻟﻌﻮﺩﺓ ﻋﻦ ﺳﻴﻄﺮﺗﻬﺎ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ »‪.‬‬ ‫ﺃﻱ ﻻ ﺗﺰﺍﻝ ﺍﻟﻘﻮﻯ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺪﻋﻲ ﺍﻧﻬﺎ‬ ‫ﻳﺴﺎﺭﻳﺔ ﻣﺴﺘﻤﺮﺓ ﻓﻲ ﺍﻟﻜﻼﻡ ﻋﻦ »ﺣﻜﻮﻣﺔ‬ ‫ﻭﺣﺪﺓ ﻭﻁﻨﻴﺔ« ﺗﺸﻤﻞ ﻛﻞ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﻭﻋﻤﻼء‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‪ .‬ﻫﺬﺍ ﺑﻤﺜﺎﺑﺔ ﻣﺎ ﻛﺎﻥ ﻳﻘﺘﺮﺡ‬ ‫ﻣﻦ ﻭﺣﺪﺓ ﻭﻁﻨﻴﺔ ﻓﻲ ﻓﺮﻧﺴﺎ‪ ،‬ﺇﺑﺎﻥ ﺍﻟﺤﺮﺏ‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻟﻤﻴﺔ ﺍﻟﺜﺎﻧﻴﺔ ﺑﻴﻦ ﻗﻮﺍﺕ ﻓﺮﻧﺴﺎ ﺍﻟﺤﺮﺓ‬ ‫ﻭﺣﻜﻮﻣﺔ ﺑﺘﺎﻳﻦ ﻓﻴﻠﻴﺐ )‪(1944-1940‬‬ ‫ﺍﻟﻤﻌﺮﻭﻑ ﺑﺎﺳﻢ ﻓﻴﺸﻲ )ﻣﺪﻳﻨﺔ ﻓﻲ ﺟﻨﻮﺏ‬ ‫ﺷﺮﻕ ﺑﺎﺭﻳﺲ(‪ ،‬ﺍﻟﺬﻱ ﻛﺎﻥ ﻣﺴﺆﻭﻻ ﻋﻦ‬ ‫ﺣﻜﻢ ﺧﻤﺴﻴﻦ ﻣﻦ ﻓﺮﻧﺴﺎ ﻭﻛﺎﻥ ﻳﻌﻤﻞ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺗﻄﺒﻴﻖ ﺷﺮﻋﻴﺔ ﺍﻻﺣﺘﻼﻝ ﺍﻟﻨﺎﺯﻱ‪ .‬ﻫﺬﺓ‬ ‫ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﻛﺎﻧﺖ ﻭﻅﻴﻔﺘﻬﺎ ﺍﻟﻤﺤﺎﻓﻈﺔ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ‪ ،‬ﻭﺣﻤﺎﻳﺔ ﺍﻟﺤﺪﻭﺩ‪ ،‬ﻭﻗﻤﻊ ﻭﻣﻌﺎﻗﺒﺔ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﻈﺎﻫﺮﻳﻦ ﻭﺍﻟﻨﺎﺷﻄﻴﻦ ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‬ ‫ﻭﺗﺴﻠﻴﻤﻬﻢ ﺍﻟﻰ ﺍﻟﺠﺴﺘﺎﺑﻮ‪.‬‬ ‫ﺃﻭ ﻣﺜﻞ ﺷﺄﻥ ﺩﻋﻢ ﺍﻟﺘﺤﺎﻟﻒ ﺍﻟﻮﻁﻨﻲ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﺴﺒﻌﻴﻨﻴﺎﺕ‪ ،‬ﺑﻴﻦ ﺍﻟﺠﺒﻬﺔ ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ ﻟﺘﺤﺮﻳﺮ‬ ‫ﻓﻴﺘﻨﺎﻡ ﻣﻊ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﻌﻤﻴﻠﺔ ﻓﻲ ﺟﻨﻮﺏ‬ ‫ﻓﻴﺘﻨﺎﻡ ﺍﻟﻤﺪﻋﻮﻣﺔ ﻣﻦ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻛﺎﻧﺖ‬ ‫ﺗﺘﺨﺬ ﻣﻦ ﺳﺎﻳﻐﻮﻥ ﻣﻮﻗﻌﺎ ﻟﻬﺎ‪ .‬ﻭﻛﺄﻧﻨﺎ ﻧﻄﻠﺐ‬ ‫ﻣﻦ ﻗﻮﻯ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻓﻲ ﻓﻴﺘﻨﺎﻡ ﺍﻥ ﺗﺘﻘﺎﺳﻢ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﻣﻊ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺳﺎﻳﻐﻮﻥ ﺍﻟﻌﻤﻴﻠﺔ‪.‬‬ ‫ﺣﻜﻮﻣﺔ ﻋﺒﺎﺱ‪ ,‬ﻣﺎ ﻫﻲ ﺇﻻ ﻗﻴﺎﺩﺓ‬ ‫ﻟﻤﺠﻤﻮﻋﻬﺔ ﻣﻦ ﺍﻟﻌﻤﻼء ﺍﻟﻤﺆﺟﻮﺭﻳﻦ‬ ‫ﺍﻟﺬﻳﻦ ﻳﻌﻤﻠﻮﻥ ﻟﺼﺎﻟﺢ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺑﻬﺪﻑ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﻭﻗﻤﻊ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻟﺨﺪﻣﺔ ﺍﻟﻌﺪﻭ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻲ ﺍﻟﻤﺤﺘﻞ‪ .‬ﻭﻟﻜﻲ ﻻ ﻳﺒﻘﻰ ﻣﺠﺎﻻ‬ ‫ﻟﻠﺸﻚ‪ ،‬ﻗﺎﻡ ﻋﺒﺎﺱ ﺑﺘﺸﻜﻴﻞ ﺣﻜﻮﻣﺔ ﻭﻋﻴﻦ‬ ‫ﻛﻤﺴﺆﻭﻝ ﻋﻠﻰ ﺭﺃﺳﻬﺎ ﻣﻮﻅﻒ ﺍﻟﺒﻨﻚ‬ ‫ﺍﻟﺪﻭﻟﻲ ﺳﻼﻡ ﻓﻴﺎﺽ‪ ،‬ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺘﺤﻠﻰ ﺑﺜﻘﺔ‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻭﺑﻜﺮﻩ ﻋﻤﻴﻖ ﻣﻦ ﻗﺒﻞ ﺍﻟﺠﻤﺎﻫﻴﺮ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﻀﻔﺔ ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ ﻭﻗﻄﺎﻉ‬ ‫ﻏﺰﺓ‪ .‬ﺳﻼﻡ ﻓﻴﺎﺽ ﺍﻟﺬﻱ ﻻ ﻳﻘﺒﻞ ﺑﺎﻹﺗﻔﺎﻕ‬ ‫ﺣﻮﻝ ﺍﻟﻮﺣﺪﺓ ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ ﺇﻻ ﻣﻦ ﺧﻼﻝ ﻓﺮﺽ‬ ‫ﻗﻮﻯ ﺃﻣﻦ ﻣﺆﻟﻔﺔ ﻣﻦ ‪ 15،000‬ﻋﺴﻜﺮﻱ‬ ‫ﺃﻣﻨﻲ ﻟﻠﺘﺪﺧﻞ ﻓﻲ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ‪.‬‬ ‫ﻟﻬﺬﺍ ﻛﻠﻪ‪ ،‬ﺍﻟﺮﻛﻮﺽ ﻭﺭﺍء ﺍﻟﻮﺣﺪﺓ‬ ‫ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ ﻣﻊ ﺍﻟﺨﺎﺋﻦ ﻋﺒﺎﺱ‪ ,‬ﻭﺍﻟﻀﻐﻂ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺣﻤﺎﺱ ﻭﻣﻄﺎﻟﺒﺘﻬﺎ ﺑﺎﻟﻘﺒﻮﻝ ﺑﻤﻄﺎﻟﺐ‬ ‫ﺍﻟﺪﻳﻜﺘﺎﺗﻮﺭ ﺍﻟﻤﺼﺮﻱ ﺣﺴﻨﻲ ﻣﺒﺎﺭﻙ‬ ‫ﻭﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻹﻋﺎﺩﺓ ﺑﻨﺎء ﻗﻮﺍﺕ‬ ‫ﺍﻷﻣﻦ ﺍﻟﻤﻮﺣﺪﺓ ﺗﺤﺖ ﺭﺍﻳﺔ ﺳﻠﻄﺔ ﻭﻁﻨﻴﺔ‬ ‫ﻣﻮﺣﺪﺓ ﺟﺪﻳﺪﺓ »ﻟﻠﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﻤﻮﺣﺪﺓ«‬ ‫ﺑﺮﺋﺎﺳﺔ ﺣﺮﻛﺔ ﻓﺘﺢ‪ ,‬ﻫﺬﺓ ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺑﺪﻻ ﻣﻦ‬ ‫ﺗﻮﺣﻴﺪ ﺍﻟﻘﻮﻯ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ ،‬ﻛﻤﺎ‬ ‫ﻳﻘﻮﻝ ﺍﻟﻤﺪﺍﻓﻌﻤﻦ ﻋﻨﻬﺎ‪ ،‬ﻫﻲ ﻧﺰﻉ ﺳﻼﺡ‬ ‫ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‪ ،‬ﻟﺘﺴﻬﻴﻞ ﻣﻬﻤﺔ ﺍﻟﺨﻮﻧﺔ ﻟﻠﻘﻀﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ! •‬


‫ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ‬

‫ﻋﺪﺩ ‪ - 03‬ﻳﻮﻟﻴﻮ ‪ /‬ﺃﻏﺴﻄﺲ ‪2009‬‬

‫‪5‬‬

‫ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ‬

‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ :‬ﺍﻟﺸﻜﻞ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪ ﻟﻠﺤﻔﺎﻅ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﺍﻟﺪﻭﻟﻴﺔ‬ ‫ﻣﺤﻤﺪ ﻋﺒﺪ ﺍﻟﻜﺮﻳﻢ‬ ‫ﻗﺒﻞ ﺃﺷﻬﺮ ﻗﻠﻴﻠﺔ ﻋﻨﺪﻣﺎ ﺗﻢ ﻓﻮﺯ ﺑﺎﺭﺍﻙ‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻓﻲ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﺍﻟﺮﺋﺎﺳﻴﺔ ﻟﻠﻮﻻﻳﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻴﺔ‪ ،‬ﻛﺎﻧﺖ ﻣﻈﺎﻫﺮ ﺍﻟﻔﺮﺡ‬ ‫ﺗﻐﻄﻲ ﻛﻞ ﺃﻧﺤﺎء ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺗﻘﺮﻳﺒﺎ‪.‬‬ ‫ﻓﺎﻟﺸﻌﺐ ﻳﺮﻳﺪ ﺍﻥ ﻳﻨﺴﻰ ﺑﻮﺵ‪ ,‬ﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﺃﺛﻨﺎء ﺣﻜﻮﻣﺘﻪ ﺣﺎﻭﻝ ﺑﺎﻟﻮﺳﺎﺋﻞ ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ‬ ‫ﺿﺮﺏ ﻭﻫﺰﻳﻤﺔ‪ ،‬ﺃﻱ ﺑﻠﺪ ﻻ ﻳﻨﺤﻨﻲ ﺃﻣﺎﻣﻪ‪.‬‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺗﺮﻳﺪ ﻭﺗﺴﻌﻰ ﻟﻠﺴﻴﻄﺮﺓ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻣﻮﺍﺭﺩ ﺍﻟﻄﺎﻗﺔ ﺍﻟﻄﺒﻴﻌﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻻ ﻏﻨﻰ ﻋﻨﻬﺎ‬ ‫ﻓﻲ ﻣﺴﺄﻟﺔ ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﺍﻹﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ ﻭﺍﻟﻬﻴﻤﻨﺔ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﻛﻞ ﺩﻭﻝ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ .‬ﻭﻫﺬﺍ ﺩﻟﻴﻞ ﻗﺎﻁﻊ ﻟﻐﺰﻭ‬ ‫ﺑﻮﺵ ﻷﻓﻐﺎﻧﺴﺘﺎﻥ ﻭﺍﻟﻌﺮﺍﻕ‪ ,‬ﻭﺍﻟﺘﻬﺪﻳﺪﺍﺕ‬ ‫ﺑﺎﻟﺤﺮﺏ ﻋﻠﻰ ﺇﻳﺮﺍﻥ ﻭﺳﻮﺭﻳﺎ‪.‬‬ ‫ﺑﻮﺵ ﻟﻢ ﻳﻜﻦ ﻗﺎﺩﺭﺍ ﻭﻻ ﺣﺘﻰ ﻓﻲ‬ ‫ﻣﺴﺄﻟﺔ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﺔ ﺍﻟﺪﺍﺧﻠﻴﺔ ﻋﻠﻰ ﺗﺤﺴﻴﻦ‬ ‫ﺣﻴﺎﺓ ﺍﻷﻣﻴﺮﻛﻴﻴﻦ‪ ،‬ﺑﻞ ﻟﺠﺄ ﺍﻟﻰ ﺍﻟﺨﻔﺾ‬ ‫ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﻲ ﻟﻠﺤﺎﺟﻴﺎﺕ ﻭﺇﻅﻬﺎﺭ ﺍﻟﻨﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺴﻠﻄﻮﻳﺔ ﺑﺸﻜﻞ ﻣﺘﺰﺍﻳﺪ‪ ،‬ﻟﻢ ﻳﻜﻦ ﻗﺎﺩﺭﺍ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﻣﻨﻊ ﺗﻔﺠﺮ ﺍﻷﺯﻣﺔ ﺍﻻﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺆﺛﺮ ﺍﻟﻴﻮﻡ ﻋﻠﻰ ﺩﻭﻝ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺑﺄﺳﺮﻩ‪.‬‬ ‫ﻭﻋﻼﻭﺓ ﻋﻠﻰ ﺫﻟﻚ‪ ،‬ﻣﻊ ﻭﺻﻮﻝ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‬ ‫ﻳﻨﺘﺞ ﺍﻻﻧﺠﺎﺯ ﺍﻟﺘﺎﺭﻳﺨﻲ ﺍﻟﻤﺘﻤﺜﻞ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻧﺘﺨﺎﺏ ﺭﺋﻴﺲ ﺃﺳﻮﺩ‪ ،‬ﻭﻫﻮ ﺍﺑﻦ ﻣﻬﺎﺟﺮ‬ ‫ﻧﻴﺠﻴﺮﻱ ﻣﺴﻠﻢ‪ ،‬ﻭﺇﻥ ﻛﺎﻥ ﻻ ﻳﻌﺘﻨﻖ ﻫﺬﺍ‬ ‫ﺍﻟﺪﻳﻦ‪ .‬ﻭﺿﻊ ﻣﻦ ﺧﻼﻝ ﺧﻄﺎﺑﺎﺗﻪ ﻋﻼﻗﺔ‬ ‫ﺟﺪﻳﺪﺓ ﻣﻊ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ ،‬ﻭﻫﻮ ﻧﻬﺞ ﺇﺗﺒﻌﻪ ﺧﺎﺻﺔ‬ ‫ﻣﻊ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ‪ ...‬ﻟﻜﻨﻪ ﻭﺍﺻﻞ ﺍﻟﺪﻓﺎﻉ‬ ‫ﻋﻦ ﺩﻭﻟﺔ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻭﻋﻠﻰ ﺍﻟﺮﻏﻢ ﻣﻦ‬ ‫ﺫﻟﻚ ﺭﺍﺡ ﻳﻜﻔﻞ ﻭﻳﺘﻌﻬﺪ ﺑﺈﻧﺴﺤﺎﺏ ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ‬ ‫ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﻣﻦ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ‪ ،‬ﻟﻜﻨﻪ ﻭﺍﺻﻞ ﺩﻋﻢ‬ ‫ﺍﻟﻬﺠﻮﻡ ﻭﺍﻟﻘﺘﻞ ﻓﻲ ﺃﻓﻐﺎﻧﺴﺘﺎﻥ‪ ،‬ﻭﺃﻋﺮﺏ‬ ‫ﻋﻦ ﺃﻣﻠﻪ ﻓﻰ ﺍﻥ ﺗﺴﺘﻤﺮ ﺍﻟﺼﺪﺍﻗﺔ ﻣﻊ‬ ‫ﺍﻟﺠﻤﻴﻊ ﻭﻟﻜﻦ ﺑﻤﻜﺎﻓﺤﺔ ﺍﻷﻋﺪﺍء ﻣﻨﻬﻢ‪.‬‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﺍﻧﺘﺨﺐ ﺭﺋﻴﺴﺎ ﺑﺪﻋﻢ ﻣﻦ ﺃﻫﻢ‬ ‫ﻗﻄﺎﻋﺎﺕ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﻟﺤﻤﻠﺘﻪ‬ ‫ﺍﻹﻧﺘﺨﺎﺑﻴﺔ‪ .‬ﻛﻤﺎ ﺗﻠﻘﻰ ﺍﻟﺪﻋﻢ ﻣﻦ ﺍﻟﻘﻄﺎﻋﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺪﻋﻲ ﺃﻧﻬﺎ ﻳﺴﺎﺭﻳﺔ‪ ،‬ﺍﻭ ﺗﻠﻚ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺪﻋﻲ ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ ﻭﺍﻟﺜﻮﺭﻳﺔ‪.‬‬ ‫ﺭﺅﺳﺎء »ﺍﻟﻴﺴﺎﺭ« ﻓﻲ ﺍﻟﺒﺮﺍﺯﻳﻞ ﻟﻮﻻ‬ ‫ﻭﺛﺎﺑﺎﺗﻴﺮﻭ ﻓﻲ ﺃﺳﺒﺎﻧﻴﺎ ﻗﺪﻣﻮﺍ ﻟﻪ ﺍﻟﻤﺠﺎﻣﻼﺕ‬ ‫ﻭﺍﻹﺳﺘﻌﺪﺍﺩ ﻟﻠﺘﻌﺎﻭﻥ ﻭﺍﻟﻌﻤﻞ ﻣﻌﻪ‪ .‬ﻫﺆﻻء‬ ‫ﺍﻟﻘﺎﺩﺓ ﻳﺴﺘﺨﺪﻣﻮﻥ ﻫﻴﺒﺘﻬﻢ ﻭﺗﺎﺭﻳﺨﻬﻢ‪،‬‬ ‫ﻛﺎﻟﻮﻻ ﺍﻟﺬﻱ ﻛﺎﻥ ﻋﺎﻣﻞ ﻣﻌﺎﺩﻥ ﻭﺛﺎﺑﺎﺗﻴﺮﻭ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺍﺗﺨﺎﺫﻩ ﻗﺮﺍﺭ ﺳﺤﺐ ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ ﺍﻻﺳﺒﺎﻧﻴﺔ‬ ‫ﻣﻦ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ‪ ،‬ﺑﻬﺪﻑ ﻗﻤﻊ ﺍﻹﺣﺘﺠﺎﺟﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻌﻤﺎﻟﻴﺔ ﻟﺘﺄﻣﻴﻦ ﺍﻟﻤﻨﺎﺥ ﺍﻟﻤﻼﺋﻢ ﻟﻀﻤﺎﻥ‬ ‫ﺍﻷﺭﺑﺎﺡ ﻷﺻﺤﺎﺏ ﺍﻟﻤﺸﺎﺭﻳﻊ‪ .‬ﻭﻧﺬﻛﺮ ﺑﺄﻥ‬ ‫ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﺒﺮﺍﺯﻳﻠﻴﺔ ﻟﻬﺎﺃﻛﺒﺮ ﻗﻮﺓ ﺇﺣﺘﻼﻝ‬ ‫ﻓﻲ ﻫﺎﻳﺘﻲ ﻭﺍﻟﻘﻮﺍﺕ ﺍﻻﺳﺒﺎﻧﻴﺔ ﻣﻮﺟﻮﺩﺓ ﻓﻲ‬ ‫ﺟﻨﻮﺏ ﻟﺒﻨﺎﻥ‪ ،‬ﺍﻟﺬﻳﻦ ﺑﺘﻌﺎﻭﻧﻬﻢ ﻣﻊ ﺍﻻﻣﻢ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻳﺨﺪﻣﻮﻥ ﺍﻹﺩﺍﺭﺓ ﺍﻻﻣﻴﺮﻛﻴﺔ‪ ،‬ﻓﺈﻥ‬ ‫ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺘﻴﻦ ﺍﻟﺒﺮﺍﺯﻳﻠﻴﺔ ﻭﺍﻹﺳﺒﺎﻧﻴﺔ ﻳﻘﻮﻣﺎﻥ‬ ‫ﺑﻌﻤﻞ ﻣﺎ ﻻ ﺗﺴﺘﻄﻴﻌﻪ ﻣﺒﺎﺷﺮﺓ ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ‬ ‫ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻓﻴﺪﻝ ﻛﺎﺳﺘﺮﻭ‪ ،‬ﺑﺪﻭﺭﻩ‪ ،‬ﺭﺣﺐ ﺑﺈﻧﺘﺨﺎﺏ‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ ،‬ﻭﺗﻤﻨﻰ ﻟﻪ ﺍﻟﺘﻮﻓﻴﻖ‪ ،‬ﺷﺎﻓﻴﺰ‪ ،‬ﺍﻟﺮﺋﻴﺲ‬ ‫ﺍﻟﻔﻨﺰﻭﻳﻠﻲ ﺍﻟﺬﻱ ﺟﻌﻞ ﺍﻟﻌﺪﻳﺪ ﻣﻦ ﺧﻄﺎﺑﺎﺗﻪ‬ ‫ﻣﻮﺟﻬﺔ ﻭﻣﺨﺼﺼﺔ ﺿﺪ ﺑﻮﺵ‪ ,‬ﻳﺄﻣﻞ ﺃﻥ‬ ‫ﻳﻜﻮﻥ ﺻﺪﻳﻘﺎ ﻷﻭﺑﺎﻣﺎ‪.‬‬ ‫ﺍﻭﺑﺎﻣﺎ ﺯﻋﻴﻢ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﺍﻵﻥ ﻭﺑﻌﺪ ﺑﻀﻌﺔ ﺃﺷﻬﺮ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺗﻮﻟﻴﻪ ﺍﻟﺤﻜﻮﻡ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ ,‬ﻳﻤﻜﻨﺎ ﺍﻥ ﻧﺒﺪﺃ‬ ‫ﺑﺮﺅﻳﺔ ﺇﺳﺘﻨﺘﺎﺟﻴﺔ ﻟﻤﺎ ﻛﻨﺎ ﻧﺘﻮﻗﻌﻪ ﺣﻘﺎ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﺮﺋﻴﺲ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪ‪ .‬ﺃﻭﻻ‪ ،‬ﻳﻨﺒﻐﻲ ﺃﻥ ﻳﺆﺧﺬ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻻﻋﺘﺒﺎﺭ‪ ،‬ﻭﺭﺑﻤﺎ ﻳﺒﺪﻭ ﻭﺍﺿﺤﺎ ﺃﻥ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‬ ‫ﻫﻮ ﺭﺋﻴﺲ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪ‪ ،‬ﺃﻱ ﺭﺋﻴﺲ‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺍﻟﺬﻱ ﻳﺤﻜﻢ ﻟﺼﺎﻟﺢ ﺍﻷﻗﻮﻳﺎء ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻭﻟﻤﺼﻠﺤﺔ ﻗﻮﺓ ﺍﻟﺸﺮﻛﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﻌﺪﺩﺓ ﺍﻟﺠﻨﺴﻴﺎﺕ ﻭﻣﻮﻅﻔﻴﻬﺎ ﻭﻋﻠﻰ‬ ‫ﻣﻮﺍﺻﻠﺔ ﺍﺳﺘﻐﻼﻝ ﻭﻧﻬﺐ ﻛﻞ ﺩﻭﻝ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‬

‫ﺑﺄﺳﺮﻫﺎ‪ .‬ﻭﺻﻮﻟﻪ ﺍﻟﻰ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ ﻟﻴﺲ ﻟﻬﺪﻑ‬ ‫ﺍﻟﻘﻀﺎء ﻋﻠﻰ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ‪ ,‬ﻭﻟﻜﻦ ﻟﻠﺤﻔﺎﻅ‬ ‫ﻋﻠﻴﻪ‪ ،‬ﻭﺇﻋﻄﺎﺋﻪ ﺷﻜﻞ ﺟﺪﻳﺪ ﻣﻦ ﺍﻷﺷﻜﺎﻝ‬ ‫ﻹﺳﺘﻤﺮﺍﺭ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻭﻫﺬﺍ ﻳﻤﻜﻦ ﺃﻥ ﻧﺮﺍﻩ ﺑﺎﻟﻔﻌﻞ ﻋﺒﺮ‬ ‫ﺗﻌﺎﻁﻴﻪ ﻣﻊ ﺍﻷﺯﻣﺔ ﺍﻹﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ‪ .‬ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‬ ‫ﻳﺆﻳﺪ ﺿﺦ ﺷﺤﻨﺎﺕ ﺍﻟﻤﻼﻳﻴﻦ ﺍﻟﺘﻲ ﻗﺪﻣﻬﺎ‬ ‫ﺑﻮﺵ ﻹﻧﻘﺎﺫ ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ ﺍﻟﻤﺎﻟﻲ ﻭﺿﻤﺎﻥ ﺃﺭﺑﺎﺡ‬ ‫ﺍﻟﺒﻨﻮﻙ‪ .‬ﻻ ﻭﺑﻞ ﻁﻠﺐ ﻣﻦ ﺷﺮﻛﺎﺕ ﺗﺼﻨﻴﻊ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺭﺍﺕ ﺧﻄﻂ ﻋﻤﻠﻴﺔ ﺟﺪﻳﺪﺓ ﻹﻋﺎﺩﺓ‬ ‫ﺍﻟﻬﻴﻜﻠﻴﺔ ﺍﻹﺩﺍﺭﻳﺔ ﺍﻟﻤﺎﻟﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻲ ﺗﺸﻤﻞ‬ ‫ﺇﻏﻼﻕ ﺍﻟﻤﺼﺎﻧﻊ ﻭﺍﻟﻤﻌﺎﺭﺽ‪ ،‬ﻭﻁﺮﺩ‬ ‫ﺁﻻﻑ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ ﻭﻗﻄﻊ ﺍﻷﺟﻮﺭ ﻭﺇﺣﺮﺍﻣﻬﻢ‬ ‫ﻣﻦ ﺣﻘﻮﻗﻬﻢ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﻛﻮﺑﺎ‪ ،‬ﻫﻨﺎﻙ ﻗﺎﻋﺪﺓ ﻋﺴﻜﺮﻳﺔ‬ ‫ﺍﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﻓﻲ ﺟﺰﻳﺮﺓ ﻏﻮﺍﻧﺘﺎﻧﺎﻣﻮ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺤﻮﻟﺖ ﺇﻟﻰ ﺳﺠﻦ ﻏﻴﺮ ﻗﺎﻧﻮﻧﻲ ﺣﻴﺚ‬ ‫ﻳﺤﺘﺠﺰ ‪ 240‬ﺳﺠﻴﻦ ﺩﻭﻥ ﻣﺤﺎﻛﻤﺔ ﻣﻨﺬ‬ ‫ﻏﺰﻭ ﺃﻓﻐﺎﻧﺴﺘﺎﻥ‪ ،‬ﻭﺍﻟﻜﻼﻡ ﺣﻮﻝ ﺇﻏﻼﻕ‬ ‫ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺴﺠﻦ‪ ,‬ﺗﺮﻙ ﻟﻠﺴﻨﺔ ﺍﻟﻘﺎﺩﻣﺔ‪ ،‬ﻓﻲ‬ ‫ﺣﻴﻦ ﻳﺪﻭﺭ ﺍﻟﻜﻼﻡ ﻓﻘﻂ ﻋﻦ ﺇﻧﺸﺎء ﺍﻟﻤﺤﺎﻛﻢ‬ ‫ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ ﻟﺒﻌﺾ ﺍﻟﺴﺠﻨﺎء‪ ،‬ﺣﻴﺚ ﻳﺴﺘﻤﺮ‬ ‫ﺍﻵﺧﺮﻳﻦ ﻓﻲ ﻧﻔﺲ ﺍﻟﻮﺿﻊ ﺍﻟﻐﻴﺮ ﻗﺎﻧﻮﻧﻲ‬ ‫ﺣﺘﻰ ﺍﻟﻴﻮﻡ‪.‬‬ ‫ﻣﺎ ﻧﻼﺣﻈﻪ ﻫﻮ ﺃﻥ ﺑﻌﺪ ﻫﺰﻳﻤﺔ ﺧﻄﺔ‬ ‫ﺍﻟﺮﺋﻴﺲ ﺟﻮﺭﺝ ﺑﻮﺵ‪ ،‬ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﺴﻌﻰ ﺍﻟﻰ‬ ‫ﺗﻐﻴﻴﺮ ﻧﻈﺮﺓ ﺍﻟﺸﻌﻮﺏ ﻭﻣﺤﻮ ﺍﻟﻜﺮﺍﻫﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺮﺍﻛﻤﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺑﻨﻴﺖ ﺿﺪ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻭﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪ ،‬ﻭﻳﺤﺎﻭﻝ ﺗﻘﺪﻳﻢ‬ ‫ﺍﻟﻤﺸﺮﻭﻉ ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻲ ﺑﺸﻜﻞ ﺍﻟﺤﻮﺍﺭ ﺣﻮﻝ‬ ‫ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻴﺔ ﻭﺇﻗﻨﺎﻉ ﺍﻟﺒﻠﺪﺍﻥ ﻭﺑﻌﺾ‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺼﺎﺭﻋﺔ ﻋﻠﻰ ﻗﺒﻮﻝ‬ ‫ﺍﻟﺘﻨﺎﺯﻻﺕ ﺃﻣﺎﻡ ﺍﻟﻤﺸﺮﻭﻉ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻲ ﻣﻦ‬ ‫ﺧﻼﻝ ﺧﻄﻂ ﺍﻟﻤﻔﺎﻭﺿﺎﺕ‪.‬‬ ‫ﺃﻣﺎﻡ ﺍﻟﺼﺮﺍﻋﺎﺕ ﻓﻲ ﺍﻟﺸﺮﻕ ﺍﻷﻭﺳﻂ‬ ‫ﻭﻣﻊ ﺍﻟﻬﺰﻳﻤﺔ ﺍﻟﻘﻮﻳﺔﺍﻟﺘﻲ ﺗﻌﺎﻧﻴﻬﺎ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ‪ ،‬ﺑﺎﺭﺍﻙ‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﺮﺍﻫﻦ ﻓﻲ ﺍﻻﻋﻼﻥ ﻋﻦ ﺳﺤﺐ‬ ‫ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﻣﻦ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ ﺍﻟﻤﺤﺘﻞ‪،‬‬ ‫ﻭﺃﻧﻪ ﻳﺄﻣﻞ ﻓﻲ ﺇﻗﺎﻣﺔ ﻋﻼﻗﺔ ﺟﺪﻳﺪﺓ ﻣﻊ‬ ‫ﺍﻟﺪﻭﻝ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‪ .‬ﻭﻣﻊ ﺫﻟﻚ‪ ،‬ﻓﺈﻥ ﺍﻻﻧﺴﺤﺎﺏ‬ ‫ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻲ ﻣﻦ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ ﻟﻦ ﻳﻜﻮﻥ ﻛﺎﻣﻼ‪,‬‬ ‫ﻭﻫﺬﺍ ﻫﻮ ﺟﻮﻫﺮ ﺍﻟﻘﺪﺭﺓ ﻓﻲ ﺍﻟﺤﻔﺎﻅ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺗﺮﺗﻴﺐ ﻭﺇﺩﺍﺭﺓ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ ﻣﻦ ﻗﺒﻞ‬ ‫ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻻﻣﻴﺮﻛﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻓﺮﺿﺖ ﺳﻴﻄﺮﺗﻬﺎ‬ ‫ﻋﺒﺮ ﺍﻟﻘﻮﺓ ﻓﻲ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ‪ .‬ﻟﻬﺬﺍ‪ ،‬ﻓﺈﻥ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﺳﻮﻑ ﺗﻮﺍﺻﻞ ﺗﺴﻠﻴﺢ ﻭﺗﺪﺭﻳﺐ‬

‫ﺟﻴﺶ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﻌﺮﺍﻗﻴﺔ‪ ,‬ﻫﺬﺍ ﻣﺎ ﻳﻤﻜﻦ ﺃﻥ‬ ‫ﻳﺤﺪﺩ ﻭﻳﻌﻄﻲ ﺍﻟﻄﺎﺑﻊ ﺍﻻﺳﺘﻌﻤﺎﺭﻱ ﻟﻬﺬﺓ‬ ‫ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ‪ ،‬ﻛﻤﺜﻞ ﺟﻴﺶ ﺳﺒﻴﺒﺎﻳﻮ ﻓﻲ ﻋﻬﺪ‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﺍﻁﻮﺭﻳﺔ ﺍﻟﺒﺮﻳﻄﺎﻧﻴﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﻬﻨﺪ‪.‬‬ ‫ﻋﻼﻭﺓ ﻋﻠﻰ ﺫﻟﻚ‪ ،‬ﻓﺈﻥ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻣﺎ‬ ‫ﻳﺴﺤﺒﻪ ﻣﻦ ﻗﻮﺍﺕ ﻣﻦ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ ﺳﻴﺮﺳﻠﻬﺎ‬ ‫ﺇﻟﻰ ﺃﻓﻐﺎﻧﺴﺘﺎﻥ‪ ،‬ﺣﻴﺚ ﺍﻥ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺃﻗﻮﻯ‬ ‫ﻭﺃﺻﺒﺤﺖ ﺗﻜﺒﺪ ﺧﺴﺎﺋﺮ ﻓﺎﺩﺣﺔ ﻓﻲ ﺍﻻﺭﻭﺍﺡ‬ ‫ﻟﺠﻴﺶ ﺍﻻﺣﺘﻼﻝ‪ .‬ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﻋﻠﻰ ﺃﻓﻐﺎﻧﺴﺘﺎﻥ‬ ‫ﺃﺻﺒﺤﺖ ﻣﻬﺪﺩﺓ ﻭﻓﻲ ﺣﺎﻟﺔ ﺍﻟﻔﻠﺘﺎﻥ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻴﺪﻳﻦ‪ ،‬ﻭﻫﺬﺍ ﻣﺎ ﺃﺻﺒﺢ ﻳﻀﻌﻒ ﺣﻠﻴﻔﺘﻬﺎ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻨﻄﻘﺔ ﺃﻱ ﻭﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﺒﺎﻛﺴﺘﺎﻧﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻭﻧﻈﺮﺍ ﻟﻬﺬﻩ ﺍﻟﻤﻌﻀﻠﺔ‪ ،‬ﺳﻴﺎﺳﺔ‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻧﺤﻮ ﺍﻳﺮﺍﻥ ﺗﺘﻐﻴﺮ‪ :‬ﻓﻼ ﺗﺘﺨﻠﻰ‬ ‫ﻋﻦ ﺍﻟﺨﻴﺎﺭ ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻱ‪ ،‬ﻭﻟﻜﻨﻬﺎ ﻓﻲ ﻣﺤﺎﻭﻟﺔ‬ ‫ﻟﻠﺘﻔﺎﻭﺽ ﻣﻊ ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ ﺍﻻﻳﺮﺍﻧﻲ‪ .‬ﻓﺄﻣﺎﻡ‬ ‫ﺍﻟﻬﺰﺍﺋﻢ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻌﺎﻧﻴﻬﺎ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﻤﻨﻄﻘﺔ‪ ،‬ﺇﻳﺮﺍﻥ ﺗﺴﺘﻐﻞ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻈﺎﻫﺮﺓ‬ ‫ﻟﺘﻌﺰﻳﺰ ﻣﻮﻗﻌﻬﺎ ﻓﻲ ﺍﻟﺤﻮﺍﺭ‪ ،‬ﻭﻟﻬﺬﺍ ﻓﺈﻥ‬ ‫ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻫﻲ ﺑﺤﺎﺟﺔ ﻟﻠﺘﺼﺪﻱ‬ ‫ﻟﻬﺬﻩ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﻤﺘﻨﺎﻣﻴﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻨﻄﻘﺔ‬ ‫ﻭﻟﻮﻗﻒ ﺍﻟﺼﺮﺍﻋﺎﺕ‪ .‬ﻭﻣﻦ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻤﻨﻄﻠﻖ‬ ‫ﻓﻘﺪ ﻋﺮﺿﺖ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﺍﻵﻣﺮﻳﻜﻴﺔ‬ ‫ﻟﻠﺘﻔﺎﻭﺽ ﺣﻮﻝ ﺍﻟﺒﺮﻧﺎﻣﺞ ﺍﻟﻨﻮﻭﻱ‬ ‫ﺍﻻﻳﺮﺍﻧﻲ‪ ،‬ﻭﺃﻋﺮﺑﺖ ﻋﻦ ﻗﺒﻮﻟﻬﺎ ﺑﺘﻄﻮﻳﺮ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﻧﺎﻣﺞ ﺍﻟﺬﻱ ﻳﻬﺪﻑ ﺇﻟﻰ ﺍﺳﺘﺨﺪﺍﻡ‬ ‫ﺍﻟﻄﺎﻗﺔ ﻓﻲ ﺍﻟﻤﺠﺎﻝ ﺍﻟﻤﺪﻧﻲ‪ ،‬ﺗﺤﺖ ﺳﻴﻄﺮﺓ‬ ‫ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ‪ ،‬ﻓﻲ ﻣﻘﺎﺑﻞ ﺍﻟﻤﺴﺎﻋﺪﺓ‬ ‫ﺍﻹﻳﺮﺍﻧﻴﺔ ﻋﻠﻰ ﺿﺮﺏ ﻭﻫﺰﻳﻤﺔ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ‪ .‬ﻭﻋﻼﻭﺓ ﻋﻠﻰ ﺫﻟﻚ‪ ،‬ﻭﺑﻨﻔﺲ‬ ‫ﺍﻟﻄﺮﻳﻘﺔ ﺍﻟﺒﺤﺚ ﻋﻤﻠﻴﺔ ﺗﺮﻭﻳﺾ ﻟﺤﺰﺏ‬ ‫ﷲ ﺍﻟﺬﻱ ﻛﺎﻥ ﻟﻪ ﺩﻋﻢ ﺍﻟﺘﻌﺒﻴﺮ ﺍﻟﻌﺪﺩﻱ‬ ‫ﺍﻟﻮﺍﺿﺢ ﻓﻲ ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ‪ ،‬ﻭﺃﻛﺪ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﺎﺕ ﺍﻷﺧﻴﺮﺓ‪ ،‬ﺃﻥ ﻟﻪ ﺗﺄﻳﻴﺪ ﻭﺩﻋﻢ‬ ‫ﺍﻷﻏﻠﺒﻴﺔ ﺍﻟﺸﻌﺒﻴﺔ ﻓﻲ ﻟﺒﻨﺎﻥ‪ ،‬ﻭﻛﺎﻥ ﺑﺈﻣﻜﺎﻧﻪ‬ ‫ﺍﻟﻤﻄﺎﻟﺒﺔ‬ ‫ﺑﺘﻐﻴﻴﺮﺍﺕ ﻓﻲ ﺍﻟﺘﻜﻮﻳﻦ ﺍﻟﻠﺒﻨﺎﻧﻲ‬ ‫ﺍﻟﻄﺎﺋﻔﻲ‪ .‬ﺇﺫﺍ ﻛﺎﻥ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﺴﺘﻄﻴﻊ ﺗﺮﻭﻳﺾ‬ ‫ﻫﺬﻳﻦ ﺍﻟﻈﺎﻫﺮﺗﻴﻦ ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻨﻄﻘﺔ‪ ,‬ﺃﻱ ﺇﺧﻤﺎﺩ‬ ‫ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻭﺗﺠﺮﻳﺪ ﺳﻼﺡ ﺣﺰﺏ ﷲ‪ ،‬ﻫﺬﺍ‬ ‫ﻳﻌﻨﻲ ﺃﻥ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺳﻮﻑ ﺗﺴﺘﻤﺮ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﺘﻔﺮﺩ ﻓﻲ ﻧﻴﻞ ﺍﻷﺳﻠﺤﺔ ﺍﻟﻨﻮﻭﻳﺔ ﻭﺍﻟﻘﻮﺓ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻨﻄﻘﺔ‪ ،‬ﻭﻫﻮ ﻣﺎ ﻳﺸﻜﻞ ﺗﻬﺪﻳﺪﺍ ﺩﺍﺋﻤﺎ‬ ‫ﻟﻠﺸﻌﻮﺏ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﺣﻜﻮﻣﺔ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪﺓ‬ ‫ﻗﺪ ﺍﻋﻠﻨﺖ ﺇﺳﺘﻌﺪﺍﺩﻫﺎ ﻟﻠﺨﻄﻮﺓ ﺍﻟﺘﺎﻟﻴﺔ‪ ،‬ﻓﻲ‬ ‫ﺣﺎﻝ ﻓﺸﻠﺖ ﻣﺤﺎﻭﻻﺕ ﺍﻟﺤﻮﺍﺭ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻲ ﻣﻊ‬

‫ﺟﻨﻮﺩ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﺍﻷﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﻓﻲ ﺣﺎﻟﺔ ﺍﻟﻬﺴﺘﻴﺮﻳﺎ ﻓﻲ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ‪...‬ﺍﻹﻧﺴﺤﺎﺏ ﺃﻭ ﺍﻟﻤﻮﺕ‬

‫ﺇﻳﺮﺍﻥ‪ :‬ﺃﻱ ﺧﻄﻮﺓ ﺍﻟﻌﻘﻮﺑﺎﺕ ﺍﻻﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ‪.‬‬ ‫ﻭﻻ ﻧﻨﺴﻰ ﺁﻻﻑ ﺍﻟﻀﺤﺎﻳﺎ ﺍﻟﻌﺮﺍﻗﻴﻴﻦ‬ ‫ﺍﻟﺬﻳﻦ ﺩﻓﻌﻮﺍ ﺛﻤﻦ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﺔ ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻮﺳﺨﺔ‪ ,‬ﺃﻳﺎﻡ ﺻﺪﺍﻡ ﺣﺴﻴﻦ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﺨﻼﻑ ﻣﻊ ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ‬ ‫ﺍﻟﻬﺪﻑ ﻣﻦ ﺍﺭﺗﻜﺎﺏ ﻣﺠﺰﺭﺓ ﻏﺰﺓ‬ ‫ﻓﻲ ﺷﻬﺮﻱ ﻛﺎﻧﻮﻥ ﺍﻷﻭﻝ ‪ /‬ﺩﻳﺴﻤﺒﺮ‬ ‫ﻭﻛﺎﻧﻮﻥ ﺍﻟﺜﺎﻧﻲ ‪ /‬ﻳﻨﺎﻳﺮ ﻣﻦ ﻗﺒﻞ ﺍﻟﺠﻨﻮﺩ‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ ﺍﻟﺬﻳﻦ ﺣﺎﻭﻟﻮﺍ ﺍﻟﻘﻀﺎء ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺣﺮﻛﺔ ﺣﻤﺎﺱ ﻫﻮ ﺑﺴﻂ ﺳﻴﺎﺩﺓ ﺣﻜﻮﻣﺔ‬ ‫ﻋﻤﻴﻠﺔ ﻳﻤﻜﻦ ﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﺃﻥ ﺗﺴﻴﻄﺮ ﻋﻠﻴﻬﺎ‬ ‫ﻣﺒﺎﺷﺮﺓ‪ .‬ﻭﻛﺎﻧﺖ ﺷﺮﻁﺔ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ ﺍﻟﻮﻁﻨﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‪ ,‬ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻘﻮﺩﻫﺎ ﺣﺮﻛﺔ ﻓﺘﺢ‪,‬‬ ‫ﻓﻲ ﺣﺎﻟﺔ ﺗﺄﻫﺐ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺤﺪﻭﺩ ﺍﻟﻤﺼﺮﻳﺔ‪،‬‬ ‫ﻭﺑﺈﻧﺘﻈﺎﺭ ﺍﻟﻮﻗﺖ ﺍﻟﻤﻨﺎﺳﺐ ﻟﺪﺧﻮﻟﻬﺎ‬ ‫ﺍﻟﻰ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ ﺇﻟﻰ ﺟﺎﻧﺐ ﺍﻟﺠﻴﺶ‬ ‫ﺍﻻﺳﺮﺍﺋﻴﻠﻲ‪.‬‬ ‫ﻓﺸﻠﺖ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﺨﻄﺔ ﺑﺴﺒﺐ ﺍﻟﺘﺼﺪﻱ‬ ‫ﺍﻟﺒﻄﻮﻟﻲ ﻭﺍﻟﺘﺎﺭﻳﺨﻲ ﻷﻋﻤﺎﻝ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ‬ ‫ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺃﺳﻔﺮﺕ ﺃﻳﻀﺎ ﻋﻦ ﺭﺅﻳﺔ‬ ‫ﻭﺍﺿﺤﺔ ﻭﺣﻘﻴﻘﻴﺔ ﻟﻜﻞ ﺟﻤﺎﻫﻴﺮ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‬ ‫ﻟﻠﻮﺟﻪ ﺍﻟﺴﻔﺎﺡ ﻹﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ,‬ﻛﻤﺎ ﺍﺿﻴﻔﺖ‬ ‫ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻬﺰﻳﻤﺔ ﺇﺍﻟﻰ ﻫﺰﻳﻤﺔ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻓﻲ‬ ‫ﻟﺒﻨﺎﻥ‪ ،‬ﺃﻣﺎﻡ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻳﻘﻮﺩﻫﺎ ﺣﺰﺏ‬ ‫ﷲ ﺍﻟﺬﻱ ﻻ ﻳﺰﺍﻝ ﻳﺤﺘﻔﻞ ﺑﺎﻟﻨﺼﺮ‪ .‬ﻓﺈﺩﺍﺭﺓ‬ ‫ﺍﻟﺮﺋﻴﺲ ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻲ ﺟﻮﺭﺝ ﺑﻮﺵ ﻛﺎﻧﺖ‬ ‫ﻗﺪ ﺃﻳﺪﺕ ﻏﺰﻭ ﻗﻄﺎﻉ ﻏﺰﺓ‪ ،‬ﺑﺤﻴﺚ ﺍﻧﻬﺎ‬ ‫ﻛﺎﻧﺖ ﻣﻊ ﺍﻟﻔﻜﺮﺓ ﺍﻟﻘﺎﺋﻠﺔ ﺑﺄﻥ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻫﻲ‬ ‫ﺍﻟﻤﻮﻗﻊ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻲ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﻘﺪﻡ ﻓﻲ ﺍﻟﺸﺮﻕ ﺍﻷﻭﺳﻂ‪ ،‬ﻭﻳﻤﻜﻨﻬﺎ‬ ‫ﺗﻌﻮﻳﺾ ﺍﻟﻬﺰﻳﻤﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺍﻟﺤﻘﺖ ﺑﻬﺎ ﻓﻲ‬ ‫ﻟﺒﻨﺎﻥ ﻓﻲ ﺻﻴﻒ ‪ .2006‬ﻟﻜﻦ ﻫﺬﻩ ﻛﺎﺭﺛﺔ‬ ‫ﺟﺪﻳﺪﺓ ﺃﺩﺕ ﺇﻟﻰ ﺗﻐﻴﻴﺮ ﺟﺪﻳﺪ ﻓﻲ ﺳﻴﺎﺳﺔ‬ ‫ﺍﻻﺩﺍﺭﺓ ﺍﻻﻣﻴﺮﻛﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ ﻟﻢ ﻳﻨﺠﺤﻮﺍ ﻓﻲ ﻣﺨﻄﻄﻬﻢ‬ ‫ﻭﻟﻦ ﻳﻄﻤﺌﻨﻮﺍ ﺇﻻ ﺑﻬﺰﻳﻤﺔ ﻛﺎﻣﻠﺔ‬ ‫ﻟﻠﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ‪ ،‬ﻭﻟﻬﺬﺍ ﺍﻟﻬﺪﻑ ﺍﻧﺘﺨﺒﻮﺍ ﺍﻟﻴﻤﻴﻦ‬ ‫ﻭﺍﻳﻤﻴﻦ ﺍﻟﻤﺘﻄﺮﻑ‬ ‫ﻳﻤﺜﻠﻪ ﻧﺘﻨﻴﺎﻫﻮ ﻭﺣﻜﻮﻣﺘﻪ‬ ‫ﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﺍﻟﺠﺪﻳﺪﺓ‪.‬‬ ‫ﻫﺬﻩ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺔ ﻻ ﺗﺮﻳﺪ ﺇﺟﺮﺍء ﺃﻱ‬ ‫ﺗﻔﺎﻭﺽ ﻣﻊ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ‪ ،‬ﻭﻻ ﺍﻟﻜﻼﻡ ﻋﻦ‬ ‫ﺩﻭﻟﺘﻴﻦ ﺃﻭ ﻋﻦ ﻭﻗﻒ ﺑﻨﺎء ﺍﻟﻤﺴﺘﻮﻁﻨﺎﺕ ﻓﻲ‬ ‫ﺍﻟﻀﻔﺔ ﺍﻟﻐﺮﺑﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻲ ﺗﻨﺎﻓﺖ ﻣﻊ ﺧﻄﺎﺑﺎﺕ‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ .‬ﻭﺗﺤﺖ ﺍﻟﻀﻐﻂ‬ ‫ﺍﻟﺪﻭﻟﻲ ﻻﺳﺘﺌﻨﺎﻑ ﺻﻴﻎ ﺇﺗﻔﺎﻗﻴﺔ‬

‫ﺧﺮﻳﻄﺔ ﺍﻟﻄﺮﻳﻖ‪ ,‬ﻧﺘﺎﻧﻴﺎﻫﻮ ﻭﺍﻓﻖ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﺍﻟﺘﺤﺪﺙ ﺣﻮﻝ ﺍﻟﺪﻭﻟﺘﻴﻦ‪ ،‬ﻭﻟﻜﻦ ﻋﻠﻰ ﻧﻤﻂ‬ ‫ﺍﻟﺸﺮﻭﻁ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‪,‬‬ ‫ﻣﺜﻞ ﺇﻓﺮﺍﻍ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻣﻦ‬ ‫ﺣﻖ ﺍﻟﺪﻓﺎﻉ ﻋﻦ ﺍﻟﻨﻔﺲ‬ ‫ﺣﺘﻰ ﻣﻦ ﺟﺎﻧﺐ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻟﻜﻦ ﻫﺬﺓ ﺍﻹﺧﺘﻼﻑ ﺑﻴﻦ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﺼﻬﺎﻳﻨﺔ ﻟﻴﺲ ﺇﻻ ﺗﺄﻛﻴﺪ ﻟﻠﺤﻔﺎﻅ ﻋﻠﻰ‬ ‫ﻣﻮﻗﻊ ﺩﻭﻟﺔ ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻭﺗﺸﺮﻳﻊ ﺍﻟﺴﺮﻗﺔ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﻗﺎﺩﺗﻬﺎ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺑﺪﻋﻢ ﻣﻦ ﺍﻻﻣﻢ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ‪ ،‬ﺿﺪ ﺍﻟﺸﻌﺐ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻲ‪.‬‬ ‫ﻭﻫﺬﺍ ﻣﺎ ﺳﺒﻖ ﺃﻥ ﺍﺩﻋﺎﻩ ﺍﻟﺮﺋﻴﺲ‬ ‫ﺍﻻﻣﻴﺮﻛﻲ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪ‪ ،‬ﺳﻮﺍء ﻓﻲ ﺣﻤﻠﺘﻪ‬ ‫ﺍﻻﻧﺘﺨﺎﺑﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺑﻌﺪ ﺍﻟﺘﺮﺷﻴﺤﺎﺕ )ﺭﺍﻡ‬ ‫ﺇﻳﻤﺎﻧﻮﻳﻞ ‪ ،‬ﺭﺋﻴﺲ ﺍﻟﻬﻴﺌﺔ ﺍﻟﺪﻳﻤﻘﺮﺍﻁﻲ‪,‬‬ ‫ﻫﻮ ﺻﻬﻴﻮﻧﻲ ﻋﻠﻨﻲ‪ ،‬ﺍﺑﻦ ﺍﺭﻫﺎﺑﻲ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻳﻐﺮﻭﻥ(‪ ،‬ﻭﺃﺛﻨﺎء ﻟﻘﺎﺋﻪ ﻓﻲ ﺷﻬﺮﺃﻳﺎﺭ ‪/‬‬ ‫ﻣﺎﻳﻮ ﻣﻊ ﻧﺘﺎﻧﻴﺎﻫﻮ‪ ،‬ﻭﺑﺎﻟﺮﻏﻢ ﻣﻦ ﺍﻟﺨﻼﻓﺎﺕ‬ ‫ﺃﻛﺪ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻋﻠﻰ ﺃﻥ ﺩﻭﻟﺔ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻫﻲ‬ ‫ﺍﻟﺤﻠﻴﻒ ﺍﻷﺑﺪﻱ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻮﺍﻗﻊ‪ ،‬ﻟﻢ ﻳﺒﺪﻱ ﺍﻱ ﻏﺴﺘﻌﺪﺍﺩ‬ ‫ﻟﻮﻗﻒ ﺍﻟﺪﻋﻢ ﺍﻹﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺎ‪.‬‬ ‫ﻟﻠﻤﺴﺘﻮﻁﻨﺎﺕ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪﺓ‪.‬‬ ‫ﺍﻟﻨﻬﺞ ﺍﻟﻤﺘﺒﻊ ﻓﻲ ﺧﻄﺎﺑﻪ ﺍﻟﻤﻮﺟﻪ ﺍﻟﻰ‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ ﻓﻲ ﻛﻠﻤﺘﻪ ﺍﻟﻘﺎﻫﺮﺓ‪ ،‬ﺭﺻﺪﺕ‬ ‫ﻭﺃﺷﺎﺩﺕ ﺑﻪ ﻣﻌﻈﻢ ﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺎﺕ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﺑﺮﺭ ﺍﺣﺘﻼﻝ ﺃﻓﻐﺎﻧﺴﺘﺎﻥ ﻭﻭﺟﻮﺩ‬ ‫ﺩﻭﻟﺔ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ )ﻭﺫﻛﺮ ﺑﻤﺤﺮﻗﺔ ﺍﻟﻴﻬﻮﺩﻳﺔ‬ ‫ﻭﻧﺴﻰ ﺍﻟﻤﺠﺎﺯﺭ ﺑﺤﻖ ﻓﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ(‬ ‫ﺣﻴﻦ ﺗﺤﺪﺙ ﻋﻦ ﺭﻏﺒﺘﻪ ﻟﻠﺘﻘﺎﺭﺏ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻷﻣﺔ ﺍﻹﺳﻼﻣﻴﺔ‪ ،‬ﻭﻁﻠﺐ ﺗﻌﺎﻭﻧﻬﺎ ﺿﺪ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﻄﺮﻓﻴﻦ ﺍﻟﺬﻳﻦ ﻳﻠﺠﺄﻭﻥ ﻟﻠﻌﻨﻒ‪ .‬ﺑﻨﻈﺮ‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻻ ﺗﻮﺟﺪ ﻣﻘﺎﻭﻣﺔ ﺿﺪ ﺍﻻﺣﺘﻼﻝ‪،‬‬ ‫ﻭﻛﻞ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﻫﻲ ﻋﻤﻞ ﺍﺭﻫﺎﺑﻲ‬ ‫ﻳﺆﺩﻱ ﺇﻟﻰ ﻗﺘﻞ ﺍﻷﺑﺮﻳﺎء‪.‬‬ ‫ﺭﺋﻴﺲ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﻳﺮﻯ ﺍﻵﻥ‬ ‫ﻣﻦ ﺍﻟﻌﺮﺍﻕ ﺑﻠﺪ ﺃﻓﻀﻞ )ﺑﻠﺪ ﺩﻣﺮ ﻭﺍﺣﺘﻞ‬ ‫ﻋﺴﻜﺮﻳﺎ ﻣﻦ ﻗﺒﻞ ﺍﻟﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ( ﻣﻦ‬ ‫ﻋﻬﺪ ﺻﺪﺍﻡ ﺣﺴﻴﻦ‪ .‬ﻣﻦ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻤﻨﻄﻠﻖ ﻓﻬﻮ‬ ‫ﻻ ﻳﺨﺘﻠﻒ ﻋﻦ ﺳﺎﺑﻘﻪ ﻓﻲ ﺍﻟﺒﻴﺖ ﺍﻻﺑﻴﺾ‪.‬‬ ‫ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﻤﺜﻞ ﻗﻄﺎﻋﺎﺕ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺬﻳﻦ ﻳﻌﺮﻓﻮﻥ ﺃﻥ ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺑﻮﺵ ﺍﻟﻌﺪﻭﺍﻧﻴﺔ‬ ‫ﻭﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ ﻗﺪ ﺗﺆﺩﻱ ﺍﻟﻰ ﻫﺰﺍﺋﻢ ﻣﺘﺰﺍﻳﺪﺓ‬ ‫ﻭﺍﻛﺜﺮ ﺍﻫﻤﻴﺔ‪ .‬ﻭﻫﺬﺍ ﻣﺎ ﻳﻔﺴﺮ ﺳﻴﺎﺳﺔ‬ ‫»ﺍﻟﺘﻘﺎﺭﺏ ﻣﻊ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ«‪ .‬ﺍﻭﺑﺎﻣﺎ‬ ‫ﻳﺮﻳﺪ ﺗﻨﻔﻴﺬ ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺑﻴﻞ ﻛﻠﻴﻨﺘﻮﻥ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺗﺠﻌﻞ ﻣﻦ ﺇﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪.‬‬ ‫ﺍﻥ ﺗﻘﻮﻡ ﺑﺪﻭﺭ ﺍﻟﺸﺮﻁﺔ ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪ ,‬ﻣﻦ‬ ‫ﺧﻼﻝ ﺟﻌﻞ ﺍﻟﻔﻠﺴﻄﻴﻨﻴﻴﻦ ﻭﺍﻟﺪﻭﻝ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ‬ ‫ﺍﻻﻋﺘﺮﺍﻑ ﺑﺎﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‪ ،‬ﻓﻲ ﻣﻘﺎﺑﻞ‬ ‫ﺩﻭﻟﺔ ﻓﻠﺴﻄﻴﻨﻴﺔ ﻣﺰﻳﻔﺔ‪ ،‬ﺗﻌﺘﻤﺪ ﻋﻠﻰ ﺩﻭﻟﺔ‬ ‫ﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ .‬ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ ﻳﺮﻳﺪ ﻣﻦ ﺧﻼﻝ ﺧﻄﺎﺑﻪ‬ ‫ﺍﻥ ﻳﺘﻮﺟﻪ ﻟﻠﺠﻤﺎﻫﻴﺮ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ ﻛﻲ ﺗﺘﺨﻠﻰ‬ ‫ﻋﻦ ﻋﺪﺍﺋﻬﺎ ﻟﻠﻮﻻﻳﺎﺕ ﺍﻟﻤﺘﺤﺪﺓ ﺍﻻﻣﺮﻳﻜﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻭﺍﻟﻤﻄﻠﻮﺏ ﻣﻦ ﻭﺍﻟﺤﻜﻮﻣﺎﺕ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ ﻫﻮ‬ ‫ﺍﻟﺘﻌﻬﺪ ﺑﺠﺪﻳﺔ ﺍﻛﺜﺮ ﻣﻊ ﺍﻹﺳﺘﺮﺍﺗﻴﺠﻴﺔ‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻛﺨﻠﻔﻴﺔ ﻟﻬﺎ‪ ،‬ﻟﺘﻘﻮﻡ ﺑﺎﻟﻤﻬﺎﻡ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﻟﻢ ﺗﺘﻤﻜﻦ ﺍﻟﻘﻮﺍﺕ ﺍﻟﻌﺴﻜﺮﻳﺔ ﺍﻵﻣﺮﻳﻜﻴﺔ ﻣﻦ‬ ‫ﺇﻧﺠﺎﺯﻫﺎ‪.‬‬ ‫ﻭﺑﺎﺧﺘﺼﺎﺭ‪ ,‬ﻓﺈﻥ ﺍﻟﻴﻮﻡ ﺷﻌﺒﻨﺎ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ‬ ‫ﻭﻏﻴﺮﻩ ﻣﻦ ﺷﻌﻮﺏ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ ،‬ﻟﺪﻳﻨﺎ ﻋﺪﻭ ﺃﻛﺜﺮ‬ ‫ﻏﺪﺭﺍ ﻓﻲ ﺃﻭﺑﺎﻣﺎ‪ ،‬ﻭﺃﻛﺜﺮ ﺻﻌﻮﺑﺔ ﻓﻲ‬ ‫ﻣﻜﺎﻓﺤﺘﻪ‪ .‬ﺣﻜﻮﻣﺎﺕ ﺍﻟﺪﻭﻝ ﺍﻟﻌﺮﺑﻴﺔ ﻣﺴﺘﻌﺪﺓ‬ ‫ﻭﺻﺎﻏﻴﺔ ﻟﻼﺳﺘﻤﺎﻉ ﻟﺼﻮﺕ ﺻﻔﺎﺭﺍﺕ‬ ‫ﺍﻹﻧﺬﺍﺭ ﺍﻹﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪ .‬ﻭﺍﻟﻌﻤﺎﻝ ﻭﺍﻟﺸﻌﻮﺏ‬ ‫ﺍﻟﻤﻀﻄﻬﺪﺓ ﻳﺘﻮﺟﺐ ﻋﻠﻴﻨﺎ ﺍﻻﻧﺘﺒﺎﻩ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻘﻴﺎﺩﺍﺕ ﺍﻟﺘﻲ ﺃﺩﺍﺭﺕ ﺍﻟﻨﻀﺎﻝ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ‬ ‫ﻣﻜﺎﻓﺤﺔﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ ﻭﺍﺳﺮﺍﺋﻴﻞ‪ ,‬ﻛﻲ ﻻ ﺗﻘﺒﻞ‬ ‫ﺑﺎﻟﺘﻔﺎﻭﺽ ﺣﻮﻝ ﻣﺎ ﺇﻛﺘﺴﺒﺘﻪ ﺍﻟﺠﻤﺎﻫﻴﺮ‬ ‫ﺧﻼﻝ ﺍﻷﻋﻮﺍﻡ ﺍﻵﺧﻴﺮﺓ ﻣﻦ ﺍﻟﻨﻀﺎﻝ‪• .‬‬


‫‪ 6‬ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ‬

‫ﻋﺪﺩ ‪ - 03‬ﻳﻮﻟﻴﻮ ‪ /‬ﺃﻏﺴﻄﺲ ‪2009‬‬

‫ﺍﻟﻤﺎﺭﻛﺴﻴﺔ‬

‫ﻣﺎ ﻫﻲ ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ‬

‫ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺔ‬

‫ﺍﻟﻌﻤﻮﺩ ﺍﻟﻔﻘﺮﻱ ﻷﻳﺔ‬ ‫ﻣﻨﻈﻤﺔ ﻫﻲ ﺍﻟﺼﺤﻴﻔﺔ‬ ‫ﺧﺎﻟﺪ ﺍﻟﻤﻴﺮ‬

‫ﺻﺎﺩﻕ ﺃﻣﻴﻦ‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻤﺠﺘﻤﻊ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻲ ﺍﻟﺬﻱ ﻧﻌﻴﺶ‬ ‫ﻓﻴﻪ‪ ،‬ﻫﻨﺎﻙ ﻁﺒﻘﺘﻴﻦ ﺇﺟﺘﻤﺎﻋﻴﺔ ﺃﺳﺎﺳﻴﺘﻴﻦ‬ ‫ﺗﺘﻘﺎﺗﻞ ﻓﻴﻤﺎ ﺑﻴﻨﻬﺎ ﺣﻮﻝ ﻋﻼﻗﺎﺕ ﺍﻻﻧﺘﺎﺝ‪:‬‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﻭﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ‪ .‬ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ‬ ‫ﻫﻲ ﺍﻟﻄﺒﻘﺔ ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻜﻮﻧﺖ‬ ‫ﻣﻦ ﺃﺻﺤﺎﺏ ﻭﺳﺎﺋﻞ ﺍﻹﻧﺘﺎﺝ )ﺍﻷﺭﺽ‬ ‫ﻭﺍﻵﻻﺕ ﻭﺍﻷﺩﻭﺍﺕ ﻭﺍﻟﻤﻮﺍﺩ ﺍﻟﺨﺎﻡ‪،‬‬ ‫ﻭﺍﻟﻤﺒﺎﻧﻲ‪ ،‬ﻭﺍﻟﻨﻘﻞ‪ ،‬ﺍﻟﺦ(‪ ،‬ﻭﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ‬ ‫ﻫﻲ ﺍﻟﻄﺒﻘﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﻳﺸﻜﻠﻬﺎ ﻓﻘﻂ ﻣﻦ ﻳﻤﻠﻚ‬ ‫ﻗﻮﺓ ﺍﻟﻌﻤﻞ( ﻗﺪﺭﺍﺕ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ‪ ،‬ﺗﺴﺘﺨﺪﻡ‬ ‫ﻓﻲ ﻣﻘﺎﺑﻞ ﺭﺍﺗﺐ ﺿﺌﻴﻞ‪ ،‬ﻹﻧﺘﺎﺝ‬ ‫ﺍﻟﺜﺮﻭﺓ ﺍﻟﻤﺎﺩﻳﺔ(‪ .‬ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﺟﺮﺩﺕ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ ﻣﻦ ﻭﺳﺎﺋﻞ ﺍﻻﻧﺘﺎﺝ ﺧﻼﻝ‬ ‫ﻁﻮﻳﻠﺔ‪ ،‬ﺑﻮﺍﺳﻄﺔ‬ ‫ﻣﺮﺣﻠﺔ ﺗﺎﺭﻳﺨﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺤﺮﻭﺏ ﻭﺍﻻﺿﻄﻬﺎﺩ‪ .‬ﻭﺑﺬﻟﻚ ﻧﺘﻮﺻﻞ‬ ‫ﺇﻟﻰ ﻓﻬﻢ ﺃﻥ ﺍﻻﻗﻠﻴﺔ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ‪،‬‬ ‫ﻣﻦ ﺧﻼﻝ ﺇﻣﺘﻼﻛﻬﺎ ﻟﻮﺳﺎﺋﻞ ﺍﻹﻧﺘﺎﺝ‪،‬‬ ‫ﺗﻀﻄﻬﺪ ﺍﻷﻏﻠﺒﻴﺔ ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺔ‪ ,‬ﺍﻟﻤﺠﺒﺮ‬ ‫ﻋﻠﻴﻬﺎ ﻓﻲ ﻅﻞ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﻈﺮﻭﻑ‬ ‫ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ ‪ -‬ﺑﻴﻊ ﻣﺎ ﻟﺪﻳﻬﺎ ﻣﻦ ﻗﻮﺓ‬‫ﻋﻤﻞ ﻣﻘﺎﺑﻞ ﺭﺍﺗﺐ‪ .‬ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺮﺍﺗﺐ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺬﻱ‬ ‫ﻳﺪﻓﻌﻪ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻲ ﻓﻲ ﻣﻘﺎﺑﻞ ﺍﻟﻌﻤﻞ‬ ‫ﺍﻟﺬﻱ ﺗﻘﻮﻡ ﺑﻪ ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ‪ ،‬ﻫﻮ ﺃﻗﻞ‬ ‫ﺑﻜﺜﻴﺮ ﻣﻦ ﺍﻟﻘﻴﻤﺔ ﺍﻟﻨﻬﺎﺋﻴﺔ ﺍﻟﺤﻘﻴﻘﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﺃُﺳﺘﺨﺪﻣﺖ ﻟﻺﻧﺘﺎﺝ‪) ,‬ﺍﻟﺘﻲ ﺇﺳﺘﺨﺪﻣﻬﺎ‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻣﻞ ﻟﻺﻧﺘﺎﺝ(‪.‬‬ ‫ﺍﻟﻔﺮﻕ ﻓﻲ ﺍﻟﻘﻴﻤﺔ ﺑﻴﻦ ﺍﻷﺟﻮﺭ‬ ‫ﻭﺍﻟﻘﻴﻤﺔ‬ ‫ﻟﻠﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ‬ ‫ﺍﻟﻤﺪﻓﻮﻋﺔ‬ ‫ﺍﻟﻨﻬﺎﺋﻴﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﻨﺘﺞ ﺑﺎﻋﺘﺒﺎﺭﻫﺎ ﻣﻦ‬ ‫ﻣﻨﺘﺠﺎﺕ ﺍﻟﻌﻤﻞ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺒﻘﻰ ﺑﻴﺪ ﺳﻴﺪ‬ ‫ﺍﻟﻌﻤﻞ )ﺻﺎﺣﺐ ﺍﻟﻌﻤﻞ(‪ ،‬ﺗﺴﻤﻰ ﺍﻟﻘﻴﻤﺔ‬ ‫ﺍﻟﻤﻀﺎﻓﺔ‪ ,‬ﺃﻱ ﻓﺎﺋﺾ ﺍﻟﻘﻴﻤﺔ‪ ،‬ﻭﻫﺬﺍ ﻫﻮ‬ ‫ﺍﻟﺮﺑﺢ‪ ،‬ﻭﻫﻮ ﺃﺳﺎﺳﺎ ﻟﺰﻳﺎﺩﺓ ﺗﺮﺍﻛﻢ ﺭﺃﺱ‬ ‫ﺍﻟﻤﺎﻝ ﻓﻲ ﻳﺪ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻲ‪ .‬ﻭﻫﻜﺬﺍ‪ ،‬ﻓﺈﻥ‬ ‫ﻣﺼﺎﻟﺢ ﻛﻼ ﺍﻟﻄﺒﻘﺘﻴﻦ ﻫﻲ ﻣﻀﺎﺿﺔ‬ ‫ﻭﻣﺘﻨﺎﻗﻀﺔ‪ :‬ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ ﺗﺮﻳﺪ ﺍﻟﺘﺤﺮﺭ‬ ‫ﻣﻦ ﻫﺬ ﺍﻻﺳﺘﻐﻼﻝ ﻭﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﺗﺮﻳﺪ‬ ‫ﻭﺑﺸﻜﻞ ﻣﺘﺰﺍﻳﺪ ﺇﺿﻄﻬﺎﺩ ﻭﺇﺳﺘﻐﻼﻝ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ ﻟﻜﺴﺐ ﺍﻟﻤﺰﻳﺪ ﻣﻦ ﻓﺎﺋﺾ‬ ‫ﺍﻟﻘﻴﻤﺔ‪ ،‬ﻭﺟﻤﻊ ﺃﻛﺒﺮ ﻋﺪﺩ ﻣﻤﻜﻦ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﺜﺮﻭﺍﺕ ﻭﺗﺮﻛﻴﺰﻫﺎ ﺑﻴﻦ ﺍﻳﺪﻳﻬﻢ‬ ‫ﻭﺍﻹﺳﺘﻴﻼء ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺘﺮﻑ ﻭﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﻴﺔ‪ .‬ﻣﻦ ﺟﻮﻫﺮ‬ ‫ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻌﺪﺍء ﻳﻨﺘﺞ ﺍﻟﺼﺮﺍﻉ ﺍﻟﻄﺒﻘﻲ‬ ‫ﻭﻫﻮ ﺍﻟﺘﻬﺪﻳﺪ ﺍﻟﻮﺣﻴﺪ ﻹﺳﺘﻘﺮﺍﺭ ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ‬

‫ﻭﻫﻴﻤﻨﺔ‬

‫ﺍﻟﺒﻮﺭﺟﻮﺍﺯﻳﺔ‬

‫ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻲ‬ ‫ﻟﻠﻤﻤﺘﻠﻜﺎ ﺕ ‪.‬‬ ‫ﻁﺒﻘﺔ ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ‪ ،‬ﻟﺘﻐﻴﻴﺮ ﻫﺬﺍ‬ ‫ﺍﻟﻮﺿﻊ ﻭﻋﻜﺴﻪ‪ ,‬ﻟﻴﺲ ﻟﺪﻳﻬﺎ ﺇﻻ ﻭﺳﻴﻠﺔ‬ ‫ﻭﺣﻴﺪﺓ ﻟﻠﺨﺮﻭﺝ ﻣﻦ ﻣﺤﻨﺘﻬﺎ ﻭﻫﻲ‬ ‫ﻣﻬﺎﺟﻤﺔ ﺍﻟﻄﺒﻘﺔ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﻭﺿﺮﺏ‬ ‫ﻋﺎﻣﻮﺩﻫﺎ ﺍﻟﻔﻘﺮﻱ‪.‬‬ ‫ﻭﺗﺘﻤﺤﻮﺭ ﺍﻟﻤﻬﻤﺔ ﺍﻷﺳﺎﺳﻴﺔ ﺍﻻﻭﻟﻰ‬ ‫ﻓﻲ ﻧﺰﻉ ﻣﻠﻜﻴﺔ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﻭﻧﺰﻉ‬ ‫ﻭﺳﺎﺋﻞ ﺍﻹﻧﺘﺎﺝ‪ ،‬ﻭﺑﺎﻟﺘﺎﻟﻲ ﺍﻟﺤﺼﻮﻝ‬ ‫ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺴﻴﻄﺮﺓ ﻋﻠﻰ ﺍﻹﻧﺘﺎﺝ ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﻲ‬ ‫ﻟﻠﻌﻤﻞ‪ ،‬ﺍﻟﻤﻐﺘﺼﺒﺔ ﻣﻦ ﻗﺒﻞ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ‪.‬‬ ‫ﻻﻧﺠﺎﺯ ﻫﺬﻩ ﺍﻟﻤﻬﻤﺔ ﺍﻟﺘﺎﺭﻳﺨﻴﺔ‪ ،‬ﻁﺒﻘﺔ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ ﺗﻨﻈﻢ ﺿﻤﻦ ﺇﻁﺎﺭ ﺍﻟﻨﻘﺎﺑﺎﺕ‬ ‫ﻭﺍﻷﺣﺰﺍﺏ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ ﺍﻟﺜﻮﺭﻳﺔ‪ ،‬ﻣﻌﻠﻨﺔ‬ ‫ﺑﺪءﺍﺍﻟﻨﻀﺎﻝ ﻣﻦ ﺃﺟﻞ ﺗﺪﻣﻴﺮ ﺍﻟﻨﻤﻂ‬ ‫ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻲ ﻟﻺﻧﺘﺎﺝ‪ .‬ﻧﺠﺎﺣﻬﺎ ﻳﺘﻢ ﻭﻳﻜﺘﻤﻞ‬ ‫ﺑﺎﻹﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﺑﺈﺳﺘﺒﺪﺍﻝ‬ ‫ﻛﻨﻤﻮﺫﺝ ﺍﺟﺘﻤﺎﻋﻲ ﺟﺪﻳﺪ ﺑﺤﻴﺚ ﺗﺼﺒﺢ‬ ‫ﺍﻟﻤﻠﻜﻴﺔ ﺍﻟﺨﺎﺻﺔ ﻟﻮﺳﺎﺋﻞ ﺍﻻﻧﺘﺎﺝ ﺗﺤﻞ‬ ‫ﻣﺤﻠﻬﺎ ﺍﻟﻤﻠﻜﻴﺔ ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﻴﺔ‪-‬ﺍﻟﺠﻤﺎﻋﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﻌﺎﻣﺔ ﻟﻮﺳﺎﺋﻞ ﺍﻹﻧﺘﺎﺝ ﻭﺗﻮﺯﻳﻊ‬ ‫ﺍﻟﺜﺮﻭﺓ‪.‬‬ ‫ﻓﻲ ﺍﻟﻤﻔﻬﻮﻡ ﺍﻟﻤﺎﺭﻛﺴﻲ‪ ،‬ﺍﻟﻤﺴﺘﻤﺪ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﺘﺤﻠﻴﻞ ﺍﻟﺘﺎﺭﻳﺦ ﻭﺍﻟﻌﻠﻤﻲ ﻟﻠﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﻓﺎﻟﻨﻈﺎﻡ‬ ‫ﺍﻻﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ‪،‬‬ ‫ﻭﺍﻵﻟﻴﺎﺕ‬ ‫ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻲ ﻫﻮ ﺍﻟﻨﻈﺎﻡ ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﻲ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﺔ ﺍﻟﺬﻱ ﻻ ﻳﻤﻜﻦ ﺍﻥ ﻳﺘﻤﻴﺰ ﻓﻌﻼ‬ ‫ﺇﻻ ﺑﺎﻟﻘﻀﺎء ﻧﻬﺎﺋﻴﺎ ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ‪،‬‬ ‫ﺗﺤﻮﻳﻞ ﻣﻠﻜﻴﺔ ﻭﺳﺎﺋﻞ ﺍﻻﻧﺘﺎﺝ‬ ‫ﺇﻟﻰ ﻣﻠﻜﻴﺔ ﺍﻟﻤﺠﺘﻤﻊ ﺍﻟﻌﺎﻣﺔ‪ .‬ﻭﻫﻜﺬﺍ‬ ‫ﺑﺈﻟﻐﺎءﺍﻟﻤﻠﻜﻴﺔ ﺍﻟﺨﺎﺻﺔ‬ ‫ﻭﻧﻴﻞ ﻫﺬﺓ ﺍﻟﻮﺳﺎﺋﻞ ﻣﻦ ﻳﺪﻫﺎ‪،‬‬ ‫ﻳﺼﺒﺢ ﺍﻟﺠﻤﻴﻊ ﻋﻤﺎﻝ‪ ،‬ﻣﺸﺎﺭﻛﻴﻦ ﻓﻲ‬ ‫ﻋﻤﻠﻴﺔ ﺍﻹﻧﺘﺎﺝ ﻭﺍﻟﺘﻮﺯﻳﻊ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻔﺎﻭﺗﺎﺕ‬ ‫ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﻴﺔ ﺗﺒﺪﺃ ﺍﻟﻤﻴﻞ ﺇﻟﻰ ﺍﻟﺰﻭﺍﻝ‬ ‫ﺑﺸﻜﻞ ﻛﺒﻴﺮ‪.‬‬ ‫ﺍﻻﺷﺘﺮﺍﻛﻴﺔ ﻫﻲ ﺑﺎﻟﺘﺎﻟﻲ ﺧﻄﻮﺓ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻤﺮﺣﻠﺔ ﺍﻟﻌﻤﻠﻴﺔ ﺍﻟﺜﻮﺭﻳﺔ‪ ،‬ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺒﺪﺃ‬ ‫ﺑﻨﻬﺎﻳﺔ ﺑﻨﻴﺔ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺑﻨﺎء ﺃﺳﺲ‬ ‫ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺴﻴﻄﺮ ﻋﻠﻴﻬﺎ ﺍﻟﺒﺮﻭﻟﻴﺘﺎﺭﻳﺎ‬ ‫ﻟﺘﻨﻈﻴﻢ ﺳﻴﺮ ﺍﻟﻤﺠﺘﻤﻊ ﻭﻛﻒ ﺍﻟﺤﻜﺎﻡ‬ ‫ﺍﻟﺴﺎﺑﻘﻴﻦ‪ ،‬ﻭﻟﻜﻦ ﺫﻟﻚ ﻳﺤﻘﻖ ﺑﺘﻘﺪﻡ‬ ‫ﺍﻟﻤﺮﺣﻠﺔ ﺍﻟﺠﺪﻳﺪﺓ‪ :‬ﺍﻟﺸﻴﻮﻋﻴﺔ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺘﻲ‬ ‫ﻻ ﺣﺎﺟﺔ ﻟﻮﺟﻮﺩ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ ﻓﻲ ﻅﻞ ﻫﺬﺓ‬ ‫ﺍﻟﻤﺮﺣﻠﺔ‪ ،‬ﻭﺗﺴﻘﻂ ﻓﻴﺎ ﻛﻞ ﺁﺛﺎﺭ ﺍﻟﺘﻘﺴﻴﻢ‬ ‫ﺍﻟﻄﺒﻘﻲ ﻭﺗﺰﺍﻝ ﺗﺪﺭﻳﺠﻴﺎ‪• .‬‬

‫ﺟﺮﻳﺪﺓ ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ ﺍﻹﺷﺘﺮﺍﻛﻲ‪ ,‬ﺗﻘﻮﻡ‬ ‫ﺑﻤﺤﺎﻭﻟﺔ ﻟﻠﺘﺤﻠﻴﻞ ﻭﺩﺭﺍﺳﺔ ﺍﻟﺤﺎﻟﺔ‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ ﻓﻲ ﺑﻠﺪﺍﻥ ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ ﺍﻟﻌﺮﺑﻲ‪،‬‬ ‫ﺃﻭ ﻣﺎ ﻳﺘﺄﺛﺮ ﺑﻬﺎ‪ .‬ﻣﻊ ﺫﻟﻚ‪ ،‬ﻓﻬﻲ ﻻ‬ ‫ﺗﺴﻌﻰ ﻟﻠﻔﻬﻢ ﺍﻟﻤﺠﺮﺩ ﺍﻟﺬﻱ ﻻ ﻳﺆﺩﻱ‬ ‫ﺇﻟﻰ ﻧﺘﺎﺋﺞ ﻋﻤﻠﻴﺔ‪ ،‬ﻭﻟﻜﻦ ﺗﻌﺘﻤﺪ‬ ‫ﻋﻬﻠﻰ ﺳﻴﺎﺳﺔ ﺍﻟﺘﻮﺿﻴﺢ ﻟﺘﻘﺪﻳﻢ‬ ‫ﺑﺪﺍﺋﻞ ﻟﻠﻌﻤﻞ‪.‬‬ ‫ﻭﻟﻜﻦ ﻛﻴﻒ ﻳﻤﻜﻦ ﻟﺼﺤﻴﻔﺔ‬ ‫ﺑﺴﻴﻄﺔ ﻣﻦ ﺍﻟﻮﺻﻮﻝ ﺇﻟﻰ ﻣﺴﺘﻮﻯ‬ ‫ﺍﻟﺘﺄﺛﻴﺮ ﻭﺍﻟﺘﻐﻴﻴﺮ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻲ؟‬ ‫ﻫﺬﺍ ﻻ ﻳﻤﻜﻦ ﺃﻥ ﻳﺘﻢ ﺇﻻ ﺇﺫﺍ‬ ‫ﻛﺎﻧﺖ ﺟﺮﻳﺪﺓ ﺍﻟﺒﻴﺎﻥ ﺗﻌﻤﻞ ﻣﻊ ﺳﺎﺋﺮ‬ ‫ﺍﻟﻤﺠﻤﻮﻋﺎﺕ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ ﻭﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﻔﻌﺎﻟﺔ ﺩﺍﺧﻞ ﺍﻟﻨﻘﺎﺑﺎﺕ ﻭﺍﻟﺠﻤﻌﻴﺎﺕ‬ ‫ﻭﺍﻟﺤﺮﻛﺎﺕ ﺍﻟﻐﻴﺮ ﺷﺮﻋﻴﺔ‪ .‬ﻭﺗﺘﻤﺜﻞ‬ ‫ﺍﻟﺨﻄﻮﺓ ﺍﻷﻭﻟﻰ ﻓﻲ ﻁﺒﺎﻋﺔ ﻭﺗﻮﺯﻳﻊ‬ ‫ﺍﻟﺠﺮﻳﺪﺓ‪ .‬ﺍﻟﺨﻄﻮﺓ ﺍﻟﺘﺎﻟﻴﺔ ﻫﻲ‪،‬‬ ‫ﻣﻨﺎﻗﺸﺔ ﺍﻟﻤﻮﺍﺩ ﻭﺍﻟﻤﻘﺎﻻﺕ ﻣﻊ‬ ‫ﺍﻟﻘﺮﺍء ﻭﺍﻻﺳﺘﻤﺎﻉ ﺍﻟﻰ ﺍﻹﻧﺘﻘﺎﺩﺍﺕ‬ ‫ﻭﺍﻟﻤﻮﺍﻗﻒ ﺍﻹﻳﺠﺎﺑﻴﺔ‪ .‬ﻭﺍﻟﺨﻄﻮﺓ‬ ‫ﺍﻟﺜﺎﻟﺜﺔ ﻫﻲ ﺗﻨﻈﻴﻢ ﻣﺠﻤﻮﻋﺎﺕ‬ ‫ﻹﺟﺮﺍء ﻣﺰﻳﺪ ﻣﻦ ﺍﻟﻤﻨﺎﻗﺸﺔ‬ ‫ﺍﻷﻛﺜﺮ ﺛﺒﺎﺗﺎ‪ ،‬ﻣﻊ ﻋﻘﺪ ﺍﺟﺘﻤﺎﻋﺎﺕ‬ ‫ﺃﺳﺒﻮﻋﻴﺔ‪ .‬ﻓﻲ ﻫﺬﻩ ﺍﻻﺟﺘﻤﺎﻋﺎﺕ‪،‬‬ ‫ﺍﻵﻣﺮ ﺍﻟﺤﻴﻮﻱ ﻫﻮ ﺍﻟﺘﻮﺻﻞ ﺇﻟﻰ‬ ‫ﺗﻘﻴﻴﻢ ﻣﺸﺘﺮﻙ ﻟﻸﺣﺪﺍﺙ ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﻤﻘﺘﺮﺣﺎﺕ‪ .‬ﻫﺬﻩ ﺍﻻﻗﺘﺮﺍﺣﺎﺕ ﻫﻲ‬ ‫ﺑﺪﺍﻳﺔ ﺑﺮﻧﺎﻣﺞ ﻳﺠﻤﻊ ﻓﻲ ﺟﻮﻫﺮﻩ‬

‫ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺘﻘﻴﻴﻤﺎﺕ ﺍﻟﻤﺸﺘﺮﻛﺔ ﻟﺠﻮﺍﻧﺐ‬ ‫ﻛﻞ ﺍﻟﻘﻮﻯ ﻓﻲ ﺍﻟﺼﺮﺍﻉ ﺍﻟﻄﺒﻘﻲ‬ ‫ﻓﻲ ﻛﻞ ﺃﻧﺤﺎء ﺍﻟﻌﺎﻟﻢ‪ ,‬ﻭﻛﻴﻒ ﻳﻤﻜﻦ‬ ‫ﻟﻼﺷﺘﺮﺍﻛﻴﻮﻥ ﺃﻥ ﻳﻨﻈﻤﻮﺍ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ‬ ‫ﻟﻼﺳﺘﻴﻼء ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ‪.‬‬ ‫ﻣﻨﺎﻗﺸﺔ ﺍﻟﺒﺮﻧﺎﻣﺞ ﻳﻨﺒﻐﻲ ﺃﻥ ﺗﺒﺪﺃ‬ ‫ﺑﺈﻧﻄﻼﻕ ﻣﻦ ﺍﻟﻤﺒﺎﺩﺉ ﺍﻟﻤﺸﺘﺮﻛﺔ‪.‬‬ ‫ﻭﻫﻨﺎﻙ ﺛﻼﺛﺔ ﻣﺒﺎﺩﺉ ﺭﺋﻴﺴﻴﺔ‬ ‫ﻣﺎﺭﻛﺴﻴﺔ ﺗﻘﻠﻴﺪﻳﺔ‪ :‬ﺍﻟﻄﺒﻘﻴﺔ )ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ‬ ‫ﻳﺠﺐ ﺃﻥ ﻳﻜﻮﻧﻮﺍ ﻣﺴﺘﻘﻠﻴﻦ ﻋﻦ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﻭﻻ ﻳﻤﻜﻨﻬﻢ ﺍﻹﺍﻋﺘﻤﺎﺩ‬ ‫ﺇﻻ ﻋﻠﻰ ﻗﻮﺗﻬﻢ ﺍﻟﺨﺎﺻﺔ(‪ ،‬ﺍﻟﺜﻮﺭﺓ‬ ‫)ﻭﻟﻴﺲ ﻫﻨﺎﻙ ﺃﻳﺔ ﺇﻣﻜﺎﻧﻴﺔ ﻟﺘﻘﺪﻡ‬ ‫ﻭﺗﻄﻮﺭ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ ﺩﻭﻥ ﻣﻘﺎﻁﻌﺔ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ ﺍﻻﻗﺘﺼﺎﺩﻳﺔ‬ ‫ﻟﻠﺪﻭﻟﺔ ﻭﺍﻟﺴﻠﻄﺔ(‪ ،‬ﻭﺍﻷﻣﻤﻴﺔ )ﺍﻟﺜﻮﺭﺓ‬ ‫ﻳﺠﺐ ﺗﻬﺰﻡ ﺍﻟﺮﺃﺳﻤﺎﻟﻴﺔ ﻓﻲ ﻛﻞ‬ ‫ﻣﻜﺎﻥ ﻣﻦ ﺍﻷﺭﺽ‪ ,‬ﻭﺑﻨﺎء ﺍﻟﺘﻜﺎﻣﻞ‬ ‫ﺍﻟﺤﻘﻴﻘﻲ ﺍﻟﻌﺎﻟﻤﻲ ﻟﻺﻧﺴﺎﻧﻴﺔ(‪.‬‬ ‫ﺛﻢ ﻻ ﺑﺪ ﻟﻨﺎ ﻣﻦ ﻣﻨﺎﻗﺸﺔ ﺍﻟﺘﻔﺴﻴﺮ‬ ‫ﺍﻟﺜﻮﺭﻳﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﻨﻮﺍﺗﺞ‬ ‫ﺍﻟﻤﺎﺭﻛﺴﻲ‬ ‫ﻟﻤﺸﺎﻛﻞ ﻣﺤﺪﺩﺓ‪ ،‬ﻣﺜﻞ ﺍﻟﻨﻀﺎﻝ ﻣﻦ‬ ‫ﺃﺟﻞ ﺗﺤﺴﻴﻦ ﺍﻷﺟﻮﺭ ﻭﻅﺮﻭﻑ‬ ‫ﺍﻟﻌﻤﻞ‪ ،‬ﻭﺍﻟﻤﻘﺎﻭﻣﺔ ﺿﺪ ﺍﻟﺼﻬﻴﻮﻧﻴﺔ‬ ‫ﻭﺍﻟﺤﺮﺏ‪،‬‬ ‫ﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‬ ‫ﻭﺿﺪ‬ ‫ﻭﺗﺤﺮﻳﺮ ﺍﻟﺸﻌﻮﺏ ﺍﻟﻤﻄﻀﻬﺪﺓ‪.‬‬ ‫ﻭﻫﻲ ﻣﻬﻤﺔ ﻛﺒﻴﺮﺓ‪ ,‬ﻟﺪﺭﺟﺔ ﻗﺪ‬ ‫ﺗﺒﺪﻭ ﺃﻧﻬﺎ ﻣﻦ ﺍﻟﻤﺴﺘﺤﻴﻞ ﺗﺤﻘﻴﻘﻬﺎ‬ ‫ﻋﺒﺮ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺼﺤﻴﻔﺔ ﺍﻟﺒﺴﻴﻄﺔ‪ .‬ﻭﻟﻜﻦ‬ ‫ﺍﻟﻤﺠﻤﻮﻋﺔ ﺍﻟﻤﻨﻈﻤﺔ ﺍﻟﺘﻲ ﺗﺮﻓﻊ‬ ‫ﺭﺍﻳﺔ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻄﺮﺡ ﻭﺍﻟﻤﻄﺎﻟﺒﺎﺕ‪،‬‬

‫ﻳﻤﻜﻨﻬﺎ ﺍﻟﻌﻤﻞ ﺑﻮﺣﺪﺓ ﻣﻊ ﺍﻟﺠﻤﻬﻮﺭ‬ ‫ﺍﻟﻤﺘﺰﺍﻳﺪ ﺍﻟﺬﻱ ﻋﻠﻰ ﺇﺳﺘﻌﺪﺍﺩ‬ ‫ﺩﺍﺋﻤﺎ ﻟﻼﺳﺘﻤﺎﻉ ﺇﻟﻰ ﺍﻟﻤﻘﺘﺮﺣﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﺜﻮﺭﻳﺔ‪ .‬ﻭﺗﻮﺻﻞ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﻤﺠﻤﻮﻋﺔ‬ ‫ﺍﻟﻤﻘﺘﺮﺣﺎﺕ ﻟﻠﻨﺎﺷﻄﻴﻦ ‪ ،‬ﻣﻦ ﺧﻼﻝ‬ ‫ﺍﻟﺼﺤﻒ ﻭﺍﻟﻤﻨﺸﻮﺭﺍﺕ ﻭﺍﻟﻨﻘﺎﺷﺎﺕ‪،‬‬ ‫ﻭﺗﻌﻤﻞ ﻋﻠﻰ ﺗﻌﺒﺌﺔ ﻫﺬﺍ ﺍﻟﺠﻤﻬﻮﺭ‬ ‫ﻭﺗﻨﻈﻴﻤﻪ ﻓﻲ ﻣﺠﻤﻮﻋﺎﺕ ﺣﺰﺑﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﻭﻛﻠﻤﺎ ﻛﺎﻥ ﺍﻟﺤﺸﺪ ﺃﻛﺒﺮ ﻭﺍﻟﻤﺸﺎﺭﻛﺔ‬ ‫ﺃﻭﺳﻊ ﻟﻠﺠﻤﺎﻫﻴﺮ‪ ،‬ﻛﺎﻧﺖ ﺃﺳﺮﻉ‬ ‫ﻭﺍﻋﻤﻖ ﺗﺠﺮﺑﺔ ﻛﻞ ﻣﻨﺎﺿﻞ ﺛﻮﺭﻱ‬ ‫ﺿﺪ ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ‪ ،‬ﻭﺿﺪ ﺍﻟﺪﻭﻟﺔ‬ ‫ﺍﻟﺘﻲ ﻭﺿﻌﺖ ﺍﻟﺸﻌﻮﺏ ﺃﻣﺎﻡ ﻁﺮﻳﻖ‬ ‫ﻣﺴﺪﻭﺩ‪ .‬ﻋﻨﺪﻣﺎ ﻳﺮﻓﻊ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ ﺭﺍﻳﺔ‬ ‫ﺍﻹﻗﺘﺮﺣﺎﺕ ﺍﻟﺜﻮﺭﻳﺔ‪ ,‬ﻭﻳﺠﺒﺮﻭﻥ‬ ‫ﺍﻟﺰﻋﻤﺎء ﺍﻟﻐﻴﺮ ﺛﻮﺭﻳﻴﻦ ﺃﻥ ﻳﻔﻌﻠﻮﺍ‬ ‫ﺍﻟﺸﻲء ﻧﻔﺴﻪ‪ ،‬ﻭﺑﻌﺪ ﻛﻞ ﺇﻧﺘﺼﺎﺭ‬ ‫ﻳﺤﺼﻞ ﻋﻠﻴﻪ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ‪ ,‬ﻳﻜﻮﻥ‬ ‫ﺑﻤﺜﺎﺑﺔ ﺣﺼﺎﺭ ﻟﻬﺆﻻء ﺍﻟﺰﻋﻤﺎء‪،‬‬ ‫ﻫﺬﺍ ﺍﻹﺯﻋﺎﺝ ﻳﺆﺩﻱ ﺑﺎﻟﻨﻬﺎﻳﺔ‬ ‫ﺇﻟﻰ ﻛﺸﻒ ﻭﻓﻀﺢ ﺍﻟﻤﻤﺎﺭﺳﺎﺕ‬ ‫ﺍﻟﺤﻘﻴﻘﻴﺔ ﻟﺒﺮﻧﺎﻣﻬﺠﻢ ﺍﻟﻤﺘﻌﺎﻭﻥ ﻣﻊ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﺟﻮﺍﺯﻳﺔ ﻭﺍﻻﻣﺒﺮﻳﺎﻟﻴﺔ‪.‬‬ ‫ﺫﻟﻚ ﻫﻮ ﺍﻟﻮﻗﺖ ﺍﻟﻤﻨﺎﺳﺐ‬ ‫ﻷﻥ ﻳﺒﻴﻦ ﺑﻪ ﺍﻟﺜﻮﺍﺭ‪ ،‬ﺍﻟﻔﺮﻭﻕ ﺑﻴﻦ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﻧﺎﻣﺞ ﺍﻟﺜﻮﺭﻱ ﻭﻏﻴﺮﻩ ﻣﻦ‬ ‫ﺍﻟﻤﺤﺪﻭﺩﺓ‪،‬‬ ‫ﺍﻟﺴﻴﺎﺳﻴﺔ‬ ‫ﺍﻟﺒﺮﺍﻣﺞ‬ ‫ﻫﻮ ﺍﻟﻮﻗﺖ ﺍﻟﻤﻼﺋﻢ ﻟﺘﻘﺪﻳﻢ ﺍﻟﺒﺪﻳﻞ‬ ‫ﺍﻟﺜﻮﺭﻱ ﺍﻟﻮﺍﺿﺢ ﻟﻘﻴﺎﺩﺓ ﺣﺮﻛﺔ‬ ‫ﻧﻀﺎﻝ ﺍﻟﻌﻤﺎﻝ‪ ،‬ﻭﺍﻟﺪﻋﻮﺓ ﺇﻟﻰ ﺍﻷﻣﺎﻡ‬ ‫ﻟﻼﺳﺘﻴﻼء ﻋﻠﻰ ﺍﻟﺴﻠﻄﺔ‪• .‬‬


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