No. 3 Julho / Agosto 2009
Socialista
Publicação pela construção da Liga Internacional da Luta Árabe
Manifestação no Irã
obama: o novo rosto do imperialismo
O
plano imperialista para o Oriente Médio encontrase numa das piores fases da sua crise diante do avanço da resistência dos povos árabes.. Mais uma vez, o imperialismo demonstra que está enfraquecido, somando derrotas atrás de derrotas à sua crise político-militar; e agora, sofre uma crise cíclica do seu sistema econômicio, que é a expressão histórica da transição do capitalismo mundial. A invasão e ocupação do Iraque em 2003 é a mais recente manifestação do expansionismo imperialista americano, no seu vasto currículo de agressões, intervenções e ofensivas militares. As condições dramáticas de vida da população iraquiana, a incapacidade de garantir seus salários e a repressão brutal tem aumentado a oposição e a resistência iraquiana à ocupação ianque, que durante cinco anos de carnificina já matou mais de um milhão de civis. No Irã, os protestos de universitários e dos operários em oposição ao o regime burguês , junto às ameaças dos EUA de atacar
este país caso este não se incline diante do seu plano. são cada vez mais freqüentes, dando protagonismo à esquerda, marginalizada desde as intensas repressões na década de 1980. Nos protestos, vários lídres políticos sindicais são presos presos sob a justificativa de advogar contra o regime islâmico, de filiação em grupos marxistas ou suporte a grupos de oposição. Na Palestina após o massacre sionista contra o povo palestino em Gaza, o Hamas, partido que tem o controle da faixa de Gaza, aceitou uma negociação com o FATAH mediada pelo governo corrupto do Egito. No entanto, acordos que levem a negociações com as forças de ocupação são inviaveis, pois só servem para auxiliar o Estado de Israel a esconder seus crimes contra o povo e a causa palestina. As bases para qualquer unidade nacional são o direito do retorno, o direito à autodeterminação e a criação do Estado Palestino Democrático e laico, porêm, esta unidade só será possível com a participa direta dos trabalhadores
organizados e dirigidos pelo programa do partido revolucinário. O novo governo israelense encabeçado por Natenyaho, após o que se caracterizou como uma das piores ofensivas sobre o povo palestino, desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Para tentar recompor seu lugar no Oriente Médio após a derrota militar no Líbano em 2006 e em Gaza em 2009, Natenyaho utiliza leguagem de Guerra para corrigir o carater político-militar do governo sionista. Na Síria, o cenário de acomodação às forças imperialistas não é diferente do contexto da região. O governo Sírio, que até o momento negocia os pontos do acordo de paz com Israel, foi incapaz de responder ao novo bloqueio reiniciado esta vez por Obama e as ameaças de Israel. No Líbano, o Hezbollah, que saiu fortalecido da Guerra de 2006, e procura posições políticas dentro do governo, para responder ás provocações das milicias do Hariri, tem interferido nos protestos da classe trabalhadora que se levanta contra o governo de Siniora. O Hezbollah que en-
frentou as milícias pró-governo numa Guerra que custou centenas de vidas de civis, aceitou negociar com quem era, até então, o seu principal inimigo, Saad Hariri e disputa as eleições parlamentares junto á eles. Diante da crise político-militar do imperialismo e seu rebento, o Estado sionista de Israel, os
governos corruptos do Oriente Médio não tem uma reposta para defender o seu povo. Por outro lado, não surge uma alternativa revolucionária. Neste processo de luta da classe trabalhadora árabe é necessária a construção de um partido revolucionário capaz de organizar a luta pela federação socialista dos países árabes. •
Nesta Edição Editorial: Obama: O novo rosto do imperialismo • p. 1 Gaza: genocídio não pôde destruir a resistência • p. 2 ISRAEL: As eleições depois do massacre em Gaza confirmam sua natureza racista e genocida • p. 3 PALESTINA: Egito articula uma negociação para retroceder • p. 4 Obama: novas formas para manter o domínio • p. 5 MARXISMO: O que é socialismo científico• p. 6 ORGANIZAÇÃO: A coluna vertebral de uma organização é seu jornal• p. 6
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