BRASIL www.americaeconomia.com.br JULHO, 2009
maiores empresas
da AmĂŠrica Latina R$ 20
NESTA EDIÇÃO
Nº 377 / JULHO, 2009
SEÇÕES SE
AS 500
Maiores
Empresas
da América latina Começa na pág.
61
35 >MUNDOS PARALELOS
48 >LINHA DISCADA
A real situação da gigante Pdvsa é um mistério.
38 >FOGO CRUZADO
40
Petrobras vira alvo no tiroteio político brasileiro.
40 >PELO EQUILÍBRIO Embraer faz 40 anos em
50 >RALLY VOLTAICO No Chile, a Enersis tem bons motivos para sorrir.
38
44 >ASSENTOS VAZIOS Companhias aéreas latino-americanas lançam um sinal de alerta.
46 >FOCO NO BOLSO
Era agrícola do grupo Perez Companc chega com desafios.
54 >ENTREVISTA Moisés Naím defende que o hemisfério está dividido.
56 >NOVA DESORDEM MUNDIAL
Wal-Mart México agora quer conquistar seus clientes com um banco.
172 / JULHO, 2009
Quais serão os temas que dominarão o debate econômico daqui adiante?
CAPA: ÁLVARO ARAYA / EDITADA POR AMÉRICAECONOMIA
de mercados.
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
Companhias lutam para aumentar a concorrência no setor de telecom mexicano.
52 >OURO VERDE
busca da diversificação
4 AMÉRICAECONOMIA
8>ÍNDICE 10>AECOM 12>CARTAS 16>MEMO 18>EDITORIAL 20>ANIMAL POLÍTICO 24>PISTAS 28>MOVIMENTOS 159>CAPITAL ABERTO 162>CLICS & CHIPS 165>INTERFACES 167>NEGÓCIO FECHADO 177>VISÕES 178>LINHA DIRETA
NESTA EDIÇÃO OPINIÃO 154 >Marcelo Giugale reúne dez lições aprendidas com a crise.
155 > Obama não faz promessas vazias, defende Abraham Lowenthal.
70
156 >As “Multiemergentes” apontam à inovação, diz Javier Santiso.
157 >Investimento produtivo é o desafio pendente, segundo o chileno Ricardo Ffrench-Davis.
158 >Para John Edmunds,
82
divergências das moedas latino-americanas criará oportunidades.
160 >IBIZ Cloud computing, uma opção viável.
162 >CLICS Um telefone multimídia de negócios é a nova aposta da Polycom.
78
172 >TROCA DE MARCHA Os vendedores de carros de luxo não reclamam da região.
66 ALIMENTOS 68>AUTOMOTIVO 70>BEBIDAS 72>COMÉRCIO 74>ELETRICIDADE 76>MINERAÇÃO 78>PETRÓLEO E GÁS 80> PETROQUÍMICA 82>SIDERURGIA 84>TELECOMUNICAÇÕES >
6 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA É LATINA
72
80 / JULHO, JULHO 2009
ILUSTRAÇÕES: RODRIGO DÍAZ CARRISO
74
SETORES
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ÍNDICE DE EMPRESAS OS NÚMEROS REFEREM-SE À PRIMEIRA PÁGINA EM QUE AS EMPRESAS SÁO CITADAS. EXCLUI AS EMPRESAS QUE FIGURAM EM GRÁFICOS E RANKINGS
A-B-C-D
ABCEB .........................................................34 Accenture ....................................................183 Acciona .........................................................60 Accival-Citi ...................................................26 Aceitera General Deheza ............................143 Acer .............................................................185 Activa ............................................................64 ADK Automotive ..........................................82 Adobe ..........................................................183 Aeroméxico ...................................................51 Agora Corretora ............................................65 Agra/FNP ......................................................81 AIG Universal Processing Center ...............188 AIG .......................................................34, 188 Airbus ............................................................56 Alcaraz Cabrera Vásquez ..............................40 Alfa................................................................26 Alicorp ........................................................181 AlixPartners ..................................................30 Allergy Therapeutics ...................................191 Alpek .............................................................95 Alstom .........................................................188 Amazon .......................................................183 AmBev ..........................................................84 AMD ...........................................................183 América Móvil ................................48, 98, 181 Amoco Oil.....................................................42 Andreoli MS&L ............................................65 Andrews International .................................189 Anglo American Sur ...................................143 Antofagasta PLC ...................................91, 124 Aqua Chile ....................................................24 Aracruz Celulose .........................................128 Arce Rojas Consultores.................................93 ArcelorMittal.................................................97 Arcor .......................................................63, 81 Argos ...........................................................181 Audi.............................................................193 Aviacsa ..........................................................51 Avic ...............................................................56 Axtel..............................................................46 Azul Linhas Aéreas .................................51, 52 Azure Ventures ............................................191 B2W ............................................................137 Baja Celular Mexicana ..................................46 Banchile Inversiones .....................................60 Banco de Galicia y Buenos Aires ...............188 Banco Ibi .....................................................188 Banco Ixe ......................................................59 Banco Salvadoreño-HSBC Salvador...........188 Banco Wal-Mart ............................................59 Bancolombia ...............................................183 Bancor .........................................................188 BancoSal .....................................................188 Banorte ........................................................188 Bavaria ..........................................................85 BBVA ....................................................71, 188 Bemis ..........................................................189 Bestphone......................................................46 BGH ..............................................................34 BHP Billiton..................................................26 BMW.....................................................56, 193 Bodega Familia Zuccardi ..............................32 Boeing ...........................................................56 Bolsa de Valores de Nueva York ...................65 Bombardier ...................................................56 Bradesco......................................................188 Brasil Foods ..................................................80 Braskem ..................................26, 95, 128, 188 Braspag .......................................................188 Bristow Group .............................................191 British Telecom .............................................66 Bulltick Capital Markets ...............................71 C&A ............................................................188 Cablemás .......................................................44 Cablevisión Monterrey ..................................44 Cablevisión....................................................44 Carbones del Cerrejón.................................143 Carlyle Group..............................................189 Carozzi ..........................................................63 Carrefour ...........................................26, 78, 87 Casas Bahia ...................................................87 Cemex ...........................................24, 181, 189 Cemig ............................................................89 Cencosud .................................78, 86, 157, 181 Cervecería Cuauhtémoc Moctezuma ............85 Cessna ...........................................................54 CF Industries .................................................95 Chrysler .........................................................82 Cifra-Aurrerá.................................................58 Cisco .............................................................99 Citi...........................................................50, 72 Citrix ...........................................................182 Claro Telecom ...............................................99 Cobranzas y Servicios .................................188 Coca-Cola .....................................................85 Codelco .........................................90, 157, 188 Coignizant ...................................................197 Colbún .........................................................124 Collahuasi .....................................................91 Colombiana de Comercio .............................76 Com. Brasiliana de Energia ..........................89 Com. Luz y Fuerza del Centro ......................89
8 AMÉRICAECONOMIA
Comisión Federal de Electricidad .......................44, 89, 99, 188 Compañía Financiera Argentina .................188 Copa ..............................................................51 Copec ..........................................................181 Coromandel Fertilizers................................191 Cosan.............................................................81 CPFL Energia................................................89 Crif ..............................................................197 CSAV ..........................................................181 CSN ...............................................................97 CVC ............................................................189 D&S ..............................................................87 Danone ........................................................154 Datamonitor ..................................................85 De Martino ....................................................67 Dell..............................................................183 Deloitte..........................................................87 Delphi....................................................83, 154 Delverde Industri Alimentari ........................63 Digicel ...........................................................66 Dish ...............................................................48 Disney ...........................................................29 DN Consultores.............................................98 Dow Brasil ....................................................95 Dow Jones .....................................................80
E-F-G-H
E.ON .............................................................61 EchoStar ........................................................48 EcofysValgesta ..............................................61 Ecopetrol .......................93, 128, 140, 181, 189 EDF ...............................................................61 El Mercurio ...................................................72 El Universal...................................................22 Eletrobras ......................................................89 Eletropaulo ....................................................89 Elementia ....................................................189 Ely Lilly ......................................................183 Embotelladora Andina ..................................85 Embotelladoras Arca .....................................85 Embraer .........................................................52 EMC Corporation..........................................32 Empresa Generadora del Austro .................188 Enap ..............................................................93 Endesa España ..............................................60 Endesa ...........................................................89 Enel Green Power .........................................61 Enel ...............................................................60 Energías Ambientales Oaxaca ....................188 Energy Consult..............................................95 Enersis .....................................60, 89, 157, 181 Envirosell ......................................................87 Eratech ..........................................................67 Ernst&Young.................................................95 Euromonitor ..................................................84 Everis ............................................................30 Éxito ............................................................181 Falabella ..................................78, 86, 157, 181 Farmacias Benavides.....................................76 Femsa ....................................................85, 181 Fiat Automóveis ............................................83 Fiat ................................................................82 Financial Times .............................................72 Finca Maipú ..................................................32 Fitch Ratings .....................................62, 85, 97 Ford Motor Company....................................83 Ford .........................................................32, 82 Foreign Policy ...............................................68 Fox News ......................................................22 Frigorífico O’Higgins....................................63 Frost & Sullivan ......................................51, 98 Funai ...........................................................189 Gafisa ..........................................................189 Garda World Security..................................189 Gartner ..................................................99, 183 GE ...................................................36, 56, 191 General Motors de México ...........................83 General Motors .......................................72, 82 Genomma Lab.............................................189 Gerdau Açominas........................................143 Gerdau Aços Longos.....................................97 Gerdau ...................................................97, 181 Glencore International ................................189 Globovisión ...................................................22 Gol.................................................................51 Grupo Actinver......................................97, 188 Grupo Alfa ..................................................143 Grupo Bimbo ................................................81 Grupo Brescia ...............................................95 Grupo Carso ................................................189 Grupo Collados .............................................97 Grupo Gigante ...............................................59 Grupo Gloria ...............................................181 Grupo Imsa............................................97, 154 Grupo Industrial Lala ....................................81 Grupo Maseca ...............................................81 Grupo México .......................................91, 143 Grupo Modelo ...............................................84 Grupo Nacional de Chocolates ...................181 Grupo Pão de Açúcar ....................................87 Grupo Pegasus.............................................188 Grupo Pepsico ...............................................85 Grupo Salinas ................................................48
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
Grupo Schincariol .........................................84 Grupo Silvio Santos ....................................188 Grupo Ultra ...................................................93 Grupo Viz ....................................................154 Hainan Airlines .............................................56 Helados San Isidro Labrador ........................63 Hocol ...........................................................189 Holcim...........................................................24 Honda ......................................................54, 82 Huddle Group................................................32 Huhtamaki Oyj ...........................................189 Hylsamex ....................................................154 Hyundai .........................................................82
I-J-K-L
Iberdrola Renovables ..................................188 Iberdrola ........................................................61 IBM .............................................................183 Ibope ...........................................................191 IDC................................................................99 Ideiasnet ......................................................188 Idesa ..............................................................26 IHS Global Insight ......................................193 Imazon...........................................................26 Indura ..........................................................182 Industrias CH ................................................97 Industrias Nacobre ......................................189 Industrias Peñoles .........................................91 Infomine ........................................................91 Instituto Costarricense de Electricidad .........66 Intel ...............................................36, 183, 185 Inverseguros ..................................................61 ISA ..............................................................181 Itaipú Binacional ...................................89, 124 Iusacell ..........................................................48 Ixe Grupo Financiero ..................................188 JBS ..............................................................191 Kmine..........................................................188 KPMG ...............................................40, 66, 83 Kraft Foods ...................................................87 La Prensa.......................................................22 Lan ........................................................51, 157 LarrainVial ....................................................61 Ledesma ........................................................34 Lehman Brothers.........................................154 LG ...............................................................185 Lider Aviação ..............................................191
M-N-O-P
Mapfre .........................................................188 Marine Harvest..............................................24 Marubeni .....................................................191 Maximixe ......................................................91 Megacable .....................................................46 Mercedes-Benz ...........................................194 Mercer ...........................................................34 Merrill Lynch ..........................................84, 97 Met-Mex Peñoles ..........................................97 Métrica ..........................................................86 Mexicana de Aviación ...................................51 Mexichem......................................................95 Microsoft .....................................................182 Minera Antamina ..........................................91 Minera Barrick Misquichilca .......................................124 Minera Escondida .................91, 124, 128, 157 Minera México ..............................................91 Minera Spence ............................................157 Mintel ............................................................85 Mitsubishi .....................................................56 MMX.............................................................97 Molino Cañuelas .........................................191 Molinos Río de la Plata .................................62 Movistar ........................................................48 Multiexport....................................................24 Multiplan Consultoria Aeronáutica ...........................................54 Munchi’s .......................................................63 MVS ..............................................................48 Nacional Financiera ......................................34 Nec ..............................................................184 Nemak .........................................................154 Nestlé de México ..........................................81 Nestlé ............................................................81 Nexant ...........................................................94 Nexxo Financial Corporation ......................188 Nissan Mexicana ...........................................83 Nissan............................................................82 Nitratos del Perú ...........................................95 Occidental de Colombia..............................124 Operadora Unefón .........................................46 Organización Soriana ....................................87 OXY ............................................................124 Pão de Açúcar .......................................26, 191 Parmalat ........................................................65 Parque Arauco ...............................................86 Patagonia .............................................124, 128 PDVSA........................38, 66, 77, 93, 128, 191 Pemex Gas y Petroquímica ...........................95 Pemex Petroquímica .....................................95 Pemex Refinación .................................93, 128 Pemex ......................................77, 92, 128, 182 Pequiven ................................................94, 188
/ JULHO, 2009
Perdigão ........................................................80 Perez Companc .............................................62 Petrobras Distribuidora .................................93 Petrobras ...24, 64, 77, 93, 95, 128, 140, 181, 191 Petroecuador .................................93, 128, 191 Petrolera Pecom ............................................62 PetroMacareo ..............................................191 PetroPerú .................................................93, 95 PetroVietnam...............................................191 Philips .........................................................189 Polimérica .....................................................94 Polycom ......................................................184 Ponto Frio....................................................191 Porsche ........................................................193 Pratt & Whitney ............................................56 Propilsur ........................................................94 Prudential Financial ....................................188 Pyramid Research .........................................99
Q-R-S-T
Quattor Participações ....................................95 Química Estrella............................................63 Racsa .............................................................66 Recalcine .....................................................191 Refinería del Pacífico ..................................191 Renault ..........................................................83 Reputation Institute .......................................65 Rio Tinto ...............................................26, 188 Ripley ............................................................86 Rolls Royce ...................................................56 Sadia......................................................80, 128 Samsung ......................................................184 SanDisk .......................................................185 Santander GBM ............................................60 Santander.....................................................191 SAP .............................................................182 Select .......................................................48, 99 Siderar .........................................................181 Siemens .........................................................32 Sigdo Koppers ...............................................95 Sigla ..............................................................89 Sigma ............................................................81 SK Energy .....................................................95 Solidus...........................................................96 Sonda.............................................................31 SonicWall ......................................................30 Southern Copper Corporation ...................................91, 181 SQM ..............................................24, 157, 191 Standard & Poor’s .............................73, 89, 93 Sun Microsystems ...............................183, 197 Taca ...............................................................50 Talon Metals................................................188 Tam................................................................51 Techint...................................................97, 154 Telcel .......................................................46, 99 Teleamazonas ................................................22 Telecom .......................................................181 Telefónica Argentina ...................................181 Telefónica Brasil .........................................181 Telefónica México.........................................46 Telefónica Perú ...........................................181 Telefónica ..............................................66, 140 Telefónica-Movistar ......................................98 Teléfonos de México ...................................154 Telemar..........................................................99 Telesp ............................................................99 Televisa .........................................................44 Telmex Internacional.....................................99 Telmex.............................................44, 99, 181 Tenaris ...................................................97, 181 Ternium México ..........................................154 Ternium .........................................................97 Tigo-Amnet ...................................................66 Tim Participações ..........................................99 Toyota............................................................82
U-V-W-X-Y
Ultrapar .......................................................181 Unipar ...........................................................95 Urbi .............................................................137 Usiminas .......................................................97 Vale ...............................................91, 128, 181 Varig ..............................................................51 Viñas Santa Julia ...........................................32 Vivo ...............................................................99 Volcán..........................................................181 Volkswagen de México .................................83 Volkswagen ...................................................83 Wal-Mart de México .....................................58 Wal-Mart Supercenter ...................................87 Wal-Mart .........................................26, 87, 140 WalMex .................................................87, 181 Websense.......................................................32 Williams Cos .................................................42 WPP ............................................................191 Wuhan Street .................................................97 Xerox.............................................................32 Yara Fertilizantes ..........................................95 YouTube ........................................................22 YPF .......................................................93, 181 YPFB.............................................................93
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Ranking
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O Brasil tem de agir em relação aos hermanos e não ser apenas rebocado Jonas Belchior, , sobre entrevista com o ex-embaixador José Botafogo Gonçalves
Temos que aceitar no Mercosul um golpista como Chávez que não respeita os direitos privados e os direitos da imprensa? Antonio Carlos Polato, sobre entrevista com o deputado Fernando Gabeira
Deveríamos seguir o exemplo dos EUA de respeito às instituições, e contratos. Somente dessa forma a América Latina poderá ser considerada segura para investimentos Marcelo A. Juarez, comenta a nota “Venezuela nacionaliza ativos de 60 petrolíferas”
Além disso, acesse os rankings completos de:
500 Maiores Empresas da América Latina As 500 Maiores Empresas do Chile As 500 Maiores Empresas do Peru As
OS PRINCIPAIS RANKINGS
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AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
FOI O AUMENTO DE VENDAS DA JBS-FRIBOI EM 2008. PRESENTE EM 11 PAÍSES, A MULTINACIONAL É BRASILEIRA DE MAIOR DESTAQUE DO RANKING DAS MAIORES MULTILATINAS. FOI A NOTA DE SÃO PAULO NO ÍNDICE “TAMANHO E DINAMISMO ECONÔMICO” DO RANKING DAS MELHORES CIDADES PARA FAZER NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA, NO QUAL FICOU EM PRIMEIRO LUGAR.
Veja o resultado deste e outros rankings de AméricaEconomia em www.americaeconomia.com.br
PATROCINADORES:
10 AMÉRICAECONOMIA
POSIÇÕES FOI QUANTO A FGV GANHOU NO ÚLTIMO RANKING DAS MELHORES ESCOLAS DE NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA. É A ESCOLA BRASILEIRA MAIS BEM-POSICIONADA, EM TERCEIRO LUGAR.
/ JULHO, 2009
Acessibilidade Continuidade Segurança Produtividade Colaboração Consultoria
Soluções para negócios em um mundo globalizado: Global Crossing Mais de 5.000 funcionários em todo o mundo. 200 das 500 empresas Fortune. 700 empresas de telecomunicações, operadoras de telefonia móvel e ISPs no mundo. Serviços e Soluções em 690 cidades de 60 países, em 6 continentes. Rede Global própria conectando mais de 400 cidades em cerca de 45 países. 17 Data Centers World-Class, principalmente na América Latina, com novas unidades nos EUA e Europa
Argentina
Brasil
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0800.771.4747
Chile
+56.2.422.5900
Colômbia
Equador
+57.1.611.9000
+ 593.2.226.4101
México
+52.55.2581.6270
Panamá
+50.7.314.0324
Perú
+51.1.705.5700
USA (Fl)
+1.305.808.5900
Venezuela 0800.4677.288
CARTAS E COMENTÁRIOS
cartas@americaeconomia.com
Compram-se jogadores O melhor cliente!
Aqui mora o Chaves com “S”
Junk food, junk bonds EUA
China Europa
Inauguram-se embaixadas
Oceano Pacífico Bom vinho. Bom esqui
Tangódromo e muitas ofertas
Energia e meu primeiro relógio falsificado
Futura rota ao Pacífico (mas passa por Machu Picchu?) E onde fica a Petrobras nisso?
Ali, problema da Odebrecht Aqui, problema dos EUA
E outros petroproblemas
Rio Amazonas
É nossa!
Rio Paraná
Carne e cassinos
a Esta é um a gem homena , do Steinbergker, New Yor nomist Eco e à The
ILUSTRAÇÃO DA MATÉRIA “SOB A MIRARA DO TITÔ, AMÉRICAECONOMIA Nº376, DE JUNHO DE 2009
América Latina I Brasil, grande país e povo. Festa e mais festa. Com uma historia de desencontros com seus próprios vizinhos e que, nos últimos anos, tem buscado inserir-se no mundo global, tal como descreve a matéria (“Sob a mirada do titã”, AméricaEconomia N° 376, junho, 2009). Não acho que o Brasil será o país líder que a região requer. Mostra disso é o famoso Mercosul. E agora, mais recentemente, a Unasul. Em seu próprio âmbito de influência (Argentina, Paraguai, Uruguai), não conseguiu até agora unificar nem dar forma a 12 AMÉRICAECONOMIA
nada. Como poderia liderar algo maior e mais diverso? Porque essa história de que a América Latina é uma entidade comum unida por um passado e por raízes semelhantes é somente pretensão. Somos parecidos, mas tão diferentes que eu falaria de sub-regiões. Colocarnos de acordo requer vontade e compromisso e uma série de condições que dificilmente se conjugarão. O Brasil crescerá e será um jogador mundial importante, mas dificilmente arrastará a região em sua escalada ao bem-estar comum. Daniel Meza Assunção, Paraguai
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
Brasil e América Latina II Brasil, Ordem e Progresso. Tal como seu lema nacional, seus planos de liderança não deixam de ser uma boa intenção. O Brasil é como pai furtivo para os demais povos sulamericanos. Sabemos que existe, mas está longe a ausente. Se autoexclui e se refugia atrás de sua verde fronteira. Com o Atlântico no outro oposto, só se vinculava com a América pelas fronteiras com Paraguai e Argentina. Em estreita faixa territorial que atuava seletiva, quantitativa e qualitativamente como filtro. Quanta perda de tempo e de oportunidades. / JULHO, 2009
O efeito de se arrastar e de contagiar das políticas internas do Brasil repercutiam em toda a América do Sul. Mas os brasileiros pareciam não se dar conta disso. O futebol, o samba, o Carnaval, Pele, Senna e Xuxa eram suficientes. Era seu mundo. A autarquia perfeita e voluntária. A globalização os pegou desprevenidos. O Mercosul imperfeito e pequeno os despertou da letargia. Mas preferem o mundo global. Já se perfilam e têm presença nos fóruns mundiais. Já estão tomando o gosto de sair sempre na foto. Se autoclassificam como uma das dez maiores economias do mundo. Lula o cacareja. E já apresentou seu próprio roteiro à sociedade mundial. Como tateando timidamente uma praia desconhecida com a ponta do pé, apresentou uma série de interrogantes. Nem reclamações, nem protestos. Querem primeiro saber a reação de seus pares e calcular de que tamanho pode ser seu atrevimento. Em seu afã iconoclasta de parecer sério, equilibrado e neutro, não substitui Chávez, não pede descontos a Evo no preço do gás, e mantém uma atitude fria e distante com os temas sul-americanos que causam controvérsia. Oxalá seja suficiente essa indiferente política do “não ouço, não vejo”, para se tornar o líder, a locomotiva que os povos sul-americanos esperam. Sem paternalismos hegemônicos, mas com Ordem, chega o Progresso. Moisés Mesones, Lima, Peru
CARTAS E COMENTÁRIOS
Teoria do portfólio
México vs Brasil II
Sobre a nota de como existem obstáculos mentais e reais para diversificar portfólios (“Investidores Irracionais”, AméricaEconomia N° 376, junho, 2009), a Teoria Moderna de Portfólios de Markowitz supõe dois elementos muito fortes: a racionalidade nas decisões e o conhecimento total do mercado. Apesar de que esse modelo deveria ser a base para a tomada de decisões financeiras, além da irracionalidade apresentada na matéria, considero que a informação nunca é total. Porque os elementos são muitos e no momento em que se está tomando a decisão, talvez em épocas como agora, de grande instabilidade, nunca se sabe qual será o comportamento
Acho que tudo bem nós mexicanos aceitarmos a crítica contida na matéria “O espelho não mente” (AméricaEconomia Nº 376, junho, 2009) para melhorar, mas acho que sempre nos comparam negativamente com relação ao Brasil. A marca-cidade que tenho de São Paulo é a de uma cidade grande com muitos problemas de delinquência, ainda piores que os da Cidade do México. Por exemplo, as famosas favelas, com iguais problemas de narcotráfico, e a poluição. Não sabia que era um centro financeiro mundial, e isso porque procuro estar bem-informado das finanças mundiais.
do ativo. Carlos Lasso, Montevidéu, Uruguai
México vs Brasil I É verdade que o México sofre com narcotráfico, delinquência e insegurança. E isso prejudica sua imagem. Mas o México é um país de instituições. Com o elemento humano que o tem diferenciado positivamente, sairá adiante e dará o exemplo. Vejo sempre em suas matérias que são muito pró-brasileiros, quando na verdade este país sulamericano sofre dos mesmos problemas que o México, talvez até mais. Mauricio Alfaro Cidade do México
14 AMÉRICAECONOMIA
Miguel Saavedra, Cidade do México
Ética e MBA Sobre a nota do efeito da crise nas escolas de negócio (“O dia do juízo”, AméricaEconomia N° 376, junho, 2009), a reação destas foi semelhante à do que fizeram no caso Enron, quando incorporaram o tema da ética mais enfaticamente em seus programas. É certo que na origem de ambos os casos encontramos aquela parte da natureza humana que teme relação com o ético. Mas parece que ainda resistem a ver que a ética e a moral terão significados
diferentes dependendo da condição espiritual de cada pessoa, uma condição que se forja nos primeiros anos e se consolida ao longo da vida, moldada no ambiente familiar, no entorno social, pela fé, pela educação, etc. Acho que são dois os momentos em que uma instituição acadêmica pode ter impacto real e efetivo na conduta das pessoas. Primeiramente, na educação básica, quando uma pessoa enfrenta pela primeira vez um processo de ensino-aprendizagem formal e sistematizado, quando começa a preencher seu hard disk. Em segundo lugar, na etapa inicial da educação superior, quando o jovem está muito permeável, depois de sair da difícil etapa da adolescência, com todas as suas crises existenciais. Daí a importância do modelo e do conteúdo educacional, que deve ser dinamicamente coerente e estar alinhado do nível inicial à educação superior, incluindo os programas de mestrado e doutorado. Uma recomendação às escolas de negócios: não descuidem da dimensão espiritual do ser humano, em seus processos de seleção e de formação. Seria bom que estudassem e encontrassem aplicação à parábola do bom semeador. Godofredo Tapay Piura, Peru
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/ JULHO, 2009
Erratas 1- Na pág. 46 do Ranking de MBAs (edição N° 376), publicamos a foto de Olavo Setúbal no lugar da de
Ricardo E Setúbal, (abaixo). 2- Nesse mesmo especial, (pág. 35), os indicadores finais para as cinco escolas que lideram a categoria Empreendimento são: Escola Índ. final U. Adolfo Ibáñez 87,1 U. del Desarrollo 82,1 IESA 61,8 Iteso 85,3 Egade ZC 53,1 Fonte: AméricaEconomia Intelligence
3- No informe especial sobre Moçambique publicado na edição de maio de 2009, a grafia correta do nome do presidente de Moçambique é Armando Guebuza.
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MEMO CRISE COM ARTE
Q
SEBASTIÁN PÉREZ
uanta diferença em relação ao ano passado... Ao revisar nossas projeções da edição do Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina publicado em 2008, nos damos conta de quão diferente era o mundo. O barril de petróleo estava a US$ 130, logo alcançaria os US$ 170 e países que tinham demonstrado bom desempenho macroeconômico temiam que a inflação chegasse aos dois dígitos.
Todo mundo sabia que os Estados Unidos entrariam em crise, mas as teses então comentadas do soft landing (aterrissagem suave) e o decoupling (desconexão das economias emergentes das desenvolvidas) alimentavam uma visão otimista de que a situação estaria sob controle. Mas em setembro tudo foi para o ralo. O preço do petróleo caiu
para US$ 30 o barril, o mundo começou a falar de deflação, o desemprego disparou e as moedas latino-americanas de livre flutuação despencaram. Por isso, a edição 2009 do Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina é particularmente valiosa. É uma clara testemunha do momento em que a região começou a acusar notoriamente o golpe da crise econômica mais aguda desde a Grande Depressão. Uma história que pode ser lida nos milhares de números e resultados incluídos nesta edição. Como, por exemplo, a surpreendente
queda do lucro das empresas brasileiras e mexicanas, respectivamente de 71% e 112%. Mas os números não contam apenas histórias. Com eles também se pode fazer arte. Assim os vê Álvaro Araya, diretor de arte de AméricaEconomia, com a equipe de diagramação e fotografia (na foto). «Não buscamos nada de números no ar», diz Araya. «Queremos números com significado, números de verdade.» Números concretos para mostrar a história real das empresas e da crise.
Rafael Borsanelli (rafael.borsanelli@springcom.com.br) +55 11 3097-7666
EUA +305 648-9071 MÉXICO +5255 5254-2400 ARGENTINA +5411 4383-8410 CHILE +562 290-9400 PERU +511 610-7217
Felipe Aldunate M. Diretor Editorial
SEBASTIÁN, JENNY, ÁLVARO, RIFFKA, MIGUEL E FERNANDO
CORRESPONDENTES ARGENTINA Juan Pablo Dalmasso COLÔMBIA Lucia Valdés MÉXICO Carolina Solís PERU Fernando Chevarría URUGUAI Guillermo Peregrino VENEZUELA Doroty Kronick AMÉRICA CENTRAL Ricardo Castillo MIAMI Carlos Molina
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DIAGRAMADORES Sebastián Caro P., Riffka Schiro-Kauer J., Jenny García S.
PUBLISHER BRASIL José Roberto Maluf
REVISORA Adriana Casaroti
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AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE (Estudos e Projetos Especiais) DIRETOR Rodrigo Díaz SUBDIRETOR Jaime Contreras Soria COORDENADORA DE ESTUDOS Daniela González ANALISTAS Paula Saavedra, Andrea Almeida
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AMÉRICAECONOMIA.COM DIRETOR DE ESTRATÉGIAS DIGITAIS Rodrigo Guaiquil EDITOR BRASIL Marcelo Galli EDITOR Marcelo García REPÓRTERES Bianca Lima (Brasil), Alejandra Clavería, Pablo Jamett, Patricia Zvaighaft, María Paz Órdenes TRADUTOR Juan Pardo WEBMASTER José Fuentes
DIRETOR DE ARTE Álvaro Araya Urquiza EDITOR DE FOTOGRAFIA Miguel Candia EDITOR ADJUNTO Rodrigo Lara EDITORES EXECUTIVOS Juan Pablo Rioseco, Eduardo Thomson EDITORES Antonio Delgado (Miami), Arly Faundes (México) REPÓRTERES Sergio Spagnuolo (Brasil), Soledad Gómez, Matías Rodo Yuricevic (Santiago)
16 AMÉRICAECONOMIA
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/ JULHO, 2009
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AFP
EDITORIAL
ATENÇÃO AO MÉXICO É
certo: 2009 será recordado como um dos anos mais duros na história recente do México. A profunda crise global impacta mais fortemente esse país que qualquer outro da América Latina. Fala-se em quedas de dois dígitos na atividade econômica para o atual trimestre e os que vêm. Além disso, a guerra entre o governo e os cartéis do narcotráfico gerou um forte aumento da violência. O número de mortos vinculados a esse conflito já é 80% mais alto que em 2008. A isso ainda se soma a influenza A (H1N1) – que a princípio queriam batizar de gripe mexicana – pandemia global que pilhou o país no contrapé. Mas atenção, não se confunda. O México tem demonstrado que está longe de ser um Estado falido. 18 AMÉRICAECONOMIA
Ainda que a recente nomeação de Carlos Pascual – especialista em países em conflito e falidos – como embaixador dos EUA no México tenha ressuscitado em alguns grupos de Washington a tese surgida há alguns meses de que o país latino-americano seguia o caminho de outros com fracassos governamentais como Somália, Haiti ou Iraque, a realidade é muito diferente. As três crises simultâneas que afetam o maior país de língua espanhola do mundo estão sendo abordadas por um governo que ainda tem capacidade de ação. E, tal como demonstrou com o surgimento da influenza, pode ser efetiva. O governo só não tem visto o mesmo resultado em sua batalha contra os cartéis do narcotráfico e
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contra a crise econômica. Na primeira, apesar de registrar triunfos militares importantes, o poder e a capilaridade dos grupos que levam as drogas aos EUA não foram afetados de forma óbvia. E nisso tampouco ajuda a permissividade do país vizinho com o comércio de armas. Justamente o escritório de supervisão do governo dos EUA (GAO, na sigla em inglês) divulgou um estudo no qual critica fortemente a falta de uma estratégia de seu país para colocar fim nesse fluxo que acaba fortalecendo os cartéis. Por sorte, o México ainda tem mais recursos para enfrentar a crise econômica. Apesar de seu impacto, o governo tem se movido na direção correta. A velocidade é que não tem sido a ideal: como em todo o mundo, a equipe econômica do ministro da Fazenda Agustín Carstens errou ao projetar a profundidade da crise e muitas medidas contracíclicas se viram bloqueadas por entraves legais. Mas o governo acudiu a uma acertada combinação
plicar um maior déficit fiscal, o que dá tranquilidade às classificadoras e permitirá manter fluxos de financiamento. Além disso, a conjuntura é uma oportunidade para que o governo promova mais fortemente uma série de reformas que estão pendentes e que devem dar mais competitividade à economia mexicana e à sua indústria, que inclusive sem crise já estava indicando esgotamento e perda de mercados. Também é preciso olhar de forma otimista o fato de que a jovem economia mexicana tenha suportado bem os embates anteriores e que a institucionalidade dos partidos continue vigente, diferentemente de outros países latino-americanos menos golpeados. Não devemos ser ingênuos. Os desafios enfrentados pelos mexicanos são enormes e o governo nem sempre tem acertado na hora de enfrentá-los. Mas acompanhando de perto o que se desenvolve em nível doméstico é fácil comprovar que nenhum dos Estados hoje considerados falidos no mundo
A JOVEM DDEMOCRACIA MEXICANA SUPORTOU OS EMBATES. SU de medidas que evitaram uma resultado ainda pior, sem a necessidade de im/ JULHO, 2009
nunca esteve à altura de uma nação como o México. Q
PUBLIRREPORTAJE
Jogando lenha na fogueira Neste momento o mundo vive uma forte recessão econômica, que se manifestou há quase um ano. A pergunta é: poderemos sair rápido da crise? Embora minha opinião soe desagradável, eu acho que não. Ernesto Chong, CFO PMC Group.
Desde o princípio da crise, os governos dos países mais ricos do mundo, tanto a OCDE como o G-20, agendaram reuniões de chefes de Estado e ministros de Economia, com a ideia de coordenar esforços conjuntos para enfrentar a crise global. A razão disso é que todos entendem que a crise tem alcance mundial, independentemente de onde se tenha manifestado. Invariavelmente, nestes congressos os representantes de cada país falam com firmeza sobre a necessidade de adotar ações conjuntas e enfatizam na obrigatória cooperação entre governos. Porém, apenas termina o congresso, cada governo toma suas próprias decisões e medidas de política econômica, abandonando totalmente o princípio da cooperação internacional. Os países estão empregando medidas protecionistas que, ao invés de ajudar, podem e vão agravar a crise e a situação do cidadão comum. Um exemplo são as políticas do atual governo estadunidense, que desde sua posse parece estar empenhado em aplicar medidas protecionistas para, supostamente, favorecer as indústrias nacionais em detrimento das indústrias de outros países, para o que se tem utilizado o slogan “Buy American” (compre o americano). Estas medidas protecionistas se vendem muito bem no plano político, e por isso têm sido sempre uma das ferramentas prediletas dos governos populistas, mas no âmbito econômico só trazem mazelas e não benefícios, começando pelo fato de que com estas políticas se inibe a eficiência.
Em virtude da lei de vantagens comparativas, o livre comércio internacional favorece todos os participantes. Como consequência dessa lei, cada um se focaliza em produzir aquilo em que é mais competente e eficiente. O resultado é mais e melhores produtos, com preços mais baixos. Todos nos tornamos mais ricos desse modo, tanto produtores como consumidores – estes últimos ao terem um amplo leque de possibilidades a melhores preços. No entanto, a lei de vantagens comparativas requer o livre comércio. No momento em que cada governo começa a colocar-lhe restrições, o livre comércio se inibe e deixa de projetar seu máximo potencial. E é precisamente isso o que está acontecendo, com cada governo tomando agora medidas para restringir as importações de certos bens. O protecionismo econômico também está se manifestando de outra forma, que é a de perseguir a concorrência tributária entre países. Neste item os países mais ricos (OCDE e G-20) parecem estar se coordenando contra países com melhores sistemas impositivos que não pertencem a seus seletos grupos. A renovada guerra contra os países de baixa carga tributária, aos que chamam depreciativamente paraísos fiscais, é o resultado do desespero que estão assistindo os governos dos países ricos frente à súbita redução das arrecadações tributárias nacionais. E em vez de se adaptarem, reduzindo gastos estatais excessivos, o que fazem é matar o mensageiro.
A verdadeira solução para as finanças estatais em época de crise é apertar o cinto (reduzir o gasto público). E, além disso, reduzir impostos. Sim, mesmo parecendo irônico, reduzir impostos traz duas coisas muito positivas: em primeiro lugar, dá um novo fôlego às empresas e aos consumidores, que também estão passando dificuldades com a crise, e em segundo lugar, se consegue estimular um pouco a economia através da oferta, pois os impostos altos são uma barreira aos negócios e ao reduzi-los, obviamente, se reduz a barreira e se beneficia o ambiente de negócios. Infelizmente, os governos parecem estar padecendo de uma séria miopia que os está levando a tomar medidas que podem ser populares em seus países, mas que realmente prejudicam os seus próprios povos e o resto do mundo, ao inibir ainda mais o comércio mundial que já, em si, está sofrendo bastante por conta da crise. Se continuarmos por este rumo, por mais que me doa dizer isso, penso que a crise vai se agravar e durar mais que o necessário.
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ANIMAL POLÍTICO [COLÔMBIA]
A negativa da Suprema Corte de Justiça da Colômbia de extraditar aos Estados Unidos Eli Mendoza – conhecido como “Martín Sombra” – proeminente carcereiro das FARC, sinaliza que o Poder Judiciário colombiano se sente forte o suficiente para lidar com a situação dos guerrilheiros capturados. Há pouco tempo, a corte também negou a extradição de outros dois insurgentes vinculados ao sequestro dos norte-americanos Keith Stansell, Marc Gonsalves e Thomas Howes. O caso do “Sombra”, de 56 anos, é um verdadeiro “caso-testemunho”: era encarregado de Ingrid Betancourt e é acusado de tratos particularmente degradantes. O fato pode ajudar o governo do presidente Uribe em seu plano de recuperação real e simbólica de soberania. A administração de Obama não considerará o caso como motivo de atrito relevante. [PERU]
VOLUNTARISMO OU ENTUSIASMO? O presidente peruano Alan García mostrou jogo de cintura e astúcia ao apoiar a revogação dos decretos 1090 e 1064, que deram origem ao levantamento indígena e o qual resultou na morte de cerca de 30 a 40 policiais e civis. Este triste episódio, em sintonia com outros, parece mostrar que o governo de García está muito mais direcionado por impulsos voluntaristas do que por uma estratégia consistente em temas de longo prazo. O Peru – assim como Equador, Colômbia, Venezuela e Bolívia – necessita de uma estratégia coerente e de longo prazo para usufruir e preservar suas selvas amazônicas. Uma na qual os indígenas sejam sócios, e não adversários. 20 AMÉRICAECONOMIA
AFP
A SOMBRA DE “MARTÍN SOMBRA”
O PERU DEVERÁ APRENDER A CONCILIAR DESENVOLVIMENTO COM DEMANDAS CIDADÃS ANTES QUE ESTAS EXPLODAM EM SUA CARA [LIBERDADE DE IMPRENSA]
PERAS E MAÇÃS
Tratando-se da mídia, são tempos revoltosos. Para os presidentes da Venezuela, Equador e Bolívia, suas estratégias de confronto direto e ameaças de fechamento contra veículos de comunicação de oposição tentam evitar que ultrapassem os limites legais e caiam na sedição. Segundo os diretores desses meios (Globovisión, Teleamazonas e o diário La Prensa) e a oposição da cada país, trata-se de uma política para amedrontar e calar os críticos. Os três casos são muito distintos. Na Bolívia a imprensa crítica está em boa situação, e no Equador se trata de um processo mais ruidoso e azedo do que perigoso. Na
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Venezuela, entretanto, efetivamente o projeto chavista tenta calar toda a oposição relevante no médio prazo. As brigas continuarão. [MÉXICO]
O “PEDÁGIO” DA REPUGNÂNCIA Enquanto a guerra com o narcotráfico continua ocupando as autoridades do México, a revelação de que quase 10 mil cidadãos de outros países foram sequestrados, extorquidos, roubados e torturados, em sua passagem pelo país em busca de morar ilegalmente nos EUA, terá efeitos de longo prazo. O número é assustador, já que inclui registros de apenas seis meses, e abundam assassinatos a sangue frio e / JULHO, 2009
estupros. A maioria das vítimas são hondurenhos (67%), salvadorenhos (18%) e guatemaltecos (13%), mas também há equatorianos, brasileiros e até chilenos e peruanos. Não é garantido que a cumplicidade aberta de policiais neste “pedágio” possa levar a atritos com os governos de Honduras e El Salvador, mas a imagem do México como país no qual reina o crime continuará crescendo. [URUGUAI]
CAMPANHA PRESIDENCIAL ACIRRADA Com sua indicação praticamente ganha, o candidato oficial José “Pepe” Mujica não tem certeza se enfrentará o ex-presidente Luis
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ANIMAL POLÍTICO Alberto “Cuqui” Lacalle ou o senador Jorge Larrañaga; embora tudo pareça indicar que o primeiro será seu concorrente. Se as eleições fossem agora, a Frente Ampla (de Mujica) teria 44% e o Partido Nacional (Lacalle), 37%. Haveria um segundo turno em novembro e ambos seriam obrigados a seduzir os eleitores do Partido Colorado (8%) e os indecisos (10%). Carismático e sagaz, Mujica tem contra ele seu passado de guerrilheiro tupamaro nestes setores. Astuto e desbocado, a pedra no sapato de Lacalle é a crença generalizada, aceita como fato, de que ele enriqueceu ilicitamente durante seu governo. O fim está aberto.
[BRASIL]
EMOÇÃO E PERIGO NAS GRANDES LIGAS Lula visitou a cidade russa de Ecaterimburgo em meados de junho levando estampada na camisa a letra “B”, da sigla Bric: bloco integrado pelas economias emergentes Brasil, Rússia, Índia e China. Mas sua mensagem havia sido transmitida alguns dias antes pelo chanceler Celso Amorim, em uma reunião acadêmica pouco concorrida em Paris: “O G-8 acabou como grupo de decisão política”. E acrescentou: “não sei como será enterrado, embora às vezes um enterro ocorra suavemente”. Quando se trata de política, o clube agora deve incluir Brasil, China e Rússia.
Há propostas de criar um grupo decisório no qual os quatro Bricss convivam com um só representante, para lidar com União Europeia, GrãBretanha, Japão e EUA. O Bric teve sua origem em um conceito publicitário para vender fundos mútuos e papéis de mercados emergentes. Embora Lula queira criar um bloco político a partir destas siglas, a reunião na Rússia deixa claro que não haverá conquistas concretas no curto prazo. [BRASIL]
FUTURO DESASTRE OU FUTURO ESPLENDOR? Há quem se oponha à chamada “privatização” da Amazônia. Já quem
apoia diz que é sua salvação. O certo é que a legalização e entrega de domínio de uma superfície equivalente ao tamanho da França, entre outras medidas, será uma das decisões de maior peso, no longo prazo, do governo Lula. Com o respaldo do ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, e a crítica do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc esta é uma aposta forte. Seu êxito – ou fracasso – será definido nos detalhes e na implantação. Se a legalização for transformada em uma permissão de expansão pecuária, o problema será agravado de forma dramática. Se, em contrapartida, emergir um novo modelo de gerenciamento integrado da floresta e da agricultura de diversas culturas, o impacto será benéfico.
[CONE SUL]
A expansão da gripe A(H1N1) no Cone Sul não é uma surpresa; lamentavelmente tampouco é o fato de que os sistemas sanitários da Argentina e do Chile tenham mostrado escassez de recursos, ainda no marco de poucos contágios e virulência baixa. As compras atrasadas de antivirais e as políticas erráticas de fechamento de escolas são um sinal disso. Mas o pior é que ambos os governos (iguais ao resto da América Latina) não informaram suas estratégias de aquisição da vacina específica que está sendo criada, algo feito pela maioria dos países desenvolvidos. Uma possível segunda onda de contágio pelo vírus (no hemisfério Sul) deve ser esperada e, para neutralizá-la, é necessário assegurar estoques da nova vacina. Ao não fazê-lo, a região está à mercê da caridade de companhias farmacêuticas que têm assegurado que providenciarão recursos aos países pobres. 22 AMÉRICAECONOMIA
AFP
APRENDENDO COM A GRIPE A(H1N1)
UM LINDO POSTAL DE UM BRASIL QUE ATUA GLOBALMENTE. MAS SÓ GESTOS NÃO BASTAM
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/ JULHO, 2009
SEGUINDO A PISTA Sem parceiros PUBLICAMOS: Segundo projeções – conservadoras – da empresa SQM, a demanda mundial de carbonato de lítio crescerá acima de 5% ao ano no período 2008-2018. Ainda que se trate de reservas base – que ainda não foram bem-calculadas ou não foi definida sua viabilidade econômica – a Bolívia e seu salar de Uyuni registram 5,4 milhões de toneladas, mas de qualidade inferior e, por isso, mais caras de extrair. (“Os sauditas do sul”, AméricaEconomia Nº 373, 15 de março, 2009)
O NOVO: Mesmo com um panorama mais complexo do que no Chile e na Argentina, o governo de Evo Morales decidiu que irá produzir o carbonato de lítio sem parceiros. Freddy Beltrán, diretor geral de Mineração da Bolívia, afirmou que o país quer produzir o insumo de forma soberana, ainda que tenha de buscar apoio financeiro em um banco externo. Empresas japonesas e francesas manifestaram interesse na exploração do lítio na Bolívia, mas Morales afirmou só aceitar propostas para a industrialização do metal. Na Bolívia já está sendo construída uma fábrica piloto, que se espera estar pronta em 2010.
Atraso na decolagem PUBLICAMOS: Tanto no Brasil quanto na Argentina os problemas mais graves na malha aeroportuária têm sido de recursos humanos e a demora dos governos em encontrar soluções. Por estar sob concessão privada desde 1998, Ezeiza leva uma boa vantagem em relação a Guarulhos em reformas e investimentos e, teoricamente, está preparado para atender o fluxo de 6 milhões de passageiros, equivalente a 85% da demanda nacional. (“Quando sai meu vôo?”, AméricaEconomia Nº 341, 21 de maio, 2007) O NOVO: O ministro de Defesa brasileiro Nelson Jobim declarou em junho que o governo está considerando permitir que investidores estrangeiros apresentem ofertas para a construção e administração de aeroportos no País como forma de mitigar o estancamento estrutural nessa indústria. Os modelos básicos para a concessão de quatro aeroportos – entre os quais Viracopos (Campinas) e o Galeão, no Rio de Janeiro –, estariam prontos em julho.
Passo atrás PUBLICAMOS: A companhia mexicana de cimentos empreendeu o maior processo de internacionalização já realizado por uma companhia latinoamericana. Mas a Cemex tem vivido um ciclo negativo principalmente devido aos maus resultados registrados nos Estados Unidos, na Espanha e na Inglaterra – suas operações internacionais mais importantes, mas também as mais afetadas pela crise. (“Em busca do Equilíbrio”, AméricaEconomia Nº 374, abril, 2009)
O NOVO: Os maus resultados estão fazendo a mexicana perder terreno. Em junho, a suíça Holcim anunciou que compraria as operações australianas da Cemex por 2,02 bilhões de dólares australianos (US$ 1,64 bilhão), planejando um aumento de capital para financiar a operação. Com isso, a Holcim, segunda maior fabricante de cimentos do mundo, terá acesso a mercados de rápido crescimento na Austrália; e a Cemex ganhará recursos que a ajudarão a refinanciar US$ 14,5 bilhões em dívidas que vencem no final de 2011 – US$ 4,1 bilhões este ano.
24 AMÉRICAECONOMIA
Soltando as garras PUBLICAMOS: Mas os interesses de Gabrielli vão além. Não apenas quer se transformar no principal distribuidor e comercializador de etanol no mundo. Também quer começar a produzi-lo. “Estamos interessados na logística e comercialização, mas estamos discutindo como integrar o processo de produção”, afirmou Gabrielli, conservadoramente. (“O ouro verde da Petrobras”, AméricaEconomia Nº 338, 2 de abril, 2007)
O NOVO: Agora já não é mais discussão. O presidente executivo da Petrobras afirmou em junho que a companhia buscará, além de novos
negócios, a compra de participações minoritárias em usinas de etanol. “Nossa posição provavelmente não será tentar o mercado de varejo, mas ser um player importante para expandir ao mercado internacional”, afirmou. Segundo cálculos da estatal brasileira, em 2020 a gasolina representará apenas 17% do combustível usado em carros no Brasil. “Por isso, nossas cinco novas refinarias – que aumentarão a capacidade de refino da empresa de 1,9 milhão de barris/dia para 3,2 milhões de barris/dia – não produzirão gasolina, e sim diesel, GLP, combustível de avião e outros”, disse.
Em crescimento PUBLICAMOS: “A Mexichem tem desenvolvido uma estratégia que integra a operação vertical e horizontalmente”, diz Luis Vallerino, analista de Accival-Citi, no México. “Um dos pontos positivos é que isso a afasta dos riscos das commodities.” Esse plano é o que tem guiado as compras e a expansão da companhia. (“Invisíveis e globais”, AméricaEconomia Nº 356, 1 de abril, 2008)
O NOVO: O grupo mexicano Mexichem anunciou recentemente que poderá iniciar a construção de uma fábrica petroquímica no Peru nos próximos dois anos, com investimentos de US$ 2 bilhões. O presidente do grupo, Antonio Del Valle, declarou que já começaram os estudos de viabilidade. Essa planta concentraria a fabricação de insumos para a fabricação de plásticos, incluindo tubulações, e iniciaria operações em sete anos. Caso seja aprovado, o projeto contará com a associação de outras empresas, entre elas as mexicanas Idesa e Alfa e a brasileira Braskem.
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/ JULHO, 2009
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SEGUINDO A PISTA Estrangeiros bem-vindos PUBLICAMOS: A concentração nas três grandes redes de supermercados ainda é relativamente limitada, o que abre a possibilidade de entrada de novos competidores internacionais, num mercado atrativo pelo grande potencial de crescimento. Com base em estimativas do Centro de Excelência em Varejo, Parente afirma que a movimentação em vendas, apenas no segmento de alimentos, não é inferior a US$ 300 bilhões por ano no Brasil. “Com certeza há espaço para a entrada de outros estrangeiros”. (“Acelerar o carrinho”, AméricaEconomia 366, 13 de outubro, 2008) O NOVO: O Brasil ficou na 8ª posição no ranking global de oportunidade de investimento para empresas de varejo e é o primeiro do mundo em atratividade no setor de vestuário, segundo pesquisa da consultoria A.T. Kearney. Celso Durazzo, diretor da consultoria, lembra que o estudo apurou que cerca de 20 cidades brasileiras têm mais de 1 milhão de habitantes, um ponto positivo para o País. Para Durazzo, é hora de as empresas estrangeiras de varejo inovarem quando investirem no Brasil. Além do vestuário, outras oportunidades no varejo do país são os setores de eletrodomésticos e de alimentos e bebidas.
Regateio PUBLICAMOS: Uma das grandes tacadas deste ano que fizeram o mercado aplaudir foi a negociação da Vale com seus principais compradores, fixando um reajuste de 65% para o chamado minério fino. Os analistas ficaram ainda mais otimistas quando, no final do primeiro semestre, a BHP Billiton e a Rio Tinto conseguiram negociar índices ainda maiores, de 80% e até 95%. (“A todo vapor”, AméricaEconomia 361, 21 de julho, 2008) O NOVO: Em ano de crise, a negociação é outra. Depois de Japão e Coreia, agora a Vale senta-se à mesa com as siderúrgicas chinesas – atualmente seu maior mercado – para rever os preços do minério de ferro... para baixo. Este ano a brasileira está mais cautelosa, esperando o resultado de suas rivais australianas, que em 2008 conseguiram contratos mais vantajosos. No caso da negociação com as japonesas, a Vale conseguiu um acordo melhor que o da Rio Tinto, reduzindo o preço do minério fino em 28,8% e o granulado em 44,47%. Já os chineses, com maior poder de compra, pedem redução de até 50% nos preços para 2009.
Boicote verde PUBLICAMOS: Hoje, no Brasil, identifica-se que os dois principais problemas da floresta são a ocupação ilegal de terras públicas e as linhas de crédito mais baratas para a agropecuária. “Estas acabam se tornando dois tipos de subsídio: um indireto – terras exploradas de graça – e outro direto”, diz Paulo Barreto, pesquisador do Imazon. (“Celeiro em risco”, AméricaEconomia Nº 373, 15 de março, 2009) O NOVO: O combate à produção ilegal na Amazônia ganhou um novo reforço. As três maiores redes de supermercado do Brasil – Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar – decidiram suspender a compra de carne derivada de fazendas que foram denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará envolvidas no desmatamento da Floresta Amazônica. A medida deu trabalho até para o frigorífico Bertin, que informou que continuará atendendo o Pão de Açúcar com carne proveniente de outros estados.
Descendo a ladeira
O NOVO: Em junho o governo peruano assumiu que em abril o país registrou a primeira queda da economia desde junho de 2001. A retração foi de 2,01% e deve-se sobretudo a setores vinculados à demanda interna. A manufatura, maior geradora de empregos, caiu 13,64%, e o setor de construção, que tinha se convertido no mais dinâmico dos últimos anos, contraiu-se 1,48%. Tal resultado fez com que o Banco Central peruano revisasse novamente sua estimativa de crescimento de 2009, para 3,3%.
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AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
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AGENCIA ANDINA
PUBLICAMOS: Apesar de o Peru ser um dos poucos países que, segundo o FMI, poderá crescer, também será um dos que experimentará a maior desaceleração econômica, posto que o crescimento de seu PIB deverá cair 7 pontos percentuais – em 2008 seu crescimento foi de 9,8% – e isso poderia refletir-se no surgimento de problemas sociais. (“Nem tudo o que brilha é ouro”, AméricaEconomia Nº 376, junho, 2009)
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MOVIMENTOS
Eike Batista Eliodoro Matte
Iris Fontbona
Antonio Ermírio de Moraes
Carlos Slim
Carlos Slim perdeu US$ 25 bilhões de sua fortuna
Os ricos A
crise financeira internacional afetou os bolsos de milhões de pessoas, e os grandes magnatas latino-americanos não são exceção. A queda nos preços dos ativos, a volatilidade nos tipos de câmbio e a piora no clima de negócios no mundo os fez perder conjuntamente dezenas de bilhões de dólares. Entre os mais afetados está o magnata mexicano Carlos Slim, que viu seu patrimônio líquido cair mais de US$ 25 bilhões, embora ainda seja um dos três mais ricos do mundo. Outros que
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perderam são os brasileiros Joseph Safra e Antonio Ermírio de Moraes, além da chilena Iris Fontbona. Mas nem todos viram suas contas bancárias minguar. Eike Batista elevou seu patrimônio em quase US$ 1 bilhão, o que não apenas consolida sua posição como o homem mais rico do Brasil, mas também o torna um dos poucos magnatas que conseguiu resguardar sua fortuna durante os últimos meses. Antonio María Delgado / Miami
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
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SEBASTIÁN CARO P.
também choram Fortuna à prova Patrimônio dos magnatas latino-americanos, em milhões 2008 Carlos Slim US$60.000 Eike Batista US$ 6.600 Joseph Safra US$ 8.800 Antonio Ermírio de Moraes US$ 10.000 Iris Fontbona US$ 10.000 Alberto Bailleres US$ 9.800 Eliodoro Matte US$ 7.900 Jorge Paulo Lemann US$ 5.800
2009 US$35.000 US$ 7.500 US$ 7.000 US$ 2.800 US$ 6.000 US$ 5.700 US$ 5.900 US$ 5.300
FONTE: AméricaEconomia
MOVIMENTOS
FERNANDO CARRASCO CRUCHAGA
Crescimento on-line F
Xô, influenza! A
influenza A (H1N1) afetou o México de diferentes maneiras, mas uma delas demonstrou que não é preciso ir ao escritório para trabalhar. Tradicionalmente, as empresas preferem ver seus funcionários em escritórios para assegurar que não percam tempo, mas a emergência sanitária inverteu a tendência: as companhias recomendavam ou obrigavam seus funcionários a ficar em casa para reduzir o risco de contágio. No processo, muitas descobriram as vantagens do trabalho a distância, diz Francisco Pinto, vice-presidente para a América Latina da empresa de soluções de TI SonicWall, que garante que este é apenas o começo. “As
infraestruturas urbanas não estão preparadas para o crescimento da população economicamente ativa, o aumento do trânsito e a falta de eletricidade fazem com que o trabalho remoto tenha que ser parte do futuro das companhias”. Esta modalidade de trabalho promete grandes economias no longo prazo para as empresas, mas exige certo custo inicial, já que elas devem fornecer ou garantir que seus funcionários tenham as ferramentas necessárias (como laptops, software, smartphones, acesso a internet) para cumprir suas funções.
a distância: { Trabalho { legado da gripe
Lisia González / Cidade do México
inalmente a América Latina chegou aos dois dígitos no mundo da internet. O continente já concentra 10% dos usuários da rede em nível mundial, segundo um estudo da consultoria Everis. Mas ainda há muito a crescer, comenta Marcos Vásquez, gerente de TI da empresa. “A América Latina tem 314 usuários de internet para cada mil habitantes, enquanto os EUA têm 751 usuários para cada mil habitantes”. Segundo o estudo, a região concentra 159 milhões de usuários, 76,2 milhões deles no Brasil. O país não apenas é o líder regional, mas também do mundo, em número de usuários. “A projeção é que passe dos 391 usuários de internet para cada mil habitantes em 2008, a 425 usuários em 2010, o que significará um crescimento anual de 8,6%”, assegura Vásquez. O Brasil é seguido por Chile (345 para cada mil habitantes), Peru (330), Colômbia (323), Uruguai (322) e Argentina (304). Soledad Gómez / Santiago g
dos usuários de Internet estão na América Latina, segundo a Everis
México low cost S
e você estava avaliando transferir sua fábrica para a Ásia para economizar, pense novamente. A China já não é a Meca da mão-de-obra barata. Na verdade, o México seria o país com menor valor de manufatura de componentes de baixo custo (low cost components, ou LCC), seguido pela Índia, de acordo com um estudo da consultoria AlixPartners. Esse estudo levou em conta uma cesta de componentes manufaturados, como pequenos motores, molduras e autopeças, e comparou o custo de produzi-los na China, Índia, Brasil e México, para depois analisar os dados frente ao custo nos Estados Unidos. Também levou em consideração variações nos últimos três anos de custos de trabalho, gastos gerais, tipos de câmbio, preços de transporte e de matérias-primas. Agora, o custo de produzir na china é apenas 6% inferior ao dos EUA. A consultoria prevê que os custos na China voltarão a cair na segunda metade do ano, à medida que o yuan se fortalecer e que baratear o transporte, mas não o suficiente para tirar o México do primeiro lugar ou a Índia do segundo. Eduardo Thomson / Santiago
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AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
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MOVIMENTOS De boca aberta A
Sob a lupa
H
á pouco tempo, a empresa de TI Stefanini divulgou que tinha R$ 50 milhões para sair às compras. A crise nublou seus planos, mas agora Marco Stefanini, presidente da companhia, diz que está mais perto de bater o martelo. “Já estamos avançados nos EUA; mas também buscamos uma empresa média na América Latina”, afirma. Os destinos de preferência são México, Colômbia e Argentina. “Não é difícil encontrar candidatos; o problema é identificar os que valem a pena em meio à atual situação”, diz – já que, no setor de serviços, mais do que ativos fixos, compram-se carteiras de clientes. A atenção do empresário está voltada a candidatas com menos de 30% das vendas concentradas em um só cliente, com maior parte da receita recorrente (ou seja, de serviços de manutenção, que implica um contrato de mais longo prazo); e com operação em mais de um país da região. O objetivo da Stefanini é acelerar o processo de internacionalização da empresa para, em três anos, ter mais de 50% de suas vendas vindas do exterior – em 2008, esse percentual foi de 22%. Solange Monteiro / São Paulo
s empresas brasileiras querem o sorriso de seus vizinhos latino-americanos. Isso porque os planos odontológicos do país avaliam a possibilidade de expandirse na região. Armando Rodrigues Filho, diretor-executivo da Dentalpar, por exemplo, afirma que o foco é a Argentina por ser “um mercado com muitas semelhanças com o brasileiro”. Para Luis Enrique Bernal Camacho, gerente de Odontologia da Colsanitas, na Colômbia, “formar alianças com parceiros brasileiros na região seria conveniente”, diz, acrescentando que o know-how das empresas do Brasil associado ao conhecimento de mercado dos planos locais geraria boas sinergias. É o que fez a Odontoprev no México, onde possui uma joint venture – na qual detém 40% – com o Grupo Iké. A empresa, que abriu seu capital em 2006 e já fez sete aquisições diz que, se a oportunidade surgir, continuará apostando em parcerias. “Mas, basicamente, não há alvos de compra lá fora”, garante José Roberto Pacheco, diretor de relações com investidores da companhia.
Rodrigues, da Dentalpar: foco na Argentina
A sondagem da Sonda
MIGUEL CANDIA
O
Vejar: sério na foto, mas feliz com os resultados
s banqueiros de investimentos fazem fila para lhe oferecer empresas de toda a região. E foi com os bons resultados de suas aquisições no México, Brasil e Colômbia que a chilena Sonda se tornou a opção lógica para quem quer vender um empreendimento de TI. A empresa fechou 2008 com vendas de US$ 671 milhões e um Ebitda de US$ 115 milhões, altas de 46,3% e 38%, respectivamente, consolidando-se como a maior empresa de origem latino-americana no setor de TI (hoje e tem presença direta em sete países da América do Sul, além de México e Costa Rica). Em 2009 a alta se mantém. No primeiro trimestre, registrou aumento de 6,6% nas vendas e de US$ 90 milhões em caixa. “Especialmente importante tem sido nosso de-
Sergio Spagnuolo / São Paulo
sempenho no Brasil”, diz Raúl Vejar, gerente geral da Sonda. “Daí vem a metade dos contratos que fechamos em 2008.” Novas aquisições? Vejar diz que poderiam chegar através das oportunidades que eles mesmos buscam em meio a tantas ofertas. “O mais provável é que será em um país no qual queremos fortalecer ainda mais nossa presença.” Felipe p Aldunate M. / Santiago g
foi a alta das vendas da Sonda em 2008
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MOVIMENTOS
MIGUEL CANDIA
O
pagamento de bônus aos executivos ficou irremediavelmente associado aos problemas da AIG e das companhias resgatadas pelo governo dos EUA. Mas também na América Latina as companhias estão revisando suas políticas de incentivos, diz Martín Perdomo, consultor da Mercer. Não apenas porque têm menos recursos, e sim porque querem saber se seus incentivos impactam em seus resultados. Para os de curto prazo, há uma solução rápida. “Quando tudo ia bem, as avaliações de desempenhos eram iguais”, explica Perdomo. “Agora não”. E isso facilita a distribuição de incentivos. Mas, além disso, há um tema de transparência que as empresas começaram a acolher por pressão do público e dos acionistas. “Estamos assessorando empresas internacionais que estão na região para ver como comunicam suas políticas de compensações”, diz o executivo. Algo que as companhias latino-americanas eventualmente incorporarão.
Bônus na mira
Soledad Gómez / Santiago
Perdomo: novos incentivos
é em até quanto poderá aumentar o p preço dos notep books na Argentina b
Zona franca do fim do mundo
A
s medidas do governo argentino não deixam de agitar as águas. Foi enviado ao Congresso um projeto de lei para oferecer monitores, celulares e notebooks com 17% de impostos internos além do IVA, elevando a taxa em 21%. Isto se não forem produzidos na Tierra del Fuego. O pretexto? Que os setores de maior poder aquisitivo contribuam para fomentar o desenvolvimento da província mais austral. Segundo um estudo da Universidade de San Andrés, a medida provocaria um aumento nos preços de até 37% para os notebooks e aumentaria a lacuna digital. Os setores informático e comercial deram um grito. Mas nem todos protestam contra a medida. “Isso é apenas uma forma de equiparar o regime brasileiro”, diz Diego Teubal, diretor da BGH, uma das potenciais beneficiárias e que tem licença da Motorola. “O único apocalipse é para os importadores: os LCD custarão o mesmo, para os celulares os preços são fixados pelas empresas de telecom, e os notebooks vão ter um aumento de 0% a 4%, antes de deduzir o IVA”. Juan Pablo Dalmasso / Buenos Aires
Questão de critério O
emprego tem sido um dos setores mexicanos mais afetados pela crise. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Geografia (Inegi), 12,1 milhões de pessoas ganhavam a vida na economia informal no primeiro trimestre deste ano, o que representa 28,2% da população ocupada e um aumento de quase um ponto percentual frente ao mesmo período do ano passado. Contudo, alguns especialistas acreditam que o número, na realidade, seja muito maior. “Só de vendedores ambulantes na Cidade do México é dito oficialmente que há 250 mil pessoas, mas
estes são os que estão trabalhando fixo. A maioria se move”, diz Sandra Alarcón, acadêmica da Universidade Iberoamericana. “Eu calculo que há um milhão”. Além disso, a globalização tem expandido a contratação de emprego flexível, com contratos parciais e sem prestações, o que é considerado pelas autoridades como emprego formal, mas que para Sandra é simplesmente outra modalidade de informalidade. “As cifras são um engano a respeito da realidade”, conclui.
no { Informalidade México: mal de crise {
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Arly Faundes B. / Cidade do México
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2008: menos trabalho
MOVIMENTOS ai
em
Louise Goeser
sLouise K. Goeser foi nomeada oficialmente presidente e diretora-geral da Siemens Mesoamérica, a unidade do Grupo Siemens a cargo de México, América Central e Caribe. Antes, Louise trabalhou como presidente da Ford México, de janeiro de 2005 a novembro de 2008. sA Websense, empresa de segurança em internet, mensagem eletrônica e informação, indicou Lukas Alarcón González como engenheiro executivo de
vendas para o Cone Sul. Alarcón será responsável por dar apoio técnico aos distribuidores locais no Chile, Argentina, Uruguai e Peru. sA British Telecommunications (BT) anunciou Jacinto Cavestany como novo vicepresidente da empresa para a América Latina e Sérgio Paulo Gallindo como novo diretor geral para o Brasil. Cavestany acumula o posto com a direção geral da BT para a Espanha e Portugal. sA empresa argentina
sHuddle Group, especializada em desenvolvimento de software sob medida e consultoria, nomeou Gustavo Pais para a gerência comercial. O executivo deverá desenvolver uma estratégia comercial tanto na Argentina como na região. sA EMC Corporation, empresa de infraestrutura de informação, apontou Marcelo Fandiño como gerente regional da EMC no Cone Sul. Ele era gerente regional de soluções de tecnologia da EMC antes disso.
cresceram as exportações de calçados chineses à Argentina
Degustadores mãos de tesoura S abe-se: tomar vinho é uma deleitável experiência. Mas – verdade seja dita – a maior parte das pessoas não bebe por isso, e sim para desfrutar de outras experiências: uma conversa, um momento romântico ou... cortar seres vivos com grandes tesouras. Cortar seres vivos? Bom, esta é uma definição dura, mas correta, do que também é chamado de poda. Prática perfeitamente legítima se quem a sofre não tem cérebro. “É uma atividade que desenvolvemos de 15 de junho a 15 de agosto, na fazenda Maipú, 40 km ao sudeste de Mendoza (Argentina)”, explica Sebastián Alén Guichón, porta-voz da Adega Família Zuccardi, sobre o “Venha podar”, programa de um dia no qual os participantes são orientados por um especialista sobre as particularidades desta
tarefa vital aos vinhedos. A atividade é parte da estratégia de ecoturismo da subsidiária Viñas Santa Julia, que inclui 50 mil visitas anuais ao “Venha colher”, ao “Venha cozinhar”, ao “Venha voar” e ao
Adegas argentinas ensinam a podar “Bike and tasting”. Ganhar dinheiro com tanto “venha”? “Quando a Santa Julia foi criada, em 2002, a ideia era que fosse autossustentável aos três anos. Conseguimos isso em seis meses”. Rodrigo Lara / Buenos Aires
Pares díspares C
ristina de Kirchner disse em junho que a Argentina sofre uma “invasão de produtos brasileiros” e que as empresas locais deveriam ser protegidas. A queixa conduziu à adoção de vários acordos de redução de exportações brasileiras no segundo semestre, como no setor moveleiro (-35%). Mas, ao invés de beneficiar a Argentina, as medidas estão favorecendo produtos chineses. Enquanto as exportações de calçados brasileiros caíram 36,4% no primeiro trimestre, as compras argentinas de calçados da China cresceram 28,4%. No setor farmacêutico, o Brasil teve uma contração de 22,9%, enquanto os chineses venderam 63,2% mais. E em papel e editorial, as vendas brasileiras caíram 30% frente a um aumento de 60,1% dos chineses. Para Christian Lohbauer, ex-diretor de Comércio Internacional da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), a situação é “absurda”. “Se não há integração, que cada um vá para seu lado”, afirma. Solange Monteiro / Santiago
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MOVIMENTOS Avanço Gay E
Eduardo Thomson / Santiago
um laptop { Perder custa US$ 49.246 {
Risco portátil N
em sempre quem ocupa o cargo mais elevado em uma corporação lida no dia-a-dia com as informações mais valiosas. E isto se reflete no custo para a empresa da perda ou do roubo de computadores de seus
atribuição principal identificar tendências de mercado e definir rumos estratégicos, sem a necessidade de acesso ao mesmo nível de detalhes que quem coordena as operações no dia-a-dia em determinada área geográfica ou segmento de mercado. A velocidade de notificação da perda ou do roubo e o uso de tecnologias de proteção de dados, como a criptografia, porém, podem reduzir sensivelmente os prejuízos, segundo o estudo. Dubes Sônego / São Paulo
Menos é mais A
Petras: consumo verde 34 AMÉRICAECONOMIA
relação entre consumo e empresas frequentemente é uma fórmula simples. Quanto mais há do primeiro, mais ganham as segundas. Mas o caso da GE na América Latina é diferente. O conglomerado aposta em aumentar consideravelmente seus lucros ajudando a região a reduzir o consumo de energia. Michael Petras, presidente e diretor-executivo da GE Consumer & Industrial, diz que cada vez é maior o interesse dos latino-americanos em economizar eletricidade, graças, em parte, a programas governamentais que incentivam a conservação. E a tendência está se refletindo em um aumento das vendas de produtos dese-
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é quanto as operações da GE na América Latina cresceram nhados especialmente para consumir menos, como lâmpadas fluorescentes e eletrodomésticos inteligentes. As operações do conglomerado na região cresceram mais de 28% em 2008, a US$ 8 bilhões e, apesar da crise, isso é só o começo. “Temos um plano: elevar o faturamento a US$ 12 bilhões em 2012, e grande parte disso tem a ver com os esforços da região de se tornar mais verde”, diz Petras. Antonio María Delgado / Miami
FERNANDO CARRASCO CRUCHAGA
nquanto a Corte Suprema dos Estados Unidos rechaçava pela segunda vez o casamento entre homossexuais, no Chile o debate se avivava. O candidato presidencial oficial Eduardo Frei anunciava que “estaria disposto a debater” a legalização de um tipo de união civil para pares do mesmo sexo. E o fato de que o tema seja implantado em um dos países mais conservadores da região é visto como um grande avanço pelas organizações de direitos de homossexuais. Em outras partes da América Latina, o tema está mais avançado. A Colômbia é o país mais adiantado em direitos para casais do mesmo sexo, segundo um relatório da Comissão Internacional dos Direitos Humanos de Gays e Lésbicas. O Uruguai tem uma lei de união concubinária para todos os pares de qualquer sexo que estejam há mais de cinco anos vivendo juntos, enquanto a província de Rio Negro e a Cidade de Buenos Aires têm leis de união civil que não fazem distinção por sexo. Em troca, a Guiana é o único país sul-americano no qual a homossexualidade ainda é ilegal.
executivos. É o que indica o estudo encomendado pela Intel ao Instituto Ponemon. Apesar de o prejuízo ser de US$ 49.246, em média – em substituição, detecção, ciência forense, brecha de dados, perda de propriedade intelectual, de produtividade, despesas jurídicas, regulatórias e de consultoria –, o valor é puxado para cima justamente por notebooks de executivos que ocupam cargos de diretoria ou gerência. O notebook de um CEO está avaliado em US$ 28.449, enquanto o de um diretor ou gerente vale US$ 60.781 e US$ 61.040, respectivamente. Segundo Edson Francisco Gimenes Rodrigues, especialista em soluções coorporativas da Intel, isso se deve ao fato de os CEOs terem como
PETRÓLEO NEGÓCIOS
MUNDOS PARALELOS
A
Para a Pdvsa, tudo vai de vento em popa. Para seus adversários, o navio faz água. E a verdade jaz em algum ponto submerso entre esses dois extremos Antonio María Delgado, Miami
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CETICISMO: Especialistas duvidam que a Pdvsa encontre um tesouro no final do arco-íris
Petróleos de Venezuela (Pdvsa) vive seu melhor momento. Os ainda altos preços do petróleo, o plano de expansão da empresa e os esforços para reduzir sua dívida estão cimentando a posição da estatal venezuelana como uma das maiores potências dentro dessa rentável indústria. Um minuto. Não se trata do melhor. A Pdvsa passa por seu pior momento: a empresa não apenas mente sobre sua gestão como está destruindo sua capacidade de produção, causando a ela danos que poderão levar muitos anos para serem reparados. Ou que podem ser irreparáveis. Tudo depende de em quem se quer acreditar. Numa guerra ideológica como a que a Venezuela está submersa, a primeira vítima costuma ser a verdade. E o que realmente acontece na Petróleos de Venezuela não parece ser exceção. Oficialmente, as vendas da Pdvsa aumentaram 31% em 2008, para US$ 126,4 bilhões, montante suficiente para superar Pemex e Petrobras e retomar o primeiro lugar dentro do ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina. O lucro da companhia aumentou 50%, para US$ 9,4 bilhões, e a capacidade de produção do país encontra-se acima dos 3,2 milhões de barris diários (bpd). Mas os críticos da empresa, grupo que inclui especialistas internacionais e alguns de seus ex-executivos mais capacitados – muito dispostos a falar – afirmam que a produção da empresa é muito menor.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 35
NEGÓCIOS PETRÓLEO
MONTANHA RUSSA CHAVISTA
Cotação do petróleo venezuelano dólares/barril FONTE: SITE PDVSA
Jan. 08 Fev. 08 Mar. 08 Abr. 08 Mai. 08 Jun. 08 Jul. 08 Ago. 08 Set. 08 Out. 08 Nov. 08 Dez. 08 Jan. 09 Fev. 09 Mar. 09 Abr. 09 Mai. 09
80,1 80,0 95,1 88,4 109,7 117,4 129,5 107,1 93,5 63,5 44,9 31,6 37,8 39,6 43,0 44,7 52,2
Quando a imprensa busca pesquisar dados da Pdvsa, bate de frente com uma nuvem impenetrável. Os esforços de AméricaEconomia para falar com um porta-voz da empresa não foram frutíferos. Membros da empresa de auditoria Alcaraz Cabrera Vázquez, representante da KPMG na Venezuela e encarregada de auditar as cifras da Pdvsa, não quiseram fazer comentários alegando confidencialidade em sua relação com o cliente. Outro fato relevante é que em 2006 a Pdvsa deixou de enviar seus dados à SEC dos Estados Unidos. “Não conheço ninguém, incluindo os membros da Opep, que esteja de acordo com esses números de produção”, diz Christopher Sabatini, diretor de Política do Conselho das Américas, em Nova York. “Esse número (3,2 milhões de barris diários) não foi confirmado por nenhuma fonte independente e até seus aliados mais próximos dentro da Opep não consideram verdadeiros tais números de produção divulgados pela Pdvsa”. 36 AMÉRICAECONOMIA
As projeções mais próximas aos dados fornecidos pela Pdvsa colocam a produção do país em um nível máximo de 2,7 milhões de bpd, enquanto a maior parte dos prognósticos obtidos para a elaboração desta matéria colocam esse nível dentro de uma estreita margem dos 2,25 milhões de bpd a 2,45 milhões de bpd. Sob esses cálculos, e levando em conta o preço médio de 2008 anunciado pela empresa, de US$ 86,49 o barril, o valor do petróleo extraído pela empresa estaria entre US$ 71,1 bilhões e US$ 85,2 bilhões. A esse valor seria preciso somar a receita derivada de atividades de refino, e descontar a produção dirigida ao consumo nacional, equivalente a mais de 400 mil barris diários. Também seria preciso descontar o subsídio que a Venezuela concede a outras nações através de sua política da petro-diplomacia, incluindo Cuba (aporte estimado em 92 mil barris diários) e os 120 mil da Petrocaribe. Com base em uma produção de 3,2 milhões diários, o valor do petróleo extraído somaria
que o governo mantém para realizar seus gastos dentro e fora do país, sem controle e sem que tenha que prestar contas a ninguém”, diz Pedro Mantellini, ex-assessor da presidência da Pdvsa. As autoridades do governo venezuelano contam uma versão muito diferente. O ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, que também é o presidente da Pdvsa, disse em reiteradas ocasiões que o plano “Siembra Petrolera”, que contempla investimentos de dezenas de bilhões de dólares para ampliar a produção do país, começa a dar frutos. “A Pdvsa está entre as quatro empresas de petróleo mais importantes no mundo”, afirmou Ramírez em uma coletiva de imprensa realizada no começo de junho. A atual fortaleza da empresa “é produto de dois fatores: o desenvolvimento do plano de investimentos e o processo de nacionalização da Faixa petrolífera do Orinoco que se completou no ano passado”. Esse processo contemplou a eliminação dos diversos arranjos que a Pdvsa mantinha
foram criados sob condições injustas para o fisco. “Menos mal que aqui existe uma revolução”, disse recentemente Ramírez, em uma entrevista para uma rádio local. “Aqui tinham fixado um royalty de 1% quando a taxa normal era 16,6%; tinham fixado o Imposto de Renda em 34%, quando a taxa do petróleo era de 50%, e tinham realizado um conjunto de negócios que tiravam o manejo soberano de nosso petróleo e o levavam às transnacionais.” Esse tipo de negociação teria permitido colocar um ponto final no processo de “descapitalização” ao qual a empresa tinha sido submetida entre 1987 e 2003. “Do ano de 1999, quando o patrimônio era de US$ 23,72 bilhões, a levamos a US$ 71,51 bilhões. Praticamente duplicamos o patrimônio da Pdvsa”, disse o ministro ao anunciar os últimos resultados financeiros da empresa. Mas os ex-executivos da petrolífera questionam a validez desse tipo de declaração. Para eles, a grande perda de talentos sofrida pela empresa
AS VENDAS DA PDVSA AUMENTARAM, OFICIALMENTE US$ 101 bilhões. A pouca transparência da Pdvsa se deveria ao uso que o governo de Hugo Chávez faz da companhia. “Está usando a petrolífera como caixa 2. Esse dinheiro já não é administrado pela empresa como acontecia antes. Ele agora vai parar em diferentes ‘missões’
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
com várias transnacionais para a extração do pesado betume de petróleo da Faixa, que deve ser processado antes de vendido. A empresa também endureceu os termos das operações conjuntas em outros projetos, medida que classificou como necessária já que, segundo o ministro, os acordos / JULHO, 2009
a partir da greve petrolífera de 2002, a decisão do governo de desviar os fundos que tradicionalmente estavam sendo usados nas necessárias obras de exploração e produção e as expropriações estão socavando ainda mais as bases da companhia. Horacio Medina, ex-geren-
na quantidade de poços inativos divulgados pela própria empresa. Em 2002, haviam 13 mil poços inativos. No último relatório lançado pelo Ministério, o número de poços inativos tinha aumentado para mais de 20 mil. Mantellini, o ex-assessor da presidência da empresa, diz que, apesar dos reiterados anúncios do governo de que a Pdvsa está investindo constantemente em ampliar sua produção – o último deles contempla US$ 13 bilhões para investir este ano –, na verdade é pouco o que a empresa está fazendo para combater esse declínio. “Todo o dinheiro está sendo usado pelo setor político. Quando um poço se danifica, porque não há recursos para executar a operação de manutenção ou recuperação deste, a empresa está optando por deixá-lo assim. por isso a produção e a capacidade de refino caem.” Mas que equipamentos, porém, o verdadeiro dano para a companhia é a fuga de
parte da oferta da empresa provém atualmente das instalações que foram construídas no país pelas transnacionais através das associações estratégicas e que foram expropriadas em maio de 2007. “Se se exclui essa produção, então vemos que a produção própria da Pdvsa ronda em torno de 1,5 milhão de bpd, que é o que realmente teria que se comparar com os 3,6 milhões de bpd que se produziam em 1998”, afirma. E a capacidade de produção não poderia ser reduzida ainda mais como consequência da recente expropriação das
realizado de forma adequada, pode conduzir à perda dessa produção.” A Pdvsa também enfrenta uma redução da produção dos estados orientais de Monagas e Anzoátegui, como resultado da expropriação das operações da norte-americana Williams Cos, que se encarregava da delicada tarefa de injetar água e gás para manter intactos os 400 mil barris diários provenientes dessa zona. Medina destaca que essa tarefa é muito complexa, requer tecnologia de ponta, e teria sido um desafio para a Pdvsa até quando estava em seu melhor momento.
AFP
te de convênios operacionais de exploração e produção da Pdvsa, diz que não há evidência de que a empresa esteja investindo bilhões de dólares para ampliar sua produção. “Investidores dessa magnitude são difíceis de ocultar”, afirma. “Não há investimentos em exploração, nem em poços. E não se pode garantir a descoberta de petróleo se a companhia tem 40 perfuradoras a menos do que deveria ter.” Para quem busca avaliar a quantidade de petróleo que a Venezuela realmente produz, a questão das máquinas de perfuração e reparo é de especial importância, já que são uma espécie de pistola fumegante que revela o grau de atividade da indústria. Esses equipamentos, cuja existência no mundo é limitada, são essenciais para combater o natural declínio da produção petrolífera. “Todos os anos, tínhamos que repor entre 600 mil e 700 mil barris para nos manter dentro dos mesmos níveis do ano anterior”, diz Medina, em referência ao nível de produção de 3,25 milhões de barris diários que a companhia mantinha no início da década. “Para fazê-lo, era necessário ter 122 perfuradoras com mesa rotatória capazes de perfurar e reparar poços, realizar investimentos em injeção de águas e novas perfurações e reparos. Hoje, segundo a própria Pdvsa, a companhia conta com 84 desses equipamentos.” Medina acrescenta que um conjunto de 84 máquinas é consistente com um nível de produção da ordem de 2,5 milhões de bpd, mas não dos 3,2 milhões que o governo garante produzir. Outra prova desse declive na produção reside
BILHÕES DE DÓLARES É A CIFRA DE INVESTIMENTOS DA PDVSA PARA 2009. talentos. “Houve uma perda massiva de capital humano”, diz Ramón Espinaza, execonomista chefe da Pdvsa. “Foram-se dois terços do pessoal profissional, técnico e dos gerentes, e que não foram substituídos na área. A Pdvsa cresceu, mas em segmentos que não tem nada a ver com a produção e o processamento de petróleo.” Segundo Espinaza, grande
empresas de serviços petrolíferos. “O resultado disso será uma queda na produção tradicional de petróleo”, diz Jorge Piñón, ex-presidente da Amoco Oil da América Latina. “Grande parte da atual produção da Pdvsa provém da área do Lago de Maracaibo, que consiste em poços muito velhos que requerem um alto nível de manutenção e de trabalho que, se não for
“Temo – e digo isso com muito pesar pelo impacto que teria – que em poucos meses vamos ver uma perda considerável na capacidade de produção do país.”, diz Medina. “E, o que é pior, na possibilidade de eventualmente resgatar esses campos, porque o tipo de dano provocado pode ser irreparável e fazer com que parte desses depósitos se percam para sempre.” Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 37
NEGÓCIOS PETROBRAS
ABR
NO FOGO CRUZADO
Petrobras vira alvo no tiroteio político brasileiro e pode ter potencial de suas ações afetado. Mas tudo indica que só no curto prazo Dubes Sônego, São Paulo
C
ena um, setembro de 2008: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, macacão alaranjado, capacete de segurança branco, marcado pelo logo da Petrobras, mostra as mãos sujas com o primeiro petróleo extraído da camada pré-sal. Ao fundo, José Sergio Gabrielli, outro presidente, o da estatal, sorri e imita o gesto. Figurino idêntico, no limite da barba. “É o passaporte para o futuro”. O pré-sal, descoberto no governo Lula, abre caminho para que o Brasil “acabe com a pobreza”, “resgate a dívida educacional”, e torne-se um dos maiores produtores mundiais de petróleo, repercutem os jornais. Cena 38 AMÉRICAECONOMIA
dois, maio de 2009: depois de intensas manobras políticas, na manhã do dia 15, é lido no Senado o requerimento para a instalação da CPI da Petrobras, criada por solicitação do senador Alvaro Dias, do PSDB, um dos líderes da oposição ao governo. O objetivo: investigar denúncias de irregularidades na Petrobras e na Agência Nacional de Petróleo (ANP), que estariam sendo usadas em esquemas de superfaturamento e direcionamento de verbas a aliados do governo. Ainda falta um ano para que as candidaturas à presidência do Brasil para as eleições de 2010 sejam oficializadas. Mas, diante dos altos índices de apro-
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
vação do governo Lula junto à população e da possibilidade de que faça um sucessor, a oposição resolveu antecipar o debate político. E pode sobrar para a Petrobras, que desde a abertura do mercado de petróleo, no final da década de 1990, se preocupa em cultivar uma imagem de independência e profissionalismo. Mas que, recentemente, tem sido usada por Lula também como plataforma para discursos de tônica desenvolvimentista. “Por mais que a Petrobras tenha evoluído em competitividade, desde a abertura do setor, nunca deixou de ser uma estatal. O mercado nunca deixou de levar isso em conta. Porém, quando começar a CPI,
/ JULHO, 2009
pode haver certa aversão a risco”, afirma Mônica Araújo, estrategistas da Ativa Corretora. Segundo ela, é pouco provável que o preço dos papéis da companhia caia por causa da CPI no Senado. Mas, “no curto prazo, o desempenho das ações da companhia poderá ficar abaixo do potencial, mesmo com uma melhora no mercado de petróleo, como se vê agora”, avalia. A Petrobras já enfrentou outras crises sérias, como o afundamento da plataforma P-36 e vazamentos de óleo. A diferença, agora, é o grau de incerteza e relação ao que pode acontecer. Às vésperas de ser instalada a CPI, ainda não se sabia muito bem nem
o que seria investigado. “A nossa preocupação é com uma CPI que não tenha clareza do que vai investigar, que vai sair fazendo investigação para encontrar o que vai investigar. É com uma CPI que vai criar um ataque permanente sobre a reputação da Petrobras, em decorrência de acusações infundadas e generalizações de caráter particular”, disse Gabrielli, em um programa de TV. Desde que foi levantada a hipótese de uma CPI da Petrobras, já foram cogitados sete alvos de investigação: irregularidades em licitações para a reforma de cinco plataformas de petróleo, que somam contratos de mais de R$ 200 milhões; direcionamento político na distribuição de royalties da exploração de petróleo, com ajuda da ANP; possíveis irregularidades em contratos de construção de novas plataformas; utilização de artifícios contábeis para redução no pagamento de R$ 4,3 bilhões em impostos; superfaturamento na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e direcionamento político de patrocínio para ações sociais e culturais. “No Brasil, as CPIs tradicionalmente não têm motivação técnica. Esse processo de CPI é um processo político”, diz John Forman, da J.Forman consultoria no setor de petróleo. “E, sendo assim, deverá ter resultados políticos”. Segundo ele, da mesma forma que aconteceu com outras grandes companhias do setor que se envolveram em escândalos até bem maiores, como a Exxon, no Alasca (vazamento de óleo), e a Shell, na Nigéria (acusada de envolvimento no assassinato de ativistas), o valor das ações pode cair momentaneamente. Mas tende a voltar a crescer, uma vez que as operações da
companhia não são afetadas intrinsecamente. “Volta e meia aparecem essas coisas.” Porém, para Valdeci Verdello, vice-presidente associado da Andreoli MS&L, que acumula experiência no gerenciamento de crises do porte da quebra da Parmalat no Brasil, uma coisa são as crises tradicionais de imagem. Outra, bem mais complexa e cheia de nuances, é a “guerra de informação” na qual a Petrobras parece estar metida. “É impossível, no caso da CPI, eliminar a vertente eleitoral e ideológica”, diz. E, quando isso acontece, a faceta estatal faz sombra à companhia considerada modelo de gestão em seu setor. Não à toa, os dias têm sido
iniciativa tentativa de intimidação e desrespeito. Para Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura (CBIE), que defende a CPI, a questão agora é que uma eventual não realização das investigações mancharia ainda mais a imagem da companhia que a descoberta de irregularidades. “Os impactos da CPI só podem ser positivos. Caso se descubram atitudes não recomendáveis, a estatal será limpa de contratos irregulares, pelo menos em tese. Caso não se descubram, a Petrobras sairá ainda mais fortalecida. Se a gestão é técnica e não política, qual o problema?” O problema, em sua opinião, é que fica difícil sustentar
sobre outros combustíveis”, diz. “Se ela vê esse mercado como potencial, tem todo o direito de investir. Inclusive em parceria com a iniciativa privada, não necessariamente inibindo a concorrência”. Enquanto a CPI não é de fato instalada, a Petrobras se defende das acusações respondendo aos jornais e marcando posição na internet. A seu favor, argumenta que, além de prestar contas no Brasil ao Tribunal de Contas da União, à Controladoria-Geral da União e à Comissão de Valores Mobiliários, lá fora segue os padrões da U.S. Securities and Exchange Commission, da Bolsa de Nova York e é auditada pela KPMG. Além disso, este ano, passou do vigésimo
BILHÕES DE DÓLARES SERÃO INVESTIDOS ATÉ 2014 agitados para o departamento de comunicação da Petrobras, responsável por divulgar informações oficiais sobre a companhia e zelar por sua imagem. Sentindo-se preterida em muitos dos veículos de comunicação brasileiros que publicaram as suspeitas de irregularidades, a companhia decidiu usar a internet para divulgar sua versão dos fatos, sem intermediários. E, no dia 2 de junho, lançou um blog chamado Petrobras Fatos e Dados, no qual chegou a postar as respostas dada aos jornalistas de diferentes meios antes mesmo de suas matérias serem publicadas. Uma atitude que provocou ainda mais críticas de alguns segmentos da imprensa, como a Associação Nacional dos Jornais e a Federação Nacional dos Jornalistas, que enxergam na
a tese da independência política diante de fatos como a nomeação de um ex-ministro da “Reforma Agrária” (Miguel Rosseto) para cargos como a presidência da Petrobras Biocombustíveis, em maio deste ano: “o que ele entende de biodiesel? Isso fere mais à imagem da empresa que uma CPI”, avalia. A atuação da Petrobras na área de biocombustíveis, aliás, tem sido outro alvo de críticos da empresa como Pires. Há quem tema que a estatal possa usar seu poder econômico para desequilibrar o jogo em proveito próprio. Mas, nem todos pensam assim. Para Luiz Otávio Broad, analista da Ágora Corretora, por exemplo, a estratégia da Petrobras é positiva. “Principalmente no Brasil, onde o etanol deverá predominar
para o quarto lugar na lista das empresas mais respeitadas do mundo, segundo pesquisa do Reputation Institute (RI), com sede em Nova York. É, ao que parece, o mais importante na visão de Gabrielli. “Enquanto não houver uma discussão mais ampla no mercado internacional, o efeito é relativamente pequeno. No plano interno, o mercado de ações considera a Petrobras um referencial importante, tanto que as ações da empresa estão entre as mais negociadas na Bolsa de São Paulo.” Algo que está diretamente associado às perspectivas do pré-sal e aos ambiciosos planos da estatal, que deverá desembolsar US$ 174,4 bilhões, entre 2009 e 2014. “Se houvesse a CPI sem o pré-sal, talvez fosse diferente”, avalia Pires. Talvez. Q
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NEGÓCIOS AERONÁUTICA
EM BUSCA DO EQUILÍBRIO
Embraer completa 40 anos visando a liderar em várias frentes e mitigar riscos. E ganha fôlego antes de entrar no próximo embate no segmento comercial Solange Monteiro, São Paulo
E
m 2007, a companhia brasileira aeroespacial Embraer começou a projetar que a comemoração de seus 40 anos de vida - em agosto de 2009 -, seria feita 40 AMÉRICAECONOMIA
com um crescimento ímpar. A empresa, líder mundial do segmento de aviação comercial de 70 a 120 assentos, adotou novas práticas industriais e dimensionou suas plantas para
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
produzir como nunca. O objetivo era fechar o ano de festas com um faturamento recorde de US$ 7 bilhões. Entretanto, o mapa de navegação da companhia não / JULHO, 2009
contemplava a crise econômica do final de 2008. “Tivemos que reduzir a estimativa de entrega, de vendas, número de funcionários - que foi a pior coisa que poderia ter acontecido,
pois a gente não contrata 10 mil pessoas em seis anos, as capacita, para depois demitir 4 mil”, diz Carlos Eduardo Camargo, diretor de Relações com os Investidores da Embraer. A projeção de entrega, que era de 270 aviões, foi reduzida para 242, devido a cancelamentos e prorrogações. “Mas isso não significa que andamos para trás. A atual estimativa de receita, de US$ 5,5 bilhões - e que esperamos que se repita em 2010 -, significará o segundo melhor ano da história da empresa. Então, temos que comemorar”,
afirma o executivo. Para suportar a queda nas vendas, a Embraer recebeu de presente duas ajudas de peso. A primeira, o financiamento do BNDES para contratos de compra de aviões regionais, sobretudo os primeiros feitos em reais para companhias aéreas brasileiras: à Azul Linhas Aéreas – primeira companhia a adquirir os EJets para operar no Brasil –, de R$ 254 milhões para um jato ERJ 195 (118 assentos) e três ERJ 190 (106 assentos). E o segundo para a Trip (de R$ 199,2 milhões), que havia feito uma encomenda inicial em junho de 2008 que foi revista e cujo primeiro de quatro jatos ERJ 145, para 86 passageiros, estava estacionado na Embraer desde fevereiro esperando pagamento. Um avanço considerado importante dentro do mercado doméstico, em que a ausência da Embraer no âmbito da aviação comercial é notória, e não apenas por uma questão de mercado para os modelos regionais ou pela falta de financiamento, principal desafio da força de vendas dessa indústria em qualquer país. “Nossas companhias aéreas sofreram para comprar aviões nacionais devido a impostos altos, enquanto um Airbus, por exemplo, entrava no País isento de impostos”, diz Roberto Portella Bertazzo, membro do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais. “Hoje não existe mais diferença de carga tributária entre aeronaves compradas no Brasil e no exterior”, garante Adalberto Febeliano, diretor de assuntos institucionais
PREPARE-SE PARA ATERRISSAR NÚMERO DE AVIÕES ENTREGUES FONTE: EMBRAER
250 200 150 100 50 0
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CORTE NA BASE
NÚMERO DE EMPREGADOS FONTE: EMBRAER
23.734
25.000 20.000
19.262
15.000 10.000
23.509
10.334
11.048
12.227
12.941
14.658
17.375
16.953
5.000 0
2000 2001 2002 2003
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da Azul. Segundo Febeliano, a empresa chegou a efetuar algumas operações de exportação e reimportação de aviões da Embraer, mas “porque os financiadores eram internacionais, e questões legais e burocráticas ditaram esse procedimento”. Já a segunda ajuda, na área de defesa, veio das mãos da Força Aérea Brasileira (FAB), com um projeto de construção de um avião cargueiro (KC 390) que poderá substituir o C-130 Hércules, e implicará investimentos de US$ 1,3 bilhão em sete anos. “O nosso cargueiro será mais moderno, conseguirá cobrir distância mais longa e mais rapidamente, pois é um avião a jato, com a mesma capacidade”, conta Camargo. A estimativa é de uma demanda de 22 unidades
2007
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SOBE E DESCE
Evolução anual, em R$ milhões
FONTE: EMBRAER; DADOS AUTALIZADOS ATÉ ABRIL DE 2009, CONSOLIDADOS EM LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
RECEITA LÍQUIDA
LUCRO LÍQUIDO
2000
5.099
645
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6.891
1.101
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7.748
1.179
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9.984
1.281
2005
9.046
709
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8.265
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11.747
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2.667
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pelo governo brasileiro, e mais um mercado de exportações que poderia alcançar os US$ 18 bilhões. “Agora, o desafio da Embraer daqui para frente está claro: a busca do equilíbrio entre as áreas executiva, comercial e
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NEGÓCIOS AERONÁUTICA
de defesa, bem como a diversificação de mercados, para superar os momentos de alta e baixa comuns nessa indústria”, avalia Paulo Sampaio, diretor da Multiplan Consultoria Aeronáutica, na capital paulista. E a atual turbulência não fez a empresa sair dessa rota. Na matriz em São José dos Campos, interior de São Paulo, o movimento é moderado, mas distinto do visto no início da década. Em junho, no hangar F-220, dedicado à montagem final das aeronaves, a fileira de caudas dos jatos estacionados era multicolorida: encomendas de companhias aéreas da Polônia, Alemanha, França e Índia. “Há sete anos, 80% de nossas vendas eram para a América do Norte (sobretudo EUA). Hoje são 45%; Ásia Pacífico saltou de 4% para 18%; há um movimento interessante do Oriente Médio que não existia, além do crescimento na Europa”, diz Camargo.
dos seis players que havia no mercado, três significativos fecharam as portas, restando Cessna e Honda. Este ano, da projeção revisada de entregas de aviões da Embraer, quase a metade (110 jatos) é do segmento executivo. “É um setor mais sensível a fatores como o preço do petróleo, e que por isso sofreu uma forte retração sobretudo nos EUA, o maior mercado. Além de que demora mais para se recuperar. Mas em 2013, quando a economia melhorar, a Embraer terá novos produtos prontos para serem lançados”, diz Respício do Espírito Santo Júnior,, professor p de transporte p aéreoo da UFRJ e presidente do Instituto ituto Brasileiro de Estudos Estratégicos ratégicos e de Políticas
42 AMÉRICAECONOMIA
NOVA GERAÇÃO Na área comercial, apesar da atual retração, a Embraer beneficia-se da tendência crescente de muitas companhias aéreas de equalizar capacidade e demanda. “Isso significa que nosso produto não é mais regional. Eles são comerciais de média capacidade, e o mercado passou a se adequar p q a isso”,, diz Camargo. Entre as últimas encomendas dessa lista, estão
Azul quer consolidar também no Brasil. “Com os E-Jets, podemos desenvolver novos mercados ainda não explorados pelas outras empresas, seja oferecendo voos diretos, ou conectando novas cidades à malha aérea nacional”, comenta Febeliano, da Azul. Uma dúvida que paira no ar é quanto ao futuro da operação da brasileira na China, onde desde 2006 a empresa possui uma fábrica com a estatal Avic para fabricar o ERJ 145 - que reduziu a estimativa de fabricação de aviões prevista em contrato de 50 para 25 -, e onde também se registrou a p suspensão de encomendas de 50 jatos E ERJ 190 pela empresa Hainan Airlines. A “Hoje só posso falar que as a entregas que temos que fazer demandam mais dois anos de trabalho. Mas, se a gente não tiver mais mercado, não faz sentido manter uma
CARGUEIROS PODEM SER COMPRADOS PELO BRASIL
FORÇA DA MARCA O balanço da carteira de produtos começou a se configurar já em 2007, com a maior participação do segmento da aviação executiva - avaliado pela em Embraer US$ 201 bilhões, ou 13 mil unidades até 2016. Antes mesmo de começar as primeiras entregas do Phenom – destacado por seu projeto e por ser de baixo custo, US$ 3,3 milhões –, a Embraer já começou a sentir o potencial do segmento. “A categoria saiu de uma participação na receita da companhia de 6% para 14% em 2008”, conta Camargo. E a crise, se implicou algumas desistências, também significou a queda de algumas concorrentes: para a categoria do Phenom, por exemplo,
quer que a aviação executiva represente em cinco anos 25% do faturamento da empresa, contra 60% da aviação comercial, e o restante divididos equilibradamente entre os segmentos de defesa e de prestação de serviços.
Públicas licas em Transporte Aéreo (Instituto Cepta), no Rio de Janeiro. Respício refere-se, além da entrada do Phenom 300 no mercado, aos novos modelos Legacy que deverão ser lançados nesse período. “Eles terão uma nova tecnologia no sistema de pilotagem, além de cabine desenvolvida pela BMW, como no Phenom”, conta Camargo. “E se a BMW consegue fazer do Mini um carro confortável, imagine o que significa num avião. Este é um segmento que valoriza marca e quer o máximo de seu investimento, e é no detalhe que se ganha o cliente.” Com isso, a Embraer
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
a KLM Cityhopper – subsidiária regional holandesa da Air France-KLM –, confirmando opções de compra que constavam de um contrato de 2007, e a Fuji Dream Airlines. “Antes você tinha muitas rotas cobertas por aviões de 150 assentos, usando 60% da capacidade. Com petróleo a 30 dólares, há lucro. A 60, ele começa a ficar comprometido. A 110, como chegou no ano passado, você tem prejuízo na certa”, diz Camargo. Com aviões que “podem ser 15% a 20% mais eficientes que outros maiores”, não se comprometem frequências. Tendência que a / JULHO, 2009
operação lá”, diz Camargo, citando a possibilidade de, se caso se consolidar uma frota mínima, transformar futuramente a fábrica em unidade de manutenção de jatos Embraer. Ainda nesse caso, o executivo garante que a empresa não terá perdas. “Desde o primeiro ano, em que entregamos três aviões, a operação foi lucrativa. Fomos reconhecidos como empresa chinesa, o que foi importante até para concretizar as outras vendas que não saíram da fábrica local”, afirma. Mas, para os analistas, o verdadeiro desafio da Embraer no médio prazo no segmento
comercial será superar a concorrência que já desponta no horizonte. “Nessa categoria já começam a surgir novos aviões no Canadá, Japão, China, Rússia - esses dois últimos, grandes mercados que certamente privilegiarão o fornecedor local”, afirma Sampaio, da Multiplan. “A partir de 2020, o mercado irá demandar modelos novos e mais eficientes - e nesse sentido, a japonesa Mitsubishi, por exemplo, já está projetando um jato que em cinco anos poderá estar voando e ameaçando o terreno da Embraer”, aponta Respício, da UFRJ. A Embraer reconhece esse risco, mas afirma que ainda é cedo para tirar conclusões. “Tanto Bombardier quanto Mitsubishi estão trabalhando com tecnologia nova de mo-
tor, da Pratt & Whitney que, na prancheta, é mais eficiente que a nossa”, diz Camargo, referindo-se ao motor GTF, cujo diferencial, a grosso modo, é uma turbina hidramática que produz um giro menor sob alta velocidade, reduzindo o consumo de combustível. “Veremos qual a resposta que GE e Rolls-Royce (outras fabricantes de motor) irão dar, para saber se será possível adaptar o produto aos Embraer 170/ 190 ou se, o que é bem provável, demandará um novo desenvolvimento - e aí sim, fortes investimento.” Esse movimento imprescindível que a brasileira em breve terá que dar em seu principal negócio faz alguns analistas avaliarem a possibilidade de a companhia futuramente fechar uma parceria com Boeing ou
Airbus para lançar uma nova família dentro da categoria que já domina, ou até compartilhar a criação do substituto do 737 ou do A320, que se aproxima dos 200 assentos. “Eles têm uma tradição de relacionamento boa com a Airbus, esta já foi acionista minoritária da Embraer, e a francesa terá que cumprir um programa de supply chain para transferir 40% de sua produção para fora da zona do euro, com o objetivo de desonerá-la”, lembra um analista em São Paulo, que pediu anonimato. Mas Camargo, a princípio, nega tal possibilidade. “Não queremos ser concorrentes do 737 e do A320. Dependendo do que for lançado de tecnologia de motor, e o que for decidido a respeito desses aviões, vamos tomar uma decisão. A gente
sempre conversou com todo mundo, não estamos fechados a nada. Mas temos que pensar em nossos acionistas e na perenidade da Embraer, e não adiantaria fazer isso para depois de alguns anos pensar que seremos dominados.” Segundo o executivo, uma parceria seria interessante sobretudo para o conhecimento de novas tecnologias. “A Airbus hoje tem a full fly by wire (pilotagem através de sensores), e ter acesso a isso pode ser excelente. A Boeing também está alguns passo à frente. Tudo depende de como o mercado vai ser desenhado. Mas, se for só para ser fornecedor, não vale a pena pra gente”, afirma, deixando claro que, quando se trata de ganhar altura, a Embraer prefere o voo solo. Q
(congelam as taxas)
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OS NEGÓCIOS DA AMÉRICA LATINA ONLINE
NEGÓCIOS AVIAÇÃO
MOTORES DE EMERGÊNCIA
AFP
Depois de sobreviver a um ano que golpeou o setor em nível global, as companhias aéreas latino-americanas começam a acionar os sistemas de alarme. Soledad Gómez
A
queda era evidente. Embora um avião esteja com a capacidade totalmente vendida, “é esperado que apenas se apresentem ao voo, em média, entre 92% e 95% dos passageiros que compraram passagem”, comenta Eduardo Ortiz, vicepresidente comercial da Taca. Mas quando começaram a circular as primeiras notícias no México sobre a influenza humana, os aeroportos se esvaziaram. “Em maio, para os voos 44 AMÉRICAECONOMIA
ao México, só compareciam 35% dos passageiros.” Como um cavaleiro do apocalipse, a influenza A (H1N1) somou-se à alta do preço do petróleo e à crise econômica internacional para dar um golpe na indústria mundial aérea. O mais recente prognóstico financeiro da Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata, na sigla em inglês), indica que este ano as perdas globais da indústria chegarão a US$ 9 bilhões. “Esta cifra
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
equivale a quase o dobro das perdas estimadas em março, de US$ 4,7 bilhões, antes da influenza humana e de outros fatores”, diz Patrício Sepúlveda, vice-presidente regional para América Latina e Caribe da Iata. Até então, o mercado latino-americano estava mais bem-posicionado que o do resto do mundo. De fato, as principais companhias locais, nomes como Lan, Taca, Copa e Tam, conseguiram crescer em / JULHO, 2009
2008. Mas há muitos motivos para acreditar que, neste ano, as cifras serão piores. O ano passado certamente não foi um fácil, mas houve alta demanda, o que deu espaço às companhias aéreas da região para que se adaptassem ao crescente preço do petróleo e reduzissem custos operacionais. Mas a situação mudou desde o último trimestre do ano passado, e evitar os assentos vazios tornou-se a maior preocupação da indústria. A América Latina representa apenas 7% do tráfego aéreo internacional, cifra pequena se comparada aos 35% dos EUA. E responderá por apenas 10% das perdas mundiais neste ano. Sepúlveda espera que o declínio das empresas na região seja de US$ 900 milhões. Segundo o último relatório da Official Airline Guide, entre janeiro e junho de 2009 houve redução de 2,5 milhões de assentos em voos dentro das Américas do Sul e Central, em comparação com o mesmo período de 2008 – chegando, quase, a igualar a capacidade do mesmo período de 2007, de 55,8 milhões de assentos. A capacidade também caiu em voos dentro da região, para 109,9 milhões de assentos, após ter alcançado 111,3 milhões entre janeiro e junho de 2008. Não obstante, as companhias aéreas regionais geram melhores expectativas que suas homólogas em outros continentes, onde algumas já acumulam seis trimestres no vermelho. A demanda de viagens de negócios desmoronou quase completamente nos EUA e Europa, onde cresceu o desemprego, afetando as férias e o turismo. “Na América Latina a gente segue viajando
a negócios e, por viajarmos a negócios, as tarifas são mais altas do que nos EUA”, estima Stephen Trent, analista do Citi. A cautela, segundo Trent, fará com que na América Latina algumas pessoas adiem suas férias, mas ainda persistem destinos atraentes para viajantes de negócios, o que permite que as companhias se adaptem a uma menor demanda sem que sacrifiquem tanto as tarifas. A adaptação passa por uma bateria de soluções nada improvisadas. Ortiz, da Taca, explica que foi preciso se ajustar a um tráfego mais reduzido e buscar destinos mais rentáveis. “Abrimos uma rota Lima-Quito-Medellín, por exemplo. O mais importante para nos adaptarmos tem sido o gerenciamento de mercados e novas rotas”. Adicionalmente, foi aproveitada a fragilidade das companhias aéreas norte-americanas, que pararam de operar da América Central e Caribe a destinos como Los Angeles e Nova York. Recentemente foram incorporados aviões da Embraer de 96 lugares à frota, a fim de servir rotas de tráfego diminuído. “Voar com 65 ou 70 passageiros em um avião com capacidade para 120, ou fazê-lo em um para 96 faz uma grande diferença, faz com que o voo continue rentável”. Por sua parte, a Copa decidiu esperar. “Crescemos de 30 a 45 destinos nos últimos três anos, por isso este será um ano de consolidação”, diz Joe Mohan, vice-presidente comercial e de planificação da companhia. Para este ano, a empresa espera crescer 13% em capacidade e voltar a registrar novas rotas em 2010. Um comportamento diferente do que está sendo seguido pela
maioria da indústria em todo o mundo. Trata-se de uma das poucas companhias que contemplam um aumento de capacidade neste ano. Em 2008, a Copa registrou uma margem operacional de 17,4%, mas as perspectivas para este ano não são tão positivas. O Credit Suisse, que esperava um desempenho melhor das ação da
Gol ocupam mais de 95% do mercado, as perspectivas são mistas. Trent, do Citi, explica que “das quatro companhias aéreas da América Latina que têm baixa cobertura, a Gol é a única que não paga dividendos”. A empresa se viu pressionada pelo endividamento e pela aquisição da Varig, em 2007. E a concorrência,
de falhas em suas aeronaves e viu seu único voo aos EUA (Las Vegas) suspenso. Além disso, foi declarada insegura pela Secretaria de Transporte e Comunicações, o que resultou em um processo judicial que ainda não chegou ao fim. Segundo um analista que não quis ter o nome citado, “estamos esperando ainda ver o
MILHÕES DE DÓLARES FOI A PERDA NA AMÉRICA LATINA Copa, reduziu a “neutras” suas projeções para a companhia, devido à queda de 11,6%, em maio, na ocupação dos voos da empresa, calculada a partir da quantidade de passageiros e assentos disponíveis. Já a Lan registrou aumento em quantidade de passageiros, elevando seu fator de ocupação em 0,4% em maio, chegando a 72,1%. Contudo, como teve 30% de sua receita vinda do transporte de carga em 2008, sua situação não é muito melhor. Apesar de as qualificadoras de risco darem um bom prognóstico para a Lan, sua alta exposição ao fluxo de comércio internacional a coloca em uma situação vulnerável. “No Chile, além disso, há a queda nas exportações de salmão, o que não se deve completamente à crise”, diz Trent, do Citi. Efetivamente, o vírus ISA nos cultivos de salmão do Sul do Chile foi um fator independente da crise que diminuiu notoriamente a demanda de fretes aéreos do país. Em maio, o fator de ocupação de carga da companhia caiu 5,7%, chegando a 66%. No Brasil, onde a Tam e a
que também poderá vir de operadores menores, como a recém-criada Azul, preocupa. Segundo Matheus Salvadori, consultor da indústria aérea da Frost & Sullivan, “a briga entre Gol e Tam no Brasil poderia resultar em uma guerra de preços”, o que “pode ser bom, por um lado, mas, de outro, pode ser depredatório”. A Gol suspendeu os voos transcontinentais que operava desde a compra da Varig e substituiu por serviço em rotas regionais, onde precisamente se faz notar a força da Lan e da Tam. “É preciso lembrar que a Lan e a Tam têm uma aliança fortíssima e, embora não estejam matando a Gol, nos voos internacionais há muita concorrência”, afirma Trent. “É muita pressão contra a Gol em voos continentais como Buenos Aires – São Paulo”, nos quais a aliança Lan-Tam pode gerar frequências e preços otimizados para competir. Onde, por enquanto, não há espaço para respirar é no México. A Aviacsa, já afetada por seus déficits financeiros, foi deixada no chão por uma série
que acontece no México. É um mercado muito grande, com muitos destinos, mas a situação econômica está muito ruim para esperar que todos sobrevivam”. É esperada, além disso, uma fusão entre as duas linhas aéreas principais do país, a Mexicana de Aviación e a Aeroméxico. Esta última já anunciou a demissão de 170 pilotos entre junho e setembro de 2009, devido à redução de suas frequências de voo. Tudo indica que as companhias aéreas mundiais não vão sair da tormenta em 2009, e que desta vez o mal tempo resultará em vítimas em toda a América Latina. “É possível que, durante 2010, comece uma retomada do setor”, diz Sepúlveda, da Iata. “Mas é preciso levar em consideração que os prognósticos de 2009 são quase o dobro em perdas do que havíamos estimado anteriormente, portanto em 2010 o setor deve se recuperar mais lentamente do que o previsto”. Por enquanto, não restará opção a não ser apertar os cintos e esperar que a turbulência passe. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 45
NEGÓCIOS COMÉRCIO
O DIRETOR DOS PREÇOS BAIXOS Depois de fazer a estratégia global do Wal-Mart vingar no México, Eduardo Solórzano agora tem o desafio de transformar os consumidores em clientes do seu banco Arly Faundes Berkhoff, Cidade do México
N
icaraguense de nascimento, mexicano de formação, Eduardo Solórzano conhece a dedo o funcionamento do império que administra: os mais de mil estabelecimentos do Wal-Mart do México, ou Walmex, maior operador varejista da América Latina. Com mais de 23 anos na empresa, esteve presente quando o grupo, originalmente
46 AMÉRICAECONOMIA
chamado Cifra-Aurrerá, assinou em 1991 o acordo com a norte-americana Wal-Mart que levou ao nascimento da companhia. Começou trabalhando em diversas áreas como operações, compras e logística. Depois foi nomeado diretor e vice-presidente de alimentos no Wal-Mart Supercenter, e logo assumiu a vice-presidência executiva de autosserviços e a vice-presidência executiva e
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
direção geral de operações. No início de 2005, foi nomeado presidente e diretor geral da empresa. Durante seu período como vice-presidente de alimentos, foi responsável pela introdução da estratégia “Preços baixos todos os dias”, a mesma que caracteriza a rede em todos os países onde opera. E a estratégia em nível local continua dando resultado, apesar
/ JULHO, 2009
da crise. As vendas de 2008 cresceram 11% em relação a 2007, chegando a 244 bilhões de pesos mexicanos, apesar de a desvalorização da moeda ter derivado em uma queda de 14% da receita em dólares, para US$ 17,7 bilhões. Este ano também começou bem para a filial da maior varejista norte-americana. No primeiro trimestre, as vendas do Wal-Mart México
registraram aumento de 7,8%, e o lucro operacional cresceu 8,4% em relação a 2008. “Acho que o Wal-Mart foi feito para enfrentar esse tipo de conjuntura”, diz Solórzano. “Somos reconhecidos por oferecer os preços mais baixos e gerar economia.” Inclusive conseguiram superar o fechamento temporário de sua rede de restaurantes VIPs e das lojas de departamentos Suburbia durante a emergência da influenza A (H1N1) que afetou todo o setor comercial mexicano. “De todas as estratégias, é a mais efetiva”, diz Jorge Smeke, diretor de estudos empresariais da Universidade Iberoamericana. “Parece-me que será um dos grandes ganhadores.” Um panorama muito diferente do que hoje é vivido por outras redes de supermercados do país. A Comercial Mexicana continua preocupada em como reestruturar sua dívida, e a Soriana ainda está em processo de incorporação das 197 lojas compradas do Grupo Gigante e de posicionamento na região central do país, setor amplamente dominado pelo Wal-Mart. Tanto na empresa quanto entre analistas do setor, esse sucesso é atribuído em grande parte aos resultados do reforço da estratégia de “Preços baixos todos os dias”. Por isso, dez anos depois da introdução desse projeto, Solórzano defende firmemente sua vigência. “O entorno econômico é desafiante e nossos clientes estão cuidando de seus gastos”, diz. Segundo o diretor da rede, em 2008 esta estratégia gerou economia de US$ 515 milhões para os clientes. A Bodegas Aurrerá é o formato de lojas do Wal-Mart México que mais se foca nos preços baixos e inclusive tem
programas de produtos vendidos por 1, 2 e 3 pesos (cerca de sete centavos de dólar), voltados aos segmentos C, D e E. Além disso, é o que detém a maior participação de vendas dentro do WalMart México, com 33,7% e 455 pontos-de-venda. “A estratégia do Wal-Mart é conseguir boas negociações de preço devido ao volume
centro do país onde a renda per capita é maior”, lembra Raquel, do Ixe. Outro ponto importante no qual o Wal-Mart baseia sua atual estratégia de preços baixos são as marcas próprias como Great Value, Aurrerá (ambas de alimentos) e Equate (de cosméticos e artigos de banho, entre outros). “Sem dúvida, essas marcas são atraentes
Solórzano. “Mas este ano, com o esquema das representações bancárias definido, poderemos desenvolver um programa que o integra e veremos mais presença do banco em nossos principais mercados.” Esse esquema permitirá que cada caixa dos supermercados do Wal-Mart funcione como em uma agência bancária. “O público-alvo dessa es-
NOVAS LOJAS NO MÉXICO É A ESTIMATIVA PARA 2009 que compra”, explica Raquel Moscoso, analista do banco Ixe. “E assim gera tráfego nas lojas, e as pessoas que vão em busca de uma oferta acabam comprando mais coisas.”
SEM LIMITE E os investimentos não se detêm. Em 2008, o Wal-Mart abriu 182 unidades de todos os formatos e este ano construirá outras 252 unidades. “Temos o programa de investimentos mais alto da história”, diz Solórzano. “Será de 11,8 bilhões de pesos (cerca de US$ 870 milhões) e vai gerar 14,5 mil novos empregos diretos.” Das unidades programadas, 225 serão da bandeira Bodegas Aurrerá, 13 Wal-Mart, quatro Superama, sete Sam’s Club e três Suburbia. “O desenvolvimento fundamental será o da Bodega, já que atualmente é o formato que mais se adéqua à população”, diz Joaquín Ley, analista do Santander México. Trata-se de um movimento agressivo que caracteriza a empresa desde sua entrada no país. “Chegaram com capital forte, vinham de uma transnacional, com um volume significativo e presença no
para nossas clientes, devido à economia que representam”, afirma Solórzano. “Pois não é apenas uma questão de preço; uma marca estratégica de qualidade também gera lealdade e permite diferenciar nossos formatos”. Hoje, essas marcas têm 1,5 mil produtos fabricados por mais de 170 fornecedores. Uma das mais recentes apostas em marcas próprias do Wal-Mart é a Medi-Mart, linha de medicamentos que, segundo Solórzano, são até 50% mais baratos do que as marcas líderes. “Somente em 2008, a Medi-Mart gerou economia de US$ 1,6 bilhão de pesos (US$ 120 milhões) a nossos clientes”, afirma Solórzano. Nesse caso, são outros 1,5 mil produtos, de mais de 150 fornecedores, e 768 farmácias nas lojas Bodegas Aurrerá, Sam’s e Superama. Enquanto o Wal-Mart continua colhendo frutos de seus diversos modelos de negócio já consolidados, o maior desafio agora é conseguir fazer o Banco Wal-Mart decolar. “É um projeto de longo prazo e o desenvolvemos de forma conservadora, pois é um negócio novo para nós”, conta
tratégia tem sido descuidado pelos bancos no México e não interessa aos grandes”, diz Smeke, da Universidade Iberoamericana. O caminho ainda é longo, mas pode ser bem-sucedido. “Uma grande fatia de nossos clientes paga suas compras em dinheiro precisamente porque não conta com outros meios de pagamento”, diz Solórzano. “Diariamente recebemos 3 milhões de consumidores que são potenciais clientes do Banco Wal-Mart.” Raquel, do Ixe, concorda com o potencial de tal projeto. “É daí que pode chegar o crescimento quando a economia se recuperar”, diz. “Se você administra o crédito no próprio supermercado, tem um benefício duplo: a taxa de juros e a possibilidade de oferecer crédito para impulsionar as vendas.” Essa será uma importante tarefa, que certamente implicará transferir a habilidade e a estratégia dos “Preços baixos todos os dias” a seus bancos. “O entorno continuará desafiante, mas temos oportunidades de levar nossa oferta de valor a mais pessoas junto as quais hoje não temos presença”, conclui Solórzano. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 47
NEGÓCIOS TELECOMUNICAÇÕES
SOB A SOMBRA DE SLIM
R
AP
Novas licitações de telecomunicações no México podem fomentar a concorrência, mas não serão suficientes para assegurar maior qualidade dos serviços Arly Faundes Berkhoff, Cidade do México
48 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
apidamente, as companhias de TV a cabo começaram a salivar. O anúncio feito em maio pelo presidente Felipe Calderón, de licitar 20 mil km de rede de fibra ótica para transmitir voz e dados despertou o apetite dessas empresas e das operadoras de telefonia. O setor de telecomunicações no México está se movendo, sempre com a mesma finalidade: aumentar a concorrência em um setor amplamente dominado pelo magnata Carlos Slim. As operadoras de TV a cabo formam o grupo com mais expectativas. E decidiram se unir para enfrentar Slim. Enquanto a Telmex ainda não tem autorização para oferecer serviços de TV paga, Cablevisión, Cablevisión Monterrey e Cablemás (as três pertencentes à Televisa) se uniram à rival Megacable para oferecer um novo serviço triple play (telefonia, internet e TV) a US$ 37 mensais. Segundo a Câmara Nacional da Indústria de Telecomunicações por Cabo (Canitec), no México há 4,9 milhões de usuários de TV a cabo; 1,6 milhão de internet banda larga e 520 mil de telefonia fixa. Dos que possuem telefonia, 65% têm triple play. “A parte de interconexão com a Telmex tem sido tortuosa, porque ela controla 88% das linhas fixas”, diz Alejandro Navarrete, diretor do Centro de Inovação da Canitec. Uma boa solução para as empresas de TV a cabo seria, então, obter a concessão da rede troncal da CFE. “Gostaríamos que o governo avaliasse a possibilidade de fazer uma licitação nacional e regional”, acrescenta Navarrete.
Este é um dos pontos debatidos na Secretaria de Comunicações e Transporte (SCT), a cargo da licitação dessa rede. “Não se sabe se será licitada por rotas de interesse ou regiões e poderá haver mais de um operador”, diz Federico Kulhmann, acadêmico do departamento de Engenharia do Itam. E quem ganhar terá que investir em equipamentos de recepção, regeneração e transmissão de dados, o que torna viável a opção de formação de consórcios diferentes. Por isso, segundo especialistas, essa licitação é uma boa oportunidade de atrair investidores estrangeiros. No ano passado, a Comissão de Economia da Câmara dos Deputados modificou a legislação de investimento para que internet e telefonia fixa sejam somadas à telefonia móvel como exceção na lei que obriga que “a participação de investimento estrangeiro não exceda 49%”. “Desta forma, haverá capital para promover concorrência real no mercado”, diz Armando Chacón, do Instituto Mexicano para a Concorrência (Imco). A espanhola Telefónica declarou sua intenção de participar na licitação da CFE. “É hora de terminar com a imposição de tarifas e planos que colocam o usuário em uma posição passiva”, diz Fabián Bifaretti, diretor geral da Telefónica México, aludindo implicitamente à sua rival em toda a América Latina.
TELMEX: QUEDA SUAVE
Vendas 2009 e 2008 (em pesos mexicanos) FONTE: INFORME TRIMESTRAL, TELMEX
1T 2009
1T 2008
11.546
12.693
-9
Longa distância nacional
3.716
4.144
-10
Longa distância internacional
2.009
2.095
-4,1
Interconexão
4.165
4.791
-13,1
Redes corporativas
3.270
3.001
9
Internet
3.836
2.907
32
Local
Outros Total
VARIAÇÃO (%)
1.475
1.491
-1,1
30.017
31.122
-3,6
Consultada por AméricaEconomia, a Telmex não quis comentar estes novos anúncios. Mesmo antes da licitação, porém, a companhia já começou a registrar queda em sua receita devido à interconexão com outras operadoras. O que mais preocupa o grupo de Slim é não poder oferecer serviços de TV paga e triple play. “Não lhes interessa tanto pelo dinheiro que representa, mas para proteger as linhas e garantir que elas cresçam mais em receita”, diz José Garcés, analista da consultoria Select. Enquanto resolve este impasse legal, a Telmex estuda alternativas. No começo do ano, a empresa de TV por satélite Dish entrou no México em associação com a norte-americana EchoStar e a mexicana MVS. Embora por enquanto seu acordo com a Telmex seja exclusivamente para serviços de fatura e cobrança, a empresa mexicana recentemente declarou a reguladores nos EUA que “poderia investir diretamente em uma joint venture com a
Dish”. Hoje a Dish tem 300 mil assinantes e, segundo José Luis Woodhouse, diretor da Dish no país, a meta é chegar a 6 milhões em seis anos. Não é fácil deter a gigante de telecomunicações, mesmo com a união dos players menores. E, ainda que para muitos o grande poder de Slim gere rejeição, nem todos acreditam que a solução freie o magnata. “Só 14% dos lares no México têm TV a cabo e um número muito maior não tem telefone”, diz Chacón, do Imco. “Assim, uma política voltada a incomodar a Telmex não é construtiva.” O pesquisador Marcos Ávalos, do Centro de Alta Direção de Economia e Negócios da Universidade Anahuac, concorda com Chacón. “Aqui o problema não é Slim, e sim a regulamentação que permite a acumulação de tais riquezas”, diz. A licitação das frequências de 1,9 GHz e 1,7 GHz também está gerando muita expectativa nos concorrentes de telefonia móvel e em cabeadoras que querem oferecer serviços
quatro em um. “Uma opção é se tornarem operadores móveis virtuais e usarem a infraestrutura de um operador móvel estabelecido; a outra é participarem das licitações que foram anunciadas”, diz Navarrete, da Canitec. A Cofetel já aprovou as bases de licitação para as bandas de telefonia móvel. Embora não seja feita menção explícita sobre a Telcel (da América Móvil), seu objetivo seria favorecer a entrada de novos competidores. Isto poderia beneficiar a Movistar, da Telefónica, ou a Iusacell, do Grupo Salinas com mais bandas de freqüência, embora seguramente isso pouco possa afetar os 76% que a Telcel tem de participação de mercado. De fato, a portabilidade numérica – que permite aos usuários mudar de companhia operadora fixa ou móvel sem perder seu número – beneficiou a Telcel, já que desde a implantação do sistema recebeu 197.375 novos clientes e perdeu 109.875, o saldo mais favorável dos operadores móveis. “Em todos os negócios em rede sempre haverá um agente dominante e agentes pequenos”, diz Manuel Molano, diretor-adjunto do IMCO. “É exigido, então, que o Estado atue para criar um ecossistema rico e não estático”. Assim, a solução não é derrubar o maior, mas fomentar a concorrência em benefício do usuário final: em termos de acesso e de qualidade do serviço. Q
20 MIL KM DE FIBRA ÓTICA SERÃO LICITADOS NO MÉXICO. OS OPERADORES DE TV A CABO SERÃO OS MAIS BENEFICIADOS JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 49
NEGÓCIOS ELETRICIDADE
RALLY VOLTAICO
ANTOÑANZAS E YRARRÁZAVAL: À FRENTE DO GIGANTE ELÉTRICO
A holding elétrica Enersis tem motivos para sorrir. Não apenas pelas boas perspectivas de crescimento na região, mas também pela força de seu novo controlador: a italiana Enel Matías Rodo Yuricevic, Santiago
E
ntre os executivos da holding elétrica chilena Enersis pairava um ar de incerteza antes da reunião de acionistas no dia 15 de abril. Não era para menos. O grupo estreava em sociedade com um novo e solitário controlador: a italiana Enel, que recentemente havia comprado a participação da espanhola Acciona na matriz do conglomerado, a Endesa Espanha. Mas os temores se dissiparam. O recém-nomeado vice-presidente executivo da Endesa, Andrea Brentan – mão direita do presidente-executivo da Enel, Fúlvio Conti – veio rapidamente ao Chile dar seu 50 AMÉRICAECONOMIA
apoio à administração local liderada po seu presidente, Pablo Yrarrázaval, e o gerente geral Ignácio Antoñanzas. Com justa razão. As perspectivas do grupo são mais que auspiciosas. A holding possui uma solvente diversificação de receitas, através do negócio de geração e distribuição. Os mercados do Cone Sul nos quais tem presença – Chile, Argentina, Brasil, Peru e Colômbia – são os que possuem melhores expectativas de expansão. Mas o ingrediente mais importante será o novo controlador. A Enel pisará com força no acelerador, pelo fato de o mercado latino-americano
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
oferecer taxas de crescimento bastante superiores às da Europa, um continente com um mercado elétrico maduro e altamente competitivo. As estimativas do mercado respaldam este cenário. Mesmo com a crise, os serviços da Enersis cresceram mais de 147% no último ano, chegando a US$ 1,01 bilhão. Segundo o departamento de estudos da corretora Banchile Inversiones Santiago, os resultados do grupo crescerão 6,5% em 2009 e 7,1% em 2010. A chave: a diversificação geográfica que permite atenuar a variação de fluxo de caixa frente a cenários adversos nos / JULHO, 2009
mercados em que opera. “Uma das principais forças do grupo é sua diversificação, tanto regional como de negócios”, diz Francisco Errandonea, chefe de estudos do Santander GBM em Santiago. Mas um dos fatores fundamentais de crescimento do grupo na região será o selo impresso pela Enel nas operações locais. O interesse do grupo italiano na Endesa Espanha era apenas reforçar sua posição na Península Ibérica, um mercado maduro, e no resto da Europa, onde encontra grandes concorrentes como a francesa EDF e a alemã E.ON. Seu foco é a América Latina. Segundo
o analista do departamento de análise da corretora espanhola Inverseguros, Miguel Sánchez, a Enel é uma grande geradora de caixa, e custou para encontrar investimentos atraentes. “Agora, poderá destinar seus recursos para crescer no mercado latino-americano, o qual é sumariamente estratégico para ela”, diz Sánchez. “A Enersis tem um nível de importância bastante elevado dentro das operações da italiana”. Essa experiência internacional é somada à gestão local. Um das fortalezas da holding chilena, segundo um alto executivo do setor que pediu sigilo de seu nome, é a capacidade de desenvolver uma estrutura de gestão que incorpora as diversas empresas que controla, transferindo a experiência adquirida aos países onde opera. Nesta tarefa, para muitos, o gerente-geral Antoñanzas desempenhou um papel-chave.
ATOR REGIONAL Mas o sustento da holding no futuro não é baseado apenas na musculatura da Enel para as operações regionais, mas também na diversificação dos mercados e das expectativas de crescimento nos mencionados países. Especialmente para sua principal linha de negócio: a geração. “A demanda por energia na América Latina é bastante baixa. E conforme a atividade econômica se aquece, a demanda tende a crescer a um ritmo mais rápido que o PIB”, diz Errandonea. Não à toa o grupo tem uma capacidade instalada na região de 13.893 MW, número superior a todo o parque elétrico do Chile, e que se traduz em ativos de mais de US$ 11,22 bilhões.
No Chile, país que representa 37% de seu resultado operacional, a Enersis tem excelentes perspectivas. “O país apresenta as melhores condições de preço e mercado para que o grupo cresça em geração”, diz José Donoso, analista sênior da LarrainVial, em Santiago. Há uma regulamentação que permite retribuir investimentos. Além disso, no Chile é preciso substituir grande parte da tecnologia por outra mais eficiente, diversificando a matriz dependente do gás natural argentino e assegurando crescimento nos resultados da holding. Na Colômbia (que aporta 25% do resultado operacional), a Enersis também tem uma
construção de novos projetos de geração, a holding não realizou nenhuma iniciativa nos últimos tempos, devido à intensa concorrência que tem enfrentado nas licitações, principalmente de companhias federais e estaduais. E o Peru? No país a Enersis está desenvolvendo alguns projetos utilizando gás de Camisea, adquirido a preços muito mais baixos para consumo interno, o que maximiza resultados e diminui custos. Além disso, esta é uma das nações do Cone Sul cuja economia vem crescendo mais. “Nos últimos anos, o Peru apresenta importantes taxas de crescimento, algo que sem dúvida impacta positivamente no negócio
para mais de US$ 1,3 bilhão. E se a demanda crescer mais do que o projetado, a holding poderá investir US$ 1,7 bilhão. A princípio, US$ 800 milhões serão destinados às companhias de distribuição, especialmente para reforçar redes. Para geração, poderão ser investidos US$ 200 milhões, e, em novos projetos, outros US$ 800 milhões. Mas lidar de maneira eficiente com este ambicioso plano não será fácil. Entre outras coisas, há a necessidade do manejo ambiental correto de grandes projetos. “O gerenciamento do projeto HidroAysén será chave, mesmo que em seu início não dê os melhores passos”, diz o executivo que
MW É O QUANTO A ENERSIS GERA NO CONE SUL posição interessante. Cresce no negócio de geração, através do projeto Quimbo – terá capacidade instalada de 400 MW, por US$ 600 milhões – e em distribuição, através da recente aquisição de participação na distribuidora de Cundinamarca. “A Colômbia é o segundo país com maiores oportunidades de crescimento para a Enersis, devido à regulamentação do mercado que incentiva o investimento”, diz Donoso. No mercado brasileiro (26% do resultado operacional), no entanto, a Enersis tem uma participação minoritária, tanto em distribuição como em geração. Embora haja oportunidades de crescimento nas licitações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a
elétrico”, diz Ramón Galaz, gerente-geral da consultoria chilena EcofysValgesta. Um panorama distinto é o da Argentina (que representa 5% do resultado operacional), onde o conglomerado tem tido problemas. As tarifas de distribuição são baixas e os preços de geração não refletem os custos de produção. Contudo, para Donoso, a situação é “tão complexa” que a presença da Enersis é uma oportunidade, dado que em algum momento a autoridade transandina terá que desenhar um marco regulatório que permita reativar os investimentos. “Quando isso ocorrer, os investimentos que há no país se re-valorizarão”, diz. Este cenário levou a Enersis a aumentar em 30% os investimentos de 2009 na região,
pede anonimato. E a empresa também deverá melhorar o atualmente baixo nível de investimento em energias alternativas. “A Endesa Espanha tem sido uma empresa muito voltada a energias renováveis”, diz Sánchez da Inverseguros. E, neste aspecto, novamente se sentirá a presença da Enel. A italiana tem mais experiência nesta matéria e declarou intenção de reforçar sua divisão Enel Green Power nos próximos anos. “É provável que a Enersis tenha, então, um papel fundamental neste objetivo, se a regulamentação for adequada aos critérios de rentabilidade desejados”, diz Sánchez. A tarefa de Antoñanzas será difícil. Mas já conta com o respaldo dos novos donos. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 51
NEGÓCIOS CONGLOMERADO
DO OURO NEGRO AO COMESTÍVEL
Grupo Perez Companc posiciona-se na agroindústria e em alimentos. Mas a sucessão familiar adiciona incerteza ao futuro do negócio Rodrigo Lara Serrano, Buenos Aires
Gregorio Perez Companc: patriarca de baixo perfil
P
etróleo por óleo comestível. Assim talvez se possa definir a profunda virada estratégica que, desde o início da década, foi dada pelo grupo argentino Perez Companc. O conglomerado que permitiu a Gregorio Pérez Companc tornar-se o homem mais
rico de seu país, hoje com um pé fincado na produção agroindustrial e outro em alimentos de consumo massivo, vive uma transição depois da retirada mais ou menos silenciosa de “Goyo” (apelido de Gregório), com apostas de média envergadura no Chile, Uruguai e Itália. Bem como
nos biocombustíveis. Se descontado o período em que contou com o carismático executivo do petróleo Oscar Vicente (a cargo da Pecom antes da venda à Petrobras por US$ 1,2 bilhão em 2002/3), o grupo sempre foi discreto. No setor de alimentos, uma fonte industrial que pede ano-
52 AMÉRICAECONOMIA / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
nimato garante que esta postura é condizente com o perfil atual do grupo, que tem muitos executivos em postos-chave oriundos da área financeira. “É algo comum em companhias do setor de commodities”, diz. Mas, não especificamente em uma famosa empresa do grupo, a Molinos Río de la
Plata, gigante dos alimentos manufaturados. “Desde 2006, quando comprou a San Lorenzo e passou a adquirir capacidade de moenda, a Molinos se tornou um negócio dividido entre moenda (50%) e marcas (50%)”, afirma Gabriela Catri, analista da Fitch. Através dessa nova unidade da Molinos, a companhia passou a ser uma grande produtora de óleo e de farinha de soja. “Esse negócio, entretanto, sofre de grande volatilidade, pois está exposto à mudança de margens, fruto da diferença entre o preço do óleo e do grão, que não necessariamente se movem no mesmo ritmo”, afirma. Em consonância com isso, “eles realizaram um pequeno investimento em diesel, que hoje é um negócio menor”, diz. Trata-se de uma fábrica com capacidade de refino de 100 mil toneladas anuais. Estima-se que o plano dos empresários do grupo é fazêla crescer. Em fevereiro, a Molinos Río de la Plata pediu autorização para ampliar seu porto de San Lorenzo, no rio Paraná, o que pode significar a intenção de ampliar sua capacidade exportadora de óleos e de biodiesel. Em 2008, a companhia obteve com óleos e farinhas quase US$ 1,2 bilhão de um total de cerca de US$ 2,4 bilhões em vendas líquidas – no mesmo período, o lucro ficou próximo dos US$ 230 milhões. Mas 2008 “foi um ano recorde que possivelmente não se repetirá”, diz Gabriela Catri, da Fitch. Mas, isso “não nos preocupa: a dívida da companhia é praticamente de pré-financiamento às exportações”. A crise poderia significar um mero tropeço tanto para a
Molinos quanto para todas as outras empresas do setor. O economista Mariano Lamotte vê um mercado de alimentos em provável recuperação. Primeiro, porque a partir de agosto se espera o fim da seca e a melhoria nas margens de lucro da soja. E, dado que “em qualquer crise o último a ser cortado é o consumo de
vendas de 28,5 milhões de euros. “É um negócio que eles conhecem bem”, diz um economista que acompanha as atividades do grupo, para quem “o mercado italiano é muito complexo e ainda está muito fragmentado”, o que é uma vantagem. Ao que parece, Perez Companc busca dois objetivos.
primogênito de Gregorio, para recompor a situação, tarefa que incluiu demissões em massa de operários e funcionários administrativos. A maior presença de Jorge Pérez Companc é considerada um sinal da mudança de gerações causada pelo afastamento de Gregorio do dia-a-dia da empresa. Mas
MILHÕES DE DÓLARES É QUANTO A EMPRESA LUCROU EM 2008 alimentos e na Argentina não houve queda de renda, nem houve migração a marcas secundárias”, afirma. E se existe algo que não falta à Perez Companc são marcas de primeira linha. “Arcor e Molinos são duas grandes carteiras para sobreviver aqui”, diz um analista do setor. E esta última melhorou ainda mais seu poder de fogo depois de ficar, em outubro de 2008, com 49,44% da então Bonafide Golosinas, pertencente ao grupo chileno Carozzi. A aposta da Molinos foi obter marcas de alto perfil no segmento de guloseimas, chocolates e biscoitos como Billiken, Bocadito, Nugatón e Costa. Em 2007, a companhia tinha feito algo semelhante ao ficar com 83% da local Química Estrella, abocanhando marcas como Gallo (arroz) e Toddy (chocolate em pó). Mas a compra mais chamativa é a da Delverde Industrie Alimentari, na Itália, fabricante do macarrão Delverde. Com capacidade produtiva de quase 50 milhões de quilos somente de pastas secas, em 2007 a empresa registrou
Fortalecer-se no mercado interno, que é temido por muitas empresas de marca devido a seus bruscos vaivéns, e tentar uma expansão regional com foco no Uruguai e no Chile. No Chile, porém, não tem sido fácil. “O Chile é um mercado complicado para as empresas argentinas”, diz a mesma fonte. Em 2006, o grupo comprou o Frigorífico O’Higgins por US$ 70 milhões e anunciou um investimento de US$ 17 milhões para a construção de um frigorífico em Aysén, na Patagônia chilena. As coisas andaram bem no começo, mas este ano surgiram problemas graves. Alguns externos, como a proibição da entrada de carne chilena no Japão e na Coreia do Sul, devido à presença de dioxinas. E outros locais, como denúncias de falha no manejo ambiental em duas plantas de processamento de suínos, que entraram em processo de fechamento. O episódio levou a substituição de praticamente toda a gerência da empresa e a entrada de Jorge Pérez Companc,
há versões desencontradas em Buenos Aires. Algumas fontes garantem que o que está acontecendo é que “não há nenhum bom nome para a sucessão”. Outras dizem que “Jorge é quem mais sabe e quem realmente tem mais interesse pelo negócio”. E há os que falam de uma profissionalização com controle familiar, através de um fundo na Ilha Gran Cayman. Por um curioso efeito de contraste, a rede de sorveterias Munchi’s, Helados San Isidro Labrador e outras operações comparativamente menores (resultado da iniciativa de María Carmen “Munchi” Sundblad, mulher de Gregorio) possuem um perfil muito mais chamativo que o das empresas do grupo propriamente ditas. Isso porque, apesar dos desejos dos Pérez Companc, a fama e os negócios caminham de mãos dadas. E o fato de uma sorveteria como a Munchi’s financiar o Munchi’s Ford Word Rally Team, que tem entre seus pilotos o herdeiro Jorge Pérez Companc, não colabora para dividir as águas. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 53
DEBATES ENTREVISTA
Moisés Naím, editor chefe da revista Foreign Policy.
“OS PAÍSES DO HEMISFÉRIO ESTÃO PROFUNDAMENTE DIVIDIDOS”
C
Anne-Marie Slaughter, da Woodrow Wilson, defende um “século das Américas”. A ideia de que os EUA poderiam voltar a ganhar potência criando uma rede que articulasse as Américas do Norte e do Sul. O senhor acredita que isso seja possível? 54 AMÉRICAECONOMIA
É possível até que alguém como Anne-Marie Slaughter deixe a academia e passe ao Executivo. Quando ela disse isso, era decana da escola Woodrow Wilson da Universidade de Princeton. Agora é chefe de Planejamento de
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
Políticas do departamento de Estado, e trabalha diretamente com Hillary Clinton. Uma vez nesse cargo, tropeça em distrações como a bomba atômica da Coreia do Norte, os problemas do Irã, a crise econômica mundial e uma / JULHO, 2009
longa lista de etcéteras que faz com que os funcionários de alto nível do governo dos EUA, que poderiam construir essa nova arquitetura das Américas acabe ficando com pouco tempo para fazê-lo, posto que estão com a agenda
RAFAEL CORNEJO
riador da divisão da política regional entre “Eixo do Lula” e “Eixo do Hugo”, Moisés Naím é um dos latinoamericanos mais influentes na arena dos analistas internacionais graças ao seu posto de editor-chefe da revista Foreign Policy, bem como a pesquisas e livros publicados por ele, entre os quais se destaca Ilícito: o ataque da pirataria, da lavagem de dinheiro e do tráfico à economia global. Naím, um dos participantes do World Economic Forum, conversou com Rodrigo Lara Serrano, editor-adjunto de AméricaEconomia, sobre a posição global do Brasil e a dificuldade de levar a cabo iniciativas como o “século das Américas” proposta por uma alta funcionária do governo dos EUA.
cheia de emergências. Seria possível que outras instituições ou organismos abraçassem essa iniciativa ou há interesses muito contrapostos? Não se trata de interesses. Trata-se de prioridades. Não há dúvida de que se poderia avançar se os países da América Latina também abraçassem essa iniciativa, particularmente o Brasil. Mas falta que os EUA estejam diretamente e ativamente envolvidos nisso, no mais alto nível. E isso – apesar de estar seguro de que essa seja a intenção do governo Obama e de seus principais assessores –, repito, será muito difícil de encontrar tempo para fazer. Um fórum como a Organização dos Estados Americanos (OEA) não poderia ser redesenhado para buscar a criação desses laços? As instituições não existem. Existem pessoas que manejam as instituições. E para que a OEA seja reformulada é necessário consenso entre os que a manejam, que são os países e, ao mesmo tempo, quem administra a OEA, que é o staff permanente liderado por José Miguel Insulza. A OEA está, como sabemos, muito distraída atendendo o problema de Cuba, e por isso é difícil imaginar que tome a liderança sobre esse tema. Também é preciso entender que a OEA representa os países do hemisfério e, nesse momento,tais países estão profundamente divididos. Como definiria essa divisão? Quais linhas a estabeleceriam? Falei que existe um “Eixo do Lula” e um “Eixo do Hugo”. O “Eixo do Lula” é um grupo de países que se orienta para concorrer nos
mercados internacionais, é muito mais democrático, tem economias mais sólidas. Inclui países como Chile, Colômbia, Peru, etc. O “Eixo do Hugo” é formado pelos países menos democráticos e com uma atitude hostil ao investimento privado e ao investimento estrangeiro. E uma atitude muito belicosa em relação aos EUA. Enquanto o “Eixo do Lula” tem uma atitude
indispensável em qualquer coisa que faça a respeito da mudança climática não depende de quem esteja no governo, mas de que o País tem a maior superfície de florestas do mundo, cujo desflorestamento está contribuindo para a mudança climática. A presença do Brasil em temas de energia não tem relação com quem esteja no governo, mas com o fato de
ou o de Hugo Chávez, ou do próprio Alan García no Peru, estejam priorizando isso. Recentemente houve problemas também na Amazônia peruana. Acha que se não houver uma solução, veremos mais conflitos focalizados, mas intensos, como o atual? O conflito no Peru tem que ser lido com muito cuidado. Possui raízes importantes não apenas entre os indígenas do país, como também compo-
SERÁ DIFÍCIL PARA OS EUA DAR PRIORIDADE AOS TEMAS DA AMÉRICA LATINA conciliatória de trabalhar em conjunto com os EUA, o grupo de Hugo reúne claramente Nicarágua, Equador, Bolívia, Honduras, Paraguai e Cuba, naturalmente. O que acha da tentativa do Brasil de buscar um maior protagonismo não apenas na região, mas até fora dela? Não há dúvida de que o Brasil está jogando em ligas internacionais muito importantes. Há poucos problemas que hoje ocupam o mundo nos quais o Brasil não tenha um papel importante. Meio ambiente, energia, comércio internacional, luta contra a pobreza, luta contra o HIV-Aids, reformulação da estrutura financeira internacional: na mesa de todos esses fóruns o Brasil ocupa um lugar central. Você pensa que entre as elites sociais e políticas há consenso sobre a necessidade de seguir esse caminho? Ou poderia haver mudança de rota no caso de um futuro governo com outras prioridades? Não. Por exemplo, o fato de que o Brasil tem um papel
que o País desenvolveu a indústria mais dinâmica de bioenergia do mundo, com o etanol. E o mesmo acontece nos outros temas. O que acha da lei que legaliza a posse de terras na Amazônia brasileira? Pode ser o começo de um novo modelo de manejo do problema da floresta? Não resta dúvida de que é preciso buscar uma solução. É um problema que o Brasil tem há muito tempo, e com seus vizinhos também. Isso não vai ser solucionado no curto prazo, e com apenas uma lei. É um processo mais complicado que vai levar tempo, mas é preciso tomá-lo em conta. O que está faltando? Falta ter sócios no processo. O Brasil necessita de sócios com muito mais capacidade de intervir efetivamente no problema. Os sócios que o país tem neste momento, que são seus vizinhos, têm estado muito distraídos com outras prioridades. Não é nada evidente que o governo de Correa, ou o de Evo Morales,
nentes internacionais. Houve a influência de ativistas inspirados por Chávez? Só estou repetindo o que o presidente García disse. Voltando novamente ao Brasil, quais seriam os pontos que o país deve trabalhar para sustentar um crescimento permanente que o leve a se transformar em um país desenvolvido? O Brasil precisa avançar muitíssimo mais na área social. Não se pode esquecer que o Brasil continua sendo um país onde há uma profunda e ampla pobreza. E onde se continua registrando uma das principais desigualdades na distribuição de renda. Há avanços importantes, mas tem que continuar nessa direção. O segundo é que certamente está no caminho de se transformar em uma potência energética, caso se confirme que os campos de petróleo costa afora, abaixo da camada de sal, são da magnitude estimada. Se for assim, o Brasil poderá se tornar, além disso, potência petrolífera mundial. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 55
A nova
desordem mundial Quando o mundo começa a dar sinais de recuperação, apresentamos alguns dos assuntos que dominarão o debate econômico no próximo ano Eduardo Thomson
O
s últimos meses têm sido de retração, de “ops, eu estava enganado”, enganado” como o de Alan Greenspan confessando confe que havia falhas em sua ideolog ideologia de mercado. Também têm sido um período perío de dogmas jogados pela janela; de ban banqueiros centrais que até há pouco compunham com loas à grande moderação e ao fim da volatilidade, lançando-se lançando- a intervir no mercado po por meio do quantitative easing (uma forma grandiloquente que de descrever o que se classificava na América La Latina dos anos 70 de “ “usar a máquina” para im imprimir dinheiro). E c comprando e vendend moedas estrangeiras do p manter certos níveis para ca cambiais, ainda que, c oficialmente, suas moedas utu flutuassem livremente. A cr crise tem obrigado os economist e as autoridades ecoeconomistas nômicas a dei deixar para trás os dogmas e adotar medidas pouco ortodoxas, inaugurando uma era em qque o consenso parece ter desaparecido. A úni única certeza que se supõe ter restado aos econom economistas é justamente a da incerteza, em discussõe discussões que podem alcançar o pes limite da desavença pessoal.
56 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
Por exemplo, as respostas inusitadas dos países desenvolvidos à crise têm sido motivo de preocupação em círculos acadêmicos e da imprensa especializada. Quais serão os efeitos dos pacotes de resgate no próximo ano? Nouriel Roubini, mais conhecido como Dr. Catástrofe por suas teorias apocalípticas (que terminaram se mostrando corretas, em grande medida), afirma que as injeções de dinheiro do FED para estimular a economia poderão levar a taxas hiperinflacionárias no futuro (os exemplos que tem mencionado são os da República de Weimar, na Alemanha pós-Primeira Guerra, e o Zimbábue de Robert Mugabe). Paul Krugman, recentemente laureado com o Prêmio Nobel, diz, ao contrário, que os bilhões e bilhões de dólares de expansão monetária simplesmente não são inflacionários porque não estão indo ao mercado, mas sim descansando nos balanços dos grandes bancos. Não são debates dos quais seja simples participar. Nas últimas décadas a economia têm se tornado tão complexa que se alguém sem formação em matemática avançada se atreve a opinar corre o risco de ser fulminado pelos deuses do Olimpo econômico. Não obstante, como membros cada vez mais relevantes da cena econômica global, a América Latina não pode deixar de participar. Com este objetivo, AméricaEconomia apresenta a seguir uma lista com dez temas de debate, em discussão hoje pelos pensadores econômicos que se dedicam a prever o amanhã. Um manual de consulta para entender o mundo pós-crise.
MEDO DA QUEDA
Moedas que inflam ou murcham
FONTE: BANCO MUNDIAL
10
H
á alguns meses o principal temor dos economistas era mais o dde uma deflação global, ou seja, de uma queda generalizada de de sal salários e preços. E não de uma inflação, que tem efeito contrário. “O que Ben Bernanke B (presidente do banco central dos Estados Unidos) busca precisamente é que falemos de inflação e não de deflação”, explica Alberto Bernal, economista-chefe da Bulltick Capital Markets en Miami. “Qual das duas opções é melhor em um cenário grave? Inflação, porque é mais fácil de controlar. Creio que é uma boa notícia. O espectro da deflação foi morto.” Esta parece ser uma ideia compartilhada pelos mercados. “No curto prazo, as taxas dos bônus estão indicando expectativas de inflação levemente maior nos Estados Unidos que no presente. Mas não creio que veremos taxas de dois dígitos como as registradas nos anos 1970 e 1980, devido à grande capacidade produtiva que ainda está ociosa”, diz Peter Lannigan, ex-operador de mercados que agora atua como consultor independente para assuntos relacionados a mercados emergentes em New Jersey. Aqui está o centro do já mencionado argumento de Krugman, que apesar de tudo dizia no final de maio que a deflação era o perigo iminente do mundo desenvolvido. Por outro lado, pode-se esperar muito debate sobre se seria melhor ou não perseguir um nível maior de inflação para ajudar os setores público e privado a se livrarem de suas altas dívidas valendo-se desta forma de default disfarçado.
8 6 4 2 0 -2 -4 JAN 07
Petróleo em alta O
ESTADOS UNIDOS ALEMANHA JAPÃO CHINA
Taxa de inflação anual
nde já começa a surgir motivo para preocupação é na recente alta do preço do petróleo, qque voltou a superar a barreira dos US$ 70 por barril, apesar da recessão mundial. Neste caso, b prepare-se, porque certamente o preço continuará p a subir. “A recente queda do preço das commodities tie foi completamente cíclica, mas os fatores que explicam a alta do ano passado a quase US$ 170 o exp barril, porém, continuam aí”, afirma a economista bar Carola Moreno, analista da filial chilena do banco Car espanhol BBVA. esp Aparentemente, neste tema não há muito espaço para o debate. A tendência de alta no lonesp go pprazo parece inegável. Onde restam dúvidas é se no Ond curto prazo voltaremos a ver curt preços similares aos do ano preço passado. Predizer um preço passa exato para o petróleo não tem sentido, assim como também sentid prever o dee não tentaremos te outras commodities. Mas, vale outra ter em mente o seguinte: noo o estranho não ano passado, p ão alta, mas sim a baixa. É a foi a alt aquela ideia de investir na compra de hora de repensar re híbrido. um carro híb
MAR 08
ABR 09
O fim do padrão dólar A
instabilidade da economia dos Estados Unidos e do valor de sua moeda levantam a questão: chegou a hora do fim do dólar como reserva mundial de valor ou divisa para o comércio mundial? A China não está contente com as massivas recompras de dívida do governo dos EUA com dinheiro recém-emitido, já que isso implica a queda do valor real de suas reservas. E o Brasil faz coro à propostaa de China e Rússia de criaçãoo de uma moeda para o comérércio global. Pode ser que dentro de dez anos o dólar tenha perdido seu papel no comércio omércio mundial ou como reserva de valor. Mas, no curto prazo, é de se duvidar. “O que é surpreendente, do ponto de vista clássico, é que justamente o país com mais problemas tenha observado uma valorização de sua moeda”, diz Juan Pablo Nicolini, economista, reitor da Universidade Torcuato di Tella em Buenos Aires. Além disso, com crise e tudo, os EUA continuam a representar 30% do PIB mundial. “O que se usa como moeda não tem nada a ver como o que dizem os políticos”, diz Nicolini. “Os países do Bric estão simplesmente mostrando seus músculos políticos”, comenta John Edmunds, acadêmico da Universidade Babson, dos Estados Unidos, colunista de AméricaEconomia, a respeito das declarações de China e Brasil sobre o dólar. “Apenas lançam o assunto e esperam que nós comecemos a debater a respeito.”
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PRECISA-SE DE REGULAMENTAÇÃO
Regulamentação em gotas
Valor bruto de contratos vigentes de derivativos over the counter, em US$ bilhões FONTE: BANK FOR INTERNATIONAL SETTLEMENTS
I
40 35
33,8
30 25 20,35
20 15,81
15 11,14
10
9,79
5 0
DEZ06
JUN 07
DEZ 07
JUN 08
DEZ08
Papel do Estado U
ma coisa é a ideologia, outra é a necessidade. É preciso estabelecer a diferença e não colocar no mesmo saco os Estados Unidos tomando o controle da GM e do Citi e a Venezuela intervindo em uma empresa local para promover o socialismo do século 21. Obama disse que quer colocar a GM de novo em pé e sair rápido, enquanto Chávez não afirma o mesmo do setor de serviços petrolíferos, nem de outros setores. “O debate permanecerá vigente por vários anos”, diz Nicolini, da Universidad Torcuato di Tella. “Vínhamos de várias décadas que apontavam a um Estado pouco interventor na produção, e que um pouco em regulamentação e assistência social. A crise gerou a sensação de que é importante que o Estado ocupe lugares tanto na produção de serviços quanto na de bens.” Esta discussão terá influência direta na América Latina, pois vivemos entre esses dois pólos. De um lado, Brasil, Uruguai e Chile, países com governos de centro-esquerda com um estado que se preocupa com o social, mas que deixaram o capital privado cuidar do resto, e Venezuela, Bolívia e, em menor medida, Argentina, países onde o estado avança em direção a tomada de praticamente todas as decisões da sociedade.
58 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
ndependente da discussão de qual o grau ideal de regulamentação, “o que está se comprovando com a crise é que não houve supervisão suficiente no passado”, afirma Allen Berger, professor da Moore Business School. O bom é que deixamos para trás a necessidade imperiosa de regular apressadamente, o que certamente traria maus resultados. Sim, veremos mudanças operacionais nos mercados de derivativos e mudanças muito específicas nos níveis de liquidez requeridos dos bancos. Este último ponto, segundo Bernal, da Bulltick, limitará o limite de aposta dos bancos e, em conseqüência, também o retorno sobre seu patrimônio, seus lucros e os salários que oferecem. Ou seja, será o fim do debate sobre salários sem limites. E um forte incentivo para que, em dez anos, volte-se a debater uma nova desregulamentação. Mas, no momento, as pressões por maior regulamentação virão principalmente da Europa que dos Estados Unidos, país que decidiu aceitar com calma os anúncios de reformas no sistema financeiro. Mas, se apostamos em algo que ficará de tudo isso, apostamos em algo similar ao que disse Larry Summers, principal assessor econômico de Obama: governos com autoridade para intervir e liquidar instituições financeiras não bancárias com problemas; reguladores capazes de avaliar que certas instituições financeiras (quais? É algo que ainda está em debate) contem com capital suficiente para suportar as crises e que os interesses dos consumidores estarão acima dos interesses das empregas reguladas.
O objetivo central do Banco Central É
um dos temas mais importantes do debate atual: o que queremos que os bancos centrais façam no futuro. Grande parte dos bancos centrais dirige a política econômica com o objetivo de alcançar uma meta de inflação baixa. Mas, como Martin Wolf, economista inglês e colunista do Financial Times, não são poucos os que no passado declararam sua simpatia pelo “Santo Gral” das metas de inflação que hoje sinaliza que está chegando a hora “de se desenhar uma nova abordagem à política monetária”. Assim, a discussão girará em torno de se os bancos centrais deveriam incluir metas de crescimento ou a busca do pleno emprego. E também se deverão zelar para que não haja inflação do valor de ativos, fator determinante no surgimento de bolhas. “Grande parte das bolhas são explicadas por fortes expansões de crédito”, afirma Alejandro Gaviria, acadêmico da Uniandes, na Colômbia. “Os bancos centrais podem controlar a expansão desse combustível através da taxa básica de juros”. Mas nem todos concordam. Um deles é o economista chileno Francisco Rosende, decano da faculdade de Economia da Universidade Católica do Chile, que escreveu em uma coluna no jornal chileno El Mercurio que “seria muito azar se como conseqüência da crise reaparecessem propostas amplamente superadas como aquelas que sugerem incorporar aos objetivos dos bancos centrais a busca do pleno emprego e, inclusive, do desenvolvimento econômico”.
/ JULHO, 2009
A solvência dos governos O
s alarmes soaram quando a Standard & Poor’s declarou que o Reino Unido poderia perder sua classificação AAA, a mais alta, devido aos montantes envolvidos em seus pacotes de resgate. Independentemente das críticas às classificadoras por seu papel na crise subprime, muitos economistas logo começaram a especular se os EUA também não poderiam perder sua classificação AAA. De fato, a empresa de administração de ativos Pimco disse que isso “não seria improvável”. Um default dos Estados Unidos a caminho? Alto lá, senhores. Mesmo considerando o poder de atração de tal exercício teórico, é uma possibilidade muito remota. Que os países desenvolvidos deverão tratar de limitar o gasto público, disso não há dúvida. Mas não significa que os EUA passarão a ter baixo grau de investimento (há 10 graus entre AAA e BB+, a partir do qual um bônus deixa de ter investment grade). Também é certo que terão que aumentar impostos. Há quem diga horrorizado que a relação dívida/PIB do país subirá a 80%. Bem, o Japão já tem uma relação de 170% entre dívida e PIB. De fato, da próxima vez que ouvir alguém falar sobre os riscos de uma crise de insolvência dos EUA, conta as rugas em sua cara. O verdadeiro risco está na falta de vontade dos governos desenvolvidos de darem o menor sinal de disposição a reformar seus sistemas de previdência social ou de assistência médica. Isso sim é um buraco fiscal sem precedentes e a maior ameaça de insolvência.
Quando pisar no freio
O
s pacotes de estímulo contracíclicos não podem ser para sempre. Se fosse assim, deixariam de se contracíclicos. O problema é decidir quando começar a restringi-los, especialmente nos países em desenvolvimento e emergentes, sem correr o risco de entrar em outra recessão. Vale lembrar que os EUA voltaram a entrar em recessão em 1937, quando Roosevelt teve que deixar os pacotes de estímulo do New Deal. O que salvou esse gover-da no foi o início da Segunda
Guerra Mundial. O risco de esticar os pacotes além do adequado, porém, é a possível geração de bolhas ao se manterem artificialmente condições de crédito mais amplas que as req requeridas pela economia.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 59
Atenção com o Leste Europeu P ode parecer uma região distante, mas o que acontece nos países do Leste Europeu que estão à beira da falência pode ter reflexos sociais e afetar toda a região. “São países extremamente endividados em moeda estrangeira e seus sistemas de câmbio não flutuam livremente”, diz Moreno, do BBVA. A exposição dos bancos da Europa Ocidental a esses países é enorme (de aproximadamente US$ 1,4 trilhão) e pode ser um novo foco de crise, com risco de afetar ainda mais as taxas de recuperação e causar maior desemprego. “Há sinais de reação, mas muitos governos da Europa agora estão jogando pela vida”, concorda Gaviria, da Uniandes. A América Latina não está próxima de replicar uma crise como as da Europa Oriental porque as autoridades econômicas locais aprenderam com experiências anteriores e conhecem os riscos do superendividamento em moeda estrangeira, o que veio acompanhado do desenvolvimento de mercados financeiros domésticos. E disso podemos nos orgulhar. Por aumentar as cotas de financiamento do FMI, a crise no Leste Europeu e nos países da Europa Ocidental foi uma oportunidade para que o Brasil mostrasse seu novo peso mundial ao oferecer financiar o FMI em cerca de US$ 10 bilhões.
O dinheiro do bem-estar O
Brasil ditou o modelo. E foi seguido por Colômbia, México e, em parte, pelo Chile. Os bons resultados dos últimos anos levaram alguns governos da região a colocar-se em dia com planos de apoio social. Estes programas têm sido especialmente bem-sucedidos no Brasil, com destaque para o Bolsa Família. “Estes modelos são muito fáceis de replicar, mas muito difíceis de desmontar”, diz Gaviria, da Uniandes. E será correto sacrificá-los se a crise exigir novos esforços fiscais? O debate continuará, mesmo que a resposta definitiva para esta questão seja não. A dimensão destes programas está ainda muito distante dos níveis de gasto representados pelos sistemas de bem-estar social dos países europeus e, inclusive, dos Estados Unidos. E têm sido fundamentais para lidar com a questão da estabilidade, inclusive nos momentos mais duros da crise. Sua rentabilidade em uma região que mantém alguns dos maiores índices de desigualdade do planeta tem sido evidente.
60 AMÉRICA AMÉRICAECONOMIA ECONOMIA
AS 500 MAIORE A MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
maiores empresas
da América Latina ANÁLISE E RANKINGS
SETORES Alimentos Automotivo Bebidas Comércio Energia elétrica Mineração Petróleo e Gás Petroquímica Siderurgia Telecomunicações
66 68 70 72 74 76 78 80 82 84
Introdução Índice Ranking 500 Análise de rentabilidade Análise 500 por resultado As que mais ganharam e perderam As maiores por Ebitda As maiores empregadoras Variação patrimonial As mais endividadas As maiores por ativos Análise de eficiência Análise por propriedade As maiores locais e estrangeiras As maiores estatais As maiores exportadoras As maiores por setor As maiores do Brasil As maiores do México As maiores do Chile As maiores de vários países Movimentos no Ranking As novas no Ranking Metodologia América Latina em cifras
62 86 88 108 112 114 116 117 118 119 120 121 124 125 126 127 130 135 139 142 145 147 148 149 150
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 61
COM FREIOS DE AR Em 2008 as 500 Maiores Empresas da América Latina tiveram seu primeiro retrocesso em cinco anos, colocando um ponto final no maior período de expansão da história recente das corporações da região AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
S
e associarmos as 500 Maiores Empresas da América Latinas destacadas em nosso ranking a uma grande frota de caminhões que avançam em alta velocidade na mesma direção, 2008 seria o ano de pisar no freio e dar marcha a ré. Não se trata de uma imagem literária sem sentido. O ano passado foi a primeira vez desde 2002 que a soma em dólares das vendas das 500 Maiores Empresas da América Latina caiu em relação ao ano anterior.
Em 2008, o volume total da receita retrocedeu 3,7%, um breque ainda mais brusco se comparado à expansão de 23,7% obtida em 2007. E não é só. É a primeira vez desde 1990, ano que começamos a editar este ranking, que a empresa N° 500 registra vendas inferiores à de N° 500 do ano anterior. No ranking do ano passado, a Colombiana de Comercio era a última da lista, com vendas de US$ 821,8 milhões em 2007; no ranking atual, o último lugar
QUEBRANDO BARREIRAS
Nº DE EMPRESAS COM VENDAS ACIMA DE US$ 1 BILHÃO FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
500 437
419
400
334 302
300 262
200
219
204
206
2000
2001
187
167
100
0 1999
62 AMÉRICAECONOMIA
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
ficou com Farmacias Benavides (México), que em 2008 faturou US$ 719 milhões. A isso se soma que pela primeira vez desde 2002 reduziu-se a quantidade de empresas com vendas acima da barreira do US$ 1 bilhão – das 437 no ranking do ano passado às 419 deste ano. Ou seja, é oficial: 2008 foi o ano que colocou um ponto final no mais bem-sucedido período de expansão das grandes corporações latinoamericanas, cujas vendas passaram de US$ 831,6 bilhões em 2001 a US$ 1,9 trilhão em 2007. O retrocesso de nossa frota latino-americana tem uma causa sem mistério: a crise econômica global. Esta impactou diretamente nas 500 através de uma forte contração do comércio global, uma profunda queda no preço das commodities e uma desvalorização generalizada das moedas locais frente ao dólar dos EUA, usado como referência para este estudo. No caso dos caminhões que transportavam matériasprimas – os maiores e mais dinâmicos desta frota – a pista começou a mostrar-se repentinamente pedregosa. Em julho do ano passado, os preços do cobre, do alumínio, / JULHO, 2009
AS 500 NA HISTÓRIA QUANDO SE SUBIA COMO ESPUMA FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
Ano
Vendas
Var.
Mínimo
1991
324.069,8
3,9%
196,0
1992
375.102,7
15,7%
166,5
1993
402.867,2
7,4%
162,6
1994
512.087,0
27,1%
193,5
1995
544.318,2
6,3%
215,5
1996
553.580,3
1,7%
267,2
1997
645.180,0
16,5%
350,4
1998
629.847,0
-2,4%
316,0
1999
624.527,4
-0,8%
278,5
2000
881.208,1
41,1%
357,7
2001
855.427,7
-2,9%
331,7
2002
831.571,6
-2,8%
324,9
2003
938.208,0
12,8%
362,0
2004
1.122.496,6
19,6%
464,3
2005
1.364.398,2
21,6%
526,2
2006
1.581.618,0
15,9%
570,3
2007
1.955.734,7
23,7%
821,8
2008
1.882.521,8
-3,7%
719,0
da soja, do trigo, do petróleo e da celulose registravam máximas históricas, e somente um mês depois iniciaram uma pronunciada queda, sem prazo para terminar. A escassez de divisas, outra grande enxaqueca de 2008, afetou boa parte das 500 Maiores Empresas da América Latina. O fator câmbio foi especialmente forte nas duas principais economias da região, que aportam o maior número de empresas ao ranking. No Brasil, por
As 500 por país SOMBRA DO SUL
OITO EMPRESAS MEXICANAS SUBSTITUÍDAS POR PERUANAS E CHILENAS FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
RK 2008
PAÍS
NÚMERO DE EMPRESAS
VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES)
VAR % 08/07
PARTIC. % 2008
2004
2005
2006
2007
2008
2004
2005
2006
2007
2008
1
Brasil
203
204
207
211
212
428.755,3
534.077,5
610.088,2
825.018,2
746.786,7
-9,5
39,7
2
México
154
138
111
134
126
442.722,6
490.811,1
532.016,3
645.721,6
588.245,5
-8,9
31,2
3
Chile
48
54
63
55
60
74.838,1
103.043,9
137.953,1
158.345,4
164.322,2
3,8
8,7
4
Venezuela
11
11
12
7
7
74.638,3
98.294,2
118.360,8
109.557,5
147.586,6
34,7
7,8
5
Argentina
32
36
41
36
35
45.724,0
65.585,2
88.240,6
107.736,8
117.493,5
9,1
6,2
6
Colômbia
28
30
35
31
28
27.726,7
36.037,8
46.945,5
58.597,4
59.484,0
1,5
3,2
7
Peru
11
12
18
15
21
12.464,2
16.368,3
26.085,2
29.091,7
32.300,0
11,0
1,7
8
Equador
2
5
3
3
3
4.662,5
8.210,6
8.684,0
9.444,4
13.182,6
39,6
0,7
9
Costa Rica
6
4
3
3
3
6.642,9
6.072,0
4.640,4
5.594,2
6.180,8
10,5
0,3
10
Panamá
1
2
2
2
2
1.063,5
1.817,7
2.294,0
2.756,5
3.273,9
18,8
0,2
11
Uruguai
1
2
2
2
2
1.000,7
2.188,3
2.230,7
2.933,0
2.725,9
-7,1
0,1
12
El Salvador
1
1
1
1
1
521,0
791,7
928,3
13
Guatemala
2
1
2
-
-
1.734,8
1.100,0
3.151,0
500
500
500
500
500
Total
exemplo, o dólar passou de R$ 1,76 em 31 de dezembro de 2007 para R$ 2,41 em 31 de dezembro de 2008, o que significa uma desvalorização de 37,1% em um ano. No México, a história se repete (25,1%), bem como no Chile (26,9%). Em contrapartida, a desvalorização do dólar foi moderada no Uruguai, na Colômbia, Costa Rica e Argentina – entre 12,5% e 9,3%. No Peru e no Paraguai, observam-se as menores desvalorizações: respectivamente, de 4,7% e 4,2%.
PETRÓLEO NA CABEÇA Apesar das mudanças globais, o topo do ranking continua dominado pelas três grandes petrolíferas da região – a mexicana Pemex, a brasileira Petrobras e a venezuelana Pd-
vsa –, como acontece desde a criação deste ranking. No caso da Pdvsa, recomendamos ao leitor a observação cuidadosa dos números. Apesar de as cifras oficiais da companhia indicarem que sua receita em dólares aumentou 30,1% em 2008, é preciso lembrar que o percentual foi calculado a partir do câmbio oficial do bolívar – fixado em 2,14 por dólar, muito acima do câmbio real que há na economia. Além disso, há questionamentos bastante sólidos à contabilidade da companhia, especialmente no que se refere à certificação de seus níveis de produção e à valorização dos subsídios que a empresa oferece ao vender combustíveis no mercado interno e a países amigos (ver matéria pág. 35). Voltando à metáfora da frota de caminhões, o que
938,0
940,0
-
-
1.122.496,6 1.364.398,2 1.581.618,0 1.955.734,7 1.882.521,8
passou em termos reais não foi que a Pdvsa acelerou mais que as petrolíferas do Brasil e México, mas que seu tacômetro está mal-regulado. Por isso, apesar de a companhia venezuelana estar no ranking principal, ela não foi considerada nos sub-rankings. Além disso, a briga mais interessante para ver quem é
0,2
0,0
-
-
-3,7
100,0
a maior empresa da América Latina se dá efetivamente entre Petrobras e Pemex. Dependendo do câmbio utilizado para fazer a comparação, alguns analistas dizem que em 2008 a brasileira registrou vendas superiores às da mexicana. Mas ao usar o valor do dólar relevante para este estudo (o do último dia do ano anterior,
ESCASSEZ DE DIVISAS 2008 VARIAÇÃO CAMBIAL (US$) DE PAÍSES SELECIONADOS
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE, A PARTIR DE DADOS DE REUTERS E OANDA
40
37,1
30
26,9
25,1
20 12,5
11,7
10
-10
BR.$
CH.$
MX.$
UR.$
CO.$
9,6
CR.$
9,3
AR.$
4,7
4,2
PE.$
PA.$
-7,4 B0.$
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 63
tal como especificado em Metodologia, na pág. 149), a atribulada petrolífera mexicana ainda supera – por muito pouco – a brasileira. Mas essa é somente uma das histórias que há por trás deste ranking. Isso porque, voltando a nossos caminhões, pode-se dizer que 2008 apresentou-se como uma pista que superou a capacidade de algumas unidades da frota, permitindo a entrada de outras mais bem-preparadas. Os brasileiros continuam imperando na rota. E somaram uma nova máquina ao grupo, chegando a 212 em 2008. Mas todas reduziram a velocidade, pois o conjunto de suas vendas caiu de US$ 825 bilhões em 2007 a US$ 746,8 bilhões em 2008 (-9,5%). Devido à sua dependência dos EUA, epicentro da crise, a frota mexicana viu-se ressentida, pois teve que resignar-se à saída de oito caminhões. Restaram apenas 126 na rota, o que, em termos de vendas, significa que os US$ 588,2 bilhões de 2008 representam
uma queda de 8,9% em relação ao ano anterior. Quem se aproveitou da debilidade mexicana foram seis caminhões peruanos e cinco chilenos que subiram ao pelotão das 500, ampliando suas frotas nacionais a, respectivamente, 21 e 60 máquinas, o que permitiu a ambos os países aumentarem suas velocidades médias (crescimento em vendas) – em 11% no caso do Peru e em 3,8% no caso do Chile. Quanto aos caminhões argentinos, estes aceleraram 9,1%, somando vendas de US$ 117,5 bilhões. Mas o país perdeu um carro, ficando com 35. Algo parecido aconteceu com os colombianos, que registraram aumento de 1,5% nas vendas (US$ 59,4 bilhões em 2008), mas com três caminhões a menos, totalizando 28.
Com 212 empresas, o Brasil continua sendo o país que mais aporta empresas ao ranking. Mas o total das vendas das brasileiras caiu 9,5% em relação a 2007 retrocesso de 4,7%. A crise financeira teve um impacto forte no consumo e muito do que se avançou na cobertura de crédito em anos anteriores foi perdido em 2008. Mas houve empresas varejistas que de qualquer forma conseguiram resultados de peso. É o caso, por exemplo, das chilenas Cencosud e Falabella, que incrementaram sua presença regional em 2008, bem como as operações da francesa Carrefour na Argentina e no Brasil. Mais dramáticos, entretanto, foram os casos dos setores de telecomunicações e de bebidas, que registraram quedas de 12,8% e 13,9%, respectivamente, com vendas totais de US$ 148,2 bilhões e US$ 54,8 bilhões.
ROTAS DE MERCADO O setor de comércio, que em 2008 totalizou vendas de US$ 187,5 bilhões, mostrou um
No setor automotivo, o panorama geral pode ser enganador. Apesar de as vendas totais terem caído apenas 4,5%, o que é pouco em comparação com os níveis mundiais dessa indústria, 20 das 33 empresas que fazem parte do ranking sentiram a crise em suas vendas. No caso de energia elétrica, que envolve empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras, observa-se uma queda nas vendas totais de 8,8%, sobre um total em 2007 de US$ 130,4 bilhões. Isso se explica em parte por ser um setor regulado que possui menos margem de manobra para sobreviver aos choques internacionais. Já o setor de construção curiosamente mostra um
EVOLUÇÃO MENSAL DO PREÇO DAS COMMODITIES
COBRE ALUMÍNIO PETRÓLEO CELULOSE SOJA TRIGO
ÍNDICES EM BASE 100 FONTE: REUTERS
160 140 120 100 80 60 40 20
DEZ 07
FEV 08
64 AMÉRICAECONOMIA
ABR 08
JUN 08
AGO 08
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
OUT 08
DEZ 08
FEV 09
ABR 09
As 500 por setor O IMPÉRIO DOS HIDROCARBONETOS
APESAR DA MONTANHA RUSSA DOS PREÇOS, AS PETROLÍFERAS CONSEGUIRAM EQUILIBRAR SUAS VENDAS EM 2008 FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
NÚMERO DE EMPRESAS
RK 2008 SETOR
VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES)
Var % 08/07
Particip. % 2008
2004
2005
2006
2007
2008
2004
2005
2006
2007
2008
1
Petróleo/Gás
33
34
35
32
37
290.420,3
377.666,0
447.073,3
494.022,7
506.996,6
2,6
26,9
2
Comércio
76
71
72
70
74
125.495,0
140.382,6
162.591,0
196.662,9
187.507,1
-4,7
10,0
3
Telecomunicações
42
45
43
41
37
97.356,1
124.363,2
141.873,6
170.013,1
148.210,3
-12,8
7,9
4
Siderurgia/Metalurgia
43
42
36
40
36
66.444,6
90.537,8
94.909,0
147.002,5
138.910,3
-5,5
7,4
5
Energia elétrica
44
45
46
44
43
74.379,9
92.450,9
104.646,7
130.432,0
119.015,4
-8,8
6,3
6
Automotivo/Autop.
30
29
31
33
33
77.921,2
76.646,6
91.997,7
123.943,5
118.340,7
-4,5
6,3
7
Mineração
27
27
36
33
32
50.886,3
64.959,4
103.226,0
126.094,4
107.332,4
-14,9
5,7
8
Multissetor
25
25
29
14
15
71.629,3
86.221,7
108.558,0
92.377,7
88.093,6
-4,6
4,7
9
Agroindústria
16
15
14
20
19
33.543,9
26.965,8
26.685,1
58.003,6
64.640,5
11,4
3,4
10
Petroquímica
13
14
14
43.633,7
57.552,8
59.191,1
2,8
3,1
16
Química/Farmácia
17
20
18
16.502,6
29.687,9
27.610,5
-7,0
1,5
11 12
38
36
Bebidas
18
18
19
15
Alimentos
24
26
24
24
13
Eletrônica
14
14
11
14
Transporte/Logística
20
19
15
Cimento
7
17
Construção
18
Celulose/Papel
19
Manufatura
4
8
8
-
-
20
Mídia
7
7
7
6
5
7.469,5
9.403,7
21
Serviços básicos
7
8
3
6
6
8.015,1
11.125,1
22
Serviços de saúde
4
3
4
6
6
2.451,6
23
Serviços gerais
5
2
2
24
Máquinas/Equip.
2
3
4
25
Aeroespacial
26
Têxtil/Calçados Total
51.546,1
57.268,7
15
38.927,5
49.835,4
58.308,4
63.686,9
54.849,0
-13,9
2,9
25
29.859,1
38.333,2
37.604,0
52.408,6
53.102,5
1,3
2,8
20
20
20.857,3
22.359,2
18.937,8
42.521,0
44.675,7
5,1
2,4
15
17
19
25.551,1
29.761,5
23.521,4
31.737,8
35.454,1
11,7
1,9
7
8
7
6
15.797,6
23.214,1
27.952,5
33.963,3
28.096,7
-17,3
1,5
9
9
9
13
13
7.329,2
10.384,2
12.761,3
21.110,4
23.125,7
9,5
1,2
9
11
12
9
10
11.645,3
14.500,8
16.750,8
18.576,4
17.035,6
-8,3
0,9
4.006,9
13.310,4
12.037,3
-9,6
0,6
10.854,6
12.237,4
10.475,1
-14,4
0,6
4.733,5
11.526,5
9.846,7
-14,6
0,5
2.409,1
3.244,3
7.153,9
7.764,4
8,5
0,4
-
-
9.125,2
7.779,2
7.025,3
-9,7
0,4
2.652,6
4.528,6
4.543,8
5.163,1
5.989,9
16,0
0,3 0,3
-
-
-
3
3 1
1
1
1
4
5
4
2
2
500
500
500
500
500
-
aumento na receita total de 9,5% em 2008, refletindo em parte a força de sua inércia. Já o setor de cimento, associado ao de construção, mas muito mais sensível às mudanças da demanda, teve a segunda queda setorial mais pronunciada (-17,3%), depois de têxtil e calçados (-30,7%). Vale destacar a expansão do setor de transporte/logística, que envolve companhias aéreas, navais, operadores de portos e aeroportos. Desde 2001, as empresas do setor
têm desenvolvido um modelo de negócios muito mais flexível, com base no aluguel de barcos e aviões, ganhando flexibilidade para ajustar sua oferta e custos a uma contração da demanda. Isso explica a notável taxa de crescimento de 11,7%, com receita total
1.664,6
3.902,0
3.912,0
5.636,2
5.026,4
-10,8
2.969,6
3.664,8
3.130,5
2.169,0
-30,7
0,1
-3,7
100,0
1.122.494,6 1.364.398,2 1.581.618,0 1.955.734,7 1.882.521,8
de US$ 35,5 bilhões. E como será a viagem dessa nossa frota em 2009? Os resultados do primeiro trimestre indicam um ano mais complicado que 2008. Projeção que é consistente com a história deste estudo, pois cada vez que as 500 são impactadas por
uma crise – como a asiática, em 1998, seguida do atentado às Torres Gêmeas em 2001 –, registraram dois anos de retrocesso nas vendas. Será preciso esperar até 2010 para que esses grandes caminhões latino-americanos possam voltar a acelerar. Q
Por volta dessa cifra estão os maiores crescimentos setoriais: transportes e agroindústria JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 65
RODRIGO DÍAZ CARRIZO
SETOR ALIMENTOS
Primeiro a cair, primeiro a subir Setores de agronegócios e alimentos se recuperam mais rápido que os demais. Por questões políticas, situação na Argentina é ponto fora da curva Dubes Sônego
F
oram necessários dez anos de conjecturas e a perda de R$ 2,5 bilhões de reais em derivativos para inverter a ordem dos fatores e acelerar 66 AMÉRICAECONOMIA
o processo. Mas, finalmente, no dia 19 de maio, Perdigão e Sadia fundiram-se dando origem à maior empresa de alimentos da América Latina (e uma das dez maiores do
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
mundo), a Brasil Foods, com faturamento anual líquido superior a US$ 10 bilhões. O ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina de AméricaEconomia reflete as / JULHO, 2009
posições de mercado em período anterior à concretização do negócio. Mas, seria impossível ignorar a mudança no topo do ranking e os impactos do negócio, que depende agora da aprovação de órgãos reguladores de concorrência. A fusão permitirá ganhos de competitividade principalmente em logística, no Brasil e lá fora. Mas há a preocupação de que a nova companhia possa impor preços em diversos segmentos de alimentos industrializados – carnes resfriadas, carnes congeladas, massas e pizzas semiprontas. “Em média, eles são donos de 70% desses mercados. Na medida em que se fundem, ficam ainda mais fortes”, avalia Renato Prado, analista da Fator Corretora. Por conta disso, ainda que a Brasil Foods negue a intenção de usar seu poderio econômico para ampliar margens, Prado afirma que faria sentido o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) condicionar a fusão à venda de algumas marcas no Brasil. No segmento de lácteos, onde apenas a Perdigão atuava, e lá fora, porém, não deve haver restrições, diz o analista.
PANORAMA LATINO Mas não são só Sadia e Perdigão que têm motivos para comemorar. Desde o início do ano, os preços das principais commodities agrícolas exportadas pela América Latina vêm se recuperando bem. As cotações médias mensais do açúcar no mercado internacional, por exemplo, estão hoje acima do patamar máximo do ano passado, alcançado em agosto. Enquanto soja, milho e trigo acumulam, de janeiro a maio deste ano, altas aproximadas
de 28%, 13% e 10%, respectivamente. Desempenhos bem melhores que o do índice Dow Jones no período. “É óbvio que ainda existem problemas sérios, como a quebra de safra no Rio Grande do Sul, que tem impacto importante na produção brasileira. O algodão não vai tão bem e a exportação de frutas (manga, maça, uva e goiaba) foi bastante impactada pela crise. A Argentina também sofre muito”, diz José Maria Ferreira da Silveira, professor do Instituto de Economia da Unicamp. “Mas, o preço das proteínas tende a subir”, enfatiza. Algo que acontece, em parte, porque a China, menos afetada pela crise, ainda é a grande responsável pelo crescimento da demanda mundial. E, em parte também, pelo fato de se tratar de um setor de bens indispensáveis, tradicionalmente menos afetado em recessões. O risco, assim, seria apenas o de troca de produtos mais caros porr outros mais baratos.
AGROINDUSTRIA Y ALIMENTOS Nº
EMPRESA
PAÍS
VENTAS UTILIDAD VAR. VEN- VARIACIÓN ROE 2008 US$ NETA 2008 TAS 08/07 UTILIDAD (%) Millones US$ Millones (%) 08/07 (%)
SECTOR / RUBRO
1 JBS FRIBOI
BRA Agroindustria
12.982,6
11,1
62,6
111,9
0,4
0,2
0,1
18
2 BUNGE ALIMENTOS
BRA Agroindustria
9.521,1
0,9
8,4
104,7
0,1
0,0
0,0
37
3 CARGILL
BRA Agroindustria
6.853,9
-164,0
-4,1
-106,3
-134,2
-6,6
-2,4
56
4 CARGILL
ARG Agroindustria
5.970,2
N.D.
26,4
-
-
-
-
65
5 BUNGE
ARG Agroindustria
4.190,0
N.D.
44,5
-
-
-
-
97
1 GRUPO BIMBO
MÉX Alimentos
5.951,0
312,3
-11,5
-12,0
12,6
7,4
5,2
66
2 NESTLÉ
BRA Alimentos
5.369,4
N.D.
-23,8
-
-
-
-
76
3 PERDIGÃO
BRA Alimentos
4.875,1
23,3
30,2
-87,2
1,3
0,5
0,5
82
4 SADIA
BRA Alimentos
4.590,8
-1.063,3
-5,7
-373,3
-604,8
-18,2
-23,2
89
5 GRUPO MASECA
MÉX Alimentos
3.238,2
-888,6
-1,3
-534,3
-223,0
-27,7
-27,4
126
11,5
-128,5
-12,8
0,7
-0,3
4,3
-90,5
-42,0
1,3
-0,1
PROMEDIO SECTOR AGROINDUSTRIA PROMEDIO SECTOR ALIMENTOS * Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
latino-americanos no mercado internacional de carne bovina, como a Austrália, enfrentam problemas climáticos graves e tendem a manter ou reduzir embarques ao exterior. O que abriria espaço para um crescimento de exportadores da região, como Brasil e Uruguai. O que permitiria traçar um panorama geral da região “de estável para bom”, segundo Ferraz.
Rafael Tardaguila, diretor da Blasina & Tardaguila e editor da newsletter FaxCarne. “É um problema político gravíssimo”, concorda Ferraz, da Agra/FNP. “Existe a previsão de que o país (tradicional exportador de carne) possa vir a se tornar um importador líquido de carne em dois ou três anos”, afirma. “A Argentina vai desaparecer”, diz Patricia Van Ploeg, consultora independente do
bilhões de dólares ou mais é quanto fatura anualmente a nova gigante Brasil Foods. No setor N t dde carne, os úúnicos i que enfrentam mais dificuldade são os produtores de suínos, devido ao medo (até agora infundado) da “gripe suína”. “Os preços da carne de frango estão se recuperando bem. Os da carne de boi já se recuperaram e tendem a manter essa tendência”, afirma o professor da Unicamp. Além disso, segundo José Vicente Ferraz, diretor Técnico da Agra/FNP, consultoria especializada em agronegócios, grandes concorrentes dos países
ROA MARGEN RK (%) NETO (%) 2008
EXCEÇÃO Com o Chile forte na exportação de frutas e um Paraguai onde o agronegócio cresce, apesar de problemas como a insegurança jurídica, um dos poucos pontos fora da curva na região deverá ser mesmo a Argentina que, além de problemas políticos, enfrenta uma forte seca. “A preocupação do governo argentino têm sido manter os preços da carne e da soja os mais baixos possíveis, para ganhar o eleitorado”, afirma o uruguaio
setor de agronegócios no país. Segundo ela, no setor de carnes, em particular, a situação é oposta a do Uruguai, que segue aumentando exportações, nos últimos cinco anos. E já superou a Argentina, em volumes. “Lá o governo conscientizou a população a comer menos cortes exportáveis mais caros. Na Argentina, o governo incentiva o consumo interno de cortes nobres”, conta. Na Argentina, não existem, em tese, restrições às exportações. Mas dificuldades burocráticas restringem o
comércio exterior. De forma semelhante, estão em queda livre no país a produção de outras commodities, como o trigo e o milho, usado também como ração animal.
MAR DE PROBLEMAS O México, tradicional importador líquido de alimentos, é outro caso à parte. Mas por motivos diferentes. Segundo José Antonio Castiglione, professor da Universidade Iberoamericana, a retomada das commodities deverá dificultar a situação do país, que compra de fora cerca de 70% do arroz, 60% do trigo, 30% do milho e 90% da soja que consome. “Em 2008, as commodities alcançaram preços recorde, as importações do setor chegaram a US$ 6 bilhões e houve forte pressão inflacionária”, diz. Este ano, diz, não deverá acontecer o mesmo, já que é difícil que os preços voltem aos patamares pré-crise. E a inflação está em queda. Mas, destaques positivos, como a panificadora Bimbo, com várias plantas fora do país, continuarão a ser exceção. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 67
RODRIGO DÍAZ CARRIZO
SETOR AUTOMOTIVO
Força doméstica O Brasil parece não ver risco frente à reconfiguração mundial da indústria automotiva. Mas o México ainda espera Solange Monteiro
D
ia 14 de maio de 2009 foi de comemoração para o setor automobilístico brasileiro: nessa quinta-feira, bateu-se a marca de 1 milhão de carros novos vendidos no País, um dia antes do que em 2008. Graças à boa resposta dos motoristas frente ao pacote de incentivos lançado no final de 2008 – desoneração fiscal por parte do governo, juros mais baixos, prazos de pagamento mais longos e descontos extras oferecidos por montadoras e concessionárias –, o País conseguiu reagir à ameaça configurada em novembro de 68 AMÉRICAECONOMIA
2008, quando a queda de 34% na produção impediu que o setor virasse o ano com confete. “Até agora só não se conseguiu evitar essa retração em caminhões e ônibus, que demorarão mais para se recuperar”, diz Paulo Roberto Grabossa, da consultoria ADK Automotive, em São Paulo. Com baixa dependência das vendas externas (cerca de 15% são exportações) e rápida reação na venda de autos leves frente à situação em outros grandes mercados da região e do mundo, o País do flexfuel não só conseguiu afastar o fantasma do desemprego em
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
massa: também afirmou sua presença no redesenho do mapa da indústria automotiva desde que o grupo de Detroit – GM, Chrysler e, em menor medida, a Ford – acelerou sua decadência anunciada. É certo, todos estão conservadores. “Nossa estimativa para este ano é de que o mercado interno tenha uma queda de 3,9% em relação a 2008, e deveremos produzir cerca de 2,86 milhões de veículos, 11% menos que em 2008 (3,22 milhões)”, diz Jackson Schneider, presidente da associação brasileira de fabricantes (Anfavea). Até a principal montadora / JULHO, 2009
do País, a Volkswagen – que nunca conseguiu existir para o mercado norte-americano, o que pontualmente hoje chega a ser uma vantagem – tem claro que os resultados mundiais em 2009 podem ser de perdas recordes. Isso sendo uma das poucas que fechou a operação global em 2008 no azul e a única, junto com a Hyundai, que conseguiu continuar sem perdas no primeiro trimestre deste ano. “Mas o Brasil comprovou que continua rentável e nenhuma companhia vai deixar de alimentar a galinha que ainda lhe dá ovos”, diz Grabossa. Honda, Toyota e Nissan ampliaram o número de modelos fabricados no Brasil, e Ford e Fiat têm sólidas operações locais. Esse parece ser o mote também da GM no Brasil depois da concordata da matriz norte-americana. Além do anúncio de um investimento de US$ 1 bilhão que ao fe-
chamento desta edição ainda seria detalhado, a montadora também sinalizou outras novidades. Entre elas, segundo o presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, maior independência da operação, apoio a seu centro tecnológico e a migração do vínculo com a tecnologia europeia do Opel para a asiática, com a futura produção de carros coreanos no País. Isso sem contar um programa de investimentos prévio de US$ 2,5 bilhões entre 2007 e 2012 para Brasil e Argentina que implica a construção de uma fábrica de motores em Joinville e o lançamento de uma nova família de carros, a Viva, desenvolvida pela equipe brasileira e cujos primeiros modelos poderão sair de Rosario e São José dos Campos. É exatamente essa sinergia entre vizinhos que hoje serve de apoio ao mercado argentino. Com um primeiro quadrimestre de quedas na produção (39% em relação a mesmo período
AUTOMOTIVO Nº
EMPRESA
PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
ROA MARGEM (%) LÍQ.(%)
RK 2008
1 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2) MÉX 12.027,0
N.D.
7,2
-
-
-
-
25
2 VOLKSWAGEN
BRA 10.702,8
N.D.
-10,4
-
-
-
-
28
MÉX 10.529,1
3 NISSAN MEXICANA
N.D.
4,0
-
-
-
-
30
4 CHRYSLER (2)
MÉX
9.120,0
N.D.
-6,5
-
-
-
-
39
5 GENERAL MOTORS
BRA
8.329,0
N.D.
28,6
-
-
-
-
45
6 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2)
MÉX
8.140,0
N.D.
-6,1
-
-
-
-
46
(2)
7 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
7.897,9
801,6
-3,4
-
133,1
25,4
10,1
49
8 FORD MOTOR COMPANY (2)
MÉX
5.885,4
N.D.
-19,4
-
-
-
-
69
9 FORD (2)
BRA
5.350,3
N.D.
-7,3
-
-
-
-
77
MÉX
3.093,5
N.D.
-40,9
-
-
-
-
131
-3,7
-59,9
33,6
8,6
4,3
10 DELPHI AUTOMO. SYSTEMS (2) MÉDIA SETORIAL
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
presidente da Renault Argentina e da associação automotiva do país (Adefa). “O único que tem resistido, nosso maior comprador, é o Brasil.” Um claro indício de que também os argentinos dependerão da reação do mercado brasileiro no segundo semestre, caso os benefícios fiscais não sejam renovados. Maciet destaca que a tensão do momento é mais mald
pior é o México. Tendo como principal montadora do país a GM e a maior parte de sua produção voltada ao mercado externo, sobretudo aos EUA, os mexicanos hoje se sentem muito mais vulneráveis quanto ao futuro das montadoras do Norte. Quando a norteamericana entrava em seus primeiros dias de concordata, em Silao, a fábrica da GM estava em sua terceira interrupção
foi a queda na produção mexicana de carros no primeiro quadrimestre de 2009 de 2008) e nas vendas internas (30%), a Argentina tem sofrido mais. No âmbito doméstico, o aumento do prazo de financiamento não surtiu o resultado esperado. As exportações, que consomem mais da metade da produção local, também sofreram sobretudo devido ao México, segundo mercado de destino. “O câmbio nos afetou muito. O peso argentino valorizou-se cerca de 30% em relação ao mexicano. E desse jeito é quase impossível vender”, diz Dominique Maciet,
ROE (%)
ab absorvida no segmento de autopeças, em que várias fábricas já ameaçam fechar devido à queda no faturamento. Entre elas está a alemã Mahle, instalada em Rosario, que deseja migrar sua operação ao Brasil. “É um movimento muito relacionado aos custos de produção, e não é raro ver essa avaliação de trocas de posição entre os dois países. Mas vejo a Argentina retomando uma condição vantajosa”, afirma. E se de relação de vizinhos se trata, quem ainda leva a
de trabalho do ano, afetando 3 mil trabalhadores e com reflexo direto nas fornecedoras locais– que enviam 60% da produção aos EUA e que só para a GM venderam US$ 7 bilhões em 2008. “Tivemos um 2008 ruim, investimentos novos vindos da Ásia, como o Geely, não se concretizaram, e neste ano já registramos queda de 42% na produção”, diz Albrecht Ysenburg, sócio de Auditoria e líder de análise do setor automotivo da KPMG no México.
E como se não bastasse isso, outra novidade poderá mover ainda mais as peças no mercado mexicano: o apoio do governo de Barack Obama à produção de carros elétricos, sejam eles híbridos ou plug and play. “Hoje essa iniciativa do governo é baseada em três fatores: na geração de emprego, na questão ambiental e na segurança energética, devido à alta dependência do petróleo”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE). “E fará parte de uma tendência natural de diversificação.” No caso do México, o movimento é de alta relevância, já que seu foco dificilmente sairá do mercado vizinho. No início de junho, um executivo da GM México afirmou que a empresa deverá manter programas de investimento no país e que espera que o México seja escolhido para fabricar motores ou modelos híbridos dentro dessa nova estrutura. “Temos uma produção competitiva que comportaria muito bem tal mudança”, diz Ysenburg, da KPMG. Fortaleza fundamental para que o setor não dê marcha a ré. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 69
RODRIGO DÍAZ CARRIZO
SETOR BEBIDAS
Um brinde à liquidez Empresas vivem relativa tranquilidade em relação a outras indústrias Soledad Gómez
Q
ualquer um gostaria que lhe estendessem a mão em um momento como o atual. Sobretudo se nesta estiver uma cerveja gelada ou um refrigerante. Apesar de 2009 não ser um ano de muitos avanços, não falta liquidez às empresas do setor na região. Segundo relatório do Euromonitor, enquanto a crise durar, em nível global, também se registrará crescimento do consumo de cerveja e das 70 AMÉRICAECONOMIA
bebidas engarrafadas. Menos consumidores nas mesas dos restaurantes e bares não significa que as pessoas passem a beber menos; só sugere que o farão em suas casas. Como diz Mary Taibon, analista do Euromonitor para a América Latina, se tal projeção se replicar no continente, será um ano decente para as cervejarias da região, especialmente porque “nos próximos meses veremos uma tendência ao consumo de produtos mais baratos, e isso significará comprar
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
menos cerveja importada e preferir marcas locais”. Boa notícia para empresas como a AmBev (N° 41 no Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina), que, segundo o Euromonitor, em 2008 dominou mais de 56% do mercado brasileiro, seguida pelo Grupo Schincariol (N° 419), com 13,6% de participação. Como este é um setor que depende da avidez dos consumidores locais, o país mais afetado deverá ser o México. Segundo Christine / JULHO, 2009
Farkas, analista da Merrill Lynch, “o consumo de bebidas cresce a um múltiplo de 1,5 a 2 vezes o PIB”. Por isso, esse país, cuja economia poderá retroceder até 5,6% este ano, de acordo com estimativas da própria Merrill Lynch, é o que tem as perspectivas mais preocupantes. Mesmo assim, grandes empresas como o Grupo Modelo (N° 74), com 51% do mercado de bebidas alcoólicas, ou a Femsa (N° 22), com pouco mais de 40%, não preocupam os analistas.
Mesmo com um cenário adverso, Joe Borman, gerente de análise corporativa para a América Latina da Fitch Ratings, acha que as companhias mexicanas do setor são suficientemente resistentes. “Se nos fixamos nos balanços, a maioria tem muita flexibilidade em um período de queda. Muito mais do que outras do setor de alimentos ou mineração, por exemplo”, afirma. Os dados da empresa norteamericana Mintel mostram que o consumo de cerveja no país alcançou os 8,4 bilhões de litros em 2008, aumento de quase 480 milhões em relação a 2007. O consumo de refrigerantes, entretanto, está sendo levemente afetado. E, nisso, parte da culpa vem do aumento do preço do açúcar e da queda na economia no último trimestre do ano passado. Estimativas apontam que a reação desse mercado só se dará em 2010. O analista
BEBIDAS Nº
EMPRESA
PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
ROA MARGEM (%) LÍQ. (%)
RK 2008
1 FEMSA
MÉX 12.146,9
484,9
-10,1
-37,8
9,7
3,6
4,0
2 AMBEV
BRA
8.942,9
1.309,1
-19,4
-17,7
17,7
8,2
14,6
41
3 COCA-COLA
BRA
6.418,5
N.D.
-5,1
-
-
-
-
61
4 COCA - COLA FEMSA
MÉX
5.998,6
404,7
-5,4
-36,1
10,0
5,7
6,7
62
5 GRUPO MODELO
MÉX
5.448,2
651,7
-18,4
-25,1
14,6
8,5
12,0
74
6 GRUPO PEPSICO
MÉX
3.300,0
N.D.
-5,7
-
-
-
-
123
7 CERV.CUAUHTÉMOCMOCTEZUMA)
MÉX
3.075,7
391,4
-7,8
-20,9
-
8,2
12,7
132
8 BAVARIA
COL
1.635,1
273,6
-9,2
-21,7
12,8
6,6
16,7
263
9 EMBOTELLADORAS ARCA
MÉX
1.463,8
212,9
-14,0
-6,5
20,2
13,7
14,5
292
10 EMBOTELLADORA ANDINA
CHI
1.346,8
150,7
314
MÉDIA SETORIAIS
4,9
-8,4
27,4
15,7
11,2
-6,9
-29,7
14,2
8,5
10,7
22
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
tranquilo em outros mercados importantes da região, como Brasil e Argentina. No Brasil, espera-se que as temperaturas, que em 2008 foram mais baixas que o comum, voltem a subir, o que vai gerar mais vendas, especialmente de cerveja. Em 2009, segundo a Mintel, poderão chegar ao montante de US$ 26,7 bilhões. E, em 2010, a US$ 28,5 bilhões, frente a
espera-se que alcancem os US$ 104,82 bilhões, segundo o Euromonitor. Em bebidas alcoólicas, o aumento será de US$ 123,11 bilhões em 2008 a US$ 129,52 bilhões em 2009, acompanhado também por um aumento de volume. “Se há algo que essas empresas têm em comum é que todas estão gerando um fluxo de caixa saudável nos últimos anos e não estão muito
subirão as vendas de cerveja no Brasil em 2009, para US$ 26,7 bilhões, segundo a Mintel Michael Taylor, do Datamonitor, explica que, apesar de em nível mundial a inflação ser um fenômeno transitório, “na maioria dos mercados do mundo a queda de preço é algo que as empresas já tinham incorporado, por isso nunca transferiram todo o aumento do preço das matérias-primas ao consumidor e agora tampouco transferirão a queda desses preços para recuperar parte de suas perdas.” As empresas do setor viverão um momento mais
ROE (%)
U US$ 25 bilhões em 2008. Na Argentina, a esperança é de que as eleições no primeiro semestre ajudem a aquecer o consumo. A Mintel estima que o consumo de cerveja nesse país cresça 4,3% em 2009 e 6,9% em 2010, superando os 2 bilhões de litros em 2011. Levando em conta o conjunto da região, espera-se um aumento de vendas tanto de cerveja quanto de refrigerante. Enquanto em 2008 os refrigerantes registraram vendas de US$ 99,24 bilhões, em 2009
alavancadas”, diz Borman, da Fitch. Uma condição que as coloca de olho em qualquer oportunidade que surja no mercado. Agora, mais do que desfazer-se de seus próprios ativos, como acontece com empresas de outros setores, é evidente que as grande engarrafadoras querem aumentar sua atividade, especialmente em nível regional. Apesar de que ao longo do continente há várias empresas interessadas em realizar aquisições, há poucos
ativos à venda. “A Coca-Cola possui várias engarrafadoras das quais gostaria de desfazerse”, diz Christine Farkas, da Merrill Lynch. “Há ânimo de aquisição, mas as oportunidades não têm aparecido”, diz Borman, da Fitch. O analista concorda que as empresas locais avaliaram a possibilidade de compra das engarrafadoras da Coca-Cola. “A chilena Embotelladora Andina (N° 314) e a Femsa certamente estão interessadas em comprar alguns desses ativos, mas ainda não surgiram ofertas suficientemente interessantes na América Latina.” O importante é que as grandes empresas, sobretudo as que estão no nosso ranking, geralmente mostrem balanços saudáveis, o que lhes permite ver a crise como uma excelente oportunidade, mais do que como um período de ajustes e reestruturação. Por sorte, essas empresas não dependem do consumo externo nem do comércio internacional. Mesmo com céu nublado, a América Latina continuará com sede. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 71
RODRIGO DÍAZ CARRIZO
SETOR COMÉRCIO
Marcha lenta Os varejistas da América Latina desaceleram investimentos, enquanto o Wal-Mart estende seus tentáculos pela região Fernando Chevarría León
A
té meados de 2008, o barco do varejo na América Latina ia de vento em popa. Uma onda de fusões e aquisições, incursões em novos mercados, novos formatos e gordos lucros caracterizavam um setor em que os empresários chilenos se destacavam com milionários investimentos em base a um modelo de varejo integrado ao sistema financeiro. Mas o sonho terminou no final do ano. A crise econômica desatada nos EUA paralisou o crédito em nível internacional afetando o desenvolvimento de novos projetos, inclusive 72 AMÉRICAECONOMIA
os que estavam no meio do caminho. Logo, Horst Paulmann, cabeça da chilena Cencosud (Nº 33 do Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina), deteve a construção do Costanera Center, complexo com três torres de escritórios – entre eles, o mais alto do Chile – e um centro comercial que demandaria US$ 500 milhões em investimentos. E também freou outros projetos menores no Brasil e no Peru. O mesmo aconteceu com outros chilenos. O Parque Arauco deteve investimentos no Peru e na Colômbia, enquanto a Ripley
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
(Nº 265) e a Falabella (Nº 67) anunciaram revisões em suas cifras de investimento divulgadas meses atrás, que conjuntamente se aproximavam a US$ 1 bilhão. No caso da Ripley, também foram colocados de molho planos de expansão ao México. “Não é que os investimentos tenham sido congelados totalmente, pois mercados como o Peru ainda são atraentes para investir. Mas foram interrompidos muitos projetos em nível regional”, diz Juan José Calle, presidente da Associação de Centros Comerciais e de Entretenimento do Peru (Accep). / JULHO, 2009
“O negócio do varejo é de alto alavancamento, e para crescer demanda muito dinheiro, principalmente de bancos, financeiras e do mercado de valores”, diz Julio Luque, presidente da consultoria peruana Métrica. “Com a crise, o custo financeiro subiu muito. Para os varejistas, não houve exceção e tiveram que parar muitos projetos.” E o aumento do custo do financiamento nem foi o pior para o setor. O último trimestre de 2008 também foi negativo quanto ao crescimento de vendas no negócio. “No Brasil, Argentina e Chile o consumo registrou queda de forma
significativa”, diz Arístides de Macedo, ex-presidente para a região andina da Kraft Foods e especialista em varejo. “Frente à crise, é natural que as pessoas gastem menos, deixem de comprar produtos mais caros e mudem não apenas de marcas, mas de lojas”, afirma. “No Chile, muita gente deixou os supermercados e voltou às feiras e mercados”, afirma Claudio Aqueveque, professor da Escola de Negócios da Universidade Adolfo Ibáñez (UAI), do Chile. Mas a crise se apresenta como uma oportunidade única para o Wal-Mart, o peixe grande do setor em nível mundial e cujas vendas não têm registrado queda com a crise: ao contrário, subiram com a estratégia de oferta de produtos de qualidade a baixos preços. No primeiro trimestre de 2008, o Wal-Mart comprou mais de 50% do D&S (Nº 118), líder no segmento de supermercados no Chile. Com
COMÉRCIO Nº
EMPRESA
PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
ROA MARGEM RK (%) LÍQ. (%) 2008
1 WAL-MART MÉXICO
MÉX 17.705,9
1.060,8
-14,1
-18,6
19,8
12,4
6,0
2 CENCOSUD
CHI
9.745,8
254,5
27,8
-39,9
6,9
2,9
2,6
33
3 CARREFOUR (3)
BRA
9.614,9
N.D.
16,5
-
-
-
-
35
4 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
BRA
7.716,4
111,4
-8,3
-6,5
4,8
1,9
1,4
51
5 WAL-MART
53
12
BRA
7.252,9
N.D.
-14,2
-
-
-
-
6 ORGANIZACIÓN SORIANA
MÉX
6.912,6
124,6
15,7
-56,6
5,9
2,6
1,8
55
7 BODEGA AURRERÁ
MÉX
5.975,4
N.D.
-11,4
-
-
-
-
64
8 FALABELLA
CHI
5.924,5
321,1
3,6
-26,7
11,5
4,6
5,4
67
BRA
5.896,4
N.D.
-19,5
-
-
-
-
68
MÉX
4.987,6
N.D.
-10,7
-
-
-
-
79
-3,9
14,3
19,3
7,2
4,3
(3)
9 CASAS BAHIA
(3)
10 WAL-MART SUPERCENTER MÉDIA SETORIAL
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
Miami. Trius tem experiência, desempenhou anteriormente a mesma função na Ásia e foi o cabeça do Wal-Mart Brasil por 11 anos, período no qual a empresa cresceu até chegar a ser uma rede com 319 pontos. “Sua experiência brasileira e seu conhecimento de mercados emergentes o tornam candidato ideal para liderar as operações da América Latina”, diz Doug McMillion,
e ter um foco de marketing mais integrado, usando a loja, a internet e o telefone celular como eixos”, diz. “É preciso reconhecer quais são os melhores clientes e entender que o usuário tem um conhecimento mais profundo da marca que usa ou pensa usar. O último é reconhecer que qualquer compra pode ser influenciada durante a venda e, então, uma das ferramentas
bilhão de dólares é quanto os grandes varejistas chilenos pretendem investir na região alta penetração em grandes mercados como Brasil e México, o gigante norteamericano também passou a olhar o mercado peruano com interesse, a ponto de executivos da empresa declararem a entrada da companhia no país, ao mais tardar em 2010. O encarregado de desenvolver a estratégia para Chile e Peru será Vicente Trius, que a partir deste mês ocupará o cargo de vice-presidente executivo e CEO do Wal-Mart para a América Latina, desde
ROE (%)
presidente e CEO do Wal-Mart International. Por conta disso, os varejistas da região terão muito trabalho pela frente para manter suas fatias de mercado e garantir crescimento. Para o norte-americano Paco Underhill, fundador e CEO da Envirosell, consultoria de redes varejistas globais, será preciso “trabalhar muito a proposta de valor, ou seja, supervisionar a rede de fornecedores, ser cuidadoso no processo de fixação de preços
mais baratas é a administração e entrega de informação”, diz Underhill. Aqueveque, da UAI, destaca um ponto importante: as marcas próprias para ampliar margens de lucro. “O desenvolvimento de marcas próprias a preços mais acessíveis é uma boa alternativa, pois em épocas de crise a maioria dos consumidores opta por mudar seus hábitos de consumo”, diz. E também a questão da qualidade do serviço, que não pode ser deixada de lado
sob o pretexto da redução de custos. “O serviço é um fator crítico que as empresas não podem descuidar ainda que em época de crise”, diz Patricia Mazuelos, sócia-líder da área de Consumo Massivo da consultoria Deloitte, para quem o pior é sacrificar a qualidade da atenção dada ao cliente, pois isso redunda na imagem final que fica da marca para o consumidor. A crise e o Wal-Mart formam uma equação cujo resultado é um futuro difícil para os varejistas da região, sobretudo para os que operam no Chile e no Peru, e daqui a alguns anos, no Equador e na Colômbia. Os antídotos sugeridos por especialistas são investimentos em eficiência na cadeia de valor, sem descuidar da qualidade do serviço, e o desenvolvimento de marcas próprias. Mas, serão suficientes? Veremos. Por ora, os projetos que demandam bilhões estão parados por falta de crédito. Até quando? Até que a incerteza da crise se dissipe – mas isso ninguém sabe quando acontecerá. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 73
RODRIGO DÍAZ CARRIZO
SETOR ELETRICIDADE
Faça-se a luz Apesar da escassez de recursos, a indústria elétrica latinoamericana deve continuar a ampliar sua rede de geração de energia Antonio María Delgado / Miami
A
sensação de urgência tem diminuído. Os prognósticos de crescimento econômico na América Latina têm sido menores, e com eles a aparente necessidade que catapultou a região a empreender volumosos projetos 74 AMÉRICAECONOMIA
para ampliar sua infraestrutura elétrica. “É um cenário muito distinto do que encontrávamos há uns meses”, diz Philippe Benoit, gerente da Seção de Energia para América Latina e Caribe do Banco Mundial. “A região vinha crescendo subs-
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
tancialmente há vários anos e a demanda de eletricidade tinha previsão de aumento de 5% ao ano. Para satisfazer essa futura demanda (equivalente a 10 mil MW ao ano) eram necessários investimentos anuais de US$ 20 bilhões”. Hoje em dia essas pressões / JULHO, 2009
cederam. A crise financeira ameaça manter o ritmo de crescimento econômico da região estagnado nos próximos anos, com prognósticos de uma contração de 1,2% do PIB regional em 2009 e crescimento de igual proporção em 2010, o que reduz a pressão sobre os governos e empresas privadas para que mantenham o ritmo de investimentos dentro do setor. Mas, embora a mudança de cenário possa ser bem-vinda, especialistas advertem que a região não deve se deixar seduzir por um falso sentimento de segurança se quiser evitar uma era de apagões e racionamentos no futuro. A crise tem impactado a indústria em duas frentes diferentes. Por um lado, restringiu o capital disponível para financiar este tipo de projetos. Os mercados internacionais seguem muito restritos, as empresas privadas que operam no setor entraram em uma modalidade de preservação de caixa e os governos – ainda que alguns deles tenham prometido dar início a uma série de investimentos de infraestrutura como parte de seus pacotes de medidas anticíclicas – começaram a ver uma importante diminuição na arrecadação fiscal. Por outro lado, há a questão da menor demanda derivada da queda na atividade econômica. “Isso reduz as pressões sobre os países para investir na expansão da infraestrutura elétrica. Então, encontramonos em uma situação na qual os países possuem menos dinheiro para investir e uma aparente menor necessidade de fazê-lo”, diz Benoit. Contudo, apesar das ex-
pectativas de menor consumo, muitos países da região não contam com uma rede de segurança que lhes permita resolver algum cenário de contingência, o que em outros termos significa que, nestes lugares, os problemas de fornecimento estão a uma seca de distância. “Não é um estado de crise, mas muitos países da região vivem uma situação de emergência”, diz Ruy Varela, presidente da empresa de consultoria energética Sigla. “As reservas do sistema não são suficientes para enfrentar contingências climáticas e técnicas, nem para enfrentar um crescimento da demanda acima dos níveis esperados”. Entre os países que enfrentam maior vulnerabilidade está a Argentina, que foi golpeada por uma seca na Bacia do Paraná e que, além disso, conta com um inadequado abastecimento de gás – durante o inverno, a oferta de gás apenas cobre as necessidades de calefação. A
ELETRICIDADE Nº
EMPRESA
PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
ROE (%)
ROA MARGEM RK (%) LIQ. (%) 2008
1 COMI. FED. DE ELECTRICIDAD
MÉX
19.570,0
-1.415,8
-5,3
-107,4
-4,7
-2,5
-7,2
10
2 ELETROBRÁS
BRA
12.865,4
2.625,8
1,5
200,5
7,2
4,4
20,4
19
3 ENERSIS
CHI
10.570,9
907,4
11,8
138,9
15,4
4,0
8,6
29
4 CEMIG
BRA
4.660,0
807,5
-19,4
-17,6
20,2
7,8
17,3
86
5 CPFL ENERGIA
BRA
4.153,1
545,9
-21,8
-41,2
25,4
7,9
13,1
99
6 ENDESA
CHI
3.960,5
703,5
13,7
81,3
18,7
6,2
17,8
103
7 COM. BRASILIANA DE ENERGIA BRA
3.580,0
269,1
-20,6
275,9
18,2
3,5
7,5
113
8 ITAIPU BINACIONAL
BR/PA 3.423,0
881,9
1,6
18,2
881,9
4,4
25,8
115
9 COM. LUZ Y FUERZA DEL CENTRO)
MÉX
3.359,2
-1.430,4
-21,1
-2.805,6
-
-14,3
-42,6
121
BRA
3.222,0
439,5
-20,0
9,2
31,1
8,2
13,6
127
-8,9
-92,6
38,7
4,7
5,4
10 ELETROPAULO MÉDIA SETORIAL
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
avançado muito nos processos de licitação conhecidos como de “Energia Nova” (de novas centrais geradoras). Inicialmente, estes processos estiveram orientados em direção ao aproveitamento hidroelétrico e foram concretizados acordos importantes. Mas agora foram estendidos ao emprego de fontes de energia renováveis, como a energia eólica. O país também tem reduzido sua
queda nos últimos meses nos preços do petróleo. Embora continue elevada dentro dos padrões históricos, uma cotação de US$ 60 por barril é melhor para as companhias que queimam combustíveis fósseis para gerar eletricidade que uma superior a US$ 120. “Os preços foram moderados e isto está fazendo com que a situação seja mais manejável”, diz o analista
bilhões de dólares por ano era a demanda de investimentos em geração antes da crise isto se somam as dificuldades nos esforços de integração energética no Cone Sul. “É evidente que a integração fracassou”, diz Varela. “Não se conseguiu superar a prova de ácido, na qual os provedores de energia dão maior prioridade à demanda estrangeira do que à doméstica; foi demonstrado que isso não sucede. Os países importadores se deram conta de que nem sempre podem depender do abastecimento externo”. Por sua parte, o Brasil tem
dependência na importação de combustíveis para gerar eletricidade com o descobrimento de novas jazidas de gás e petróleo. O Chile também está avançando a caminho da independência com a construção dos terminais de gás liquefeito e se esforça para diversificar sua matriz energética com usinas carboníferas. Um dos fatores que parece estar beneficiando as empresas estatais e privadas que operam na indústria tem sido a
José Coballasi, da Standard & Poor’s. “Isto varia muito de país para país, porque o impacto dos preços nos países produtores como México não é o mesmo que nos países consumidores, mas obviamente a queda nos preços tem ajudado a cortar os custos para muitas companhias”. Não obstante, um dos pontos negativos da queda nos preços do petróleo é que ela obscurece os esforços da região de preservar energia - estratégia que, na realidade, oferece
o melhor retorno, porque a energia mais barata de gerar é a que não é consumida - e de adotar fontes de energia renováveis, incluindo a solar, a eólica, a geotérmica e os biocombustíveis. “Quando os preços do petróleo estão acima dos US$ 100, é óbvio para os países nãoprodutores que é necessário investir em outro tipo de fonte, mas quando os preços caem a US$ 40, a necessidade deixa de ser tão óbvia”, afirma Benoit, do Banco Mundial. Também atenta contra estas tecnologias o fato de que a crise reduziu as fontes de financiamento. Em muitos casos, os projetos de energias renováveis requerem montantes de investimento inicial maiores que os requisitados para a adoção de tecnologias baseadas em combustíveis fósseis. “Há menos liquidez, e, dado que estes tipos de projetos exigem grandes investimentos no início, o que estamos vendo mundialmente é uma queda particularmente em investimentos em fontes de energias renováveis”, adverte Benoit. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 75
SETOR MINERAÇÃO
D
RODRIGO DÍAZ CARRRIZO
Depois do Armagedom A mineração regional deverá enfrentar uma queda nos preços das commodities, alta tributação, falta de finalização e um aumento nos custos. Mas as dores de cabeça podem acabar em 2010 Matías Rodo Y. 76 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
efinitivamente, 2009 será um ano a ser esquecido pela maioria das mineradoras da América Latina. A desaceleração econômica mundial golpeou diretamente a demanda por commodities do setor, afetando não apenas seu preço, mas também a receita das empresas. E as principais potências mineradoras da região – Chile, Peru, Brasil e México – ainda tiveram que enfrentar aumento em custos de produção e uma carga tributária nada favorável. A pior notícia, porém, tem sido a queda no preço dos metais devido à menor demanda internacional, avalia Eduardo Chaparro, analista do departamento de recursos naturais e infraestrutura da Comissão Econômica para América Latina (Cepal). Um exemplo: depois de longas negociações com seus grandes clientes, a Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, e a Samarco, tiveram que renegociar para baixo os preços de referência do minério de ferro em pelotas para 2009. No caso da Vale (Nº 5), as siderúrgicas japonesas conseguiram uma redução de 28,2% no minério de aço fino, e de 44,5% no granulado. Já a Samarco (Nº 237) aceitou uma redução de 48,3% no preço de venda de pelotas de minério de ferro para Redução Direta (DR), num contrato que prevê a venda de 900 mil toneladas para a Krakatau Steel, da Indonésia. “No Chile, se o ano for encerrado com um preço médio do cobre em torno de US$ 1,6 a libra, a queda de receita acumulada será de 50% sobre 2008”, afirma Alvaro Merino, gerente de estudos da Socie-
dade Nacional de Mineração (Sonami) do Chile. “Para este ano esperamos um crescimento nulo do PIB de mineração, com uma produção de cobre de 5,4 milhões de toneladas, semelhante à de 2008”, diz. Além disso, os altos custos da indústria regional, que não refletiram a queda nos preços da energia, afetam os resultados. “Diversas mineradoras possuem contratos prolongados de fornecimento, o que dificulta a renegociação”, afirma Chaparro, da Cepal. “A produção em algumas minas, especialmente de zinco, se tornou economicamente inviável”, diz José Rázuri, coordenador da área de Inteligência Econômica da consultoria peruana Maximixe. De acordo com a Comissão Chilena do Cobre (Cochilco), o custo total unitário das dez grandes empresas mineradoras privadas produtoras no Chile (GMP-10), mais a estatal Codelco, aumentaram 27,1% em 2008 frente ao ano anterior.
MINERAÇÃO Nº
EMPRESA
PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
ROA MARGEM RK (%) LÍQ. (%) 2008
1 VALE
BRA
30.184,4
9.105,5
-17,4
-19,4
22,1
11,5
30,2
5
2 CODELCO
CHI
14.424,8
1.566,8
-15,1
-47,5
40,4
11,4
10,9
17
3 ESCONDIDA
CHI
7.760,2
3.570,3
-24,6
-44,8
113,6
49,6
46,0
50
4 GRUPO MÉXICO
MÉX
4.681,7
1.075,5
-35,7
-36,0
24,7
12,2
23,0
85
5 INDUSTRIAS PEÑOLES
MÉX
3.833,8
489,0
-6,4
37,9
25,8
12,8
12,8
109
6 ANTOFAGASTA PLC
CHI
3.372,6
1.706,5
-11,9
23,5
26,5
21,5
50,6
119
7 MINERA MÉXICO (2)
MÉX
2.850,0
N.D.
-2,0
-
-
-
-
143
8 MINERA ANTAMINA
PER
2.846,1
N.D.
-5,6
-
-
-
-
144
9 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER
2.711,5
1.092,4
-14,7
-22,5
78,5
56,8
40,3
153
2.650,3
1.146,5
-17,9
-37,2
69,0
38,3
43,3
159
2,6
39,0
50,4
26,9
30,8
10 COLLAHUASI
CHI
MÉDIA SETORIAL
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
planos de investimento para o período 2008-2012, com um decréscimo de 21% - passando de uma previsão inicial de US$ 57 bilhões a outra de US$ 47 bilhões. Em função da queda nas vendas e nos preços das commodities do setor, as receitas das empresas têm sido fortemente afetadas. A Vale, que sozinha reduziu em US$ 5 bilhões os investimentos previstos para
movimento semelhante ao da economia mundial, tem se mantido acima dos US$ 2 a libra nos dois últimos meses. As importações de cobre refinado da China alcançaram um recorde mensal de 317,9 mil/ TM em abril, e nos primeiros quatro meses do ano somam 1,1 milhão/TM (118,3% a mais do que em 2008). Além disso, a tendência positiva é apoiada por indicadores econômicos
é quanto cairá a receita chilena de cobre se o preço do metal fechar o ano abaixo de US$ 1,60 a libra Segundo Chaparro, a alta carga tributária para o setor em vários países da América Latina e a escassez de financiamento também prejudicaram o desenvolvimento normal da indústria de mineração regional. Não à toa, no Peru registrouse queda na produção de ferro (-22,1%), zinco (-3,1%), chumbo (-6,4%), estanho (-6,8%) e molibdênio (-22%) no primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, em termos de valor. No Brasil, as empresas revisaram seus
ROE (%)
2009, para US$ 9 bilhões, viu seu volume comercializado cair de 76,6 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2008, para 52,1 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas no mesmo período deste ano. Paralelamente, sua receita bruta recuou 32,6%, de US$ 8 bilhões para US$ 5,4 bilhões. Mas existe luz no fim do túnel. Vários analistas apostam em uma recuperação em 2010, apoiados pela estabilização no preço dos minerais. O cobre, commodity que passa por um
dos EUA, como o de bens duráveis, que subiu 1,9% em março, maior alta percentual desde dezembro de 2007. “Considerando a estabilização da economia mundial, o setor poderia se recuperar para o segundo trimestre de 2010”, diz Lola Rivera, gerente para América Latina da consultoria canadense Infomine. Previsão que se sustentaria em números. As projeções do FMI, divulgadas no World Economic Outlook, publicado em abril, ressaltam que a economia
dos EUA se contrairá 2,8% em 2009 e se manterá estável em 2010. O mais importante, porém, é que a China crescerá 6,5%, em 2009, e 7,5%, em 2010. “Espera-se que o país mantenha sua demanda, ainda no marco do programa anticrise”, diz Rázuri “Por isso, muitas empresas estão aproveitando para comprar títulos, reservas e projetos, o que favoreceria a reativação da indústria”, avalia Chaparro, da Cepal. Para Sergio Almazán, diretor-geral da Câmara Mineradora do México (Camimex), a região tem se situado na última década como a mais atraente para investir em exploração de minério. Países como Chile, Peru, Brasil, Argentina, Venezuela, Bolívia, Colômbia e México têm se caracterizado por contar com uma atrativa geologia. O futuro dependerá da política de mineração que cada nação desenvolver. “Será muito importante para a região transmitir que não apenas conta com recursos minerais valiosos, mas também com leis e autoridades que garantam os interesses dos investidores”, afirma Almazán. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 77
RODRIGO DÍAZ CARRRIZO
SETOR PETRÓLEO E GÁS
Volta à agitação Enquanto a Petrobras aguarda regulamentação para exploraro o pré-sal, a Pemex aposta em Chicontepec e a Pdvsa confia na boa sorte Rodrigo Lara Serrano
A
crise econômica tem um aspecto bom para a região quando se trata de petróleo e gás: é um descanso após a angustiante série de altas 78 AMÉRICAECONOMIA
de preço em 2008. Contudo, sob relativa tranquilidade estão correntes mais profundas que influirão no médio e longo prazo. E não apenas nas economias dos países produtores ou
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
compradores de petróleo bruto, mas no equilíbrio de poder político-estratégico dentro da América Latina. A principal corrente se resume a dois nomes: Cantarell e / JULHO, 2009
Tupi. O megacampo terrestre de Cantarell, no México, chegou a produzir mais de 2 milhões de barris por dia em 2004. Hoje são extraídos menos de 660 mil. E a expectativa é de que a quantidade caia, nos próximos 24 meses, para até 400 mil, produção que será estabilizada na próxima década. Contudo, para o México, a riqueza de Cantarell foi uma armadilha: “Todas as apostas estavam ali”, diz Duncan Wood, especialista em petróleo e energia do Itam. Para a Pemex (Nº 2 no Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina), “hoje o problema é manter a produção, que cai muito mais rápido do que pensávamos”. De toda forma, a petrolífera estatal mexicana tem um ás e um rei na manga. O primeiro é o KMZ (Ku-Maloob-Zaap), campo petrolífero na costa do Golfo do México, que Wood classifica como “um grande êxito para a Pemex”. Dali saem quase 800 mil barris por dia. O problema é que não é muito grande e “em dois ou três anos sua produção cairá”. A partir disso, a companhia terá que jogar sua segunda carta: explorar o campo terrestre de Chicontepec. “São milhares de pequenos bolsões de petróleo”, diz o especialista. “Cada um renderá entre 100 e 300 barris por dia, por seis meses”. Em uma imensa área de 3.800 km2, a Pemex deverá “perfurar mais poços a cada ano do que já perfurou em toda sua história”, se quiser retirar 500 mil barris diários no segundo ano de extração, cifra que poderá chegar a um pico de entre 550 mil e 700 mil barris por dia em 2017. As reservas de Chicontepec totalizam 139 bilhões de barris, mas apenas
18 bilhões podem ser extraídos com a tecnologia atual. São os últimos dois projéteis na cartucheira mexicana. Há outros, mas estão sob a água e ali permanecerão por muito tempo, “já que por restrições constitucionais, no México não há contratos de risco compartilhado”, diz Wood. Só podem contratar empresas de serviços como a Halliburton para perfuração. Neste ponto, o contraste com a Petrobras (Nº 3) não pode ser maior. A companhia brasileira tornou-se líder mundial de exploração e extração em águas profundas, e graças a isso descobriu o campo atlântico de Tupi, com reservas entre cinco bilhões e oito bilhões de barris. Será crucial para sua extração a nova regulamentação que deverá ser aprovada no Congresso antes do fim do ano. A proposta mais provável até o momento é a de mudança do modelo de concessões por leilão para o de “produção compartilha-
PETRÓLEO/GÁS Nº
EMPRESA
PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
ROA MARGEM RK (%) LÍQ. (%) 2008
1 PDVSA
VEN 126.364,0
9.413,0
30,1
50,1
13,2
7,1
7,4
1
2 PEMEX
MÉX
96.074,5
-7.906,2
-7,9
-371,4
-408,4
-8,9
-8,2
2
3 PETROBRAS
BRA
92.049,0
14.115,4
-4,4
16,2
23,8
11,3
15,3
3
4 PEMEX REFINACIÓN
MÉX
39.733,9
-8.669,9
-8,6
-105,5
763,3
-23,4
-21,8
4
5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA
BRA
23.930,9
551,6
15,5
16,4
17,5
10,7
2,3
7
6 ECOPETROL
COL
15.053,9
5.164,8
37,8
103,8
33,6
23,9
34,3
15
7 ENAP
CHI
12.185,2
-957,8
35,1
-581,1
-366,5
-19,7
-7,9
21
8 GRUPO ULTRA
BRA
12.095,8
167,0
7,5
62,6
8,4
4,0
1,4
24
9 PETROECUADOR
EQU
10.878,4
5.072,4
41,3
70,8
110,5
84,8
46,6
27
ARG
10.050,4
1.049,0
9,5
-18,6
17,9
9,3
10,4
31
8,6
-67,3
7,3
10,8
8,1
10 YPF MÉDIA SETORIAL
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
mercado spot de gás natural, quem consome menos não tem a quem revender”, diz o consultor brasileiro Rafael Hertzberg. A isso se soma o fato de que “é muito difícil negociar uma diminuição do volume já contratado”. Em função das dificuldades, várias companhias já estariam se interessando por alternativas de geração, como a biomassa. Embora o motivo tenha sido
Noruega, Canadá e Holanda financiarão a seleção de três consultorias privadas que farão um diagnóstico do caminho a ser tomado pela companhia. E se há outra petrolífera que esbarra em si mesma na região é a Petroperú (Nº 157). O petróleo extraído da selva é cada vez mais pesado e não pode ser bem processado pela refinaria de Talara. Por outro lado, “estão sendo importados
bilhões de barris de petróleo: essa poderia ser a capacidade da reserva de Tupi da”, com empresas privadas extraindo o petróleo nas zonas conhecidas e recebendo uma porcentagem da produção como pagamento. José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, disse recentemente que a mudança é justificável, pois “agora o risco exploratório é mínimo. O que existe é o risco de desenvolvimento”. O Brasil também descobriu gás. Contudo, por enquanto, os consumidores locais não sentiram alívio por conta disso. “Como não existe um
ROE (%)
a queda na demanda paulista por gás, quem sofre e sofrerá, ao menos neste semestre, é a Bolívia e sua estatal YPFB. As vendas ao mercado brasileiro despencaram de 31 milhões de metros cúbicos diários para entre 18 milhões e 20 milhões no primeiro trimestre. A YPFB enfrenta mais do que problemas de demanda por gás: o governo de Evo Morales descobriu que seu gerenciamento e reforma não são nada simples. O novo presidente da empresa, Carlos Villegas, anunciou que
petróleos mais baratos e que têm dez vezes mais enxofre que o permitido pela nova norma de emissões do país”, diz o ex-ministro de Minas e Energia, Carlos Herrera Descalzi. “O país necessita mais de oleodutos e de capacidade de refino”, acrescenta. Reformas paralisadas após a renúncia do chefe da estatal peruana, acusado de corrupção. Para especialistas peruanos, a Petroperú deveria imitar a colombiana Ecopetrol (Nº 15). “Ela possui um bom fluxo de
caixa”, diz David Arce Rojas, da Arce Rojas Consultores. “E acaba de comprar um projeto no oriente para produzir cana-de-açúcar para etanol”. A Colômbia, todavia, passa por um bom momento no setor: este ano, perfurou 90 poços de exploração. “Nunca tivemos estes números”, diz Rojas, acrescentando que o investimento poderá chegará a US$ 1,5 bilhão. “Há exexecutivos da Pdvsa (Nº 1) e companhias venezuelanas de petróleo investindo na Colômbia”, afirma. A Pdvsa é que é uma grande incógnita. Para alguns, como Pedro Mantellini, ex-assessor da presidência da Pdvsa, e Enrique Gómez-Tagle, da S&P México, apresenta números de produção inconsistentes. Mas, para outros, como Wood, apesar de fazer tudo errado, a companhia ficará bem: “encontraram enormes reservas de petróleo, embora não do melhor, e muito gás. São bastante fáceis de extrair. Se gastarem o dinheiro, ou subcontratarem, podem produzir muito mais, e rapidamente”. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 79
RODRIGO DÍAZ CARRRIZO
SETOR PETROQUÍMICA
Firme no timão Após resistir aos altos preços do petróleo e do gás natural e à crise internacional, as gigantes petroquímicas continuam apostando em projetos na Venezuela, no Peru e Brasil. Natalia Vera Ramírez
N
os últimos meses, o presidente venezuelano Hugo Chávez tem subido e descido do avião presidencial com mais frequência 80 AMÉRICAECONOMIA
do que nunca. Seus destinos têm sido distantes, como, Japão, Índia, China e parte do Oriente Médio. O motivo? A necessidade de criar laços e levar a cabo sua revolução
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
petroquímica (2007-2013), por conta dos atuais preços do petróleo. O plano inclui cerca de 80 projetos, que triplicarão a produção petroquímica do país a 32 milhões de toneladas / JULHO, 2009
anuais. E o foco de Chávez é claro: voltar-se a regiões não-tradicionais para obter recursos financeiros que permitam concretizar seu plano. E mais. No final de maio, a estatal venezuelana Pequiven e a brasileira Braskem assinaram um memorando de entendimentos para avaliar possíveis oportunidades de negócio no pólo de Camaçari, na Bahia, que contempla a construção de uma usina de US$ 1 bilhão. Além disso, ambas estão empreendendo um projeto petroquímico na Venezuela que engloba as empresas Propilsur e Polimérica, nas quais tanto a Braskem quanto a Pequiven possuem participações iguais. Deste modo, os projetos petroquímicos encontraram na região um bom lugar para se desenvolver. Segundo Raúl Arias, consultor sênior e gerente para América Latina da consultoria Nexant, embora a região represente apenas 5% da produção mundial de petroquímicos, o setor tem experimentado uma importante consolidação e essa participação no total da produção está aumentando. “Dentro de cinco anos, o cenário será muito diferente”, diz. Para Arias, a entrada de novos atores através de associações com companhias locais é importante neste processo. “Agora surgiram players de outras regiões buscando entrar no mercado, encontrar sócios e promover mais investimentos”, diz. “Mesmo assim, há uma pressão pelo equilíbrio mundial entre oferta e demanda que também será um fator considerado no futuro.” A empresa Nitratos do Peru, resultado da sociedade
do Grupo Brescia e do grupo chileno Sigdo Koppers, por exemplo, anunciou a construção de um complexo que produzirá amoníaco e nitrato de amônio (para a fabricação de explosivos), que abastecerá o setor de mineração. Segundo Kaime Quijandría, assessor da presidência da Nitratos do Peru, esta planta ficará na cidade de Pisco e exigirá investimentos de US$ 650 milhões. Na primeira etapa, a produção só abastecerá o mercado local, mas depois serão considerados os principais pontos do Pacífico como potenciais mercados. “Com isso vamos deixar de ser importadores de nitrato de amônio para abastecer a atividade de mineração”, afirmou. “Foram calculados entre US$ 110 milhões e US$ 120 milhões de receita por conceito de tributos e benefícios.” No momento, Quijandría diz que os trâmites e a licença estão em andamento para tocar a construção da usina, que entraria
PETROQUÍMICA Nº
EMPRESA
PAÍS
1 PEMEX GAS Y PETROQ. BÁSICA MÉX
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
ROA MARGEM RK (%) LÍQ. (%) 2008
19.675,5
164,3
-4,1
-63,9
4,8
1,4
0,8
9
2 PEQUIVEN
VEN
9.690,0
N.D.
49,1
-
-
-
-
34
3 BRASKEM
BRA
7.684,9
-1.066,4
-23,0
-445,0
-67,7 -11,0
-13,9
52
4 PEMEX PETROQUÍMICA
MÉX
5.809,5
-1.354,9
9,5
0,2
-77,7 -19,2
-23,3
70
5 ALPEK (11)
MÉX
3.723,7
93,2
-9,1
-48,6
2,5
110
6 MEXICHEM
MÉX
2.266,0
10,2
7,5
-93,9
1,7
0,4
0,5
188
7 UNIPAR
BRA
1.965,9
-65,2
23,7
-179,6
-14,8
-1,3
-3,3
220
8 DOW BRASIL
BRA
1.608,4
5,4
-26,8
-93,5
0,8
0,4
0,3
269
9 QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
1.585,8
-284,5
-
-1.529,3
-44,9
-6,3
-17,9
272
BRA
1.265,1
-152,7
336
10 YARA FERTILIZANTES MÉDIA SETORIAL
5,5
3,2
5,4
-409,1
-175,5 -17,9
-12,1
-4,7
-278,2
-34,7 -5,4
-7,1
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
e outros entre a petrolífera peruana e a Braskem, de US$ 2 bilhões. Também está na jogada o grupo coreano SK Energy, que anunciou sua intenção de investir US$ 3 bilhões em uma petroquímica no Peru. Após 2008 ter produzido efeito negativo na indústria, como consequência dos elevados preços do petróleo e do gás natural na primeira metade do ano, hoje o panorama é mais
grandes produtores da região, como a Petrobras, têm muito interesse de entrar no setor petroquímico e ser players de calibre mundial. “Isto implica aproveitar o ambiente político e econômico dos países da região, como o Peru, que favorece o investimento privado, seja estrangeiro ou nacional, e chegar a industrializar as reservas de gás que existem no país”, afirma.
da produção petroquímica mundial se concentra na América Latina em operação em 2011 2011. Este projeto é somado ao da norte-americana CF Industries, que em janeiro iniciou os estudos de engenharia de seu projeto petroquímico, que inclui uma planta de amoníaco e outra de ureia granulada em Marcona, sul de Lima. O investimento beira US$ 1 bilhão e espera-se que entre em funcionamento em 2013. Há ainda os projetos anunciados em associação entre a PetroPeru e a Petrobras, avaliados em US$ 800 milhões,
ROE (%)
f favorável. “Antes, o gás natural era cotado a US$ 14 o milhão de BTUs. Hoje, o preço é de US$ 3,83 o milhão de BTUs. O mesmo acontece com o petróleo”, diz Aurélio Ochoa, especialista em hidrocarbonetos e diretor da Energy Consult. “Esses preços elevados fizeram com que os petroquímicos se encarecessem, assim como os plásticos e outros derivados. Desestimularam o consumo e o setor não se desenvolveu”. Para Marco Antonio Zaldívar, sócio da Ernst & Young,
À medida que o Peru acaba de entrar na fase de desenvolvimento da indústria petroquímica, em outros países nos quais o setor está mais avançado os planejamentos continuam. No caso do Brasil, os planos da Petrobras terão seus prazos mantidos. No México, a Alpek, braço petroquímico o conglomerado Alfa, conta com um orçamento de gastos de US$ 59 milhões para este ano, que será destinado à conclusão de projetos em curso e à manutenção.
Para Raúl Arias, da Nexant, o setor ainda tem outro desafio. “Uma vez que a economia se recupere, se buscarão recursos para tocar os projetos, mas poderá haver dificuldades para conseguir os equipamentos rapidamente, ou os trabalhadores qualificados, porque há carência de tudo isso em nível mundial”, afirmou. “Muitos dos projetos precisam de investidores, sócios, transferência de tecnologias, incluindo um canal de entrada no mercado que lhes for de interesse, o que gera oportunidades para quem puder oferecer isso”. Além disso, estes investimentos e suas execuções são um passo para que os países da região finalmente cheguem à industrialização. “Quando se chega ao ponto de exportação, a indústria petroquímica dá um valor agregado ao gás natural de seis a sete vezes”, diz Aurelio Ochoa, da Energy Consult. “Se falamos de petroquímica média ou avançada, o valor pode se multiplicar em até 20 vezes”. E, ao que parece, muitos países da região e empresas do setor também querem ter parte neste efeito multiplicador. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 81
RODRIGO DÍAZ CARRIZO
SETOR SIDERURGIA
Horizonte plano As siderúrgicas latino-americanas não terão uma forte recuperação este ano. Mas ao menos não devem cair muito mais Eduardo Thomson
É
demais dizer que este tem sido um mau ano para a indústria siderúrgica. A produção mundial se contraiu em níveis há tempos não vistos e não existe consenso sobre se veremos uma recuperação, seja em preço, seja em produção. O panorama é incerto. Mas para quem não é especialista no setor, é preciso avaliar o tema sob dois pontos de vista: o global e o local. Há mercados e mercados, e alguns (poucos) elementos positivos que, apesar de incipientes, seriam suficientes para concluir que o setor não 82 AMÉRICAECONOMIA
cairá ainda mais. Pelo menos no curto prazo. O mercado mundial de aço não se comporta como o de outras commodities. As grandes siderúrgicas geralmente assinam contratos de fornecimento de seus principais insumos (como o minério de ferro) de longo prazo (em geral, um ano). E não há uma bolsa mundial de aço que permita a livre cotização de contratos a futuro ou compras importantes no mercado spot. Como entender que os preços do aço no Brasil sejam mais altos do que o restante dos preços mundiais senão por barreiras tarifárias
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
ou programas de apoio do setor lançados pelo governo, como as isenções de impostos à produção de carros? A produção mundial de aço caiu 24%, de 117 milhões de toneladas métricas em abril de 2008, para 89 milhões de toneladas em abril passado, segundo dados da Associação Mundial do Aço, que analisa as informações de 66 países produtores. O golpe foi mais sentido nos EUA e na União Europeia, onde os níveis de produção caíram respectivamente 53% e 49% interanuais. Na América Latina, a queda também foi pronunciada. De / JULHO, 2009
30% no México, 40% no Brasil e 44% na Argentina. O único país do mundo que manteve seus níveis de produção relativamente inalterados foi a China, com uma queda de somente 4% em abril. Quanto aos preços do aço, há diferenças. Matias Dieterich, diretor de análise da corretora de valores brasileira Solidus, explica que no Brasil os preços dos produtos planos de aço usados, por exemplo, na fabricação de carros e eletrodomésticos, sentiram primeiro o golpe da crise mundial com uma queda de aproximadamente 40%. Já os aços longos aguentaram alguns meses, graças a projetos de infraestrutura, para depois retroceder 30%. “Mas a queda teria sido mais pronunciada se não fosse por algumas medidas do governo, como a isenção do IPI”, explica Dieterich. Já o setor siderúrgico mexicano está muito mais vinculado ao dos EUA e em
particular ao setor automotivo do próprio país. Em alguns casos os preços chegaram a cair 50% em relação ao nível mais alto dos últimos anos. “Devido aos níveis de estoque nos EUA estarem baixos, é possível que vejamos miniciclos de alta de preços”, explica Felipe Hirai, analista de mineração da Merrill Lynch. “Por isso, acho que a tendência de preços no restante do ano, ao menos nos EUA e no México, é de estabilidade.” Segundo o analista, os preços não podem cair muito mais porque já estão perto do custo marginal de produção. Já no Brasil, ainda há espaço para queda, devido à desfasagem em relação aos preços internacionais, diz Dieterich, da Solidus. “Os preços locais estão muito acima dos internacionais”, comenta. Não obstante, ainda que a demanda se mantenha débil, “estamos vendo alguns sinais de recuperação em mercados emergentes, particularmente na
SIDERURGIA/METALURGIA PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUCRO Milh. Milh. 08/07 (%) 08/07 (%)
1 TECHINT
ARG
22.000,0
N.D.
-0,4
-
-
-
-
8
2 GERDAU
BRA
17.932,3
1.686,1
3,8
-15,9
19,5
6,7
9,4
11
3 TENARIS
ARG
12.131,8
2.124,8
20,8
2,3
26,0
14,1
17,5
23
4 GRUPO ARCELOR MITTAL
BRA
8.489,9
609,9
-2,0
-64,3
9,1
4,2
7,2
42
5 TERNIUM
ARG
8.464,8
875,2
50,3
-12,1
15,7
8,2
10,3
43
6 USIMINAS
BRA
6.720,8
1.379,7
-13,9
-23,0
21,5
11,7
20,5
59
7 CSN
BRA
5.991,8
2.470,8
-7,2
49,8
86,7
18,3
41,2
63
8 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
4.646,1
95,0
89,4
-21,4
11,7
2,0
2,0
87
9 GERDAU AÇOS LONGOS
BRA
4.003,1
621,6
-5,0
17,9
26,3
14,7
15,5
100
MÉX
3.984,0
N.D.
-1,2
-
-
-
-
101
3,7
9,3
37,6
11,3
16,3
Nº
EMPRESA
10 MET-MEX PEÑOLES MÉDIA SETORIAL
PROTEGIDOS No ano passado, os grandes produtores siderúrgicos buscavam comprar minério de ferro por todo lado e dessa forma garantir o fornecimento de matérias-primas. A brasileira Usiminas (Nº 59 no Ranking das 500 Maiores
ROA MARGEM RK (%) LÍQ. (%) 2008
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
Empresas da América Latina) tinha comprado a J. Mendes e anunciava que manteria sua política de compras de outras empresas de minério de ferro. Sua compatriota CSN (Nº 63), também confirmou estudar aquisições. Este ano, reina uma tensa calma. “Veremos menos operações de integração, pois o que essas empresas buscaram ao integrar-se foi garantir
cionadas para suportar a crise. De acordo com uma relatório recente da Fitch Ratings sobre o setor, a margem ebitda das siderúrgicas brasileiras é de 40%, enquanto a média é de 15% entre as siderúrgicas chinesas, por exemplo. E mesmo a Gerdau (Nº 11), que não está integrada verticalmente e sofre uma alta dependência do ferro importado, tem uma margem ebitda de 24%.
44% foi a queda de produção de aço na Argentina, a maior contração da América Latina China”, diz Hirai, da Merrill Lynch. De fato, o Índice de Gerentes de Compra da China já está há três meses com leves indícios de alta, sinal de que a demanda por insumos de produção está crescendo.
ROE (%)
matérias-primas a preços razoáveis devido ao boom vivido pelas commodities no ano passado”, diz Íñigo Cossio, analista da corretora mexicana Actinver. Hirai, do Merrill Lynch, concorda parcialmente. “Poderemos ver alguns negócios, como o anúncio de uma aliança entre Wuhan Steel e a brasileira MMX, mas as grandes siderúrgicas já estão integradas”, comenta. Essa integração vertical permitiría às siderúrgicas brasileiras estarem bem-posi-
Algumas empresas não integradas, como as mexicanas Grupo Collados ou a Industrias CH (Nº 145) – os últimos que continuam controlados por capitais mexicanos – se beneficiaram da situação ao comprar matérias-primas como ferro a preços mais baixos, e dessa forma defenderam suas margens, apesar da queda na produção. Esse mesmo fator os torna possíveis alvos de compra por grandes atores internacionais, diz Cossio. Por exemplo, a ICH registrou
margem ebitda de 13% no final de 2008, e espera-se que esta baixe a 10% ao final do ano, diz relatório da Actinver.
LONGO PRAZO Mas há quem veja que o setor siderúrgico latino-americano enfrenta não só a crise econômica mundial, mas um desafio a seu modelo de negócios como um todo. Segundo o consultor industrial argentino Carlos Schwartzer, o setor siderúrgico está experimentando uma erosão na demanda, o que se reflete numa queda na rentabilidade dos projetos do setor. “É algo que temos observado desde o final de 2006”, diz o consultor. “Um movimento subterrâneo que é compartilhado pelos acionistas das empresas siderúrgicas com os quais tenho conversado.” Segundo o consultor, essa tomada de consciência sobre a perda de rentabilidade explica a mansidão com que a argentina Techint (Nº 8) atuou frente à recente nacionalização de suas operações na Venezuela. A Techint não respondeu aos pedios de entrevista de AméricaEconomia. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 83
RODRIGO DÍAZ CARRRIZO
SETOR TELECOMUNICAÇÕES
Corrida de dados As taxas de crescimento de usuários fixos e móveis diminuem, mas aumenta a oferta de serviços Arly Faundes Berkhoff
O
que buscam os usuários de telecomunicações hoje? Mais e melhor acesso à internet, em qualquer lugar. E os operadores? Receita mais alta por usuário. A chave, então, é simples: banda larga. 84 AMÉRICAECONOMIA
As grandes operadoras de telefonia móvel na América Latina, lideradas por Telefónica-Movistar e América Móvil, estão vivendo uma desaceleração nas taxas de crescimento de novos usuários e, por isso, estão respondendo com uma série de novos
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
produtos e serviços: atrativos celulares 3G com centenas de canções incluídas, touchscreen ou navegação multimídia somados a pacotes de banda larga móvel incluídos no netbook – dispositivos portáteis pequenos e de baixo custo que são usados principalmente para / JULHO, 2009
se conectar à internet. A ideia é obter mais dinheiro de cada cliente e, em países nos quais ainda há espaço, aumentar a penetração dos celulares. Tratando-se de telefonia móvel na América Latina, a penetração média chegou a 79% em 2008, segundo dados da empresa peruana DN Consultores. Estudo da 3G Américas aponta que o Brasil fica atrás nesse ranking. Em primeiro lugar, segundo a empresa, está o Uruguai, com 113%, seguido de Argentina (111%), Venezuela (103%), Chile (96%) e Colômbia (91%). O Brasil – com 80%, segundo a 3G Américas, ficaria à frente apenas do México, com 74%. O problema desses números, entretanto, é o fato de serem formados em sua maioria por planos pré-pagos, o que reduz o faturamento por usuário. “Na região, 85% das linhas móveis são pré-pagas, e isso se contrapõe ao que ocorre na Europa e nos EUA”, diz Carlos Huamán, diretor de negócios da DN Consultores. “Além disso, os preços estão caindo.” Segundo Huamán, a receita média por usuário na região (ARPU, na sigla em inglês) é entre US$ 8 e US$ 9, e antes era de US$ 10, US$ 11. É por isso que os especialistas sugerem que os recursos dos operadores móveis sejam dirigidos a criar um hábito de gasto de serviços agregados e que a população adquira cada vez mais equipamentos 3G. Segundo a consultoria Frost & Sullivan, o iPhone cumpriu bem sua tarefa e atraiu a atenção dos consumidores latino-americanos a serviços de dados. Contudo, os usuários estão sendo mais cautelosos na hora de comprar telefones
inteligentes, sobretudo por conta do preço. “Percebemos lentidão na velocidade de adoção de valores agregados por parte dos usuários de telefonia móvel”, acrescenta Huamán. “Mas, estrategicamente, a tendência de longo prazo é que irão nessa direção, porque tudo vai ser móvel.” E se tudo é móvel, a internet não pode ficar de fora. Por isso, as operadoras estão incorporando às suas ofertas banda larga móvel, tanto para clientes pós-pagos como para pré-pagos. As perspectivas são positivas. Com o crescimento das redes 3G e promoções acessíveis, os pacotes crescerão cada vez mais. Segundo dados do estudo Barômetro Cisco de Banda Larga, elaborado pela empresa de telecomunicações Cisco em conjunto com a consultoria IDC, no Brasil a banda larga móvel cresceu 50,3% no segundo semestre de 2008, alcançando 1,98 milhão de assinantes. Na Argentina, o crescimento foi de
TELECOMUNICAÇÕES Nº
EMPRESA
PAÍS
VENDAS LUCRO LÍQ. VARIAÇÃO VARIAÇÃO ROE 2008 US$ 2008 US$ VENDAS LUC. 08/07 (%) Milh. Milh. 08/07 (%) (%)
ROA MARGEM RK (%) LÍQ. (%) 2008
1 AMÉRICA MÓVIL
MÉX
24.988,6
4.345,7
-12,5
-19,0
41,9
13,7
17,4
6
2 TELEFÔNICA
BRA
11.962,3
N.D.
6,2
-
-
-
-
26
3 TELCEL
MÉX
9.816,7
4.532,5
-15,6
-
-
-
46,2
32
4 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
8.972,0
1.458,7
-25,1
-55,1
51,3
10,8
16,3
40
5 TELEMAR
BRA
8.017,1
493,9
-19,3
-62,3
12,0
2,8
6,2
47
6 TELESP
BRA
6.837,4
1.035,5
-17,8
-22,4
24,1
12,1
15,1
57
7 VIVO
BRA
6.619,5
166,7
-6,1
397,1
4,7
1,6
2,5
60
8 TIM PARTICIPAÇÕES
BRA
5.597,3
77,1
-20,4
99,7
2,3
1,1
1,4
72
9 TELMEX INTERNACIONAL
MÉX
5.494,6
400,2
-
-
7,1
4,2
7,3
73
BRA
4.932,6
418,0
4,2
-
13,1
5,7
8,5
81
1,9
19,9
-91,0
5,9
10,4
10 CLARO TELECOM MÉDIA SETORIAL
* Corresponde à média de todas as empresas do setor no Ranking das 500
e será protagonista da indústria de telecomunicações. Segundo dados da Gartner, sua penetração será de 20% em 2009, 5% a menos do que em 2008, mas falar em dois dígitos confirma um percentual importante. Em 2011, este dado deve cair a 16%, em função de um “amadurecimento do mercado e, também, em parte, do impacto da crise econômica mundial”, diz Elia San Miguel, analista
Jorge Garcés, analista da consultoria Select, no México, afirma que no país ainda há muito espaço para crescer em banda larga e que pouco ajuda o fato de que muitos operadores estão se preocupando mais em oferecer uma convergência de serviços do que em fomentar o próprio acesso à internet. “O triple play é importante, mas o serviço âncora segue sendo a banda larga”, diz. Segundo
é quanto a penetração da banda larga móvel poderá alcançar na América Latina em 2009 50,2% nesse mesmo período, chegando a 227,31 mil conexões. No caso da Colômbia, o crescimento foi ainda maior, de 349%, alcançando 246,7 mil assinantes. Já no Chile, esse percentual foi de 89%, com um registro total de 223 mil em dezembro de 2008. A consultoria Pyramid Research, de Boston, também faz as contas e afirma que, regionalmente, a banda larga móvel passará de uma penetração de 0,7% em 2008 a 2% neste ano. A banda larga fixa também é
da Gartner em São Paulo. Na hora de comparar países, segundo Huamán, da DN Consultores, tanto em telefonia móvel como em banda larga a lacuna tem sido reduzida. “Os que estão mais ao meio, como Peru e Colômbia, estão ficando mais próximos dos de cima, como Chile, Argentina e Brasil.” Por outro lado, afirma o consultor, a concorrência é cada vez mais forte e as operadoras estão disponibilizando maior velocidade de acesso pelo mesmo preço.
o analista, em 2008, o total de assinantes de banda larga era de 6,5 milhões, e apenas 2% deles tinham serviço de banda larga móvel, que hoje cresce a taxas de, em média, 106%. Para muitos, o problema particular do México é a excessiva concentração do mercado nas mãos da Telmex e da Telcel, as regulamentações que não permitiram o desenvolvimento de uma indústria de telecomunicações competitiva, e, o mais importante, um acesso real a serviços de qualidade por parte
dos usuários (ver página XX). Embora seja uma questão de difícil solução no curto prazo, especialistas no setor acreditam que será fundamental a nova licitação de uma rede tronco (os chamados backbones) de fibra ótica, que pertence à Comissão Federal de Eletricidade, e de frequências de banda larga de 1,9 e 1,7 gigahertz para a prestação de serviços de telefonia móvel e internet 3G. Contudo, no resto da América Latina, não há um só ator dominante como no caso do México, mas sim dois. A América Móvil e a Telefónica-Movistar, que juntas possuem mais de 70% do mercado móvel na região e 50% do de banda larga fixa, o que torna difícil o crescimento de operadoras menores. Segundo San Miguel, da Gartner, frente à atual crise, as empresas terão que enfrentar uma maior concorrência e convencer os usuários da qualidade de seus serviços e de que têm os melhores preços. Terão, ainda, que fazer isso acima da velocidade da banda larga que eles mesmos oferecem. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 85
ÍNDICE 500 3M DO BRASIL
A
ACEITERA GENERAL DEHEZA ACINDAR AÇOS VILLARES AEROMÉXICO (CINTRA) AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES AES GENER AGROSUPER AJE GROUP ALBRAS ALCOA ALICORP ALL AMÉRICA LATINA ALMACENES COPPEL ALMACENES ÉXITO ALPEK ALPURA ALTOS HORNOS DE MÉXICO ALUAR ALUMBRERA ALUNORTE AMBEV AMÉRICA MÓVIL AMERICEL AMIL AMPLA ANCAP ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES ANGLO AMERICAN NORTE ANGLO AMERICAN SUR ANTOFAGASTA PLC ARACRUZ CELULOSE ARAUCO ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL (EX-CST) ARCOR ARTHUR LUNDGREN - PERNAMBUCANAS AURORA ALIMENTOS AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ AVIANCA AVON AXTEL
B
B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO BANDEIRANTE ENERGIA BARRICK MISQUICHILCA BASF BASF DE MÉXICO BAVARIA BAYER BAYER DE MÉXICO BLACK & DECKER DE MÉXICO BODEGA AURRERÁ BOSCH BP EXPLORATION COMPANY BRASIL TELECOM BRASKEM BRETAS SUPERMERCADOS BRIDGESTONE FIRESTONE BUENAVENTURA BUNGE BUNGE ALIMENTOS BUNGE FERTILIZANTES
C
C. VALE CAMARGO CORRÊA CIMENTO CANDELARIA CANTV CAP CARAÍBA METAIS CARAMURU CARBONES DEL CERREJÓN CARGILL CARGILL CAROZZI CARREFOUR CARREFOUR CARREFOUR CASAS BAHIA CATERPILLAR CBA CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR CCR CCU CEG CELESC CELG CELPE CEMENTOS CRUZ AZUL CEMEX CEMEX MÉXICO CEMIG
86 AMÉRICAECONOMIA
BRA
406
ARG ARG BRA MÉX MÉX CHI CHI PER BRA BRA PER BRA MÉX COL MÉX MÉX MÉX ARG ARG BRA BRA MÉX BRA BRA BRA URU BRA BRA CHI CHI CHI BRA CHI BRA ARG BRA BRA PAN COL BRA MÉX
170 374 428 203 165 262 326 384 444 331 358 393 162 128 110 436 163 414 350 324 41 6 286 231 404 225 451 206 476 214 119 274 111 161 210 315 368 218 260 254 460
BRA BRA PER BRA MÉX COL BRA MÉX MÉX MÉX BRA COL BRA BRA BRA BRA PER ARG BRA BRA
317 449 310 224 409 263 293 380 394 64 245 425 83 52 483 376 488 97 37 117
BRA BRA CHI VEN CHI BRA BRA COL BRA ARG CHI ARG COL BRA BRA BRA BRA BRA BRA CHI BRA BRA BRA BRA MÉX MÉX MÉX BRA
478 371 365 88 217 401 457 175 56 65 447 129 303 35 68 189 340 51 361 344 453 282 484 434 364 13 107 86
CENCOSUD CENCOSUD CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA CESP CGE CGE DISTRIBUCIÓN CHESF - HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO CHEVRON PETROLEUM COMPANY CHILECTRA CHRYSLER CHRYSLER CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA CICSA CLARO TELECOM CMPC CELULOSA CMPC PAPELES Y CARTONES CMPC TISSUE COAMO COCA-COLA FEMSA COCA-COLA CODELCO CODENSA COELBA COELCE COLBÚN COLLAHUASI COMCEL COMERCIAL MEXICANA COMGÁS COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO COMPREBEM CONECEL CONFAB CONSORCIO MINERO CORMIN CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA CONSTRUCTORAS ICA CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO CONTAX CONTROLADORA MABE COPA AIRLINES COPASA COPEL COPERSUCAR CORPORACIÓN DURANGO CORPORACIÓN GEO CORPORATIVO FRAGUA CORREIOS E TELÉGRAFOS COSAN COSIPA COSTCO MÉXICO COTEMINAS CPFL - COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ CPFL ENERGIA CPFL PIRATININGA CSN CTI CVG VENALUM
D
D&S DANONE DANONE DEACERO DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS DESARROLLADORA HOMEX DISCO DMA DISTRIBUIDORA DOE RUN DOUX FRANGOSUL DOW BRASIL DOW QUÍMICA DRUMMOND DUPONT BRASIL DUPONT MÉXICO DURATEX
E
EASY ECOPETROL EDITORA ABRIL EL PUERTO DE LIVERPOOL ELÉCTRICA DE CARACAS ELECTRICARIBE ELECTROLUX DO BRASIL ELEKTRO ELETROBRÁS ELETRONORTE ELETROPAULO EMBOTELLADORA ANDINA EMBOTELLADORAS ARCA EMBRAER EMBRATEL
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
CHI ARG MÉX BRA CHI CHI BRA COL CHI ARG MÉX BRA BRA MÉX BRA CHI CHI CHI BRA MÉX BRA CHI COL BRA BRA CHI CHI COL MÉX BRA MÉX BRA MÉX BRA ECU BRA PER BRA MÉX BRA BRA BRA MÉX PAN BRA BRA BRA MÉX MÉX MÉX BRA BRA BRA MÉX BRA BRA BRA BRA BRA ARG VEN
33 122 132 399 141 405 209 298 248 420 39 270 36 421 81 375 139 446 230 62 61 17 373 318 470 366 159 164 108 250 10 113 121 382 396 427 415 238 277 216 377 492 104 330 450 178 253 495 338 351 93 212 147 413 312 229 99 467 63 207 417
CHI MÉX ARG MÉX MÉX MÉX ARG BRA PER BRA BRA ARG COL BRA MÉX BRA
118 247 354 267 131 311 234 499 342 473 269 306 308 383 458 471
ARG COL BRA MÉX VEN COL BRA BRA BRA BRA BRA CHI MÉX BRA BRA
480 15 468 124 456 474 403 392 19 258 127 314 292 78 98
EMPRESAS BANMÉDICA EMPRESAS COPEC EMPRESAS ICA EMPRESAS NAVIERAS EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN ENAMI ENAP ENDESA ENDESA BRASIL ENERGIAS DO BRASIL ENERSIS ENTEL ENTEL PCS EQUATORIAL ESCONDIDA ESSO EXTRA EXXONMOBIL
F
FALABELLA FALABELLA PERÚ FARMACIAS BENAVIDES FASA FEMSA FERREYROS FERROMEX FIAT AUTOMÓVEIS FLEXTRONICS MANUFACTURING FORD FORD FORD MOTOR COMPANY FOSFÉRTIL FURNAS
G
GAFISA GASCO GASPETRO GBARBOSA GENERAL ELECTRIC GENERAL ELECTRIC GENERAL MOTORS GENERAL MOTORS GENERAL MOTORS COLMOTORES GENERAL MOTORS DE MÉXICO GERDAU GERDAU AÇOMINAS GERDAU AÇOS LONGOS GERDAU COMERCIAL DE AÇOS GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES GOL GRUPO ABRIL GRUPO ALFA GRUPO ANDRÉ MAGGI GRUPO ARCELORMITTAL GRUPO ARGOS GRUPO AUTOFIN GRUPO BAL GRUPO BAVARIA GRUPO BERTIN GRUPO BIMBO GRUPO CAMARGO CORRÊA GRUPO CARSO GRUPO CASA SABA GRUPO CLARÍN GRUPO COIMEX GRUPO CONDUMEX GRUPO CONTINENTAL GRUPO CORVI GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG GRUPO ELEKTRA GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES GRUPO FAMSA GRUPO GLORIA GRUPO IC GRUPO IMSA (AÇO) GRUPO INDUSTRIAL LALA GRUPO ISA GRUPO KUO GRUPO MASECA GRUPO MÉXICO GRUPO MODELO GRUPO NAC. DE CHOCOLATES GRUPO OMNILIFE GRUPO PALACIO DE HIERRO GRUPO PEPSICO GRUPO SALINAS GRUPO SALUDCOOP GRUPO SANBORNS GRUPO SCHINCARIOL GRUPO SIMEC GRUPO TACA GRUPO TELEVISA GRUPO ULTRA GRUPO VILLACERO
CHI CHI MÉX CHI COL CHI CHI CHI BRA BRA CHI CHI CHI BRA CHI BRA BRA COL
430 20 219 316 252 285 21 103 199 204 29 251 360 418 50 95 106 176
CHI PER MÉX CHI MÉX PER MÉX BRA MÉX BRA ARG MÉX BRA BRA
67 424 500 289 22 497 452 49 140 77 233 69 291 173
BRA CHI BRA BRA BRA MÉX BRA ARG COL MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA MÉX BRA BRA COL MÉX MÉX COL BRA MÉX BRA MÉX MÉX ARG BRA MÉX MÉX MÉX PER MÉX MÉX MÉX PER C.RI MÉX MÉX COL MÉX MÉX MÉX MÉX COL MÉX MÉX MÉX MÉX COL MÉX BRA MÉX ELS MÉX BRA MÉX
496 461 290 402 120 166 45 236 332 25 11 177 100 335 125 150 334 44 416 42 243 442 48 180 146 66 58 75 211 257 297 197 443 322 435 134 304 395 469 307 87 137 356 256 126 85 74 239 345 437 123 92 319 179 419 168 438 114 24 305
ÍNDICE 500 GRUPO VITRO GRUPO VIZ GRUPO VOTORANTIM GRUPO XIGNUX GUARARAPES - RIACHUELO
H
H-E-B SUPERMERCADOS HERINGER FERTILIZANTES HEWLETT - PACKARD MÉXICO HOCOL HOME DEPOT HONDA HOSPITALES ÁNGELES HP BRASIL HUACHIPATO
MÉX MÉX BRA MÉX BRA
205 327 16 191 472
MÉX BRA MÉX COL MÉX BRA MÉX BRA CHI
432 281 71 431 201 136 423 186 325
I
MÉX IBERDROLA DE MÉXICO BRA IMCOPA - IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO E INDU. DE ÓLEOS MÉX INDUSTRIAS BACHOCO MÉX INDUSTRIAS CH MÉX INDUSTRIAS PEÑOLES BRA INFRAERO C.RI INTEL CHI INTEROCEÁNICA BRA IOCHP-MAXION BRA/PAR ITAIPU BINACIONAL BRA ITAMBÉ BRA ITAUTEC MÉX IUSA - INDUSTRIAS UNIDAS MÉX IUSACELL
J
JBS FRIBOI JUMBO
K
KIMBERLY CLARK DE MÉXICO KLABIN KRAFT FOODS
L
LA FONTE PARTICIPAÇÕES LAN LG LIGHT LIQUIGÁS LOCALIZA LOJAS AMERICANAS LOJAS RENNER LOS PELAMBRES LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL
M
M. DIAS BRANCO MADECO MAGAZINE LUIZA MAHLE METAL LEVE MAKRO MALL PLAZA MARCOPOLO MARFRIG MARTINS DISTRIBUIÇÃO MASISA MC DONALD´S MEGA MET-MEX PEÑOLES MEXICANA DE AVIACIÓN MEXICHEM MINAS PEÑOLES MINERA ANTAMINA MINERA CERRO VERDE MINERA EL ABRA MINERA MÉXICO MINERA SPENCE MINERA VALPARAÍSO MINERA YANACOCHA MINERA ZALDÍVAR MINERVA MOLINOS RÍO DE LA PLATA MOLYMET MOSAIC FERTILIZANTES MOVISTAR MOVISTAR MOVISTAR MOVISTAR MOVISTAR MOVISTAR MRS
N
NACIONAL DE DROGAS NATURA NEMAK NEOENERGIA
184 372 294 145 109 410 208 422 481 115 459 490 172 477
BRA CHI
18 349
MÉX BRA BRA
255 321 433
BRA CHI BRA BRA BRA BRA BRA BRA CHI BRA
299 90 130 183 408 482 138 441 198 194
BRA CHI BRA BRA BRA CHI BRA BRA BRA CHI BRA MÉX MÉX MÉX MÉX MÉX PER PER CHI MÉX CHI CHI PER CHI BRA ARG CHI BRA VEN MÉX ARG CHI COL PER BRA
440 381 400 479 228 215 390 158 276 397 301 273 101 240 188 328 144 232 378 143 362 363 266 454 445 182 171 261 105 185 192 329 367 398 337
MÉX BRA MÉX BRA
196 278 174 156
NESTLÉ NESTLÉ DE MÉXICO NET BRASIL NEXTEL NEXTEL DE MÉXICO NISSAN MEXICANA NOKIA NOKIA NORBERTO ODEBRECHT
O
OCCIDENTAL DE COLOMBIA ODEBRECHT OI CELULAR OLÍMPICA ORGANIZACIÓN SORIANA ORGANIZACIÓN TERPEL OXITENO OXXO (FEMSA COMERCIO)
P
PAN AMERICAN ENERGY PÃO DE AÇÚCAR PARANAPANEMA PARIS PATAGONIA PDVSA PEMEX PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA PEMEX PETROQUÍMICA PEMEX REFINACIÓN PEQUIVEN PERDIGÃO PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA PERUPETRO PETROBRAS PETROBRAS PETROBRAS DISTRIBUIDORA PETROBRAS ENERGÍA PETROECUADOR PETROPERÚ PEUGEOT - CITROËN PHILIP MORRIS DE MÉXICO PHILIPS MEXICANA PIRELLI PNEUS PONTO FRIO - GLOBEX POSITIVO INFORMÁTICA PREZUNIC SUPERMERCADOS PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO PROFARMA
Q
QUATTOR PARTICIPAÇÕES QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS (EX-PETROQUÍMICA UNIÃO) QUIÑENCO
R
RANDON RECOPE REDE ENERGIA REFAP - ALBERTO PASQUALINI REFINERÍA DE CARTAGENA RENAULT RENAULT ARGENTINA REPSOL YPF PERÚ RHODIA RIPLEY
S
SABESP SADIA SALFACORP SAMARCO MINERAÇÃO SAM’S CLUB SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA SANMINA - SCI SYSTEMS DE MÉXICO SANTA ISABEL SCANIA SEARS SENDAS DISTRIBUIDORA SHELL SHELL CAPSA SIDERAR SIEMENS BRASIL SIEMENS MÉXICO SIGDO KOPPERS SIGMA SIVENSA SODIMAC SONY DE MÉXICO SOTREQ SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. SOUZA CRUZ SQM SUDAMERICANA DE VAPORES SUPERAMA
BRA MÉX BRA BRA MÉX MÉX BRA MÉX BRA
76 142 275 320 200 30 160 295 54
COL BRA BRA COL MÉX COL BRA MÉX
498 14 195 387 55 148 466 116
ARG BRA BRA CHI ARG VEN MÉX MÉX MÉX MÉX VEN BRA PER PER BRA COL BRA ARG ECU PER ARG MÉX MÉX BRA BRA BRA BRA MÉX BRA
242 296 283 463 412 1 2 9 70 4 34 82 455 279 3 494 7 94 27 157 244 213 259 264 268 465 491 202 388
BRA BRA CHI
272 370 359
BRA C.RI BRA BRA COL BRA ARG PER BRA CHI
323 154 249 96 149 221 439 102 348 265
BRA BRA CHI BRA MÉX BRA MÉX CHI BRA MÉX BRA BRA ARG ARG BRA MÉX CHI MÉX VEN CHI MÉX BRA PER BRA CHI CHI MÉX
151 89 429 237 84 155 135 343 353 313 339 38 226 181 300 347 352 227 357 241 341 485 153 187 235 80 448
SUPERMERCADOS LA FAVORITA SUZANO PAPEL E CELULOSE SUZANO PETROQUÍMICA
T
TAM TECHINT TELCEL TELECOM TELEFÔNICA TELEFÓNICA CHILE TELEFÓNICA COLOMBIA TELEFÓNICA DE ARGENTINA TELEFÓNICA DEL PERÚ TELÉFONOS DE MÉXICO TELEMAR TELESP TELMEX INTERNACIONAL TENARIS TERNIUM TIENDAS COMERCIAL MEXICANA TIENDAS SANBORNS TIGRE - TUBOS E CONEXÕES TIM PARTICIPAÇÕES TOYOTA TOYOTA TRACTEBEL TRANSPETRO TUPY
U
UCP BACKUS & JOHNST ULTRAFÉRTIL ULTRAGAZ UNILEVER DE MÉXICO UNIPAR URBI DESARROLLOS URBANOS USIMINAS USIMINAS IPATINGA UTE
V
VALE VITRO ENVASES VITRO VIDRIO PLANO VIVO VOLKSWAGEN VOLKSWAGEN VOLKSWAGEN DE MÉXICO VOLVO VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL VOTORANTIM CIMENTOS VRG - LINHAS AÉREAS
W
WAL-MART WAL-MART DE MÉXICO WAL-MART SUPERCENTER WEG WHIRLPOOL WHIRLPOOL MÉXICO WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS
X
XSTRATA COPPER CHILE S.A.
Y
YARA FERTILIZANTES YPF
Z
ZAFFARI E BOURBON
ECU BRA BRA
346 246 489
BRA ARG MÉX ARG BRA CHI COL ARG PER MÉX BRA BRA MÉX ARG ARG MÉX MÉX BRA BRA ARG MÉX BRA BRA BRA
91 8 32 133 26 385 223 309 190 40 47 57 73 23 43 407 411 487 72 280 288 287 271 493
PER BRA BRA MÉX BRA MÉX BRA BRA URU
475 462 379 369 220 389 59 112 464
BRA MÉX MÉX BRA BRA ARG MÉX BRA BRA BRA BRA
5 302 355 60 28 193 46 152 333 167 386
BRA MÉX MÉX BRA BRA MÉX BRA
53 12 79 222 169 391 426
CHI
284
BRA ARG
336 31
BRA
486
Notas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19
Holding Estimado Vendas bruta Vendas anualizadas a junho Vendas anualizadas a setembro Filial do Grupo Carso Filial do América Movil Filial do Techint Filial do Wal-Mart México Filial do Ternium Filial do Grupo Alfa Filial da Telmex Filial da CPFL Energia Filial da CBD Filial da Petrobras Filial da Empresas Copec Filial do Grupo Bal Filial do Antofagasta Holding Femsa Cerveza
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 87
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
RK RK 2008 2007
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
126.364,0
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
3 PDVSA (1)
VEN Petróleo/Gás
97.118,0
30,1
9.413,0
6.273,0
50,1
9.356,0
6.172,0
51,6
2
1 PEMEX (1)
MÉX Petróleo/Gás
96.074,5 104.368,6
-7,9
-7.906,2
-1.677,2
-371,4
47.776,4
61.035,4
-21,7
3
2 PETROBRAS (1)
BRA Petróleo/Gás
92.049,0
96.300,9
-4,4
14.115,4
12.144,6
16,2
26.601,7
27.232,9
-2,3
4
4 PEMEX REFINACIÓN
MÉX Petróleo/Gás
39.733,9
43.494,0
-8,6
-8.669,9
-4.218,0
-105,5
-19.617,7
-9.239,3
-112,3
5
5 VALE
BRA Mineração
30.184,4
36.562,7
-17,4
9.105,5
11.294,3
-19,4
13.912,0
18.904,1
-26,4
6
6 AMÉRICA MÓVIL (1)
MÉX Telecomunicações
24.988,6
28.544,2
-12,5
4.345,7
5.367,3
-19,0
10.008,4
11.613,7
-13,8
7
8 PETROBRAS DISTRIBUIDORA (15)
17,6
BRA Petróleo/Gás
23.930,9
20.721,9
15,5
551,6
474,0
16,4
820,3
697,7
8
12 TECHINT (1)
ARG Siderurgia/Metalurgia
22.000,0
22.087,0
-0,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
9
11 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA
MÉX Petroquímica
19.675,5
20.514,0
-4,1
164,3
455,0
-63,9
248,8
986,2
-74,8
MÉX Energia elétrica
19.570,0
20.665,9
-5,3
-1.415,8
-682,7
-107,4
N.D.
617,8
-
11
15 GERDAU (1)
BRA Siderurgia/Metalurgia
17.932,3
17.283,1
3,8
1.686,1
2.005,7
-15,9
4.236,7
3.461,1
22,4
12
10 WAL-MART DE MÉXICO (1)
MÉX Comércio
17.705,9
20.610,3
-14,1
1.060,8
1.303,5
-18,6
1.726,9
2.051,9
-15,8
MÉX Cimento
17.581,8
21.681,5
-18,9
164,7
2.391,8
-93,1
3.524,1
4.591,1
-23,2
13
9 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
7 CEMEX (1)
14
16 ODEBRECHT (1)
BRA Multissetor
15.193,5
14.885,0
2,1
-357,8
254,0
-240,8
2.005,6
2.083,0
-3,7
15
29 ECOPETROL
COL Petróleo/Gás
15.053,9
10.924,7
37,8
5.164,8
2.533,9
103,8
6.554,5
7.128,0
-8,0
16
13 GRUPO VOTORANTIM (1)
BRA Multissetor
15.011,9
17.144,6
-12,4
N.D.
2.708,5
-
N.D.
N.D.
-
17
14 CODELCO
CHI Mineração
14.424,8
16.988,2
-15,1
1.566,8
2.981,6
-47,5
N.D.
3.816,2
-
18
50 JBS FRIBOI
BRA Agroindústria
12.982,6
7.983,7
62,6
11,1
-93,2
111,9
479,4
295,8
62,1
19
19 ELETROBRÁS
BRA Energia elétrica
12.865,4
12.676,3
1,5
2.625,8
873,9
200,5
3.356,1
2.563,9
30,9
20
20 EMPRESAS COPEC (1)
CHI Multissetor
12.818,2
12.331,8
3,9
603,1
1.014,4
-40,5
1.394,2
1.726,8
-19,3
21
40 ENAP
CHI Petróleo/Gás
12.185,2
9.019,3
35,1
-957,8
199,1
-581,1
N.D.
429,4
-
22
18 FEMSA (1)
MÉX Bebidas
12.146,9
13.517,8
-10,1
484,9
779,7
-37,8
2.223,2
2.562,4
-13,2
23
34 TENARIS (8)
ARG Siderurgia/Metalurgia
12.131,8
10.042,0
20,8
2.124,8
2.076,1
2,3
3.560,8
3.472,0
2,6
24
26 GRUPO ULTRA (1)
BRA Petróleo/Gás
12.095,8
11.246,7
7,5
167,0
102,7
62,6
465,9
444,2
4,9
25
27 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
12.027,0
11.216,1
7,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
26
25 TELEFÔNICA
BRA Telecomunicações
11.962,3
11.261,5
6,2
N.D.
N.D.
-
4.669,0
4.498,7
3,8
27
53 PETROECUADOR
EQU Petróleo/Gás
10.878,4
7.700,4
41,3
5.072,4
2.969,5
70,8
N.D.
3.331,9
-
28
22 VOLKSWAGEN
BRA Automotivo/Autopeças
10.702,8
11.949,7
-10,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
29
38 ENERSIS
CHI Energia elétrica
10.570,9
9.452,4
11,8
907,4
379,9
138,9
4.045,3
3.390,3
19,3
30
32 NISSAN MEXICANA (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
10.529,1
10.124,2
4,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
31
39 YPF
ARG Petróleo/Gás
10.050,4
9.181,1
9,5
1.049,0
1.289,0
-18,6
3.296,8
3.405,7
-3,2
32
24 TELCEL
MÉX Telecomunicações
9.816,7
11.628,8
-15,6
4.532,5
N.D.
-
5.144,6
6.196,8
-17,0
33
54 CENCOSUD (1)
CHI Comércio
9.745,8
7.623,2
27,8
254,5
423,8
-39,9
709,8
656,8
8,1
VEN Petroquímica
9.690,0
6.500,0
49,1
N.D.
240,5
-
N.D.
N.D.
-
34
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
PAÍS
1
10
1 - 50
EMPRESA
147 PEQUIVEN
35
47 CARREFOUR
BRA Comércio
9.614,9
8.254,1
16,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
36
23 CIA. BRA. DE PETRÓLEO IPIRANGA
BRA Petróleo/Gás
9.605,6
11.753,0
-18,3
137,2
214,7
-36,1
258,1
235,6
9,6
37
41 BUNGE ALIMENTOS
BRA Agroindústria
9.521,1
8.780,1
8,4
0,9
-19,3
104,7
415,4
91,0
356,5
38
30 SHELL
BRA Petróleo/Gás
9.185,7
10.277,0
-10,6
-209,9
69,6
-401,5
337,8
281,1
20,2
39
37 CHRYSLER (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
9.120,0
9.753,3
-6,5
N.D.
700,6
-
N.D.
542,2
-
40
21 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX Telecomunicações
8.972,0
11.979,8
-25,1
1.458,7
3.250,8
-55,1
4.171,9
5.708,3
-26,9
41
28 AMBEV
BRA Bebidas
8.942,9
11.092,5
-19,4
1.309,1
1.590,0
-17,7
3.869,7
4.902,9
-21,1
42
43 GRUPO ARCELORMITTAL
BRA Siderurgia/Metalurgia
8.489,9
8.665,6
-2,0
609,9
1.709,3
-64,3
2.716,7
2.992,1
-9,2
43
48 TERNIUM (8)
ARG Siderurgia/Metalurgia
8.464,8
5.633,3
50,3
875,2
995,8
-12,1
N.D.
2.152,3
-
44
36 GRUPO ALFA (1)
MÉX Multissetor
8.399,8
9.787,1
-14,2
-687,7
325,3
-311,4
757,5
980,0
-22,7
45
68 GENERAL MOTORS
BRA Automotivo/Autopeças
8.329,0
6.477,0
28,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
46
42 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
8.140,0
8.673,0
-6,1
N.D.
-93,3
-
N.D.
401,3
-
47
31 TELEMAR
BRA Telecomunicações
8.017,1
9.934,6
-19,3
493,9
1.309,5
-62,3
2.596,5
3.681,9
-29,5
48
52 GRUPO BAL (1) (2)
MÉX Multissetor
7.930,0
7.773,6
2,0
N.D.
528,0
-
N.D.
N.D.
-
49
49 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA Automotivo/Autopeças
7.897,9
8.173,2
-3,4
801,6
N.D.
-
1.257,0
1.560,8
-19,5
50
33 ESCONDIDA
CHI Mineração
7.760,2
10.289,7
-24,6
3.570,3
6.467,0
-44,8
4.619,6
8.367,7
-44,8
(3)
(Notas na pág. 87)
88 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
E ECOPETROL A ESTATAL COLOMBIANA É UM CASO RARO ENTRE AS PETROLÍFERAS. RREGISTROU AUMENTO DE VENDAS DE 37,8% E DUPLICOU SEU LUCRO. JAVIER GUTIÉRREZ, PRESIDENTE Da ECOPETROL
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
131.832,0
71.513,0
13,2
7,1
7,4
88.696,4
1.936,0
-408,4
-8,9
-8,2
77.292
Não
E
122.488,0
96,9
pdvsa.com
1
161.158
Sim
E
46.763,4
48,7
pemex.com.mx
125.016,6
59.206,4
23,8
11,3
15,3
2
74.240
Sim
E
19.299,2
21,0
petrobras.com.br
37.050,0
-1.135,9
-
-23,4
3
-21,8
48.100
Não
E
35,3
0,1
pemex.com.mx
79.494,9
41.195,8
22,1
4
11,5
30,2
62.490
Sim
P
13.531,2
44,8
vale.com
31.676,4
10.370,3
5
41,9
13,7
17,4
52.879
Sim
P
-
-
americamovil.com
5.159,9
6
3.157,3
17,5
10,7
2,3
6.930
Não
E
1.123,8
4,7
br.com.br
7
28.208,0
N.D.
-
-
-
53.075
Não
P
-
-
techint.com
8
11.569,0
3.450,2
4,8
1,4
0,8
13.000
Não
E
12.126,5
61,6
56.950,1
30.196,4
-4,7
-2,5
-7,2
82.012
Não
E
-
-
25.267,7
8.629,2
19,5
6,7
9,4
42.133
Sim
P
1.962,6
10,9
8.564,2
5.369,7
19,8
12,4
6,0
170.014
Sim
P*
-
-
45.083,9
13.785,8
1,2
0,4
0,9
67.800
Sim
P
17.500,0
17.799,4
945,0
-37,9
-2,0
-2,4
94.000
Não
P
21.629,1
15.374,9
33,6
23,9
34,3
6.776
Sim
E
56.909,1
10.239,8
-
-
-
60.000
Não
P
13.706,7
3.875,7
40,4
11,4
10,9
19.300
Não
E
6.887,6
2.624,9
0,4
0,2
0,1
60.000
Sim
P
1.265,5
9,7
59.073,1
36.636,0
7,2
4,4
20,4
23.522
Sim
E
-
-
11.855,9
7.656,3
7,9
5,1
4,7
14.792
Sim
P
104,9
0,8
empresascopec.cl
20
4.872,1
261,3
-366,5
-19,7
-7,9
3.382
Não
E
728,6
6,0
enap.cl
21
13.377,2
4.975,3
9,7
3,6
4,0
122.981
Sim
P
4.205,0
34,6
femsa.com
22
15.100,7
8.176,6
26,0
14,1
17,5
23.530
Sim
P
-
-
tenaris.com
23
4.136,6
1.989,8
8,4
4,0
1,4
9.469
Sim
P
-
-
ultra.com.br
24
N.D.
N.D.
-
-
-
12.669
Não
P*
-
-
gm.com.mx
25
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
SITE (www.)
RK 2008
pemex.com.mx
9
cfe.gob.mx
10
gerdau.com.br
11
walmartmexico.com.mx
12
99,5
cemex.com
13
6.129,8
40,3
odebrecht.com.br
14
4.218,1
28,0
ecopetrol.com.co
15
1.023,4
6,8
votorantim.com
16
13.772,7
95,5
codelco.cl
17
friboi.com.br
18
eletrobras.gov.br
19
N.D.
-
-
-
75.800
Não
P*
-
-
telefonica.com.br
26
4.592,3
110,5
84,8
46,6
N.D.
Não
E
6.914,6
63,6
petroecuador.com.ec
27
6.599,6
1.713,2
-
-
-
22.018
Não
P*
2.001,9
18,7
volkswagen.com.br
28
22.888,9
5.876,9
15,4
4,0
8,6
12.733
Sim
P*
-
-
enersis.cl
29
N.D.
N.D.
-
-
-
8.889
Não
P*
-
-
nissan.com.mx
30
11.262,0
5.866,3
17,9
9,3
10,4
8.476
Sim
P*
-
-
ypf.com.ar
31
N.D.
N.D.
-
-
46,2
14.500
Não
P
-
-
telcel.com.mx
32
8.773,6
3.705,0
6,9
2,9
2,6
96.000
Sim
P
-
-
cencosud.cl
33
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
E
-
-
pequiven.com
34
N.D.
N.D.
-
-
-
67.900
Não
P*
-
-
carrefour.com.br
35
1.959,3
1.095,2
12,5
7,0
1,4
2.083
Não
P
-
-
ipiranga.com.br
36
4.270,4
934,2
0,1
0,0
0,0
5.389
Não
P*
5.023,4
52,8
bunge.com.br
37
4.018,8
923,3
-22,7
-5,2
-2,3
1.630
Não
P*
1.320,4
14,4
shell.com.br
38
N.D.
N.D.
-
-
-
11.100
Não
P*
5.762,6
63,2
chryslerdemexico.com.mx
39
13.527,9
2.843,3
51,3
10,8
16,3
80.000
Sim
P
-
-
telmex.com.mx
40
15.947,8
7.393,3
17,7
8,2
14,6
39.300
Sim
P*
-
-
ambev.com.br
41
14.537,4
6.714,5
9,1
4,2
7,2
18.780
Sim
P*
2.679,1
31,6
arcelormittal.com.br
42
10.671,1
5.561,4
15,7
8,2
10,3
16.000
Não
P
-
-
ternium.com
43
8.022,4
2.136,4
-32,2
-8,6
-8,2
50.992
Sim
P
4.546,9
54,1
alfa.com.mx
44
N.D.
N.D.
-
-
-
21.000
Não
P*
1.571,0
18,9
chevrolet.com.br
45
N.D.
N.D.
-
-
-
15.000
Sim
P*
5.948,6
73,1
vw.com.mx
46
17.571,7
4.104,0
12,0
2,8
6,2
10.982
Sim
P
-
-
telemar.com.br
47
N.D.
N.D.
-
-
-
39.000
Não
P
-
-
bal.com.mx
48
3.152,6
602,4
133,1
25,4
10,1
14.097
Não
P*
1.030,6
13,0
fiat.com.br
49
N.D.
N.D.
-
-
46,0
3.100
Não
P*
7.436,5
95,8
mineraescondida.cl
50
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 89
1 - 50
N.D. 5.982,3
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
RK RK 2008 2007
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
126.364,0
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
3 PDVSA (1)
VEN Petróleo/Gás
97.118,0
30,1
9.413,0
6.273,0
50,1
9.356,0
6.172,0
51,6
2
1 PEMEX (1)
MÉX Petróleo/Gás
96.074,5 104.368,6
-7,9
-7.906,2
-1.677,2
-371,4
47.776,4
61.035,4
-21,7
3
2 PETROBRAS (1)
BRA Petróleo/Gás
92.049,0
96.300,9
-4,4
14.115,4
12.144,6
16,2
26.601,7
27.232,9
-2,3
4
4 PEMEX REFINACIÓN
MÉX Petróleo/Gás
39.733,9
43.494,0
-8,6
-8.669,9
-4.218,0
-105,5
-19.617,7
-9.239,3
-112,3
5
5 VALE
BRA Mineração
30.184,4
36.562,7
-17,4
9.105,5
11.294,3
-19,4
13.912,0
18.904,1
-26,4
6
6 AMÉRICA MÓVIL (1)
MÉX Telecomunicações
24.988,6
28.544,2
-12,5
4.345,7
5.367,3
-19,0
10.008,4
11.613,7
-13,8
7
8 PETROBRAS DISTRIBUIDORA (15)
17,6
BRA Petróleo/Gás
23.930,9
20.721,9
15,5
551,6
474,0
16,4
820,3
697,7
8
12 TECHINT (1)
ARG Siderurgia/Metalurgia
22.000,0
22.087,0
-0,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
9
11 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA
MÉX Petroquímica
19.675,5
20.514,0
-4,1
164,3
455,0
-63,9
248,8
986,2
-74,8
MÉX Energia elétrica
19.570,0
20.665,9
-5,3
-1.415,8
-682,7
-107,4
N.D.
617,8
-
11
15 GERDAU (1)
BRA Siderurgia/Metalurgia
17.932,3
17.283,1
3,8
1.686,1
2.005,7
-15,9
4.236,7
3.461,1
22,4
12
10 WAL-MART DE MÉXICO (1)
MÉX Comércio
17.705,9
20.610,3
-14,1
1.060,8
1.303,5
-18,6
1.726,9
2.051,9
-15,8
MÉX Cimento
17.581,8
21.681,5
-18,9
164,7
2.391,8
-93,1
3.524,1
4.591,1
-23,2
13
9 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
7 CEMEX (1)
14
16 ODEBRECHT (1)
BRA Multissetor
15.193,5
14.885,0
2,1
-357,8
254,0
-240,8
2.005,6
2.083,0
-3,7
15
29 ECOPETROL
COL Petróleo/Gás
15.053,9
10.924,7
37,8
5.164,8
2.533,9
103,8
6.554,5
7.128,0
-8,0
16
13 GRUPO VOTORANTIM (1)
BRA Multissetor
15.011,9
17.144,6
-12,4
N.D.
2.708,5
-
N.D.
N.D.
-
17
14 CODELCO
CHI Mineração
14.424,8
16.988,2
-15,1
1.566,8
2.981,6
-47,5
N.D.
3.816,2
-
18
50 JBS FRIBOI
BRA Agroindústria
12.982,6
7.983,7
62,6
11,1
-93,2
111,9
479,4
295,8
62,1
19
19 ELETROBRÁS
BRA Energia elétrica
12.865,4
12.676,3
1,5
2.625,8
873,9
200,5
3.356,1
2.563,9
30,9
20
20 EMPRESAS COPEC (1)
CHI Multissetor
12.818,2
12.331,8
3,9
603,1
1.014,4
-40,5
1.394,2
1.726,8
-19,3
21
40 ENAP
CHI Petróleo/Gás
12.185,2
9.019,3
35,1
-957,8
199,1
-581,1
N.D.
429,4
-
22
18 FEMSA (1)
MÉX Bebidas
12.146,9
13.517,8
-10,1
484,9
779,7
-37,8
2.223,2
2.562,4
-13,2
23
34 TENARIS (8)
ARG Siderurgia/Metalurgia
12.131,8
10.042,0
20,8
2.124,8
2.076,1
2,3
3.560,8
3.472,0
2,6
24
26 GRUPO ULTRA (1)
BRA Petróleo/Gás
12.095,8
11.246,7
7,5
167,0
102,7
62,6
465,9
444,2
4,9
25
27 GENERAL MOTORS DE MÉXICO (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
12.027,0
11.216,1
7,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
26
25 TELEFÔNICA
BRA Telecomunicações
11.962,3
11.261,5
6,2
N.D.
N.D.
-
4.669,0
4.498,7
3,8
27
53 PETROECUADOR
EQU Petróleo/Gás
10.878,4
7.700,4
41,3
5.072,4
2.969,5
70,8
N.D.
3.331,9
-
28
22 VOLKSWAGEN
BRA Automotivo/Autopeças
10.702,8
11.949,7
-10,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
29
38 ENERSIS
CHI Energia elétrica
10.570,9
9.452,4
11,8
907,4
379,9
138,9
4.045,3
3.390,3
19,3
30
32 NISSAN MEXICANA (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
10.529,1
10.124,2
4,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
31
39 YPF
ARG Petróleo/Gás
10.050,4
9.181,1
9,5
1.049,0
1.289,0
-18,6
3.296,8
3.405,7
-3,2
32
24 TELCEL
MÉX Telecomunicações
9.816,7
11.628,8
-15,6
4.532,5
N.D.
-
5.144,6
6.196,8
-17,0
33
54 CENCOSUD (1)
CHI Comércio
9.745,8
7.623,2
27,8
254,5
423,8
-39,9
709,8
656,8
8,1
VEN Petroquímica
9.690,0
6.500,0
49,1
N.D.
240,5
-
N.D.
N.D.
-
34
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
PAÍS
1
10
1 - 50
EMPRESA
147 PEQUIVEN
35
47 CARREFOUR
BRA Comércio
9.614,9
8.254,1
16,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
36
23 CIA. BRA. DE PETRÓLEO IPIRANGA
BRA Petróleo/Gás
9.605,6
11.753,0
-18,3
137,2
214,7
-36,1
258,1
235,6
9,6
37
41 BUNGE ALIMENTOS
BRA Agroindústria
9.521,1
8.780,1
8,4
0,9
-19,3
104,7
415,4
91,0
356,5
38
30 SHELL
BRA Petróleo/Gás
9.185,7
10.277,0
-10,6
-209,9
69,6
-401,5
337,8
281,1
20,2
39
37 CHRYSLER (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
9.120,0
9.753,3
-6,5
N.D.
700,6
-
N.D.
542,2
-
40
21 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX Telecomunicações
8.972,0
11.979,8
-25,1
1.458,7
3.250,8
-55,1
4.171,9
5.708,3
-26,9
41
28 AMBEV
BRA Bebidas
8.942,9
11.092,5
-19,4
1.309,1
1.590,0
-17,7
3.869,7
4.902,9
-21,1
42
43 GRUPO ARCELORMITTAL
BRA Siderurgia/Metalurgia
8.489,9
8.665,6
-2,0
609,9
1.709,3
-64,3
2.716,7
2.992,1
-9,2
43
48 TERNIUM (8)
ARG Siderurgia/Metalurgia
8.464,8
5.633,3
50,3
875,2
995,8
-12,1
N.D.
2.152,3
-
44
36 GRUPO ALFA (1)
MÉX Multissetor
8.399,8
9.787,1
-14,2
-687,7
325,3
-311,4
757,5
980,0
-22,7
45
68 GENERAL MOTORS
BRA Automotivo/Autopeças
8.329,0
6.477,0
28,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
46
42 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
8.140,0
8.673,0
-6,1
N.D.
-93,3
-
N.D.
401,3
-
47
31 TELEMAR
BRA Telecomunicações
8.017,1
9.934,6
-19,3
493,9
1.309,5
-62,3
2.596,5
3.681,9
-29,5
48
52 GRUPO BAL (1) (2)
MÉX Multissetor
7.930,0
7.773,6
2,0
N.D.
528,0
-
N.D.
N.D.
-
49
49 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA Automotivo/Autopeças
7.897,9
8.173,2
-3,4
801,6
N.D.
-
1.257,0
1.560,8
-19,5
50
33 ESCONDIDA
CHI Mineração
7.760,2
10.289,7
-24,6
3.570,3
6.467,0
-44,8
4.619,6
8.367,7
-44,8
(3)
(Notas na pág. 87)
88 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
LAN O AUMENTO LAN AUM DE 30,1% EM SUAS VENDAS A TRANSFORMOU NA MAIOR COMPANHIA AÉREA DA AAMÉRICA LATINA E NA QUE MAIS GANHA: US$ 339,7 MILHÕES DE LUCRO.
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
5.795,5
2.314,0
4,8
1,9
1,4
70.656
Sim
P
-
-
9.714,1
1.574,6
-67,7
-11,0
-13,9
4.300
Sim
P
1.223,8
15,9
N.D.
N.D.
-
-
-
70.000
Não
P*
-
-
6.141,5
1.074,1
23,5
4,1
3,6
81.991
Não
P
551,3
7,8
SITE (www.)
RK 2008
grupopaodeacucar.com.br
51
braskem.com.br
52
wal-martbrasil.com
53
odebrecht.com
54
2.106,0
5,9
2,6
1,8
44.000
Sim
P
-
-
soriana.com.mx
55
122,2
-134,2
-6,6
-2,4
26.622
Não
P*
2.205,2
32,2
cargill.com.br
56
8.554,6
4.298,5
24,1
12,1
15,1
6.057
Sim
P*
-
-
telesp.com.br
57
N.D.
N.D.
-
-
-
59.500
Não
P
-
-
camargocorrea.com.br
58
11.801,5
6.430,9
21,5
11,7
20,5
29.784
Sim
P
450,9
6,7
usiminas.com.br
59
10.177,6
3.537,7
4,7
1,6
2,5
8.386
Sim
P*
-
-
vivo.com.br
60
N.D.
N.D.
-
-
-
38.000
Não
P*
-
-
coca-cola.com
61
7.081,7
4.042,1
10,0
5,7
6,7
68.065
Sim
P
-
-
cocacola-femsa.com.mx
62
13.477,7
2.850,9
86,7
18,3
41,2
16.200
Sim
P
538,4
9,0
csn.com.br
63
N.D.
N.D.
-
-
-
60.038
Não
P*
-
-
N.D.
N.D.
-
-
-
4.400
Não
P*
5.671,7
95,0
4.229,5
2.477,0
12,6
7,4
5,2
81.320
Sim
P
1.959,4
32,9
7.025,2
2.786,6
11,5
4,6
5,4
67.271
Sim
P
3,7
0,1
N.D.
N.D.
-
-
-
58.000
Não
P
-
N.D.
N.D.
-
-
-
5.300
Não
P*
-
7.050,0
1.742,9
-77,7
-19,2
-23,3
N.D.
Não
E
1.856,0
31,9
N.D.
N.D.
-
-
-
5.750
Não
P*
-
-
hp.com.mx
71
6.948,9
3.333,5
2,3
1,1
1,4
10.296
Não
P*
-
-
timbrasil.com.br
72
walmartmexico.com.mx
64
cargill.com.ar
65
grupobimbo.com.mx
66
falabella.cl
67
-
casasbahia.com.br
68
-
ford.com.mx
69
pemex.com.mx
70
9.607,5
5.624,1
7,1
4,2
7,3
N.D.
Sim
P
-
-
telmexinternacional.com
73
7.640,7
4.469,2
14,6
8,5
12,0
38.402
Sim
P
2.298,1
42,2
gmodelo.com.mx
74
6.585,9
3.314,3
14,3
7,2
8,7
81.000
Sim
P
884,9
16,3
gcarso.com.mx
75
N.D.
N.D.
-
-
-
17.670
Não
P*
347,5
6,5
nestle.com.br
76
N.D.
N.D.
-
-
-
10.200
Não
P*
1.341,1
25,1
ford.com.br
77
9.199,5
2.554,8
7,2
2,0
3,7
23.509
Sim
P
5.020,0
99,9
embraer.com.br
78
N.D.
N.D.
-
-
-
47.060
Não
P*
-
-
walmartmexico.com.mx
79
1.884,1
833,9
-4,7
-2,1
-0,8
7.187
Sim
P
50,0
1,0
7.303,6
3.190,3
13,1
5,7
8,5
8.700
Não
P*
-
-
csav.cl
80
claro.com.br
81
4.800,8
1.758,9
1,3
0,5
0,5
58.000
Sim
P
1.841,3
37,8
perdigao.com.br
82
7.561,1
2.670,5
16,5
5,8
9,1
5.217
Sim
P*
-
-
brasiltelecom.com.br
83
N.D.
N.D.
-
-
-
23.039
Não
P*
-
-
sams.com.mx
84
8.828,4
4.351,2
24,7
12,2
23,0
19.230
Sim
P
3.255,2
69,5
gmexico.com
85
10.415,7
4.001,6
20,2
7,8
17,3
11.000
Sim
P*
-
-
cemig.com.br
86
4.718,6
809,9
11,7
2,0
2,0
N.D.
Sim
P
863,0
18,6
grupoimsa.com
87
5.534,6
2.059,4
33,0
12,3
14,8
N.D.
Sim
P
-
-
cantv.com.ve
88
5.844,7
175,8
-604,8
-18,2
-23,2
52.000
Sim
P
2.424,2
52,8
sadia.com.br
89
4.962,1
1.131,0
30,0
6,8
7,4
15.797
Sim
P
333,9
7,3
lan.com
90
5.658,5
268,8
-216,5
-10,3
-12,8
24.315
Sim
P
-
-
tam.com.br
91
N.D.
N.D.
-
-
-
45.000
Não
P
-
-
gruposalinas.com.mx
92
2.907,5
1.328,5
25,8
11,8
7,7
112.000
Não
E
-
-
correios.com.br
93
6.665,7
2.578,4
8,7
3,4
5,1
5.000
Sim
P*
-
-
pecom.com.ar
94
N.D.
N.D.
-
-
-
2.000
Não
P*
427,3
10,0
esso.com.br
95
2.487,8
99,4
-612,0
-24,5
-14,3
832
Não
P
528,2
12,5
refap.com.br
96
N.D.
N.D.
-
-
-
1.100
Não
P*
3.771,0
90,0
bungeargentina.com
97
6.497,8
3.572,2
7,3
4,0
6,3
16.288
Sim
P*
-
-
embratel.com.br
98
6.950,4
2.147,5
25,4
7,9
13,1
7.200
Sim
P
-
-
cpfl.com.br
99
4.222,5
2.359,6
26,3
14,7
15,5
N.D.
Não
P
482,5
12,1
gerdau.com.br
100
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 91
51 - 100
4.799,4 2.490,5
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
51 - 100
RK RK 2008 2007
PAÍS
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
51
45 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR (1)
BRA Comércio
7.716,4
8.413,5
-8,3
111,4
119,1
-6,5
561,2
579,2
-3,1
52
35 BRASKEM
BRA Petroquímica
7.684,9
9.981,0
-23,0
-1.066,4
309,1
-445,0
1.052,1
1.672,3
-37,1
53
44 WAL-MART (3)
BRA Comércio
7.252,9
8.456,3
-14,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
54
92 NORBERTO ODEBRECHT
BRA Construção
7.092,2
4.827,0
46,9
252,0
253,5
-0,6
989,9
497,6
98,9
55
73 ORGANIZACIÓN SORIANA
MÉX Comércio
6.912,6
5.972,2
15,7
124,6
287,2
-56,6
439,8
497,4
-11,6
56
58 CARGILL
BRA Agroindústria
6.853,9
7.146,5
-4,1
-164,0
-79,5
-106,3
N.D.
N.D.
-
57
46 TELESP
BRA Telecomunicações
6.837,4
8.314,5
-17,8
1.035,5
1.334,0
-22,4
2.780,0
3.509,9
-20,8
58
74 GRUPO CAMARGO CORRÊA (1) (2)(3)
BRA Multissetor
6.791,0
5.955,6
14,0
N.D.
677,0
-
N.D.
1.077,2
-
59
51 USIMINAS
BRA Siderurgia/Metalurgia
6.720,8
7.804,9
-13,9
1.379,7
1.790,7
-23,0
2.503,7
2.914,9
-14,1
60
59 VIVO
BRA Telecomunicações
6.619,5
7.052,7
-6,1
166,7
-56,1
397,1
1.935,7
1.706,6
13,4
61
64 COCA-COLA (3)
BRA Bebidas
6.418,5
6.764,0
-5,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
62
70 COCA-COLA FEMSA
MÉX Bebidas
5.998,6
6.344,2
-5,4
404,7
632,9
-36,1
1.237,5
1.322,3
-6,4
63
69 CSN
BRA Siderurgia/Metalurgia
5.991,8
6.459,1
-7,2
2.470,8
1.649,8
49,8
4.470,3
2.663,5
67,8
64
65 BODEGA AURRERÁ (9)
MÉX Comércio
5.975,4
6.742,0
-11,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
65
94 CARGILL
ARG Agroindústria
5.970,2
4.721,9
26,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
66
67 GRUPO BIMBO
MÉX Alimentos
5.951,0
6.723,8
-11,5
312,3
354,8
-12,0
710,6
801,0
-11,3
67
78 FALABELLA (1)
CHI Comércio
5.924,5
5.718,6
3,6
321,1
437,8
-26,7
689,3
742,1
-7,1
68
55 CASAS BAHIA (3)
BRA Comércio
5.896,4
7.327,7
-19,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
69
56 FORD MOTOR COMPANY (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
5.885,4
7.303,0
-19,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
70
83 PEMEX PETROQUÍMICA
MÉX Petroquímica
5.809,5
5.305,0
9,5
-1.354,9
-1.358,0
0,2
-1.323,8
-1.192,2
-11,0
71
88 HEWLETT - PACKARD MÉXICO
MÉX Eletrônica
5.704,8
5.052,1
12,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
72
61 TIM PARTICIPAÇÕES (1)
BRA Telecomunicações
5.597,3
7.029,2
-20,4
77,1
38,6
99,7
1.240,7
1.621,4
-23,5
73 74
- TELMEX INTERNACIONAL (12)
MÉX Telecomunicações
5.494,6
N.D.
-
400,2
N.D.
-
1.293,4
N.D.
-
66 GRUPO MODELO
MÉX Bebidas
5.448,2
6.678,0
-18,4
651,7
870,6
-25,1
1.646,8
2.193,2
-24,9 -40,5
75
62 GRUPO CARSO (1)
MÉX Multissetor
5.430,0
6.868,4
-20,9
473,2
1.782,7
-73,5
628,0
1.056,0
76
60 NESTLÉ
BRA Alimentos
5.369,4
7.045,8
-23,8
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
77
76 FORD (2)
BRA Automotivo/Autopeças
5.350,3
5.770,4
-7,3
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
78
79 EMBRAER
BRA Aeroespacial
5.026,4
5.636,2
-10,8
183,5
370,9
-50,5
641,8
501,6
28,0
79
81 WAL-MART SUPERCENTER (9)
MÉX Comércio
4.987,6
5.583,8
-10,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
80
105 SUDAMERICANA DE VAPORES
CHI Transporte/Logística
4.943,9
4.150,3
19,1
-39,1
116,9
-133,4
-97,2
93,3
-204,2 -17,5
81 82
80 CLARO TELECOM 119 PERDIGÃO
BRA Telecomunicações
4.932,6
4.732,0
4,2
418,0
N.D.
-
1.165,6
1.413,0
BRA Alimentos
4.875,1
3.744,9
30,2
23,3
181,4
-87,2
469,3
453,2
3,6
440,7
450,1
-2,1
1.677,0
2.153,4
-22,1
83
71 BRASIL TELECOM (1)
BRA Telecomunicações
4.833,9
6.243,2
-22,6
84
77 SAM’S CLUB (9)
MÉX Comércio
4.789,3
5.733,8
-16,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
85
57 GRUPO MÉXICO
MÉX Mineração
4.681,7
7.282,2
-35,7
1.075,5
1.681,7
-36,0
2.413,1
4.501,8
-46,4
86
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
EMPRESA
75 CEMIG
87
185 GRUPO IMSA (AÇO)
88
111 CANTV
89
91 SADIA
BRA Energia Elétrica
4.660,0
5.784,4
-19,4
807,5
979,8
-17,6
1.754,2
2.299,3
-23,7
MÉX Siderurgia/Metalurgia
4.646,1
2.453,4
89,4
95,0
120,8
-21,4
759,4
271,9
179,3
VEN Telecomunicações
4.594,3
3.869,6
18,7
679,6
476,2
42,7
493,9
790,9
-37,6
BRA Alimentos
4.590,8
4.868,3
-5,7
-1.063,3
389,0
-373,3
485,5
562,7
-13,7
90
124 LAN
CHI Transporte/Logística
4.587,2
3.524,9
30,1
339,7
308,3
10,2
727,3
563,6
29,0
91
96 TAM
BRA Transporte/Logística
4.532,3
4.601,8
-1,5
-582,0
72,8
-899,5
508,8
188,6
169,8
92
87 GRUPO SALINAS (1)
MÉX Multissetor
4.463,2
5.185,9
-13,9
N.D.
N.D.
-
906,4
1.118,3
-19,0
93
84 CORREIOS E TELÉGRAFOS
BRA Serviços Gerais
4.449,2
5.251,2
-15,3
342,8
467,4
-26,7
N.D.
N.D.
-
ARG Petróleo/Gás
4.373,2
4.245,4
3,0
223,6
240,4
-7,0
925,6
868,5
6,6
94
101 PETROBRAS ENERGÍA (15)
95
86 ESSO (2)
BRA Petróleo/Gás
4.279,0
5.197,0
-17,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
96
93 REFAP - ALBERTO PASQUALINI
BRA Petróleo/Gás
4.242,3
4.726,3
-10,2
-608,4
69,7
-973,3
-175,9
259,9
-167,7
97 98 99 100
172 BUNGE
ARG Agroindústria
4.190,0
2.900,0
44,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
90 EMBRATEL
BRA Telecomunicações
4.183,7
4.869,2
-14,1
262,2
474,7
-44,8
1.042,2
1.222,3
-14,7
82 CPFL ENERGiA
BRA Energia Elétrica
4.153,1
5.312,2
-21,8
545,9
927,8
-41,2
1.241,3
2.015,3
-38,4
BRA Siderurgia/Metalurgia
4.003,1
4.212,8
-5,0
621,6
527,1
17,9
N.D.
N.D.
-
102 GERDAU AÇOS LONGOS
(Notas na pág. 87)
90 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
GENERAL ELECTRIC BRASIL É UM EXEMPLO DE QUE AS MULTINACIONAIS ENCONTRAM NA AMÉRICA LATINA O CRESCIMENTO QUE NÃO REGISTRAM NO RESTO DO MUNDO.
JEFFREY IMMELT, CEO DA GE
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
SITE (www.)
RK 2008
N.D.
N.D.
-
-
-
2.250
Não
P
-
-
penoles.com.mx
101
885,2
221,2
-35,8
-8,9
-2,0
N.D.
Sim
P*
824,4
20,7
relapasa.com.pe
102
11.353,1
3.758,5
18,7
6,2
17,8
2.240
Sim
P*
-
-
endesa.cl
103
N.D.
N.D.
-
-
-
22.350
Não
P
2.925,8
74,1
mabe.com.mx
104
N.D.
N.D.
-
-
-
6.700
Não
P*
-
-
movistar.com.ve
105
N.D.
N.D.
-
-
-
26.292
Não
P
-
-
extra.com.br
106
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
cemexmexico.com
107
3.659,0
1.077,5
-49,3
-14,5
-13,8
40.500
Sim
P
-
-
comercialmexicana.com
108
3.810,7
1.895,1
25,8
12,8
12,8
7.870
Sim
P
2.778,1
72,5
penoles.com.mx
109
2.890,0
1.701,0
5,5
3,2
2,5
4.087
Não
P
1.957,6
52,6
alfa.com.mx
110
8.853,8
5.623,2
8,5
5,4
13,0
36.000
Não
P
1.573,7
42,7
celarauco.cl
111
9.821,5
6.465,9
21,5
14,2
38,1
8.000
Não
P
-
-
usiminas.com.br
112
7.790,4
1.482,3
18,2
3,5
7,5
N.D.
Sim
P
-
-
energiapaulista.com.br
113
8.883,8
3.039,4
18,6
6,4
16,3
17.810
Sim
P
419,6
12,1
20.060,6
100,0
881,9
4,4
25,8
1.500
Não
E
-
televisa.com.mx
114
-
itaipu.gov.br
115
N.D.
-
17,9
6,5
18.531
Não
P
-
-
oxxo.com.mx
116
2.830,6
1.014,6
8,0
2,9
2,4
3.800
Não
P*
136,0
4,0
bunge.com.br
117
2.690,2
989,0
3,4
1,2
1,0
34.891
Sim
P
-
-
dys.cl
118
7.954,9
6.432,6
26,5
21,5
50,6
1.755
Sim
P
-
-
antofagasta.co.uk
119
N.D.
N.D.
-
-
-
6.490
Não
P*
-
-
ge.com.br
120
9.973,4
-658,1
-
-14,3
-42,6
43.500
Não
E
-
-
lfc.gob.mx
121
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
jumbo.com.ar
122
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
pepsico.com
123
3.784,4
2.182,3
11,7
6,7
7,8
3.100
Sim
P
-
-
liverpool.com.mx
124
3.517,7
1.433,0
14,8
6,0
6,5
12.000
Não
P
-
-
globopar.com.br
125
3.210,3
398,4
-223,0
-27,7
-27,4
17.300
Sim
P
-
-
gruma.com
126
5.372,9
1.411,6
31,1
8,2
13,6
4.224
Sim
P*
-
-
eletropaulo.com.br
127
2.646,5
1.512,7
4,5
2,6
2,2
N.D.
Sim
P
-
-
exito.com.co
128
N.D.
N.D.
-
-
-
12.052
Não
P*
-
-
carrefour.com.ar
129
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
141,7
4,6
//br.lge.com
130
N.D.
N.D.
-
-
-
61.000
Não
P*
-
-
delphi.com
131
4.756,7
N.D.
-
8,2
12,7
25.991
Não
P
281,7
9,2
ccm.com.mx
132
2.780,7
1.158,5
23,9
10,0
9,1
15.621
Sim
P*
-
-
telecom.com.ar
133
7.422,8
2.381,9
28,5
9,1
22,2
37.121
Sim
P
375,9
12,3
elektra.com.mx
134
N.D.
N.D.
-
-
-
15.000
Não
P*
-
-
sanmina-sci.com
135
N.D.
N.D.
-
-
-
2.600
Não
P*
285,8
9,4
honda.com.br
136
N.D.
N.D.
-
-
-
30.000
Não
P
-
-
lala.com.mx
137
2.814,7
137,6
36,3
1,8
1,7
13.459
Sim
P
-
-
americanas.com.br
138
7.655,9
5.166,9
4,0
2,7
6,9
12.567
Sim
P
1.584,5
53,2
cmpc.cl
139
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
flextronics.com
140
4.790,1
1.243,8
13,6
3,5
5,8
6.224
Sim
P
-
-
cge.cl
141
N.D.
N.D.
-
-
-
6.500
Não
P*
-
-
nestle.com.mx
142
N.D.
N.D.
-
-
-
8.420
Não
P
-
-
mineramexico.com
143
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
2.846,1
100,0
antamina.com
144
2.577,9
1.546,9
12,1
7,3
6,6
5.315
Sim
P
-
-
industriasch.com.mx
145
4.565,2
1.357,3
-22,7
-6,8
-10,9
35.000
Não
P
1.204,6
42,5
bertin.com.br
146
4.145,6
2.191,1
23,3
12,3
18,0
5.500
Não
P*
636,9
22,5
cosipa.com.br
147
1.069,3
528,8
10,4
5,1
1,9
1.050
Não
P
-
-
terpel.com
148
1.381,5
1.155,4
-1,2
-1,0
-0,5
N.D.
Não
E
-
-
reficar.com.co
149
2.820,8
558,0
-106,2
-21,0
-21,6
16.000
Sim
P
-
-
voegol.com.br
150
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 93
101 - 150
1.247,1
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
RK RK 2008 2007
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
PAÍS
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
151
130 SABESP
BRA Serviços básicos
2.717,9
3.370,9
-19,4
431,4
592,1
-27,1
1.168,9
1.523,7
152
223 VOLVO (2)
BRA Automotivo/Autopeças
2.713,4
2.029,2
33,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
PER Mineração
2.711,5
3.178,9
-14,7
1.092,4
1.409,3
-22,5
1.611,2
2.241,8
-28,1 -
153
151 - 200
EMPRESA
72 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
-23,3
154
210 RECOPE (2)
C.RI Petróleo/Gás
2.706,8
2.189,4
23,6
107,2
88,4
21,3
N.D.
N.D.
155
218 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA (2)
BRA Eletrônica
2.699,0
2.100,0
28,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
156
132 NEOENERGIA
BRA Energia elétrica
2.691,9
3.354,3
-19,7
630,8
756,5
-16,6
1.117,1
1.545,9
-27,7
157
143 PETROPERÚ
PER Petróleo/Gás
2.664,3
2.489,7
7,0
91,3
109,8
-16,9
N.D.
N.D.
-
158
241 MARFRIG
BRA Agroindústria
2.654,6
1.885,6
40,8
-15,2
48,0
-131,7
378,4
214,7
76,2
159
139 COLLAHUASI
CHI Mineração
2.650,3
3.228,3
-17,9
1.146,5
1.824,9
-37,2
1.410,0
2.411,3
-41,5
160
364 NOKIA
BRA Eletrônica
2.647,0
1.850,0
43,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
161
129 ARCELORMITTAL TUBARÃO
BRA Siderurgia/Metalurgia
2.634,3
3.373,3
-21,9
496,3
1.015,6
-51,1
N.D.
N.D.
-
162
154 ALMACENES COPPEL
MÉX Comércio
2.632,9
2.913,3
-9,6
257,3
250,8
2,6
433,1
389,4
11,2
163
183 ALTOS HORNOS DE MÉXICO
MÉX Siderurgia/Metalurgia
2.581,5
2.508,1
2,9
354,2
181,3
95,4
808,4
549,4
47,1
164
168 COMCEL (7)
COL Telecomunicações
2.580,6
2.700,8
-4,5
483,8
366,7
31,9
1.185,1
1.315,4
-9,9
165
179 AEROP. Y SERV. AUXILIARES
MÉX Serviços gerais
2.576,1
2.528,0
1,9
-6,2
48,1
-112,9
-8,4
65,2
-112,9
166
190 GENERAL ELECTRIC
MÉX Eletrônica
2.569,0
2.388,0
7,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
167
137 VOTORANTIM CIMENTOS
BRA Cimento
2.567,8
3.257,4
-21,2
234,3
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
168
206 GRUPO SIMEC
MÉX Siderurgia/Metalurgia
2.543,8
2.208,4
15,2
145,2
140,1
3,6
293,0
246,4
18,9
169
144 WHIRLPOOL
BRA Eletrônica
2.535,1
3.151,7
-19,6
283,6
268,5
5,6
442,5
492,6
-10,2
170
317 ACEITERA GENERAL DEHEZA (2)
ARG Agroindústria
2.506,0
1.396,3
79,5
N.D.
28,5
-
N.D.
N.D.
-
171
171 MOLYMET
CHI Siderurgia/Metalurgia
2.505,9
2.653,3
-5,6
71,2
151,1
-52,9
161,3
233,4
-30,9 -
172
181 IUSA - INDUSTRIAS UNIDAS (2)
MÉX Manufatura
2.484,0
2.520,9
-1,5
N.D.
-48,0
-
N.D.
N.D.
173
160 FURNAS
BRA Energia elétrica
2.469,7
2.877,6
-14,2
194,5
381,3
-49,0
N.D.
N.D.
-
174
153 NEMAK (11)
MÉX Automotivo/Autopeças
2.379,4
2.961,1
-19,6
-298,9
105,0
-384,7
248,9
306,9
-18,9
175
481 CARBONES DEL CERREJÓN
COL Mineração
2.367,0
1.499,3
57,9
600,7
309,6
94,0
1.056,3
614,3
72,0
176
188 EXXONMOBIL
COL Petróleo/Gás
2.366,6
2.437,2
-2,9
25,4
17,4
46,0
N.D.
N.D.
-
177
267 GERDAU AÇOMINAS
BRA Siderurgia/Metalurgia
2.365,7
1.747,4
35,4
289,9
241,3
20,1
N.D.
N.D.
-
178
148 COPEL
BRA Energia elétrica
2.335,8
3.061,1
-23,7
461,6
624,7
-26,1
792,1
1.145,7
-30,9
179
162 GRUPO SANBORNS (6)
MÉX Comércio
2.335,5
2.843,8
-17,9
154,1
216,2
-28,7
317,1
444,8
-28,7
180
186 GRUPO BAVARIA
COL Bebidas
2.322,0
2.452,0
-5,3
266,8
339,8
-21,5
842,0
1.177,8
-28,5
181
224 SIDERAR
ARG Siderurgia/Metalurgia
2.320,3
2.021,0
14,8
393,9
427,9
-7,9
514,5
489,8
5,0
182
235 MOLINOS RÍO DE LA PLATA (1)
ARG Agroindústria
2.307,8
1.784,3
29,3
59,8
101,7
-41,2
190,6
181,6
5,0
183
163 LIGHT
BRA Energia elétrica
2.304,9
2.818,5
-18,2
417,0
608,2
-31,4
652,8
623,8
4,6
184
189 IBERDROLA DE MÉXICO (2)
MÉX Energia elétrica
2.300,0
2.428,9
-5,3
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
185
219 MOVISTAR
MÉX Telecomunicações
2.298,9
2.088,4
10,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
186
225 HEWLETT-PACKARD BRASIL (2)(3)
BRA Eletrônica
2.292,7
2.002,0
14,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
187
166 SOUZA CRUZ
BRA Agroindústria
2.268,1
2.736,3
-17,1
534,7
512,7
4,3
740,7
771,6
-4,0
188
215 MEXICHEM
MÉX Petroquímica
2.266,0
2.108,6
7,5
10,2
167,0
-93,9
381,0
398,9
-4,5
189
243 CATERPILLAR (2)
BRA Máquinas/Equip.
2.251,3
1.870,0
20,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
190
299 TELEFÓNICA DEL PERÚ
PER Telecomunicações
2.246,7
1.469,1
52,9
156,6
-30,3
616,8
877,8
454,5
93,1
191
120 GRUPO XIGNUX (1)
MÉX Multissetor
2.234,7
2.691,4
-17,0
24,3
96,2
-74,7
222,2
312,4
-28,9
192
226 MOVISTAR
ARG Telecomunicações
2.234,1
1.991,4
12,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
193
217 VOLKSWAGEN (2)
ARG Automotivo/Autopeças
2.233,4
2.101,0
6,3
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
194
202 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA Agroindústria
2.228,6
2.235,8
-0,3
27,7
269,8
-89,7
N.D.
N.D.
-
195
192 OI CELULAR
BRA Telecomunicações
2.228,3
2.364,0
-5,7
261,5
257,1
1,7
726,6
652,0
11,4
196
191 NACIONAL DE DROGAS (2)
MÉX Química/Farmácia
2.200,0
2.380,2
-7,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
197
159 GRUPO CONDUMEX (1) (6)
MÉX Manufatura
2.199,1
2.883,3
-23,7
58,6
250,0
-76,6
N.D.
N.D.
-
198
170 LOS PELAMBRES
CHI Mineração
2.170,3
2.656,8
-18,3
1.020,9
1.741,4
-41,4
1.426,6
2.171,8
-34,3
199
165 ENDESA BRASIL
BRA Energia elétrica
2.170,1
2.798,3
-22,4
244,0
323,0
-24,5
736,6
975,2
-24,5
200
245 NEXTEL DE MÉXICO
MÉX Telecomunicações
2.133,2
1.792,7
19,0
540,8
489,9
10,4
49,6
70,6
-29,7
(Notas na pág. 87)
94 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
MEXICHEM A PETROQUÍMICA MEXICANA MANTEVE A ONDA DE AQUISIÇÕES DOS ÚLTIMOS ANOS. CRESCEU 7,5% EM UM SETOR QUE DECLINOU.
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
SITE (www.)
RK 2008
4.489,7
9,6
4,9
15,9
16.941
Sim
E
-
-
sabesp.com.br
151
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
908,6
33,5
volvo.com.br
152
1.921,6
1.391,4
78,5
56,8
40,3
11.494
Sim
P*
2.700,0
99,6
southernperu.com
153
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
E
-
-
recope.go.cr
154
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
187,9
7,0
samsung.com.br
155
6.776,8
3.455,6
18,3
9,3
23,4
5.100
Não
P*
-
-
neoenergia.com
156
N.D.
389,0
23,5
-
3,4
1.754
Não
E
479,6
18,0
petroperu.com
157
3.917,5
1.168,1
-1,3
-0,4
-0,6
39.000
Sim
P
333,0
12,5
marfrig.com.br
158
2.991,2
1.662,7
69,0
38,3
43,3
N.D.
Não
P*
2.388,5
90,1
collahuasi.cl
159
N.D.
N.D.
-
-
-
8.557
Não
P*
457,6
17,3
nokia.com.br
160
N.D.
112,7
440,4
349,9
18,8
4.600
Não
P*
1.786,8
67,8
arcelormittal.com/br/tubarao
161
2.586,2
1.302,7
19,8
9,9
9,8
51.235
Sim
P
-
-
coppel.com.mx
162
3.816,2
1.347,9
26,3
9,3
13,7
19.031
Sim
P
-
-
ahmsa.com
163
3.343,6
1.856,9
26,1
14,5
18,7
3.459
Não
P*
-
-
comcel.com.co
164
965,0
504,3
-1,2
-0,6
-0,2
2.232
Não
E
-
-
asa.gob.mx
165
N.D.
N.D.
-
-
-
11.686
Não
P*
-
-
ge.com.mx
166
5.700,0
1.302,3
18,0
4,1
9,1
11.000
Não
P
-
-
votorantim-cimentos.com
167
2.206,8
1.343,3
10,8
6,6
5,7
4.500
Sim
P
-
-
gsimec.com.mx
168
1.645,7
672,8
42,2
17,2
11,2
12.000
Sim
P*
709,4
28,0
whirlpool.com.br
169
N.D.
N.D.
-
-
-
2.109
Não
P
1.225,0
48,9
agd.com.ar
170
1.162,6
497,9
14,3
6,1
2,8
1.300
Sim
P
1.687,0
67,3
molymet.cl
171
N.D.
N.D.
-
-
-
8.500
Não
P
-
-
grupo-iusa.com
172
8.681,8
5.854,3
3,3
2,2
7,9
4.724
Não
E
-
-
furnas.com.br
173
3.158,7
993,3
-30,1
-9,5
-12,6
15.000
Não
P
2.199,9
92,5
alfa.com.mx
174
1.813,3
1.299,3
46,2
33,1
25,4
4.970
Não
P
2.175,2
91,9
cerrejoncoal.com
175
492,9
210,0
12,1
5,2
1,1
N.D.
Não
P*
-
-
exxon.com
176
N.D.
N.D.
-
-
12,3
5.650
Não
P
1.480,1
62,6
acominas.com.br
177
5.671,2
3.445,9
13,4
8,1
19,8
8.518
Sim
E
-
-
copel.com.br
178
N.D.
N.D.
-
-
6,6
38.500
Não
P
-
-
sanborns.com.mx
179
4.638,9
2.237,8
11,9
5,8
11,5
8.647
Não
P*
34,3
1,5
bavaria.com.co
180
2.814,1
2.076,0
19,0
14,0
17,0
5.364
Sim
P
-
-
siderar.com.ar
181
1.068,4
337,3
17,7
5,6
2,6
3.647
Sim
P
-
-
molinos.com.ar
182
4.048,8
1.199,7
34,8
10,3
18,1
3.732
Sim
P*
-
-
light.com.br
183
N.D.
N.D.
-
-
-
500
Não
P*
-
-
iberdrola.es
184
N.D.
N.D.
-
-
-
16.600
Não
P*
-
-
movistar.com.mx
185
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
hp.com.br
186
1.546,3
910,7
58,7
34,6
23,6
6.000
Sim
P*
564,0
24,9
souzacruz.com.br
187
2.397,5
592,3
1,7
0,4
0,5
8.250
Sim
P
-
-
mexichem.com.mx/
188
N.D.
N.D.
-
-
-
5.145
Não
P*
1.394,0
61,9
caterpillar.com.br
189
3.695,0
1.281,1
12,2
4,2
7,0
N.D.
Sim
P*
-
-
telefonica.com.pe
190
1.659,2
393,0
6,2
1,5
1,1
35.000
Sim
P
1.895,8
84,8
xignux.com
191
N.D.
N.D.
-
-
-
3.654
Não
P*
-
-
movistar.com.ar
192
N.D.
N.D.
-
-
-
3.621
Não
P*
-
-
volkswagen.com.ar
193
1.933,1
589,2
4,7
1,4
1,2
16.050
Não
P*
1.759,1
78,9
ldcommodities.com.br
194
5.173,1
3.768,5
6,9
5,1
11,7
N.D.
Não
P*
-
-
telemar.com.br
195
N.D.
N.D.
-
-
-
5.250
Não
P
-
-
nadro.com
196
N.D.
N.D.
-
-
2,7
31.000
Não
P
-
-
condumex.com.mx
197
2.866,0
1.826,1
55,9
35,6
47,0
N.D.
Não
P
2.077,6
95,7
lospelambres.cl
198
5.010,5
1.794,2
13,6
4,9
11,2
3.000
Não
P*
-
-
endesabrasil.com.br
199
N.D.
N.D.
-
-
25,4
6.455
Não
P*
-
-
nextel.com.mx
200
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 95
151 - 200
8.781,8
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
RK RK 2008 2007
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
PAÍS
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
201
197 HOME DEPOT (2)
MÉX Comércio
2.120,0
2.280,9
-7,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
202
200 PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO (2)
MÉX Química/Farmácia
2.110,0
2.250,9
-6,3
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
203
230 AEROMÉXICO (CINTRA) (2)
MÉX Transporte/Logística
2.100,0
1.945,4
7,9
N.D.
-155,5
-
N.D.
-61,0
-
204
177 ENERGIAS DO BRASIL
BRA Energia elétrica
2.098,5
2.548,1
-17,6
166,4
248,3
-33,0
583,4
634,0
-8,0
205
174 GRUPO VITRO
MÉX Manufatura
2.097,5
2.619,3
-19,9
-409,2
N.D.
-
229,9
377,0
-39,0
206
126 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES(1) BRA Multissetor
2.083,4
2.233,0
-6,7
29,1
117,7
-75,3
N.D.
N.D.
-
207
248 CTI (7)
ARG Telecomunicações
2.076,3
1.845,1
12,5
558,9
N.D.
-
704,1
506,0
39,1
208
220 INTEL
C.RI Eletrônica
2.074,0
2.465,0
-15,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
209
201 CHESF - HIDRO. DO SÃO FCO.
BRA Energia elétrica
2.065,2
2.243,8
-8,0
615,0
367,9
67,2
1.321,1
1.319,6
0,1
210
247 ARCOR
ARG Alimentos
2.064,7
1.846,4
11,8
56,4
62,6
-9,9
N.D.
N.D.
-
211
195 GRUPO CASA SABA
MÉX Comércio
2.051,9
2.314,1
-11,3
52,9
82,9
-36,2
83,2
104,9
-20,7
212
262 COSAN
BRA Alimentos
2.038,2
1.772,5
15,0
-187,8
175,7
-206,9
206,1
144,1
43,0
213
212 PHILIP MORRIS DE MÉXICO (2)
MÉX Agroindústria
2.035,0
2.164,4
-6,0
N.D.
276,8
-
N.D.
N.D.
-
214
198 ANGLO AMERICAN SUR
CHI Mineração
2.000,3
2.292,9
-12,8
864,1
1.309,5
-34,0
1.151,7
1.511,6
-23,8
CHI Comércio
-
215
201 - 250
EMPRESA
- MALL PLAZA (2)
2.000,0
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
216
286 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT BRA Construção
1.995,2
1.606,0
24,2
252,0
253,4
-0,6
N.D.
N.D.
-
217
289 CAP (1)
1.994,7
1.583,1
26,0
296,4
236,4
25,4
424,9
274,1
55,0
218
269 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN Serviços básicos
1.985,1
1.729,3
14,8
1.017,2
792,4
28,4
1.503,4
1.279,7
17,5
219
222 EMPRESAS ICA
MÉX Construção
1.969,5
2.060,2
-4,4
32,7
-80,1
140,8
212,7
142,0
49,8
220
287 UNIPAR
BRA Petroquímica
1.965,9
1.589,0
23,7
-65,2
81,9
-179,6
149,1
239,7
-37,8
221
204 RENAULT
BRA Automotivo/Autopeças
1.959,9
2.227,7
-12,0
15,0
95,5
-84,3
N.D.
N.D.
-
222
214 WEG
BRA Máquinas/Equip.
1.926,4
2.116,6
-9,0
239,8
324,6
-26,1
440,2
477,8
-7,9
223
221 TELEFÓNICA COLOMBIA
COL Telecomunicações
1.912,7
2.058,1
-7,1
-72,0
-9,2
-682,6
664,0
687,6
-3,4
224
209 BASF
BRA Química/Farmácia
1.909,4
2.193,5
-13,0
108,2
108,5
-0,4
N.D.
N.D.
-
225
233 ANCAP (2)
URU Petróleo/Gás
1.900,4
1.942,0
-2,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
226
263 SHELL CAPSA
ARG Petróleo/Gás
1.889,0
1.762,8
7,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
227
216 SIGMA (11)
MÉX Alimentos
1.886,9
2.114,5
-10,8
-63,1
98,3
-164,2
207,6
179,4
15,7
228
203 MAKRO
BRA Comércio
1.861,7
2.234,5
-16,7
42,6
52,0
-18,0
83,0
N.D.
-
229
182 CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ
BRA Energia elétrica
1.859,7
2.518,3
-26,2
252,6
462,3
-45,4
460,6
822,1
-44,0
230
255 COAMO
BRA Alimentos
1.853,2
1.797,2
3,1
135,1
133,5
1,2
N.D.
N.D.
-
231
380 AMIL
BRA Serviços de saúde
1.848,4
1.182,4
56,3
92,8
30,7
202,3
121,8
22,4
443,8
232
256 MINERA CERRO VERDE
PER Mineração
1.835,9
1.794,6
2,3
718,4
804,7
-10,7
1.184,9
1.374,2
-13,8
233
250 FORD (2)
ARG Automotivo/Autopeças
1.822,9
1.835,5
-0,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
234
309 DISCO
ARG Comércio
1.816,9
1.416,8
28,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
235
381 SQM
CHI Mineração
1.794,8
1.187,5
51,1
507,3
180,0
181,8
752,1
358,0
110,1
236
278 GENERAL MOTORS (2)
ARG Automotivo/Autopeças
1.790,6
1.669,9
7,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
237
328 SAMARCO MINERAÇÃO
BRA Mineração
1.788,3
1.367,5
30,8
453,5
541,7
-16,3
64,4
76,9
-16,3
238
306 CONST. E COM.CAMARGO CORRÊA
BRA Construção
1.783,7
1.449,1
23,1
129,3
52,2
147,5
N.D.
N.D.
-
239
276 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES
COL Alimentos
1.780,7
1.687,5
5,5
132,8
121,0
9,8
253,1
268,2
-5,6
240
251 MEXICANA DE AVIACIÓN (2)
MÉX Transporte/Logística
1.780,0
1.829,6
-2,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
241
229 SODIMAC
CHI Comércio
1.763,8
1.949,5
-9,5
64,8
110,5
-41,3
76,0
129,6
-41,3
CHI Siderurgia/Metalurgia
242
265 PAN AMERICAN ENERGY
ARG Petróleo/Gás
1.761,0
1.755,4
0,3
282,6
455,8
-38,0
885,6
1.061,5
-16,6
243
246 GRUPO ARGOS
COL Cimento
1.752,1
1.852,6
-5,4
372,6
103,7
259,2
1.200,0
334,1
259,2
244
283 PEUGEOT - CITROËN (2)
ARG Automotivo/Autopeças
1.749,7
1.623,1
7,8
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
245
205 BOSCH
BRA Automotivo/Autopeças
1.741,7
2.227,7
-21,8
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
246
234 SUZANO PAPEL E CELULOSE
BRA Celulose/Papel
1.738,8
1.925,0
-9,7
-193,1
304,5
-163,4
628,7
647,2
-2,9
247
337 DANONE
MÉX Alimentos
1.720,7
1.334,7
28,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
248
285 CHILECTRA
CHI Energia elétrica
1.718,3
1.617,2
6,3
409,7
246,7
66,1
313,6
289,5
8,3
249
244 REDE ENERGIA
BRA Energia elétrica
1.709,8
1.863,1
-8,2
87,9
29,0
203,1
457,4
623,9
-26,7
250
252 COMGÁS
BRA Petróleo/Gás
1.706,9
1.813,3
-5,9
220,0
250,1
-12,0
468,2
555,4
-15,7
(Notas na pág. 87)
96 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
ARCOR A FABRICANTE ARGENTINA DE DOCES E CHOCOLATES MANTÉM O RITMO APESAR DA QUEDA DO CONSUMO. CRESCEU 11,8% EM 2008.
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
SITE (www.)
RK 2008
N.D.
-
-
-
8.143
Não
P*
-
-
homedepot.com.mx
201
N.D.
N.D.
-
-
-
877
Não
P*
-
-
pg.com.mx
202
N.D.
N.D.
-
-
-
21.031
Não
P
-
-
aeromexico.com
203
4.480,1
1.516,0
11,0
3,7
7,9
2.343
Sim
P
-
-
energiasdobrasil.com.br
204
2.462,1
136,0
-300,9
-16,6
-19,5
25.020
Sim
P
-
-
vitro.com.mx
205
5.900,2
325,5
8,9
0,5
1,4
N.D.
Não
P
-
-
andradegutierrez.com.br
206
N.D.
N.D.
-
-
26,9
1.923
Não
P
-
-
cti.com.ar
207
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
intel.com
208
8.027,5
5.339,6
11,5
7,7
29,8
5.535
Não
E
-
-
chesf.gov.br
209
1.338,4
400,0
14,1
4,2
2,7
20.000
Não
P
-
-
arcor.com.ar
210
1.061,3
482,8
11,0
5,0
2,6
5.730
Sim
P
-
-
casasaba.com
211
4.723,7
1.581,8
-11,9
-4,0
-9,2
43.000
Sim
P
478,7
23,5
cosan.com.br
212
N.D.
N.D.
-
-
-
2.610
Não
P*
-
-
pmintl.com.mx
213
3.006,9
2.109,4
41,0
28,7
43,2
2.239
Não
P*
1.378,0
68,9
angloamerican.co.uk
214
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
mallplaza.cl
215
1.716,8
1.074,1
23,5
14,7
12,6
N.D.
Não
P
606,3
30,4
odebrecht.com
216
2.513,5
1.051,4
28,2
11,8
14,9
5.051
Sim
P
-
-
cap.cl
217
4.608,8
4.360,4
23,3
22,1
51,2
9.447
Não
E
-
-
pancanal.com
218
3.766,3
1.016,5
3,2
0,9
1,7
18.500
Sim
P
-
-
ica.com.mx
219
5.100,3
441,7
-14,8
-1,3
-3,3
N.D.
Sim
P
-
-
unipar.ind.br
220
1.366,6
60,0
25,0
1,1
0,8
4.500
Não
P*
604,7
30,9
renault.com.br
221
2.470,2
932,2
25,7
9,7
12,4
20.000
Sim
P
662,7
34,4
weg.com.br
222
4.340,0
2.208,8
-3,3
-1,7
-3,8
N.D.
Não
P*
-
-
telefonica.com.co
223
1.514,3
611,4
17,7
7,1
5,7
N.D.
Não
P*
329,1
17,2
basf.com.br
224
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
E
104,0
5,5
ancap.com.uy
225
N.D.
N.D.
-
-
-
3.000
Não
P*
-
-
shell.com.ar
226
1.463,0
425,5
-14,8
-4,3
-3,3
26.900
Sim
P
254,2
13,5
gruposigma.com.mx
227
612,4
181,9
23,4
7,0
2,3
N.D.
Não
P*
-
-
makro.com.br
228
1.973,5
212,8
118,7
12,8
13,6
N.D.
Sim
P
-
-
cpfl.com.br
229
1.436,2
721,7
18,7
9,4
7,3
4.423
Não
P
512,2
27,6
coamo.com.br
230
1.057,0
510,3
18,2
8,8
5,0
12.000
Sim
P
-
-
amil.com.br
231
1.983,6
1.324,2
54,3
36,2
39,1
N.D.
Sim
P
1.822,9
99,3
phelpsdodge.com
232
N.D.
N.D.
-
-
-
2.900
Não
P*
-
-
ford.com.ar
233
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
disco.com.ar
234
2.597,2
1.480,2
34,3
19,5
28,3
N.D.
Sim
P
1.282,4
71,5
sqm.cl
235
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
gm.com.ar
236
2.348,0
254,2
178,4
19,3
25,4
1.924
Não
P*
1.720,0
96,2
samarco.com.br
237
1.253,0
666,1
19,4
10,3
7,2
N.D.
Não
P
-
-
camargocorrea.com.br
238
2.370,0
1.714,7
7,7
5,6
7,5
25.700
Não
P
30,0
1,7
inversioneschocolates.com
239
N.D.
N.D.
-
-
-
10.000
Não
P
-
-
mexicana.com
240
832,7
344,3
18,8
7,8
3,7
N.D.
Não
P
-
-
sodimac.cl
241
3.383,7
1.153,2
24,5
8,4
16,0
8.988
Não
P*
-
-
pan-energy.com
242
5.950,3
2.413,2
15,4
6,3
21,3
N.D.
Não
P
153,4
8,8
N.D.
N.D.
-
-
-
3.948
Não
P*
-
-
argos.com.co
243
peugeot.com.ar
244
1.071,0
N.D.
-
-
-
13.000
Não
P*
698,0
40,1
bosch.com.br
245
5.544,9
1.598,9
-12,1
-3,5
-11,1
3.540
Sim
P
1.256,4
72,3
suzano.com.br
246
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
danone.com.mx
247
2.512,2
1.697,1
24,1
16,3
23,8
N.D.
Sim
P*
-
-
chilectra.cl
248
4.849,9
485,4
18,1
1,8
5,1
N.D.
Sim
P
-
-
gruporede.com.br
249
1.717,0
486,6
45,2
12,8
12,9
952
Sim
E
-
-
comgas.com.br
250
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 97
201 - 250
N.D.
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
251 - 300
RK RK 2008 2007
PAÍS
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
251
254 ENTEL
CHI Telecomunicações
1.695,9
1.820,5
-6,8
244,0
264,3
-7,7
672,4
732,1
-8,2
252
167 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN (1)
COL Serviços básicos
1.692,1
1.540,4
9,8
591,4
543,7
8,8
748,2
688,2
8,7
253
180 COPERSUCAR
BRA Agroindústria
1.682,9
2.525,2
-33,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
254
334 AVON
BRA Química/Farmácia
1.674,3
1.352,0
23,8
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
255
227 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO
MÉX Celulose/Papel
1.666,5
1.967,8
-15,3
239,4
341,5
-29,9
513,7
611,4
-16,0
256
228 GRUPO KUO (1)
MÉX Multissetor
1.662,9
1.781,4
-6,7
-112,4
-69,8
-61,0
118,5
134,4
-11,8
257
321 GRUPO CLARÍN (1)
ARG Mídia
1.653,1
1.382,9
19,5
75,7
66,1
14,5
482,6
426,1
13,3
258
175 ELETRONORTE
BRA Energia elétrica
1.649,3
2.606,4
-36,7
-1.037,5
-305,7
-239,4
372,8
695,7
-46,4
259
242 PHILIPS MEXICANA (2)
MÉX Eletrônica
1.645,0
1.871,9
-12,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
260
307 AVIANCA
COL Transporte/Logística
1.643,2
1.444,1
13,8
20,3
222,4
-90,9
133,0
222,8
-40,3
261
291 MOSAIC FERTILIZANTES
BRA Química/Farmácia
1.643,1
1.560,5
5,3
-81,5
71,8
-213,5
N.D.
N.D.
-
262
304 AES GENER
CHI Energia elétrica
1.641,4
1.472,1
11,5
138,3
81,2
70,3
375,3
286,0
31,2
263
260 BAVARIA
COL Bebidas
1.635,1
1.800,0
-9,2
273,6
349,6
-21,7
N.D.
N.D.
-
264
240 PIRELLI PNEUS (2)
BRA Automotivo/Autopeças
1.634,3
1.887,9
-13,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
265
239 RIPLEY
CHI Comércio
1.629,8
1.897,8
-14,1
43,8
30,5
43,6
155,1
193,5
-19,8
266
396 MINERA YANACOCHA
PER Mineração
1.623,7
1.132,5
43,4
463,8
244,2
89,9
883,4
503,2
75,6
267
275 DEACERO (2)
MÉX Siderurgia/Metalurgia
1.620,0
1.700,0
-4,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
268
231 PONTO FRIO - GLOBEX
BRA Comércio
1.612,9
1.944,6
-17,1
7,1
50,4
-85,9
55,1
35,5
55,2
269
207 DOW BRASIL
BRA Petroquímica
1.608,4
2.198,7
-26,8
5,4
82,5
-93,5
N.D.
N.D.
-
270
435 CIA. BRA.DE METAL. E MINERAÇÃO
BRA Mineração
1.600,0
1.002,8
59,6
N.D.
669,6
-
N.D.
N.D.
-
271
232 TRANSPETRO
BRA Transporte/Logística
1.595,5
1.942,4
-17,9
162,2
193,1
-16,0
N.D.
N.D.
-
BRA Petroquímica
1.585,8
N.D.
-
-284,5
-17,5
-1.529,3
N.D.
N.D.
-
272
- QUATTOR PARTICIPAÇÕES (1)
273
277 MEGA (2)
MÉX Comércio
1.582,6
1.674,3
-5,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
274
211 ARACRUZ CELULOSE
BRA Celulose/Papel
1.581,9
2.171,8
-27,2
-1.802,9
588,4
-406,4
543,5
944,6
-42,5
275
294 NET BRASIL
BRA Telecomunicações
1.579,1
1.546,1
2,1
-40,7
98,4
-141,4
419,2
421,0
-0,4
276
237 MARTINS DISTRIBUIÇÃO
BRA Comércio
1.555,8
1.899,0
-18,1
15,7
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
277
284 CONSTRUCTORAS ICA
MÉX Construção
1.551,9
1.614,2
-3,9
42,5
47,7
-10,9
72,1
N.D.
-
278
268 NATURA
BRA Química/Farmácia
1.548,1
1.734,7
-10,8
221,7
261,0
-15,1
362,3
396,0
-8,5
279
PER Petróleo/Gás
1.518,3
1.174,6
29,3
N.D.
N.D.
-
-1,3
N.D.
-
280
249 TOYOTA (2)
ARG Automotivo/Autopeças
1.509,2
1.838,3
-17,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
281
352 HERINGER FERTILIZANTES
BRA Química/Farmácia
1.508,2
1.276,4
18,2
-108,3
43,8
-347,3
38,6
47,0
-17,9
282
258 CELESC
BRA Energia elétrica
1.506,6
1.787,8
-15,7
110,6
195,3
-43,4
243,5
271,4
-10,3
283
196 PARANAPANEMA
BRA Mineração
1.489,7
2.282,6
-34,7
56,9
-61,6
192,4
261,5
54,6
378,9
CHI Mineração
1.485,2
1.231,9
20,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
CHI Mineração
1.481,5
1.325,4
11,8
54,8
34,0
61,0
N.D.
N.D.
-
BRA Telecomunicações
1.477,7
987,0
49,7
57,1
58,9
-3,1
173,5
186,2
-6,8 -11,4
284 285
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
EMPRESA
- PERUPETRO
- XSTRATA COPPER CHILE 340 ENAMI
286
- AMERICEL
287
270 TRACTEBEL
BRA Energia elétrica
1.472,4
1.718,2
-14,3
477,2
590,3
-19,2
932,9
1.052,4
288
257 TOYOTA (2)
MÉX Automotivo/Autopeças
1.470,2
1.790,7
-17,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
289
273 FASA
CHI Comércio
1.469,4
1.721,0
-14,6
1,2
14,9
-91,9
49,8
66,2
-24,8 40,7
290
- GASPETRO
BRA Petróleo/Gás
1.468,3
1.163,9
26,2
320,8
171,3
87,2
650,4
462,1
291
329 FOSFÉRTIL
BRA Química/Farmácia
1.467,5
1.367,1
7,3
330,6
250,7
31,9
621,6
412,0
50,9
292
274 EMBOTELLADORAS ARCA
MÉX Bebidas
1.463,8
1.702,7
-14,0
212,9
227,6
-6,5
340,5
409,7
-16,9
293
295 BAYER
BRA Química/Farmácia
1.454,4
1.538,5
-5,5
78,3
-36,2
316,4
N.D.
42,3
-
294
279 INDUSTRIAS BACHOCO (1)
MÉX Agroindústria
1.453,8
1.668,1
-12,8
-39,7
117,1
-133,9
60,6
188,6
-67,9
295
315 NOKIA (2)
MÉX Eletrônica
1.450,0
1.400,6
3,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
296
259 PÃO DE AÇÚCAR (1)
BRA Comércio
1.446,0
1.775,0
-18,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
297
316 GRUPO COIMEX (2)
BRA Comércio
1.444,7
1.400,0
3,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
298
354 CHEVRON PETROLEUM COMPANY
COL Petróleo/Gás
1.423,5
1.274,6
11,7
78,4
48,2
62,7
N.D.
N.D.
-
299
397 LA FONTE PARTICIPAÇÕES (1)
BRA Multissetor
1.418,0
1.055,2
34,4
-22,9
15,6
-246,8
N.D.
N.D.
-
300
152 SIEMENS BRASIL
BRA Eletrônica
1.416,4
2.987,4
-52,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
(Notas na pág. 87)
98 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
GRUPO CLARÍN O GRUPO ARGENTINO COLHE RESULTADOS DE SUA ESTRATÉGIA MULTMÍDIA. CRESCEU 19,5%, MUITO ACIMA DO SETOR DE PUBLICIDADE.
HÉCTOR MAGNETTO, CEO DO GRUPO CLARÍN
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
2.318,9
1.159,4
21,0
10,5
14,4
8.188,9
6.604,4
9,0
7,2
35,0
1.833,1
110,5
-
-
-
N.D.
N.D.
N.D.
-
-
-
6.000
1.753,0
629,1
38,1
13,7
14,4
1.463,3
391,6
-28,7
-7,7
2.275,1
708,9
10,7
7.650,3
2.648,1
N.D.
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
N.D.
Sim
P
33,2
2,0
entel.cl
251
N.D.
Não
E
0,2
0,0
eeppm.com
252
Não
P
940,7
55,9
copersucar.com.br
253
Não
P*
-
-
avon.com.br
254
6.500
Sim
P*
-
-
kimberly-clark.com.mx
255
-6,8
16.000
Sim
P
1.001,0
60,2
kuo.com.mx
256
3,3
4,6
9.027
Não
P
-
-
grupoclarin.com.ar
257
-39,2
-13,6
-62,9
3.600
Não
E
-
-
eletronorte.gov.br
258
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
philips.com.mx
259
1.168,7
323,6
6,3
1,7
1,2
N.D.
Não
P
-
-
avianca.com.co
260
1.338,3
174,1
-46,8
-6,1
-5,0
1.100
Não
P*
-
-
mosaicco.com
261
3.767,6
2.018,5
6,9
3,7
8,4
N.D.
Sim
P*
-
-
gener.cl
262
4.154,5
2.135,6
12,8
6,6
16,7
N.D.
Não
P*
-
-
bavaria.com.co
263
N.D.
N.D.
-
-
-
6.000
Não
P*
459,4
28,1
pirelli.com.br
264
2.047,2
1.082,9
4,0
2,1
2,7
21.459
Sim
P
-
-
ripley.cl
265
1.911,6
1.227,0
37,8
24,3
28,6
N.D.
Sim
P*
1.617,5
99,6
yanacocha.com.pe
266
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
deacero.com
267
1.032,5
319,1
2,2
0,7
0,4
12.130
Sí
P
-
-
pontofrio.com
268
1.414,4
678,0
0,8
0,4
0,3
N.D.
Não
P*
-
-
dow.com
269
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
1.590,0
99,4
us.cbmm.com.br
270
1.394,2
839,0
19,3
11,6
10,2
4.400
Não
E
-
-
transpetro.com.br
271
4.520,2
633,7
-44,9
-6,3
-17,9
1.700
Não
P
-
-
quattor.com.br
272
N.D.
N.D.
-
-
-
12.500
Não
P
-
-
comerci.com.mx
273
5.078,2
411,9
-437,7
-35,5
-114,0
2.665
Sim
P
1.196,5
75,6
aracruz.com.br
274
2.604,4
1.131,1
-3,6
-1,6
-2,6
8.151
Sim
P
-
-
globocabo.com.br
275
N.D.
N.D.
-
-
1,0
N.D.
Não
P
-
-
martins.com.br
276
N.D.
N.D.
-
-
2,7
N.D.
Não
P
-
-
ica.com.mx
277
905,4
298,9
74,2
24,5
14,3
5.698
Sim
P
-
-
natura.com.br
278
63,6
0,6
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
perupetro.com.pe
279
SITE (www.)
RK 2008
N.D.
-
-
-
2.562
Não
P*
-
-
toyota.com.ar
280
101,5
-106,7
-13,4
-7,2
1.916
Sim
P
-
-
heringer.com.br
281
1.901,1
701,0
15,8
5,8
7,3
N.D.
Sim
E
-
-
celesc.com.br
282
1.420,8
510,6
11,1
4,0
3,8
2.500
Sim
P
-
-
paranapanema.com.br
283
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
1.485,2
100,0
xstrata.com
284
1.300,8
737,4
7,4
4,2
3,7
N.D.
Não
E
989,9
66,8
enami.cl
285
1.044,5
445,3
12,8
5,5
3,9
N.D.
Não
P
-
-
claro.com.br
286
3.569,5
1.356,8
35,2
13,4
32,4
950
Sim
P
-
-
tractebelenergia.com.br
287
N.D.
N.D.
-
-
-
900
Não
P*
-
-
toyota.com.mx
288
684,9
119,8
1,0
0,2
0,1
N.D.
Sim
P
-
-
fasa.cl
289
3.685,0
1.758,8
18,2
8,7
21,8
N.D.
Não
P
-
-
gaspetro.com.br
290
1.843,5
820,7
40,3
17,9
22,5
2.839
Sim
P
-
-
fosfertil.com.br
291
1.554,7
1.051,8
20,2
13,7
14,5
17.500
Sim
P
-
-
e-arca.com.mx
292
1.332,1
471,4
16,6
5,9
5,4
3.500
Não
P*
64,5
4,4
bayer.com.br
293
1.428,0
1.013,0
-3,9
-2,8
-2,7
23.040
Sim
P
-
-
bachoco.com.mx
294
N.D.
N.D.
-
-
-
2.500
Não
P*
-
-
nokia.com.mx
295
N.D.
N.D.
-
-
-
14.747
Não
P
-
-
paodeacucar.com.br
296
N.D.
N.D.
-
-
-
3.000
Não
P
165,0
11,4
grupocoimex.com.br
297
631,5
230,8
34,0
12,4
5,5
N.D.
Não
P*
25,8
1,8
texaco.com.co
298
4.030,2
48,2
-47,5
-0,6
-1,6
N.D.
Sim
P*
-
-
lafonte.com.br
299
N.D.
N.D.
-
-
-
9.030
Não
P*
122,2
8,6
siemens.com.br
300
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 99
251 - 300
N.D. 809,4
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
301 - 350
RK RK 2008 2007
PAÍS
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
301
- MC DONALD´S
BRA Comércio
1.412,1
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
302
342 VITRO ENVASES
MÉX Manufatura
1.410,0
1.321,0
6,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
303
322 CARREFOUR
COL Comércio
1.407,5
1.389,4
1,3
50,3
38,6
30,3
N.D.
N.D.
-
304
302 GRUPO EMPRESARIAL ANGELES (1) (2)
MÉX Serviços de saúde
1.400,0
1.476,0
-5,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
305
305 GRUPO VILLACERO (1) (2)
MÉX Siderurgia/Metalurgia
1.400,0
1.460,4
-4,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
306
330 DOW QUÍMICA
ARG Química/Farmácia
1.400,0
1.360,3
2,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
307
338 GRUPO ICE (2)
C.RI Serviços básicos
1.400,0
1.329,8
5,3
N.D.
146,5
-
N.D.
N.D.
-
308
391 DRUMMOND
COL Mineração
1.390,7
1.140,6
21,9
152,2
18,1
740,9
309,7
N.D.
-
309
343 TELEFÓNICA DE ARGENTINA
ARG Telecomunicações
1.372,0
1.320,5
3,9
97,1
22,7
327,8
508,6
467,2
8,9
310
407 BARRICK MISQUICHILCA
PER Mineração
1.365,2
1.100,4
24,1
659,1
490,7
34,3
1.108,3
880,3
25,9
311
301 DESARROLLADORA HOMEX
MÉX Construção
1.362,8
1.486,2
-8,3
127,1
204,6
-37,9
249,1
337,5
-26,2
312
213 COTEMINAS
BRA Têxtil/Calçados
1.351,7
2.130,9
-36,6
5,8
-145,4
104,0
103,0
-18,1
669,1
313
335 SEARS (2)
MÉX Comércio
1.350,0
1.345,4
0,3
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
314
350 EMBOTELLADORA ANDINA
CHI Bebidas
1.346,8
1.284,1
4,9
150,7
164,6
-8,4
281,5
292,2
-3,7
315
280 A. LUNDGREN-PERNAMBUCANAS
BRA Comércio
1.344,4
1.641,6
-18,1
23,0
55,1
-58,3
N.D.
N.D.
-
316
423 EMPRESAS NAVIERAS
CHI Transporte/Logística
1.341,9
1.051,2
27,7
18,3
20,4
-10,3
49,2
18,9
160,3
317
311 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO
BRA Comércio
1.333,7
1.412,7
-5,6
33,1
35,1
-5,7
154,1
196,0
-21,4
318
282 COELBA
BRA Energia Elétrica
1.332,9
1.636,2
-18,5
348,7
365,5
-4,6
520,8
716,1
-27,3
319
377 GRUPO SALUDCOOP
COL Serviços de saúde
1.330,9
1.198,0
11,1
10,7
10,5
1,8
82,9
56,0
48,0
320
479 NEXTEL
BRA Telecomunicações
1.330,9
868,0
53,3
N.D.
194,3
-
N.D.
217,8
-
321
288 KLABIN
BRA Celulose/Papel
1.325,0
1.578,8
-16,1
-149,2
350,8
-142,5
311,9
409,2
-23,8
322
367 GRUPO CORVI (2)
MÉX Comércio
1.320,0
1.222,8
7,9
N.D.
2,7
-
N.D.
16,0
-
323
308 RANDON
BRA Automotivo/Autopeças
1.309,1
1.428,5
-8,4
98,9
97,9
1,0
223,7
219,4
2,0
324
297 ALUNORTE
BRA Siderurgia/Metalurgia
1.308,4
1.527,1
-14,3
959,0
N.D.
-
333,6
528,0
-36,8
325
473 HUACHIPATO
CHI Siderurgia/Metalurgia
1.305,2
877,7
48,7
141,1
113,1
24,7
277,3
181,9
52,4
326
298 AGROSUPER
CHI Agroindústria
1.300,0
1.505,0
-13,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
327
471 GRUPO VIZ (2)
MÉX Alimentos
1.300,0
896,1
45,1
N.D.
23,3
-
N.D.
N.D.
-
328
333 MINAS PEÑOLES (2)(17)
MÉX Mineração
1.295,0
1.352,5
-4,3
N.D.
754,5
-
N.D.
823,5
-
329
319 MOVISTAR
CHI Telecomunicações
1.293,3
1.516,9
-14,7
137,0
305,0
-55,1
321,0
522,3
-38,5
330
427 COPA AIRLINES
PAN Transporte/Logística
1.288,8
1.027,3
25,5
118,7
161,8
-26,7
281,5
243,8
15,5
BRA Siderurgia/Metalurgia
1.287,0
1.213,0
6,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
331
- ALCOA
332
238 GENERAL MOTORS COLMOTORES
COL Automotivo/Autopeças
1.283,7
1.898,6
-32,4
95,8
166,9
-42,6
N.D.
N.D.
-
333
253 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL
BRA Celulose/Papel
1.279,8
1.812,8
-29,4
-560,7
472,5
-218,7
410,6
568,8
-27,8
334
332 GRUPO ABRIL (1)
BRA Mídia
1.279,6
1.357,1
-5,7
118,3
448,2
-73,6
N.D.
212,2
-
BRA Comércio
1.270,6
1.048,3
21,2
52,8
48,4
9,1
83,0
57,1
45,4
BRA Petroquímica
1.265,1
1.200,7
5,4
-152,7
49,4
-409,1
18,5
32,6
-43,3
335
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
EMPRESA
- GERDAU COMERCIAL DE AÇOS
336
378 YARA FERTILIZANTES
337
368 MRS
BRA Transporte/Logística
1.264,4
1.221,2
3,5
283,8
309,1
-8,2
N.D.
575,3
-
338
327 CORPORACIÓN GEO
MÉX Construção
1.261,7
1.371,9
-8,0
106,5
132,7
-19,7
232,1
266,4
-12,9
339
290 SENDAS DISTRIBUIDORA
BRA Comércio
1.253,5
1.568,9
-20,1
-11,0
-10,8
-1,5
85,8
54,3
58,1
340
281 CBA
BRA Siderurgia/Metalurgia
1.251,2
1.639,0
-23,7
285,5
447,1
-36,1
N.D.
N.D.
-
341
399 SONY DE MÉXICO (2)
MÉX Eletrônica
1.250,0
1.125,8
11,0
N.D.
43,1
-
N.D.
N.D.
-
342
360 DOE RUN
PER Mineração
1.245,5
1.268,0
-1,8
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
343
300 SANTA ISABEL
CHI Comércio
1.243,3
1.483,0
-16,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
344
362 CCU
CHI Bebidas
1.242,7
1.267,2
-1,9
131,3
159,7
-17,8
280,8
296,1
-5,2
345
345 GRUPO OMNILIFE (2)
MÉX Serviços de saúde
1.240,0
1.300,5
-4,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
346
476 SUPERMERCADOS LA FAVORITA
EQU Comércio
1.237,2
994,4
24,4
87,7
69,1
26,9
178,8
130,8
36,7
347
382 SIEMENS MÉXICO (2)
MÉX Eletrônica
1.234,0
1.180,5
4,5
N.D.
13,9
-
N.D.
N.D.
-
348
375 RHODIA (2)
BRA Química/Farmácia
1.233,2
1.200,0
2,8
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
349
325 JUMBO
CHI Comércio
1.223,0
1.387,0
-11,8
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
350
314 ALUMBRERA
ARG Mineração
1.216,0
1.401,0
-13,2
N.D.
N.D.
-
488,0
756,0
-35,4
(Notas na pág. 87)
100 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO A BRASILEIRA, MAIOR OPERADORA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO DA AMÉRICA LATINA, É A PROVA DE QUE A CRISE NÃO POUPOU NINGUÉM. SUAS VENDAS CAÍRAM 5,6%. ELETRÔ
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
N.D.
N.D.
-
-
-
39.400
Não
P*
-
-
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
383,0
27,2
1.379,8
861,9
5,8
3,6
3,6
N.D.
Não
P*
-
N.D.
N.D.
-
-
-
28.000
Não
P
N.D.
N.D.
-
-
-
3.900
Não
N.D.
N.D.
-
-
-
1.264
N.D.
N.D.
-
-
-
1.716,1
1.372,9
11,1
8,9
1.810,7
731,4
13,3
2.179,7
1.723,3
2.207,3
SITE (www.)
RK 2008
301
vitro.com.mx
302
-
carrefour.com.co
303
-
-
grupoempresarialangeles.com
304
P
-
-
villacero.com
305
Não
P*
-
-
dow.com
306
N.D.
Não
E
-
-
grupoice.com
307
10,9
N.D.
Não
P*
1.228,7
88,4
drummondco.com
308
5,4
7,1
2.089
Sim
P*
-
-
telefonica.com.ar
309
38,2
30,2
48,3
N.D.
Não
P*
1.360,0
99,6
barrick.com
310
825,9
15,4
5,8
9,3
15.000
Sim
P
-
-
homex.com.mx
311
1.502,6
624,8
0,9
0,4
0,4
4.000
Sim
P
233,1
17,2
coteminas.com.br
312
N.D.
N.D.
-
-
-
13.500
Não
P*
-
-
sears.com.mx
313
958,4
550,4
27,4
15,7
11,2
N.D.
Sim
P
4,5
0,3
koandina.com
314
937,5
191,3
12,0
2,5
1,7
N.D.
Não
P
-
-
pernambucanas.com.br
315
560,6
153,3
11,9
3,3
1,4
N.D.
Sim
P
-
-
empresasnavieras.com
316
1.050,2
95,5
34,7
3,2
2,5
1.500
Sim
P
-
-
b2winc.com
317
1.812,6
698,0
50,0
19,2
26,2
2.645
Sim
P*
-
-
coelba.com.br
318
575,9
195,1
5,5
1,9
0,8
27.889
Não
P
-
-
saludcoop.com.co
319
N.D.
N.D.
-
-
-
3.817
Não
P*
-
-
nextel.com.br
320
3.526,8
961,5
-15,5
-4,2
-11,3
7.500
Sim
P*
398,7
30,1
klabin.com.br
321
N.D.
N.D.
-
-
-
4.500
Não
P
22,0
1,7
grupocorvi.com.mx
322
948,1
337,0
29,3
10,4
7,6
9.434
Sim
P
129,6
9,9
randon.com.br
323
2.894,4
1.856,9
51,6
33,1
73,3
N.D.
Não
P
1.302,0
99,5
alunorte.net
324
1.098,5
777,5
18,1
12,8
10,8
N.D.
Não
P
7,6
0,6
cap.cl
325
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
237,0
18,2
agrosuper.cl
326
N.D.
N.D.
-
-
-
4.500
Não
P
-
-
sukarne.com.mx
327
N.D.
N.D.
-
-
-
4.200
Não
P
-
-
penoles.com.mx
328
1.381,6
744,9
18,4
9,9
10,6
1.000
Não
P*
16,6
1,3
movistar.cl
329
1.954,2
632,4
18,8
6,1
9,2
4.535
Sim
P
-
-
copaair.com
330
N.D.
N.D.
-
-
-
4.500
Não
P*
523,9
40,7
alcoa.com
331
708,2
286,6
33,4
13,5
7,5
N.D.
Não
P*
148,5
11,6
chevrolet.com.co
332
5.476,2
1.768,0
-31,7
-10,2
-43,8
3.000
Sim
P
460,9
36,0
vcp.com.br
333
1.009,7
100,0
118,4
11,7
9,2
7.000
Não
P
-
-
abril.com.br
334
483,1
293,1
18,0
10,9
4,2
N.D.
Não
P
-
-
gerdau.com.br
335
851,8
87,0
-175,5
-17,9
-12,1
N.D.
Sim
P*
-
-
yarabrasil.com.br
336
1.999,0
664,0
42,7
14,2
22,4
3.669
Não
P
-
-
mrs.com.br
337
1.817,5
678,0
15,7
5,9
8,4
20.588
Sim
P
-
-
casasgeo.com
338
652,3
-9,4
-
-1,7
-0,9
5.724
Não
P
-
-
sendas.com.br
339
3.448,9
2.318,8
12,3
8,3
22,8
7.000
Não
P
394,9
31,6
cba.ind.br
340
N.D.
N.D.
-
-
-
550
Não
P*
-
-
sony.com.mx
341
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
1.245,5
100,0
doerun.com.pe
342
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
santaisabel.cl
343
1.705,5
788,8
16,6
7,7
10,6
N.D.
Sim
P
-
-
ccu.cl
344
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
omnilife.com.mx
345
707,5
390,0
22,5
12,4
7,1
5.100
Sim
P
-
-
supermaxi.com
346
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
siemens.com
347
N.D.
N.D.
-
-
-
1.200
Não
P*
308,3
25,0
rhodia.com
348
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
jumbo.cl
349
N.D.
N.D.
-
-
-
2.068
Não
P*
-
-
alumbrera.com.ar
350
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 101
301 - 350
mcdonalds.com.br
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
RK RK 2008 2007
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
336 CORPORATIVO FRAGUA
MÉX Comércio
1.211,0
1.335,3
-9,3
46,8
61,6
-24,0
56,1
72,0
-22,1
352
365 SIGDO KOPPERS
CHI Construção
1.203,1
1.242,8
-3,2
60,9
56,6
7,6
209,9
195,0
7,6
BRA Automotivo/Autopeças
1.201,7
1.088,3
10,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
353
- SCANIA
354
424 DANONE
ARG Alimentos
1.200,0
1.044,3
14,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
355
370 VITRO VIDRIO PLANO
MÉX Manufatura
1.195,0
1.212,0
-1,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
356
326 GRUPO ISA
COL Energia elétrica
1.181,1
1.380,3
-14,4
105,1
110,6
-4,9
N.D.
914,5
-
357
480 SIVENSA
VEN Siderurgia/Metalurgia
1.178,7
867,2
35,9
153,9
73,6
109,0
175,0
160,8
8,9
358
453 ALICORP
PER Alimentos
1.178,6
931,9
26,5
26,6
40,5
-34,3
109,9
112,3
-2,1
359
312 QUIÑENCO (1)
CHI Multissetor
1.173,4
1.406,9
-16,6
358,1
211,3
69,5
250,2
147,6
69,5
360
353 ENTEL PCS
CHI Telecomunicações
1.172,3
1.275,1
-8,1
210,8
343,8
-38,7
341,9
557,5
-38,7
361
339 CCR
BRA Serviços básicos
1.170,0
1.328,4
-11,9
305,3
329,5
-7,3
736,7
817,0
-9,8
CHI Mineração
1.168,5
810,3
44,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
-8,4
119,0
113,4
4,9
47,2
45,0
4,9
- MINERA SPENCE
363
361 MINERA VALPARAÍSO
CHI Multissetor
1.161,7
1.268,0
364
359 CEMENTOS CRUZ AZUL (2)
MÉX Cimento
1.160,0
1.268,5
-8,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
365
296 CANDELARIA
CHI Mineração
1.151,4
1.398,1
-17,6
374,4
671,5
-44,2
549,3
815,3
-32,6
366
369 COLBÚN
CHI Energa Elétrica
1.150,5
1.220,6
-5,7
45,8
-94,3
148,6
220,6
19,9
1.008,5
367
440 MOVISTAR
COL Telecomunicações
1.148,8
996,2
15,3
N.D.
-123,6
-
N.D.
N.D.
-
368
392 AURORA ALIMENTOS
BRA Alimentos
1.143,1
1.138,9
0,4
N.D.
41,7
-
N.D.
N.D.
-
369
405 UNILEVER DE MÉXICO (2)
MÉX Química/Farmácia
1.142,0
1.112,9
2,6
N.D.
103,7
-
N.D.
N.D.
-
370
261 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS
BRA Petroquímica
1.137,0
1.773,9
-35,9
7,2
97,2
-92,5
70,1
173,1
-59,5
371
388 CAMARGO CORRÊA CIMENTO
BRA Cimento
1.134,9
1.164,4
-2,5
79,8
119,1
-33,0
279,8
N.D.
-
372
406 IMCOPA
BRA Agroindústria
1.134,8
1.104,5
2,7
-60,6
23,1
-362,2
N.D.
93,5
-
373
417 CODENSA
COL Energia Elétrica
1.126,8
1.063,0
6,0
193,1
185,2
4,3
N.D.
N.D.
-
374
442 ACINDAR (2)(5)
ARG Siderurgia/Metalurgia
1.126,2
980,4
14,9
169,1
150,3
12,5
288,1
256,1
12,5
375
313 CMPC CELULOSA
CHI Celulose/Papel
1.121,3
1.403,2
-20,1
182,6
319,9
-42,9
N.D.
N.D.
-
376
468 BRIDGESTONE FIRESTONE (2)
BRA Automotivo/Autopeças
1.118,8
901,9
24,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
377
475 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO
BRA Construção
1.116,9
872,6
28,0
151,4
141,2
7,2
N.D.
N.D.
-
378
374 MINERA EL ABRA
CHI Mineração
1.110,9
1.200,4
-7,5
322,9
617,6
-47,7
507,3
816,7
-37,9
379
266 ULTRAGAZ
BRA Petróleo/Gás
1.105,9
1.754,6
-37,0
-1,4
N.D.
-
90,3
142,4
-36,6
380
411 BAYER DE MÉXICO
MÉX Química/Farmácia
1.105,9
1.088,5
1,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
381
348 MADECO
CHI Siderurgia/Metalurgia
1.101,5
1.288,8
-14,5
154,5
39,7
289,2
87,4
113,1
-22,7
382
318 COMPREBEM
BRA Comércio
1.100,9
1.396,2
-21,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
383
324 DUPONT BRASIL
BRA Química/Farmácia
1.096,8
1.387,0
-20,9
-181,7
72,1
-352,0
N.D.
N.D.
-
PER Bebidas
1.090,0
858,3
27,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
384 385 386
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
PAÍS
351
362
351 - 400
EMPRESA
- AJE GROUP 358 TELEFÓNICA CHILE - VRG - LINHAS AÉREAS
CHI Telecomunicações
1.089,3
1.275,8
-14,6
28,0
21,9
27,9
432,2
573,9
-24,7
BRA Transporte/Logística
1.089,2
415,6
162,1
-404,2
-126,6
-219,3
N.D.
N.D.
-
387
425 OLÍMPICA
COL Comércio
1.087,1
1.041,1
4,4
23,4
20,8
12,5
N.D.
N.D.
-
388
351 PROFARMA
BRA Comércio
1.084,9
1.276,5
-15,0
13,5
19,3
-30,1
33,3
38,0
-12,4
389
386 URBI DESARROLLOS URBANOS
MÉX Construção
1.084,6
1.170,7
-7,4
156,7
160,1
-2,1
244,6
274,4
-10,9
390
372 MARCOPOLO
BRA Automotivo/Autopeças
1.083,5
1.202,0
-9,9
57,5
74,7
-23,0
109,5
94,1
16,4
391
344 WHIRLPOOL MÉXICO (2)
MÉX Eletrônica
1.081,2
1.318,5
-18,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
392
355 ELEKTRO
BRA Energia Elétrica
1.075,1
1.273,7
-15,6
167,6
263,6
-36,4
322,8
470,0
-31,3
393
379 ALL AMÉRICA LATINA
BRA Transporte/Logística
1.073,7
1.196,4
-10,3
75,6
122,4
-38,2
570,4
506,2
12,7
394
384 BLACK & DECKER DE MÉXICO (2)
MÉX Máquinas/Equip.
1.070,4
1.176,5
-9,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
395
346 GRUPO FAMSA
MÉX Comércio
1.067,2
1.299,2
-17,9
42,7
47,5
-10,1
102,4
151,5
-32,4
396
477 CONECEL (7)
EQU Telecomunicações
1.067,0
872,0
22,4
396,0
N.D.
-
484,0
360,0
34,4
397
444 MASISA
CHI Manufatura
1.065,9
965,8
10,4
44,1
41,1
7,3
155,1
158,0
-1,8
398
482 MOVISTAR
PER Telecomunicações
1.065,2
866,0
23,0
167,1
34,8
380,2
387,7
238,6
62,5
399
366 CESP
BRA Energia Elétrica
1.061,1
1.231,7
-13,9
-1.006,3
100,8
-1.098,3
-503,7
846,8
-159,5
400
416 MAGAZINE LUIZA (2)
BRA Comércio
1.060,0
1.063,8
-0,4
N.D.
10,3
-
N.D.
67,1
-
(Notas na pág. 87)
102 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
QUIÑENCO O CONGLOMERADO CHILENO REGISTROU QUEDA DE 16,6% EM VENDAS. MAS NÃO FOI UM MAU ANO PARA SEUS DONOS: O LUCRO DA QUIÑENCO AUMENTOU 69,5%.
FRANCISCO PÉREZ MACKENNA, GERENTE GERAL DA QUIÑENCO
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
SITE (www.)
RK 2008
269,7
17,4
10,7
3,9
12.600
Sim
P
-
-
fragua.com.mx
351
514,6
11,8
3,4
5,1
N.D.
Sim
P
-
-
sigdokoppers.cl
352
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
1.201,0
99,9
scania.com.br
353
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
danone.com
354
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
217,0
18,2
vitro.com.mx
355
62.814,3
2.194,4
4,8
0,2
8,9
N.D.
Não
E
-
-
isa.com.co
356
1.985,2
1.397,4
11,0
7,8
13,1
2.873
Sim
P
567,9
48,2
sivensa.com
357
912,7
426,9
6,2
2,9
2,3
N.D.
Sim
P*
129,6
11,0
alicorp.com.pe
358
3.866,3
2.044,2
17,5
9,3
30,5
N.D.
Sim
P
-
-
quinenco.cl
359
1.254,1
505,4
41,7
16,8
18,0
N.D.
Não
P
-
-
entelpcs.cl
360
2.683,2
675,5
45,2
11,4
26,1
N.D.
Sim
P
-
-
ccrnet.com.br
361
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
1.168,5
100,0
spence.cl
362
5.634,1
2.523,4
4,7
2,1
10,2
N.D.
Não
P
-
-
minera.cl
363
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
cruzazul.com.mx
364
926,4
567,2
66,0
40,4
32,5
N.D.
Não
P*
1.151,4
100,0
phelpsdodge.com
365
4.074,9
2.564,9
1,8
1,1
4,0
N.D.
Sim
P
-
-
colbun.cl
366
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
movistar.com.co
367
N.D.
N.D.
-
-
-
12.000
Não
P
240,5
21,0
aurora.com.br
368
N.D.
N.D.
-
-
-
4.573
Não
P*
-
-
unilever.com.mx
369
1.540,8
376,6
1,9
0,5
0,6
1.650
Sim
P
130,9
11,5
pqu.com.br
370
2.335,9
1.309,1
6,1
3,4
7,0
N.D.
Não
P
-
-
cimentocaue.com.br
371
757,1
N.D.
-
-8,0
-5,3
500
Não
P
576,4
50,8
imcopa.com
372
2.534,2
1.368,1
14,1
7,6
17,1
N.D.
Não
P*
-
-
codensa.com.co
373
N.D.
N.D.
-
-
15,0
3.000
Sim
P
-
-
acindar.com.ar
374
1.880,9
1.066,1
17,1
9,7
16,3
1.433
Não
P
1.068,7
95,3
cmpc.cl
375
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
333,7
29,8
firestone.com.br
376
936,4
681,9
22,2
16,2
13,6
N.D.
Não
P
-
-
queirozgalvao.com
377
943,3
755,1
42,8
34,2
29,1
N.D.
Não
P*
1.110,9
100,0
phelpsdodge.com
378
350,0
189,6
-0,8
-0,4
-0,1
4.109
Não
P
-
-
ultragaz.com.br
379
bayer.com.mx
380
madeco.cl
381
N.D.
N.D.
-
-
-
2.980
Não
P*
-
-
876,9
659,9
23,4
17,6
14,0
N.D.
Sim
P
183,3
16,6
N.D.
N.D.
-
-
-
7.899
Não
P
-
-
barateiro.com
382
1.371,0
284,7
-63,8
-13,3
-16,6
4.701
Não
P*
-
-
dupont.com.br
383
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
ajegroup.com
384
2.831,2
1.514,1
1,8
1,0
2,6
N.D.
Sim
P*
-
-
telefonicachile.cl
385
2.253,0
299,5
-135,0
-17,9
-37,1
N.D.
Não
P
-
-
voegol.com.br
386
654,7
284,9
8,2
3,6
2,2
N.D.
Não
P
-
-
olimpica.com.co
387
391,7
200,0
6,8
3,4
1,2
2.000
Sim
P
-
-
profarma.com.br
388
2.177,0
1.111,7
14,1
7,2
14,4
3.776
Sim
P
-
-
urbi.com.mx
389
1.042,0
292,5
19,7
5,5
5,3
13.664
Sim
P
274,8
25,4
marcopolo.com.br
390
N.D.
N.D.
-
-
-
7.700
Não
P*
-
-
whirlpool.com.mx
391
1.264,4
472,0
35,5
13,3
15,6
2.678
Sim
P*
-
-
elektro.com.br
392
5.034,5
1.067,8
7,1
1,5
7,0
N.D.
Sim
P
-
-
all-logistica.com
393
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
blackanddecker.com.mx
394
1.516,9
526,9
8,1
2,8
4,0
18.300
Sim
P
-
-
grupofamsa.com
395
N.D.
N.D.
-
-
37,1
N.D.
Não
P
-
-
conecel.com.ec
396
2.304,0
1.278,8
3,4
1,9
4,1
N.D.
Sim
P
200,5
18,8
masisa.cl
397
988,1
353,4
47,3
16,9
15,7
N.D.
Não
P*
-
-
movistar.com.pe
398
7.300,5
3.382,3
-29,8
-13,8
-94,8
1.321
Sim
E
-
-
cesp.com.br
399
N.D.
N.D.
-
-
-
12.000
Não
P
-
-
magazineluiza.com.br
400
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 103
351 - 400
437,9 1.803,2
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
RK RK 2008 2007
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
272 CARAÍBA METAIS
BRA Siderurgia/Metalurgia
1.057,3
1.713,5
-38,3
5,2
8,4
-38,1
19,7
35,4
-44,4
402
415 GBARBOSA
BRA Comércio
1.055,5
1.070,2
-1,4
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
403
349 ELECTROLUX DO BRASIL
BRA Eletrônica
1.050,7
1.282,0
-18,0
35,8
58,9
-39,3
N.D.
N.D.
-
404
373 AMPLA
BRA Energia elétrica
1.048,9
1.200,6
-12,6
120,4
86,6
39,0
301,9
367,9
-17,9
405
443 CGE DISTRIBUCIÓN
CHI Energia elétrica
1.040,3
968,3
7,4
58,6
77,7
-24,6
103,7
125,7
-17,5
406
436 3M DO BRASIL (2)
BRA Petroquímica
1.040,1
1.000,5
4,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
407
389 TIENDAS COM. MEXICANA (2) (42)
MÉX Comércio
1.036,1
1.146,8
-9,7
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
408
363 LIQUIGÁS
BRA Comércio
1.034,5
1.257,9
-17,8
25,4
51,9
-51,0
64,4
85,2
-24,4
409
385 BASF DE MÉXICO (2)
MÉX Química/Farmácia
1.030,5
1.170,9
-12,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
410
371 INFRAERO
BRA Transporte/Logística
1.027,2
1.209,3
-15,1
65,9
-43,0
253,3
N.D.
N.D.
-
411
387 TIENDAS SANBORNS (2)
MÉX Comércio
1.025,3
1.167,5
-12,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
412
499 PATAGONIA (4)
ARG Comércio
1.018,2
824,3
23,5
321,4
19,6
1.539,8
587,4
35,8
1.539,8
413
439 COSTCO MÉXICO (2) (42)
MÉX Comércio
1.015,3
999,5
1,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
414
491 ALUAR
ARG Siderurgia/Metalurgia
1.012,0
886,7
14,1
104,9
165,8
-36,7
385,4
362,8
6,2
- CONSORCIO MINERO CORMIN
416
434 GRUPO ANDRÉ MAGGI (1) (2)
417
413 CVG VENALUM (2)
418
- EQUATORIAL
PER Comércio
1.011,7
611,5
65,5
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
BRA Agroindústria
1.007,7
1.005,0
0,3
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
VEN Siderurgia/Metalurgia
1.005,0
1.082,3
-7,1
N.D.
30,9
-
N.D.
N.D.
-
BRA Energia elétrica
1.003,9
496,2
102,3
128,4
87,2
47,2
335,6
215,9
55,4 -188,2
419
303 GRUPO SCHINCARIOL
BRA Bebidas
1.003,2
1.473,4
-31,9
-56,7
64,3
-188,2
-147,8
167,7
420
390 CHRYSLER
ARG Automotivo/Autopeças
999,0
1.146,7
-12,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
421
383 CICSA (6)
MÉX Construção
993,9
1.178,4
-15,7
42,0
27,2
54,4
75,3
80,7
-6,7 149,2
422 423 424 425 426
- INTEROCEÁNICA 452 HOSPITALES ANGELES (2) - FALABELLA PERÚ 431 BP EXPLORATION COMPANY - WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS
CHI Transporte/Logística
983,7
732,8
34,2
0,7
-13,8
105,1
6,5
-13,2
MÉX Serviços de saúde
980,0
942,9
3,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
PER Comércio
978,1
740,2
32,1
75,0
68,9
8,9
154,3
132,0
16,9
COL Petróleo/Gás
973,8
1.009,8
-3,6
431,8
344,6
25,3
N.D.
N.D.
-
BRA Petroquímica
972,7
1.147,9
-15,3
-7,3
162,6
-104,5
84,4
169,2
-50,1
427
428 CONFAB
BRA Siderurgia/Metalurgia
971,4
1.021,2
-4,9
217,4
140,6
54,6
222,1
216,5
2,6
428
398 AÇOS VILLARES
BRA Siderurgia/Metalurgia
969,6
1.128,0
-14,0
167,6
179,2
-6,5
284,9
295,6
-3,6
CHI Construção
965,5
765,7
26,1
26,3
44,0
-40,2
64,9
72,0
-9,9
CHI Serviços de saúde
965,1
1.058,8
-8,8
47,3
58,6
-19,3
95,5
109,8
-13,0
429 430 431
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
PAÍS
401
415
401 - 450
EMPRESA
- SALFACORP 420 EMPRESAS BANMÉDICA
COL Petróleo/Gás
952,8
691,8
37,7
143,6
66,3
116,6
239,3
169,7
41,0
432
437 H-E-B SUPERMERCADOS (2)
MÉX Comércio
950,0
1.000,4
-5,0
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
433
393 KRAFT FOODS
BRA Alimentos
949,9
1.136,1
-16,4
117,0
57,9
102,1
N.D.
N.D.
-
434
402 CELPE
BRA Energia elétrica
947,6
1.122,5
-15,6
199,5
175,9
13,4
306,2
344,7
-11,2
435
472 GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG
PER Comércio
944,8
882,3
7,1
N.D.
3,8
-
N.D.
39,8
-
436
456 ALPURA (2)
MÉX Alimentos
943,0
937,7
0,6
N.D.
1,8
-
N.D.
N.D.
-
437
394 GRUPO PALACIO DE HIERRO (1) (17)
MÉX Comércio
940,8
1.135,7
-17,2
48,8
60,7
-19,6
115,8
134,9
-14,2
438
455 GRUPO TACA
EL S. Transporte/Logística
940,0
938,0
0,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
439
467 RENAULT ARGENTINA
ARG Automotivo/Autopeças
938,9
901,9
4,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
440
489 M. DIAS BRANCO
BRA Alimentos
938,2
850,9
10,3
91,7
45,2
102,9
159,3
114,9
38,6
441
410 LOJAS RENNER
BRA Comércio
934,3
1.090,1
-14,3
69,5
88,0
-21,0
128,5
161,5
-20,4
442
457 GRUPO AUTOFIN (2)
MÉX Comércio
932,0
933,9
-0,2
N.D.
58,4
-
N.D.
N.D.
-
443
400 GRUPO CONTINENTAL
MÉX Bebidas
927,3
1.125,3
-17,6
130,1
147,0
-11,5
194,0
228,8
-15,2
444
331 ALBRAS
BRA Siderurgia/Metalurgia
924,7
1.359,0
-32,0
70,2
173,7
-59,6
197,5
3.951,8
-95,0
445
497 MINERVA
BRA Agroindústria
907,5
825,7
9,9
-92,2
19,6
-570,4
65,6
45,4
44,5
CHI Celulose/Papel
903,7
785,7
15,0
10,6
59,8
-82,3
N.D.
N.D.
-
24,3
-15,6
112,1
102,8
9,0
446
- HOCOL
- CMPC TISSUE
447
484 CAROZZI
CHI Alimentos
902,8
868,5
3,9
20,5
448
419 SUPERAMA (9)
MÉX Comércio
898,7
1.059,6
-15,2
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
449
401 BANDEIRANTE ENERGIA
BRA Energia elétrica
886,0
1.125,2
-21,3
88,0
130,6
-32,6
171,7
234,4
-26,7
450
422 COPASA
BRA Serviços básicos
881,6
1.052,0
-16,2
174,5
185,9
-6,1
350,0
376,0
-6,9
(Notas na pág. 87)
104 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
EQUATORIAL O DESEMPENHO DESTA BRASILEIRA EM 2008 DEMONSTRA POR QUE É UMA DAS ESTRELAS EMERGENTES DO SETOR ELÉTRICO: CRESCEU 102,3%.
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
SITE (www.)
RK 2008
368,0
1,4
0,5
0,5
N.D.
Sim
P
937,8
88,7
paranapanema.com.br
401
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
gbarbosa.com.br
402
520,7
157,4
22,7
6,9
3,4
6 773
Não
P*
-
-
electrolux.com.br
403
1.920,0
661,5
18,2
6,3
11,5
1.248
Sim
P*
-
-
ampla.com
404
801,9
332,0
17,7
7,3
5,6
N.D.
Sim
P
-
-
cge.cl
405
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
94,3
9,1
3m.com.br
406
N.D.
N.D.
-
-
-
8.250
Não
P
-
-
comerci.com.mx
407
315,4
208,9
12,2
8,1
2,5
3.268
Não
P
-
-
liquigas.com.br
408
N.D.
N.D.
-
-
-
1.100
Não
P*
-
-
basf.com
409
927,5
463,5
14,2
7,1
6,4
11.531
Não
E
-
-
infraero.gov.br
410
N.D.
N.D.
-
-
-
5.900
Não
P
-
-
sanborns.com.mx
411
363,4
185,2
173,6
88,4
31,6
8.820
Sim
P
-
-
laanonima.com.ar
412
N.D.
N.D.
-
-
-
9.243
Não
P
-
-
costco.com.mx
413
2.129,6
890,4
11,8
4,9
10,4
N.D.
Sim
P*
-
-
aluar.com.ar
414
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
1.011,7
100,0
-
415
N.D.
N.D.
-
-
-
3.000
Não
P
635,0
63,0
grupomaggi.com.br
416
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
E
-
-
venalum.com.ve
417
2.164,9
471,2
27,2
5,9
12,8
N.D.
Não
P
-
-
equatorialenergia.com.br
418
1.648,7
460,6
-12,3
-3,4
-5,7
11.000
Não
P
-
-
schincariol.com.br
419
N.D.
N.D.
-
-
-
1.765
Não
P*
-
-
chrysler.com.ar
420
1.110,6
631,6
6,6
3,8
4,2
8.923
Sim
P
148,0
14,9
ccicsa.com.mx
421
229,1
66,3
1,1
0,3
0,1
N.D.
Sim
P
32,2
3,3
ccni.cl
422
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
hospitalangelespedregal.com.mx
423
1.172,5
339,3
22,1
6,4
7,7
N.D.
Sim
P*
-
-
falabella.cl
424
624,3
239,8
180,1
69,2
44,3
N.D.
Não
P*
590,1
60,6
bp.com
425
1.640,9
889,7
-0,8
-0,4
-0,7
3.212
Não
P
-
-
whitemartins.com.br
426
896,4
531,8
40,9
24,3
22,4
2.617
Sim
P
-
-
confab.com.br
427
840,5
409,1
41,0
19,9
17,3
N.D.
Sim
P
259,2
26,7
villares.com.br
428
965,8
363,7
7,2
2,7
2,7
N.D.
Sim
P
-
-
salfacorp.cl
429
640,0
209,0
22,6
7,4
4,9
N.D.
Sim
P
-
-
empresasbanmedica.cl
430
544,0
350,1
41,0
26,4
15,1
N.D.
Não
P
-
-
hocol.com.co
431
N.D.
N.D.
-
-
-
6.000
Não
P*
-
-
hebmexico.com
432
620,0
170,1
68,8
18,9
12,3
1.742
Não
P*
-
-
kraft.com.br
433
1.505,2
559,8
35,6
13,3
21,1
N.D.
Sim
P*
-
-
celpe.com.br
434
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
ewong.com
435
N.D.
N.D.
-
-
-
5.621
Não
P
-
-
alpura.com.mx
436
1.301,9
714,3
6,8
3,7
5,2
8.456
Sim
P
-
-
elpalaciodehierro.com.mx
437
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
taca.com
438
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
renault.com.ar
439
1.011,6
516,6
17,8
9,1
9,8
N.D.
Sim
P
-
-
mdiasbranco.com.br
440
667,1
304,4
22,8
10,4
7,4
N.D.
Sim
P
-
-
lojasrenner.com.br
441
N.D.
N.D.
-
-
-
6.458
Não
P
-
-
autofin.com.mx
442
764,6
614,0
21,2
17,0
14,0
13.921
Sim
P
-
-
contal.com
443
1.318,9
845,0
8,3
5,3
7,6
N.D.
Não
P
852,0
92,1
albras.com.br
444
863,6
134,4
-68,6
-10,7
-10,2
7.000
Sim
P
762,7
84,0
minerva.ind.br
445
1.023,5
N.D.
-
1,0
1,2
4.686
Sim
P
34,8
3,9
cmpc.cl
446
846,1
231,8
8,8
2,4
2,3
N.D.
Sim
P
196,5
21,8
carozzi.cl
447
N.D.
N.D.
-
-
-
9.618
Não
P*
-
-
superama.com.mx
448
963,1
291,0
30,2
9,1
9,9
1.068
Sim
P
-
-
bandeirante.com.br
449
2.678,0
1.627,4
10,7
6,5
19,8
11.116
Sim
E
-
-
copasa.com.br
450
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 105
401 - 450
1.046,9
MAIORES EMPRESAS M
AS S
DA AMÉRICA LATINA
RK RK 2008 2007
SETOR
VENDAS 2008 US$ Milh.
VENDAS 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
LUCRO LÍQUIDO 2007 US$ Milh.
VARIAÇÃO LUCRO 08/07 (%)
EBITDA 2008 US$ Milh.
EBITDA 2007 US$ Milhões
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
426 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES
BRA Transporte/Logística
872,9
1.032,3
-15,4
80,6
130,9
-38,4
313,9
330,4
-5,0
452
430 FERROMEX
MÉX Transporte/Logística
867,1
1.010,9
-14,2
114,9
138,6
-17,1
221,8
267,6
-17,1
BRA Petróleo/Gás
863,7
752,2
14,8
56,1
69,1
-18,8
156,6
199,0
-21,3
CHI Mineração
862,8
1.072,8
-19,6
500,4
667,3
-25,0
547,1
829,0
-34,0
454
- CEG 414 MINERA ZALDÍVAR
455
- PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA
PER Petróleo/Gás
857,4
766,3
11,9
5,2
4,9
6,3
11,0
9,8
12,8
456
- ELÉCTRICA DE CARACAS
VEN Energia Elétrica
851,6
1.015,8
-16,2
-140,4
47,1
-398,1
N.D.
N.D.
-
457
- CARAMURU
BRA Alimentos
845,9
731,3
15,7
-10,4
20,7
-150,4
N.D.
N.D.
-
458
487 DUPONT MÉXICO
MÉX Química/Farmácia
843,0
801,0
5,2
N.D.
55,1
-
N.D.
N.D.
459
483 ITAMBÉ
BRA Alimentos
842,0
956,0
-11,9
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
460
403 AXTEL
MÉX Telecomunicações
836,6
1.116,8
-25,1
-50,6
45,0
-212,4
304,4
374,2
-18,7
461
448 GASCO
CHI Petróleo/Gás
835,5
957,2
-12,7
4,3
53,9
-92,0
94,8
177,0
-46,4
462
495 ULTRAFÉRTIL
BRA Química/Farmácia
833,1
828,0
0,6
102,2
105,5
-3,1
N.D.
N.D.
-
463
412 PARIS
CHI Comércio
828,2
1.084,7
-23,6
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
464
441 UTE
URU Energia Elétrica
825,5
1.101,8
-25,1
-332,4
220,3
-250,9
-24,9
631,0
-103,9
465
470 POSITIVO INFORMÁTICA
BRA Eletrônica
824,7
896,8
-8,0
58,2
37,1
56,9
81,8
54,4
50,4
466
449 OXITENO
BRA Petróleo/Gás
824,2
950,2
-13,3
N.D.
N.D.
-
89,9
88,7
1,3
467
404 CPFL PIRATININGA
BRA Energia Elétrica
823,3
1.116,1
-26,2
95,0
182,4
-47,9
178,3
323,3
-44,8
468
421 EDITORA ABRIL
BRA Mídia
821,6
1.053,0
-22,0
78,5
48,9
60,5
N.D.
N.D.
-
469
459 GRUPO GLORIA
PER Alimentos
820,4
945,7
-13,2
99,2
86,1
15,2
121,8
195,0
-37,5
470
445 COELCE
BRA Energia Elétrica
819,4
961,1
-14,7
144,9
138,2
4,8
252,8
269,1
-6,1
471
451 DURATEX
BRA Manufatura
818,8
943,1
-13,2
134,3
180,0
-25,4
249,7
315,1
-20,8
472
438 GUARARAPES - RIACHUELO
BRA Têxtil/Calçados
817,3
999,6
-18,2
58,6
101,5
-42,3
43,4
38,4
13,0
473
474 DOUX FRANGOSUL
BRA Alimentos
814,7
873,7
-6,7
6,0
N.D.
-
93,3
N.D.
-
474
- ELECTRICARIBE
COL Energia Elétrica
809,5
804,0
0,7
34,9
14,9
134,2
148,1
112,8
31,3
- UCP BACKUS & JOHNSTON
475
PER Bebidas
809,3
738,6
9,6
130,0
102,8
26,5
295,5
243,3
21,5
476
488 ANGLO AMERICAN NORTE
CHI Mineração
807,9
851,3
-5,1
263,9
507,0
-48,0
246,3
467,9
-47,4
477
454 IUSACELL
MÉX Telecomunicações
801,7
941,2
-14,8
-235,9
-117,7
-100,4
159,7
192,8
-17,2
478
- C. VALE
BRA Agroindústria
800,8
766,4
4,5
11,7
12,7
-7,3
N.D.
N.D.
-
BRA Automotivo/Autopeças
798,7
925,5
-13,7
26,6
59,9
-55,6
118,7
162,5
-27,0
479
461 MAHLE METAL LEVE
480
- EASY
ARG Comércio
796,6
597,7
33,3
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
481
- IOCHPE-MAXION
BRA Automotivo/Autopeças
782,1
727,9
7,4
91,6
40,9
124,0
114,7
93,5
22,7
BRA Transporte/Logística
780,4
849,9
-8,2
58,4
88,6
-34,1
300,0
315,3
-4,9
BRA Comércio
778,1
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
482 483
490 LOCALIZA - BRETAS SUPERMERCADOS
484
447 CELG
BRA Energia Elétrica
774,1
967,6
-20,0
-108,7
-105,5
-3,0
126,4
122,7
3,0
485
429 SOTREQ
BRA Automotivo/Autopeças
770,6
1.015,1
-24,1
37,8
43,8
-13,8
N.D.
N.D.
-
486
465 ZAFFARI E BOURBON
BRA Comércio
769,1
906,0
-15,1
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
487
492 TIGRE - TUBOS E CONEXÕES
BRA Manufatura
767,0
849,3
-9,7
N.D.
70,9
-
N.D.
159,7
-
PER Mineração
766,6
743,8
3,1
203,3
369,5
-45,0
-59,1
222,8
-126,5
488
P: PRIVADA LOCAL, P*: PRIVADA ESTRANGEIRA, E: ESTATAL
PAÍS
451 453
451 - 500
EMPRESA
- BUENAVENTURA
489
310 SUZANO PETROQUÍMICA
BRA Petroquímica
766,4
1.414,8
-45,8
-145,5
81,6
-278,3
-25,7
162,1
-115,9
490
486 ITAUTEC
BRA Eletrônica
764,5
860,4
-11,1
17,3
56,8
-69,5
35,7
67,2
-46,9
491
- PREZUNIC SUPERMERCADOS
BRA Comércio
763,5
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
492
- CONTAX
BRA Telecomunicações
759,4
771,1
-1,5
39,5
30,5
29,5
105,6
92,5
14,2
493 494 495
469 TUPY - PETROBRAS (15) 460 CORPORACIÓN DURANGO
BRA Siderurgia/Metalurgia
756,4
900,9
-16,0
72,1
62,9
14,6
124,7
118,3
5,4
COL Petróleo/Gás
752,1
794,3
-5,3
50,9
86,3
-41,0
295,3
301,2
-2,0
MÉX Celulose/Papel
750,8
748,7
0,3
N.D.
-28,6
-
N.D.
95,3
-
496
- GAFISA
BRA Construção
744,7
661,8
12,5
47,0
64,1
-26,7
77,0
88,0
-12,5
497
- FERREYROS
PER Máquinas/Equip.
741,8
645,7
14,9
26,1
42,1
-38,0
97,9
67,5
45,0
498
- OCCIDENTAL DE COLOMBIA
COL Petróleo/Gás
732,8
583,7
25,5
349,7
283,7
23,3
61,0
47,7
27,9
499
- DMA DISTRIBUIDORA
BRA Comércio
731,8
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
N.D.
N.D.
-
500
494 FARMACIAS BENAVIDES
MÉX Comércio
719,0
839,1
-14,3
6,0
22,6
-73,5
27,9
43,9
-36,4
(Notas na pág. 87)
106 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
BUENAVENTURA COM OS PREÇOS DOS MINERAIS EM QUEDA, A PERUANA GANHA PONTOS ONDE OUTROS FALHARAM: INCREMENTOU SUAS VENDAS EM 3,1%. ROQUE BENAVIDES, PRESIDENTE EXECUTIVO DA BUENAVENTURA
ATIVO TOTAL 2008 US$ Milh.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2008 US$ Milh.
ROE (%)
ROA (%)
MARGEM EMPREGADOS LÍQUIDA (%) 2008
Presença EM BOLSA
Tipo de PROPRIEDADE
EXPORTAÇÕES 2008 US$ Milh.
EXPORTAÇÕES COMO % DAS VENDAS
SITE (www.)
RK 2008
1.891,1
344,3
23,4
4,3
9,2
N.D.
Sim
P
-
-
agsa.com.br
451
1.190,0
808,0
14,2
9,7
13,3
6.921
Sim
P
-
-
ferromex.com.mx
452
815,7
227,2
24,7
6,9
6,5
N.D.
Sim
P
-
-
ceg.com.br
453
941,6
693,1
72,2
53,1
58,0
N.D.
Não
P*
854,7
99,1
barrick.com
454
82,3
26,7
19,4
6,3
0,6
294
Não
P
-
-
pecsa.com.pe
455
4.311,9
2.644,9
-5,3
-3,3
-16,5
N.D.
Não
E
-
-
laedc.com.ve
456
572,5
130,6
-8,0
-1,8
-1,2
N.D.
Não
P
470,6
55,6
caramuru.com
457
N.D.
N.D.
-
-
-
1.670
Não
P*
-
-
dupont.com.mx
458
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
itambe.com.br
459
1.559,3
573,4
-8,8
-3,2
-6,0
6.946
Sim
P
-
-
axtel.com.mx
460
1.656,3
458,6
0,9
0,3
0,5
N.D.
Sim
P
-
-
gasco.cl
461
806,0
290,7
35,2
12,7
12,3
N.D.
Não
P
-
-
fosfertil.com.br
462
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
paris.cl
463
3.689,5
2.880,1
-11,5
-9,0
-40,3
N.D.
Não
E
-
-
ute.com.uy
464
496,9
243,9
23,9
11,7
7,1
3.800
Sim
P
-
-
positivoinformatica.com.br
465
N.D.
-
-
-
1.565
Não
P
108,4
13,2
ultrapar.com
466
98,6
96,3
12,3
11,5
N.D.
Sim
P
-
-
cpfl.com.br
467
740,7
76,4
102,7
10,6
9,6
4.100
Não
P
-
-
abril.com.br
468
650,2
334,2
29,7
15,3
12,1
N.D.
Não
P
79,7
9,7
grupogloria.com
469
1.190,2
392,4
36,9
12,2
17,7
1.280
Sim
P*
-
-
coelce.com.br
470
1.443,5
740,9
18,1
9,3
16,4
N.D.
Sim
P
-
-
duratex.com.br
471
848,3
567,7
10,3
6,9
7,2
N.D.
Sim
P
-
-
lojasriachuelo.com.br
472
772,2
148,8
4,1
0,8
0,7
8.000
Não
P*
813,8
99,9
frangosul.com.br
473
1.700,8
856,2
4,1
2,1
4,3
6.700
Não
P
-
-
eletricaribe.com
474
975,2
636,3
20,4
13,3
16,1
N.D.
Não
P*
34,4
4,3
backus.com.pe
475
523,0
262,1
100,7
50,5
32,7
N.D.
Não
P*
801,0
99,2
angloamerican.co.uk
476
1.270,0
8,1
-2.912,3
-18,6
-29,4
5.547
Sim
P
-
-
iusacell.com.mx
477
519,2
146,7
8,0
2,3
1,5
4.710
Não
P
174,7
21,8
cvale.com.br
478
698,8
191,1
13,9
3,8
3,3
8.812
Sim
P*
316,4
39,6
mahle.com.br
479
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P*
-
-
easy.com.ar
480
485,2
189,5
48,3
18,9
11,7
N.D.
Sim
P
-
-
iochpe-maxion.com.br
481
879,3
229,9
25,4
6,6
7,5
N.D.
Sim
P
-
-
localiza.com
482
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
bretas.com.br
483
2.676,0
208,3
-52,2
-4,1
-14,0
2.850
Sim
E
-
-
celg.com.br
484
467,8
128,3
29,4
8,1
4,9
N.D.
Não
P
-
-
sotreq.com.br
485
N.D.
N.D.
-
-
-
9.500
Não
P
-
-
zaffari.com.br
486
N.D.
N.D.
-
-
-
5.400
Não
P
23,6
3,1
tigre.com.br
487
2.268,3
1.729,0
11,8
9,0
26,5
N.D.
Sim
P
319,7
41,7
buenaventura.com.pe
488
1.021,2
294,3
-49,4
-14,2
-19,0
N.D.
Sim
P
84,0
11,0
suzano.com.br
489
518,5
193,9
8,9
3,3
2,3
5.700
Sim
P
-
-
itautec.com.br
490
N.D.
N.D.
-
-
-
6.500
Não
P
-
-
prezunic.com.br
491
424,8
121,0
32,6
9,3
5,2
74.500
Sim
P
-
-
contax.com.br
492
872,4
332,6
21,7
8,3
9,5
N.D.
Sim
P
437,6
57,9
607,9
194,7
26,1
8,4
6,8
74.240
Sim
P*
-
tupy.com.br
493
-
petrobras.com.co
494
N.D.
N.D.
-
-
-
11.850
Sim
P
-
-
corpdgo.com.mx
495
2.370,1
690,0
6,8
2,0
6,3
N.D.
Sim
P
-
-
gafisa.com.br
496
701,4
172,8
15,1
3,7
3,5
N.D.
Sim
P
-
-
ferreyros.com.pe/html/home.htm
497
413,8
170,5
205,1
84,5
47,7
N.D.
Não
P*
-
-
oxy.com
498
N.D.
N.D.
-
-
-
N.D.
Não
P
-
-
grupodma.com.br
499
312,4
99,0
6,1
1,9
0,8
6.841
Não
P*
-
-
benavides.com.mx
500
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 107
451 - 500
N.D. 774,9
AS MAIS RENTÁVEIS
LEVANTE A MÃO QUEM MAIS GANHOU Ebitda, margem líquida, ROA ou ROE. Os indicadores de rentabilidade demonstram que 2008 não foi um ano fácil. Alguns casos, como Barrick Misquichilca e Escondida, são a boa exceção
O
s executivos peruanos da Minera Barrick Misquichilca podem encher o peito e dizer que têm a operação mais eficiente da América Latina. Esse é o resultado quando usamos a margem Ebitda – relação entre o Ebitda e a receita líquida – para comparar as empresas que compõem o Ranking das 500. Esse indicador é a forma contábil de expressar o desempenho operacional de uma empresa. No caso da companhia peruana, significa que gastou US$ 18,8 em suas operações para conseguir US$ 100 de receita, deixando livre os US$ 81,2 restantes. O preço do ouro colaborou para esse resultado, mas sem dúvida há méritos internos que fizeram com que esta se destacasse da concorrência. O Ebitda é um indicador limpo. Essa sigla significa, em inglês, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, refletindo resultados livres da influência da estrutura de financiamento da companhia, seus investimentos passados ou a legislação tributária de cada país. Só é influenciada pelo 108 AMÉRICAECONOMIA
negócio em si. E melhorar o Ebitda significa melhorar diretamente a eficiência operacional de uma empresa. As empresas que mais melhoraram esse indicador entre 2007 e 2008 estão no extremo Sul do continente. O primeiro lugar é da Patagonia, sociedade dona de uma rede de supermercados no Sul da Argentina e que melhorou seu Ebitda em 1.539%. Nada mal. E em seguida surge a companhia chilena de eletricidade Colbún, com 1.008%.
FÓRMULA DO LUCRO Mas nada é grátis no mundo dos negócios. É preciso pagar pelos ativos fixos, bem como dívidas e impostos, e nenhuma análise de rentabilidade é adequada se não se referir à última das últimas linhas: o lucro líquido, e quantos recursos usamos para consegui-lo. Em 2008, a capacidade de gerar lucro caiu fortemente, no mesmo ritmo que os preços e a atividade. Mas há exceções que parecem nem sentir a crise chegar. É o caso daquelas que tira-
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
ram boa rentabilidade de seus ativos, ou ROA, na sigla em inglês. Neste caso, o ranking novamente é liderado pela argentina Patagonia, seguida da petrolífera Occidental de Colombia, filial da norteamericana OXY, com ROA de 88,4% e 84,5%, respectivamente. Mas o que interessa ao acionista é o ROE, sigla em inglês que descreve quanto lucro foi gerado pelo dinheiro que ele mesmo colocou, o patrimônio do negócio. Este ano, os resultados estiveram muito acima dos conquistados em anos anteriores. Este ranking é liderado pela hidroelétrica paraguaio-brasileira Itaipu Binacional. A companhia de eletricidade conseguiu lucro equivalente a 881,9% de seu patrimônio. Para isso colaborou o fato de o ano de 2008 ter sido de resultados recordes para a maior hidroelétrica do mundo. Isso lhe permitiu repartir dividendos históricos entre os governos dos dois países que dividem a propriedade em partes iguais – o que explica o fato de o patrimônio ser muito baixo em relação ao volume do negócio. / JULHO, 2009
O ATRASO DO COBRE CHILENO Outra análise interessante é a da capacidade das empresas de gerar lucro de acordo com o número de empregados. Neste ranking, a mineradora chilena Escondida mantém o primeiro lugar, com US$ 1,15 milhão por trabalhador de planta. Apesar de ter registrado queda de quase US$ 1 milhão por cada trabalhador, a empresa continua no topo. É seguida por outra mineradora chilena, a Antofagasta PLC, com US$ 972 mil em lucro por empregado. São o último sinal de reinado dessas companhias chilenas nos rankings de rentabilidade. Durante os últimos quatro anos, as companhias de cobre chilenas lideraram de longe em capacidade de gerar lucro, independentemente do indicador de rentabilidade que se colocasse em sua frente. Com a queda pronunciada do preço do cobre em 2008, além de custos que não seguiram a mesma direção, estas companhias compartilham posições com elétricas, petrolíferas, siderúrgicas e empresas de serviços de toda a região. Q
AS MAIS RENTÁVEIS MARGEM EBITDA
OS MAIS COMPETENTES
RENTABILIDADE MÉDIA EM US$ MIL, POR TRABALHADORES/PAÍS, TOP 50 FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
452,8
CHI 341,0
COL BRA
148,1
ARG
144,5
MÉX
140,2 107,7
PAN
95,0
PER
200
100
0
300
400
QUEM GANHA MAIS ROE MÉDIO POR PAÍS (%), ENTRE AS 50 MAIS RENTÁVEIS FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
173,6 (1)
ARG 118,1 (4)
COL
110,6 (27)
BRA 64,3 (10)
CHI PER
51,2 (5) 43,8 (3)
MÉX
50
0
100
150
ENTRE PARÊNTESES, NÚMERO DE EMPRESAS CONSIDERADAS
BOAS PRÁTICAS
MARGEM EBITDA MÉDIA (%) POR PAÍS, TOP 50 FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
75,7
59,7
60 45,4
46,8
47,7
48,6
49,4
51,4
40
20
0
(1) EQU
(6) MÉX
(6) COL
ENTRE PARÊNTESIS, NÚMERO DE EMPRESAS CONSIDERADAS
(16) BRA
(3) ARG
(12) CHI
(5) PER
(1) PAN
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
EBITDA RK COMO % 2008 DE VENDAS
1
BARRICK MISQUICHILCA
PER
81,2
310
2
AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
75,7
218
3
CSN
BRA
74,6
63
4
GRUPO ARGOS
COL
68,5
243
5
LOS PELAMBRES
CHI
65,7
198
6
MINERA CERRO VERDE
PER
64,5
232
7
CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO.
BRA
64,0
209
8
MINERA ZALDÍVAR
CHI
63,4
454
9
TRACTEBEL
BRA
63,4
287
10
CCR
BRA
63,0
361
11
ESCONDIDA
CHI
59,5
50
12
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
59,4
153
13
PATAGONIA
ARG
57,7
412
14
ANGLO AMERICAN SUR
CHI
57,6
214
15
ANTOFAGASTA PLC
CHI
56,3
119
16
MINERA YANACOCHA
PER
54,4
266
17
COLLAHUASI
CHI
53,2
159
18
ALL AMÉRICA LATINA
BRA
53,1
393
19
TELCEL
MÉX
52,4
32
20
GRUPO MÉXICO
MÉX
51,5
85
21
PAN AMERICAN ENERGY
ARG
50,3
242
22
PEMEX
MÉX
49,7
2
23
CANDELARIA
CHI
47,7
365 40
24
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
46,5
25
VALE
BRA
46,1
5
26
ENDESA
CHI
46,0
103
27
COMCEL
COL
45,9
164
28
MINERA EL ABRA
CHI
45,7
378
29
CONECEL
EQU
45,4
396
30
CARBONES DEL CERREJÓN
COL
44,6
175
31
GASPETRO
BRA
44,3
290
32
EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN
COL
44,2
252
33
ECOPETROL
COL
43,5
15
34
AMBEV
BRA
43,3
41
35
SABESP
BRA
43,0
151
36
FOSFÉRTIL
BRA
42,4
291
37
SQM
CHI
41,9
235
38
NEOENERGIA
BRA
41,5
156
39
TELESP
BRA
40,7
57
40
GRUPO TELEVISA
MÉX
40,5
114
41
COSIPA
BRA
40,4
147
42
ALUMBRERA
ARG
40,1
350
43
AMÉRICA MÓVIL
MÉX
40,1
6
44
COPASA
BRA
39,7
450
45
TELEFÓNICA CHILE
CHI
39,7
385
46
ENTEL
CHI
39,6
251
47
PETROBRAS
COL
39,3
494
48
COELBA
BRA
39,1
318
49
TELEFÓNICA DEL PERÚ
PER
39,1
190
50
TELEFÔNICA
BRA
39,0
26
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 109
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
LUCRO RK COMO % 2008 DE VENDAS
1
ALUNORTE
BRA
73,3
324
2
MINERA ZALDÍVAR
CHI
58,0
454
3
AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
51,2
218
4
ANTOFAGASTA PLC
CHI
50,6
119
5
BARRICK MISQUICHILCA
PER
48,3
310
6
OCCIDENTAL DE COLOMBIA
COL
47,7
498
7
LOS PELAMBRES
CHI
47,0
198
8
TELCEL
MÉX
46,2
32
9
ESCONDIDA
CHI
46,0
50
10
BP EXPLORATION COMPANY
COL
44,3
425
11
COLLAHUASI
CHI
43,3
159
12
ANGLO AMERICAN SUR
CHI
43,2
214
13
CSN
BRA
41,2
63
14
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
40,3
153
15
MINERA CERRO VERDE
PER
39,1
232
16
USIMINAS IPATINGA
BRA
38,1
112
17
CONECEL
EQU
37,1
396
18
EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN
COL
35,0
252
19
ECOPETROL
COL
34,3
15
20
ANGLO AMERICAN NORTE
CHI
32,7
476
21
CANDELARIA
CHI
32,5
365
22
TRACTEBEL
BRA
32,4
287
23
PATAGONIA
ARG
31,6
412
24
QUIÑENCO
CHI
30,5
25
VALE
BRA
26
CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO.
27 28
RETORNO SOBRE PATRIMÔNIO (ROE)
RETORNO SOBRE VENDAS
AS MAIS RENTÁVEIS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
LUCRO RK COMO % DE 2008 PATRIMÔNIO
1
ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
881,9
115
2
ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
BRA
440,4
161
3
OCCIDENTAL DE COLOMBIA
COL
205,1
498
4
BP EXPLORATION COMPANY
COL
180,1
425
5
SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
178,4
237
6
PATAGONIA
ARG
173,6
412
7
FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
133,1
49
8
CPFL-CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ
BRA
118,7
229 334
GRUPO ABRIL
BRA
118,4
10
9
ESCONDIDA
CHI
113,6
50
11
EDITORA ABRIL
BRA
102,7
468
12
ANGLO AMERICAN NORTE
CHI
100,7
476
13
CPFL PIRATININGA
BRA
96,3
467
14
CSN
BRA
86,7
63
15
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
78,5
153
16
NATURA
BRA
74,2
278
17
MINERA ZALDÍVAR
CHI
72,2
454
18
COLLAHUASI
CHI
69,0
159
19
KRAFT FOODS
BRA
68,8
433
20
CANDELARIA
CHI
66,0
365
21
SOUZA CRUZ
BRA
58,7
187
22
LOS PELAMBRES
CHI
55,9
198
23
MINERA CERRO VERDE
PER
54,3
232
359
24
ALUNORTE
BRA
51,6
324
30,2
5
25
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
51,3
40
BRA
29,8
209
26
COELBA
BRA
50,0
318
MINERA EL ABRA
CHI
29,1
378
27
IOCHP-MAXION
BRA
48,3
481
MINERA YANACOCHA
PER
28,6
266
28
MOVISTAR
PER
47,3
398
29
SQM
CHI
28,3
235
29
CARBONES DEL CERREJÓN
COL
46,2
175
30
CTI
ARG
26,9
207
30
COMGAS
BRA
45,2
250
31
BUENAVENTURA
PER
26,5
488
31
CCR
BRA
45,2
361
32
COELBA
BRA
26,2
318
32
MINERA EL ABRA
CHI
42,8
378
33
CCR
BRA
26,1
361
33
MRS
BRA
42,7
337
34
ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
25,8
115
34
WHIRLPOOL
BRA
42,2
169
35
CARBONES DEL CERREJÓN
COL
25,4
175
35
AMÉRICA MÓVIL
MÉX
41,9
6
36
SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
25,4
237
36
ENTEL PCS
CHI
41,7
360
37
NEXTEL DE MÉXICO
MÉX
25,4
200
37
HOCOL
COL
41,0
431
38
CHILECTRA
CHI
23,8
248
38
AÇOS VILLARES
BRA
41,0
428
39
SOUZA CRUZ
BRA
23,6
187
39
ANGLO AMERICAN SUR
CHI
41,0
214
40
NEOENERGIA
BRA
23,4
156
40
CONFAB
BRA
40,9
427
41
GRUPO MÉXICO
MÉX
23,0
85
41
CODELCO
CHI
40,4
17
42
CBA
BRA
22,8
340
42
FOSFÉRTIL
BRA
40,3
291
43
FOSFÉRTIL
BRA
22,5
291
43
BARRICK MISQUICHILCA
PER
38,2
310
44
MRS
BRA
22,4
337
44
KIMBERLY CLARK DE MÉXICO
MÉX
38,1
255
45
CONFAB
BRA
22,4
427
45
MINERA YANACOCHA
PER
37,8
266
46
GRUPO ELEKTRA
MÉX
22,2
134
46
COELCE
BRA
36,9
470
47
GASPETRO
BRA
21,8
290
47
LOJAS AMERICANAS
BRA
36,3
138
48
GRUPO ARGOS
COL
21,3
243
48
CELPE
BRA
35,6
434
49
CELPE
BRA
21,1
434
49
ELEKTRO
BRA
35,5
392
50
USIMINAS
BRA
20,5
59
50
TRACTEBEL
BRA
35,2
287
110 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
SUBRK 2008
EMPRESA
LUCRO RK PAÍS COMO % DE 2008 ATIVOS
1 PATAGONIA
ARG
88,4
412
2 OCCIDENTAL DE COLOMBIA
COL
84,5
498
3 BP EXPLORATION COMPANY
COL
69,2
425
4 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
56,8
153
5 MINERA ZALDÍVAR
CHI
53,1
454
6 ANGLO AMERICAN NORTE
CHI
50,5
476
7 ESCONDIDA
CHI
49,6
50
8 CANDELARIA
CHI
40,4
365
9 COLLAHUASI
CHI
38,3
159
10 MINERA CERRO VERDE
PER
36,2
232
11 LOS PELAMBRES
CHI
35,6
198
12 SOUZA CRUZ
BRA
34,6
187
13 MINERA EL ABRA
CHI
34,2
378
14 ALUNORTE
BRA
33,1
324
15 CARBONES DEL CERREJÓN
COL
33,1
175
16 BARRICK MISQUICHILCA
PER
30,2
310
17 ANGLO AMERICAN SUR
CHI
28,7
214
RETORNO SOBRE EMPREGADOS
RETORNO SOBRE ATIVOS
AS MAIS RENTÁVEIS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
LUCRO SOBRE RK EMPREGADOS 2008 US$
1 ESCONDIDA
CHI
1.151.710
50
2 ANTOFAGASTA PLC
CHI
972.365
119
3 ECOPETROL
COL
762.220
15
4 ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
587.911
115
5 TRACTEBEL
BRA
502.316
287
6 ANGLO AMERICAN SUR
CHI
385.931
214 103
7 ENDESA
CHI
314.063
8 TELCEL
MÉX
312.586
32
9 CTI
ARG
290.640
207
10 SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
235.700
237
11 COMGÁS
BRA
231.092
250
12 PETROBRAS
BRA
190.132
3
13 USIMINAS IPATINGA
BRA
173.769
112
14 TELESP
BRA
170.959
57
15 CSN
BRA
152.519
63
16 VALE
BRA
145.711
5
17 COMCEL
COL
139.867
164
18 MOVISTAR
CHI
137.000
329
19 COELBA
BRA
131.834
318
20 CMPC CELULOSA
CHI
127.425
375
18 HOCOL
COL
26,4
431
19 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
25,4
49
20 NATURA
BRA
24,5
278
21 MINERA YANACOCHA
PER
24,3
266
21 YPF
ARG
123.761
31
22 CONFAB
BRA
24,3
427
22 NEOENERGIA
BRA
123.686
156
23 ECOPETROL
COL
23,9
15
23 CARBONES DEL CERREJÓN
COL
120.865
175
24 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
22,1
218
24 FOSFÉRTIL
BRA
116.449
291
25 ANTOFAGASTA PLC
CHI
21,5
119
25 CELPE
BRA
114.524
434
26 AÇOS VILLARES
BRA
19,9
428
26 COELCE
BRA
113.203
470
27 SQM
CHI
19,5
235
27 LIGHT
BRA
111.736
183
28 SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
19,3
237
28 ELETROBRÁS
BRA
111.632
19
29 COELBA
BRA
19,2
318
29 CHESF - HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO.
BRA
111.114
209
30 IOCHPE-MAXION
BRA
18,9
481
30 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
107.674
218
31 KRAFT FOODS
BRA
18,9
433
31 ELETROPAULO
BRA
104.048
127
32 CSN
BRA
18,3
63
32 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
BRA
103.396
161
33 FOSFÉRTIL
BRA
17,9
291
33 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
95.041
153
34 OXXO (FEMSA COMERCIO)
MÉX
17,9
116
34 AMPLA
BRA
92.758
404
35 MADECO
CHI
17,6
381
35 COSIPA
BRA
92.739
147
36 WHIRLPOOL
BRA
17,2
169
36 TENARIS
ARG
90.302
23
37 GRUPO CONTINENTAL
MÉX
17,0
443
37 SOUZA CRUZ
BRA
89.117
187
38 MOVISTAR
PER
16,9
398
38 BRASIL TELECOM
BRA
84.474
83
39 ENTEL PCS
CHI
16,8
360
39 NEXTEL DE MÉXICO
MÉX
83.780
200
40 CHILECTRA
CHI
16,3
248
40 CONFAB
BRA
83.072
427
41 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO
BRA
16,2
377
41 BANDEIRANTE ENERGIA
BRA
82.397
449
42 EMBOTELLADORA ANDINA
CHI
15,7
314
42 EL PUERTO DE LIVERPOOL
MÉX
82.290
124
43 GRUPO GLORIA
PER
15,3
469
43 AMÉRICA MÓVIL
MÉX
82.182
6
44 GERDAU AÇOS LONGOS
BRA
14,7
100
44 ENDESA BRASIL
BRA
81.326
199 17
45 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
BRA
14,7
216
45 CODELCO
CHI
81.180
46 COMCEL
COL
14,5
164
46 PETROBRAS DISTRIBUIDORA
BRA
79.602
7
47 MRS
BRA
14,2
337
47 MRS
BRA
77.345
337
48 USIMINAS IPATINGA
BRA
14,2
112
48 CPFL ENERGIA
BRA
75.819
99
49 TENARIS
ARG
14,1
23
49 SIDERAR
ARG
73.434
181
50 SIDERAR
ARG
14,0
181
50 CEMIG
BRA
73.409
86
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 111
AS 500 POR RESULTADO
TEMPORADA VERMELHA A última linha das empresas latino-americanas foi duramente golpeada pela crise internacional
S
eis anos seguidos. Nunca antes uma empresa tinha permanecido tanto tempo no topo de nenhuma classificação, nem de nehum subranking deste estudo. Esse é o tempo da petrolífera estatal brasileira Petrobras como a empresa que registra o maior lucro da América Latina. E de longe.
condições de mercado. Estes resultados apóiam a admiração que o modelo de propriedade, de negócios e de inovação da Petrobras geram no restante da indústria. E a multiplicação de propostas que surgem em toda a região para transformar a petrobras no modelo e seguir pelas ccomplicadas empresas estatais que se proliferam na
tradição estatal que abriu seu capital em uma declarada tentativa de replicar o modelo da Petrobras. Resultado? A colombiana foi uma das empresas que deu o salto mais espetacular em seu lucro durante 2008 – somando um par de bilhões à sua última linha – a quase dobrando o resultado do ano anterior.
O MODELO PETROBRAS
EVOLUÇÃO VENDAS E LUCRO ANUAL DA PETROBRAS (EM US$ MILHÃO) FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
VENDA
VAR.
LUCRO
VAR.
2002
19.578,3
2003
33.138,1
69,3%
6.159,0
2004
40.763,1
23,0%
6.728,7
9,2%
2005
58.360,8
43,2%
10.135,7
50,6%
2006
74.012,5
26,8%
12.123,0
19,6%
2007
96.300,9
30,1%
12.144,6
0,2%
2008
92.049,0
-4,4%
14.115,4
16,2%
Os mais de US$ 14 bilhões em lucro líquido registrados em 2008 pela empresa estatal que cotiza em bolsa supera facilmente seus seguidores. De fato, apenas 16 empresas em toda a região conseguiram registrar vendas mais altas que a última linha da petrolífera brasileira. Mas, além do montante, o admirável é a regularidade com que a Petrobras tem incrementado ano a ano seu lucro em diferentes cenários e 112 AMÉRICAECONOMIA
2.291,80
região. O melhor exemplo dessa tendência é a colombiana Ecopetrol, petrolífera de
168,7%
Com isso, a Ecopetrol ficou em terceiro lugar na lista das maiores geradoras de dinheiro da região.
Junto delas, a brasileira Vale, as empresas de telecomunicações mexicanas do grupo Slim e a chilena Escondida conformam a lista das companhias que mais ganharam na América Latina. Sobre isso, é bom lembrar que as cifras de Pdvsa e Petroecuador, apesar de estarem incluídas no ranking geral das 500, não são contadas nestes subrankings de resultados devido aos sólidos questionamentos sobre os relatórios que ambas companhias divulgam como oficiais. Mas o impacto da crise global se vê mais claramente quando se analisa as empresas que mais perderam. E, entre elas, há velhos conhecidos. A estatal mexicana Pemex e suas distintas empresas ocupam alguns dos primeiros postos dessa lista nada almejada. A Pemex Refinación duplicou suas perdas durante 2008, enquanto a holding Pemex registrou aumento
Imitando o modelo da Petrobras, a estatal colombiana Ecopetrol entrou para a liga da empresas mais lucrativas da América Latina.
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
AS 500 POR RESULTADO de 370%. Mas não foi apenas a Pemex que sofreu. Dois mil e oito em geral foi um mau ano para as empresas mexicanas. Em média, as mexicanas que participam do Ranking das 500 registraram queda de 111,7% em 2008. E das seis empresas com maiores perdas, cinco são do país. Mas o ano tampouco foi bom para as brasileiras. Em médio, o lucro dessas companhias caiu 70,5% em 2008. E as brasileiras são maioria também entre as que mais perderam: do total de 50, 29 são do País. No ano passado, eram apenas 12 em todo o Ranking das 500. As que mais se destacaram por sua capacidade de perder dinheiro foram Aracruz Celulose, Braskem e Sadia,
foi a alta média do lucro das empresas argentinas que entraram no ranking O panorama foi mais tranquilo na Colômbia, no Peru e na Argentina, cujas empresas registraram váriações médias positivas. A cifra argentina, a mais alta de todas (média de 123,2%), explica-se em grande parte pelo resultado de uma só empresa: a su-
GUERRA DE NAÇÕES MÉDIA ARITMÉTICA DE VARIAÇÕES DE LUCRO. DADOS 2007 E 2008. FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
PAÍS MÉXICO
-111,7 -70,5
CHILE
-12,0
ARGENTINA
123,2
COLÔMBIA TOTAL
que passaram de brilhantes resultados em 2007 a perdas superiores a US$ 1 bilhão em 2008. No caso de Aracruz e Sadia, que ilustra a experiência de várias outras, colaboraram suas apostas em derivativos financeiros, que se transformaram em fortes perdas com a desvalorização do real ocorrida no último trimestre do ano.
Mas foi o setor de mineração que mostrou a alta média mais alta de todo o ranking. Como é possível se o preço dos minérios em 2008 foram mais baixos que os de 2007? Especificamente graças ao excelente comportamento registrado por algumas novas companhias peruanas e colombianas de mineração, cujas altas taxas de variação no lucro compensaram as quedas das grandes mineradoras chilenas e brasileiras. Q
VAR. % MÉDIA
BRASIL
PERU
das empresas desse setor. É acompanhado por agroindústria, celulose e as empresas de transporte/logística. Mastambém há os setores que tiveram motivos para comemorar. É o caso, por exemplo, do de telecomunicações. Em 2008, houve mais telecoms no lucro do que com perdas do que no ano anterior. E a média de lucro por empresa subiui 20%. Nada mal quando a média geral foi de uma queda de 45,5%.
INDÚSTRIAS RESISTENTES
MÉDIA ARITMÉTICA DE VARIAÇÃO DE LUCRO DADOS 2007 E 2008 FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
54,9 SETOR
33,7 -45,5
Agroindústria
permercadista Patagonia, que incrementou seu lucro em 1.540%, de longe o salto positivo mais alto entre as empresas do Ranking. A análise dos resultados nos traz mais surpresas quando feita do ponto de vista setorial. O segmento que viu seu lucro despencar em cheio foi o petroquímico, com uma retração média de 278,2%
VAR % MÉDIA -128,5
Alimentos
-90,5
Bebidas
-30,4
Celulose/papel
-133,1
Energia elétrica
-92,6
Mídia
-11,4
Mineração
39
Petróleo/Gás
-67,3
Petroquímica
-278,2
Siderurgia/Metalurgia Telecomunicações
9,3 19,9
Transporte/logística
-103,4
TOTAL
-45,5
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 113
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
LUCRO LUCRO RK LÍQ. 2008 LÍQ. 2007 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
1 PETROBRAS
BRA
14.115,4
12.144,6
3
2 VALE
BRA
9.105,5
11.294,3
5
3 ECOPETROL
COL
5.164,8
2.533,9
15
4 TELCEL
MÉX
4.532,5
N.D.
32
5 AMÉRICA MÓVIL
MÉX
4.345,7
5.367,3
6
6 ESCONDIDA
CHI
3.570,3
6.467,0
50
7 ELETROBRÁS
BRA
2.625,8
873,9
19
8 CSN
BRA
2.470,8
1.649,8
63
9 TENARIS
ARG
2.124,8
2.076,1
23
10 ANTOFAGASTA PLC
CHI
1.706,5
1.382,1
119
11 GERDAU
BRA
1.686,1
2.005,7
11
12 CODELCO
CHI
1.566,8
2.981,6
17
13 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
1.458,7
3.250,8
40
14 USIMINAS IPATINGA
BRA
1.390,2
1.796,6
112
15 USIMINAS
BRA
1.379,7
1.790,7
59
16 AMBEV
BRA
1.309,1
1.590,0
41
17 COLLAHUASI
CHI
1.146,5
1.824,9
159
AS QUE MAIS PERDERAM
AS QUE MAIS GANHARAM
AS 500 POR RESULTADO SUBRK 2008
LUCRO LUCRO RK LÍQ. 2008 LÍQ. 2007 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
EMPRESA
PAÍS
1 PEMEX REFINACIÓN
MÉX
-8.669,9
-4.218,0
2 PEMEX
MÉX
-7.906,2
-1.677,2
2
3 ARACRUZ CELULOSE
BRA
-1.802,9
588,4
274
4 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO
MÉX
-1.430,4
-49,2
121
5 CFE
MÉX
-1.415,8
-682,7
10
6 PEMEX PETROQUÍMICA
MÉX
-1.354,9
-1.358,0
70
7 BRASKEM
BRA
-1.066,4
309,1
52
8 SADIA
BRA
-1.063,3
389,0
89
9 ELETRONORTE
BRA
-1.037,5
-305,7
258
10 CESP
BRA
-1.006,3
100,8
399
11 ENAP
CHI
-957,8
199,1
21
12 GRUPO MASECA
MÉX
-888,6
204,6
126
13 GRUPO ALFA
44
4
MÉX
-687,7
325,3
14 REFAP - ALBERTO PASQUALINI BRA
-608,4
69,7
96
15 GOL
BRA
-592,5
151,6
150
16 TAM
BRA
-582,0
72,8
91
17 VOTORANTIM CEL. E PAPEL
BRA
-560,7
472,5
333
18 SOUTHERN PERÚ C.C.
PER
1.092,4
1.409,3
153
18 COMERCIAL MEXICANA
MÉX
-530,9
232,2
108
19 GRUPO MÉXICO
MÉX
1.075,5
1.681,7
85
19 GRUPO VITRO
MÉX
-409,2
N.D.
205
20 WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
1.060,8
1.303,5
12
20 VRG - LINHAS AÉREAS
BRA
-404,2
-126,6
386
21 YPF
ARG
1.049,0
1.289,0
31
21 ODEBRECHT
BRA
-357,8
254,0
14
22 TELESP
BRA
1.035,5
1.334,0
57
22 UTE
URU
-332,4
220,3
464
23 LOS PELAMBRES
CHI
1.020,9
1.741,4
198
23 GRUPO BERTIN
BRA
-308,7
140,3
146
24 A. DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
1.017,2
792,4
218
24 NEMAK
MÉX
-298,9
105,0
174
25 ALUNORTE
BRA
959,0
N.D.
324
25 QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
-284,5
-17,5
272
26 ENERSIS
CHI
907,4
379,9
29
26 IUSACELL
MÉX
-235,9
-117,7
477
27 ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
881,9
746,1
115
27 SHELL
BRA
-209,9
69,6
38
28 TERNIUM
ARG
875,2
995,8
43
28 SUZANO PAPEL E CELULOSE
BRA
-193,1
304,5
246
29 ANGLO AMERICAN SUR
CHI
864,1
1.309,5
214
29 COSAN
BRA
-187,8
175,7
212
30 CEMIG
BRA
807,5
979,8
86
30 DUPONT BRASIL
BRA
-181,7
72,1
383
31 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
801,6
N.D.
49
31 CARGILL
BRA
-164,0
-79,5
56
32 MINERA CERRO VERDE
PER
718,4
804,7
232
32 YARA FERTILIZANTES
BRA
-152,7
49,4
336
33 ENDESA
CHI
703,5
388,1
103
33 KLABIN
BRA
-149,2
350,8
321
34 CANTV
VEN
679,6
476,2
88
34 SUZANO PETROQUÍMICA
BRA
-145,5
81,6
489
35 GRUPO ELEKTRA
MÉX
677,9
599,1
134
35 ELÉCTRICA DE CARACAS
VEN
-140,4
47,1
456
36 BARRICK MISQUICHILCA
PER
659,1
490,7
310
36 GRUPO KUO
MÉX
-112,4
-69,8
256
37 GRUPO MODELO
MÉX
651,7
870,6
74
37 CELG
BRA
-108,7
-105,5
484
38 NEOENERGIA
BRA
630,8
756,5
156
38 HERINGER FERTILIZANTES
BRA
-108,3
43,8
281
39 GERDAU AÇOS LONGOS
BRA
621,6
527,1
100
39 MINERVA
BRA
-92,2
19,6
445
40 HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. BRA
615,0
367,9
209
40 MOSAIC FERTILIZANTES
BRA
-81,5
71,8
261
41 GRUPO ARCELOR MITTAL
BRA
609,9
1.709,3
42
41 REPSOL YPF PERÚ
PER
-79,2
90,8
102
42 EMPRESAS COPEC
CHI
603,1
1.014,4
20
42 TELEFÓNICA COLOMBIA
COL
-72,0
-9,2
223
43 CARBONES DEL CERREJÓN COL
600,7
309,6
175
43 UNIPAR
BRA
-65,2
81,9
220
44 EEPPM
COL
591,4
543,7
252
44 SIGMA
MÉX
-63,1
98,3
227
45 GRUPO TELEVISA
MÉX
564,2
740,4
114
45 IMCOPA
BRA
-60,6
23,1
372
46 CTI
ARG
558,9
N.D.
207
46 GRUPO SCHINCARIOL
BRA
-56,7
64,3
419
47 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA
551,6
474,0
7
47 AXTEL
MÉX
-50,6
45,0
460
48 CPFL ENERGIA
BRA
545,9
927,8
99
48 NET BRASIL
BRA
-40,7
98,4
275
49 NEXTEL DE MÉXICO
MÉX
540,8
489,9
200
49 INDUSTRIAS BACHOCO
MÉX
-39,7
117,1
294
50 SOUZA CRUZ
BRA
534,7
512,7
187
50 SUDAMERICANA DE VAPORES CHI
-39,1
116,9
80
114 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
SUBRK 2008
EMPRESA
VENDAS VARIAÇÃO RK PAÍS 2008 US$ % 08/07 2008 MILHÕES
1 VRG-LINHAS AÉREAS
BRA
1.089,2
162,1
386
2 EQUATORIAL
BRA
1.003,9
102,3
418
3 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
4.646,1
89,4
87
4 ACEITERA GENERAL DEHEZA
ARG
2.506,0
79,5
170
AS QUE MAIS CAÍRAM EM VENDAS
AS QUE MAIS CRESCERAM EM VENDAS
AS 500 POR RESULTADO SUBRK 2008
EMPRESA
VENDAS VARIAÇÃO RK PAÍS 2008 US$ % 08/07 2008 MILHÕES
1 SIEMENS BRASIL
BRA
1.416,4
-52,6
300
2 SUZANO PETROQUÍMICA
BRA
766,4
-45,8
489
3 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS
MÉX
3.093,5
-40,9
131
4 CARAÍBA METAIS
BRA
1.057,3
-38,3
401
5 ULTRAGAZ
BRA
1.105,9
-37,0
379
6 ELETRONORTE
BRA
1.649,3
-36,7
258
7 COTEMINAS
BRA
1.351,7
-36,6
312
8 QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS
BRA
1.137,0
-35,9
370
9 GRUPO MÉXICO
MÉX
4.681,7
-35,7
85
10 PARANAPANEMA
BRA
1.489,7
-34,7
283
11 COPERSUCAR
BRA
1.682,9
-33,4
253
12 GENERAL MOTORS COLMOTORES
COL
1.283,7
-32,4
332
13 ALBRAS
BRA
924,7
-32,0
444
14 GRUPO SCHINCARIOL
BRA
1.003,2
-31,9
419
15 VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL
BRA
1.279,8
-29,4
333
16 ARACRUZ CELULOSE
BRA
1.581,9
-27,2
274
17 DOW BRASIL
BRA
1.608,4
-26,8
269
18 CPFL PIRATININGA
BRA
823,3
-26,2
467
19 CPFL-CIA. PAUL. DE FORÇA E LUZ
BRA
1.859,7
-26,2
229
20 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
8.972,0
-25,1
40
21 AXTEL
MÉX
836,6
-25,1
460 464
5 REFINERÍA DE CARTAGENA
COL
2.790,0
71,7
149
6 CONSORCIO MINERO CORMIN
PER
1.011,7
65,5
415
7 JBS FRIBOI
BRA
12.982,6
62,6
18
8 CIA. BRAS. METAL E MINE.
BRA
1.600,0
59,6
270
9 CARBONES DEL CERREJÓN
COL
2.367,0
57,9
175
10 AMIL
BRA
1.848,4
56,3
231
11 NEXTEL
BRA
1.330,9
53,3
320
12 TELEFÓNICA DEL PERÚ
PER
2.246,7
52,9
190
13 SQM
CHI
1.794,8
51,1
235
14 TERNIUM
ARG
8.464,8
50,3
43
15 AMERICEL
BRA
1.477,7
49,7
286
16 PEQUIVEN
VEN
9.690,0
49,1
34
17 HUACHIPATO
CHI
1.305,2
48,7
325
18 NORBERTO ODEBRECHT
BRA
7.092,2
46,9
54
19 GENERAL ELECTRIC
BRA
3.361,0
45,4
120
20 GRUPO VIZ
MÉX
1.300,0
45,1
327
21 BUNGE
ARG
4.190,0
44,5
97
22 MINERA SPENCE
CHI
1.168,5
44,2
362
22 UTE
URU
825,5
-25,1
23 MINERA YANACOCHA
PER
1.623,7
43,4
266
23 ESCONDIDA
CHI
7.760,2
-24,6
50
24 NOKIA
BRA
2.647,0
43,1
160
24 SOTREQ
BRA
770,6
-24,1
485
25 MARFRIG
BRA
2.654,6
40,8
158
25 NESTLÉ
BRA
5.369,4
-23,8
76
26 ECOPETROL
COL
15.053,9
37,8
15
26 GRUPO CONDUMEX
MÉX
2.199,1
-23,7
197
27 HOCOL
COL
952,8
37,7
431
27 COPEL
BRA
2.335,8
-23,7
178
28 SIVENSA
VEN
1.178,7
35,9
357
28 CBA
BRA
1.251,2
-23,7
340
29 GERDAU AÇOMINAS
BRA
2.365,7
35,4
177
29 PARIS
CHI
828,2
-23,6
463
30 ENAP
CHI
12.185,2
35,1
21
30 BRASKEM
BRA
7.684,9
-23,0
52
31 LA FONTE PARTICIPAÇÕES
BRA
1.418,0
34,4
299
31 BRASIL TELECOM
BRA
4.833,9
-22,6
83
32 INTEROCEÁNICA
CHI
983,7
34,2
422
32 ENDESA BRASIL
BRA
2.170,1
-22,4
199
33 FLEXTRONICS MANUFACT.
MÉX
2.947,8
34,2
140
33 EDITORA ABRIL
BRA
821,6
-22,0
468
34 VOLVO
BRA
2.713,4
33,7
152
34 ARCELORMITTAL TUBARÃO
BRA
2.634,3
-21,9
161
35 EASY
ARG
796,6
33,3
480
35 CPFL ENERGIA
BRA
4.153,1
-21,8
99
36 FALABELLA PERÚ
PER
978,1
32,1
424
36 BOSCH
BRA
1.741,7
-21,8
245
37 SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
1.788,3
30,8
237
37 BANDEIRANTE ENERGIA
BRA
886,0
-21,3
449
38 PERDIGÃO
BRA
4.875,1
30,2
82
38 VOTORANTIM CIMENTOS
BRA
2.567,8
-21,2
167
39 LAN
CHI
4.587,2
30,1
90
39 COMPREBEM
BRA
1.100,9
-21,2
382
40 MOLINOS RÍO DE LA PLATA
ARG
2.307,8
29,3
182
40 CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO
MÉX
3.359,2
-21,1
121
41 DANONE
MÉX
1.720,7
28,9
247
41 GRUPO CARSO
MÉX
5.430,0
-20,9
75
42 GENERAL MOTORS
BRA
8.329,0
28,6
45
42 DUPONT BRASIL
BRA
1.096,8
-20,9
383
43 SAMSUNG ELET. AMAZÔNIA
BRA
2.699,0
28,5
155
43 CIA. BRASILIANA DE ENERGIA
BRA
3.580,0
-20,6
113
44 DISCO
ARG
1.816,9
28,2
234
44 TIM PARTICIPAÇÕES
BRA
5.597,3
-20,4
72
45 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO BRA
1.116,9
28,0
377
45 SENDAS DISTRIBUIDORA
BRA
1.253,5
-20,1
339
46 CMPC CELULOSA
CHI
1.121,3
-20,1
375
47 CELG
BRA
774,1
-20,0
484
46 CARREFOUR
ARG
3.124,0
27,9
129
47 CENCOSUD
CHI
9.745,8
27,8
33
48 EMPRESAS NAVIERAS
CHI
1.341,9
27,7
316
48 ELETROPAULO
BRA
3.222,0
-20,0
127
49 AJE GROUP
PER
1.090,0
27,0
384
49 GRUPO VITRO
MÉX
2.097,5
-19,9
205
50 ALICORP
PER
1.178,6
26,5
358
50 NEOENERGIA
BRA
2.691,9
-19,7
156
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 115
SUBRK 2008
EMPRESA
EBITDA PAÍS 2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO EBITDA 08/07 (%)
RK 2008
1
PEMEX
MÉX
47.776,4
-21,7
2
2
PETROBRAS
BRA
26.601,7
-2,3
3
3
VALE
BRA
13.912,0
-26,4
5
4
AMÉRICA MÓVIL
MÉX
10.008,4
-13,8
6
5
ECOPETROL
COL
6.554,5
-8,0
15
6
TELCEL
MÉX
5.144,6
-17,0
32
7
TELEFÔNICA
BRA
4.669,0
3,8
26
8
ESCONDIDA
CHI
4.619,6
-44,8
50
9
CSN
BRA
4.470,3
67,8
63
10
GERDAU
BRA
4.236,7
22,4
11
11
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
4.171,9
-26,9
40
12
ENERSIS
CHI
4.045,3
19,3
29
13
AMBEV
BRA
3.869,7
-21,1
41
14
TENARIS
ARG
3.560,8
2,6
23
15
CEMEX
MÉX
3.524,1
-23,2
13
16
ELETROBRÁS
BRA
3.356,1
30,9
19
17
YPF
ARG
3.296,8
-3,2
31
18
TELESP
BRA
2.780,0
-20,8
57
19
GRUPO ARCELORMITTAL
BRA
2.716,7
-9,2
42
20
TELEMAR
BRA
2.596,5
-29,5
47
21
USIMINAS
BRA
2.503,7
-14,1
59
AS QUE MAIS CRESCERAM POR EBITDA
AS MAIORES POR EBITDA
AS 500 POR RESULTADO SUBRK 2008
EMPRESA
EBITDA VARIAÇÃO RK PAÍS 2008 US$ EBITDA 08/07 2008 MILHÕES (%)
1
PATAGONIA
ARG
587,4
1.539,8
412
2
COLBÚN
CHI
220,6
1.008,5
366
3
COTEMINAS
BRA
103,0
669,1
312
4
AMIL
BRA
121,8
443,8
231
5
PARANAPANEMA
BRA
261,5
378,9
283
6
BUNGE ALIMENTOS
BRA
415,4
356,5
37
7
GRUPO ARGOS
COL
1.200,0
259,2
243
8
GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
759,4
179,3
87
9
TAM
BRA
508,8
169,8
91
10
EMPRESAS NAVIERAS
CHI
49,2
160,3
316 422
11
INTEROCEÁNICA
CHI
6,5
149,2
12
REFINERÍA DE CARTAGENA
COL
47,3
134,5
149
13
SQM
CHI
752,1
110,1
235
14
NORBERTO ODEBRECHT
BRA
989,9
98,9
54
15
TELEFÓNICA DEL PERÚ
PER
877,8
93,1
190
16
MARFRIG
BRA
378,4
76,2
158
17
MINERA YANACOCHA
PER
883,4
75,6
266
18
CARBONES DEL CERREJÓN
COL
1.056,3
72,0
175
19
QUIÑENCO
CHI
250,2
69,5
359
20
CSN
BRA
4.470,3
67,8
63
21
MOVISTAR
PER
387,7
62,5
398
22
JBS FRIBOI
BRA
479,4
62,1
18
23
SENDAS DISTRIBUIDORA
BRA
85,8
58,1
339
24
EQUATORIAL
BRA
335,6
55,4
418
25
PONTO FRIO-GLOBEX
BRA
55,1
55,2
268
22
GRUPO MÉXICO
MÉX
2.413,1
-46,4
85
23
FEMSA
MÉX
2.223,2
-13,2
22
24
ODEBRECHT
BRA
2.005,6
-3,7
14
25
VIVO
BRA
1.935,7
13,4
60
26
ANTOFAGASTA PLC
CHI
1.899,8
-32,7
119
26
CAP
CHI
424,9
55,0
217
27
ENDESA
CHI
1.821,1
18,0
103
27
HUACHIPATO
CHI
277,3
52,4
325
28
CEMIG
BRA
1.754,2
-23,7
86
28
FOSFÉRTIL
BRA
621,6
50,9
291
29
WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
1.726,9
-15,8
12
29
POSITIVO INFORMÁTICA
BRA
81,8
50,4
465
30
BRASIL TELECOM
BRA
1.677,0
-22,1
83
30
EMPRESAS ICA
MÉX
212,7
49,8
219
GINÁSTICA NECESSÁRIA
MUSCULATURA DE CAIXA
QUEM MAIS CRESCEU EM EBITDA. TOP 30, POR PAÍS
QUEM REGISTROU MAIOR EBITDA. TOP 30, POR PAÍS
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ARGENTINA
ARGENTINA
6,7%
PERU
3,3%
10,0% MÉXICO
MÉXICO
26,7%
6,7%
COLÔMBIA 10,0% BRASIL
COLÔMBIA
46,7%
3,3% BRASIL 50,0% CHILE
CHILE
13,3%
116 AMÉRICAECONOMIA
23,3%
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
EMPREGADOS RK 2008 2008
1
WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
170.014
12
2
PEMEX
MÉX
161.158
2
3
FEMSA
MÉX
122.981
22
4
CORREIOS E TELÉGRAFOS
BRA
112.000
93
5
CENCOSUD
CHI
96.000
33
6
ODEBRECHT
BRA
94.000
14
7
COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
MÉX
82.012
10
8
NORBERTO ODEBRECHT
BRA
81.991
54
9
GRUPO BIMBO
MÉX
81.320
66
10
GRUPO CARSO
MÉX
81.000
75
11
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
80.000
40
12
TELEFÔNICA
BRA
75.800
26
13
CONTAX
BRA
74.500
492
14
PETROBRAS
BRA
74.240
3
15
PETROBRAS
COL
74.240
494
AS QUE MAIS CONTRATARAM
AS MAIORES EMPREGADORAS
AS 500 POR RESULTADO SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
VAR. EMPREGADOS RK ABSOLUTA 2008 2008 08/07
1
PEMEX
MÉX
161.158
54.219
2
2
NORBERTO ODEBRECHT
BRA
81.991
35.216
54
3
ODEBRECHT
BRA
94.000
35.004
14
4
JBS FRIBOI
BRA
60.000
25.000
18
5
FEMSA
MÉX
122.981
17.961
22
6
MARFRIG
BRA
39.000
16.000
158
7
PERDIGÃO
BRA
58.000
14.000
82
8
CONTAX
BRA
74.500
13.100
492
9
WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
170.014
12.582
12
10
CARREFOUR
BRA
67.900
11.900
35
11
GRUPO VOTORANTIM
BRA
60.000
10.000
16
12
COCA-COLA FEMSA
MÉX
68.065
9.943
62
13
BODEGA AURRERÁ
MÉX
60.038
8.287
64
14
CENCOSUD
CHI
96.000
8.277
33
15
COSAN
BRA
43.000
8.000
212
16
FALABELLA
CHI
67.271
7.827
67
17
AMÉRICA MÓVIL
MÉX
52.879
7.233
6
18
PETROBRAS
BRA
74.240
5.309
3
GERDAU
BRA
42.133
5.208
11
16
CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
BRA
70.656
51
17
WAL-MART
BRA
70.000
53
18
COCA-COLA FEMSA
MÉX
68.065
62
19
CARREFOUR
BRA
67.900
35
19
20
CEMEX
MÉX
67.800
13
20
USIMINAS
BRA
29.784
4.704
59
21
FALABELLA
CHI
67.271
67
21
VOLKSWAGEN
BRA
22.018
4.518
28
22
VALE
BRA
62.490
5
22
CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
BRA
70.656
4.491
51
131
23
COCA-COLA
BRA
38.000
4.000
61
64
24
TAM
BRA
24.315
3.842
91
CERV. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA
MÉX
25.991
3.797
132 78
23 24
DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS BODEGA AURRERÁ
MÉX MÉX
61.000 60.038
25
GRUPO VOTORANTIM
BRA
60.000
16
25
26
JBS FRIBOI
BRA
60.000
18
26
EMBRAER
BRA
23.509
3.329
58
27
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
BRA
6.930
3.322
7
CORREIOS E TELÉGRAFOS
BRA
112.000
3.251
93
27
GRUPO CAMARGO CORRÊA
BRA
59.500
28
CASAS BAHIA
BRA
59.000
68
28
29
PERDIGÃO
BRA
58.000
82
29
EXTRA
BRA
26.292
3.122
106
8
30
GRUPO KUO
MÉX
16.000
3.009
256
6
31
VIVO
BRA
8.386
2.786
60
OXXO (FEMSA COMERCIO)
MÉX
18.531
2.707
116
30 31
TECHINT AMÉRICA MÓVIL
ARG MÉX
53.075 52.879
32
SADIA
BRA
52.000
89
32
33
ALMACENES COPPEL
MÉX
51.235
162
33
GRUPO CAMARGO CORRÊA
BRA
59.500
2.700
58
GRUPO ARCELORMITTAL
BRA
18.780
2.591
42 20
34
GRUPO ALFA
MÉX
50.992
44
34
35
PEMEX REFINACIÓN
MÉX
48.100
4
35
EMPRESAS COPEC
CHI
14.792
2.492
36
WAL-MART SUPERCENTER
MÉX
47.060
79
36
WAL-MART SUPERCENTER
MÉX
47.060
2.245
79
37
GRUPO SALINAS
MÉX
45.000
92
37
PARANAPANEMA
BRA
2.500
2.200
283 56
38
ORGANIZACIÓN SORIANA
MÉX
44.000
55
38
CARGILL
BRA
26.622
2.199
39
COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO
MÉX
43.500
121
39
WAL-MART
BRA
70.000
2.137
53
40
COSAN
BRA
43.000
212
40
GRUPO SALUDCOOP
COL
27.889
2.102
319
41
GERDAU
BRA
42.133
11
41
AMBEV
BRA
39.300
2.100
41
42
COMERCIAL MEXICANA
MÉX
40.500
108
42
VALE
BRA
62.490
2.085
5
43
MC DONALD`S
BRA
39.400
301
43
GRUPO NAC. DE CHOCOLATES
COL
25.700
2.013
239
44
AMBEV
BRA
39.300
41
44
GRUPO BERTIN
BRA
35.000
2.000
146
45
GRUPO BAL
MÉX
39.000
48
45
CFE
MÉX
82.012
1.885
10
46
MARFRIG
BRA
39.000
158
46
SAM’S CLUB
MÉX
23.039
1.880
84
47
GRUPO SANBORNS
MÉX
38.500
179
47
BOSCH
BRA
13.000
1.750
245
48
GRUPO MODELO
MÉX
38.402
74
48
CORPORACIÓN GEO
MÉX
20.588
1.716
338
49
COCA-COLA
BRA
38.000
61
49
PONTO FRIO-GLOBEX
BRA
12.130
1.598
268
50
GRUPO ELEKTRA
MÉX
37.121
134
50
CASAS BAHIA
BRA
59.000
1.482
68
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 117
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
PATRIMÔNIO VAR. RK LÍQ. 2008 PATRIM. 2008 US$ MILHÕES 08/07 (%)
1 PARANAPANEMA
BRA
510,6
1.715,8
283
2 GRUPO ABRIL
BRA
100,0
514,9
334
3 RENAULT
BRA
60,0
440,9
221
4 VRG-LINHAS AÉREAS
BRA
299,5
216,1
386
5 ANGLO AMERICAN NORTE
CHI
262,1
141,8
476
6 COSAN
BRA
1.581,8
97,3
212
7 ORGANIZACIÓN TERPEL
COL
528,8
91,5
148
8 CARREFOUR
COL
861,9
69,6
303
9 HOCOL
COL
350,1
67,1
431
10 BARRICK MISQUICHILCA
PER
1.723,3
61,7
310
11 MARFRIG
BRA
1.168,1
61,4
158
12 DRUMMOND
COL
1.372,9
60,1
308
13 JBS FRIBOI
BRA
2.624,9
52,2
18
14 ALPEK
MÉX
1.701,0
44,0
110
15 SIVENSA
VEN
1.397,4
38,5
357
16 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
809,9
33,4
87
17 GRUPO ELEKTRA
MÉX
2.381,9
33,3
134
18 QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
633,7
31,8
272
19 ANGLO AMERICAN SUR
CHI
2.109,4
31,7
214
AS QUE MAIS SE DESCAPITALIZARAM
AS QUE MAIS SE CAPITALIZARAM
AS 500 E SEUS BALANÇOS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
PATRIMÔNIO VAR. RK LÍQ. 2008 PATRIM. 2008 US$ MILHÕES 08/07 (%)
1
SENDAS DISTRIBUIDORA
BRA
-9,4
-477,6
339
2
CIA. LUZ Y FZA. DEL CENTRO
MÉX
-658,1
-230,0
121
3
PEMEX REFINACIÓN
MÉX
-1.135,9
-131,0
4
4
IMCOPA
BRA
0,04
-100,0
372
5
ARCELORMITTAL TUBARÃO COM. BRA
112,7
-97,7
161
6
IUSACELL
MÉX
8,1
-97,4
477
7
REFAP-ALBERTO PASQUALINI
BRA
99,4
-89,3
96
8
SADIA
BRA
175,8
-89,3
89
9
ARACRUZ CELULOSE
BRA
411,9
-86,4
274
10
GRUPO VITRO
MÉX
136,0
-80,0
205
11
ODEBRECHT
BRA
945,0
-74,7
14
12
YARA FERTILIZANTES
BRA
87,0
-72,5
336
13
GRUPO MASECA
MÉX
398,4
-72,3
126
14
TAM
BRA
268,8
-68,1
91
15
LA FONTE PARTICIPAÇÕES
BRA
48,2
-67,9
299
16
HERINGER FERTILIZANTES
BRA
101,5
-63,5
281
17
GOL
BRA
558,0
-59,0
150
18
PEMEX
MÉX
1.936,0
-57,7
2
19
DUPONT BRASIL
BRA
284,7
-56,9
383
20
MINERVA
BRA
134,4
-55,1
445
21
BRASKEM
BRA
1.574,6
-51,6
52
22
CELG
BRA
208,3
-50,2
484
23
SUZANO PETROQUÍMICA
BRA
294,3
-50,0
489
24
B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO
BRA
95,5
-47,6
317
20 CHEVRON PETROLEUM COMPANY
COL
230,8
31,2
298
21 ANTOFAGASTA PLC
CHI
6.432,6
31,1
119
22 TELEFÓNICA DEL PERÚ
PER
1.281,1
29,1
190
23 MOVISTAR
PER
353,4
28,8
398
24 VALE
BRA
41.195,8
28,0
5
25 SQM
CHI
1.480,2
25,2
235
25
SHELL
BRA
923,3
-47,5
38
26 MADECO
CHI
659,9
24,0
381
26
COMERCIAL MEXICANA
MÉX
1.077,5
-47,4
108
27 FALABELLA PERÚ
PER
339,3
23,8
424
27
ELETRONORTE
BRA
2.648,1
-45,5
258
28 SUPERMERCADOS LA FAVORITA
EQU
390,0
21,4
346
28
SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
254,2
-45,2
237
29 TELECOM
ARG
1.158,5
21,2
133
29
VOTORANTIM CEL. E PAPEL
BRA
1.768,0
-44,4
333
30 GERDAU
BRA
8.629,2
20,2
11
30
AEROP. Y SERV. AUXILIARES
MÉX
504,3
-43,9
165
31 GASPETRO
BRA
1.758,8
19,0
290
31
CESP
BRA
3.382,3
-42,0
399
32 COPA AIRLINES
PAN
632,4
19,0
330
32
OCCIDENTAL DE COLOMBIA
COL
170,5
-41,9
498
33 CAP
CHI
1.051,4
19,0
217
33
GRUPO ALFA
MÉX
2.136,4
-38,9
44
34 INDUSTRIAS PEÑOLES
MÉX
1.895,1
18,2
109
34
ANDRADE GUTIERREZ PARTICIP.
BRA
325,5
-38,4
206
35 GRUPO ISA
COL
2.194,4
18,0
356
35
KLABIN
BRA
961,5
-37,9
321
36 ECOPETROL
COL
15.374,9
17,2
15
36
PETROBRAS
COL
194,7
-37,4
494
37 TENARIS
ARG
8.176,6
16,7
23
37
GRUPO CARSO
MÉX
3.314,3
-36,8
75
38 CANTV
VEN
2.059,4
15,0
88
38
UNIPAR
BRA
441,7
-36,5
220
39 EQUATORIAL
BRA
471,2
14,8
418
39
SUZANO PAPEL E CELULOSE
BRA
1.598,9
-35,5
246
40 AUT. DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
4.360,4
14,8
218
40
REPSOL YPF PERÚ
PER
221,2
-35,1
102
41 PERUANA DE COMBUSTIBLES
PER
26,7
14,5
455
41
MAHLE METAL LEVE
BRA
191,1
-33,8
479
42 LAN
CHI
1.131,0
14,5
90
42
CSN
BRA
2.850,9
-33,0
63
43 OLÍMPICA
COL
284,9
13,8
387
43
BANDEIRANTE ENERGIA
BRA
291,0
-32,6
449
44 INTEROCEÁNICA
191
CHI
66,3
12,6
422
44
GRUPO XIGNUX
MÉX
393,0
-32,5
45 CONSTR. NORBERTO ODEBRECHT BRA
1.074,1
12,0
216
45
TELEMAR
BRA
4.104,0
-31,8
47
46 NORBERTO ODEBRECHT
1.074,1
12,0
54
46
ELECTROLUX DO BRASIL
BRA
157,4
-31,8
403
BRA
47 CHILECTRA
CHI
1.697,1
10,9
248
47
ENERGIAS DO BRASIL
BRA
1.516,0
-31,4
204
48 CMPC CELULOSA
CHI
1.066,1
10,4
375
48
SIGMA
MÉX
425,5
-31,2
227
49 GRUPO BAVARIA
COL
2.237,8
10,3
180
49
WHIRLPOOL
BRA
672,8
-31,1
169
50 PATAGONIA
ARG
185,2
10,0
412
50
GRUPO ARGOS
COL
2.413,2
-30,3
243
118 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
RK 2008
EMPRESA
PASSIVO / RK PAÍS PATRIMÔNIO 2008 2008 (%)
1 ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
199,6
115
2 IUSACELL
MÉX
155,8
477
3 LA FONTE PARTICIPAÇÕES
BRA
82,6
299
4 PEMEX
MÉX
44,8
2
5 SADIA
BRA
32,2
89
6 GRUPO ISA
COL
27,6
356
7 REFAP-ALBERTO PASQUALINI
BRA
24,0
96
8 RENAULT
BRA
21,8
221
9 TAM
BRA
20,1
91
10 LOJAS AMERICANAS
BRA
19,5
138
11 CARGILL
BRA
19,4
56
12 ODEBRECHT
BRA
17,8
14
13 ENAP
CHI
17,6
21
14 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES
BRA
17,1
206
15 GRUPO VITRO
MÉX
17,1
205
16 COPERSUCAR
BRA
15,6
253
17 CELG
BRA
11,8
484
18 ARACRUZ CELULOSE
BRA
11,3
274
19 UNIPAR
BRA
10,5
220
20 B2W - CIA. GLOBAL DO VAREJO
BRA
10,0
317
AS COM MAIOR ENDIVIDAMENTO
AS COM MAIOR DÍVIDA PATRIMONIAL
AS 500 E SEUS BALANÇOS SUBRK 2008
EMPRESA
PASSIVO / RK PAÍS ATIVO TOTAL 2008 2008 (%)
1
COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO
MÉX
106,6
2
PEMEX REFINACIÓN
MÉX
103,1
4
3
SENDAS DISTRIBUIDORA
BRA
101,4
339
4
IMCOPA
BRA
100,0
372
5
ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
99,5
115
6
IUSACELL
MÉX
99,4
477
7
LA FONTE PARTICIPAÇÕES
BRA
98,8
299
8
PEMEX
MÉX
97,8
2
9
SADIA
BRA
97,0
89
10 GRUPO ISA
COL
96,5
356
11 REFAP-ALBERTO PASQUALINI
BRA
96,0
96
12 RENAULT
BRA
95,6
221
121
13 TAM
BRA
95,2
91
14 LOJAS AMERICANAS
BRA
95,1
138
15 CARGILL
BRA
95,1
56
16 ODEBRECHT
BRA
94,7
14
17 ENAP
CHI
94,6
21
18 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES
BRA
94,5
206
19 GRUPO VITRO
MÉX
94,5
205
20 COPERSUCAR
BRA
94,0
253
21 CELG
BRA
92,2
484
21 GRUPO ABRIL
BRA
9,1
334
22 REDE ENERGIA
BRA
9,0
249
22 ARACRUZ CELULOSE
BRA
91,9
274
23 YARA FERTILIZANTES
BRA
8,8
336
23 UNIPAR
BRA
91,3
220
24 EDITORA ABRIL
BRA
8,7
468
24 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO
BRA
90,9
317
25 CPFL-COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ
BRA
8,3
229
25 GRUPO ABRIL
BRA
90,1
334
26 SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
8,2
237
26 REDE ENERGIA
BRA
90,0
249
27 GRUPO MASECA
MÉX
7,1
126
27 YARA FERTILIZANTES
BRA
89,8
336
28 HERINGER FERTILIZANTES
BRA
7,0
281
28 EDITORA ABRIL
BRA
89,7
468
29 CPFL PIRATININGA
BRA
6,9
467
29 CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ
BRA
89,2
229
30 MOSAIC FERTILIZANTES
BRA
6,7
261
30 SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
89,2
237
31 VRG-LINHAS AÉREAS
BRA
6,5
386
31 GRUPO MASECA
MÉX
87,6
126
32 QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
6,1
272
32 HERINGER FERTILIZANTES
BRA
87,5
281
33 MINERVA
BRA
5,4
445
33 CPFL PIRATININGA
BRA
87,3
467
34 BRASKEM
BRA
5,2
52
34 MOSAIC FERTILIZANTES
BRA
87,0
261
35 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
4,8
87
35 VRG-LINHAS AÉREAS
BRA
86,7
386
36 NORBERTO ODEBRECHT
BRA
4,7
54
36 QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
86,0
272
37 FASA
CHI
4,7
289
37 MINERVA
BRA
84,4
445
38 GRUPO VOTORANTIM
BRA
4,6
16
38 BRASKEM
BRA
83,8
52
39 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES
BRA
4,5
451
39 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
82,8
87
40 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA
BRA
4,3
113
40 NORBERTO ODEBRECHT
BRA
82,5
54
41 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
4,2
49
41 FASA
CHI
82,5
289
42 DOUX FRANGOSUL
BRA
4,2
473
42 GRUPO VOTORANTIM
BRA
82,0
16
43 GOL
BRA
4,1
150
43 ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES
BRA
81,8
451
44 ARTHUR LUNDGREN-PERNAMBUCANAS
BRA
3,9
315
44 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA
BRA
81,0
113
45 DUPONT BRASIL
BRA
3,8
383
45 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
80,9
49
46 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
3,8
40
46 DOUX FRANGOSUL
BRA
80,7
473
47 CSN
BRA
3,7
63
47 GOL
BRA
80,2
150
48 ALL AMÉRICA LATINA
BRA
3,7
393
48 ARTHUR LUNDGREN-PERNAMBUCANAS
BRA
79,6
315
49 EQUATORIAL
BRA
3,6
418
49 DUPONT BRASIL
BRA
79,2
383
50 BUNGE ALIMENTOS
BRA
3,6
37
50 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
79,0
40
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 119
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
ATIVO FIXO RK 2008 US$ 2008 MILHÕES
1 PETROBRAS
BRA
81.623,5
3
2 PEMEX
MÉX
61.091,9
2
3 VALE
BRA
47.280,1
5
4 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
MÉX
46.496,8
10
5 ELETROBRÁS
BRA
34.344,3
19
6 CEMEX
MÉX
20.376,5
13
7 ENERSIS
CHI
16.023,0
29
8 AMÉRICA MÓVIL
MÉX
15.174,2
6
9 PEMEX REFINACIÓN
MÉX
13.499,0
4
10 GRUPO VOTORANTIM
BRA
11.505,2
16
11 GERDAU
BRA
8.581,4
11
12 CODELCO
CHI
8.207,2
17
13 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
8.159,4
40
14 EMPRESAS COPEC
CHI
8.098,0
20
15 YPF
ARG
8.077,2
31
16 ENDESA
CHI
8.012,5
103
17 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO
MÉX
7.183,5
121
18 MALL PLAZA
CHI
6.977,0
215
19 XSTRATA COPPER CHILE S.A.
CHI
6.977,0
284
20 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO.
BRA
6.938,3
209
21 ARAUCO
CHI
6.789,6
111
22 ODEBRECHT
BRA
6.613,3
23 SABESP
BRA
24 FURNAS
AS MAIORES POR ATIVOS TOTAIS
AS MAIORES POR ATIVOS FIXOS
AS 500 E SEUS BALANÇOS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
ATIVO TOTAL RK 2008 US$ 2008 MILHÕES
1
PETROBRAS
BRA
125.016,6
3
2
PEMEX
MÉX
88.696,4
2
3
VALE
BRA
79.494,9
5
4
GRUPO ISA
COL
62.814,3
356
5
ELETROBRÁS
BRA
59.073,1
19
6
COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
MÉX
56.950,1
10
7
GRUPO VOTORANTIM
BRA
56.909,1
16
8
CEMEX
MÉX
45.083,9
13
9
PEMEX REFINACIÓN
MÉX
37.050,0
4
10
AMÉRICA MÓVIL
MÉX
31.676,4
6
11
TECHINT
ARG
28.208,0
8
12
GERDAU
BRA
25.267,7
11
13
ENERSIS
CHI
22.888,9
29
14
ECOPETROL
COL
21.629,1
15
15
ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
20.060,6
115
16
ODEBRECHT
BRA
17.799,4
14
17
TELEMAR
BRA
17.571,7
47
18
AMBEV
BRA
15.947,8
41
19
TENARIS
ARG
15.100,7
23
20
GRUPO ARCELOR MITTAL
BRA
14.537,4
42
21
CODELCO
CHI
13.706,7
17
14
22
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
13.527,9
40
6.387,1
151
23
CSN
BRA
13.477,7
63
BRA
6.314,7
173
24
FEMSA
MÉX
13.377,2
22
25 ELETRONORTE
BRA
6.299,3
258
25
EMPRESAS COPEC
CHI
11.855,9
20
26 CESP
BRA
6.259,5
399
26
USIMINAS
BRA
11.801,5
59
27 GRUPO ARCELOR MITTAL
BRA
5.873,8
42
27
PEMEX GÁS Y PETROQUÍMICA BÁSICA
MÉX
11.569,0
9
28 WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
5.731,9
12
28
ENDESA
CHI
11.353,1
103
29 GRUPO ISA
COL
5.698,1
356
29
YPF
ARG
11.262,0
31
30 CMPC PAPELES Y CARTONES
CHI
5.639,5
139
30
TERNIUM
ARG
10.671,1
43
GARANTIAS REAIS
COSTAS LARGAS
MAIORES POR ATIVOS FIXOS. TOP 30, POR PAÍS
MAIORES POR ATIVOS. TOP 30, POR PAÍS
FONTE: AMÉRICA ECONOMIA INTELLIGENCE
FONTE: AMÉRICA ECONOMIA INTELLIGENCE
ARGENTINA 3,3%
ARGENTINA 13,3%
MÉXICO 26,7% MÉXICO 26,7% BRASIL 40,0%
COLÔMBIA
COLÔMBIA 3,3%
6,7%
CHILE 26,7%
120 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
CHILE 13,3%
/ JULHO, 2009
BRASIL 36,7%
AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃO
O DESAFIO DE CAIXA
Para enfrentar uma crise, melhor ter dinheiro na mão para cobrir qualquer eventualidade. E várias empresas da América Latina lo tienen sabem muito bem disso
A
principal característica de uma crise é a falta de financiamento. Por isso, nas empresas se torna fundamental a forma de administrar o fluxo de caixa. Usando vocabulário de contabilidade, significa tornar o manejo de fontes e o uso do recurso próprio mais ais eficientes. Ou, em linguagem em simples: cobrar o mais rápido do possível e atrasar seus próprios ios pagamentos o máximo que se possa, de forma que sempre pre haja dinheiro disponível para ara cobrir as operações. As empresas da América ica Latina tomaram a sério esse sse desafio. Um exemplo disso são as 50 empresas com melhor hor rotação de contas a cobrar. Enquanto em 2007 as companhias ias que menos demoravam para ara cobrar suas faturas o faziam am em um período médio de 77 dias, em 2008 esse prazo foi reduzido a 54 dias. Como os processos e a velocidade de cobrança mudam de setor a setor, o mais interessante é analisar as empresas que mais reduziram essa média de dias necessários para a cobrança. Essa conquista é do Collection Department da B2W, empresa de comércio eletrônico brasileira que entre outros
administra o site Submarino. com. Em um ano, reduziu em 55,7 os dias necessários para fazer uma cobrança. A administração de inventários também é outra chave de flux de caixa e de liquidez.
para vender seus produtos. Aqui destaca-se a construtora mexicana Urbi, que levou 106 días menos que em 2007 para girar seu estoque. Tudo isso tem impacto na liquidez da empresa, cujo
é atraente fazer um teste ácido dessa liquidez. Para isso está a liquidez ácida que é o mesmo indicador, excluindo o valor de estoque. Como esses são mais difíceis de transformar em dinheiro (pde haver uma crise na
dias, é a média de demora a cobrar cobrar das 50 empresas com melhor rotação de contas a cobrar
Enquanto mais tempo os produtos passam no estoque, há mais custo de armazenagem e leva mais tempo para o dinheiro para entrar no caixa. Por isso é importante que os estoques tenham alta rotação. O Ranking de Rotação de Estoques deixa evidente quem se esforçou para tornar esse processo mais eficiente, pois os classifica de acordo à redução de tempo necessário
indicador mais tradicional é a Liquidez Corrente. Dito de outra forma, como meus ativos de curto prazo conseguem cobrir minhas dívidas de curto prazo. O ótimo é ter um valor próximo de 1, que representa a igualdade perfeita entre passivos e ativos circulantes. Ou um pouco mais. Se há muito mais, se está sacrificando a rentabilidade. Para os mais conservadores,
demanda desse bem), a liquidez ácida compara os ativos que são rapidamente transformáveis em dinheiro para cobrir obrigações imediatas. Esses são temas importantes. Em tempos em que a rede de pagamento parece ter sucumbido, administrar bem a liquidez e os fluxos será central para manter a empresa dentro da concorrência e continuar crescendo. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 121
EMPRESA
PAÍS DIAS DE REDUÇÃO DIAS RK COBRANÇA COBRANÇA 2008 2008 08/07 59,3
55,7
317
2 COLLAHUASI
CHI
8,5
48,8
159
3 GOL
BRA
19,4
47,0
150
4 RIPLEY
CHI
94,4
43,9
265
5 CONST. QUEIROZ GALVÃO
BRA
103,5
42,6
377
6 ARCELORMITTAL TUB. COM.
BRA
3,3
38,3
161
7 CLARO TELECOM
BRA
69,7
37,8
81
8 ESCONDIDA
CHI
10,1
33,8
50
9 SIVENSA
VEN
34,7
32,6
357
10 MADECO
CHI
20,8
29,9
381
11 FALABELLA PERÚ
PER
117,4
28,7
424
12 SOUTHERN PERÚ C. CORP.
PER
2,4
28,7
153
13 CONST. NORBERTO ODEBRECHT BRA
42,3
27,9
216
14 LOJAS AMERICANAS
BRA
45,9
27,8
138
15 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
39,0
26,4
87
16 DOUX FRANGOSUL
BRA
68,3
26,1
473
17 FALABELLA
CHI
76,3
26,0
67
18 ALMACENES COPPEL
MÉX
179,3
25,8
162
19 ELECTROLUX DO BRASIL
BRA
60,6
25,4
403
20 BUNGE FERTILIZANTES
BRA
30,5
21,7
117
21 MOLYMET
CHI
14,6
21,4
171
22 POSITIVO INFORMÁTICA
BRA
81,3
21,4
465
23 MARFRIG
BRA
58,1
21,3
158
24 BUENAVENTURA
PER
30,9
21,0
488
25 TELEFÓNICA CHILE
CHI
82,8
20,7
385
26 AES GENER
CHI
50,4
20,6
262
27 BUNGE ALIMENTOS
BRA
29,6
19,6
37
28 CAP
CHI
36,3
19,5
217
29 AMERICEL
BRA
23,4
18,6
286
30 ANTOFAGASTA PLC
CHI
33,5
17,3
119
31 COELBA
BRA
73,2
17,3
318
32 PROFARMA
BRA
51,8
15,9
388
33 NATURA
BRA
46,8
15,9
278
34 AMPLA
BRA
126,1
15,8
404
1 B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO BRA
35 GRUPO MÉXICO
MÉX
16,6
15,7
85
36 NEOENERGIA
BRA
87,2
15,5
156
37 ENERGIAS DO BRASIL
BRA
57,2
15,2
204
38 TIM PARTICIPAÇÕES
BRA
72,5
15,1
72
39 ENERSIS
CHI
61,6
14,2
29
40 WHIRLPOOL
BRA
38,3
14,2
169
41 HERINGER FERTILIZANTES
BRA
36,0
14,2
281
AS QUE MAIS AUMENTARAM A ROTATIVIDADE DE INVENTÁRIO
SUBRK 2008
SUBRK 2008
EMPRESA
*IMOBILI- *REDUÇÃO RK PAÍS ZAÇÃO IMOBILIZAÇÃO 2008 INVENT. 08 INVENT. 08/07
1
URBI DESARROLLOS URBANOS
MÉX
391,1
105,8
389
2
COSAN
BRA
145,9
89,1
212
3
GRUPO BERTIN
BRA
74,1
71,8
146
4
MOLYMET
CHI
34,8
62,4
171
5
MADECO
CHI
32,3
53,8
381
6
TERNIUM
ARG
107,3
52,6
43
7
MOLINOS RÍO DE LA PLATA
ARG
34,7
44,8
182
8
INDUSTRIAS PEÑOLES
MÉX
69,1
37,6
109
9
HERINGER FERTILIZANTES
BRA
59,3
37,1
281
10
ENAMI
CHI
89,8
30,6
285
11
COAMO
BRA
861,5
30,3
230
12
SALFACORP
CHI
118,3
29,1
429
13
ANGLO AMERICAN NORTE
CHI
35,2
29,0
476
14
REPSOL YPF PERÚ
PER
17,0
24,8
102
15
UTE
URU
18,9
24,1
464
16
MINERA YANACOCHA
PER
74,2
23,6
266
17
REFAP-ALBERTO PASQUALINI
BRA
21,7
19,5
96
18
BUNGE ALIMENTOS
BRA
31,8
19,0
37
19
L. DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA
58,9
18,1
194
20
M. DIAS BRANCO
BRA
71,1
15,2
440
21
PEMEX
MÉX
34,9
14,5
2
22
SOUZA CRUZ
BRA
131,3
14,1
187
23
LOJAS AMERICANAS
BRA
75,9
13,0
138
24
GASCO
CHI
11,1
12,9
461
25
GRUPO GLORIA
PER
86,0
12,1
469
26
MINERA EL ABRA
CHI
23,8
12,0
378
27
LOS PELAMBRES
CHI
45,5
11,5
198
28
AMERICEL
BRA
23,3
11,1
286
29
CENCOSUD
CHI
41,9
10,9
33
30
ALICORP
PER
84,2
10,9
358
31
PARANAPANEMA
BRA
78,1
10,6
283
32
CORPORATIVO FRAGUA
MÉX
59,4
10,3
351
33
PETROBRAS
BRA
50,8
9,9
3
34
ITAUTEC
BRA
86,8
9,8
490
35
JBS FRIBOI
BRA
33,6
9,6
18
36
ALMACENES COPPEL
MÉX
97,7
9,3
162
37
CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
BRA
42,6
8,9
51
38
B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO
BRA
56,4
7,6
317
39
CARAMURU
BRA
61,3
7,5
457
40
SOTREQ
BRA
44,6
7,1
485
41
PROFARMA
BRA
48,4
6,6
388
42 GRUPO ARCELORMITTAL
BRA
22,8
14,2
42
42
BUENAVENTURA
PER
48,5
6,5
488
43 COELCE
BRA
60,8
13,7
470
43
ENDESA
CHI
10,3
6,5
103
44 GRUPO TELEVISA
MÉX
136,6
13,2
114
44
COMERCIAL MEXICANA
MÉX
53,3
6,5
108
45 MINERA YANACOCHA
PER
0,6
12,8
266
45
TENARIS
ARG
163,7
5,9
23
46 RENAULT
BRA
36,2
12,7
221
46
CARAÍBA METAIS
BRA
78,0
5,8
401
47 EL PUERTO DE LIVERPOOL
MÉX
112,5
12,5
124
47
CARGILL
BRA
47,6
5,6
56
48 CENCOSUD
CHI
26,8
12,2
33
48
MASISA
CHI
100,4
5,5
397
49 YPF
ARG
27,9
12,1
31
49
A. LUNDGREN-PERNAMBUCANAS BRA
59,2
4,9
315
50 SALFACORP
CHI
77,3
12,0
429
50
CGE
14,6
4,8
141
* MEDIDO EM DIAS
* CONTA A COBRAR
*AS COM MAIOR ROTATIVIDADE DE CARTEIRA
AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃO
122 AMÉRICAECONOMIA AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / JULHO, 2009
CHI
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
ÍNDICE 2008
ÍNDICE RK 2007 2008
1
PETROBRAS
BRA
1,0
1,1
3
2
BRASKEM
BRA
1,0
1,1
52
3
MEXICHEM
MÉX
1,0
1,1
188
4
CGE
CHI
1,0
0,7
141
5
M. DIAS BRANCO
BRA
1,0
1,4
440
6
COPA AIRLINES
PAN
1,0
1,0
330
7
INTEROCEÁNICA
CHI
1,1
1,1
422
LIQUIDEZ (PROVA ÁCIDA)
LIQUIDEZ CORRENTE
AS 500 POR LIQUIDEZ E GESTÃO SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
ÍNDICE 2008
ÍNDICE RK 2007 2008
1
GRUPO GLORIA
PER
1,0
0,9
469
2
INTEROCEÁNICA
CHI
1,0
1,0
422
3
PONTO FRIO-GLOBEX
BRA
1,0
1,1
268
4
LOJAS AMERICANAS
BRA
1,0
0,8
138 191
5
GRUPO XIGNUX
MÉX
1,0
1,4
6
MARFRIG
BRA
1,0
1,7
158
7
B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO
BRA
1,0
0,8
317 211
8
GRUPO CASA SABA
MÉX
1,0
1,0
9
UNIPAR
BRA
1,0
1,3
220
10
MINERA CERRO VERDE
PER
1,0
2,1
232
11
CANDELARIA
CHI
1,0
2,3
365
12
NATURA
BRA
1,1
1,1
278
13
QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS
BRA
1,1
0,8
370
14
TELESP
BRA
1,1
0,9
57
15
POSITIVO INFORMÁTICA
BRA
1,1
1,5
465
8
KIMBERLY CLARK DE MÉXICO
MÉX
1,1
1,9
255
9
AMERICEL
BRA
1,1
1,5
286
10
SIGMA
MÉX
1,1
1,3
227
11
PETROBRAS ENERGIA
ARG
1,1
1,4
94
12
GASCO
CHI
1,1
1,0
461
13
ELETROPAULO
BRA
1,1
1,3
127
14
COLLAHUASI
CHI
1,1
2,6
159
15
TELESP
BRA
1,1
0,9
57
16
WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
1,1
1,1
12
17
GRUPO ALFA
MÉX
1,1
1,5
44
18
CANDELARIA
CHI
1,1
2,4
365
18
TENARIS
ARG
1,1
1,0
23
19
ALPEK
MÉX
1,1
1,6
110
19
COTEMINAS
BRA
1,1
1,6
312
20
FALABELLA
CHI
1,1
1,3
67
20
NET BRASIL
BRA
1,1
1,5
275
GRUPO FAMSA
MÉX
1,1
2,0
395
16
ELETROPAULO
BRA
1,1
1,2
127
17
EMPRESAS NAVIERAS
CHI
1,1
1,1
316
21
MOLINOS RÍO DE LA PLATA
ARG
1,1
1,0
182
21
22
COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA BRA
1,1
1,3
113
22
SIVENSA
VEN
1,1
1,9
357
23
LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL BRA
1,1
0,9
194
23
COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA
BRA
1,1
1,3
113
24
EMPRESAS NAVIERAS
CHI
1,2
1,2
316
24
ENERSIS
CHI
1,1
1,2
29
25
C. VALE
BRA
1,2
1,2
478
25
ITAUTEC
BRA
1,2
1,3
490
26
COELBA
BRA
1,2
1,2
318
26
JBS FRIBOI
BRA
1,2
0,9
18
27
ENERSIS
CHI
1,2
1,3
29
27
CMPC PAPELES Y CARTONES
CHI
1,2
1,1
139
28
ALICORP
PER
1,2
1,3
358
28
COELBA
BRA
1,2
1,2
318
29
NET BRASIL
BRA
1,2
1,6
275
29
CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
BRA
1,2
0,8
51
30
UCP BACKUS JOHNST
PER
1,2
2,1
475
30
LOJAS RENNER
BRA
1,2
1,1
441
31
CAROZZI
CHI
1,2
1,4
447
31
ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES
BRA
1,2
1,6
451
32
ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES
BRA
1,2
1,6
451
32
EMPRESAS ICA
MÉX
1,2
1,8
219
33
QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
1,2
2,4
272
33
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
1,2
0,9
40
34
LOJAS AMERICANAS
BRA
1,2
1,1
138
34
GERDAU
BRA
1,2
1,4
11
35
B2W-CIA. GLOBAL DO VAREJO
BRA
1,2
1,0
317
35
AÇOS VILLARES
BRA
1,2
1,6
428
36
CGE DISTRIBUCIÓN
CHI
1,3
1,3
405
36
CGE DISTRIBUCIÓN
CHI
1,2
1,3
405
37
IOCHPE-MAXION
BRA
1,3
1,5
481
37
GRUPO PALACIO DE HIERRO
MÉX
1,2
1,3
437
38
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
1,3
0,9
40
38
GRUPO BIMBO
MÉX
1,3
0,9
66
39
CONTAX
BRA
1,3
1,4
492
39
MARCOPOLO
BRA
1,3
1,4
390
40
PONTO FRIO-GLOBEX
BRA
1,3
1,3
268
40
DURATEX
BRA
1,3
1,9
471
41
BRASIL TELECOM
BRA
1,3
1,4
83
41
ENTEL
CHI
1,3
1,3
251
42
QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS
BRA
1,3
1,1
370
42
BRASIL TELECOM
BRA
1,3
1,4
83
43
PEMEX REFINACIÓN
MÉX
1,3
1,5
4
43
TUPY
BRA
1,3
1,5
493
44
CARAMURU
BRA
1,3
1,4
457
44
WEG
BRA
1,3
1,4
222
45
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
1,3
3,0
153
45
CEMIG
BRA
1,3
1,3
86
46
GRUPO FAMSA
MÉX
1,3
2,4
395
46
CELPE
BRA
1,3
1,5
434
47
CEMIG
BRA
1,3
1,3
86
47
ANGLO AMERICAN NORTE
CHI
1,3
1,3
476
48
GRUPO KUO
MÉX
1,3
1,5
256
48
CORPORACIÓN GEO
MÉX
1,3
1,3
338
49
GRUPO XIGNUX
MÉX
1,3
2,0
191
49
SUDAMERICANA DE VAPORES
CHI
1,3
1,7
80
50
SUPERMERCADOS LA FAVORITA
EQU
1,3
1,1
346
50
MINERA EL ABRA
CHI
1,3
2,8
378
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 123
AS MAIORES POR PROPRIEDADE
ELEFANTES BRANCOS Em número, empresas estatais se mantêm estáveis no ranking, mas aumentam sua taxa de vendas, enquanto as multinacionais diminuem
124 AMÉRICAECONOMIA
por tipo de empresa. Nos últimos anos as estatais, a maior parte delas concentrada nos mercados fornecedores de matérias-primas e commodities, aumentaram de forma importante as vendas médias por empresa, enquanto as privadas - tanto locais quanto estrangeiras - permaneceram estáveis. Alguns poderiam dizer que certas estatais como a brasileira Petrobras e a colombiana Ecopetrol poderiam entrar a uma categoria diferente. Mas a resiliência vista nas grandes empresas latino-americanas controladas pelo Estado é impressionante. Mas o maior movimento se encontra entre as multinacionais estrangeiras. Das 181 que estavam nesta lista há dez anos, hoje só restam 170. A explicação para isso é que não puderam manter taxas de crescimento tão altas quanto as estatais e as privadas locais, que foram tomando seu lugar no ranking. Claramente há exceções, como as crescentes operações do Wal-Mart em toda a América Latina, bem como as da espanhola Telefónica, que avançam de forma considerável no ranking. Mas tanto grandes automotivas quanto empresas de telecomunicações e de varejo estrangeiras que brilharam no cenário latinoamericano há dez anos foram desaparecendo. Q
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
SEM IDEOLOGIA
PARTICIPAÇÃO ANUAL NAS VENDAS TOTAIS DAS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ESTATAIS PRIVADAS LOCAIS PRIVADAS ESTRANGEIRAS
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1996
1997 1998 1999 2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
PRIVADAS E LOCAIS
NÚMERO DE EMPRESAS ENTRE AS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ESTATAIS PRIVADAS LOCAIS PRIVADAS ESTRANGEIRAS
350 300 250 200 150 100 50 0
1996
1997 1998 1999 2000
2001
2002 2003
2004 2005
2006 2007 2008
TAMANHO IMPORTA, SIM SENHOR EVOLUÇÃO DAS VENDAS MÉDIAS POR EMPRESA NAS 500 MAIORES POR TIPO DE PROPRIEDADE FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ESTATAIS PRIVADAS LOCAIS PRIVADAS ESTRANGEIRAS
14.000 12.000
EM US$ MILHÕES
D
epois de 2008, as empresas mexicanas continuam perdendo presença entre as maiores companhias da região. Há poucos temas de debate tão intensos quanto o que se refere à propriedade: quem deve ser o dono das empresas. Muito se tem escrito e muito sangue correu nessa disputa. Esta revista sempre defendeu a propriedade privada das empresas e tem promovido o desenvolvimento de empresas de capitais locais. Nos últimos anos, temos acompanhado felizes como grandes empresas privadas da região têm incrementado sua importância e alcance através de modelos de negócio globais. Mas as grandes corporações estatais continuam firmes no ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina. A lista deste ano inclui 42 empresas estatais, cifra que – apesar de ter variações – tem se mantido igual desde 1998, quando se produziu a última grande onda de privatizações. E não é só: se em 1998 as vendas dessas empresas representavam 19% do total das empresas do ranking das 500, em 2008 essa taxa cresceu para 29,3%. Ao mesmo tempo, as privadas locais perderam 2 pontos de participação, enquanto as multinacionais estrangeiras perderam oito. O mais impressionante é a evolução das vendas médias
10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
/ JULHO, 2009
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 RK US$ MILHÕES 2008
1 VALE
BRA
30.184,4
5
2 AMÉRICA MÓVIL
MÉX
24.988,6
6
3 TECHINT
ARG
22.000,0
8
4 GERDAU
BRA
17.932,3
11
5 CEMEX
MÉX
17.581,8
13
6 ODEBRECHT
BRA
15.193,5
14
7 GRUPO VOTORANTIM
BRA
15.011,9
16
8 JBS FRIBOI
BRA
12.982,6
18
9 EMPRESAS COPEC
CHI
12.818,2
20
10 FEMSA
MÉX
12.146,9
22
11 TENARIS
ARG
12.131,8
12 GRUPO ULTRA
BRA
13 TELCEL 14 CENCOSUD
ESTRANGEIRAS
LOCAIS
AS 50 MAIORES PRIVADAS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 RK US$ MILHÕES 2008
1
WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
17.705,9
12
2
GENERAL MOTORS DE MÉXICO
MÉX
12.027,0
25
3
TELEFÔNICA
BRA
11.962,3
26
4
VOLKSWAGEN
BRA
10.702,8
28
5
ENERSIS
CHI
10.570,9
29
6
NISSAN MEXICANA
MÉX
10.529,1
30
7
YPF
ARG
10.050,4
31
8
CARREFOUR
BRA
9.614,9
35
9
BUNGE ALIMENTOS
BRA
9.521,1
37
10
SHELL
BRA
9.185,7
38
23
11
CHRYSLER
MÉX
9.120,0
39
12.095,8
24
12
AMBEV
BRA
8.942,9
41
MÉX
9.816,7
32
13
GRUPO ARCELORMITTAL
BRA
8.489,9
42
CHI
9.745,8
33
14
GENERAL MOTORS
BRA
8.329,0
45
15 CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA BRA
9.605,6
36
15
VOLKSWAGEN DE MÉXICO
MÉX
8.140,0
46
16 TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
8.972,0
40
16
FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
7.897,9
49
17 TERNIUM
ARG
8.464,8
43
17
ESCONDIDA
CHI
7.760,2
50
18 GRUPO ALFA
MÉX
8.399,8
44
18
WAL-MART
BRA
7.252,9
53
19 TELEMAR
BRA
8.017,1
47
19
CARGILL
BRA
6.853,9
56
20 GRUPO BAL
MÉX
7.930,0
48
20
TELESP
BRA
6.837,4
57
21 CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
BRA
7.716,4
51
21
VIVO
BRA
6.619,5
60
22 BRASKEM
BRA
7.684,9
52
22
COCA-COLA
BRA
6.418,5
61
23 NORBERTO ODEBRECHT
BRA
7.092,2
54
23
BODEGA AURRERÁ
MÉX
5.975,4
64
24 ORGANIZACIÓN SORIANA
MÉX
6.912,6
55
24
CARGILL
ARG
5.970,2
65
25 GRUPO CAMARGO CORRÊA
BRA
6.791,0
58
25
FORD MOTOR COMPANY
MÉX
5.885,4
69
26 USIMINAS
BRA
6.720,8
59
26
HEWLETT - PACKARD MÉXICO
MÉX
5.704,8
71
27 COCA - COLA FEMSA
MÉX
5.998,6
62
27
TIM PARTICIPAÇÕES
BRA
5.597,3
72
28 CSN
BRA
5.991,8
63
28
NESTLÉ
BRA
5.369,4
76
29 GRUPO BIMBO
MÉX
5.951,0
66
29
FORD
BRA
5.350,3
77
30 FALABELLA
CHI
5.924,5
67
30
WAL-MART SUPERCENTER
MÉX
4.987,6
79
31 CASAS BAHIA
BRA
5.896,4
68
31
CLARO TELECOM
BRA
4.932,6
81
32 TELMEX INTERNACIONAL
MÉX
5.494,6
73
32
BRASIL TELECOM
BRA
4.833,9
83
33 GRUPO MODELO
MÉX
5.448,2
74
33
SAM’S CLUB
MÉX
4.789,3
84
34 GRUPO CARSO
MÉX
5.430,0
75
34
CEMIG
BRA
4.660,0
86
35 EMBRAER
BRA
5.026,4
78
35
PETROBRAS ENERGIA
ARG
4.373,2
94
36 SUDAMERICANA DE VAPORES
CHI
4.943,9
80
36
ESSO
BRA
4.279,0
95
37 PERDIGÃO
BRA
4.875,1
82
37
BUNGE
ARG
4.190,0
97
38 GRUPO MÉXICO
MÉX
4.681,7
85
38
EMBRATEL
BRA
4.183,7
98
39 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
4.646,1
87
39
REPSOL YPF PERÚ
PER
3.979,0
102
40 CANTV
VEN
4.594,3
88
40
ENDESA
CHI
3.960,5
103
41 SADIA
BRA
4.590,8
89
41
MOVISTAR
VEN
3.903,0
105
42 LAN
CHI
4.587,2
90
42
BUNGE FERTILIZANTES
BRA
3.411,0
117
43 TAM
BRA
4.532,3
91
43
GENERAL ELECTRIC
BRA
3.361,0
120
44 GRUPO SALINAS
MÉX
4.463,2
92
44
CENCOSUD
ARG
3.318,0
122
45 REFAP - ALBERTO PASQUALINI
BRA
4.242,3
96
45
GRUPO PEPSICO
MÉX
3.300,0
123
46 CPFL ENERGIA
BRA
4.153,1
99
46
ELETROPAULO
BRA
3.222,0
127
47 GERDAU AÇOS LONGOS
BRA
4.003,1
100
47
CARREFOUR
ARG
3.124,0
129
48 MET-MEX PEÑOLES
MÉX
3.984,0
101
48
LG
BRA
3.096,6
130
49 CONTROLADORA MABE
MÉX
3.950,0
104
49
DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS
MÉX
3.093,5
131
50 EXTRA
BRA
3.902,5
106
50
TELECOM
ARG
3.057,1
133
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 125
AS MAIORES ESTATAIS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
SETOR
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
ATIVO TOTAL 2008 PATRIMÔNIO LÍQ. RK US$ MILHÕES 2008 US$ MILHÕES 2008
1
PDVSA
VEN
Petróleo/Gás
126.364,0
9.413,0
131.832,0
71.513,0
1
2
PEMEX
MÉX
Petróleo/Gás
96.074,5
-7.906,2
88.696,4
1.936,0
2
3
PETROBRAS
BRA
Petróleo/Gás
92.049,0
14.115,4
125.016,6
59.206,4
3
4
PEMEX REFINACIÓN
MÉX
Petróleo/Gás
39.733,9
-8.669,9
37.050,0
-1.135,9
4
5
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
BRA
Petróleo/Gás
23.930,9
551,6
5.159,9
3.157,3
7
6
PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA
MÉX
Petroquímica
19.675,5
164,3
11.569,0
3.450,2
9
7
COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
MÉX
Energia Elétrica
19.570,0
-1.415,8
56.950,1
30.196,4
10
8
ECOPETROL
COL
Petróleo/Gás
15.053,9
5.164,8
21.629,1
15.374,9
15
9
CODELCO
CHI
Mineração
14.424,8
1.566,8
13.706,7
3.875,7
17
10
ELETROBRÁS
BRA
Energia Elétrica
12.865,4
2.625,8
59.073,1
36.636,0
19
11
ENAP
CHI
Petróleo/Gás
12.185,2
-957,8
4.872,1
261,3
21
12
PETROECUADOR
EQU
Petróleo/Gás
10.878,4
5.072,4
5.982,3
4.592,3
27
13
PEQUIVEN
VEN
Petroquímica
9.690,0
N.D.
N.D.
N.D.
34
14
PEMEX PETROQUÍMICA
MÉX
Petroquímica
5.809,5
-1.354,9
7.050,0
1.742,9
70
15
CORREIOS E TELÉGRAFOS
BRA
Serviços Gerais
4.449,2
342,8
2.907,5
1.328,5
93
16
ITAIPU BINACIONAL
BR/PA Energia Elétrica
3.423,0
881,9
20.060,6
100,0
115
17
COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO
MÉX
Energia Elétrica
3.359,2
-1.430,4
9.973,4
-658,1
121
18
REFINERÍA DE CARTAGENA
COL
Petróleo/Gás
2.790,0
-13,9
1.381,5
1.155,4
149
19
SABESP
BRA
Serviços básicos
2.717,9
431,4
8.781,8
4.489,7
151
20
RECOPE
C.RI
Petróleo/Gás
2.706,8
107,2
N.D.
N.D.
154
21
PETROPERÚ
PER
Petróleo/Gás
2.664,3
91,3
N.D.
389,0
157
22
AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES
MÉX
Serviços Gerais
2.576,1
-6,2
965,0
504,3
165
23
FURNAS
BRA
Energia Elétrica
2.469,7
194,5
8.681,8
5.854,3
173
24
COPEL
BRA
Energia Elétrica
2.335,8
461,6
5.671,2
3.445,9
178
25
CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO
BRA
Energia Elétrica
2.065,2
615,0
8.027,5
5.339,6
209
26
AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
Serviços básicos
1.985,1
1.017,2
4.608,8
4.360,4
218
27
ANCAP
URU
Petróleo/Gás
1.900,4
N.D.
N.D.
N.D.
225
28
COMGÁS
BRA
Petróleo/Gás
1.706,9
220,0
1.717,0
486,6
250
29
EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN
COL
Serviços básicos
1.692,1
591,4
8.188,9
6.604,4
252
30
ELETRONORTE
BRA
Energia elétrica
1.649,3
-1.037,5
7.650,3
2.648,1
258
ESTA FATIA É MINHA
APOIO MATERNO
DISTRIBUIÇÃO POR PAÍS, DE VENDAS DAS PRIVADAS LOCAIS (TOP 50), EM US$ MILHÕES
DISTRIBUIÇÃO POR PAÍS, DE EMPRESAS ESTATAIS NO RANKING FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
BR/PA 1
EQUADOR 1 PERU 1
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
PANAMÁ 1
VENEZUELA 4.594 ARGENTINA 42.597
URUGUAI 2 CHILE 3 MÉXICO 146.796
BRASIL
VENEZUELA
16
4
BRASIL 204.242 CHILE MÉXICO
38.020
7
126 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
O BOM NEGÓCIO Apesar da crise e da retração do comércio internacional, ser exportador na América Latina continua sendo um fator de competitividade
A
pesar da crise e da retração do comércio internacional, ser exportador na América Latina continua sendo um fator de competitividade. Isso é o que demonstram as 500 Maiores Empresas da América Latina. As vendas das companhias exportadoras caíram apenas 0,1%, enquanto entre as que não exportam esse percentual foi de 2,7%. O montante total das exportações das empresas que as declararam cresceu 13% em relação ao ano anterior, o que faz desta atividade uma das áreas de negócios mais dinâmicas. Além disso, as exportadoras são sistematicamente mais rentáveis que as não-exportadoras. Quatro casos valem ser destacados. O primeiro é o da argentina Aceitera General Deheza, do setor de agroindústria, que registrou aumento de suas vendas externas de US$ 436,6 milhões em 2007 para US$ 1,22 bilhão em 2008. Um salto de 181% apoiado por um mercado global faminto por seus óleos e produtos à base de soja. O segundo é o da Carbones del Cerrejón, mineradora que elevou suas exportações de US$ 796,9 milhões para US$ 2,17 bilhões. O terceiro é o caso da chilena Anglo American Sur, que incrementou suas exportações em 142%, para US$ 1,37 bilhão, enquanto a siderúrgica Gerdau Açominas registrou aumento de 101% em seus
embarques ao exterior, para US$ 1,48 bilhão. Quando se faz uma análise por setor, é difícil tirar conclusões. Tanto petróleo/gás quanto mineração e agroindústria poderiam ser penalizados pela queda no preço das commodities, ainda que muitas de suas empresas tenham aumentado as vendas internacionais. O mesmo acontece com o setor de siderurgia. O único setor que incrementou suas exportações de forma sustentável foi o de celulose/papel, com um crescimento médio de 26%. Mas tudo fica mais fácil quando a tarefa é reconhecer as que tiveram um mau ano, como as mexicanas. A mineradora Grupo México, por exemplo, exportou US$ 1,8 bilhão a menos do que em 2007, o que representa uma queda de 36%. E o Grupo Alfa, apesar de sua diversificação industrial, vendeu US$ 751 milhões menos a outros países do que 2007, queda de 14%. Nesta lista também merece destaque a chilena Escondida, cujas exportações caíram 9%, para US$ 777 milhões. Quando falamos em exportações, é interessante analisar o caso da brasileira Embraer, uma das exportadoras de maior valor agregado da região. A companhia conseguiu manter-se firme, apesar das dificuldades enfrentadas em 2008: cresceu 6%, para US$ 5 bilhões em vendas externas. Q
É o crescimento do valor total das exportações das empresas do Ranking.
CADA UM NO SEU CONTÊINER
DISTRIBUIÇÃO DE EXPORTAÇÕES NAS 500, POR SETOR. TOTAL = US$ 296 BILHÕES FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
BEBIDAS 2,2%
OUTROS
CELULOSE/PAPEL 2,3%
4,4%
ALIMENTOS 2,4%
PETRÓLEO/GÁS 25,3%
SIDERURGIA/ METALURGIA 5,2% MULTISSETOR 5,2% PETROQUÍMICA 5,8% CIMENTO 5,9% AUTOMOTIVO/ AUTOPEÇAS 7,9% MINERAÇÃO 24,9%
AGROINDÚSTRIA 8,6%
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 127
AS MAIORES EXPORTADORAS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
SETOR
EXPORTAÇÕES 2008 US$ MILHÕES
% DE VENDAS
RK VAR. (%) 08/07 2008
1 PEMEX
MÉX
Petróleo/Gás
46.763,4
48,7
-5,8
2 PETROBRAS
BRA
Petróleo/Gás
19.299,2
21,0
41,6
3
3 CEMEX
MÉX
Cimento
17.500,0
99,5
-3,2
13
4 CODELCO
CHI
Mineração
13.772,7
95,5
-6,6
17
5 VALE
BRA
Mineração
13.531,2
44,8
71,2
5
6 PEMEX GÁS Y PETROQUÍMICA BÁSICA
MÉX
Petroquímica
12.126,5
61,6
-5,4
9
7 ESCONDIDA
CHI
Mineração
7.436,5
95,8
-9,5
50
8 ODEBRECHT
BRA
Multissetor
6.129,8
40,3
2,1
14
9 VOLKSWAGEN DE MÉXICO
MÉX
Automotivo/Autopeças
5.948,6
73,1
-6,1
46
10 CHRYSLER
MÉX
Automotivo/Autopeças
5.762,6
63,2
-6,5
39
11 CARGILL
ARG
Agroindústria
5.671,7
95,0
38,5
65
12 BUNGE ALIMENTOS
BRA
Agroindústria
5.023,4
52,8
64,4
37
13 EMBRAER
BRA
Aeroespacial
5.020,0
99,9
6,0
78
14 GRUPO ALFA
MÉX
Multissetor
4.546,9
54,1
-14,2
44
15 ECOPETROL
COL
Petróleo/Gás
4.218,1
28,0
37,8
15
16 FEMSA
MÉX
Bebidas
4.205,0
34,6
-3,2
22
17 BUNGE
ARG
Agroindústria
3.771,0
90,0
31,4
97
18 GRUPO MÉXICO
MÉX
Mineração
3.255,2
69,5
-35,7
85
19 CONTROLADORA MABE
MÉX
Eletrônica
2.925,8
74,1
2,4
104
20 MINERA ANTAMINA
PER
Mineração
2.846,1
100,0
-5,6
144
21 INDUSTRIAS PEÑOLES
MÉX
Mineração
2.778,1
72,5
-6,4
109
22 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
Mineração
2.700,0
99,6
-9,8
153
23 GRUPO ARCELORMITTAL
BRA
Siderurgia/Metalurgia
2.679,1
31,6
-2,0
42
24 SADIA
BRA
Alimentos
2.424,2
52,8
36,5
89
25 COLLAHUASI
CHI
Mineração
2.388,5
90,1
0,6
159
26 GRUPO MODELO
MÉX
Bebidas
2.298,1
42,2
-18,4
74
27 CARGILL
BRA
Agroindústria
2.205,2
32,2
25,4
56
28 NEMAK
MÉX
Automotivo/Autopeças
2.199,9
92,5
-19,6
174
29 CARBONES DEL CERREJÓN
COL
Mineração
2.175,2
91,9
172,9
175
30 LOS PELAMBRES
CHI
Mineração
2.077,6
95,7
-8,6
198
31 VOLKSWAGEN
BRA
Automotivo/Autopeças
2.001,9
18,7
-5,8
28
32 GERDAU
BRA
Siderurgia/Metalurgia
1.962,6
10,9
64,0
11
33 GRUPO BIMBO
MÉX
Alimentos
1.959,4
32,9
-11,5
66
34 ALPEK
MÉX
Petroquímica
1.957,6
52,6
-8,2
110
2
35 GRUPO XIGNUX
MÉX
Multissetor
1.895,8
84,8
-17,0
191
36 PEMEX PETROQUÍMICA
MÉX
Petroquímica
1.856,0
31,9
-6,6
70
37 PERDIGÃO
BRA
Alimentos
1.841,3
37,8
32,2
82
38 MINERA CERRO VERDE
PER
Mineração
1.822,9
99,3
12,3
232
39 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL
BRA
Siderurgia/Metalurgia
1.786,8
67,8
38,0
161
40 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL
BRA
Agroindústria
1.759,1
78,9
37,4
194
41 SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
Mineração
1.720,0
96,2
34,5
237
42 MOLYMET
CHI
Siderurgia/Metalurgia
1.687,0
67,3
-3,7
171
43 MINERA YANACOCHA
PER
Mineração
1.617,5
99,6
45,1
266
44 CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO
BRA
Mineração
1.590,0
99,4
56,5
270
45 CMPC PAPELES Y CARTONES
CHI
Celulose/Papel
1.584,5
53,2
12,3
139
46 ARAUCO
CHI
Celulose/Papel
1.573,7
42,7
12,4
111
47 GENERAL MOTORS
BRA
Automotivo/Autopeças
1.571,0
18,9
1,7
45
48 XSTRATA COPPER CHILE S.A.
CHI
Mineração
1.485,2
100,0
20,6
284
49 GERDAU AÇOMINAS
BRA
Siderurgia/Metalurgia
1.480,1
62,6
101,3
177
50 CATERPILLAR
BRA
Máquinas/Equip.
1.394,0
61,9
20,4
189
128 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
AS MAIORES EXPORTADORAS SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
SETOR
EXPORTAÇÕES 2008 US$ MILHÕES
% DE VENDAS
RK VAR. (%) 08/07 2008
51 ANGLO AMERICAN SUR
CHI
Mineração
1.378,0
68,9
142,3
214
52 BARRICK MISQUICHILCA
PER
Mineração
1.360,0
99,6
21,5
310
53 FORD
BRA
Automotivo/Autopeças
1.341,1
25,1
-7,3
77
54 SHELL
BRA
Petróleo/Gás
1.320,4
14,4
60,2
38
55 ALUNORTE
BRA
Siderurgia/Metalurgia
1.302,0
99,5
15,3
324
56 SQM
CHI
Mineração
1.282,4
71,5
85,8
235
57 JBS FRIBOI
BRA
Agroindústria
1.265,5
9,7
18,3
18
58 SUZANO PAPEL E CELULOSE
BRA
Celulose/Papel
1.256,4
72,3
73,5
246
59 DOE RUN
PER
Mineração
1.245,5
100,0
-3,2
342
60 DRUMMOND
COL
Mineração
1.228,7
88,4
21,9
308
61 ACEITERA GENERAL DEHEZA
ARG
Agroindústria
1.225,0
48,9
180,5
170
62 BRASKEM
BRA
Petroquímica
1.223,8
15,9
-8,2
52
63 GRUPO BERTIN
BRA
Agroindústria
1.204,6
42,5
-1,6
146
64 SCANIA
BRA
Automotivo/Autopeças
1.201,0
99,9
16,0
353
65 ARACRUZ CELULOSE
BRA
Celulose/Papel
1.196,5
75,6
12,6
274
66 MINERA SPENCE
CHI
Mineração
1.168,5
100,0
44,2
362
67 CANDELARIA
CHI
Mineração
1.151,4
100,0
-1,8
365
68 PETROBRAS DISTRIBUIDORA
BRA
Petróleo/Gás
1.123,8
4,7
71,1
7
69 MINERA EL ABRA
CHI
Mineração
1.110,9
100,0
-8,8
378
70 CMPC CELULOSA
CHI
Celulose/Papel
1.068,7
95,3
11,2
375
71 FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
Automotivo/Autopeças
1.030,6
13,0
-7,8
49
72 GRUPO VOTORANTIM
BRA
Multissetor
1.023,4
6,8
-7,7
16
73 CONSORCIO MINERO CORMIN
PER
Comércio
1.011,7
100,0
65,5
415
74 GRUPO KUO
MÉX
Multissetor
1.001,0
60,2
10,8
256
75 ENAMI
CHI
Mineração
989,9
66,8
-19,9
285
76 COPERSUCAR
BRA
Agroindústria
940,7
55,9
-5,0
253
77 CARAÍBA METAIS
BRA
Siderurgia/Metalurgia
937,8
88,7
-5,1
401
78 VOLVO
BRA
Automotivo/Autopeças
908,6
33,5
33,7
152
79 GRUPO CARSO
MÉX
Multissetor
884,9
16,3
-20,9
75
80 GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
Siderurgia/Metalurgia
863,0
18,6
89,4
87
81 MINERA ZALDÍVAR
CHI
Mineração
854,7
99,1
-20,5
454
82 ALBRAS
BRA
Siderurgia/Metalurgia
852,0
92,1
-24,7
444
83 REPSOL YPF PERÚ
PER
Petróleo/Gás
824,4
20,7
20,2
102
84 DOUX FRANGOSUL
BRA
Alimentos
813,8
99,9
43,5
473
85 ANGLO AMERICAN NORTE
CHI
Mineração
801,0
99,2
0,2
476
86 MINERVA
BRA
Agroindústria
762,7
84,0
18,3
445
87 ENAP
CHI
Petróleo/Gás
728,6
6,0
-4,4
21
88 WHIRLPOOL
BRA
Eletrônica
709,4
28,0
1,2
169
89 BOSCH
BRA
Automotivo/Autopeças
698,0
40,1
-2,3
245
90 WEG
BRA
Máquinas/Equip.
662,7
34,4
16,1
222
91 COSIPA
BRA
Siderurgia/Metalurgia
636,9
22,5
-6,0
147
92 GRUPO ANDRÉ MAGGI
BRA
Agroindústria
635,0
63,0
0,3
416
93 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
BRA
Construção
606,3
30,4
61,6
216
94 RENAULT
BRA
Automotivo/Autop.
604,7
30,9
-13,5
221
95 BP EXPLORATION COMPANY
COL
Petróleo/Gás
590,1
60,6
-3,6
425
96 IMCOPA - IMPORTAÇÃO EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA DE OLEOS
BRA
Agroindústria
576,4
50,8
44,1
372
97 SIVENSA
VEN
Siderurgia/Metalurgia
567,9
48,2
49,1
357
98 SOUZA CRUZ
BRA
Agroindústria
564,0
24,9
42,6
187
99 NORBERTO ODEBRECHT
BRA
Construção
551,3
7,8
46,9
54
BRA
Siderurgia/Metalurgia
538,4
9,0
-38,9
63
100 CSN
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 129
AS MAIORES POR SETOR EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%)
ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQ. RK (%) 2008
AGROINDÚSTRIA JBS FRIBOI
BRA
12.982,6
62,6
11,1
111,9
0,4
0,2
0,1
18
BUNGE ALIMENTOS
BRA
9.521,1
8,4
0,9
104,7
0,1
0,0
0,0
37
CARGILL
BRA
6.853,9
-4,1
-164,0
-106,3
-134,2
-6,6
-2,4
56
CARGILL
ARG
5.970,2
26,4
N.D.
-
-
-
-
65
BUNGE
ARG
4.190,0
44,5
N.D.
-
-
-
-
97
GRUPO BERTIN
BRA
2.835,2
-3,0
-308,7
-320,1
-22,7
-6,8
-10,9
146
MARFRIG
BRA
2.654,6
40,8
-15,2
-131,7
-1,3
-0,4
-0,6
158
ACEITERA GENERAL DEHEZA
ARG
2.506,0
79,5
N.D.
-
-
-
-
170
MOLINOS RÍO DE LA PLATA
ARG
2.307,8
29,3
59,8
-41,2
17,7
5,6
2,6
182
SOUZA CRUZ
BRA
2.268,1
-17,1
534,7
4,3
58,7
34,6
23,6
187
ALIMENTOS GRUPO BIMBO
MÉX
5.951,0
-11,5
312,3
-12,0
12,6
7,4
5,2
66
NESTLÉ
BRA
5.369,4
-23,8
N.D.
-
-
-
-
76
PERDIGÃO
BRA
4.875,1
30,2
23,3
-87,2
1,3
0,5
0,5
82
SADIA
BRA
4.590,8
-5,7
-1.063,3
-373,3
-604,8
-18,2
-23,2
89
GRUPO MASECA
MÉX
3.238,2
-1,3
-888,6
-534,3
-223,0
-27,7
-27,4
126
GRUPO INDUSTRIAL LALA
MÉX
3.000,0
-0,4
N.D.
-
-
-
-
137
NESTLÉ DE MÉXICO
MÉX
2.855,0
-1,8
N.D.
-
-
-
-
142
ARCOR
ARG
2.064,7
11,8
56,4
-9,9
14,1
4,2
2,7
210
COSAN
BRA
2.038,2
15,0
-187,8
-206,9
-11,9
-4,0
-9,2
212
SIGMA
MÉX
1.886,9
-10,8
-63,1
-164,2
-14,8
-4,3
-3,3
227
AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS GENERAL MOTORS DE MÉXICO
MÉX
12.027,0
7,2
N.D.
-
-
-
-
25
VOLKSWAGEN
BRA
10.702,8
-10,4
N.D.
-
-
-
-
28
NISSAN MEXICANA
MÉX
10.529,1
4,0
N.D.
-
-
-
-
30
CHRYSLER
MÉX
9.120,0
-6,5
N.D.
-
-
-
-
39
GENERAL MOTORS
BRA
8.329,0
28,6
N.D.
-
-
-
-
45
VOLKSWAGEN DE MÉXICO
MÉX
8.140,0
-6,1
N.D.
-
-
-
-
46
FIAT AUTOMÓVEIS
BRA
7.897,9
-3,4
801,6
-
133,1
25,4
10,1
49
FORD MOTOR COMPANY
MÉX
5.885,4
-19,4
N.D.
-
-
-
-
69
FORD
BRA
5.350,3
-7,3
N.D.
-
-
-
-
77
DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS
MÉX
3.093,5
-40,9
N.D.
-
-
-
-
131
BEBIDAS FEMSA
MÉX
12.146,9
-10,1
484,9
-37,8
9,7
3,6
4,0
22
AMBEV
BRA
8.942,9
-19,4
1.309,1
-17,7
17,7
8,2
14,6
41
COCA-COLA
BRA
6.418,5
-5,1
N.D.
-
-
-
-
61
COCA-COLA FEMSA
MÉX
5.998,6
-5,4
404,7
-36,1
10,0
5,7
6,7
62
GRUPO MODELO
MÉX
5.448,2
-18,4
651,7
-25,1
14,6
8,5
12,0
74
GRUPO PEPSICO
MÉX
3.300,0
-5,7
N.D.
-
-
-
-
123
CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA
MÉX
3.075,7
-7,8
391,4
-20,9
-
8,2
12,7
132
BAVARIA
COL
1.635,1
-9,2
273,6
-21,7
12,8
6,6
16,7
263
EMBOTELLADORAS ARCA
MÉX
1.463,8
-14,0
212,9
-6,5
20,2
13,7
14,5
292
EMBOTELLADORA ANDINA
CHI
1.346,8
150,7
4,9
-8,4
27,4
15,7
11,2
314
CHI
3.689,1
3,3
478,7
-52,5
8,5
5,4
13,0
111
CELULOSE/PAPEL ARAUCO
130 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
AS MAIORES POR SETOR EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%)
ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQ. RK (%) 2008
CMPC PAPELES Y CARTONES
CHI
2.978,7
-7,9
205,8
-59,1
4,0
2,7
6,9
139
SUZANO PAPEL E CELULOSE
BRA
1.738,8
-9,7
-193,1
-163,4
-12,1
-3,5
-11,1
246
KIMBERLY CLARK DE MÉXICO
MÉX
1.666,5
-15,3
239,4
-29,9
38,1
13,7
14,4
255
ARACRUZ CELULOSE
BRA
1.581,9
-27,2
-1.802,9
-406,4
-437,7
-35,5
-114,0
274
KLABIN
BRA
1.325,0
-16,1
-149,2
-142,5
-15,5
-4,2
-11,3
321
VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL
BRA
1.279,8
-29,4
-560,7
-218,7
-31,7
-10,2
-43,8
333
CMPC CELULOSA
CHI
1.121,3
-20,1
182,6
-42,9
17,1
9,7
16,3
375
CMPC TISSUE
CHI
903,7
15,0
10,6
-82,3
-
1,0
1,2
446
CORPORACIÓN DURANGO
MÉX
750,8
0,3
N.D.
-
-
-
-
495
CEMEX
MÉX
17.581,8
-18,9
164,7
-93,1
1,2
0,4
0,9
13
CEMEX MÉXICO
MÉX
3.900,0
1,9
N.D.
-
-
-
-
107
CIMENTO
VOTORANTIM CIMENTOS
BRA
2.567,8
-21,2
234,3
-
18,0
4,1
9,1
167
GRUPO ARGOS
COL
1.752,1
-5,4
372,6
259,2
15,4
6,3
21,3
243
CEMENTOS CRUZ AZUL
MÉX
1.160,0
-8,6
N.D.
-
-
-
-
364
CAMARGO CORRÊA CIMENTO
BRA
1.134,9
-2,5
79,8
-33,0
6,1
3,4
7,0
371
WAL-MART DE MÉXICO
MÉX
17.705,9
-14,1
1.060,8
-18,6
19,8
12,4
6,0
12
CENCOSUD
CHI
9.745,8
27,8
254,5
-39,9
6,9
2,9
2,6
33
CARREFOUR
BRA
9.614,9
16,5
N.D.
-
-
-
-
35
COMÉRCIO
CBD-GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
BRA
7.716,4
-8,3
111,4
-6,5
4,8
1,9
1,4
51
WAL-MART
BRA
7.252,9
-14,2
N.D.
-
-
-
-
53
ORGANIZACIÓN SORIANA
MÉX
6.912,6
15,7
124,6
-56,6
5,9
2,6
1,8
55
BODEGA AURRERÁ
MÉX
5.975,4
-11,4
N.D.
-
-
-
-
64
FALABELLA
CHI
5.924,5
3,6
321,1
-26,7
11,5
4,6
5,4
67
CASAS BAHIA
BRA
5.896,4
-19,5
N.D.
-
-
-
-
68
WAL-MART SUPERCENTER
MÉX
4.987,6
-10,7
N.D.
-
-
-
-
79
CONSTRUÇÃO NORBERTO ODEBRECHT
BRA
7.092,2
46,9
252,0
-0,6
23,5
4,1
3,6
54
CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
BRA
1.995,2
24,2
252,0
-0,6
23,5
14,7
12,6
216
EMPRESAS ICA
MÉX
1.969,5
-4,4
32,7
140,8
3,2
0,9
1,7
219
CONSTR. E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA
BRA
1.783,7
23,1
129,3
147,5
19,4
10,3
7,2
238
CONSTRUCTORAS ICA
MÉX
1.551,9
-3,9
42,5
-10,9
-
-
2,7
277
DESARROLLADORA HOMEX
MÉX
1.362,8
-8,3
127,1
-37,9
15,4
5,8
9,3
311
CORPORACIÓN GEO
MÉX
1.261,7
-8,0
106,5
-19,7
15,7
5,9
8,4
338
SIGDO KOPPERS
CHI
1.203,1
-3,2
60,9
7,6
11,8
3,4
5,1
352
CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO
BRA
1.116,9
28,0
151,4
7,2
22,2
16,2
13,6
377
URBI DESARROLLOS URBANOS
MÉX
1.084,6
-7,4
156,7
-2,1
14,1
7,2
14,4
389
ELETRÔNICA HEWLETT-PACKARD MÉXICO
MÉX
5.704,8
12,9
N.D.
-
-
-
-
71
CONTROLADORA MABE
MÉX
3.950,0
2,4
N.D.
-
-
-
-
104
GENERAL ELECTRIC
BRA
3.361,0
45,4
N.D.
-
-
-
-
120
LG
BRA
3.096,6
23,9
N.D.
-
-
-
-
130
SANMINA-SCI SYSTEMS DE MÉXICO
MÉX
3.030,0
4,5
N.D.
-
-
-
-
135
SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA
BRA
2.699,0
28,5
N.D.
-
-
-
-
155
NOKIA
BRA
2.647,0
43,1
N.D.
-
-
-
-
160
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 131
AS MAIORES POR SETOR EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQUIDO 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%)
ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQ. RK (%) 2008
GENERAL ELECTRIC
MÉX
2.569,0
7,6
N.D.
-
-
-
-
166
WHIRLPOOL
BRA
2.535,1
-19,6
283,6
5,6
42,2
17,2
11,2
169
HEWLETT-PACKARD BRASIL
BRA
2.292,7
14,5
N.D.
-
-
-
-
186
COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
MÉX
19.570,0
-5,3
-1.415,8
-107,4
-4,7
-2,5
-7,2
10
ELETROBRÁS
BRA
12.865,4
1,5
2.625,8
200,5
7,2
4,4
20,4
19 29
ENERGIA ELÉTRICA
ENERSIS
CHI
10.570,9
11,8
907,4
138,9
15,4
4,0
8,6
CEMIG
BRA
4.660,0
-19,4
807,5
-17,6
20,2
7,8
17,3
86
CPFL ENERGIA
BRA
4.153,1
-21,8
545,9
-41,2
25,4
7,9
13,1
99
ENDESA
CHI
3.960,5
13,7
703,5
81,3
18,7
6,2
17,8
103
COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA
BRA
3.580,0
-20,6
269,1
275,9
18,2
3,5
7,5
113
ITAIPU BINACIONAL
BR/PA
3.423,0
1,6
881,9
18,2
881,9
4,4
25,8
115
COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO
MÉX
3.359,2
-21,1
-1.430,4
-2.805,6
-
-14,3
-42,6
121
ELETROPAULO
BRA
3.222,0
-20,0
439,5
9,2
31,1
8,2
13,6
127
MANUFATURA IUSA-INDUSTRIAS UNIDAS
MÉX
2.484,0
-1,5
N.D.
-
-
-
-
172
GRUPO CONDUMEX
MÉX
2.199,1
-23,7
58,6
-76,6
-
-
2,7
197
GRUPO VITRO
MÉX
2.097,5
-19,9
-409,2
-
-300,9
-16,6
-19,5
205
VITRO ENVASES
MÉX
1.410,0
6,7
N.D.
-
-
-
-
302
VITRO VIDRIO PLANO
MÉX
1.195,0
-1,4
N.D.
-
-
-
-
355
MASISA
CHI
1.065,9
10,4
44,1
7,3
3,4
1,9
4,1
397
DURATEX
BRA
818,8
-13,2
134,3
-25,4
18,1
9,3
16,4
471
TIGRE-TUBOS E CONEXÕES
BRA
767,0
-9,7
N.D.
-
-
-
-
487
MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS CATERPILLAR
BRA
2.251,3
20,4
N.D.
-
-
-
-
189
WEG
BRA
1.926,4
-9,0
239,8
-26,1
25,7
9,7
12,4
222
BLACK & DECKER DE MÉXICO
MÉX
1.070,4
-9,0
N.D.
-
-
-
-
394
FERREYROS
PER
741,8
14,9
26,1
-38,0
15,1
3,7
3,5
497
MÍDIA GRUPO TELEVISA
MÉX
3.468,1
-8,9
564,2
-23,8
18,6
6,4
16,3
114
GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES
BRA
3.252,7
-13,4
212,5
-34,4
14,8
6,0
6,5
125
GRUPO CLARÍN
ARG
1.653,1
19,5
75,7
14,5
10,7
3,3
4,6
257
GRUPO ABRIL
BRA
1.279,6
-5,7
118,3
-73,6
118,4
11,7
9,2
334
EDITORA ABRIL
BRA
821,6
-22,0
78,5
60,5
102,7
10,6
9,6
468
MINERAÇÃO VALE
BRA
30.184,4
-17,4
9.105,5
-19,4
22,1
11,5
30,2
5
CODELCO
CHI
14.424,8
-15,1
1.566,8
-47,5
40,4
11,4
10,9
17
ESCONDIDA
CHI
7.760,2
-24,6
3.570,3
-44,8
113,6
49,6
46,0
50
GRUPO MÉXICO
MÉX
4.681,7
-35,7
1.075,5
-36,0
24,7
12,2
23,0
85
INDUSTRIAS PEÑOLES
MÉX
3.833,8
-6,4
489,0
37,9
25,8
12,8
12,8
109
ANTOFAGASTA PLC
CHI
3.372,6
-11,9
1.706,5
23,5
26,5
21,5
50,6
119
MINERA MÉXICO
MÉX
2.850,0
-2,0
N.D.
-
-
-
-
143
MINERA ANTAMINA
PER
2.846,1
-5,6
N.D.
-
-
-
-
144
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
2.711,5
-14,7
1.092,4
-22,5
78,5
56,8
40,3
153
COLLAHUASI
CHI
2.650,3
-17,9
1.146,5
-37,2
69,0
38,3
43,3
159
132 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
AS MAIORES POR SETOR EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%)
ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQ. RK (%) 2008
MULTISSETOR ODEBRECHT
BRA
15.193,5
2,1
-357,8
-240,8
-37,9
-2,0
-2,4
14
GRUPO VOTORANTIM
BRA
15.011,9
-12,4
N.D.
-
-
-
-
16
EMPRESAS COPEC
CHI
12.818,2
3,9
603,1
-40,5
7,9
5,1
4,7
20
GRUPO ALFA
MÉX
8.399,8
-14,2
-687,7
-311,4
-32,2
-8,6
-8,2
44
GRUPO BAL
MÉX
7.930,0
2,0
N.D.
-
-
-
-
48
GRUPO CAMARGO CORRÊA
BRA
6.791,0
14,0
N.D.
-
-
-
-
58
GRUPO CARSO
MÉX
5.430,0
-20,9
473,2
-73,5
14,3
7,2
8,7
75
GRUPO SALINAS
MÉX
4.463,2
-13,9
N.D.
-
-
-
-
92
GRUPO BAVARIA
COL
2.322,0
266,8
-5,3
-21,5
11,9
5,8
11,5
180
GRUPO XIGNUX
MÉX
2.234,7
-17,0
24,3
-74,7
6,2
1,5
1,1
191
PDVSA
VEN
126.364,0
30,1
9.413,0
50,1
13,2
7,1
7,4
1
PEMEX
MÉX
96.074,5
-7,9
-7.906,2
-371,4
-408,4
-8,9
-8,2
2
PETROBRAS
BRA
92.049,0
-4,4
14.115,4
16,2
23,8
11,3
15,3
3
PEMEX REFINACIÓN
MÉX
39.733,9
-8,6
-8.669,9
-105,5
763,3
-23,4
-21,8
4
PETROBRAS DISTRIBUIDORA
BRA
23.930,9
15,5
551,6
16,4
17,5
10,7
2,3
7
ECOPETROL
COL
15.053,9
37,8
5.164,8
103,8
33,6
23,9
34,3
15
ENAP
CHI
12.185,2
35,1
-957,8
-581,1
-366,5
-19,7
-7,9
21
GRUPO ULTRA
BRA
12.095,8
7,5
167,0
62,6
8,4
4,0
1,4
24
PETROECUADOR
EQU
10.878,4
41,3
5.072,4
70,8
110,5
84,8
46,6
27
YPF
ARG
10.050,4
9,5
1.049,0
-18,6
17,9
9,3
10,4
31
PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA
MÉX
19.675,5
-4,1
164,3
-63,9
4,8
1,4
0,8
9
PEQUIVEN
VEN
9.690,0
49,1
N.D.
-
-
-
-
34
PETRÓLEO/GÁS
PETROQUÍMICA
BRASKEM
BRA
7.684,9
-23,0
-1.066,4
-445,0
-67,7
-11,0
-13,9
52
PEMEX PETROQUÍMICA
MÉX
5.809,5
9,5
-1.354,9
0,2
-77,7
-19,2
-23,3
70
ALPEK
MÉX
3.723,7
-9,1
93,2
-48,6
5,5
3,2
2,5
110
MEXICHEM
MÉX
2.266,0
7,5
10,2
-93,9
1,7
0,4
0,5
188
UNIPAR
BRA
1.965,9
23,7
-65,2
-179,6
-14,8
-1,3
-3,3
220
DOW BRASIL
BRA
1.608,4
-26,8
5,4
-93,5
0,8
0,4
0,3
269
QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
1.585,8
-
-284,5
-1.529,3
-44,9
-6,3
-17,9
272
YARA FERTILIZANTES
BRA
1.265,1
5,4
-152,7
-409,1
-175,5
-17,9
-12,1
336
QUÍMICA/FARMÁCIA BUNGE FERTILIZANTES
BRA
3.411,0
7,6
80,8
110,0
8,0
2,9
2,4
117
NACIONAL DE DROGAS
MÉX
2.200,0
-7,6
N.D.
-
-
-
-
196
PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO
MÉX
2.110,0
-6,3
N.D.
-
-
-
-
202
BASF
BRA
1.909,4
-13,0
108,2
-0,4
17,7
7,1
5,7
224
AVON
BRA
1.674,3
23,8
N.D.
-
-
-
-
254
MOSAIC FERTILIZANTES
BRA
1.643,1
5,3
-81,5
-213,5
-46,8
-6,1
-5,0
261
NATURA
BRA
1.548,1
-10,8
221,7
-15,1
74,2
24,5
14,3
278
HERINGER FERTILIZANTES
BRA
1.508,2
18,2
-108,3
-347,3
-106,7
-13,4
-7,2
281
FOSFÉRTIL
BRA
1.467,5
7,3
330,6
31,9
40,3
17,9
22,5
291
BAYER
BRA
1.454,4
-5,5
78,3
316,4
16,6
5,9
5,4
293
BRA
2.717,9
-19,4
431,4
-27,1
9,6
4,9
15,9
151
SERVIÇOS BÁSICOS SABESP
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 133
AS MAIORES POR SETOR EMPRESA
PAÍS
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VAR. VENDAS 08/07 (%)
LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES
VAR. LUCRO 08/07 (%)
ROE (%) ROA (%)
MARGEM LÍQ. RK (%) 2008
AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ
PAN
1.985,1
14,8
1.017,2
28,4
23,3
22,1
51,2
218
EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN
COL
1.692,1
9,8
591,4
8,8
9,0
7,2
35,0
252
GRUPO ICE
C.RI
1.400,0
5,3
N.D.
-
-
-
-
307
CCR
BRA
1.170,0
-11,9
305,3
-7,3
45,2
11,4
26,1
361
COPASA
BRA
881,6
-16,2
174,5
-6,1
10,7
6,5
19,8
450
SERVIÇOS DE SAÚDE AMIL
BRA
1.848,4
56,3
92,8
202,3
18,2
8,8
5,0
231
GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES
MÉX
1.400,0
-5,1
N.D.
-
-
-
-
304
GRUPO SALUDCOOP
COL
1.330,9
11,1
10,7
1,8
5,5
1,9
0,8
319
GRUPO OMNILIFE
MÉX
1.240,0
-4,7
N.D.
-
-
-
-
345
HOSPITALES ÁNGELES
MÉX
980,0
3,9
N.D.
-
-
-
-
423
EMPRESAS BANMÉDICA
CHI
965,1
-8,8
47,3
-19,3
22,6
7,4
4,9
430
TECHINT
ARG
22.000,0
-0,4
N.D.
-
-
-
-
8
GERDAU
BRA
17.932,3
3,8
1.686,1
-15,9
19,5
6,7
9,4
11 23
SIDERURGIA/METALURGIA
TENARIS
ARG
12.131,8
20,8
2.124,8
2,3
26,0
14,1
17,5
GRUPO ARCELORMITTAL
BRA
8.489,9
-2,0
609,9
-64,3
9,1
4,2
7,2
42
TERNIUM
ARG
8.464,8
50,3
875,2
-12,1
15,7
8,2
10,3
43 59
USIMINAS
BRA
6.720,8
-13,9
1.379,7
-23,0
21,5
11,7
20,5
CSN
BRA
5.991,8
-7,2
2.470,8
49,8
86,7
18,3
41,2
63
GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
4.646,1
89,4
95,0
-21,4
11,7
2,0
2,0
87
GERDAU AÇOS LONGOS
BRA
4.003,1
-5,0
621,6
17,9
26,3
14,7
15,5
100
MET-MEX PEÑOLES
MÉX
3.984,0
-1,2
N.D.
-
-
-
-
101
TELECOMUNICAÇÕES AMÉRICA MÓVIL
MÉX
24.988,6
-12,5
4.345,7
-19,0
41,9
13,7
17,4
6
TELEFÔNICA
BRA
11.962,3
6,2
N.D.
-
-
-
-
26
TELCEL
MÉX
9.816,7
-15,6
4.532,5
-
-
-
46,2
32
TELÉFONOS DE MÉXICO
MÉX
8.972,0
-25,1
1.458,7
-55,1
51,3
10,8
16,3
40
TELEMAR
BRA
8.017,1
-19,3
493,9
-62,3
12,0
2,8
6,2
47
TELESP
BRA
6.837,4
-17,8
1.035,5
-22,4
24,1
12,1
15,1
57
VIVO
BRA
6.619,5
-6,1
166,7
397,1
4,7
1,6
2,5
60
TIM PARTICIPAÇÕES
BRA
5.597,3
-20,4
77,1
99,7
2,3
1,1
1,4
72
TELMEX INTERNACIONAL
MÉX
5.494,6
-
400,2
-
7,1
4,2
7,3
73
CLARO TELECOM
BRA
4.932,6
4,2
418,0
-
13,1
5,7
8,5
81
SUDAMERICANA DE VAPORES
CHI
4.943,9
19,1
-39,1
-133,4
-4,7
-2,1
-0,8
80
LAN
CHI
4.587,2
30,1
339,7
10,2
30,0
6,8
7,4
90
TAM
BRA
4.532,3
-1,5
-582,0
-899,5
-216,5
-10,3
-12,8
91
GOL
BRA
2.742,7
-2,2
-592,5
-490,8
-106,2
-21,0
-21,6
150
AEROMÉXICO (CINTRA)
MÉX
2.100,0
7,9
N.D.
-
-
-
-
203
TRANSPORTE/LOGÍSTICA
MEXICANA DE AVIACIÓN
MÉX
1.780,0
-2,7
N.D.
-
-
-
-
240
AVIANCA
COL
1.643,2
13,8
20,3
-90,9
6,3
1,7
1,2
260
TRANSPETRO
BRA
1.595,5
-17,9
162,2
-16,0
19,3
11,6
10,2
271
EMPRESAS NAVIERAS
CHI
1.341,9
27,7
18,3
-10,3
11,9
3,3
1,4
316
COPA AIRLINES
PAN
1.288,8
25,5
118,7
-26,7
18,8
6,1
9,2
330
134 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
AS 100 MAIORES DO BRASIL
COMPASSO DE ESPERA O ano de 2008 não foi tão bom quanto se esperava. Mas, com fundamentos sólidos, as empresas brasileiras poderão reagir tão pronto a economia volte a dar sinais positivos
GINÁSTICA NUMÉRICA
VENDAS POR SETOR, ENTRE AS 100 MAIORES EMPRESAS DO BRASIL (EM US$ MILHÕES) FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
180.000 157.095
160.000 140.000 120.000 100.000 80.000
48.186 55.212 39.229 41.722 54.623 39.080 41.027 31.973
60.000
PETRÓLEO/GÁS
TELECOMUNICAÇÕES
ENERGIA ELÉTRICA
SIDERURGIA/ METALURGIA
AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS
COMÉRCIO
AGROINDÚSTRIA
MULTISSETOR
ALIMENTOS
MINERAÇÃO
BEBIDAS
ELETRÔNICA
CONSTRUÇÃO
PETROQUÍMICA
TRANSPORTE/LOGÍSTICA
AEROESPACIAL
QUÍMICA/FARMÁCIA
SERVIÇOS GERAIS
MÍDIA
MÁQUINAS/EQUIP.
0
10.871 16.631 7.275 15.361 18.727 1.848 2.718 4.178 5.026 9.651 1.739 2.568 3.253 4.449 5.320 CIMENTO
20.000
SERVIÇOS BÁSICOS
40.000
CELULOSE/PAPEL
De fato, um grande percentual das perdas de algumas companhias brasileiras vem justamente de estimativas equivocadas sobre a evolução de sua moeda. Uma situação que se concretizou nos bilhões de dólares em perdas que grandes empresas do Brasil tiveram que reconhecer em seus resultados devido a apostas em derivativos denominados em dólares. Mas se a lista das que mais perderam é dominada por companhias do País, com 29 entre 50, o Brasil também lidera a lista de novas no ranking das 500, com 19 das 41 – com destaque para a Quattor, que já entrou na posição 272. E, apesar do mau momento de 2008, as empresas brasileiras mantêm fundamentos saudáveis tanto em suas estruturas de financiamento quanto em seus indicadores de liquidez. E os vários movimentos de fusões e aquisições que já se registram em 2009 – como o das empresas Sadia e Perdigão, criando a Brasil Foods – demonstram que para o ranking de 2010 as brasileiras ainda serão incontestáveis pesospesados. Isso é o que nos permite ser otimistas sobre sua capacidade de iniciar uma rápida recuperação à medida que as economias global e doméstica mostrarem sintomas definitivos de reação. Q
SERVIÇOS DE SAÚDE
D
e todos os dados que poderíamos usar para descrever a participação do Brasil no Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina, tomamos o mais simples: o número 212. Representa o total de empresas brasileiras no ranking, ou 42,4%. É um bom reflexo da importância das companhias do País em nível latino-americano. Mas também significa um magro crescimento, de apenas uma empresa em relação ao ranking de 2008. A média de vendas das companhias brasileiras caiu 3,8% se medida em dólares, enquanto a média das empresas de toda a região registrou uma leve alta, de 0,1%. Também reduziu-se o número de companhias do País que apresentaram vendas acima de US$ 1 bilhão: das 186 em 2008 para 171 este ano. Mas o golpe mais forte sentido pelas empresas brasileiras foi a queda no lucro: a média de seu lucro líquido total caiu 70,5%, atrás apenas das companhias mexicanas. Claramente uma das causas desses resultados foi o câmbio. O dólar registrou uma forte valorização frente ao real em 2008, o que fez com que algumas tendências pudessem ser vistas de forma exagerada se comparadas em moeda local.
SELEÇÃO CANARINHO
DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 100 MAIORES EMPRESAS DO BRASIL, POR Nº DE EMPRESAS FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
ENERGIA ELÉTRICA 14,0% TELECOMUNICAÇÕES 9,0%
OUTROS 19,0%
CONSTRUÇÃO 3,0% MULTISSETOR 4,0%
SIDERURGIA/ METALURGIA 9,0%
ALIMENTOS 5,0% ELETRÔNICA 6,0%
PETRÓLEO/GÁS 8,0%
COMÉRCIO 7,0%
AUTOMOTIVO/ AUTOPEÇAS 8,0% AGROINDÚSTRIA 8,0%
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 135
AS 100 MAIORES DO BRASIL SUBRK 2008
EMPRESA
SETOR
VENDAS VARIAÇÃO EBITDA ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO LUCRO LÍQ. 2008 RK 2008 US$ VENDAS 08/07 2008 US$ 2008 LÍQ. 2008 US$ MILHÕES 2008 MILHÕES (%) MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES
1 PETROBRAS
Petróleo/Gás
92.049,0
-4,4
14.115,4
26.601,7
125.016,6
59.206,4
3
2 VALE
Mineração
30.184,4
-17,4
9.105,5
13.912,0
79.494,9
41.195,8
5
3 PETROBRAS DISTRIBUIDORA
Petróleo/Gás
23.930,9
15,5
551,6
820,3
5.159,9
3.157,3
7
4 GERDAU
Siderurgia/Metalurgia
17.932,3
3,8
1.686,1
4.236,7
25.267,7
8.629,2
11 14
5 ODEBRECHT
Multissetor
15.193,5
2,1
-357,8
2.005,6
17.799,4
945,0
6 GRUPO VOTORANTIM
Multissetor
15.011,9
-12,4
N.D.
N.D.
56.909,1
10.239,8
16
7 JBS FRIBOI
Agroindústria
12.982,6
62,6
11,1
479,4
6.887,6
2.624,9
18
8 ELETROBRÁS
Energia elétrica
12.865,4
1,5
2.625,8
3.356,1
59.073,1
36.636,0
19
9 GRUPO ULTRA
Petróleo/Gás
12.095,8
7,5
167,0
465,9
4.136,6
1.989,8
24
10 TELEFÔNICA
Telecomunicações
11.962,3
6,2
N.D.
4.669,0
N.D.
N.D.
26
11 VOLKSWAGEN
Automotivo/Autopeças
10.702,8
-10,4
N.D.
N.D.
6.599,6
1.713,2
28
12 CARREFOUR
Comércio
9.614,9
16,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
35
13 CIA. BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA
Petróleo/Gás
9.605,6
-18,3
137,2
258,1
1.959,3
1.095,2
36
14 BUNGE ALIMENTOS
Agroindústria
9.521,1
8,4
0,9
415,4
4.270,4
934,2
37
15 SHELL
Petróleo/Gás
9.185,7
-10,6
-209,9
337,8
4.018,8
923,3
38
16 AMBEV
Bebidas
8.942,9
-19,4
1.309,1
3.869,7
15.947,8
7.393,3
41
17 GRUPO ARCELORMITTAL
Siderurgia/Metalurgia
8.489,9
-2,0
609,9
2.716,7
14.537,4
6.714,5
42
18 GENERAL MOTORS
Automotivo/Autopeças
8.329,0
28,6
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
45
19 TELEMAR
Telecomunicações
8.017,1
-19,3
493,9
2.596,5
17.571,7
4.104,0
47
20 FIAT AUTOMÓVEIS
Automotivo/Autopeças
7.897,9
-3,4
801,6
1.257,0
3.152,6
602,4
49
21 CBD - GRUPO PÃO DE AÇÚCAR
Comércio
7.716,4
-8,3
111,4
561,2
5.795,5
2.314,0
51
22 BRASKEM
Petroquímica
7.684,9
-23,0
-1.066,4
1.052,1
9.714,1
1.574,6
52
23 WAL-MART
Comércio
7.252,9
-14,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
53
24 NORBERTO ODEBRECHT
Construção
7.092,2
46,9
252,0
989,9
6.141,5
1.074,1
54
25 CARGILL
Agroindústria
6.853,9
-4,1
-164,0
N.D.
2.490,5
122,2
56
26 TELESP
Telecomunicações
6.837,4
-17,8
1.035,5
2.780,0
8.554,6
4.298,5
57
27 GRUPO CAMARGO CORRÊA
Multissetor
6.791,0
14,0
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
58
28 USIMINAS
Siderurgia/Metalurgia
6.720,8
-13,9
1.379,7
2.503,7
11.801,5
6.430,9
59
29 VIVO
Telecomunicações
6.619,5
-6,1
166,7
1.935,7
10.177,6
3.537,7
60
30 COCA-COLA
Bebidas
6.418,5
-5,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
61
31 CSN
Siderurgia/Metalurgia
5.991,8
-7,2
2.470,8
4.470,3
13.477,7
2.850,9
63
32 CASAS BAHIA
Comércio
5.896,4
-19,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
68
33 TIM PARTICIPAÇÕES
Telecomunicações
5.597,3
-20,4
77,1
1.240,7
6.948,9
3.333,5
72
34 NESTLÉ
Alimentos
5.369,4
-23,8
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
76
35 FORD
Automotivo/Autopeças
5.350,3
-7,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
77
36 EMBRAER
Aeroespacial
5.026,4
-10,8
183,5
641,8
9.199,5
2.554,8
78
37 CLARO TELECOM
Telecomunicações
4.932,6
4,2
418,0
1.165,6
7.303,6
3.190,3
81
38 PERDIGÃO
Alimentos
4.875,1
30,2
23,3
469,3
4.800,8
1.758,9
82
39 BRASIL TELECOM
Telecomunicações
4.833,9
-22,6
440,7
1.677,0
7.561,1
2.670,5
83
40 CEMIG
Energia elétrica
4.660,0
-19,4
807,5
1.754,2
10.415,7
4.001,6
86
41 SADIA
Alimentos
4.590,8
-5,7
-1.063,3
485,5
5.844,7
175,8
89
42 TAM
Transporte/Logística
4.532,3
-1,5
-582,0
508,8
5.658,5
268,8
91
43 CORREIOS E TELÉGRAFOS
Serviços gerais
4.449,2
-15,3
342,8
N.D.
2.907,5
1.328,5
93
44 ESSO
Petróleo/Gás
4.279,0
-17,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
95
45 REFAP - ALBERTO PASQUALINI
Petróleo/Gás
4.242,3
-10,2
-608,4
-175,9
2.487,8
99,4
96
46 EMBRATEL
Telecomunicações
4.183,7
-14,1
262,2
1.042,2
6.497,8
3.572,2
98
47 CPFL ENERGIA
Energia elétrica
4.153,1
-21,8
545,9
1.241,3
6.950,4
2.147,5
99
48 GERDAU AÇOS LONGOS
Siderurgia/Metalurgia
4.003,1
-5,0
621,6
N.D.
4.222,5
2.359,6
100
49 EXTRA
Comércio
3.902,5
-9,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
106
50 USIMINAS IPATINGA
Siderurgia/Metalurgia
3.652,2
-12,5
1.390,2
1.225,8
9.821,5
6.465,9
112
136 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
AS 100 MAIORES DO BRASIL SUBRK 2008
EMPRESA
VENDAS VARIAÇÃO EBITDA ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO LUCRO LÍQ. 2008 RK 2008 US$ VENDAS 08/07 2008 US$ 2008 LÍQ. 2008 US$ MILHÕES 2008 MILHÕES (%) MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES
SETOR
51 COMPANHIA BRASILIANA DE ENERGIA
Energia elétrica
3.580,0
-20,6
269,1
N.D.
7.790,4
1.482,3
113
52 BUNGE FERTILIZANTES
Química/Farmácia
3.411,0
7,6
80,8
N.D.
2.830,6
1.014,6
117
53 GENERAL ELECTRIC
Eletrônica
3.361,0
45,4
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
120
54 GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES
Mídia
3.252,7
-13,4
212,5
728,7
3.517,7
1.433,0
125
55 ELETROPAULO
Energia elétrica
3.222,0
-20,0
439,5
700,2
5.372,9
1.411,6
127
56 LG
Eletrônica
3.096,6
23,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
130
57 HONDA
Automotivo/Autopeças
3.027,1
1,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
136
58 LOJAS AMERICANAS
Comércio
2.984,6
-7,8
49,9
348,3
2.814,7
137,6
138
59 GRUPO BERTIN
Agroindústria
2.835,2
-3,0
-308,7
297,2
4.565,2
1.357,3
146
60 COSIPA
Siderurgia/Metalurgia
2.832,9
-15,6
510,1
1.145,3
4.145,6
2.191,1
147
61 GOL
Transporte/Logística
2.742,7
-2,2
-592,5
8,4
2.820,8
558,0
150
62 SABESP
Serviços básicos
2.717,9
-19,4
431,4
1.168,9
8.781,8
4.489,7
151
63 VOLVO
Automotivo/Autopeças
2.713,4
33,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
152
64 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA
Eletrônica
2.699,0
28,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
155
65 NEOENERGIA
Energia elétrica
2.691,9
-19,7
630,8
1.117,1
6.776,8
3.455,6
156
66 MARFRIG
Agroindústria
2.654,6
40,8
-15,2
378,4
3.917,5
1.168,1
158
67 NOKIA
Eletrônica
2.647,0
43,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
160
68 ARCELORMITTAL TUBARÃO COMERCIAL (EX CST)
Siderurgia/Metalurgia
2.634,3
-21,9
496,3
N.D.
N.D.
112,7
161
69 VOTORANTIM CIMENTOS
Cimento
2.567,8
-21,2
234,3
N.D.
5.700,0
1.302,3
167
70 WHIRLPOOL
Eletrônica
2.535,1
-19,6
283,6
442,5
1.645,7
672,8
169
71 FURNAS
Energia elétrica
2.469,7
-14,2
194,5
N.D.
8.681,8
5.854,3
173
72 GERDAU AÇOMINAS
Siderurgia/Metalurgia
2.365,7
35,4
289,9
N.D.
N.D.
N.D.
177
73 COPEL
Energia elétrica
2.335,8
-23,7
461,6
792,1
5.671,2
3.445,9
178
74 LIGHT
Energia elétrica
2.304,9
-18,2
417,0
652,8
4.048,8
1.199,7
183
75 HP BRASIL
Eletrônica
2.292,7
14,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
186
76 SOUZA CRUZ
Agroindústria
2.268,1
-17,1
534,7
740,7
1.546,3
910,7
187
77 CATERPILLAR
Máquinas/Equipamentos
2.251,3
20,4
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
189
78 LOUIS DREYFUS COMMODITIES BRASIL
Agroindústria
2.228,6
-0,3
27,7
N.D.
1.933,1
589,2
194
79 OI CELULAR
Telecomunicações
2.228,3
-5,7
261,5
726,6
5.173,1
3.768,5
195
80 ENDESA BRASIL
Energia elétrica
2.170,1
-22,4
244,0
736,6
5.010,5
1.794,2
199
81 ENERGIAS DO BRASIL
Energia elétrica
2.098,5
-17,6
166,4
583,4
4.480,1
1.516,0
204
82 ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES
Multissetor
2.083,4
-6,7
29,1
N.D.
5.900,2
325,5
206
83 CHESF-HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO
Energia elétrica
2.065,2
-8,0
615,0
1.321,1
8.027,5
5.339,6
209
84 COSAN
Alimentos
2.038,2
15,0
-187,8
206,1
4.723,7
1.581,8
212
85 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
Construção
1.995,2
24,2
252,0
N.D.
1.716,8
1.074,1
216
86 UNIPAR
Petroquímica
1.965,9
23,7
-65,2
149,1
5.100,3
441,7
220
87 RENAULT
Automotivo/Autopeças
1.959,9
-12,0
15,0
N.D.
1.366,6
60,0
221
88 WEG
Máquinas/Equipamentos
1.926,4
-9,0
239,8
440,2
2.470,2
932,2
222
89 BASF
Química/Farmácia
1.909,4
-13,0
108,2
N.D.
1.514,3
611,4
224
90 MAKRO
Comércio
1.861,7
-16,7
42,6
83,0
612,4
181,9
228
91 CPFL-COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ
Energia elétrica
1.859,7
-26,2
252,6
460,6
1.973,5
212,8
229
92 COAMO
Alimentos
1.853,2
3,1
135,1
N.D.
1.436,2
721,7
230
93 AMIL
Serviços de saúde
1.848,4
56,3
92,8
121,8
1.057,0
510,3
231
94 SAMARCO MINERAÇÃO
Mineração
1.788,3
30,8
453,5
64,4
2.348,0
254,2
237
95 CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA
Construção
1.783,7
23,1
129,3
N.D.
1.253,0
666,1
238
96 BOSCH
Automotivo/Autopeças
1.741,7
-21,8
N.D.
N.D.
1.071,0
N.D.
245
97 SUZANO PAPEL E CELULOSE
Celulose/Papel
1.738,8
-9,7
-193,1
628,7
5.544,9
1.598,9
246
98 REDE ENERGIA
Energia elétrica
1.709,8
-8,2
87,9
457,4
4.849,9
485,4
249
99 COMGAS
Petróleo/Gás
1.706,9
-5,9
220,0
468,2
1.717,0
486,6
250
Agroindústria
1.682,9
-33,4
N.D.
N.D.
1.833,1
110,5
253
100 COPERSUCAR
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 137
ESPECIAL MERCADOS
FINANCEIROS RANKING DE BANCOS: Como já é tradição, a AméricaEconomia publica o Ranking dos 250 maiores bancos e dos 25 melhores bancos da América Latina. Com uma completa análise de: – Ativos – Depósitos – Empréstimos ativos e vencidos – Eficiência bancária – Utilidades – Rentabilidade – Liquidez Além disso, conheça as maiores Administradoras de Fundos de Pensões e companhias de seguros da região. RANKING DE MINISTROS DE FINANÇAS: Os mais destacados ministros de Finanças da América Latina em um Ranking onde você poderá conhecer: – Quais os ministros que melhor têm enfrentado a atual crise internacional – A política tributária implementada – Os graus de abertura ao mercado internacional
23 DE OUTUBRO 2009
ΈDATA DE FECHAMENTOΉ
NOVEMBRO 2009
ΈDATA DE PUBLICAÇÃOΉ
www.americaeconomia.com.br
AS 100 MAIORES DO MÉXICO
QUASE PESADELO Depois de um 2008 ruim, as empresas mexicanas continuam perdendo presença entre as maiores companhias da região
POTÊNCIA SEGMENTADA
VENDAS POR SETOR, ENTRE AS 100 MAIORES EMPRESAS DO MÉXICO (EM US$ MILHÕES) FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
160.000 140.000
135.808
120.000 100.000 80.000
68.578 55.592
60.000
COMÉRCIO
PETRÓLEO/GÁS
TELECOMUNICAÇÕES
AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS
BEBIDAS
PETROQUÍMICA
MULTISSETOR
CIMENTO
ENERGIA ELÉTRICA
ALIMENTOS
ELETRÔNICA
MINERAÇÃO
SIDERURGIA/ METALURGIA
CONSTRUÇÃO
MANUFATURA
QUÍMICA/FARMÁCIA
TRANSPORTE/LOGÍSTICA
MÍDIA
0
AGROINDÚSTRIA
20.000
31.433 30.121 31.475 19.615 20.833 25.229 19.952 21.482 12.661 6.146 2.576 3.468 3.880 1.667 2.640 3.489 4.310 8.191 SERVIÇOS GERAIS
40.000
53.704
SERVIÇOS DE SAÚDE
ção do peso tinha ajudado a empresa a subir no ranking. Mas, nesse caso, não se pode ter tudo na vida. Aliás, algumas das empresas que registraram forte retrocesso em vendas são justamente as exportadoras, que nem mesmo podem se esconder atrás da desculpa do câmbio. As empresas de autopeças Delphi e Nemak (N° 131 e N° 174 do ranking) caíram respectivamente 41% e 20%. E a presença mexicana no ranking se reduz, de 134 empresas em 2007 a 126 em 2008. Uma prova da perda de competitividade da economia mexicana é que, em 2002, o país dominava quase a metade do ranking, com 242 empresas, bem mais que as 212 que o Brasil, atual líder, apresenta nesta edição. Mas, salvo um breve repique em 2007, todos os anos seguintes foram de queda para o México. Mas sempre há ganhadores, e neste ano um deles é o Grupo Imsa, que subiu quase cem posições, do número 185 ao 87 do ranking. Isso graças à consolidação de Imsa e Hylsamex – de fato, oficialmente a empresa mudou seu nome para Ternium México, parte do grupo ítalo- argentino Techint. Outras ganhadoras são a empresa de alimentos Danone (N° 247), que registrou aumento de 29% em suas vendas, e o Grupo Viz (N° 327), que cresceu 45%. Q
CELULOSE/PAPEL
J
á se imaginava. E o ranking do próximo ano tampouco será melhor para essas empresas, especialmente se se considerar que a economia do México é a que mais vai se contrair na América Latina devido à crise econômica mundial. Em 2008, as cifras das empresas mexicanas que compõem o Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina começaram a mostrar os efeitos da desaceleração econômica nos Estados Unidos, que tomou força desde a quebra do Lehman Brothers, em setembro. Para se ter uma ideia, no ano passado as empresas mexicanas registraram uma queda média de 45% em seu lucro. É preciso levar em conta o efeito do câmbio nos resultados expressados em dólares. Em outubro de 2008, o peso começou a despencar, chegando no final do ano a uma desvalorização de 20%. E essa queda ainda não viu o fim, até chegar aos 15,5 pesos por dólar registrados no início de março. Isso poderia explicar em grande medida a queda de 25% nas vendas da gigante Teléfonos de México (Telmex), que caiu da posição 21 à 40 do ranking. Se observadas as vendas em pesos, pode-se verificar uma redução percentual dessa queda, para 5%. Em anos anteriores, a valoriza-
QUEM TEM MAIS
DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 100 MAIORES EMPRESAS DO MÉXICO, POR Nº DE EMPRESAS FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
OUTROS 18,0% COMÉRCIO 17,0%
CONSTRUÇÃO 4,0%
MANUFATURA 4,0%
MINERAÇÃO 4,0%
PETROQUÍMICA 4,0%
AUTOMOTIVO/ AUTOPEÇAS
BEBIDAS 6,0%
9,0%
MULTISSETOR 6,0% TELECOMUNICAÇÕES 6,0%
ELETRÔNICA 8,0% SIDERURGIA METALURGIA 7,0%
ALIMENTOS 7,0%
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 139
AS 100 MAIORES DO MÉXICO SUBRK 2008
EMPRESA
SETOR
VENDAS VARIAÇÃO LUCRO ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2008 RK 2008 LÍQ. 2008 2008 US$ VENDAS 08/07 LÍQ. 2008 US$ MILHÕES 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES MILHÕES (%)
1 PEMEX
Petróleo/Gás
96.074,5
-7,9
-7.906,2
47.776,4
88.696,4
1.936,0
2
2 PEMEX REFINACIÓN
Petróleo/Gás
39.733,9
-8,6
-8.669,9
-19.617,7
37.050,0
-1.135,9
4
3 AMÉRICA MÓVIL
Telecomunicações
24.988,6
-12,5
4.345,7
10.008,4
31.676,4
10.370,3
6
4 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA
Petroquímica
19.675,5
-4,1
164,3
248,8
11.569,0
3.450,2
9
5 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD
Energia Elétrica
19.570,0
-5,3
-1.415,8
N.D.
56.950,1
30.196,4
10
6 WAL-MART DE MÉXICO
Comércio
17.705,9
-14,1
1.060,8
1.726,9
8.564,2
5.369,7
12
7 CEMEX
Cimento
17.581,8
-18,9
164,7
3.524,1
45.083,9
13.785,8
13
8 FEMSA
Bebidas
12.146,9
-10,1
484,9
2.223,2
13.377,2
4.975,3
22
9 GENERAL MOTORS DE MÉXICO
Automotivo/Autopeças
12.027,0
7,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
25
10 NISSAN MEXICANA
Automotivo/Autopeças
10.529,1
4,0
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
30
11 TELCEL
Telecomunicações
9.816,7
-15,6
4.532,5
5.144,6
N.D.
N.D.
32
12 CHRYSLER
Automotivo/Autopeças
9.120,0
-6,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
39
13 TELÉFONOS DE MÉXICO
Telecomunicações
8.972,0
-25,1
1.458,7
4.171,9
13.527,9
2.843,3
40
14 GRUPO ALFA
Multissetor
8.399,8
-14,2
-687,7
757,5
8.022,4
2.136,4
44
15 VOLKSWAGEN DE MÉXICO
Automotivo/Autopeças
8.140,0
-6,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
46
16 GRUPO BAL
Multissetor
7.930,0
2,0
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
48
17 ORGANIZACIÓN SORIANA
Comércio
6.912,6
15,7
124,6
439,8
4.799,4
2.106,0
55
18 COCA -COLA FEMSA
Bebidas
5.998,6
-5,4
404,7
1.237,5
7.081,7
4.042,1
62
19 BODEGA AURRERÁ
Comércio
5.975,4
-11,4
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
64
20 GRUPO BIMBO
Alimentos
5.951,0
-11,5
312,3
710,6
4.229,5
2.477,0
66
21 FORD MOTOR COMPANY
Automotivo/Autopeças
5.885,4
-19,4
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
69
22 PEMEX PETROQUÍMICA
Petroquímica
5.809,5
9,5
-1.354,9
-1.323,8
7.050,0
1.742,9
70
23 HEWLETT-PACKARD MÉXICO
Eletrônica
5.704,8
12,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
71
24 TELMEX INTERNACIONAL
Telecomunicações
5.494,6
-
400,2
1.293,4
9.607,5
5.624,1
73
25 GRUPO MODELO
Bebidas
5.448,2
-18,4
651,7
1.646,8
7.640,7
4.469,2
74
26 GRUPO CARSO
Multissetor
5.430,0
-20,9
473,2
628,0
6.585,9
3.314,3
75
27 WAL-MART SUPERCENTER
Comércio
4.987,6
-10,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
79
28 SAM’S CLUB
Comércio
4.789,3
-16,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
84
29 GRUPO MÉXICO
Mineração
4.681,7
-35,7
1.075,5
2.413,1
8.828,4
4.351,2
85
30 GRUPO IMSA (AÇO)
Siderurgia/Metalurgia
4.646,1
89,4
95,0
759,4
4.718,6
809,9
87
31 GRUPO SALINAS
Multissetor
4.463,2
-13,9
N.D.
906,4
N.D.
N.D.
92
32 MET-MEX PEÑOLES
Siderurgia/Metalurgia
3.984,0
-1,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
101
33 CONTROLADORA MABE
Eletrônica
3.950,0
2,4
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
104
34 CEMEX MÉXICO
Cimento
3.900,0
1,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
107
35 COMERCIAL MEXICANA
Comércio
3.853,1
-16,6
-530,9
293,3
3.659,0
1.077,5
108
36 INDUSTRIAS PEÑOLES
Mineração
3.833,8
-6,4
489,0
680,7
3.810,7
1.895,1
109
37 ALPEK
Petroquímica
3.723,7
-9,1
93,2
232,9
2.890,0
1.701,0
110
38 GRUPO TELEVISA
Mídia
3.468,1
-8,9
564,2
1.405,3
8.883,8
3.039,4
114
39 OXXO (FEMSA COMERCIO)
Comércio
3.421,2
-11,2
223,3
101,0
1.247,1
N.D.
116
40 COMPAÑÍA LUZ Y FUERZA DEL CENTRO
Energia Elétrica
3.359,2
-21,1
-1.430,4
N.D.
9.973,4
-658,1
121
41 GRUPO PEPSICO
Bebidas
3.300,0
-5,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
123
42 EL PUERTO DE LIVERPOOL
Comércio
3.274,2
-16,8
255,1
482,4
3.784,4
2.182,3
124
43 GRUPO MASECA
Alimentos
3.238,2
-1,3
-888,6
339,7
3.210,3
398,4
126
44 DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS
Automotivo/Autopeças
3.093,5
-40,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
131
45 CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA
Bebidas
3.075,7
-7,8
391,4
654,0
4.756,7
N.D.
132
46 GRUPO ELEKTRA
Comércio
3.054,3
-14,8
677,9
373,7
7.422,8
2.381,9
134
47 SANMINA - SCI SYSTEMS DE MÉXICO
Eletrônica
3.030,0
4,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
135
48 GRUPO INDUSTRIAL LALA
Alimentos
3.000,0
-0,4
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
137
49 FLEXTRONICS MANUFACTURING
Automotivo/Autopeças
2.947,8
34,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
140
50 NESTLÉ DE MÉXICO
Alimentos
2.855,0
-1,8
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
142
140 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
AS 100 MAIORES DO MÉXICO SUBRK 2008
EMPRESA
VENDAS VARIAÇÃO LUCRO ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2008 RK 2008 US$ VENDAS 08/07 LÍQ. 2008 2008 LÍQ. 2008 US$ MILHÕES 2008 MILHÕES (%) US$ MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES
SETOR
51 MINERA MÉXICO
Mineração
2.850,0
-2,0
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
143
52 INDUSTRIAS CH
Siderurgia/Metalurgia
2.839,8
12,8
187,9
365,7
2.577,9
1.546,9
145
53 ALMACENES COPPEL
Comércio
2.632,9
-9,6
257,3
433,1
2.586,2
1.302,7
162
54 ALTOS HORNOS DE MÉXICO
Siderurgia/Metalurgia
2.581,5
2,9
354,2
808,4
3.816,2
1.347,9
163
55 AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES
Serviços gerais
2.576,1
1,9
-6,2
-8,4
965,0
504,3
165
56 GENERAL ELECTRIC
Eletrônica
2.569,0
7,6
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
166
57 GRUPO SIMEC
Siderurgia/Metalurgia
2.543,8
15,2
145,2
293,0
2.206,8
1.343,3
168
58 IUSA-INDUSTRIAS UNIDAS
Manufatura
2.484,0
-1,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
172
59 NEMAK
Automotivo/Autopeças
2.379,4
-19,6
-298,9
248,9
3.158,7
993,3
174
60 GRUPO SANBORNS
Comércio
2.335,5
-17,9
154,1
317,1
N.D.
N.D.
179
61 IBERDROLA DE MÉXICO
Energia Elétrica
2.300,0
-5,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
184
62 MOVISTAR
Telecomunicações
2.298,9
10,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
185
63 MEXICHEM
Petroquímica
2.266,0
7,5
10,2
381,0
2.397,5
592,3
188
64 GRUPO XIGNUX
Multissetor
2.234,7
-17,0
24,3
222,2
1.659,2
393,0
191
65 NACIONAL DE DROGAS
Química/Farmácia
2.200,0
-7,6
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
196
66 GRUPO CONDUMEX
Manufatura
2.199,1
-23,7
58,6
N.D.
N.D.
N.D.
197
67 NEXTEL DE MÉXICO
Telecomunicações
2.133,2
19,0
540,8
49,6
N.D.
N.D.
200
68 HOME DEPOT
Comércio
2.120,0
-7,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
201
69 PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO
Química/Farmácia
2.110,0
-6,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
202
70 AEROMÉXICO (CINTRA)
Transporte/Logística
2.100,0
7,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
203
71 GRUPO VITRO
Manufatura
2.097,5
-19,9
-409,2
229,9
2.462,1
136,0
205
72 GRUPO CASA SABA
Comércio
2.051,9
-11,3
52,9
83,2
1.061,3
482,8
211
73 PHILIP MORRIS DE MÉXICO
Agroindústria
2.035,0
-6,0
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
213
74 EMPRESAS ICA
Construção
1.969,5
-4,4
32,7
212,7
3.766,3
1.016,5
219
75 SIGMA
Alimentos
1.886,9
-10,8
-63,1
207,6
1.463,0
425,5
227
76 MEXICANA DE AVIACIÓN
Transporte/Logística
1.780,0
-2,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
240
77 DANONE
Alimentos
1.720,7
28,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
247
78 KIMBERLY CLARK DE MÉXICO
Celulose/Papel
1.666,5
-15,3
239,4
513,7
1.753,0
629,1
255
79 GRUPO KUO
Multissetor
1.662,9
-6,7
-112,4
118,5
1.463,3
391,6
256
80 PHILIPS MEXICANA
Eletrônica
1.645,0
-12,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
259
81 DEACERO
Siderurgia/Metalurgia
1.620,0
-4,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
267
82 MEGA
Comércio
1.582,6
-5,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
273
83 CONSTRUCTORAS ICA
Construção
1.551,9
-3,9
42,5
72,1
N.D.
N.D.
277
84 TOYOTA
Automotivo/Autopeças
1.470,2
-17,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
288
85 EMBOTELLADORAS ARCA
Bebidas
1.463,8
-14,0
212,9
340,5
1.554,7
1.051,8
292
86 INDUSTRIAS BACHOCO
Agroindústria
1.453,8
-12,8
-39,7
60,6
1.428,0
1.013,0
294
87 NOKIA
Eletrônica
1.450,0
3,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
295
88 VITRO ENVASES
Manufatura
1.410,0
6,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
302
89 GRUPO EMPRESARIAL ÁNGELES
Serviços de saúde
1.400,0
-5,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
304
90 GRUPO VILLACERO
Siderurgia/Metalurgia
1.400,0
-4,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
305
91 DESARROLLADORA HOMEX
Construção
1.362,8
-8,3
127,1
249,1
2.207,3
825,9
311
92 SEARS
Comércio
1.350,0
0,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
313
93 GRUPO CORVI
Comércio
1.320,0
7,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
322
94 GRUPO VIZ
Alimentos
1.300,0
45,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
327
95 MINAS PEÑOLES
Mineração
1.295,0
-4,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
328
96 CORPORACIÓN GEO
Construção
1.261,7
-8,0
106,5
232,1
1.817,5
678,0
338
97 SONY DE MÉXICO
Eletrônica
1.250,0
11,0
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
341
98 GRUPO OMNILIFE
Serviços de saúde
1.240,0
-4,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
345
99 SIEMENS MÉXICO
Eletrônica
1.234,0
4,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
347
Comércio
1.211,0
-9,3
46,8
56,1
437,9
269,7
351
100 CORPORATIVO FRAGUA
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 141
AS 50 MAIORES DO CHILE
ANO ESTÁVEL As empresas chilenas elevaram suas vendas, mas os lucros caíram. Aumentou a diversificação, mas mineração continua a ser o setor principal.
142 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
DE ONDE VEM O DINHEIRO
VENDAS POR SETOR, ENTRE AS 50 MAIORES EMPRESAS DO CHILE (EM US$ MILHÕES.) FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
50.000 40.571
40.000 30.000
28.397 21.942
MINERAÇÃO
COMÉRCIO
ENERGIA ELÉTRICA
MULTISSETOR
PETRÓLEO/GÁS
TRANSPORTE/LOGÍSTICA
CELULOSE/PAPEL
BEBIDAS
5.251 2.590 1.066 1.203 1.300 TELECOMUNICAÇÕES
0
AGROINDÚSTRIA
10.000
15.513 10.83712.185 6.907 7.789 SIDERURGIA/METALURGIA
20.000
CONSTRUÇÃO
Escondida, ou a de 15,1% da Codelco. Já no setor comércio a história é diferente. As dez empresas do setor que participam do ranking somam vendas de US$ 29,25 bilhões, 2% a mais do que em 2007. Isso principalmente graças ao salto de dois de seus maiores expoentes: Cencosud, que integrou algumas aquisições internacionais a seus resultados, e Falabella, que subiu graças à sua operação no Peru. Se não fosse por isso, o setor teria registrado um ano negativo. O setor de energia elétrica é o que melhor fechou 2008. Apesar de o Chile não contar com uma matriz elétrica diversificada nem segura, suas maiores empresas se viraram para incrementar suas vendas em 10% durante 2008. A Enersis é a mais bem sucedida. Não apenas suas vendas subiram em 2008 como seu lucro passou de US$ 380 milhões para US$ 907 milhões. Individualmente, a companhia aérea LAN continua um caso digno de se acompanhar de perto: a companhia controlada pela família Cueto incrementou suas vendas em 30,1%, chegando a US$ 4,94 bilhões, com o que oficialmente se transforma pela primeira vez na maior companhia aérea da América Latina. E a mais rentável, com um ROE que chegou a 30% em 2008. Q
IND. MANUFATUREIRA
“
Besa mi Chile Cobre y Mineral” diz um hino do folclore latino-americano Todas las voces todas, popularizado pela argentina Mercedes Sosa. Por sorte, o Chile já não é apenas cobre e mineral, setor que registrou uma freada brusca em 2008, principalmente devido à queda do preço do cobre. Prova disso é que a média da variação das vendas das 60 empresas chilenas que fazem parte do ranking das 500 maiores empresas da região foi positivo: uma pequena alta de 1,6% em vendas medidas em dólares, na comparação com o ano anterior. Mas se essas 60 empresas observadas conjuntamente não viram suas vendas caírem, por outro lado sofreram queda no lucro médio, de 12% em 2008. Mineração, comércio e energia, os três setores chilenos mais importantes no ranking, tiveram resultados heterogêneos. A mineração, que abarca 14 das 60 empresas do ranking, teve uma queda de vendas média de 13% em 2008. E isso porque houve casos excepcionais que puxaram esse percentual para cima, como o caso da mineradora não-metálica SQM (ex Soquimich) que registrou um aumento de 51,1% em suas vendas em 2008. Ou o da Minera Spence, de 44,2%. Mas, como são empresas menores, não puderam equilibrar a queda de 24,6% da Minera
MAPA DA MINA
DISTRIBUIÇÃO SETORIAL DAS 50 MAIORES EMPRESAS DO CHILE, Nº DE EMPRESAS FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE
MINERAÇÃO 24,0%
OUTROS 8,0% BEBIDAS 4,0%
COMÉRCIO 18,0%
CELULOSE/PAPEL 6,0% MULTISSETOR 6,0%
ENERGIA ELÉTRICA 12,0%
/ JULHO, 2009
TRANSPORTE/ LOGÍSTICA 6,0% SIDERURGIA/ METALURGIA 8,0% TELECOMUNICAÇÕES 8,0%
AS 50 MAIORES DO CHILE SUBRK 2008
EMPRESA
SETOR
VARIAÇÃO VENTAS 2008 LUCRO LÍQ. 2008 EBITDA 2008 VENDAS 08/07 US$ MILLONES US$ MILHÕES US$ MILHÕES (%)
ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO LÍQ. RK 2008 2008 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
1
CODELCO
Mineração
14.424,8
-15,1
1.566,8
N.D.
13.706,7
3.875,7
17
2
EMPRESAS COPEC
Multissetor
12.818,2
3,9
603,1
1.394,2
11.855,9
7.656,3
20
3
ENAP
Petróleo/Gás
12.185,2
35,1
-957,8
N.D.
4.872,1
261,3
21
4
ENERSIS
Energia Elétrica
10.570,9
11,8
907,4
4.045,3
22.888,9
5.876,9
29
5
CENCOSUD
Comércio
9.745,8
27,8
254,5
709,8
8.773,6
3.705,0
33
6
ESCONDIDA
Mineração
7.760,2
-24,6
3.570,3
4.619,6
7.203,9
3.142,5
50
7
FALABELLA
Comércio
5.924,5
3,6
321,1
689,3
7.025,2
2.786,6
67
8
SUDAMERICANA DE VAPORES
Transporte/Logística
4.943,9
19,1
-39,1
-97,2
1.884,1
833,9
80
9
LAN
Transporte/Logística
4.587,2
30,1
339,7
727,3
4.962,1
1.131,0
90
10
ENDESA
Energia Elétrica
3.960,5
13,7
703,5
1.821,1
11.353,1
3.758,5
103
11
ARAUCO
Celulose/Papel
3.689,1
3,3
478,7
598,0
8.853,8
5.623,2
111
12
D&S
Comércio
3.397,5
-11,6
33,4
260,5
2.690,2
989,0
118
13
ANTOFAGASTA PLC
Mineração
3.372,6
-11,9
1.706,5
1.899,8
7.954,9
6.432,6
119
14
CMPC PAPELES Y CARTONES
Celulose/Papel
2.978,7
-7,9
205,8
631,5
7.655,9
5.166,9
139
15
CGE
Energia Elétrica
2.900,1
11,8
169,5
415,9
4.790,1
1.243,8
141
16
COLLAHUASI
Mineração
2.650,3
-17,9
1.146,5
1.410,0
2.991,2
1.662,7
159
17
MOLYMET
Siderurgia/Metalurgia
2.505,9
-5,6
71,2
161,3
1.162,6
497,9
171
18
LOS PELAMBRES
Mineração
2.170,3
-18,3
1.020,9
1.426,6
2.866,0
1.826,1
198
19
ANGLO AMERICAN SUR
Mineração
2.000,3
-12,8
864,1
3.006,9
2.109,4
214
20
MALL PLAZA
Comércio
2.000,0
-
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
215
21
CAP
Siderurgia/Metalurgia
1.994,7
26,0
296,4
424,9
2.513,5
1.051,4
217
22
SQM
Mineração
1.794,8
51,1
507,3
752,1
2.597,2
1.480,2
235
23
SODIMAC
Mineração
1.763,8
-9,5
64,8
76,0
832,7
344,3
241
24
CHILECTRA
Energia Elétrica
1.718,3
6,3
409,7
313,6
2.512,2
1.697,1
248
25
ENTEL
Telecomunicações
1.695,9
-6,8
244,0
672,4
2.318,9
1.159,4
251
26
AES GENER
Energia Elétrica
1.641,4
11,5
138,3
375,3
3.767,6
2.018,5
262
27
RIPLEY
Comércio
1.629,8
-14,1
43,8
155,1
2.047,2
1.082,9
265
28
XSTRATA COPPER CHILE S.A.
Mineração
1.485,2
20,6
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
284
29
ENAMI
Mineração
1.481,5
11,8
54,8
N.D.
1.300,8
737,4
285
30
FASA
Comércio
1.469,4
-14,6
1,2
49,8
684,9
119,8
289
31
EMBOTELLADORA ANDINA
Bebidas
1.346,8
4,9
150,7
281,5
958,4
550,4
314
32
EMPRESAS NAVIERAS
Transporte/Logística
1.341,9
27,7
18,3
49,2
560,6
153,3
316
33
HUACHIPATO
Siderurgia/Metalurgia
1.305,2
48,7
141,1
277,3
1.098,5
777,5
325
34
AGROSUPER
Agroindústria
1.300,0
-13,6
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
326
35
MOVISTAR
Telecomunicações
1.293,3
-14,7
137,0
321,0
1.381,6
744,9
329
36
SANTA ISABEL
Comércio
1.243,3
-16,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
343
37
CCU
Bebidas
1.242,7
-1,9
131,3
280,8
1.705,5
788,8
344
38
JUMBO
Comércio
1.223,0
-11,8
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
349
39
SIGDO KOPPERS
Construção
1.203,1
-3,2
60,9
209,9
1.803,2
514,6
352
40
QUIÑENCO
Multissetor
1.173,4
-16,6
358,1
250,2
3.866,3
2.044,2
359
41
ENTEL PCS
Telecomunicações
1.172,3
-8,1
210,8
341,9
1.254,1
505,4
360
42
MINERA SPENCE
Mineração
1.168,5
44,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
362
43
MINERA VALPARAÍSO
Multissetor
1.161,7
-8,4
119,0
47,2
5.634,1
2.523,4
363
44
CANDELARIA
Mineração
1.151,4
-17,6
374,4
549,3
926,4
567,2
365
45
COLBÚN
Energia Elétrica
1.150,5
-5,7
45,8
220,6
4.074,9
2.564,9
366
46
CMPC CELULOSA
Celulose/Papel
1.121,3
-20,1
182,6
N.D.
1.880,9
1.066,1
375
47
MINERA EL ABRA
Mineração
1.110,9
-7,5
322,9
507,3
943,3
755,1
378
48
MADECO
Siderurgia/Metalurgia
1.101,5
-14,5
154,5
87,4
876,9
659,9
381
49
TELEFÓNICA CHILE
Telecomunicações
1.089,3
-14,6
28,0
432,2
2.831,2
1.514,1
385
50
MASISA
Manufatura
1.065,9
10,4
44,1
155,1
2.304,0
1.278,8
397
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 143
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AS 20 MAIORES DA ARGENTINA SUBRK 2008
VARIAÇÃO LUCRO LÍQ. 2008 VENDAS 08/07 US$ MILHÕES (%)
PATRIMÔNIO LÍQ. RK 2008 2008 US$ MILHÕES
SETOR
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
1 TECHINT
Siderurgia/Metalurgia
22.000,0
-0,4
N.D.
N.D.
28.208,0
N.D.
8
2 TENARIS
Siderurgia/Metalurgia
12.131,8
20,8
2.124,8
3.560,8
15.100,7
8.176,6
23
3 YPF
Petróleo/Gás
10.050,4
9,5
1.049,0
3.296,8
11.262,0
5.866,3
31
4 TERNIUM
Siderurgia/Metalurgia
8.464,8
50,3
875,2
N.D.
10.671,1
5.561,4
43 65
EMPRESA
EBITDA 2008 ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
5 CARGILL
Agroindústria
5.970,2
26,4
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
6 PETROBRAS ENERGÍA
Petróleo/Gás
4.373,2
3,0
223,6
925,6
6.665,7
2.578,4
94
7 BUNGE
Agroindústria
4.190,0
44,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
97
8 CENCOSUD
Comércio
3.318,0
16,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
122
9 CARREFOUR
Comércio
3.124,0
27,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
129
10 TELECOM
Telecomunicações
3.057,1
6,8
276,9
959,7
2.780,7
1.158,5
133
11 ACEITERA GENERAL DEHEZA
Agroindústria
2.506,0
79,5
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
170
12 SIDERAR
Siderurgia/Metalurgia
2.320,3
14,8
393,9
514,5
2.814,1
2.076,0
181
13 MOLINOS RÍO DE LA PLATA
Agroindústria
2.307,8
29,3
59,8
190,6
1.068,4
337,3
182
14 MOVISTAR
Telecomunicações
2.234,1
12,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
192
15 VOLKSWAGEN
Automotivo/Autopeças
2.233,4
6,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
193
16 CTI
Telecomunicações
2.076,3
12,5
558,9
704,1
N.D.
N.D.
207
17 ARCOR
Alimentos
2.064,7
11,8
56,4
N.D.
1.338,4
400,0
210
18 SHELL CAPSA
Petróleo/Gás
1.889,0
7,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
226
19 FORD
Automotivo/Autopeças
1.822,9
-0,7
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
233
20 DISCO
Comércio
1.816,9
28,2
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
234
AS 20 MAIORES DA COLÔMBIA SUBRK 2008
EMPRESA
SETOR
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO LUCRO LÍQ. 2008 VENDAS 08/07 US$ MILHÕES (%)
EBITDA 2008 ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. RK 2008 2008 US$ MILHÕES
1
ECOPETROL
Petróleo/Gás
15.053,9
37,8
5.164,8
6.554,5
21.629,1
15.374,9
15
2
ALMACENES ÉXITO
Comércio
3.164,3
-6,5
68,3
241,2
2.646,5
1.512,7
128
3
ORGANIZACIÓN TERPEL
Petróleo/Gás
2.822,6
5,3
54,8
123,8
1.069,3
528,8
148
4
REFINERÍA DE CARTAGENA
Petróleo/Gás
2.790,0
71,7
-13,9
47,3
1.381,5
1.155,4
149
5
COMCEL
Telecomunicações
2.580,6
-4,5
483,8
1.185,1
3.343,6
1.856,9
164
6
CARBONES DEL CERREJÓN
Mineração
2.367,0
57,9
600,7
1.056,3
1.813,3
1.299,3
175
7
EXXONMOBIL
Petróleo/Gás
2.366,6
-2,9
25,4
N.D.
492,9
210,0
176
8
GRUPO BAVARIA
Multissetor
2.322,0
-5,3
266,8
842,0
4.638,9
2.237,8
180
9
TELEFÓNICA COLOMBIA
Telecomunicações
1.912,7
-7,1
-72,0
664,0
4.340,0
2.208,8
223
10 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES
Alimentos
1.780,7
5,5
132,8
253,1
2.370,0
1.714,7
239
11 GRUPO ARGOS
Cimento
1.752,1
-5,4
372,6
1.200,0
5.950,3
2.413,2
243
12 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN Serviços básicos
1.692,1
9,8
591,4
748,2
8.188,9
6.604,4
252
13 AVIANCA
Transporte/Logística
1.643,2
13,8
20,3
133,0
1.168,7
323,6
260
14 BAVARIA
Bebidas
1.635,1
-9,2
273,6
N.D.
4.154,5
2.135,6
263
15 CHEVRON PETROLEUM COMPANY Petróleo/Gás
1.423,5
11,7
78,4
N.D.
631,5
230,8
298
16 CARREFOUR
Comércio
1.407,5
1,3
50,3
N.D.
1.379,8
861,9
303
17 DRUMMOND
Mineração
1.390,7
21,9
152,2
309,7
1.716,1
1.372,9
308
18 GRUPO SALUDCOOP
Serviços de saúde
1.330,9
11,1
10,7
82,9
575,9
195,1
319
19 GENERAL MOTORS COLMOTORES
Automotivo/Autopeças
1.283,7
-32,4
95,8
N.D.
708,2
286,6
332
20 GRUPO ISA
Energia Elétrica
1.181,1
-14,4
105,1
N.D.
62.814,3
2.194,4
356
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 145
AS 10 MAIORES DO PERU SUBRK 2008
EMPRESA
VARIAÇÃO LUCRO LÍQ. 2008 VENDAS 08/07 US$ MILHÕES (%)
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
SETOR
EBITDA 2008 ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. RK 2008 2008 US$ MILHÕES
1
REPSOL YPF PERÚ
Petróleo/Gás
3.979,0
25,6
-79,2
-35,5
885,2
221,2
2
MINERA ANTAMINA
Mineração
2.846,1
-5,6
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
144
3
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
Mineração
2.711,5
-14,7
1.092,4
1.611,2
1.921,6
1.391,4
153
4
PETROPERÚ
Petróleo/Gás
2.664,3
7,0
91,3
N.D.
N.D.
389,0
157
5
TELEFÓNICA DEL PERÚ
Telecomunicações
2.246,7
52,9
156,6
877,8
3.695,0
1.281,1
190
6
MINERA CERRO VERDE
Mineração
1.835,9
2,3
718,4
1.184,9
1.983,6
1.324,2
232
7
MINERA YANACOCHA
Mineração
1.623,7
43,4
463,8
883,4
1.911,6
1.227,0
266
8
PERUPETRO
Petróleo/Gás
1.518,3
29,3
N.D.
-1,3
63,6
0,6
279
9
BARRICK MISQUICHILCA
Mineração
1.365,2
24,1
659,1
1.108,3
2.179,7
1.723,3
310
DOE RUN
Mineração
1.245,5
-1,8
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
342
10
102
AS 5 MAIORES DA VENEZUELA SUBRK 2008
EMPRESA
VARIAÇÃO LUCRO LÍQ. 2008 VENDAS 08/07 US$ MILHÕES (%)
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
SETOR
EBITDA 2008 ATIVO TOTAL 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
PATRIMÔNIO LÍQ. RK 2008 2008 US$ MILHÕES
1
PDVSA
Petróleo/Gás
126.364,0
30,1
9.413,0
9.356,0
131.832,0
71.513,0
1
2
PEQUIVEN
Petroquímica
9.690,0
49,1
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
34
3
CANTV
Telecomunicações
4.594,3
18,7
679,6
493,9
5.534,6
2.059,4
88
4
MOVISTAR
Telecomunicações
3.903,0
10,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
105
5
SIVENSA
Siderurgia/Metalurgia
1.178,7
35,9
153,9
175,0
1.985,2
1.397,4
357
AS 5 MAIORES DA AMÉRICA CENTRAL SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
SETOR
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
VARIAÇÃO LUCRO LÍQ. 2008 EBITDA 2008 VENDAS 08/07 US$ MILHÕES US$ MILHÕES (%)
ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO LÍQ. RK 2008 2008 2008 US$ MILHÕES US$ MILHÕES
1
RECOPE
C.RI Petróleo/Gás
2.706,8
23,6
107,2
N.D.
N.D.
N.D.
2
INTEL
C.RI Eletrônica
2.074,0
-15,9
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
208
3
AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PAN Serviços básicos
1.985,1
14,8
1.017,2
1.503,4
4.608,8
4.360,4
218
4
GRUPO ICE
C.RI Serviços básicos
1.400,0
5,3
N.D.
N.D.
N.D.
N.D.
307
5
COPA AIRLINES
PAN Transporte/Logística
1.288,8
25,5
118,7
281,5
1.954,2
632,4
330
154
AS 500 MAIORES POR PAÍS
Nº DE EMPRESAS POR PAÍS RK 500 FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
2008
BRASIL MÉXICO CHILE ARGENTINA COLÔMBIA PERU VENEZUELA AMÉRICA CENTRAL EQUADOR URUGUAI
3 2
2007
BRASIL MÉXICO CHILE ARGENTINA COLÔMBIA PERU VENEZUELA AMÉRICA CENTRAL EQUADOR URUGUAI
3 2
21
7 6
7 6
0
146 AMÉRICAECONOMIA
15
28
80
35
31
50
211
134
55
36
212
126
100
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
150
/ JULHO, 2009
200
250
SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
QUANTOS RK POSTOS 2008 AVANÇA
1
CARBONES DEL CERREJÓN
COL
175
306
2
NOKIA
BRA
160
204
3
CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA
270
165
4
NEXTEL
BRA
320
159
5
AMIL
BRA
231
149
6
HUACHIPATO
CHI
325
148
7
ACEITERA GENERAL DEHEZA
ARG
170
147
8
SQM
CHI
235
146
9
GRUPO VIZ
MÉX
327
144
10
MINERA YANACOCHA
PER
266
130
11
SUPERMERCADOS LA FAVORITA
EQU
346
130
12
SIVENSA
VEN
357
123
13
ITAIPU BINACIONAL
BR/PA 115
121
14
PEQUIVEN
VEN
34
15
TELEFÓNICA DEL PERÚ
PER
16
EMPRESAS NAVIERAS
17
AS QUE MAIS CAÍRAM
AS QUE MAIS SUBIRAM
MOVIMENTOS NO RANKING SUBRK 2008
EMPRESA
PAÍS
QUANTOS RK POSTOS 2008 RETROCEDE
1
SUZANO PETROQUÍMICA
BRA
489
179
2
SIEMENS BRASIL
BRA
300
148
3
CARAÍBA METAIS
BRA
401
129
4
GRUPO SCHINCARIOL
BRA
419
116
5
ULTRAGAZ
BRA
379
113
6
ALBRAS
BRA
444
113
7
QUATTOR QUÍMICOS BÁSICOS
BRA
370
109
8
COTEMINAS
BRA
312
99
9
GENERAL MOTORS COLMOTORES
COL
332
94
10
PARANAPANEMA
BRA
283
87
11
EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN
COL
252
85
12
ELETRONORTE
BRA
258
83
13
SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.
PER
153
81
113
14
ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES
BRA
206
80
190
109
15
VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL
BRA
333
80
CHI
316
107
16
COPERSUCAR
BRA
253
73
GRUPO IMSA (AÇO)
MÉX
87
98
17
GRUPO XIGNUX
MÉX
191
71
18
LA FONTE PARTICIPAÇÕES
BRA
299
98
18
CANDELARIA
CHI
365
69
19
CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO
BRA
377
98
19
COMPREBEM
BRA
382
64
20
BARRICK MISQUICHILCA
PER
310
97
20
ARACRUZ CELULOSE
BRA
274
63
21
COPA AIRLINES
PAN
330
97
21
CPFL PIRATININGA
BRA
467
63
22
ALICORP
PER
358
95
22
DOW BRASIL
BRA
269
62
23
BRIDGESTONE FIRESTONE
BRA
376
92
23
CMPC CELULOSA
CHI
375
62
24
SAMARCO MINERAÇÃO
BRA
237
91
24
CBA
BRA
340
59
25
GERDAU AÇOMINAS
BRA
177
90
25
DUPONT BRASIL
BRA
383
59
26
DANONE
MÉX
247
90
26
AXTEL
MÉX
460
57
27
PATAGONIA
ARG
412
87
27
SOTREQ
BRA
485
56
28
MOVISTAR
PER
398
84
28
ELECTROLUX DO BRASIL
BRA
403
54
29
MARFRIG
BRA
158
83
29
PARIS
CHI
463
51
30
DRUMMOND
COL
308
83
30
SENDAS DISTRIBUIDORA
BRA
339
49
31
CONECEL
EQU
396
81
31
GRUPO FAMSA
MÉX
395
49
32
AVON
BRA
254
80
32
BANDEIRANTE ENERGIA
BRA
449
48
33
ALUAR
ARG
414
77
33
COMPANHIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ
BRA
229
47
34
BUNGE
ARG
97
75
34
QUIÑENCO
CHI
359
47
35
DISCO
ARG
234
75
35
WHIRLPOOL MÉXICO
MÉX
391
47
36
GENERAL ELECTRIC
BRA
120
74
36
EDITORA ABRIL
BRA
468
47
37
MOVISTAR
COL
367
73
37
DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS
MÉX
131
46
38
CAP
CHI
217
72
38
LIQUIGÁS
BRA
408
45
39
VOLVO
BRA
152
71
39
SANTA ISABEL
CHI
343
43
40
HERINGER FERTILIZANTES
BRA
281
71
40
GRUPO PALACIO DE HIERRO
MÉX
437
43
41
CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT
BRA
216
70
41
GRUPO CONTINENTAL
MÉX
443
43
42
DANONE
ARG
354
70
42
BOSCH
BRA
245
40
43
FLEXTRONICS MANUFACTURING
MÉX
140
68
43
KRAFT FOODS
BRA
433
40
44
CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA BRA
238
68
44
MINERA ZALDÍVAR
CHI
454
40
45
ACINDAR
ARG
374
68
45
TRANSPETRO
BRA
271
39
46
UNIPAR
BRA
220
67
46
MARTINS DISTRIBUIÇÃO
BRA
276
39
47
GRUPO CLARÍN
ARG
257
64
47
INFRAERO
BRA
410
39
48
SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA
BRA
155
63
48
GRUPO CONDUMEX
MÉX
197
38
49
CARREFOUR
ARG
129
58
49
CICSA
MÉX
421
38
50
GRUPO SALUDCOOP
COL
319
58
50
PONTO FRIO - GLOBEX
BRA
268
37
JULHO 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 147
MOVIMENTOS NO RANKING AS NOVAS
SUB-RK 2008
EMPRESA TELMEX INTERNACIONAL
MÉX
5.494,6
73
REFINERÍA DE CARTAGENA
COL
2.790,0
149
3
MALL PLAZA
CHI
2.000,0
215
4
QUATTOR PARTICIPAÇÕES
BRA
1.585,8
272
5
PERUPETRO
PER
1.518,3
279
6
XSTRATA COPPER CHILE S.A.
CHI
1.485,2
284
7
AMERICEL
BRA
1.477,7
286
8
GASPETRO
BRA
1.468,3
290
9
MC DONALD`S
BRA
1.412,1
301
10
ALCOA
BRA
1.287,0
331
11
GERDAU COMERCIAL DE AÇOS
BRA
1.270,6
335
12
SCANIA
BRA
1.201,7
353
13
MINERA SPENCE
CHI
1.168,5
362
14
AJE GROUP
PER
1.090,0
384
15
VRG-LINHAS AÉREAS
BRA
1.089,2
386
16
CONSORCIO MINERO CORMIN
PER
1.011,7
415
17
EQUATORIAL
BRA
1.003,9
418
18
INTEROCEÁNICA
CHI
983,7
422
19
FALABELLA PERÚ
PER
978,1
424
20
WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS
BRA
972,7
426
21
SALFACORP
CHI
965,5
429
22
HOCOL
COL
952,8
431
23
CMPC TISSUE
CHI
903,7
446
24
CEG
BRA
863,7
453
25
PERUANA DE COMBUSTIBLES - PECSA
PER
857,4
455
26
ELÉCTRICA DE CARACAS
VEN
851,6
456
27
CARAMURU
BRA
845,9
457
28
ELECTRICARIBE
COL
809,5
474
29
UCP BACKUS & JOHNST
PER
809,3
475
30
C. VALE
BRA
800,8
478
31
EASY
ARG
796,6
480
32
IOCHPE-MAXION
BRA
782,1
481
33
BRETAS SUPERMERCADOS
BRA
778,1
483
34
BUENAVENTURA
PER
766,6
488
35
PREZUNIC SUPERMERCADOS
BRA
763,5
491
36
CONTAX
BRA
759,4
492
37
PETROBRAS
COL
752,1
494
38
GAFISA
BRA
744,7
496
39
FERREYROS
PER
741,8
497
40
OCCIDENTAL DE COLOMBIA
COL
732,8
498
41
DMA DISTRIBUIDORA
BRA
731,8
499
SOMA DE FORÇAS
DE ONDE VENHO DISTRIBUIÇÃO TOTAL DOS NOVOS PARTICIPANTES DO RANKING, SOBRE UM TOTAL DE 41 EMPRESAS
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
25.000 Milhões de dólares
RK 2008
2
FONTE: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
PERU 19,5%
19.839
20.000 15.000 10.000
0
VENDAS 2008 US$ MILHÕES
1
VENDAS DAS NOVAS EMPRESAS, REUNIDAS POR PAÍS (TOTAL: US$ 48,29 BILHÕES)
5.000
PAÍS
7.507
6.037
5.495
COL
MÉX
MÉXICO 2,4% COLÔMBIA 12,4%
7.773 852
797 ARG
BRA
148 AMÉRICAECONOMIA
CHI
PER
VENEZUELA 2,4%
CHILE 14,6%
VEN
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
ARGENTINA 2,4% BRASIL 46,3%
ASSIM FAZEMOS AS 500
O
s países incluídos no
vendas líquidas em dólares,
lidam as operações da matriz
ranking são Argen-
em dezembro de 2008. Os
com as de suas filiais no país
tina, Bolívia, Brasil,
números correspondentes
e no exterior, e que adicio-
PROPIEDADE E
Chile, Colômbia,
a dezembro de 2008 foram
nalmente utilizam correção
SETOR
Costa Rica, Equador, El Sal-
revisados e corrigidos sobre
monetária.
A definição de propriedade
vador, Guatemala, Honduras,
a base de informação dispo-
México, Nicarágua, Panamá,
nível atualizada. Por isso, as
AS VENDAS
acionista majoritário no fim
Paraguai, Peru, Porto Rico,
posições das empresas no não
Estas são registradas livres
de 2008. Para a classificação
República Dominicana, Uru-
de 2008 podem ser diferentes
de impostos e devoluções,
setorial, no entanto, foi con-
guai e Venezuela. As cifras
das apresentadas na edição do
seguindo a tendência in-
siderada a atividade que é do-
foram reunidas e verificadas
ranking do não passado
ternacional a este respeito.
minante em termos de vendas
Algumas exceções a este
em cada companhia.
por AméricaEconomia In-
de inflação em cada país.
corresponde ao critério de
telligence de fontes oficiais
ESTADOS
critério continuam nos casos
e bolsas de valores, no caso
FINANCEIROS
em que não foi possível obter
FONTES
de empresas abertas. No
O ranking busca padronizar ao
a informação padrão.
As fontes de informação usa-
caso de empresas de capital
máximo a informação contábil
fechado, as informações fo-
publicada na região, o que
CONVERSÃO
foram as próprias empresas,
ram solicitadas através de um
nem sempre é possível. Por
A DÓLARES
seus sites , organismos ofi-
questionário. Em situações
isso, recomendamos atenção
A conversão em dólares dos
ciais (como as comissões de
excepcionais, devidamente
à interpretação de indicadores
indicadores expostos neste
valores mobiliários de cada
indicadas, foram considerados
como lucro, vendas e patri-
ranking foi feita com base no
país), além da Economática.
dados de fontes secundárias
mônio em países com taxas
câmbio do último dia útil de
Também foram utilizadas in-
ou estimativas próprias base-
de inflação significativas,
2008 para cada moeda.
formações das alfândegas dos
adas em informações públicas
já que as empresas não são
ou de mercado. Os números
obrigadas a apresentar o ajuste
VARIAÇÃO DE
incluídas no ranking para de-
correspondem ao exercício
ou correção monetárias destes
VENDAS 2008-2007
terminar as exportações.
terminado em dezembro
conceitos.
As variações anuais de vendas
das para construir o ranking
países que tiveram empresas
são nominais, em dólares cor-
AGRADECIMENTOS
CONSOLIDAÇÃO
rentes, e devem ser analisadas
Agradecemos às instituições
A informação registrada no
levando-se em consideração
oficiais, à Economática e, em
POSIÇÕES
ranking de empresas abertas
a valorização ou depreciação
especial, a todas as empresas
A ordem do ranking é de-
ou em bolsa corresponde, em
das moedas locais em relação
que colaboraram com nossa
terminada pelo montante de
geral, a balanços que conso-
ao dólar, assim como os níveis
pesquisa.Q
de 2008, salvo indicações diferentes.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 149
DEBATES AMÉRICA LATINA EM CIFRAS
PARA ONDE VÃO?
Os governos da região escolhem suas armas contra as amargas cifras econômicas projetadas para 2009. Como sairão dessa? Soledad Gómez, Santiago MURO DE ARRIMO
ATIVIDADE DESEMPREGO INFLAÇÃO
Principais indicadores macro da Argentina
FONTE: MINISTÉRIO DA ECONOMIA DA ARGENTINA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
15 12
PROJEÇÕES
12
9,8 8,5
9 5,9 8,7 6
7,1 1,6
3
0 JAN 08
MAR 08
JUL 08
MAI 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
MAR 09
MAI09
DESTA VEZ, NEM TÃO BEM
ATIVIDADE INDUSTRIAL
FONTE: IBGE E BANCO CENTRAL DO BRASIL • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
INFLAÇÃO
Os fundos das AFJP (administradora de aposentadorias) parecem ser insuficientes para melhorar o índice de atividade econômica (Emae), que desce a ladeira e fechou fevereiro deste ano a 2,6%. Espera-se que no segundo semestre o PIB entre em terreno negativo, para fechar o ano com variação de -2,4%.
DESEMPREGO URBANO
Principais indicadores macro do Brasil
8,9
7,8
PROJEÇÕES
12
6 6,4
4,5
5,6 0 -5 -6 -14,8
JAN 08
MAR 08
150 AMÉRICAECONOMIA
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
-12
MAR 09
/ JULHO, 2009
MAI 09
-18
A crise financeira do último trimestre de 2008 afetou o setor industrial rapidamente, que chegou a cair 14,8% no início de 2009. Apesar da rápida reação das autoridades, que atacaram com medidas de fomento fiscal, o PIB para 2009 deverá ser timidamente positivo, com um avanço de 0,5%.
EXIJO UMA EXPLICAÇÃO!
ATIVIDADE IMACEC DESEMPREGO MÊS INFLAÇÃO
Principais indicadores macro do Chile
FONTE: INE E BANCO CENTRAL DO CHILE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
PROJEÇÕES
11,1
9,9
12
7,5
9
5,3
6
2,8
3 0
-3,1
-3
JAN 08
MAR 08
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
REALISMO NADA FANTÁSTICO
MAR 09
ATIVIDADE INDUSTRIAL DESEMPREGO INFLAÇÃO
Principais indicadores macro da Colômbia
FONTE: BANCO CENTRAL DA COLÔMBIA E DANE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
-6
MAI 09
A economia mais competitiva da região segundo o WEF não conseguiu contornar a crise internacional. Seu indicador mensal de atividade está há 6 meses no vermelho e chegou a -4,6% em abril. Estima-se que em setembro a desocupação chegará a 12% e terminará 2009 com uma queda de 0,4%.
PROJEÇÕES
15,3
18
10,5
12 4,6 6 0 -6
-2,4
-12
JAN 08
MAR 08
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN09
SEM DESEMPREGO
-12,9
MAR 09
ATIVIDADE IMAE INFLAÇÃO
Principais indicadores macro da Costa Rica FONTE: BANCO CENTRAL DA COSTA RICA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
-18
MAI 09
Apesar de colher elogios nos últimos anos pelas conquistas em matéria econômica, o governo de Álvaro Uribe fechou 2008 com modestos, mas honrados, 3,2% de crescimento econômico. Este ano, estima-se que este alcance apenas 0,5%.
PROJEÇÕES
18 15
10,6
16,3
9,1
12 9 6
8,5
0,2
3 0
-5,7
-3 -6
JAN 08
MAR 08
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
MAR 09
MAI 09
-9
A crise parece não ter durado muito na Costa Rica. O indicador de atividade (Imae) registrou um ritmo menor de queda já em abril, com -4,9%. O país deverá acelerar o passo no segundo semestre, mas ainda assim não o suficiente para evitar a recessão. Estimativa para o PIB 2009: -1,6%.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 151
DEBATES AMÉRICA LATINA EM CIFRAS
A “CORREAÇOS”
Principais indicadores macro do Equador
ATIVIDADE DESEMPREGO INFLAÇÃO
FONTE: BANCO CENTRAL DO EQUADOR • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
9,9
PROJEÇÕES
9,3
7,6
6,1
12 9 6
6,4
3 -0,4 0 -3 -2,6
JAN 08
MAR 08
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
UM ANTIVIRAL, POR FAVOR
MAR 09
-6
MAI 09
ATIVIDADE DESEMPREGO INFLAÇÃO
Principais indicadores macro do México
FONTE: BANCO DE MÉXICO E INE MÉXICO • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
PROJEÇÕES
6,5
5,8
7,2
12 6
5,5 -3,
3 0 -3 -6
-10,4
-9 JAN 08
MAR 08
Com esforço, o governo equatoriano buscou eliminar as diferenças com credores e lançou um programa de recompra para os polêmicos bônus Global 2012 e 2030. Espera-se que este ano a economia equatoriana se retraia 3,3%.
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
FÉ NO COMÉRCIO MUNDIAL
MAR 09
-12
MAI 09
A crise nos EUA ajudou a elevar a taxa de desemprego acima do tradicional teto de 5%. E quando as projeções já eram sombrias, a influenza sacudiu ainda mais a economia. Com esforço, o México poderá limitar a contração a 4,2%.
ATIVIDADE DESEMPREGO INFLAÇÃO
Principais indicadores macro do Panamá
FONTE: CONTRALORIA DE PANAMÁ • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
15 12,2
10
PROJEÇÕES
8,7
10 6,5
6,3 2,5
0,2 JAN 08
MAR 08
152 AMÉRICAECONOMIA
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
MAR 09
/ JULHO, 2009
MAI 09
5
0
O novo presidente Ricardo Martinelli herda a promessa do governo anterior de aumentar o déficit fiscal de 1% a 3% para evitar que o crescimento caia abaixo dos 3%. Depois de registrar 9,2% em 2008, as estimativas são de que em 2008 a variação do PIB não supere os 2,4%.
O MELHOR DA REGIÃO, AINDA
ATIVIDADE DESEMPREGO IINFLAÇÃO
Principais indicadores macro do Peru
FONTE: BANCO CENTRAL DE RESERVA DO PERU • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
15 PROJEÇÕES
11,6
9,8
12
9 4,1
6
3 3,5 JAN 08
MAR 08
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
NA MONTANHA RUSSA
MAR 09
0
MAI 09
Em abril, e pela primeira vez em oito anos, a economia peruana se contraiu (2,01%). Mas as estimativas permanecem otimistas, indicando que o Peru poderá ter o melhor desempenho da região, com um PIB de 3,1% em 2009.
ATIVIDADE MANUFATUREIRA DESEMPREGO INFLAÇÃO
Principais indicadores macro do Uruguai FONTE: CONTRALORIA DO URUGUAI E INE • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
40 34,2
PROJEÇÕES
32 24
12,5
11
16 8
6,4 -1,6 -9,1 JAN 08
MAR 08
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
IDEAL BOLIVARIANO EM CONTRAÇÃO FONTE: BANCO CENTRAL DA VENEZUELA • ESTIMATIVAS: AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE
33,7
15 10 5
26,2
22
40 30
5,0
4,1
7,2
9,5
8,2 20
3,2
10,2
10
0
0
-5
-10
-10
-20
-15
-30
-20
JAN 08
-8 -16
MAI 09
ATIVIDADE MANUFATUREIRA DESEMPREGO INFLAÇÃO PROJEÇÕES
Principais indicadores macro da Venezuela 20
MAR 09
0
A economia uruguaia decepcionou no primeiro trimestre do ano, ao cair mais que os 2% esperados, com queda de 2,9%. Apesar do crescimento de 8,9% em 2008, o Uruguai entrará em recessão e terminará o ano com contração de 1,5%.
MAR 08
MAI 08
JUL 08
SET 08
NOV 08
JAN 09
MAR 09
MAI 09
-40
Segundo fontes oficiais, a inflação, que chegou a 30,9% em 2008, cederá este ano. Não é de estranhar, com o baixo desempenho estimado para a atividade econômica. No último trimestre de 2008, o país cresceu apenas 0,3%. E em 2009 o PIB poderá chegar a - 6,2%.
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 153
OPINIÃO
Uma crise e dez lições Marcelo M. Giugale Diretor de Política Econômica e Programas de Redução da Pobreza para América Latina do Banco Mundial
A
implosão do sistema financeiro global parece chegar ao fim, ou ao menos a um ponto de inflexão. Os indícios de estabilização ainda são tênues e podem ser miragens. Mas já é possível tirar lições de tudo isso. As mais relevantes são estas: I) Muitos culpados. Uma série de fatores interconectados produziu a crise. Houve excessiva criação de liquidez nos EUA; pouca vigilância aos hedge funds; subsídios excessivos à propriedade imobiliária, e excessiva complexidade dos ativos financeiros, chegando a um ponto no qual somente alguns poucos operadores sabiam o valor deles. II) As coisas ficarão piores antes de melhorar. As consequências finais da crise ainda estão para ser reveladas. A correção do desequilíbrio global entre economia e consumo apenas começou. E o fluxo de crédito não será reativado plenamente até que os balanços dos grandes bancos norteamericanos sejam purificados de seus “ativos tóxicos”. III) Não há muito mais que os governos possam fazer. As respostas de política pública têm sido razoáveis. Mas a contração na demanda provavelmente é tão grande que, mesmo com a melhor das coordenações entre países, não poderá ser compensada por estímulos ficais e injeções de liquidez. IV) O impacto nos países em desenvolvimento será lento, mas duro. O contágio tem ocorrido através de quatro principais canais: exportações, remessas, preço das matériasprimas e fluxos de financiamento. E o impacto se manifestará na interrupção do financiamento bancário externo para o setor corporativo privado doméstico. Isto acelerará o comércio internacional e atrasará projetos de investimento. V) É preciso repensar o modelo de desenvolvimento baseado em exportações. A capacidade de absorção do mundo desenvolvido não voltará a seu nível anterior à crise por um longo tempo, se é que voltará. Os países emergentes terão que balancear suas fontes de crescimento e dar maior peso à demanda doméstica e ao comércio “Sul-Sul”. VI) A classe média será a mais golpeada. Nos países em desenvolvimento, o principal ponto de contato entre as pessoas e a crise será a contração na demanda por trabalho – não uma mudança brusca entre preços relativos ou uma perda de riqueza, como no passado. Isto afetará principalmente trabalhadores urbanos, formais e relativamente educados. VII) Finanças mais simples. Há agora um reconhecimen-
154 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
to geral de que o mercado não pode disciplinar os agentes financeiros. Após uma reforma, a indústria financeira provavelmente ficará parecida com o setor de serviços de infraestrutura pública, com poucos fornecedores privados operando sob licença do governo e oferecendo produtos padronizados a preços regulados e com algo grau de supervisão. VIII) Metas de crescimento. O chamado para que os bancos centrais tenham objetivos além da inflação se multiplicou. Por trás disso há uma nova fé na capacidade do Estado (não apenas do banco central) de influir no crescimento de curto prazo. A questão é qual instituição pública deveria ser responsável pelas “metas de crescimento”. Tañvez os bancos centrais não sejam a agência adequada. O peso recairá sobre o investimento público como um ímã de investimento privaNo pós-crise, do. Os países mais bem-gerenciados construirão fundos para os EUA não garantir que o Estado invista serão o motor mais quando a economia desado crescimento celerar. IX) Multilaterais maiores e mais representativas. Aumundial mentar a capacidade de crédito dos bancos multilaterais tem sido a decisão correta. Bem-vindos são também os esforços como o do G20 para coordenar políticas públicas e evitar o protecionismo. Com o tempo, a ampliação de capital será acompanhada de maior representação de países de receita média nos organismos internacionais. X) Depois de amanhã, o mundo será diferente. Estaríamos prestes a ver um mundo no qual os governos terão um papel mais importante nas economias; no qual a intermediação financeira será um serviço público controlado; no qual as preferências sociais em relação ao consumo serão moderadas; no qual haverá mais de uma moeda global de reserva e os EUA não serão o motor do crescimento. Finalmente, a crise também tem dado lugar a um sentimento incomum entre economistas: humildade. O desafio é entender por que princípios básicos como a racionalidade dos agentes e a eficiência dos mercados falharam na prática. Isto nos permitirá desenhar novos marcos de política pública e novas estratégias de desenvolvimento. Q / JULHO, 2009
PANORAMA O POLÍTICA O C
Mais que promessas vazias Abraham F. Lowenthal Professor de Relações Internacionais da University of Southern California e presidente emérito do Pacific Council on International Policy
O
governo de Barack Obama teve um bom começo em sua intenção de melhorar as relações com a América Latina e o Caribe. Em poucos meses, apresentou uma visão coerente de sua relação com a região: disposição para cooperar com alguns países-chave em temas comuns; concentração em melhorar as relações com o México e formar uma aliança estratégica com o Brasil; inclinação ao multilateralismo, preferência por programas concretos em vez de retórica grandiloquente; assumir a responsabilidade que seu país tem em alguns dos problemas da região; construção de coalizões para apoiar o comércio e uma reforma migratória viável; estudo, caso a caso, de uma maior abertura a relações pragmáticas com países com regimes populistas; e movimentos cuidadosos para construir uma relação de respeito mútuo com Cuba que pode levar a uma maior aproximação sem abandonar sua preocupação pelo respeito aos direitos humanos. Mas a dúvida é: persistirão esses movimentos iniciais, ou estes estão destinados a ser abandonados? Praticamente todos os governos dos Estados Unidos anunciaram novas políticas para a América Latina, mas na maioria das vezes essas novas aproximações se desvanecem no caminho, freadas pela burocracia e por interesses especiais, ou ambas as coisas, eclipsadas por outras preocupações. De fato, há algo de evidência a favor daquelas pessoas céticas das boas intenções de Obama. As primeiras declarações de que ele respeitará os interesses dos países da região para diversificar suas relações internacionais foram abertamente contraditas quando a secretária de Estado, Hillary Clinton, expressou preocupação pela maior presença da China e do Irã na região. Os chamados de Obama por uma nova etapa nas relações com Cuba foram seguidos de sugestões de que a Ilha teria que dar os próximos passos, e por resistência da parte dos Estados Unidos na OEA à ideia de que esta deveria revogar a suspensão de Cuba. A promessa de Obama de que uma reforma migratória viável estaria entre suas primeiras prioridades passou a ser simplesmente um compromisso de começar este ano com as consultas. Depois de o governo reconhecer a necessidade de regular a exportação de armas de fogo de pequeno porte dos EUA ao México, Obama sugeriu que politicamente era pouco realista enfrentar esse tema. Nenhuma dessas declarações foi definitiva – de fato, o tema de terminar com a expulsão de Cuba da OEA foi resolvido através de compromissos diplomáticos – mas todas suscitaram dúvidas sobre se as promessas de governo chegarão a ser cumpridas.
Quanto ao tema comercial, a postura do governo tem sido no mínimo confusa: recusa o protecionismo mas aceita uma cláusula de “comprar norte-americano” dentro do pacote de estímulo fiscal; expressa vontade de avançar em um tratado comercial com a Colômbia e o Panamá mas prorroga todas as ações; fala de cooperação energética com o Brasil mas ao mesmo tempo mantém os subsídios para o etanol de milho e continua aplicando altas tarifas para o etanol importado; e promove uma maior associação com o México mas deixa que o programa experimental que permitia a entrada de caminhões mexicanos aos Estados Unidos caduque, em aberto não-cumprimento do Nafta. Todos esses casos ilustram o alcance da influência de poderosos grupos de interesse na tomada de decisões da política exterior nos Estados Unidos. Mas me atrevo a apostar que os passos iniciais de Obama Obama terá continuarão apontando à mesmais margem ma direção. A visão dos encarregados da relação exterior dos de manobra Estados Unidos parecem alinhar-se com a de diplomatas de que seus carreira que se especializaram em temas de América Latina. antecessores As políticas de governo para a região encaixam-se em suas prioridades internas e em sua visão geral externa. Já os grupos de interesse que se opõem à visão do governo se debilitaram, particularmente a ala mais dura da comunidade cubano-norte-americana na Flórida; alguns dos segmentos mais protecionistas dos sindicatos, e aqueles que desejam castigar os governos da América Latina por não se alinharem com as posições dos Estados Unidos em sua política exterior durante o governo de Bush. Outros eleitores hispânicos e latinos, além da comunidade cubano-norte-americana, cresceram em número e influência, e apoiam as mudanças na política migratória e nas relações com seus países que o governo Obama está propondo. Portanto, o governo de Obama terá mais espaço de manobra em sua política exterior com a América Latina do que seus antecessores. Um governo que entenda a importância da América Latina para os Estados Unidos e tenha uma visão estratégica incipiente para a região tem condições de resistir a contínuas pressões que poderiam minar seu projeto inicial de renovar a cooperação interamericana. Esse resultado não está garantido, mas se vê cada vez mais possível. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA / AMÉRICAECONOMA 155
DEBATES PANORÂMICA
Bem na foto Javier Santiso Diretor, Centro de Desenvolvimento da OCDE. Chair da OCDE Emerging Markets Network (EmNet)
O
auge das multinacionais dos países emergentes foi um dos principais fenômenos da década atual. Agora estas empresas, bem como seus pares da OCDE, também enfrentam a ressaca provocada pela crise global. Suas capitalizações na bolsa desmoronaram desde os picos alcançados em 2008. Algumas, inclusive, registraram perdas importantes devido a operações cambiais e de cobertura de riscos. Muitas tiveram que adiar planos de investimento e aquisições. Contudo, é de se esperar que a atual crise nuble a visão de quais continuarão tendo um papel importante entre as multinacionais globais. De fato, em 2009, muitas dessas multinacionais emergentes permaneceram ativas em termos de expansão internacional. A Chinalco lançou uma operação de US$ 20 bilhões para entrar no capital da gigante anglo-australiana Rio Tinto. A multinacional indiana Bharti Airtel reiterou sua investida sobre a sul-africana MTN, o que criaria outro gigante no setor de telecomunicações procedente dos países emergentes (onde também operam empresas como China Mobile, a Orascom, do Egito, e a mexicana América Móvil). As multilatinas tampouco ficaram inativas. A argentina Tenaris, filial da Techint, estabeleceu uma fábrica na Indonésia. Em maio de 2009, em plena crise global, a Petrobras fechou um acordo com a China Sinopec. O grupo petroquímico brasileiro Braskem anunciou planos de expansão avaliados em US$ 4 bilhões no Peru e na Venezuela. E também houve algumas consolidações. A mais espetacular foi a fusão da Perdigão com a Sadia, em maio de 2009, que gerou a Brasil Foods, maior empresa de alimentos do Brasil e a maior processadora de carne de frango do mundo. Com esta expansão, as multinacionais latinas também se viram envolvidas em conflitos e tensões que as multinacionais globais dos países da OCDE sofriam no passado. A companhia de cimentos mexicana Cemex, bem como suas concorrentes Lafarge (francesa) e Holcim (suíça), teve que enfrentar o processo de expropriação desencadeado em 2008 pelo governo de Chávez na Venezuela. O mesmo ocorreu com o grupo Techint, que foi expulso da venezuelana Sidor, que em 2009 também foi convertida ao controle estatal. Além da conjuntura, as multinacionais emergentes continuam ganhando posições. No último FT Global 500, publicado em maio de 2009 pelo Financial Times, várias multinacionais procedentes da China, África do Sul, Índia, Rússia ou Brasil o demonstram. A Petrochina flerta agora com o primeiro lugar, logo atrás da petrolífera norte-americana
156 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
Exxon Mobil. A China Mobile desbanca de novo a Microsoft; a Petrobras, a francesa Total; o Bank of China e a Sinopec seguem na frente da espanhola Telefónica. A mineradora Vale (no 50º lugar) supera empresas como McDonald’s ou France Telecom. O Itaú Unibanco, após a megafusão em 2008, subiu do 142º lugar ao 88º, colocandose entre a L’Oréal ou, dentro do setor bancário, acima de gigantes como BNP Paribas, Credit Suisse ou BBVA. Outro banco brasileiro, o Bradesco, consegue o posto 141, acima do suíço UBS ou do francês Societé Générale. A cervejaria belgo-brasileira InBev – e isto antes da finalização da aquisição da gigante norte-americana Anheuser-Busch – foi alçada do posto 187 ao 154, tornando-se assim a empresa mais global de seu setor. Ok, estas listas são sempre As multilatinas questionáveis. Mas indicam tendências. Dentro das multiapontam à latinas, faltam gigantes como o primeiro produtor mundial emergência de cobre, a chilena Codelco, ou conglomerados como o de talento e brasileiro Votorantim, o mexiinovação cano Alfa ou o grupo chileno Luksic. Tampouco aparecem empresarial gigantes como a cimenteira Cemex, a companhia de aviação Embraer ou a petrolífera venezuelana PDVSA. Todas elas figuram nas classificações de AméricaEconomia. Estes exemplos apontam também a outro fenômeno: a emergência de talento e inovação empresarial do mundo latino. Os papéis de Lorenzo Zambrano na Cemex, de Carlos Slim na América Móvil ou do chef Gastón Acurio na Astrid y Gastón têm sido determinante na sua expansão internacional. Mostram que estas empresas não se limitam a setores tradicionais e também incorporam inovação. Como o ex-presidente chileno Ricardo Lagos destacou em sua conferência, em maio, na Comissão do Centro de Desenvolvimento da OCDE, quando as vieiras ou ostras chilenas (“coquilles Saint Jacques”, como dizem os franceses) são servidas em restaurantes parisienses, são algo mais do que produtos primários procedentes dos mares do Chile: também incorporam inovação e tecnologia para chegar frescas em menos de um dia ao outro lado do mundo. As empresas e multinacionais que estão emergindo dos novos mundos também carregam inovações importantes. E algum dia despertaremos descobrindo esta nova verdade emergente. Q
/ JULHO, 2009
DEBATES PANORÂMICA
Bem na foto Javier Santiso Diretor, Centro de Desenvolvimento da OCDE. Chair da OCDE Emerging Markets Network (EmNet)
O
auge das multinacionais dos países emergentes foi um dos principais fenômenos da década atual. Agora estas empresas, bem como seus pares da OCDE, também enfrentam a ressaca provocada pela crise global. Suas capitalizações na bolsa desmoronaram desde os picos alcançados em 2008. Algumas, inclusive, registraram perdas importantes devido a operações cambiais e de cobertura de riscos. Muitas tiveram que adiar planos de investimento e aquisições. Contudo, é de se esperar que a atual crise nuble a visão de quais continuarão tendo um papel importante entre as multinacionais globais. De fato, em 2009, muitas dessas multinacionais emergentes permaneceram ativas em termos de expansão internacional. A Chinalco lançou uma operação de US$ 20 bilhões para entrar no capital da gigante anglo-australiana Rio Tinto. A multinacional indiana Bharti Airtel reiterou sua investida sobre a sul-africana MTN, o que criaria outro gigante no setor de telecomunicações procedente dos países emergentes (onde também operam empresas como China Mobile, a Orascom, do Egito, e a mexicana América Móvil). As multilatinas tampouco ficaram inativas. A argentina Tenaris, filial da Techint, estabeleceu uma fábrica na Indonésia. Em maio de 2009, em plena crise global, a Petrobras fechou um acordo com a China Sinopec. O grupo petroquímico brasileiro Braskem anunciou planos de expansão avaliados em US$ 4 bilhões no Peru e na Venezuela. E também houve algumas consolidações. A mais espetacular foi a fusão da Perdigão com a Sadia, em maio de 2009, que gerou a Brasil Foods, maior empresa de alimentos do Brasil e a maior processadora de carne de frango do mundo. Com esta expansão, as multinacionais latinas também se viram envolvidas em conflitos e tensões que as multinacionais globais dos países da OCDE sofriam no passado. A companhia de cimentos mexicana Cemex, bem como suas concorrentes Lafarge (francesa) e Holcim (suíça), teve que enfrentar o processo de expropriação desencadeado em 2008 pelo governo de Chávez na Venezuela. O mesmo ocorreu com o grupo Techint, que foi expulso da venezuelana Sidor, que em 2009 também foi convertida ao controle estatal. Além da conjuntura, as multinacionais emergentes continuam ganhando posições. No último FT Global 500, publicado em maio de 2009 pelo Financial Times, várias multinacionais procedentes da China, África do Sul, Índia, Rússia ou Brasil o demonstram. A Petrochina flerta agora com o primeiro lugar, logo atrás da petrolífera norte-americana
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AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
Exxon Mobil. A China Mobile desbanca de novo a Microsoft; a Petrobras, a francesa Total; o Bank of China e a Sinopec seguem na frente da espanhola Telefónica. A mineradora Vale (no 50º lugar) supera empresas como McDonald’s ou France Telecom. O Itaú Unibanco, após a megafusão em 2008, subiu do 142º lugar ao 88º, colocandose entre a L’Oréal ou, dentro do setor bancário, acima de gigantes como BNP Paribas, Credit Suisse ou BBVA. Outro banco brasileiro, o Bradesco, consegue o posto 141, acima do suíço UBS ou do francês Societé Générale. A cervejaria belgo-brasileira InBev – e isto antes da finalização da aquisição da gigante norte-americana Anheuser-Busch – foi alçada do posto 187 ao 154, tornando-se assim a empresa mais global de seu setor. Ok, estas listas são sempre As multilatinas questionáveis. Mas indicam tendências. Dentro das multiapontam à latinas, faltam gigantes como o primeiro produtor mundial emergência de cobre, a chilena Codelco, ou conglomerados como o de talento e brasileiro Votorantim, o mexiinovação cano Alfa ou o grupo chileno Luksic. Tampouco aparecem empresarial gigantes como a cimenteira Cemex, a companhia de aviação Embraer ou a petrolífera venezuelana PDVSA. Todas elas figuram nas classificações de AméricaEconomia. Estes exemplos apontam também a outro fenômeno: a emergência de talento e inovação empresarial do mundo latino. Os papéis de Lorenzo Zambrano na Cemex, de Carlos Slim na América Móvil ou do chef Gastón Acurio na Astrid y Gastón têm sido determinante na sua expansão internacional. Mostram que estas empresas não se limitam a setores tradicionais e também incorporam inovação. Como o ex-presidente chileno Ricardo Lagos destacou em sua conferência, em maio, na Comissão do Centro de Desenvolvimento da OCDE, quando as vieiras ou ostras chilenas (“coquilles Saint Jacques”, como dizem os franceses) são servidas em restaurantes parisienses, são algo mais do que produtos primários procedentes dos mares do Chile: também incorporam inovação e tecnologia para chegar frescas em menos de um dia ao outro lado do mundo. As empresas e multinacionais que estão emergindo dos novos mundos também carregam inovações importantes. E algum dia despertaremos descobrindo esta nova verdade emergente. Q
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FINANÇAS Ç S OPINIÃO O
Divergência real John C. Edmunds Doutor em Administração de Empresas pela Universidade de Harvard, professor de Finanças do Babson College de Boston e co-autor de Wealth by Association
O
que começou como uma goteira logo se tornou uma enxurrada. Primeiro, alguns poucos intrépidos investidores compraram pequenas quantidades de bônus brasileiros e ações peruanas. Tinham medo de estar comprando muito cedo, mas os rendimentos prometidos foram mais fortes. Outros investidores logo seguiram seu exemplo, comprando bônus e ações nestes mercados, bem como no Chile e na Colômbia. Em pouco tempo, a onda de compras fez com que o índice do mercado de ações na Argentina subisse 79% entre março e junho. Os investidores locais compraram porque tinham que fazê-lo. Todos os meses as administradoras de fundos de pensão tomam uma fatia do salário dos empregados e devem investi-la de alguma forma. Mas, além disso, estes investidores sabiam que as instituições financeiras em seus próprios países não tinham caído nas mesmas armadilhas de ambição que suas pouco regulamentadas contrapartes nos Estados Unidos. Entendiam, além disso, que os mercados locais haviam sido castigados por pecados cometidos a mil quilômetros de distância. Humilhados, ergueram-se e aproveitaram a oportunidade que outros investidores mais nervosos lhes estavam oferecendo. O mercado se recuperou com força e, ao contrário de oportunidades anteriores, com fundamentos. Alguns descreviam a situação como se hordas de maníaco-depressivos voltassem aos mercados – com seus cheques sem fundos – prontos para comprar naqueles mercados dos quais justamente haviam fugido há poucos meses. Contudo, até agora os investidores puderam distinguir a qualidade do lixo, e também distinguir quais países estão encabeçando a recuperação e quais simplesmente estão sendo empurrados pela corrente. Por exemplo, os preços das ações brasileiras cotadas no mercado de Nova York são uma prova de que os investidores estão sendo seletivos. As ações da Vale subiram 71% em março, enquanto as da Petrobras valorizaram 75% e da Aracruz, 230%. Os investidores recuperaram a confiança nestas empresas e também entenderam que as perdas da Aracruz em derivativos foram aberrações. No mais, as altas têm ocorrido em proporção às baixas experimentadas entre julho e novembro de 2008, de 80%, 80% e 94% respectivamente. As compras trouxeram os preços de volta aos patamares normais, em linha com os futuros prospectos de cada empresa. Quando alguém olha para as moedas da região, fica mais evidente a seletividade dos investidores. O peso colombiano subiu 21% entre março e junho, enquanto o real avançou
158 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
20%. Em contrapartida, o peso argentino perdeu 7,6% de seu valor. Nos piores dias da crise, os países da região não sabiam quanto de suas reservas usar para evitar que as economias caíssem em recessão severa. Agora enfrentam um problema diferente: o quanto permitir o fortalecimento de suas moedas. O real brasileiro agora é a moeda de referência da região. Outro efeito Nos centros financeiros da Europa e Ásia há especialistas poderá ser estudando a economia brasileira. Para alguns há contratações o de as – e demissões – dependendo do acerto de suas previsões. É companhias possível obter enormes ganhos brasileiras ao predizer de forma correta as próximas manobras do Banco aproveitarem Central, e os anúncios das principais empresas brasileiras. para comprar O Brasil está deixando que empresas sua moeda se fortaleça. Quando alcançou a barreira psicoperuanas lógica dos dois reais por dólar, o Banco Central tratou de impedir que se valorizasse mais. Não conseguiu. Dentro de uma semana já havia chegado a 1,92 por dólar. O que devem fazer os outros países? Chile e Peru estão tomando cuidado para que suas moedas se mantenham estáveis, em vez de se fortalecerem, enquanto a Colômbia deixou que o peso subisse. Em contrapartida, a Argentina está deixando que sua moeda perca valor. Estas políticas divergentes criarão oportunidades e alguns de seus efeitos podem ser preocupantes. Um deles é que os brasileiros e colombianos poderão sair de férias à Argentina. Outro efeito poderá ser o de as empresas brasileiras aproveitarem a força de sua moeda para comprar empresas peruanas. Os peruanos já estavam acostumados com os chilenos comprando suas empresas. Agora pode ser que haja leilões abertos por suas empresas em que brasileiros, chilenos e colombianos sejam compradores. Os argentinos já estão acostumados aos estrangeiros comprando suas lojas, vinhedos, casas e empresas. Se as moedas continuarem divergindo, podemos ver uma nova onda de compras, mas desta vez de empresas em outros países. Q
/ JULHO, 2009
CAPITAL ABERTO UMA NOVA MÉTRICA
O CVA surge como uma forma de medir o desempenho de uma carteira de investimentos. Rafael Romero Meza*, Francisco López-Lubián**.
O
ano de 2008 foi desastroso para as bolsas latinoamericanas, com perdas que variaram de 18% no Chile a até 60% no Peru. Mas, como em toda comparação, sempre há quem se destaque. Por exemplo, a petrolífera colombiana Ecopetrol. Embora as ações da companhia tenham caído 0,5%, os dividendos como proporção de sua capitalização inicial foram de 7,78%. Isso resulta em 7,28%, o que parece ser um bom número, mas, são os resultados para o acionista realmente bons? Além de o preço ter caído levemente e apesar dos dividendos, os acionistas tiveram que reinvestir na empresa um montante de cerca de US$ 2,5 bilhões, por meio de um aumento de capital. Outro elemento a ser considerado é que os acionistas esperam como mínimo o pagamento do custo de oportunidade do capital investido na Ecopetrol, o que depende de quão arriscados sejam os projetos da empresa. Então, como medir o verdadeiro desempenho da empresa do ponto de vista do acionista? A resposta é a chamada Criação de Valor ao Acionista. A CVA é medida pelo aumento do valor ao acionista (AVA), ao que resta a capitalização inicial multiplicada pelo custo do patrimônio da empresa. A Ava corresponde aos ganhos ou perdas de capital junto a outros tipos de fluxo
Pouca criação de valor
AVA, CVA e retorno para o acionista entre principais ações da América Latina Fonte: Economática AÇÃO
PAÍS AVA (MM USD) CVA (MM USD)
RA
TENARIS
.ar
-10.989
YPF
.ar
5.056
3.084
32,1%
TELEFÓNICA ARGENTINA
.ar
-905
-1.205
-45,0%
TELECOM
.ar
-2.284
-2.918
-57,3%
SIDERAR
.ar
-1.036
-1.415
-42,2%
PETROBRAS
.br
-204.601
-259.406
-67,5%
VALE
.br
-51.944
-72.117
-46,1%
GERDAU
.br
-4.800
-7.551
-36,1%
TELEFÔNICA BRASIL
.br
706
-607
7,3%
ULTRAPAR
.br
-567
-1.071
-15,6%
COPEC
.cl
-7.674
-9.494
-43,0%
ENERSIS
.cl
745
-218
9,4%
CENCOSUD
.cl
-3.317
-4.223
-52,7%
FALABELLA
.cl
-2.622
-3.641
-29,4%
CSAV
.cl
-708
-898
-59,0%
ECOPETROL
.co
3.496
-2.297
10,7%
ÉXITO
.co
-823
-1.158
-38,4%
ARGOS
.co
-1.130
-1.952
-24,3%
GRUPO NAC. CHOCOLATES
.co
-143
-604
-4,4%
ISA INTERCONEXIÓN ELÉCTRICA
.co
71
-441
2,1%
AMÉRICA MÓVIL
.mx
-27.254
-37.746
-33,6%
CEMEX
.mx
-26.212
-34.702
-53,0%
WALMEX
.mx
876
-1.929
4,0%
FEMSA
.mx
1.235
346
17,7%
TELMEX
.mx
-8.202
-10.474
-29,5%
SOUTHERN COPPER
.pe
-24.306
-29.338
-83,5%
TELEFÓNICA PERÚ
.pe
-483
-707
-24,1%
VOLCÁN
.pe
-1.024
-1.568
-34,4%
ALICORP
.pe
-373
-454
-47,8%
GRUPO GLORIA
.pe
-401
-453
-48,7%
efetivo que a empresa distribui aos acionistas, como dividendos, diminuições de capital, recompra de ações etc., menos os fluxos dos acionistas na empresa, como aumento de capital, conversão de obrigações etc. Baseados neste conceito, podemos calcular uma medida de rentabilidade, a chamada Rentabilidade dos Acionistas
-15.078
-46,3%
(RA), que mede quanto valor foi gerado ao acionista em proporção ao aporte inicial em forma de patrimônio (ou seja, a AVA dividida pela capitalização inicial). Assim, um bom resultado seria um RA positivo superior ao custo de patrimônio, o que é equivalente à CVA positiva. Com dados fechados de 2008, tomamos os seis maiores
mercados acionários da América, e dentro de cada um deles, calculamos o CVA das cinco maiores empresas segundo o Ranking AméricaEconomia das 500 maiores empresas da América Latina. O cálculo de custo de patrimônio para cada empresa e cada país foi efetuado através do modelo CAPM. Apenas duas das trinta empresas analisadas criaram valor para os acionistas em 2008. Estas são a YPF, na Argentina, e a Femsa, no México. Um leitor experimentado poderá ver certa semelhança entre os objetivos de medição do Economic Value Added (EVA) e o CVA. Poderíamos dizer que ambos “são primos-irmãos”. O EVA trata de analisar dados contáveis, e, fazendo os ajustes necessários, o desempenho no manejo de todo o capital, ou seja, qual foi o desempenho para todos os donos da empresa, acionistas e detentores de bônus. A CVA utiliza valores de mercado para medir o desempenho obtido para os acionistas especificamente, não todos os donos. Por isso, quando a pergunta é se uma empresa criou valor para os acionistas, o CVA é o indicador mais preciso para respondê-la. Q
* Centro de Inovação Financiera Escola de Negócios, Universidade Adolfo Ibáñez ** Instituto de Empresa, Espanha
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 159
I-BIZ
Uma nuvem
se aproxima
RODRIGO DÍAZ CARRIZO
A virtualização deverá ser o próximo grande tema de discussão nas empresas. No entanto, ainda existem temores a serem vencidos. Juan Pablo Dalmasso
A
equipe de sistemas da Pemex Perfuração, divisão da estatal Petróleos Mexicanos, enfrentava uma tarefa titânica. Cinco profissionais atendiam 70 especialistas distribuídos 160 AMÉRICAECONOMIA
em 14 centros de operação espalhados por toda a geografia mexicana, incluindo plataforma pelas costas do país afora. Cada centro tinha seu próprio servidor, onde funcionavam 16 aplicativos de softwares especializados (sistemas de perfuração, logística, avaliação geológica, entre outras). Os técnicos perdiam muito tempo viajando entre estes centros
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
para manter atualizadas as soluções nos servidores de cada centro. Além disso, haviam decidido especializar-se em um ou outro aplicativo, o que representava não apenas alto custo operacional, mas lenta capacidade de resposta. Investir em mais recursos humanos seria uma solução. Mas, seguramente, não a mais eficiente. Depois de comparar as opções, a Pemex aceitou adotar o sistema centralizado proposto pela estadunidense Citrix, especializada no gerenciamento de aplicativos, permitindo a atualização e administração dos programas de maneira centralizada. A melhora no bem-estar da equipe de sistemas da Pemex Perfuração foi quase imediata. E, em cinco meses, o uso de servidores foi reduzido em 86%, com a consolidação em dois equipamentos; as viagens passaram a ser quase / JULHO, 2009
desnecessárias e a resposta aos requerimentos, imediata. Além disso, se um centro hoje perde sua infraestrutura, instantaneamente pode ser substituído à distância pelos servidores centrais, evitando o desperdício de tempo. “A tendência é a migração para arquiteturas compartilhadas aproveitadas em escala. É algo que já fazem os usuários domésticos quando usam um aplicativo na internet, mas é um caminho que as empresas só agora experimentam”, afirma Hugo Espinoza, gerente geral da Citrix para a América do Sul, de Santiago do Chile. “E elas não só reduzirão custos. Ganharão agilidade para fazer coisas que hoje não fazem”. É algo de que a chilena Indura, líder em soldas e gases de uso industrial na região, pode dar fé. Em uma apresentação de caso, seu diretor corporativo de informática, Marcelo Diaz, afirmou que depois de adotar um sistema de entrega virtual de softwares, a companhia deixou de precisar de dois meses e duas semanas para abrir cada novo escritório. A prova dos nove aconteceu
quando a Indura adquiriu uma empresa colombiana com 22 escritórios e 350 funcionários conectados, e levou menos de dois meses para entregar a todos eles aplicativos SAP, Microsoft Office e Outlook. Mas, caso a Indura não houvesse se decidido por investir em uns poucos servidores centrais, de onde foram baixados os aplicativos, poderia ter apelado diretamente a grandes companhias fornecedores de “softwares como serviços” (software as a service - SaaS), como a Microsoft, que opera no segmento sob a marca Microsoft Online Services. Algumas companhias latinoamericanas, como o Bancolombia, já fizeram o teste. O Bancolombia, no caso, levou aos servidores da gigante de Redmond seu serviço de correio eletrônico corporativo, batizado Exchange. “O custo de administração do Exchange era de US$ 30 por caixa de correio, por ano. Agora, é de US$ 10”, afirma Luis Daniel Soto, diretor executivo de novas tecnologias para a América Latina da Microsoft. A segunda vantagem dos SaaS é que os programas podem ser executados por qualquer dispositivo com acesso a rede. E se o aplicativo roda remotamente, os dispositivos podem ter poder de processamento e preços menores. A explosão de netbooks, impulsionada por Intel, BlackBerry e Iphone, reflete essa tendência.
A infraestrutura como serviço Não que a arquitetura de virtualização seja propriamente nova. É velho o truque de simular múltiplos computadores aproveitando a capacidade
de cálculo excedente em um equipamento. “O usávamos há 40 anos para solucionar a falta de equipamentos, mas agora usamos para colocar ordem na abundância”, diz José Carlos Duarte, chefe de tecnologia da IBM Brasil. “Desde os anos 1980, os computadores começaram a se multiplicar. As empresas passaram a utilizar um para cada aplicação, o que acabou sendo impossível de administrar, e totalmente ineficiente. Alguns operavam apenas uma vez por mês e desperdiçavam 85% de sua capacidade de processamento”, afirma. Agora, mediante a virtualização, um conjunto de servidores se transforma em uma só máquina virtual que administra e aproveita a capacidade de todos os computadores em rede. Incluindo os PCs de escritório. Os projetos de processamento distribuído, como o World Community Grid, tem permitido que usuários domésticos de internet, baixando um pequeno software, possam emprestar capacidade ociosa de processamento para pesquisas de combate ao câncer e a AIDS, entre outras. Mas, não apenas é possível diminuir a quantidade de equipamentos requeridos, mas também utilizar equipamentos mais baratos, ou transformar definitivamente os investimentos em infraestrutura em custo variável. Empresas com grandes data centers, como a varejista online Amazon, não hesitam em oferecer sua infraestrutura como serviço (infrastructure as a service – IaaS). E o modelo tem sido muito apreciado por companhias como a farmacêutica Ely Lilly, cuja necessidade de processamento aumenta notoriamente cada vez que uma equipe de pesquisa
precisa fazer uma simulação de suas pesquisas. Quando isso acontece, Dave Powers, diretor de tecnologia da empresa, se conecta a rede e ativa um cluster de 100 servidores Linux, provisionado por uma terceira empresa por apenas US$ 10. Uma vez terminado o trabalho, ele novamente pode desativá-los, com um toque na tela de seu Iphone. Há menos de um ano, cada experimentação significava sete a oito semanas de trabalho. E o que vale para processamento, vale também para armazenamento de dados e outras áreas de TI (XaaS, como dizem os especialistas). “Tudo caminha em direção a ‘nuvem’”, afirma Tony Hey, vice-presidente de pesquisas externas da Microsoft Research, referindo-se aos sistemas virtuais de processamento e armazenamento de informações na internet. “Não somente trabalhamos com dados distribuídos em data centers
tão heterogêneas é que tem se tornado um desafio e um campo de batalha para as companhias de tecnologia. Para competir com soluções de código aberto, a Microsoft desenvolveu o Azure, apresentado como “o” sistema operacional da “nuvem”, “a” plataforma de serviços. O PaaS, na sigla em inglês. “Em um primeiro momento, o upload dos aplicativos era feito integralmente, mas agora é possível fazê-lo aproveitando a natureza (distribuída) da rede”, diz Luis Daniel Soto, do escritório da Microsoft em Miami.
Velhos rivais Do lado oposto do ringue, a Dell e o Open Cloud Manifesto, uma aliança formada por AMD, Adobe, IBM, Sun e outras companhias, militam pela utilização de plataformas de código aberto e pelo estabelecimento de padrões comuns ao invés de sistemas proprietários. “É algo necessário para garantir
É a capacidade de processamento desperdiçada por um servidor que não opera de maneira distribuída. próprios cada vez maiores, mas também com ofertas de outras fontes que podem estar em qualquer lugar”, afirma, mostrando o projeto World Wide Telescope, que permite ao usuários viajar virtualmente pelo espaço conhecido, um verdadeiro exemplo de “cloud computing”, já que não apenas processa informações em dois mega data centers, mas também as envia e recebe processadas de fontes diferentes. Não à toa, como gerenciar informações vindas de fontes
a interoperacionalidade das plataformas. O usuário deve se sentir seguro de que poderá mudar de provedor ou recuperar as informações quando lhe convier”, sustentam. Não se trata de um tema de pouca relevância. Apesar de o mercado mundial de serviços do gênero ter sido estimado em US$ 56,3 bilhões para este ano, pela IT Gartner, as empresas são unânimes em afirmar que ainda há muito por ser feito no mercado corporativo em cloud computing. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 161
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eletricidade gerada a partir da energia solar parece refrigerante de uva: seu consumo nunca vai além do período da adolescência. Afinal, existem opções mais atraentes, em preço, disponibilidade e estética. Pelo menos até agora. Comecemos pelo que é aparentemente menos importante. Os painéis de silício que transformam os raios de sol em felicidade por baixarem o preço da conta de energia elétrica. Em primeiro lugar, não nos é permitida tal alegria: o investimento demora muito para ser amortizado, e dói no bolso. Em segundo, é algo que tem menos charme que um cantor de rap afônico. Não parecem robôs japoneses dos tempos do cinema preto-e-branco, como as torres de alta tensão, nem serpentes de um reino “harrypotteriano”, como os gasodutos. Basicamente, são como mesas de ping-pong inclinadas, sobre as quais nem mesmo é possível jogar. Pelo menos até agora. Em várias partes do mundo começam a ser desenvolvidas células fotovoltaicas (nas quais ocorre o processo de transformação da luz em eletricidade) flexíveis. Entre elas estão as dye-sensitized solar cell (DSSc, DSC ou DYS), ou células solares sensibilizadas por corantes. Um dos modelos mais interessantes deste tipo de células solares é o que foi criado pelo Fraunhofer Institute for Solar Energy Systems, na Alemanha, feito à base de uma tinta com nanopartículas de metal diluídas. Trata-se, na verdade, de uma membrana semitransparente, sobre a qual podem ser impressas imagens, e que pode ser usada sobre fachadas, muros e janelas. Mas as primeiras “Grätzel cells” (batizadas assim por seu inventor, Michael Grätzel, que as criou em 1991) possuíam dois defeitos: transformavam apenas 4% dos raios solares em energia e tinham curta vida útil.
Felizmente, Michael Grätzel, que agora trabalha com uma equipe de cientistas chineses, conseguiu no final do ano passado aumentar o rendimento de suas células solares para 10% e a vida útil, para mil horas, com 90% da eficiência original. Não é muito. Oitenta e três dias de 12 horas. Mas há boas notícias: elas têm um custo de produção muito baixo; as fábricas requerem baixos investimentos e a relação que oferecem em termos de kWh/m2/ano/dólares investidos está muito próxima do que nos EUA se convencionou chamar de grid parity. Ou seja, seu preço de inserção em uma rede de distribuição de eletricidade é muito próximo do de fontes de geração a partir de combustíveis fósseis. Se tudo até aqui parece tão positivo, onde está o consequente entusiasmo com a novidade? Bem debaixo de nossos olhos: em junho, as ações da empresa chinesa LDK Solar subiram 21% em apenas um dia, depois que o governo chinês anunciou que até 2020 o país tentará obter 20% da energia que consome de fontes renováveis. E este não é um caso isolado. O Claymore/ MAC Global Solar Energy Índex ETF, que acompanha as cotações de 25 empresas fabricantes de painéis solares e insumos, também deu um salto quando o petróleo voltou a superar a barreira dos US$ 70 por barril. Em linha com tudo isso, no dia 11 de junho passado, o departamento de energia dos Estados Unidos anunciou que destinará US$ 467 milhões em subsídios para o desenvolvimento, lançamento e apoio à comercialização de projetos de energia solar e termal. Quase simultaneamente, pesquisadores do Fraunhofer Institute for Solar Energy Systems anunciaram que, com uma terceira nova tecnologia, conseguiram bater o recorde europeu de eficiência na conversão de luz em eletricidade: 41,1%. A energia solar, de fato, dormia a siesta. Até agora. Mas não mais. Q
JULHO, 2009 / AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA 165
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NEGÓCIO FECHADO >> BRASKEM Começará na Bahia a construção de uma nova planta de processo petroquímico, um projeto conjunto entre a Braskem e a empresa estatal peruana Pequiven. O custo da planta está estimado em US$ 1 bilhão, embora ainda não tenham sido informados detalhes sobre seu financiamento.
ALSTOM: NOVO CONTRATO NO EQUADOR
BRASPAG A empresa de capital de risco Ideiasnet vendeu ao Grupo Silvio Santos a Braspag, empresa de pagamentos e processos de operações eletrônicas. A transação, que marca a primeira venda do portfólio da Ideiasnet, foi avaliada em US$ 12 milhões. O benefício para a companhia: 26,2 vezes o valor investido. >>
ACTINVER Por montante não revelado, o Grupo Actinver SA, conglomerado mexicano de serviços financeiros, adquiriu a empresa de administração de ativos Prudential Financial Inc. O acordo inclui um banco e uma sociedade de investimento com mais de US$ 4,75 bilhões em ativos administrados e mais de 200 mil novos clientes. >>
AIG A companhia de seguros AIG – que foi transformada em emblema da crise – anunciou a venda de 100% de suas operações financeiras de consumo na Argentina. O Banco de Galícia e o Buenos Aires SA, um grupo de investimentos coordenado pelo Grupo Pegasus, serão os novos proprietários da Companhia Financeira Argentina, Cobranças e Serviços e da AIG Universal Processing Center. >>
comprometendo um total de 36.402 hectares com licenças de exploração ou solicitações de licenças que se encontram em andamento. Adicionalmente, a Talon obteve direitos de exploração para o projeto de Jurena Gold no estado do Mato Grosso. BANCOSAL A empresa de giro e envio de remessas Nexxo Financial Corporation anunciou que adquiriu recentemente o BancoSal, entidade dependente do Banco Salvadorenho - HSBC Salvador, que atua no mesmo setor e está presente em Los Angeles, San Franscisco e Houston. >>
BANORTE O grupo mexicano Banorte anunciou a compra da divisão de fundos e pensões do Ixe Grupo Financeiro por um montante não divulgado. Com essa >>
BANCOR A canadense Talon Metals firmou um acordo com a Kmine Holdings para a aquisição da Bancor Mineração, filial brasileira da Kmine. A Bancor possui oito áreas nos Estados de Sergipe e Alagoas,
operação, o Banorte, o quarto maior banco do México, controlará 312.489 contas de pensão, com um total de US$ 399 milhões sob administração. BBVA O banco BBVA e a seguradora Mapfre, ambos da Espanha, reforçaram sua aliança de distribuição para a América Latina. Sob o novo pacto, o BBVA poderá comercializar os produtos da Mapfre nas 3,8 mil sucursais que possui na região. >>
BRADESCO O Bradesco confirmou a aquisição do Banco Ibi, braço financeiro da companhia varejista C&A. A transação custou US$ 720 milhões ao Bradesco. O banco pagará com ações equivalentes a 1,6% de seu capital. Em 2008, o Ibi registrou receita de US$ 4,9 bilhões. >>
CFE A mexicana Comisión Federal de Electricidad assinou contrato para a construção de duas plantas de geração eólica por US$ 393,6 milhões. O primeiro contrato é para uma central de 101 MW em Oaxaca, e beneficia o consórcio local Energías Ambientales de Oaxaca. Já o segundo será para a construção de La Venta 3, uma planta de 202 MW, que será realizada com a espanhola Iberdrola Renovables. >>
CODELCO A estatal chilena Codelco e a empresa mineira anglo-australiana Rio Tinto assinaram um acordo de exploração conjunta sobre a propriedade de Pasaca, localizada no Norte do Chile. É a quarta vez que as empresas colaboram neste tipo de negócio. >>
>>
>> ALSTOM MW é a capacidade do projeto hidroelétrico de Ocana, que receberá equipamentos prduzidos através do contrato entre a Alstom e a equatoriana Empresa Generadora del Austro, avaliado em US$ 12,6 milhões.
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AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ AMÉRICAECONOMIA 167
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NEGÓCIO FECHADO CVC O gnorte-americano Carlyle Group comprará uma participação majoritária na principal agência de viagens brasileira, a CVC, por US$ 394 milhões. O acordo contempla a compra de 63% da CVC, enquanto o resto permanecerá nas mãos do atual dono, Guilherme Paulus. >>
ECOPETROL Mediante a assinatura de um contrato com 11 bancos, a estatal colombiana Ecopetrol obteve crédito com prazo de sete anos. A operação alcançou um montante superior a US$ 1 bilhão e será destinado a financiar seu plano de investimentos. A Ecopetrol tem crescido no setor petrolífero colombiano, e a prova disso é a compra de 51% de participação da Glencore International na refinaria Cartagena por US$ 549 milhões. A Glencore havia ficado sem financiamento para a ampliação da refinaria, avaliada em US$ 3 bilhões. >>
FUNAI A japonesa Funai estabeleceu uma >>
CEMEX milhão de dólares é o preço aproximado pago pela suíça m HHolcim Group pelas operações da Cemex na Austrália. Os ativos são ccompostos de 249 fábricas de concreto, 83 pedreiras e 16 plantas pprodutoras de tubos de concreto, bem como 25% de participação na Cement Austrália. >> >
unidade na Cidade do México para a aquisição das operações locais de venda de LCD à holandesa Philips. A operação permite concretizar um acordo firmado no ano passado para outorgar o direito de comercializar a marca Philips na América do Norte. A Funai espera gerar vendas de US$ 70 milhões. GAFISA A imobiliária brasileira Gafisa confirmou que planeja uma venda de ações através de um IPO. Segundo a empresa, seu plano é obter entre US$ 300 milhões e US$ 350 milhões e também contempla uma colocação no mercado dos EUA através de ADRs. A operação ainda não foi aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários. >>
GARDA SECURITY A Andrews Internacional chegou a um acordo para a compra das operações da Garda World Security nos Estados Unidos e México. O compromisso inclui as divisões de segurança uniformizada, proteção de ativos e as operações de consultoria e pesquisa.
GRUPO CARSO O conglomerado controlador das empresas do magnata mexicano Carlos Slim, o Grupo Carso, vendeu à Elementia seus negócios de cobre e alumínio agrupados nas Indústrias Nacobre. A transação foi paga em ações, e o grupo agora participará de 49% do capital social da Elementia.
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GENOMMA A companhia farmacêutica e de produtos para o cuidado pessoal mexicana Genomma Lab anunciou o pagamento de US$ 3,1 milhões pela propriedade da marca Jockey Club, de produtos para homens. Adicionalmente, a Genomma adquiriu as marcas Flor de Laranja Sanborns, Henna Egípcia e Teatrical.
HOCOL A filial colombiana da empresa francesa Maurel & Prom, a Hocol Petroleum, passou a ser propriedade da Ecopetrol após o pagamento de US$ 742 milhões (pouco menos do que os US$ 748 milhões anunciados em março). Deste modo, a Ecopetrol agora controla todos os ativos de produção e desenvolvimento da companhia, cuja produção, estimada em 22 mil barris diários para 2009, será somada aos 458 mil barris por dia alcançados pela Ecopetrol no primeiro trimestre.
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HUHTAMAKI OYJ Sob um acordo de pagamento composto de US$ 32,3 milhões à vista, uma parcela de US$ 8,8 milhões em 31 de maio de 2010 e o compromisso de assumir uma dívida de US$ 1,9 milhão, a Bemis adquiriu as operações sulamericanas da Huhtamaki Oyj, fabricante global de pacotes de plástico. O acordo inclui três fábricas no Brasil e uma na Argentina. >>
JBS A JBS Friboi adquiriu a fábrica que arrendava em Teófilo Otoni, em Minas Gerais, por US$ 8,3 milhões, >>
LORENZO ZAMBRANO, DA CEMEX: ATIVOS A MENOS
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AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ AMÉRICAECONOMIA 169
NEGÓCIO FECHADO financiar o pagamento da dívida e dos gastos de marketing de sua recém-desenvolvida vacina contra hay fever. Mediante o acordo, a Recalcine investirá cerca de US$ 20 milhões, adquirindo mais de 100 milhões de ações da Allergy.
PETROBRAS: ENCOMENDAS À GE
>> REFINARIA DEL PACÍFICO No próximo ano começará a construção da Refinaria del Pacífico, um projeto conjunto entre as estatais Petroecuador e a PDVSA na província equatoriana de Manavi. Segundo o próprio presidente do Equador, Rafael Correa, a construção da refinaria terá um custo de US$ 10 bilhões. A planta processará 300 mil barris de petróleo por dia quando for completada em 2013.
SANTANDER A decisão do presidente venezuelano Hugo Chávez de nacionalizar a operação local do Banco Santander foi cumprida após o pagamento de US$ 1,05 bilhão pelos ativos do banco espanhol em território venezuelano. >>
segundo informaram fontes locais. A planta, localizada a 450 km de Belo Horizonte, tem capacidade para operar 750 cabeças de gado ao dia. LÍDER AVIAÇÃO A norte-americana Bristow Group adquiriu 42% da Líder Aviação, o maior provedor de serviços de aviação e helicópteros do Brasil. A Líder Aviação conta com 46 helicópteros a serviço da indústria de petróleo e gás no País. Em 2008 a empresa registrou um faturamento de US$ 305 milhões. A operação foi avaliada em US$ 174 milhões. >>
como China e Europa. PÃO DE AÇÚCAR O Pão de Açúcar tornou-se líder de varejo no Brasil após a compra do rival Ponto Frio por US$ 426 milhões, equivalente a 70,24% do capital total da companhia, que será pago com ações do grupo. Segundo o Pão de Açúcar, a aquisição aponta ao crescimento no setor de eletroeletrônicos. >>
PETROMACAREO Recentemente o governo venezue>>
MOLINO CAÑUELAS A processadora de alimentos argentina Molino Cañuelas fechou um acordo com a Marubeni para cooperar na produção de grãos e oleaginosas. A finalidade do compromisso é fornecer de maneira competitiva ao Japão e aumentar a presença em outros mercados onde a demanda cresce rapidamente,
lano autorizou a formação de uma joint-venture entre uma filial da PDVSA e a PetroVietnam. A empresa, chamada PetroMacareo, se dedicará à exploração e extração em território venezuelano. A estatal venezuelana terá 60% da propriedade na nova empresa, que concentrará suas operações no bloco Junin-2 na faixa do Orinoco. RECALCINE A empresa de biotecnologia Allergy Therapeutics anunciou um acordo com a Azure Ventures, ligada ao grupo chileno Recalcine, para >>
SQM A empresa indiana Coromandel Fertilisers fechou um acordo com a Soquimich Europa, filial da companhia chilena SQM, para produzir fertilizantes hidrossolúveis na Índia. Pelo acordo entre as duas empresas, a Coromandel investirá US$ 2,2 milhões em uma usina localizada em Kakinada, no Estado de Andhra Pradesh, no sul do país. >>
>>
>> PETROBRAS milhões de dólares é o valor do acordo da Petrobras com a divisão de gás e petróleo da GE para a venda de equipamentos para suas operações offshore. Serão 250 unidades de sistemas submarinos VetcoGray, da GE Oil & Gas, em três anos.
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AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ AMÉRICAECONOMIA 171
ESPECIAL AUTOMÓVEIS DE LUXO
Troca de
marcha
Fabricantes de veículos de luxo apostam em uma rápida recuperação das economias latino-americanas Antonio María Delgado / Miami
172 AMÉRICAECONOMIA
AS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA
/ JULHO, 2009
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ode ser que tenham tirado o pé do acelerador em momentos nos quais as economias latino-americanas dão sinais de sair da inércia. Mas os grandes fabricantes de automóveis de luxo não estão dispostos a pisar no freio. Pelo contrário, as alemãs Porsche, Audi e BMW veem a atual conjuntura como uma breve pausa na condução do negócio. Os últimos anos têm sido muito bons para as operações destas companhias na América Latina, o que lhes permitiu posicionar suas marcas dentro do
CAÍRAM AS VENDAS DE AUDI NA REGIÃO ATÉ ABRIL
AUDI A4
nicho de mercado mais seleto. Embora a crise impacte suas vendas, as companhias não perderam de vista o grande potencial de crescimento que a região promete. “A corrida já começou”, diz Juergen Deforth, gerente-geral da Audi para a América Latina, em referência ao renovado enfoque que as empresas deste segmento do mercado estão dando à região. “Estamos todos muito interessados na América Latina, porque sabemos do grande potencial que existe aqui.” Esse potencial ficou em evidência nos anos anteriores à crise, durante os quais o forte crescimento das economias da região ampliou a classe executiva, criando uma grande oportunidade para as empresas
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ESPECIAL AUTOMÓVEIS DE LUXO
dedicadas a satisfazer o apetite pelo luxo e conforto das classes emergentes. Apetite que efetivamente diminuiu recentemente, mas que as companhias estimam que voltará robusto em questão de meses. Os analistas concordam que esse segmento terá uma rápida recuperação. “O mercado de carros de luxo, especialmente na América Latina, tem se mostrado muito mais
BMW MINII estável que outros da indústria. Isso se deve ao fato de estar voltado a um segmento que tem dinheiro para comprar e, se não o está fazendo agora por prudência, voltará a fazê-lo quando volte a normalidade” diz Pascual Francisco, analista da IHS Global Insight. No caso da Audi, a empresa espera tomar a dianteira do circuito latino-americano em pouco tempo, com a introdução de novos modelos. “Estamos trabalhando ativamente para ampliar nossa oferta aos clien-
tes, o que tem sido uma boa estratégia”, diz Deforth. De fato, o lançamento de novos modelos tem funcionado muito bem para a companhia durante os últimos meses de volatilidade, ajudando-lhe a proteger suas margens de vendas. Nos primeiros quatro meses do ano, a empresa tinha registrado uma redução de 10% nas vendas, cifra significativa mas inferior às quedas registradas por alguns de seus rivais na região. Essa queda exclui o impacto
do fechamento do mercado na Venezuela, país que, em meados de 2008, bloqueou a importação de automóveis de luxo, afetando todas as marcas. Deforth diz que grande parte do atrativo da proposta da Audi, cujos modelos mais vendidos são o A3 Sportback, o sedã A4 e o A6, é o conceito do design, que busca maximizar o conforto e o luxo dos veículos para realçar a experiência de conduzi-los. Mas a marca também conta com uma nova
geração de motores que ajudam a reduzir as preocupações sobre o impacto no meio ambiente. “Demos a nossos veículos novos motores que oferecem um rendimento muito melhor, mas que consomem menos combustível”. E, quando se trata de motores, impossível ignorar a oferta da Porsche. A montadora alemã começou a complementar sua frota de esportivos com carros desenhados para mais de duas pessoas. Thomas Staertzel, presidente da Porsche Latin
PORSCHE CAYMAN
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America, afirma que – aproveitando o sucesso da introdução de seu utilitário (SUV) Cayenne, seu automóvel mais vendido em todo o mundo –, agora está prestes a colocar no mercado seu próprio sedan que deve competir diretamente com modelos que a Audi, BMW e Mercedes Benz têm no mercado. “Estamos seguros de que o Panamera terá o mesmo sucesso do Cayenne, que silenciará todos aqueles que questionam a capacidade da Porsche de construir um sedan de luxo, da mesma forma que o Cayenne extinguiu as dúvidas de que a Porsche pudesse construir um SUV”, afirma. A força deste veículo é que, como o Cayenne, oferece ao condutor a mesma sensação de dirigir seus modelos esportivos. A fórmula parece dar bons resultados, a julgar pelo acelerado crescimento das vendas na região. “Tem sido um crescimento exponencial.
as projeções da companhia, e a previsão para ra este ano contempla vendas as abaixo de 2 mil unidades. Mas Staertzel acredita que a diminuição será momentânea ea e que os volumes de venda estarão, em 2010, no mesmo esmo patamar alcançado ado em 2008. E embora bora seja significativo, o, o impacto nas vendas das
AUDI A3 HB dos fabricantes de veículos de luxo é inferior ao registrado no mercado todo. “Estamos operando em um nicho muito resistente”, diz. “Atendemos pessoas que são altamente bem-sucedidas, com visão, que viajam por todo o mundo, que conhecem bem as diferentes marcas mundiais, e que recompensam a eles mesmos por seu árduo trabalho adquirindo um Porsche. E pode ser que esta gente perca
compete é muito resistente, particularmente na América Latina, região que até agora tem tido melhor atuação que outros mercados. Ele destaca, inclusive, seus resultados no México, o país mais afetado pela crise. O México é responsável por 40% das vendas totais da BMW na América Latina, ao passo que a marca corresponde a 30% das vendas totais do segmento de automó-
transição”, afirma Dressler. “Esperamos uma melhora a partir do próximo ano”. Entre os pontos fortes da operação da BMW na região está o peso de sua marca, sua extensa rede de serviços e a alta qualidade de veículos como o BMW 3 Series, o BMW 7 Series, e o roadster Z4. Mas, no México, a empresa também está se beneficiando do sucesso de produtos que estão ligeiram ligeiramente fora de linha, como o compacto co de luxo
AUIDI A4 CABRIOLET
Hoje vendemos dez vezes mais do que quando abrimos nossa sede em Miami para atender a região. A empresa passou de 260 veículos vendidos em 2000 aos 2,7 mil veículos em 2008”, diz Staertzel. A crise está pesando sobre
dinheiro na bolsa, mas ainda tem recursos para obter o que deseja”, diz o executivo da montadora alemã. Gerd Dressler, diretor geral da BMW Group México, concorda que o nicho de mercado no qual sua companhia
veis de luxo no país. A empresa não ficou de fora da desaceleração da economia mundial, mas ainda assim conseguiu manter sua participação no mercado equilibrada. “O ambiente é adverso, mas vemos 2008 como um ano de
Mini e as motos que levam sua marca. “A BMW usará toda a sua força no desenvolvimento de novos produtos”, diz Dressler. “Somos uma empresa focada em inovação e estamos constantemente pensando no futuro”. Q
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VISÕES PILHAR A SORTE PESQUISADOR DEMONSTRA QUE O SUCESSO CONTINUA SENDO MAIS EFEITO DA SORTE E DE VANTAGENS ARBITRÁRIAS DO QUE ESTRITAMENTE DO ESFORÇO E DO MÉRITO
“
Estamos tão seduzidos pelos mitos do melhor e mais brilhante e do self made man que achamos que as pessoas fora de série brotam da terra tão naturalmente como os mananciais. Olhamos Bill Gates e nos maravilhamos de viver em um mundo que dá a um garoto de 13 anos a chave para se transformar em um empresário fabulosamente bemsucedido. Mas essa é uma lição errada.” Então, qual é a lição correta? Malcolm Gladwell dedica as 312 páginas de argumentos e pesquisas de Fora de Série - Outliers a estabelecer as bases para conformá-la. Em tal percurso, explora o mundo dos jogadores de hóquei sobre gelo; a vida quase desconhecida dos Beatles em Hamburgo, antes da fama; a adolescência de Bill Joy, criador da Sun Microsystems; as décadas de menosprezo na vida de advogados como Joe Flor antes de se tornar um dos master of the universe das fusões e aquisições; entre outras várias histórias fascinantes. Lamentavelmente, em vez de revisar essa progressão, parte da crítica ao último trabalho do autor, que se tornou famoso com o livro The Tipping Point, fixou-se em apenas um capítulo, o número dois: “A regra das 10 mil horas”. Nele, Gladwell estabelece a regra empírica que diz que, em se tratando de Mozart ou Cristiano Ronaldo, de Obama ou desse carpinteiro que nos parece um gênio, todos levaram 10 mil horas, de aprendizagem e trabalho, antes de triunfar. Tomou-se a “regra”, de certo parcialmente descumprida em diversos contextos, como um pretexto contra o talento e, inclusive, a meritocracia (sua explicação da tese de Barry Schwartz sobre por que instituições de elite como Harvard deveriam sortear vagas entre os milhares de seus já destacados aspirantes, sobre a base do modelo de que “já são suficiente-
Stefano Stoppani
Diretor geral no México e diretor regional para América Latina CRIF México
Estou lendo Mussolini de Pierre Milza, para compreender como uma sociedade moderna, com suas condições culturais e socioeconômicas, chegou a criar um monstro e levá-lo ao poder extremo, entregando-lhe o poder total em troca de ordem social. E, dessa forma, aceitou descer, pouco a pouco, ao inferno.
Cristián Argüello
Country manager Cognizant Argentina
O poder do agora, de Eckhart Tolle, trata da problemática universal da felicidade. O autor mostra, numa linguagem simples e clara, que é possível liberar-se do sofrimento, da ansiedade e da neurose da vida diária a partir de uma mudança interna.
O que leem
Paulo Kalapis
Diretor de Mercadotecnia para Argentina SUN MICROSYSTEMS México
Leio Anjos e demônios, de Dan Brown. Estou gostando porque a genialidade e a inteligênciamestre deste autor nos aprisionam em cada página do livro. Pode-se imaginar cada uma delas e vivê-la perfeitamente.
mente inteligentes”, é poderosa). Mas não se trata de nada disso. Fora de Série - Outliers é mais do que um argumento ingênuo a favor do trabalho duro. É uma Fora de Série - Outliers denúncia contra três Malcolm Gladwell coisas: o desperSextante dício obsceno que R$ 29 fazemos do talento, a aceitação da casualidade como guardiã fronteiriça entre uma vida aproveitada e outra apenas sobrevivida, e – não menos importante – o autoengano de que não podemos fazer nada drasticamente significativo, não ligado ao dinheiro, para promover vidas mais plenas. E, sim, podemos. Porque, alega, trata-se de promover “uma oportunidade”. Na realidade, milhões dessas “oportunidades” que, para nós, os favorecidos do mundo, nos mudaram a vida para melhor. Essa é a lição certa? “Em 1968 havia apenas um menino de 13 anos ao qual nosso mundo permitiu o acesso ilimitado a um terminal (de computadores mainframe) de tempo compartilhado. Se 1 milhão de adolescentes tivessem tido a mesma oportunidade, quantas Microsoft teríamos hoje? Para construir um mundo melhor, é preciso substituir o padrão do acaso e as vantagens arbitrárias que hoje determinam o sucesso por uma sociedade que ofereça oportunidades para todos”, diz Gladwell. Rodrigo Lara Serrano
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LINHA DIRETA [BUENOS AIRES]
CHURRASCO PARA EMAGRECER
AFP
J
ared Waxman foi direto ao ponto: “Por que as argentinas são magras se comem tanta carne?” A pergunta expressava uma surpresa genuína. Especialmente vindo de um biólogo norte-americano que dava uma volta ao mundo e tinha decidido ficar alguns meses na Argentina, melhorando seu espanhol. E feliz. – É que as argentinas fazem a dieta do dr. Atkins sem sabê-lo, respondi, em referência ao “bife com salada” que costumo ver senhoritas magras como uma garça engolirem satisfeitas em restaurantes deixando os pães intactos. Situação, aliás, inverossímil em países como Equador, Chile ou Venezuela. – Não, não – dizia Jared, sem dar o braço a torcer. Elas também comem espaguete. Deve ser genético. Mas não é. Em seu livro Estratégias de consumo: o que comem os argentinos que comem, a antropóloga Patricia Aguirre garante que no Rio da Prata estabeleceram-se três modelos de corpos, valores dos alimentos e formas de comê-los. Os pobres operam sob a linha de “corpos fortes, alimentos que rendem, comensalidade coletiva”. Ou seja, querem a comida que enche, que dá energia e que, ao ser comida, reafirme os laços do grupo amplo. Já as classes médias valorizam “corpos lindos, alimentos ricos, comensalidade familiar”; enquanto os grupos de alta renda organizam-se em torno de “corpos saudáveis, alimentos light, comensalidade individual”. Indo além desses indicadores gerais, com exceções chamativas no contexto latino-americano – como o fato de que os argentinos de baixa renda consumirem mais carne de vaca que seus equivalentes em qualquer parte do mundo –, Patricia identificou algo notável: que entre 1960 e 2000 os grupos sociais da base da pirâmide reduziram drasticamente a variedade de alimentos que consomem. Não necessariamente a quantidade de marcas, mas de alimentos. E que na conversão da alimentação em uma indústria sofisticada e multinacional, vários produtos desapareceram. Basta lembrar as geleias e os escabeches das avós para descobrir que nem elas, nem seus 178 AMÉRICAECONOMIA
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ingredientes, estão em nenhum supermercado comum. E muito menos nos mais populares. Em contrapartida, agora muitos alimentos diferentes contêm os mesmos produtos. Só para mencionar dois deles: o xarope de milho de alta frutose e o óleo de soja. Um calórico e o outro, gorduroso. O efeito “perda de variedade” não é notado porque agora há uma maior quantidade de comida disponível e as pessoas comem mais do que antes em países como Chile, Brasil e México. E por isso há mais gordos. Trata-se de uma gordura menos de pobre do que a de pobreza em variedade. O México é um exemplo extraordinário disso. À medida que seus padrões de consumo mudaram, os gordos floresceram como nunca. Trinta por cento da população do país sofre de obesidade aguda. Ou seja, têm tantos quilos extras que seu organismo já funciona de forma diferente. Estamos falando de mais de 33 milhões de pessoas, em 111 milhões. Se não se promover nenhuma mudança, as sequelas da gordura extrema se transformarão no principal problema sanitário do país. A Argentina, com seus 19,7% de pessoas obesas, vive uma situação menos dramática que a mexicana (sexta do mundo em gordos), mas ainda assim tem outros 24,8% de pessoas com sobrepeso. Uma pesquisa encomendada há dois anos pelo Instituto Nacional Contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi) revelou que, depois dos pobres, o grupo mais discriminado do país são os gordos (67%). E em junho deste ano a tal luta contra essa discriminação começou. Como? A cidade de Buenos Aires estabeleceu uma norma que obriga todos os cinemas, teatros, estádios, salas de eventos e exposições a instalar ao menos dois assentos com medidas especiais: largura de 80 centímetros e profundidade mínima de 70 centímetros. Ou seja, 30 centímetros a mais do que a média. Imagino que Jared preferiria que os puséssemos em dieta com churrasco, e nada mais. Rodrigo Lara Serrano / JULHO, 2009
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