Nº 389 Edição Brasil

Page 1

BRASIL

www.americaeconomiabrasil.com.br

Nº 389 JUL./2010 R$ 8,90

Petrobras lidera o ranking e é a maior da AL

Companhias brasileiras e multinacionais com operações no país são destaque e dominam quase metade do estudo




www.correios.com.br


A gente entrega onde você estiver. SEDEX é o único que cobre mais de 5.000 municípios em todo o Brasil e ainda retira a encomenda na sua casa ou empresa.




nesta edição Seções 10 11 12 12 16 18 22 36 162

Portal Carta ao Leitor Cartas Índice de Empresas Pistas Negócio Fechado Movimentos Opinião – John C. Edmunds Linha Direta

Finanças

Debates

28

Bric/China País aumenta sua influência

41

32

FMI A cara nova do Fundo

1 DOMINIQUE STRAUSS-KAHN: DIRETOR-GERENTE DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

ESPECIAL 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA

2

8 AméricaEconomia Julho, 2010

Fotos: 1 - IMF/Humberto Pradera; 2 - Agência Petrobras

Petrobras: pela primeira vez em 20 anos de ranking, uma brasileira lidera


A Maior e Mais Importante Concentração de CIOs e Executivos Seniores de TI do Brasil 14 - 16 de Setembro de 2010 Sheraton São Paulo WTC Hotel - Brasil

Inscreva-se até 23/07 e aproveite o desconto especial de R$ 500,00

www.gartner.com/br/symposium

A Conferência de Tecnologia mais estratégica para executivos seniores de tecnologia e negócios. O Gartner trará para você as principais autoridades do mundo em tecnologia.

Uma equipe de 21 Analistas Internacionais do Gartner incluindo: - Donald Feinberg - Janelle Hill - Kristin Moyer

Vertentes organizadas de acordo com as Áreas de Tecnologia Suas Prioridades. Seu Simpósio.

Patrocinadores Platinum

Cada vertente foi criada para lidar com as prioridades e desafios que você enfrenta. A organização do conteúdo por áreas de tecnologia durante o Gartner SYMPOSIUM ITXPO no Brasil incluirá sessões objetivas e as oportunidades de networking que você necessita para transformar as estratégias de TI de sua empresa.

Patrocinadores Gold

Patrocinadores Silver

Expositor

Apoio Acadêmico

Aplicativos Gestão da informação e inteligência de negócios Gestão dos processos de negócios Arquitetura empresarial

Patrocinadores de Mídia

Infraestrutura e operações Gestão dos riscos e segurança

Inscrições: brasil@gartner-la-events.com Tel.: (11) 3074-9724 / 3073-0625 - Informe o código: BRA-AE Patrocínio: Vânia Moralez, tel.: (11) 3043-7522 - vania.moralez@gartner.com

Sourcing e relacionamento com fornecedores E mais: CIO Program


portal

www.americaeconomiabrasil.com.br

Linha de frente Brasil, Colômbia, México e Chile lideram a lista de países que mais gastam em compras militares na América Latina. Pesquisa anual do Instituto Internacional de Estudos para a Paz, de Estocolmo, Suíça, indica que, em 2009, o Brasil destinou US$ 26 bilhões para este fim, um aumento de 16% em relação a 2008.

Em segundo lugar está a Colômbia, com US$ 10 bilhões, um gasto 11% maior que no ano anterior. O México vem em terceiro lugar, com US$ 5,49 bilhões e investimentos focados, sobretudo, na luta contra o narcotráfico. Já o Chile investiu US$ 5 bilhões, uma redução de 5% em relação a 2008.

Siga o site da AméricaEconomia no Twitter: twitter.com/AEBrasil

EDIÇÃO: AINÁ VIETRO (AVIETRO@AMERICAECONOMIA.COM)

Movimento milionário Os milionários estão dando as caras na movimentação da economia mundial. Um estudo sobre a geração global de riqueza, divulgado pelo Boston Consulting Group (BCG), mostrou um aumento de 3% na participação de famílias com patrimônio superior a US$ 1 milhão na circulação econômica, saindo de 41% em 2008 para 44% em 2009. No mundo, há quase 11,2 milhões de famílias com patrimônio acima de US$ 1 milhão, segundo o BCG. O Brasil aparece em 17o lugar entre os países que mais concentram milionários. A análise envolveu 62 países, que respondem por 98% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Conforme a pesquisa, essas famílias abonadas concentram 55% da riqueza mundial. 10 AméricaEconomia Julho, 2010

Nas grandes ligas A possibilidade de Lula ser indicado a secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas) quando deixar a Presidência do Brasil, no fim do ano, tem gerado polêmica em vários países. Em artigo exclusivo para AméricaEconomia, Rodrigo Álvarez, pesquisador associado da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), em Santiago, indica os desafios que o brasileiro enfrentaria, caso essa possibilidade se concretizasse, para criar uma agenda clara e garantir mudanças reais e substantivas na organização.

Celular no bolso Brasileiro só quer saber de comprar celular. O crescimento das vendas foi tanto que os fabricantes deixaram de exportar para não desabastecer o mercado interno. As empresas estimam um crescimento de 30% nas vendas no primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2009. Parte desse resultado é uma recuperação do mercado, já que, no ano passado, as vendas caíram 4% frente a 2008, com 46 milhões de unidades comercializadas. A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica estima que o país fechará 2010 com venda de 50 milhões de aparelhos, um crescimento de 9%.

Foto: Hector Guerrero (AFP)

LEIA NO PORTAL


carta ao leitor

Cifras em verde e amarelo BRASIL www.americaeconomiabrasil.com.br

C

aro leitor, no momento em que escrevo este editorial, a Copa do Mundo toma conta dos noticiários e é tema principal das conversas dos

brasileiros. Ainda não sabemos qual será o desfecho do mundial para nossa PUBLISHER José Roberto Maluf CONTEÚDO Diretora de Redação: Tatiana Engelbrecht Editora Executiva: Solange Monteiro Diretora de Arte/Projeto Gráfico: Janaína Diniz Repórter: Graziele Dal-Bó Editora do Site: Ainá Vietro Revisão: Assertiva Produções Editoriais Produção Gráfica: Eduardo Keppler Infografia: Anna Luiza Aragão Colaboradores: Andre Carvalho (assistente de arte) e Gisele Turteltaub (redação)

seleção. Continuamos torcendo a cada jogo para que a equipe de Dunga volte da África do Sul com a taça em punho. Ao fechamento desta edição, estávamos prestes a enfrentar a temida Holanda. Mas a revista tem de seguir seu curso e entrar em gráfica. Se, por um lado, ainda não podemos comemorar a vitória da seleção, a 20ª edição do ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina traz motivos de sobra para o Brasil celebrar. Vamos a eles. Pela primeira vez na história desse estudo exclusivo, elaborado pela

COMERCIALIZAÇÃO Diretor Executivo: Eduardo Colturato Executivos de Contas: Nagibe José Adaime – nagibe@springcom.com.br Rogério Ferreira – rogerio@springcom.com.br

AméricaEconomía Intelligence, uma empresa brasileira assume a primeira

MARKETING Marcia Leonardi, Elisangela Silva e Rafael Borsanelli

laureada como a maior empresa da América Latina, desbancando gigan-

ADMINISTRATIVO/FINANCEIRO Gerente Financeiro: Edison Arduino PROJETOS ESPECIAIS Kiko Mazziotti CIRCULAÇÃO Gabriela Beraldo

posição. Com desempenho invejável, que a coloca na liderança disparada do ranking quando o assunto é lucro e volume de vendas, a Petrobras é tes que há muito se revezavam na dianteira da pesquisa: a petrolífera venezuelana PDVSA e a mexicana Pemex. Neste ranking, que considera os resultados de 2009, o Brasil está presente com 226 empresas (14 a mais que no ano passado), ou seja, quase metade das companhias listadas entre as 500 maiores é nacional ou cor-

Pré-impressão: First Press Periodicidade: Mensal (Julho de 2010) CTP, impressão e acabamento: IBEP Gráfica

responde a operações de companhias estrangeiras no país.

Circulação auditada por:

que mais faturaram, as que mais investiram e as grandes responsáveis por

SPRING EDITORA-PRODUTORA Rua Ferreira de Araújo, 202, 7o andar – CEP: 05428-000 São Paulo/SP – Tel.: 11 3097-7666 Site: www.springcom.com.br E-mail: contato@springcom.com.br

garantir uma boa média geral no montante de vendas do ranking. Resulta-

AMÉRICAECONOMÍA INTERNACIONAL Diretor: Elias Selman Carranza Vice-presidente Executiva: Gloria Landabur C. Diretora Internacional de Marketing: Mica Selman Diretor Editorial: Felipe Aldunate M. Editores: Fernando Chevarría (Lima), Juan Pablo Rioseco e Víctor Herrero (Santiago), Karen Correa e Pamela Velasco (Guaiaquil) Diretor de Arte: Álvaro Araya Urquiza Editor de Fotografia: Miguel Candia Diretor de Circulação: Marcial Delcorto Gerente de Produção: Constanza del Río Moreno AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE (Estudos e Projetos Especiais) Diretor: Jaime Contreras Soria Pesquisador Sênior: Andrés Almeida Analista: Paulina Saavedra, Catherine Lacourt e Evelyn Quezada AMÉRICAECONOMIA.COM Diretor de Estratégia Digital: Rodrigo Guaiquil Editor: Lino Solis de Ovando ESCRITÓRIOS Buenos Aires: +5411 4383-8410 Cidade do México: +5255 5254-2400 Costa Rica: +506 225-6861 Lima: +511 610-7272 Miami: +305 648-9071 Panamá: +507 271-5327 Santiago: +562 290-9400 Uruguai: +5982 901-9052 Chairman: Robert R. Paradise

E não é só. As empresas brasileiras foram as que mais cresceram, as

dos relevantes e animadores não só para o nosso país, como também para as demais economias latino-americanas, que têm no Brasil um importante parceiro comercial. Análises setoriais, as empresas que se destacaram em cada segmento, a dificuldade do México em retomar seu crescimento, a América Latina em números e muito mais estão nesta edição especial de AméricaEconomia. Esperamos que você faça boa leitura e que a nossa seleção volte da África do Sul, a exemplo das empresas brasileiras, devidamente consagrada. José Roberto Maluf

ASSINATURAS Central de Atendimento Tel: 55 11 3512-9492, de 2a a 6a feira, das 9h às 18h. Site: www.assineamericaeconomia.com.br. Atendimento: www. assineamericaeconomia.com.br/faleconosco. Cartas: Rua Ferreira de Araújo, 202 – 12o andar – CEP 05428-000 – São Paulo/SP Valores de assinatura: Por 1 ano: R$ 96,00 / Por 2 anos: R$ 170,90 Pagos em até 5x no cartão de crédito ou em até 3x no boleto bancário (preço válido para as vendas realizadas pela Central de Atendimento e pelo website da revista). Exemplares anteriores: solicite diretamente ao jornaleiro. Em caso de descontinuação da publicação, a Spring Editora-Produtora LTDA. garante aos assinantes desta publicação a restituição, em reais, da parte do valor já pago correspondente aos exemplares não entregues, devidamente corrigido monetariamente. Ao fazer sua assinatura, exija a credencial do vendedor e pague sempre com cheque nominal, mediante recebimento da primeira via de nosso pedido de assinatura.

Julho, 2010 AméricaEconomia 11


cartas DEFESA DE MANAUS Infelizmente, não vimos incluída a cidade de Manaus no ranking das Melhores Cidades para Fazer Negócios (AméricaEconomia No 387, maio, 2010). Com certeza o estudo desconsiderou nossa cidade, que é a sétima em arrecadação de tributos federais e o quinto PIB nacional. Manaus conta com três voos diretos para o exterior. Aqui são emplacados 4,2 mil veículos zero quilômetro por mês e estão quase todas as grandes redes hoteleiras. Manaus tem cerca de 2 milhões de habitantes, e o desemprego é quase zero. Fica o registro de nosso protesto para que a revista passe a considerar a cidade como, talvez depois de São Paulo, a melhor vida noturna do Brasil – que o digam os DJs de Ibiza. JOSÉ ALFREDO FERREIRA DE ANDRADE – MANAUS, BRASIL

MIAMI, SIM Alegro-me pelo resultado do ranking de cidades (AméricaEconomia No 387, maio, 2010), pois Miami volta a seu merecido lugar. A cidade é o principal hub aéreo da região e conta com infraestrutura para oferecer a melhor qualidade de vida, e um sistema judicial e empresarial a toda prova. O melhor de tudo é que Miami é da América Latina. Mesmo formando parte de um país de língua inglesa, é a cultura latino-americana que se respira aqui. CARLOS FONCEA – MIAMI, EUA

MIAMI, NÃO Achei excelente que Santiago esteja em segundo lugar entre as Melhores Cidades para Fazer Negócios da América Latina (AméricaEconomia No 387, maio, 2010). Ou melhor, primeiro, já que Miami não pertence à América Latina e conta com as vantagens de fazer parte do país mais rico do mundo, com um PIB per capita inalcançável para uma cidade latino-americana. O ranking mostra a importância da segurança – comparativamente falando – em relação a São Paulo e Cidade do México. Os centros de negócios dos maiores países da região têm a vantagem do tamanho, mas, sobretudo a Cidade do México, foram atingidos pela violência do narcotráfico. GABRIEL SALAS – SANTIAGO, CHILE

12 AméricaEconomia Julho, 2010

índice de empresas Os números referem-se à primeira vez em que as empresas são citadas em cada reportagem. Não inclui as companhias presentes no ranking das 500 Maiores da América Latina. AC Nielsen 57 Acinplas 85 Açúcar Guarani 16, 55 Aeroméxico 51 Ágora Corretora 64 Air France 34 AmBev 64 América Móvil 91, 92 Andrade Gutierrez 162 ArcelorMittal 88 AT Kearney 67 Ativa Corretora 69 Auto Sueco 20 Avianca 51 Azul 51 Banco Santander 36 Banif Corretora 20 Barry Callebaut 24 Beverage Marketing Corp. 62 BHB Billiton 75 Boston Cons. Group 10 BR Distribuidora 81 Bradesco BBI 87 Brasil Foods 56 Braskem 83, 84 Bresser 76 Bridas Energy 79 Brinquedos Estrela 85 BRK 84 Bunge 77 Business Monitor Int. 31, 83 Cadafe 162 Camargo Corrêa Cim. 20 Campbell’s 18 Carso Global 92 Casas Bahia 67, 68 Cencosud 66, 69 CGD 20 Chevron 42 Chipotle 18 Chrysler 59 Cia. Sid. do Atlântico 86 Cielo 25 Cinac Cimentos 20 Citibank 52 City Lar 69 Claro 91, 92 Coca-Cola 63 Codelco 75 Coinvalores CCVM 81 ConAngra 18 Consigua 162 Cosan 55, 81 CSN 87,88 Deloitte 66 Dongkuk 87 Economática 52 Ecopetrol 79 El Hogar Obrero 162 Eletrobras 72 Elma 162 Embratel 91, 92 Engevix 20 Equitel 162 Equity Research Chile 90 Esso 81 ETH 55 Euromoney 53 Euromonitor Int. 63

Exxon 42 Falabella 67 Fator Corretora 57,64, 69 Femsa 63 Fiat 59 First Data 25 Fitch Ratings 53 Ford 58 Fosfertil 77 France Telecom 34 Gameza Comercial 162 GBarbosa 66, 69 Gerdau 18, 87 Global Development 67 GM 23, 58 Gnocc 79 Gol 51 Grupo Insitec 20 Grupo Ultra 80 Heineken 63 Hering 16 Hilla-ex 64 Honda 59 HSBC 23 Hydro 77 HydroAysén 71 Hyundai 58 IDC 90 Insinuante 69 IntelliChem 83 Interflight Global Corp. 50 Ipiranga 80 JBS-Friboi 55 Jianchan 75 Johnson & Johnson 85 Keystone Foods 18 Labatt 64 LAN Airlines 51 Latin American Minerals 75 Link Investimentos 87 Lopes Filho & Associados 72 Lupatech 18 Máquina de Vendas 69 Marfrig 18 McDonald’s 18 Mega Plaza Norte 67 Mexicana de Aviação 51 Mineração Mexicana 75 Mitsubishi 75 NET 52, 92 Nextel 91 Nielsen Brasil 63 Odebrecht 84 Oi 91, 92 Oxiteno 80 Pão de Açúcar 67, 68 PDVSA 31, 42, 69, 79, 162 Pemex 42, 83, 69, 85 Pequiven 83 Perdigão 55 Perini 66 Petrobras18,42,55,69,72,79,84

Petrocel Petropack PetroPeru Petroven Peugeot-Citroën Planner Corretora Platts

162 85 85 162 59 51, 80 78

Poderoso Timão 23 Politeno 84 Polyolefins Consulting 82 Portugal Telecom 91 PricewaterhouseC. 74 Promar International 63 Propulsora 162 Quattor 84 Quimsa 64 Redecard 25 Renault-Nissan 59 Ricardo Eletro 69 Rio Tinto 76 Sadia 55 Shaanxi Donglig Group 75 Shell 42, 55, 81 Shiseido 85 Shree Renuka Sugars 22 SinoLatin Capital 30 SLW 64, 88 Sodimac 67 Somisa 162 SPR 23 Standard &Poor’s 71, 91 Subway 18 Sucos del Valle 63 Sunoco Chemicals 84 Super Família 66 Suzano 20 Taca 51 TAM 51 Telcel 91 Telecom Argentina 91 Telecom Itália 91 Telefônica 91, 92 Teléf. de México 91, 162 Telemar 91 Telesp 91 Televisa 91, 93 Telmex Internacional 92 Telmex 91, 162 Tereos 55 Tetra Pak 85 Texaco 80 ThyssenKroup 86 Tim Participações 91 Tottus 67 Toyota 58 UBS Pactual 43 Ultracargo 80 Ultragaz 80 União Terminais 81 Unipar Comercial 84 Usiminas 88 Usina Mandú 16 Vale 76,86, 162 Varig 52 Vivo 91 Vocal 20 Volks 58 Volvo 20 Votorantim Siderurgia 88 Walmart 67, 69 Webjet 51 WEG 18 WTorre 20 YPF 162 YumBrands 18 Zestgroup 18





pistas 1

SEM TANGO PUBLICAMOS “A Hering já tem uma boa operação no Paraguai, no Uruguai e na Venezuela. Estamos expandindo para Argentina, Chile e Peru, onde já estivemos no passado. Concentraremos nossa atuação, pelos próximos três anos, na América Latina.” (Entrevista com Fabio Hering, presidente da empresa, AméricaEconomia No 387, maio, 2010)

O NOVO Mesmo confirmando o interesse na região, a Hering não está de olho na saúde econômica dos vizinhos. Em declaração à imprensa, em junho, o diretor de Marketing, Marcos Ribeiro Gomes, disse que a companhia ainda não voltará à Argentina, pois “o país ainda não apresenta uma condição macroeconômica adequada”.

EM QUEDA

TODO

O SENTIDO

PUBLICAMOS Estudo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) aponta que, em 2009, o déficit na balança comercial dos produtos da indústria de transformação brasileira foi de US$ 8,3 bilhões. (“Aonde Podemos Chegar?”, AméricaEconomia No 388, maio, 2010)

PUBLICAMOS Segundo Jacyr Costa Filho, presidente da Açúcar Guarani, o objetivo da companhia agora é crescer organicamente, “com projetos que podem triplicar nossa cogeração de energia elétrica, além de fazer aquisições, caso apareça uma oportunidade que faça sentido”. (“De Cara Nova”, AméricaEconomia No 388, maio, 2010)

O NOVO Em maio, a Açúcar Guarani anunciou a compra da usina Mandú, por R$ 345 milhões, elevando a estimativa de processamento para 20,6 milhões de toneladas de cana na safra 2010/2011. Em teleconferência com analistas, Costa Filho disse que não deve parar por aí.

O NOVO Pesquisa da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) indica que o volume de importações superou a produção brasileira exportada pela primeira vez desde 1999, com a adoção do regime de câmbio flexível no país. “A combinação de baixo crescimento externo, câmbio valorizado e acúmulo de créditos tributários relativos às exportações explica a perda de mercado externo”, disse o diretor da Fiesp, Roberto Giannetti da Fonseca.

2

PUBLICAMOS Mas e se Uribe não entrasse na disputa eleitoral na Colômbia? As pesquisas mais recentes indicam que Juan Manuel Santos, do partido de La U (União Nacional), e o ex-prefeito de Medellín, Sergio Fajardo, seriam os nomes mais fortes. (“Se Não For Uribe...”, AméricaEconomia No 379, setembro, 2009) O NOVO O candidato da situação, Juan Manuel Santos, venceu, em 20 de junho, as eleições à presidência da Colômbia, com 68,9% dos votos. Economista e jornalista, Santos foi ministro da Defesa de Uribe de 2006 a 2009, período marcado pelo incremento da militarização do país e pelo endurecimento no combate aos movimentos armados colombianos.

16 AméricaEconomia Julho, 2010

Fotos: 1 - Divulgação; 2 - Eitan Abramovich/AFP

O HERDEIRO



negócio fechado

GERDAU

100%

1

A fabricante de aço apresentou aprese u proposta ao Conselho de e Administração da Gerdau Ameristeel para adquirir as ações ções da sua subsidiária que ainda não são de sua propriedade. O valor oferecido foi de US$ 11 por ação, em um total de US$ 1,6 bilhão. A Gerdau S.A. já detém 66,3% das ações emitidas pela Gerdau Ameristeel. VALOR: US$ 1,6 bilhão

MARFRIG

Apetite voraz A companhia comprou 100% das ações da americana Keystone Foods, fabricante de alimentos à base de carne, por US$ 1,26 bilhão. Segundo comunicado, “a aquisição coloca a Marfrig em uma posição de destaque como fornecedora de toda a cadeia internacional do McDonald’s, Campbell’s, Subway, ConAgra, Yum Brands e Chipotle”.

WEG

Na África A empresa, especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas, firmou acordo para a aquisição do controle do Zest Group, companhia com sede na África do Sul. O Zest Group mantém, há mais de 30 anos, parceria com a WEG, importando e distribuindo seus produtos. VALOR: Não informado

VALOR: US$ 1,26 bilhão

2

Alto-mar 3

A fabricante de equipamentos para o setor de petróleo e gás firmou dois contratos com a Petrobras, no valor de US$ 779 milhões, para prestação de serviços offshore. Os serviços serão em áreas de concessão da Petrobras no Brasil com prazo de cinco anos, sendo permitida a renovação pelo mesmo período. VALOR: US$ 779 milhões

18 AméricaEconomia Julho, 2010

Fotos: 1 e 3 - iStockphoto; 2 - Divulgação

LUPATECH


Classe A Os melhores investimentos para vocĂŞ


n óci fechado negócio had CAMARGO MA CORRÊ RÊA

Com ra for Compra fora

VALOR: Não informado

Entrada portuguesa O banco português Caixa Geral de Depósitos (CGD) firmou acordo para adquirir 70% do controle da Banif Corretora de Valores e Câmbio, por 57,8 milhões de euros. A transação está sujeita à aprovação das autoridades reguladoras competentes de Portugal e do Brasil. Segundo o CGD, “a corretora será uma importante ferramenta para suas atividades no Brasil junto de particulares clientes, empresas e investidores institucionais”. VALOR: 57,8 milhões de euros

WTORRE SUZANO

Na rodovia O grupo vendeu a Vocal, rede de concessionárias de caminhões e chassis de ônibus Volvo, para o conglomerado português Auto Sueco. Segundo a companhia portuguesa, o total investido na aquisição da Vocal e na expansão das operações foi de R$ 113 milhões. O grupo Auto Sueco engloba 67 empresas, presentes em 15 países. VALOR: R$ 113 milhões

Negócio flutuante A construtora vendeu duas subsidiárias do setor naval, pelo valor total de R$ 410 milhões. A WTorre ERG Empreendimentos Navais e Portuários, detentora do projeto Estaleiro Rio Grande, e a WTorre Óleo e Gás, titular de direitos sobre determinadas áreas adjacentes ao estaleiro, foram adquiridas pela Engevix e pela Funcef (Fundação dos Economiários Federais). Situado no Rio Grande do Sul, o Estaleiro Rio Grande deve abrigar o maior dique seco da América Latina, com capacidade de receber, simultaneamente, duas embarcações para construção ou manutenção. VALOR: R$ 410 milhões 5

Fotos: 4 - iStockphoto; 5 - Divulgação

4

A Camargo Corrê Corrêa Cimentos Cime comprou 51% da Cinac Cim Cimentos, fabricante de cimento de Moçambique. Conforme comunicado, a empresa adquirida, sediada na cidade de Nacala, tem capacidade para produzir 350 mil toneladas do produto por ano. Os outros 49% das ações da Cinac continuarão com o Grupo Insitec, que atua, principalmente, na indústria da construção civil pesada.

CGD


O Brasil virou destaque no mundo, com uma economia mais sólida, com empresas que rompem fronteiras, uma cultura cada vez mais admirada, um jornalismo moderno e dinâmico, como o feito pelo Destak. O jornal que tem a maior tiragem da cidade de São Paulo, agora também é o maior jornal gratuito do país*. Está no Rio há dois anos e agora chega a Brasília, tornando-se o único com forte presença nas três capitais. E logo, logo, estará em outras cidades.

O Brasil é destaque. Destak é Brasil.

O jornal gratuito que pintou como o maior em São Paulo agora pinta como o maior do Brasil. São Paulo, Rio, agora Brasília e logo, logo, em outras capitais.

SP - 11 3077.3607 - RIO - 21 2258.2142 - DF - 61 3328.5428

I destakjornal.com.br

Mais prático, mais objetivo.

* 310.000 exemplares diários (São Paulo - 180 mil exemplares - Auditada pela BDO Trevisan / Rio - 80 mil exemplares, Brasília - 50 mil exemplares - Fonte: Informação do editor).


movimentos

A ÍNDIA INVADE

OS CAMPOS Até hoje, os investimentos que migram da Índia para a América Latina são focados, sobretudo, em empresas de tecnologia da informação e no setor manufatureiro. Mas o governo indiano agora tem outros planos para a região: ganhar os campos sul-americanos. Para isso, o

Ministério de Relações Exteriores da Índia começou a incentivar os empresários a comprar terras férteis para cultivar alimentos e exportá-los ao seu país. O objetivo, segundo o governo, é enfrentar o problema de abastecimento alimentar. “O custo da terra nos países sulamericanos é metade do que custa em Punjab (no norte da Índia)”, afirmou R. Viswanathan, embaixador do país para Argentina, Paraguai e Uruguai. A ideia de estimular investidores privados a fazer tais compras é evitar o viés político. Entre os que se adiantaram na iniciativa está a Shree Renuka Sugars, um dos maiores produtores de açúcar da Índia que, em fevereiro, comprou 50% da Equipav, dona de usinas no interior de São Paulo. FELIPE ALDUNATE, DE SANTIAGO 1

22 AméricaEconomia Julho, 2010


Fotos: 1- Fly Fernandez/Corbis ; 2 - Fabio Gonzalez/Divulgação

NOVO PREMIUM Brasileiros de 25 a 45 anos, com renda de R$ 3,5 mil a R$ 7 mil e investimentos de R$ 25 mil. Esse perfil é o mais recente alvo do HSBC, que, em junho, lançou no país o segmento de atendimento Advance. Dentre outros benefícios, o programa oferece um planejador financeiro 24 horas pela internet e atendimento diferenciado no exterior, que contempla saques emergenciais de até US$ 2 mil. “A proposta cobrirá 39 países, onde pretendemos ter 6 milhões de clientes Advance até 2011”, afirma Henrique Frayha, diretor geral de Varejo do HSBC para a América Latina. Desse número, Frayha estima que 500 mil serão brasileiros – hoje, são 180 mil os correntistas do banco no país que se encaixam nesse perfil. México, Argentina e Colômbia estão entre os países latino-americanos que também participarão do programa. “A América Latina tem uma economia saudável. Recentemente, fizemos um aumento de capital no Brasil e no México, e acreditamos nesses países como um eixo importante para nosso crescimento”, disse Frayha. Segundo o executivo, uma das características da região que deve ser explorada “é o fato de ser pouco alavancada, o que demanda financiar mais o consumidor”, diz, destacando o foco que o banco dará para a oferta de cartão de crédito e crédito imobiliário. SOLANGE MONTEIRO, DE SÃO PAULO

GM investe no

luxo

A General Motors aumentou a família. No final de junho, passou a importar no Brasil o sedã norte-americano Malibu. Com a chegada do novo modelo, que começa a ser vendido por R$ 89,9 mil, a GM move suas atenções, também, para o mercado de luxo. “O Malibu vai atender as necessidades das classes mais altas, que buscam um carro diferenciado”, afirma o diretor de Marketing da GM no Brasil, Gustavo Colossi. Segundo dados da própria empresa, o mercado de luxo cresceu 8% de 2008 para 2009 no Brasil – nos últimos anos, o dado sobe para 473%. O Malibu concorrerá com o Honda Accord, o Toyota Camry e o Ford Fusion. Nos EUA, o modelo representa 13% do segmento de luxo. A previsão inicial da GM no Brasil, entretanto, é modesta, de “vendas de cerca de 200 unidades por mês”, diz José Carlos Pinheiro Neto, vice-presidente da empresa no país. Além do Malibu, a GM importa o Omega (Austrália) e o Captiva (México), e pretende trazer o Camaro (EUA). O alto investimento no Brasil se justifica pelo bom momento da empresa no mercado global. Pela primeira vez desde 2007, a GM anunciou ganhos: lucro líquido de US$ 865 milhões no primeiro trimestre de 2010, contra um prejuízo US$ 5,98 bilhões no mesmo período de 2009. GUSTAVO

HOFMAN, DE LOS ANGELES

2

Julho, 2010 AméricaEconomia 23


movimentos

PAIXÃO LUCRATIVA Até que ponto chega a dedicação de um empresário ao seu negócio? No caso de José Grywacz, da SPR, implicou mudar de time do coração. Há um ano e meio, ele ajuda o filho, Pedro Grywacz, na administração da rede de franquias da loja Poderoso Timão, cujos artigos levam o escudo do Corinthians. “Eu era são-paulino, mas a iniciativa deu tão certo que tive de me converter”, brinca. A rede já conta com mais de 80 lojas na Grande São Paulo, no Paraná e em Brasília, e a meta é chegar a 120 até o fim do ano. Tamanho otimismo está apoiado na paixão dos 30 milhões de torcedores do Corinthians – o segundo time do país com maior torcida, logo depois do Flamengo – responsáveis por comprar cerca de 2,5 mil produtos por mês e garantir um faturamento que, embora não seja revelado, é considerado “muito bom” pelos administradores da franquia. Segundo o diretor de Marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, em dois anos, as lojas devem ser a terceira fonte de receita do clube, ultrapassando a venda de ingressos e ficando atrás apenas dos patrocínios e das transmissões de jogos. GRAZIELE DAL-BÓ, DE SÃO PAULO

3

DOCE EXPANSÃO As tão aclamadas qualidades brasileiras, como o mercado aquecido e a rápida recuperação no pós-crise, também saltaram aos olhos de Andreas Jacobs, o alemão que está à frente da Barry Callebaut, maior fabricante de chocolates do mundo, com receita anual de R$ 7,9 bilhões. O país foi escolhido para abrigar a primeira fábrica da empresa suíça na América do Sul e servir como plataforma para alcançar outros países da região.

Consumo anual de chocolate por pessoa (kg)

A estratégia é se consolidar em mercados emergentes, onde o consumo tem alto potencial de crescimento. O local escolhido para receber os R$ 28 milhões em investimento da companhia, que já conta com uma beneficiadora de cacau em Ilhéus, na Bahia, foi Extrema, cidade no Sul de Minas Gerais e a 110 km de São Paulo – um dos principais mercados a serem atingidos pela marca. Com foco, inicialmente, na venda doméstica, a fábrica vai produzir 20 mil toneladas de chocolate por ano e terá capacidade para dobrar esse número em um curto espaço de tempo, segundo o vice-presidente e gerente geral da Barry Callebaut na América do Sul, Bertrand Remy. GRAZIELE DAL-BÓ, DE EXTREMA (MG)

11,7 9,8

10 8

3,1 4

3

2,6 1,3

1,3

2

0,8

0,7

0,4

0,2

0 Reino Unido

Suíça

EUA

Fonte: Euromonitor

24 AméricaEconomia Julho, 2010

Uruguai Argentina

Chile

Brasil

Japão

Peru

México Venezuela Colômbia

Fotos: 3 - Divulgação; 4 - iStockphoto

5,2 6


UNIVERSO

PLÁSTICO O mês de julho marca o fim da exclusividade que as empresas Cielo e Redecard tinham com determinadas bandeiras para oferecer a tecnologia de sistema de pagamentos por meio de cartões. E a novidade não está sendo comemorada apenas pelos estabelecimentos

comerciais, que eram obrigados a arcar com o aluguel de terminais das duas empresas para atender a clientela. A First Data, empresa norteamericana que está no Brasil desde 2001, também quer aproveitar a decisão para oferecer sua tecnologia multibandeira. “Estamos negociando a possibilidade de formar joint ventures com instituições financeiras e redes de varejo interessadas em ser adquirentes”, afirma Maria Fernanda Teixeira, general manager da companhia no Brasil. “Temos aplicativos mundiais preparados para oferecer mais flexibilidade. Para se ter uma ideia, só nos EUA, existem cerca de 50 adquirentes, contra apenas dois aqui”, afirma, dando um exemplo da concorrência que a empresa já enfrenta em outros mercados. Segundo o Banco Central, a nova regra poderá trazer mais eficiência ao sistema. Dado bem-vindo, já que o número de cartões no país não para de crescer. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), em abril, havia 586,6 milhões de plásticos emitidos no país: 142,2 milhões de crédito, 238,1 milhões de débito e 206,2 milhões relacionados a redes e lojas, sendo o segmento que mais cresceu no ano, com 14%. SOLANGE MONTEIRO, DE SÃO PAULO

a ag ê nc i a ou t o f t he b ox Se é isso tudo junto que você está procurando em uma agência, faça como o Boticário, a TIM, a Ferrero, a Wickbold, a Brookfield e a EcoRodovias entre outros, ligue para 11 3525-3323 ou acesse: www.agenciablack.net

eventos o promoção o web


movimentos

REABILITAR

5

26 AméricaEconomia Julho, 2010

Desde 2006, quando Felipe Calderón assumiu a presidência do México e envolveu o Exército no combate ao narcotráfico, pelo menos 23 mil pessoas foram mortas em decorrência dessa luta. Em entrevista à AméricaEconomia, o governador do Estado do México, Enrique Peña Neto, considerado a melhor alternativa do Partido Revolucionário Institucional (PRI) para as eleições presidenciais de 2012, acha que hoje o país vive “um novo fenômeno de delinquência, similar ao que acontece na Colômbia e no Brasil”, e que legalizar o consumo seria “uma alternativa simplista” para solucionar esse problema. “Falta ter uma nova organização de estado, que envolva diferentes áreas e até uma nova polícia especializada, pois o Exército não foi pensado para isso”, afirmou. Quanto à situação da economia mexicana, o midiático Peña Neto diz que o país “é o que mais se atrasou na América Latina. Acho que nos concentramos muito no esforço político de definir as regras da democracia, e agora nos falta a construção de um marco legislativo que permita um crescimento econômico mais acelerado e consistente”. FELIPE ALDUNATE, DA CIDADE DO MÉXICO

Fotos: 5 - Julio Argumedo/Notimex; 6 - Montagem com fotos iStockphoto

UM PAÍS


CHEIO de ENERGIA

6

Ninguém nega que o etanol é a estrela da vez do setor agropecuário brasileiro, ultrapassando as vendas de gasolina, pela primeira vez, em 2009. Mas, segundo Marcos Jank, presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), essa revolução está apenas por começar. “Hoje, dois terços da energia da cana, que estão no bagaço e na palha, ainda não são utilizados e poderiam gerar eletricidade”, disse, em evento internacional do setor, promovido pela Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). Segundo o executivo, atualmente, apenas 22% das usinas do país enviam energia para a rede elétrica. “Somente nos canaviais já existentes no centro-sul temos uma capacidade de geração adormecida que equivale a três usinas Belo Monte”, afirmou, o que representaria 13 mil MW. Jank ainda destacou que essa energia estaria disponível nos meses de abril a novembro, quando chove menos, para alimentar as hidrelétricas. Para que esse potencial seja desenvolvido, entretanto, o presidente da Unica afirmou que é preciso apoio do governo, tanto regulatório quanto em financiamento, para incentivar o investimento dessas usinas já estabelecidas. SOLANGE MONTEIRO, DE SÃO PAULO

ONDA DE

CONSOLIDAÇÃO Embalado pela boa demanda em segmentos como o automotivo e o imobiliário, o setor de tintas brasileiro poderá viver uma onda de consolidações em 2010. “Não existe um movimento claro, mas a tendência é a de que players estrangeiros, principalmente japoneses, alemães e chineses, comecem a olhar com mais atenção para o Brasil”, disse à AméricaEconomia Antonio Carlos de Oliveira, presidente do Conselho Diretivo da Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas). O otimismo é tão grande que a projeção de crescimento para este ano, estimada em 3,5% no final de 2009, foi revista para 7,3%, ou 1,32 bilhão de litros de tintas vendidas. Os empresários afirmam, no entanto, que isso só será possível se houver desoneração no custo das importações de matérias-primas, que, hoje, podem representar até 12% do produto. O setor utiliza 800 tipos diferentes de insumos, sendo que 60% vêm do exterior, principalmente dos EUA, da Europa e do Japão. GRAZIELE DAL-BÓ, DE SÃO PAULO Julho, 2010 AméricaEconomia 27


DEBATES Brics

1

3

2

águas AUMENTO DA INFLUÊNCIA DA CHINA NO ÂMBITO COMERCIAL PODERÁ GERAR MUDANÇAS NA GEOPOLÍTICA MUNDIAL ANTONIO MARÍA DELGADO, DE MIAMI

O

impacto da crise econômica na América Latina poderia ser chamado de “crônica de uma morte exagerada”. Um manejo macroeconômico responsável e mercados de capitais mais maduros foram fatores importantes para que a maioria dos países da região conseguisse superar o momento de sufoco com segurança.

28 AméricaEconomia Julho, 2010

Apesar dos bons resultados comerciais, alguns especialistas alertam para dois riscos que parecem estar implícitos nesse caminho: primeiro, de o setor privado e os governos latino-americanos não elaborarem uma estratégia para aproveitar bem essa relação e agregar valor ao intercâmbio com esse país; segundo, o das consequências políticas que o aumento da influência chinesa poderia trazer, não só para a América Latina, mas em nível internacional. “A China converteu-se em um desafio para a atual ordem mundial”, diz Geraldo Vasconcellos, professor de Finanças da Universidade Lehigh, em Bethlehem, Pensilvânia.

O FATOR COMÉRCIO O aumento de participação da China como sócio comercial da região tem sido vertiginoso, crescendo nos últimos dez anos a taxas superiores a 37% ao ano. Segundo estudo elaborado pela SinoLatin Capital, empresa de assessoria especializada no intercâmbio entre a América Latina e a China, as importações chinesas de matérias-primas saltaram de US$ 10 bilhões, em 1990, para US$ 394 bilhões, em 2008. Quanto à balança comercial, saiu de menos de US$ 10 bilhões, em 2000, para mais de US$ 143 bilhões, em 2008. A China, hoje, é o principal destino para as exportações brasileiras e chilenas e o segundo quando se trata das vendas internacionais da Argentina, do Peru, da Costa Rica e de Cuba. Até agora, entretanto, o investimento direto dedicado pela China à região é bastante baixo. Um dos poucos sinais

Fotos: 1 - Javier Soriano (AFP); 2 - Roosewelt Pinheiro/ABr; 3 - Juan Mabromata (AFP);

Divisor de

Entretanto, outra razão poderosa justifica essa aterrissagem suave, e ela se chama China. Mais do que qualquer outro país que forma o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o dragão asiático ganha importância na economia dos países latinoamericanos. O apetite dos chineses por matérias-primas contribuiu para que o preço das commodities – do cobre chileno ao níquel peruano e o minério de ferro brasileiro – se mantivesse elevado.


O grupo que está mirando a China não é composto apenas por países que alimentam uma retórica hostil aos EUA, como a Venezuela, mas por outros que tradicionalmente apresentam posturas mais mesuradas, como o Chile. O motivo se centra sobretudo na nova ordem comercial, que contrapõe a desaceleração dos EUA, um aliado tradicional, ainda que às vezes incômodo, e a China, um sócio que não apresenta exigências políticas, buscando apenas garantir o fornecimento

de mudança foi a oferta de consideráveis linhas de crédito, incluindo uma de US$ 20 bilhões para a estatal petrolífera da Venezuela, a PDVSA, como forma de garantir o fornecimento de petróleo em longo prazo. No Brasil, o investimento estrangeiro direto da China apareceu pela primeira vez nas estatísticas do Banco Central em fevereiro deste ano, quando somou US$ 354 milhões, direcionados para a exploração de minerais metálicos voltados à exportação.

DA ESQUERDA PARA A DIREITA, OS PRESIDENTES SEBASTIÁN PIÑERA (CHILE), LULA E HU JINTAO (BRASIL E CHINA), CRISTINA KIRCHNER (ARGENTINA), RAFAEL CORREA E ALAN GARCÍA (EQUADOR E PERU), HUGO CHÁVEZ (VENEZUELA) E EVO MORALES (BOLÍVIA): MAIOR RELAÇÃO COMERCIAL COM A CHINA INFLUENCIARÁ A DIREÇÃO POLÍTICA DA REGIÃO? 6

4 5

EIXO GEOPOLÍTICO De qualquer forma, o prognóstico de que em 20 anos a economia chinesa suplantará a norte-americana como a maior do mundo está modificando a forma de ver o país asiático. “Claramente, hoje vários países identificam a China como uma potência mundial emergente, e não apenas como mais um membro dos Brics”, diz Cynthia Arnson, diretora do Programa Latino-Americano do Woodrow Wilson International Center, da Universidade de Princeton.

Fotos: 4 - Cris Bouroncle (AFP); 5 - Antonio Cruz/ABr; 6 - Aizar Raldies (AFP)

Troca de papéis corrente de comércio do Brasil com EUA e China* EUA 50

China

31,4

39,2

35,2

43,7

30

9,1

35,6

O OUTRO LADO DA MOEDA

36,1

Enquanto isso não acontece, as companhias estatais desse país continuarão sua estratégia de posicionar-se nos mercados emergentes para entrar com força na rede de fornecimento de commodities. Segundo estudo sobre as relações entre China e EUA elaborado pelo BMI, as empresas chinesas estariam em vantagem em relação às

36,4

40

20

de matéria-prima. Entretanto, analistas indicam que é só uma questão de tempo para que essa posição tranquila da China acabe e o país comece a participar mais do cenário geopolítico internacional, aproveitando a influência que está colhendo graças a seus avanços econômicos. “A China começará a adotar uma política internacional mais agressiva”, diz Yoel Sano, analista chefe para a Ásia da Business Monitor International (BMI), especializada em mercados emergentes, com sede em Londres. “A pergunta é se irá fazê-lo sob um formato que foque unicamente em seus interesses ou se colocará esses interesses em harmonia com os do resto do mundo, 53 sob uma perspectiva multilateral.”

12,2

16,4

23,3

10 0

2004

2005

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

2006

2007

2008

2009

*em US$ bilhões

Julho, 2010 AméricaEconomia 29


DEBATES Brics Compra e venda exportações e importações do Brasil para EUA e China Importações

Exportações Ano

EUA Us$ Bi do FOB

China Us$ Bi do FOB % total

% total

2009

15,6

10,2

20,2

2008

27,4

13,8

2007

25

15,6

2006

24,5

2005

22,5

Ano

EUA Us$ Bi do FOB

% total

China Us$ Bi do FOB % total

13,2

2009

20

15,7

15,9

16,4

8,3

2008

25,6

14,8

20

11,6

10,7

6,7

2007

18,7

15,5

12,6

10,4

17,8

8,4

6,1

2006

14,6

16

8

8,7

19

6,8

5,7

2005

12,6

17,2

5,3

7,2

12,4

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

seja, ao dar concessões, se está dando direitos de seus recursos básicos a um governo estrangeiro.” Isso, agregado ao fato de o país ser agressivo em suas exportações de produtos manufaturados a baixo custo, poderia significar um panorama arriscado para o futuro, sobretudo aos setores mais industrializados que não estejam envolvidos com commodities. “Hoje os países estão aproveitando essa onda, mas já vimos isso antes e sabemos que, passada essa fase, não é muito o que fica”, adverte Devlin. “É importante que os países comecem a ter uma visão estratégica e a trabalhar seus setores privados e governos para aproveitar essa oportunidade de forma a conquistar um crescimento autóctone que permita agregar valor a essa relação”, conclui.

7

PRESIDENTE FELIPE CALDERÓN (MÉXICO), COM BARACK OBAMA (EUA): ALIADO TRADICIONAL

30 AméricaEconomia Julho, 2010

Foto: 7 - Ronaldo Schemidt (AFP)

norte-americanas por não possuírem algumas limitações enfrentadas pelas companhias privadas dos EUA. “As estatais chinesas baseiam suas decisões de investimento apenas em considerações relativas a negócios, sem as pressões, por exemplo, sobre uma boa gestão financeira ou cuidado ambiental, como nos EUA”, indica o documento. Por isso, não são poucos os conselhos de cautela. “A América Latina deve ter cuidado com os compromissos que negocia com a China”, diz George Haley, professor de Marketing e Negócios Internacionais da Escola de Negócios de New Haven, autor do livro The China Tao of Business. “Não se pode esquecer que as empresas chinesas são estatais e qualquer tratado que se faça com elas é feito com o governo chinês; ou



FINANÇAS FMI

“A

palestra foi muito boa! Ele falou muito bem!”, elogia um economista. “Ele é um grande profissional”, reitera o segundo. Os protagonistas desse pequeno e entusiasmado diálogo foram nada menos que Armínio Fraga e Antônio Delfi m Netto, enquanto aguardavam Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do

32 AméricaEconomia Julho, 2010

VERÓNICA GOYZUETA, DE SÃO PAULO E LIMA

Fundo Monetário Internacional (FMI), para um almoço em um salão privado no hotel Hyatt, em São Paulo, no final do mês de maio. O longevo Delfi m Netto lembrava ter conhecido Strauss-Kahn em Paris, há algumas décadas, quando ele apresentava ideias classificadas bem mais à esquerda. “Ele já se perfi lava como

uma figura importante”, disse Delfi m, provavelmente se lembrando dos tempos em que Strauss-Kahn era ministro de Indústria e Comércio do governo de Lionel Jospin (entre 1991 e 1993), quando se destacou nas negociações da Rodada de Uruguai, fundamentais para a criação efetiva da Organização Mundial de Comércio (OMC).

Fotos: 1 e 2 - IMF/Humberto Pradera

Cara nova

NINGUÉM PARECE NEGAR QUE DOMINIQUE STRAUSS-KAHN REFRESCOU A IMAGEM DO FMI. SEU PRINCIPAL DESAFIO, ENTRETANTO, AINDA PODE ESTAR POR VIR


REUNIÃO NA SEDE DO FMI, EM WASHINGTON (ABAIXO), E ENCONTRO DE DOMINIQUE STRAUSS-KAHN COM O MINISTRO GUIDO MANTEGA

1

2

Responsável por dirigir o FMI em um dos momentos mais críticos para a economia global, Strauss-Kahn, eleito para o cargo no final de 2007, é reconhecido como um dos que contribuíram para que a entidade se reinventasse, depois de sofrer críticas sobre sua relevância e sobre a eficácia das suas receitas econômicas para países em desenvolvimento, especialmente após crises como as da Ásia e da Argentina. A figura de Strauss-Kahn, reconhecidamente carismática, se opõe diametralmente à dura imagem com que era visto o seu antecessor, o espanhol Rodrigo Rato, que dirigiu a instituição entre 2004 e 2007. “A época de Rato no FMI era a fase em que nos perguntávamos para que o Fundo existia”, afirmou à AméricaEconomia um importante ministro de um governo sul-americano, que preferiu não ser identificado.

O SOCIALISTA Há, de fato, uma diferença ideológica importante entre Rato e Strauss-Kahn, que reforça esse sentimento. Enquanto Rodrigo Rato é membro do conservador Partido Popular espanhol e foi vicepresidente do governo de José María Aznar entre 1996 e 2004 antes de dirigir o

Fundo, Strauss-Kahn é um reconhecido militante do Partido Socialista Francês, o que por si só já lhe confere a simpatia de governos como o do brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que compartilha a visão de uma economia de capital ligada a políticas sociais. Membros do próprio FMI reconhecem que o perfi l socialista de Strauss tem trazido contribuições para a entidade, entre elas o programa de “condicionalidade social”, focado nos segmentos mais carentes da população, que poderiam ser afetados por um pacote econômico. Foi assim nos pacotes desenhados para a Ucrânia, que previa um aumento nos gastos sociais no valor de 0,8% do PIB, e para o Paquistão, em que gastos com a rede de segurança social foram elevados de 0,6 ponto porcentual do PIB, para 0,9%, durante 2008/2009. Outro sinal inequívoco de uma mudança está na participação do presidente do Fundo em eventos que o aproximam da população. Em sua visita ao Brasil e ao Peru, Strauss-Kahn participou de encontros com jornalistas, economistas, empresários e estudantes. O momento mais interessante foi o encontro de Strauss-Kahn com estudantes latino-americanos na emblemática Casona, em Lima, sede da Universidade Nacional de San Marcos (UNSM). A Casona é a universidade mais antiga das Américas e palco de revoltas contra o próprio Fundo até os anos 1990. Na universidade que viu nascer movimentos tão radicais, como o grupo terrorista Sendero Luminoso, StraussKahn foi aplaudido de pé. O diretor do FMI respondeu, aproveitando seus dotes acadêmicos cultivados nas salas Institut d’Etudes Politiques de Paris. Strauss-Kahn não se incomodou em nenhum momento e saiu com destreza de todas as saias justas, chegando a arrancar risadas da plateia. Foi assim também no seu encontro com ministros de Economia latinoJulho, 2010 AméricaEconomia 33


O ESPANHOL RODRIGO RATO, QUE LIDEROU O FMI ATÉ 2007: MAIS CONSERVADOR

3

O FMI foi muito contestado pelos erros da crise asiática e pelo receituário ortodoxo que deu aos países emergentes americanos, entre eles o boliviano Luis Arce, que fez críticas às medidas do FMI aplicadas em seu país entre 1985 e 2002, antes da eleição do presidente Evo Morales. Sereno, Strauss-Kahn se dispôs a contribuir com a Bolívia, com estudos e avaliações. E não se cansou de elogiar o bom momento pelo qual passam algumas economias da região, especialmente Brasil e Peru, países para os quais estima altas taxas de crescimento nos próximos anos e aos quais fez algumas recomendações, como a pronta retirada dos estímulos fiscais. “Eu acho que Dominique StraussKahn tem um papel muito importante no Fundo, e é visível o esforço que ele está fazendo. Não há dúvida de que se trata de um mérito próprio”, disse à AméricaEconomia o ministro de Economia e Finanças do Uruguai, Fernando Lorenzo. A ministra de Economia do Peru, Mercedes Aráoz, concorda com 34 AméricaEconomia Julho, 2010

tal avaliação. “Strauss-Kahn tem dado ao Fundo um sentido de fazer política. Com ele, o FMI começou a entender que o fenômeno econômico não é apenas monetário, mas que é necessário entender a realidade de cada país, e os problemas de cada lugar.”

APRENDENDO COM O PASSADO Ernesto Lozardo, professor de Economia Internacional da Fundação Getulio Vargas, enxerga uma mudança no FMI com a entrada de presidentes europeus, que se distanciaram dos anos George W. Bush, quando havia uma influência mais republicana e uma ingerência maior dos Estados Unidos. “O FMI foi muito contestado por erros do passado, principalmente pelos da crise da Ásia e pelo receituário ortodoxo que deu aos países emergentes”, diz Lozardo, que hoje vê os países europeus na condição de emergentes.

Para ele, o que mudou foi que o FMI percebeu a convivência entre os países e o fato de que qualquer desajuste em um deles poderia acarretar um descarrilamento em série. “Nesta crise, o FMI está olhando a estrutura produtiva, tributária e bancária dos países emergentes. Como fatores determinantes, avaliando a governança de cada um. O Fundo está mais abrangente na forma de olhar para os emergentes e entendeu que eles são fundamentais para que o capitalismo funcione”, diz Lozardo. O acadêmico reconhece a importância de Strauss-Kahn, mas acredita também que houve um processo construído no interior da instituição, formada por intelectuais, que foi aprendendo com os erros na Ásia e que foi flexibilizando seus programas, dando crédito, estimulando a reestruturação bancária, como aconteceu no Brasil, na crise de 2001. O seu sucesso internacional, dirigindo o FMI durante uma das maiores crises globais do último século, deve contribuir para que DSK, como é conhecido na França, seja solicitado pelo Partido Socialista para disputar as eleições em 2012. Mesmo criticado por alguns militantes, que o rotulam como liberal e mulherengo – após ter privatizado empresas como France Telecom e Air France, quando era ministro de Economia de Jospin, e ter se envolvido em casos extraconjugais –, Strauss-Kahn é indicado nas pesquisas como o único candidato com condições de vencer o presidente Nicolas Sarkozy. Para tanto, deverá renunciar ao seu mandato no FMI, algo que ainda não admite publicamente. Antes disso, porém, terá um papel crucial na busca de saídas que ajudem a resolver a crise econômica em que se encontram a União Europeia e a sua moeda, o euro. Diferentemente de Strauss-Kahn, que vê perspectivas de recuperação na Europa, alguns acham que o euro poderia não resistir e provocar um colapso. “O euro engessou a Europa”, diz Lozardo, que não é otimista com o futuro dessa moeda. Assim, o desafio mais importante de Strauss-Kahn no FMI ainda pode estar por vir.

Fotos: 3 - IMF/Stephen Jaffe; 4 - IMF/Humberto Pradera

FINANÇAS FMI


Entrevista FINANÇAS 4

Sua simpatia é notória, bem como seu otimismo em relação ao Brasil. Em sua visita ao país, Dominique Strauss-Kahn não deixou de alertar para o risco de se manter o alto crescimento. Mesmo assim, em breve entrevista à AméricaEconomia, concedida durante o voo do diretor-geral do Fundo Monetário Internacional entre Brasil e Peru, no final de maio, Dominique Strauss-Kahn afirmou que “grandes países como o Brasil terão um papel decisivo no mundo” na próxima década. VERÓNICA GOYZUETA

De olho nos mais pobres AméricaEconomia O fato de o senhor ser um socialista tem influenciado a instituição e a forma pela qual os latino-americanos a veem? Dominique Strauss-Kahn A forma como os países latino-americanos olham para o FMI tem mudado porque o mundo tem mudado, e o FMI também. Isso não tem a ver comigo; tem a ver com o fato de o FMI adotar novos caminhos para uma nova realidade e de que isso tem funcionado no Brasil, no Chile, no Peru. Diferentes países têm entendido que podem trabalhar com o FMI, ouvindo nossos conselhos e beneficiando-se dos nossos treinamentos e da nossa assistência técnica.

Esse é, provavelmente, o modelo dessa relação, que é diferente do que tínhamos no passado.

AE O FMI está menos exigente? Strauss-Kahn O FMI é tão exigente como era antes, mas hoje tentamos nos adaptar às especificidades de cada país. Somos menos generalistas e focamos mais no que realmente é importante para cada um. Entretanto, quando um país precisa de uma consolidação fiscal, ainda lhe dizemos que deve adotar uma consolidação fiscal.

AE O FMI tem implantado uma visão mais social?

Strauss-Kahn Hoje, temos algo que consideramos muito útil não só por razões éticas, mas também porque é mais eficiente. Sabemos que uma consolidação fiscal, por exemplo, pode trazer consequências muito negativas para parte da população, então, criamos o que eu chamo de “condicionalidade social”, que é uma parte especial do nosso programa para atender aos que estão em uma situação mais vulnerável e tornar o programa menos prejudicial aos menos favorecidos. Temos feito isso no mundo todo. Um dos casos é o do Paquistão. AE Como o senhor vê o Brasil e a América Latina no futuro? Strauss-Kahn Há um grande futuro para a América Latina, especialmente para o Brasil. O país tem sido um bom exemplo para outras partes do mundo sobre como administrar a crise. Acho que, nos próximos anos, ou provavelmente em uma década, grandes países como o Brasil terão um papel decisivo no mundo. Julho, 2010 AméricaEconomia 35


opinião

O milagre

I

IPO DO BANCO SANTANDER: BRASIL É UM DOS LÍDERES EM ESTREIAS NA BOLSA

nvestidores internacionais amam o Brasil, e é fácil entender por quê: o gigante adormecido despertou, seu mercado está em alta e sua moeda se fortalece. Os próprios brasileiros ainda olham esse milagre com certa incredulidade. A reforma do sistema financeiro do país foi, sem dúvida, um milagre. Antes de 2002, havia poucas ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês). Desde então, porém, foram tantos os anúncios de IPOs que o Brasil se converteu em um dos líderes mundiais nessa categoria. Entre 2004 e 2009, foram realizadas 174 IPOs no país. Só em 2009, 24 empresas estrearam na bolsa. É um número notável, se considerarmos que, no ano passado, a maior parte dos mercados apenas conseguiu sair do sufoco. Em 2009, as empresas brasileiras colocaram US$ 26,1 bilhões em ações. A maior IPO do mundo foi a do Banco Santander no Brasil, arrecadando US$ 8 bilhões. As IPOs ainda não são comuns na América Latina, e a cobertura da imprensa costuma estar focada na compra e venda frenética e especulativa depois do lançamento. Mas sua importância não está no lucro instantâneo. As IPOs têm papel fundamental no impulso à transformação do setor produtivo. As IPOs são a culminação do processo do capital de risco. Completam o ciclo que se inicia com a criação de uma empresa. As IPOs melhoram a taxa de retorno dos investimentos de capital de risco. Para prová-lo, basta observar um país com um mercado de IPO agonizante: a taxa de retorno é baixa, e um fundo de capital de risco demora muito mais para colher seus investimentos. Isso porque, se não existe a possibilidade de um novo negócio entrar na bolsa, a única alternativa é vendê-lo a uma grande empresa. Esta, por sua vez, sabe que não existem muitos compradores potenciais, e vai oferecer um preço baixo. Assim, compra uma empresa nova e de rápido crescimento por menos dinheiro do que ela realmente vale. O sucesso do Brasil nas IPOs deveria convertê-lo em um líder mundial de novos negócios. Entretanto, há um detalhe: esses empreendimentos não são necessariamente 36 AméricaEconomia Julho, 2010

O irônico é que as reformas financeiras tenham apenas afiançado o Brasil como produtor de matériasprimas

em setores de alta tecnologia. O Brasil sempre foi um produtor de commodities. E é curioso o fato de que as reformas financeiras bem-sucedidas talvez não sejam suficientes para transformar o setor produtivo do país, como muitos esperavam. Ao contrário, tais reformas podem acelerar o crescimento do Brasil como produtor de matérias-primas. As grandes descobertas de petróleo são o último capítulo dessa longa história. Os países que possuem muita reserva de petróleo sofrem a “maldição do ouro negro”: é fácil e rentável. Um grupo de pessoas tem o controle sobre o lucro e gasta parte deste para consolidar e proteger esse controle. O enorme lucro petrolífero influi no processo político e distorce a propriedade e o preço interno. O Brasil tem a sorte de contar com petróleo, e talvez seja ainda mais afortunado pelo fato de ser tão difícil explorá-lo. Do contrário, poderia se converter em vítima dessa mesma maldição. Mas as descobertas de petróleo reforçam a opinião de que o país é um produtor de recursos naturais. Ou seja, o novo Brasil não é tão diferente do Brasil antigo. Ainda produz commodities, mesmo que estas agora sejam outras. A grande diferença é que o Brasil atual fi nancia seu crescimento com um setor moderno. O irônico é que, talvez, essas reformas financeiras tenham apenas afiançado o país como produtor de matérias-primas, e não de alta tecnologia.

JOHN C. EDMUNDS é doutor em Administração pela Universidade de Harvard, professor do Babson College e coautor de Wealth by Association.

Foto: Divulgação

de dois gumes





CURTA A COPA COM A

REVISTA www.revistaespn.com.br

PROMOÇÃO ESPECIAL COPA 2010

*Desconto válido para assinaturas de 2 anos

Assine até 30 de julho e garanta descontos de 30%*

Todos os meses na sua casa. www.assinerevistaespn.com.br/copa .com.br/copa ou ligue (11) 3512-9492.

DE LER


1O LUGAR • Petrobras lidera ........................... 42

SETORES • Introdução ...................................... 46 • Aéreo (transporte) ...................... 50 Gol ................................................. 52

ANÁLISES E RANKINGS

• Alimentos ........................................ 54 Brasil Foods............................... 56

• Índice .......................................................................................... ..94

• Automotivo.................................... 58

• Ranking das 500 .................................................................. ..96

GM ................................................. 60

• As maiores por resultados......................................................116

• Bebidas ............................................. 62

• As maiores por liquidez............................................................125

Ambev ......................................... 64

• As maiores por rentabilidade..............................................128

• Comércio ......................................... 66

• As maiores por propriedade.................................................132

Pão de Açúcar/Walmart ..... 68

• As maiores exportadoras........................................................135

• Energia Elétrica............................ 70

• As maiores por setor....................................................................138

Eletrobras................................... 72

• As 100 maiores do Brasil ........................................................143

• Mineração ...................................... 74

• As 100 maiores do México.....................................................146

Vale ............................................... 76

• As 50 maiores do Chile .............................................................150

• Petróleo/Gás .................................. 78

• Outros países.....................................................................................152

Ultra ............................................. 80

• Metodologia.......................................................................................156

• Petroquímico ................................. 82 Braskem ...................................... 84 • Siderúrgico...................................... 86 ArcelorMittal ........................... 88 • Telecom ............................................ 90 América Móvil ......................... 92


RANKING Petrobras

Fórmula

campeã AUMENTO DA PRODUÇÃO E MANUTENÇÃO DE PREÇOS AJUDARAM A PETROBRAS, LÍDER DO RANKING DAS 500, A DRIBLAR A CRISE E IMPULSIONAR UM PLANO DE INVESTIMENTOS BILIONÁRIO CRISTINA SILVA, DO RIO DE JANEIRO

42 AméricaEconomia Julho, 2010

44,8 bilhões anuais e US$ 122,7 milhões por dia. Nenhuma empresa do setor de petróleo no mundo tem esse mesmo ritmo de investimentos, que vai exigir da estatal um aumento de capital para fazer frente a todos os projetos que tem para os próximos anos, e que envolvem quantias bilionárias. Para dez em cada dez analistas financeiros, o segredo da performance da empresa durante a crise esteve em uma equação que reuniu o aumento de produção no período e sua política, vigente desde 2003, de manter estáveis no mercado doméstico os preços de seus principais combustíveis (gasolina e diesel), a despeito das fortes oscilações do barril do petróleo no mercado internacional (veja gráfico na pág. 47). Em julho de 2008, o barril chegou a beirar o patamar recorde de US$ 150, mas seis meses depois despencou para US$ 40. A forma de administrar essa queda na receita em tempos de crédito escasso fez a diferença entre a Petrobras e outras petroleiras no mundo todo.

POSIÇÃO PRIVILEGIADA Enquanto as maiores petroleiras (Exxon, Chevron e Shell) amargaram fortes prejuízos, que, em 2009, reduziram seu lucro pela metade, a Petrobras lucrou apenas 12% a menos, ante uma queda de 36% no preço médio do barril de petróleo. “A estatal conta com uma posição ímpar. Quando o preço do petróleo cai muito, é quando ela ganha dinheiro, vendendo gasolina”, comenta o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, crítico dessa estratégia de manutenção dos preços domésticos. As críticas são principalmente porque, ao não alinhar os preços do diesel e da gasolina ao mercado internacional, a companhia deixaria de repassar reduções dos preços aos consumidores locais, ao mesmo tempo que deixa de lucrar em situações de maior alta do preço do barril do petróleo. “Dessa forma, a Petrobras age como um braço do governo federal, que faz política de combate à inflação por meio de uma empresa de capital aberto.”

Foto: 1 - Agência Petrobras

S

e o turbilhão da economia mundial do final de 2008 e início de 2009 chegou ao Brasil como uma marolinha, como costuma dizer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para a maior empresa brasileira o período configurou-se na máxima da sabedoria milenar chinesa de que crise representa o mesmo que oportunidade. Surfando com maestria em suas estratégias para manter o equilíbrio financeiro, a Petrobras chegou neste ano ao topo do Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina, ultrapassando outras gigantes do setor, como Pemex e PDVSA, que estavam à sua frente em anos anteriores. E, ao que tudo indica, a estatal não deverá parar de crescer tão cedo. A cada 20 segundos que um leitor leva, em média, para ler o parágrafo acima, a companhia terá investido em torno de US$ 28,4 mil. Pelo novo Plano de Investimentos, lançado em junho para o período compreendido entre 2010 e 2014, serão US$ 224 bilhões, ou US$


Para a empresa, no entanto, essa política não tem nada demais. Por diversas vezes os dirigentes da estatal argumentaram que, sim, são influenciados pelos interesses governamentais, já que a União é sócia majoritária da companhia. Por outro lado, não deixam de atender aos interesses dos demais sócios, já que a empresa continua lucrativa e consegue compor uma espécie de colchão para as épocas de vacas magras. Foi o que aconteceu durante a crise. Ao mesmo tempo que manteve os reajustes mensais para demais derivados, como a querosene de aviação, o nafta e o óleo combustível, a Petrobras congelou os preços do diesel e da gasolina numa faixa de US$ 70 o barril na época em que ele estava bem pouco acima disso, em 2008. Atravessou, no mesmo patamar, o período em que o barril foi para a estratosférica marca dos US$ 150 e depois despencou para US$ 40, voltando aos US$ 70 no final de 2009 e início de 2010. “A política de preços é o que mais

chamou a atenção na performance da companhia em 2009, inegavelmente”, comenta o analista Gustavo Gatass, do banco UBS Pactual. Outro destaque, lembra Gatass, é o aumento da produção no Brasil. Em 2009, a estatal teve um acréscimo de 5% na produção média, chegando a 2,52 milhões de barris por dia. “O ritmo de crescimento de produção da Petrobras é o maior entre as petroleiras mundiais. E deve crescer ainda mais com o pré-sal. Isso traz ganhos diretos, e a necessidade de mais recursos para investir”, destacou o professor Helder Pinto, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). No novo plano, a previsão é acelerar esse ritmo, numa média de crescimento de 9,4% ao ano até 2014, com destaque para as áreas do pré-sal da Bacia de Santos, que devem entrar em operação ao longo dos próximos cinco anos e corresponderão a uma média diária de 241 mil barris em 2014, saltando para 1,078 milhão de barris em 2020.

241 milhões de barris diários é o quanto a Petrobras espera produzir em 2014

PLATAFORMA P-51, NA BACIA DE CAMPOS: PRODUÇÃO MÉDIA DA PETROBRAS NO BRASIL CRESCEU 5% EM 2009

Julho, 2010 AméricaEconomia 43


RANKING Petrobras O DESAFIO DO PRÉ-SAL O pré-sal é um capítulo à parte na trajetória que a Petrobras vem desenhando e um dos principais responsáveis por agregar valor à companhia. Somente em 2009, o valor de mercado da Petrobras atingiu R$ 347,85 bilhões. Isso deve saltar exponencialmente com o novo processo de capitalização, que inicialmente deveria ser concluído em julho, mas foi adiado para setembro e promete ser o maior da história econômica mundial. Desde o anúncio de indícios de megarreservatórios na área do présal, em 2007, a Petrobras deixou de ser uma empresa de pequeno porte para tornar-se uma das maiores promessas de produção e exportação do mundo. Apenas o potencial do reservatório de Tupi, na Bacia de Santos, estimado entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de óleo, seria suficiente para a Petrobras brilhar aos olhos do mundo, já que foi a maior reserva descoberta nos últimos 30 anos. Mas Tupi parece ser a ponta de um iceberg sob uma espessa cama de sal de mais de 2 quilômetros, localizada a 3 mil metros de profundidade e a cerca de 300 quilômetros da costa terrestre. A descoberta dessa nova jazida, que se estende do litoral de Santa Catarina até o norte do Espírito Santo, pode elevar o Brasil da atual 17ª posição no GABRIELLI, PRESIDENTE DA PETROBRAS: ENDIVIDAMENTO DENTRO DO LIMITE MÁXIMO

A que mais investe em US$ milhões, antes da revisão de junho 2009

2010

30.000

média de 2009 sem Petrobras

20.000

média de 2010 sem Petrobras (-5%)

10.000

0

British Chevron BG Group Petroleum

Fontes: Evaluate Energy e relatórios das empresas

44 AméricaEconomia Julho, 2010

Conoco Philips

Eni

Exxon

Petrobras Repsol

Shell

Statoil

Total E&P

* Valores não incluem impacto do acidente da BP no México

Foto: 2 - Paulo Fridman/Bloomberg via Getty Images

40.000


Impacto dos preços

segundo previsões. Desse total, 50% deverão compor o caimédia 2009 xa da Petrobras. Estimativas PMR** Petrobras: 157,77 220 da companhia indicam que, PMR** EUA: 130,06 para cumprir os investimentos de US$ 224 bilhões (95% 170 no Brasil), considerando uma previsão de fluxo de caixa de 120 US$ 155 bilhões nos próximos média 2008 cinco anos, a Petrobras preciPMR** EUA: 194,71 70 saria captar no mercado US$ PMR** Petrobras: 176,41 58 bilhões. “É um plano desa20 fiador. Mas, com a capitalizajun-07 set-07 dez-07 mar-08 jun-08 set-08 dez-08 mar-09 jun-09 set-09 set-09 ção, será possível manter os Fonte: Petrobras * Valores em R$ para o barril de petróleo; ** Preço médio de referência atuais níveis de alavancagem dentro do limite máximo de ranking das maiores reservas de petródestinadas a processar o óleo leve do 35%”, estima Gabrielli. leo no mundo para algo entre os cinco pré-sal e exportá-lo à Europa. Os outros 50%, no entanto, são os primeiros da lista. Diante dessa nova “Acreditamos que os países em deresponsáveis pelo atraso no processo e perspectiva, o Brasil decidiu mudar sua senvolvimento devem puxar a demanadiamento, de julho para setembro, do legislação para a exploração de novas da por petróleo nos próximos anos, mas lançamento das ações. Esse montante áreas. Em vez do sistema de concestambém há a tendência de a Europa deverá ser pago à União por uma cessão são, quer tornar a Petrobras a principal seguir como a região mais deficitária onerosa de 5 bilhões de barris, localioperadora das novas áreas, que serão em diesel”, argumentou o presidente zados em um reservatório do pré-sal exploradas por companhias privadas da Petrobras, José Sergio Gabrielli, na da Bacia de Santos. Dois poços foram por meio do sistema de partilha, ou seja, divulgação do plano de investimentos perfurados pela Agência Nacional do em que o governo federal continua proda estatal. Em período de silêncio, deterPetróleo (ANP), representando o goverprietário das reservas e é quem define, minado pela Comissão de Valores Mobino federal em áreas não concedidas em em última instância, o que fazer delas liários (CVM), por conta do processo de leilões, resultando em reservatórios see o ritmo de desenvolvimento. capitalização em andamento, Gabrielli, melhantes aos de Tupi, que vêm sendo O projeto, ainda em discussão no bem como toda a diretoria, tem sido chamados de Franco e Libra. Senado, é visto como um desafio ameaconservador em suas declarações. Porém, o volume e o preço para esses çador para o futuro da Petrobras, já que A conclusão desse processo gera barris ainda deverão passar por auditoespecialistas temem que a companhia grande expectativa no mercado finanria, recém-contratada pela ANP. O prazo não tenha fôlego para fazer frente aos ceiro, que vem “andando de lado”, no dado para a conclusão do processo, no investimentos que lhe serão exigidos. aguardo da subscrição de ações, que final de agosto, fez com que a Petrobras Apenas considerando as áreas já deve ficar em torno de US$ 60 bilhões, adiasse seus planos. Em teoria, a estatal sob sua concessão, a companhia poderia realizar seu aumento de Mudança de perfil prevê investimentos de US$ 118,8 capital separadamente da cessão balança comercial brasileira, em US$ milhões bilhões (53% do total) em exploraonerosa, mas o governo não teria ção e produção entre 2010 e 2014. uma receita que justificasse sua Exportação Para o pré-sal, serão US$ 33 bilhões. retirada de títulos públicos para Importação -US$ 927 Reforçando essa estrutura, a comacompanhar a oferta de ações na panhia elevou em mais de 70% proporcionalidade de sua participa20.000 ção atual no capital da companhia. seus investimentos em refino e US$ 2.874 Além disso, poderia haver um conabastecimento e em 51% na área flito entre o que a Petrobras previu de gás e energia. O foco, mais uma 10.000 pagar pela cessão onerosa e dispovez, é o pré-sal. Além de gasodutos nibilizou em sua capitalização e o e terminais de liquefação para dar que a ANP viesse a estipular de prevazão ao gás natural produzido no ço final pelo barril. Na dúvida, e sob pré-sal, serão construídas, até 2016, 0 o risco de complicações posteriores, três refinarias de grande porte, du2008 2009 melhor adiar o processo. Fonte: Petrobras as delas (no Maranhão e no Ceará) 15.201

12.327

21.246

22.173

volatidade no mercado internacional e estabilidade no doméstico*

Julho, 2010 AméricaEconomia 45


Introdução

A região

agradece EXPANSÃO DAS CORPORAÇÕES BRASILEIRAS FOI A GRANDE RESPONSÁVEL POR GARANTIR UMA BOA MÉDIA DE CRESCIMENTO NO RANKING DAS 500 MAIORES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA AMÉRICAECONOMIA INTELLIGENCE

A

tendência é irrefreável: mais uma vez, o Brasil deixa em evidência a superioridade de suas corporações frente às restantes da região. Nesta nova edição do ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina, as empresas brasileiras, junto das operações de estrangeiras que operam no país, lideraram por todos os lados. Primeiramente, em quantidade:

AS 500 POR PAÍS

RK 20O9

PAÍS

1

BRASIL

2005 204

2

MÉXICO

138

as 226 empresas do Brasil (14 a mais que na edição passada) representam 45% do total de corporações no ranking. Se a comparação for feita pela soma do volume de vendas, as brasileiras levam 48% do total, cerca de 9% a mais do que há um ano. Já as companhias de outros países da região apenas mantiveram ou reduziram suas participações nesses dois indicadores – com as honrosas

NÚMERO DE EMPRESAS 2006 2007 2008 2009 207 211 212 226 111

134

126

exceções da Bolívia, que, pela primeira vez, incluiu uma empresa no ranking, e da Colômbia, que somou duas novas corporações e aumentou sua fatia no total das vendas. Na verdade, se não fosse pela expansão das empresas brasileiras, que permitiu que o montante das vendas registradas pelas 500 maiores empresas da América Latina em 2009 ultra-

2005 534.077,5

VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES) 2006 2007 2008 746.786,7 610.088,2 825.018,2

2009 956.790,2

119

490.811,1

532.016,3

645.721,6

588.245,5

580.695,4

VAR % PARTIC. 09/08 % 2009 28,1

47,7

-1,3

29,0

3

CHILE

54

63

55

60

55

103.043,9

137.953,1

158.345,4

164.322,2

152.323,9

-7,3

7,6

4

ARGENTINA

36

41

36

35

33

65.585,2

88.240,6

107.736,8

117.493,5

105.376,7

-10,3

5,3

5

VENEZUELA

11

12

7

7

6

98.294,2

118.360,8

109.557,5

147.586,6

85.001,7

-42,4

4,2

6

COLÔMBIA

30

35

31

28

30

36.037,8

46.945,5

58.597,4

59.484,0

65.998,8

11,0

3,3

7

PERU

12

18

15

21

19

16.368,3

26.085,2

29.091,7

32.300,0

29.782,7

-7,8

1,5

8

EQUADOR

5

3

3

3

3

8.210,6

8.684,0

9.444,4

13.182,6

10.525,2

-20,2

0,5

9

COSTA RICA

4

3

3

3

3

6.072,0

4.640,4

5.594,2

6.180,8

6.624,3

7,2

0,3

10

BOLÍVIA

-

-

-

-

1

-

-

-

-

4.000,0

-

0,2

11

URUGUAI

2

2

2

2

2

2.188,3

2.230,7

2.933,0

2.725,9

3.295,8

20,9

0,2

12

PANAMÁ

2

2

2

2

2

1.817,7

2.294,0

2.756,5

3.273,9

3.253,4

-0,6

0,2

13

EL SALVADOR

1

1

1

1

1

791,7

928,3

938,0

940,0

940,0

0,0

0,05

14

GUATEMALA TOTAL

1

2

-

-

-

1.100,0

3.151,0

-

-

-

-

-

500

500

500

500

500

1.364.398,2

1.581.618,0

1.955.734,7

1.882.521,8

2.004.608,2

6,5

100,0

46 AméricaEconomia Julho, 2010


ANO DA RECUPERAÇÃO As 500 na história do ranking, vendas em US$ milhões FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE

1.000,0

3.000.000,0 901,6

900,0 821,8

2.500.000,0

800,0

570,3

600,0

526,2 1.500.000,0

464,3 2.004.608,2

1.882.521,8

1.364.398,2

938.208,0

831.571,6

624.527,4

629.847,0

645.180,0

553.580,3

544.318,2

402.867,2

375.102,7

324.069,8

500.000,0

855.427,7

193,5 166,5 162,6

881.208,1

196,0

215,5

1.122.496,6

278,5

267,2

1.955.734,7

316,0

1.000.000,0

362,0 331,7 324,9 1.581.618,0

357,7

350,4

500,0 400,0 300,0 200,0

VENDAS DA EMPRESA NO 500, EM US$ MILHÕES

700,0

2.000.000,0

512.087,0

SOMA DAS VENDAS, EM US$ MILHÕES

719,0

100,0 0,0

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 SOMA DE VENDAS

VENDAS DA EMPRESA NO 500

passasse pela primeira vez os US$ 2 trilhões, o ano teria sido medíocre para os resultados do ranking. Exagero? Não. Em 2009, as empresas brasileiras do ranking tiveram aumento médio de 42% em suas vendas, enquanto as restantes conseguiram somente 4,5%, o que resulta uma média geral de 21,6%. É verdade que, nessa comparação, influi o efeito cambial, já que as vendas estão medidas em dólares nominais (veja a metodologia na pág. 156), e a moeda brasileira se valorizou mais do que as outras da região. A diversificação das exportações brasileiras também aumentou, bem como a presença direta nos mercados internacionais. O Brasil também teve uma importante vitória simbólica: pela primeira vez, desde que começamos a realizar

este ranking, há 20 anos, uma empresa que não é nem a mexicana Pemex, nem a venezuelana PDVSA leva o primeiro lugar. Pois é. Em 2010, a Petrobras é oficialmente a maior empresa da América Latina. Supera em quase US$ 20 bilhões as vendas da Pemex e em quase US$ 44 bilhões as da PDVSA, que, por causa de graves problemas em sua gestão, viu sua produção anual de barris de petróleo cair a quase a metade do que era há um ano.

Outras empresas ainda brilharam. A Telemar, por exemplo, mais que dobrou suas vendas (114,1%), superando os US$ 17 bilhões. Mas tal desempenho nem se equipara ao da Cosan, de açúcar e etanol, cujo faturamento, no ano passado, cresceu 274%, para US$ 7,6 bilhões, fazendo a brasileira subir da 212ª para a 62ª posição. A Ultrapar (com 71,5%) e o frigorífico JBS-Friboi (51,8%) são outras das estrelas mais brilhantes do universo corporativo brasileiro.

42%

foi o aumento médio de vendas das brasileiras do ranking

Julho, 2010 AméricaEconomia 47


Introdução BARREIRA DO BILHÃO o

N de empresas com vendas acima de US$ 1 bilhão FONTE: AS 500 MA ORES EMPRESAS DA AMÉR CA LATINA, AMÉR CAECONOMÍA INTELL GENCE

500 450

437

456 419

400 350

334 302

300

262

250 200

204

206

2000

2001

167

219 187

150 100 50 0

1999

2002

2003

ALÉM DO BRASIL A diferença entre o país e as demais economias da região é tamanha que fica difícil lembrar que, no início desta década, as empresas mexicanas superavam as brasileiras em vendas. Em 2002, quando o PIB do México era equivalente ao brasileiro, havia 241 empresas mexicanas no ranking, e suas vendas representavam 59% do total. Trata-se do maior registro de vendas que um país já alcançou nos 20 anos de história da presente análise. Hoje, o México é muito menor. Participa com apenas 119 empresas, e suas vendas somam 29%. Entretanto, se levarmos em conta a retração da economia mexicana em 2009, veremos que esse resultado não é tão ruim assim. Enquanto o PIB mexicano registrou queda próxima dos 7%, as vendas em dólares das maiores empresas no país cresceram em média 5,3%. Entretanto, como há sete empresas mexicanas a menos em relação a 2008, a soma das vendas apresenta queda de 1,3%. É certo que, em todos os países, as grandes empresas têm taxas de crescimento maiores que a de suas economias de origem, mas a profundidade da crise no México – derivada de uma ruína tripla: a crise financeira, a guerra contra o narcotráfico e a gripe suína – faz com que esses resultados sejam considerados heroicos.

48 AméricaEconomia Julho, 2010

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Há corporações mexicanas que, mediante os modelos globalizados de negócios e a diversificação de mercados, têm consolidado suas posições de liderança regional em diferentes indústrias. É o caso da engarrafadora Femsa, que conseguiu um crescimento de 24,1% em 2009, com o total de vendas superior a US$ 15 bilhões. O Grupo Bimbo, dedicado à panificação, é de longe o maior player do segmento em toda a região, com um crescimento de 49,6% em 2009. Isso sem contar o crescimento de 20% da América Móvil, grupo de operadoras de telefonia celular de Carlos Slim, que está em processo de integração com a Telmex, a divisão de telefonia fixa e internet do grupo mexicano. As empresas chilenas também não tiveram um bom ano. Apesar de serem 55, terceiro maior volume por país, perderam cinco representantes em relação ao ano anterior. Suas vendas representaram somente 7,6% do total, menos que os 8,3% de 2008. De fato, as empresas que sempre se destacaram neste ranking sofreram uma forte queda

nas vendas. É o caso da companhia petrolífera estatal Enap, com uma redução de 41,8%, e da naval Sudamericana de Vapores, com queda de 38,7%. A tendência alcançou inclusive a Codelco, principal produtora de cobre do mundo, que caiu 15,8%, enquanto a SQM (antiga Soquimich), uma das mais importantes mineradoras do planeta, viu suas vendas diminuírem 19,8%. No país, o único setor que parece ser à prova de crise é o varejo. A maturidade que a indústria tem alcançado permite um crescimento em tempos de crise e momentos com apostas interessantes. É o caso da Cencosud, que cresceu 7,9% em 2009. A rede de lojas de departamento Falabella, com fi liais no Chile, no Peru e na Colômbia, cresceu 17,5%. Já a D&S, adquirida em parte pelo Grupo Walmart, registrou um aumento de 33,7% nas vendas em 2009. A Argentina, com 33 empresas no ranking (no ano passado foram 35), esteve a ponto de perder o quarto lugar para a Colômbia, com 30 empresas (antes eram 28). Essa diferença desaparece quando o volume de vendas argentino é comparado ao colombiano: as vendas atingiram US$ 105 bilhões, enquanto as da Colômbia foram de US$ 66 bilhões. As empresas siderúrgicas do Grupo Techint, assim como as agroindustriais argentinas, explicam grande parte da diferença nos resultados obtidos pelos países durante 2009. A queda mais forte foi a da Venezuela, por causa dos contratempos que as grandes empresas do país sofreram em virtude da arbitrariedade do governo Hugo Chávez. Das 11 empresas presentes em 2005, ficaram apenas seis. Algumas delas saíram do ranking por terem desaparecido, encolhido ou simplesmente por

52%

foi a queda estimada nas vendas da venezuelana PDVSA


não divulgarem mais seus resultados. Este é o caso das empresas do Grupo Polar, que domina vários segmentos do mercado e é liderado pela família Mendoza. O maior declínio, no entanto, é o da já mencionada PDVSA, cujas vendas tiveram encolhimento estimado em 52%, causado por uma forte queda da produção (a empresa não apresentou os resultados oficiais de 2009).

POR SETOR Se analisamos as 500 maiores empresas com base nos setores aos quais cada uma pertence, podemos identificar claramente vencedores e perdedores. Os setores de alimentos, bebidas e agronegócios são os que mais somaram vendas em 2009. Petróleo e gás (por conta da queda no preço internacional) e siderurgia/metalurgia foram os que mais caíram. Há outros

NÚMERO DE EMPRESAS

RK 2009

AS 500 POR SETOR

setores que apresentaram maiores taxas de crescimento, como as indústrias de calçados/têxtil, porém, com uma base de vendas muito menor. Para uma análise completa dos setores industriais mais representativos das 500 maiores empresas da América Latina, veja o sub-ranking setorial a partir da página 116. No geral, as 500 maiores empresas da região mostram saúde invejável em relação ao restante do planeta. Não só porque continuam crescendo em meio à contração global, mas também porque fazem isso com rentabilidade: as 500 conseguiram margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 21%, margem líquida média de 10%, retorno sobre os ativos (ROA) de 7,2% e um respeitável retorno sobre capital (ROE) de 18,6%. Tudo sem descuidar da solvência:

SETOR

em meio à crise, as empresas da região incrementaram seu capital de giro (ativos circulantes menos passivos circulantes) em 174% (entre 2007 e 2009). Esta edição do ranking mostra também que 456 empresas da região superaram a barreira psicológica do bilhão de dólares em vendas anuais, um salto considerável frente às 419 de 2008 e as 437 de 2007. Na verdade, a empresa número 500 da lista mostra vendas superiores a US$ 900 milhões (em 2008, o limite inferior foi de US$ 718 milhões), o que permite supor que se em 2010 a economia da região continuar se recuperando como vem fazendo até agora, a próxima edição do ranking mostrará apenas empresas com vendas superiores a US$ 1 bilhão. Assim, teremos um novo marco no mais seleto clube de empresas da América Latina.

VENDAS TOTAIS (US$ MILHÕES)

2005 2006 2007 2008 2009

2005

2006

2007

2008

2009

VAR % PARTICIP. % 09/08 2009

1 PETRÓLEO/GÁS

34

35

32

37

38

377.666,0

447.073,3

494.022,7

506.996,6

454.060,0

-10,4

22,7

2 COMÉRCIO

71

72

70

74

74

140.382,6

162.591,0

196.662,9

187.507,1

230.735,7

23,1

11,5

3 TELECOMUNICAÇÕES

45

43

41

37

35

124.363,2

141.873,6

170.013,1

148.210,3

184.088,1

24,2

9,2

4 ENERGIA ELÉTRICA

45

46

44

43

53

92.450,9

104.646,7

130.432,0

119.015,4

147.918,2

24,3

7,4

5 AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS

29

31

33

33

31

76.646,6

91.997,7

123.943,5

118.340,7

122.098,9

3,2

6,1

6 MULTISSETOR

25

29

14

15

17

86.221,7

108.558,0

92.377,7

88.093,6

110.111,5

25,0

5,5

7 MINERAÇÃO

27

36

33

32

31

64.959,4

103.226,0

126.094,4

107.332,4

97.383,1

-9,3

4,9

8 SIDERURGIA/METALURGIA

42

36

40

36

24

90.537,8

94.909,0

147.002,5

138.910,3

94.523,9

-32,0

4,7

9 AGROINDÚSTRIA

15

14

20

19

17

26.965,8

26.685,1

58.003,6

64.640,5

84.006,5

30,0

4,2

10 BEBIDAS

18

19

15

15

17

49.835,4

58.308,4

63.686,9

54.849,0

73.723,4

34,4

3,7

11 ALIMENTOS

26

24

24

25

23

38.333,2

37.604,0

52.408,6

53.102,5

71.827,8

35,3

3,6

12 PETROQUÍMICA 16 QUÍMICO/FARMACÊUTICO

36

13

14

14

12

17

20

18

21

57.268,7

43.633,7

57.552,8

59.191,1

54.573,4

-7,8

2,7

16.502,6

29.687,9

27.610,5

33.289,3

20,6

1,7

13 ELETRÔNICO

14

11

20

20

21

22.359,2

18.937,8

42.521,0

44.675,7

50.614,8

13,3

2,5

14 CONSTRUÇÃO

9

9

13

13

20

10.384,2

12.761,3

21.110,4

23.125,7

41.292,2

78,6

2,1

19

15

17

19

18

29.761,5

23.521,4

31.737,8

35.454,1

36.448,5

2,8

1,8

7

8

7

6

6

23.214,1

27.952,5

33.963,3

28.096,7

28.738,3

2,3

1,4

11

12

9

10

7

14.500,8

16.750,8

18.576,4

17.035,6

16.618,9

-2,4

0,8

19 SERVIÇOS BÁSICOS

8

3

6

6

6

11.125,1

4.733,5

11.526,5

9.846,7

13.508,4

37,2

0,7

20 MÍDIA

7

7

6

5

5

9.403,7

10.854,6

12.237,4

10.475,1

13.484,7

28,7

0,7

21 SERVIÇOS DE SAÚDE

3

4

6

6

8

2.409,1

3.244,3

7.153,9

7.764,4

10.791,7

39,0

0,5

22 SERVIÇOS GERAIS

-

5

2

2

2

-

9.125,2

7.779,2

7.025,3

8.906,9

26,8

0,4

23 MANUFATURA

-

4

8

8

6

-

4.006,9

13.310,4

12.037,3

8.501,8

-29,4

0,4

24 MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS

3

2

3

4

3

4.528,6

4.543,8

5.163,1

5.989,9

6.298,4

5,2

0,3

25 IND. AEROESPACIAL

1

1

1

1

1

3.902,0

3.912,0

5.636,2

5.026,4

6.209,9

23,5

0,3

26 TÊXTIL/CALÇADO

5

4

2

2

4

2.969,6

3.664,8

3.130,5

2.169,0

4.853,9

123,8

0,2

500

500

500

500

500

1.364.398,2 1.581.618,0 1.955.734,7 1.882.521,8 2.004.608,2

6,5

100,0

15 TRANSPORTE/LOGÍSTICA 17 CIMENTO 18 CELULOSE/PAPEL

TOTAL

Julho, 2010 AméricaEconomia 49


SETOR Transporte aéreo

ZONA DE

DECOLAGEM COM BONS RESULTADOS E PERSPECTIVAS DE CRESCIMENTO, AS COMPANHIAS AÉREAS DA REGIÃO SÃO DESTAQUE EM NÍVEL GLOBAL CAROLINA FUENTES, DE SANTIAGO, COM GISELE TURTELTAUB, DE SÃO PAULO

de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), essas regiões foram as únicas que registraram crescimento no ano passado. Na América Latina, a expansão foi de 2%, com as companhias aéreas somando receita de US$ 22 bilhões, similar à de 2008. A região fechou o ano com uma frota de 600 aviões, a maior de sua história.

E este ano promete mais. “O transporte aéreo está estreitamente relacionado com a saúde macroeconômica de um lugar, e a América Latina não foi tão afetada pela crise quanto os EUA e a Europa”, diz Oscar García, presidente da Interflight Global Corporation, consultoria com base em Miami. “As empresas que se destacaram em 2009 foram as que

Ilustração: Patricio Otniel

A

redução da atividade econômica e a contração do comércio e do turismo provocadas pela crise criaram, em 2009, uma nuvem negra no setor aéreo internacional parecida com a resultante da erupção do vulcão na Islândia. Mas de extensão limitada, deixando de fora o Oriente Médio e a América Latina. Segundo a Associação


Uma estratégia que parece acertada em um mercado que investe cada vez mais no público com maior potencial de crescimento: a classe C. Segundo Brian Moretti, analista do setor de aviação da Planner Corretora, apenas 10% dessa população viaja de avião. Logo, as companhias aéreas buscam estimular o VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK ROE* ROA** MARGEM VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL passageiro a realizar seu (%) (%) LÍQ. (%) 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 primeiro voo e trocar as ro25,5 771,0 232,5 82,1 10,2 13,6 86 doviárias pelos aeroportos. “A Azul tem conseguido 21,1 4,0 6,6 127 -15,0 233,0 -31,1 taxas de ocupação expres216,2 398,5 198,6 26,2 9,6 11,6 132 sivas, entre 80% e 90%”, 493,0 183,2 30,2 10,2 14,3 133 25,5 exemplifica Moretti, en-113,2 -34,3 -22,1 154 -38,7 -669,7 -1.612,8 quanto a média para voos – – – 196 13,5 N.D. – domésticos em 2009, no país, foi de 66,75%. 21,0 11,7 10,2 205 41,8 229,8 41,6 Outras estratégias já – – – 267 1,6 N.D. – postas em prática são os -49,3 2,9 0,6 0,6 279 4,8 10,3 parcelamentos em até 36 32,2 18,2 -75,9 0,8 0,3 1,3 339 vezes, caso da Gol, além de *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo um sistema de pré-pagamento em 12 vezes para solidação. “Avianca, LAN, TAM e Gol quem não tem conta bancária, criado serão os eixos dessas movimentações”, pela Webjet. A Azul anunciou a criação diz Lipovich. “Esses serão os poucos de um cartão de crédito para a compra players regionais, que conviverão com de passagens aéreas da companhia. pequenos operadores que não os inco“Os estímulos são necessários para aumodarão em suas rotas relevantes.” mentar a frequência dessa parcela da população nos voos”, explica o analista A QUESTÃO PREÇO da Planner Corretora. Enfrentar a concorrência nessa onda Já o transporte aéreo de cargas, de de consolidações não será, entretanto, acordo com o Sindicato Nacional das o único desafio para as companhias. Empresas Aeroviárias (SNEA), não teve Desde o surgimento das propostas low a mesma sorte no Brasil, acompanhancost, as operadoras tiveram de buscar do a tendência mundial, de queda. No alternativas e apertar o cinto. “As aeano passado, esse serviço registrou baironaves vão cheias, mas os passageiros xa de 12,37% em relação a 2008, consinão estão mais dispostos a pagar muiderado o pior desempenho desde 2003. to”, diz García, da InterFlight. Por isso, O movimento de carga internacional não são poucas as companhias da reacumulado atingiu apenas 537.871 togião que passam a olhar com interesse neladas, ficando 14,78% abaixo de 2008. a iniciativa das companhias aéreas dos Segundo o sindicato, a queda foi reflexo EUA, que, para conter custos e melhorar dos efeitos negativos da crise econômia gestão da receita, passaram a cobrar ca mundial sobre os resultados anuais por alimentos e bebidas, além de outros no segmento internacional. serviços, no interior das aeronaves. Em Em âmbito mundial, os analistas junho, a própria Gol, pioneira do modelo estimam uma reação concreta ainda low cost, resolveu adiantar-se à tendênneste ano: um crescimento de 11%, que cia e ser a primeira no Brasil a cobrar se configura em um bom impulso para pelo serviço de bordo. recuperar altura.

No Brasil, a média de ocupação para voos domésticos, no ano passado, foi de 66,75% TRANSPORTE/LOGÍSTICA RK 2009

EMPRESA

PAÍS

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

1

TAM

BRA

5.685,9

2

LAN VRG – LINHAS AÉREAS (NOVA VARIG) GOL

CHI

3.519,2

BRA

3.444,0

BRA

3.441,7

3 4 5

SUDAMERICANA DE VAPORES CHI

3.031,9

6

AEROMÉXICO (CINTRA)

2.383,5

MÉX

7

TRANSPETRO

BRA

2.262,7

8

MEXICANA DE AVIACIÓN

MÉX

1.808,5

9 10

AVIANCA

COL

1.722,8

ALL AMÉRICA LATINA

BRA

1.419,5

N.D. – Não Divulgado

focaram suas operações na América do Sul, satisfazendo a demanda local”, diz o argentino Gustavo Lipovich, da Universidad de Buenos Aires. Exemplo disso é a LAN Airlines, que opera na Argentina, no Peru, no Equador e no Chile. A chilena registrou um faturamento líquido de US$ 231 milhões em 2009, enquanto a média das 230 companhias associadas à Iata foi de perda de US$ 40 milhões. Na região, entre as que tiveram resultados negativos estão as mexicanas Aeroméxico e Mexicana de Aviação e a salvadorenha Taca, que se fundiu com a colombiana Avianca. Para 2010, o maior dinamismo promete chegar do Brasil, da Colômbia, do Panamá e do México – este último, recuperando-se dos fracos resultados do ano anterior. Esses países também devem protagonizar o maior volume de investimentos. A brasileira TAM é um exemplo, tanto que solicitou à Airbus, em junho, 20 aviões A320 novos e cinco A350-900. Iniciativas semelhantes têm a Gol, a Avianca e a Copa Airlines. Outra tendência possível para o futuro é a continuação da onda de con-

Julho, 2010 AméricaEconomia 51


SETOR Transporte aéreo

Mudança de rota GOL REFAZ SEU PLANO DE VOO E VÊ SEUS RESULTADOS DECOLAREM VERÓNICA GOYZUETA, DE SÃO PAULO 1

O

céu não estava limpo, e a imagem do satélite mostrava zonas de instabilidade, o que fez o piloto mudar seu plano de voo: trocou o copiloto e optou por um trajeto mais eficiente e seguro. A decisão, ao que tudo indica, foi acertada, e a viagem agora transcorre em clima de normalidade. Essa poderia ser a descrição da trajetória da Gol Linhas Aéreas desde março de 2009. Quando a empresa anunciou a compra da Varig, em 2007, pairaram problemas e dúvidas sobre a companhia, que até então tinha mostrado um dos desempenhos mais espetaculares da aviação mundial, graças a uma ousada estratégia de baixo custo. Com a aquisição da Varig, o frenesi transformou-se em dor de cabeça. A Gol levou no negócio, de US$ 275 milhões, aviões velhos, incompatíveis com o restante da sua frota e com um alto consumo de combustível, justo

52 AméricaEconomia Julho, 2010

em uma época de aumento de preço dos combustíveis e caracterizado por um cenário internacional difícil. Fora isso, a aprovação do negócio demorou mais do que o esperado, 18 meses, o que se refletiu nos balanços e nas ações da Gol em bolsa.

O COPILOTO O vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Gol, Leonardo Pereira, atribui a má fase da empresa à falta de integração Varig/Gol. “Isso ocorreu por causa da demora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Sem a aprovação da compra, não poderia haver sinergia”, diz Pereira, escalado por Constantino Junior, presidente da Gol, no início do ano passado, quando a empresa passava por sua fase mais delicada, e hoje seu homem de confiança. Pereira chegou à Gol depois de passar pelo Citibank e pela NET, onde teve

uma missão parecida com a que tem cumprido na companhia aérea. Ele comandou o processo de reestruturação e foi responsável pela operação de aumento de capital da Gol, que rendeu R$ 600 milhões em setembro do ano passado. Foi Pereira que coordenou a integração das operações Varig/Gol e a incorporação do Smiles, o maior programa de milhagem do país, com 6,5 milhões de clientes cadastrados, além de um processo de reestruturação que reduziu o número de vice-presidentes e simplificou a gestão da empresa. Os resultados dessa movimentação já são visíveis. A Gol registrou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 405 milhões entre janeiro e março, o melhor resultado trimestral desde sua criação, em 2001, e o sétimo trimestre positivo consecutivo. Foi escolhida pela Econo-

Fotos: 1 - Marisa Cauduro/Folhapress; 2 - Jean Pierre Pingoud/Getty Images; 3 - Divulgação

CONSTANTINO JUNIOR, PRESIDENTE DA GOL


Empresa está mais focada no mercado interno, responsável por 90% de sua receita

2

mática como a segunda empresa aérea de capital aberto mais lucrativa das Américas entre as 11 listadas em bolsa na região. A Euromoney a classificou como a companhia aérea mais bem administrada da América Latina em 2009. Brian Moretti, analista de setor aéreo da Planner Corretora, destaca que o bom desempenho operacional da Gol foi obtido, principalmente, pela padronização da frota e seu uso mais eficiente, passando de uma média de 11,3 horas para 13 horas por dia. Pereira já antecipa que vai chegar a 14. “A oferta de assentos aumenta bastante”, diz, sobre os benefícios. A agência internacional de risco Fitch Ratings é outra que tem visto a Gol com bons olhos. Recentemente, elevou a classificação da empresa em vários critérios, após avaliar melhoras no seu fluxo de caixa, uma posição confortável de liquidez e uma queda contínua da sua alavancagem nos últimos trimestres.

NOVO RUMO Para Moretti, da Planner, houve uma clara mudança na estratégia quando a empresa deixou de focar na expansão

internacional e voltou a olhar para o mercado interno, de onde vêm 90% da sua receita, cortando rotas no exterior que não eram rentáveis. O analista aponta que as grandes vantagens que ficaram para a Gol com a aquisição da Varig foram a maior penetração nos aeroportos e o Smiles. Pereira confirma o foco no mercado doméstico, mas aponta interesse na América Latina. A Gol tem 13 destinos na região e uma malha importante na Argentina. “O setor aéreo na América Latina tem tudo para dar certo. A estrutura viária e ferroviária não é boa, e o poder aquisitivo está aumentando”, diz. Essa opção ainda afastou a Gol de u ma concor rênc ia muito direta com a TAM, que conta com planejamento mais internacional, aponta Moretti. Mesmo estando praticamente empatadas no mercado doméstico, a Gol não parece ver a TAM no seu radar. Pereira é

diplomático e diz considerar a concorrência salutar, considerando a grandeza do mercado brasileiro. Mas um ponto em que a concorrência tem ficado mais evidente é nos programas de milhagem. Eles têm se convertido em fonte de receita para as companhias, pois, além dos contratos com bancos – que se beneficiam com o aumento no uso dos cartões de clientes que querem trocar seu consumo por passagens–, os programas ainda podem render outros negócios, como a entrada na bolsa. A TAM, por exemplo, fez um spin-off do seu programa Multiplus – que tem 6,3 milhões de clientes cadastrados– e uma bem-sucedida oferta pública de ações que arrecadou mais de R$ 700 milhões em fevereiro. Não há sinais de que a Gol siga essa estratégia, mas tem feito esforços para valorizar a marca Smiles, que gerou uma receita de R$ 300 milhões no ano passado. Além das alianças internacionais, a Gol vem ampliando sua rede de parcerias e benefícios para os cadastrados. Outro ponto de colisão entre as duas empresas é que a Gol, para muitos, deixou de ser uma empresa low cost tradicional. Mas, apesar do aumento das tarifas, Pereira acredita que as características de baixo custo permanecem. O acirramento da concorrência, no entanto, ainda pode estar por vir. Moretti, da Planner, acha que o cenário deve mudar com a entrada de capital estrangeiro no mercado nacional, o que deve trazer mais dinheiro para as companhias, em um 3 setor que hoje é calmo para as duas grandes. A aprovação, que vem se arrastando, pode acontecer em dezembro, adverte o analista. Mas, até lá, a Gol pode manter o plano de voo sem ver a concorrência no horizonte. LEONARDO PEREIRA, VP DE FINANÇAS DA GOL: CHAVE NA REESTRUTURAÇÃO

Julho, 2010 AméricaEconomia 53


SETOR Alimentos

Abundância e desafios ARGENTINA E BRASIL VISLUMBRAM UM ANO DE BONS RESULTADOS, ENQUANTO O MÉXICO AINDA DEPENDE DA REAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

Ilustração: Patricio Otniel

RODRIGO LARA SERRANO, DE BUENOS AIRES

“C

ada vez que os chineses reduzem meio ponto da taxa de pobreza do país, há um salto expressivo na demanda de alimentos.” A frase, da economista Victoria Giarrizo, diretora do centro de estudos argentino Cerx, refere-se ao gigante mercado asiático, que hoje mantém a demanda constante de soja, milho, trigo e óleos no planeta. Tal circunstância favorece especialmente países como o Brasil e a Argentina, que, conjuntamente, dominam a oferta desses produtos. Superados os problemas da seca na Argentina e das inundações no Brasil, as estimativas são boas em ambos os países, que ainda contam com uma demanda interna aquecida, fruto do crescimento esperado do PIB (de 5,9% na Argentina e quase 7% no Brasil).

54 AméricaEconomia Julho, 2010


A Argentina, com sua colheita de soja praticamente concluída, dá indícios de que conquistou um recorde de 55 milhões de toneladas, o que estaria 5 milhões de toneladas acima da estimativa do departamento de agricultura dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), divulgada no começo de junho. Já para o Brasil, a projeção é de 65 milhões de toneladas de soja. Na Argentina, o único fator que atualmente joga contra o setor é o político, por conta da situação ainda tensa entre o governo e grandes produtores agropecuários. Marcela Salleras, analista do setor, diz que, apesar de o atual boom da soja “significar um incremento de 23,5 milhões de toneladas em relação à safra passada, representando 75% de crescimento, os produtores puderam cobrir os direitos de exportação e o aumento de custos, mas não os prejuízos da safra passada”.

No Brasil, setores de carne e etanol se destacam por conta das consolidações mudança mais estrutural: o cultivo da soja pressiona a transferência de muitos produtores de suas terras, e o surgimento de feedlots de milho muda, em parte, os players do lado da oferta. Já no Brasil, esse setor se destaca pela consolidação na indústria, tendo atores como JBS produzindo em pontos diferentes do planeta, escapando de possíveis embargos. No caso da carne de frango e de suíno, o grande anúncio de 2009 foi a união de Sadia e Perdigão, criando a gigante Brasil Foods (veja reportagem na pág. 56) Se é de consolidações que se trata, é imprescindível destacar o novo momento vivido pelo setor brasileiro de açúcar

de zoneamento para a cultura da canade-açúcar, proibindo a ampliação dos cultivos em 81,5% do país, deixando de fora regiões como a Amazônia e o Pantanal. “A União da Indústria de Canade-Açúcar (Unica) é completamente favorável a esse zoneamento. De fato, em São Paulo, temos critérios mais estritos”, comenta Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da associação. O objetivo é impedir que, em anos de boom (como 2006 e 2007), haja uma expansão desmesurada que intensifique a crise em anos ruins (como 2008 e 2009). Se em geral o cenário é de vacas gordas, o México ainda demanda cautela. Apesar de o país ter exportado US$ 15,87 bilhões em produtos agropecuários e agroindustriais em 2009, neste VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM ano, não vem com boas EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL 2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 perspectivas, por causa da lenta recuperação de seu BRA 0,9 0,5 0,8 41 87,4 69,2 197,0 1 BRASIL FOODS (BRF) 9.135,0 principal mercado, os EUA, BRA – – – 47 65,9 N.D. – 2 NESTLÉ 8.908,0 e de só agora o mercado MÉX 14,8 6,2 5,1 48 49,6 455,8 45,9 3 GRUPO BIMBO 8.905,1 interno dar os primeiros BRA 13,0 4,8 4,8 62 274,8 366,4 295,1 4 COSAN 7.638,9 sinais de que está saindo da recessão. MÉX 19,9 3,5 3,0 118 19,3 117,0 113,1 5 GRUPO MASECA 3.864,2 Além disso, os mexicaMÉX – – – 122 21,0 N.D. – 6 GRUPO INDUSTRIAL LALA 3.630,0 nos estão importando cada MÉX – – – 138 15,0 N.D. – 7 NESTLÉ DE MÉXICO 3.283,3 vez mais alimentos. Entre BRA 15,4 8,9 6,9 191 30,4 166,4 23,2 8 COAMO 2.416,8 2005 e 2008, a importação MÉX – – – 203 32,0 N.D. – 9 DANONE 2.271,3 de carne de vaca aumentou 440%; a de aves, 280%; 27,0 105,1 -20,9 4,0 3,1 4,6 206 10 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COL 2.261,4 a de carne de porco, 210%; N.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo e a de milho, 85%. Apesar de ser um grande produtor de milho, o A situação parece ser ainda mais e álcool de cana. Uniões como a da ETH México ainda precisa importar mais de complexa quando se trata da pecuácom Brenco e da Shell com Cosan, e a 9 milhões de toneladas anuais do grão, ria. Segundo Salleras, “as sucessivas virada da francesa Tereos, dando novo ou 33% de seu consumo total. intervenções do governo nos últimos impulso à Açúcar Guarani – que ainda Esse fato impulsionou as organianos e as condições climáticas, que contou, neste semestre, com a compra zações rurais do partido do governo, atrapalharam a produção de pasto, prode uma participação pela Petrobras –, o PRI, a anunciarem uma proposta de vocaram uma redução significativa do são sinais de um movimento que poderá criação de um programa nacional de estoque de gado do país”, diz. “Por falta significar um marco para um segmento substituição de importados, para que de oferta, hoje pagam por um quilo de ainda vulnerável à variação de preços. o país limite a importação de grãos ao carne mais do que o dobro do ano pasPara que o crescimento do etanol máximo de 30%. sado”. Isso acontece no marco de uma seja ordenado, discute-se um projeto

ALIMENTOS

Julho, 2010 AméricaEconomia 55


SETOR Alimentos

Pronta para a

largada

DEPOIS DE MAIS DE UM ANO DE SUA CRIAÇÃO, A GIGANTE BRASIL FOODS AINDA ESPERA SINAL VERDE DO CADE PARA ENTRAR DE VEZ NO JOGO SOLANGE MONTEIRO, DE SÃO PAULO

1

56 AméricaEconomia Julho, 2010


Fotos: 1 - Rafael Hupsel/Divulgação; 2 - Divulgação

A

meaça de falta de quórum. Essa era a novidade que, ao fechamento desta edição, poderia resultar em um novo adiamento do parecer do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) quanto ao futuro da Brasil Foods, resultante da união das empresas Perdigão e Sadia, estimado para agosto. O fim do mandato de três conselheiros do órgão poderia paralisar as votações, deixando José Antonio do Prado Fay ( foto), presidente da nova companhia, refém da expectativa. A Brasil Foods – cuja criação foi impulsionada pelos prejuízos da Sadia, no final de 2008, com operações de derivativos financeiros – é a maior fabricante brasileira de alimentos congelados e a maior exportadora mundial de carne de frango. Com receita líquida de R$ 20,9 bilhões em 2009, está presente em 60 categorias de produtos no país e, em algumas, detém participação relevante. É o caso da pizza congelada e da margarina – nesta última, as duas empresas, juntas, detêm 61% de mercado, segundo dados da AC Nielsen, e poderão ter de abrir mão de alguma marca. Segundo analistas, entretanto, esse não é um grande problema para a nova empresa. “É certo que o atraso da decisão é ruim e afeta o preço das ações, mas essa possibilidade de restrição já foi incorporada no valor das mesmas”, diz Renato Prado, analista da Fator Corretora. “E, mesmo assim, o desempenho da Brasil Foods na bolsa neste ano tem sido positivo, com um acumulado de 8,66%, enquanto o Índice Bovespa está em 8,41%.” A impaciência do mercado, especula-se, é quanto a conhecer os planos de investimento da companhia para os próximos cinco anos, cujos anúncio e desenvolvimento dependem do parecer do Cade. Consultados por AméricaEconomia, os executivos da empresa não quiseram se pronunciar, apenas reforça-

ram as palavras de Fay sobre o intenso trabalho de integração realizado até agora “para identificar todas as sinergias e como capturá-las”. Pelos cálculos da Fator, tais sinergias poderiam chegar a R$ 2 bilhões, valor nada desprezível em um mercado que exigirá uma crescente economia de escala e propício a consolidações. Esse bom posicionamento poderá ganhar mais relevância em um cenário no qual, segundo relatório da Agência de Agricultura e Alimentação da Organização das Nações Unidas, as exigências ambientais e os padrões sanitários rígidos po2 derão elevar o custo de produção de carne bovina, abrindo ainda mais o mercado para a carne de frango. “Grande parte dos investimentos de 2009 (R$ 802,8 milhões) foi para fortalecer a matriz de galinhas e suínos, indicando uma postura agressiva”, diz Prado, da Fator, ressaltando o potencial que a empresa tem para crescer no mercado interno, que, hoje, representa 58,1% de suas vendas.

Concentração de mercado poderá levar à venda de marcas

O professor de Marketing do Insper, Timothy Altaffer, aponta o potencial do mercado externo como interessante para a empresa. “Essa união não visou de imediato às vendas internacionais, mas ambas se complementam muito bem para isso”, diz, fazendo também sua aposta sobre os próximos passos da nova gigante.

Julho, 2010 AméricaEconomia 57


SETOR Automotivo

Motor

GIULIANO AGMONT, DE SÃO PAULO

O

mercado brasileiro de automóveis experimenta um inédito período de aquecimento nas vendas. O país ultrapassou, em 2009, a barreira dos 3 milhões de veículos emplacados e deve chegar aos 3,4 milhões em 2010. Esse resultado, além de colocar o Brasil próximo de assumir o posto de quarto maior consumidor de carros do mundo – o que já foi uma realidade nos primeiros cinco meses do ano, quando o país vendeu mais carros que a Alemanha e ficou atrás apenas de China, EUA e Japão –, impulsiona um novo ciclo de investimentos, que pode superar os US$ 20 bilhões até 2014. A maioria, US$ 17 bilhões, virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES), destinada principalmente à construção das unidades da Toyota e da Hyundai no interior de São Paulo. Entre as montadoras, alguns dos principais anúncios são os da Volks (de R$ 6,2 bilhões até 2014), da Ford (R$ 4,5 bilhões de 2011 a 2015) e da GM (R$ 3 bilhões de 2010 a 2012). Ou seja: o setor automotivo brasileiro saiu da crise melhor do que entrou. Além de medidas anticíclicas adotadas pelo governo, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), fatores macroeconômicos contribuíram para a retomada das vendas, que caíram de 12 mil unidades por dia para menos de 6 mil, no auge da crise. Segundo analistas, a disponibilidade de financiamento, as quedas dos juros e da inflação, o aumento do emprego e o crescimento do PIB incharam a classe média brasileira e criaram condições para essa pronta recuperação do mercado de veí-

Hoje, o Brasil tem 7,9 habitantes por carro, o que significa um potencial de crescimento atraente 58 AméricaEconomia Julho, 2010

Ilustração: Patricio Otniel

BRASIL PUXA A RETOMADA DAS VENDAS DE CARROS NA AMÉRICA LATINA, BEM COMO OS INVESTIMENTOS NO SETOR


AUTOMOTIVO RK 2009

EMPRESA

1

VOLKSWAGEN

BRA

12.205,1

2

FIAT AUTOMÓVEIS

BRA

11.824,8

3

GENERAL MOTORS DE MÉXICO MÉX

11.485,8

4

NISSAN MEXICANA

MÉX

10.150,1

5

CHRYSLER

MÉX

8.864,6

6

GENERAL MOTORS

BRA

8.462,3

7

VOLKSWAGEN DE MÉXICO

MÉX

7.985,3

8

FORD MOTOR COMPANY

MÉX

5.697,0

9

FORD

BRA

5.473,4

HONDA

BRA

3.090,7

10

pode ser outro fator decisivo para a consolidação do mercado brasileiro como um dos mais pujantes do 14,0 N.D. – – – – 26 mundo. “Hoje, ele é inferior a 50% do PIB. Muitos 139,2 17,1 8,0 29 49,7 948,0 18,3 países têm disponibilida– – – 31 -4,5 N.D. – de de crédito superior ao – – – 37 -3,6 N.D. – PIB. Isso significa que há – – – 49 -2,8 N.D. – uma margem grande pa– – – 52 1,6 N.D. – ra crescimento da oferta de financiamentos, o que – – – 60 -1,9 N.D. – alavancaria ainda mais as – – – 85 -3,2 N.D. – vendas”, acredita. “Mas o – – – 90 2,3 N.D. – país precisa vencer empe– – – 151 2,1 N.D. – cilhos à competitividade: *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo melhorar sua infraestrutura, reduzir tributos, desum aumento de 78% em relação ao mesburocratizar processos e baixar juros, mo período do ano passado. bem como melhorar a qualidade de seus processos e produtos, pois ainda não CENÁRIO PROMISSOR atingiu nível mundial”. O otimismo no mercado brasileiro é o Já a indústria automobilística argrande motor dessa indústria na Amérigentina vive um momento de indefica Latina. Para se ter uma ideia, até 2015, nição. As montadoras complementam a classe C brasileira deve incorporar a produção brasileira com veículos entre 20 milhões e 30 milhões de novos maiores e menor volume de produção, consumidores. Durante esse período, a fabricando pouco mais de 500 mil unicapacidade instalada das montadoras dades por ano. Segundo declarações do no país terá saltado dos atuais 4 milhões governo, neste ano, se espera um recorde veículos para mais de 6 milhões de de de produção do setor, com 700 mil unidades, colocando-o em condições de unidades. Esse avanço, entretanto, vem chegar ao posto de quinto ou até quarto acompanhado de alertas de possível falmaior fabricante mundial. Além da ta de estoque de autopartes e autopeças inauguração de unidades de Toyota, para manter esse ritmo. Para analistas, Hyundai e possivelmente uma ou duas a situação política e econômica, com marcas chinesas, os 14 fabricantes já alta da inflação e informações deseninstalados no país, com destaque para contradas, cria um clima de apreensão Fiat, Volkswagen, GM, Ford, Renault-Nisentre os investidores. Ainda que a misan, Peugeot-Citroën e Honda, investem nistra da Indústria argentina, Débora na expansão de suas plantas. Giorgi, defenda em declarações “uma O Brasil tem, hoje, 7,9 habitantes indústria sustentável, modernizada e por carro, o que significa um potencial intensiva”, o ambiente é de dúvidas. Do de crescimento muito atraente para as lado do governo, a estimativa é de que, montadoras. Até 2016, estima-se que a em pouco anos, e com a ajuda do Brasil, demanda possa chegar a mais de 5 mio setor automobilístico argentino alcanlhões de veículos ao ano. Mercados mace uma produção anual de 1 milhão de duros, como EUA, Japão e alguns países carros, impulsionando uma integração da Europa, não têm essa margem para ainda maior entre as indústrias dos dois expandir, pois dependem principalmenpaíses. Entretanto, não são poucas as te da renovação das frotas. Na opinião vozes que advertem que esse cenário da especialista Letícia Costa, o crédito ainda é imprevisível.

VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIÇÃO RK ROE* ROA** MARGEM PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009

N.D. – Não Divulgado

culos leves. “Somos hoje um grande e importante mercado mundial”, resume Cledorvino Belini, presidente da Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores). O México, por sua vez, começa a se recuperar da crise econômica, já que exporta praticamente metade de sua produção para o mercado norte-americano e tem como perfil plataformas de carros maiores, categorias C e D. Com a crise financeira, as vendas despencaram. Os EUA fecharam 2008 com 13,2 milhões de carros vendidos, e 2009 com 10,4 milhões. Ou seja, os norte-americanos deixaram de consumir, no ano passado, quase o que se vendeu no Brasil no mesmo período. “A recuperação do México depende da reação da economia norte-americana”, avalia a especialista Letícia Costa. Dados da Associação Mexicana da Indústria Automotiva (Amia) já mostram reação. A produção voltada ao mercado interno, nos quatro primeiros meses do ano, foi 45% maior que a do primeiro quadrimestre de 2009, quando somou 281 mil veículos. As montadoras que lideram são Ford, com aumento de 167%, e Chrysler, com 106,6%. Na produção voltada ao mercado externo, os quatro primeiros meses do ano representaram praticamente metade do total fabricado em 2009, que foi de 564,3 mil, indicando

Julho, 2010 AméricaEconomia 59


SETOR Automotivo

Defesa do

crédito Cinco bilhões de reais em cinco anos. Esse é o plano de investimento da General Motors que o colombiano Jaime Ardila (foto) capitaneará no Brasil. Em entrevista à AméricaEconomia, o executivo elogia a política monetária do governo, defende a melhoria na infraestrutura do país e a manutenção de uma política de crédito para os consumidores. GUSTAVO HOFMAN, DE LOS ANGELES

mas medidas apropriadas, como redução de impostos, rápida redução de juros e aumento do gasto público. Foram essas três coisas que mantiveram a economia crescendo. Sem dúvida, se o governo mantiver o ritmo de aumento do gasto público, a diminuição dos juros e a redução de impostos para distintos setores, a economia ficará superaquecida. Mas ele já tirou alguns benefícios. A redução de impostos foi praticamente eliminada no setor automobilístico e na maioria dos segmentos. Os juros começaram a subir, e nossa percepção é a de que a economia já está desacelerando. Hoje, não vejo um risco de superaquecimento, que teria ocorrido se as medidas tivessem sido mantidas.

AE E como a GM do Brasil passou pela crise? Ardila Muito bem. Tivemos, como a maioria da indústria, meses muito di60 AméricaEconomia Julho, 2010

fíceis no último trimestre de 2008, com o mercado em queda livre; mas houve uma recuperação muito rápida, que permitiu à GM aumentar suas vendas em 50 mil unidades, em 2009, e ter um novo recorde de vendas, de aproximadamente 600 mil unidades. Para 2010, esperamos um novo recorde, com a venda de pelo menos 650 mil unidades. Temos uma capacidade de produção suficiente para atender os consumidores. Só importamos carros para segmentos pequenos, como é o caso do Malibu.

AE Qual a previsão de investimentos da companhia para o Brasil nos próximos anos? Ardila Nós anunciamos que investiremos R$ 5 bilhões em cinco anos (entre 2008 e 2012). Ou seja, na média, R$ 1 bilhão por ano. A maioria desse investimento está direcionada para renovar a linha de produtos, que hoje é de 18 modelos. Essa renovação já começou. Em 2009, o investimento foi de R$ 1,2 bilhão. Neste ano, deve ultrapassar R$ 1 bilhão. Em 2012, totalizará os R$ 5 bilhões, e a maioria já foi identificada

em termos de programas de produtos e plantas.

AE Hoje, a GM importa o Malibu, um carro consolidado nos EUA, para o Brasil. Isso significa que o segmento premium deve crescer no país? Ardila É um segmento de luxo, que nos últimos anos cresceu cerca de 400%. Mesmo sobre uma base pequena, esse crescimento foi tão rápido que você tem de responder. E o cliente quer o melhor disponível em todo o mundo. Além disso, com a valorização do real e o aumento da competitividade dos Estados Unidos, hoje podemos considerar importar de lá. Antes, não era possível.

AE Qual a perspectiva de crescimento da GM para os próximos anos? Ardila Nossa perspectiva é de um crescimento sustentável de 5% a 6% nos próximos cinco anos. A indústria

Foto: Fabio Gonzalez

AméricaEconomia Muitos especialistas apontam que a economia brasileira está dando sinais de superaquecimento. O senhor concorda? Jaime Ardila O governo tomou algu-


Para 2010, esperamos um novo recorde, com a venda de pelo menos 650 mil unidades. Temos uma capacidade de produção suficiente para atender os consumidores

cresceu, em média, 30% nos últimos três anos. Se o crescimento do país ficar aproximadamente em 5% por ano, a indústria automobilística acompanhará essa tendência.

AE E o governo deve criar mais mecanismos de ajuda para o setor? Ardila Essa é uma pergunta que eu não sei responder, mas eu acho que a melhor ajuda que o governo brasileiro pode dar à indústria automobilística e a todos os consumidores é manter essa disponibilidade de crédito e uma taxa de juros competitiva. Porque o acesso ao crédito é o motor, o combustível da indústria automobilística. Se a pessoa tiver acesso ao crédito, ela vai comprar um carro. Essa é uma aspiração de qualquer família.

AE Como deve ser a política de juros do Brasil, hoje uma das mais altas do mundo?

Ardila Eu respeito muito a atual política monetária do Brasil; a razão pela qual os juros são altos, hoje, é porque é necessário controlar a inflação. Eu considero apropriada a decisão do Banco Central. Os juros devem ser menores no futuro, mas isso tem de ser acompanhado de uma redução da inflação. Por que os juros no Brasil têm de ser mais altos do que em outros países? Essa é a pergunta que se deve fazer. Por que outros países conseguem manter uma inflação menor com juros muito menores? A resposta é muito simples: a economia brasileira tem uma tendência a superaquecimento, na minha opinião, por causa da falta de investimentos em infraestrutura. Os gargalos da infraestrutura fazem com que a economia fique superaquecida. Aí, os aumentos rápidos da demanda precisam ser controlados com a política monetária. Essa é a realidade.

AE A falta de infraestrutura é, portanto, uma das maiores carências do Brasil? Ardila A falta de infraestrutura no país é indubitável. Acho dramática em casos como portos, estradas, principalmente na logística. Precisa ser feito um investimento muito grande, já foi feito bastante, mas precisa muito mais.

AE E em relação à mão de obra qualificada? Ardila Eu não diria que é um problema. No caso da nossa indústria, temos encontrado os profissionais dos quais precisamos. Também treinamos nossa mão de obra e, no caso das áreas mais complexas, que na indústria automobilística são as de tecnologia, engenharia e desenho, as universidades brasileiras em geral já formam um pessoal de boa qualificação. Nós estamos contentes com isso. Julho, 2010 AméricaEconomia 61


SETOR Bebidas

Haja sede OS FABRICANTES DE BEBIDA NÃO TÊM DO QUE RECLAMAR: O SETOR CRESCE, E OS CONSUMIDORES ESTÃO ÁVIDOS POR REFRESCAR-SE DAVID SANTA CRUZ, DA CIDADE DO MÉXICO

62 AméricaEconomia Julho, 2010

Ilustração: Patricio Otniel

“A

maioria de nós nasceu na época em que se pagava pela música, e a água era grátis”, brincou, certa vez, em uma conferência na capital mexicana, um executivo de gravadora. A ironia tem seu fundo de verdade: toma-se muita água engarrafada em vários países latino-americanos. Somente no México, são vendidos 26,03 milhões de litros de água engarrafada por ano, o que representa 13% do mercado mundial, segundo a consultoria norte-americana Beverage Marketing Corporation. Isso coloca o país como o segundo maior consumidor de água do mundo em volume total de vendas, depois dos Estados Unidos. Em consumo per capita, é o primeiro, com 223 litros por pessoa ao ano. O Brasil ocupa o sexto lugar, colocando-se, juntamente com o México, entre os dez países que mais cresceram percentualmente em consumo de água engarrafada, depois de China e Indonésia, no período entre 2004 e 2009. “O México é um consumidor intensivo de bebidas não alcoólicas, principalmente refrigerantes e água en-


BEBIDAS

garrafada. No caso do refrigerante, é uma questão VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL cultural e socioeconômica, 2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 pois serve como um subs12,1 4,7 5,0 20 24,1 758,3 56,4 1 FEMSA 15.080,0 MÉX tituto calórico e energético para a população de baixa 27,2 14,9 25,8 22 49,0 3.437,9 162,6 2 AMBEV 13.320,7 BRA renda”, explica Ivan Fran– – – 39 52,2 N.D. – 3 COCA-COLA 9.770,0 BRA co, analista da Euromonitor 31,1 652,3 61,2 12,9 7,7 8,3 61 4 COCA-COLA FEMSA 7.865,3 MÉX International, consultoria 15,0 660,5 1,4 11,7 7,4 10,5 76 5 GRUPO MODELO 6.265,3 MÉX com sede em Londres. “Já o alto consumo de água en– – – 121 11,6 N.D. – 6 GRUPO PEPSICO 3.682,8 MÉX garrafada tem a ver com a – 8,2 12,7 125 15,7 453,3 15,8 7 CERV. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA MÉX 3.559,8 limitada disponibilidade e 294,0 38,3 22,9 56,0 243 17,8 1.078,1 8 BAVARIA 1.926,3 COL a baixa qualidade da água 15,5 9,6 10,1 254 26,7 187,6 -11,9 9 EMBOTELLADORAS ARCA 1.854,8 MÉX potável com a qual a popu184,3 173,6 27,8 18,0 10,7 278 10 SPAL 1.723,8 115,9 BRA lação conta. Nas últimas N.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo duas décadas, muitos consumidores, de todos os segmentos econômicos, adotaram o uso de Latina, o mercado de sucos é um de Brasil, vê no mercado cervejeiro muito garrafões (de água) dentro das casas.” seus principais objetivos, segundo deespaço para crescimento, em virtude do Segundo a Euromonitor, no Cone clarações de seus próprios executivos. fôlego que a categoria tem apresentado Sul, o maior consumo per capita de água De fato, em parceria com a Coca-Cola nos últimos anos. Prova disso é a grande engarrafada pertence aos argentinos, Company, a empresa comprou, em 2007, variedade de cervejas premium disponícom 112,3 litros por ano, seguidos dos a mexicana Sucos del Valle, que era o sevel no mercado: “Apesar de o consumo brasileiros, com 25,3 litros anuais por gundo produtor de bebidas feitas à base per capita ser baixo, a rentabilidade é habitante. Maru Martínez, analista da de fruta e o primeiro no Brasil. alta”, esclarece o gerente. consultoria norte-americana Promar A respeito das bebidas alcoólicas, a E não é só a cerveja que tem feito International, diz que o impressionante cerveja, um dos segmentos com maior a alegria dos brasileiros, que também crescimento da venda de água se explicrescimento na região, não sentiu o efeibuscam alternativas saudáveis. Sucos ca porque “é um mercado que, há dez to da venda da operação de cervejas da prontos, isotônicos, chás gelados, bebianos, não existia”. Femsa para a holandesa Heineken, um das à base de soja e demais categorias O consumo de água também vai ao negócio que envolveu US$ 5,7 bilhões. com apelos saudáveis vêm apresentanencontro da necessidade das compa“O impacto da venda da parte cervejeira do um crescimento expressivo na cesta nhias do setor de oferecer bebidas mais da Femsa à Heineken se dará a médio dos não alcoólicos, enquanto refrigesaudáveis, já que o consumo de refriprazo e dependerá da estratégia que a rantes continuam estáveis. gerante – cerca de 50 bilhões de litros Heineken adotar”, explica Ivan Franco. Um segmento que merece destaque ao ano na região – é relacionado à obeO cenário brasileiro não é muito é a de bebidas feitas à base de soja. Sesidade. A venda de chás, por exemplo, diferente do mexicano. Assim como em gundo Souza, ele representa hoje quase cresceu 124,3% de 2004 até agora. No outras categorias, há uma forte relação metade do mercado de sucos prontos mesmo período, os sucos e laranjadas entre consumo e aumento do poder no país, e, em 2009, movimentou 224 aumentaram 74%, enquanto as bebidas aquisitivo, tanto na cesta das bebidas milhões de litros. A variedade de saboisotônicas tiveram uma alta de 66%, alcoólicas quanto na das não alcoólicas. res e o aumento da disponibilidade ao segundo relatórios do Euromonitor. No encerramento de 2009, a venda de consumidor contribuem para o cresciPara a mexicana Femsa, a maior cervejas aumentou 5%. Daniel Asp Soumento desse grupo: “A competição está companhia de bebidas da América za, gerente de atendimento da Nielsen grande”, afirma o gerente.

Em 2009, a venda de cervejas no Brasil aumentou 5%. Segundo a Nielsen, ainda há espaço para crescimento e diversificação também no segmento dos produtos premium Julho, 2010 AméricaEconomia 63


SETOR Bebidas

e renda

GISELE TURTELTAUB, DE SÃO PAULO

D

eter 70% de um mercado de mais de 10 de litros de 0 bilhões bi cerveja anuais e que não para de crescer é privilégio privil gio de poucos. Nesse caso específico, somentee da a brasileira brasileir AmBev, para quem a última grande cartada c d no contexto da d consolidação lida do mercado o latino-americano, atino-americano, a compra da operação de cerveja da mexicana Femsa pela Heineken,, esteve ela alemã Heine steve muito longe de lhe fazer sombra. f No primeiro trimestre trimest e deste ano, a empresa – cujas cuj principais incipais marcas vendidas Brahma did no Brasill são Antarctica, Bra e Skol – registrou cr crescimento scimento de e 15,9% no volume movimentado no país, em p relação elação ao mesmo período eríodo de 2009, percentual percent a muito superior ao de d suass operações perações internacionais. A Quinsa (com a qual está na Argentina, Arg ntina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Chile) está estagP g g nada, sobretud sobretudo por or conta do declínio de e vendas na Argentina. Argenti a. Já na Hila-ex, marca com a qual atua tua na República Dominicana, Equador, Guatemala, El a, E Salvador, Nicarágua, Nicarág Peru e Venezuela, o crescimento cr c foi e oi de 7,4%; 7,4 na Labatt, no 1

64 AméricaEconomia Julho, 2010

Canadá, a variação foi de 6,2%. Tais rresultados ccorroboram a decisão da comp companhia de voltar seus investimentos ao mercado doméstico, para p a o qual anunciou, no início q ício deste ano, uma bilhões. u a injeção eç de R$ 2 bi ões. Com isso, a AmBev espera ampliar sua capacidade de produção em até 15%. Dentre os principais projetos contemplados nesse plano, a empresa divulgou a ampliação e construção de fábricas e centros de distribuição no Norte e Nordeste, mercados considerados de grande potencial, dos quais fazem parte a ampliação da produção no Amazonas e uma nova fábrica em Pernambuco, com investimentos de R$ 670 milhões. “A expansão da AmBev acompanha o crescimento do mercado”, diz Alan Cardoso, da Ágora Corretora, indicando que o nível de renda real da população está elevado, e isso é notado diretamente no consumo de bebidas. Prova disso é que, mesmo reajustando o preço do litro da bebida em 8% no ano passado (a inflação de 2009 medida pelo IPCA foi de 4,3%), as vendas não registraram retração. O segmento de refrigerantes e bebidas não alcoólicas representa somente um quarto do volume produzido pela

AmBev como um todo. De qualquer forma, no mercado brasileiro, esse setor apresentou evolução, o que, segundo Renato Prado, analista da corretora Fator, indica um forte potencial de incremento. “A representatividade é bem menor do que a da cerveja, mas também é importante observá-la”, pondera. De qualquer forma, em um ano que congrega futebol e dinheiro no bolso, não dá para negar que a bola estará no campo da cerveja. Caue Pinheiro, da SLW Corretora de Valores e Câmbio, considera que o período do campeonato é como “um mês a mais de verão” para qualquer empresa de bebidas. “O consumo deve ser maior, e o resultado da AmBev continuará sólido”, afirma.

2

Fotos: 1 - iStockphoto; 2 - SXC

Futebol

AMBEV REINA NO MERCADO DOMÉSTICO, ONDE A UNIÃO DE COPA E TORCEDORES COM MAIOR PODER AQUISITIVO É SINÔNIMO DE CRESCIMENTO EM 2010



SETOR Comércio

De volta às

compras

2010 PROMETE SER CARREGADO DE PROJETOS, ESPECIALMENTE NO BRASIL, NO CHILE, NO PERU E NA COLÔMBIA 66 AméricaEconomia Julho, 2010

H

orst Paulmann, presidente da chilena Cencosud, é um dos nomes mais importantes do varejo latino-americano. Com uma rede que opera em cinco países (Chile, Argentina, Brasil, Peru e Colômbia) e faturou US$ 11 bilhões em 2009, ele parece não errar em suas apostas. E, se o faro desse alemão naturalizado chileno não falhar, 2010 promete ser promissor para o segmento na região. Para este ano, a Cencosud anunciou um plano de investimento de US$ 700 milhões, um aumento de 268% frente ao anunciado em 2009, o que, para muitos, significou um sinal verde às novas apostas. “A incerteza de quanto duraria a crise fez com que os grandes players prorrogassem suas obras não iniciadas e somente seguissem com os projetos que já haviam iniciado antes da crise”, diz Patricia Mozuelos, da consultoria Deloitte, no Peru. “Mas a verdade é que o impacto na América do Sul foi mínimo.” No Brasil, por exemplo, o varejo cresceu 20% em 2009. E esse desempenho não passou despercebido por Paulmann. A Cencosud, que já havia adquirido a rede sergipana GBarbosa, em 2007, por US$ 380 milhões, voltou ao Nordeste com seu carrinho de compras. Neste ano, comprou a cearense Super Família, por US$ 56 milhões, e a rede Perini, de Salvador (BA), por US$ 27,7 milhões. A ideia de Paulmann é reunir todas sob o nome GBarbosa e, ainda neste ano, aumentar o número de estabelecimentos. Mais um movimento de mestre que marcou o setor no Brasil foi a fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia

Ilustração: Patricio Otniel

NATALIA VERA RAMÍREZ, DE LIMA


(veja reportagem na pág. 68), que no fechamento desta edição ainda estava sob revisão, mas que é outro exemplo de aposta no crescimento da classe C brasileira. “Existe uma grande euforia pelos resultados desse negócio”, afirma Marcos Morita, professor da Universidade Mackenzie, em São Paulo.

MERCADOS POTENCIAIS Segundo os últimos resultados do Global Retail Development Index, elaborado pela consultoria norte-americana A.T Kearney, além do Brasil, o Chile, o Peru e a Colômbia se mostram atraentes. “Esses países estão entre os top 20 do ranking mundial”, afi rma Patricia, da Deloitte.

tornaram especialmente atrativos para os grandes players latino-americanos, já que os níveis de penetração do varejo ainda são baixos. De fato, fala-se da chegada da gigante norte-americana WalMart a ambos os países, o que desencadearia uma forte concorrência entre os operadores e daria um grande impulso ao setor. No Peru, por exemplo, “a penetração do varejo em nível nacional é de 14%. Em Lima, chega a 30%” , diz Percy Vigil, gerente geral do centro comercial peruano Mega Plaza Norte. “Em contrapartida, em outras capitais, como Santiago, a penetração chega a 80%”, indica Vigil, explicando que os pequenos comércios ainda dominam a preferência da

A chilena Cencosud focou no Brasil e, neste ano, comprou mais duas redes no Nordeste

o caso do México. Segundo Jorge Lizán, do ICSC (International Council Shopping Centers), enquanto os centros comerciais dos Estados Unidos impulsionaram seus ganhos até a primeira metade de 2010, no México, somente o farão no segundo semestre deste ano. “Para se ter uma ideia do impacto que teve a crise no setor, enquanto o normal era que se lançassem 70 centros por ano, em 2009, foram construídos apenas 15.” Apesar da lenta recuperação mexicana, a vontade de investir segue intacta. O que motiva os investidores a apostar capital nos centros comerciais é o atrativo que proporciona a demografia do México: muita gente jovem e grande base laboral, além de custos mais baixos em comparação com outros países. Quanto aos mercados da Venezuela e da Argentina, os analistas concordam que não se estima uma grande movimentação – nesse caso, não por conta da crise econômica, mas por questões políticas internas, que não incentivam os investimentos. De qualquer forma, superada a crise, a maior parte da região caminha para uma época de expansão da indústria de varejo, que, provavelmente, presenciará novos movimentos de consolidação, entrincheirando as empresas líderes entre as companhias mais prósperas do continente.

Os varejistas chilenos estão entre população, em detrimento dos superos mais ativos na hora de investir fora mercados. “Somente em Lima, há 58 mil de seu país. Segundo dados da Câmara pequenas vendas, e os minimercados de Comércio de Santiago, os investimentambém têm forte presença.” tos chilenos no exterior no primeiro Se na Colômbia, no Chile, no Peru e trimestre de 2010 alcançaram US$ 1,74 no Brasil o varejo caminha a toda velocibilhão, cifra que equivale a 40% do todade, em outros países da região, entretal de 2009. O principal destino desse tanto, esse ritmo é bem mais lento, por capital foi o Peru, seguido do Brasil e causa do impacto da crise financeira. É da Colômbia. Ainda que grande parte desses recursos tenha sido destinada ao setor de mineração ou VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL florestal, a indústria va2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 rejista também represenMÉX 20,2 12,6 6,2 9 16,9 1.286,3 21,3 1 WALMART DE MÉXICO 20.699,0 ta uma parte importante. Além do anúncio de 9,0 3,3 2,5 21 73,1 339,8 205,0 2 CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR BRA 13.355,3 investimento da CencoBRA – – – 24 44,4 N.D. – 3 CARREFOUR 13.000,0 sud, destaca-se a rede FaBRA – – – 33 56,3 N.D. – 4 WALMART 11.336,8 labella, com um plano de CHI 4,4 1,9 1,8 36 7,9 190,2 -25,3 5 CENCOSUD 10.518,2 US$ 1,7 bilhão para o períMÉX – – – 63 23,3 N.D. – 6 BODEGA AURRERA 7.368,8 odo 2010-2012, que inclui aberturas de todas as suas CHI 11,1 4,8 5,6 67 17,5 393,0 22,4 7 FALABELLA 6.959,4 marcas (Falabella, SodiMÉX 9,0 4,4 3,2 70 2,1 219,5 76,2 8 ORGANIZACIÓN SORIANA 6.783,9 mac e Tottus) nos países BRA – – – 82 14,1 N.D. – 9 EXTRA 5.980,6 nos quais opera: Chile, PeBRA 0,0 N.D. – – – – 83 10 CASAS BAHIA 5.896,4 ru, Argentina e Colômbia. N.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo Peru e Colômbia se

COMÉRCIO

Julho, 2010 AméricaEconomia 67


SETOR Comércio

Terra de

gigantes MARCADO POR FORTE COMPETIÇÃO, VAREJO BRASILEIRO OBSERVA ONDA DE CONSOLIDAÇÕES LIDERADA PELA UNIÃO AINDA NÃO CONCLUÍDA ENTRE PÃO DE AÇÚCAR E CASAS BAHIA GISELE TURTELTAUB, DE SÃO PAULO, ANTONIO DELGADO, DE MIAMI

MICHAEL KLEIN (À ESQUERDA) E ABÍLIO DINIZ, NO ANÚNCIO DE FUSÃO DE SUAS EMPRESAS: NEGÓCIO AINDA SEM FINAL FELIZ

68 AméricaEconomia Julho, 2010

Fotos: 1 - Andre Penner (AP Photo); 2 - Divulgação

1


N

ão durou muito. Em menos de cinco meses, o desfi le de sorrisos e apertos de mão entre Abílio Diniz e Michael Klein, que marcou o anúncio da fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia, transformou-se em uma sóbria volta à mesa de negociações. O passo atrás tomou o mercado de surpresa e deixou em banho-maria a criação da empresa que deverá ser a líder absoluta do varejo brasileiro. “Fica muito difícil estabelecer datas de quando a fusão realmente vai acontecer. Esperamos que os novos termos favoreçam mais as Casas Bahia”, diz Juliana Campos, analista da Ativa Corretora. De qualquer forma, esse movimento de consolidação se configura em uma tendência que parece inevitável diante da forte competição no mercado brasileiro. O consultor de empresas Celso Guidugli lembra que as vantagens dessa estratégia são “baixar custos operacionais e explorar melhor questões como o baixo preço e a qualidade no atendimento”. Hoje, analistas compartilham da opinião de que as varejistas agora terão de apostar em ganhos de volume e na entrada em nichos e regiões ainda pouco explorados. Exemplo disso é a rápida movimentação de empresas como a mineira Ricardo Eletro, que criou a Máquina de Vendas logo depois da fusão com a baiana Insinuante, ambas focadas no comércio de eletrodomésticos e eletrônicos, e que, em junho, anunciou a compra da City Lar, ampliando sua atuação também para o Centro-Oeste do país. Com o aumento do poder aquisitivo da população brasileira em geral, ficou claro que a atração de mercado passou a se descentralizar do Sudeste. Renato Prado, analista da Fator Corretora, acha que essas regiões não serão foco de expansão do Pão de Açúcar na área de alimentos. “A bandeira Pão de Açúcar é focada nas classes A e B. No Sudeste, eles já alcançam resultados satisfatórios”, diz, indicando que uma possível expansão da rede se daria exatamente no segmento explorado pela Máquina de Vendas.

2

EDUARDO SOLÓRZANO, PRESIDENTE DO WALMART NA AMÉRICA LATINA: OPORTUNIDADES

INTERESSE ESTRANGEIRO Isso não significa, entretanto, que a região esteja fora do radar de outros players. Prova disso é a aposta da chilena Cencosud, que, em 2007, adquiriu a sergipana GBarbosa e, neste ano, comprou mais duas redes (veja análise na pág. 66). Juliana, da Ativa, avalia como uma estratégia correta, já que, por uma questão cultural, “o melhor é buscar fusão com alguma rede local”. Quem não fica atrás nas pretensões de expansão no Brasil é a norte-americana Walmart, cuja operação brasileira ganhou dez posições nesta edição do ranking. O faturamento da Walmart Brasil, segunda maior operação da empresa na América Latina, atrás apenas

bilhões. Esse montante está destinado à abertura de 300 lojas no México e outras 100 no Brasil, além de lojas que já foram anunciadas no ano passado na Argentina, na Costa Rica, em El Salvador, na Guatemala, em Honduras, na Nicarágua e no Chile. Uma tacada de fôlego ao se considerar que, se somadas as vendas de todas as operações da companhia na região, o Walmart seria a quarta maior empresa da América Latina, superada por Petrobras, PDVSA e Pemex. “Nunca tínhamos feito um investimento desse porte aqui”, diz Eduardo Solórzano, presidente e diretor geral da Walmart na América Latina. Para monitorá-lo de perto, a empresa inaugurou, em fevereiro, uma sede regional em

Analistas apontam que o foco do varejo agora será em ganhos de volume e novos nichos do México, cresceu 56,3% em 2009, com vendas de US$ 11,3 milhões. A ofensiva da Walmart no Brasil está alinhada a um plano de investimentos para a América Latina – onde está em nove países, representando 20% de suas vendas – que supera os US$ 2

Miami. “As oportunidades na América Latina são gigantescas. Mais da metade da população está subatendida”, diz. Com o imenso apetite de mercado demonstrado por esses gigantes, o que não faltará é oferta para os consumidores brasileiros. Julho, 2010 AméricaEconomia 69


SETOR Energia elétrica

D

versificar

D A REATIVAÇÃO DA DEMANDA ELÉTRICA PERMITE À AMÉRICA LATINA DIVERSIFICAR SUA MATRIZ E APOSTAR EM MAIS EFICIÊNCIA. E OS INVESTIMENTOS COMEÇAM A CHEGAR MATÍAS RODO YURICEVIC, DE SANTIAGO

70 AméricaEconomia Julho, 2010

epois de dois anos de seca em vários países e problemas relacionados à crise econômica mundial, a demanda de energia elétrica na América Latina aumenta, impulsionando a reativação de projetos e o desenvolvimento de novas alternativas de geração. O desafio da região é o de aumentar a capacidade instalada e melhorar a infraestrutura de transmissão e distribuição, bem como incorporar novas tecnologias e expandir a participação das fontes renováveis. A demanda de energia elétrica na América Latina e no Caribe chegará a cerca de 1,25 milhão de GWh em 2012, um salto de 23% em relação a 2008, segundo dados da Organização Latino-americana de Energia (OLADE), com sede em Quito. A OLADE calcula que a capacidade instalada de geração elétrica aumentará 15% nesse mesmo período,


ENERGIA ELÉTRICA

comparado a 2008. Segundo a organização, 50% da capaVENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL cidade da América Latina 2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 corresponderá a centrais hi0,3 0,1 0,5 15 91,0 106,4 1 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD MÉX 16.904,1 -13,6 drelétricas, e a outra metade, a termelétricas e outras BRA 15.892,2 0,2 0,1 0,6 17 23,5 97,9 -96,3 2 ELETROBRAS alternativas. CHI 18,8 5,0 10,9 28 13,5 1.303,7 43,7 3 ENERSIS 11.997,9 Esse cenário obrigará os BRA 18,1 6,4 15,9 71 44,3 1.069,0 32,4 4 CEMIG 6.722,4 países da região a investir BRA 25,3 7,6 12,2 81 46,1 738,8 35,3 5 CPFL ENERGIA 6.068,2 fortemente no setor. SeCHI 30,3 10,2 26,0 100 20,1 1.238,2 76,0 6 ENDESA 4.755,3 gundo cálculos de Philippe Benoit, gerente do Banco BRA 32,4 9,0 13,2 101 43,5 610,6 38,9 7 ELETROPAULO 4.623,2 Mundial em Energia para a BRA 17,4 9,2 22,8 113 48,6 911,1 44,4 8 NEOENERGIA 4.000,4 América Latina, nas próxiCHI 11,8 3,3 6,2 123 23,4 223,1 31,6 9 CGE 3.577,7 mas duas décadas, a região BRA 41,3 372,0 91,3 4,8 3,3 10,7 128 10 FURNAS 3.490,8 deverá investir cerca de US$ N.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo 20 bilhões anuais em infraestrutura elétrica. “As políticas praticadas no Brasil, no Peru, no Chile e na Colômbia têm sido bem-sucedidas quanto à tos. José Rafael Zanoni, economista atração de investimento privado no caso é o da Venezuela, onde a demanda da Universidade de Los Andes, na Cosetor energético, o que, sem dúvida, está superando a oferta, prejudicando lômbia, reforça que a região deve se reduz a pressão existente sobre o setor o abastecimento tanto das indústrias impor o desafio de investir em novas público em matéria de investimentos”, quanto dos consumidores domésticos. formas de expansão elétrica. “O prodiz Benoit. “É inevitável atrair novos “A seca nesse país foi forte, e foi preciso cesso de integração na América Latina investimentos para o setor, tanto em adotar medidas de racionamento”, diz. e no Caribe deve envolver tecnologias geração e transmissão quanto em disAo desafio de alguns países em como o hidrogênio e a nanotecnologia tribuição”, afirma. satisfazer a demanda, soma-se o repara enfrentar os desafios crescentes de No Brasil, o grande destaque é a gulatório. “A América Latina tem de energia limpa, abundante, confiável e hidrelétrica Belo Monte, que, depois de superar algumas barreiras que tornam economicamente acessível para todos”, vários anos de polêmicas e discussões, os investimentos hidrelétricos mais observa Zanoni. finalmente conseguiu ter seu leilão difíceis, bem como em outras fontes de No curto prazo, os especialistas realizado e homologado. Com investienergia”, diz Benoit, do Banco Mundial. acham que o aumento da demanda mento previsto de R$ 19 bilhões, a usiAlgo que tem sido visto, por exemplo, elétrica não será suficiente para levar na terá capacidade de geração de 11,23 no Chile, onde o maior projeto hidreléà escassez desse insumo. “Nos anos mil MW, com previsão de entrar em trico da história do país, a HidroAysén, em que não há grande crescimento, a funcionamento em 2015. com capacidade instalada de 2.750 MW, demanda se reduz, e isso permite que está há vários anos em tramitação. MENOS DEPENDÊNCIA os projetos que estão entrando em opeDe qualquer forma, os especialistas Além de atrair investimentos, os países ração tenham reservas para abastecer concordam que o aumento da demanda devem intensificar políticas energéticas os países, como no caso do México”, diz e os novos investimentos vividos pela que reduzam a dependência do petróleo José Coballasi, diretor de Qualidade indústria são uma oportunidade única e a volatilidade de preços. “Isso faz com Industrial da Standard & Poor’s para de impulsionar as energias alternativas que alguns deles sejam mais vulneráEquador, Colômbia, Venezuela, América e o uso mais eficiente da eletricidade. veis”, diz Benoit. Central e Caribe e México. Os benefícios são claros, dizem: increPor isso, o especialista do Banco Entretanto, há países onde o sinal mento da produtividade, redução do Mundial garante que não basta aumende alerta já começou a soar. Segundo risco de racionamento ou aumento de tar os investimentos. O setor também Coballasi, esse é o caso da República custos, aumento da eficiência, redução tem de ser mais agressivo na conserDominicana, onde o alto nível de inda poluição, conservação dos recursos vação e na eficiência energética para formalidade no setor compromete o naturais não renováveis e contribuição reduzir a pressão sobre os investimenpagamento da energia gerada. Outro à redução dos gastos nos lares.

Ilustração: Patricio Otniel

Alguns países enfrentam problemas regulatórios que inibem investimentos

Julho, 2010 AméricaEconomia 71


SETOR Energia elétrica USINA DE ITAIPU, CONSTITUÍDA COM CAPITAL DA ELETROBRAS E DA ESTATAL PARAGUAIA ANDE

Planos

$

no “maior sistema empresarial global de energia limpa, com rentabilidade comparável a das melhores empresas do setor, até 2020”. No entanto, o mercado vê esse plano com reservas. O ponto mais importante, dizem os analistas, é que o governo usa a companhia para fazer política industrial. Além disso, há um inchaço do funcionalismo e alocação de políticos em cargos técnicos. “A empresa gasta muito e ganha pouco, principalmente nas áreas de geração e transmissão”, resume Montes. Procurada por AméricaEconomia, a Eletrobras não respondeu à solicatação de entrevista. Na área de distribuição, há problemas mais delicados. As pequenas empresas controladas pela Eletrobras ainda não compõem o Sistema Nacional Integrado e, por isso, compram energia cara de origem térmica para o consumo de uma região mais pobre, o que significa um prejuízo de cerca de R$ 1,5 bilhão por ano subsidiado pela estatal, segundo a Lopes Filho. É uma área que abrange 45% do território brasileiro, mas responsável por apenas 3% do consumo de energia elétrica do país. O governo mudou as regras por meio de medida provisória, e o Tesouro Nacional arcará com parte desses valores. A hidrelétrica de Belo Monte é mais um capítulo importante do setor de energia brasileiro, mas o futuro desse projeto parece incerto. Analistas divergem sobre seus efeitos. Alguns acreditam que irá valorizar as ações da Eletrobras, enquanto outros consideram o risco de execução alto demais. “A relação entre energia assegurada e capacidade instalada será muito reduzida, bem abaixo dos 50%, que é o normal nesse mercado, e isso deixa dúvidas sobre a viabilidade do negócio”, diz o analista.

A ELETROBRAS QUER SEGUIR OS PASSOS DA PETROBRAS E SE TORNAR UMA POTÊNCIA MUNDIAL

GIULIANO AGMONT, DE SÃO PAULO

M

aior companhia do setor elétrico da América Latina, a Eletrobras terá um papel estratégico para o Brasil na próxima década: garantir o abastecimento de energia durante um período em que se espera um forte e contínuo crescimento. Controlada pelo governo, a empresa responde por quase 40% da capacidade instalada de geração de eletricidade do país, com 171 usinas hidrelétricas, termelétricas e termonucleares, que produzem cerca de 40 mil MW de potência. Também opera mais da metade do

72 AméricaEconomia Julho, 2010

sistema de transmissão brasileiro, com pelo menos 59 mil km de linhas. Detém seis empresas distribuidoras e, neste ano, comandou o consórcio vencedor do leilão da hidrelétrica Belo Monte, no Pará, que será a maior do país. Outra atuação importante da Eletrobras se dá na área financeira. A empresa toma e repassa dinheiro para centenas de companhias do setor. Segundo Alexandre Montes, analista da Lopes Filho & Associados, a carteira de empréstimos a receber da Eletrobras supera os US$ 20 bilhões. “É uma gigante, com valor de mercado em torno de US$ 30 bilhões, mas que poderia valer o dobro, não só pelo seu patrimônio líquido, de mais de US$ 70 bilhões, mas porque pratica margens de lucro baixas”, diz o analista. “É uma das empresas com maior potencial de valorização do setor no mundo.”

NOVA PETROBRAS Nos próximos anos, o governo brasileiro quer que a Eletrobras atinja o mesmo nível de “respeitabilidade” da Petrobras e já se movimenta para explorar mercados internacionais. A empresa promete se transformar, segundo seus porta-vozes,

Foto: Banco de Imagens Itaipu Binacional

ambiciosos



SETOR Mineração

novo

boom D

epois de um duro 2009, o setor de mineração latino-americano está entrando em uma época de anúncios de investimentos promissores. Após a crise, a indústria chega com uma estrutura mais ajustada, o que dá melhores perspectivas no longo prazo. Em nível mundial, a receita do setor caiu 15% em 2009, enquanto o lucro líquido baixou 26%, segundo relatório anual elaborado pela PricewaterhouseCoopers. Em função disso, as empresas prorrogaram a execução de projetos, e algumas chegaram a fechar operações. Essa situação, entretanto, começou

74 AméricaEconomia Julho, 2010

a se reverter no segundo semestre de 2009, quando os preços indicaram recuperação. “Os custos mostraram tendência à queda, gerando aumento de produtividade”, diz Javier Cox, gerente geral do Conselho de Mineração, que reúne as grandes empresas estrangeiras do setor que operam no Chile. E, neste ano, muitos preveem um período de maior estabilidade nos preços. Os investimentos estão respondendo a essa expectativa. Somente a brasileira Vale pode acionar um plano de investimentos de até US$ 90 bilhões nos próximos cinco anos, dos quais 70% no Brasil. No Chile, o montante estima-

do é algo entre US$ 30 bilhões e US$ 40 bilhões, nível semelhante ao esperado para o Peru. O México é o único caso especial: mesmo com alto potencial, registra um desenvolvimento menor em relação ao líderes mundiais. “O que está a caminho é uma onda de investimentos como poucas vezes vimos”, diz Colin Becker, sócio líder da PricewaterhouseCoopers para a América Latina. As condições são ideais. À estabilidade política se soma o bom desempenho econômico em quase todos os países mineradores da região, o que abre o apetite dos investidores internacionais. Além disso, a América

Ilustração: Patricio Otniel

JUAN PABLO RIOSECO, DE SANTIAGO

OS INVESTIMENTOS FLUEM NA AMÉRICA LATINA COMO POUCAS VEZES SE VIU. O DESAFIO AGORA É CRIAR UMA ESTRUTURA DE CUSTOS COMPETITIVA E ESTÁVEL


Latina mostra um mercado de capitais bem mais desenvolvido do que há quatro ou cinco anos. A Mineira Escondida, por exemplo – operação de cobre da BHP Billiton no Chile –, já emitiu bônus em moeda chilena indexada à inflação. Os preços estão acompanhando a indústria. “Em 2010, é provável que a média para o preço do cobre se mantenha acima dos US$ 3 a libra, o que permitiria, em 2010, resultados melhores que os de 2009”, diz Cox, do Conselho de Mineração. As projeções da estatal chilena Codelco, maior exportadora de

chegou a custar US$ 300 no mercado spot. Agora, as grandes empresas estão mudando seus contratos com terceiros, com o objetivo de mantê-los no longo prazo, incluindo cláusulas em que compartilham riscos e benefícios. “Estão buscando vincular os provedores a um preço de referência”, diz Becker. “Isso existia em casos pontuais, mas estamos vivendo uma pressão mais forte neste ano.” Os desafios do setor não são pequenos. As reservas de minérios, sobretudo as de cobre no Chile, são menores, e as

desenvolvimento dos veículos elétricos fará a demanda por lítio, que é a base de suas baterias, crescer. Chile, Bolívia e Argentina contam com grandes reservas desse minério. Por enquanto, o Chile é o principal produtor do mundo, mas é muito provável que seus vizinhos ativem essa exploração. Os investimentos internacionais já estão chegando a essas novas frentes. A japonesa Mitsubishi anunciou que investirá US$ 170 milhões para estudar a viabilidade de um projeto de produção de lítio na Bolívia, em parceria com a canadense Latin American Minerals. É provável que 2010 seja o ano em que irrompam os esperados investimentos chineses na região, tanto para minerais metálicos quanto para não metálicos. O México, país em que os asiáticos têm entrado com força, está investindo na promoção do setor. “O México significa uma grande oportunidade para a China. É o que mostram empresas como Jianchuan e Shaanxi Donglig Group, que já operam no país”, disse o ministro de Economia Gerardo Ruiz Mateos, ao inaugurar a Semana da Mineração Mexicana, na Expo Shanghai 2010, feira que acontece até outubro.

Empresas investiram em aumento de eficiência no período de crise e agora estão bem posicionadas para crescer em 2010

cobre do mundo, indicam que o consucompanhias têm de se esforçar na exmo mundial de metal refinado crescerá ploração do minério de mais baixa lei 5,4% neste ano, para 18,21 milhões de (menor concentração de rocha). “Temos toneladas. Quanto ao ouro, a onça chede tornar economicamente viável a gou a ser cotada a US$ 1.250, e muitos exploração de depósitos com leis mais acreditam que continuará subindo, até baixas a maior profundidade”, diz Cox. atingir valores históricos. No Peru, cerca “É preciso melhorar a eficiência de nosde 14 projetos mineiros de ouro que, sos processos em mina e na fábrica, antes não se mostravam rentáveis, hoje para manter custos competitivos.” poderiam ser executados. Além disso, nos próximos anos, a Outro motivo para o otimismo do água terá de ser manejada de forma setor é que as empresas estão bem posimais eficiente. A exploração de novos cionadas para enfrentar a bonança. Em materiais é outro desafio do setor. O 2009, foram favorecidas pela queda do preço do petróleo e da eletricidade. E também avançaram em VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL eficiência no longo prazo. 2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 “O setor compreendeu BRA 27.852,4 10,7 5,8 21,1 7 -7,7 5.886,1 -35,4 1 VALE que era mais importante proteger a capacidade CHI 23,8 7,9 10,4 27 -15,8 1.261,7 -19,5 2 CODELCO 12.147,8 instalada de seus forneCHI 57,5 40,2 45,2 66 -8,9 3.199,6 -10,4 3 ESCONDIDA 7.071,0 cedores”, diz Becker, da MÉX – – 18,4 95 -19,9 887,1 -17,6 4 GRUPO MÉXICO 4.830,8 PricewaterhouseCoopers. MÉX 18,7 9,9 11,6 134 -10,5 397,9 -18,6 5 INDUSTRIAS PEÑOLES 3.429,8 Mas esse aprendizado CHI 51,7 38,2 48,8 143 21,1 1.564,5 36,5 6 COLLAHUASI 3.208,3 não foi gratuito. Em 2007, por exemplo, houve um CHI 10,1 7,0 22,5 157 -12,2 667,7 -60,9 7 ANTOFAGASTA PLC 2.962,6 período crítico, por causa MÉX 0,0 N.D. – – – – 167 8 MINERA MÉXICO 2.850,0 da falta de fornecedores e 706,9 -35,3 37,5 27,4 31,8 209 -18,0 9 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PER 2.223,3 dos altos preços dos insuPER 27,9 712,8 53,7 41,7 29,0 34,3 226 10 MINERA YANACOCHA 2.077,4 mos. A tonelada do ácido N.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo sulfúrico, por exemplo,

MINERAÇÃO

Julho, 2010 AméricaEconomia 75


SETOR Mineração

Pronta para a

retomada RECUPERAÇÃO DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E MUDANÇA NA POLÍTICA DE PREÇOS SÃO O ALENTO PARA A VALE GANHAR MERCADO

A

Vale deverá recuperar o terreno perdido durante o ano passado no mercado mundial de minério de ferro, retornando a produção para um patamar ligeiramente superior ao período pré-crise global. A expectativa do mercado é a de que, em 2010, a empresa líder internacional no setor alcance 315 milhões de toneladas – desempenho superior ao de 2009 (250 milhões de toneladas) e 2008 (300 milhões de toneladas). Cerca de 80% são destinados à exportação. Se durante a crise financeira mundial as anglo-australianas BHP Billiton

76 AméricaEconomia Julho, 2010

LTD. e Rio Tinto LTD. mantiveram o volume de produção, penetrando mais nos mercados asiáticos e beneficiando-se da proximidade desses consumidores, no momento, os ventos são mais favoráveis à Vale. “Existe pouca oferta adicional de minério esperada para este ano e o próximo. As siderúrgicas da Europa e dos Estados Unidos estão se reerguendo, e o consumo da China continuará alimentado pelo mercado interno”, afirma Geraldo Mellone, analista da Bresser Administração de Recursos. “Por isso, faltará minério em breve. E quem tem produto para oferecer é a Vale.”

Diante do aumento do consumo de minerais e metais, movido pela franca recuperação da indústria de transformação, o mais provável é que, no curto prazo, o mercado seja “muito apertado” para o minério de ferro, avalia Mellone. Segundo ele, a normalidade voltará somente por volta de 2013 e 2014, quando os preços deverão cair em relação aos atuais. “Até lá, a procura permanecerá maior que a oferta, e os preços também ficarão altos, ao redor dos US$ 100 a tonelada”, avalia. Esse cenário contempla a economia global se expandindo a um ritmo superior a 5% ao ano.

Foto: Agência Vale

ENRIQUETA MENON, DO RIO DE JANEIRO


O freio na economia mundial, no final de 2008, resultou na interrupção dos investimentos em novas minas. Além de envolver altas cifras, esses projetos levam cerca de quatro anos para começar a dar resultados. Disposta a aproveitar a onda positiva dos preços do minério de ferro, a Vale anunciou que pretende elevar sua produção em quase um terço – acréscimo de 90 milhões de toneladas –, somente em Carajás (PA), a partir de 2013. Segunda maior mineradora diversificada do mundo em valor de mercado, a Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro e pelotas, principais matériasprimas para a indústria do aço.

REFORÇO DO EXTERIOR Daqui a seis ou sete anos, a expansão da Vale contará com a produção de Simandou, em Guiné, o primeiro investimento da companhia na África Ocidental e uma das melhores jazidas de minério de ferro não desenvolvidas do mundo. Com a aquisição de 51% da BSG Resources, um negócio de US$ 2,5 bilhões, a intenção é ter uma produção inicial de 10 milhões de toneladas, com ampliação para 50 milhões de toneladas a partir de 2014. Confiante no cenário promissor pa-

Vale sobre o primeiro trimestre de 2010. Recentemente, a mineradora transferiu os ativos de alumínio e bauxita para a gigante norueguesa Hydro, tornando-se sócia da empresa estrangeira e saindo da parte operacional. Outros movimentos da Vale foram para se fortalecer na produção de fertilizantes. Já proprietária de minas de potássio no Canadá, adquiriu a Fosfértil no Brasil – maior fabricante de matériaspr imas pa ra a produção de fertilizantes do país – e a divisão de fertilizantes no Brasil da norte-americana Bunge. As operações de aquisição de ativos de fertilizantes e de minério de ferro totalizaram US$ 8,2 bilhões.

35%

é a perspectiva de reajuste no preço do minério de ferro com a nova regra

POLÍTICA DE PREÇOS O sucesso da estratégia de crescimento da Vale contempla o acerto da nova política de preços, adotada por causa das mudanças estruturais no mercado global de minério de ferro. A implemen-

O comércio de cresce quase ao ano de desd de o final dos anos 1990 ra a indústria de mineração e metais no curto e no longo prazos, a Vale passou a focar mais nas minas de minério de ferro, saindo de negócios envolvendo outras áreas. Essa estratégia de crescimento levou a mineradora a alterar seu portfólio de ativos, com transações envolvendo a transferência de empresas de alumínio e a aquisição de companhias de fertilizantes, entre outras. “A disponibilidade de Carajás e Simandou nos permite ter o melhor e o maior potencial de crescimento na indústria global de minério de ferro”, afi rma o relatório de desempenho da

mercadoria). Embora a perspectiva seja de reajuste de 30% dos preços no mercado spot no próximo trimestre, hoje eles estão em queda”, comenta o analista da Bresser Administração de Recursos. Como dois terços do lucro operacional da Vale vêm do minério de ferro, o comportamento dos compradores – predominantemente os asiáticos – em relação ao novo regime de preços terá impacto no desempenho da empresa. Em 2009, a recessão nas nações desenvolvidas fez o fluxo de caixa operacional cair para US$ 9 bilhões, contra US$ 19 bilhões em 2008. Nos três primeiros meses deste ano, a receita operacional da Vale (US$ 6,8 bilhões) foi 4,7% maior que a do último trimestre de 2009 (US$ 6,5 bilhões). Desde o final dos anos 1990, o comércio do minério de ferro cresce quase 8% ao ano – o dobro da expansão da economia mundial –, movido pelo desenvolvimento econômico dos países emergentes, particularmente da China. Esse ambiente de rápido crescimento estimulou o mercado spot, que acompanha o dia a dia do mercado e cujas transações, no ano passado, correspondiam a 40% do mercado de contratos. “Ficou evidente que o antigo sistema de preços, centrado em negociações anuais bilaterais não atendia mais aos interesses das mineradoras e siderúrgicas, pela dificuldade em lidar com as mudanças repentinas causadas pelo choque de demanda, decorrente da crise mundial”, indica um relatório da Vale. A empresa acrescenta que entrou em acordo com todos os seus clientes para alterar os contratos para preços baseados em índices. Mas o mercado não descarta a possibilidade de a mineradora conceder descontos, para evitar que as siderúrgicas rasguem os contratos e optem pelo mercado à vista.

tação das novas regras, a partir de julho, resultará em reajuste de cerca de 35% no preço e se refletirá no desempenho financeiro do próximo trimestre. O novo sistema estabelece um preço baseado na média de três meses dos preços para o período, terminando um mês antes do novo trimestre em questão. “Não sabemos ainda como isso funcionará. Daqui para frente, ficará claro se as siderúrgicas aceitarão o novo sistema, inclusive o aumento nos preços que as mineradoras pretendem sancionar, ou se vão preferir o mercado spot (pagamento à vista e pronta-entrega da

Julho, 2010 AméricaEconomia 77


SETOR Petróleo e gás

Variações sobre

o mesmo tema A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO NA AMÉRICA LATINA TRAZ DE TUDO: DO ÊXITO DA PRODUÇÃO BRASILEIRA AO COLAPSO VENEZUELANO E O ESTANCAMENTO MEXICANO VÍCTOR HERRERO, DE SANTIAGO, COM GRAZIELE DAL-BÓ, DE SÃO PAULO

78 AméricaEconomia Julho, 2010

Ilustração: Patricio Otniel

E

ste ano ainda não será o de recuperação da indústria petrolífera mundial. A demanda não voltou com a força esperada, as grandes companhias seguem com estoques volumosos, e o preço do óleo tem se mantido relativamente linear, estabilizado em torno de US$ 75 o barril. A valorização do dólar, a lenta recuperação dos Estados Unidos – que consome quase 25% do petróleo mundial – e a crise fiscal na União Europeia parecem conspirar contra uma recuperação acelerada. “A demanda global, em 2009, foi menor do que estimavam muitos analistas, e tudo indica que, neste ano, a história se repetirá”, afirma Linda Rafield, analista da empresa norte-americana de pesquisa Platts. “A recuperação será superficial”, diz. A queda no preço do petróleo, que em 2009, registrou média de US$ 62 o barril, contra US$ 99,6 em 2008, obrigou muitas petrolíferas a adiar projetos de investimento. Com a reação do preço – a Agência de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos prevê uma média de US$ 78 o barril –, a produção e os planos de investimento foram reativados, reacendendo os ru-


As vendas da PDVSA caíram mais de 50% em 2009, levando a estatal do primeiro ao terceiro lugar no ranking

chinesas são persistentes e enxergam várias oportunidades na América do Sul”, afi rma Linda, da Platts. As aquisições chinesas ocorrem porque o país consome muito mais do que produz. Neste ano, por exemplo, alcançou 8,5 milhões de barris diários de consumo, mas sua produção foi de somente 3,8 milhões de barris no ano passado. “Dentre os países da América Latina, o único em que não vejo possibilidade da entrada chinesa é o México, por motivos óbvios. Acho difícil os Estados Unidos permitirem o avanço chinês próximo a sua fronteira”, afirma Rober-

Ecopetrol, que não teve um bom 2009, começou o ano com um forte aumento de produção e o anúncio de várias descobertas de petróleo. O outro lado da história é a Venezuela, que não somente sofreu com a forte queda no preço do petróleo (com preço médio de US$ 57 em 2009, contra US$ 86 em 2008), como também registrou uma forte queda na sua produção. Esses fatores obrigaram a gigante estatal PDVSA a suspender ou adiar projetos de investimento. O resultado foi um colapso nas vendas, que caíram mais de 50% em 2009 em relação ao ano anterior. Com isso, a PDVSA passou do primeiro lugar para a terceira colocação, VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL com faturamento anual de 2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 US$ 60,6 bilhões, 40% menor do que o de sua rival 16.644,7 17,9 18,2 8,4 15,9 1 1 PETROBRAS BRA 104.933,4 14,0 Petrobras. – -7,1 -8,5 2 -7.291,8 7,8 2 PEMEX MÉX 85.319,0 -11,2 Ainda que menos dra– – – 3 N.D. – 3 PDVSA VEN 60.663,8 -52,0 mática, a situação do Mé-779,7 -18,6 -17,4 4 2,6 -7.102,9 18,1 4 PEMEX REFINACIÓN MÉX 40.764,5 xico é de um lento declive. 18,6 11,4 2,7 5 840,0 52,3 5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA BRA 31.635,5 32,2 Desde que registrou recor9,7 4,2 1,3 8 268,1 60,5 6 ULTRAPAR BRA 20.741,9 71,5 de em 2004, a produção da estatal Pemex tem baixado -49,8 9,9 9,9 14,3 12 2.600,5 7 ECOPETROL 18.127,4 -16,3 COL constantemente. Segundo 18,5 8,7 10,2 46 910,2 -13,2 8 YPF 8.960,8 -10,8 ARG a Agência Internacional de – – – 57 N.D. – 9 PETROECUADOR 8.056,5 -25,9 EQU Energia (IEA, na sigla em in42,7 -68,8 2,7 1,1 0,5 59 10 IPIRANGA PRODUTOS DE PETRÓLEOBRA 8.013,6 38,4 glês, uma organização interN.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo governamental que agrupa 28 países), espera-se que o México produza 2,6 milhões mores sobre uma maior atividade de to Gonzalez, professor de Governança de barris diários em 2011, uma forte quefusões e aquisições no setor. De fato, Corporativa da Trevisan Escola de Negóda ante os 3,5 milhões de 2007. as petrolíferas chinesas conseguiram, cios. No Brasil, segundo ele, as chinesas Mas o ponto sobre o qual todos os neste ano, sua primeira compra signitambém terão dificuldades. “Pode haver analistas concordam é que 2010 voltará ficativa na América do Sul. A estatal a compra de pequenas operações, mas, a ser um ano no qual a demanda interna Gnocc (China National Offshore Corcomo temos uma grande empresa nesse dos grandes mercados emergentes susporation) adquiriu, em março, particisetor e com controle da União, isso acatentará a maior parte do crescimento. pação majoritária na Bridas Energy, por ba influenciando decisões políticas. Elas De acordo com projeções da IEA, o conUS$ 3,1 bilhões. não virão com tanta força”, diz. sumo tende a baixar em 2010 e 2011 na A Bridas Energy é uma das maiores Na América Latina, a situação tem Europa, passando dos 16,1 milhões de exploradoras de petróleo da Argentina, histórias desiguais. Por um lado, há barris, em 2007, para 14,9 milhões, em com campos nesse país, na Bolívia e enorme pujança brasileira e o potencial 2011. Na América Latina, o consumo se no Chile. Alguns analistas acham que do pré-sal, que levaram a Petrobras, pela mantém estável no geral, com pouco ou nada de crescimento. Em contrapartida, as companhias chinesas vão entrar primeira vez, ao topo do ranking das o consumo na China vem em alta conscom maior agressividade na América maiores empresas latino-americanas tante e deverá passar dos 7,58 milhões Latina, nos próximos anos. “Ainda exisda AméricaEconomia (veja reportagem de barris diários consumidos em 2007 tem barreiras regulatórias em alguns na pág. 42). Da Colômbia, também para mais de 9,3 milhões em 2011. países, como o Brasil, mas as empresas vieram boas notícias. Sua estatal, a

PETRÓLEO E GÁS

Julho, 2010 AméricaEconomia 79


SETOR Petróleo e gás

A palavra é

crescer COM UMA ROBUSTA GERAÇÃO DE CAIXA NO BRASIL, GRUPO ULTRA AGORA PODE AUMENTAR SUA PRESENÇA NO EXTERIOR

N

os últimos meses, uma notícia fez com que os holofotes do mercado fi nanceiro apontassem para o Grupo Ultra: a possível compra de gás liquefeito de petróleo que a Shell estaria vendendo na Europa pela “bagatela” de até 1 bilhão de euros. Oficialmente, até o fechamento desta edição, ninguém confi rmava o negócio. De qualquer forma, o mercado está avisado: o presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra, Paulo Cunha, disse publicamente que seu desafio é deixar a empresa ainda maior. Só não deu detalhes de como nem de onde dará o próximo passo. Discrição é um adjetivo característico do Grupo, que detém as redes de combustíveis Ipiranga/Texaco, a distribuidora de gás Ultragaz, a petroquímica Oxiteno e a transportadora Ultracargo. Foi com essa postura que, dois anos atrás, a holding adquiriu a área de distribuição de combustíveis da Texaco em todo o território nacional, da multinacional Chevron. Mais uma vez, os passos mostraram-se acertados. Até agora, a presença do Grupo no exterior se dá apenas pela Oxiteno – que produz especialidades químicas e é uma das maiores produtoras de óxido 80 AméricaEconomia Julho, 2010

de eteno e derivados na América do Sul –, com presença no México, onde detém 30% do mercado, e na Venezuela, além de escritórios comerciais na Argentina, nos Estados Unidos e na Bélgica. A receita líquida do Grupo, neste trimestre, fechou em R$ 9,9 bilhões, com crescimento de todas as unidades de negócios, e o lucro líquido somou R$ 141 milhões, com aumento de 54% em relação ao mesmo período do ano passado. A bandeira Ipiranga, que consolidou os ativos da Texaco a partir de 1º de abril de 2009, foi a que mais registrou crescimento no volume de vendas, com alta de 66%, representando 4,6 milhões de metros cúbicos distribuídos. Segundo Victor de Figueiredo, analista da Planner Corretora, os ativos Ipiranga/Texaco respondem por 86% do faturamento do Ultra, atualmente. A expansão da frota de veículos leves, nos últimos 12 meses – com destaque para o aumento do volume de vendas de gasolina diante da menor disponibilidade de etanol no mercado –, e o aumento de 65% do volume do diesel, em função da estabilidade econômica, são responsáveis por esse desempenho. Nos últimos dez anos, o Ultra multiplicou em 22 vezes seu faturamen-

to e cresceu oito vezes a geração de caixa, tornando-se um dos maiores grupos do país. Olhando para trás, na década passada, o principal ativo da holding era a petroquímica Oxiteno. A compra da Ipiranga, em 2007, deu uma guinada nas diretrizes do Grupo. “Eles tinham experiência em distribuição de gás com a Ultragaz, mas estavam fora do segmento de combustíveis”, relata Figueiredo. Para o analista, foi um movimento arrojado na época porque não havia tantos veículos flex no mercado, nem incentivos fiscais que indicassem um cenário tão favorável nesse segmento. “Essas decisões foram positivas para a empresa. Eles próprios admitiram, no passado, que se surpreenderam com a

Foto: Patricia Stavis/Folhapress

MÁRCIA VAISMAN, DE SÃO PAULO


PAULO CUNHA, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA ULTRAPAR: DISCRETO, MAS DECIDIDO

qualidade dos ativos da Ipiranga”, enfatiza o analista da Planner. Na opinião dele, a companhia foi “premiada” pela ousadia e pela capacidade de entender o mercado de varejo, auxiliada pela expertise da Ultragaz. E deve apostar mais na área, com possíveis aquisições de bandeiras menores. Afinal, como o próprio presidente do Conselho admitiu recentemente, não existem mais Esso, nem Texaco, nem Ipiranga à disposição para compra. Hoje em dia, a empresa é vice-líder do

segmento, ficando atrás apenas da BR Distribuidora. Mas está de olho nos passos da Shell e da Cosan, que se aliaram em fevereiro. No mercado de GLP, a Ultragaz é líder em âmbito nacional. Para o analista da Coinvalores CCVM, Marco Antônio Saravalle, o segmento não tem muita perspectiva de crescimento no país. O volume de vendas no primeiro trimestre de 2010 cresceu 2% em relação ao mesmo período do ano passado, com 371 mil toneladas vendidas. Com a

possível aquisição de gás liquefeito de petróleo da Shell na Europa, Saravalle aposta em uma sinergia administrativa, já que a companhia tem bastante know-how nesse segmento. As mudanças de estratégia ao longo desses anos deixaram o setor petroquímico – antes o carro-chefe do Grupo – com pouca representatividade relativa. Segundo Figueiredo, da Planner, a Oxiteno responde por 4,5% do faturamento do Ultra. Porém, não há indícios de que o Grupo queira deixar de lado esse nicho de atuação. Pelo contrário, eles estão apostando em tensoativos, que podem compor produtos como detergentes, alimentos e até maquiagem. Neste primeiro trimestre, as vendas cresceram 32% em relação a 2009 por conta do aquecimento da economia. No México, a Oxiteno detém 30% desse mercado. E podem vir mais aquisições no setor também. Cunha não descarta a hipótese e admite que o Grupo Ultra está de olho em ativos nos mercados da Europa e da América Latina. O segmento mais “embrionário” é o de logística, representado pela Ultracargo. Dois anos atrás, a empresa adquiriu a União Terminais. Esse feito rendeu à companhia o título de líder em armazenagem de graneis líquidos no país. E o Grupo Ultra mostra sua sensatez quando defende a venda dos ativos rodoviários, que faziam parte da Ultracargo, para o fundo do GreenCapital. Para Cunha, é preciso focar no que o Ultra é bom. Parece que até agora eles estão dando conta do recado.

Nos últimos dez anos, o Grupo Ultra multiplicou em 22 vezes seu faturamento. A compra da Ipiranga foi uma guinada para o Grupo, que não tinha experiência em distribuição de combustíveis Julho, 2010 AméricaEconomia 81


SETOR Petroquímica

?

BRASIL E MÉXICO SÃO OS DOIS LADOS DA BALANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA LATINOAMERICANA, QUE BUSCA EXPANDIR-SE PARA ATENDER À FORTE DEMANDA ANTONIO MARÍA DELGADO, DE MIAMI

82 AméricaEconomia Julho, 2010

M

uitos executivos garantem que é marcante a diferença de ambiente entre as conferências do setor petroquímico que se realizam nos EUA e as promovidas na América Latina. Enquanto nas companhias norte-americanas predomina a cautela, por causa da debilidade da economia do país, as que operam na América Latina tiram proveito da maior demanda de produtos e projetam crescimento. Em alguns países, é como se a crise econômica mundial não existisse. “Que crise? Aqui não há nada disso”, diz Jorge O. Bühler-Vidal, diretor da empresa Polyolefins Consulting, com sede em Brunswick, Nova Jersey, repetindo a resposta que recebeu de executivos brasileiros sobre o impacto da recessão mundial em seus negócios. Para eles, a conjuntura até teve seu ponto favorável, permitindo-lhes comprar equipamentos mais baratos na Europa.

Ilustração: Patricio Otniel

Que crise


Para analistas, o cenário latinoamericano para o setor só tende a melhorar em 2010. “Este ano chegou mais otimista”, diz Rina Quijada, CEO da IntelliChem, empresa de inteligência de mercado para a indústria petroquímica, com sede em Houston. “Nos últimos 12 meses, a região tem observado a consolidação de produtores, acompanhada de um crescimento na demanda.” O Brasil não apenas registra uma robusta procura, como também concentra os maiores planos de expansão. “Os empresários brasileiros estão investindo no que chamamos de fábricas verdes, que

México fossem os grandes produtores, mas foram Brasil e Argentina que assumiram essa liderança.” Enquanto as companhias brasileiras saem para conquistar o mundo, as mexicanas estão imersas em um estado de frustração, depois de anos de estancamento ou crescimento anêmico. Uma de suas grandes dificuldades tem sido a de garantir o fornecimento de matéria-prima por parte da petrolífera estatal Pemex. Esses problemas levaram algumas petroquímicas

de produtos petroquímicos para cobrir as necessidades internas. A falta de fornecimento confiável de matéria-prima também é o fator que limita as aspirações da expansão petroquímica em outros países, como na Argentina. Outro empecilho para

Brasil concentra os maiores projetos de expansão do setor na América Latina

PETROQUÍMICA

o país, segundo BühlerVidal, é a instabilidade leVENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM gal. “A sensação é a de que EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL 2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 tudo muda de um dia para o outro”, diz. -2,7 -0,9 -0,7 23 -91,4 -155,6 1 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA MÉX 13.211,4 -32,9 A Venezuela, por sua VEN 11.453,6 – – – 32 18,2 N.D. – 2 PEQUIVEN vez, tem registrado avanBRA 19,3 4,1 6,0 51 14,0 526,8 149,4 3 BRASKEM 8.757,4 ços, ao menos no papel, MÉX – 4,6 3,6 115 6,6 142,7 253,1 4 ALPEK 3.971,0 em vários projetos, alguns MÉX -88,1 -23,0 -40,0 119 -1.536,3 -13,4 5 PEMEX PETROQUÍMICA 3.837,7 -33,9 deles impulsionados pela estatal Pequiven, em asBRA -196,0 -48,0 -13,5 161 47,4 -390,9 -499,5 6 UNIPAR 2.898,0 sociação com a brasileira BRA -18,1 -2,3 -4,9 176 71,1 -131,7 53,7 7 QUATTOR 2.714,0 Braskem. Alguns desses, MÉX 21,9 7,3 9,6 200 4,6 224,4 2.603,6 8 MEXICHEM 2.349,6 entretanto, foram redisBRA 10,3 4,9 3,9 252 15,9 72,4 1.245,5 9 DOW BRASIL 1.864,5 cutidos, já que a queda do BRA -4,8 1,9 101,2 0,7 0,3 0,2 397 10 YARA BRASIL 1.203,9 preço do petróleo reduziu N.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo a capacidade venezuelana de financiar algumas operam à base de etanol da cana-de-açúmexicanas a buscar oportunidades no dessas iniciativas. “O problema da Vecar”, conta o executivo da IntelliChem. exterior. Os planos de ampliar a produnezuela é que tem havido muito entuA primeira dessas plantas, em fase de ção em seu próprio país são escassos. siasmo para fazer muitas coisas, e eles fi nalização, pertence à Braskem, comO caso mais emblemático foi a acabam assumindo compromissos que panhia que, em dez anos, almeja estar suspensão, há alguns anos, do Projeto excedem a capacidade de realização”, entre as cinco maiores petroquímicas Fênix, que seria o maior complexo pediz Bühler-Vidal. do mundo (veja reportagem na pág. 84). troquímico do país, com investimento A Colômbia também tem chamado “É uma grande inovação, e a produção de US$ 2,6 bilhões. Idealizado como a atenção. Analistas afi rmam que vádessa fábrica, que começa a operar em uma joint venture entre um consórcio rias petroquímicas do país começaram agosto, já está vendida”, diz Quijada. de empresas privadas e a Pemex, que a tirar projetos que, há anos, estavam Para Bühler-Vidal, o fato de o Brasil teria participação de 49% no negócio, o guardados na gaveta. Já o Peru se destaca por conta da descoberta das reserter assumido a liderança na indústria cancelamento “significa que não haverá vas de gás natural de Camisea e dos espetroquímica latino-americana prova aumento substancial na capacidade da forços do presidente Alan García para a persistência e a visão de longo prazo indústria petroquímica mexicana nos impulsionar a atividade petroquímica. de suas empresas, já que, curiosamenpróximos cinco anos”, apontou um re“Desde que Garcia assumiu o poder, o te, elas nasceram em um país que, até latório da Business Monitor Internatiogoverno tomou medidas para que as há pouco tempo, não apresentava imnal. Outra consequência da suspensão, empresas possam investir no país”, diz portantes reservas de hidrocarbonetos. segundo o relatório, é que o México conBühler-Vidal. “Poderíamos esperar que Venezuela ou tinuará dependendo das importações Julho, 2010 AméricaEconomia 83


g a t l o s o EM UM AMBIENTE DOMINADO POR INCERTEZAS E COM TRANSFORMAÇÕES ESTRUTURAIS ENTRE OS CONCORRENTES, A BRASKEM SEGUE A SUA EXPANSÃO E CRIA NOVOS NICHOS, COMO O DO POLIETILENO DE ETANOL

l ba

Ap

SETOR Petroquímica

“N

ossa visão estratégica é a de ser uma das cinco maiores petroquímicas mundiais em 2020, sempre com base na sustentabilidade.” A frase de Marcelo Xavier, porta-voz da brasileira Braskem, é cheia de otimismo. Mas isso não significa que a empresa perca o senso realista de que tal meta é alta, em se tratando de um mundo no qual se constroem imensos polos petroquímicos na península arábica, e o governo chinês impulsiona um considerável plano de estímulo ao setor. A companhia está no caminho certo. Hoje, já é a oitava do planeta e a maior produtora de resinas termoplásticas da América. De todas as Américas juntas. Isso graças às suas 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e pelos Estados Unidos, onde possui três, com as quais produz, anualmente, mais 84 AméricaEconomia Julho, 2010

de 15 milhões de toneladas de resinas termoplásticas, entre outros produtos. No ano passado, a empresa vendeu US$ 2,1 bilhões para mais de 60 países, o que equivale a cerca de 27% de sua receita líquida, fato que a coloca entre as maiores companhias exportadoras brasileiras. Em 2009, a Braskem alcançou uma receita líquida superior a R$ 15 bilhões (US$ 8,33 bilhões) e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,5 bilhões (US$ 1,38 bilhão). Mas a grande notícia da empresa foi o acordo de aquisição da também brasileira Quattor, no começo deste ano, e da unidade de negócios de polipropileno da norte-americana Sunoco Chemicals. A primeira não foi uma compra simples, e contou com certo nível de

audácia e risco. A Braskem comprou três empresas da Unipar: a Quattor, a Unipar Comercial e a Politeno. O fato é que, com elas, também veio uma dívida de R$ 6,7 bilhões (US$ 3,72 bilhões), praticamente o mesmo valor da própria dívida da Braskem. É por isso que os mercados avaliaram a ação com prudência. Para digerir tal dívida, a solução foi realizar uma operação de engenharia financeira composta por vários passos, mediante a qual se criou uma controladora da empresa, chamada de BRK (para a qual a Odebrecht aportou R$ 1 bilhão, participando com 53,8%, e a Petrobras, R$ 2,5 bilhões, com 46,2% de participação), para depois realizar um aumento de capital da Braskem com aportes dos acionistas minoritários desta. Tudo isso com o objetivo de manter a relação entre dívida e capacidade de geração de caixa entre 3 e 3,5. Nesse quadro, dadas

Foto: Divulgação

RODRIGO LARA SERRANO, DE BUENOS AIRES


as diversas ações financeiras ras concomitantes, a compan hia da no mostrou uma ligeira queda primeiro trimestre. Contudo, as expec tativas is claro, são de um horizonte mais cl , e parte disso se deve à p ostura líder de da empresa na criação e na produção odução á três anos, a de polietilenos verdes. Há empresa anunciou o desenvolvimento to de um plástico de etanoll de ccana-dendustrial, açúcar. Agora “uma unidade e iin dustria com capacidade para produzirr 200 mil endo o projetatoneladas por ano, está sendo proj da para entrar em operação no último trimestre, no Polo de Triunfo (RS)”, diz Xavier. A companhia já “fechou acordos que envolvem o fornecimento de polietileno verde com diversas empresas no Brasil e no mundo, o, como a Brinquedos Estrela, Pea Acinplas, a Pe tra tropack, a Tetra n Pak, a Johnson & Johnson e a Shiseido”. Embora isso seja o resultado de alianças com centros de pesquisa locais e estrangeiros, a própria Braskem possui um centro de tec nologia e gastou US$ inovação, no qual q g 44 milhões, em 2009, com cerca de 190 pesquisadores e técnicos. A empresa também busca posicio-

narrse como o a mais “eccoeficiente” do setor. Segund ndo dados do Conselho Internacion nal Associaç so ações da Indústr IIndústria ú ia Química dass Associações Química, seu uso de 4 metros cúbicos de água por tonelada de produto é muito mais baixo que a média, de 27,8 metros cúbicos. Entre 2002 e 2 2009, outros indicadore es lhe foram favoráveis: a economia de energia foi de 12% e a geração de resíduoss e efluentes b baixou 61% e 40%, respectivamente. Em outro âmbito, a empre sa segue impu lsionando sua internacionalização. “Avaliamos um projeto p para a produção ç de 700 mil a 1 milhão de toneladas de polietileno no Peru com base em gás natural, em associação com a Petrobras e a PetroPeru”, conta o

A empresa avalia um projeto para produzir polietileno no Peru com a

Petrobras

porta-voz empresa além de da empresa, explorar a viabilidade de projetos na Bolívia. Cabe lembrar que, em parceria com a Idesa, a Braskem ganhou a licitação realizada pela Pemex Gas para a aquisição de matéria-prima, com o objetivo de desenvolver um grande projeto petroquímico integrado neste país, que entrará em operação em 2015. Entretanto, esse cenário positivo da Braskem não é isento de riscos: o grande perigo para a companhia é um mercado petroquímico cujas margens estão baixas. Ainda está para ser avaliado qual será o impacto pleno das muitas plantas gigantes da Arábia Saudita, com custos de produção, teoricamente, 50% abaixo do restante do mundo, por conta das economias de escala e integração vertical com sua indústria de extração. Por enquanto, várias delas se encontram paradas, atrasadas ou com aumento acima do normal nos orçamentos de construção. Mas será preciso provar seu real poder de fogo. Julho, 2010 AméricaEconomia 85


SETOR Siderurgia

APESAR DA RETOMADA, ANALISTAS APONTAM QUE O LUCRO DA SIDERURGIA NÃO VOLTARÁ AO NÍVEL REGISTRADO NO PASSADO SOLANGE MONTEIRO, DE SÃO PAULO

86 AméricaEconomia Julho, 2010

O

mês de junho marcou a inauguração, pela gigante de mineração brasileira Vale, de sua até agora maior incursão na siderurgia: a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, que demandou investimentos de 5,2 bilhões de euros e terá capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço por ano. O lançamento, em parceria com outra gigante, a alemã ThyssenKrupp, é visto pelo mercado como sinal de várias tendências que refletem os caminhos percorridos pelo setor. O primeiro é o de que a siderurgia brasileira está em pleno reaquecimento e com boas perspectivas. Em nível mundial, o setor começa a se recuperar de um 2009 que prefere deixar no esquecimen-

Ilustração: Patricio Otniel

Nada será como antes


SIDERURGIA

to. “Foi o período mais difícil dos últimos dez anos”, VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK RK ROE* ROA** MARGEM EMPRESA PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL diz Raphael Biderman, 2009 (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009 analista de Siderurgia do -31,5 N.D. – – – – 13 1 TECHINT ARG 17.786,0 Bradesco BBI, referindo-se a 1999, quando o preço do 6,1 2,5 4,2 18 -15,0 644,4 -61,8 2 GERDAU BRA 15.242,4 aço caiu aos níveis regis12,8 8,6 14,3 55 -32,8 1.161,6 -45,3 3 TENARIS 8.149,3 ARG trados na Grande Depres23,7 10,9 19,2 56 -4,1 1.566,4 156,8 4 GRUPO ARCELORMITTAL 8.139,6 BRA são, em termos nominais. 47,2 8,9 23,7 74 5,2 1.492,5 -39,6 5 CSN 6.305,1 BRA Mas com uma diferença: 8,8 5,2 12,3 75 -6,6 771,6 -44,1 6 USIMINAS 6.273,9 BRA desta vez, o pior não foi a queda no preço, mas a 12,3 7,5 15,5 94 -41,4 767,1 -12,3 7 TERNIUM 4.959,0 ARG redução em volume. “Pela 25,2 15,2 20,4 109 3,5 845,9 36,1 8 GERDAU AÇOS LONGOS 4.141,7 BRA primeira vez na história – – – 159 -17,1 N.D. – 9 INDUSTRIAS PEÑOLES - METALS MÉX 2.907,4 da siderurgia brasileira, -22,0 72,2 -79,6 4,8 1,8 3,6 232 10 ALTOS HORNOS DE MÉXICO 2.013,5 MÉX foi preciso abafar os altos N.D. – Não Divulgado *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo fornos”, afirma. Nos EUA, diz Biderman, essa queda demanda. Mas nem todas as empresas a Vale já passou a adotar uma política chegou a 65% em seu momento mais tiveram o mesmo ritmo de recuperação. trimestral de revisão de preços, cujos crítico, fechando o ano com -36,4%, se“A Gerdau sofreu mais, por ter parte de resultados para as siderúrgicas ainda gundo a World Steel Association. sua operação concentrada nos Estados serão vistos. Para Alves, da Link, em De acordo com a associação, essa Unidos; já companhias como a CSN 2010, as companhias terão pouco por queda foi de 21,4% no Brasil e de 27,6% mostram ter voltado à plena capacidafazer. “O preço do aço está baixo lá fora, na Argentina. “As empresas argentinas de”, diz Leonardo Alves, analista da Link e o governo não deverá permitir um sofreram muito, principalmente porque Investimentos. aumento, buscando reduzir o imposto cerca de metade do que produzem é diresobre a importação”, diz. cionada ao exterior”, afirma Mariano LaO DILEMA DO PREÇO “Nos últimos seis anos, vimos uma mothe, economista-chefe da consultoria O segundo sinal que a Vale dá com sua consolidação da indústria de minério de Abeceb, em Buenos Aires. “Como a prininvestida – e que, até 2014, promete ferro, e agora eles estão mais fortes para cipal demanda vem da construção civil, ganhar outros três novos negócios: uma fixar preços”, diz Lamothe, acrescentano choque trazido pela bolha imobiliária usina no Ceará em parceria com a coreado que, na Argentina, as empresas ainda foi forte”, diz, indicando, entretanto, que, na Dongkuk, uma planta de aços lamiconvivem com riscos adicionais relacionos cinco primeiros meses de 2010, a nados no Pará e outro projeto no Espírito nados ao abastecimento energético e à produção de aço no país cresceu 50% em Santo – é o de que o ganho de sinergias constante ameaça de o governo decidir relação ao mesmo período de 2009. entre as produções de minério de ferro controlar os preços domésticos do setor. Já no Brasil, alguns dos programas e de aço será cada vez mais importante, “Isso não aconteceu ainda, mas ninguém de estímulo impulsionados pelo gojá que o aumento do preço do minério, sabe o que poderá ocorrer amanhã”, diz. verno para reagir à crise – a redução Para Biderman, esse é o começo de “uma mudança de valor na cadeia do aço, como já houve em outras”, afirma, citando o exemplo do inox. “No final da década de 1990, o preço do níquel subiu tanto que houve margem bruta negativa, e o setor foi obrigado a mudar o sisprincipal matéria-prima para a fabricado IPI (Imposto sobre Produtos Industema de precificação, num padrão novo ção do aço, pressionará as margens. trializados) dos automóveis e o prograque já dura dez anos”, afirma, sugerindo “As siderúrgicas brasileiras estão ma habitacional “Minha Casa, Minha que a cadeia deverá criar seu próprio meentre as mais eficientes do mundo, mas, Vida” – envolveram segmentos com canismo de repasse. “Seja como for, algo em nível internacional, as margens praforte exposição ao aço, já que a consacontecerá para manter as empresas ticadas estão abaixo de dois dígitos. Não trução civil e a indústria automotiva investindo no mesmo ritmo que vemos há folga para suportar uma pressão de representam dois terços do consumo do hoje, sabendo que a remuneração de seu custos”, diz Biderman, do BBI. Este ano, produto, o que ajudou na recuperação da capital será garantida”, conclui.

O novo sistema de revisão de preços do minério pode pressionar a margem do setor

Julho, 2010 AméricaEconomia 87


SETOR Siderurgia

Foco

latino MAIOR SIDERÚRGICA DO MUNDO, ARCELORMITTAL ESCOLHE O BRASIL PARA RETOMAR SEUS INVESTIMENTOS NO PÓS-CRISE

LAKSHIMI MITTAL: OTIMISTA COM POTENCIAL DE RECUPERAÇÃO

O

Brasil foi o país escolhido pela maior siderúrgica do mundo, a ArcelorMittal – que responde por 8% da produção mundial de aço –, para retomar seus investimentos depois de ver seus negócios minguarem por conta da crise que se alastrou durante 2008 e 2009 e que atingiu fortemente o setor em todo o mundo. A empresa, com sede em Luxemburgo e faturamento de US$ 65,11 bilhões em 2009, anunciou recentemente o maior investimento do grupo depois da crise, no segmento de aços longos: aplicará US$ 1,2 bilhão, em dois anos, no país, para dobrar a capacidade de produção da usina João Monlevade, no Vale do Aço, em Minas Gerais. O objetivo é ampliar o potencial de fabricação de fiomáquina (utilizado para a fabricação de produtos como a palha e os cabos de aço) para 1,15 milhão de toneladas. “Vemos recuperação em mercados como a Argentina e o México, mas não estamos vendo isso no México como há no Brasil”, disse à AméricaEconomia

88 AméricaEconomia Julho, 2010

o indiano Lakshmi Mittal, principal executivo do grupo, quando visitou São Paulo, em meados de abril. “Essa decisão já era esperada pelo mercado. O custo de produção de placas de aço é muito mais barato aqui, afi nal, entre outras vantagens, temos minério de ferro do lado, o que elimina uma série de custos”, avalia Pedro Galdi, analista da corretora SLW, que acompanha o setor. A escolha pela usina de Monlevade também é estratégica. Embora tenha uma participação confortável no segmento de aços longos no Brasil, cuja produção representa 30% dos 13 milhões de toneladas que o grupo fabrica anualmente em todo o continente americano, a companhia começa a ser incomodada pelos concorrentes. “A Votorantim Siderurgia, por exemplo, tem se expandido bastante nos aços longos e é a que mais tem investido nessa área”, conta Germano Mendes de Paula, professor da Universidade Federal de Uberlândia e especialista em siderurgia. Quanto aos aços planos, a Arcelor

Mittal tem ganhado mercado local e figura na terceira posição, atrás das brasileiras Usiminas e CSN. “Mas essa expansão pode ser freada caso a Usiminas confirme o anúncio de construir sua terceira usina, o que deve ocorrer em julho”, alerta Paula. Assim, depois de anunciar redução de estoque no mundo, cortes e interrupções na produção – caso da Europa e dos Estados Unidos – e restrição do recebimento de matéria-prima e de ser alvo de boatos sobre a saída do Brasil, a companhia começa a retomar suas estratégias de crescimento no melhor estilo Mittal de ser: com ousadia. Além da expansão da usina de Monlevade, a ArcelorMittal também pretende aumentar a produção de suas minas brasileiras de 4 milhões de toneladas, em 2009, para 15 milhões de toneladas, em 2015. E, se depender do mercado interno, segundo os analistas, a aposta tem tudo para dar certo. “Quem está com foco na demanda doméstica está obtendo bons resultados”, afirma Galdi, da SLW.

Foto: Gaspar Nóbrega

GRAZIELE DAL-BÓ, DE SÃO PAULO


NEM TUDO SE PODE TRAZER NA SUA BAGAGEM.

A verdadeira emoção de uma viagem consiste em experiências genuínas que fascinam, não é mesmo? Nos hotéis InterContinental, usamos o nosso conhecimento local para ajudá-lo a desfrutar daquilo que é mais característico e exclusivo de cada destino. Em Mendoza, na Argentina, por exemplo, você pode se sentar, relaxar e desfrutar de vistas deslumbrantes das montanhas enquanto prova alguns dos melhores vinhos que a Mãe Terra tem para oferecer.

Do you live an InterContinental life?

Visite www.intercontinental.com ©2010 InterContinental Hotels Group. Direitos reservados.


SETOR Telecomunicações

Santa internet CONEXÕES DE BANDA LARGA FIXA E MÓVEL FORAM A SALVAÇÃO DAS OPERADORAS EM 2009 E SERÃO O MOTOR DO CRESCIMENTO FUTURO DAS TELECOMUNICAÇÕES NA AMÉRICA LATINA CAROLINA FUENTES, DE SANTIAGO

90 AméricaEconomia Julho, 2010

alta velocidade, que se concentram, hoje, as oportunidades. Segundo a IDC, empresa norte-americana de pesquisa de mercado, em dezembro de 2009, havia 34 milhões de conexões de banda larga na América Latina. Os mercados com maior

penetração eram Chile e Argentina, com participação, respectivamente, de 10,4% e 10%. Entretanto, se avaliado por número de usuários, o mercado é liderado pelo Brasil. De acordo com pesquisa do IDC Brasil, junto do Barômetro Cisco, em 2009, foram comercializadas

Ilustração: Patricio Otniel

T

erremoto. Eleições. Um bom programa de TV. Tudo é motivo para opinar pelo Twitter, uma das redes sociais favoritas de quem utiliza celular com acesso à internet. “O usuário mudou; agora, ele usa o celular para estar conectado, e isso demanda muita transferência de dados”, diz o mexicano Ernesto Flores-Roux, do Centro de Pesquisa e Docência Econômica do México (Cide, na sigla em espanhol), membro do programa Diálogo Regional sobre a Sociedade da Informação (Dirsi). “Por isso, a demanda de transferência de dados pode crescer 20% ao ano na América Latina”, afirma. Essa é uma boa notícia para o setor de telecomunicações, que, apesar de um complicado 2009, começa a ver como essa nova fonte de receita – a banda larga móvel – impacta positivamente suas projeções para 2010 e 2011. “A crise ajudou a acelerar essa tendência”, diz Francisco Errandonea, chefe do Equity Research Chile. A telefonia fi xa já não cresce. A telefonia móvel começa a superar os 90% de penetração na América Latina e, segundo analistas, não crescerá mais de 5% a 10% ao ano, e em setores menos rentáveis para as companhias. Além disso, as ligações internacionais são feitas cada vez mais pela internet. Ou seja, é na conexão de banda larga doméstica e móvel, para transmissão de dados em


TELECOMUNICAÇÕES RK 2009

EMPRESA

1 AMÉRICA MÓVIL

MÉX

30.209,2

2 TELEMAR

BRA

17.161,4

3 TELEFÔNICA BRASIL

BRA

12.690,7

4 TELCEL

MÉX

10.937,0

5 VIVO

BRA

9.397,6

6 TELÉFONOS DE MÉXICO

MÉX

9.115,3

7 TELESP

BRA

9.071,8

8 TIM CELULAR

BRA

8.223,3

9 TELMEX INTERNACIONAL

MÉX

7.082,6

BRA

6.906,0

10 CLARO TELECOM

Além disso, as empresas vinculadas a Carlos Slim dominam grande parte do setor. A anuncia20,9 5.886,6 35,5 43,4 17,0 19,5 6 da fusão da América Móvil (celular) com a Telmex (te114,1 -250,4 -150,7 -5,5 -0,7 -1,5 14 lefonia fi xa) é um reflexo 0,5 N.D. – – – – 25 do movimento de integra11,4 N.D. – – – – 34 ção. Agora, no México, a 42,0 492,5 195,4 8,4 3,9 5,2 40 atenção dos analistas vol1,6 1.566,6 7,4 53,5 11,5 17,2 43 ta-se para outra gigante, a Televisa, que, por meio da 32,7 1.248,0 20,5 21,6 10,6 13,8 44 TV a cabo – setor no qual 90,4 138,9 76,5 3,1 1,5 1,7 53 Carlos Slim ainda não con28,9 696,8 74,1 9,5 5,2 9,8 65 seguiu entrar –, começou 40,0 997,2 138,6 21,1 9,6 14,4 69 a crescer em banda larga e *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo telefonia. Alguns analistas acham que a empresa de Emilio Azcárraga poderia inclusive investir em outros países. Na Argentina, a preocupação com a concorrência também se acentua. “Corre-se o risco de monopólio. A Telecom Argentina pertence à Telecom Itália, na mudar por completo o atual panorama qual a Telefónica comprou uma particide receita das maiores empresas do pação”, lembra Ivana Recalde, diretora país, ranking que atualmente é liderado da área Corporativa da Standard &Poor’s pela espanhola Telefónica – por meio em Buenos Aires. O problema é que ainda Telefônica Brasil e da Vivo) – e pela da existem muitos pontos regulatórios brasileira Oi. pendentes e, diferentemente de outros Já no México há menos ação. A crise países, na Argentina, a tarifa é fixa e não desacelerou o setor – que cresceu 13,8% pode ser reajustada conforme a inflação. em 2009, menos da metade da cifra reComo o país tem uma penetração de gistrada em anos anteriores, segundo a telefonia móvel que supera os 100%, Comissão Federal de Telecomunicações as principais operadoras – Telefónica, do México. “O crescimento da população Telecom Italia e Nextel – focaram em e a baixa penetração dos serviços foram setores menos regulados, como a oferta fatores que sustentaram a demanda”, de internet, para continuar crescendo. diz Manuel Jiménez, analista do ICE, “Por isso, o setor vive a etapa de agregar grupo financeiro mexicano. valor”, diz Ivana. No Chile, o setor teve um 2009 tranquilo, com a telefonia celular chegando a 95% da população. “O custo de não ter celular é muito alto; por isso, independentemente do que aconteça no mercado, desistir de um celular não é uma decisão imediata”, diz Errandonea, do Equity Research Chile. Como em outros países, as operadoras que estão no Chile também estudam como aproveitar melhor o mercado de banda larga móvel, que atualmente conta com 500 mil usuários.

VENDAS VARIAÇÃO LUCRO VARIAÇÃO RK ROE* ROA** MARGEM PAÍS 2009 VENDAS LÍQUIDO 2009 LUCRO GERAL (%) (%) LÍQ. (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) US$ MILHÕES 09/08 (%) 2009

N.D. – Não Divulgado

O setor de telecomunicações no Brasil vive um cenário propício à consolidação no país mais de 3 milhões de novas conexões de banda larga, totalizando 15,6 milhões de acessos. O México, segundo maior mercado da região, totalizou 5 milhões. Ainda que estejam na liderança, são dois mercados com dinâmicas bem diferentes. Não apenas pelo desempenho econômico de cada país – o PIB do México caiu mais de 7% em 2009, enquanto no Brasil se manteve praticamente estável –, mas também por questões estruturais do mercado, relacionadas à concorrência. A indústria brasileira ainda conta com um grupo de empresas que concorrem entre si, o que gerou um cenário propício à consolidação. Um dos capítulos dessa tendência, que se desenrolava ao fechamento desta edição, é a briga entre Portugal Telecom e Telefônica, as duas acionistas da Vivo, pelo controle da operadora de telefonia móvel. “Há também o anúncio de que Claro e Embratel, controladas pelo mexicano Carlos Slim, querem unir suas operações no país”, lembra Victor Saulytis, da Standard & Poor’s em São Paulo. Segundo a Teleco, empresa brasileira de pesquisa deste mercado, a tacada de Slim poderia

15,6

milhões é o número de conexões de banda larga no país

Julho, 2010 AméricaEconomia 91


SETOR Telecomunicações

A grande

batalha AMÉRICA MÓVIL, A GIGANTE MEXICANA DAS TELECOMUNICAÇÕES, CONSOLIDA SEUS NEGÓCIOS PARA COMPETIR COM MAIS FORÇA PELOS GRANDES MERCADOS DA REGIÃO

D

30,2 bilhões de dólares foi o faturamento da América Móvil em 2009 92 AméricaEconomia Julho, 2010

ois mil e nove não foi um ano bom para as operadoras. Mesmo assim, a América Móvil manteve-se em seu posto de maior companhia do setor de telecomunicações da América Latina. A empresa, pertencente ao magnata Carlos Slim, registrou um crescimento de vendas de 20,9% no ano passado e um faturamento de mais de US$ 30,2 bilhões. Não é de hoje que as margens no segmento de telecomunicações estão se estreitando, é verdade, mas, mesmo assim, a operadora mexicana foi capaz de se adaptar e gerar ganhos de eficiência interna, o que resultou em um aumento de 35% no lucro em relação a 2008, chegando a pouco mais de US$ 5,88 bilhões. Parte desses resultados se explica por sua exitosa diversificação geográfica. Presente em 18 países da América Latina e do Caribe, a América Móvil pôde contrapor-se à forte contração da economia do México no ano passado com melhores resultados no Brasil, na Argentina e no Chile, por exemplo. Outro destaque nesse movimento, que poderá garantir bons resultados no futuro, é a estratégia da companhia de integrar várias empresas que estão

sob seu guarda-chuva para aumentar a agressividade de sua atuação e enfrentar a concorrência. Em junho, a América Móvil comprou em seu país 94% da Telmex Internacional e 99,4% da Carso Global, em uma operação avaliada em mais de US$ 20 bilhões, fortalecendo-se para competir com a espanhola Telefónica. Segundo analistas do setor, essa jogada permite reduzir os custos administrativos em 20% a 30%, além de facilitar a oferta de pacotes múltiplos de telefonia fi xa e móvel, internet e TV a cabo. No Brasil, os movimentos da mexicana preocupam sobretudo a Oi, que atualmente é a única que oferece pacotes com os quatro serviços. No país, as empresas de Slim de telefonia móvel e fi xa, Claro e Embratel, deram início a um processo de integração que, posteriormente, poderá incluir a NET, maior operadora de TV a cabo do Brasil, da qual Slim possui 49%. Para isso, a companhia depende da aprovação do Projeto de Lei 29 – que permitiria o controle de capital estrangeiro na empresa, para ser incorporada em definitivo ao império do mexicano. Em telefonia celular, a América Móvil é a maior operadora da região, com

Foto: Chris Hondros/Getty Images

VÍCTOR HERRERO, DE SANTIAGO


CARLOS SLIM, CONTROLADOR DA AMÉRICA MÓVIL: A ESTRATÉGIA É INTEGRAR

mais de 206 milhões de clientes. A marca Claro é líder no mercado móvel do México (70,8% de participação) e da Argentina (34%), segunda no Brasil (25,5%) e terceira no Chile (20,7%), de acordo com números da própria companhia. “Carlos Slim soube usar sua forte posição no mercado mexicano para tomar a região de assalto e com sucesso”, diz Richard Kramer, analista da empresa de pesquisa de mercado Arete. “Além disso, ele sabe que não poderá exercer o domínio sobre o mercado mexicano para sempre.” De fato, as empresas de telecomunicações de Slim têm enfrentado vários reveses no México. O último aconteceu em meados de maio, quando o governo, virtualmente, concedeu 21 mil qui-

lômetros de sua rede de fibra ótica à Televisa e à Telefónica, que, por meio da telefonia pela internet, começaram a competir diretamente com o monopólio que a Telmex tem na telefonia fi xa. Mas a grande batalha a que o mexicano Slim se dedica com especial atenção está no mercado brasileiro, onde as operadoras líderes buscam se proteger e expandir suas posições à medida que a concorrência no setor de telecomunicações se intensifica, com a chegada de novos players, facilitada pelas mudanças de regras.

“A América Móvil está apostando com força no Brasil, que é o mercado com maior potencial de crescimento”, afirma Julian Watson, especialista em telecomunicações da empresa norteamericana de análise de mercado IHS Global Insight. “A empresa quer ser a número um no Brasil, e as novas sinergias que criou a preparam para isso”, diz, sem deixar escapar a ressalva de que “tudo dependerá da aprovação de leis que permitam que estrangeiros tenham controle sobre companhias líderes nas telecomunicações”.

As empresas de Slim têm enfrentado reveses no México, mas o grande desafio do magnata está no Brasil Julho, 2010 AméricaEconomia 93


Índice

3M DO BRASIL

BRA

411

A ACEITERA GENERAL DEHEZA AEROMÉXICO (CINTRA) AEROPUERTOS Y SERV. AUXILIARES AES GENER AES TIETÊ AG CONCESSÕES AGROSUPER AJE GROUP ALCOA ALESAT ALICORP ALL AMÉRICA LATINA ALMACENES COPPEL ALMACENES ÉXITO ALPARGATAS ALPEK ALPURA ALTOS HORNOS DE MÉXICO ALUMBRERA ALUNORTE AMAZONAS ENERGIA AMBEV AMÉRICA MÓVIL AMIL AMPLA ANCAP ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES ANDRADE GUTIERREZ PART. ANGLO AMERICAN NORTE ANGLO AMERICAN SUR ANTOFAGASTA PLC ARAUCO ARCELORMITTAL INOX ARCOR ASARCO ASSAI AURORA ALIMENTOS AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ AVIANCA AVON

ARG MÉX MÉX CHI BRA BRA CHI PER BRA BRA PER BRA MÉX COL BRA MÉX MÉX MÉX ARG BRA BRA BRA MÉX BRA BRA URU BRA BRA CHI CHI CHI CHI BRA ARG MÉX BRA BRA PAN COL BRA

163 196 183 288 470 391 283 370 420 116 371 339 152 130 410 115 425 232 375 298 493 22 6 172 299 246 390 58 401 280 157 150 364 212 403 416 330 236 279 266

B B2W – CIA. GLOBAL DO VAREJO BANDEIRANTE ENERGIA BARRICK MISQUICHILCA BASF BASF DE MÉXICO BAVARIA BAYER BAYER DE MÉXICO BLACK & DECKER DE MÉXICO BODEGA AURRERÁ BRASIL TELECOM BRASKEM BRETAS SUPERMERCADOS BRASIL FOODS BRIDGESTONE FIRESTONE BROOKFIELD BUNGE BUNGE ALIMENTOS BUNGE FERTILIZANTES

BRA BRA PER BRA MÉX COL BRA MÉX MÉX MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA ARG BRA BRA

217 396 372 182 469 243 229 427 419 63 78 51 394 41 346 447 97 30 153

C C. VALE CAMARGO CORRÊA CIMENTOS CANDELARIA CANTV CAP CARAMURU CARBONES DEL CERREJÓN CARGILL CARGILL CARREFOUR CARREFOUR CARREFOUR CASAS BAHIA CATERPILLAR CBA CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR CCR RODOVIAS CCU CEEE PARTICIPAÇÕES CEG CELESC CELGPAR CELPE CEMENTOS CRUZ AZUL CEMEX CEMEX MÉXICO

BRA BRA CHI VEN CHI BRA COL BRA ARG ARG COL BRA BRA BRA BRA BRA BRA CHI BRA BRA BRA BRA BRA MÉX MÉX MÉX

417 306 438 88 349 418 300 42 68 140 259 24 83 174 373 21 270 303 368 452 222 442 336 345 19 98

94 AméricaEconomia Julho, 2010

CEMIG CENCOSUD CENCOSUD CERV. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA CESP CGE CGE DISTRIBUCIÓN CHESF – HID. DO SÃO FRANCISCO CHEVRON PETROLEUM COMPANY CHILECTRA CHRYSLER CHRYSLER CIA. BRAS. DE MET. E MINERAÇÃO CIA. EST. DE DISTRIB. ENERG. ELÉT. CICSA CLARO CLARO CMPC PAPELES Y CARTONES CMPC TISSUE CNH COAMO COCA-COLA FEMSA COCA-COLA CODELCO CODENSA COELBA COELCE COLBÚN COLLAHUASI COMCEL COMERCIAL MEXICANA COMGÁS COMISIÓN FED. DE ELECTRICIDAD COMPREBEM CONECEL CONFAB INDUSTRIAL CONSORCIO MINERO CORMIN CONST. E COM. CAMARGO CORRÊA CONST. ICA CONST. ANDRADE GUTIERREZ CONST. NORBERTO ODEBRECHT CONST. QUEIROZ GALVÃO CONTAX CONTROLADORA MABE COPA AIRLINES COPASA COPEL CORPORACIÓN GEO CORPORATIVO FRAGUA CORREIOS E TELÉGRAFOS COSAN COSTCO MÉXICO COTEMINAS CPFL – CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ CPFL BRASIL CPFL ENERGIA CPFL PIRATININGA CSN CTEEP CVG VENALUM

BRA CHI ARG MÉX BRA CHI CHI BRA COL CHI MÉX ARG BRA BRA MÉX ARG BRA CHI CHI BRA BRA MÉX BRA CHI COL BRA BRA CHI CHI COL MÉX BRA MÉX BRA EQU BRA PER BRA MÉX BRA BRA BRA BRA MÉX PAN BRA BRA MÉX MÉX BRA BRA MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA VEN

71 36 142 125 309 123 386 188 369 225 49 479 431 481 433 210 69 147 437 215 191 61 39 27 354 244 384 407 143 164 106 207 15 317 408 385 382 168 314 135 166 211 381 104 377 250 141 324 326 73 62 455 305 175 460 81 426 74 474 463

D D&S DANONE DANONE DEACERO DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS DELTA CONSTRUÇÕES DESARROLLADORA HOMEX DISCO DMA DISTRIBUIDORA DOUX DOW BRASIL DOW QUÍMICA DROGASIL DRUMMOND DUPONT DUPONT MÉXICO

CHI ARG MÉX MÉX MÉX BRA MÉX ARG BRA BRA BRA ARG BRA COL BRA MÉX

103 311 203 296 158 421 316 268 449 472 252 342 462 292 350 487

E ECOPETROL EDELNOR EDITORA ABRIL EL PUERTO DE LIVERPOOL ELECTRICARIBE ELECTROLUX DO BRASIL ELEKTRO ELETROBRAS ELETRONORTE ELETRONUCLEAR ELETROPAULO EMBOTELLADORA ANDINA

COL CHI BRA MÉX COL BRA BRA BRA BRA BRA BRA CHI

12 466 413 124 458 253 307 17 239 498 101 325

EMBOTELLADORAS ARCA EMBRAER EMBRATEL EMGESA EMPRESA DE TELECOM. DE BOGOTÁ EMPRESAS BANMÉDICA EMPRESAS COPEC EMPRESAS ICA EMPRESAS NAVIERAS EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN ENAMI ENAP ENDESA ENDESA BRASIL ENERGIAS DO BRASIL ENERGISA ENERSIS ENTEL ENTEL PCS EPS COOMEVA EQUATORIAL ESCONDIDA ESSO EXTRA EXXONMOBIL

MÉX BRA BRA COL COL CHI CHI MÉX CHI COL CHI CHI CHI BRA BRA BRA CHI CHI CHI COL BRA CHI BRA BRA COL

254 79 80 476 446 374 38 198 486 218 367 64 100 146 179 454 28 241 361 500 334 66 105 82 192

F FALABELLA FALABELLA PERÚ FASA FEMSA FERROMEX FIAT AUTOMÓVEIS FIBRIA FLEXTRONICS MANUFACTURING FORD FORD FORD MOTOR COMPANY FOSFERTIL FURNAS

CHI PER CHI MÉX MÉX BRA BRA MÉX BRA ARG MÉX BRA BRA

67 409 289 20 478 29 131 169 90 255 85 343 128

G GAFISA GALVÃO ENGENHARIA GASPETRO GBARBOSA GENERAL ELECTRIC GENERAL ELECTRIC GENERAL MOTORS GENERAL MOTORS GENERAL MOTORS COLMOTORES GENERAL MOTORS DE MÉXICO GERDAU GERDAU AÇOS LONGOS GERDAU COMERCIAL DE AÇOS GLOBO COM. E PARTICIPAÇÕES GOL GRUPO ABRIL GRUPO ALFA GRUPO ANDRÉ MAGGI GRUPO ARCELORMITTAL GRUPO ARGOS GRUPO AUTOFIN GRUPO BAL GRUPO BAVARIA GRUPO BERTIN (AGORA JBS) GRUPO BIMBO GRUPO CAMARGO CORRÊA GRUPO CARSO GRUPO CASA SABA GRUPO CLARÍN GRUPO COIMEX GRUPO CONDUMEX GRUPO CONTINENTAL GRUPO CORVI GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG GRUPO ELEKTRA GRUPO EMPRESARIAL ANGELES GRUPO FAMSA GRUPO ICE GRUPO INDUSTRIAL LALA GRUPO ISA GRUPO KUO GRUPO MASECA GRUPO MÉXICO GRUPO MODELO GRUPO NAC. DE CHOCOLATES GRUPO OMNILIFE GRUPO PALACIO DE HIERRO GRUPO PEPSICO GRUPO SALINAS GRUPO SALUDCOOP

BRA BRA BRA BRA BRA MÉX BRA ARG COL MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA MÉX BRA BRA COL MÉX MÉX COL BRA MÉX BRA MÉX MÉX ARG BRA MÉX MÉX MÉX PER MÉX MÉX MÉX C.RI MÉX COL MÉX MÉX MÉX MÉX COL MÉX MÉX MÉX MÉX COL

276 414 230 441 155 170 52 262 428 31 18 109 302 96 133 271 50 235 56 281 439 54 263 107 48 45 93 202 274 331 344 448 323 453 139 353 412 264 122 293 308 118 95 76 206 388 443 121 102 434


GRUPO SANBORNS GRUPO SCHINCARIOL GRUPO SIMEC GRUPO TACA GRUPO TELEVISA GRUPO VILLACERO GRUPO VITRO GRUPO VIZ GRUPO VOTORANTIM GRUPO XIGNUX GUARARAPES–RIACHUELO GVT HOLDING

MÉX BRA MÉX ELS MÉX MÉX MÉX MÉX BRA MÉX BRA BRA

184 310 322 480 112 351 258 312 16 220 376 467

H H-E-B SUPERMERCADOS HERINGER FERTILIZANTES HEWLETT–PACKARD MÉXICO HOCOL HOLDING ALIMENTARIO DEL PERÚ HOME DEPOT HONDA HOSPITALES ANGELES HP BRASIL HYPERMARCAS

MÉX BRA MÉX COL PER MÉX BRA MÉX BRA BRA

435 260 77 482 352 201 151 473 171 404

MÉX PER MÉX MÉX MÉX MÉX MÉX BRA MÉX C.RI BRA BRA COL BR/PA BRA BRA MÉX

193 318 269 284 134 159 347 341 484 223 59 464 400 129 475 436 194

J JBS–FRIBOI JUMBO

BRA CHI

11 286

K KIMBERLY-CLARK DE MÉXICO KLABIN KRAFT FOODS

MÉX BRA BRA

248 282 338

L LA FONTE PARTICIPAÇÕES LAN LG LIGHT LIQUIGÁS LOCALIZA LOJAS AMERICANAS LOJAS RENNER LOS PELAMBRES

BRA CHI BRA BRA BRA BRA BRA BRA CHI

126 127 165 149 328 445 99 356 231

M M. DIAS BRANCO MAGAZINE LUIZA MAGNESITA S/A MAKRO MALL PLAZA MARCOPOLO MARFRIG MARTINS DISTRIBUIÇÃO MASISA MC DONALD’S MEDIAL SAÚDE MEGA MEXICANA DE AVIACIÓN MEXICHEM MINERA ANTAMINA MINERA CERRO VERDE MINERA EL ABRA MINERA MÉXICO MINERA VALPARAÍSO MINERA YANACOCHA MINERVA MOLINOS RÍO DE LA PLATA MOLYMET MOSAIC MOVISTAR MOVISTAR MOVISTAR

BRA BRA BRA BRA CHI BRA BRA BRA CHI BRA BRA MÉX MÉX MÉX PER PER CHI MÉX CHI PER BRA ARG CHI BRA VEN ARG MÉX

360 290 429 180 216 399 87 233 490 321 395 285 267 200 245 272 489 167 398 226 315 224 483 301 91 199 208

I IBERDROLA DE MÉXICO IFH PERÚ – GRUPO INTERBANK INDUSTRIAS BACHOCO INDUSTRIAS CH INDUSTRIAS PEÑOLES INDUSTRIAS PEÑOLES – METALS INDUSTRIAS PEÑOLES – MINING INFRAERO INFRAEST. Y TRANSPORTES MÉXICO INTEL IPIRANGA PRODUTOS DE PETRÓLEO IRMÃOS MUFFATO & CIA. ISAGEN ITAIPU BINACIONAL ITAMBÉ ITAUTEC IUSA – INDUSTRIAS UNIDAS

MOVISTAR MOVISTAR MOVISTAR MRV

CHI PER COL BRA

313 383 465 477

N NACIONAL DE DROGAS NATURA NEMAK NEOENERGIA NESTLÉ NESTLÉ DE MÉXICO NET BRASIL NEXTEL NISSAN MEXICANA NOKIA NOKIA NORBERTO ODEBRECHT NOVARTIS

MÉX BRA MÉX BRA BRA MÉX BRA BRA MÉX BRA MÉX BRA BRA

219 189 242 113 47 138 181 277 37 247 295 35 456

O ODEBRECHT OI – TNL PCS OLÍMPICA ORGANIZACIÓN SORIANA ORGANIZACIÓN TERPEL OXITENO OXXO (FEMSA COMERCIO)

BRA BRA COL MÉX COL BRA MÉX

10 110 358 70 156 430 111

P PAMPA ENERGÍA PAN AMERICAN ENERGY PANPHARMA PÃO DE AÇÚCAR PARANAPANEMA PATAGONIA PDG REALTY PDVSA PEMEX PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA PEMEX PETROQUÍMICA PEMEX REFINACIÓN PEQUIVEN PERNAMBUCANAS PERUANA DE PETRÓLEO PERUPETRO PETROBRAS PETROBRAS PETROBRAS DISTRIBUIDORA PETROBRAS ENERGÍA PETROECUADOR PETRÓLEO SABBÁ PETROPERÚ PEUGEOT-CITROËN PHILIP MORRIS DE MÉXICO PHILIPS MEXICANA PIRELLI PONTO FRIO – GLOBEX POSITIVO INFORMÁTICA POSTOBON PREZUNIC SUPERMERCADOS PROCTER & GAMBLE PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO PROFARMA

ARG ARG BRA BRA BRA ARG BRA VEN MÉX MÉX MÉX MÉX VEN BRA PER PER BRA CHI BRA ARG EQU BRA PER ARG MÉX MÉX BRA BRA BRA COL BRA BRA MÉX BRA

440 160 238 214 332 432 415 3 2 23 119 4 32 265 497 422 1 359 5 148 57 378 187 256 177 261 237 195 380 495 393 451 227 319

Q QUATTOR QUIÑENCO

BRA CHI

176 392

R RANDON PART RECOPE REDE ENERGIA REFAP – ALBERTO PASQUALINI REFINERÍA DE CARTAGENA REFINERÍA LA PAMPILLA RENAULT RENAULT ARGENTINA RHODIA RIO GDE. ENER. RIPLEY ROCHE ROSSI RESID.

BRA C.RI BRA BRA COL PER BRA ARG BRA BRA CHI BRA BRA

340 178 162 92 240 185 173 468 387 444 273 496 499

S SABESP SALFACORP SAMARCO MINERAÇÃO SAM’S CLUB SAMSUNG ELET. DA AMAZÔNIA SANMINA – SCI SYSTEMS DE MÉXICO SANTA ISABEL

BRA CHI BRA MÉX BRA MÉX CHI

117 424 291 89 144 137 297

SCANIA SEARA SEARS SEMP TOSHIBA SENDAS DISTRIBUIDORA SHELL CAPSA SHELL CHILE SIDERAR SIEMENS BRASIL SIEMENS MÉXICO SIGDO KOPPERS SIGMA SIVENSA SODIMAC SONY DE MÉXICO SOTREQ SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. SOUZA CRUZ SPAL SQM SUDAMERICANA DE VAPORES SUPERMERCADOS LA FAVORITA SUZANO PAPEL E CELULOSE

BRA BRA MÉX BRA BRA ARG CHI ARG BRA MÉX CHI MÉX VEN CHI MÉX BRA PER BRA BRA CHI CHI EQU BRA

366 294 362 471 251 228 327 287 275 363 333 213 459 221 357 379 209 136 278 335 154 365 204

T TAM TECHINT TELCEL TELECOM TELEFÔNICA BRASIL TELEFÓNICA CHILE TELEFÓNICA COLOMBIA TELEFÓNICA DE ARGENTINA TELEFÓNICA DEL PERÚ TELÉFONOS DE MÉXICO TELEMAR TELESP TELMEX INTERNACIONAL TENARIS TERNIUM TERPEL TIENDAS COMERCIAL MEXICANA TIENDAS SANBORNS TIGRE – TUBOS E CONEXÕES TIM CELULAR TOYOTA TOYOTA TRACTEBEL TRANSPETRO

BRA ARG MÉX ARG BRA CHI COL ARG PER MÉX BRA BRA MÉX ARG ARG CHI MÉX MÉX BRA BRA ARG MÉX BRA BRA

86 13 34 145 25 355 249 320 186 43 14 44 65 55 94 491 485 423 450 53 329 337 234 205

U UCP BACKUS & JOHNSTON ULTRAGAZ ULTRAPAR UNILEVER UNILEVER DE MÉXICO UNIPAR URBI DESARROLLOS URBANOS USIMINAS UTE

PER BRA BRA BRA MÉX BRA MÉX BRA URU

494 304 8 72 406 161 457 75 348

V VALE VITRO ENVASES VIVO VOLKSWAGEN VOLKSWAGEN VOLKSWAGEN DE MÉXICO VOLVO VOTORANTIM CIMENTOS VRG – LINHAS AÉREAS VULCABRAS

BRA MÉX BRA BRA ARG MÉX BRA BRA BRA BRA

7 492 40 26 197 60 257 108 132 488

W WALMART WAL-MART DE MÉXICO WAL-MART SUPERCENTER WEG WHIRLPOOL WHIRLPOOL MÉXICO WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS

BRA MÉX MÉX BRA BRA MÉX BRA

33 9 84 190 120 402 405

X XSTRATA COPPER CHILE S/A

CHI

461

Y YARA BRASIL YPF YPFB

BRA ARG BOL

397 46 114

Z ZAFFARI E BOURBON

BRA

389

Julho, 2010 AméricaEconomia 95


1-50

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

3 2 1 4 7 6 5 24 12 14 18 15 8 47 10 16 19 11 13 22 51 41 9 35 26 28 17 29 49 37 25 34 53 32 54 33 30 20 61 60 82 56 40 57 58 31 76 66 39 44

EMPRESA

PETROBRAS PEMEX PDVSA PEMEX REFINACIÓN PETROBRAS DISTRIBUIDORA AMÉRICA MÓVIL VALE ULTRAPAR WALMART DE MÉXICO ODEBRECHT JBS-FRIBOI ECOPETROL TECHINT TELEMAR COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD GRUPO VOTORANTIM ELETROBRAS GERDAU CEMEX FEMSA CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR AMBEV PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA CARREFOUR TELEFÔNICA BRASIL VOLKSWAGEN CODELCO ENERSIS FIAT AUTOMÓVEIS BUNGE ALIMENTOS GENERAL MOTORS DE MÉXICO (1) PEQUIVEN (1) WALMART TELCEL NORBERTO ODEBRECHT CENCOSUD NISSAN MEXICANA (1) EMPRESAS COPEC COCA–COLA VIVO BRASIL FOODS (BRF) CARGILL TELÉFONOS DE MÉXICO TELESP GRUPO CAMARGO CORRÊA YPF NESTLÉ GRUPO BIMBO CHRYSLER (1) GRUPO ALFA

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

96 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

BRA MÉX VEN MÉX BRA MÉX BRA BRA MÉX BRA BRA COL ARG BRA MÉX BRA BRA BRA MÉX MÉX BRA BRA MÉX BRA BRA BRA CHI CHI BRA BRA MÉX VEN BRA MÉX BRA CHI MÉX CHI BRA BRA BRA BRA MÉX BRA BRA ARG BRA MÉX MÉX MÉX

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%)

PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES MINERAÇÃO PETRÓLEO/GÁS COMÉRCIO MULTISSETOR AGROINDÚSTRIA PETRÓLEO/GÁS SIDERURGIA/METALURGIA TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA MULTISSETOR ENERGIA ELÉTRICA SIDERURGIA/METALURGIA CIMENTO BEBIDAS COMÉRCIO BEBIDAS PETROQUÍMICO COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS AGROINDÚSTRIA AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS PETROQUÍMICO COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES CONSTRUÇÃO COMÉRCIO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MULTISSETOR BEBIDAS TELECOMUNICAÇÕES ALIMENTOS AGROINDÚSTRIA TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES MULTISSETOR PETRÓLEO/GÁS ALIMENTOS ALIMENTOS AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MULTISSETOR

104.933,4 85.319,0 60.663,8 40.764,5 31.635,5 30.209,2 27.852,4 20.741,9 20.699,0 20.618,3 19.705,8 18.127,4 17.786,0 17.161,4 16.904,1 16.423,6 15.892,2 15.242,4 15.138,7 15.080,0 13.355,3 13.320,7 13.211,4 13.000,0 12.690,7 12.205,1 12.147,8 11.997,9 11.824,8 11.805,8 11.485,8 11.453,6 11.336,8 10.937,0 10.520,4 10.518,2 10.150,1 9.954,7 9.770,0 9.397,6 9.135,0 9.117,8 9.115,3 9.071,8 9.062,6 8.960,8 8.908,0 8.905,1 8.864,6 8.849,9

92.049,0 96.074,5 126.364,0 39.733,9 23.930,9 24.988,6 30.184,4 12.095,8 17.705,9 15.193,5 12.982,6 21.663,0 25.962,0 8.017,1 19.570,0 15.011,9 12.865,4 17.932,3 16.314,0 12.146,9 7.716,4 8.942,9 19.675,5 9.000,0 12.627,1 10.702,8 14.424,8 10.570,9 7.897,9 9.521,1 12.027,0 9.690,0 7.252,9 9.816,7 7.092,2 9.745,8 10.529,1 12.818,2 6.418,5 6.619,5 4.875,1 6.853,9 8.972,0 6.837,4 5.495,5 10.050,4 5.369,4 5.951,0 9.120,0 8.399,8

14,0 –11,2 –52,0 2,6 32,2 20,9 –7,7 71,5 16,9 35,7 51,8 –16,3 –31,5 114,1 –13,6 9,4 23,5 –15,0 –7,2 24,1 73,1 49,0 –32,9 44,4 0,5 14,0 –15,8 13,5 49,7 24,0 –4,5 18,2 56,3 11,4 48,3 7,9 –3,6 –22,3 52,2 42,0 87,4 33,0 1,6 32,7 64,9 –10,8 65,9 49,6 –2,8 5,4

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

16.644,7 –7.291,8 N.D. –7.102,9 840,0 5.886,6 5.886,1 268,1 1.286,3 644,7 74,3 2.600,5 N.D. –250,4 91,0 2.487,4 97,9 644,4 107,9 758,3 339,8 3.437,9 –91,4 N.D. N.D. N.D. 1.261,7 1.303,7 948,0 69,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 565,5 190,2 N.D. 577,0 N.D. 492,5 69,2 186,9 1.566,6 1.248,0 906,7 910,2 N.D. 455,8 N.D. 154,6

14.115,4 –7.906,2 9.413,0 –8.669,9 551,6 4.345,7 9.105,5 167,0 1.060,8 –357,8 11,1 5.184,0 N.D. 493,9 –1.415,8 7,5 2.625,8 1.686,1 164,7 484,9 111,4 1.309,1 164,3 N.D. N.D. N.D. 1.566,8 907,4 801,6 0,9 N.D. N.D. N.D. 4.532,5 252,0 254,5 N.D. 603,1 N.D. 166,7 23,3 –164,0 1.458,7 1.035,5 237,6 1.049,0 N.D. 312,3 N.D. –687,7

17,9 7,8 – 18,1 52,3 35,5 –35,4 60,5 21,3 280,2 569,4 –49,8 – –150,7 106,4 33.185,7 –96,3 –61,8 –34,5 56,4 205,0 162,6 –155,6 – – – –19,5 43,7 18,3 7.568,9 – – – – 124,4 –25,3 – –4,3 – 195,4 197,0 214,0 7,4 20,5 281,6 –13,2 – 45,9 – 122,5


29 EBITDA 2009 US$ MILHÕES

26.601,7 47.776,4 9.356,0 –19.617,7 820,3 10.008,4 13.912,0 465,9 1.726,9 2.005,6 479,4 6.554,5 N.D. 2.596,5 N.D. 3.123,7 3.356,1 4.236,7 3.309,9 2.223,2 561,2 3.869,7 248,8 N.D. 4.669,0 N.D. 6.221,6 4.045,3 1.257,0 415,4 N.D. N.D. N.D. 5.144,6 989,9 709,8 N.D. 1.394,2 N.D. 1.935,7 469,3 N.D. 4.171,9 2.780,0 1.027,0 3.296,8 N.D. 710,6 N.D. 757,5

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%)

30,4 –30,9 – 52,7 41,9 21,5 –23,1 67,0 19,3 21,7 54,0 –19,1 – 61,8 – 1,2 –8,4 –63,4 –16,4 24,3 39,7 63,2 –134,4 – – – –12,1 18,7 34,3 –73,2 – – – 17,0 2,9 13,0 – – – 54,8 –16,7 – –4,0 20,7 – –6,3 – 70,6 – 44,3

ATIVO TOTAL 2009 US$$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$$ MILHÕES

198.488,0 102.606,8 N.D. 38.108,6 7.375,6 34.671,0 100.929,9 6.369,3 10.189,8 26.545,9 24.402,2 26.267,6 26.539,0 34.990,3 61.693,8 55.649,4 76.853,1 25.604,9 44.565,3 16.155,8 10.345,0 23.030,7 10.256,0 N.D. N.D. 7.061,4 16.039,1 26.084,8 5.559,0 5.217,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 8.241,8 9.783,5 N.D. 15.600,2 N.D. 12.644,8 14.768,2 2.396,5 13.650,4 11.751,3 14.824,8 10.517,8 N.D. 7.402,0 N.D. 8.272,6

91.583,2 –5.148,7 N.D. 911,0 4.521,8 13.560,0 54.983,3 2.773,5 6.363,7 1.579,2 9.607,2 26.267,6 N.D. 4.591,4 29.247,4 15.608,6 43.700,8 10.629,1 16.368,9 6.248,1 3.767,2 12.645,0 3.386,6 N.D. N.D. 1.590,5 5.308,6 6.947,6 681,0 1.409,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 1.698,0 4.297,6 N.D. 8.956,7 N.D. 5.852,8 7.543,4 246,1 2.929,7 5.776,1 4.675,6 4.929,8 N.D. 3.069,4 N.D. 2.427,9

ROE R ((%)

ROA (%)

18,2 8,4 – –7,1 – – –779,7 –18,6 18,6 11,4 43,4 17,0 10,7 5,8 9,7 4,2 20,2 12,6 40,8 2,4 0,8 0,3 9,9 9,9 – – –5,5 –0,7 0,3 0,1 15,9 4,5 0,2 0,1 6,1 2,5 0,7 0,2 12,1 4,7 9,0 3,3 27,2 14,9 –2,7 –0,9 – – – – – – 23,8 7,9 18,8 5,0 139,2 17,1 4,9 1,3 – – – – – – – – 33,3 6,9 4,4 1,9 – – 6,4 3,7 – – 8,4 3,9 0,9 0,5 76,0 7,8 53,5 11,5 21,6 10,6 19,4 6,1 18,5 8,7 – – 14,8 6,2 – – 6,4 1,9

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES

15,9 –8,5 – –17,4 2,7 19,5 21,1 1,3 6,2 3,1 0,4 14,3 – –1,5 0,5 15,1 0,6 4,2 0,7 5,0 2,5 25,8 –0,7 – – – 10,4 10,9 8,0 0,6 – – – – 5,4 1,8 – 5,8 – 5,2 0,8 2,1 17,2 13,8 10,0 10,2 – 5,1 – 1,7

76.919 153.404 78.000 49.000 7.531 55.000 60.036 9.430 176.463 87.662 55.361 N.D. 48.895 12.372 83.000 65.000 25.809 41.000 66.000 127.179 85.244 45.500 12.600 66.000 10.729 21.524 19.359 12.470 14.231 5.210 12.000 N.D. 71.000 15.000 69.801 101.132 8.500 15.000 44.000 10.598 114.059 6.032 82.000 6.171 60.000 8.320 18.000 102.000 11.000 52.000

SIM SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM

E E E E E P P P P* P P E P P E P E P P P P P* E P* P* P* E P* P* P* P* E P* P P P P* P P* P* P P* P P* P P* P* P P* P

12.306,7 37.610,7 58.803,0 36,2 554,0 – 10.826,4 – – 10.645,3 863,8 8.338,6 – – – 2.508,7 – 1.668,2 12.087,7 6.145,0 – – 8.142,5 – – 1.479,4 9.720,0 – 871,4 4.343,9 – – – – 457,4 – – 56,2 – – 1.505,7 2.335,6 – – – – 273,0 4.856,8 5.601,3 4.624,5

SITE (WWW.)

PETROBRAS.COM.BR PEMEX.COM PDVSA.COM PEMEX.COM.MX BR.COM.BR AMERICAMOVIL.COM VALE.COM ULTRA.COM.BR WALMARTMEXICO.COM.MX ODEBRECHT.COM.BR JBS.COM.BR ECOPETROL.COM.CO TECHINT.COM NOVAOI.COM.BR CFE.GOB.MX VOTORANTIM.COM.BR ELETROBRAS.GOV.BR GERDAU.COM.BR CEMEX.COM FEMSA.COM GRUPOPAODEACUCAR.COM.BR AMBEV.COM.BR PEMEX.COM.MX CARREFOUR.COM.BR TELEFONICA.COM.BR VOLKSWAGEN.COM.BR CODELCO.CL ENERSIS.CL FIAT.COM.BR BUNGE.COM.BR GM.COM.MX PEQUIVEN.COM WALMARTBRASIL.COM TELCEL.COM.MX ODEBRECHT.COM.BR CENCOSUD.CL NISSAN.COM.MX EMPRESASCOPEC.CL COCA–COLA.COM.BR VIVO.COM.BR PERDIGAO.COM.BR CARGILL.COM.BR TELMEX.COM.MX TELEFONICA.COM.BR CAMARGOCORREA.COM.BR YPF.COM.AR NESTLE.COM.BR GRUPOBIMBO.COM.MX CHRYSLERDEMEXICO.COM.MX ALFA.COM.MX

RK 09

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 97

1-50

34.693,0 32.990,2 N.D. –9.279,7 1.163,8 12.160,0 10.698,2 777,9 2.059,9 2.441,0 738,1 5.304,0 N.D. 4.200,9 N.D. 3.160,9 3.074,6 1.551,3 2.767,0 2.763,0 784,1 6.313,9 –85,5 N.D. N.D. N.D. 5.469,9 4.802,9 1.688,2 111,3 N.D. N.D. N.D. 6.021,5 1.018,3 801,9 N.D. N.D. N.D. 2.997,0 391,1 N.D. 4.003,8 3.356,1 N.D. 3.089,0 N.D. 1.212,1 N.D. 1.092,9

EBITDA 2008 US$$ MILHÕES

FIAT O crescimento da montadora italiana no Brasil é reflexo do aquecimento do mercado doméstico


51-100

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

EMPRESA

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

52 45 72 48 23 42 27 206 36 46 62 212 64 21 73 50 67 65 81 55 86 – 93 63 59 74 71 83 78 98 99 106 68 79 69 91 158 88 84 77 105 96 75 43 85 125 97 107 138 103

BRASKEM GENERAL MOTORS TIM CELULAR GRUPO BAL (1) TENARIS GRUPO ARCELORMITTAL PETROECUADOR ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES IPIRANGA PRODUTOS DE PETROLEO VOLKSWAGEN DE MÉXICO (1) COCA–COLA FEMSA COSAN BODEGA AURRERA ENAP TELMEX INTERNACIONAL ESCONDIDA FALABELLA CARGILL (1) CLARO ORGANIZACIÓN SORIANA CEMIG UNILEVER CORREIOS E TELÉGRAFOS CSN USIMINAS GRUPO MODELO HEWLETT – PACKARD MÉXICO (1) BRASIL TELECOM EMBRAER EMBRATEL CPFL ENERGIA EXTRA CASAS BAHIA WAL-MART SUPERCENTER FORD MOTOR COMPANY (1) TAM MARFRIG CANTV SAM’S CLUB FORD MOVISTAR REFAP – ALBERTO PASQUALINI GRUPO CARSO TERNIUM GRUPO MÉXICO GLOBO COMUNIC. E PARTICIPAÇÕES BUNGE (1) CEMEX MÉXICO (1) LOJAS AMERICANAS ENDESA

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

98 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

BRA BRA BRA MÉX ARG BRA EQU BRA BRA MÉX MÉX BRA MÉX CHI MÉX CHI CHI ARG BRA MÉX BRA BRA BRA BRA BRA MÉX MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA MÉX MÉX BRA BRA VEN MÉX BRA VEN BRA MÉX ARG MÉX BRA ARG MÉX BRA CHI

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

PETROQUÍMICO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS TELECOMUNICAÇÕES MULTISSETOR SIDERURGIA/METALURGIA SIDERURGIA/METALURGIA PETRÓLEO/GÁS MULTISSETOR PETRÓLEO/GÁS AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS BEBIDAS ALIMENTOS COMÉRCIO PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES MINERAÇÃO COMÉRCIO AGROINDÚSTRIA TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA MULTISSETOR SERVIÇOS GERAIS SIDERURGIA/METALURGIA SIDERURGIA/METALURGIA BEBIDAS ELETRÔNICO TELECOMUNICAÇÕES IND. AEROESPACIAL TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO COMÉRCIO COMÉRCIO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS TRANSPORTE/LOGÍSTICA AGROINDÚSTRIA TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS TELECOMUNICAÇÕES PETRÓLEO/GÁS MULTISSETOR SIDERURGIA/METALURGIA MINERAÇÃO MÍDIA AGROINDÚSTRIA CIMENTO COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA

8.757,4 8.462,3 8.223,3 8.207,6 8.149,3 8.139,6 8.056,5 8.030,6 8.013,6 7.985,3 7.865,3 7.638,9 7.368,8 7.097,5 7.082,6 7.071,0 6.959,4 6.925,4 6.906,0 6.783,9 6.722,4 6.350,6 6.306,9 6.305,1 6.273,9 6.265,3 6.263,9 6.247,7 6.209,9 6.088,9 6.068,2 5.980,6 5.896,4 5.754,3 5.697,0 5.685,9 5.522,5 5.492,0 5.485,2 5.473,4 5.408,0 5.298,4 5.054,0 4.959,0 4.830,8 4.819,4 4.797,6 4.797,0 4.786,9 4.755,3

7.684,9 8.329,0 4.319,8 7.930,0 12.131,8 8.489,9 10.878,4 4.053,3 5.789,0 8.140,0 5.998,6 2.038,2 5.975,4 12.185,2 5.494,6 7.760,2 5.924,5 5.970,2 4.932,6 6.645,3 4.660,0 4.403,1 4.449,2 5.991,8 6.720,8 5.448,2 5.704,8 4.833,9 5.026,4 4.183,7 4.153,1 5.241,4 5.896,4 4.987,6 5.885,4 4.532,3 2.654,6 4.594,3 4.789,3 5.350,3 3.903,0 4.242,3 4.765,0 8.464,8 6.033,5 3.252,7 4.190,0 3.900,0 2.984,6 3.960,5

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) 14,0 1,6 90,4 3,5 –32,8 –4,1 –25,9 98,1 38,4 –1,9 31,1 274,8 23,3 –41,8 28,9 –8,9 17,5 16,0 40,0 2,1 44,3 44,2 41,8 5,2 –6,6 15,0 9,8 29,2 23,5 45,5 46,1 14,1 0,0 15,4 –3,2 25,5 108,0 19,5 14,5 2,3 38,6 24,9 6,1 –41,4 –19,9 48,2 14,5 23,0 60,4 20,1

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

526,8 N.D. 138,9 N.D. 1.161,6 1.566,4 N.D. –199,3 42,7 N.D. 652,3 366,4 N.D. 200,4 696,8 3.199,6 393,0 N.D. 997,2 219,5 1.069,0 N.D. 67,6 1.492,5 771,6 660,5 N.D. –656,3 513,8 742,4 738,8 N.D. N.D. N.D. N.D. 771,0 390,0 990,6 N.D. N.D. N.D. 631,7 489,1 767,1 887,1 1.094,3 N.D. N.D. 87,3 1.238,2

–1.066,4 N.D. 78,7 N.D. 2.124,8 609,9 5.072,4 47,6 137,2 N.D. 404,7 –187,8 N.D. –957,8 400,2 3.570,3 321,1 N.D. 418,0 124,6 807,5 N.D. 342,8 2.470,8 1.379,7 651,7 N.D. 440,7 183,5 262,2 545,9 N.D. N.D. N.D. N.D. –582,0 –15,2 679,6 N.D. N.D. N.D. –608,4 473,2 875,2 1.076,0 212,5 N.D. N.D. 38,3 703,5

149,4 – 76,5 – –45,3 156,8 – –518,7 –68,8 – 61,2 295,1 – 120,9 74,1 –10,4 22,4 – 138,6 76,2 32,4 – –80,3 –39,6 –44,1 1,4 – –248,9 180,0 183,1 35,3 – – – – 232,5 2.665,8 45,8 – – – 203,8 3,4 –12,3 –17,6 414,9 – – 127,9 76,0


62 EBITDA 2009 US$ MILHÕES

1.052,1 N.D. 1.240,7 N.D. 3.560,8 2.716,7 N.D. N.D. 258,1 N.D. 1.237,5 206,1 N.D. –641,0 1.293,4 4.619,6 689,3 N.D. 1.165,6 439,8 1.754,2 N.D. 362,9 4.470,3 2.503,7 1.646,8 N.D. 1.677,0 641,8 1.042,2 1.241,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 508,8 378,4 493,9 N.D. N.D. N.D. –175,9 574,6 2.089,6 2.904,1 728,7 N.D. N.D. 348,3 1.821,1

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%)

ATIVO TOTAL 2009 US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

28,2 – 41,6 – –34,9 – – – – – 22,1 268,9 – 185,2 33,6 – 33,4 – 43,3 14,3 32,2 – –5,3 –43,8 –60,2 18,6 – –75,7 3,6 54,8 28,5 – – – – 0,1 24,4 162,9 – – – 572,2 46,3 –66,1 –25,9 –88,0 – – 67,1 31,5

12.695,3 N.D. 9.501,7 N.D. 13.483,3 14.412,8 N.D. 13.421,8 3.768,8 N.D. 8.469,5 7.699,6 N.D. 5.559,8 13.340,1 7.968,4 8.167,4 N.D. 10.438,6 5.030,3 16.578,4 N.D. 4.015,4 16.751,2 14.787,1 8.982,3 N.D. 13.069,2 9.157,8 9.464,1 9.688,7 N.D. N.D. N.D. N.D. 7.544,9 6.576,9 6.761,7 N.D. N.D. N.D. 3.238,2 7.475,8 10.292,7 N.D. 5.712,3 N.D. N.D. 3.875,5 12.182,0

2.723,4 N.D. 4.506,1 N.D. 9.092,2 6.620,9 N.D. 1.673,0 1.569,5 N.D. 5.064,8 2.825,9 N.D. 443,8 7.327,2 5.568,6 3.533,2 N.D. 4.723,5 2.443,8 5.901,4 N.D. 1.819,6 3.164,7 8.740,4 5.652,4 N.D. 6.372,0 2.883,5 5.477,7 2.919,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 938,7 2.403,1 2.641,3 N.D. N.D. N.D. 765,2 3.885,9 6.261,3 N.D. 2.651,8 N.D. N.D. 218,3 4.085,6

ROE (%)

19,3 – 3,1 – 12,8 23,7 – –11,9 2,7 – 12,9 13,0 – 45,2 9,5 57,5 11,1 – 21,1 9,0 18,1 – 3,7 47,2 8,8 11,7 – –10,3 17,8 13,6 25,3 – – – – 82,1 16,2 37,5 – – – 82,6 12,6 12,3 – 41,3 – – 40,0 30,3

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES

4,1 – 1,5 – 8,6 10,9 – –1,5 1,1 – 7,7 4,8 – 3,6 5,2 40,2 4,8 – 9,6 4,4 6,4 – 1,7 8,9 5,2 7,4 – –5,0 5,6 7,8 7,6 – – – – 10,2 5,9 14,7 – – – 19,5 6,5 7,5 – 19,2 – – 2,3 10,2

6,0 – 1,7 – 14,3 19,2 – –2,5 0,5 – 8,3 4,8 – 2,8 9,8 45,2 5,6 – 14,4 3,2 15,9 – 1,1 23,7 12,3 10,5 – –10,5 8,3 12,2 12,2 – – – – 13,6 7,1 18,0 – – – 11,9 9,7 15,5 18,4 22,7 – – 1,8 26,0

4.800 20.000 9.233 40.000 23.150 19.000 N.D. 16.600 2.326 14.500 69.000 43.000 66.126 3.380 N.D. 3.432 67.465 4.500 9.485 45.000 9.746 13.000 108.614 16.974 29.603 39.000 5.800 5.217 16.853 13.298 7.450 29.914 N.D. 47.531 5.000 24.282 46.984 N.D. 23.647 N.D. 6.800 829 82.000 15.850 19.000 12.500 1.200 N.D. 13.425 2.143

SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM

P P* P* P P P* E P P P* P P P* E P P* P P* P* P P* P E P P P P* P* P P* P P P P* P* P P P P* P* P* P P P P P P* P P P*

1.893,5 861,8 – – – 1.691,4 5.121,0 – – 5.835,5 – 756,0 – 329,3 – 4.373,3 4,5 6.579,2 – – – – – 566,6 574,3 2.561,0 – – 4.053,3 – – – – – – – 426,2 – – 812,3 – 623,1 787,3 – 3.109,2 – 4.317,8 – – 243,5

SITE (WWW.)

BRASKEM.COM.BR CHEVROLET.COM.BR TIM.COM.BR BAL.COM.MX TENARIS.COM ARCELORMITTAL.COM.BR PETROECUADOR.COM.EC ANDRADEGUTIERREZ.COM.BR IPIRANGA.COM.BR VW.COM.MX COCACOLA–FEMSA.COM.MX COSAN.COM.BR WALMARTMEXICO.COM.MX ENAP.CL TELMEXINTERNACIONAL.COM MINERAESCONDIDA.CL FALABELLA.CL CARGILL.COM.AR CLARO.COM.BR SORIANA.COM.MX CEMIG.COM.BR UNILEVER.COM.BR CORREIOS.COM.BR CSN.COM.BR USIMINAS.COM GMODELO.COM.MX HP.COM.MX BRASILTELECOM.COM.BR EMBRAER.COM.BR EMBRATEL.COM.BR CPFL.COM.BR EXTRA.COM.BR CASASBAHIA.COM.BR WALMARTMEXICO.COM.MX FORD.COM.MX TAM.COM.BR MARFRIG.COM.BR CANTV.COM.VE SAMS.COM.MX FORD.COM.BR MOVISTAR.COM.VE REFAP.COM.BR GCARSO.COM.MX TERNIUM.COM GMEXICO.COM GLOBOPAR.COM.BR BUNGEARGENTINA.COM CEMEXMEXICO.COM AMERICANAS.COM.BR ENDESA.CL

RK 09

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 99

51-100

1.349,0 N.D. 1.757,3 N.D. 2.318,5 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 1.511,2 760,4 N.D. 546,0 1.728,0 N.D. 919,6 N.D. 1.670,1 502,7 2.319,4 N.D. 343,7 2.513,7 997,2 1.953,0 N.D. 407,6 664,7 1.613,8 1.594,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 509,1 470,7 1.298,7 N.D. N.D. N.D. 830,5 840,6 708,5 2.152,9 87,6 N.D. N.D. 581,9 2.395,5

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

COSAN O salto da companhia mostra o grande período de investimentos e consolidações do setor de etanol


101-150

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

EMPRESA

PAÍS

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150

127 92 118 104 95 108 146 167 100 195 116 114 156 – 110 – 151 126 70 169 123 137 141 124 132 299 90 173 115 128 – 386 150 109 – 187 135 142 134 129 178 122 159 155 133 199 139 94 183 111

ELETROPAULO GRUPO SALINAS D&S CONTROLADORA MABE (1) ESSO COMERCIAL MEXICANA GRUPO BERTIN (AGORA JBS) VOTORANTIM CIMENTOS GERDAU AÇOS LONGOS OI – TNL PCS OXXO (FEMSA COMERCIO) GRUPO TELEVISA NEOENERGIA YPFB ALPEK ALESAT SABESP GRUPO MASECA PEMEX PETROQUÍMICA WHIRLPOOL GRUPO PEPSICO (1) GRUPO INDUSTRIAL LALA (1) CGE EL PUERTO DE LIVERPOOL CERVEC. CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA LA FONTE PARTICIPAÇÕES LAN FURNAS ITAIPU BINACIONAL ALMACENES ÉXITO FIBRIA VRG – LINHAS AÉREAS (NOVA VARIG) GOL INDUSTRIAS PEÑOLES CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ SOUZA CRUZ SANMINA – SCI SYSTEMS DE MÉXICO (1) NESTLÉ DE MÉXICO ( ) GRUPO ELEKTRA CARREFOUR COPEL CENCOSUD COLLAHUASI SAMSUNG ELETRÔNICA DA AMAZÔNIA TELECOM ENDESA BRASIL CMPC PAPELES Y CARTONES PETROBRAS ENERGÍA LIGHT ARAUCO

BRA MÉX CHI MÉX BRA MÉX BRA BRA BRA BRA MÉX MÉX BRA BOL MÉX BRA BRA MÉX MÉX BRA MÉX MÉX CHI MÉX MÉX BRA CHI BRA BR/PA COL BRA BRA BRA MÉX BRA BRA MÉX MÉX MÉX ARG BRA ARG CHI BRA ARG BRA CHI ARG BRA CHI

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

100 AméricaEconomia Julho, 2010

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

ENERGIA ELÉTRICA MULTISSETOR COMÉRCIO ELETRÔNICO PETRÓLEO/GÁS COMÉRCIO AGROINDÚSTRIA CIMENTO SIDERURGIA/METALURGIA TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO MÍDIA ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS PETROQUÍMICA PETRÓLEO/GÁS SERVIÇOS BÁSICOS ALIMENTOS PETROQUÍMICA ELETRÔNICO BEBIDAS ALIMENTOS ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO BEBIDAS MULTISSETOR TRANSPORTE/LOGÍSTICA ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO CELULOSE/PAPEL TRANSPORTE/LOGÍSTICA TRANSPORTE/LOGÍSTICA MINERAÇÃO CONSTRUÇÃO AGROINDÚSTRIA ELETRÔNICO ALIMENTOS COMÉRCIO COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO MINERAÇÃO ELETRÔNICO TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA CELULOSE/PAPEL PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA CELULOSE/PAPEL

4.623,2 4.620,0 4.540,9 4.325,3 4.279,0 4.201,3 4.193,9 4.168,0 4.141,7 4.120,4 4.113,9 4.006,8 4.000,4 4.000,0 3.971,0 3.955,8 3.865,5 3.864,2 3.837,7 3.833,4 3.682,8 3.630,0 3.577,7 3.575,5 3.559,8 3.558,3 3.519,2 3.490,8 3.482,3 3.448,8 3.445,7 3.444,0 3.441,7 3.429,8 3.337,1 3.326,8 3.299,7 3.283,3 3.277,4 3.267,7 3.226,1 3.223,2 3.208,3 3.200,0 3.192,2 3.143,1 3.127,7 3.125,8 3.119,9 3.113,0

3.222,0 4.463,2 3.397,5 3.950,0 4.279,0 3.853,1 2.835,2 2.567,8 4.003,1 2.228,3 3.421,2 3.468,1 2.691,9 5.213,7 3.723,7 2.575,3 2.717,9 3.238,2 5.809,5 2.535,1 3.300,0 3.000,0 2.900,1 3.269,8 3.075,7 1.418,0 4.140,2 2.469,7 3.423,0 2.643,4 1.279,8 1.089,2 2.742,7 3.833,8 1.784,8 2.268,1 3.030,0 2.855,0 3.034,8 3.124,0 2.335,8 3.318,0 2.650,3 2.699,0 3.057,1 2.170,1 2.978,7 4.373,2 2.304,9 3.689,1

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) 43,5 3,5 33,7 9,5 0,0 9,0 47,9 62,3 3,5 84,9 20,2 15,5 48,6 –23,3 6,6 53,6 42,2 19,3 –33,9 51,2 11,6 21,0 23,4 9,3 15,7 150,9 –15,0 41,3 1,7 30,5 169,2 216,2 25,5 –10,5 87,0 46,7 8,9 15,0 8,0 4,6 38,1 –2,9 21,1 18,6 4,4 44,8 5,0 –28,5 35,4 –15,6

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

610,6 N.D. N.D. N.D. N.D. 26,4 –336,8 810,7 845,9 310,9 345,7 459,8 911,1 N.D. 142,7 17,3 789,0 117,0 –1.536,3 208,6 N.D. N.D. 223,1 289,8 453,3 –41,8 233,0 372,0 596,3 72,9 320,5 398,5 493,0 397,9 –276,2 852,8 N.D. N.D. 378,5 N.D. 589,5 N.D. 1.564,5 N.D. 366,8 457,4 261,0 241,5 347,4 304,6

439,5 N.D. 33,4 N.D. N.D. –530,9 –308,7 234,3 621,6 261,5 223,3 564,2 630,8 N.D. –93,2 –1,4 27,2 –892,1 –1.354,9 283,6 N.D. N.D. 169,5 255,1 391,4 –22,9 338,3 194,5 881,9 68,3 –560,7 –404,2 –592,5 489,0 87,9 534,7 N.D. N.D. 677,9 N.D. 461,6 N.D. 1.146,5 N.D. 276,9 244,0 205,8 223,6 417,0 478,7

38,9 – – – – 105,0 –9,1 246,1 36,1 18,9 54,8 –18,5 44,4 – 253,1 1.325,7 2.800,7 113,1 –13,4 –26,4 – – 31,6 13,6 15,8 –82,5 –31,1 91,3 –32,4 6,7 157,2 198,6 183,2 –18,6 –414,1 59,5 – – –44,2 – 27,7 – 36,5 – 32,5 87,5 26,8 8,0 –16,7 –36,4


131 EBITDA A 2009 US$ MILHÕES

700,2 906,4 260,5 N.D. N.D. 293,3 297,2 N.D. N.D. 726,6 101,0 1.405,3 1.117,1 N.D. 232,9 42,7 764,7 338,1 –1.323,8 442,5 N.D. N.D. 415,9 483,4 654,0 423,8 727,3 N.D. N.D. 241,2 410,6 N.D. 8,4 680,7 N.D. 740,7 N.D. N.D. 390,0 N.D. 792,1 N.D. 1.410,0 N.D. 959,7 736,6 631,5 925,6 652,8 598,0

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%)

ATIVO TOTAL 2009 US$$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$$ MILHÕES

29,0 –8,4 –63,3 – – 4,7 44,8 – – 38,9 – 9,4 42,5 – – 143,3 102,9 23,5 –11,6 –17,2 – – – 8,4 – 101,3 – – – – 119,7 – 3.478,6 22,8 – 57,1 – – 10,6 – 26,1 – 51,5 – 6,1 – 2,3 –34,6 5,7 –

6.808,7 N.D. 3.177,1 N.D. N.D. 3.852,6 5.859,7 7.770,7 5.557,0 8.226,8 1.512,9 9.686,9 9.930,3 N.D. 3.125,5 572,1 12.385,3 3.365,0 6.679,4 2.479,2 N.D. N.D. 6.730,1 4.528,4 5.533,6 7.689,7 5.772,0 11.409,8 19.724,2 3.162,2 16.266,8 4.147,5 4.824,8 4.011,7 3.437,8 2.192,3 N.D. N.D. 9.125,3 N.D. 7.944,8 N.D. 4.094,4 N.D. 2776,2 6.576,7 12.263,9 6.026,9 5.375,7 11.415,8

1.884,5 N.D. 1.027,3 N.D. N.D. 1.072,1 1.452,5 2.000,2 3.350,3 5.449,6 N.D. 2.921,3 5.246,2 N.D. N.D. 73,5 6.046,2 589,4 1.743,2 943,3 N.D. N.D. 1.896,0 2.551,3 N.D. 56,9 1.105,9 7.763,8 100,0 2.059,7 5.751,8 1.521,6 1.631,3 2.124,2 1.328,9 1.088,6 N.D. N.D. 2.862,6 N.D. 5.071,3 N.D. 3.027,2 N.D. 1.419,3 2.012,1 7.109,8 2.503,7 1.658,1 6.382,4

ROE (%)

ROA (%)

32,4 9,0 – – – – – – – – 2,5 0,7 –23,2 –5,7 40,5 10,4 25,2 15,2 5,7 3,8 – 22,9 15,7 4,7 17,4 9,2 – – – 4,6 23,6 3,0 13,0 6,4 19,9 3,5 –88,1 –23,0 22,1 8,4 – – – – 11,8 3,3 11,4 6,4 – 8,2 –73,5 –0,5 21,1 4,0 4,8 3,3 596,3 3,0 3,5 2,3 5,6 2,0 26,2 9,6 30,2 10,2 18,7 9,9 –20,8 –8,0 78,3 38,9 – – – – 13,2 4,1 – – 11,6 7,4 – – 51,7 38,2 – – 25,8 13,2 22,7 7,0 3,7 2,1 9,6 4,0 21,0 6,5 4,8 2,7

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES

SITE (WWW.)

RK 09

13,2 – – – – 0,6 –8,0 19,5 20,4 7,5 8,4 11,5 22,8 – 3,6 0,4 20,4 3,0 –40,0 5,4 – – 6,2 8,1 12,7 –1,2 6,6 10,7 17,1 2,1 9,3 11,6 14,3 11,6 –8,3 25,6 – – 11,5 – 18,3 – 48,8 – 11,5 14,6 8,3 7,7 11,1 9,8

4.360 48.000 35.000 23.000 N.D. 41.000 N.D. 11.000 N.D. N.D. 19.000 18.000 5.086 N.D. 4.050 910 15.103 17.500 N.D. 15.784 N.D. 31.000 6.100 3.200 26.000 N.D. 16.844 4.758 3.272 N.D. 7.500 N.D. 17.963 7.500 N.D. 7.039 16.000 7.000 38.000 12.500 8.682 N.D. N.D. 1.990 16.000 3.000 13.000 4.550 N.D. 7.904

SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO

P* P P P P* P P P P P* P P P* E P P E P E P* P* P P P P P* P E E P P P P P P P* P* P* P P* E P* P* P* P* P* P P* P* P

– – – 3.203,8 427,3 – 1.165,3 – 251,2 – – 595,3 – – 2.184,0 – – – 1.226,1 546,3 – – – – 326,0 – 28,2 – – – 409,8 – – 2.545,4 – 489,6 – – 494,8 – – – 1.666,7 273,1 – – 736,0 – – 1.249,6

ELETROPAULO.COM.BR GRUPOSALINAS.COM.MX DYS.CL MABE.COM.MX ESSO.COM.BR COMERCIALMEXICANA.COM BERTIN.COM.BR VOTORANTIM-CIMENTOS.COM.BR GERDAU.COM.BR TELEMAR.COM.BR OXXO.COM.MX TELEVISA.COM.MX NEOENERGIA.COM YPFB.GOV.BO ALFA.COM.MX ALE.COM.BR SABESP.COM.BR GRUMA.COM PEMEX.COM.MX WHIRLPOOL.COM.BR PEPSICO.COM LALA.COM.MX CGE.CL LIVERPOOL.COM.MX CCM.COM.MX YALELAFONTE.COM.BR LAN.COM FURNAS.COM.BR ITAIPU.GOV.BR EXITO.COM.CO FIBRIA.COM.BR VOEGOL.COM.BR VOEGOL.COM.BR PENOLES.COM.MX ANDRADEGUTIERREZ.COM.BR SOUZACRUZ.COM.BR SANMINA–SCI.COM NESTLE.COM.MX ELEKTRA.COM.MX CARREFOUR.COM.AR COPEL.COM JUMBO.COM.AR COLLAHUASI.CL SAMSUNG.COM.BR TELECOM.COM.AR ENDESABRASIL.COM.BR CMPC.CL PECOM.COM.AR LIGHT.COM.BR CELARAUCO.CL

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 101

101-150

903,6 830,0 95,7 N.D. N.D. 307,2 430,3 N.D. N.D. 1.009,2 N.D. 1.537,3 1.592,3 N.D. N.D. 104,0 1.551,8 417,5 –1.477,1 366,5 N.D. N.D. N.D. 524,1 N.D. 853,3 N.D. 709,2 N.D. N.D. 901,9 N.D. 300,6 836,1 N.D. 1.163,5 N.D. N.D. 431,3 N.D. 998,6 N.D. 2.136,0 N.D. 1.018,3 N.D. 646,2 605,0 689,9 N.D.

EBITDA 2008 US$$ MILHÕES

FIBRIA Resultado da união entre Aracruz Celulose e Votorantim Celulose e Papel, a empresa tem forte presença global C


151-200

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

EMPRESA

151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200

136 162 117 80 120 148 119 131 101 242 220 249 170 164 130 216 143 238 140 166 186 231 221 189 229 272 213 154 204 228 275 224 165 179 102 190 157 209 278 222 230 176 184 172 268 203 193 219 192 188

HONDA ALMACENES COPPEL BUNGE FERTILIZANTES SUDAMERICANA DE VAPORES GENERAL ELECTRIC ORGANIZACIÓN TERPEL ANTOFAGASTA PLC DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS (1) INDUSTRIAS PEÑOLES – METALS (1) PAN AMERICAN ENERGY UNIPAR REDE ENERGIA ACEITERA GENERAL DEHEZA (1) COMCEL LG CONST. NORBERTO ODEBRECHT MINERA MÉXICO (1) CONST. E COM. CAMARGO CORRÊA FLEXTRONICS MANUFACTURING (1) GENERAL ELECTRIC (1) HP BRASIL AMIL RENAULT CATERPILLAR CPFL – COMP. PAUL. DE FORÇA E LUZ QUATTOR PHILIP MORRIS DE MÉXICO (1) RECOPE (1) ENERGIAS DO BRASIL MAKRO NET BRASIL BASF AEROPUERTOS Y SERV. AUXILIARES GRUPO SANBORNS REFINERÍA LA PAMPILLA TELEFÓNICA DEL PERÚ PETROPERÚ CHESF – HIDROELÉTRICA DO SÃO FCO. NATURA WEG COAMO EXXONMOBIL IBERDROLA DE MÉXICO (1) IUSA – INDUSTRIAS UNIDAS ( ) PONTO FRIO – GLOBEX AEROMÉXICO (CINTRA) (1) VOLKSWAGEN (1) EMPRESAS ICA MOVISTAR MEXICHEM

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

102 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

BRA MÉX BRA CHI BRA COL CHI MÉX MÉX ARG BRA BRA ARG COL BRA BRA MÉX BRA MÉX MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA MÉX C.RI BRA BRA BRA BRA MÉX MÉX PER PER PER BRA BRA BRA BRA COL MÉX MÉX BRA MÉX ARG MÉX ARG MÉX

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS COMÉRCIO QUÍMICO/FARMACÊUTICO TRANSPORTE/LOGÍSTICA ELETRÔNICO PETRÓLEO/GÁS MINERAÇÃO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS SIDERURGIA/METALURGIA PETRÓLEO/GÁS PETROQUÍMICA ENERGIA ELÉTRICA AGROINDÚSTRIA TELECOMUNICAÇÕES ELETRÔNICO CONSTRUÇÃO MINERAÇÃO CONSTRUÇÃO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS ELETRÔNICO ELETRÔNICO SERVIÇOS DE SAÚDE AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS ENERGIA ELÉTRICA PETROQUÍMICO AGROINDÚSTRIA PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES QUÍMICO/FARMACÊUTICO SERVIÇOS GERAIS COMÉRCIO PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA QUÍMICO/FARMACÊUTICO MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS ALIMENTOS PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA MANUFATURA COMÉRCIO TRANSPORTE/LOGÍSTICA AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS CONSTRUÇÃO TELECOMUNICAÇÕES PETROQUÍMICO

3.090,7 3.080,7 3.038,1 3.031,9 3.000,0 2.970,6 2.962,6 2.951,2 2.907,4 2.900,0 2.898,0 2.897,2 2.886,9 2.882,7 2.873,6 2.868,4 2.850,0 2.837,9 2.835,8 2.833,6 2.820,0 2.804,9 2.755,7 2.746,6 2.745,8 2.714,0 2.702,5 2.701,4 2.669,6 2.658,9 2.649,5 2.634,8 2.600,0 2.570,6 2.558,9 2.521,4 2.450,7 2.438,3 2.436,3 2.418,2 2.416,8 2.414,2 2.412,7 2.397,1 2.392,0 2.383,5 2.362,9 2.362,7 2.354,9 2.349,6

3.027,1 2.632,9 3.411,0 4.943,9 3.361,0 2.822,6 3.372,6 3.093,5 3.509,2 2.762,0 1.965,9 1.709,8 2.506,0 2.580,6 3.096,6 1.995,2 2.850,0 1.783,7 2.947,8 2.569,0 2.292,7 1.848,4 1.959,9 2.251,3 1.859,7 1.585,8 2.035,0 2.706,8 2.098,5 1.861,7 1.579,1 1.909,4 2.576,1 2.335,5 3.979,0 2.246,7 2.664,3 2.065,2 1.548,1 1.926,4 1.853,2 2.366,6 2.300,0 2.484,0 1.612,9 2.100,0 2.233,4 1.644,8 2.234,1 2.246,3

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) 2,1 17,0 –10,9 –38,7 –10,7 5,2 –12,2 –4,6 –17,1 5,0 47,4 69,4 15,2 11,7 –7,2 43,8 0,0 59,1 –3,8 10,3 23,0 51,7 40,6 22,0 47,6 71,1 32,8 –0,2 27,2 42,8 67,8 38,0 0,9 10,1 –35,7 12,2 –8,0 18,1 57,4 25,5 30,4 2,0 4,9 –3,5 48,3 13,5 5,8 43,6 5,4 4,6

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES N.D. N.D. 122,8 –669,7 N.D. 98,0 667,7 N.D. N.D. 480,0 –390,9 11,7 N.D. 596,7 N.D. 565,5 N.D. 376,1 N.D. N.D. N.D. 64,2 –150,7 N.D. 263,0 –131,7 N.D. N.D. 359,0 60,6 422,7 120,6 N.D. 236,0 49,1 281,4 92,6 439,3 392,8 315,0 166,4 29,0 N.D. N.D. –181,2 N.D. N.D. 45,6 N.D. 224,4

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES N.D. 257,3 80,8 –39,1 N.D. 54,8 1.706,5 N.D. N.D. 441,0 –65,2 87,9 N.D. 483,8 N.D. 252,0 N.D. 129,3 N.D. N.D. N.D. 92,8 15,0 N.D. 252,6 –284,5 N.D. 107,2 166,4 39,2 –40,7 108,2 –6,2 154,1 –79,2 156,6 91,3 615,0 221,7 239,8 135,1 25,4 N.D. N.D. 7,1 N.D. N.D. 28,5 N.D. 8,3

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%) – – 51,9 –1.612,8 – 78,8 –60,9 – – 8,8 –499,5 –86,7 – 23,3 – 124,4 – 191,0 – – – –30,8 –1.104,7 – 4,1 53,7 – – 115,7 54,7 1.138,6 11,5 – 53,1 162,0 79,7 1,5 –28,6 77,2 31,4 23,2 14,2 – – –2.652,1 – – 60,0 – 2.603,6


172 EBITDA A 2009 US$ MILHÕES

N.D. 433,1 N.D. –97,2 N.D. 123,8 1.899,8 N.D. N.D. 885,6 149,1 457,4 N.D. 1.185,1 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 121,8 N.D. N.D. 460,6 N.D. N.D. N.D. 583,4 83,0 419,2 N.D. –8,4 317,1 –35,5 877,8 174,6 1.321,1 362,3 440,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 55,1 N.D. N.D. 195,7 N.D. 378,5

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%) – – – –474,8 – – – – – – –162,7 49,1 – 20,0 – – – – – – – –50,3 – – 6,9 – – – 39,7 – 70,2 – – – 462,0 22,1 8,1 – 59,9 5,9 – – – – –443,0 – – 45,4 – 38,4

ATIVO TOTAL 2009 US$$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$$ MILHÕES

N.D. 3.022,7 4.071,9 1.954,4 N.D. 1.250,8 9.510,5 N.D. N.D. 6.500,0 815,1 6.704,5 N.D. 3.672,7 N.D. 3.353,6 N.D. 2.740,8 N.D. N.D. N.D. 2.026,5 1.982,0 N.D. 2.531,9 5.653,1 N.D. N.D. 6.620,5 851,9 4.786,2 1.950,4 N.D. N.D. 898,3 3.859,9 1.336,1 10.880,7 1.574,3 3.086,2 1.862,9 515,4 N.D. N.D. 1.399,9 N.D. N.D. 4.955,3 N.D. 3.083,9

N.D. N.D. 1.325,5 591,4 N.D. 741,7 6.617,4 N.D. N.D. 4.200,0 199,4 648,1 N.D. 2.163,2 N.D. 1.698,0 N.D. 1.708,3 N.D. N.D. N.D. 724,4 592,9 N.D. 285,7 727,2 N.D. N.D. 2.451,6 268,1 2.014,4 893,7 N.D. N.D. 270,3 1.230,8 378,8 9.004,7 654,6 1.357,0 1.079,7 207,7 N.D. N.D. 368,9 N.D. N.D. 1.286,2 N.D. 1.026,4

ROE (%)

ROA (%)

– – – – 9,3 3,0 –113,2 –34,3 – – 13,2 7,8 10,1 7,0 – – – – 11,4 7,4 –196,0 –48,0 1,8 0,2 – – 27,6 16,2 – – 33,3 16,9 – – 22,0 13,7 – – – – – – 8,9 3,2 –25,4 –7,6 – – 92,1 10,4 –18,1 –2,3 – – – – 14,6 5,4 22,6 7,1 21,0 8,8 13,5 6,2 – – – – 18,2 5,5 22,9 7,3 24,4 6,9 4,9 4,0 60,0 25,0 23,2 10,2 15,4 8,9 14,0 5,6 – – – – –49,1 –12,9 – – – – 3,5 0,9 – – 21,9 7,3

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES

– – 4,0 –22,1 – 3,3 22,5 – – 16,6 –13,5 0,4 – 20,7 – 19,7 – 13,3 – – – 2,3 –5,5 – 9,6 –4,9 – – 13,4 2,3 16,0 4,6 – 9,2 1,9 11,2 3,8 18,0 16,1 13,0 6,9 1,2 – – –7,6 – – 1,9 – 9,6

N.D. 52.000 3.800 6.972 6.000 1.150 1.600 60.500 2.000 10.200 N.D. 6.504 2.200 3.500 5.000 69.801 N.D. N.D. N.D. 12.000 N.D. N.D. 4.800 N.D. N.D. N.D. 3.000 N.D. N.D. 5.600 14.493 N.D. 2.500 39.000 N.D. 6.917 1.869 5.500 6.260 20.000 4.500 N.D. 550 8.000 9.587 22.000 3.700 19.000 3.800 8.500

NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM

P* P P* P P* P P P* P P* P P P P* P* P P P P* P* P* P P* P* P P P* E P P* P P* E P P* P* E E P P P P* P* P P P P* P P* P

276,4 – 93,4 28,2 – – – – – – – – 1.411,2 – 199,6 457,4 – – – – – – 577,3 490,1 – – – – – – – 310,0 – – 656,4 – 234,1 – – 531,7 706,9 – – – – – – – – –

SITE (WWW.)

HONDA.COM.BR COPPEL.COM.MX BUNGE.COM.BR CSAV.CL GE.COM.BR TERPEL.COM ANTOFAGASTA.CO.UK DELPHI.COM PENOLES.COM.MX PAN–ENERGY.COM UNIPAR.IND.BR GRUPOREDE.COM.BR AGD.COM.AR COMCEL.COM.CO LGE.COM.BR ODEBRECHT.COM MINERAMEXICO.COM CAMARGOCORREA.COM.BR FLEXTRONICS.COM GE.COM.MX HP.COM.BR AMIL.COM.BR RENAULT.COM.BR CATERPILLAR.COM.BR CPFL.COM.BR QUATTOR.COM.BR PMINTL.COM.MX RECOPE.GO.CR ENERGIASDOBRASIL.COM.BR MAKRO.COM.BR GLOBOCABO.COM.BR BASF.COM.BR ASA.GOB.MX SANBORNS.COM.MX RELAPASA.COM.PE TELEFONICA.COM.PE PETROPERU.COM CHESF.GOV.BR NATURA.NET WEG.NET COAMO.COM.BR EXXON.COM IBERDROLA.ES GRUPO–IUSA.COM PONTOFRIO.COM.BR AEROMEXICO.COM VOLKSWAGEN.COM.AR ICA.COM.MX MOVISTAR.COM.AR MEXICHEM.COM.MX/

RK 09

151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179 180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 103

151-200

N.D. N.D. N.D. –558,7 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. –93,5 682,1 N.D. 1.422,4 N.D. 121,6 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 60,5 N.D. N.D. 492,3 307,2 N.D. N.D. 814,9 N.D. 713,4 N.D. N.D. N.D. 128,5 1.072,2 188,8 N.D. 579,2 466,3 N.D. N.D. N.D. N.D. –189,0 N.D. N.D. 284,6 N.D. 523,8

EBITDA 2008 US$$ MILHÕES

A MIL A aquisição da Medial impulsionou o crescimento da companhia de saúde, que promete novas compras


201-250

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250

201 211 247 246 271 239 250 185 153 207 377 210 227 296 – 215 317 252 196 191 241 282 208 182 248 266 202 226 293 290 198 163 276 287 416 218 264 – 258 149 251 174 263 318 144 225 160 255 223 450

EMPRESA

HOME DEPOT (1) GRUPO CASA SABA DANONE (1) SUZANO PAPEL E CELULOSE TRANSPETRO GRUPO NAC. DE CHOCOLATES COMGÁS MOVISTAR SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. CLARO CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO ARCOR SIGMA PÃO DE AÇÚCAR CNH MALL PLAZA (1) B2W – CIA. GLOBAL DO VAREJO EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN NACIONAL DE DROGAS (1) GRUPO XIGNUX SODIMAC CELESC INTEL MOLINOS RÍO DE LA PLATA CHILECTRA MINERA YANACOCHA PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO (1) SHELL CAPSA (1) BAYER GASPETRO LOS PELAMBRES ALTOS HORNOS DE MÉXICO MARTINS DISTRIBUIÇÃO TRACTEBEL GRUPO ANDRÉ MAGGI AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ PIRELLI PANPHARMA ELETRONORTE REFINERÍA DE CARTAGENA ENTEL NEMAK BAVARIA COELBA MINERA ANTAMINA ANCAP (1) NOKIA KIMBERLY CLARK DE MÉXICO TELEFÓNICA COLOMBIA COPASA

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

104 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

MÉX MÉX MÉX BRA BRA COL BRA MÉX PER ARG BRA ARG MÉX BRA BRA CHI BRA COL MÉX MÉX CHI BRA C.RI ARG CHI PER MÉX ARG BRA BRA CHI MÉX BRA BRA BRA PAN BRA BRA BRA COL CHI MÉX COL BRA PER URU BRA MÉX COL BRA

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

COMÉRCIO COMÉRCIO ALIMENTOS CELULOSE/PAPEL TRANSPORTE/LOGÍSTICA ALIMENTOS PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES MINERAÇÃO TELECOMUNICAÇÕES CONSTRUÇÃO ALIMENTOS ALIMENTOS COMÉRCIO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS COMÉRCIO COMÉRCIO SERVIÇOS BÁSICOS QUÍMICO/FARMACÊUTICO MULTISSETOR COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICO AGROINDÚSTRIA ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO QUÍMICO/FARMACÊUTICO PETRÓLEO/GÁS QUÍMICO/FARMACÊUTICO PETRÓLEO/GÁS MINERAÇÃO SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA AGROINDÚSTRIA SERVIÇOS BÁSICOS AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS BEBIDAS ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO PETRÓLEO/GÁS ELETRÔNICO CELULOSE/PAPEL TELECOMUNICAÇÕES SERVIÇOS BÁSICOS

2.336,2 2.280,1 2.271,3 2.270,1 2.262,7 2.261,4 2.230,9 2.224,5 2.223,3 2.219,8 2.216,5 2.200,0 2.187,0 2.185,0 2.183,9 2.180,0 2.178,3 2.168,0 2.151,6 2.132,5 2.130,9 2.102,0 2.101,0 2.098,0 2.095,2 2.077,4 2.065,7 2.062,8 2.054,5 2.046,4 2.024,5 2.013,5 2.012,8 2.008,2 2.008,1 2.000,3 2.000,0 1.991,4 1.973,3 1.958,5 1.951,2 1.949,0 1.926,3 1.924,4 1.903,1 1.900,4 1.899,9 1.890,6 1.884,3 1.878,4

2.120,0 2.053,1 1.720,7 1.738,8 1.595,5 1.780,7 1.706,9 2.298,9 2.711,5 2.076,3 1.116,9 2.064,7 1.886,9 1.942,1 2.213,5 2.000,0 1.333,7 1.692,1 2.200,0 2.234,7 1.763,8 1.506,6 2.074,0 2.307,8 1.718,3 1.623,7 2.110,0 1.889,0 1.454,4 1.468,3 2.170,3 2.581,5 1.555,8 1.472,4 1.903,6 1.985,1 1.732,0 1.306,8 1.649,3 2.790,0 1.695,9 2.379,4 1.635,1 1.332,9 2.846,1 1.900,4 2.647,0 1.666,5 1.912,7 881,6

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) 10,2 11,1 32,0 30,6 41,8 27,0 30,7 –3,2 –18,0 6,9 98,5 6,6 15,9 12,5 –1,3 9,0 63,3 28,1 –2,2 –4,6 20,8 39,5 1,3 –9,1 21,9 27,9 –2,1 9,2 41,3 39,4 –6,7 –22,0 29,4 36,4 5,5 0,8 15,5 52,4 19,6 –29,8 15,1 –18,1 17,8 44,4 –33,1 0,0 –28,2 13,4 –1,5 113,1

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

N.D. 21,5 N.D. 504,2 229,8 105,1 211,3 N.D. 706,9 N.D. 277,0 N.D. 87,0 N.D. N.D. N.D. 27,3 832,5 N.D. 90,2 67,4 73,1 N.D. 62,0 401,5 712,8 N.D. N.D. 23,9 763,5 956,2 72,2 N.D. 651,5 56,0 1.026,5 N.D. 119,5 174,7 –64,6 280,9 –194,1 1.078,1 464,8 N.D. N.D. N.D. 317,8 –450,3 301,7

N.D. 43,0 N.D. –193,1 162,2 132,8 220,0 N.D. 1.092,4 558,9 151,4 56,4 –63,1 N.D. N.D. N.D. 26,4 591,4 N.D. 24,3 64,8 110,6 N.D. 59,8 409,7 463,8 N.D. N.D. 78,3 320,8 1.020,9 354,2 15,7 477,2 N.D. 1.017,2 N.D. 26,6 –1.037,5 –13,9 244,0 –298,9 273,6 348,7 N.D. N.D. N.D. 239,4 –72,0 111,4

– –50,0 – 361,1 41,6 –20,9 –4,0 – –35,3 – 83,0 – 237,8 – – – 3,4 40,8 – 271,4 4,0 –33,9 – 3,7 –2,0 53,7 – – –69,5 138,0 –6,3 –79,6 – 36,5 – 0,9 – 350,1 116,8 –364,7 15,1 35,1 294,0 33,3 – – – 32,7 –525,4 170,8


211 EBITDA A 2009 US$ MILHÕES

N.D. 76,2 N.D. 628,7 N.D. 253,1 468,2 N.D. 1.611,2 704,1 N.D. N.D. 207,6 N.D. N.D. N.D. 154,1 748,2 N.D. 222,2 76,0 243,5 N.D. 190,6 313,6 883,4 N.D. N.D. N.D. 650,4 1.426,6 808,4 N.D. 932,9 N.D. 1.503,4 N.D. N.D. 372,8 47,3 672,4 248,9 N.D. 520,8 N.D. N.D. N.D. 513,7 664,0 257,3

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%)

ATIVO TOTAL 2009 US$$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$$ MILHÕES

– 18,4 – –6,8 – – 2,1 – –23,4 – – – – – – – 58,6 – – –19,0 82,6 –22,4 – 5,7 3,4 50,8 – – – – –4,5 –66,8 – 34,1 – 1,7 – – 76,7 – 16,4 – – 29,4 – – – 17,7 – 114,7

N.D. 1.154,7 N.D. 7.327,7 1.956,0 3.415,0 2.199,2 N.D. 2.582,4 N.D. 1.630,6 N.D. 1.438,5 N.D. N.D. N.D. 1.334,9 11.860,2 N.D. 1.736,9 1.018,5 2.498,9 N.D. 971,4 2.755,8 2.456,2 N.D. N.D. 1.815,6 10.002,2 3.418,6 3.999,3 N.D. 5.544,5 1.596,3 5.438,8 N.D. 788,3 10.318,5 1.500,0 2.696,1 3.023,0 4.709,5 2.707,9 N.D. N.D. N.D. 2.079,3 4.396,5 3.975,9

N.D. 509,1 N.D. 2.517,7 1.092,0 2.654,8 734,6 N.D. 1.885,6 N.D. 1.050,8 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 141,8 8.812,1 N.D. 672,4 488,9 993,3 N.D. 312,9 2.009,6 1.711,1 N.D. N.D. 683,2 3.722,6 2.082,3 1.495,3 N.D. 2.114,2 582,6 517,1 N.D. 478,6 5.877,6 1.218,0 1.304,9 N.D. 2.815,2 1.022,0 N.D. N.D. N.D. 660,8 2.084,0 2.143,0

ROE (%)

ROA (%)

– – 4,2 1,9 – – 20,0 6,9 21,0 11,7 4,0 3,1 28,8 9,6 – – 37,5 27,4 – – 26,4 17,0 – – – 6,0 – – – – – – 19,3 2,0 9,4 7,0 – – 13,4 5,2 13,8 6,6 7,4 2,9 – – 19,8 6,4 20,0 14,6 41,7 29,0 – – – – 3,5 1,3 20,5 7,6 45,9 28,0 4,8 1,8 – – 30,8 11,8 9,6 3,5 198,5 18,9 – – 25,0 15,2 3,0 1,7 –5,3 –4,3 21,5 10,4 – –6,4 38,3 22,9 45,5 17,2 – – – – – – 48,1 15,3 –21,6 –10,2 14,1 7,6

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES

SITE (WWW.)

RK 09

– 0,9 – 22,2 10,2 4,6 9,5 – 31,8 – 12,5 – 4,0 – – – 1,3 38,4 – 4,2 3,2 3,5 – 3,0 19,2 34,3 – – 1,2 37,3 47,2 3,6 – 32,4 2,8 51,3 – 6,0 8,9 –3,3 14,4 –10,0 56,0 24,2 – – – 16,8 –23,9 16,1

8.400 6.000 N.D. N.D. 4.689 26.000 952 16.000 11.000 2.000 N.D. 21.500 28.227 14.481 3.700 N.D. N.D. N.D. 5.000 35.500 15.369 3.916 N.D. 3.600 N.D. N.D. 800 3.200 3.800 N.D. 4.000 19.000 N.D. 990 3.422 10.000 11.000 N.D. 3.701 N.D. N.D. 13.808 N.D. 2.550 N.D. N.D. 10.288 7.000 N.D. 11.442

NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM

P* P P* P E P P* P* P* P P P P P P P P E P P P E P* P P* P* P* P* P* P P P P P P E P* P* E E P P P* P* P* E P* P* P* E

– – – 921,4 – 38,1 – – 1.958,4 – – – 294,7 – 252,3 – – 0,2 – 1.123,8 0,4 – – – – 2.077,4 – – 91,1 – 1.484,4 – – – 1.404,9 – 434,2 – – – 38,2 1.801,9 – – 1.903,1 104,0 347,3 – – –

HOMEDEPOT.COM.MX CASASABA.COM DANONE.COM.MX SUZANO.COM.BR TRANSPETRO.COM.BR INVERSIONESCHOCOLATES.COM COMGAS.COM.BR MOVISTAR.COM.MX SOUTHERNPERU.COM CTI.COM.AR QUEIROZGALVAO.COM ARCOR.COM.AR GRUPOSIGMA.COM.MX PAODEACUCAR.COM.BR CNHBRASIL.COM.BR MALLPLAZA.CL B2WINC.COM EEPPM.COM NADRO.COM XIGNUX.COM SODIMAC.CL CELESC.COM.BR INTEL.COM MOLINOS.COM.AR CHILECTRA.CL YANACOCHA.COM.PE PG.COM.MX SHELL.COM.AR BAYER.COM.BR GASPETRO.COM.BR LOSPELAMBRES.CL AHMSA.COM MARTINS.COM.BR TRACTEBELENERGIA.COM.BR GRUPOMAGGI.COM.BR PANCANAL.COM PIRELLI.COM.BR PANPHARMA.COM ELETRONORTE.GOV.BR REFICAR.COM.CO ENTEL.CL ALFA.COM.MX BAVARIA.COM.CO COELBA.COM.BR ANTAMINA.COM ANCAP.COM.UY NOKIA.COM.BR KIMBERLY–CLARK.COM.MX TELEFONICA.COM.CO COPASA.COM.BR

201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 105

201-250

N.D. 90,2 N.D. 586,2 N.D. N.D. 478,2 N.D. 1.233,8 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 244,4 N.D. N.D. 180,1 138,9 188,9 N.D. 201,4 324,2 1.332,0 N.D. N.D. N.D. N.D. 1363,0 268,1 N.D. 1.250,7 N.D. 1.529,3 N.D. N.D. 658,7 N.D. 782,6 N.D. 528,7 674,0 N.D. N.D. N.D. 604,4 N.D. 552,3

EBITDA 2008 US$$ MILHÕES

Q QUEIROZ GALVÃO Construtora participa do consórcio vencedor do leilão da Hidrelétrica de Belo Monte v


251-300

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300

339 269 403 292 233 244 152 205 303 281 259 236 180 307 315 254 240 234 294 361 334 232 265 257 300 496 320 – 260 214 243 321 326 145 273 349 181 262 289 400 237 308 356 – 295 267 343 324 404 175

EMPRESA

SENDAS DISTRIBUIDORA DOW BRASIL ELECTROLUX DO BRASIL EMBOTELLADORAS ARCA FORD (1) PEUGEOT – CITROËN ( ) VOLVO GRUPO VITRO CARREFOUR HERINGER FERTILIZANTES PHILIPS MEXICANA ( ) GENERAL MOTORS (1) GRUPO BAVARIA GRUPO ICE (1) PERNAMBUCANAS AVON MEXICANA DE AVIACIÓN (1) DISCO INDUSTRIAS BACHOCO CCR RODOVIAS GRUPO ABRIL MINERA CERRO VERDE RIPLEY GRUPO CLARÍN SIEMENS BRASIL GAFISA NEXTEL SPAL AVIANCA ANGLO AMERICAN SUR GRUPO ARGOS KLABIN AGROSUPER INDUSTRIAS CH MEGA JUMBO SIDERAR AES GENER FASA MAGAZINE LUIZA SAMARCO MINERAÇÃO DRUMMOND GRUPO ISA SEARA NOKIA (1) DEACERO (1) SANTA ISABEL ALUNORTE AMPLA CARBONES DEL CERREJÓN

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

106 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

BRA BRA BRA MÉX ARG ARG BRA MÉX COL BRA MÉX ARG COL C.RI BRA BRA MÉX ARG MÉX BRA BRA PER CHI ARG BRA BRA BRA BRA COL CHI COL BRA CHI MÉX MÉX CHI ARG CHI CHI BRA BRA COL COL BRA MÉX MÉX CHI BRA BRA COL

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

COMÉRCIO PETROQUÍMICO ELETRÔNICO BEBIDAS AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MANUFATURA COMÉRCIO QUÍMICO/FARMACÊUTICO ELETRÔNICO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MULTISSETOR SERVIÇOS BÁSICOS COMÉRCIO QUÍMICO/FARMACÊUTICO TRANSPORTE/LOGÍSTICA COMÉRCIO AGROINDÚSTRIA SERVIÇOS BÁSICOS MÍDIA MINERAÇÃO COMÉRCIO MÍDIA ELETRÔNICO CONSTRUÇÃO TELECOMUNICAÇÕES BEBIDAS TRANSPORTE/LOGÍSTICA MINERAÇÃO CIMENTO CELULOSE/PAPEL AGROINDÚSTRIA SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO COMÉRCIO SIDERURGIA/METALURGIA ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO COMÉRCIO MINERAÇÃO MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA AGROINDÚSTRIA ELETRÔNICA SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO SIDERURGIA/METALURGIA ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO

1.866,6 1.864,5 1.861,2 1.854,8 1.844,8 1.842,4 1.839,1 1.836,2 1.834,4 1.833,4 1.832,5 1.831,8 1.824,4 1.822,0 1.821,3 1.817,0 1.808,5 1.784,0 1.780,4 1.774,3 1.771,2 1.757,5 1.753,4 1.743,8 1.742,2 1.735,8 1.734,6 1.723,8 1.722,8 1.707,7 1.700,2 1.700,1 1.700,0 1.696,5 1.675,1 1.670,0 1.665,3 1.655,6 1.642,8 1.618,4 1.616,5 1.602,8 1.601,8 1.593,0 1.592,1 1.582,7 1.582,6 1.581,4 1.576,9 1.564,4

1.253,5 1.608,4 1.050,7 1.463,8 1.822,9 1.749,7 2.713,4 2.097,5 1.407,5 1.508,2 1.645,0 1.790,6 2.322,0 1.574,9 1.344,4 1.674,3 1.780,0 1.816,9 1.454,9 1.170,0 1.279,6 1.835,9 1.629,8 1.653,1 1.416,4 744,7 1.330,9 798,6 1.643,2 2.000,3 1.752,1 1.325,0 1.300,0 2.837,6 1.582,6 1.223,0 2.320,3 1.641,4 1.469,4 1.060,0 1.788,3 1.390,7 1.181,1 1.235,3 1.450,0 1.620,0 1.243,3 1.308,4 1.048,9 2.367,0

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) 48,9 15,9 77,1 26,7 1,2 5,3 –32,2 –12,5 30,3 21,6 11,4 2,3 –21,4 15,7 35,5 8,5 1,6 –1,8 22,4 51,6 38,4 –4,3 7,6 5,5 23,0 133,1 30,3 115,9 4,8 –14,6 –3,0 28,3 30,8 –40,2 5,8 36,5 –28,2 0,9 11,8 52,7 –9,6 15,3 35,6 29,0 9,8 –2,3 27,3 20,9 50,3 –33,9

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES 12,8 72,4 117,4 187,6 N.D. N.D. N.D. –63,5 44,0 34,2 N.D. N.D. 766,2 127,1 36,5 N.D. N.D. N.D. 61,0 364,4 78,3 708,5 12,9 75,8 N.D. 122,6 N.D. 184,3 10,3 733,0 103,4 191,2 N.D. –49,9 N.D. N.D. 186,5 328,4 12,1 29,0 847,3 89,8 430,8 –191,1 N.D. N.D. N.D. 133,7 127,7 364,5

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES –11,0 5,4 35,8 212,9 N.D. N.D. N.D. –412,5 50,3 –108,3 N.D. N.D. 266,8 –49,9 23,0 N.D. N.D. N.D. –63,5 305,3 118,3 718,4 43,8 75,7 N.D. 47,0 N.D. 67,4 20,3 864,1 372,6 –149,2 N.D. 168,2 N.D. N.D. 393,9 138,3 1,2 –20,3 453,5 152,2 394,0 –31,0 N.D. N.D. N.D. 959,0 120,4 600,7

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%) 216,3 1.245,5 228,4 –11,9 – – – 84,6 –12,5 131,6 – – 187,2 354,7 58,9 – – – 196,1 19,4 –33,9 –1,4 –70,5 0,1 – 160,9 – 173,6 –49,3 –15,2 –72,2 228,2 – –129,7 – – –52,7 137,5 908,3 242,9 86,8 –41,0 9,3 –516,0 – – – –86,1 6,1 –39,3


290 EBITDA 2009 US$$ MILHÕES

85,8 N.D. N.D. 340,5 N.D. N.D. N.D. 229,9 N.D. 38,6 N.D. N.D. 842,0 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 61,2 736,7 N.D. 1.184,9 155,1 482,6 N.D. 77,0 N.D. N.D. 133,0 1.151,7 1.200,0 311,9 N.D. 365,7 N.D. N.D. 514,5 375,3 49,8 50,3 64,4 309,7 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 333,6 301,9 1.056,3

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%) 23,6 – – 9,9 – – – –6,8 – –92,2 – – – – – – – – 159,6 48,5 – 1,1 –94,6 7,4 – 268,7 – – – – 12,5 37,6 – – – – –46,0 46,7 7,4 255,7 1.031,3 – – – – – – –67,4 24,4 –

ATIVO TOTAL 2009 US$$ MILHÕES 968,6 1.465,9 1.043,5 1.962,5 N.D. N.D. N.D. 2.503,5 1.715,5 979,3 N.D. N.D. 4.792,1 7.364,5 1.262,7 N.D. N.D. N.D. 1.521,4 5.217,6 1.289,4 1.913,2 2.165,0 2.112,5 N.D. 4.415,5 N.D. 1.026,3 1.592,8 3.229,2 7.243,7 4.593,2 N.D. 81,1 N.D. N.D. 2.648,3 5.431,2 714,5 1.066,7 2.848,4 2.333,5 8.257,8 1.019,6 N.D. N.D. N.D. 3.617,1 2.635,6 1.328,5

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$$ MILHÕES 0,1 701,0 294,6 1.209,0 N.D. N.D. N.D. 44,4 1.051,6 170,4 N.D. N.D. 2.865,7 2.337,7 282,8 N.D. N.D. N.D. 1.116,5 1.652,9 154,0 1.446,1 1.243,1 726,1 N.D. 1.335,7 N.D. 663,0 356,8 2.582,8 4.800,5 1.370,9 N.D. 1.561,2 N.D. N.D. 2.164,1 2.597,2 112,3 126,8 114,8 2.020,8 2.991,8 562,7 N.D. N.D. N.D. 2.595,9 801,1 810,4

R ROE ((%)

ROA (%)

– 1,3 10,3 4,9 39,9 11,3 15,5 9,6 – – – – – – –143,0 –2,5 4,2 2,6 20,1 3,5 – – – – 26,7 16,0 5,4 1,7 12,9 2,9 – – – – – – 5,5 4,0 22,0 7,0 50,8 6,1 49,0 37,0 1,0 0,6 10,4 3,6 – – 9,2 2,8 – – 27,8 18,0 2,9 0,6 28,4 22,7 2,2 1,4 13,9 4,2 – – –3,2 –61,5 – – – – 8,6 7,0 12,6 6,0 10,8 1,7 22,9 2,7 737,8 29,7 4,4 3,8 14,4 5,2 –34,0 –18,7 – – – – – – 5,1 3,7 15,9 4,8 45,0 27,4

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES

0,7 3,9 6,3 10,1 – – – –3,5 2,4 1,9 – – 42,0 7,0 2,0 – – – 3,4 20,5 4,4 40,3 0,7 4,3 – 7,1 – 10,7 0,6 42,9 6,1 11,2 – –2,9 – – 11,2 19,8 0,7 1,8 52,4 5,6 26,9 –12,0 – – – 8,5 8,1 23,3

12.000 1.246 N.D. 18.000 3.000 4.000 2.600 25.000 N.D. N.D. N.D. N.D. 8.500 18.446 N.D. 6.500 11.000 N.D. 24.000 N.D. 7.000 N.D. 22.000 9.200 N.D. N.D. 4.580 4.100 N.D. 2.433 16.000 N.D. N.D. 5.000 12.868 N.D. 5.200 N.D. 11.922 14.500 1.987 N.D. 2.883 19.953 2.700 N.D. N.D. 1.493 1.235 4.800

NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO

P P* P* P P* P* P* P P* P P* P* P* E P P* P P* P P P P P P P* P P* P P P* P P* P P P P P P* P P P* P* E P P* P P P P* P

– – – – – – 270,4 – – – – – 26,9 – – – – – – – – 1.251,4 – – 158,5 – – – – 992,4 168,0 315,2 264,9 – – – – – – – 1.460,7 1.416,1 – 986,4 – – – 1.173,6 – 1.437,6

SITE (WWW.)

SENDAS.COM.BR DOW.COM ELECTROLUX.COM.BR E–ARCA.COM.MX FORD.COM.AR PEUGEOT.COM.AR VOLVO.COM.BR VITRO.COM.MX CARREFOUR.COM.CO HERINGER.COM.BR PHILIPS.COM.MX GM.COM.AR BAVARIA.COM.CO GRUPOICE.COM PERNAMBUCANAS.COM.BR AVON.COM.BR MEXICANA.COM DISCO.COM.AR BACHOCO.COM.MX GRUPOCCR.COM.BR ABRIL.COM.BR FCX.COM RIPLEY.CL GRUPOCLARIN.COM.AR SIEMENS.COM.BR GAFISA.COM.BR NEXTEL.COM.BR SPALBRASIL.COM.BR AVIANCA.COM.CO ANGLOAMERICAN.CO.UK ARGOS.COM.CO KLABIN.COM.BR AGROSUPER.CL INDUSTRIASCH.COM.MX COMERCI.COM.MX JUMBO.CL SIDERAR.COM.AR GENER.CL FASA.CL MAGAZINELUIZA.COM.BR SAMARCO.COM.BR DRUMMONDCO.COM ISA.COM.CO SEARA.COM.BR NOKIA.COM.MX DEACERO.COM SANTAISABEL.CL ALUNORTE.NET AMPLA.COM CERREJONCOAL.COM

RK 09

251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 107

251-300

106,1 N.D. N.D. 374,3 N.D. N.D. N.D. 214,3 N.D. 3,0 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 158,9 1.093,9 N.D. 1.198,3 8,4 518,4 N.D. 283,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 1.350,0 429,1 N.D. N.D. N.D. N.D. 278,0 550,6 53,5 178,9 728,7 N.D. 844,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 108,6 375,7 N.D.

EBITDA 2008 US$$ MILHÕES

MAGAZINE LUIZA A empresa passa a enfrentar forte concorrência com a consolidação de varejistas brasileiros


301-350

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350

261 335 344 379 312 371 392 256 399 419 354 327 329 277 445 311 382 – 388 309 301 168 322 338 314 351 – 408 280 368 297 283 352 418 235 434 288 433 393 323 410 306 291 197 364 376 328 464 217 383

EMPRESA

MOSAIC GERDAU COMERCIAL DE AÇOS CCU ULTRAGAZ COTEMINAS CAMARGO CORRÊA CIMENTOS ELEKTRO GRUPO KUO CESP GRUPO SCHINCARIOL DANONE GRUPO VIZ (1) MOVISTAR CONSTRUCTORAS ICA MINERVA DESARROLLADORA HOMEX COMPREBEM IFH PERÚ – GRUPO INTERBANK PROFARMA TELEFÓNICA DE ARGENTINA McDONALD’S GRUPO SIMEC GRUPO CORVI ( ) CORPORACIÓN GEO EMBOTELLADORA ANDINA CORPORATIVO FRAGUA SHELL CHILE (1) LIQUIGÁS DISTRIBUIDORA TOYOTA (1) AURORA ALIMENTOS GRUPO COIMEX PARANAPANEMA SIGDO KOPPERS EQUATORIAL SQM CELPE TOYOTA (1) KRAFT FOODS ALL AMÉRICA LATINA RANDON PART INFRAERO DOW QUÍMICA FOSFERTIL GRUPO CONDUMEX CEMENTOS CRUZ AZUL (1) BRIDGESTONE FIRESTONE INDUSTRIAS PEÑOLES – MINING (1) UTE CAP DUPONT

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

108 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

BRA BRA CHI BRA BRA BRA BRA MÉX BRA BRA ARG MÉX CHI MÉX BRA MÉX BRA PER BRA ARG BRA MÉX MÉX MÉX CHI MÉX CHI BRA ARG BRA BRA BRA CHI BRA CHI BRA MÉX BRA BRA BRA BRA ARG BRA MÉX MÉX BRA MÉX URU CHI BRA

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

QUÍMICO/FARMACÊUTICO COMÉRCIO BEBIDAS PETRÓLEO/GÁS TÊXTIL/CALÇADO CIMENTO ENERGIA ELÉTRICA MULTISSETOR ENERGIA ELÉTRICA BEBIDAS ALIMENTOS ALIMENTOS TELECOMUNICAÇÕES CONSTRUÇÃO AGROINDÚSTRIA CONSTRUÇÃO COMÉRCIO MULTISSETOR COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO CONSTRUÇÃO BEBIDAS COMÉRCIO PETRÓLEO/GÁS COMÉRCIO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS ALIMENTOS COMÉRCIO MINERAÇÃO CONSTRUÇÃO ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS ALIMENTOS TRANSPORTE/LOGÍSTICA AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS TRANSPORTE/LOGÍSTICA QUÍMICO/FARMACÊUTICO QUÍMICO/FARMACÊUTICO MANUFATURA CIMENTO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA SIDERURGIA/METALURGIA QUÍMICO/FARMACÊUTICO

1.558,5 1.536,1 1.533,4 1.531,9 1.531,1 1.530,7 1.529,0 1.528,0 1.523,6 1.516,2 1.510,8 1.508,0 1.507,8 1.506,1 1.494,4 1.486,7 1.485,9 1.484,2 1.480,8 1.478,9 1.473,3 1.471,9 1.471,8 1.470,3 1.467,4 1.465,4 1.460,8 1.450,9 1.450,4 1.447,1 1.444,7 1.442,6 1.442,1 1.439,5 1.438,8 1.436,5 1.430,5 1.424,8 1.419,5 1.418,3 1.417,0 1.416,8 1.413,3 1.409,0 1.403,6 1.398,5 1.397,1 1.395,4 1.388,2 1.384,8

1.643,1 1.270,6 1.242,7 1.105,9 1.351,7 1.134,9 1.075,1 1.597,7 1.061,1 1.003,2 1.200,0 1.300,0 1.293,3 1.551,9 907,5 1.362,8 1.100,9 1.090,4 1.084,9 1.372,0 1.412,1 2.543,8 1.320,0 1.261,7 1.346,8 1.211,0 1.595,0 1.034,5 1.509,2 1.143,1 1.444,7 1.489,7 1.203,1 1.003,9 1.794,8 947,6 1.470,2 949,9 1.073,7 1.309,1 1.027,2 1.400,0 1.467,5 1.513,7 1.160,0 1.118,8 922,4 825,5 1.994,7 1.096,8

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) –5,1 20,9 23,4 38,5 13,3 34,9 42,2 –4,4 43,6 51,1 25,9 16,0 16,6 –3,0 64,7 9,1 35,0 36,1 36,5 7,8 4,3 –42,1 11,5 16,5 9,0 21,0 –8,4 40,2 –3,9 26,6 0,0 –3,2 19,9 43,4 –19,8 51,6 –2,7 50,0 32,2 8,3 37,9 1,2 –3,7 –6,9 21,0 25,0 51,5 69,0 –30,4 26,3

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

–146,7 29,1 252,8 39,3 1,8 297,6 278,9 38,2 438,0 210,5 N.D. N.D. 285,1 N.D. 46,7 140,9 N.D. 155,5 30,5 98,7 N.D. –24,7 N.D. 117,0 171,6 46,6 N.D. 65,6 N.D. –85,2 N.D. 111,4 68,8 119,0 327,5 250,1 N.D. 105,6 18,2 79,8 12,0 N.D. –80,9 191,8 N.D. N.D. N.D. 99,3 –14,9 249,7

–81,5 52,8 131,3 –1,4 5,8 79,8 167,6 –112,4 –1.006,3 –56,7 N.D. N.D. 137,0 N.D. –92,2 114,3 N.D. 55,8 13,5 97,1 N.D. 129,8 N.D. 106,5 150,7 46,8 N.D. 25,4 N.D. N.D. N.D. 56,9 60,9 128,4 507,3 199,5 N.D. 117,0 75,6 98,9 65,9 N.D. 330,6 59,2 N.D. N.D. N.D. –332,4 296,4 –181,7

–79,9 –45,0 92,5 2.834,9 –69,0 273,1 66,4 134,0 143,5 471,4 – – 108,1 – 150,7 23,3 – 178,7 125,9 1,6 – –119,0 – 9,9 13,9 –0,4 – 157,8 – – – 95,8 12,9 –7,3 –35,4 25,4 – –9,7 –75,9 –19,3 –81,8 – –124,5 223,9 – – – 129,9 –105,0 237,4


315 EBITDA TDA 2009 09 US$$ MILHÕES

N.D. 83,0 280,8 90,3 103,0 279,8 322,8 111,5 –503,7 –147,8 N.D. N.D. 321,0 72,1 65,6 247,6 N.D. N.D. 33,3 508,6 N.D. 289,9 N.D. 232,1 281,5 56,1 N.D. 64,4 N.D. N.D. N.D. 261,5 209,9 335,6 752,1 306,2 N.D. N.D. 570,4 223,7 N.D. N.D. 621,6 N.D. N.D. N.D. N.D. –24,9 424,9 N.D.

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%) – – – – –52,4 1,1 33,9 29,4 266,7 211,6 – – – – 62,0 12,9 – – 79,6 –2,9 – –93,1 – 18,6 12,9 0,9 – 90,2 – – – –78,1 19,7 27,6 –20,9 31,3 – – 30,0 –22,8 – – –116,1 – – – – 1.182,7 –70,4 –

ATIVO TOTAL 2009 US$$ MILHÕES 1.035,6 668,1 2.179,5 540,4 1.770,1 2.168,1 1.861,8 1.400,4 9.370,1 2.189,6 N.D. N.D. 2.410,0 N.D. 1.190,5 2.645,4 N.D. 7.258,9 546,3 1.825,8 N.D. 2.057,5 N.D. 2.313,4 1.155,6 577,8 N.D. 493,2 N.D. 813,2 N.D. 1.634,0 1.965,0 3.068,8 3.207,4 2.049,3 N.D. 879,1 7.107,2 1.480,1 1.352,9 N.D. 1.520,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 5.049,6 2.417,2 1.735,8

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$$ MILHÕES 240,9 595,2 912,7 229,8 864,4 1.029,4 647,4 382,2 4.894,7 922,6 N.D. N.D. 1.616,2 N.D. 302,5 994,0 N.D. 697,4 278,8 761,4 N.D. 1.361,6 N.D. 755,3 664,6 326,8 N.D. 315,2 N.D. 161,7 N.D. 808,5 587,4 678,6 1.468,6 811,5 N.D. 233,7 2.191,7 507,8 585,4 N.D. 1.017,5 N.D. N.D. N.D. N.D. 3.915,4 950,3 652,0

ROE ((%)

ROA (%)

–60,9 –14,2 4,9 4,3 27,7 11,6 17,1 7,3 0,2 0,1 28,9 13,7 43,1 15,0 10,0 2,7 8,9 4,7 22,8 9,6 – – – – 17,6 11,8 – – 15,4 3,9 14,2 5,3 – – – – 10,9 5,6 13,0 5,4 – – –1,8 –1,2 – – 15,5 5,1 25,8 14,8 14,3 8,1 – – 20,8 13,3 – – –52,7 –10,5 – – 13,8 6,8 11,7 3,5 17,5 3,9 22,3 10,2 30,8 12,2 – – 45,2 12,0 0,8 0,3 15,7 5,4 2,1 0,9 – – –8,0 –5,3 – – – – – – – – 2,5 2,0 –1,6 –0,6 38,3 14,4

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

–9,4 1,9 16,5 2,6 0,1 19,4 18,2 2,5 28,7 13,9 – – 18,9 – 3,1 9,5 – – 2,1 6,7 – –1,7 – 8,0 11,7 3,2 – 4,5 – –5,9 – 7,7 4,8 8,3 22,8 17,4 – 7,4 1,3 5,6 0,8 – –5,7 13,6 – – – 7,1 –1,1 18,0

N.D. N.D. 5.366 4.075 4.000 4.000 3.018 15.500 1.284 9.307 N.D. 5.000 1.676 N.D. 7.000 16.000 7.695 N.D. 2.243 2.100 48.000 4.300 4.800 21.000 6.663 13.000 N.D. 3.256 2.400 13.003 N.D. 2.200 13.793 N.D. 4.387 1.747 950 N.D. N.D. N.D. 11.171 1.300 N.D. 30.500 N.D. N.D. 4.500 N.D. 1.627 4.000

NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO

P* P P P P P P* P E P P* P P* P P P P P P P* P* P P P P P P* P P* P P P P P P P* P* P* P P E P* P P P P* P E P P*

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES – – 1,2 – 141,7 – – 717,3 – – – – 19,4 – 734,4 – – – – – – – 24,5 – 4,9 – – – – 194,7 108,4 – 0,1 – 316,4 – – – – 140,4 – – – – – 236,6 – – – –

SITE (WWW.)

MOSAICCO.COM.BR GERDAU.COM.BR CCU.CL ULTRAGAZ.COM.BR COTEMINAS.COM.BR CIMENTOCAUE.COM.BR ELEKTRO.COM.BR KUO.COM.MX CESP.COM.BR SCHINCARIOL.COM.BR DANONE.COM SUKARNE.COM.MX MOVISTAR.CL ICA.COM.MX MINERVA.IND.BR HOMEX.COM.MX COMPREBEM.COM IFHPERU.COM PROFARMA.COM.BR TELEFONICA.COM.AR MCDONALDS.COM.BR GSIMEC.COM.MX GRUPOCORVI.COM.MX CASASGEO.COM KOANDINA.COM FRAGUA.COM.MX SHELL.CL LIQUIGAS.COM.BR TOYOTA.COM.AR AURORA.COM.BR GRUPOCOIMEX.COM.BR PARANAPANEMA.COM.BR SIGDOKOPPERS.CL EQUATORIALENERGIA.COM.BR SQM.CL CELPE.COM.BR TOYOTA.COM.MX KRAFTFOODS.COM.BR ALL–LOGISTICA.COM RANDON.COM.BR INFRAERO.GOV.BR DOW.COM FOSFERTIL.COM.BR CONDUMEX.COM.MX CRUZAZUL.COM.MX FIRESTONE.COM.BR PENOLES.COM.MX UTE.COM.UY CAP.CL DUPONT.COM.BR

RK 09

301 302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 109

301-350

N.D. N.D. N.D. N.D. 49,0 283,0 432,1 144,3 839,8 164,9 N.D. N.D. N.D. N.D. 106,3 279,6 N.D. N.D. 59,8 494,0 N.D. 20,0 N.D. 275,3 317,8 56,6 N.D. 122,5 N.D. 55,6 N.D. 57,3 251,2 428,1 595,1 402,0 N.D. N.D. 741,3 172,8 206,6 N.D. –100,2 N.D. N.D. N.D. N.D. 269,6 125,7 N.D.

EBITDA 2008 US$$ MILHÕES

MINERVA A estratégia do frigorífico foi a de crescer organicamente e focar em bovinos


351-400

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400

305 – 304 373 385 341 441 387 – 440 360 313 347 – 346 353 285 – 298 384 358 310 340 430 350 472 330 – 485 465 492 415 398 470 427 405 348 345 486 451 372 359 491 483 – 449 336 363 390 –

EMPRESA

GRUPO VILLACERO (1) HOLDING ALIMENTARIO DEL PERÚ GRUPO EMPRESARIAL ANGELES (1) CODENSA TELEFÓNICA CHILE SONY DE MÉXICO (1) LOJAS RENNER OLÍMPICA PETROBRAS (1) M. DIAS BRANCO ENTEL PCS SEARS (1) SIEMENS MÉXICO (1) ARCELORMITTAL INOX SUPERMERCADOS LA FAVORITA SCANIA ENAMI CEEE PARTICIPAÇÕES CHEVRON PETROLEUM COMPANY AJE GROUP (1) ALICORP BARRICK MISQUICHILCA CBA EMPRESAS BANMÉDICA ALUMBRERA GUARARAPES–RIACHUELO COPA AIRLINES PETRÓLEO SABBÁ SOTREQ POSITIVO INFORMÁTICA CONTAX CONSORCIO MINERO CORMIN MOVISTAR COELCE CONFAB INDUSTRIAL CGE DISTRIBUCIÓN RHODIA GRUPO OMNILIFE (1) ZAFFARI E BOURBON ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES IMCOPA QUIÑENCO PREZUNIC SUPERMERCADOS BRETAS SUPERMERCADOS MEDIAL SAÚDE BANDEIRANTE ENERGIA YARA BRASIL MINERA VALPARAÍSO MARCOPOLO ISAGEN

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

110 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

MÉX PER MÉX COL CHI MÉX BRA COL CHI BRA CHI MÉX MÉX BRA EQU BRA CHI BRA COL PER PER PER BRA CHI ARG BRA PAN BRA BRA BRA BRA PER PER BRA BRA CHI BRA MÉX BRA BRA BRA CHI BRA BRA BRA BRA BRA CHI BRA COL

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

SIDERURGIA/METALURGIA ALIMENTOS SERVIÇOS DE SAÚDE ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES ELETRÔNICO COMÉRCIO COMÉRCIO PETRÓLEO/GÁS ALIMENTOS TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO ELETRÔNICO SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS BEBIDAS ALIMENTOS MINERAÇÃO SIDERURGIA/METALURGIA SERVIÇOS DE SAÚDE MINERAÇÃO TÊXTIL/CALÇADO TRANSPORTE/LOGÍSTICA PETRÓLEO/GÁS AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS ELETRÔNICO TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA SIDERURGIA/METALURGIA ENERGIA ELÉTRICA QUÍMICO/FARMACÊUTICO SERVIÇOS DE SAÚDE COMÉRCIO TRANSPORTE/LOGÍSTICA AGROINDÚSTRIA MULTISSETOR COMÉRCIO COMÉRCIO SERVIÇOS DE SAÚDE ENERGIA ELÉTRICA PETROQUÍMICA MULTISSETOR AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS ENERGIA ELÉTRICA

1.374,8 1.373,1 1.367,8 1.366,1 1.365,8 1.357,5 1.357,5 1.353,0 1.350,0 1.348,4 1.340,1 1.335,8 1.331,5 1.329,2 1.314,7 1.309,9 1.303,9 1.303,9 1.301,0 1.300,0 1.283,6 1.269,9 1.256,8 1.256,7 1.256,0 1.254,0 1.253,1 1.248,9 1.247,9 1.246,8 1.241,1 1.232,2 1.231,6 1.229,4 1.221,8 1.219,4 1.218,4 1.216,4 1.212,6 1.209,1 1.209,1 1.208,6 1.208,0 1.207,2 1.206,8 1.205,7 1.203,9 1.203,7 1.181,8 1.177,4

1.400,0 1.198,7 1.400,0 1.126,8 1.089,3 1.250,0 934,3 1.087,1 1.495,0 938,2 1.172,3 1.138,0 1.234,0 1.639,1 1.237,2 1.201,7 1.481,5 930,8 1.423,5 1.090,0 1.178,6 1.365,2 1.251,2 965,1 1.216,0 817,3 1.288,8 834,2 770,6 824,7 759,4 1.011,7 1.055,4 819,4 971,4 1.040,3 973,7 1.240,0 769,1 872,9 1.134,8 1.173,4 763,5 778,1 790,7 886,0 1.265,1 1.161,7 1.083,5 420,8

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) –1,8 14,6 –2,3 21,2 25,4 8,6 45,3 24,5 –9,7 43,7 14,3 17,4 7,9 –18,9 6,3 9,0 –12,0 40,1 –8,6 19,3 8,9 –7,0 0,4 30,2 3,3 53,4 –2,8 49,7 61,9 51,2 63,4 21,8 16,7 50,0 25,8 17,2 25,1 –1,9 57,7 38,5 6,5 3,0 58,2 55,1 52,6 36,1 –4,8 3,6 9,1 179,8

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES N.D. 59,9 N.D. 250,0 85,9 N.D. 108,9 31,1 N.D. 198,9 230,7 N.D. N.D. 329,6 99,6 N.D. 38,2 N.D. 92,4 N.D. 75,7 625,9 317,4 55,6 N.D. 123,0 240,4 16,8 50,7 68,2 80,4 N.D. 228,7 192,1 118,0 72,7 N.D. N.D. N.D. 206,0 N.D. 368,9 N.D. N.D. –62,5 138,9 1,9 399,9 78,4 253,2

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES N.D. 90,5 N.D. 193,1 28,0 N.D. 69,5 23,4 N.D. 91,7 210,8 N.D. N.D. 14,8 87,7 N.D. 54,8 39,4 78,4 N.D. 26,6 659,1 285,5 47,3 N.D. 58,6 118,7 5,5 33,3 58,2 39,5 N.D. 165,6 144,9 217,4 58,6 N.D. N.D. N.D. 80,6 N.D. 358,1 N.D. N.D. –0,1 88,0 –152,7 119,0 57,5 N.D.

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%) – –33,8 – 29,5 206,8 – 56,7 32,9 – 116,9 9,4 – – 2.133,0 13,6 – –30,3 – 17,9 – 184,6 –5,0 11,2 17,5 – 109,9 102,6 204,3 52,3 17,2 103,5 – 38,1 32,6 –45,7 24,1 – – – 155,6 – 3,0 – – –62.400,0 57,8 101,2 236,1 36,3 –


399 EBITDA 2009 US$$ MILHÕES

N.D. N.D. N.D. N.D. 432,2 N.D. 128,5 N.D. N.D. 159,3 341,9 N.D. N.D. N.D. 178,8 N.D. N.D. 121,5 N.D. N.D. 109,9 1.108,3 N.D. 95,5 488,0 43,4 281,5 N.D. N.D. 81,8 105,6 N.D. 387,7 243,8 222,1 103,7 N.D. N.D. N.D. 313,9 N.D. 250,2 N.D. N.D. 27,0 171,7 18,5 47,2 109,5 N.D.

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%) – – – – 14,1 – 59,5 – – 70,1 66,2 – – – 8,4 – – – – – 68,3 –8,9 – 7,1 11,3 362,2 17,3 – – 18,1 83,5 – 29,0 36,3 26,1 –2,2 – – – 56,0 – –78,0 – – –397,4 48,9 –736,2 1.264,4 –3,2 –

ATIVO TOTAL 2009 US$$ MILHÕES N.D. 1.022,2 N.D. 2.709,3 2.708,2 N.D. 1.103,4 756,9 N.D. 1.303,2 1.443,2 1.556,8 N.D. 2.590,0 754,2 N.D. 1.390,4 4.284,0 697,2 N.D. 910,6 2.793,3 5.455,6 856,5 N.D. 1.302,8 2.092,9 176,5 628,4 774,1 649,5 N.D. 1.087,4 1.653,7 999,5 999,7 1.112,8 N.D. N.D. 2.166,7 N.D. 3.982,3 N.D. N.D. 553,1 1.456,0 681,4 9.078,7 1.431,3 2.449,0

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$$ MILHÕES N.D. 463,5 N.D. 1.552,4 1.132,2 N.D. 446,6 336,8 N.D. 844,2 561,7 173,0 N.D. 1.108,3 458,6 N.D. 775,6 1.483,4 255,9 N.D. 507,6 2.349,2 3.378,4 264,8 N.D. 861,2 865,6 93,9 172,3 358,6 196,8 N.D. 314,3 596,5 755,4 463,6 436,3 N.D. N.D. 601,6 N.D. 2.105,5 N.D. N.D. 244,4 365,3 288,0 6.787,7 415,8 1.655,4

ROE (%)

ROA (%)

– – 12,9 5,9 – – 16,1 9,2 7,6 3,2 – – 24,4 9,9 9,2 4,1 – – 23,6 15,3 41,1 16,0 – – – – 29,7 12,7 21,7 13,2 – – 4,9 2,7 – – 36,1 13,3 – – 14,9 8,3 26,6 22,4 9,4 5,8 21,0 6,5 – – 14,3 9,4 27,8 11,5 17,9 9,5 29,4 8,1 19,0 8,8 40,9 12,4 – – 72,8 21,0 32,2 11,6 15,6 11,8 15,7 7,3 – – – – – – 34,2 9,5 – – 17,5 9,3 – – – – –25,6 –11,3 38,0 9,5 0,7 0,3 5,9 4,4 18,9 5,5 15,3 10,3

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

– 4,4 – 18,3 6,3 – 8,0 2,3 – 14,8 17,2 – – 24,8 7,6 – 2,9 – 7,1 – 5,9 49,3 25,3 4,4 – 9,8 19,2 1,3 4,1 5,5 6,5 – 18,6 15,6 9,7 6,0 – – – 17,0 – 30,5 – – –5,2 11,5 0,2 33,2 6,6 21,5

3.800 N.D. 27.500 N.D. 4.400 600 10.489 N.D. N.D. N.D. 1.874 14.000 N.D. N.D. 5.500 3.067 N.D. 4.139 N.D. N.D. N.D. N.D. 7.000 13.209 N.D. N.D. 5.000 75 N.D. 5.871 78.200 N.D. N.D. 1.300 2.784 841 2.809 N.D. 8.800 N.D. N.D. 17.562 6.350 11.200 N.D. N.D. N.D. 229 13.715 N.D.

NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM SIM NÃO SIM –

PROPRIEDADE P P P P* P* P* P P P* P P P* P* P P P* E P* P P* P* P P P* P P P P P P P P* P* P P P* P P P P P P P P P P* P P P

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES

SITE (WWW.)

RK 09

– – – – – – – – – – 2,9 – – 242,4 – 338,8 838,3 – 23,6 – 288,7 1.317,0 396,7 – – – – – – – – 1.232,2 – – – – 281,2 – – – – – – – – – – – 144,9 –

VILLACERO.COM – GRUPOEMPRESARIALANGELES.COM CODENSA.COM.CO TELEFONICACHILE.CL SONY.COM.MX LOJASRENNER.COM.BR OLIMPICA.COM.CO PETROBRAS.COM MDIASBRANCO.COM.BR ENTELPCS.CL SEARS.COM.MX SIEMENS.COM ARCELORMITTALINOXBRASIL.COM.BR SUPERMAXI.COM SCANIA.COM.BR ENAMI.CL CEEE.COM.BR TEXACO.COM.CO AJEGROUP.COM ALICORP.COM.PE BARRICK.COM ALUMINIOCBA.COM.BR EMPRESASBANMEDICA.CL ALUMBRERA.COM.AR LOJASRIACHUELO.COM.BR COPAAIR.COM – SOTREQ.COM.BR POSITIVOINFORMATICA.COM.BR CONTAX.COM.BR – MOVISTAR.COM.PE COELCE.COM.BR CONFAB.COM.BR CGE.CL RHODIA.COM OMNILIFE.COM.MX ZAFFARI.COM.BR AGSA.COM.BR IMCOPA.COM QUINENCO.CL PREZUNIC.COM.BR BRETAS.COM.BR MEDIALSAUDE.COM.BR BANDEIRANTE.COM.BR YARABRASIL.COM.BR MINERA.CL MARCOPOLO.COM.BR ISAGEN.COM.CO

351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 373 374 375 376 377 378 379 380 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 393 394 395 396 397 398 399 400

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 111

351-400

N.D. N.D. N.D. N.D. 493,0 N.D. 205,0 N.D. N.D. 271,0 568,0 N.D. N.D. N.D. 193,8 N.D. 101,5 N.D. N.D. N.D. 185,0 1.009,8 N.D. 102,3 543,0 200,6 330,1 N.D. N.D. 96,6 193,8 N.D. 500,0 332,4 280,0 101,4 N.D. N.D. N.D. 489,8 N.D. 55,0 N.D. N.D. –80,3 255,6 –117,7 644,0 106,0 N.D.

EBITDA 2008 US$$ MILHÕES

MARCOPOLO A fabricante de ônibus não escapou da crise, mas conseguiu crescer em vendas e no lucro


401-450

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450

476 391 – – 426 369 366 396 424 – 406 395 468 – – – 478 457 394 331 – 279 411 429 436 467 380 332 – 466 270 412 421 319 432 490 446 365 442 402 484 437 – 482 – – 443 499 487

EMPRESA

ANGLO AMERICAN NORTE WHIRLPOOL MÉXICO (1) ASARCO HYPERMARCAS WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS UNILEVER DE MÉXICO (1) COLBÚN CONECEL FALABELLA PERÚ ALPARGATAS 3M DO BRASIL GRUPO FAMSA EDITORA ABRIL GALVÃO ENGENHARIA PDG REALTY ASSAI C. VALE CARAMURU BLACK & DECKER DE MÉXICO (1) ALCOA DELTA CONSTRUÇÕES PERUPETRO TIENDAS SANBORNS (1) SALFACORP ALPURA (1) CPFL PIRATININGA BAYER DE MÉXICO (1) GENERAL MOTORS COLMOTORES MAGNESITA S/A OXITENO CIA. BRAS. DE MET. E MINERAÇÃO PATAGONIA CICSA GRUPO SALUDCOOP H–E–B SUPERMERCADOS (1) ITAUTEC CMPC TISSUE CANDELARIA GRUPO AUTOFIN (1) PAMPA ENERGÍA GBARBOSA CELGPAR GRUPO PALACIO DE HIERRO RIO GRANDE ENERGIA LOCALIZA EMPRESA DE TELECOM. DE BOGOTÁ BROOKFIELD GRUPO CONTINENTAL DMA DISTRIBUIDORA TIGRE – TUBOS E CONEXÕES

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

112 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

CHI MÉX MÉX BRA BRA MÉX CHI EQU PER BRA BRA MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA MÉX BRA BRA PER MÉX CHI MÉX BRA MÉX COL BRA BRA BRA ARG MÉX COL MÉX BRA CHI CHI MÉX ARG BRA BRA MÉX BRA BRA COL BRA MÉX BRA BRA

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

MINERAÇÃO ELETRÔNICO MINERAÇÃO QUÍMICO/FARMACÊUTICO PETROQUÍMICO QUÍMICO/FARMACÊUTICO ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO TÊXTIL/CALÇADO PETROQUÍMICO COMÉRCIO MÍDIA CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO COMÉRCIO AGROINDÚSTRIA ALIMENTOS MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS SIDERURGIA/METALURGIA CONSTRUÇÃO PETRÓLEO/GÁS COMÉRCIO CONSTRUÇÃO ALIMENTOS ENERGIA ELÉTRICA QUÍMICO/FARMACÊUTICO AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS MINERAÇÃO PETRÓLEO/GÁS MINERAÇÃO COMÉRCIO CONSTRUÇÃO SERVIÇOS DE SAÚDE COMÉRCIO ELETRÔNICO CELULOSE/PAPEL MINERAÇÃO COMÉRCIO ALIMENTOS COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA TRANSPORTE/LOGÍSTICA TELECOMUNICAÇÕES CONSTRUÇÃO BEBIDAS COMÉRCIO MANUFATURA

1.175,6 1.168,7 1.164,9 1.163,1 1.162,8 1.162,6 1.160,8 1.154,0 1.153,5 1.151,6 1.149,4 1.144,0 1.143,5 1.140,7 1.139,3 1.139,0 1.138,4 1.134,0 1.133,6 1.129,6 1.129,4 1.127,0 1.125,0 1.123,7 1.122,2 1.121,8 1.118,0 1.112,0 1.106,5 1.104,0 1.099,4 1.096,6 1.085,8 1.084,9 1.078,3 1.074,9 1.071,7 1.071,4 1.070,9 1.068,9 1.067,2 1.062,8 1.061,2 1.057,3 1.045,8 1.044,2 1.040,7 1.036,0 1.032,4 1.030,0

807,9 1.081,2 1.864,2 570,4 972,7 1.142,0 1.150,5 1.067,0 978,1 709,8 1.040,1 1.067,2 821,6 412,0 526,8 729,5 800,8 845,9 1.070,4 1.287,0 536,7 1.650,6 1.025,3 965,5 943,0 823,3 1.105,9 1.283,7 627,4 824,2 1.600,0 1.023,4 957,4 1.330,9 950,0 764,5 903,7 1.151,4 932,0 1.156,7 1.007,7 774,1 940,8 714,0 780,4 661,2 339,0 927,3 731,8 767,0

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) 45,5 8,1 –37,5 103,9 19,6 1,8 0,9 8,2 17,9 62,2 10,5 7,2 39,2 176,8 116,3 56,1 42,1 34,1 5,9 –12,2 110,5 –31,7 9,7 16,4 19,0 36,3 1,1 –13,4 76,4 34,0 –31,3 7,2 13,4 –18,5 13,5 40,6 18,6 –6,9 14,9 –7,6 5,9 37,3 12,8 48,1 34,0 57,9 207,0 11,7 41,1 34,3

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES 298,7 N.D. 195,0 180,0 312,7 N.D. 234,7 N.D. 75,1 77,4 N.D. 7,5 64,6 161,3 194,2 9,2 17,3 48,5 N.D. –6,1 130,7 20,6 N.D. 14,5 N.D. 105,7 N.D. 17,8 –17,0 N.D. 516,7 17,4 54,0 28,2 N.D. 30,8 104,4 354,6 N.D. 56,1 N.D. –54,2 49,2 93,8 58,6 100,4 115,9 134,3 N.D. 78,9

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES 263,9 N.D. 169,1 –88,9 –17,6 N.D. 45,8 396,0 74,1 74,1 N.D. 40,5 78,5 52,2 78,1 10,7 11,7 –10,4 N.D. N.D. 43,2 34,1 N.D. 26,3 N.D. 95,0 N.D. 95,8 –23,0 N.D. 458,7 13,5 35,6 10,7 N.D. 17,3 10,6 374,4 N.D. 33,1 N.D. –108,7 48,8 70,2 58,4 91,0 44,0 130,1 N.D. N.D.

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%) 13,2 – 15,3 302,5 1.876,8 – 412,4 – 1,3 4,5 – –81,5 –17,7 208,9 148,7 –13,7 47,1 565,6 – – 202,7 –39,6 – –44,9 – 11,3 – –81,4 26,1 – 12,6 28,9 51,7 163,6 – 78,0 885,2 –5,3 – 69,5 – 50,1 0,8 33,6 0,3 10,3 163,4 3,2 – –


404 EBITDA 2009 US$ MILHÕES

246,3 N.D. 491,7 134,0 145,2 N.D. 220,6 484,0 154,3 106,4 N.D. 105,3 N.D. 63,4 107,5 20,1 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. –1,3 N.D. 64,9 N.D. 178,3 N.D. N.D. 169,0 89,9 N.D. 44,3 64,1 82,9 N.D. 35,7 N.D. 549,3 N.D. 240,5 N.D. 126,4 115,8 165,3 300,0 N.D. 80,9 194,0 N.D. N.D.

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%) – – –26,7 115,6 –30,7 – 52,8 16,5 16,5 41,0 – 13,0 – 162,6 88,0 52,9 – – – – – – – 0,2 – 14,8 – – 24,0 –7,4 – 5,4 44,9 – – 39,2 – – – –20,7 – – 29,7 37,6 24,0 – 150,4 9,7 – –

ATIVO TOTAL 2009 US$ MILHÕES 622,8 N.D. 1.234,0 3.611,0 2.124,6 N.D. 5.447,3 N.D. 1.196,6 1.004,5 N.D. 1.730,0 902,2 412,0 3.504,8 N.D. 746,4 668,6 N.D. 4.545,4 655,7 118,8 N.D. 1.040,2 N.D. 1.108,7 N.D. 558,6 2.852,2 653,4 N.D. 340,8 1.121,7 579,6 N.D. 743,0 1.814,9 954,5 N.D. 2.496,7 N.D. N.D. 1.401,0 1.517,9 1.475,3 2.395,4 3.188,1 857,0 N.D. 869,8

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES 295,6 N.D. 367,2 1.974,1 1.376,8 N.D. 3.430,7 N.D. 473,5 605,3 N.D. 639,1 102,3 253,0 1.689,0 N.D. 224,0 222,8 N.D. 1.368,3 473,6 0,7 N.D. 347,9 N.D. 132,4 N.D. 329,6 1.274,8 N.D. N.D. 161,2 708,3 253,3 N.D. 284,9 1.814,9 726,3 N.D. 871,2 N.D. N.D. 785,3 676,7 349,6 1.247,3 1.388,3 678,7 N.D. 400,0

ROE (%)

101,1 – 53,1 9,1 22,7 – 6,8 – 15,9 12,8 – 1,2 63,2 63,8 11,5 – 7,7 21,7 – –0,4 27,6 – – 4,2 – 79,8 – 5,4 –1,3 – – 10,8 7,6 11,1 – 10,8 5,8 48,8 – 6,4 – – 6,3 13,9 16,8 8,0 8,3 19,8 – 19,7

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

48,0 – 15,8 5,0 14,7 – 4,3 – 6,3 7,7 – 0,4 7,2 39,1 5,5 – 2,3 7,2 – –0,1 19,9 17,3 – 1,4 – 9,5 – 3,2 –0,6 – – 5,1 4,8 4,9 – 4,1 5,8 37,2 – 2,2 – – 3,5 6,2 4,0 4,2 3,6 15,7 – 9,1

25,4 – 16,7 15,5 26,9 – 20,2 – 6,5 6,7 – 0,7 5,7 14,1 17,0 0,8 1,5 4,3 – –0,5 11,6 1,8 – 1,3 – 9,4 – 1,6 –1,5 – 47,0 1,6 5,0 2,6 – 2,9 9,7 33,1 – 5,2 – –5,1 4,6 8,9 5,6 9,6 11,1 13,0 – 7,7

628 8.000 N.D. 6.672 3.504 5.000 N.D. N.D. 14.200 15.733 3.810 19.000 3.968 5.202 N.D. 6.532 4.700 N.D. N.D. 4.400 N.D. N.D. 6.000 19.035 6.000 N.D. 3.000 N.D. N.D. 1.481 N.D. 8.900 9.000 26.500 6.100 6.218 6.451 1.089 6.500 N.D. 9.000 N.D. 8.500 1.470 3.604 N.D. N.D. 14.000 11.000 5.857

NÃO NÃO – SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM SIM NÃO NÃO – NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO

P* P* P P P P* P P P* P P* P P P P P P P P* P* P P P P P P P* P* P P P P P P P* P P P* P P P E P – P – P P P P

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES 743,0 – – – – – – – – – 104,2 – – – – – 213,3 462,5 – 243,5 – – – – – – – 128,6 100,9 118,4 939,0 – 167,9 – – – 35,6 601,9 – – – – – – – – – – – 20,0

SITE (WWW.)

ANGLOAMERICAN.CO.UK WHIRLPOOL.COM.MX ASARCO.COM HYPERMARCAS.COM.BR WHITEMARTINS.COM.BR UNILEVER.COM.MX COLBUN.CL CONECEL.COM.EC FALABELLA.CL ALPARGATAS.COM.BR 3M.COM.BR GRUPOFAMSA.COM ABRIL.COM.BR GALVAOENGENHARIA.COM.BR PDGREALTY.COM.BR ASSAIATACADISTA.COM.BR CVALE.COM.BR CARAMURU.COM BLACKANDDECKER.COM.MX ALCOA.COM.BR DELTACONSTRUCOES.COM.BR PERUPETRO.COM.PE SANBORNS.COM.MX SALFACORP.CL ALPURA.COM.MX CPFL.COM.BR BAYER.COM.MX CHEVROLET.COM.CO MAGNESITA.COM.BR ULTRAPAR.COM CBMM.COM.BR LAANONIMA.COM.AR CCICSA.COM.MX SALUDCOOP.COM.CO HEBMEXICO.COM ITAUTEC.COM.BR CMPC.CL PHELPSDODGE.COM AUTOFIN.COM.MX FRIGORIFICOLAPAMPA.COM.AR GBARBOSA.COM.BR CELG.COM.BR ELPALACIODEHIERRO.COM.MX RGE–RS.COM.BR LOCALIZA.COM ETB.COM.CO BR.BROOKFIELD.COM CONTAL.COM GRUPODMA.COM.BR TIGRE.COM.BR

RK 09

401 402 403 404 405 406 407 408 409 410 411 412 413 414 415 416 417 418 419 420 421 422 423 424 425 426 427 428 429 430 431 432 433 434 435 436 437 438 439 440 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 113

401-450

N.D. N.D. 360,2 288,9 100,6 N.D. 337,1 564,0 179,7 150,0 N.D. 119,0 104,2 166,4 202,1 30,7 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 65,0 N.D. 204,6 N.D. N.D. 209,6 83,2 N.D. 46,7 92,9 N.D. N.D. 49,7 N.D. N.D. N.D. 190,6 N.D. N.D. 150,2 227,4 371,9 N.D. 202,6 212,8 N.D. 180,0

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

HYPERMARCAS A empresa não para: em março de 2010, anunciou quatro aquisições em quatro dias


451-500

RANKING 500 Maiores Empresas da América Latina

RK 09

RK 08

EMPRESA

451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 478 479 480 481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 495 496 497 498 499 500

– 453 435 – 413 – 389 474 357 – 284 – 417 – 367 – – 439 409 – – 473 423 – 459 – – 452 420 438 – 431 171 – 407 316 458 – 378 397 – 302 – 475 – – 455 – – –

PROCTER & GAMBLE CEG GRUPO DE SUPERMERCADOS WONG ENERGISA COSTCO MÉXICO (1) NOVARTIS URBI DESARROLLOS URBANOS ELECTRICARIBE SIVENSA CPFL BRASIL XSTRATA COPPER CHILE S.A. DROGASIL CVG VENALUM (1) IRMÃOS MUFFATO & CIA. MOVISTAR EDELNOR GVT HOLDING RENAULT ARGENTINA (1) BASF DE MÉXICO (1) AES TIETÊ SEMP TOSHIBA DOUX HOSPITALES ANGELES (1) CTEEP ITAMBÉ EMGESA MRV FERROMEX CHRYSLER (1) GRUPO TACA CIA. EST. DIST. DE ENERGIA ELÉTRICA HOCOL MOLYMET INFRAESTR. Y TRANSPORTES MÉXICO TIENDAS COMERCIAL MEXICANA (1) EMPRESAS NAVIERAS DUPONT MÉXICO (1) VULCABRAS MINERA EL ABRA MASISA TERPEL (1) VITRO ENVASES AMAZONAS ENERGIA UCP BACKUS & JOHNSTON POSTOBON ROCHE PERUANA DE PETRÓLEO (1) ELETRONUCLEAR ROSSI RESID EPS COOMEVA

(1) Estimativa; N.D. - Não Divulgado

114 AméricaEconomia Julho, 2010

PAÍS

BRA BRA PER BRA MÉX BRA MÉX COL VEN BRA CHI BRA VEN BRA COL CHI BRA ARG MÉX BRA BRA BRA MÉX BRA BRA COL BRA MÉX ARG ELS BRA COL CHI MÉX MÉX CHI MÉX BRA CHI CHI CHI MÉX BRA PER COL BRA PER BRA BRA COL

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VENDAS 2008 US$ MILHÕES

QUÍMICO/FARMACÊUTICO PETRÓLEO/GÁS COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO QUÍMICO/FARMACÊUTICO CONSTRUÇÃO ENERGIA ELÉTRICA SIDERURGIA/METALURGIA ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO COMÉRCIO SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS QUÍMICO/FARMACÊUTICO ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICO ALIMENTOS SERVIÇOS DE SAÚDE ENERGIA ELÉTRICA ALIMENTOS ENERGIA ELÉTRICA CONSTRUÇÃO TRANSPORTE/LOGÍSTICA AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS TRANSPORTE/LOGÍSTICA ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS SIDERURGIA/METALURGIA MINERAÇÃO COMÉRCIO TRANSPORTE/LOGÍSTICA QUÍMICO/FARMACÊUTICO TÊXTIL/CALÇADO MINERAÇÃO MANUFATURA PETRÓLEO/GÁS MANUFATURA ENERGIA ELÉTRICA BEBIDAS BEBIDAS QUÍMICO/FARMACÊUTICO PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA CONSTRUÇÃO SERVIÇOS DE SAÚDE

1.028,0 1.024,4 1.019,0 1.008,4 1.008,1 1.007,7 999,3 997,7 997,5 991,1 990,6 988,1 986,9 984,1 981,8 978,5 975,8 972,7 963,5 959,0 957,0 954,7 952,6 952,0 951,3 950,8 946,2 945,5 941,1 940,0 929,9 925,9 923,4 920,1 919,5 918,4 918,0 917,2 916,2 915,5 914,2 914,0 913,7 912,2 909,5 905,2 904,2 904,0 903,0 901,6

645,6 863,7 963,8 701,8 1.015,3 718,2 1.084,6 809,5 1.178,7 735,0 1.485,2 539,2 1.005,0 611,4 1.148,8 584,2 564,9 938,9 1.030,5 693,7 653,7 814,7 980,0 669,8 842,0 N.D. 475,3 861,5 999,0 940,0 685,6 952,8 2.505,9 1.083,3 1.036,1 1.341,9 843,0 696,9 1.110,9 1.065,9 1.286,0 1.406,0 424,3 809,3 N.D. 574,9 857,4 629,8 527,7 N.D.

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%) 59,2 18,6 5,7 43,7 –0,7 40,3 –7,9 23,2 –15,4 34,8 –33,3 83,3 –1,8 61,0 –14,5 67,5 72,7 3,6 –6,5 38,2 46,4 17,2 –2,8 42,1 13,0 – 99,1 9,8 –5,8 0,0 35,6 –2,8 –63,2 –15,1 –11,3 –31,6 8,9 31,6 –17,5 –14,1 –28,9 –35,0 115,4 12,7 – 57,4 5,5 43,5 71,1 –

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES 101,4 130,2 31,3 143,4 N.D. 9,5 107,0 64,9 136,1 120,9 N.D. 42,8 N.D. N.D. N.D. 259,2 75,6 N.D. N.D. 448,1 123,9 47,8 N.D. 475,9 N.D. 287,1 199,5 98,9 N.D. N.D. N.D. 164,8 67,7 121,1 N.D. –16,9 N.D. 78,6 295,0 40,0 N.D. N.D. –34,6 168,2 129,2 78,5 N.D. 31,7 125,3 2,7

LUCRO LÍQ. 2008 US$ MILHÕES –56,8 56,1 –17,0 44,9 N.D. –12,7 159,3 34,9 153,9 84,3 N.D. 21,9 N.D. N.D. N.D. 130,6 13,1 N.D. N.D. 296,3 –42,0 –54,6 N.D. 353,9 N.D. N.D. 98,9 114,9 N.D. N.D. N.D. 143,6 71,2 154,4 N.D. 18,3 N.D. 74,1 322,9 44,1 N.D. N.D. –47,5 130,0 N.D. 46,0 5,2 –96,1 50,8 N.D.

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%) 278,5 132,1 284,1 219,4 – 174,8 –32,8 86,0 –11,5 43,5 – 95,4 – – – 98,5 477,1 – – 51,2 395,0 187,5 – 34,5 – – 101,7 –13,9 – – – 14,8 –4,9 –21,6 – –192,3 – 6,1 –8,6 –9,3 – – 27,2 29,4 – 70,5 – 133,0 146,7 –


456 EBITDA 2009 US$ MILHÕES

N.D. 156,6 52,2 224,3 N.D. N.D. 248,4 148,1 175,0 N.D. N.D. 28,7 N.D. N.D. N.D. 199,0 204,9 N.D. N.D. 536,8 N.D. 93,3 N.D. N.D. N.D. N.D. 115,1 221,8 N.D. N.D. 25,6 239,3 161,3 352,2 N.D. 49,2 N.D. 112,6 507,3 155,1 N.D. N.D. 176,8 295,5 N.D. N.D. 11,0 N.D. 66,4 N.D.

VARIAÇÃO EBITDA 09/08 (%) – 82,6 37,9 37,2 – – –2,1 – 24,6 – – 137,3 – – – 71,6 59,6 – – 34,9 – – – – – – 100,4 –3,4 – – – – – –22,5 – – – 45,4 – –14,9 – – –45,1 23,7 – – – – 134,8 –

ATIVO TOTAL 2009 US$ MILHÕES 2.677,8 1.127,2 616,4 2.054,9 N.D. 651,4 2.687,2 1.953,4 2.064,7 267,2 N.D. 420,4 N.D. N.D. N.D. 2.355,0 2.144,1 N.D. N.D. 1.292,6 1.263,9 810,2 N.D. 3.632,2 N.D. 4.033,1 2.503,4 1.356,2 N.D. N.D. 2.316,2 707,1 1.069,5 1.883,6 N.D. 622,8 N.D. 918,8 1.213,7 2.362,9 N.D. N.D. 2.542,6 1.095,5 1.389,6 477,2 N.D. 4.947,9 2.531,6 207,8

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

ROE (%)

ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

EMPREGADOS 2009

PRESENÇA NA BOLSA

PROPRIEDADE

1.496,5 373,4 230,7 461,1 N.D. 126,2 1.272,5 987,1 1.300,7 2,1 N.D. 234,1 N.D. N.D. N.D. 1.329,6 1.216,5 N.D. N.D. 287,8 760,8 224,6 N.D. 2.405,4 N.D. 2.928,0 1.374,3 971,7 N.D. N.D. 1.112,6 468,1 517,8 1.378,3 N.D. 123,2 N.D. 251,3 1.050,1 1.318,7 N.D. N.D. 1.252,8 619,1 1.257,6 329,7 N.D. 2.484,2 1.311,4 59,4

6,8 34,9 13,6 31,1 – 7,5 8,4 6,6 10,5 5.848,0 – 18,3 – – – 19,5 6,2 – – 155,7 16,3 21,3 – 19,8 – 9,8 14,5 10,2 – – – 35,2 13,1 8,8 – –13,7 – 31,3 28,1 3,0 – – –2,8 27,2 10,3 23,8 – 1,3 9,6 4,5

3,8 11,6 5,1 7,0 – 1,5 4,0 3,3 6,6 45,3 – 10,2 – – – 11,0 3,5 – – 34,7 9,8 5,9 – 13,1 – 7,1 8,0 7,3 – – – 23,3 6,3 6,4 – –2,7 – 8,6 24,3 1,7 – – –1,4 15,4 9,3 16,4 – 0,6 4,9 1,3

9,9 12,7 3,1 14,2 – 0,9 10,7 6,5 13,6 12,2 – 4,3 – – – 26,5 7,7 – – 46,7 13,0 5,0 – 50,0 – 30,2 21,1 10,5 – – – 17,8 7,3 13,2 – –1,8 – 8,6 32,2 4,4 – – –3,8 18,4 14,2 8,7 – 3,5 13,9 0,3

2.900 434 N.D. N.D. 9.550 1.800 3.500 6.850 2.772 112 N.D. 6.102 N.D. 7.000 N.D. N.D. 5.238 N.D. 1.000 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 7.000 1.650 N.D. N.D. N.D. 1.194 N.D. 6.959 2.918 2.000 40.000 1.186 N.D. N.D. N.D. 2.302 1.604 N.D. N.D. 300 2.308 N.D. N.D.

NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO – SIM NÃO NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO – SIM SIM NÃO NÃO SIM NÃO SIM – NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO NÃO NÃO NÃO – NÃO NÃO NÃO SIM –

P P P* – P P P P P – P* P E P P* – P P* P* P P P* P – – – P P P* P – P P P P P P* P P* P P* P – P* P P P – P –

EXPORTAÇÕES 2009 US$ MILHÕES 135,8 – – – – 105,4 – – 83,8 – 990,6 – – – – – – – – – – 635,4 – – – – – – – – – – 640,3 – – 2,4 – – 788,9 172,2 – 249,0 – 3,6 – – – – – –

SITE (WWW.)

RK 09

PG.COM CEG.COM.BR EWONG.COM ENERGISA.COM.BR COSTCO.COM.MX NOVARTIS.COM.BR URBI.COM.MX ELETRICARIBE.COM SIVENSA.COM CPFL.COM.BR XSTRATA.COM DROGASIL.COM.BR VENALUM.COM.VE SUPERMUFFATO.COM.BR MOVISTAR.COM.CO EDELNOR.CL GVT.COM.BR RENAULT.COM.AR BASF.COM AESTIETE.COM.BR SEMPTOSHIBA.COM.BR DOUX.COM.BR HOSPITALANGELESPEDREGAL.COM.MX CTEEP.COM.BR ITAMBE.COM.BR EMGESA.COM.CO MRV.COM.BR FERROMEX.COM.MX CHRYSLER.COM.AR TACA.COM CEEE.COM.BR HOCOL.COM.CO MOLYMET.CL GMEXICO.COM COMERCI.COM.MX EMPRESASNAVIERAS.COM DUPONT.COM.MX VULCABRAS.COM.BR PHELPSDODGE.COM MASISA.CL TERPEL–WEB.COM VITRO.COM.MX AMAZONASENERGIA.GOV.BR BACKUS.COM.PE POSTOBON.COM ROCHE.COM.BR PECSA.COM.PE ELETRONUCLEAR.GOV.BR ROSSIRESIDENCIAL.COM.BR EPS.COOMEVA.COM.CO

451 452 453 454 455 456 457 458 459 460 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 473 474 475 476 477 478 479 480 481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 492 493 494 495 496 497 498 499 500

ROE - Retorno sobre Patrimônio; ROA - Retorno sobre Ativo; P = Privada local; P* = Privada estrangeira; E = Estatal

Julho, 2010 AméricaEconomia 115

451-500

N.D. 286,0 72,0 307,7 N.D. N.D. 243,3 N.D. 218,0 171,8 N.D. 68,1 N.D. N.D. N.D. 341,4 327,1 N.D. N.D. 723,9 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 230,7 214,3 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. 272,8 N.D. N.D. N.D. 163,7 N.D. 132,0 N.D. N.D. 97,1 365,4 N.D. N.D. N.D. N.D. 155,9 N.D.

EBITDA 2008 US$ MILHÕES

NOVARTIS Neste ano, a empresa anunciou que investirá US$ 500 milhões em uma fábrica de vacinas


As 500 por resultado

Questão (nem só) de tamanho AS EMPRESAS LATINO-AMERICANAS NÃO APENAS CRESCERAM EM 2009, COMO TAMBÉM MELHORARAM SEUS RESULTADOS

J

á dissemos: com o crescimento das vendas em 2009, a Petrobras é oficialmente a maior empresa da América Latina. Pela primeira vez, nos 20 anos deste ranking, seu faturamento superou o da Pemex e da PDVSA, marcando a estreia de uma companhia brasileira no topo do pódio das 500. Entretanto, se medirmos pelo lucro, a Petrobras já ocupa essa posição há vários anos: especificamente, desde 2002, quando, com vendas de US$ 19,57 bilhões, a petrolífera já tinha alcançado um lucro de US$ 2,29 bilhões. Desde

então, a estatal brasileira tem liderado sistematicamente a lista das empresas mais rentáveis da região, superando outras maiores em tamanho. Em segundo lugar em lucro vem a América Móvil, grupo de telefonia celular de Carlos Slim, que opera sob a marca Claro em vários países da região, com US$ 5,88 bilhões de lucro. Ainda que muito atrás dos números da estatal brasileira, tal resultado revela-se um marco no ranking, pois é a primeira vez que uma empresa de serviços de telecomunicações fica tão bem posicionada.

OS MAIS ATIVOS Setores com os maiores ativos totais, em US$ milhões

Out os Ativos Ativos Fixos

FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELL GENCE

PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES MINERAÇÃO MULTISSETOR SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO BEBIDAS CIMENTO CELULOSE/PAPEL 0

50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000

116 AméricaEconomia Julho, 2010

Nada, porém, ofusca a hegemonia que as empresas brasileiras têm em todos os cruzamentos de dados que fazemos comparando tamanho e resultados. Entre as 50 que registraram os maiores lucros, 24 são brasileiras. Na sequência, vêm as chilenas, com sete empresas, e as mexicanas, com seis. Na verdade, apesar da crise, as 500 empresas deste ranking, calculadas com base em uma média simples, aumentaram seu lucro em mais de 30%. Os brasileiros também dominam o ranking oposto, que lista as empresas com maiores perdas em 2009. Das 30 listadas, 18 são brasileiras. Algumas, como a Brasil Telecom e a Telemar, foram inesperadas, pois haviam conseguido excelentes resultados em 2008. Devemos esclarecer que somente 33 empresas das 500 reconheceram ter perdas e que muitas das 156 empresas que não divulgaram seus lucros optaram pelo silêncio porque também tiveram resultados negativos. Apesar das dificuldades em 2009, as mexicanas têm apenas oito empresas no sub-ranking das que mais perderam, dominando as três primeiras posições: Pemex (o grupo consolidado), Pemex Refinação e Pemex Petroquímica. Se há uma lista que realmente fala do Brasil é a das 50 empresas que mais


aumentaram suas vendas: 46 são brasileiras ou operam no país. Somente quatro empresas de fora (duas da Colômbia, uma do Chile e uma do Uruguai) conseguiram aumentar suas vendas acima de 57,7%, percentual obtido pela lanterninha desse sub-ranking. Já a lista que indica as companhias que registraram a maior queda nas vendas está cheia de empresas não brasileiras. No total, 118 caíram em vendas no último ano; entre as 50 primeiras, somente cinco são brasileiras. Esse subranking é liderado pelo Chile, com 15 empresas (muitas delas afetadas pela queda no preço do minério), seguido do México, com 11. Quem merece uma menção especial é a PDVSA, a petrolífera

30% foi o aumento de lucro médio entre as empresas do ranking estatal venezuelana, que registrou um declínio de 52% (quase US$ 65 bilhões a menos que em 2008). É a empresa com maior queda na receita em termos absolutos na América Latina e tem o recorde histórico em retrocesso de uma empresa latino-americana em um ano. Se analisarmos as empresas do ponto de vista puramente operacional, tiramos outras conclusões interessantes. Ao observar as empresas com Ebitda (lucro antes de dedução de juros, impostos, depreciação e amortização da dívida) mais alto, ficamos surpresos ao ver a Pemex em segundo lugar, ligeiramente abaixo da líder Petrobras. Isso permite dimensionar o enorme efeito que tem a estrutura de financiamento e a estrutura fiscal da petrolífera mexicana em seus resultados e a capacidade

GERAÇÃO DE EMPREGOS Os 10 maiores empregadores - Número de funcionários no final de 2009 FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELL GENCE

200.000 180.000

176.463

160.000

153.404

140.000

127.179

120.000

114.059

108.614

102.000

101.132

100.000

87.662

85.244

83.000

80.000 60.000 40.000 20.000 0

WAL-MART MÉXICO

PEMEX

FEMSA

BRASIL FOODS

CORREIOS E TELÉGRAFOS

de reinvestir. Nessa lista de 50, 22 são brasileiras e 13 são mexicanas. O restante dos países tem uma participação muito menor. Quando se fala das empresas com maior número de funcionários, há um vencedor que não é brasileiro. Trata-se do Wal-Mart do México, fi lial da gigante que se transformou no operador de varejo mais importante da região. Hoje,

GRUPO BIMBO

CENCOSUD

ODEBRECHT CBD-GRUPO COMISIÓN FEDERAL DE PÃO DE AÇÚCAR ELECTRICIDAD

o Wal-Mart emprega 176 mil funcionários e é seguido por duas empresas também mexicanas: Pemex e Femsa. No total, 24 empresas mexicanas estão presentes na lista dos 50 maiores empregadores. A ausência de grandes mineradoras e petrolíferas evidencia que, quando essas empresas crescem, nem sempre criam novos empregos, pois são muito mais intensas em capital e tecnologia.

MAIS VENDAS Variação das vendas nas 500 FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELLIGENCE

VARIAÇÃO DE VENDAS

VARIAÇÃO MÉDIA EM CADA INTERVALO

NO DE EMPRESAS

PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO

MENOS DE -50%

-57,6

2

0,4%

ENTRE -50% E -25%

-33,5

26

5,2%

ENTRE -25% E 0%

-8,7

90

18,0%

ENTRE 0% E 10%

5,1

90

18,0%

ENTRE 10% E 20%

15,1

70

14,0%

ENTRE 20% E 30%

24,2

50

10,0%

ENTRE 30% E 40%

34,8

48

9,6%

ENTRE 40% E 50%

44,5

49

9,8%

ENTRE 50% E 60%

53,8

27

5,4%

ENTRE 60% E 70%

64,6

14

2,8%

MAIS DE 70%

117,6

31

6,2%

Julho, 2010 AméricaEconomia 117


AS QUE MAIS GANHARAM

SUBRK 2009

EMPRESA

LUCRO LÍQ. LUCRO LÍQ. RK PAÍS 2009 US$ 2008 US$ 2009 MILHÕES MILHÕES

AS QUE MAIS PERDERAM

As 500 por resultado

SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQ. RK 2008 US$ 2009 MILHÕES

1 2 3 4 5

PEMEX PEMEX REFINACIÓN PEMEX PETROQUÍMICA SUDAMERICANA DE VAPORES BRASIL TELECOM

MÉX MÉX MÉX CHI BRA

-7.291,8 -7.102,9 -1.536,3 -669,7 -656,3

-7.906,2 -8.669,9 -1.354,9 -39,1 440,7

2 4 119 154 78

6 7 8 9 10

TELEFÓNICA COLOMBIA UNIPAR GRUPO BERTIN (AGORA JBS) CONST. ANDRADE GUTIERREZ TELEMAR

COL BRA BRA BRA BRA

-450,3 -390,9 -336,8 -276,2 -250,4

-72,0 -65,2 -308,7 87,9 493,9

249 161 107 135 14

11 12 13 14 15

ANDRADE GUTIERREZ PART. NEMAK SEARA PONTO FRIO–GLOBEX RENAULT

BRA MÉX BRA BRA BRA

-199,3 -194,1 -191,1 -181,2 -150,7

47,6 -298,9 -31,0 7,1 15,0

58 242 294 195 173

PETROBRAS AMÉRICA MÓVIL VALE AMBEV ESCONDIDA

BRA MÉX BRA BRA CHI

16.644,7 5.886,6 5.886,1 3.437,9 3.199,6

14.115,4 4.345,7 9.105,5 1.309,1 3.570,3

1 6 7 22 66

6 7 8 9 10

ECOPETROL GRUPO VOTORANTIM TELÉFONOS DE MÉXICO GRUPO ARCELOR MITTAL COLLAHUASI

COL BRA MÉX BRA CHI

2.600,5 2.487,4 1.566,6 1.566,4 1.564,5

5.184,0 7,5 1.458,7 609,9 1.146,5

12 16 43 56 143

11 12 13 14 15

CSN ENERSIS WAL-MART DE MÉXICO CODELCO TELESP

BRA CHI MÉX CHI BRA

1.492,5 1.303,7 1.286,3 1.261,7 1.248,0

2.470,8 907,4 1.060,8 1.566,8 1.035,5

74 28 9 27 44

16 17 18 19 20

ENDESA TENARIS GLOBO COMUNICAÇÕES E PART. BAVARIA CEMIG

CHI ARG BRA COL BRA

1.238,2 1.161,6 1.094,3 1.078,1 1.069,0

703,5 2.124,8 212,5 273,6 807,5

100 55 96 243 71

16 17 18 19 20

MOSAIC QUATTOR PEMEX GAS Y PETRO. BÁSICA AURORA ALIMENTOS FOSFERTIL

BRA BRA MÉX BRA BRA

-146,7 -131,7 -91,4 -85,2 -80,9

-81,5 -284,5 164,3 N.D. 330,6

301 176 23 330 343

21 22 23 24 25

AUTOR. DEL CANAL DE PANAMÁ CLARO TELECOM CANTV LOS PELAMBRES FIAT AUTOMÓVEIS

PAN BRA VEN CHI BRA

1.026,5 997,2 990,6 956,2 948,0

1.017,2 418,0 679,6 1.020,9 801,6

236 69 88 231 29

21 22 23 24 25

REFINERÍA DE CARTAGENA GRUPO VITRO MEDIAL SAÚDE CELGPAR INDUSTRIAS CH

COL MÉX BRA BRA MÉX

-64,6 -63,5 -62,5 -54,2 -49,9

-13,9 -412,5 -0,1 -108,7 168,2

240 258 395 442 284

26 27 28 29 30

NEOENERGIA YPF GRUPO CAMARGO CORRÊA GRUPO MÉXICO SOUZA CRUZ

BRA ARG BRA MÉX BRA

911,1 910,2 906,7 887,1 852,8

630,8 1.049,0 237,6 1.076,0 534,7

113 46 45 95 136

26 27 28 29 30

LA FONTE PARTICIPAÇÕES AMAZONAS ENERGIA GRUPO SIMEC MAGNESITA S/A EMPRESAS NAVIERAS

BRA BRA MÉX BRA CHI

-41,8 -34,6 -24,7 -17,0 -16,9

-22,9 -47,5 129,8 -23,0 18,3

126 493 322 429 486

31 32 33 34 35

SAMARCO MINERAÇÃO GERDAU AÇOS LONGOS PETROBRAS DISTRIBUIDORA EMPR. PÚBLICAS DE MEDELLÍN VOTORANTIM CIMENTOS

BRA BRA BRA COL BRA

847,3 845,9 840,0 832,5 810,7

453,5 621,6 551,6 591,4 234,3

291 109 5 218 108

36 37 38 39 40

SABESP USIMINAS TAM TERNIUM GRUPO BAVARIA

BRA BRA BRA ARG COL

789,0 771,6 771,0 767,1 766,2

27,2 1.379,7 -582,0 875,2 266,8

117 75 86 94 263

41 42 43 44 45

GASPETRO FEMSA EMBRATEL CPFL ENERGIA ANGLO AMERICAN SUR

BRA MÉX BRA BRA CHI

763,5 758,3 742,4 738,8 733,0

320,8 484,9 262,2 545,9 864,1

230 20 80 81 280

46 47 48 49 50

MINERA YANACOCHA MINERA CERRO VERDE SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. TELMEX INTERNACIONAL ANTOFAGASTA PLC

PER PER PER MÉX CHI

712,8 708,5 706,9 696,8 667,7

463,8 718,4 1.092,4 400,2 1.706,5

226 272 209 65 157

1 2 3 4 5

118 AméricaEconomia Julho, 2010

PANORAMA NEGRO Distribuição, por país, das 30 empresas que mais perderam FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELL GENCE

MÉXICO 27% COLÔMBIA 7%

CHILE 7% BRASIL 59%


EMPRESA

VENDAS PAÍS 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO RK VENDAS 2009 09/08 (%)

COSAN VRG – LINHAS AÉREAS BROOKFIELD ISAGEN GALVÃO ENGENHARIA

BRA BRA BRA COL BRA

7.638,9 3.444,0 1.040,7 1.177,4 1.140,7

274,8 216,2 207,0 179,8 176,8

62 132 447 400 414

6 7 8 9 10

FIBRIA LA FONTE PARTICIPAÇÕES GAFISA PDG REALTY SPAL

BRA BRA BRA BRA BRA

3.445,7 3.558,3 1.735,8 1.139,3 1.723,8

169,2 150,9 133,1 116,3 115,9

131 126 276 415 278

11 12 13 14 15

AMAZONAS ENERGIA TELEMAR COPASA DELTA CONSTRUÇÕES MARFRIG

BRA BRA BRA BRA BRA

913,7 17.161,4 1.878,4 1.129,4 5.522,5

115,4 114,1 113,1 110,5 108,0

493 14 250 421 87

16 17 18 19 20

HYPERMARCAS MRV CONST. QUEIROZ GALVÃO ANDRADE GUTIERREZ PART. TIM CELULAR

BRA BRA BRA BRA BRA

1.163,1 946,2 2.216,5 8.030,6 8.223,3

103,9 99,1 98,5 98,1 90,4

404 477 211 58 53

21 22 23 24 25

BRASIL FOODS (BRF) CONST. ANDRADE GUTIERREZ OI – TNL PCS DROGASIL ELECTROLUX DO BRASIL

BRA BRA BRA BRA BRA

9.135,0 3.337,1 4.120,4 988,1 1.861,2

87,4 87,0 84,9 83,3 77,1

26 27 28 29 30

MAGNESITA S/A CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR GVT HOLDING ULTRAPAR QUATTOR

BRA BRA BRA BRA BRA

1.106,5 13.355,3 975,8 20.741,9 2.714,0

31 32 33 34 35

ROSSI RESIDENCIAL REDE ENERGIA UTE NET BRASIL EDELNOR

BRA BRA URU BRA CHI

36 37 38 39 40

NESTLÉ GRUPO CAMARGO CORRÊA MINERVA CONTAX B2W – CIA. GLOBAL DO VAREJO

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

1 2 3 4 5

AS QUE MAIS CAÍRAM EM VENDAS

AS QUE MAIS CRESCERAM EM VENDAS

SUBRK 2009

SUBRK 2009

VENDAS VARIAÇÃO RK PAÍS 2009 US$ VENDAS 2009 MILHÕES 09/08 (%)

EMPRESA MOLYMET PDVSA GRUPO SIMEC ENAP TERNIUM

CHI VEN MÉX CHI ARG

923,4 60.663,8 1.471,9 7.097,5 4.959,0

-63,2 -52,0 -42,1 -41,8 -41,4

483 3 322 64 94

6 7 8 9 10

INDUSTRIAS CH SUDAMERICANA DE VAPORES ASARCO REFINERÍA LA PAMPILLA VITRO ENVASES

MÉX CHI MÉX PER MÉX

1.696,5 3.031,9 1.164,9 2.558,9 914,0

-40,2 -38,7 -37,5 -35,7 -35,0

284 154 403 185 492

11 12 13 14 15

PEMEX PETROQUÍMICA CARBONES DEL CERREJÓN XSTRATA COPPER CHILE S/A MINERA ANTAMINA PEMEX GAS Y PETRO. BÁSICA

MÉX COL CHI PER MÉX

3.837,7 1.564,4 990,6 1.903,1 13.211,4

-33,9 -33,9 -33,3 -33,1 -32,9

119 300 461 245 23

16 17 18 19 20

TENARIS VOLVO PERUPETRO EMPRESAS NAVIERAS TECHINT

ARG BRA PER CHI ARG

8.149,3 1.839,1 1.127,0 918,4 17.786,0

-32,8 -32,2 -31,7 -31,6 -31,5

55 257 422 486 13

41 135 110 462 253

21 22 23 24 25

CIA. BRAS. DE METAL. E MINERAÇÃO BRA CHI CAP COL REFINERÍA DE CARTAGENA CHI TERPEL (1) ARG PETROBRAS ENERGÍA

1.099,4 1.388,2 1.958,5 914,2 3.125,8

-31,3 -30,4 -29,8 -28,9 -28,5

431 349 240 491 148

76,4 73,1 72,7 71,5 71,1

429 21 467 8 176

26 27 28 29 30

SIDERAR NOKIA PETROECUADOR YPFB EMPRESAS COPEC

ARG BRA EQU BOL CHI

1.665,3 1.899,9 8.056,5 4.000,0 9.954,7

-28,2 -28,2 -25,9 -23,3 -22,3

287 247 57 114 38

903,0 2.897,2 1.395,4 2.649,5 978,5

71,1 69,4 69,0 67,8 67,5

499 162 348 181 466

31 32 33 34 35

ALTOS HORNOS DE MÉXICO GRUPO BAVARIA GRUPO MÉXICO SQM ARCELORMITTAL INOX

MÉX COL MÉX CHI BRA

2.013,5 1.824,4 4.830,8 1.438,8 1.329,2

-22,0 -21,4 -19,9 -19,8 -18,9

232 263 95 335 364

BRA BRA BRA BRA BRA

8.908,0 9.062,6 1.494,4 1.241,1 2.178,3

65,9 64,9 64,7 63,4 63,3

47 45 315 381 217

36 37 38 39 40

GRUPO SALUDCOOP NEMAK SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. MINERA EL ABRA INDUSTRIAS PEÑOLES–METALS ( )

COL MÉX PER CHI MÉX

1.084,9 1.949,0 2.223,3 916,2 2.907,4

-18,5 -18,1 -18,0 -17,5 -17,1

434 242 209 489 159

VOTORANTIM CIMENTOS ALPARGATAS SOTREQ IRMÃOS MUFFATO & CIA. LOJAS AMERICANAS

BRA BRA BRA BRA BRA

4.168,0 1.151,6 1.247,9 984,1 4.786,9

62,3 62,2 61,9 61,0 60,4

108 410 379 464 99

41 42 43 44 45

ECOPETROL CODELCO ARAUCO SIVENSA INFRA. Y TRANSPORTES MÉXICO

COL CHI CHI VEN MÉX

18.127,4 12.147,8 3.113,0 997,5 920,1

-16,3 -15,8 -15,6 -15,4 -15,1

12 27 150 459 484

PROCTER & GAMBLE CON. E COM. CAMARGO CORRÊA PREZUNIC SUPERMERCADOS EMP. DE TELECOM. DE BOGOTÁ ZAFFARI E BOURBON

BRA BRA BRA COL BRA

1.028,0 2.837,9 1.208,0 1.044,2 1.212,6

59,2 59,1 58,2 57,9 57,7

451 168 393 446 389

46 47 48 49 50

LAN GERDAU ANGLO AMERICAN SUR MOVISTAR MASISA

CHI BRA CHI COL CHI

3.519,2 15.242,4 1.707,7 981,8 915,5

-15,0 -15,0 -14,6 -14,5 -14,1

127 18 280 465 490

1 2 3 4 5

(1) Estimativa

Julho, 2010 AméricaEconomia 119


SUBRK 2009

EMPRESA

EBITDA PAÍS 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO RK EBITDA 2009 09/08 (%)

SUBRK 2009

EMPRESA

1 2 3 4 5

GOL MINERA VALPARAÍSO UTE SAMARCO MINERAÇÃO REF. ALBERTO PASQUALINI

BRA CHI URU BRA BRA

3.478,6 1.264,4 1.182,7 1.031,3 572,2

300,6 644,0 269,6 728,7 830,5

133 398 348 291 92

6 7 8 9 10

REFINERÍA LA PAMPILLA GUARARAPES – RIACHUELO COSAN GAFISA CESP

PER BRA BRA BRA BRA

462,0 362,2 268,9 268,7 266,7

128,5 200,6 760,4 283,9 839,8

185 376 62 276 309

11 12 13 14 15

MAGAZINE LUIZA GRUPO SCHINCARIOL ENAP CANTV GALVÃO ENGENHARIA

BRA BRA CHI VEN BRA

255,7 211,6 185,2 162,9 162,6

178,9 164,9 546,0 1.298,7 166,4

290 310 64 88 414

16 17 18 19 20

INDUSTRIAS BACHOCO BROOKFIELD ALESAT COMBUSTÍVEIS DROGASIL ROSSI RESIDENCIAL

MÉX BRA BRA BRA BRA

159,6 150,4 143,3 137,3 134,8

158,9 202,6 104,0 68,1 155,9

269 447 116 462 499

AS QUE MAIS CRESCERAM EM EBITDA

AS MAIORES POR EBITDA

As 500 por resultado

VARIAÇÃO EBITDA 2009 RK PAÍS EBITDA 09/08 US$ MILHÕES 2009 (%)

PETROBRAS PEMEX AMÉRICA MÓVIL VALE AMBEV

BRA MÉX MÉX BRA BRA

34.693,0 32.990,2 12.160,0 10.698,2 6.313,9

30,4 -30,9 21,5 -23,1 63,2

1 2 6 7 22

6 7 8 9 10

TELCEL CODELCO ECOPETROL ENERSIS TELEMAR

MÉX CHI COL CHI BRA

6.021,5 5.469,9 5.304,0 4.802,9 4.200,9

17,0 -12,1 -19,1 18,7 61,8

34 27 12 28 14

11 12 13 14 15

TELÉFONOS DE MÉXICO TELESP GRUPO VOTORANTIM YPF ELETROBRAS

MÉX BRA BRA ARG BRA

4.003,8 3.356,1 3.160,9 3.089,0 3.074,6

-4,0 20,7 1,2 -6,3 -8,4

43 44 16 46 17

16 17 18 19 20

VIVO CEMEX FEMSA CSN ODEBRECHT

BRA MÉX MÉX BRA BRA

2.997,0 2.767,0 2.763,0 2.513,7 2.441,0

54,8 -16,4 24,3 -43,8 21,7

40 19 20 74 10

21 22 23 24 25

ENDESA CEMIG TENARIS GRUPO MÉXICO COLLAHUASI

CHI BRA ARG MÉX CHI

2.395,5 2.319,4 2.318,5 2.152,9 2.136,0

31,5 32,2 -34,9 -25,9 51,5

100 71 55 95 143

21 22 23 24 25

FIBRIA HYPERMARCAS COPASA SABESP LA FONTE PARTICIPAÇÕES

BRA BRA BRA BRA BRA

119,7 115,6 114,7 102,9 101,3

901,9 288,9 552,3 1.551,8 853,3

131 404 250 117 126

26 27 28 29 30

WAL-MART DE MÉXICO GRUPO MODELO TIM CELULAR TELMEX INTERNACIONAL FIAT AUTOMÓVEIS

MÉX MÉX BRA MÉX BRA

2.059,9 1.953,0 1.757,3 1.728,0 1.688,2

19,3 18,6 41,6 33,6 34,3

9 76 53 65 29

26 27 28 29 30

MRV LIQUIGÁS PDG REALTY CONTAX CEG

BRA BRA BRA BRA BRA

100,4 90,2 88,0 83,5 82,6

230,7 122,5 202,1 193,8 286,0

477 328 415 381 452

31 32 33 34 35

CLARO TELECOM EMBRATEL CPFL ENERGIA NEOENERGIA SABESP

BRA BRA BRA BRA BRA

1.670,1 1.613,8 1.594,6 1.592,3 1.551,8

43,3 54,8 28,5 42,5 102,9

69 80 81 113 117

31 32 33 34 35

SODIMAC PROFARMA ELETRONORTE EDELNOR GRUPO BIMBO

CHI BRA BRA CHI MÉX

82,6 79,6 76,7 71,6 70,6

138,9 59,8 658,7 341,4 1.212,1

221 319 239 466 48

36 37 38 39 40

GERDAU GRUPO TELEVISA AUTOR. DEL CANAL DE PANAMÁ COCA-COLA FEMSA COMCEL

BRA MÉX PAN MÉX COL

1.551,3 1.537,3 1.529,3 1.511,2 1.422,4

-63,4 9,4 1,7 22,1 20,0

18 112 236 61 164

36 37 38 39 40

NET BRASIL M. DIAS BRANCO ALICORP LOJAS AMERICANAS ULTRAPAR

BRA BRA PER BRA BRA

70,2 70,1 68,3 67,1 67,0

713,4 271,0 185,0 581,9 777,9

181 360 371 99 8

41 42 43 44 45

LOS PELAMBRES GRUPO ARGOS BRASKEM MINERA YANACOCHA CANTV

CHI COL BRA PER VEN

1.363,0 1.350,0 1.349,0 1.332,0 1.298,7

-4,5 12,5 28,2 50,8 162,9

231 281 51 226 88

41 42 43 44 45

ENTEL PCS AMBEV MINERVA TELEMAR NATURA

CHI BRA BRA BRA BRA

66,2 63,2 62,0 61,8 59,9

568,0 6.313,9 106,3 4.200,9 579,2

361 22 315 14 189

46 47 48 49 50

TRACTEBEL SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. GRUPO BIMBO MINERA CERRO VERDE PETROBRAS DISTRIBUIDORA

BRA PER MÉX PER BRA

1.250,7 1.233,8 1.212,1 1.198,3 1.163,8

34,1 -23,4 70,6 1,1 41,9

234 209 48 272 5

46 47 48 49 50

GVT HOLDING LOJAS RENNER B2W – CIA. GLOB. DO VAREJO SOUZA CRUZ ANDRADE GUT. CONCESSÕES

BRA BRA BRA BRA BRA

59,6 59,5 58,6 57,1 56,0

327,1 205,0 244,4 1.163,5 489,8

467 357 217 136 390

1 2 3 4 5

120 AméricaEconomia Julho, 2010


EMPRESA

EMPREVAR. RK PAÍS GADOS ABSOLUTA 2009 2009 09/08

EMPRESA

PAÍS

EMPREGA- RK DOS 2009 2009

WAL-MART DE MÉXICO PEMEX FEMSA BRASIL FOODS (BRF) CORREIOS E TELÉGRAFOS

MÉX MÉX MÉX BRA BRA

176.463 153.404 127.179 114.059 108.614

9 2 20 41 73

6 7 8 9 10

GRUPO BIMBO CENCOSUD ODEBRECHT CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD

MÉX CHI BRA BRA MÉX

102.000 101.132 87.662 85.244 83.000

48 36 10 21 15

11 12 13 14 15

TELÉFONOS DE MÉXICO GRUPO CARSO CONTAX PDVSA PETROBRAS

MÉX MÉX BRA VEN BRA

82.000 82.000 78.200 78.000 76.919

43 93 381 3 1

237 20 120 381 82 102 404 1 17 40

16 17 18 19 20

WALMART NORBERTO ODEBRECHT CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT COCA-COLA FEMSA FALABELLA

BRA BRA BRA MÉX CHI

71.000 69.801 69.801 69.000 67.465

33 35 166 61 67

21 22 23 24 25

BODEGA AURRERA CEMEX CARREFOUR GRUPO VOTORANTIM DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS (1)

MÉX MÉX BRA BRA MÉX

66.126 66.000 66.000 65.000 60.500

63 19 24 16 158

2.207 2.121 2.071 2.000 1.963 1.861 1.772 1.765 1.731 1.609

414 6 380 43 133 416 129 437 247 387

26 27 28 29 30

VALE GRUPO CAMARGO CORRÊA JBS–FRIBOI AMÉRICA MÓVIL GRUPO ALFA

BRA BRA BRA MÉX MÉX

60.036 60.000 55.361 55.000 52.000

7 45 11 6 50

31 32 33 34 35

ALMACENES COPPEL PEMEX REFINACIÓN TECHINT GRUPO SALINAS MC DONALD’S

MÉX MÉX ARG MÉX BRA

52.000 49.000 48.895 48.000 48.000

152 4 13 102 321

1.500 1.390 1.327 1.150 1.047 1.039 1.008 1.003 988 969 960 935 900 879 825

212 14 213 467 127 136 50 330 15 196 269 61 4 139 462

36 37 38 39 40

WAL-MART SUPERCENTER MARFRIG AMBEV ORGANIZACIÓN SORIANA COCA-COLA

MÉX BRA BRA MÉX BRA

47.531 46.984 45.500 45.000 44.000

84 87 22 70 39

41 42 43 44 45

COSAN GERDAU COMERCIAL MEXICANA GRUPO BAL (1) VULCABRAS

BRA BRA MÉX MÉX BRA

43.000 41.000 41.000 40.000 40.000

62 18 106 54 488

46 47 48 49 50

GRUPO MODELO GRUPO SANBORNS GRUPO ELEKTRA GRUPO XIGNUX D&S

MÉX MÉX MÉX MÉX CHI

39.000 39.000 38.000 35.500 35.000

76 184 139 220 103

BRASIL FOODS (BRF) GRUPO BIMBO MC DONALD’S CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR PEMEX

BRA MÉX BRA BRA MÉX

114.059 102.000 48.000 85.244 153.404

56.059 20.680 14.600 14.588 9.983

41 48 321 21 2

6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

MARFRIG WAL-MART DE MÉXICO NET BRASIL SENDAS DISTRIBUIDORA AMBEV BODEGA AURRERA COCA-COLA VULCABRAS CENCOSUD GRUPO VOTORANTIM

BRA MÉX BRA BRA BRA MÉX BRA BRA CHI BRA

46.984 176.463 14.493 12.000 45.500 66.126 44.000 40.000 101.132 65.000

7.984 6.449 6.342 6.276 6.200 6.088 6.000 5.300 5.132 5.000

87 9 181 251 22 63 39 488 36 16

16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

PIRELLI FEMSA WHIRLPOOL CONTAX EXTRA GRUPO SALINAS HYPERMARCAS PETROBRAS ELETROBRAS VIVO

BRA MÉX BRA BRA BRA MÉX BRA BRA BRA BRA

11.000 127.179 15.784 78.200 29.914 48.000 6.672 76.919 25.809 10.598

5.000 4.198 3.784 3.700 3.622 3.000 2.703 2.679 2.287 2.212

26 27 28 29 30 31 32 33 34 35

GALVÃO ENGENHARIA AMÉRICA MÓVIL POSITIVO INFORMÁTICA TELÉFONOS DE MÉXICO GOL ASSAI ITAIPU BINACIONAL CMPC TISSUE NOKIA RHODIA

BRA MÉX BRA MÉX BRA BRA BR/P CHI BRA BRA

5.202 55.000 5.871 82.000 17.963 6.532 3.272 6.451 10.288 2.809

36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

ARCOR TELEMAR SIGMA GVT HOLDING LAN SOUZA CRUZ GRUPO ALFA AURORA ALIMENTOS COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD AEROMÉXICO (CINTRA) INDUSTRIAS BACHOCO COCA-COLA FEMSA PEMEX REFINACIÓN GRUPO ELEKTRA DROGASIL

ARG BRA MÉX BRA CHI BRA MÉX BRA MÉX MÉX MÉX MÉX MÉX MÉX BRA

21.500 12.372 28.227 5.238 16.844 7.039 52.000 13.003 83.000 22.000 24.000 69.000 49.000 38.000 6.102

1 2 3 4 5

SUBRK 2009

AS MAIORES EMPREGADORAS

AS QUE MAIS CONTRATARAM

SUBRK 2009

1 2 3 4 5

(1) Estimativa

Julho, 2010 AméricaEconomia 121


SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

VAR. PAT. PATRIM. LÍQ. RK 09/08 2009 US$ 2009 (%) MILHÕES

1 2 3 4 5

RENAULT REF. ALBERTO PASQUALINI (REFAP) VRG – LINHAS AÉREAS AMAZONAS ENERGIA BRASIL FOODS (BRF)

BRA BRA BRA BRA BRA

888,1 669,7 408,0 339,5 328,9

592,9 765,2 1.521,6 1.252,8 7.543,4

173 92 132 493 41

6 7 8 9 10

JBS–FRIBOI TAM YARA BRASIL FIBRIA SEARA

BRA BRA BRA BRA BRA

266,0 249,2 231,0 225,3 210,1

9.607,2 938,7 288,0 5.751,8 562,7

11 86 397 131 294

11 12 13 14 15

PANPHARMA GOL EDELNOR MINERA VALPARAÍSO PDG REALTY

BRA BRA CHI CHI BRA

196,2 185,7 184,3 169,0 167,3

478,6 1.631,3 1.329,6 6.787,7 1.689,0

238 133 466 398 415

16 17 18 19 20

CONST. E COM. CAMARGO CORRÊA ROSSI RESIDENCIAL CCR RODOVIAS HYPERMARCAS BRASIL TELECOM

BRA BRA BRA BRA BRA

156,5 147,5 144,7 140,7 138,6

1.708,3 1.311,4 1.652,9 1.974,1 6.372,0

168 499 270 404 78

21 22 23 24 25

GALVÃO ENGENHARIA DUPONT MINERVA ELETRONORTE NATURA

BRA BRA BRA BRA BRA

130,4 129,0 125,1 122,0 119,0

253,0 652,0 302,5 5.877,6 654,6

26 27 28 29 30

MOVISTAR BROOKFIELD GASPETRO MRV MARFRIG

CHI BRA BRA BRA BRA

117,0 114,2 111,7 107,0 105,7

31 32 33 34 35

ALL AMÉRICA LATINA GERDAU COMERCIAL DE AÇOS CARGILL GRUPO SCHINCARIOL GRUPO ARGOS

BRA BRA BRA BRA COL

36 37 38 39 40

GAFISA DELTA CONSTRUÇÕES ELECTROLUX DO BRASIL GLOBO COMUNIC. E PARTICIPAÇÕES SPAL

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

SUBRK 2009

EMPRESA

1 2 3 4 5

INFRA. Y TRANSPORTES MÉXICO PEMEX PEMEX REFINACIÓN ASARCO SENDAS DISTRIBUIDORA

MÉX MÉX MÉX MÉX BRA

-485,0 -365,9 -180,2 -115,5 -100,8

1.378,3 -5.148,7 911,0 367,2 0,1

484 2 4 403 251

6 7 8 9 10

AUTOR. DEL CANAL DE PANAMÁ GRUPO VITRO UNIPAR SAMARCO MINERAÇÃO GRUPO ICE (1)

PAN MÉX BRA BRA C.RI

-88,1 -64,0 -54,9 -54,8 -53,6

517,1 44,4 199,4 114,8 2.337,7

236 258 161 291 264

11 12 13 14 15

CARBONES DEL CERREJÓN SUDAMERICANA DE VAPORES TELEFÓNICA CHILE CAMARGO CORRÊA CIMENTOS EMPRESAS NAVIERAS

COL CHI CHI BRA CHI

-37,6 -29,1 -25,2 -21,4 -19,6

810,4 591,4 1.132,2 1.029,4 123,2

300 154 355 306 486

16 17 18 19 20

YPF MOVISTAR CAP MOLINOS RÍO DE LA PLATA VOLKSWAGEN

ARG PER CHI ARG BRA

-16,0 -11,1 -9,6 -7,2 -7,2

4.929,8 314,3 950,3 312,9 1.590,5

46 383 349 224 26

414 350 315 239 189

21 22 23 24 25

SIVENSA FASA PAMPA ENERGÍA TELEFÓNICA COLOMBIA SALFACORP

VEN CHI ARG COL CHI

-6,9 -6,3 -5,9 -5,7 -4,3

1.300,7 112,3 871,2 2.084,0 347,9

459 289 440 249 424

1.616,2 1.388,3 3.722,6 1.374,3 2.403,1

313 447 230 477 87

26 27 28 29 30

TELEFÓNICA DEL PERÚ GRUPO TELEVISA COM. FEDERAL DE ELECTRICIDAD PETROBRAS ENERGÍA UCP BACKUS & JOHNSTON

PER MÉX MÉX ARG PER

-3,9 -3,9 -3,1 -2,9 -2,7

1.230,8 2.921,3 29.247,4 2.503,7 619,1

186 112 15 148 494

105,3 103,1 101,4 100,3 98,9

2.191,7 595,2 246,1 922,6 4.800,5

339 302 42 310 281

BRA BRA BRA BRA BRA

93,6 92,4 87,1 85,1 84,4

1.335,7 473,6 294,6 2.651,8 663,0

276 421 253 96 278

COLLAHUASI COSAN ENERGISA NET BRASIL ESCONDIDA

CHI BRA BRA BRA CHI

82,1 78,7 78,2 78,1 77,2

3.027,2 2.825,9 461,1 2.014,4 5.568,6

143 62 454 181 66

ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES MAGAZINE LUIZA ALESAT COMBUSTÍVEIS LOJAS AMERICANAS BRASKEM

BRA BRA BRA BRA BRA

74,7 74,2 73,3 73,3 73,0

601,6 126,8 73,5 218,3 2.723,4

390 290 116 99 51

122 AméricaEconomia Julho, 2010

AS QUE MAIS SE DESCAPITALIZARAM

AS QUE MAIS SE CAPITALIZARAM

As 500 e seus balanços

VAR. PATRIM. LÍQ. RK PAÍS PATRIM. 2009 US$ 2009 09/08 (%) MILHÕES

PERDA DE PATRIMÔNIO Distribuição, por país, das empresas que mais se descapitalizaram FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELL GENCE

PANAMÁ 3%

PERU 10% VENEZUELA 3%

MÉXICO 24%

ARGENTINA 13%

COLÔMBIA 7%

BRASIL 17% CHILE 20% COSTA RICA 3%


EMPRESA

PAÍS

ATIVO FIXO RK 2009 US$ 2009 MILHÕES

AS MAIORES POR ATIVOS TOTAIS

AS MAIORES POR ATIVOS FIXOS

SUBRK 2009

SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

ATIVO TOTAL RK 2009 US$ 2009 MILHÕES

PETROBRAS PEMEX VALE ELETROBRAS COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD

BRA MÉX BRA BRA MÉX

198.488,0 102.606,8 100.929,9 76.853,1 61.693,8

1 2 7 17 15

6 7 8 9 10

GRUPO VOTORANTIM CEMEX PEMEX REFINACIÓN TELEMAR AMÉRICA MÓVIL

BRA MÉX MÉX BRA MÉX

55.649,4 44.565,3 38.108,6 34.990,3 34.671,0

16 19 4 14 6

11 12 13 14 15

ODEBRECHT TECHINT ECOPETROL ENERSIS GERDAU

BRA ARG COL CHI BRA

26.545,9 26.539,0 26.267,6 26.084,8 25.604,9

10 13 12 28 18

16 17 18 19 20

JBS–FRIBOI AMBEV ITAIPU BINACIONAL CSN CEMIG

BRA BRA BR/PA BRA BRA

24.402,2 23.030,7 19.724,2 16.751,2 16.578,4

11 22 129 74 71

27 71 128 75 100

21 22 23 24 25

FIBRIA FEMSA CODELCO EMPRESAS COPEC GRUPO CAMARGO CORRÊA

BRA MÉX CHI CHI BRA

16.266,8 16.155,8 16.039,1 15.600,2 14.824,8

131 20 27 38 45

8.485,8 8.300,0 8.110,7 7.562,2 7.507,6

239 43 309 55 46

26 27 28 29 30

USIMINAS BRASIL FOODS (BRF) GRUPO ARCELORMITTAL TELÉFONOS DE MÉXICO TENARIS

BRA BRA BRA MÉX ARG

14.787,1 14.768,2 14.412,8 13.650,4 13.483,3

75 41 56 43 55

BRA BRA BRA BRA MÉX

7.232,1 7.168,1 6.915,9 6.867,9 6.819,9

41 51 40 74 9

31 32 33 34 35

ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES TELMEX INTERNACIONAL BRASIL TELECOM BRASKEM VIVO

BRA MÉX BRA BRA BRA

13.421,8 13.340,1 13.069,2 12.695,3 12.644,8

58 65 78 51 40

EMPRESAS COPEC EMBRATEL TELESP GASPETRO TELMEX INTERNACIONAL

CHI BRA BRA BRA MÉX

6.626,2 6.602,6 6.587,0 6.052,9 5.885,8

38 80 44 230 65

36 37 38 39 40

SABESP CMPC PAPELES Y CARTONES ENDESA EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN TELESP

BRA CHI CHI COL BRA

12.385,3 12.263,9 12.182,0 11.860,2 11.751,3

117 147 100 218 44

41 42 43 44 45

CPFL ENERGIA TIM CELULAR GRUPO ARCELORMITTAL NEOENERGIA FEMSA

BRA BRA BRA BRA MÉX

5.835,9 5.702,1 5.629,7 5.523,1 5.363,1

81 53 56 113 20

41 42 43 44 45

ARAUCO FURNAS CHESF – HIDRO. DO SÃO FRANCISCO YPF CLARO TELECOM

CHI BRA BRA ARG BRA

11.415,8 11.409,8 10.880,7 10.517,8 10.438,6

150 128 188 46 69

46 47 48 49 50

CMPC PAPELES Y CARTONES ARAUCO ESCONDIDA BRASIL TELECOM ANTOFAGASTA PLC

CHI CHI CHI BRA CHI

5.181,6 4.969,8 4.940,9 4.922,6 4.873,2

147 150 66 78 157

46 47 48 49 50

CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR ELETRONORTE TERNIUM PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA WAL-MART DE MÉXICO

BRA BRA ARG MÉX MÉX

10.345,0 10.318,5 10.292,7 10.256,0 10.189,8

21 239 94 23 9

PETROBRAS VALE PEMEX COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD ELETROBRAS

BRA BRA MÉX MÉX BRA

139.302,3 74.590,6 74.533,6 49.893,6 44.903,3

1 7 2 15 17

6 7 8 9 10

ECOPETROL CEMEX TELEMAR ITAIPU BINACIONAL AMÉRICA MÓVIL

COL MÉX BRA BR/PA MÉX

22.182,9 20.142,1 19.584,7 17.400,5 16.608,7

12 19 14 129 6

11 12 13 14 15

GERDAU JBS–FRIBOI AMBEV PEMEX REFINACIÓN ENERSIS

BRA BRA BRA MÉX CHI

15.717,8 15.018,3 14.977,9 14.364,0 13.553,8

18 11 22 4 28

16 17 18 19 20

GRUPO VOTORANTIM FIBRIA ODEBRECHT SABESP CHESF – HIDRO. DO SÃO FRANCISCO

BRA BRA BRA BRA BRA

13.444,3 11.526,2 9.915,0 9.757,2 9.382,4

16 131 10 117 188

21 22 23 24 25

CODELCO CEMIG FURNAS USIMINAS ENDESA

CHI BRA BRA BRA CHI

9.204,2 8.959,5 8.958,6 8.618,0 8.544,1

26 27 28 29 30

ELETRONORTE TELÉFONOS DE MÉXICO CESP TENARIS YPF

BRA MÉX BRA ARG ARG

31 32 33 34 35

BRASIL FOODS (BRF) BRASKEM VIVO CSN WAL-MART DE MÉXICO

36 37 38 39 40

1 2 3 4 5

1 2 3 4 5

Julho, 2010 AméricaEconomia 123


As 500 e seus balanços

20 21 22 23 24 25

EDITORA ABRIL MAGAZINE LUIZA GRUPO ABRIL CPFL PIRATININGA FIAT AUTOMÓVEIS TAM

BRA BRA BRA BRA BRA BRA

88,7 88,1 88,1 88,1 87,8 87,6

413 290 271 426 29 86

26 27 28 29 30

ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES ALESAT COMBUSTÍVEIS QUATTOR TELEMAR FASA

BRA BRA BRA BRA CHI

87,5 87,1 87,1 86,9 84,3

58 116 176 14 289

31 32 33 34 35

HERINGER FERTILIZANTES GRUPO MASECA CSN LAN NOVARTIS

BRA MÉX BRA CHI BRA

82,6 82,5 81,1 80,8 80,6

260 118 74 127 456

36 37 38 39 40

EMPRESAS NAVIERAS AURORA ALIMENTOS NORBERTO ODEBRECHT BRASKEM TELÉFONOS DE MÉXICO

CHI BRA BRA BRA MÉX

80,2 80,1 79,4 78,5 78,5

486 330 35 51 43

41 42 43 44 45

EQUATORIAL AES TIETÊ PERNAMBUCANAS AVIANCA ENERGISA

BRA BRA BRA COL BRA

77,9 77,7 77,6 77,6 77,6

334 470 265 279 454

46 47 48 49 50

VOLKSWAGEN MOSAIC REFINARIA ALBERTO PASQUALINI (REFAP) LOCALIZA UNIPAR

BRA BRA BRA BRA BRA

77,5 76,7 76,4 76,3 75,5

26 301 92 445 161

10.629,1 8.629,2

42 217 362 175

GERDAU

89,7 89,4 88,9 88,7

12.645,0 7.393,3

BRA BRA MÉX BRA

AMBEV

CARGILL B2W – CIA. GLOBAL DO VAREJO SEARS (1) CPFL – CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ

13.560,0 10.370,3

16 17 18 19

AMÉRICA MÓVIL

10 64 236 318 162

15.608,6 10.239,8

94,1 92,0 90,5 90,4 90,3

GRUPO VOTORANTIM

BRA CHI PAN PER BRA

16.368,9 13.785,8

ODEBRECHT ENAP AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ IFH PERÚ – GRUPO INTERBANK REDE ENERGIA

30.000 20.000

CEMEX

11 12 13 14 15

50.000 40.000

26.267,6 15.431,0

460 258 4 291 99

70.000 60.000

10.000 0 ECOPETROL

99,2 98,2 97,6 96,0 94,4

80.000

29.247,4 36.636,0

BRA MÉX MÉX BRA BRA

Patrimônio Líq. 2009 Patrimônio Líq. 2008

90.000

COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD

CPFL BRASIL GRUPO VITRO PEMEX REFINACIÓN SAMARCO MINERAÇÃO LOJAS AMERICANAS

100.000

43.700,8 36.636,0

6 7 8 9 10

FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELL GENCE

ELETROBRAS

2 251 129 422 126

54.983,3

105,0 100,0 99,5 99,4 99,3

41.195,8

MÉX BRA BR/PA PER BRA

VALE

PEMEX SENDAS DISTRIBUIDORA ITAIPU BINACIONAL PERUPETRO LA FONTE PARTICIPAÇÕES

91.583,2

1 2 3 4 5

As 10 maiores por patrimônio, cifras em US$ milhões

59.206,4

EMPRESA

124 AméricaEconomia Julho, 2010

PASSIVO/ RK PAÍS ATIVO 2009 2009 (%)

PETROBRAS

AS COM MAIOR ENDIVIDAMENTO

AS EMPRESAS MAIS RICAS SUBRK 2009

PODER DOS ATIVOS As 10 maiores em ativos fixos, cifras em US$ milhões FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELL GENCE

PETROBRAS

139.302,3

VALE

74.590,6

PEMEX COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD ELETROBRAS

74.533,6 49.893,6 44.903,3

ECOPETROL

22.182,9

CEMEX

20.142,1

TELMEX

19.584,7

ITAIPU BINACIONAL

17.400,5

AMÉRICA MÓVIL

16.608,7 0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000 120.000 140.000 160.000

NOVAMENTE... BRASIL Distribuição, por país, das empresas que mais se capitalizaram FONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELLIGENCE

CHILE 10%

Aumento patrimonial US$ 18,32 bilhões COLÔMBIA 2%

Aumento patrimonial US$ 4,8 bilhões

BRASIL 88%

Aumento patrimonial US$ 80,68 bilhões


Por liquidez

Ajuste de motor A GESTÃO DA LIQUIDEZ – TRANSFORMAR AS TRANSAÇÕES DA EMPRESA EM DINHEIRO VIVO – FOI UM DOS PRINCIPAIS DESAFIOS DURANTE O ANO DE 2009

A

liquidez costuma ser a parte menos sexy do negócio: não gera capas de revista nem manchetes elogiosas nos jornais, mas pode levar uma empresa à bancarrota. A gestão eficiente do estoque, dos processos de cobrança e do fluxo de caixa torna-se especialmente relevante em tempos de recessão. A Gaspetro, companhia de gás da Petrobras, e a Unipar, conglomerado petroquímico brasileiro, estão entre as mais severas na hora de cobrar: a primeira demora, em média, 5,2 dias para liquidar o que lhe é devido, e a segunda, uma ultraeficiente média de 2,5 dias. Isso significa que elas têm níveis de cobrança semelhantes aos do comércio varejista, no qual a transação mais comum ocorre de forma imediata. O tempo de cobrança não é o único fator para medir o desempenho das empresas. A redução desse período é um bom indicador para calcular os esforços que uma empresa faz para transformar rapidamente suas vendas em dinheiro. Nesse quesito, a Brookfield, empresa brasileira de investimento em ativos imobiliários, foi a mais bem-sucedida em 2009. Ainda que seu período de cobrança seja de 176 dias, conseguiu reduzi-lo em quase 182 dias. O Grupo Elektra, cadeia mexicana de lojas de eletrodomésticos pertencente ao Grupo Salinas, também conseguiu reduzir em quase 171 dias seu período de cobrança. Atualmente, leva apenas 28,7 dias para “fazer caixa”. Outro aspecto-chave é o manejo dos estoques. Não é bom para nenhuma

empresa ver seus armazéns cheios. O aumento do estoque foi, por exemplo, um dos problemas que afetaram a indústria de petróleo. Como os níveis de produção se mantiveram relativamente estáveis, mas a demanda nos grandes mercados desenvolvidos baixou, os estoques se acumularam. E isso significou uma pressão para a queda dos preços. Por isso, no ranking das empresas que

sibilidade de cumprimento dos compromissos que uma empresa tem com seus credores. A razão de 1 é considerada boa, já que significa que, para cada dólar devido por uma companhia, esta tem um dólar líquido (quer dizer, na mão) para pagar de forma imediata. Uma razão de 0,89, como a que tem a empresa varejista argentina Patagonia, significa que ela tem 89 centavos à mão para pa-

AS EFICIENTES As 10 empresas com melhor liquidez corrente, cifras em US$ milhões Ativos Ci culantes

FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE

Passivos Circulantes

GOL

1.381,9

1.354,9

EMBRATEL

2.374,8

2.329,4

CLARO TELECOM

3.003,2

2.951,3

GRUPO CLARÍN

467,9

462,6

1.809,2

1.794,6

COCA-COLA FEMSA CGE

886,8

889,9

TELMEX

2.922,4

2.942,0

ELETROPAULO

2.091,6

2.112,6

VIVO

3.918,5

3.981,8

628,9

ELEKTRA 0%

10%

20%

643,0 30%

mais cresceram em movimentação de estoque (quer dizer, que mais tiveram movimentação em seus produtos) há somente uma petrolífera: a mexicana Pemex. A estatal teve uma queda em sua produção em 2009, o que contribuiu para reduzir o acúmulo de estoque. Um último aspecto crucial é a liquidez corrente, que permite avaliar a pos-

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

gar por cada dólar que deve. Já a Varig tem uma razão de 1,11, o que significa que pode cumprir tranquilamente seus compromissos de curto prazo. Contudo, se a razão da liquidez corrente é muito alta, isso é um sinal de ineficiência, já que implica que a empresa não está usando o dinheiro em circulação que lhe sobra para outros fins.

Julho, 2010 AméricaEconomia 125


SUBRK 2009

EMPRESA

PERÍODO DE REDUC. DIAS RK PAÍS COBRANÇA COBRANÇA 2009 2009 08/07

IMOBILIZAÇÃO REDUÇÃO RK PAÍS DE INVENTÁRIO DIAS DE IMOB. 2009 2009 INVENT. 09/08 BRA CHI BRA BRA BRA

10,2 18,0 18,7 18,8 33,4

10,2 9,7 8,6 7,8 7,8

8 401 26 30 397

6 7 8 9 10

NORBERTO ODEBRECHT BUNGE FERTILIZANTES CARGILL DOUX CONFAB

BRA BRA BRA BRA BRA

18,0 36,8 27,0 34,3 46,9

7,7 7,6 5,8 5,7 5,2

35 153 42 472 385

11 12 13 14 15

PEMEX FOSFÉRTIL LOS PELAMBRES MOSAIC COAMO

MÉX BRA CHI BRA BRA

23,7 56,5 29,0 55,8 81,8

4,9 4,9 4,5 4,0 4,0

2 343 231 301 191

16 17 18 19 20

ELECTROLUX DO BRASIL INFRA. Y TRANS. MÉXICO ALUNORTE QUATTOR RENAULT

BRA MÉX BRA BRA BRA

32,4 12,5 41,8 44,2 38,0

4,0 3,9 3,9 3,8 3,7

253 484 298 176 173

21 22 23 24 25

WHIRLPOOL COSAN CAMARGO CORRÊA CIMENTOS ANGLO AMERICAN SUR CONST. N. ODEBRECHT

BRA BRA BRA CHI BRA

48,4 59,6 51,8 30,7 19,9

3,6 3,6 3,4 3,3 3,3

120 62 306 280 166

26 27 28 29 30

SIVENSA D&S GRUPO BIMBO GRUPO BERTIN (AGORA JBS) FIAT AUTOMÓVEIS

VEN CHI MÉX BRA BRA

38,9 31,7 19,5 47,2 20,1

3,2 3,0 2,8 2,8 2,4

459 103 48 107 29

31 32 33 34 35

SAMARCO MINERAÇÃO CARAMURU DOW BRASIL VULCABRAS MINERVA

BRA BRA BRA BRA BRA

48,3 44,7 46,1 51,7 45,6

2,2 2,2 2,1 2,0 2,0

291 418 252 488 315

273 306 278 204 380

36 37 38 39 40

SUZANO PAPEL E CELULOSE KRAFT FOODS ALPARGATAS GRUPO ARCELOR MITTAL SIGDO KOPPERS

BRA BRA BRA BRA CHI

71,6 49,2 68,3 77,2 55,2

2,0 2,0 2,0 1,9 1,9

204 338 410 56 333

13,2 13,0 12,3 11,9 11,0

467 26 281 401 190

41 42 43 44 45

VOTORANTIM CIMENTOS ALMACENES ÉXITO CBA MARFRIG UCP BACKUS & JOHNSTON

BRA COL BRA BRA PER

58,7 53,8 64,1 75,5 104,1

1,9 1,8 1,8 1,7 1,7

108 130 373 87 494

11,0 10,8 10,4 10,1 10,0

496 313 101 112 290

46 47 48 49 50

BRA BAYER ARG PETROBRAS ENERGÍA BRA FIBRIA BRA AMBEV GERDAU COMERCIAL DE AÇOS BRA

74,6 41,1 67,4 69,4 67,7

1,6 1,6 1,6 1,6 1,5

229 148 131 22 302

BRA MÉX BRA BRA BRA

176,1 28,7 5,2 21,3 85,4

181,7 170,9 80,8 78,5 65,5

447 139 230 195 421

6 7 8 9 10

CICSA CONSTR. ANDRADE GUTIERREZ GALVÃO ENGENHARIA UNIPAR ENAMI

MÉX BRA BRA BRA CHI

84,4 85,6 58,4 2,5 20,5

63,4 53,3 52,2 47,4 44,5

433 135 414 161 367

11 12 13 14 15

AMAZONAS ENERGIA INFRAERO ANDRADE GUTIERREZ PART. TIM CELULAR MAGNESITA SA

BRA BRA BRA BRA BRA

124,1 70,6 71,9 62,4 80,4

36,4 35,2 34,1 31,6 30,3

493 341 58 53 429

16 17 18 19 20

ANDRADE GUTIERREZ CON. COSAN CELESC VOTORANTIM CIMENTOS QUATTOR

BRA BRA BRA BRA BRA

40,1 13,8 86,3 32,8 32,6

29,0 24,6 24,6 21,3 21,2

390 62 222 108 176

21 22 23 24 25

MARFRIG COPASA GAFISA ALPARGATAS GRUPO NAC. DE CHOCOLATES

BRA BRA BRA BRA COL

37,0 44,5 239,2 74,7 40,1

21,2 20,5 20,3 19,1 18,9

87 250 276 410 206

26 27 28 29 30

AMPLA B2W – CIA. GLOBAL DO VAREJO DOUX VRG – LINHAS AÉREAS FALABELLA PERÚ

BRA BRA BRA BRA PER

107,3 40,6 50,3 31,2 100,5

18,8 18,7 18,1 17,6 16,9

299 217 472 132 409

31 32 33 34 35

CONSTRUC. QUEIROZ GALVÃO PAMPA ENERGÍA PANPHARMA BUNGE ALIMENTOS LA FONTE PARTICIPAÇÕES

BRA ARG BRA BRA BRA

86,6 51,0 41,8 13,1 68,4

16,9 16,9 16,5 16,5 16,0

211 440 238 30 126

36 37 38 39 40

RIPLEY CAMARGO CORRÊA CIMENTOS SPAL SUZANO PAPEL E CELULOSE POSITIVO INFORMÁTICA

CHI BRA BRA BRA BRA

79,2 23,1 27,7 56,6 68,0

15,2 13,8 13,6 13,4 13,3

41 42 43 44 45

GVT HOLDING VOLKSWAGEN GRUPO ARGOS ANGLO AMERICAN NORTE WEG

BRA BRA COL CHI BRA

93,2 13,7 78,5 67,1 77,8

46 47 48 49 50

ROCHE MOVISTAR ELETROPAULO GRUPO TELEVISA MAGAZINE LUIZA

BRA CHI BRA MÉX BRA

53,2 62,6 88,0 126,5 65,2

126 AméricaEconomia Julho, 2010

EMPRESA ULTRAPAR ANGLO AMERICAN NORTE VOLKSWAGEN BUNGE ALIMENTOS YARA BRASIL

BROOKFIELD GRUPO ELEKTRA GASPETRO PONTO FRIO – GLOBEX DELTA CONSTRUÇÕES

1 2 3 4 5

SUBRK 2009

AS QUE MAIS AUMENTARAM SUA ROTAÇÃO DE INVENTÁRIO

AS QUE MAIS AUMENTARAM SUA ROTAÇÃO DE CARTEIRA

Por liquidez

1 2 3 4 5


AS COM MELHOR LIQUIDEZ

SETOR

LIQUIDEZ LIQUIDEZ ATIVO CIRC. OU PASSIVO CIRC. OU ATIVO CIRC. OU PASSIVO CIRC. OU RK CORRENTE 2009 CORRENTE 2008 CORRENTE 2009 CORRENTE 2009 CORRENTE 2008 CORRENTE 2008 2009 US$ MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES

EMPRESA

PAÍS

PATAGONIA MOSAIC BANDEIRANTE ENERGIA SUDAMER. DE VAPORES QUATTOR

ARG BRA BRA CHI BRA

COMÉRCIO QUÍMICO/FARMACÊUTICO ENERGIA ELÉTRICA TRANSPORTE/LOGÍSTICA PETROQUÍMICO

0,89 0,89 0,89 0,91 0,92

0,92 1,02 0,83 1,37 1,22

146,4 501,6 665,5 791,0 1.168,5

165,3 564,3 745,3 872,7 1.276,0

149,2 995,5 345,2 815,7 1.030,2

162,7 977,6 415,7 596,7 844,7

432 301 396 154 176

TELEFÓNICA CHILE GERDAU AÇOS LONGOS TELESP LAN CPFL ENERGIA

CHI BRA BRA CHI BRA

TELECOMUNICAÇÕES SIDERURGIA/METALURGIA TELECOMUNICAÇÕES TRANSPORTE/LOGÍSTICA ENERGIA ELÉTRICA

0,92 0,92 0,92 0,92 0,93

0,94 0,84 1,10 0,69 0,88

571,9 1.410,6 4.047,9 1.409,0 2.437,6

623,8 1.533,3 4.396,1 1.523,3 2.633,3

578,5 1.133,3 2.764,2 1.077,2 1.588,4

618,2 1.341,7 2.501,9 1.551,5 1.815,1

355 109 44 127 81

EMPRESAS NAVIERAS ALMACENES ÉXITO EMPRESAS BANMÉDICA PONTO FRIO – GLOBEX ALCOA

CHI COL CHI BRA BRA

TRANSPORTE/LOGÍSTICA COMÉRCIO SERVIÇOS DE SAÚDE COMÉRCIO SIDERURGIA/METALURGIA

0,93 0,94 0,94 0,94 0,95

1,15 0,84 0,80 1,28 -

227,0 825,5 275,8 813,3 470,7

244,9 880,3 293,4 862,7 496,4

243,0 717,9 183,2 806,3 N.D.

210,8 854,6 229,2 631,3 N.D.

486 130 374 195 420

ENDESA BRASKEM FIAT AUTOMÓVEIS AES TIETÊ TAM

CHI BRA BRA BRA BRA

ENERGIA ELÉTRICA PETROQUÍMICA AUTOMOBILÍSTICO/ AUTOPEÇAS ENERGIA ELÉTRICA TRANSPORTE/LOGÍSTICA

0,96 0,97 0,97 0,97 0,98

0,96 1,02 0,86 1,13 0,96

1.860,8 4.047,4 2.321,2 498,2 2.165,6

1.937,3 4.187,0 2.395,7 512,7 2.214,7

1.857,9 3.317,1 1.239,8 464,9 1.657,3

1.941,0 3.240,8 1.447,4 411,1 1.721,9

100 51 29 470 86

ELEKTRO VIVO ELETROPAULO TELMEX INTERNACIONAL CGE

BRA BRA BRA MÉX CHI

ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA

0,98 0,98 0,99 0,99 1,00

0,85 0,95 1,10 0,95 1,03

628,9 3.918,5 2.091,6 2.922,4 886,8

643,0 3.981,8 2.112,6 2.942,0 889,9

366,3 3.820,0 1.710,5 2.512,0 705,4

430,2 4.013,6 1.556,0 2.648,5 685,8

307 40 101 65 123

COCA-COLA FEMSA GRUPO CLARÍN CLARO TELECOM EMBRATEL GOL

MÉX ARG BRA BRA BRA

BEBIDAS MÍDIA TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES TRANSPORTE/LOGÍSTICA

1,01 1,01 1,02 1,02 1,02

0,85 0,93 0,65 0,89 0,62

1.809,2 467,9 3.003,2 2.374,8 1.381,9

1.794,6 462,6 2.951,3 2.329,4 1.354,9

1.300,1 484,3 1.969,0 1.668,5 666,1

1.532,2 519,2 3.030,5 1.866,3 1.070,9

61 274 69 80 133

GRUPO ARCELOR MITTAL ENAP GRUPO BIMBO CORREIOS E TELÉGRAFOS RIO GRANDE ENERGIA

BRA CHI MÉX BRA BRA

SIDERURGIA/METALURGIA PETRÓLEO/GÁS ALIMENTOS SERVIÇOS GERAIS ENERGIA ELÉTRICA

1,03 1,04 1,04 1,04 1,05

1,81 0,82 1,47 1,04 0,75

3.069,8 2.231,4 1.395,4 1.183,5 342,5

2.984,6 2.151,2 1.342,9 1.138,2 326,7

3.849,3 2.270,7 1.259,4 928,3 234,1

2.132,1 2.776,7 857,6 895,5 313,5

56 64 48 73 444

FALABELLA PERÚ NOVARTIS CHESF – H. DO SÃO FCO. ENTEL EMP. DE TEL. DE BOGOTÁ

PER BRA BRA CHI COL

COMÉRCIO QUÍMICO/FARMACÊUTICO ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES

1,05 1,05 1,06 1,06 1,07

0,87 1,25 1,07 1,40 -

597,2 338,3 1.038,0 634,6 388,0

567,7 320,8 982,1 599,1 361,8

619,3 286,3 877,3 639,2 N.D.

709,0 229,6 823,5 456,3 N.D.

409 456 188 241 446

CANTV FEMSA CEMIG TELEMAR DOW BRASIL

VEN MÉX BRA BRA BRA

TELECOMUNICAÇÕES BEBIDAS ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES PETROQUÍMICO

1,07 1,08 1,08 1,09 1,09

0,82 0,89 1,32 1,84 1,14

2.640,8 3.754,0 5.424,1 10.559,1 535,6

2.460,9 3.467,3 5.008,9 9.717,8 490,1

1.843,3 2.820,7 3.285,2 7.502,8 562,5

2.243,8 3.163,0 2.485,3 4.073,8 495,4

88 20 71 14 252

VOLKSWAGEN CENCOSUD ENDESA BRASIL W. MARTINS GASES IND. VRG – LINHAS AÉREAS

BRA CHI BRA BRA BRA

AUTOMOBILÍSTICO/ AUTOPEÇAS COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA PETROQUÍMICO TRANSPORTE/LOGÍSTICA

1,10 1,10 1,11 1,11 1,11

1,26 0,96 1,46 1,80 0,73

3.141,7 2.779,2 1.894,7 401,6 1.195,2

2.852,2 2.517,8 1.713,0 363,0 1.079,6

3.435,7 2.213,3 1.507,5 353,6 513,3

2.722,4 2.304,4 1.034,8 196,6 699,7

26 36 146 405 132

Julho, 2010 AméricaEconomia 127


As mais rentáveis

O

ditado diz que tudo depende de como se olha: o lado meio cheio de um copo ou o lado meio vazio. Ele cai como luva ao sem-fim de indicadores que existem para medir a eficiência e a rentabilidade de uma empresa. Por exemplo, comparar o retorno sobre ativos (ou seja, quão eficiente é uma empresa ao usar seus ativos para obter lucro, ou ROA, na sigla em inglês) de uma empresa de consultoria (que tem poucos ativos) com o de uma mineradora (que tem muitos ativos) é um exercício inútil. Mas, ao revisar os indicadores de rentabilidade do ranking relacionado a 2009, salta aos olhos o fato de que, em geral, todos eles ficaram mais baixos do que em 2008. Ou seja, a crise tirou eficiência das empresas. Em 2009, a mineradora Barrick Misquichilca, operação peruana da canadense Barrick Gold, manteve a liderança na margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Sua margem, de 79,5, significa que a empresa gastou US$ 20,5 em suas operações para gerar US$ 100 de receita. Um bom resultado, mas que, em 2008, foi melhor: 81,2. O mesmo acontece com o retorno sobre patrimônio (obtido ao dividir o lucro líquido pelo patrimônio dos acionistas, ou ROE na sigla em inglês), que mede a eficiência com que uma empresa pode converter as ações de seus investidores em lucro. Ainda que um ROE alto por si só não tenha um benefício imediato, uma empresa com ROE alto pode reinvestir mais lucro em suas operações, impulsionando o crescimento. Neste ano, o primeiro lugar, a Samarco Mineração, obteve um ROE de 737,8%. Mesmo sendo a líder, entretanto, seu resultado foi menor do que o do primeiro lugar do ranking anterior, da Itaipu Binacional, com 881,9%. De qualquer forma, o desempenho da Samarco é de destaque, já que a empresa ainda ficou em segundo lugar em retorno sobre vendas, além de estar entre as dez empresas da região com melhor retorno sobre empregados, na sexta posição. Já as empresas de commodities, como a mineradora chilena Escondida, pertencente ao gigante anglo-australiano BHP Billiton, e a refinadora brasileira Refap são líderes inegáveis no indicador retorno sobre empregados. De novo, entretanto, com resultados menores: em 2009, a Escondida registrou US$ 932 mil de lucro por empregado; em 2008, foi de US$ 1,2 milhão. Outro sinal de o quanto 2009 foi complexo para as empresas na região.

128 AméricaEconomia Julho, 2010

SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

1 2 3 4 5

BARRICK MISQUICHILCA GRUPO ARGOS AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ AES TIETÊ MINERA CERRO VERDE

PER COL PAN BRA PER

79,5 79,4 76,5 75,5 68,2

372 281 236 470 272

6 7 8 9 10

LOS PELAMBRES COLLAHUASI MINERA YANACOCHA TRACTEBEL CCR RODOVIAS

CHI CHI PER BRA BRA

67,3 66,6 64,1 62,3 61,7

231 143 226 234 270

11 12 13 14 15

SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. CESP TELCEL MINERA VALPARAÍSO GRUPO ISA

PER BRA MÉX CHI COL

55,5 55,1 55,1 53,5 52,7

209 309 34 398 293

16 17 18 19 20

ALL AMÉRICA LATINA ENDESA COMCEL CONECEL AMBEV

BRA CHI COL EQU BRA

52,2 50,4 49,3 48,9 47,4

339 100 164 408 22

21 22 23 24 25

SAMARCO MINERAÇÃO CODELCO GRUPO MÉXICO TELÉFONOS DE MÉXICO ALUMBRERA

BRA CHI MÉX MÉX ARG

45,1 45,0 44,6 43,9 43,2

291 27 95 43 375

26 27 28 29 30

TELEFÓNICA DEL PERÚ ENTEL PCS SQM MOVISTAR ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES

PER CHI CHI PER BRA

42,5 42,4 41,4 40,6 40,5

186 361 335 383 390

31 32 33 34 35

AMÉRICA MÓVIL SABESP ENTEL UCP BACKUS & JOHNSTON ENERSIS

MÉX BRA CHI PER CHI

40,3 40,1 40,1 40,1 40,0

6 117 241 494 28

36 37 38 39 40

CSN NEOENERGIA PEMEX VALE GRUPO TELEVISA

BRA BRA MÉX BRA MÉX

39,9 39,8 38,7 38,4 38,4

74 113 2 7 112

41 42 43 44 45

TELESP TELEFÓNICA CHILE LOCALIZA COELBA SOUZA CRUZ

BRA CHI BRA BRA BRA

37,0 36,1 35,6 35,0 35,0

44 355 445 244 136

46 47 48 49 50

EDELNOR CEMIG YPF GVT HOLDING TELEFÓNICA DE ARGENTINA

CHI BRA ARG BRA ARG

34,9 34,5 34,5 33,5 33,4

466 71 46 467 320

MARGEM EBITDA

Menos que antes

EBITDA COMO % RK 2009 DE VENDAS



SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

BAVARIA SAMARCO MINERAÇÃO AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ CTEEP BARRICK MISQUICHILCA COLLAHUASI LOS PELAMBRES CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO AES TIETÊ ESCONDIDA ANGLO AMERICAN SUR GRUPO BAVARIA MINERA CERRO VERDE EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN GASPETRO MINERA YANACOCHA MINERA VALPARAÍSO CANDELARIA TRACTEBEL MINERA EL ABRA SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. QUIÑENCO EMGESA CESP GRUPO ISA WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS EDELNOR ENDESA AMBEV SOUZA CRUZ ANGLO AMERICAN NORTE CBA ARCELOR MITTAL INOX COELBA CSN CARBONES DEL CERREJÓN NEOENERGIA SQM GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES ANTOFAGASTA PLC SUZANO PAPEL E CELULOSE ISAGEN VALE MRV COMCEL CCR RODOVIAS GERDAU AÇOS LONGOS SABESP COLBÚN AES GENER

COL BRA PAN BRA PER CHI CHI BRA BRA CHI CHI COL PER COL BRA PER CHI CHI BRA CHI PER CHI COL BRA COL BRA CHI CHI BRA BRA CHI BRA BRA BRA BRA COL BRA CHI BRA CHI BRA COL BRA BRA COL BRA BRA BRA CHI CHI

130 AméricaEconomia Julho, 2010

MARGEM RK LÍQ. (%) 2009 56,0 52,4 51,3 50,0 49,3 48,8 47,2 47,0 46,7 45,2 42,9 42,0 40,3 38,4 37,3 34,3 33,2 33,1 32,4 32,2 31,8 30,5 30,2 28,7 26,9 26,9 26,5 26,0 25,8 25,6 25,4 25,3 24,8 24,2 23,7 23,3 22,8 22,8 22,7 22,5 22,2 21,5 21,1 21,1 20,7 20,5 20,4 20,4 20,2 19,8

243 291 236 474 372 143 231 431 470 66 280 263 272 218 230 226 398 438 234 489 209 392 476 309 293 405 466 100 22 136 401 373 364 244 74 300 113 335 96 157 204 400 7 477 164 270 109 117 407 288

RETORNO SOBRE PATRIMÔNIO

RETORNO SOBRE VENDAS

As mais rentáveis

SUBRK 2009

EMPRESA

LUCRO RK PAÍS COMO % DE 2009 PATRIMÔNIO

SAMARCO MINERAÇÃO ITAIPU BINACIONAL AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ AES TIETÊ FIAT AUTOMÓVEIS

BRA BR/PY PAN BRA BRA

737,8 596,3 198,5 155,7 139,2

291 129 236 470 29

6 7 8 9 10

ANGLO AMERICAN NORTE CPFL – CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ REFINARIA ALBERTO PASQUALINI (REFAP) TAM CPFL PIRATININGA

CHI BRA BRA BRA BRA

101,1 92,1 82,6 82,1 79,8

401 175 92 86 426

11 12 13 14 15

SOUZA CRUZ CARGILL MOVISTAR GALVÃO ENGENHARIA EDITORA ABRIL

BRA BRA PER BRA BRA

78,3 76,0 72,8 63,8 63,2

136 42 383 414 413

16 17 18 19 20

NATURA ESCONDIDA TELÉFONOS DE MÉXICO ASARCO COLLAHUASI

BRA CHI MÉX MÉX CHI

60,0 57,5 53,5 53,1 51,7

189 66 43 403 143

21 22 23 24 25

GRUPO ABRIL MINERA CERRO VERDE CANDELARIA KIMBERLY CLARK DE MÉXICO CSN

BRA PER CHI MÉX BRA

50,8 49,0 48,8 48,1 47,2

271 272 438 248 74

26 27 28 29 30

LOS PELAMBRES COELBA KRAFT FOODS ENAP CARBONES DEL CERREJÓN

CHI BRA BRA CHI COL

45,9 45,5 45,2 45,2 45,0

231 244 338 64 300

31 32 33 34 35

AMÉRICA MÓVIL ELEKTRO MINERA YANACOCHA GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES ENTEL PCS

MÉX BRA PER BRA CHI

43,4 43,1 41,7 41,3 41,1

6 307 226 96 361

36 37 38 39 40

CONTAX ODEBRECHT VOTORANTIM CIMENTOS LOJAS AMERICANAS ELECTROLUX DO BRASIL

BRA BRA BRA BRA BRA

40,9 40,8 40,5 40,0 39,9

381 10 108 99 253

41 42 43 44 45

DUPONT BAVARIA BANDEIRANTE ENERGIA CANTV SOUTHERN PERÚ COPPER CORP.

BRA COL BRA VEN PER

38,3 38,3 38,0 37,5 37,5

350 243 396 88 209

46 47 48 49 50

CHEVRON PETROLEUM COMPANY HOCOL CEG ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT

COL COL BRA BRA BRA

36,1 35,2 34,9 34,2 33,3

369 482 452 390 166

1 2 3 4 5


EMPRESA

PAÍS

LUCRO RK COMO % 2009 DE ATIVOS

SUBRK 2009

EMPRESA

1 2 3 4 5

ESCONDIDA REFINARIA ALBERTO PASQUALINI (REFAP) TRACTEBEL ENDESA ANGLO AMERICAN NORTE

CHI BRA BRA CHI CHI

932.283 762.010 658.081 577.788 475.653

66 92 234 100 401

6 7 8 9 10

SAMARCO MINERAÇÃO ANTOFAGASTA PLC CESP CANDELARIA ANGLO AMERICAN SUR

BRA CHI BRA CHI CHI

426.417 417.313 341.121 325.611 301.278

291 157 309 438 280

11 12 13 14 15

CEG MINERA EL ABRA LOS PELAMBRES COMGÁS MOVISTAR

BRA CHI CHI BRA PER

300.000 248.710 239.039 221.954 219.061

452 489 231 207 383

16 17 18 19 20

PETROBRAS TELESP COELBA ITAIPU BINACIONAL NEOENERGIA

BRA BRA BRA BR/PA BRA

216.393 202.236 182.275 182.254 179.139

1 44 244 129 113

RENDIMENTO SOBRE EMPREGADOS

RETORNO SOBRE ATIVOS

SUBRK 2009

LUCRO SOBRE RK PAÍS EMPREGADOS 2009 US$

ANGLO AMERICAN NORTE CPFL BRASIL ESCONDIDA GALVÃO ENGENHARIA SOUZA CRUZ

CHI BRA CHI BRA BRA

48,0 45,3 40,2 39,1 38,9

401 460 66 414 136

6 7 8 9 10

COLLAHUASI CANDELARIA MINERA CERRO VERDE AES TIETÊ SAMARCO MINERAÇÃO

CHI CHI PER BRA BRA

38,2 37,2 37,0 34,7 29,7

143 438 272 470 291

11 12 13 14 15

MINERA YANACOCHA LOS PELAMBRES CARBONES DEL CERREJÓN SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. NATURA

PER CHI COL PER BRA

29,0 28,0 27,4 27,4 25,0

226 231 300 209 189

16 17 18 19 20

MINERA EL ABRA HOCOL BAVARIA OXXO (FEMSA COMERCIO) ANGLO AMERICAN SUR

CHI COL COL MÉX CHI

24,3 23,3 22,9 22,9 22,7

489 482 243 111 280

21 22 23 24 25

BARRICK MISQUICHILCA MOVISTAR DELTA CONSTRUÇÕES REF. ALBERTO PASQUALINI (REFAP) GLOBO COMUNIC. E PARTICIPAÇÕES

PER PER BRA BRA BRA

22,4 21,0 19,9 19,5 19,2

372 383 421 92 96

21 22 23 24 25

COMCEL MOVISTAR ENDESA BRASIL GRUPO ISA COELCE

COL CHI BRA COL BRA

170.486 170.106 152.455 149.417 147.769

164 313 146 293 384

26 27 28 29 30

AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ SPAL PERUPETRO COELBA FIAT AUTOMÓVEIS

PAN BRA PER BRA BRA

18,9 18,0 17,3 17,2 17,1

236 278 422 244 29

26 27 28 29 30

CELPE ELETROPAULO ENTEL PCS SOUZA CRUZ PETROBRAS DISTRIBUIDORA

BRA BRA CHI BRA BRA

143.160 140.046 123.124 121.154 111.544

336 101 361 136 5

31 32 33 34 35

CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO AMÉRICA MÓVIL CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT ROCHE COMCEL

BRA MÉX BRA BRA COL

17,0 17,0 16,9 16,4 16,2

211 6 166 496 164

31 32 33 34 35

BRASKEM CEMIG YPF AMÉRICA MÓVIL CLARO TELECOM

BRA BRA ARG MÉX BRA

109.750 109.686 109.399 107.029 105.139

51 71 46 6 69

36 37 38 39 40

GRUPO BAVARIA ENTEL PCS ASARCO GRUPO CONTINENTAL UCP BACKUS & JOHNSTON

COL CHI MÉX MÉX PER

16,0 16,0 15,8 15,7 15,4

263 361 403 448 494

36 37 38 39 40

UCP BACKUS & JOHNSTON ENERSIS AMPLA AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ CPFL ENERGIA

PER CHI BRA PAN BRA

104.863 104.547 103.401 102.654 99.168

494 28 299 236 81

41 42 43 44 45

KIMBERLY CLARK DE MÉXICO M. DIAS BRANCO GERDAU AÇOS LONGOS PANPHARMA ELEKTRO

MÉX BRA BRA BRA BRA

15,3 15,3 15,2 15,2 15,0

248 360 109 238 307

41 42 43 44 45

VALE ELEKTRO EL PUERTO DE LIVERPOOL GRUPO BAVARIA ALUNORTE

BRA BRA MÉX COL BRA

98.043 92.412 90.563 90.141 89.538

7 307 124 263 298

46 47 48 49 50

AMBEV EMBOTELLADORA ANDINA WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS CANTV CHILECTRA

BRA CHI BRA VEN CHI

14,9 14,8 14,7 14,7 14,6

22 325 405 88 225

46 47 48 49 50

WHITE MARTINS GASES INDUSTRIAIS CSN GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES CGE DISTRIBUCIÓN ORGANIZACIÓN TERPEL

BRA BRA BRA CHI COL

89.244 87.929 87.544 86.458 85.217

405 74 96 386 156

1 2 3 4 5

Julho, 2010 AméricaEconomia 131


Por propriedade

O ataque dos

privados

EMBORA AS EMPRESAS ESTATAIS LIDEREM O RANKING, AS ESTRELAS SÃO AS MULTINACIONAIS LATINO-AMERICANAS

N

os 20 anos em que a revista AméricaEconomia elabora a lista das 500 maiores empresas da América Latina, as companhias estatais sempre dominaram as primeiras posições. A história, entretanto, não é tão estática como parece. Ainda que o monopólio que as estatais exercem sobre

alguns recursos não renováveis, especialmente o petróleo, garanta essa liderança, o número de empresas estatais que participam do ranking tem se mantido bastante estável ao longo do tempo. Há dez anos, eram 37. Nesta edição, são 40. Muitas dessas empresas continuam dependentes do preço de commodities.

A mexicana Pemex, por exemplo, teve um faturamento de mais de US$ 100 bilhões, em 2007, que caiu para US$ 85 bilhões, em 2009. O caso da venezuelana PDVSA é ainda mais impressionante: em 2008, o faturamento foi de US$ 1,26 trilhão (primeiro lugar do ranking), enquanto, em 2009, caiu para US$ 60 bilhões. Claro que existem exceções. A brasileira Petrobras, por exemplo, conseguiu crescer mesmo durante a crise, graças à gestão eficiente de produção Distribuição percentual por tipo de propriedade e preços. E P P* O que realmente chama FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE a atenção é o impressionanVENEZUELA 50,0% 33,3% 16,7% te crescimento das empresas privadas latino-americanas. PERU 5,3% 36,8% 57,9% Algumas mal eram conhecidas há alguns anos e, agora, já figuram no top 50. Outras, MÉXICO 5,0% 65,5% 29,4% que ficaram um bom tempo no topo da lista, não conse40,0% 36,7% COLÔMBIA 13,3% guiram manter sua posição. Muitas multinacionais latino61,8% 30,9% CHILE 5,5% americanas, que chamamos de multilatinas, têm crescido 58,2% 31,1% BRASIL 6,7% a ponto de começar a rivalizar com as grandes estatais. A empresa mexicana de telecoARGENTINA 33,3% 67,7% municações América Móvil E = Estatal; P = Privada local; P* = Privada estrangeira

PESOS DÍSPARES

132 AméricaEconomia Julho, 2010


40 são as companhias estatais que fazem parte do atual ranking é a primeira delas, ocupando o sexto lugar do ranking. Só é superada pelas companhias de petróleo da região.

MAIORES ESTATAIS

SUBRK 2009

EMPRESA

Um setor que pode ilustrar o avanço dessas companhias é o comércio. Varejistas como o brasileiro Pão de Açúcar e as chilenas Falabella e Cencosud sobem no ranking com rapidez. O grupo brasileiro, por exemplo, passou da 45ª posição, em 2007, para 22ª, em 2009. No mesmo período, o grupo Cencosud passou da 54ª para a 37ª, enquanto a Falabella avançou dez postos, do 78º ao 68º. Outras multilatinas têm uma história de sucesso ainda mais impressionante. Há sete anos, a JBS-Friboi, produtora brasileira de carne bovina, registrou vendas que não chegavam a US$ 500 milhões. Em 2010, depois de

PAÍS

SETOR

investimentos e aquisições no mundo todo, a JBS provavelmente registrará um recorde de vendas que superará os US$ 30 bilhões. Em 2007, a JBS era a 50ª da América Latina. Em 2009, saltou para a décima primeira posição no ranking regional e, hoje, é a quinta maior empresa privada da região. Já as multinacionais de fora da região parecem ter perdido o dinamismo. Exceto o setor varejista, que tem avançado no ranking – como a norte-americana Walmart ou a francesa Carrefour –, a maioria das multinacionais ocupa mais ou menos as mesmas posições que tinha dois ou três anos atrás.

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

LUCRO LÍQUIDO 2009 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL 2009 US$ MILHÕES

PATRIMÔNIO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

104.933,4 85.319,0 60.663,8 40.764,5 31.635,5

16.644,7 -7.291,8 N.D. -7.102,9 840,0

198.488,0 102.606,8 N.D. 38.108,6 7.375,6

91.583,2 -5.148,7 N.D. 911,0 4.521,8

1 2 3 4 5

RK 2009

PETROBRAS PEMEX PDVSA PEMEX REFINACIÓN PETROBRAS DISTRIBUIDORA

BRA MÉX VEN MÉX BRA

PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS

6 7 8 9 10

ECOPETROL COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD ELETROBRAS PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA CODELCO

COL MÉX BRA MÉX CHI

PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA ELÉTRICA PETROQUÍMICA MINERAÇÃO

18.127,4 16.904,1 15.892,2 13.211,4 12.147,8

2.600,5 91,0 97,9 -91,4 1.261,7

26.267,6 61.693,8 76.853,1 10.256,0 16.039,1

26.267,6 29.247,4 43.700,8 3.386,6 5.308,6

12 15 17 23 27

11 12 13 14 15

PEQUIVEN (1) PETROECUADOR ENAP CORREIOS E TELÉGRAFOS YPFB

VEN ECU CHI BRA BOL

PETROQUÍMICA PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS SERVIÇOS GERAIS PETRÓLEO/GÁS

11.453,6 8.056,5 7.097,5 6.306,9 4.000,0

N.D. N.D. 200,4 67,6 N.D.

N.D. N.D. 5.559,8 4.015,4 N.D.

N.D. N.D. 443,8 1.819,6 N.D.

32 57 64 73 114

16 17 18 19 20

SABESP PEMEX PETROQUÍMICA FURNAS ITAIPU BINACIONAL COPEL

BRA MÉX BRA BR/PA BRA

SERVIÇOS BÁSICOS PETROQUÍMICA ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA ELÉTRICA

3.865,5 3.837,7 3.490,8 3.482,3 3.226,1

789,0 -1.536,3 372,0 596,3 589,5

12.385,3 6.679,4 11.409,8 19.724,2 7.944,8

6.046,2 1.743,2 7.763,8 100,0 5.071,3

117 119 128 129 141

21 22 23 24 25

RECOPE (1) AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES PETROPERÚ CHESF – HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO TRANSPETRO

C.RI MÉX PER BRA BRA

PETRÓLEO/GÁS SERVIÇOS GERAIS PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA TRANSPORTE/LOGÍSTICA

2.701,4 2.600,0 2.450,7 2.438,3 2.262,7

N.D. N.D. 92,6 439,3 229,8

N.D. N.D. 1.336,1 10.880,7 1.956,0

N.D. N.D. 378,8 9.004,7 1.092,0

178 183 187 188 205

26 27 28 29 30

EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN CELESC AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ ELETRONORTE REFINERÍA DE CARTAGENA

COL BRA PAN BRA COL

SERVIÇOS BÁSICOS ENERGIA ELÉTRICA SERVIÇOS BÁSICOS ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS

2.168,0 2.102,0 2.000,3 1.973,3 1.958,5

832,5 73,1 1.026,5 174,7 -64,6

11.860,2 2.498,9 5.438,8 10.318,5 1.500,0

8.812,1 993,3 517,1 5.877,6 1.218,0

218 222 236 239 240

1 2 3 4 5

Julho, 2010 AméricaEconomia 133


MAIORES PRIVADAS LOCAIS

SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

VENDAS 2009 RK US$ MILHÕES 2009

AMÉRICA MÓVIL VALE ULTRAPAR ODEBRECHT JBS-FRIBOI

MÉX BRA BRA BRA BRA

30.209,2 27.852,4 20.741,9 20.618,3 19.705,8

6 7 8 10 11

6 7 8 9 10

TECHINT TELEMAR GRUPO VOTORANTIM GERDAU CEMEX

ARG BRA BRA BRA MÉX

17.786,0 17.161,4 16.423,6 15.242,4 15.138,7

13 14 16 18 19

11 12 13 14 15

FEMSA CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR TELCEL NORBERTO ODEBRECHT CENCOSUD

MÉX BRA MÉX BRA CHI

15.080,0 13.355,3 10.937,0 10.520,4 10.518,2

20 21 34 35 36

16 17 18 19 20

EMPRESAS COPEC BRASIL FOODS (BRF) TELÉFONOS DE MÉXICO GRUPO CAMARGO CORRÊA GRUPO BIMBO

CHI BRA MÉX BRA MÉX

9.954,7 9.135,0 9.115,3 9.062,6 8.905,1

38 41 43 45 48

21 22 23 24 25

GRUPO ALFA BRASKEM GRUPO BAL (1) TENARIS ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES

MÉX BRA MÉX ARG BRA

8.849,9 8.757,4 8.207,6 8.149,3 8.030,6

26 27 28 29 30

IPIRANGA PRODUTOS DE PETROLEO COCA-COLA FEMSA COSAN TELMEX INTERNACIONAL FALABELLA

BRA MÉX BRA MÉX CHI

31 32 33 34 35

ORGANIZACIÓN SORIANA CSN USIMINAS GRUPO MODELO EMBRAER

36 37 38 39 40

1 2 3 4 5

MAIORES PRIVADAS ESTRANGEIRRAS

Por propriedade

SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

VENDAS 2009 RK US$ MILHÕES 2009

WAL-MART DE MÉXICO AMBEV CARREFOUR TELEFÔNICA BRASIL VOLKSWAGEN

MÉX BRA BRA BRA BRA

20.699,0 13.320,7 13.000,0 12.690,7 12.205,1

9 22 24 25 26

6 7 8 9 10

ENERSIS FIAT AUTOMÓVEIS BUNGE ALIMENTOS GENERAL MOTORS DE MÉXICO (1) WALMART

CHI BRA BRA MÉX BRA

11.997,9 11.824,8 11.805,8 11.485,8 11.336,8

28 29 30 31 33

11 12 13 14 15

NISSAN MEXICANA (1) COCA-COLA VIVO CARGILL TELESP

MÉX BRA BRA BRA BRA

10.150,1 9.770,0 9.397,6 9.117,8 9.071,8

37 39 40 42 44

16 17 18 19 20

YPF NESTLÉ CHRYSLER (1) GENERAL MOTORS TIM CELULAR

ARG BRA MÉX BRA BRA

8.960,8 8.908,0 8.864,6 8.462,3 8.223,3

46 47 49 52 53

50 51 54 55 58

21 22 23 24 25

GRUPO ARCELORMITTAL VOLKSWAGEN DE MÉXICO (1) BODEGA AURRERA ESCONDIDA CARGILL (1)

BRA MÉX MÉX CHI ARG

8.139,6 7.985,3 7.368,8 7.071,0 6.925,4

56 60 63 66 68

8.013,6 7.865,3 7.638,9 7.082,6 6.959,4

59 61 62 65 67

26 27 28 29 30

CLARO TELECOM CEMIG UNILEVER HEWLETT – PACKARD MÉXICO (1) BRASIL TELECOM

BRA BRA BRA MÉX BRA

6.906,0 6.722,4 6.350,6 6.263,9 6.247,7

69 71 72 77 78

MÉX BRA BRA MÉX BRA

6.783,9 6.305,1 6.273,9 6.265,3 6.209,9

70 74 75 76 79

31 32 33 34 35

EMBRATEL WAL-MART SUPERCENTER FORD MOTOR COMPANY (1) SAM’S CLUB FORD

BRA MÉX MÉX MÉX BRA

6.088,9 5.754,3 5.697,0 5.485,2 5.473,4

80 84 85 89 90

CPFL ENERGIA EXTRA CASAS BAHIA TAM MARFRIG

BRA BRA BRA BRA BRA

6.068,2 5.980,6 5.896,4 5.685,9 5.522,5

81 82 83 86 87

36 37 38 39 40

MOVISTAR BUNGE (1) ENDESA ELETROPAULO ESSO

VEN ARG CHI BRA BRA

5.408,0 4.797,6 4.755,3 4.623,2 4.279,0

91 97 100 101 105

41 42 43 44 45

CANTV REFAP – ALBERTO PASQUALINI GRUPO CARSO TERNIUM GRUPO MÉXICO

VEN BRA MÉX ARG MÉX

5.492,0 5.298,4 5.054,0 4.959,0 4.830,8

88 92 93 94 95

41 42 43 44 45

OI – TNL PCS NEOENERGIA ALESAT WHIRLPOOL GRUPO PEPSICO (1)

BRA BRA BRA BRA MÉX

4.120,4 4.000,4 3.955,8 3.833,4 3.682,8

110 113 116 120 121

46 47 48 49 50

GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES CEMEX MÉXICO (1) LOJAS AMERICANAS GRUPO SALINAS CONTROLADORA MABE (1)

BRA MÉX BRA MÉX MÉX

4.819,4 4.797,0 4.786,9 4.620,0 4.325,3

96 98 99 102 104

46 47 48 49 50

LA FONTE PARTICIPAÇÕES FIBRIA CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ SOUZA CRUZ SANMINA – SCI SYSTEMS DE MÉXICO (1)

BRA BRA BRA BRA MÉX

3.558,3 3.445,7 3.337,1 3.326,8 3.299,7

126 131 135 136 137

1 2 3 4 5

(1) Estimativa

134 AméricaEconomia Julho, 2010


As maiores exportadoras

Se não fosse pela China... SEM A DEMANDA DO PAÍS ASIÁTICO, MUITAS EXPORTADORAS LATINO-AMERICANAS TERIAM SOFRIDO EM 2009

M

uitos economistas se queixam de que a América Latina não sabe diversificar sua base exportadora e de que hoje, essencialmente, exporta as mesmas matériasprimas que há 100 ou 150 anos. Entretanto, em 2009, as commodities exerceram um papel-chave para que o setor exportador não se abatesse frente à crise.

As cem empresas latino-americanas que mais exportaram tiveram um aumento de 4,2% no valor de suas exportações no ano passado, somando US$ 308,4 bilhões. Por trás desse crescimento está, mais uma vez, o enorme apetite chinês por todo o tipo de matéria-prima que a região tem para oferecer em abundância, desde a soja ao minério de ferro, do cobre ao petróleo. A China se tornou o principal destino AS MATÉRIAS-PRIMAS MANDAM das exportações Distribuição de exportações nas 500, brasileiras e chilepor setor (total US$ 308,4 bilhões) nas e no segundo FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE para produtos da Argentina, do Peru e da Costa Rica, ELETRÔNICO OUTROS 3% segundo dados da 10% BEBIDAS DAS SinoLatin Capital 3% PETROQUÍMICO (veja reportagem 4% na pág. 28). CELULOSE/ Já as emprePAPEL 5% sas exportadoras MULTISSE ISSE SSE 6% cujo foco está nos SIDERURGIA// MINERAÇÃO MINNERAÇÃO Estados Unidos e METALURGIA 2 23% 7% na Europa registraram forte queALIMENTOS ALIMENTO TOS da em suas ven7% das. Por causa da AGROINDÚSTRIA AGROINDÚ DÚSTRIA DÚ lenta recupera12 12% PETRÓLEO/GÁS ÁS ção da economia 10% norte-americana AUTOMOTIVO/ AUTOPEÇAS e da atual crise 10% fiscal que com-

plica a situação dos países da União Europeia, é provável que neste ano sua situação não melhore muito. O caso do México também é ilustrativo. Cerca de 80% de suas exportações têm como destino os EUA. Das 22 empresas mexicanas que formam parte desta lista, somente dez conseguiram registrar crescimento em 2009 – a maioria companhias com mercados geograficamente diversificados, como é o caso da fabricante de alimentos Bimbo e do Grupo Carso, este do magnata Carlos Slim. Em geral, porém, as exportadoras tiveram um ano duro. Um dado que ilustra esse fato é que somente 30,1% das vendas das cem maiores exportadoras de 2009 provieram de seus envios ao exterior. Em 2008, esse percentual era de 52,6%. O setor de mineração é o que reúne mais empresas entre as cem maiores, seguido do de agroindústria e alimentos, com 19 empresas. Quanto aos países, o destaque novamente fica para o Brasil, representado com 48 empresas. Isso reflete que o bom momento do mercado interno não chegou a inibir as iniciativas exportadoras. O México vem na sequência, com 22 companhias, seguido de Chile (15), Peru (7), Colômbia e Argentina, com três cada, e Equador e Venezuela, com uma por país.

Julho, 2010 AméricaEconomia 135


As maiores exportadoras

SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

SETOR

EXPORT. % SOBRE 2009 US$ VENDAS MILHÕES 2009

EXPORT. 2008 US$ MILHÕES

% SOBRE VAR. (%) RK VENDAS 09/08 2009 2008

PDVSA PEMEX PETROBRAS CEMEX VALE

VEN MÉX BRA MÉX BRA

PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS CIMENTO MINERAÇÃO

58.803,0 37.610,7 12.306,7 12.087,7 10.826,4

96,9 44,1 11,7 79,8 38,9

122.488,0 46.763,4 19.299,2 13.305,4 13.531,2

96,9 48,7 21,0 81,6 44,8

-52,0 -19,6 -36,2 -9,2 -20,0

3 2 1 19 7

6 7 8 9 10

ODEBRECHT CODELCO ECOPETROL PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA CARGILL (1)

BRA CHI COL MÉX ARG

MULTISSETOR MINERAÇÃO PETRÓLEO/GÁS PETROQUÍMICA AGROINDÚSTRIA

10.645,3 9.720,0 8.338,6 8.142,5 6.579,2

51,6 80,0 46,0 61,6 95,0

6.129,8 13.772,7 4.218,1 12.126,5 5.671,7

40,3 95,5 19,5 61,6 95,0

73,7 -29,4 97,7 -32,9 16,0

10 27 12 23 68

11 12 13 14 15

FEMSA VOLKSWAGEN DE MÉXICO (1) CHRYSLER (1) PETROECUADOR GRUPO BIMBO

MÉX MÉX MÉX EQU MÉX

BEBIDAS AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS PETRÓLEO/GÁS ALIMENTOS

6.145,0 5.835,5 5.601,3 5.121,0 4.856,8

40,7 73,1 63,2 63,6 54,5

4.402,2 5.948,6 5.762,6 6.914,6 1.959,4

36,2 73,1 63,2 63,6 32,9

39,6 -1,9 -2,8 -25,9 147,9

20 60 49 57 48

16 17 18 19 20

GRUPO ALFA ESCONDIDA BUNGE ALIMENTOS BUNGE (1) EMBRAER

MÉX CHI BRA ARG BRA

MULTISSETOR MINERAÇÃO AGROINDÚSTRIA AGROINDÚSTRIA IND. AEROESPACIAL

4.624,5 4.373,3 4.343,9 4.317,8 4.053,3

52,3 61,8 36,8 90,0 65,3

4.557,6 7.436,5 5.023,4 3.771,0 5.020,0

54,3 95,8 52,8 90,0 99,9

1,5 -41,2 -13,5 14,5 -19,3

50 66 30 97 79

21 22 23 24 25

CONTROLADORA MABE ( ) GRUPO MÉXICO GRUPO MODELO INDUSTRIAS PEÑOLES GRUPO VOTORANTIM

MÉX MÉX MÉX MÉX BRA

ELETRÔNICO MINERAÇÃO BEBIDAS MINERAÇÃO MULTISSETOR

3.203,8 3.109,2 2.561,0 2.545,4 2.508,7

74,1 64,4 40,9 74,2 15,3

2.925,8 2.948,1 2.242,7 2.794,7 1.023,4

74,1 48,9 41,2 72,9 6,8

9,5 5,5 14,2 -8,9 145,1

104 95 76 134 16

26 27 28 29 30

CARGILL ALPEK MINERA YANACOCHA SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. MINERA ANTAMINA

BRA MÉX PER PER PER

AGROINDÚSTRIA PETROQUÍMICO MINERAÇÃO MINERAÇÃO MINERAÇÃO

2.335,6 2.184,0 2.077,4 1.958,4 1.903,1

25,6 55,0 100,0 88,1 100,0

2.205,2 2.475,0 1.617,5 2.700,0 2.846,1

32,2 66,5 99,6 99,6 100,0

5,9 -11,8 28,4 -27,5 -33,1

42 115 226 209 245

31 32 33 34 35

BRASKEM NEMAK GRUPO ARCELORMITTAL GERDAU COLLAHUASI

BRA MÉX BRA BRA CHI

PETROQUÍMICO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS SIDERURGIA/METALURGIA SIDERURGIA/METALURGIA MINERAÇÃO

1.893,5 1.801,9 1.691,4 1.668,2 1.666,7

21,6 92,5 20,8 10,9 51,9

1.223,8 2.199,9 2.679,1 1.962,6 2.388,5

15,9 92,5 31,6 10,9 90,1

54,7 -18,1 -36,9 -15,0 -30,2

51 242 56 18 143

36 37 38 39 40

BRASIL FOODS (BRF) LOS PELAMBRES VOLKSWAGEN SAMARCO MINERAÇÃO CARBONES DEL CERREJÓN

BRA CHI BRA BRA COL

ALIMENTOS MINERAÇÃO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS MINERAÇÃO MINERAÇÃO

1.505,7 1.484,4 1.479,4 1.460,7 1.437,6

16,5 73,3 12,1 90,4 91,9

1.841,3 2.077,6 2.001,9 1.720,0 2.175,2

37,8 95,7 18,7 96,2 91,9

-18,2 -28,6 -26,1 -15,1 -33,9

41 231 26 291 300

41 42 43 44 45

DRUMMOND ACEITERA GENERAL DEHEZA (1) GRUPO ANDRÉ MAGGI BARRICK MISQUICHILCA MINERA CERRO VERDE

COL ARG BRA PER PER

MINERAÇÃO AGROINDÚSTRIA AGROINDÚSTRIA MINERAÇÃO MINERAÇÃO

1.416,1 1.411,2 1.404,9 1.269,9 1.251,4

88,4 48,9 70,0 100,0 71,2

1.228,7 1.225,0 635,0 1.360,0 1.822,9

88,4 48,9 33,4 99,6 99,3

15,3 15,2 121,2 -6,6 -31,4

292 163 235 372 272

46 47 48 49 50

ARAUCO CONSORCIO MINERO CORMIN PEMEX PETROQUÍMICA ALUNORTE GRUPO BERTIN (AGORA JBS)

CHI PER MÉX BRA BRA

CELULOSE/PAPEL COMÉRCIO PETROQUÍMICO SIDERURGIA/METALURGIA AGROINDÚSTRIA

1.249,6 1.232,2 1.226,1 1.173,6 1.165,3

40,1 100,0 31,9 74,2 27,8

1.573,7 1.011,7 1.856,0 1.302,0 1.204,6

42,7 100,0 31,9 99,5 42,5

-20,6 21,8 -33,9 -9,9 -3,3

150 382 119 298 107

1 2 3 4 5

136 AméricaEconomia Julho, 2010


SUBRK 2009

EMPRESA

PAÍS

SETOR

51 52 53 54 55

GRUPO XIGNUX ANGLO AMERICAN SUR XSTRATA COPPER CHILE S/A SEARA CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO

MÉX CHI CHI BRA BRA

MULTISSETOR MINERAÇÃO MINERAÇÃO AGROINDÚSTRIA MINERAÇÃO

56 57 58 59 60

SUZANO PAPEL E CELULOSE FIAT AUTOMÓVEIS JBS–FRIBOI GENERAL MOTORS ENAMI

BRA BRA BRA BRA CHI

61 62 63 64 65

FORD MINERA EL ABRA GRUPO CARSO COSAN ANGLO AMERICAN NORTE

66 67 68 69 70

EXPORT. % SOBRE 2009 US$ VENDAS MILHÕES 2009

EXPORT. 2008 US$ MILHÕES

% SOBRE VAR. (%) RK VENDAS 09/08 2009 2008

1.123,8 992,4 990,6 986,4 939,0

52,7 58,1 100,0 61,9 85,4

1.895,8 1.378,0 1.485,2 1.590,0

84,8 68,9 100,0 99,4

-40,7 -28,0 -33,3 -40,9

220 280 461 294 431

CELULOSE/PAPEL AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS AGROINDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS MINERAÇÃO

921,4 871,4 863,8 861,8 838,3

40,6 7,4 4,4 10,2 64,3

1.256,4 1.030,6 1.265,5 1.571,0 989,9

72,3 13,0 9,7 18,9 66,8

-26,7 -15,4 -31,7 -45,1 -15,3

204 29 11 52 367

BRA CHI MÉX BRA CHI

AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS MINERAÇÃO MULTISSETOR ALIMENTOS MINERAÇÃO

812,3 788,9 787,3 756,0 743,0

14,8 86,1 15,6 9,9 63,2

1.341,1 1.110,9 808,6 478,7 801,0

25,1 100,0 17,0 23,5 99,2

-39,4 -29,0 -2,6 57,9 -7,2

90 489 93 62 401

CMPC PAPELES Y CARTONES MINERVA GRUPO KUO COAMO REFINERÍA LA PAMPILLA

CHI BRA MÉX BRA PER

CELULOSE/PAPEL AGROINDÚSTRIA MULTISSETOR ALIMENTOS PETRÓLEO/GÁS

736,0 734,4 717,3 706,9 656,4

23,5 49,1 46,9 29,2 25,7

1.584,5 762,7 739,7 512,2 824,4

53,2 84,0 46,3 27,6 20,7

-53,5 -3,7 -3,0 38,0 -20,4

147 315 308 191 185

71 72 73 74 75

MOLYMET DOUX REFINARIA ALBERTO PASQUALINI (REFAP) CANDELARIA GRUPO TELEVISA

CHI BRA BRA CHI MÉX

SIDERURGIA/METALURGIA ALIMENTOS PETRÓLEO/GÁS MINERAÇÃO MÍDIA

640,3 635,4 623,1 601,9 595,3

69,3 66,6 11,8 56,2 14,9

1.687,0 813,8 528,2 1.151,4 491,3

67,3 99,9 12,5 100,0 14,2

-62,0 -21,9 18,0 -47,7 21,2

483 472 92 438 112

76 77 78 79 80

RENAULT USIMINAS CSN PETROBRAS DISTRIBUIDORA WHIRLPOOL

BRA BRA BRA BRA BRA

AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS SIDERURGIA/METALURGIA SIDERURGIA/METALURGIA PETRÓLEO/GÁS ELETRÔNICO

577,3 574,3 566,6 554,0 546,3

20,9 9,2 9,0 1,8 14,3

604,7 450,9 538,4 1.123,8 709,4

30,9 6,7 9,0 4,7 28,0

-4,5 27,4 5,2 -50,7 -23,0

173 75 74 5 120

81 82 83 84 85

WEG GRUPO ELEKTRA CATERPILLAR SOUZA CRUZ CARAMURU

BRA MÉX BRA BRA BRA

MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS COMÉRCIO MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS AGROINDÚSTRIA ALIMENTOS

531,7 494,8 490,1 489,6 462,5

22,0 15,1 17,8 14,7 40,8

662,7 399,9 1.394,0 564,0 470,6

34,4 13,2 61,9 24,9 55,6

-19,8 23,7 -64,8 -13,2 -1,7

190 139 174 136 418

86 87 88 89 90

NORBERTO ODEBRECHT CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT PIRELLI ESSO MARFRIG

BRA BRA BRA BRA BRA

CONSTRUÇÃO CONSTRUCÇÃO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS PETRÓLEO/GÁS AGROINDÚSTRIA

457,4 457,4 434,2 427,3 426,2

4,3 15,9 21,7 10,0 7,7

551,3 606,3 459,4 427,3 333,0

7,8 30,4 26,5 10,0 12,5

-17,0 -24,6 -5,5 0,0 28,0

35 166 237 105 87

91 92 93 94 95

FIBRIA CBA NOKIA SCANIA ENAP

BRA BRA BRA BRA CHI

CELULOSE/PAPEL SIDERURGIA/METALURGIA ELETRÔNICO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS PETRÓLEO/GÁS

409,8 396,7 347,3 338,8 329,3

11,9 31,6 18,3 25,9 4,6

394,9 457,6 1.201,0 728,6

31,6 17,3 99,9 6,0

0,4 -24,1 -71,8 -54,8

131 373 247 366 64

CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA SQM KLABIN BASF SIGMA

MÉX CHI BRA BRA MÉX

BEBIDAS MINERAÇÃO CELULOSE/PAPEL QUÍMICO/FARMACÊUTICO ALIMENTOS

326,0 316,4 315,2 310,0 294,7

9,2 22,0 18,5 11,8 13,5

281,7 1.282,4 398,7 329,1 254,2

9,2 71,5 30,1 17,2 13,5

15,7 -75,3 -20,9 -5,8 15,9

125 335 282 182 213

96 97 98 99 100

Julho, 2010 AméricaEconomia 137


Por setor

RK 2009

EMPRESA

PAÍS

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

ROE (%) ROA (%)

RK

MARGEM LÍQ. (%)

GERAL

2009

AGROINDÚSTRIA 1 JBS–FRIBOI 2 BUNGE ALIMENTOS 3 CARGILL 4 CARGILL ( ) 5 MARFRIG 6 BUNGE (1) 7 GRUPO BERTIN (AGORA JBS) 8 SOUZA CRUZ 9 ACEITERA GENERAL DEHEZA (1) 10 PHILIP MORRIS DE MÉXICO (1)

BRA BRA BRA ARG BRA ARG BRA BRA ARG MÉX

19.705,8 11.805,8 9.117,8 6.925,4 5.522,5 4.797,6 4.193,9 3.326,8 2.886,9 2.702,5

51,8 24,0 33,0 16,0 108,0 14,5 47,9 46,7 15,2 32,8

74,3 69,5 186,9 N.D. 390,0 N.D. -336,8 852,8 N.D. N.D.

569,4 7.568,9 214,0 2.665,8 -9,1 59,5 -

0,8 4,9 76,0 16,2 -23,2 78,3 -

0,3 1,3 7,8 5,9 -5,7 38,9 -

0,4 0,6 2,1 7,1 -8,0 25,6 -

11 30 42 68 87 97 107 136 163 177

ALIMENTOS 1 BRASIL FOODS (BRF) 2 NESTLÉ 3 GRUPO BIMBO 4 COSAN 5 GRUPO MASECA 6 GRUPO INDUSTRIAL LALA ( ) 7 NESTLÉ DE MÉXICO (1) 8 COAMO 9 DANONE (1) 10 GRUPO NAC. DE CHOCOLATES

BRA BRA MÉX BRA MÉX MÉX MÉX BRA MÉX COL

9.135,0 8.908,0 8.905,1 7.638,9 3.864,2 3.630,0 3.283,3 2.416,8 2.271,3 2.261,4

87,4 65,9 49,6 274,8 19,3 21,0 15,0 30,4 32,0 27,0

69,2 N.D. 455,8 366,4 117,0 N.D. N.D. 166,4 N.D. 105,1

197,0 45,9 295,1 113,1 23,2 -20,9

0,9 14,8 13,0 19,9 15,4 4,0

0,5 6,2 4,8 3,5 8,9 3,1

0,8 5,1 4,8 3,0 6,9 4,6

41 47 48 62 118 122 138 191 203 206

AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS 1 VOLKSWAGEN 2 FIAT AUTOMÓVEIS 3 GENERAL MOTORS DE MÉXICO ( ) 4 NISSAN MEXICANA (1) 5 CHRYSLER ( ) 6 GENERAL MOTORS 7 VOLKSWAGEN DE MÉXICO (1) 8 FORD MOTOR COMPANY (1) 9 FORD 10 HONDA

BRA BRA MÉX MÉX MÉX BRA MÉX MÉX BRA BRA

12.205,1 11.824,8 11.485,8 10.150,1 8.864,6 8.462,3 7.985,3 5.697,0 5.473,4 3.090,7

14,0 49,7 -4,5 -3,6 -2,8 1,6 -1,9 -3,2 2,3 2,1

N.D. 948,0 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

18,3 -

139,2 -

17,1 -

8,0 -

26 29 31 37 49 52 60 85 90 151

BEBIDAS 1 FEMSA 2 AMBEV 3 COCA-COLA 4 COCA-COLA FEMSA 5 GRUPO MODELO 6 GRUPO PEPSICO (1) 7 CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA 8 BAVARIA 9 EMBOTELLADORAS ARCA 10 SPAL

MÉX BRA BRA MÉX MÉX MÉX MÉX COL MÉX BRA

15.080,0 13.320,7 9.770,0 7.865,3 6.265,3 3.682,8 3.559,8 1.926,3 1.854,8 1.723,8

24,1 49,0 52,2 31,1 15,0 11,6 15,7 17,8 26,7 115,9

758,3 3.437,9 N.D. 652,3 660,5 N.D. 453,3 1.078,1 187,6 184,3

56,4 162,6 61,2 1,4 15,8 294,0 -11,9 173,6

12,1 27,2 12,9 11,7 38,3 15,5 27,8

4,7 14,9 7,7 7,4 8,2 22,9 9,6 18,0

5,0 25,8 8,3 10,5 12,7 56,0 10,1 10,7

20 22 39 61 76 121 125 243 254 278

CELULOSE/PAPEL 1 FIBRIA

BRA

3.445,7

169,2

320,5

157,2

5,6

2,0

9,3

131

1 - Estimativa; *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo

138 AméricaEconomia Julho, 2010


RK 2009

EMPRESA

PAÍS

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

ROE (%) ROA (%)

RK

MARGEM LÍQ. (%)

GERAL

2009

CHI CHI BRA MÉX BRA CHI

3.127,7 3.113,0 2.270,1 1.890,6 1.700,1 1.071,7

5,0 -15,6 30,6 13,4 28,3 18,6

261,0 304,6 504,2 317,8 191,2 104,4

26,8 -36,4 361,1 32,7 228,2 885,2

3,7 4,8 20,0 48,1 13,9 5,8

2,1 2,7 6,9 15,3 4,2 5,8

8,3 9,8 22,2 16,8 11,2 9,7

147 150 204 248 282 437

CIMENTO 1 CEMEX 2 CEMEX MÉXICO (1) 3 VOTORANTIM CIMENTOS 4 GRUPO ARGOS 5 CAMARGO CORRÊA CIMENTOS 6 CEMENTOS CRUZ AZUL (1)

MÉX MÉX BRA COL BRA MÉX

15.138,7 4.797,0 4.168,0 1.700,2 1.530,7 1.403,6

-7,2 23,0 62,3 -3,0 34,9 21,0

107,9 N.D. 810,7 103,4 297,6 N.D.

-34,5 246,1 -72,2 273,1 -

0,7 40,5 2,2 28,9 -

0,2 10,4 1,4 13,7 -

0,7 19,5 6,1 19,4 -

19 98 108 281 306 345

COMÉRCIO 1 WAL-MART DE MÉXICO 2 CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR 3 CARREFOUR 4 WALMART 5 CENCOSUD 6 BODEGA AURRERÁ 7 FALABELLA 8 ORGANIZACIÓN SORIANA 9 EXTRA 10 CASAS BAHIA

MÉX BRA BRA BRA CHI MÉX CHI MÉX BRA BRA

20.699,0 13.355,3 13.000,0 11.336,8 10.518,2 7.368,8 6.959,4 6.783,9 5.980,6 5.896,4

16,9 73,1 44,4 56,3 7,9 23,3 17,5 2,1 14,1 0,0

1.286,3 339,8 N.D. N.D. 190,2 N.D. 393,0 219,5 N.D. N.D.

21,3 205,0 -25,3 22,4 76,2 -

20,2 9,0 4,4 11,1 9,0 -

12,6 3,3 1,9 4,8 4,4 -

6,2 2,5 1,8 5,6 3,2 -

9 21 24 33 36 63 67 70 82 83

CONSTRUÇÃO 1 NORBERTO ODEBRECHT 2 CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ 3 CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT 4 CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA 5 EMPRESAS ICA 6 CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO 7 GAFISA 8 CONSTRUCTORAS ICA 9 DESARROLLADORA HOMEX 10 CORPORACIÓN GEO

BRA BRA BRA BRA MÉX BRA BRA MÉX MÉX MÉX

10.520,4 3.337,1 2.868,4 2.837,9 2.362,7 2.216,5 1.735,8 1.506,1 1.486,7 1.470,3

48,3 87,0 43,8 59,1 43,6 98,5 133,1 -3,0 9,1 16,5

565,5 -276,2 565,5 376,1 45,6 277,0 122,6 N.D. 140,9 117,0

124,4 -414,1 124,4 191,0 60,0 83,0 160,9 23,3 9,9

33,3 -20,8 33,3 22,0 3,5 26,4 9,2 14,2 15,5

6,9 -8,0 16,9 13,7 0,9 17,0 2,8 5,3 5,1

5,4 -8,3 19,7 13,3 1,9 12,5 7,1 9,5 8,0

35 135 166 168 198 211 276 314 316 324

ELETRÔNICO 1 HEWLETT – PACKARD MÉXICO (1) 2 CONTROLADORA MABE ( ) 3 WHIRLPOOL 4 SANMINA – SCI SYSTEMS DE MÉXICO (1) 5 SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA 6 GENERAL ELECTRIC 7 LG 8 GENERAL ELECTRIC ( ) 9 HP BRASIL 10 INTEL

MÉX MÉX BRA MÉX BRA BRA BRA MÉX BRA C.RI

6.263,9 4.325,3 3.833,4 3.299,7 3.200,0 3.000,0 2.873,6 2.833,6 2.820,0 2.101,0

9,8 9,5 51,2 8,9 18,6 -10,7 -7,2 10,3 23,0 1,3

N.D. N.D. 208,6 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

-26,4 -

22,1 -

8,4 -

5,4 -

77 104 120 137 144 155 165 170 171 223

2 3 4 5 6 7

CMPC PAPELES Y CARTONES ARAUCO SUZANO PAPEL E CELULOSE KIMBERLY CLARK DE MÉXICO KLABIN CMPC TISSUE

Julho, 2010 AméricaEconomia 139


Por setor

RK 2009

EMPRESA

PAÍS

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

ROE (%) ROA (%)

MARGEM LÍQ. (%)

RK GERAL

2009

ENERGIA ELÉTRICA 1 COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD 2 ELETROBRAS 3 ENERSIS 4 CEMIG 5 CPFL ENERGIA 6 ENDESA 7 ELETROPAULO 8 NEOENERGIA 9 CGE 10 FURNAS

MÉX BRA CHI BRA BRA CHI BRA BRA CHI BRA

16.904,1 15.892,2 11.997,9 6.722,4 6.068,2 4.755,3 4.623,2 4.000,4 3.577,7 3.490,8

-13,6 23,5 13,5 44,3 46,1 20,1 43,5 48,6 23,4 41,3

91,0 97,9 1.303,7 1.069,0 738,8 1.238,2 610,6 911,1 223,1 372,0

106,4 -96,3 43,7 32,4 35,3 76,0 38,9 44,4 31,6 91,3

0,3 0,2 18,8 18,1 25,3 30,3 32,4 17,4 11,8 4,8

0,1 0,1 5,0 6,4 7,6 10,2 9,0 9,2 3,3 3,3

0,5 0,6 10,9 15,9 12,2 26,0 13,2 22,8 6,2 10,7

15 17 28 71 81 100 101 113 123 128

MANUFATURA 1 IUSA – INDUSTRIAS UNIDAS (1) 2 GRUPO VITRO 3 GRUPO CONDUMEX 4 TIGRE – TUBOS E CONEXÕES 5 MASISA 6 VITRO ENVASES

MÉX MÉX MÉX BRA CHI MÉX

2.397,1 1.836,2 1.409,0 1.030,0 915,5 914,0

-3,5 -12,5 -6,9 34,3 -14,1 -35,0

N.D. -63,5 191,8 78,9 40,0 N.D.

84,6 223,9 -9,3 -

-143,0 19,7 3,0 -

-2,5 9,1 1,7 -

-3,5 13,6 7,7 4,4 -

194 258 344 450 490 492

MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS 1 CATERPILLAR 2 WEG 3 BLACK & DECKER DE MÉXICO (1)

BRA BRA MÉX

2.746,6 2.418,2 1.133,6

22,0 25,5 5,9

N.D. 315,0 N.D.

31,4 -

23,2 -

10,2 -

13,0 -

174 190 419

MÍDIA 1 GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES 2 GRUPO TELEVISA 3 GRUPO ABRIL 4 GRUPO CLARÍN 5 EDITORA ABRIL

BRA MÉX BRA ARG BRA

4.819,4 4.006,8 1.771,2 1.743,8 1.143,5

48,2 15,5 38,4 5,5 39,2

1.094,3 459,8 78,3 75,8 64,6

414,9 -18,5 -33,9 0,1 -17,7

41,3 15,7 50,8 10,4 63,2

19,2 4,7 6,1 3,6 7,2

22,7 11,5 4,4 4,3 5,7

96 112 271 274 413

MINERAÇÃO 1 VALE 2 CODELCO 3 ESCONDIDA 4 GRUPO MÉXICO 5 INDUSTRIAS PEÑOLES 6 COLLAHUASI 7 ANTOFAGASTA PLC 8 MINERA MÉXICO (1) 9 SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. 10 MINERA YANACOCHA

BRA CHI CHI MÉX MÉX CHI CHI MÉX PER PER

27.852,4 12.147,8 7.071,0 4.830,8 3.429,8 3.208,3 2.962,6 2.850,0 2.223,3 2.077,4

-7,7 -15,8 -8,9 -19,9 -10,5 21,1 -12,2 0,0 -18,0 27,9

5.886,1 1.261,7 3.199,6 887,1 397,9 1.564,5 667,7 N.D. 706,9 712,8

-35,4 -19,5 -10,4 -17,6 -18,6 36,5 -60,9 -35,3 53,7

10,7 23,8 57,5 18,7 51,7 10,1 37,5 41,7

5,8 7,9 40,2 9,9 38,2 7,0 27,4 29,0

21,1 10,4 45,2 18,4 11,6 48,8 22,5 31,8 34,3

7 27 66 95 134 143 157 167 209 226

MULTISSETOR 1 ODEBRECHT 2 GRUPO VOTORANTIM 3 EMPRESAS COPEC 4 GRUPO CAMARGO CORRÊA 5 GRUPO ALFA

BRA BRA CHI BRA MÉX

20.618,3 16.423,6 9.954,7 9.062,6 8.849,9

35,7 9,4 -22,3 64,9 5,4

644,7 2.487,4 577,0 906,7 154,6

280,2 33.185,7 -4,3 281,6 122,5

40,8 15,9 6,4 19,4 6,4

2,4 4,5 3,7 6,1 1,9

3,1 15,1 5,8 10,0 1,7

10 16 38 45 50

1 - Estimativa; *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo

140 AméricaEconomia Julho, 2010


RK 2009

EMPRESA GRUPO BAL ( ) ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES UNILEVER GRUPO CARSO GRUPO SALINAS

PAÍS

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

ROE (%) ROA (%)

RK

MARGEM LÍQ. (%)

GERAL

2009

MÉX BRA BRA MÉX MÉX

8.207,6 8.030,6 6.350,6 5.054,0 4.620,0

3,5 98,1 44,2 6,1 3,5

N.D. -199,3 N.D. 489,1 N.D.

-518,7 3,4 -

-11,9 12,6 -

-1,5 6,5 -

-2,5 9,7 -

54 58 72 93 102

PETRÓLEO/GÁS 1 PETROBRAS 2 PEMEX 3 PDVSA 4 PEMEX REFINACIÓN 5 PETROBRAS DISTRIBUIDORA 6 ULTRAPAR 7 ECOPETROL 8 YPF 9 PETROECUADOR 10 IPIRANGA PRODUTOS DE PETRÓLEO

BRA MÉX VEN MÉX BRA BRA COL ARG EQU BRA

104.933,4 85.319,0 60.663,8 40.764,5 31.635,5 20.741,9 18.127,4 8.960,8 8.056,5 8.013,6

14,0 -11,2 -52,0 2,6 32,2 71,5 -16,3 -10,8 -25,9 38,4

16.644,7 -7.291,8 N.D. -7.102,9 840,0 268,1 2.600,5 910,2 N.D. 42,7

17,9 7,8 18,1 52,3 60,5 -49,8 -13,2 -68,8

18,2 -779,7 18,6 9,7 9,9 18,5 2,7

8,4 -7,1 -18,6 11,4 4,2 9,9 8,7 1,1

15,9 -8,5 -17,4 2,7 1,3 14,3 10,2 0,5

1 2 3 4 5 8 12 46 57 59

PETROQUÍMICO 1 PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA 2 PEQUIVEN (1) 3 BRASKEM 4 ALPEK 5 PEMEX PETROQUÍMICA 6 UNIPAR 7 QUATTOR 8 MEXICHEM 9 DOW BRASIL 10 YARA BRASIL

MÉX VEN BRA MÉX MÉX BRA BRA MÉX BRA BRA

13.211,4 11.453,6 8.757,4 3.971,0 3.837,7 2.898,0 2.714,0 2.349,6 1.864,5 1.203,9

-32,9 18,2 14,0 6,6 -33,9 47,4 71,1 4,6 15,9 -4,8

-91,4 N.D. 526,8 142,7 -1.536,3 -390,9 -131,7 224,4 72,4 1,9

-155,6 149,4 253,1 -13,4 -499,5 53,7 2.603,6 1.245,5 101,2

-2,7 19,3 -88,1 -196,0 -18,1 21,9 10,3 0,7

-0,9 4,1 4,6 -23,0 -48,0 -2,3 7,3 4,9 0,3

-0,7 6,0 3,6 -40,0 -13,5 -4,9 9,6 3,9 0,2

23 32 51 115 119 161 176 200 252 397

QUÍMICO/FARMACÊUTICO 1 BUNGE FERTILIZANTES 2 BASF 3 NATURA 4 NACIONAL DE DROGAS (1) 5 PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO (1) 6 BAYER 7 HERINGER FERTILIZANTES 8 AVON 9 MOSAIC 10 DOW QUÍMICA

BRA BRA BRA MÉX MÉX BRA BRA BRA BRA ARG

3.038,1 2.634,8 2.436,3 2.151,6 2.065,7 2.054,5 1.833,4 1.817,0 1.558,5 1.416,8

-10,9 38,0 57,4 -2,2 -2,1 41,3 21,6 8,5 -5,1 1,2

122,8 120,6 392,8 N.D. N.D. 23,9 34,2 N.D. -146,7 N.D.

51,9 11,5 77,2 -69,5 131,6 -79,9 -

9,3 13,5 60,0 3,5 20,1 -60,9 -

3,0 6,2 25,0 1,3 3,5 -14,2 -

4,0 4,6 16,1 1,2 1,9 -9,4 -

153 182 189 219 227 229 260 266 301 342

SERVIÇOS BÁSICOS 1 SABESP 2 EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN 3 AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ 4 COPASA 5 GRUPO ICE (1) 6 CCR RODOVIAS

BRA COL PAN BRA C.RI BRA

3.865,5 2.168,0 2.000,3 1.878,4 1.822,0 1.774,3

42,2 28,1 0,8 113,1 15,7 51,6

789,0 832,5 1.026,5 301,7 127,1 364,4

2.800,7 40,8 0,9 170,8 354,7 19,4

13,0 9,4 198,5 14,1 5,4 22,0

6,4 7,0 18,9 7,6 1,7 7,0

20,4 38,4 51,3 16,1 7,0 20,5

117 218 236 250 264 270

SERVIÇOS DE SAÚDE 1 AMIL

BRA

2.804,9

51,7

64,2

-30,8

8,9

3,2

2,3

172

6 7 8 9 10

Julho, 2010 AméricaEconomia 141


Por setor

RK 2009

EMPRESA

PAÍS

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO LUCRO 09/08 (%)

ROE (%) ROA (%)

RK

MARGEM LÍQ. (%)

GERAL

2009

GRUPO EMPRESARIAL ANGELES (1) EMPRESAS BANMÉDICA GRUPO OMNILIFE (1) MEDIAL SAÚDE GRUPO SALUDCOOP HOSPITALES ANGELES (1) EPS COOMEVA

MÉX CHI MÉX BRA COL MÉX COL

1.367,8 1.256,7 1.216,4 1.206,8 1.084,9 952,6 901,6

-2,3 30,2 -1,9 52,6 -18,5 -2,8 -

N.D. 55,6 N.D. -62,5 28,2 N.D. 2,7

17,5 -62.400,0 163,6 -

21,0 -25,6 11,1 4,5

6,5 -11,3 4,9 1,3

4,4 -5,2 2,6 0,3

353 374 388 395 434 473 500

SERVIÇOS GERAIS 1 CORREIOS E TELÉGRAFOS 2 AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES

BRA MÉX

6.306,9 2.600,0

41,8 0,9

67,6 N.D.

-80,3 -

3,7 -

1,7 -

1,1 -

73 183

SIDERURGIA/METALURGIA 1 TECHINT 2 GERDAU 3 TENARIS 4 GRUPO ARCELORMITTAL 5 CSN 6 USIMINAS 7 TERNIUM 8 GERDAU AÇOS LONGOS 9 INDUSTRIAS PEÑOLES – METALS (1) 10 ALTOS HORNOS DE MÉXICO

ARG BRA ARG BRA BRA BRA ARG BRA MÉX MÉX

17.786,0 15.242,4 8.149,3 8.139,6 6.305,1 6.273,9 4.959,0 4.141,7 2.907,4 2.013,5

-31,5 -15,0 -32,8 -4,1 5,2 -6,6 -41,4 3,5 -17,1 -22,0

N.D. 644,4 1.161,6 1.566,4 1.492,5 771,6 767,1 845,9 N.D. 72,2

-61,8 -45,3 156,8 -39,6 -44,1 -12,3 36,1 -79,6

6,1 12,8 23,7 47,2 8,8 12,3 25,2 4,8

2,5 8,6 10,9 8,9 5,2 7,5 15,2 1,8

4,2 14,3 19,2 23,7 12,3 15,5 20,4 3,6

13 18 55 56 74 75 94 109 159 232

TELECOMUNICAÇÕES 1 AMÉRICA MÓVIL 2 TELEMAR 3 TELEFÔNICA BRASIL 4 TELCEL 5 VIVO 6 TELÉFONOS DE MÉXICO 7 TELESP 8 TIM CELULAR 9 TELMEX INTERNACIONAL 10 CLARO TELECOM

MÉX BRA BRA MÉX BRA MÉX BRA BRA MÉX BRA

30.209,2 17.161,4 12.690,7 10.937,0 9.397,6 9.115,3 9.071,8 8.223,3 7.082,6 6.906,0

20,9 114,1 0,5 11,4 42,0 1,6 32,7 90,4 28,9 40,0

5.886,6 -250,4 N.D. N.D. 492,5 1.566,6 1.248,0 138,9 696,8 997,2

35,5 -150,7 195,4 7,4 20,5 76,5 74,1 138,6

43,4 -5,5 8,4 53,5 21,6 3,1 9,5 21,1

17,0 -0,7 3,9 11,5 10,6 1,5 5,2 9,6

19,5 -1,5 5,2 17,2 13,8 1,7 9,8 14,4

6 14 25 34 40 43 44 53 65 69

TÊXTIL/CALÇADO 1 COTEMINAS 2 GUARARAPES – RIACHUELO 3 ALPARGATAS 4 VULCABRAS

BRA BRA BRA BRA

1.531,1 1.254,0 1.151,6 917,2

13,3 53,4 62,2 31,6

1,8 123,0 77,4 78,6

-69,0 109,9 4,5 6,1

0,2 14,3 12,8 31,3

0,1 9,4 7,7 8,6

0,1 9,8 6,7 8,6

305 376 410 488

TRANSPORTE/LOGÍSTICA 1 TAM 2 LAN 3 VRG – LINHAS AÉREAS 4 GOL 5 SUDAMERICANA DE VAPORES 6 AEROMÉXICO (CINTRA) (1) 7 TRANSPETRO 8 MEXICANA DE AVIACIÓN (1) 9 AVIANCA 10 ALL AMÉRICA LATINA

BRA CHI BRA BRA CHI MÉX BRA MÉX COL BRA

5.685,9 3.519,2 3.444,0 3.441,7 3.031,9 2.383,5 2.262,7 1.808,5 1.722,8 1.419,5

25,5 -15,0 216,2 25,5 -38,7 13,5 41,8 1,6 4,8 32,2

771,0 233,0 398,5 493,0 -669,7 N.D. 229,8 N.D. 10,3 18,2

232,5 -31,1 198,6 183,2 -1.612,8 41,6 -49,3 -75,9

82,1 21,1 26,2 30,2 -113,2 21,0 2,9 0,8

10,2 4,0 9,6 10,2 -34,3 11,7 0,6 0,3

13,6 6,6 11,6 14,3 -22,1 10,2 0,6 1,3

86 127 132 133 154 196 205 267 279 339

2 3 4 5 6 7 8

1 - Estimativa; *ROE – Retorno sobre Patrimônio; **ROA – Retorno sobre Ativo

142 AméricaEconomia Julho, 2010


As 100 maiores do Brasil

O gigante desperta as empresas brasileiras se mantivessem como nunca no radar das fusões e aquisições: foram 649 apenas no ano passado, segundo a PricewaterhouseCoopers, em que o capital nacional esteve presente em 64% das compras de participação, seja de controle ou não. O grau de diversificação desses negócios é um ponto a destacar, incluindo desde alimentos, TI, química e varejo até o setor financeiro. Algumas das empresas resultantes desses processos já ganharam um grau de internacionalização invejável, como é o caso do frigorífico JBS, sobretudo quando se trata de setores em que a consolidação para ganho de escala global se torna um fator inevitável para garantir competitividade. E, mesmo quando o principal im-

EM EXPANSÃO Distribuição, por setor, das 100 maiores empresas brasileiras e suas vendas, em US$ milhões FONTE: AMÉRICAECONOMÍA INTELLIGENCE

16

ENERGIA ELÉTRICA 61.037

14 NO DE EMPRESAS NO RANKING

F

undamentos macroeconômicos sólidos, estabilidade, aumento de poder aquisitivo e um grande mercado fizeram com que o Brasil despontasse na região como um saudável sobrevivente da crise financeira mundial do final de 2008. Isso se reflete claramente no ranking deste ano: as empresas brasileiras e as operações de multinacionais no país representaram 48% do total das vendas das 500 Maiores Empresas da América Latina no exercício de 2009, somando 226 companhias, 14 a mais do que no ranking anterior. O otimismo frente a uma economia aquecida refletiu-se e continua se refletindo em vários anúncios de investimentos recordes. Alguns, para atender a um mercado consumidor ávido, como no caso do setor automobilístico. Outros, para fazer frente à imensa necessidade de infraestrutura que suporte o crescimento do país, o que inclui a responsabilidade de sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, como também às bases necessárias para transformar o Brasil, num futuro próximo, no quinto maior produtor de petróleo do mundo, graças às reservas do présal. Somente Petrobras (1ª do ranking) e Vale (7ª) anunciaram, em junho, investimentos de, respectivamente, US$ 224 bilhões e US$ 90 bilhões até 2014, cifras difíceis de serem alcançadas por suas concorrentes, demonstrando que elas se manterão como páreo duro em seus respectivos setores. E outro detalhe: a maior parte desses investimentos está concentrada no mercado interno. Tal dinâmica também fez com que

pulsionador de uma fusão foram perdas com a crise – casos da criação da Fibria (fusão de Aracruz Celulose e da Votorantim Celulose) e da Brasil Foods (Sadia com Perdigão), por causa da má aposta com derivativos cambiais de Aracruz e Sadia –, o resultado dessas uniões demonstrou-se positivo, comprovando as vantagens de ser grande e poder agir em nível global. Em outros casos, como o do setor de etanol, a conquista do interesse de empresas como a Shell – que, neste ano, criou uma joint venture com a Cosan no valor de US$ 12 bilhões, na esteira de diversos anúncios ocorridos em 2009 –, entre outras como Cargill, Tereos e Dreyfuss, demonstra o potencial de o país desenvolver tecnologia nova e limpa, essencial para a diversificação da matriz energética mundial. Assim, ao que tudo indica, o otimismo pós-crise que contaminou o Brasil promete fazer com que as empresas da maior economia latino-americana cheguem com fôlego extra também nas próximas edições do ranking.

12

TELECOMUNICAÇÕES 85.557 COMÉRCIO 61.037

10 8

AGROINDÚSTRIA 53.673

AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS A 43.812

6 PETRÓLEO/GÁS 181.088

4 2 0 -2

OUTROS 47.164

ALIMENTOS 28.099 MULTISSETOR 64.044

SIDERURGIA/ METALURGIA 40.103

ELETRÔNICO 15.727

TRANSPORTE/LOGÍSTICA 14.834

CONSTRUÇÃO 21.780

MINERAÇÃO 27.852

BEBIDAS 23.091

PETROQUÍMICO 14.369

Julho, 2010 AméricaEconomia 143


As 100 maiores do Brasil

SUBRK 2009

EMPRESA

SETOR

PETROBRAS PETROBRAS DISTRIBUIDORA VALE ULTRAPAR ODEBRECHT

PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS MINERAÇÃO PETRÓLEO/GÁS MULTISSETOR

6 7 8 9 10

JBS–FRIBOI TELEMAR GRUPO VOTORANTIM ELETROBRAS GERDAU

11 12 13 14 15

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2009 RK 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES 2009 MILHÕES MILHÕES MILHÕES

104.933,4 31.635,5 27.852,4 20.741,9 20.618,3

14,0 32,2 -7,7 71,5 35,7

16.644,7 840,0 5.886,1 268,1 644,7

34.693,0 1.163,8 10.698,2 777,9 2.441,0

198.488,0 7.375,6 100.929,9 6.369,3 26.545,9

91.583,2 4.521,8 54.983,3 2.773,5 1.579,2

1 5 7 8 10

AGROINDÚSTRIA TELECOMUNICAÇÕES MULTISSETOR ENERGIA ELÉTRICA SIDERURGIA/METALURGIA

19.705,8 17.161,4 16.423,6 15.892,2 15.242,4

51,8 114,1 9,4 23,5 -15,0

74,3 -250,4 2.487,4 97,9 644,4

738,1 4.200,9 3.160,9 3.074,6 1.551,3

24.402,2 34.990,3 55.649,4 76.853,1 25.604,9

9.607,2 4.591,4 15.608,6 43.700,8 10.629,1

11 14 16 17 18

CBD – GRUPO PÃO DE AÇÚCAR AMBEV CARREFOUR TELEFÔNICA BRASIL VOLKSWAGEN

COMÉRCIO BEBIDAS COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS

13.355,3 13.320,7 13.000,0 12.690,7 12.205,1

73,1 49,0 44,4 0,5 14,0

339,8 3.437,9 N.D. N.D. N.D.

784,1 6.313,9 N.D. N.D. N.D.

10.345,0 23.030,7 N.D. N.D. 7.061,4

3.767,2 12.645,0 N.D. N.D. 1.590,5

21 22 24 25 26

16 17 18 19 20

FIAT AUTOMÓVEIS BUNGE ALIMENTOS WALMART NORBERTO ODEBRECHT COCA-COLA

AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS AGROINDÚSTRIA COMÉRCIO CONSTRUÇÃO BEBIDAS

11.824,8 11.805,8 11.336,8 10.520,4 9.770,0

49,7 24,0 56,3 48,3 52,2

948,0 69,5 N.D. 565,5 N.D.

1.688,2 111,3 N.D. 1.018,3 N.D.

5.559,0 5.217,4 N.D. 8.241,8 N.D.

681,0 1.409,2 N.D. 1.698,0 N.D.

29 30 33 35 39

21 22 23 24 25

VIVO BRASIL FOODS (BRF) CARGILL TELESP GRUPO CAMARGO CORRÊA

TELECOMUNICAÇÕES ALIMENTOS AGROINDÚSTRIA TELECOMUNICAÇÕES MULTISSETOR

9.397,6 9.135,0 9.117,8 9.071,8 9.062,6

42,0 87,4 33,0 32,7 64,9

492,5 69,2 186,9 1.248,0 906,7

2.997,0 391,1 N.D. 3.356,1 N.D.

12.644,8 14.768,2 2.396,5 11.751,3 14.824,8

5.852,8 7.543,4 246,1 5.776,1 4.675,6

40 41 42 44 45

26 27 28 29 30

NESTLÉ BRASKEM GENERAL MOTORS TIM CELULAR GRUPO ARCELORMITTAL

ALIMENTOS PETROQUÍMICA AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS TELECOMUNICAÇÕES SIDERURGIA/METALURGIA

8.908,0 8.757,4 8.462,3 8.223,3 8.139,6

65,9 14,0 1,6 90,4 -4,1

N.D. 526,8 N.D. 138,9 1.566,4

N.D. 1.349,0 N.D. 1.757,3 N.D.

N.D. 12.695,3 N.D. 9.501,7 14.412,8

N.D. 2.723,4 N.D. 4.506,1 6.620,9

47 51 52 53 56

31 32 33 34 35

ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES IPIRANGA PRODUTOS DE PETRÓLEO COSAN CLARO TELECOM CEMIG

MULTISSETOR PETRÓLEO/GÁS ALIMENTOS TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA

8.030,6 8.013,6 7.638,9 6.906,0 6.722,4

98,1 38,4 274,8 40,0 44,3

-199,3 42,7 366,4 997,2 1.069,0

N.D. N.D. 760,4 1.670,1 2.319,4

13.421,8 3.768,8 7.699,6 10.438,6 16.578,4

1.673,0 1.569,5 2.825,9 4.723,5 5.901,4

58 59 62 69 71

36 37 38 39 40

UNILEVER CORREIOS E TELÉGRAFOS CSN USIMINAS BRASIL TELECOM

MULTISSETOR SERVIÇOS GERAIS SIDERURGIA/METALURGIA SIDERURGIA/METALURGIA TELECOMUNICAÇÕES

6.350,6 6.306,9 6.305,1 6.273,9 6.247,7

44,2 41,8 5,2 -6,6 29,2

N.D. 67,6 1.492,5 771,6 -656,3

N.D. 343,7 2.513,7 997,2 407,6

N.D. 4.015,4 16.751,2 14.787,1 13.069,2

N.D. 1.819,6 3.164,7 8.740,4 6.372,0

72 73 74 75 78

41 42 43 44 45

EMBRAER EMBRATEL CPFL ENERGIA EXTRA CASAS BAHIA

IND. AEROESPACIAL TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO COMÉRCIO

6.209,9 6.088,9 6.068,2 5.980,6 5.896,4

23,5 45,5 46,1 14,1 0,0

513,8 742,4 738,8 N.D. N.D.

664,7 1.613,8 1.594,6 N.D. N.D.

9.157,8 9.464,1 9.688,7 N.D. N.D.

2.883,5 5.477,7 2.919,2 N.D. N.D.

79 80 81 82 83

46 47 48 49 50

TAM MARFRIG FORD REFINARIA ALBERTO PASQUALINI (REFAP) GLOBO COMUNICAÇÕES E PARTICIPAÇÕES

TRANSPORTE/LOGÍSTICA AGROINDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS PETRÓLEO/GÁS MÍDIA

5.685,9 5.522,5 5.473,4 5.298,4 4.819,4

25,5 108,0 2,3 24,9 48,2

771,0 390,0 N.D. 631,7 1.094,3

509,1 470,7 N.D. 830,5 87,6

7.544,9 6.576,9 N.D. 3.238,2 5.712,3

938,7 2.403,1 N.D. 765,2 2.651,8

86 87 90 92 96

1 2 3 4 5

144 AméricaEconomia Julho, 2010


SUBRK 2009

EMPRESA

SETOR

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2009 RK 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES 2009 MILHÕES MILHÕES MILHÕES

51 52 53 54 55

LOJAS AMERICANAS ELETROPAULO ESSO GRUPO BERTIN (AGORA JBS) VOTORANTIM CIMENTOS

COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS AGROINDÚSTRIA CIMENTO

4.786,9 4.623,2 4.279,0 4.193,9 4.168,0

60,4 43,5 0,0 47,9 62,3

87,3 610,6 N.D. -336,8 810,7

581,9 903,6 N.D. 430,3 N.D.

3.875,5 6.808,7 N.D. 5.859,7 7.770,7

218,3 1.884,5 N.D. 1.452,5 2.000,2

99 101 105 107 108

56 57 58 59 60

GERDAU AÇOS LONGOS OI – TNL PCS NEOENERGIA ALESAT COMBUSTÍVEIS SABESP

SIDERURGIA/METALURGIA TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS SERVIÇOS BÁSICOS

4.141,7 4.120,4 4.000,4 3.955,8 3.865,5

3,5 84,9 48,6 53,6 42,2

845,9 310,9 911,1 17,3 789,0

N.D. 1.009,2 1.592,3 104,0 1.551,8

5.557,0 8.226,8 9.930,3 572,1 12.385,3

3.350,3 5.449,6 5.246,2 73,5 6.046,2

109 110 113 116 117

61 62 63 64 65

WHIRLPOOL LA FONTE PARTICIPAÇÕES FURNAS FIBRIA VRG – LINHAS AÉREAS

ELETRÔNICO MULTISSETOR ENERGIA ELÉTRICA CELULOSE/PAPEL TRANSPORTE/LOGÍSTICA

3.833,4 3.558,3 3.490,8 3.445,7 3.444,0

51,2 150,9 41,3 169,2 216,2

208,6 -41,8 372,0 320,5 398,5

366,5 853,3 709,2 901,9 N.D.

2.479,2 7.689,7 11.409,8 16.266,8 4.147,5

943,3 56,9 7.763,8 5.751,8 1.521,6

120 126 128 131 132

66 67 68 69 70

GOL CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ SOUZA CRUZ COPEL SAMSUNG ELETRÔNICA AMAZÔNIA

TRANSPORTE/LOGÍSTICA CONSTRUÇÃO AGROINDÚSTRIA ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICO

3.441,7 3.337,1 3.326,8 3.226,1 3.200,0

25,5 87,0 46,7 38,1 18,6

493,0 -276,2 852,8 589,5 N.D.

300,6 N.D. 1.163,5 998,6 N.D.

4.824,8 3.437,8 2.192,3 7.944,8 N.D.

1.631,3 1.328,9 1.088,6 5.071,3 N.D.

133 135 136 141 144

71 72 73 74 75

ENDESA BRASIL LIGHT HONDA BUNGE FERTILIZANTES GENERAL ELECTRIC

ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA ELÉTRICA AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS QUÍMICO/FARMACÊUTICO ELETRÔNICO

3.143,1 3.119,9 3.090,7 3.038,1 3.000,0

44,8 35,4 2,1 -10,9 -10,7

457,4 347,4 N.D. 122,8 N.D.

N.D. 689,9 N.D. N.D. N.D.

6.576,7 5.375,7 N.D. 4.071,9 N.D.

2.012,1 1.658,1 N.D. 1.325,5 N.D.

146 149 151 153 155

76 77 78 79 80

UNIPAR REDE ENERGIA LG CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA

PETROQUÍMICO ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO

2.898,0 2.897,2 2.873,6 2.868,4 2.837,9

47,4 69,4 -7,2 43,8 59,1

-390,9 11,7 N.D. 565,5 376,1

-93,5 682,1 N.D. 121,6 N.D.

815,1 6.704,5 N.D. 3.353,6 2.740,8

199,4 648,1 N.D. 1.698,0 1.708,3

161 162 165 166 168

81 82 83 84 85

HP BRASIL AMIL RENAULT CATERPILLAR CPFL – COMPANHIIA PAULISTA DE FORÇA E LUZ

ELETRÔNICO SERVIÇOS DE SAÚDE AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS ENERGIA ELÉTRICA

2.820,0 2.804,9 2.755,7 2.746,6 2.745,8

23,0 51,7 40,6 22,0 47,6

N.D. 64,2 -150,7 N.D. 263,0

N.D. 60,5 N.D. N.D. 492,3

N.D. 2.026,5 1.982,0 N.D. 2.531,9

N.D. 724,4 592,9 N.D. 285,7

171 172 173 174 175

86 87 88 89 90

QUATTOR ENERGIAS DO BRASIL MAKRO NET BRASIL BASF

PETROQUÍMICO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES QUÍMICO/FARMACÊUTICO

2.714,0 2.669,6 2.658,9 2.649,5 2.634,8

71,1 27,2 42,8 67,8 38,0

-131,7 359,0 60,6 422,7 120,6

307,2 814,9 N.D. 713,4 N.D.

5.653,1 6.620,5 851,9 4.786,2 1.950,4

727,2 2.451,6 268,1 2.014,4 893,7

176 179 180 181 182

91 92 93 94 95

CHESF – HIDROELÉTRICA DO SÃO FRANCISCO NATURA WEG COAMO PONTO FRIO – GLOBEX

ENERGIA ELÉTRICA QUÍMICO/FARMACÊUTICO MÁQUINAS/EQUIPAMENTOS ALIMENTOS COMÉRCIO

2.438,3 2.436,3 2.418,2 2.416,8 2.392,0

18,1 57,4 25,5 30,4 48,3

439,3 392,8 315,0 166,4 -181,2

N.D. 579,2 466,3 N.D. -189,0

10.880,7 1.574,3 3.086,2 1.862,9 1.399,9

9.004,7 654,6 1.357,0 1.079,7 368,9

188 189 190 191 195

SUZANO PAPEL E CELULOSE TRANSPETRO COMGÁS CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO PÃO DE AÇÚCAR

CELULOSE/PAPEL TRANSPORTE/LOGÍSTICA PETRÓLEO/GÁS CONSTRUÇÃO COMÉRCIO

2.270,1 2.262,7 2.230,9 2.216,5 2.185,0

30,6 41,8 30,7 98,5 12,5

504,2 229,8 211,3 277,0 N.D.

586,2 N.D. 478,2 N.D. N.D.

7.327,7 1.956,0 2.199,2 1.630,6 N.D.

2.517,7 1.092,0 734,6 1.050,8 N.D.

204 205 207 211 214

96 97 98 99 100

Julho, 2010 AméricaEconomia 145


As 100 maiores do México

Sem fôlego A FORTE RECESSÃO EM 2009 AFETOU OS RESULTADOS DAS EMPRESAS NO PAÍS, TENDÊNCIA QUE JÁ SE INDENTIFICAVA EM RANKINGS ANTERIORES

O

NO DE EMPRESAS NO RANKING

ano de 2009 foi desastroso pao México contava com 138 empresas no mente do que se previa. ra a economia mexicana, que ranking das 500 Maiores Empresas da Outro fator que intensifica essa tense contraiu 6,5%, e arrastou América Latina. Nesta última edição, dência é o fato de que o setor empresatambém as grandes empresas do país, são 119. Há 15 anos, o país dominava rial mexicano parece ter se limitado a que perderam terreno nesta edição do quase a metade do ranking; em 2009, um grupo de gigantes que reinaram por ranking das 500 Maiores Empresas da foram as empresas instaladas no Brasil anos, sem a chegada de novas potênAmérica Latina. que tiveram esse papel. cias. As empresas do multimilionário A alta dependência que o país tem É uma queda lenta, mas sustentada. Carlos Slim, como Telmex e América dos Estados Unidos Móvil, dominam há foi sentidamente vianos o setor de telecovida em 2009. Quase municações. Os bons NEM SÓ PETRÓLEO Distribuição, por setor, das 100 maiores empresas 80% das exportações resultados da segunmexicanas e suas vendas, em US$ milhões mexicanas têm como da, cujas vendas cresFONTE: AMÉR CAECONOMÍA INTELLIGENCE destino o vizinho do ceram 20,9%, devem22 OUTROS norte, cuja recuperase principalmente à COMÉRCIO 37.604 20 77.475 ção tem sido muito expansão para outros 18 mais lenta do que países da América La16 muito analistas hatina, especialmente 14 ELETRÔNICO viam previsto. Esse Brasil, Argentina, 12 AUTOMOTIVO/AUTOPEÇAS 24.005 foi o caso do setor Colômbia e Chile. A 53.349 SIDERURGIA/ 10 BEBIDAS METALURGIA automotivo/autope38.308 Telmex, companhia 8 MINERAÇÃO 11.047 ALIMENTOS CIMENTO 13.673 ças, em que todas as de telefonia fi xa com 25.649 6 21.339 empresas registraoperações no México, 4 MULTISSETOR TELECOMUNICAÇÕES 30.392 ram queda nas vencresceu apenas 1,6% 2 59.569 PETROQUÍMICO das. Outras, como em 2009; já a Telmex 23.370 0 ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS 19.317 a Cemex, que tem Internacional regis126.084 -2 operações em vários trou alta de 29%, gramercados desenvolças a empresas como A petrolífera estatal Pemex continua vidos, também sofreram uma amarga a Embratel, seu braço de telefonia no em segundo lugar, mas, em meados retração econômica. As vendas da famercado brasileiro. da década, era, inquestionavelmente, a bricante de cimentos caíram 7,2% no De qualquer forma, alguns setores número 1. Os motivos para tal resultado ano passado. demonstraram uma reação, como é o são vários, mas a maioria dos analistas Há indícios claros, entretanto, de caso do varejo. As vendas do Wal-Mart concorda que a companhia não tem saque os reflexos da crise só intensificado México, por exemplo, cresceram bido investir em exploração. Os campos ram uma tendência de perda de vigor 16,9%, colocando a companhia nortede Cantarell, de longe a maior reserva da que as companhias desse país vêm mosamericana entre as dez maiores emprePemex, estão se esgotando mais rapidatrando. Para se ter uma ideia, em 2005, sas que operam na América Latina.

146 AméricaEconomia Julho, 2010


Leve a economia com você, para qualquer lugar. Aplicativo Valor para iPhone. Você lê, seleciona, salva, envia e compartilha os principais índices, cotações e notícias sobre economia, negócios e investimentos. Acesse www.valoronline.com.br/iphone e saiba mais.

3G

www.va l o ro n l i n e . c o m . b r


As 100 maiores do México

SUBRK 2009

EMPRESA

SETOR

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2009 RK 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES 2009 MILHÕES MILHÕES MILHÕES

1 2 3 4 5

PEMEX PEMEX REFINACIÓN AMÉRICA MÓVIL WAL-MART DE MÉXICO COMISIÓN FEDERAL DE ELECTRICIDAD

PETRÓLEO/GÁS PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA

85.319,0 40.764,5 30.209,2 20.699,0 16.904,1

-11,2 2,6 20,9 16,9 -13,6

-7.291,8 -7.102,9 5.886,6 1.286,3 91,0

32.990,2 -9.279,7 12.160,0 2.059,9 N.D.

102.606,8 38.108,6 34.671,0 10.189,8 61.693,8

-5.148,7 911,0 13.560,0 6.363,7 29.247,4

2 4 6 9 15

6 7 8 9 10

CEMEX FEMSA PEMEX GAS Y PETROQUÍMICA BÁSICA GENERAL MOTORS DE MÉXICO (1) TELCEL

CIMENTO BEBIDAS PETROQUÍMICO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS TELECOMUNICAÇÕES

15.138,7 15.080,0 13.211,4 11.485,8 10.937,0

-7,2 24,1 -32,9 -4,5 11,4

107,9 758,3 -91,4 N.D. N.D.

2.767,0 2.763,0 -85,5 N.D. 6.021,5

44.565,3 16.155,8 10.256,0 N.D. N.D.

16.368,9 6.248,1 3.386,6 N.D. N.D.

19 20 23 31 34

11 12 13 14 15

NISSAN MEXICANA (1) TELÉFONOS DE MÉXICO GRUPO BIMBO CHRYSLER (1) GRUPO ALFA

AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS TELECOMUNICAÇÕES ALIMENTOS AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS MULTISSETOR

10.150,1 9.115,3 8.905,1 8.864,6 8.849,9

-3,6 1,6 49,6 -2,8 5,4

N.D. 1.566,6 455,8 N.D. 154,6

N.D. 4.003,8 1.212,1 N.D. 1.092,9

N.D. 13.650,4 7.402,0 N.D. 8.272,6

N.D. 2.929,7 3.069,4 N.D. 2.427,9

37 43 48 49 50

16 17 18 19 20

GRUPO BAL (1) VOLKSWAGEN DE MÉXICO (1) COCA-COLA FEMSA BODEGA AURRERÁ TELMEX INTERNACIONAL

MULTISSETOR AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS BEBIDAS COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES

8.207,6 7.985,3 7.865,3 7.368,8 7.082,6

3,5 -1,9 31,1 23,3 28,9

N.D. N.D. 652,3 N.D. 696,8

N.D. N.D. 1.511,2 N.D. 1.728,0

N.D. N.D. 8.469,5 N.D. 13.340,1

N.D. N.D. 5.064,8 N.D. 7.327,2

54 60 61 63 65

21 22 23 24 25

ORGANIZACIÓN SORIANA GRUPO MODELO HEWLETT – PACKARD MÉXICO (1) WAL-MART SUPERCENTER FORD MOTOR COMPANY ( )

COMÉRCIO BEBIDAS ELETRÔNICO COMÉRCIO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS

6.783,9 6.265,3 6.263,9 5.754,3 5.697,0

2,1 15,0 9,8 15,4 -3,2

219,5 660,5 N.D. N.D. N.D.

502,7 1.953,0 N.D. N.D. N.D.

5.030,3 8.982,3 N.D. N.D. N.D.

2.443,8 5.652,4 N.D. N.D. N.D.

70 76 77 84 85

26 27 28 29 30

SAM’S CLUB GRUPO CARSO GRUPO MÉXICO CEMEX MÉXICO (1) GRUPO SALINAS

COMÉRCIO MULTISSETOR MINERAÇÃO CIMENTO MULTISSETOR

5.485,2 5.054,0 4.830,8 4.797,0 4.620,0

14,5 6,1 -19,9 23,0 3,5

N.D. 489,1 887,1 N.D. N.D.

N.D. 840,6 2.152,9 N.D. 830,0

N.D. 7.475,8 N.D. N.D. N.D.

N.D. 3.885,9 N.D. N.D. N.D.

89 93 95 98 102

31 32 33 34 35

CONTROLADORA MABE (1) COMERCIAL MEXICANA OXXO (FEMSA COMERCIO) GRUPO TELEVISA ALPEK

ELETRÔNICO COMÉRCIO COMÉRCIO MÍDIA PETROQUÍMICO

4.325,3 4.201,3 4.113,9 4.006,8 3.971,0

9,5 9,0 20,2 15,5 6,6

N.D. 26,4 345,7 459,8 142,7

N.D. 307,2 N.D. 1.537,3 N.D.

N.D. 3.852,6 1.512,9 9.686,9 3.125,5

N.D. 1.072,1 N.D. 2.921,3 N.D.

104 106 111 112 115

36 37 38 39 40

GRUPO MASECA PEMEX PETROQUÍMICA GRUPO PEPSICO (1) GRUPO INDUSTRIAL LALA (1) EL PUERTO DE LIVERPOOL

ALIMENTOS PETROQUÍMICO BEBIDAS ALIMENTOS COMÉRCIO

3.864,2 3.837,7 3.682,8 3.630,0 3.575,5

19,3 -33,9 11,6 21,0 9,3

117,0 -1.536,3 N.D. N.D. 289,8

417,5 -1.477,1 N.D. N.D. 524,1

3.365,0 6.679,4 N.D. N.D. 4.528,4

589,4 1.743,2 N.D. N.D. 2.551,3

118 119 121 122 124

41 42 43 44 45

CERVECERÍA CUAUHTÉMOC MOCTEZUMA INDUSTRIAS PEÑOLES SANMINA – SCI SYSTEMS DE MÉXICO (1) NESTLÉ DE MÉXICO (1) GRUPO ELEKTRA

BEBIDAS MINERAÇÃO ELETRÔNICO ALIMENTOS COMÉRCIO

3.559,8 3.429,8 3.299,7 3.283,3 3.277,4

15,7 -10,5 8,9 15,0 8,0

453,3 397,9 N.D. N.D. 378,5

N.D. 836,1 N.D. N.D. 431,3

5.533,6 4.011,7 N.D. N.D. 9.125,3

N.D. 2.124,2 N.D. N.D. 2.862,6

125 134 137 138 139

46 47 48 49 50

ALMACENES COPPEL DELPHI AUTOMOTIVE SYSTEMS (1) INDUSTRIAS PEÑOLES–METALS (1) MINERA MÉXICO (1) FLEXTRONICS MANUFACTURING (1)

COMÉRCIO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS SIDERURGIA/METALURGIA MINERAÇÃO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS

3.080,7 2.951,2 2.907,4 2.850,0 2.835,8

17,0 -4,6 -17,1 0,0 -3,8

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

3.022,7 N.D. N.D. N.D. N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

152 158 159 167 169

148 AméricaEconomia Julho, 2010


SUBRK 2009

EMPRESA

51 52 53 54 55

GENERAL ELECTRIC (1) PHILIP MORRIS DE MÉXICO (1) AEROPUERTOS Y SERVICIOS AUXILIARES GRUPO SANBORNS IBERDROLA DE MÉXICO (1)

ELETRÔNICO AGROINDÚSTRIA SERVIÇOS GERAIS COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA

2.833,6 2.702,5 2.600,0 2.570,6 2.412,7

10,3 32,8 0,9 10,1 4,9

N.D. N.D. N.D. 236,0 N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

170 177 183 184 193

56 57 58 59 60

IUSA – INDUSTRIAS UNIDAS (1) AEROMÉXICO (CINTRA) ( ) EMPRESAS ICA MEXICHEM HOME DEPOT (1)

MANUFATURA TRANSPORTE/LOGÍSTICA CONSTRUÇÃO PETROQUÍMICA COMÉRCIO

2.397,1 2.383,5 2.362,7 2.349,6 2.336,2

-3,5 13,5 43,6 4,6 10,2

N.D. N.D. 45,6 224,4 N.D.

N.D. N.D. 284,6 523,8 N.D.

N.D. N.D. 4.955,3 3.083,9 N.D.

N.D. N.D. 1.286,2 1.026,4 N.D.

194 196 198 200 201

61 62 63 64 65

GRUPO CASA SABA DANONE (1) MOVISTAR SIGMA NACIONAL DE DROGAS (1)

COMÉRCIO ALIMENTOS TELECOMUNICAÇÕES ALIMENTOS QUÍMICO/FARMACÊUTICO

2.280,1 2.271,3 2.224,5 2.187,0 2.151,6

11,1 32,0 -3,2 15,9 -2,2

21,5 N.D. N.D. 87,0 N.D.

90,2 N.D. N.D. N.D. N.D.

1.154,7 N.D. N.D. 1.438,5 N.D.

509,1 N.D. N.D. N.D. N.D.

202 203 208 213 219

66 67 68 69 70

GRUPO XIGNUX PROCTER & GAMBLE DE MÉXICO (1) ALTOS HORNOS DE MÉXICO NEMAK KIMBERLY CLARK DE MÉXICO

MULTISSETOR QUÍMICO/FARMACÊUTICO SIDERURGIA/METALURGIA AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS CELULOSE/PAPEL

2.132,5 2.065,7 2.013,5 1.949,0 1.890,6

-4,6 -2,1 -22,0 -18,1 13,4

90,2 N.D. 72,2 -194,1 317,8

180,1 N.D. 268,1 N.D. 604,4

1.736,9 N.D. 3.999,3 3.023,0 2.079,3

672,4 N.D. 1.495,3 N.D. 660,8

220 227 232 242 248

71 72 73 74 75

EMBOTELLADORAS ARCA GRUPO VITRO PHILIPS MEXICANA ( ) MEXICANA DE AVIACIÓN (1) INDUSTRIAS BACHOCO

BEBIDAS MANUFATURA ELETRÔNICO TRANSPORTE/LOGÍSTICA AGROINDÚSTRIA

1.854,8 1.836,2 1.832,5 1.808,5 1.780,4

26,7 -12,5 11,4 1,6 22,4

187,6 -63,5 N.D. N.D. 61,0

374,3 214,3 N.D. N.D. 158,9

1.962,5 2.503,5 N.D. N.D. 1.521,4

1.209,0 44,4 N.D. N.D. 1.116,5

254 258 261 267 269

76 77 78 79 80

INDUSTRIAS CH MEGA NOKIA (1) DEACERO (1) GRUPO KUO

SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO ELETRÔNICO SIDERURGIA/METALURGIA MULTISSETOR

1.696,5 1.675,1 1.592,1 1.582,7 1.528,0

-40,2 5,8 9,8 -2,3 -4,4

-49,9 N.D. N.D. N.D. 38,2

N.D. N.D. N.D. N.D. 144,3

81,1 N.D. N.D. N.D. 1.400,4

1.561,2 N.D. N.D. N.D. 382,2

284 285 295 296 308

81 82 83 84 85

GRUPO VIZ (1) CONSTRUCTORAS ICA DESARROLLADORA HOMEX GRUPO SIMEC GRUPO CORVI (1)

ALIMENTOS CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO SIDERURGIA/METALURGIA COMÉRCIO

1.508,0 1.506,1 1.486,7 1.471,9 1.471,8

16,0 -3,0 9,1 -42,1 11,5

N.D. N.D. 140,9 -24,7 N.D.

N.D. N.D. 279,6 20,0 N.D.

N.D. N.D. 2.645,4 2.057,5 N.D.

N.D. N.D. 994,0 1.361,6 N.D.

312 314 316 322 323

86 87 88 89 90

CORPORACIÓN GEO CORPORATIVO FRAGUA TOYOTA (1) GRUPO CONDUMEX CEMENTOS CRUZ AZUL (1)

CONSTRUÇÃO COMÉRCIO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS MANUFATURA CIMENTO

1.470,3 1.465,4 1.430,5 1.409,0 1.403,6

16,5 21,0 -2,7 -6,9 21,0

117,0 46,6 N.D. 191,8 N.D.

275,3 56,6 N.D. N.D. N.D.

2.313,4 577,8 N.D. N.D. N.D.

755,3 326,8 N.D. N.D. N.D.

324 326 337 344 345

91 92 93 94 95

INDUSTRIAS PEÑOLES – MINING (1) GRUPO VILLACERO (1) GRUPO EMPRESARIAL ANGELES (1) SONY DE MÉXICO (1) SEARS (1)

MINERAÇÃO SIDERURGIA/METALURGIA SERVIÇOS DE SAÚDE ELETRÔNICO COMÉRCIO

1.397,1 1.374,8 1.367,8 1.357,5 1.335,8

51,5 -1,8 -2,3 8,6 17,4

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. 1.556,8

N.D. N.D. N.D. N.D. 173,0

347 351 353 356 362

SIEMENS MÉXICO (1) GRUPO OMNILIFE (1) WHIRLPOOL MÉXICO (1) ASARCO UNILEVER DE MÉXICO (1)

ELETRÔNICO SERVIÇOS DE SAÚDE ELETRÔNICO MINERAÇÃO QUÍMICO/FARMACÊUTICO

1.331,5 1.216,4 1.168,7 1.164,9 1.162,6

7,9 -1,9 8,1 -37,5 1,8

N.D. N.D. N.D. 195,0 N.D.

N.D. N.D. N.D. 360,2 N.D.

N.D. N.D. N.D. 1.234,0 N.D.

N.D. N.D. N.D. 367,2 N.D.

363 388 402 403 406

96 97 98 99 100

SETOR

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2009 RK 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES 2009 MILHÕES MILHÕES MILHÕES

Julho, 2010 AméricaEconomia 149


As 50 maiores do Chile

SUBRK 2009

EMPRESA

SETOR

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2009 RK 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES 2009 MILHÕES MILHÕES MILHÕES

CODELCO ENERSIS CENCOSUD EMPRESAS COPEC ENAP

MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO MULTISSETOR PETRÓLEO/GÁS

12.147,8 11.997,9 10.518,2 9.954,7 7.097,5

-15,8 13,5 7,9 -22,3 -41,8

1.261,7 1.303,7 190,2 577,0 200,4

5.469,9 4.802,9 801,9 N.D. 546,0

16.039,1 26.084,8 9.783,5 15.600,2 5.559,8

5.308,6 6.947,6 4.297,6 8.956,7 443,8

27 28 36 38 64

6 7 8 9 10

ESCONDIDA FALABELLA ENDESA D&S CGE

MINERAÇÃO COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA

7.071,0 6.959,4 4.755,3 4.540,9 3.577,7

-8,9 17,5 20,1 33,7 23,4

3.199,6 393,0 1.238,2 N.D. 223,1

N.D. 919,6 2.395,5 95,7 N.D.

7.968,4 8.167,4 12.182,0 3.177,1 6.730,1

5.568,6 3.533,2 4.085,6 1.027,3 1.896,0

66 67 100 103 123

11 12 13 14 15

LAN COLLAHUASI CMPC PAPELES Y CARTONES ARAUCO SUDAMERICANA DE VAPORES

TRANSPORTE/LOGÍSTICA MINERAÇÃO CELULOSE/PAPEL CELULOSE/PAPEL TRANSPORTE/LOGÍSTICA

3.519,2 3.208,3 3.127,7 3.113,0 3.031,9

-15,0 21,1 5,0 -15,6 -38,7

233,0 1.564,5 261,0 304,6 -669,7

N.D. 2.136,0 646,2 N.D. -558,7

5.772,0 4.094,4 12.263,9 11.415,8 1.954,4

1.105,9 3.027,2 7.109,8 6.382,4 591,4

127 143 147 150 154

16 17 18 19 20

ANTOFAGASTA PLC MALL PLAZA ( ) SODIMAC CHILECTRA LOS PELAMBRES

MINERAÇÃO COMÉRCIO COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO

2.962,6 2.180,0 2.130,9 2.095,2 2.024,5

-12,2 9,0 20,8 21,9 -6,7

667,7 N.D. 67,4 401,5 956,2

N.D. N.D. 138,9 324,2 1.363,0

9.510,5 N.D. 1.018,5 2.755,8 3.418,6

6.617,4 N.D. 488,9 2.009,6 2.082,3

157 216 221 225 231

21 22 23 24 25

ENTEL RIPLEY ANGLO AMERICAN SUR AGROSUPER JUMBO

TELECOMUNICAÇÕES COMÉRCIO MINERAÇÃO AGROINDÚSTRIA COMÉRCIO

1.951,2 1.753,4 1.707,7 1.700,0 1.670,0

15,1 7,6 -14,6 30,8 36,5

280,9 12,9 733,0 N.D. N.D.

782,6 8,4 N.D. N.D. N.D.

2.696,1 2.165,0 3.229,2 N.D. N.D.

1.304,9 1.243,1 2.582,8 N.D. N.D.

241 273 280 283 286

26 27 28 29 30

AES GENER FASA SANTA ISABEL CCU MOVISTAR

ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO COMÉRCIO BEBIDAS TELECOMUNICAÇÕES

1.655,6 1.642,8 1.582,6 1.533,4 1.507,8

0,9 11,8 27,3 23,4 16,6

328,4 12,1 N.D. 252,8 285,1

550,6 53,5 N.D. N.D. N.D.

5.431,2 714,5 N.D. 2.179,5 2.410,0

2.597,2 112,3 N.D. 912,7 1.616,2

288 289 297 303 313

31 32 33 34 35

EMBOTELLADORA ANDINA SHELL CHILE (1) SIGDO KOPPERS SQM CAP

BEBIDAS PETRÓLEO/GÁS CONSTRUÇÃO MINERAÇÃO SIDERURGIA/METALURGIA

1.467,4 1.460,8 1.442,1 1.438,8 1.388,2

9,0 -8,4 19,9 -19,8 -30,4

171,6 N.D. 68,8 327,5 -14,9

317,8 N.D. 251,2 595,1 125,7

1.155,6 N.D. 1.965,0 3.207,4 2.417,2

664,6 N.D. 587,4 1.468,6 950,3

325 327 333 335 349

36 37 38 39 40

TELEFÓNICA CHILE PETROBRAS ( ) ENTEL PCS ENAMI EMPRESAS BANMÉDICA

TELECOMUNICAÇÕES PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES MINERAÇÃO SERVIÇOS DE SAÚDE

1.365,8 1.350,0 1.340,1 1.303,9 1.256,7

25,4 -9,7 14,3 -12,0 30,2

85,9 N.D. 230,7 38,2 55,6

493,0 N.D. 568,0 101,5 102,3

2.708,2 N.D. 1.443,2 1.390,4 856,5

1.132,2 N.D. 561,7 775,6 264,8

355 359 361 367 374

41 42 43 44 45

CGE DISTRIBUCIÓN QUIÑENCO MINERA VALPARAÍSO ANGLO AMERICAN NORTE COLBÚN

ENERGIA ELÉTRICA MULTISSETOR MULTISSETOR MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA

1.219,4 1.208,6 1.203,7 1.175,6 1.160,8

17,2 3,0 3,6 45,5 0,9

72,7 368,9 399,9 298,7 234,7

101,4 55,0 644,0 N.D. 337,1

999,7 3.982,3 9.078,7 622,8 5.447,3

463,6 2.105,5 6.787,7 295,6 3.430,7

386 392 398 401 407

46 47 48 49 50

SALFACORP CMPC TISSUE CANDELARIA XSTRATA COPPER CHILE S/A EDELNOR

CONSTRUÇÃO CELULOSE/PAPEL MINERAÇÃO MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA

1.123,7 1.071,7 1.071,4 990,6 978,5

16,4 18,6 -6,9 -33,3 67,5

14,5 104,4 354,6 N.D. 259,2

65,0 N.D. N.D. N.D. 341,4

1.040,2 1.814,9 954,5 N.D. 2.355,0

347,9 1.814,9 726,3 N.D. 1.329,6

424 437 438 461 466

1 2 3 4 5

(1) Estimativa

150 AméricaEconomia Julho, 2010



Por país

AS 20 MAIORES DA ARGENTINA SUBRK 2009

EMPRESA TECHINT YPF TENARIS CARGILL (1) TERNIUM

SIDERURGIA/METALURGIA PETRÓLEO/GÁS SIDERURGIA/METALURGIA AGROINDÚSTRIA SIDERURGIA/METALURGIA

6 7 8 9 10

BUNGE (1) CARREFOUR CENCOSUD TELECOM PETROBRAS ENERGÍA

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

1 2 3 4 5

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

SETOR

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

EBITDA 2009 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO RK 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ 2009 MILHÕES MILHÕES

17.786,0 8.960,8 8.149,3 6.925,4 4.959,0

-31,5 -10,8 -32,8 16,0 -41,4

N.D. 910,2 1.161,6 N.D. 767,1

N.D. 3.089,0 2.318,5 N.D. 708,5

26.539,0 10.517,8 13.483,3 N.D. 10.292,7

N.D. 4.929,8 9.092,2 N.D. 6.261,3

13 46 55 68 94

AGROINDÚSTRIA COMÉRCIO COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES PETRÓLEO/GÁS

4.797,6 3.267,7 3.223,2 3.192,2 3.125,8

14,5 4,6 -2,9 4,4 -28,5

N.D. N.D. N.D. 366,8 241,5

N.D. N.D. N.D. 1.018,3 605,0

N.D. N.D. N.D. 2.776,2 6.026,9

N.D. N.D. N.D. 1.419,3 2.503,7

97 140 142 145 148

PAN AMERICAN ENERGY ACEITERA GENERAL DEHEZA (1) VOLKSWAGEN (1) MOVISTAR CLARO

PETRÓLEO/GÁS AGROINDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES

2.900,0 2.886,9 2.362,9 2.354,9 2.219,8

5,0 15,2 5,8 5,4 6,9

480,0 N.D. N.D. N.D. N.D.

N.D. N.D. N.D. N.D. N.D.

6.500,0 N.D. N.D. N.D. N.D.

4.200,0 N.D. N.D. N.D. N.D.

160 163 197 199 210

ARCOR MOLINOS RÍO DE LA PLATA SHELL CAPSA (1) FORD (1) PEUGEOT – CITROËN (1)

ALIMENTOS AGROINDÚSTRIA PETRÓLEO/GÁS AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS

2.200,0 2.098,0 2.062,8 1.844,8 1.842,4

6,6 -9,1 9,2 1,2 5,3

N.D. 62,0 N.D. N.D. N.D.

N.D. 201,4 N.D. N.D. N.D.

N.D. 971,4 N.D. N.D. N.D.

N.D. 312,9 N.D. N.D. N.D.

212 224 228 255 256

(1) Estimativa

AS 20 MAIORES DA COLÔMBIA SUBRK 2009

EMPRESA

SETOR

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

EBITDA 2009 US$ MILHÕES

ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO RK 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ 2009 MILHÕES MILHÕES

ECOPETROL ALMACENES ÉXITO ORGANIZACIÓN TERPEL COMCEL EXXONMOBIL

PETRÓLEO/GÁS COMÉRCIO PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES PETRÓLEO/GÁS

18.127,4 3.448,8 2.970,6 2.882,7 2.414,2

-16,3 30,5 5,2 11,7 2,0

2.600,5 72,9 98,0 596,7 29,0

5.304,0 N.D. N.D. 1.422,4 N.D.

26.267,6 3.162,2 1.250,8 3.672,7 515,4

26.267,6 2.059,7 741,7 2.163,2 207,7

12 130 156 164 192

6 7 8 9 10

GRUPO NAC. DE CHOCOLATES EMPRESAS PÚBLICAS DE MEDELLÍN REFINERÍA DE CARTAGENA BAVARIA TELEFÓNICA COLOMBIA

ALIMENTOS SERVIÇOS BÁSICOS PETRÓLEO/GÁS BEBIDAS TELECOMUNICAÇÕES

2.261,4 2.168,0 1.958,5 1.926,3 1.884,3

27,0 28,1 -29,8 17,8 -1,5

105,1 832,5 -64,6 1.078,1 -450,3

N.D. N.D. N.D. 528,7 N.D.

3.415,0 11.860,2 1.500,0 4.709,5 4.396,5

2.654,8 8.812,1 1.218,0 2.815,2 2.084,0

206 218 240 243 249

11 12 13 14 15

CARREFOUR GRUPO BAVARIA AVIANCA GRUPO ARGOS DRUMMOND

COMÉRCIO MULTISSETOR TRANSPORTE/LOGÍSTICA CIMENTO MINERAÇÃO

1.834,4 1.824,4 1.722,8 1.700,2 1.602,8

30,3 -21,4 4,8 -3,0 15,3

44,0 766,2 10,3 103,4 89,8

N.D. N.D. N.D. 1.350,0 N.D.

1.715,5 4.792,1 1.592,8 7.243,7 2.333,5

1.051,6 2.865,7 356,8 4.800,5 2.020,8

259 263 279 281 292

16 17 18 19 20

GRUPO ISA CARBONES DEL CERREJÓN CODENSA OLÍMPICA CHEVRON PETROLEUM COMPANY

ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO PETRÓLEO/GÁS

1.601,8 1.564,4 1.366,1 1.353,0 1.301,0

35,6 -33,9 21,2 24,5 -8,6

430,8 364,5 250,0 31,1 92,4

844,5 N.D. N.D. N.D. N.D.

8.257,8 1.328,5 2.709,3 756,9 697,2

2.991,8 810,4 1.552,4 336,8 255,9

293 300 354 358 369

1 2 3 4 5

(1) Estimativa

152 AméricaEconomia Julho, 2010


AS 15 MAIORES DO PERU SUBRK 2009 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

EMPRESA

SETOR

REFINERÍA LA PAMPILLA TELEFÓNICA DEL PERÚ PETROPERÚ SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. MINERA YANACOCHA MINERA ANTAMINA MINERA CERRO VERDE IFH PERÚ – GRUPO INTERBANK HOLDING ALIMENTARIO DEL PERÚ AJE GROUP (1) ALICORP BARRICK MISQUICHILCA CONSORCIO MINERO CORMIN MOVISTAR FALABELLA PERÚ

VARIAÇÃO VENDAS 2009 VENDAS 09/08 US$ MILHÕES (%)

PETRÓLEO/GÁS TELECOMUNICAÇÕES PETRÓLEO/GÁS MINERAÇÃO MINERAÇÃO MINERAÇÃO MINERAÇÃO MULTISSETOR ALIMENTOS BEBIDAS ALIMENTOS MINERAÇÃO COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕEES COMÉRCIO

2.558,9 2.521,4 2.450,7 2.223,3 2.077,4 1.903,1 1.757,5 1.484,2 1.373,1 1.300,0 1.283,6 1.269,9 1.232,2 1.231,6 1.153,5

-35,7 12,2 -8,0 -18,0 27,9 -33,1 -4,3 36,1 14,6 19,3 8,9 -7,0 21,8 16,7 17,9

LUCRO LÍQ. 2009 US$ MILHÕES

EBITDA 2009 US$ MILHÕES

49,1 281,4 92,6 706,9 712,8 N.D. 708,5 155,5 59,9 N.D. 75,7 625,9 N.D. 228,7 978,1

128,5 1.072,2 188,8 1.233,8 1.332,0 N.D. 1.198,3 N.D. N.D. N.D. 185,0 1.009,8 N.D. 500,0 179,7

ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO RK 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ 2009 MILHÕES MILHÕES 898,3 3.859,9 1.336,1 2.582,4 2.456,2 N.D. 1.913,2 7.258,9 1.022,2 N.D. 910,6 2.793,3 N.D. 1.087,4 1.196,6

270,3 1.230,8 378,8 1.885,6 1.711,1 N.D. 1.446,1 697,4 463,5 N.D. 507,6 2.349,2 N.D. 314,3 473,5

185 186 187 209 226 245 272 318 352 370 371 372 382 383 409

(1) Estimativa

AS 5 MAIORES DA VENEZUELA SUBRK 2009 1 2 3 4 5

EMPRESA PDVSA PEQUIVEN (1) CANTV MOVISTAR SIVENSA

SETOR

VENDAS 2009 US$ VARIAÇÃO VENMILHÕES DAS 09/08 (%)

PETRÓLEO/GÁS PETROQUÍMICA TELECOMUNICAÇÕES TELECOMUNICAÇÕES SIDERURGIA/METALURGIA

60.663,8 11.453,6 5.492,0 5.408,0 997,5

-52,0 18,2 19,5 38,6 -15,4

LUCRO LÍQ. 2009 EBITDA 2009 ATIVO TOTAL 2009 PATRIMÔNIO LÍQ. RK US$ MILHÕES US$ MILHÕES US$ MILHÕES 2009 US$ MILHÕES 2009 N.D. N.D. 990,6 N.D. 136,1

N.D. N.D. 1.298,7 N.D. 218,0

N.D. N.D. 6.761,7 N.D. 2.064,7

N.D. N.D. 2.641,3 N.D. 1.300,7

3 32 88 91 459

(1) Estimativa

AS 5 MAIORES DA AMÉRICA CENTRAL SUBRK 2009 1 2 3 4 5

EMPRESA RECOPE (1) INTEL AUTORIDAD DEL CANAL DE PANAMÁ GRUPO ICE (1) COPA AIRLINES

PAÍS

SETOR

C.RI C.RI PAN C.RI PAN

PETRÓLEO/GÁS ELETRÔNICO SERVIÇOS BÁSICOS SERVIÇOS BÁSICOS TRANSPORTE/LOGÍSTICA

VARIAÇÃO LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO VENDAS 2009 EBITDA 2009 RK VENDAS 09/08 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES US$ MILHÕES 2009 (%) MILHÕES MILHÕES MILHÕES 2.701,4 2.101,0 2.000,3 1.822,0 1.253,1

-0,2 1,3 0,8 15,7 -2,8

N.D. N.D. 1.026,5 127,1 240,4

N.D. N.D. 1.529,3 N.D. 330,1

N.D. N.D. 5.438,8 7.364,5 2.092,9

N.D. N.D. 517,1 2.337,7 865,6

178 223 236 264 377

(1) Estimativa

AS 3 MAIORES DO EQUADOR SUBRK 2009 1 2 3

EMPRESA PETROECUADOR SUPERMERCADOS LA FAVORITA CONECEL

SETOR PETRÓLEO/GÁS COMÉRCIO TELECOMUNICAÇÕES

VARIAÇÃO LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO VENDAS 2009 EBITDA 2009 RK VENDAS 09/08 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES US$ MILHÕES 2009 (%) MILHÕES MILHÕES MILHÕES 8.056,5 1.314,7 1.154,0

-25,9 6,3 8,2

N.D. 99,6 N.D.

N.D. 193,8 564,0

N.D. 754,2 N.D.

N.D. 458,6 N.D.

57 365 408

(1) Estimativa

Julho, 2010 AméricaEconomia 153


SUBRK 2009

PAÍS POSIÇÕES

RK 2009

VRG – LINHAS AÉREAS GAFISA COPASA GRUPO ANDRÉ MAGGI LA FONTE PARTICIPAÇÕES

BRA BRA BRA BRA BRA

254 220 200 181 173

132 276 250 235 126

6 7 8 9 10

CONSTRUTORA QUEIROZ GALVÃO COSAN ELECTROLUX DO BRASIL ANDRADE GUTIERREZ PARTICIPAÇÕES MINERVA

BRA BRA BRA BRA BRA

166 150 150 148 130

211 62 253 58 315

11 12 13 14 15

UTE CONTAX MAGAZINE LUIZA GRUPO SCHINCARIOL SOTREQ

URU BRA BRA BRA BRA

116 111 110 109 106

348 381 290 310 379

16 17 18 19 20

AMPLA B2W – CIA. GLOBAL DO VAREJO CELPE PREZUNIC SUPERMERCADOS ZAFFARI E BOURBON

BRA BRA BRA BRA BRA

105 100 98 98 97

21 22 23 24 25

QUATTOR GUARARAPES – RIACHUELO KRAFT FOODS NET BRASIL CCR RODOVIAS

BRA BRA BRA BRA BRA

26 27 28 29 30

CESP NATURA BRETAS SUPERMERCADOS SENDAS DISTRIBUIDORA REDE ENERGIA

31 32 33 34 35

1 2 3 4 5

EMPRESA

AS QUE MAIS CAÍRAM

AS QUE MAIS SUBIRAM

Movimentos no ranking

SUBRK 2009 1 2 3 4 5

EMPRESA

PAÍS POSIÇÕES

RK 2009

CHI MOLYMET MÉX VITRO ENVASES CHI XSTRATA COPPER CHILE S.A. CHI EMPRESAS NAVIERAS CIA. BRASILEIRA DE METALURGIA E MINERAÇÃO BRA

312 190 177 170 161

483 492 461 486 431

6 7 8 9 10

GRUPO SIMEC GRUPO CONDUMEX PERUPETRO INDUSTRIAS CH CAP

MÉX MÉX PER MÉX CHI

154 147 143 139 132

322 344 422 284 349

11 12 13 14 15

CARBONES DEL CERREJÓN GRUPO SALUDCOOP MINERA EL ABRA SIDERAR VOLVO

COL COL CHI ARG BRA

125 115 111 106 105

300 434 489 287 257

299 217 336 393 389

16 17 18 19 20

SIVENSA MINERA ANTAMINA SQM MOVISTAR GENERAL MOTORS COLMOTORES

VEN PER CHI COL COL

102 101 100 98 96

459 245 335 465 428

96 96 95 94 91

176 376 338 181 270

21 22 23 24 25

MASISA REFINERÍA DE CARTAGENA ALCOA NOKIA REFINERÍA LA PAMPILLA

CHI COL BRA BRA PER

93 91 89 87 83

490 240 420 247 185

BRA BRA BRA BRA BRA

90 89 89 88 87

309 189 394 251 162

26 27 28 29 30

GRUPO BAVARIA ENAMI TIENDAS COMERCIAL MEXICANA (1) SUDAMERICANA DE VAPORES CANDELARIA

COL CHI MÉX CHI CHI

83 82 78 74 73

263 367 485 154 438

COELCE OI – TNL PCS ELEKTRO POSITIVO INFORMÁTICA EQUATORIAL

BRA BRA BRA BRA BRA

86 85 85 85 84

384 110 307 380 334

31 32 33 34 35

CHEVRON PETROLEUM COMPANY ALTOS HORNOS DE MÉXICO NEMAK URBI DESARROLLOS URBANOS ANGLO AMERICAN SUR

COL MÉX MÉX MÉX CHI

71 69 68 68 66

369 232 242 457 280

36 37 38 39 40

LOJAS RENNER PAN AMERICAN ENERGY PÃO DE AÇÚCAR LIQUIGÁS M. DIAS BRANCO

BRA ARG BRA BRA BRA

84 82 82 80 80

357 160 214 328 360

36 37 38 39 40

BARRICK MISQUICHILCA YARA BRASIL BASF DE MÉXICO (1) CHRYSLER (1) INDUSTRIAS PEÑOLES–METALS (1)

PER BRA MÉX ARG MÉX

62 61 60 59 58

372 397 469 479 159

41 42 43 44 45

ULTRAGAZ ANGLO AMERICAN NORTE COELBA PONTO FRIO – GLOBEX MARFRIG

BRA CHI BRA BRA BRA

75 75 74 73 71

304 401 244 195 87

41 42 43 44 45

SOUTHERN PERÚ COPPER CORP. PETROBRAS ENERGÍA SAMARCO MINERAÇÃO GRUPO VITRO GRUPO KUO

PER ARG BRA MÉX MÉX

56 54 54 53 52

209 148 291 258 308

46 47 48 49 50

CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA PROFARMA INFRAERO TRANSPETRO CAMARGO CORRÊA CIMENTOS

BRA BRA BRA BRA BRA

70 69 69 66 65

168 319 341 205 306

46 47 48 49 50

FOSFERTIL TERNIUM HOCOL HOSPITALES ANGELES (1) PEMEX PETROQUÍMICA

BRA ARG COL MÉX MÉX

52 51 51 50 49

343 94 482 473 119

(1) Estimativa

154 AméricaEconomia Julho, 2010


EMPRESA

PAÍS

SETOR

VENDAS 2009 US$ MILHÕES

VARIAÇÃO VENDAS 09/08 (%)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52

UNILEVER ALESAT COMBUSTÍVEIS FIBRIA CONSTRUTORA ANDRADE GUTIERREZ CNH PANPHARMA SPAL SEARA IFH PERÚ – GRUPO INTERBANK SHELL CHILE (1) HOLDING ALIMENTARIO DEL PERÚ PETROBRAS (1) ARCELORMITTAL INOX CEEE PARTICIPAÇÕES PETRÓLEO SABBÁ MEDIAL SAÚDE ISAGEN ASARCO HYPERMARCAS ALPARGATAS GALVÃO ENGENHARIA PDG REALTY ASSAI DELTA CONSTRUÇÕES MAGNESITA S/A PAMPA ENERGÍA RIO GRANDE ENERGIA EMPRESA DE TELECOM. DE BOGOTÁ BROOKFIELD PROCTER & GAMBLE ENERGISA NOVARTIS CPFL BRASIL DROGASIL IRMÃOS MUFFATO & CIA. EDELNOR GVT HOLDING AES TIETÊ SEMP TOSHIBA CTEEP EMGESA MRV CIA. EST. DE DIS. DE ENERGIA ELÉTRICA INFRA. Y TRANSPORTES MÉXICO VULCABRAS TERPEL (1) AMAZONAS ENERGIA POSTOBON ROCHE ELETRONUCLEAR ROSSI RESIDENCIAL EPS COOMEVA

BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA PER CHI PER CHI BRA BRA BRA BRA COL MÉX BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA ARG BRA COL BRA BRA BRA BRA BRA BRA BRA CHI BRA BRA BRA BRA COL BRA BRA MÉX BRA CHI BRA COL BRA BRA BRA COL

MULTISSETOR PETRÓLEO/GÁS CELULOSE/PAPEL CONSTRUÇÃO AUTOMOBILÍSTICO/AUTOPEÇAS COMÉRCIO BEBIDAS AGROINDÚSTRIA MULTISSETOR PETRÓLEO/GÁS ALIMENTOS PETRÓLEO/GÁS SIDERURGIA/METALURGIA ENERGIA ELÉTRICA PETRÓLEO/GÁS SERVIÇOS DE SAÚDE ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO QUÍMICO/FARMACÊUTICO TÊXTIL/CALÇADO CONSTRUÇÃO CONSTRUÇÃO COMÉRCIO CONSTRUÇÃO MINERAÇÃO ALIMENTOS ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES CONSTRUÇÃO QUÍMICO/FARMACÊUTICO ENERGIA ELÉTRICA QUÍMICO/FARMACÊUTICO ENERGIA ELÉTRICA COMÉRCIO COMÉRCIO ENERGIA ELÉTRICA TELECOMUNICAÇÕES ENERGIA ELÉTRICA ELETRÔNICO ENERGIA ELÉTRICA ENERGIA ELÉTRICA CONSTRUÇÃO ENERGIA ELÉTRICA MINERAÇÃO TÊXTIL/CALÇADO PETRÓLEO/GÁS ENERGIA ELÉTRICA BEBIDAS QUÍMICO/FARMACÊUTICO ENERGIA ELÉTRICA CONSTRUÇÃO SERVIÇOS DE SAÚDE

6.350,6 3.955,8 3.445,7 3.337,1 2.183,9 1.991,4 1.723,8 1.593,0 1.484,2 1.460,8 1.373,1 1.350,0 1.329,2 1.303,9 1.248,9 1.206,8 1.177,4 1.164,9 1.163,1 1.151,6 1.140,7 1.139,3 1.139,0 1.129,4 1.106,5 1.068,9 1.057,3 1.044,2 1.040,7 1.028,0 1.008,4 1.007,7 991,1 988,1 984,1 978,5 975,8 959,0 957,0 952,0 950,8 946,2 929,9 920,1 917,2 914,2 913,7 909,5 905,2 904,0 903,0 901,6

44,2 53,6 169,2 87,0 -1,3 52,4 115,9 29,0 36,1 -8,4 14,6 -9,7 -18,9 40,1 49,7 52,6 179,8 -37,5 103,9 62,2 176,8 116,3 56,1 110,5 76,4 -7,6 48,1 57,9 207,0 59,2 43,7 40,3 34,8 83,3 61,0 67,5 72,7 38,2 46,4 42,1 99,1 35,6 -15,1 31,6 -28,9 115,4 57,4 43,5 71,1 -

AS NOVAS

SUBRK 2009

LUCRO LÍQ. ATIVO TOTAL PATRIMÔNIO EBITDA 2009 RK 2009 US$ 2009 US$ LÍQ. 2009 US$ US$ MILHÕES 2009 MILHÕES MILHÕES MILHÕES N.D. 17,3 320,5 -276,2 N.D. 119,5 184,3 -191,1 155,5 N.D. 59,9 N.D. 329,6 N.D. 16,8 -62,5 253,2 195,0 180,0 77,4 161,3 194,2 9,2 130,7 -17,0 56,1 93,8 100,4 115,9 101,4 143,4 9,5 120,9 42,8 N.D. 259,2 75,6 448,1 123,9 475,9 287,1 199,5 N.D. 121,1 78,6 N.D. -34,6 129,2 78,5 31,7 125,3 2,7

N.D. 104,0 901,9 N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. N.D. -80,3 N.D. 360,2 288,9 150,0 166,4 202,1 30,7 N.D. 209,6 190,6 227,4 N.D. 202,6 N.D. 307,7 N.D. 171,8 68,1 N.D. 341,4 327,1 723,9 N.D. N.D. N.D. 230,7 N.D. 272,8 163,7 N.D. 97,1 N.D. N.D. N.D. 155,9 N.D.

N.D. 572,1 16.266,8 3.437,8 N.D. 788,3 1.026,3 1.019,6 7.258,9 N.D. 1.022,2 N.D. 2.590,0 4.284,0 176,5 553,1 2.449,0 1.234,0 3.611,0 1.004,5 412,0 3.504,8 N.D. 655,7 2.852,2 2.496,7 1.517,9 2.395,4 3.188,1 2.677,8 2.054,9 651,4 267,2 420,4 N.D. 2.355,0 2.144,1 1.292,6 1.263,9 3.632,2 4.033,1 2.503,4 2.316,2 1.883,6 918,8 N.D. 2.542,6 1.389,6 477,2 4.947,9 2.531,6 207,8

N.D. 73,5 5.751,8 1.328,9 N.D. 478,6 663,0 562,7 697,4 N.D. 463,5 N.D. 1.108,3 1.483,4 93,9 244,4 1.655,4 367,2 1.974,1 605,3 253,0 1.689,0 N.D. 473,6 1.274,8 871,2 676,7 1.247,3 1.388,3 1.496,5 461,1 126,2 2,1 234,1 N.D. 1.329,6 1.216,5 287,8 760,8 2.405,4 2.928,0 1.374,3 1.112,6 1.378,3 251,3 N.D. 1.252,8 1.257,6 329,7 2.484,2 1.311,4 59,4

72 116 131 135 215 238 278 294 318 327 352 359 364 368 378 395 400 403 404 410 414 415 416 421 429 440 444 446 447 451 454 456 460 462 464 466 467 470 471 474 476 477 481 484 488 491 493 495 496 498 499 500

(1) Estimativa

Julho, 2010 AméricaEconomia 155


Metodologia

Assim fazemos as O

s pa íses inc lu ídos neste ranking das 500 são: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. As cifras foram compiladas e verificadas por AméricaEconomia Intelligence em fontes oficiais e bolsas de valores, no caso de empresas abertas. No caso de empresas fechadas, as informações foram solicitadas por meio de questionários. Em situações excepcionais, devidamente especificadas, foram considerados dados de fontes secundárias ou estimativas próprias a partir de informação pública ou de mercado. As cifras correspondem a exercícios encerrados em dezembro de 2009, salvo que se indique o contrário. O ranking não inclui bancos e instituições fi nanceiras, pois o critério de ordenamento corresponde a vendas e, para essas instituições, o relevante são os portfólios de ativos. Por isso, AméricaEconomía Intelligence desenvolve outro ranking anual especial para essas empresas.

POSIÇÕES A ordem do ranking é determinada pelo montante de vendas líquidas em dólares, em dezembro de 2009. As cifras correspondentes a dezembro de 2008 foram

156 AméricaEconomia Julho, 2010

revisadas e corrigidas conforme a base da informação disponível atualizada.

ESTADOS FINANCEIROS O ranking busca uniformizar ao máximo a informação contábil publicada na região, o que nem sempre é possível. Por isso, é preciso estar atento à interpretação de itens como lucro, vendas e patrimônio em países com taxas de inflação significativas, já que as empresas não estão obrigadas a apresentar o ajuste ou a correção monetária. Em 2009, algumas empresas começaram a utilizar as Normas Internacionais de Informação Financeira (IFRS, na sigla em inglês), o que faz com que a comparação com dados divulgados em 2008 possa sofrer um nível menor de distorção.

CONVERSÃO EM DÓLARES A conversão para dólares foi realizada usando o câmbio de 31 de dezembro de 2009 para cada moeda.

VARIAÇÃO VENDAS 2009-2008 As variações anuais de vendas são nominais, em dólares correntes, e devem ser analisadas considerando-se a valorização ou a depreciação das moedas locais em relação ao dólar, bem como os níveis de inflação de cada país.

PROPRIEDADE E SETOR A definição de propriedade corresponde ao critério de acionista majoritário no fechamento de 2009. Na classificação de setor, considera-se a atividade ou o segmento dominante na receita de cada companhia.

CONSOLIDAÇÃO A informação de empresas abertas ou em bolsa presente no ranking corresponde, geralmente, a balanços que consolidam operações da matriz com suas fi liais no país e no exterior e que, adicionalmente, sofrem correção monetária.

AS VENDAS Estas estão contabilizadas líquidas, sem impostos ou devoluções, acompanhando a tendência internacional. Algumas exceções a esse critério ocorrem naqueles casos em que não foi possível obter tal informação.

FONTES As fontes de informação usadas para construir o ranking foram as próprias empresas, seus sites, órgãos oficiais (como superintendências de valores dos países), além do serviço Economática. Também foram utilizadas informações das aduanas dos países para determinar as exportações.

AGRADECIMENTOS Agradecemos às instituições oficiais, à Economática e, especialmente, a todas as empresas que colaboraram com nossa pesquisa.


O mais completo portal da aviação brasileira Novo site, com uma leitura mais prática e com uma maior interatividade.

Confira blogs e repo rtagens sobre o que acon tece no mundo da aviação.

Saiba primeiro quais são as últimas notícias da aviação comercial e executiva.

Consulte a meteorolo gia e as condições de vo o nos aeroportos do Brasil.

O melhor da aviação

Acesse www.assineaeromagazine.com.br ou ligue (11) 3512 9492


AL em cifras

A linguagem dos números EM CERTAS OCASIÕES, UM NÚMERO VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS. AQUI, APRESENTAMOS UMA VISÃO SINTÉTICA DA AMÉRICA LATINA A PARTIR DE SUAS PRINCIPAIS CIFRAS Para dimensionar a região CABEÇAS POR PAÍS

O SOBE E DESCE DO PIB

Participação por país na população total da Am. Latina, de 540 milhões Fonte: AméricaEconomía Intelligence

Variação anual real do Produto Interno Bruto Fonte: FMI 8

URUGUAI 1%

VENEZUELA 5% ARGENTINA 7% BOLÍVIA 2%

6 4

PERU 5%

2

PARAGUAI 1% NICARÁGUA 1% PANAMÁ 1%

0 BRASIL 35%

-2 -4

MÉXICO 20%

BOLÍVIA 6%

VENEZUELA 5% URUGUAI 1% BRASIL 43%

MÉXICO 10% OUTROS 3% COLÔMBIA 6%

CHILE 4%

158 AméricaEconomia Julho, 2010

URUGUAI

VENEZUELA

PARAGUAI

PERU

PANAMÁ

MÉXICO

NICARÁGUA

HONDURAS

GUATEMALA

EQUADOR

EL SALVADOR

CHILE

BRASIL

BOLÍVIA

REP. DOMINICANA

Var. % 2010* Var. % 2011*

SOMOS MILHÕES

UNS METROS QUADRADOS MAIS, OUTROS MENOS

PERU 6% PARAGUAI 2%

Var. % 2009

*Previsão

Participação de cada país no total da superfície da Am. Latina: 19.850.329 km2 Fonte: CIA World Factbook ARGENTINA 14%

COLÔMBIA

COLÔMBIA 8% COSTA RICA 1% REP. DOMINICANA 2% EQUADOR 3% EL SALVADOR 1%

COSTA RICA

HONDURAS 1% GUATEMALA 3%

-8

CHILE 3%

ARGENTINA

-6

População, superfície e tamanho da economia (medida em PIB anual) para o fechamento de 2009 Fonte: CIA World Factbook e AméricaEconomía Intelligence POP. 09 SUPERFÍCIE PIB 09 (EM BILHÕES) (EM MILHÕES) (KM2) 40,1 2.780.400 310,1 ARGENTINA 10,2 1.098.580 17,6 BOLÍVIA 191,5 8.511.965 1.574,0 BRASIL 17,0 756.950 161,8 CHILE 45,0 1.141.748 228,8 COLÔMBIA 4,6 21.100 29,3 COSTA RICA 9,0 48.730 46,7 REP. DOMINICANA 14,1 283.560 57,3 EQUADOR 5,8 21.040 21,1 EL SALVADOR 14,0 108.890 37,3 GUATEMALA 7,8 112.492 14,3 HONDURAS 107,6 1.972.550 874,9 MÉXICO 6,3 129.494 6,2 NICARÁGUA 3,5 78.200 24,7 PANAMÁ 6,3 406.750 14,7 PARAGUAI 29,1 1.285.215 126,8 PERU 3,3 176.220 31,5 URUGUAI 28,6 916.445 337,3 VENEZUELA *As superfícies não incluem territórios reclamados por Chile e Venezuela

Na América Latina, vivem 27,4 habitantes por km2. O país com maior densidade populacional é El Salvador (276,8 hab/km2), e a Bolívia registra o menor índice (9,3 hab/km2).


Instituições para os negócios

TRÂMITES BUROCRÁTICOS

O VENENO DA CORRUPÇÃO

RESTRIÇÕES AO CAPITAL

Posição no ranking mundial de facilidade para fazer negócios Fonte: Relatório Doing Business, do Banco Mundial

Posição no ranking mundial de percepção de corrupção (quanto mais bem posicionado, menos corrupto) Fonte: Transparência Internacional

Posição no ranking de Liberdade Econômica Fonte: Heritage Foundation

COLÔMBIA

37

CHILE

25

CHILE

10

CHILE

49

URUGUAI

25

EL SALVADOR

32

MÉXICO

51

COSTA RICA

43

URUGUAI

33

PERU

56

BRASIL

75

MÉXICO

41

PANAMÁ

77

COLÔMBIA

75

PERU

45

EL SALVADOR

84

PERU

75

COSTA RICA

54

REP. DOMINICANA

86

EL SALVADOR

84

COLÔMBIA

58

GUATEMALA

110

GUATEMALA

84

PANAMÁ

60

URUGUAI

114

PANAMÁ

84

PARAGUAI

81

NICARÁGUA

117

MÉXICO

89

GUATEMALA

83

ARGENTINA

118

REP. DOMINICANA

89

REP. DOMINICANA

83

COSTA RICA

121

ARGENTINA

106

NICARÁGUA

98

PARAGUAI

124

BOLÍVIA

120

HONDURAS

BRASIL

129

HONDURAS

130

BRASIL

113

EQUADOR

138

NICARÁGUA

130

ARGENTINA

135

HONDURAS

141

EQUADOR

146

BOLÍVIA

146

BOLÍVIA

161

PARAGUAI

154

EQUADOR

147

VENEZUELA

177

VENEZUELA

162

VENEZUELA

174

99

O Panamá é o país da região onde é mais fácil abrir uma empresa, segundo o Banco Mundial. Quando se quer fechar uma empresa, o México é quem oferece mais facilidades.

3,3 %

US$ 10.833

0,03

é a média aritmética de crescimento é a renda anual média de um latino-americano, é o km2 de superfície que há estimado para o PIB da região em 2010 medida em paridade de poder de compra (PPP) na região para cada habitante

O problema da renda DISTRIBUIÇÃO DESIGUAL PIB per capita, com paridade de poder de compra em 2009 Fonte: Banco Mundial

16.000,0 14.000,0 12.000,0 10.000,0 8.000,0 6.000,0 4.000,0

PERU

URUGUAI VENEZUELA

PARAGUAI

PANAMÁ

MÉXICO

NICARÁGUA

HONDURAS

GUATEMALA

EQUADOR

EL SALVADOR

REP. DOMINICANA

CHILE

COLÔMBIA COSTA RICA

BRASIL

BOLÍVIA

ARGENTINA

2.000,0

A América Latina não é a região mais pobre do mundo, mas é a mais desigual. A inequidade na distribuição da renda é marcante nas zonas rurais. E a diferença média de renda anual entre os países também é expressiva: México, com US$ 14.495, Chile, com US$ 14.484, e Argentina, com US$ 14.332, são os países que apresentam melhor renda per capita medida pela capacidade de poder de compra (ou dólares PPP, como se conhece na sigla em inglês). Nicarágua, com US$ 2.682, é a que apresenta o valor mais baixo.

Julho, 2010 AméricaEconomia 159


AL em cifras

LAÇOS INTERNACIONAIS ABERTOS AO MUNDO

ATRAINDO FLUXOS

Índice de abertura econômica: (Importações + Exportações)/PIB Fonte: Cepal

Investimento estrangeiro direto, por países receptores, em milhões de US$ Fonte: Cepal

100,0%

2008

2009

VARIAÇÃO

BRASIL

45.058,2

25.948,6

-42,4%

CHILE

15.181,0

12.702,0

-16,3%

MÉXICO

23.170,2

11.417,5

-50,7%

COLÔMBIA

10.583,2

7.201,0

-32,0%

ARGENTINA

9.725,6

4.894,5

-49,7%

PERU

6.923,7

4.759,7

-31,3%

REP. DOMINICANA

2.970,8

2.158,1

-27,4%

PANAMÁ

2.401,7

1.772,8

-26,2%

COSTA RICA

2.021,0

1.322,6

-34,6%

URUGUAI

1.840,7

1.138,8

-38,1%

GUATEMALA

753,8

565,9

-24,9%

20,0%

HONDURAS

900,2

500,4

-44,4%

10,0%

NICARÁGUA

626,1

434,2

-30,7%

EL SALVADOR

784,2

430,6

-45,1%

BOLÍVIA

507,6

418,4

-17,6%

EQUADOR

1.000,5

311,7

-68,8%

PARAGUAI

109,1

184,2

68,8%

VENEZUELA

349,0

-3.105,0

-989,7%

90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0%

VENEZUELA

PERU

2008

URUGUAI

PANAMÁ

PARAGUAI

NICARÁGUA

MÉXICO

HONDURAS

GUATEMALA

EQUADOR

EL SALVADOR

REP. DOMINICANA

COLÔMBIA

COSTA RICA

CHILE

BRASIL

BOLÍVIA

ARGENTINA

0,0%

2009

A América Latina exportou US$ 662,6 bilhões em 2009. As importações somaram US$ 625,17 bilhões. O índice de abertura econômica total da região chega, assim, a 32,9%. COMÉRCIO EXTERIOR

O NEGÓCIO DA IMIGRAÇÃO

Montante de exportações e importações, em US$ milhões Fonte: Cepal

Recebimento de remessas, por país, em US$ milhões Fonte: Fomin, BID 2008 2009

EXPORTAÇÕES

IMPORTAÇÕES

955

853

VARIAÇÃO -10,7%

2008

2009

VAR.

2008

2009

VAR.

ARGENTINA

70.635

55.752

-21,1%

57.362

38.852

-32,3%

BOLÍVIA

1.097

1.023

-6,7%

BOLÍVIA

6.978

4.976

-28,7%

4.920

4.348

-11,6%

BRASIL

7.200

4.746

-34,1%

BRASIL

197.942

152.995

-22,7%

171.152

127.336

-25,6%

CHILE

CHILE

63.282

50.987

-19,4%

56.561

42.616

-24,7%

COLÔMBIA

COLÔMBIA

37.607

32.853

-12,6%

39.669

32.898

-17,1%

COSTA RICA

624

535

-14,3%

COSTA RICA

9.504

8.778

-7,6%

14.816

11.055

-25,4%

EQUADOR

2.822

2.495

-11,6%

EL SALVADOR

3.788

3.465

-8,5%

GUATEMALA

4.315

3.912

-9,3%

HONDURAS

2.701

2.483

-8,1%

25.145

21.132

-16,0%

1.000

915

-8,5%

325

291

-10,5%

ARGENTINA

6.748

5.463

-19,0%

13.570

9.958

-26,6%

18.511

13.797

-25,5%

18.686

15.093

-19,2%

EL SALVADOR

4.549

3.797

-16,5%

8.473

6.416

-24,3%

GUATEMALA

7.737

7.231

-6,5%

14.549

11.489

-21,0%

2.640

2.336

-11,5%

8.607

6.136

-28,7%

291.343

229.707

-21,2%

308.603

234.385

-24,0%

REP. DOMINICANA EQUADOR

HONDURAS MÉXICO

MÉXICO NICARÁGUA PANAMÁ

880

756

-14,1%

4.842

4.134

-14,6%

NICARÁGUA

1.489

1.391

-6,6%

4.328

3.443

-20,4%

PANAMÁ

1.145

821

-28,3%

9.050

7.801

-13,8%

PARAGUAI

700

691

-1,3%

2.960

2.665

-10,0%

PARAGUAI PERU URUGUAI VENEZUELA

4.463

3.167

-29,0%

8.506

6.497

-23,6%

PERU

30.534

25.562

-16,3%

29.829

21.507

-27,9%

REP. DOMINICANA

3.111

2.790

-10,3%

-23,8%

URUGUAI

130

116

-10,8%

-22,3%

VENEZUELA

832

733

-11,9%

5.949 95.138

5.389 57.595

160 AméricaEconomia Julho, 2010

-9,4% -39,5%

9.069 49.482

6.907 38.442


RUMO AO DESENVOLVIMENTO Posição dos países latino-americanos no ranking de desenvolvimento humano da ONU (quanto mais próximo de 1, melhor) Fonte: Pnud, informe 2009, com dados atualizados em 2007 POSIÇÃO NO PAÍS RANKING GLOBAL 44 CHILE

ÍNDICE DE DESENV. HUMANO 0,88

MUDANÇA DE POSIÇÃO NO RK -1

49

ARGENTINA

0,87

-2

50

URUGUAI

0,87

-1

53

MÉXICO

0,85

1

54

COSTA RICA

0,85

-1

58

VENEZUELA

0,84

4

60

PANAMÁ

0,84

1

75

BRASIL

0,81

0

77

COLÔMBIA

0,81

5

78

PERU

0,81

5

80

EQUADOR

0,81

-3

90

REP. DOMINICANA

0,78

-1

101

PARAGUAI

0,76

0

106

EL SALVADOR

0,75

0

112

HONDURAS

0,73

0

113

BOLÍVIA

0,73

0

122

GUATEMALA

0,70

1

124

NICARÁGUA

0,70

0

6,13% é a inflação média esperada para a América Latina em 2010. A Argentina, com 18% de inflação, e a Venezuela, com 27,1%, são os países que vão liderar a alta de preços. Peru, com 1,5%, e Chile, com 2%, são os que registrarão os índices mais baixos.

OLHO NA INFLAÇÃO Variação anual nos preços aos consumidores Fonte: IMF

30 25 20 15 10

* Para medir a inflação da Argentina foram usadas estimativas do mercado

2010

VENEZUELA

PERU

2009

URUGUAI

PARAGUAI

PANAMÁ

NICARÁGUA

MÉXICO

HONDURAS

GUATEMALA

EQUADOR

EL SALVADOR

REP. DOMINICANA

COSTA RICA

CHILE

COLÔMBIA

BRASIL

0

BOLÍVIA

5 * ARGENTINA

Desenvolvimento e preços

35

2011


linha direta

JOGO DAS

DIFERENÇAS D

esculpe, leitor, dedicar este espaço à autorreferência. Mas esta é a vigésima vez que publicamos o Ranking das 500 Maiores Empresas da América Latina. E, ao celebrar um marco como esse – 20 anos ininterruptos de um mesmo estudo –, não resisti e sucumbi à nostalgia, revisitando o passado e buscando o que mudou. Mergulhei por algumas horas nos arquivos de AméricaEconomia, folheando as edições mais antigas, em busca das origens dessa pesquisa, que se tornou referência em toda a região. Encontrei uma surpresa: na edição No 34, de dezembro de 1989, estava a manchete “As 300 Maiores Empresas da América Latina”. Uma edição extraviada de 21 anos atrás, quando ainda não tínhamos nosso departamento de pesquisa, AméricaEconomía Intelligence, e que assentou as bases para este ranking que você tem em mãos. A petrolífera venezuelana PDVSA não estava nessa lista, mas sim a Petroven. A argentina YPF era a quarta maior empresa da região. A construtora Andrade Gutierrez era a maior empresa privada da América Latina, com vendas de US$ 2,1 bilhões. Eram tempos em que a Vale do Rio Doce e a Teléfonos de México (atual Telmex) eram estatais, e suas vendas apenas se aproximavam do US$ 1,5 bilhão. E a mexicana Gameza Comercial surgia como a maior varejista da região, com vendas de US$ 290 milhões. Um terço das companhias do ranking era de estatais. Outro terço era composto por operações locais de multinacionais estrangeiras, e somente o terço restante era de privadas de propriedade latino-americana. Era um período de escassez de dólares, em que o último lugar da lista, a petroquímica mexicana Petrocel, vendia somente US$ 161 milhões. Esse primeiro ranking está cheio de nomes desaparecidos,

FELIPE ALDUNATE, DE SANTIAGO

alguns dos quais eu nunca tinha ouvido falar: Elma, Cadafe, El Hogar Obrero, Somisa, Propulsora, Equitel, Cosigua. Entre essas 300 maiores empresas, as brasileiras eram 107, pouco mais de um terço. O segundo país com maior participação era a Argentina, com 75 companhias, enquanto o México tinha apenas 44. A história da região mudou muito dos anos 1990 em diante, com uma profunda transformação na representatividade das companhias de cada país no ranking. De fato, a análise das 500 é um olhar diferenciado sobre o avanço e o desenvolvimento das economias regionais, ou seja, através da trajetória de suas empresas. Em um âmbito de maior concorrência, é esperado que surjam novas empresas e outras desapareçam, bem como que alguns países sejam mais dinâmicos que outros. Há algo, entretanto, que quase não mudou no perfil setorial das líderes: petróleo, energia elétrica, mineração, automotivo, alimentos e celulose/papel eram os principais, praticamente os mesmos que hoje mais aportam ao ranking. É uma triste conclusão: hoje, temos empresas mais globalizadas, mais sofisticadas e mais profissionais. Hoje, podem captar recursos em qualquer parte do mundo e atrair os melhores executivos de todo o planeta. Contam com uma capacidade de investimento inimaginável há duas décadas. Mas, assim como há 20 anos, continuamos dependendo de indústrias que foram criadas há mais de um século. Ou seja, em 20 anos de reformas e aberturas, a América Latina não conseguiu criar valor e inovar em grande escala. E, no ritmo em que vamos, serão necessários outros 20 anos para se descobrir novas diferenças.


CONHEÇA A

Você tem idéia do dinheiro que sua empresa perde a cada dia? No complexo universo das Compras e Pagamentos, são processadas milhares de transações a cada dia. Neste contexto, ocasionalmente ocorrem erros e/ou omissões que, uma vez quantificados, acabam por representar oportunidades de receitas extraordinárias. A PRGX identifica e recupera este dinheiro para sua empresa!

E no caso de a PRGX não identificar nada, você não paga nada. Você sabe onde se escondem seus ganhos? Por mais de 40 anos a PRGX tem sido a líder no segmento de Recovery Audit, servindo às mais importantes empresas da economia global. Agora, estamos também desenvolvendo o conceito de Profit Discovery: uma combinação de Auditoria Financeira, Análise de Dados e Consultoria, que objetiva aprimorar o desempenho financeiro de nossos clientes

Na América Latina estamos presentes em: México El Salvador Colombia Costa Rica Argentina

Brasil Honduras Nicaragua Guatemala

Entre em contato conosco alejandra.casasola@prgx.com +52 (55) 5081.6030 Ext. 116 y 121 www.prgx.com


FALCON 900LX 35 a 40% mais ecológico Para o nosso planeta azul A natureza sempre seleciona o design mais eficiente. Você também pode. Em uma viagem típica de 1.000 nm, o novo Falcão 900LX usa de 35 a 40% menos combustível – liberando esta mesma quantidade a menos de emissões – do que qualquer outro em sua classe. O segredo? Aerodinâmica superior e winglets, as destacadas pontas das asas curvadas, da Aviation Partners. Materiais mais leves e mais fortes. Potência de três motores a jato integrada. E um design otimizado para vôos ininterruptos de até 4.750 nm e aeroportos de pequeno porte. Acesse o site falconjet.com/900LX para obter detalhes. Brasil +55.11.3818.0992 U.S. +1.201.541.4600


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.