Proposta Arquitetônica a nível de anteprojeto de um auditório público apresentado à disciplina de Projetos Especiais, em cumprimento a avaliação referente à unidade II do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário Unifacisa. Área de concentração: Projetos Especiais
Orientadores: Eduardo Lucas e Eric Roberto
Campina Grande, 19 de Junho de 2018
1 – INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------2 – ANÁLISE DO LUGAR-------------------------------------------------------------
2.1. Localização-------------------------------------------------------2.2.História do Lugar-------------------------------------------------2.3. Mobilidade do bairro---------------------------------------------
2.5. Mapas temáticos-------------------------------------------------2.5. Leitura do Lugar-------------------------------------------------2.6. Desenho Urbano-------------------------------------------------3 - ANÁLISE DE PROJETO CORRELATO---------------------------------------4 – PROPOSTA ARQUITETÔNICA------------------------------------------------4.1. Zoneamento e Implantação------------------------------------4.2. Partido Arquitetônico-------------------------------------------5 – DESENHOS TÉCNICOS----------------------------------------------------------5.1. Plantas------------------------------------------------------------5.2. Cortes--------------------------------------------------------------
5.3. Fachada-----------------------------------------------------------5.4. Elevação----------------------------------------------------------5.4. Inserção 3D-------------------------------------------------------
6 – IMAGENS 3D-----------------------------------------------------------------------7 – CONCLUSÃO-----------------------------------------------------------------------8- REFERÊNCIAS-----------------------------------------------------------------------
SUMÁRIO
O auditório público cujo nome fictício é Auditório Estação Nova, tem como
objetivo oferecer à comunidade do bairro Jardim Quarenta e à população Campinense, um espaço de pequeno porte onde as escolas, centros educacionais, creches e universidades possam utilizar para palestras, cursos, apresentações de dança, teatro e
música. Está inserido no subsolo do Centro Educacional de Artes Urbanas – CEAUB (projeto interdisciplinar). O acesso para o auditório será pelo CEAUB. Possui área de 228 metros quadrados incluindo palco, foyer, sala de apoio e blocos e sanitários. O auditório proposto possui 100 (cem) lugares, com lugares acessíveis,
inclinação de 8,33% obedecendo à norma da NBR 9050, foyer com sala de espera, sala de apoio e sanitários acessíveis. A circulação vertical se dá através de elevador e escadas. A proposta de interiores é seguir com o conceito da fachada do edifício, iluminação e acústica específica para a funcionalidade da proposta.
INTRODUÇÃO
Localização Em comemoração ao cinquentenário da chegada do trem a cidade, foi inaugurada a Estação Nova de Campina Grande em 1961, pela RFN – Rede Ferroviária do Nordeste, no intuito de expandir os serviços ferroviários. A edificação tinha características do Estilo Modernista, e sua arquitetura lembrava o Lyceu Paraibano, de João Pessoa. Em sua fachada foi pintado um painel decorativo assinado por Paulo Neves, que retrata a vida ferroviária, de 1960. A Estação Nova está localizada na Zona Oeste de Campina Grande.
PARAÍBA
Galpão I - depósito de transbordo/ triagem
Galpão III - edifício destinado à estação nova
Galpão II - setor de engenharia e administração
Galpão IV - oficina, posto de abastecimento
FONTE: http://pbtur.com.br/node/10808
ANÁLISE DO LUGAR
História - Cronologia Fundação de CG 1864 Chegada do trem Trocas de bens 1907 e produtos algodão
Estação Nova 1957 Pintura do painel Vida Ferroviária Paulo Neves 1960
Locomotiva Asa Branca
Edifício Galpão II Administração 1970
ANÁLISE DO LUGAR
Poligonal analisada...
MAPAS TEMÁTICOS
CENTENÁRIO
SANTA ROSA
JARDIM QUARENTA
Mapas de Fluxos
No Mapa de Padrão construtivo podemos observar uma área com residências precárias, insalubres e sem nenhum conforto. Há predominância de residências de baixo padrão, com melhores materiais construtivos e maior conforto térmico, como também residências de padrão médio, com melhores acabamentos nas fachadas e maiores pé direito. No Mapa de Uso e Ocupação podemos observar um maior percentual do uso residencial, pouco uso comercial e de serviço. Há uma aglomeração de comércio na via arterial Almirante Barroso. Pouco serviços básicos como supermercados, quitandas, etc. SÃO JOSÉ No Mapa de Topografia podemos perceber um grande aclive nas laterais dos galpões, no sentido Norte e Sul. Por ser uma topografia acidentada, na maior parte das ruas do entorno aos galpões da Estação Nova, vimos dificuldade ao acesso às mesmas, com calçadas desestruturadas e de tamanho diminuto da faixa de passeio. No Mapa de Atributos Ambientais observamos uma vegetação espontânea e natural, com ausência de uma arborização planejada e eficiente. Existem grandes áreas (vazios) e ruas em solo natural. No centro da poligonal, identificamos a presença de vegetação rasteira que forma uma forração natural do solo. LIBERDADE Também na região central existe uma grande vala. No Mapa de Cheios e Vazios podemos observar uma grande área vazia que circunda os galpões da Estação Nova. Muitos vazios torna o lugar com uma baixa densidade e consequentemente, pouca movimentação e pouco uso, o que favorece a insegurança e a falta de vida na área. No Mapa de Gabarito podemos observar uma predominância térrea dos edifícios. Apesar da grande declividade da topografia, a poligonal é considerada com gabarito baixo. Um ponto positivo da área, pois possibilita um bairro ao nível dos olhos. No Mapa de Hierarquia Viária podemos analisar na grande poligonal de entorno da Estação Velha as principais vias arteriais, as vias coletoras e as vias locais, bem como o estado físico em que se encontram tais vias: asfaltadas, com paralelepípedo, via não pavimentada, como também o sentido as quais trafegam – via de mão única e via de mão dupla.
No Mapa de Fluxos do entorno imediato podemos observar que as linhas de ônibus circundam toda a poligonal, através de duas vias arteriais e uma via coletora. O fluxo de carros não é intenso nas vias locais, sendo mais utilizadas pelos próprios moradores da área. A área é pouco circulada por bicicletas e o pedestre circula em toda a área por calçadas que muitas vezes inexistem ou são de comprimento muito estreito, ruas, em torno dos galpões, como também em todas as vias arteriais e coletoras.
TÉRREO + 1
Eixo histórico da Estação Nova
ANÁLISE DO LUGAR
Mobilidade No Mapa de Mobilidade Urbana podemos obter uma visão macro de como acontece as principais conexões do bairro Jardim Quarenta à cidade de Campina Grande, através do transporte púbico – Ônibus/carro, linha ferroviária, bicicleta e à pé. Adotamos as seguintes distâncias para locomoção: a pé – 1 KM; via bicicleta – até 4 KM, e para o ônibus – acima de 5 KM.
ANÁLISE DO LUGAR
LEITURA DO LUGAR
DIAGRAMAS PROJETUAIS - urbanismo
POLIGONAL ANTES DA PROPOSTA URBANA
MAPA DE PERMANÊNCIA, DEMOLIÇÃO, CONSTRUÇÃO E REUSO PERMANÊNCIA
DEMOLIÇÃO
CONSTRUÇÃO
REUSO
POLIGONAL APÓS A PROPOSTA URBANA
LEITURA DO LUGAR
DESENHO URBANO
TEATRO IGUATEMI CAMPINAS Local: SP,Brasil Início do projeto: 2010 Conclusão da obra: 2012 Área do terreno: 1420m² Área construída: 2410m² Tipo de obra: Teatros Tipologia: Educação e Cultura
Materiais predominantes: Aço / Drywall / Madeira Diferenciais técnicos: Design / Eficiência Acústica Ambientes e Aplicações: Auditórios Dentro da área de aproximadamente 1,5 mil m², a sala foi tratada arquitetonicamente a partir de uma visão poética do espaço público, para se consagrar como um dos lugares de passagem da rua para o estabelecimento. “A intenção foi criar diversas gradações dessa transição. Por isso, concebemos o acesso à bilheteria e à cafeteria através de um foyer integrado à área de circulação do shopping e, definitivamente, marcamos o interior do teatro”, expõe Alberto Barbour, referindo-se à presença impactante do ripado de madeira que, além de envolver completamente o espaço, recebe iluminação indireta por trás das réguas, causando um efeito interessante. “Nós gostamos muito dessa ideia, pois, ainda que momentaneamente, as frestas eliminam a impressão de um lugar hermeticamente fechado”, afirma Barbour. Tal como uma luminária, as luzes da plateia vão se apagando paulatinamente a cada sinal que indica o início do espetáculo, enquanto a iluminação do palco ganha corpo até o último aviso engendrar a escuridão total.
FONTE: http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/urdi-arquitetura_/teatroiguatemi-campinas/3180
ANÁLISE PROJETO CORRELATO
Zoneamento e Implantação A implantação do Centro Educacional de Artes Urbanas – CEAUB se deu por objetivar o reuso dos galpões II e III da Estação Nova. O mapa de zoneamento ao lado refere-se ao novo desenho urbano sugerido para a poligonal em estudo. O galpão II foi demolido e dado um novo uso com salas de aulas, salão de exposição e wc’s. No subsolo foi implantado um auditório acessível com capacidade para 90 pessoas, com foyer, wc’s, reserva técnica, DML e sala de apoio. A circulação vertical se dá através de escada e elevador. Uma grande coberta foi pensada para possibilitar um corredor das Artes e uma área de convivência e socialização.
Corredor das artes /Acesso
GALPÃO 3 – Estação Nova CEAUB
Auditório – Subsolo
Salas de Aula/ Oficinas
Reativação - VLT
PROPOSTA ARQUITETÔNICA
Partido Arquitetônico PROGRAMA DE NECESSIDADES: • • • • • • •
Auditório para 90 lugares; Banheiros Masculino e Feminino e PCR; DML; Reserva Técnica; Foyer; Sala de Apoio; Circulação Vertical
Nos diagramas acima descrevemos o percurso para a ideia do partido arquitetônico. No diagrama 1 a implantação do Galpão III (Estação Velha) e do Galpão II (a demolir). No diagrama II a primeira intenção de implantar o auditório, mas para não interferir na paisagem e livrar o fluxo – eixo transversal decidimos por enviá-lo para o subsolo, criando assim uma grande área de convivência descrito no. diagrama 2 e 3. No diagrama 4, foi decidido a elevação da coberta para dar a impressão de coberta flutuante que alongada em um grande balanço proporciona sombra no grande espaço de convivência – diagrama 5. O galpão 2. já demolido mas garantindo o bom uso da área com as salas de aula e oficina, nos garante funcionalidade e permeabilidade do lugar com amplas esquadrias vazadas o que proporciona a integração do interno com o seu entorno.
PROPOSTA ARQUITETÔNICA
PLANTA BAIXA– subsolo - AUDITÓRIO
PLANTA BAIXA– Térreo e Pavimento Superior
CORTES esquemรกticos
CORTE, COBERTA, ELEVAÇÃO
Diagrama Projetual - Auditรณrio
DESENHOS Tร CNICOS
Fachada Sul
DESENHOS TÉCNICOS
PROPOSTAS PARA O ENTORNO AO AUDITÓRIO
PERSPECTIVA DO AUDITÓRIO
ACESSO – CORREDOR DAS ARTES
DESENHOS TÉCNICOS
Inserção 3D - ATUALMENTE
Inserção 3D - PROPOSTA
DESENHOS TÉCNICOS
Auditório – Ambiente Interno
IMAGENS 3D
Auditório – Palco
IMAGENS 3D
Sala de Apoio
IMAGENS 3D
Foyer/Sanitários e circulação vertical
IMAGENS 3D
Foyer/Acesso Auditรณrio
IMAGENS 3D
Mezanino – Salas de Aula e Sanitários
Recepção CEAUB - Térreo
Salas de Aula - CEAUB
IMAGENS 3D
A proposta da disciplina Projetos Especiais que teve como objetivo principal produzir uma proposta a nível de anteprojeto de um auditório para a Estação Nova, na cidade de Campina Grande, PB, nos ajudou a analisar, a partir das diretrizes propostas em urbanismo, a melhor implantação do projeto. Um diálogo com o contexto, atribuindo ao auditório a função de edifício multidisciplinar, pois estará próximo de uma escola do ensino fundamental, uma creche e uma biblioteca pública. Será utilizado para diversas atividades propostas pelo ensino básico, pela comunidade e por toda a população campinense. A partir das orientações realizadas, o auditório foi tomando forma, respeitando às normas técnicas e diretrizes projetuais. Um correlato foi estudado para embasar a plástica da forma adotada, bem como aspectos estruturais e acústicos, a exemplo do teto com várias placas em várias alturas para auxiliar na reverberação dos sons. O exercício foi válido, pois aprendemos mais sobre o processo de projeto de um auditório o qual nos possibilitou conhecer como se dá o percurso de pesquisa, conceituação e partido arquitetônico de um auditório de médio porte.
CONCLUSÃO
ALEXANDER, Christopher, - Uma linguagem de padrões: a pattern language, - Porto Alegre: Bookman, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. 1 ed. Rio de Janeiro: --, 2015. 148 p. CAMPOS filho, Candido Malta – Reinvente seu bairro: Caminhos para você participar do planejamento da sua cidade. – São Paulo: editora 34, 2010 (e. ed.). DEL RIO, et al, Desenho Contemporâneo no Brasil, Rio de Janeiro: LTC, 2018. GEHL, Jan. Cidade para pessoas. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. 262 p. NEUFERT, Ernst, 1900-1986. Arte de projetar em arquitetura; tradução Benelisa Franco. – 18. Ed. – São Paulo: Gustavo Gili, 2013. SPECK Jeff, Cidade Caminhável – São Paulo: Perspectiva, 2017, 278p. PRONK, E. Dimensionamento em Arquitetura, 7°. Ed./ Emile Pronk – João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2003. PANERO, J & ZELNIK M. Dimensionamento humano para espaços interiores: um livro de consulta e referência para projetos. México: GG, 2002. FONTE: http://pbtur.com.br/node/10808 - Acessado do dia 20 de março de 2018 FONTE: http://www.galeriadaarquitetura.com.br/projeto/urdi-arquitetura_/teatro-iguatemi-campinas/3180 Acessado no dia 10 de junho de 2018
REFERÊNCIAS
ORIENTADORES: Eduardo Lucas / Eric Roberto ARQUITETO 1: Ana Aparecida Almeida de Souza ARQUITETO 2: Claudia Palmeira ARQUITETO 3: Mariana Ferreira ARQUITETO ASSISTENTE 1: Aline Santino ARQUITETO ASSISTENTE 2: Diego Medeiros / João Lucas GERENTE DE EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: Ana Heloísa
EXECUTOR EXPRESSÃO E REPRESENTAÇÃO GRÁFICA: Ana Carolina / Pedro Rafael GERENTE DE MAQUETES: Anna Beatriz Moraes
EXECUTOR DE MAQUETES: Alain Giulliano / Gabriela Perazzo
FICHA TÉCNICA