URBANISMO

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(RE) CONHECENDO A ESTAÇÃO NOVA | RESSIGNIFICAÇÃO, INTEGRAÇÃO E PERMEABILIDADE DO LUGAR FORÇAS

LOCALIZAÇÃO PARAÍBA

Em comemoração ao cinquentenário da chegada do trem a cidade, foi inaugurada a Estação Nova de Campina Grande em 1961, pela RFN – Rede Ferroviária do Nordeste, no intuito de expandir os serviços ferroviários. A edificação tinha características do Estilo Modernista, e sua arquitetura lembrava o Lyceu Paraibano, de João Pessoa. Em sua fachada foi pintado um painel decorativo assinado por Paulo Neves, que retrata a vida ferroviária, de 1960. A Estação Nova está localizada na Zona Oeste de Campina Grande O pátio ferroviário era composto pelos seguintes edifícios: Edifício 1 - era usado como depósito de transbordo/triagem (hoje encontra-se destelhado); Edifício 2 - edificado somente na década de 70, e foi projetado para abrigar o setor de engenharia e administração (8ª residência), onde trabalhavam os técnicos tais como engenheiros, topógrafos, setor de segurança; Edifício 3 - é o edifício destinado à estação nova - prédio em estilo Art Déco, onde se realizavam os embarques e desembarques de passageiros, e de pequenas mercadorias; Edifício 4 - galpão da via permanente, ferramentaria (trilhos, dormentes, grampos), oficina, posto de abastecimento (o edifício mais antigo dentre todos).

Galpão I - depósito de transbordo/ triagem

Galpão II - setor de engenharia e administração

Galpão III - edifício destinado à estação nova

EIXOS CONCEITUAIS Atribuimos quatro eixos conceituais que nos permitirá apontar diretrizes para a área estudada, a partir do diagnóstico obtido.

RESSIGNIFICAÇÃO

INTEGRAÇÃO PERMEABILIDADE

AMEAÇAS Especulação imobiliária; Perda da memória do lugar; Depreciação dos prédios existentes

Áreas livres/grandes vazios Localização privilegiada; Marco referencial da cidade.

SWOT OPORTUNIDADES

Geração de empregos; Permeabilidade com o entorno através dos eixos transversal e longitudinal; Bairro caminhável.

FRAQUEZAS Pouco uso misto na poligonal; Espaço sufocado pela malha urbana; Pouca permeabilidade

Observamos na poligonal uma vegetação espontânea e natural, com ausência de uma arborização planejada e eficiente. Existem grandes áreas (vazios) e ruas em solo natural. No centro da poligonal, identificamos a presença de vegetação rasteira que forma uma forração natural do solo. Também na região central existe uma grande vala.

No Mapa Comportamental podemos observar algumas características do lugar. Ao visitarmos o espaço vimos pessoas da comunidade jogando bola nos campinhos informais; casas diminutas com becos sem saída; grande área marginalizada com uso de drogas e bebidas alcoólicas; as faces das residências são voltadas para o oeste dando as “costas” para os galpões da Estação Velha; área de valor histórico usada para manobras de autoescola.

No Mapa de Padrão construtivo podemos observar uma área com residências precárias, insalubres e sem nenhum conforto. Há predominância de residências de baixo padrão, com melhores materiais construtivos e maior conforto térmico, como também residências de padrão médio, com melhores acabamentos nas fachadas e maiores pé direito.

No Mapa de Cheios e Vazios podemos observar uma grande área vazia que circunda os galpões da Estação Nova. Muitos vazios torna o lugar com uma baixa densidade e consequentemente, pouca movimentação e pouco uso.

No Mapa de Uso e Ocupação podemos observar um maior percentual do uso residencial, poucos usos comercial e de serviço,

No Mapa de Gabarito podemos observar uma predominância térrea dos edifícios. Apesar da grande declividade da topografia, a poligonal é considerada com gabarito baixo.

No Mapa de Mobilidade Urbana podemos obter uma visão macro de como acontece as principais conexões do bairro Jardim Quarenta à cidade de Campina Grande, através do transporte púbico – Ônibus/carro, linha ferroviária, bicicleta e à pé. Adotamos as seguintes distâncias para locomoção: a pé – 1 KM; via bicicleta – até 4 KM, e para o ônibus – acima de 5 KM. No Mapa de Topografia podemos perceber um grande aclive nas laterais dos galpões, no sentido Norte e Sul. Por ser uma topografia acidentada na maior parte das ruas do entorno aos galpões da Estação Nova, vimos dificuldade ao acesso às mesmas, com calçadas desestruturadas e de tamanho diminuto da faixa de passeio.

Galpão IV - oficina, posto de abastecimento

No Mapa de Fluxos do entorno imediato podemos observar que as linhas de ônibus circundam toda a poligonal, através de duas vias arteriais e uma via coletora. O fluxo de carros não é intenso nas vias locais, são mais utilizadas pelos próprios moradores da área. A área é pouco circulada por bicicletas e o pedestre circula em toda a área por calçadas que muitas vezes inexistem ou são de comprimento muito estreito, ruas, em torno dos galpões, como também em todas as vias arteriais e coletoras.

URBNISMO I– DOCENTE: DIMITRI CASTOR– DISCENTES: ANA ALMEIDA | CAMILA ALVES | JÉSSICA DUARTE – ABRIL | 2018

No Mapa de Hierarquia Viária podemos analisar na grande poligonal de entorno da Estação Velha as principais vias arteriais, as vias coletoras e as vias locais, bem como o estado físico em que se encontram tais vias: asfaltadas, com paralelepípedo, via não pavimentada, como também o sentido as quais trafegam – via de mão única e via de mão dupla.

REQUALIFICAÇÃO


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