marรงo de 2016 - Jร - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 1
Índice ::
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3 Fala a Diretora 4 Reflexões de um Diretor de Turma
O Património que nos identifica como povo e como pessoa humana
5 Notícias e atividades Comemorações de Natal e de Reis Visitas de Estudo Parlamento dos Jovens CARNAVAL Tutores de Energia A Ciência vem à Escola Conta-nos uma História 1ºB EBnº1 20 anos de ESFN + Associação de Estudantes A ACREDITAR agradece à EBnº3
12 14 15 16 17 18
Desporto Escolar Le coin du Français Viaja por la Hispanidad eTwinning Project English is on Património das Terras de Sicó Lendas Passadas Histórias Contadas - 1º ciclo Venda-da-Luísa / Moinho do Outeiro Condeixa, uma terra de Moinhos Entrevista ao Sr. João do Moinho Património Natural nas Terras de Sicó Reavivar as memórias de um povo Lenda da Nascente do Ramo de Alcabideque
24 Na biblioteca acontece... Concurso Nacional de Leitura Formação em Animação da Leitura para TAP Livros falados - Concurso da Visão Júnior Restaurante “O Letrinhas” Semana Sénior, envelhecer com + qualidade Encontro das Lérias...com companhia O Estado do Amor com Andreia Macedo Dia em cheio na Fernando Namora (CATL)
30 32 33 34
Lemos + escrevemos melhor Os livros que eu lia quando tinha a tua idade
Diversões A força das palavras, por Ana Paula Amaro Património… das Terras de Sicó
35 Ainda não sabiam? A importância das Leguminosas na Alimentação Talentos na Escola
36 Olha para mim a Ler+
março de 2016 Direção do Jornal
EDITORIAL O tema de capa deste número do JÁ, “Património das Terras de Sicó” foi escolhido tendo em conta a p lani fi cação d o trab alh o a desenvolver este ano letivo pelos departamentos do primeiro ciclo e pré escolar. A procura e recolha do património material e imaterial do nosso concelho, através da promoção do diálogo intergeracional, o reforço da identidade e sentimento de pertença à nossa região pela partilha do conhecimento dos mais antigos, tornando-o acessível aos mais novos... são alguns dos objetivos desta escolha, que a nós muito nos enriqueceu. Esperamos que também os nossos leitores possam aprender mais, conhecendo um pouco desta riqueza, através de alguns dos muitos trabalhos apresentados neste número do nosso jornal. Começamos assim, esta viagem pelas Terras de Sicó com uma deliciosa partilha, que nos faz ficar a lamber os dedos, lambuzados desse açúcar com canela tão saborosa que há em todas as escarpiadas... a nossa sobremesa preferida! Continuamos com outra partilha, desta feita mais vasta, pelo património cultural imaterial, as memórias de infância, que se pretende não deixar morrer, dando-as a conhecer às novas gerações. Esta viagem percorre muitos outros espaços, momentos, regiões, atividades, projetos... excelentes artigos do muito que se fez e faz durante o segundo período neste grande Agrupamento. Nesta edição temos ainda una novedad muy especial, a very special novelty, une nouveauté très spéciale: a participação das três línguas lecionadas na escola, cada uma com uma página atribuída. Temos um JÁ mais poliglota, onde se pratica e promove a pluralidade linguística e o conhecimento de tradições, património de diferentes comunidades internacionais. Ficámos mais ricos! Destacamos, com muito orgulho, a diversidade de testemunhos, numa participação madura e equilibrada de todos os níveis de ensino, e principalmente o contributo de diferentes encarregados de educação, com reflexões sobre a importância dos livros e da leitura nas suas vidas. Em nome das bibliotecas escolares, o nosso agradecimento especial. Terminamos com uma palavra de estímulo, agradecimento e apreço para todos aqueles que participaram tornando possível mais este número do nosso jornal. Esperamos que o apreciem e que o promovam junto de outros alunos, professores, funcionários, encarregados de educação, e de toda a nossa comunidade educativa, dando a conhecer as nossas atividades, os nossos projetos, o nosso Património!
Grafismo
Ana Rita Amorim Ana Rita Amorim 2 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016 Isabel Neves aec.jornal@aecondeixa.pt
:: Fala a Diretora escarpiadas que a minha mãe tinha comprado e eu registava os pesos. A dedução era simples: Proponho que faça um RANKING das MARAVILHAS das Terras de Sicó! A verdade é que, para escrever sobre as Terras de Sicó, pensei naquilo que mais apreciava nesta
quanto mais pesada, mais havia para comer portanto, mais desejada era a dita! O problema
não era quem ficava com as escarpiadas classificadas em 3º, 4 ou 5º lugar. O meu pai, a minha mãe e a minha avó que se entendessem! O
região e deparei-me com tanta coisa que achei que, se há rankings para tudo e mais alguma coisa, bem poderia haver um para as maravilhas das
problema era quem ficava com os primeiros dois lugares e não raro era acontecer haver pontapés, beliscões ou unhadas que terminavam com um de
Terras de Sicó!!
nós a chorar e a minha mãe, invariavelmente, a
À cabeça: a escarpiada! É pouco digno de uma diretora… uma diretora de
ameaçar: “Olha que desinquietação eu arranjei!
património civilizacional de que todos somos
partam estas almas danadas que não dão
escola devia colocar em primeiro lugar as Ruínas de Nunca mais trago nada! Já viu isto minha mãezinha?!” Ao que a minha avó retorquia: “Raios Conímbriga, essa marca incontornável do descanso a ninguém!
herdeiros… Mas
Oh Graciete, dá as
Conímbriga está
escarpiadas aos
noutro patamar,
Espadanas!” É claro
mais elevado,
que a minha mãe
distante das
nunca cumpria a
coisas
ameaça nem seguia a
mundanas.
dica da minha avó e,
Conímbriga está
portanto, os
num patamar
Espadanas (coitadinhos!) nunca ficaram com as
onde poderíamos acrescentar a rota dos Castelos de Santiago, de Pombal, de Soure e de Penela, ou a rota dos Palácios de Condeixa-a-Nova..
nossas escarpiadas. Mas a história tinha vários episódios. É que, não só
A escarpiada está noutra secção: a da
era preciso ficar com a escarpiada mais pesada,
Campizes, as hortaliças da Eira Pedrinha, a broa de
ainda tinha escarpiada para comer. Se o meu
gastronomia. Nela incluiríamos o cabrito à moda de como era preciso fazer render a guloseima. Eu Condeixa, o queijo do Rabaçal, as enguias fritas de partia a minha ao meio e, na merenda da tarde Condeixa-a-Velha, o vinho de Podentes… E a seguir… tudo para o Trail! Aliás, para o UltraTrail, para moer tantas e tão leves iguarias.
memória da infância em que recordo a ansiedade,
chegasse a camioneta do José Maria dos Santos,
que trazia a nossa mãe da feira com uma cesta atulhada de compras. Ao cimo, a saca das escarpiadas. Uhm… o perfume da canela! Era um momento de tensão! A balança era posta em cima da mesa da cozinha. Com gestos meticulosos o meu irmão pesava as várias
exibindo o derradeiro troféu da tarde. Se ele ainda ao meio, guardava um quarto para a noite e
da escarpiada é pessoal e intransmissível. É a
meio-dia. Eu e o meu irmão esperávamos que
-a em frente dele, fazendo as devidas negaças, tivesse a metade dele, eu partia a minha metade
Mas voltemos à escarpiada. Para mim o encanto
nos dias de feira, da chegada da camioneta do
irmão já não tivesse nada para saborear eu papava
repetia o espetáculo. Além de que os dedos besuntados do molho de açúcar e canela davam para chupar, todo o santo dia! Estas memórias gostosas, de um tempo cada vez
mais longínquo, só a escarpiada me dá. Coisas de gente pobre, dirão uns!! Coisas de gente, digo eu, que mato saudades das pessoas, dos lugares, dos cheiros, das vozes, de um passado que eu quero lembrar no futuro. Partilhei! Anabela Rodrigues de Lemos
março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 3
Reflexões de um Diretor de Turma ::
O Património que nos identifica como povo e como pessoa humana “A minha pátria é a minha língua” afirmava Pessoa. O primeiro símbolo que nos estrutura e identifica enquanto ser é, justamente, a língua que falamos. Sem ela, como expressaríamos os nossos pensamentos, angústias, anseios, dores de alma e alegrias? Mesmo um bilingue tem sempre uma língua para os afetos que interioriza no mais fundo do ser. E que dizer das palavras que só existem na nossa língua e que são intraduzíveis, pois expressam sentimentos que só nós entendemos? Como explicar o que é a saudade, o “Fado”, o desalento da alma a um nórdico? Depois da língua e, num mundo cada vez mais global, sem fronteiras e indistinto, vêm as tradições, as paisagens, os monumentos, a gastronomia, os hábitos quotidianos, os cheiros, as características físicas e psíquicas que nos identificam como povo. Basta entrar numa sala de um qualquer hotel à hora do pequenoalmoço para identificarmos diferentes nacionalidades aí presentes, quer pelos hábitos alimentares, quer pelos traços físicos, quer pelo vestuário ou apenas a forma de se comportar à mesa. Os europeus do sul da Europa falam com as mãos, alto, de forma entusiasmada, contrastando com a frieza, o comedimento, a postura ereta dos povos do norte… Quando estamos fora do país, por razões de trabalho que nos obrigam a longas ausências, sentimos falta do sol, da luz, da paisagem, do tipo de decoração dos espaços comuns, do burburinho das conversas numa sala de convívio. Lembramos, nostálgicos, até o barulho da chuva
que bate certa numa vidraça, num dia cinzento de Inverno, quando parece que o tempo parou e nos sentimos mais uma gota de água, disforme, a deslizar pelo vidro…
Quando saímos do país, mesmo que seja por motivos de lazer, que bem nos sabe sempre o regresso! Imediatamente nos sentimos em casa devido a toda uma envolvência, que até nos pode irritar e saturar no dia-adia, mas que sentimos como parte de nós, da nossa vivência e cultura. Património é, por definição, “ o conjunto de bens, materiais ou naturais, reconhecidos pela sua importância cultural”. Eu diria que a estes bens, “materiais ou naturais”, se devem acrescentar os imateriais que, por vezes, são os mais importantes para a estabilidade do individuo, pois têm a ver com a sua essência. Aqui entram as memórias, os cheiros da infância dum soalho esfregado com aguarrás e encerado com bisnagas de cera amarela Búfalo; dos cobres areados com areia branca finíssima; dos peitos esfregados com cânfora e álcool para impedir a tosse; da geleia a borbulhar em caldeirões, antes de encher os frascos, e que servirá para untar as torradas dos lanches em tardes de inverno; das resmas de cadernos A5 que enchem as estantes de uma qualquer papelaria de bairro, a par dos manuais escolares, sempre os mesmos do irmão mais velho até ao mais novo ( “ A tia picou o dedo na agulha”)… Tantas memórias que fazem parte de nós por pertencermos a um mesmo país, uma mesma realidade. Este é, também, o nosso património, o das memórias, dos afetos, que nos molda enquanto crianças e nos reconforta quando adultos. Felizmente!
4 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
Maria João Cura Mariano, Coordenadora dos Diretores de Turma do Ensino Secundário
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
Os Reis Magos visitaram a EB nº2
No passado dia 7 de janeiro os Reis Magos visitaram a Escola Básica nº 2 de Condeixa-a-Nova e ofereceram rebuçados a alguns estudantes. Devido ao cansaço da viagem e ao mau tempo que se fez sentir naqueles dias, os Reis chegaram com um dia de atraso. No entanto, por volta das 10h30, passearam pelos corredores da escola e visitaram algumas turmas para deixarem as prendas aos meninos bem comportados. Este ano ninguém recebeu carvão. Por isso, tanto os Reis como os Professores desejam que os alunos continuem a estudar e a portar-se bem em 2016.
ALUNOS DE CONDEIXA-A-NOVA CANTAM JANEIRAS A TIAGO BRANDÃO RODRIGUES O Ministro da Educação recebeu os alunos e professores do Agrupamento de Escolas de Condeixaa-Nova que se deslocaram a Lisboa para cantar as janeiras a Tiago Brandão Rodrigues. Os 16 alunos, entre o 6.º e o 12.º anos, estavam acompanhados por dois professores de música e a diretora do agrupamento.
núcleo de estágio de Espanhol
Iniciámos o 2º período, revivendo a tradição de
cantar os Reis.
Participámos nesta atividade com as outras turmas do nosso Jardim-deInfância. Construímos coroas, aprendemos uma canção e fizemos uma visita à Casa de Saúde Rainha Santa Isabel. Como é tradição, também cantámos os reis com os meninos do 1º ciclo, da nossa escola. EBNº1 - JI/Turma C "Na Escola de Belide, decorreu no dia 17 de dezembro uma festa de Natal muito animada, que envolveu toda a comunidade escolar (alunos, professores, assistentes operacionais, pais e encarregados de
Ecos do Natal
Neste Natal a Make-A-Wish contou com o apoio de mais de 100 escolas que se associaram à sua missão e decoraram as suas escolas com desejos! Na 3ª edição do Concurso a EBnº2 decorou a escola com estrelas de Natal Make-A-Wish envolvendo toda a comunidade escolar.
educação). Teve ainda a especial participação de um grupo de utentes da Casa de Saúde Rainha Santa Isabel, de Condeixa, que nos presenteou com um bonito auto de Natal. Foram, assim, reforçados nesta comunidade educativa, os valores da inclusão, da partilha e da tolerância, tão próprios desta época natalícia."
JANTAR DE NATAL - comemorações dos 20 anos da ESFN No dia 22 de dezembro realizou-se, na cantina da Escola Secundária Fernando Namora, um jantar de Natal, que serviu simultaneamente para comemorar os 20 anos desta instituição. Foram convidados antigos professores e funcionários, reavivadas algumas memórias através de algumas fotos antigas com que a professora Graça Figueiredo nos presenteou. O serão foi muito agradável, mas o ponto alto da noite surgiu, após alguns cantares do grupo desportivo da FN, quando fomos surpreendidos com o regresso das SPICE GIRLS! Inesquecível! Voltem meninas, queremos mais! março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 5
NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: uma experiência pedagógica no sotavento algarvio No âmbito do concurso “Escola em Viagem”, promovido pela Movijovem e em parceria com o Ministério da Educação, de vinte e oito a trinta de janeiro de 2016, os alunos do Curso Profissional de Técnico de Turismo, acompanhados pela professora de Operações Técnicas em Empresas Turísticas e de Técnicas de Comunicação e Acolhimento Turístico, Justina Almeida, e pelo diretor de curso e professor de Geografia e de Turismo – Informação e Animação Turística, professor Rui Damasceno Rato, aprenderam a ver o Sotavento Algarvio com um olhar diferente. A realização deste projeto possibilitou aos alunos e futuros profissionais de Turismo, compreender as potencialidades da valorização cultural e turística dos lugares, dos sítios históricos e dos espaços patrimoniais para a divulgação dos destinos turísticos, destacando-se o Bairro Islâmico em Mértola, a Igreja da Misericórdia, a Ponte Antiga, o Castelo e o Núcleo Islâmico, em Tavira. Dessas aulas, palestras, passeios noturnos e visitas guiadas, a nossa bagagem científicocultural voltou muito mais completa do que quando partimos. Assim, esta viagem pelo Sotavento Algarvio abriu-nos novos horizontes e permitiu-nos contactar com outras realidades turísticas que nos irão ajudar enquanto futuros técnicos e profissionais de turismo. Visita ao Bairro Islâmico em Mértola Catarina Rodrigues, 12ºTT
VISITA DE ESTUDO A LISBOA Museu Nacional de Arqueologia
Planetário
Diogo Sabino, 7º B
Visita de Estudo a Espanha
6 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
núcleo de estágio de Espanhol
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES Mais uma vez o nosso agrupamento de escolas consegue uma participação positiva por parte dos alunos ao projeto “Parlamento dos jovens”. Este projeto iniciou-se em Dezembro com as inscrições das listas e prolongou-se nesse mês com uma palestra dada pela deputada do PCP, Ana Mesquita, acerca dos temas a ser debatidos este ano, em ambos os ciclos de ensino (básico e secundário) e ainda sobre o funcionamento da Assembleia da República. Durante esta palestra os alunos foram incentivados pela deputada a colocar questões acerca do tema e de outras curiosidades políticas. Depois de alguns anos a participar neste projeto pudemos verificar que cada vez mais os jovens do nosso agrupamento se interessam por assuntos relacionados com a política atual. Quando questionado sobre a sessão, o aluno Renato Craveiro disse que “Foi, essencialmente, uma sessão em que todos os alunos puderam aprender um pouco mais!” Carolina Bernardes partilha da mesma opinião: “A sessão foi bastante interativa, iniciou-se com uma breve apresentação sobre o parlamento e como tudo funciona, depois foi-nos dado algum tempo para nos questionarmos a Sra. Deputada Ana Mesquita sobre assuntos atuais. Esta atividade permitiu-me perceber melhor como tudo funciona e responder a questões nas quais tinha algumas dúvidas. Coloquei duas questões à Sr. Deputada que foram respondidas de maneira clara e informativa. Foi sem dúvida uma experiência de sucesso e bem dirigida.“ O projeto continuou no início do segundo período, com a campanha e eleição das listas anteriormente formadas. Notou-se uma aumento na participação dos alunos do ensino básico mas por outro lado uma grande abstenção por parte do secundário. Após esta fase, seguiu-se a sessão escolar, na qual foram apurados os representantes da nossa escola: Carolina Bernardes, Catarina Pinto e Diana Alexandre (básico) e Andreia Sousa, Bárbara Silva e Tiago Santos (secundário). Posteriormente, no passado mês de Fevereiro decorreram as sessões distritais, nas quais mais uma vez os nossos jovens políticos se mostraram capazes de se dar a conhecer e lutar pelas suas ideias. Não podíamos estar mais orgulhosos de tudo aquilo que os nossos alunos conquistam diariamente, e sobretudo das competências que desenvolvem no decorrer deste projeto. Parabéns aos jovens deputados pela sua excelente prestação! Andreia Sousa, jornalista do JÁ
No dia 15 de fevereiro, no âmbito do parlamento dos jovens, contámos com a presença da senhora Deputada da Assembleia da República, Drª. Margarida Mano, ex-ministra da educação. Os 41 deputados eleitos para a sessão escolar saíram muito enriquecidos com o debate com a senhora deputada, que esclareceu dúvidas que os jovens deputados colocaram. Houve ainda tempo, para que ocorresse uma simulação da sessão distrital, orientada pela senhora deputada. Nos dias 22 e 23 de fevereiro decorreram as sessões distritais do parlamento dos jovens, do ensino básico e do ensino secundário. Na sessão do ensino básico, que teve lugar em Oliveira do Hospital, representaram o Agrupamento de Escolas de Condeixa, as alunas: Carolina Bernardes, Diana Alexandre e Carolina Sá Pinto. A sessão do ensino secundário realizou-se no IPDJ, em Coimbra, tendo o nosso Agrupamento de Escolas sido representado pelos alunos: Andreia Sousa, Bárbara Silva e Francisco Calhindro. A participação dos nossos jovens deputados foi francamente
positiva, tendo de forma cívica defendido os projetos de recomendação aprovados nas sessões escolares do nosso Agrupamento. Para o próximo ano letivo, esperamos contar com mais participantes, empenhados em representar o nosso Agrupamento nas várias fases deste projeto. Para terminar em grande, iremos realizar uma visita de estudo, nos dias 26, 27 e 28 de maio ao Parlamento Europeu em Bruxelas. Brevemente serão divulgados os nomes dos alunos
participantes.
a coordenadora do projeto, Sónia Vidal
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NOTÍCIAS / ATIVIDADES ::
8 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES COMO PODES POUPAR ENERGIA?
No dia 3 de fevereiro, um representante da AREAC veio à nossa escola falar-nos da energia que gastamos na escola, diariamente, e o que devemos fazer para poupar energia. O engenheiro eletromecânico, o senhor Pedro Silva, começou por nos apresentar um PowerPoint que tinha como título “Como gastamos energia na escola?” Nele, tivemos oportunidade de ver que gastamos energia de diferentes formas, tais como: através da água das torneiras, chuveiros, lâmpadas, videoprojetores, aquecimento, computadores…. Entretanto, falámos das energias renováveis e não renováveis e vimos alguns exemplos de energias renováveis como a energia eólica, a energia hídrica e
a energia solar. O senhor explicou-nos também que se aproveitarmos a luz solar e não desperdiçarmos água iremos ajudar o nosso planeta. A seguir vimos vários vídeos ”Os animais salvam o planeta”, os quais nos alertavam para os perigos dos gastos excessivos de energia e da poluição do nosso planeta. Concluímos que todas estas atitudes levam à destruição do nosso planeta e de todos os seres vivos que nele habitam. No fim, o senhor perguntou-nos quanto é que uma escola como a nossa gasta em média por mês. Ficámos surpreendidos ao saber que gastamos em média 5 mil euros/mês. 4ºA da EBnº1
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NOTÍCIAS / ATIVIDADES :: A CIÊNCIA VEM À ESCOLA Plantas nativas, exóticas e invasoras No passado dia 19 de fevereiro, a investigadora, Sónia Cotrim, que dinamiza palestras na nossa escola, apresentounos duas investigadoras, Hélia e Elisabete (Beta) Marchante, para falarem sobre plantas invasoras. Ambas trabalham no Centro de Ecologia Funcional, da Universidade de Coimbra, e na Escola Superior Agrária, do Instituto Politécnico de Coimbra. Com elas, aprendemos muito sobre plantas. Existem vários tipos: - as plantas que são naturais da região onde vivem, ou seja, que vivem num país há muitos milhares de anos (antes do Homem) chamam-se NATIVAS. Exemplos: o azevinho e o castanheiro; - às plantas que vivem fora do seu país, depois de serem transportadas pelo Homem, ultrapassando mares, oceanos ou montanhas, chamamos EXÓTICAS. Exemplos: a nespereira e a batata; - algumas plantas exóticas não ficam onde as plantámos, adaptam-se muito bem ao novo país, crescem muito e produzem muitas sementes que dão plantas novas, ocupam o espaço das plantas nativas e tiram-lhes a luz e a água. Isto tudo sem a ajuda do Homem. Estas plantas trazem muitos problemas, causam vários prejuízos e chamam-se plantas INVASORAS. Exemplos: a acácia, as mimosas, os penachos, o espantalobos, o chorão-das-praias e muitas outras. Turma do 1ºB da EBnº1
As plantas exóticas infestam Portugal são as invasoras silenciosas É importante que as pessoas se preocupem em obter “…conhecimentos que permitam contribuir de forma ativa para a prevenção e resolução do problema das invasões biológicas. As plantas invasoras são consideradas como uma das maiores ameaças à biodiversidade a nível global sendo responsáveis por mais de € 10 biliões/ ano de prejuízos a nível Europeu. No entanto, a temática é ainda desconhecida de grande parte dos cidadãos, os quais inadvertidamente podem facilitar o aumento dos problemas causados pelas espécies invasoras. É assim fundamental aumentar o conhecimento e a divulgação sobre esta problemática.”
Cada um de nós pode ser parte do problema ou da solução…
A história “ O Coelhinho Branco” de António Torrado foi uma história trabalhada pela turma, nas várias disciplinas, desde o português, a matemática, a expressão dramática, musical, plástica, físico-motora, etc. Também foi esta a história escolhida para participarmos no concurso ”Conta-nos uma história”. Na turma, há já vários meninos e meninas que leem e, foi dando voz às diferentes personagens, que pudemos escutar a história de forma diferente. A professora Laurentina Soares, uma das mães que integra a Associação de Pais, veio à nossa sala e gravou as nossas vozes. Foi uma experiência nova e interessante. O importante é participarmos, mas ficamos a aguardar os resultados.
“O ato de contar histórias desempenha um papel extremamente relevante nas aprendizagens dos alunos destes níveis de educação e ensino, quer na aquisição de conhecimentos, competências e valores, quer nas atividades de carácter mais lúdico.” É porque acredito nestas palavras que procuro motivar sempre os meus alunos para a leitura e assim, mais uma vez, agora com uma nova turma de 1º ano, aqui Lídia Lopes 1ºB estamos, eu e os meus pequeninos, mas já Grandes leitores, a participar na 7.ª Edição do concurso "Conta-nos uma história!", promovida pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), através da Direção-Geral da Educação (DGE), do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e do Plano Nacional de Leitura (PNL), em parceria com a Microsoft. Professora Maria de Deus, turma 1ºB da EBnº1
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Joel de Sá 1ºB
:: NOTÍCIAS / ATIVIDADES
No passado dia 17 de dezembro os elementos da “lista Delta” tomaram posse da Associação de Estudantes
Fernando Namora - AEFN “A Associação de Estudantes não tem medo do desafio e sabe que com a ajuda dos alunos e professores vai conseguir atingir aquilo a que se propõe. Nós, enquanto órgão representativo dos alunos, queremos lutar pela liberdade de expressão, diversidade e igualdade. Lutaremos contra a discriminação, seja ela, racial, económica, religiosa, social, de identidade de género e/ou sexual. Lutaremos para que todos os alunos, de igual forma, tenham acesso à mais variada informação para que sejam no futuro, além de bons profissionais, cidadãos ativos e conscientes.”
Iniciou-se, no dia em que a nossa escola celebrou vinte anos, um projeto há muito idealizado por todos nós. Um dos nossos principais objetivos é aumentar a consciência política dos nossos alunos, envolvendo-os em projetos como a Associação de Estudantes sendo que todos os alunos do nosso agrupamento se podem tornar membros desta associação. Só este período, contámos com a realização de três torneios internos (Futsal, Basquete e Volei, para alunos do secundário e 9º ano). No dia 18 de março iremos realizar um Baile de Gala intitulado “Baile de Primavera”. Com este baile pretendemos proporcionar aos nossos alunos uma noite de sonho, como todas aquelas que crescemos a ver na televisão. Um baile de gala com a melhor decoração e música, sem nunca deixar faltar a boa comida e a passadeira vermelha… Temos, ainda, diversas atividades projetadas para o futuro. Andreia Sousa, presidente da AEFN e jornalista do JÁ
Andreia Sousa, Presidente da AEFN
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DESPORTO ESCOLAR ::
CORTA-MATO ESCOLAR 15/16 No dia 17 de Dezembro realizou-se mais um corta mato escolar. O evento teve como palco a Escola Básica do 2º e 3º ciclo de Condeixa -a-Nova, tendo como participantes cerca de 130 alunos, distribuídos pelos diferentes escalões. Esta prova desportiva serviu ainda para Infantis A masculinos Turma
5ºE 5ºD 5ºA 5ºC 5ºC 4ºA 3ºA 3ºA 3ºA 5ºC 5ºE 6ºD 5ºE 5ºB 3ºA 4ºA 4ºA 5ºC 3ºA 4ºA 3ºA 4ºA 3ºA 5ºB 3ºA 4ºA 5ºA 5ºD 3ºA 5ºC
Nome Jorge Torres João Tavares João Lopes Ricardo Domingues André Simões Bernardo Santos Lucas Carvalho Bernardo Lobo Afonso Barros Simão Pires Guilherme Barros Laura Tomás Tiago Marcelo Tomás Silva Maksym Matsiuuyak Miguel Santos Pedro Fernandes Ruben Panão João Lapo José Castanheira Ruben Acúrcio José Marques Rodrigo Cruz João Pratas Fernando Ferreira Gonçalo Pita João Faria Henrique Viseu Alexandre Cordeiro Rodrigo Reis
Juvenis masculinos Turma 9ºD
Nome
Class
1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º 26º 27º 28º 29º 30º
Class
Infantis A femininos Nome
Turma
Natacha Valada Francisca Cravo Camila Reis Maria Santos Carolina Maduro Carolina Lopes Leonor Baptista Nádia Freitas Luísa Nujo Ana Preces Matilde Gaspar
3ºA 4ºA 4ºA 5ºE 5ºE 4ºA 4ºA 3ºA 5ºE 5ºA 3ºA
Juvenis femininos Turma Nome Ana Carolina Mendes 10ºB Diana Oliveira 10ºB
Rodrigo Mendes Pedro Santos
1º 2º
11ºB
Bráulio Florentino
3º
Beatriz Tarrafa
10ºB
10ºA 9ºD 10ºC 9ºD 10ºA 11ºB 8ºC 10ºC 11ºB 10ºC 10ºA 11ºB 11ºB 11ºB 11ºB 11ºB 11ºB 11ºB
Fernando Torres José Pinto Daniel Rodrigues Mario Marques Diogo Santos Pedro Ferreira Leonardo Costa Tiago Fernandes João Moita João Jordão Serhiy Burkevych João Lemos Pedro Sá Gonçalo Beja Tomás Lopes Bernardo Bento Tomás Duarte Alexandre Paiva
4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º
Diana Inocentes Andreia Sousa
9ºB 10ºA
12ºD
selecionar os alunos que iriam representar o Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova, no dia 26 de Janeiro, no corta mato distrital, que se realizou na Praça da Canção (Coimbra). A todos os alunos que participaram na atividade, desde já o nosso agradecimento. Professor Mário Teixeira, coordenador do Desporto Escolar
Infantis B femininos Turma Nome 7ºB 6ºB 6ºA 7ºD 6ºE 6ºB 5ºC 6ºE 6ºB 6ºB 6ºD 6ºB
Inês Rodrigues Daniela Mendes Beatriz Diogo Sofia Cruz Bárbara Curado Inês Santos Diana Costa Ana Maria Simões Carolina Gonçalves Ana Castanheira Laura Tomás Maria Carolina Moita
Iniciados femininos Turma
Nome
9ºD 8ºC 7ºE 9ºC 9ºD 9ºD
Virgínia Gonçalves Beatriz Figueiredo Jeni Fernandes Sara Centeio Sara Rodrigues Lara Cardoso
12 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
Class 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º
Infantis B masculinos Turma Nome Paulo Manaia Tiago Rodrigues Guilherme Gonçalo João Neves Miguel Nunes Ricardo Nascimento Afonso Garrido Filipe Veríssimo João Correia Rodrigo Cruz João Coelho Paulo Pereira
7ºA 6ºC 6ºD 6ºC 6ºB 6ºD 6ºA 7ºB 7ºE 3ºA 6ºB 6ºF
13º
Afonso Gil
5ºB
14º 15º 16º 17º 18º 19º
David Garcia Bruno Vilas Boas Luca Grilo Luis Gonçalves Pavlo Khymcur José Costa
6ºB 6ºB 6ºA 5ºB 6ºC 6ºD
Class 1º 2º 3º 4º 5º 6º
7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º 21º 22º
Iniciados masculinos Nome
Turma
André Costa Miguel Viamonte Rafael Silva Francisco Valente José Borges Rui Cabete João Ferreira João Abrantes Miguel Cardoso Diogo Oliveira Leandro Borba Gonçalo Costa Daniel Lameiras Eduardo Amado António Pinheiro Alexandre Agra Carlos Cardoso Leonardo Silva Lucian Almeida Danilo Rainho Francisco Silva Afonso Cruz
9ºD 9ºD 8ºA 8ºD 8ºA 8ºA
9ºD 8ºD 8ºB 8ºB 7ºA 8ºD 8ºD 8ºA 8ºA 8ºC 8ºD 9ºD 7ºA 6ºA 9ºD 9ºD
:: DESPORTO ESCOLAR
Corta-Mato Distrital do Desporto Escolar
Realizou-se no dia 18 de dezembro, nas piscinas municipais o
Torneio de Natação do Agrupamento. Contou com a presença de cerca de sete dezenas de alunos dos diferentes ciclos de ensino (2º, 3º ciclos e secundário). Foram disputadas provas das distâncias de 25m e 50m, de diferentes estilos.
Realizou-se no dia 26 de janeiro de 2016, na Praça da Canção (Coimbra), o corta mato distrital do Desporto Escolar, tendo a organização do evento estado a cargo da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Direção de Serviços Região Centro, Desporto Escolar de Coimbra. Foi ao longo de toda a manhã que cerca de um milhar de alunos dos vários estabelecimentos de ensino do distrito de Coimbra disputaram os lugares que davam acesso à participação no campeonato nacional. O nosso agrupamento esteve representado por 43 alunos nos diferentes escalões etários. Todos eles tiveram um desempenho e um comportamento muito meritório. Em termos de classificações individuais, há a destacar os seguintes alunos: João Lopes, (nº12/5ºA) - 8º lugar, Inês Rodrigues (nº13/7ºB – 5º lugar e André Costa, (nº4/9ºD) – 10º lugar. Em termos coletivos, o nosso agrupamento também obteve resultados de relevo, nomeadamente no escalão de iniciados masculinos, o 3º lugar do pódio. A nossa comitiva também se fez representar por duas alunas (Cristiana Abrantes do 8ºA e Matilde Gaspar do 3ºA) na prova adaptada, tendo estas obtido, o 1º e 2º lugares, respetivamente.
Os grupos equipa de Futsal, Ténis de Mesa, Natação e Badminton do Desporto Escolar do Agrupamento, até à data já realizaram 12 encontros, totalizando uma participação de 150 alunos. Na globalidade, os resultados alcançados são manifestamente positivos, dando boas indicações para o apuramento de algumas destas modalidades para a fase distrital e regional. A Comissão Local do Desporto Escolar de Coimbra atribuiu ao nosso Agrupamento a organização durante os meses de março e abril dos Campeonatos Distritais de Ténis de Mesa e de Futsal do escalão infantil B, manifestando assim a confiança no trabalho que tem sido desenvolvido pelos docentes do Desporto Escolar do nosso Agrupamento. Professor Mário Teixeira, coordenador do Desporto Escolar
Professor Mário Teixeira, coordenador do Desporto Escolar
março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 13
LE COIN DU FRANÇAIS ::
14 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
:: VIAJA POR LA HISPANIDAD España es un país de la
BI ESPAÑA
ayuntamiento
Europa, que con Portugal
gobernada por
compone la Península
un alcalde.
Ibérica, cuyo sistema de
En España
gobierno es una monarquía
existen cuatro
parlamentar. Es un país
lenguas
constituido por un estado
oficiales: el
central y diecisiete
Castellano, el
OJO: Existen además 2 Ciudades Autónomas: Ceuta y Melilla
comunidades autónomas, de acuerdo con la
Catalán, el
Constitución de 1978. Esto quiere decir que asuntos
Gallego y el Vasco. El Castellano es la lengua
como las relaciones internacionales, la defensa, el
oficial del estado español. Todos los españoles tienen
comercio exterior, el sistema monetario y la
el deber de conocerla y el derecho de usarla.
legislación general corresponden al Estado Central. En
El feriado nacional es el 12 de octubre, día en el que
otros campos como la sanidad, la seguridad social y la Colón llegó a la América. educación, el Estado Central realiza únicamente la
Incorporó la Comunidad Económica Europea en 1986
legislación básica y los gobiernos de las distintas
con Portugal.
Comunidades Autónomas tienen que desarrollar esa
Algunos de sus hijos son famosos en el mundo:
legislación y ponerla en práctica. En todas las
Cervantes (escritor); Camilo José Cela (premio Nobel
materias que no sean de competencia estatal, las
de la literatura- 1989); André Gaudí (arquitecto);
Comunidades Autónomas establecen sus propias leyes Goya (pintor) Velázquez (pintor, autor del cuadro “As y las ejecutan. Cada Comunidad tiene una capital, el
Meninas”).
Adivina, Adivinanza
¿Sabías que... 1. ... el español es hablado en países de los 5 continentes? Además de en Europa y América, se habla en África (en Marruecos y Guinea Ecuatorial), en Asia (en Filipinas) y en Oceanía (en la Isla de
Empieza por A. Prenda de vestir que no ponemos en invierno. Empieza por B. Pelo que tienen muchos hombres en el labio superior. Empieza por F. Prenda de vestir que usan las mujeres. Empieza por C. Las usan los chicos y las chicas sobre todo en verano.
Pascua). 2. … alrededor de 18 millones de personas estudian español como lengua extranjera? 3. … Miguel de Cervantes fue el autor español más importante de la historia? Su obra El Ingenioso Hidalgo don Quijote de la Mancha es el libro más editado y traducido en el mundo, después de la Biblia. 4. … el castellano, junto al japonés, es el idioma más "rápido"? La rapidez de un idioma se basa en la cantidad de sílabas que un hablante medio es capaz de pronunciar por segundo.
5. ... Colombia significa "tierra de (Cristóbal) Colón", Bolivia, "tierra de (Simón) Bolívar", Argentina, "tierra de plata", y Venezuela, "pequeña Venecia"? 6. … los nombres de los cinco primeros días de la semana (lunes, martes, miércoles, jueves y viernes) provienen de los nombres de los astros Luna, Marte, Mercurio, Júpiter y Venus?
o núcleo de estágio de Espanhol março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 15
eTwinning project :: “Hi, what’s up :) ?”
Activities done and my opinion so far All this project started with all the students’ presentations, where we had to tell a little bit of ourselves. This was the way we got to know each
other. Some days later, the countries involved in the “Hi, what’s upJ ?” Twin Space posted their classes’ photos: for the first time, everyone saw a photo of every class. The first “real” work we had to do was to present parts of our school or, in my groups’ case for example, talk about the schools around Condeixa-a-Nova. The following assignment was to talk a little bit about what our house is like or our favorite room in our home. This helped us to remind how to identify the position of objects and to say the name of some rooms. Then there was the contest to choose the “Hi, what’s upJ?” logo. They were made by ourselves (the students in the project). Six logos entered this contest and, in the end Gonçalo Ramos’s (a Portuguese student in the TAP class) won. Congratulations! Christmas was coming and the students did some written work: some about Christmas, others about the New Year’s Eve, about classic Christmas Tales and some even created their own Christmas Tale! This was a great experience where we got to know other
cultures and to produce our own tale. The cinema theme we are working on is an interesting theme and I hope it will be as awesome as all the others and that we can know a little bit about the cinema of the countries involved in this project! A little while ago the Portuguese and the French classes had a Skype call where we talked via voice and video Livestream. It was a cool experience because we shared a little of both countries. About the project: I want to say that it has been an awesome experience so far and that I’m sure it will be an amazing experience to Renato Craveiro, 10th GPSI
repeat!
During the Etwinning project we have shared more about our customs, traditions, our language and special occasions in our country. This project started with one presentation about ourselves, talking about our family, friends, hobbies, preferences and what we wanted to be in the future. Then we talked about our homes and our favourite room showing some photographs, we could see how different the houses can be and how they vary from country to country. After we drew our logo, which was the winner. In our next project we mentioned the Christmas traditions what we eat on Christmas night, the presents, the crib and what we do on
New Year’s Eve. After, we worked on the cinema, the movies that made history in our country and our filmmakers. We learnt how to used PREZI. And finally our last project and one of the best was making a video call on skype with the French students, and it was very funny to interact with them. I think this project is very good and important for all of us, because it is always amazing to learn about other cultures so that we can understand the people who belong to those cultures better and being willing to accept where your knowledge ends is a good thing and generally leads to more good things.
16 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
Daniela Silva, 10th TAP
:: ENGLISH IS ON
Multiculturalism and Mobility in Europe
On the 7th January the “Clube Europeu” carried out an activity in the school library on the subject of “Multiculturalism and Mobility in Europe”. The three speakers were not the usual ones (teachers or representatives of certain associations). On the contrary: they are still studying! At the end of the first term the school received two foreign students: Anna Morpynchuk from the Ukraine and Hajer Tajouri from Lybia. The third speaker was the son of the English teacher Fátima Gonçalves who has been living and working in Iceland for the past two years. In two 90-minute sessions they shared their experiences of living abroad and adapting to new countries, languages and customs or taking a gap year. The classes 10º A, 10ºB, 11ºB, 11ºC and 12º TT were present and enjoyed the sessions to the fullest. Here are some testimonies:
This activity was a really good way to make us understand what it´s like to live abroad and the differences between countries and people´s lives. It was such a funny way to meet our colleagues and to know more about them. The European Club presented an activity about We should have more activities like this one especially in our age, because it would teach us and get us motivated and informed about the working and living outside Portugal. idea of living abroad.. Raquel Lucas, 10ºC I found the activity very interesting. It gave me an insight into the possibilities of working abroad We think the presentation was very interesting and funny as we got to know a little bit more about foreign culture and what we have to do if we and showed me that it is possible to do it. I think that teachers should do more activities like want to do volunteer work someday. We also learned a lot about Iceland’s beliefs and culture. 11ºB this one. Ema Gaspar, 11ºC
We had a different experience. Two girls from our school that were born in countries at war and a boy who has been traveling in Europe doing voluntary work shared with us their life stories, explaining different cultures, what different
countries have to offer and about living abroad. It was an amazing experience, where we could see the differences around the world and that volunteering is always a good choice. Maria Simões, 12º TT
Read the clues below and fil in the correct answer:
Crossword puzzle answers: 1- SINGER; 2- FIREFIGHTER; 3- WAITER; 4- POLICEOFFICE; 5- STUDENT; 6– TRUCKDRIVER; 7– TEACHER; 8– CHEF; 9– NURSE; 10– DENTIST; 11– DOCTOR; 12– BUSDRIVER; 13– POSTALWORKER. março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 17
Património das Terras de Sicó :: Lendas Passadas…Histórias Contadas… Este projeto dirigido a todas as escolas do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova e dinamizado pelos professores Nelson Silva, Regina Costa, Sara Aires e Maria da Luz visa a recolha de lendas, contos, histórias do imaginário popular do concelho de Condeixa-a-Nova e regiões limítrofes e a sua preservação num suporte escrito e digital. Através do diálogo com os idosos da região, da pesquisa, da recolha de dados e testemunhos, pretende-se que os alunos de cada turma do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas de Condeixa-a-Nova pesquisem uma lenda ou conto, fazendo o seu registo escrito e ilustrando-o. Deste projeto resultará, no 3º período, um livro em suporte escrito e digital. Este projeto tem por objetivo motivar os alunos para a oralidade e escrita salientando a importância da herança da cultura oral nas Terras de Sicó. Professor do 1º ciclo de Belide, Nelson Silva
AQUI FICA UM CHEIRINHO… UMA LENDA DE CADA ESCOLA…. NO FINAL OUTRAS VIRÃO … MUITAS HISTÓRIAS CONTARÃO! A Lenda da Moura da Mina
Recolha de lendas: Por estas paragens sempre houve muita água e a água potável foi, e é, um bem precioso a preservar. Resultado de uma pesquisa efetuada junto de algumas pessoas mais velhas, da localidade de Sebal, havia, em tempos idos, minas, reservatórios de água, que alimentavam fontes. Ainda hoje existem algumas ou vestígios delas. Uma situava-se num terreno, então contíguo à escola, onde agora passa a estrada que nos leva até à zona industrial de Condeixa. A propósito deste assunto, recolhemos uma lenda, recorrendo a fonte oral, por obséquio da D. Conceição Viais, professora jubilada. Já lhe contava a sua avó...
Há muitos, muitos anos, conta a lenda, que uma jovem princesa, filha de um rei mouro, se enamorou de um jovem guerreiro cristão. A princesa era linda, linda, de longos cabelos loiros e profundos olhos verdes e o jovem era um garboso cavaleiro, também muito belo. O pai da princesa não permitiu o seu amor, mas eles resolveram fugir para serem felizes. Assim fizeram. Porém, na fuga, o jovem foi morto pelos soldados do pai dela. A princesa ficou inconsolável e não quis voltar para o seu reino. Resolveu, louca de infelicidade, habitar nas minas dos poços por onde passava e lá chorar a sua desdita. Então, nas noites de lua cheia, quando a noite parece dia, ela chora ainda hoje a sua mágoa, a sua perda eterna. Quem se aproxima pode ouvi-la soltar, no silêncio da mina, um gemido plangente que deixa quem o ouve com o coração a sangrar. Não te aproximes da mina. A princesa não gosta que a vejam ou que a queiram consolar. Só ela poderá viver a sua dor! EB1 do Sebal professoras Regina Costa e Deolinda Simões
Lenda do Cabaz de Ouro Conta a lenda que, há muitos séculos, viveu na freguesia da Anobra, uma comunidade moura. Quando fugiram deixaram para trás, numa zona de cultivo, alguns dos seus tesouros. Assim, nesse local ficou um cabaz de ouro que será encontrado “pelo bico de uma charrua ou pelo bico de uma galinha”. O certo é que até hoje ninguém o encontrou, mas os terrenos continuam a ser cultivados, talvez na esperança de encontrar o tesouro ou de colher os tesouros resultantes da terra e do trabalho. Até hoje esse local mantém o nome de “Cabaz de Ouro”. 2ºA da EB nº3, professora Emília Silva 18 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
:: Património das Terras de Sicó Há muitos anos atrás a população de Belide foi flagelada por febres intensas e mortais transmitidas pelos mosquitos que pululavam nas margens dos campos de arroz do Mondego, na vizinha vila de Montemor-o-Velho. Desesperada e temendo pela sua saúde, a população de Belide resolveu dirigir as suas preces a Nossa Senhora da Saúde. Prometeu adotá-la como santa padroeira da aldeia e erigir uma igreja matriz em sua honra.
LENDA DOS FERREIROS
Diz uma lenda muito antiga que, perto de Penela, existem dois montes cónicos onde habitaram dois irmãos, ferreiros de ofício. Esses irmãos eram gigantes e tinham o
Depois de erradicada a doença e querendo cumprir a sua promessa, a população de Belide começou a discutir entre si qual seria o local para construírem a igreja matriz, em honra da sua santa padroeira. Fizeram muitas reuniões, houve muita discussão, contudo, não se entendiam quanto ao local de construção. Eis então que se deu o milagre! No dia 5 de Agosto, em pleno verão, a população acordou pela manhã com um magnífico manto de branca neve que apenas tinha caído num retângulo, área onde hoje existe a Igreja. A população entendeu a mensagem divina e decidiu ocupar aquele retângulo de neve com a tão desejada Igreja. Tinham finalmente cumprido a promessa e conseguido a proteção da sua santa padroeira, Nossa Senhora da Saúde. Fonte: Internet recolhida pela turma A do professor Nelson Silva , EB1 de Belide
mesmo nome dos montes. Gerumelo exercia a sua profissão no monte Gerumelo e o seu irmão Melo exercia a sua profissão no monte Melo. Cada um em seu monte e com a sua forja faziam o seu trabalho, mas segundo a lenda, não possuíam mais do que um martelo e para trabalharem tinham de se servir da ferramenta alternadamente. Quando o Gerumelo precisava do martelo, chegava à porta da forja e gritava ao Melo, para este lho atirar. Quando era a vez de o Melo precisar do martelo, gritava ao irmão Geromelo, pedindo-lhe que este lho atirasse. Esta situação repetia-se de todas as vezes que trabalhavam e só conseguiam arremessar o martelo a uma distância tão
Lenda de Guilherme Pais ou dos castelos da Ega e Conímbriga
Durante a Reconquista cristã vivia, do lado oposto ao castelo mouro de Conímbriga, um moço chamado Guilherme Pais. Um dia, tomou conhecimento que o rei D. Afonso Henriques pretendia conquistar o castelo da Ega onde só era possível a entrada por uma azinhaga a Sul, defendida por espelhos de Arquimedes. Ao aperceber-se que a defesa da porta desse lado a isso se limitava, sugeriu ao rei o ataque. Aproximando-se dessa entrada reparou numa jovem bela acompanhada por uma velha feia. Em resultado da ocupação do castelo, o rei deu-lhe a mão da rapariga. A velha acompanhante, insatisfeita com a atitude real, reclamou, argumentando que a moira pretendida estava enfeitiçada. Para quebrar o encanto, era necessário ir até Conímbriga e atirar um anel, enterrado na porta do castelo, para dentro do poço do sultão. Preocupado com a enorme tarefa sugerida, Guilherme Pais voltou para casa bastante triste e desmoralizado. Quando D. Afonso Henriques tomou a iniciativa de atacar o castelo de Conímbriga, após a passagem pela Ega, o nosso herói ofereceu-se de novo com a intenção de subir sozinho a encosta, que, pelo lado do rio, dava acesso ao refúgio, e foi
grande porque os dois irmãos eram gigantes e tinham muita força. Certo dia, o Gerumelo zangou-se com o irmão e quando este lhe pediu o martelo, atirou-o com tamanha violência que ele se desencabou no ar. A maça de ferro foi cair no sopé do monte Melo e logo ali rebentou uma fonte de água férrea, a fonte da Ferratosa (atual Fartosa). Quanto ao cabo, que era de madeira de zambujo, chegou até mais longe, enraizou e deu origem a um bosque de zambujeiros, onde mais tarde se formou uma aldeia que tem, hoje, o nome de Zambujal e pertence ao concelho de Condeixa.
1ºB da professora Maria de Deus Zeferino da EBNº1
quando reparou que, na boca de uma mina, estava a velha a chamar a atenção para o facto de ocuparem a cova de um salteador que degolava os cristãos. À noite, a idosa desapareceu e Guilherme Pais pôde descansar num penhasco, a partir do qual viu aparecer um mouro com uma idosa às costas. Deu, então, início à limpeza do feno que cobria o chão na esperança de alguma descoberta interessante, quando notou que lá debaixo se encontravam duas filas de pontas agudas de ferro. Possivelmente, era o local onde estava o anel. O mouro, ao chegar à porta, abandona a velha no chão e coloca-lhe um pé na garganta e outro no ventre, arrastando, também, uma pedra da muralha, dando azo à abertura de uma porta disfarçada. Ao aperceber-se da morte da velha em resultado do comportamento descrito, Guilherme Pais, rangendo os dentes dirigiu-se ao mouro de punho cerrado, gritando: «Ó cão, deixa-avelha». O grito do cristão ressoou nas hostes militares afonsinas, que invadiram o castelo. O anel desejado nunca apareceu. O encanto só foi quebrado depois da morte da velha, a sua maior inimiga. O rei ofereceu a Guilherme Pais a casa, encostada ao castelo, onde passou a viver com a amada, exatamente no mesmo sítio onde ele exclamou contra o mouro, e plantou um cipreste, na sepultura da feiticeira, que ainda hoje perdura. Fonte: Internet recolhida pela turma B da professora Adelaide Ribeiro , EB1 da Ega
Lenda da Capela de São João A história da capela do Casal de São João está associada a um aspeto lendário, que tem passado de geração em geração. Há mais de 60 anos que o Sr. Joaquim Barreto ouviu do seu avô a história que, supostamente originou a construção da capela. A mesma está relacionada com a altura em que elementos da comissão da Igreja de Anobra decidem comprar uma imagem de São João para a Igreja. Contudo, a imagem desapareceu da igreja sem qualquer explicação. Mais tarde, foi descoberta no Casal de São João, num relvado, atrás de um junqueiro. A estátua foi recolocada na Igreja de Anobra mas, uma vez mais, verificou-se que, passado algum tempo, a imagem voltou a desaparecer da Igreja e voltaram a encontrá-la no sítio onde foi descoberta pela primeira vez. Sentindo que era um sinal divino, decidiram, por esse motivo, construir a capela no lugar das aparições.
Fonte: Oral, recolhida pela turma A da professora Sara Aires, EB1 da Anobra
março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 19
Património das Terras de Sicó :: VENDA-da-LUÍSA (a minha localidade) A Venda-da-Luísa é uma aldeia portuguesa. Localiza-se na freguesia de Anobra e Sebal e é do concelho de Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra. Situa-se a Este do mar e a Oeste de Coimbra. Antigamente, os habitantes da Venda-da-Luísa dedicavam-se exclusivamente à agricultura. A localidade de Venda-da-Luísa ficou conhecida por este nome porque antigamente as pessoas mais idosas iam a um local de comércio. A dona da loja chamava se Luísa. Sempre que as pessoas necessitavam de comprar alguma coisa iam a esta loja. Sempre que lá iam diziam: “Vamos à Venda-daLuísa!” Como tal, esta localidade passou a chamar-se Venda-da-Luísa. Trabalho realizado por Gabriel Sousa, aluno do 4ºB da EBnº3
No século XVI já existiam moinhos em Condeixa, havendo, naquela altura, cerca de 40. Existem moinhos de água e moinhos de vento. Em Condeixa havia mais moinhos de água porque há abundância de água. Eu vou falar de um moinho de vento que se pode encontrar na serra de Janeanes que foi um dos primeiros moinhos de vento de Condeixa. Pensa-se que os primeiros moinhos foram construídos no século XIII. Este moinho não é como os outros porque não é de cúpula como seria antigamente giratória tipo mediterrânico, mas sim construído para que fosse na serra de janeanes - Condeixa toda a estrutura a movimentar-se. Na sua base, tinha rodas de pedras que corriam num leito de lajes colocadas ao redor do moinho. O moleiro colocava o engenho na posição mais favorável à tomada de vento para as velas. Foram os árabes quem introduziram a entrosga (principio da roda dentada) e conseguiram assim criar um engenho que sobreviveu até aos dias de hoje.
MOInho
do Outeiro
20 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
:: Património das Terras de Sicó Moinho da Quinta São Tomé
Parque Verde da Ribeira de Bruscos
Tomás Quaresma 4ºB EBnº3
Moinho do Mercado
Rotunda do Mercado / Rua Manuel Ramalho
curso de água que alimenta o Moinho da Quinta de São Tomé
curso de água que alimenta o Moinho da Palmeira
curso de água para alimentar o moinho
Moinho da Rua da Palmeira Rua Manuel Ramalho
Moinho da Lapa Rua da Lapa
Moinho dos Pelomes Rua Dr. Júlio Rocha
adaptação do moinho a casa de habitação
Moinho em ruínas
Moinho de Entre Moinhos
Moinhos da Fonte das Bicas
Rua Entre Moinhos
Rua de Condeixinha
Moinho da Serrada (em recuperação) Rua Dr. Alfredo Pires de Miranda
interior do moinho março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 21
Património das Terras de Sicó :: Entrevista realizada pelo aluno Tomás Quaresma do 4ºB da EBnº3 ao Sr. João do Moinho na Rua Entre Moinhos: T.Q. - Boa tarde, Sr. João ! Obrigado por ter aceite dar esta entrevista. Sr. João - Boa tarde, tenho todo o prazer. T.Q. - Há quanto tempo tem o moinho ? Sr. João - Desde que casei com a minha esposa, a Piedade, o pai dela é que tinha os moinhos. T.Q.- O Sr. João teve outra profissão ou só vive do moinho ? Sr. João - Sempre vivi do moinho. De alguns anos para cá o meu filho veio trabalhar comigo. Adaptamos dois moinhos à eletricidade para aumentar a produção e podermos trabalhar, porque os quatro moinhos eram a água. Fazemos as feiras, vendemos mais variedades de farinhas, rações para animais... T.Q. - É uma vida difícil ? Sr. João - Antigamente era mais difícil porque era de uma forma mais artesanal. T.Q. - Obrigado, Sr. João, pela entrevista.
Moleiros a picarem a pedra
Turismo Natural nas Terras de Sicó “Situada no centro de Portugal, a região das Terras de Sicó estende-se por seis municípios em torno do maciço da Serra de Sicó, que divide as bacias dos rios Nabão e Soure. A serra é um testemunho vivo da história ancestral da região, oferecendo inúmeros vestígios arqueológicos de importância, por entre extensas matas de carvalhos.” in http://www.visitcentrodeportugal.com.pt/pt/por-terras-de-sico/ Relativamente às Buracas do Casmilo, zona que estou a explorar para o meu trabalho final, posso referir que se trata de um pequeno canhão fluviocársico, cujas vertentes se abrem em concavidades de desenvolvimento horizontal – as designadas buracas. Integrando também a paisagem cársica do vale das Buracas do Casmilo, situa-se o campo de Lápias, um verdadeiro “deserto de pedras”. Tal como as Buracas do Casmilo, a Serra de Sicó tem variadíssimos outros locais considerados como Património Natural a visitar. Posso enumerar, nesse conjunto de locais de Turismo Natural nas Terras de Sicó a Cascata da Pedra da Ferida, localizada no Espinhal, a Mata Nacional do Urso em Pombal, o Olho do Tordo em Alvaiázere, a Praia Fluvial da Louçainha em Penela, a Praia do Osso da Baleia em Pombal ou ainda o Canhão do Rio de Mouros e o Paul da Arzila, ambos em Condeixa. Pedro Janeiro, aluno do 12º Curso profissional de Técnico de Turismo
22 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
:: Património das Terras de Sicó dinâmica, da seleção das temáticas e datas de intervenção nos e dos vários jardins-de-infância e EB1. Encetou-se ainda a distribuição dos conjuntos itinerantes. Uma vez que são também objetivos deste projeto a partilha, o trabalho colaborativo e o desenvolvimento da criatividade, do gosto pela leitura e escrita, bem como o conhecimento sobre o património e a sua preservação, este ano, o desafio lançado aos JI e EB1 envolvidas foi um pouco mais ambicioso. Para além da já habitual itinerância documental, a animação da leitura centrou-se na dramatização adaptada da “Lenda da nascente do ramo”, recolhida pelo professor Fernando Abreu junto da Srª D. Teresa Lêdo e que se refere à nascente em questão, situada na região de Alcabideque. Não ficámos por aí… Decidimos aliar este espírito de culto do passado ao do presente e futuro. E os docentes aceitaram o desafio… A cada ano do 1.º CEB (1.º, 2.º, 3.º e 4.º) solicitou-se a participação numa atividade de escrita criativa em rede, entre os alunos das várias escolas que frequentam cada um dos anos letivos, a partir de uma temática por ano de escolaridade e de imagens sorteadas. Assim, usando a ferramenta Google Drive, no final, resultarão 4 histórias, sendo cada uma delas ilustrada pelas crianças dos JI envolvidos. No final, ou seja, em maio, estas histórias ilustradas serão publicadas em formato ebook a disponibilizar a toda a comunidade escolar. A sessão de encerramento desta festa da leitura e da escrita, bem como do património passado, presente e futuro realizar-se-á no dia 27 de maio, com a apresentação das obras elaboradas colaborativamente pelos alunos e com uma visita guiada à Escola da Água na Arrifana. Ouça o apelo de todos nós: "A água é património que temos de cuidar”. Aqui ficam alguns dos momentos já vividos…
REAVIVAR A MEMÓRIA DE UM POVO Há já 6 anos que a Rede de Bibliotecas de Condeixa desenvolve o Projeto “30 Dias, 30 livros”, destinado a promover os livros e a leitura e a garantir o serviço de empréstimo domiciliário de livros nos estabelecimentos de ensino sem biblioteca própria, localizados fora da Vila. Assim, as crianças que frequentam os jardins-deinfância e escolas de 1º ciclo da Ega, Sebal, Belide, Anobra, S. Fipo e Avenal acolhem com muita alegria as professoras bibliotecárias do Agrupamento de Escolas de Condeixa e as técnicas da biblioteca municipal de Condeixa, que, mensalmente, lhes levam livros fresquinhos, nos seus conjuntos itinerantes, lhes contam histórias que ganham vida e lhes oferecem boa disposição e um enorme sorriso na cara, que brota do prazer que sentem ao concretizar este projeto e da excelente receção, até algo ansiosa, que as espera sempre que chegam junto das crianças, educadoras e professores. Este ano letivo e como a temática proposta pelo Agrupamento de Escolas de Condeixa é o “Património natural e cultural das Terras de Sicó”, o grupo de trabalho decidiu aliar-se a este trabalho de cultivar, nos mais novos, o orgulho e conhecimento que detêm da região em que estão inseridos, escolhendo como subtema "Água, património que temos de cuidar”. O início do projeto verificou-se no dia 27 de novembro de 2015, através da explicitação pormenorizada da sua
março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 23
Na biblioteca acontece ::
1ª FASE
Este ano o nosso Agrupamento participa na 10ª edição do Concurso Nacional de Leitura, promovida pelo Plano Nacional de Leitura (PNL) em articulação com a DirecçãoGeral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB) e com a Rede das Bibliotecas Escolares (RBE). A iniciativa, que se destina aos alunos de 3º Ciclo e do Ensino Secundário, desenvolve-se em três fases (a nível de escola, a nível distrital e nacional), tendo como objetivo central estimular o treino da leitura e desenvolver competências de expressão escrita e oral. Neste âmbito, decorreu, no dia 13 de janeiro, na Biblioteca Escolar da Escola Secundária Fernando Namora, a primeira fase (a nível de escola), desta 10.ª edição do Concurso Nacional de Leitura, na qual participaram cerca de vinte e cinco alunos. Os alunos do 3º ciclo prestaram provas sobre a leitura que fizeram das obras A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez; Histórias da Terra e do Mar, de Sophia de Mello Breyner e História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, de Luís Sepúlveda. A obra selecionada para o Ensino Secundário foi Crónica de uma morte anunciada, de Gabriel Garcia Marquez. Os três alunos qualificados, de cada nível de ensino, foram apurados para representar o agrupamento na fase distrital, a realizar oportunamente, na Biblioteca Municipal de Condeixa, que abraçou o convite do PNL, pelo que irá promover a 2ª fase deste Concurso Nacional, destinado a todos os alunos das escolas do distrito de Coimbra 3.º Ciclo: Daniel Tomé, 7º A; Bruna Brito, 8º C e Emília Rebelo, 8º D Ensino Secundário: Ana Bento, 10ºA; Bruno Cardoso, 11º C e Catarina Rodrigues, 12º TT As professoras bibliotecárias, organizadoras desta 1ª fase do concurso, agradecem a motivação feita pelos docentes de Português, bem como a participação dos alunos excecionais, que se revelaram grandes leitores. A todos os nossos os parabéns!
A Biblioteca Municipal Eng Jorge Bento organiza, no próximo dia 20 de abril, a fase distrital do Concurso Nacional de Leitura de 2016. Este ano, a escolha dos livros recai sobre os mais variados temas, proporcionando um salto qualitativo na promoção da leitura. LER FAZ BEM... SEM OLHAR A QUEM! esperamos que os Jovens do nosso Distrito gostem tanto destas Leituras como nós! Amor adolescente, sociedade atual, diferenças religiosas, emoções à flor da pele,... escritores portugueses.
BOAS LEITURAS!!! Rede Bibliotecas de Condeixa
24 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
Formação em Animação da Leitura
:: Na biblioteca acontece Projeto de Saúde Oral na biblioteca escolar
ESPALHA SORRISOS MAIS BRILHANT ES A Direção-Geral da Saúde (DGS), o Plano Nacional de Leitura (PNL) e a Rede de Bibliotecas Escolares (RBE), protocolaram, em 2012, uma colaboração estreita no âmbito da prevenção da doença e promoção da saúde, na Saúde Oral, em Portugal. Da colaboração entre a Saúde e a Educação, nasceu um projeto inovador, o projeto Saúde Oral Bibliotecas Escolares (SOBE), que inclui a sobreposição natural entre a Saúde Oral, a Literacia e o universo das Bibliotecas Escolares. O projeto SOBE, ao qual o Agrupamento de Escolas de Condeixa aderiu, tem este ano letivo a temática “Saúde oral e alimentação”.
Desta forma, a Rede de Bibliotecas de Condeixa (bibliotecas escolares do Agrupamento de Escolas de Condeixa e Biblioteca Municipal) tem desenvolvido um trabalho constante e muito próximo com as escolas e jardins-de-infância deste agrupamento, sobretudo com os que distam da sede de concelho. O projeto SOBE neste concelho teve início, neste ano letivo, no Dia Mundial da Alimentação, 16 de outubro, através da animação da leitura da obra de José Fanha, O dia em que a barriga rebentou, junto de todos os alunos do ensino pré-escolar e do 1º e 2º anos da EB nº1 e EB nº3 de Condeixa, bem como de todos aqueles cujos JI e EB1 distam da vila. Esta atividade que se desenvolveu até fevereiro visou a sensibilização para a importância da higiene e saúde oral, bem como de uma alimentação equilibrada e saudável. Encetou-se ainda a motivação para a participação no concurso nacional, Livros Falados, promovido pelo PNL, a VISÃO Júnior, a Direção Geral da Saúde, o Oceanário de Lisboa e a RBE, a partir dos livros selecionados pela equipa da RBC.
Como responsáveis pelo desenvolvimento do projeto, não resistimos a adiantar que os trabalhos dos meninos estão excecionais… Nos dias 23 e 24 de fevereiro, os alunos que frequentam o 1º ciclo no Agrupamento de Escolas de Condeixa tiveram ainda o prazer de conviverem de perto com o escritor Rui Silva, que lhes respondeu às suas dúvidas, mesmo àquelas tão típicas das crianças e que, por vezes, deixam os adultos sem saber o que dizer, e lhes falou da obra que editou em dezembro de 2015, O meu amigo dentista. A animadora Rita Cyrne encantou os jovens leitores com a história das duas irmãs que acabaram por perder o medo do dentista, pois este é nosso amigo. Tendo em mente a extrema importância da família a todos os níveis do bem-estar e felicidade de cada um de nós, desenvolvemos, no dia 27 de fevereiro na Biblioteca Municipal, atividades de leitura, escrita e informação sobre saúde oral e alimentação em e para as famílias no nosso “Restaurante o Letrinhas”. Aqui, pais, avós, tios, irmãos selecionaram do menu e degustaram refeições fabulosas para a alma e conhecimento. As iniciativas do projeto irão terminar no próximo 3º período letivo, com as sessões sobre higiene oral, encetadas pelos enfermeiros do Centro de Saúde de Condeixa, e a distribuição dos kits de escovagem, fornecidos pelo SOBE, aos alunos dos JI e escolas de 1º CEB, de fora da vila. Ora, digam lá com um sorriso brilhante: “Se os dentes lavar, depois de comida saudável mastigar, até aos 150 anos vão durar!”
março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 25
Na biblioteca acontece ::
26 Jร - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - marรงo de 2016
:: Na biblioteca acontece
Degustação do menu literário do
Restaurante Letrinhas
"No sábado, dia 27 de fevereiro, houve na Biblioteca Municipal de Condeixa uma atividade muito interessante. Quando chegámos à sala infantojuvenil, vimos que estavam lá várias mesas com toalhas. Fomo-nos sentar e depois as senhoras bibliotecárias vieram-nos trazer um menu de livros e o que nós fazíamos era escolher o “prato” que queríamos: entradas, sopas, prato principal, sobremesa, bebidas ou saúde oral. Ou seja, nós íamos pedindo os livros que queríamos consoante os temas, e podíamos desfolhá-los ou lê-los para ficar com uma ideia do que eles tratavam. Entretanto, deram-nos umas folhas para nós fazermos o registo do livro de que tínhamos gostado mais e para fazermos um desenho dele. No final, cada um dos participantes foi apresentar o seu trabalho e afixá-lo num placard. Por fim, como toda aquela atividade nos abriu o apetite, as senhoras bibliotecárias trouxeram-nos um lanchinho, que nos soube muito bem!!! Ah! Mas, antes disso, ainda nos distribuíram um folheto sobre a saúde oral e a alimentação saudável, que todas as escolas já têm, para não nos esquecermos de cumprir estas regras. Foi uma tarde bem passada! ;)” Texto de Rita Monteiro 6ºA e Sofia Monteiro 3º ano EB1 Sebal março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 27
Na biblioteca acontece ::
Semana sénior - envelhecer com + qualidade O projeto Ler+ Jovem, sempre em busca de promover os laços intergeracionais, participou em mais uma edição da Semana Sénior, desta feita subordinada à temática “Envelhecer com + Qualidade no Município de Condeixa”, realizada entre os dias 10 e 17 de dezembro último. Nesta sexta edição da iniciativa, foram realizadas duas ações, com o intuito de mais uma vez reaproximar as duas gerações, desenvolvendo, consequentemente, uma consciência cívica ativa no grupo de estudantes que pertencem ao projeto e que realizam um trabalho colaborativo na promoção da leitura. Assim, no dia 14 de dezembro, um grupo de 12 alunos visitou dois Centros de Dia da Santa Casa da Misericórdia de Condeixa, num momento recíproco de troca de conhecimentos, rico de afetos e carinhos, em entendimento com o legado patrimonial da comunidade em que nos inserimos. No lar de Condeixa-a-Velha, declamaram-se poemas de Natal, partilharam-se lengalengas e histórias do antigamente e, numa forma de promover também a escrita, a ocasião mostrou-se oportuna para o início da troca de correspondência entre os idosos e os jovens em questão. Já em Vila Seca, o feito foi recheado com declamação de poemas e canções que habitam a memória de muitos idosos, ricos em sabedoria e conhecimentos para partilhar. No dia 16, o II Chá das Leituras Digitais contou com uma tarde saborosa, repleta de bolos, chá, poemas e música. Num evento onde a escola foi a anfitriã, os idosos dos Centros de Dia da Santa Casa da Misericórdia, assim como variadíssimos outros séniores do concelho marcaram presença num episódio em que música e leitura se fundiram na criação de um momento especial. Neste contexto, agradece-se a participação do grupo “Lérias, Letras & Companhia”, um projeto da Biblioteca Municipal Engº Jorge Bento, também parceira do projeto Ler+ Jovem, que, com a sua “voz”, agraciou a ocasião na declamação de poemas muito sentidos.
Encontro das Lérias ...com companhia Já no dia 17 de janeiro o encontro aconteceu na Biblioteca Municipal, onde houve a possibilidade de trocar ideias sobre leituras. Alguns jovens apresentaram livros, leram passagens e explicaram porque eram os seus eleitos. Os séniores, ou como muito bem o Sr. Manuel referiu, pois não se sente um jogador de Futebol, os experientes partilharam, como é hábito, as suas memórias, os seus saberes… e um poema delicioso, que nos fez a todos refletir sobre as relações humanas entre os jovens e… os menos jovens! Muito obrigado por tão grandiosa partilha. a equipa da Rede das Bibliotecas de Condeixa
Se um velho não sabe tudo Um novo não sabe ainda A experiência e o estudo Fazem o saber que não finda Quem sabe da vida e do ser e do destino de cada qual Quem sabe do bem e do mal e do que vai acontecer Quem sabe que vai morrer Quem sabe o que pensa o mudo Quem sabe do fraco o escudo: Que sabes tu ó sabido Que saber tens escondido se um velho não sabe tudo
Tu criticas sem saber lês os livros da ciência será que tens consciência do teu pobre conhecer Tens muito que aprender Não sabes tudo ainda pois o saber nunca finda e nunca se sabe tudo por mais que se dê ao estudo um novo não sabe ainda Tudo o que há para saber e o que a vida tem para nós já vem dos nossos avós estamos sempre a aprender e por muito que faça crer ninguém nunca sabe tudo
28 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
eu sou assim e não mudo o perfeito conhecimento dá-nos a cada momento a experiência e o estudo Pelo sonho é que vamos disse um dia um poeta não é preciso ser profeta para saber o que ganhamos quando assim nos juntamos nesta empresa tão linda estamos todos na berlinda os velhos com a ciência fazem o saber que não finda Manuel dos Santos (grupo das Lérias, Letras e Companhia da Biblioteca Municipal)
:: Na biblioteca acontece
Coincidências de Andreias que amam No passado dia 12 de fevereiro, tive a oportunidade de ouvir Andreia Macedo declamar poemas sobre o amor, na minha data de aniversário. A expressividade da artista deslumbrou-me! Era impossível assinalar o dia de S. Valentim de melhor forma! Numa altura em que o amor é poucas vezes visto como uma prioridade, esta iniciativa encheu o coração de muitos com aquilo que realmente importa: AMAR. “O Estado do Amor” foi uma excelente iniciativa, também, para abrir a mentalidade dos nossos jovens, a ensiná-los a sentir melhor o que ouvem. Andreia Sousa, jornalista do JÁ
No dia 12 de fevereiro, comemorou-se antecipadamente aquele que é conhecido por todos como Dia dos Namorados. Andreia Macedo, excelente performer e atriz, arquitetou brilhantemente duas sessões de poesia inteiramente dedicadas ao amor, aquele de poetas formidáveis. Sem truques, só a atriz, o público e os poemas, para marcar o amor com palavras verdadeiras, cor de sangue. Nada complicado, as palavras foram as escolhidas por grandes poetas, as emoções criadas por quem sofre desse sentimento, a representação por Andreia Macedo e a interpretação por quem assistiu. Os poetas têm palavras para todos: felizes ou desafortunados, todos têm um poema que lhes corresponde com amor sincero. Foi deste amor que se falou aos solitários, aos aborrecidos com paixões requentadas, aos grandes amores com bodas de ouro, aos saudosos da grande paixão que se foi ou da que tarda a chegar, aos desalmados que nem querem saber, e mesmo aos mais arrebatados apaixonados para quem se inventou este dia. À tarde, num ambiente mais descontraído e humorístico, os alunos da Escola Secundária Fernando Namora deixaram-se vaguear por algumas das mais belas palavras escritas sobre esse avassalador estado afetivo, que detém o poder de despertar, estimular, perturbar e influenciar o comportamento até mesmo desses jovens de tenra idade. Houve ainda um momento especial com a nossa diretora a cantar à capela, avivando memórias de alguns e apresentando a outros este maravilhoso poema “Eu sei que vou te amar”. Já na Biblioteca Municipal, à noite, o ambiente envolvente e intimista, marcado por uma liberdade e experimentação artísticas únicas, presenteou o público geral com poemas de autores nacionais e estrangeiros, numa espécie de maratona poética que atravessa o tempo e o espaço, sem barreiras geográficas. Em geral, o público deliciou-se com as representações e momices da atriz e até mesmo com as tristes ironias de alguns textos, fruindo de momentos memoráveis pela viagem através das palavras escritas deles para elas, delas para eles, do que se quer ouvir e do que se quer dizer. Uma atuação em constante transformação sentimental, com poemas marcadamente temperamentais, em que por vezes a vontade seria subir às cadeiras e gritar que nos dói a alma e provocar uma revolução com palavras e, outras, subir às nuvens e voar em amor. Para os que gostam e para os que passaram a gostar de poesia, para os entendidos e para os desentendidos, nesta performance a solo, a interação entre o público e a atriz fez-se sentir desde logo. Com diálogos sobre esse estado de alma e os autores que se lhe dedicaram, Andreia Macedo cria assim a oportunidade perfeita para que todos caibam e outras vozes a acompanhem. Como quem só quer entreter, passar mensagens de beleza, consciência, humanidade e muito amor, a atriz apresentou os “seus” poetas, os que a revelam… deixando espaço para que outros, o público geral, apresentasse também as suas escolhas, divagando por esse mesmo tema através do seu cunho pessoal. A originalidade na declamação dos poemas e a criação de um contexto físico mais abrangente que o habitual arrancou uma ovação de pé a esta inovadora versão de usufruir desse tão peculiar género literário. Um agradecimento ao projeto Ler+ Jovem e à Biblioteca Municipal a oportunidade de trazer até nós esta excelente oportunidade de ouvir poesia com esta qualidade! Joana Branco, Rede de Bibliotecas de Condeixa
Mais uma vez o CATL Fernando Namora aliou-se à Biblioteca Escolar para comemorar uma efeméride: o Dia dos Namorados. Como em qualquer outra história... Tudo começou numa bela tarde de sextafeira na sala de convívio dos alunos com o Ciclo de Cinema Romântico que antecedeu as comemorações do dia dos Namorados. No dia 12 pelas 12:00, com a participação de alunos do 9º ano de escolaridade, no espaço da Biblioteca Escolar, realizámos o The Big Picture do Amor com recurso ao Kahoot e que em tudo se assemelhou ao novo concurso da RTP1, mas que teve um prémio mais doce: um cofre de rebuçados. Seguiram-se então duas atividades em paralelo para agradar a todos: o último filme do Ciclo de Cinema Romântico e uma Sessão de Poesia intitulada Estado de Amor: Propaganda Poética com a atriz Andreia Macedo. No final as monitoras do CATL ofereceram aos presentes um miminho intitulado Tu Baralhas-me! e que consistia numa carta de baralho romântica com um casal de sonho e uma frase fantástica “para mais tarde recordarem.
Vera Alves, CATL das Cáritas da ESFN
março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 29
LEMOS + escrevemos melhor:: com as páginas com borbulhas, pois tenho rinite alérgica. Jornalistas: Coitado! E essa história??? Livro: Ora, tudo começa quando a Srª Gage recebe A VIÚVA E O PAPAGAIO, de Virgínia Wolf uma carta a dizer que o seu irmão morreu, deixando-lhe a sua casa e 3000 libras no banco de Lewes. Caros leitores, como jornalistas da Biblioteca Então, a Srª Gage decide ir a Rodmell, onde Escolar da Escola Básica nº 2 e do jornal “JÁ” ficava a casa que herdara. Quando a Srª Gage sentimos que era chegada a hora de fazermos chegou a Rodmell, viu que a casa do seu irmão algo original. Assim, decidimos fazer uma estava em ruínas. Decidiu então ir ao banco de entrevista inédita, ou seja, entrevistar um livro Lewes para ir buscar as 3000 libras. Mas, para que faz parte da lista de obras a ler no 5º ano seu desgosto, não havia rasto das 3000 libras. de escolaridade, “A viúva e o papagaio”, de Resolveu, então, voltar para Rodmell e fica em Virgínia Wolf. casa de uma vizinha do seu irmão, porque a do Virgínia Wolf Jornalistas: Bom dia, sr. livro! Concede-nos seu irmão tinha ardido. Ela ficou desfeita e não uma entrevista? É que gostaríamos de saber parava de pensar na terrível situação mais sobre si! financeira em que se encontrava e no Livro: Bom dia. Com todo o prazer! pobre papagaio que julgava ter morrido no Jornalistas: Quem é o seu autor ou incêndio. De repente, ouviu bater na autora? janela. Era o papagaio! A Srª Gage estava Livro: É a Srª Virgina Woolf. impressionada, até que o papagaio lhe Jornalistas: Gostou de ser escrito por chamou a atenção e conseguiu atraí-la até ela? Porquê? à casa que ardera. Livro: Sim, gostei muito! Ela é uma Batendo fortemente no chão da cozinha, escritora, ensaísta e editora britânica e uma reparou que os azulejos estavam soltos. das figuras mais importantes do Retirou-os e viu que, por debaixo deles, modernismo. Apesar de ter vivido no século estava o tesouro que o seu irmão XIX e XX, era toda para a frente. Não era escondera. A alegria foi imensa! nada antiquada. Na sua época, até foi muito No final da história, a Srª Gage volta para criticada pelos conservadores pois era casa com o papagaio e 3000 libras mais feminista e defendia a igualdade de direitos entre os rica. homens e as mulheres. A verdade é que ela foi uma Jornalistas: Que história emocionante! Sabia que os mulher muito especial e uma excelente escritora. Tenho alunos de 6º ano desta escola já viram a sua história muito orgulho em ter saído da pena dela! ganhar vida no Cineteatro de Condeixa? Pelo que Jornalistas: Fale-nos um pouco das personagens que apurámos, eles gostaram bastante! vivem dentro de si… Quem são as principais? Muito obrigada por nos falar de si. Gostámos muito de o Livro: Ora, essa pergunta é fácil! Então, temos a conhecer melhor. viúva, que é uma senhora idosa chamada Gage e que Livro: De nada! Eu também adorei conhecer-vos! herda a propriedade do irmão. Existe ainda outra Agora, se não se importam, preciso de descansar. Estou personagem muito importante, o Papagaio James, que mais habituado a ser lido do que a falar. Desculpem! vivia com o irmão da Srª Gage e que ela herda. Podem colocar-me na estante, por favor!? Desta forma, Jornalistas: Os nossos leitores gostariam de o pode ser que alguém pegue em mim e me leve para casa. conhecer um pouco melhor. Pode-nos contar as partes Adoro ser lido! Quando isso acontece, eu renasço principais da sua história? sucessivamente! É tão bom quando cumpro a minha Livro: Claro! Eu adoro contar a minha história! Por missão de encantar os leitores! Bianca Rodrigues e Laura Henriques do 5ºE vezes, fico triste por não me lerem, pois aborreço-me Jornalistas da BE da EB nº2 e do jornal JÁ muito na estante e ganho pó, o que me faz espirrar e ficar
Entrevista ao livro
Amor? Amor é um sentimento que não se consegue
noiva e te sentes como uma princesa, aquele momento em que queres construir uma família, ter uma casa e ser ainda mais feliz explicar, só se pode sentir! É viver cada hora, minutos, segundos do que já és. ao lado da pessoa que te faz feliz! É na alegria e na tristeza que o casal se deve manter junto. Quando sentires borboletas na barriga é porque aquilo que estás A traição é uma prova de que já não há confiança, que o a sentir é bom e é então que tens de aproveitar a deixa e dizeres sentimento mudou, que o amor desapareceu… é o pior que à pessoa que amas o que sentes por ela. pode acontecer numa relação. O casamento é aquele momento em que vestes o vestido de Andreia Mesquita, 2ºVOC 30 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016
::LEMOS + escrevemos melhor A… Sementinha… Uma Leitura Mágica!
O livro intitulado “A vida mágica da Sementinha” foi escrito por António Alves Redol, um dos maiores escritores portugueses do século XX. Este livro é muito versátil, pois as suas temáticas são diversas e interessam a vários tipos de pessoas, como, por exemplo, aquelas que gostam de História, de plantas ou ainda de aventuras, entre outros assuntos de interesse. Como veem, há um pouco de tudo! Eu adorei este livro. Gostei, sobretudo, da parte em que a pequena Sementinha começa a desenvolver-se e fica ansiosa por saber em que se transformará… se num rouxinol, num cavalinho branco, numa bola, numa vaca, entre tantas outras coisas… A verdade é que esta dúvida acerca do nosso futuro e da nossa imagem vive em todos nós, crianças e jovens, e, se calhar, até nos adultos. Tal como a Sementinha, também eu me questiono… Como serei eu, à medida que for crescendo? Aconselho todas as pessoas a lerem este livro mágico e repleto de aventuras. Nunca se esqueçam de uma coisa… NÃO PAREM DE LER! Maria Miguel, 5ºE (Jornalista da BE da EB nº2 e do JÁ)
“Quando a Neve Cai” de John Green, Maureen Johnson, Lauren Myracle Sinopse: “Numa cidade isolada por uma das maiores tempestades de neve dos últimos cinquenta anos, três histórias, oito raparigas e rapazes e mais uns quantos caminhos vão cruzar-se num romance brilhante, mágico e divertido, a que não faltarão fragmentos de amor, laços de amizade, uma maratona de filmes do James Bond e beijos muito apaixonados. Um livro perfeito para quem gosta de histórias de amor e aventura.” O livro “Quando a neve cai”, escrito a três mãos, arrebata impiedosamente outros romances juvenis que alguma vez li. Envolvente e cativante, a obra prova que um romance não tem necessariamente de ser “clichê” ou lamechas e que uma relação amorosa não se resume a trocas de carinho. Os autores demonstram, assim, a sua incrível capacidade de “Convergente” é o último livro da série “Divergente” escrita por Veronica Roth. O livro continua a história da Tris, agora fora das muralhas da cidade. Após a revelação do vídeo de Edith Prior a cidade fica dividida entre os sem fação e os antigos membros das fações. Tris alia-se aos Leais, um grupo rebelde determinado a fugir da cidade, e juntamente com Quatro, Christina, Cara, Uriah, Peter e Caleb atravessam as fronteiras da cidade. Após algum tempo do outro lado das muralhas Tris apercebe-se que o objetivo do
escrita e a sua criatividade, ao resumirem num só livro 3 histórias diferentes, que acabam por colidir casualmente. Jubilee, Tobin e Addie são três adolescentes, personagens distintas, que veem um dos maiores nevões dos últimos 50 anos destruir a sua véspera de Natal. Cada um com a sua história percorre os caminhos do infortúnio, o que os leva a um único destino, o amor. Para ler, e quiçá, reler, “Quando a neve cai” prova que o Natal não é uma época festiva, mas sim um “estado de espírito”. Prova que o amor não é complicado, é apenas inesperado! Bárbara Silva, 10ºA Departamento de Auxílio Genético, lugar que controla a cidade, é reiniciar a memória de todos os que vivem na cidade para permitir que se comece tudo de novo. Com seus amigos, Tris começa a traçar um plano para salvar sua cidade. Para isso, Tris sacrifica-se e acaba por morrer mas, salva toda a cidade. Na minha opinião, “Convergente” foi um livro emocionante que continuou a luta de Tris por ser divergente e que, mesmo com um final surpreendente. consegue cativar qualquer leitor. Inês Pimenta, 10ºC
“After” conta a história criam uma relação de ‘amor/ ódio’ e acabam por se do romance problemático e turbulento entre os adolescentes Tessa e Hardin. Tessa, aos 18 anos, sai de casa para ir estudar para a faculdade. Logo no primeiro dia, quando fica a saber que vai dividir o quarto residencial com uma rapariga que adora festas, Tessa conhece Hardin, um rapaz rude, tatuado e com piercings, que implica com ela pelo seu jeito de rapariga ‘certinha’. No entanto, eles
envolver num romance complicado. Hardin é inspirado em Harry Styles, um dos membros do grupo de música One Direction. Os outros membros da banda também se transformaram em personagens nesta história. After é o primeiro romance de Anna Todd, uma autora sensação na rede social de leitura ‘Wattpad’, que foi onde eu descobri e li esta história. No ‘Wattpad’ esta história está na categoria das ‘fanfic’. Apesar de algumas cenas mais picantes, que este livro pode conter, eu aconselho a sua leitura. E se preferirem ler em papel, já podem encontrar os dois primeiros volumes deste livro na nossa biblioteca escolar! Inês Pereira Nº13 10ºC
março de 2016 - JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa 31
Os livros que eu lia quando tinha a tua idade ::
A importância da leitura... não apenas lida mas também ouvida
quase não dávamos pelo passar do tempo da viagem. Quero evidenciar, com esta minha memória, o papel tão importante das bibliotecas de hoje, que deixaram de ser simples depositárias de livros para se transformarem em espaços Venho falar sobre a importância da leitura e das bibliotecas, dinâmicos. Hoje, as bibliotecas das escolas são espaços onde mas numa vertente diferente daquela que se costuma ter no se aprende não apenas lendo, mas também ouvindo e vendo, simples gesto de abrir um livro e ler. Estou por isso a falar de pois os suportes de informação são extremamente variados e ouvir histórias contadas por outros. ricos (por ex. filmes, os ebooks, etc.). O assunto surgiu, quando me pus a pensar quais seriam os Sabendo que as bibliotecas livros de infância de que me lembrava de ler e quais aqueles escolares já dedicam algum que me tinham marcado mais. Na realidade, lembro-me de ler a do seu tempo a contar “Heidi” e a “Anita”, mas o que realmente me marcou foram as histórias aos seus alunos, histórias que o meu avô contava nas viagens que fazíamos principalmente às faixas entre Lisboa (onde eu morava) e a sua aldeia, em Pedrógão etárias mais novas, penso que Grande. Estas viagens demoravam horas e horas, mais de seria importante reforçar este quatro, pois nesta altura não existiam autoestradas como hoje. seu papel, aumentando não O que acontecia era que o meu avô conseguia contar uma só o número de horas única história, que durava, praticamente, a totalidade da viagem. dedicado a esta vertente mas Eram normalmente histórias sobre fadas, boas e más, que também dirigindo estas tinham sempre situações do dia-a-dia retratadas, e em que atividades a alunos de anos mais avançados. quase sempre entravam animais que falavam. Lembro-me Para mim, uma história contada apresenta um imaginário que principalmente da caraterização que o meu avô fazia das vai para além do que está escrito no livro, pois tem a emoção de personagens, dos pormenores das situações retratadas, do quem a conta, envolvendo a plateia e permitindo que esta sentimento que colocava tanto no enredo de toda a história, também crie o seu próprio imaginário. Desafio-vos a todos a como nas falas pontuais de cada personagem que interpretava. contar mais histórias! Era de tal forma envolvente a forma de contar as histórias que Marília Torres, mãe do Jorge (5ºE), da Cláudia (7ºC) e do Fernando (10ºA)
“Ler livros é saber mais”
Ponto prévio: Há duas “obras” que não podem ficar de fora das memórias literárias da minha adolescência pela influência que viriam a ter na futura orientação profissional.
Falo dos jornais A Bola e a Gazeta dos Deportos (já extinta), que não dispensava e me serviram de inspiração.
E que livros lia quando tinha a tua idade? Sim, “Os Bichos”, de Miguel Torga, o
transmontano “filho adoptivo” de Coimbra. Recordo o corvo Vicente e a sua rebeldia na luta pela própria liberdade. Sim, claro, “Os Filhos da Droga”. Uma história que marca quem a lê. Pelo drama, pela coragem, pela força, por Christiane F. E “O Memorial do Convento”, de Saramago? A mistura da ficção com a realidade não me convenceu mas, como sempre detestei a exploração dos pobres, não é difícil agarrarmo -nos à história. O problema mesmo é a pontuação. Ou a falta dela… Que dizer da história amorosa de Eurico e Hermengarda em “Eurico, o Presbítero” e da viragem deste para a religiosidade? Sempre, os ricos e os pobres, os abastados e os humildes. Vidas e livros que nos marcam. Agora, aquele que para mim é o livro dos
Os livros da minha juventude
livros: “Os Maias”, de Eça de Queiroz. Li, reli e voltei a ler. Fantástico. Pela história, pelos desenlaces, por Coimbra, mas sobretudo pela atualidade da obra. Trata-se de uma crónica de costumes da vida lisboeta, de análise crítica à sociedade portuguesa, na segunda metade do século XIX, mas poderia ser nos dias de hoje. Impressionante este Eça! A forma como está escrita, a fina ironia, o romance, o fatalismo, enfim, uma obra-prima que, se me é permitido, aconselho vivamente a leitura aos jovens que ainda não tiveram oportunidade de o fazer. Há uns anos, surgiu uma campanha, se bem me recordo, “Ler livros é saber mais”. Nunca tive, e não tenho, dúvidas sobre isso. Luís Melo, pai da Raquel do 10ºC
estranhas, num eterno combate entre o bem e o mal, nas quais o bem saía sempre vencedor, o que ajudou a formar a personalidade. Procurei, ao logo do tempo, transmitir o gosto pelos livros aos meus filhos. Contava-lhes estórias para adormecerem, explicava-lhes as palavras mais difíceis, procurava suscitarlhes a curiosidade para saber mais. Hoje, verifico que eles gostam também de ler, mas a concorrência é desleal, porque os jogos eletrónicos, a televisão com dezenas de canais, os telemóveis, o computador, entre outras coisas, acabam por ser mais divertidos que os livros. Continua a ler-se e é importante, porque ajuda a perceber, a escrever e a ter imaginação para criar textos. Quando é pedido para fazer um artigo escrito sobre os livros que eu lia quando era jovem, as memórias e recordações irrompem. Os autores que mais me marcaram, os livros que ainda recordo são sempre de um passado que parece tão distante para os nossos filhos. O prazer de ler deve transmitir-se, cultivar-se e sensibilizar-se não só nas bibliotecas, mas sobretudo em casa e pela família. Ler, apesar de ser uma atividade individual, começou por ser um ato feito em grupo. No passado, os poucos que sabiam ler transmitiam o seu saber aos que não sabiam. Ler abre horizontes e ajuda a compreender o que nos rodeia.
Nos meus tempos de jovem, não havia computadores, nem telemóveis e só havia dois canais de televisão. Geralmente, aos fins de semana, durante a tarde, havia futebol na televisão ou filmes de aventuras. Alguns livros que apareciam, e que eu gostava de ler, eram as coleções de “Os Cinco” e as “Gémeas”, os livros da Anita, de banda desenhada: Mickey, Tio Patinhas… O ler estes livros levavame a descobrir e a gostar de personagens que transmitiam valores, que nos colocavam a viver aventuras em mundos imaginários personagens maisde ouEscolas menos 32 JÁ - com O Jornal do Agrupamento de Condeixa - março de 2016
SOLUÇÕES PALAVRAS CRUZADAS:1: queijo; 2: Alvaiázere; 3: Soure; 4: Condeixa; 5: Pombal; 6: Ansião; 7: cabrito; 8: escarpiada
Célia Mendonça, mãe da Catarina (9ºA)
:: DIVERSÕES RELACIONA OS NOMES DOS PALÁCIOS COM AS IMAGENS:
PALAVRAS CRUZADAS 1
3
T E R R 2 A S
(informação retirada do site da Câmara Municipal http://cm-condeixa.pt/)
1 - PALÁCIO DOS FIGUEIREDOS 6
8
7
D E 5
4
S I C Ó
Casa senhorial seiscentista, ficou em ruínas aquando da terceira invasão francesa. No século XIX foi recuperada, respeitando a sua arquitetura e traçado originais. Tendo passado posteriormente a ser propriedade de Artur da Conceição Barreto, este doou-o ao Hospital da Vila. Em 1973 foi adquirido pela Câmara Municipal, tornando-se no edifício dos Paços do Município desde 1990. Dividido em três corpos, o central dá acesso a um pátio interior. Daqui elevamse duas escadarias ligadas entre si por uma varanda, apoiada numa série de colunas. Catorze janelas rasgam a sua frontaria, onde se destaca, em relevo, o brasão de armas dos Figueiredos. Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
2 - PALÁCIO DO CONDE DE PODENTES
1: É famoso o … do Rabaçal 2,3, 4, 5, 6: Municípios das Terras de Sicó 7: Em Condeixa comemora-se a semana do... 8: Doce tradicional de Condeixa Era uma vez um elemento da nobreza, o Conde de Condeixa, que tinha uma mulher, a velha, e uma amante, a nova. Um dia encontrou-se com elas numa ponte. Quando o conde se dirigia para junto da mulher, a velha, as velhinhas ali presentes, que davam de comer às pombas, diziam: -Conde, deixa a velha. Quando o conde fosse para junto da amante, a nova, as velhinhas diziam: -Conde, deixa a nova. A partir destes factos, de um lado da ponte (limite imaginário da divisão?) nasceu Condeixa-a -Velha e do outro emergiu Condeixa-a-Nova. Recolha do professor Fernando Abreu [Lenda a incluir no livro “Lendas de Condeixa. Estudos comparados e considerações históricas”, da autoria de Fernando Manuel Carreira Abreu, a editar este ano]
Edifício do século XVIII, foi até 1834 convento de frades franciscanos que davam apoio a religiosos com problemas psiquiátricos, um facto ainda hoje lembrado pela população que designa este palácio por “hospício”. Após a extinção das ordens religiosas, viria a ser adquirido em 1842 pelo conde de Podentes, bacharel em medicina e revolucionário liberal interventor, de nome Jerónimo Dias Azevedo Vasques de Almeida e Vasconcelos. Ao longo da sua história, este palácio recebeu visitas ilustres de figuras régias, como D. Pedro V ou D. Luís. Não lhe faltam belos exemplares de azulejaria, tanto no jardim como no interior. É, no entanto, propriedade privada.
3 - PAÇO DA EGA
Edifício medieval erguido sobre as ruínas do antigo castelo da Ega e construído no 2º quartel do século XII. O castelo foi erigido pelos templários para auxílio à reconquista cristã contra os mouros, no tempo de D. Afonso Henriques. Passando para a Ordem de Cristo, no século XIV, sofreu obras e ainda hoje subsistem diversas portas e janelas manuelinas. Classificado como Imóvel de Interesse Público, foi recuperado para turismo de habitação e espaço de eventos.
4 - PALÁCIO SOTTO MAYOR Propriedade da família Ramalho, depois Lemos e, por fim, Sotto Mayor, este palácio foi sendo sucessivamente designado pelos apelidos dos seus proprietários. Na fachada, suspendem-se os brasões das famílias Ramalho e Lemos. Erguido no século XVII foi, no entanto, na época pombalina que sofreu as reestruturações que lhe conferiram a sua fisionomia atual.
5 - PALÁCIO DOS SÁS
Aquele que foi um dos maiores e mais imponentes palácios do país – com uma fachada rasgada por 23 janelas que se estendia por toda a atual Praça da República – acabou por ser também uma das construções de Condeixa mais atingidas pelas invasões francesas. Em 1930, as urgentes necessidades de reestruturação urbanística obrigaram à demolição da propriedade para proceder ao alargamento da praça (atualmente a principal sala de visitas da vila) e à abertura de novas vias, entre elas, a Avenida Visconde de Alverca. Da construção seiscentista original, subsiste o brasão de armas da família dos Sás. Na sua fachada descobre-se ainda um nicho que corresponde a uma estação da Procissão do Senhor dos Passos. O edifício é propriedade privada.
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Crónica :: A força das palavras
Património… Terras de Sicó por Ana Paula Amaro Professora de Inglês do nosso Agrupamento Escritora e Poetisa
Em 1990 quis o destino que viesse viver para Condeixaa-Nova. Não tinha qualquer ligação afetiva a este local ou qualquer conhecimento do local, para além das Ruínas de Conímbriga. Vim por uma questão prática e quatro anos depois comecei igualmente a trabalhar aqui. Passados vinte e seis anos já cá não vivo embora ainda por aqui trabalhe. No entretanto, entre visitas de reconhecimento proporcionadas pela escola, visitas de intercâmbio com as escolas geminadas e visitas de lazer, nos poucos tempos livres que a escola nos permite, fiquei com uma panorâmica bastante alargada do que as Terras do Sicó nos têm para oferecer. Para além das Ruínas de Conímbriga, local que visitei e revisitei muitas vezes sozinha, com amigos, familiares e/ou grupos de alunos alemães, muito mais há para ver por estas terras de pedras ancestrais. Pela vila, podemos admirar os palácios das famílias nobres, um deles transformado em Pousada de Charme de Portugal, a Pousada de Santa Cristina. Percorrendo a pé as ruas da vila, podemos passar pelo mercado, as fontes ou o Parque Verde, no qual podemos praticar desporto, simplesmente relaxar no seu relvado ou fazer piqueniques com a família. A gastronomia é também fonte de atração turística com o seu famoso cabrito, as escarpiadas ou os licores caseiros. Saindo da vila, num pequeno percurso pedestre ou, para os menos afoitos, de carro encontramos o Aqueduto de Alcabideque, memória de água de tempos idos. Subindo na cronologia, podemos disfrutar das estórias
da História no Pelourinho e Igreja Matriz da Ega. Estórias de reis e rainhas, restauros e ligações à Universidade de Coimbra. Para aqueles que são mais apreciadores da Natureza e amantes do desporto, recomendo uma visita ao Moinho da Serra de Janeanes ou às Buracas do Casmilo. Podem sempre fazer uma bela caminhada por altura das festas da Senhora do Círculo. Os quase extintos teares de Bendafé continuam a produzir as maravilhosas colchas, tapetes e naperons que muitas donas de casa se orgulham de ostentar para as visitas de fora. Para mim, regresso sempre às ruínas, local onde gosto de tomar café ou comer um gelado sentada na esplanada do café, admirando uma paisagem esplêndida que atravessa o Rio dos Mouros. Deixo os olhos percorreram a frescura da vegetação, o olfato aspirar o aroma das mimosas no inverno, o tato deliciar-se com o sol nos pés desnudos no verão e o ouvido escutar as conversas poliglotas dos turistas. E escrevo. Às vezes crónicas banais; outras, poesia sentida ou contos divertidos. A paisagem privilegiada é meio caminho andado para a inspiração. Há quem tenha sorte de por aqui deambular embora, haja quem diga, que a sorte também se constrói. “ Eu sou, e serei sempre Biógrafa dos meus dias.”*
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*Extrato do poema Biógrafa dos meus dias do livro Em carne viva de Ana Paula Mabrouk
:: Ainda não sabiam? As turmas do Jardim-de-Infância do Bairro do Ciclo trabalharam sobre
A IMPORTÂNCIA DAS LEGUMINOSAS NA ALIMENTAÇÃO
Turma E - Educadora Olívia Resende
Turma E Educadora Olívia Resende
Turma D Educadora Luísa Moreira
TALENTOS NA ESCOLA Este ano, na 2ª edição do Concurso contamos com a presença de nove concorrentes divididos por quatro modalidades: o canto, o instrumental, a dança e a comédia. Contamos ainda com um Júri muito exigente e especializado composto por 4 professores e uma aluna. Os critérios de avaliação definidos para as 3 eliminatórias são a expressividade, a originalidade, a complexidade, a interação com o público, a afinação (no caso do canto e do instrumental), a exploração do espaço (no caso da dança) e o humor (no caso da comédia). Na última eliminatória que irá decorrer no dia 6 de abril de 2016 sairão os três concorrentes finalistas que irão mostrar os seus Talentos no Sarau do Agrupamento marcado para o dia 15 de abril, onde todo o público pode votar no seu
Turma D - Educadora Luísa Moreira
concorrente favorito.
Apareçam!
CONCORRENTES DESEJAMOS BOA SORTE PARA TODOS OS CONCORRENTES!
JÚRI
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A Beatriz Panão, a Amanda Fernandes e a Beatriz Guedes do 2ºA da EBnº3 adoraram a experiência em 3D do livro “Jim Curioso, viagem ao coração do Oceano” ilustrado por Matthias Picard. “É tão giro ver os desenhos mais perto de nós!” diziam elas entusiasmadas.
A Vanessa Gerardo e a Joana Fonseca do 2ºA da EBnº3 adoraram Princesas e gostam muito de ir à biblioteca desfolhar e ler livros cor-de-rosa!
Aprender + sobre o corpo Humano é o que estas 4 amigas (Emília Póvoa, Inês Pereira, Carolina Matias e Carolina Orfão do 2ºA da EBnº3) fazem na biblioteca escolar.
A amiga dos livros Maria Barrico do 2ºA da EBnº3 entretém-se muito com livros do Clube da Tiara, principalmente este da “Princesa Margarida e o carrossel mágico”.
A Andreia Sousa do 10ºA gostou da capa do livro “Cem anos de solidão” de Gabriel Garcia Marquez. Um prémio Nobel da Literatura, recomendado pelo PNL para leitura do secundário e que não podemos dispensar.
A Bárbara Silva do 10ºA acha que os livros do Nicolas Sparks são espetaculares. “Um refúgio para a vida” não é exceção, e nos intervalos há sempre tempo para ler + um bocadinho deste belo romance.
O projeto
aLER+
no agrupamento de escolas de Condeixa
Um dos livros preferidos da Márcia Domingues do 10ºC é “Quando a neve cai” de John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle. Considera-o muito bem estruturado e 36 JÁ - O Jornal do Agrupamento de Escolas de Condeixa - março de 2016 + que perfeito.
Jogar Minecraft num dos tablets da BE é o hobby do Rodrigo Montezuma do 10ºA porque se diverte muito embora considere que também é preciso usar a inteligência.
A Beatriz Roque do 10ºC escolheu “Cidades de papel” por ser uma história apaixonante com momentos hilariantes. Uma história como só John Green sabe escrever.