Agroecologia - Mais Feiras, Melhores Negócios - Caderno V

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AGROECOLOGIA

MAIS FEIRAS, MELHORES NEGÓCIOS

Cadernos da Agricultura Familiar

Nº 05

2014 AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

Ano Internacional da Agricultura Familiar Camponesa e Indígena

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ORAÇÃO DO MILHO CORA CORALINA – POETISA GOIANA Senhor, nada valho. Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres. Meu grão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste, e se me ajudardes, Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.

Fui o angu pesado e constante do escravo na exaustão do eito. Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário. Sou a polenta do imigrante e amiga dos que começam a vida em terra estranha. Alimento de porcos e do triste mu de carga.

Sou a planta primária da lavoura.

O que me planta não levanta comércio, nem avantaja dinheiro.

Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo e de mim não se faz o pão alvo universal.

Sou apenas a fartura generosa e despreocupada dos paióis.

O Justo não me consagrou Pão de Vida, nem lugar me foi dado nos altares.

Sou o cocho abastecido donde rumina o gado.

Sou apenas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre. Sou de origem obscura e de ascendência pobre, alimento de rústicos e animais do jugo. Quando os deuses da Hélade corriam pelos bosques, coroados de rosas e de espigas, quando os hebreus iam em longas caravanas buscar na terra do Egito o trigo dos faraós, quando Rute respigava cantando nas searas de Booz e Jesus abençoava os trigais maduros, eu era apenas o bró nativo das tabas ameríndias.

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Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece. Sou o cacarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos. Sou a pobreza vegetal agradecida a Vós, Senhor, que me fizestes necessário e humilde. Sou o milho.

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BOAS-VINDAS Sou alma do Cerrado, pé no chão, do Triângulo, do chapadão... Pão de queijo com café, fogão de lenha... Luciano Spagnol O Cerrado brasileiro, a savana mais rica do mundo em biodiversidade, ocupa quase um quarto (mais de 20%) do território nacional. Distribuído por 2.036.448 quilômetros quadrados, o bioma reúne mais de 15 mil espécies de plantas e mais de 1,5 mil espécies de animais. Os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo, e ainda o Distrito Federal, são áreas de incidência contínua de Cerrado no Brasil. Também existem enclaves de Cerrado no Amapá, em Roraima e no Amazonas. Do Cerrado surgem abundantes nascentes para as três grandes bacias hidrográficas brasileiras – Amazônica, do São Francisco e do Prata. Essa fartura de águas contribui para que o Cerrado guarde mais de 30% da biodiversidade brasileira. Um patrimônio que, infelizmente, encontra-se ameaçado pela ocupação de uma agricultura devastadora, centrada nas monoculturas e no uso dos agrotóxicos. A Agroecologia, abordagem da agricultura que se baseia nas dinâmicas da natureza, em que se trabalha a fertilidade e o cultivo do solo sem o uso de fertilizantes químicos e de agrotóxicos, é uma alternativa boa para cuidar do Cerrado, porque gera renda para as famílias de agricultores e agricultoras familiares e, ao mesmo tempo, contribui para preservar a biodiversidade e proteger o Meio Ambiente. Nesta cartilha, você encontra informações essenciais para fazer da Agroecologia uma prática sustentável em seu pedaço de chão. São ideias simples, práticas, eficientes e criativas para você explorar, aplicar e multiplicar e, assim, contribuir para o manejo agroecológico de nossas riquezas naturais, para uma alimentação mais saudável na mesa brasileira e para uma melhor qualidade de vida no Brasil e no mundo inteiro. Bom Proveito!

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CERRADO

Biodiversidade em Números Estudos demonstram que no Cerrado existem 11 mil espécies de plantas nativas catalogadas, 220 espécies de plantas de uso medicinal comprovado e 400 espécies de plantas utilizadas na recuperação de solos degradados. No Cerrado encontram-se 200 espécies de mamíferos conhecidas, 800 espécies de aves, 180 espécies de répteis, 150 espécies de anfíbios e 1.200 espécies de peixes. O Cerrado serve de refúgio para 13% das borboletas, 35% das abelhas e 23% dos cupins dos trópicos. Cerca de 137 espécies de animais do Cerrado encontram-se ameaçadas de extinção. A anta, a capivara, o cachorro-do-mato-vinagre, o gato-maracajá, a jaguatirica, o lobo-guará, a onça-pintada, a suçuarana e o tamanduá-bandeira são alguns dos animais do Cerrado em risco de extinção. A jaguatirica (Felis pardalis ou Leopardus pardalis), mamífero quadrúpede da família Felidae e da ordem Carnívora, é o terceiro maior felino da América, ficando atrás somente da onça pintada e do puma. Quando adulta, alcança 1,35 m (incluindo o rabo) de comprimento e 50 cm de altura. Seu peso oscila entre 11 e 16 kg e sua expectativa de vida é de até 20 anos. Sua pelagem é espessa, curta e macia. No Brasil, a jaguatirica é encontrada no Pantanal, na Mata Atlântica, no Cerrado e na Amazônia. Fonte: www.infoescola.com/mamiferos/jaguatirica

Foto: Wikimedia | Autor: Ana Cotta

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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A Organização das Nações Unidas (ONU) define Desenvolvimento Sustentável como o modelo de desenvolvimento capaz de suprir as necessidades dos seres humanos da atualidade, sem comprometer a capacidade do planeta de atender as gerações futuras. Segundo a ONU, o Desenvolvimento Sustentável, base e essência da Agroecologia, baseia-se em nove princípios: 1. Respeitar e cuidar da comunidade dos seres vivos. 2. Melhorar a qualidade de vida humana. 3. Conservar a vitalidade e a diversidade do Planeta Terra. 4. Minimizar o esgotamento de recursos não renováveis. 5. Permanecer nos limites de capacidade de suporte do Planeta Terra. 6. Modificar atitudes e práticas pessoais. 7. Permitir que as comunidades cuidem de seu próprio ambiente. 8. Gerar uma estrutura nacional para a integração de desenvolvimento e conservação. 9. Constituir uma aliança global.

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SUMÁRIO 08

FEIRAS ORGÂNICAS, PRA QUÊ?

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PARA CONHECER MELHOR O/A CONSUMIDOR/A

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COMEÇAR POR ONDE?

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ORGANIZAÇÃO COLETIVA DA FEIRA

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DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO

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CHECKLIST DA ORGANIZAÇÃO DA FEIRA

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CALENDÁRIO DA PRODUÇÃO

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FINANCIAMENTO E SUSTENTABILIDADE DA FEIRA

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SOLO DO CERRADO

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FEIRAS ORGÂNICAS DE BRASÍLIA

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RÓTULO PARA PRODUTOS ORGÂNICOS

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BIBLIOGRAFIA

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RÓTULO PARA PRODUTOS DE ORIGEM ORGÂNICA NÃO CERTIFICADA

Foto: projetobarraginhas.blogspot.com.br

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AGRADECIMENTO Esta cartilha, chamada Agroecologia – Mais Feiras, Melhores Negócios –, é inspirada na cartilha Agroecologia – Plante esta Ideia –, coordenada pela Fundação Adenauer para o Projeto de Agricultura Familiar, Agroecologia e Mercado – Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar no Nordeste –, produzida sob a coordenação da jornalista Maristela Crispim. Muitos dos dados daquele texto foram copiados e adaptados às necessidades dos projetos da Rede Terra e do Instituto Itiquira para o Cerrado e para as pessoas do Campo. As duas instituições manifestam seu reconhecimento e agradecem à equipe de produção, à Fundação Adenauer, pela realização, à União Europeia, pelo apoio à cartilha do Nordeste, e às parcerias em Brasília, pela realização dos Cadernos do Cerrado. Todos os direitos para a utilização desta Cartilha-Caderno são livres. Qualquer parte poderá ser utilizada ou reproduzida, desde que seu uso seja exclusivamente sem fins lucrativos e que sejam reconhecidos os créditos.

EXPEDIENTE Agroecologia – Mais Feiras, Melhores Negócios Cadernos da Agricultura Familiar - 05 Pesquisa: Aldimar Nunes Vieira, Kárita Karilla Gontijo, Nathália Santiago, Zezé Weiss Redação e Beneficiamento de Textos: Nathália Santiago, Zezé Weiss Edição: Zezé Weiss Revisão: Lucia Resende Projeto Gráfico: Anderson Blaine Maio/2014 Tiragem: 5.000 exemplares

Realização:

www.redeterra.org.br

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Produção:

www.institutoitiquira.org.br

www.xapuri.info

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FEIRAS ORGÂNICAS, PRA QUÊ? Estima-se que haja no Brasil quase 1,5 milhão de hectares em produção orgânica, sem contar a produção extrativista orgânica na região Norte do Brasil. Embora não haja estatísticas a respeito, estima-se que os/as pequenos/as e médios/as produtores/as geram mais de 95% da produção orgânica brasileira. As feiras agroecológicas ou feiras orgânicas são espaços de promoção e vendas, essencialmente para os/as pequenos/a e médios/as produtores/as que utilizam, em todos seus processos de produção, técnicas que visam a entrega de um alimento mais saudável para o consumo humano. Os produtos vendidos nas feiras orgânicas têm como característica principal a ausência de agrotóxicos, fertilizantes químicos, hormônios, ou de qualquer outro tipo de veneno que possa causar algum dano à saúde dos consumidores ou das consumidoras. Mais saborosos, os alimentos orgânicos são produzidos dentro dos princípios agroecológicos de respeito ao Meio Ambiente, de proteção e cuidado com a contaminação do solo, com a água e a vegetação. São alimentos que trazem consigo o selo da valorização da mão de obra, do respeito aos tratos culturais locais e do fortalecimento da responsabilidade social.

Foto: www.mariadograo.com.br

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COMEÇAR POR ONDE? As feiras orgânicas servem para promover e vender os produtos da agroecologia. São, portanto, espaços para aumentar a renda das famílias agricultoras, que podem optar por somente participar de feiras, ou por organizar feiras. Para saber se a economia da propriedade é viável e se há necessidade de participar de feiras, é preciso somar todos os custos, somar todas as rendas, e calcular a diferença. O que sobrar é a renda. A participação será viável quando, feitas todas as contas, houver como resultado uma renda. Para organizar uma boa feira, o primeiro passo é fazer um diagnóstico: • dos produtos a serem expostos e comercializados; • das pessoas interessadas em participar da feira; • das demandas do mercado local. O diagnóstico deve ser feito preferencialmente de modo participativo. Nele, cada família precisa fazer o balanço do que terá para vender e de quando os produtos estarão disponíveis. É importante também estimar os custos da produção, da comercialização e, especialmente, da participação na feira. Com o diagnóstico participativo feito, fica fácil para a comunidade, associação, cooperativa, ou qualquer outra organização, definir o local, o tamanho e a infraestrutura necessários para o evento. Também, a partir do diagnóstico participativo, é possível prever o potencial de crescimento da feira.

Foto: projetobarraginhas.blogspot.com.br AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO As seguintes questões básicas devem fazer parte do Diagnóstico Participativo: RECURSOS DISPONÍVEIS Água

Fonte, qualidade e quantidade da água.

Animais

Quantidade da produção, tempo de criação.

Cultivos

Área plantada, espécies plantadas, tempo de plantio e de colheita.

Infraestrutura

Sistema de armazenamento, irrigação, transporte.

Terra

Tamanho da propriedade, tamanho da área cultivada, qualidade do solo.

LEVANTAMENTO DE CUSTOS Consumo

Custos

Quais e quantos alimentos são consumidos pela família, quais são consumidos pelos animais, quais são os mais comprados para a família e para os animais. Quais são os custos da produção com insumos, mão de obra, transporte, comercialização.

Mão de obra

Horas trabalhadas na produção, trabalho realizado por quem, quanto de mão de obra familiar, quanto de mão de obra contratada.

Renda

Quais produtos são vendidos, onde, a que preço. Qual a diferença entre os custos da produção e o preço de venda. Qual o lucro.

Vendas

O que sobra para ser vendido.

Foto: www.es.gov.br

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CRITÉRIOS DE PRODUÇÃO Antes de organizar uma feira agroecológica, é necessário averiguar se os produtores e as produtoras cumprem com os princípios da produção orgânica e da agroecologia. Evitar queimadas. PRINCÍPIOS DA PRODUÇÃO ORGÂNICA

Não usar sementes transgênicas, híbridas ou tratadas com agrotóxicos. Aplicar somente defensivos naturais. Usar adubação orgânica, sem o uso de fertilizantes químicos. Manejo Ecológico

• Cobertura do solo e adubação verde • Sementes crioulas • Biodiversidade • Integração de cultivos • Rotação de culturas • Manejo ecológico de pragas e doenças

Relações Econômicas PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA

• Segurança alimentar da família pelo autoconsumo dos alimentos produzidos na propriedade familiar e pelo uso integral dos alimentos. • Sustentabilidade econômica, com a maioria dos insumos produzidos na propriedade. • Divisão justa da renda entre todas as pessoas que produzem na família, incluindo quem trabalha na comercialização. • Preço justo. • Solidariedade entre os membros da família e da comunidade.

Organização Social

• Participação em associações, cooperativas ou outras formas de organização comunitária. • Engajamento na comunidade e participação na formulação e implementação de políticas públicas. • Envolvimento em redes, conselhos e fóruns.

Foto: projetobarraginhas.blogspot.com.br AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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CALENDÁRIO DA PRODUÇÃO O clima no Brasil é considerado propício para o cultivo de alimentos orgânicos, porque é possível produzir o ano todo. Mesmo assim, cada unidade de AGRÍCOLA produção precisa ter na parede (ouCALENDÁRIO na internet) um calendário sazonal com as principais datas de:

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• preparo da terra

• colheita

• plantio, tratos com o cultivo

• manejo pós-colheita

O modelo abaixo serve apenas de exemplo sobre como montar um calendário. Cada família pode desenvolver seu próprio modelo.

1 - Confraternização Universal 4 - Aniversário de Rondônia

ACEROLA

Plantio Adubação Tratos Culturais Colheita

CITRUS

ARROZ

Tratos Culturais Colheita

BANANA

CAFÉ ROBUSTA

Plantio Controle da Broca Mal-do-Panamá Sigatoka Negra Sigatoka Amarela

Plantio Desbrota Capina Controle da Broca e Ferrugem Adubação Foliar Adubação de Cobertura

ACEROLA

Plantio Adubação Tratos Culturais Colheita

Colheita

Adubação Tratos Culturais Colheita Poda de Condução

FEIJÃO

CITRUS

FEIJÃO Preparo da Área

Controle de Pragas e Doenças Tratos Culturais Adubação de Cobertura

Adubação Tratos Culturais Colheita

Colheita Tratos Culturais Controle da Vassoura-de-Bruxa

Preparo da Área Aquisição de Sementes Semeadura

GUARANÁ

MANDIOCA

MARACUJÁ

MILHO

GUARANÁ

MANDIOCA

MARACUJÁ

MILHO

Controle de Ervas Daninhas

Controle de Pragas e Doenças

Colheita Poda de Condução Controle de Pragas e Doenças Tratos Culturais

ACEROLA

Desbrota Capina Adubação de Cobertura Controle da Broca e Ferrugem

CUPUAÇU

Dobra

CUPUAÇU

CAFÉ ROBUSTA

Adubação Tratos Culturais Controle da Vassoura-de-Bruxa

Colheita Tratos Culturais Poda de Condução Controle de Verrugose, Fusariose e Antracnose

COCO

BANANA

Tratos Culturais Controle da Broca Mal-do-Panamá Sigatoka Negra Sigatoka Amarela

Adubação Plantio Tratos Culturais Controle de Pragas

Tratos Culturais

CITRUS

ARROZ

Plantio Controle de Pragas e Doenças Tratos Culturais

Plantio Controle de Ervas Daninhas

COCO

16 - Carnaval 17 - Cinzas

Dobra Colheita

ARROZ Colheita

COCO

BANANA Controle da Broca

CUPUAÇU

CAFÉ ROBUSTA Adubação de Produção Adubação de Cobertura Desbrota Capina Controle da Ferrugem

FEIJÃO

Tratos Culturais

Tratos Culturais Colheita

Colheita Tratos Culturais

Semeadura Tratos Culturais Controle de Pragas e Doenças

GUARANÁ

MANDIOCA

MARACUJÁ

MILHO

Controle de Ervas Daninhas Adubação

Controle de Pragas e Doenças

Colheita Poda de Condução Adubação de Cobertura Tratos Culturais

Colheita

PIMENTA PIMENTA PIMENTA para APICULTURA PUPUNHA URUCUM pela APICULTURA PUPUNHA URUCUM exemplo APICULTURA Encontre oPUPUNHA modeloURUCUM de calendário completo, desenvolvido Embrapa-RO, usar Tratos como DO REINO DO REINO DO REINO Plantio Adubação Revisão Adubação Adubação Revisão das Colmeias Instalação de Viveiro Culturais Captura de Enxames Plantio Adubação Plantio das Colmeias e Plantio Plantio e Redução do Alvado Semeadura Oferecer Melgueira no endereço na internet: http://issuu.com/emater-ro/docs/calendarioemater2010 Plantio Adubação Tratos Culturais

Colheita de Frutos e Palmito / Desbaste

Tratos Culturais

Redução do Alvado

Adubação

Colheita de Frutos e Palmito / Desbaste

Tratos Culturais

Captura de Enxames Tirar Redutor do Alvado

Formação de Mudas Colheita de Palmito/ Desbaste

com Cera Alveolada

Com o calendário montado, BOVINOS o produtor ou a produtora terá uma ideia clara BOVINOS BOVINOS OVINOS OVINOS OVINOS Controle da Controle da Vacinação CAPRINOS CAPRINOS CAPRINOS do ciclo da produção, da colheita e do potencial de comercialização em sua Mosca-do-Chifre Mosca-do-Chifre Contra Brucelose Vermifugação Vermifugação Corte e Limpeza e Carrapatos e Carrapatos Vermifugação dos Cascos Vermifugação propriedade.

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SOLO DO CERRADO As pessoas que vão às feiras orgânicas buscam produtos limpos, bonitos, saudáveis e de excelente qualidade. As pessoas da família merecem o mesmo tipo de produto para o seu consumo. Nos dois casos, o importante é produzir bons produtos para vender melhor ou para cuidar melhor da saúde da família. Comprar alimentos naturais, em vez de produtos industrializados, e/ou fazer o reaproveitamento das partes dos alimentos normalmente desprezadas faz parte de uma cultura por uma alimentação mais saudável. Quando os alimentos são de boa qualidade, o reaproveitamento é maior e o desperdício menor. Para oferecer bons produtos, que vendem melhor, alguns cuidados devem ser tomados: COLHEITA

• Evitar desperdícios. • Evitar danos aos produtos. • Cuidar da higienização – mãos limpas, unhas cortadas e higienizadas, ferramentas limpas. • Não fumar durante a colheita. • Colher os produtos somente no dia anterior à feira, de preferência na madrugada, para que estejam frescos na hora da venda.

PÓS-COLHEITA

• Colocar os produtos em recipientes limpos; usar embalagens reutilizáveis e sustentáveis (nunca vasilhames químicos). • Lavar os produtos em água corrente. • Descartar os produtos que não estejam com a qualidade esperada. • Organizar os produtos de forma atraente para o mercado.

Os produtos orgânicos contam com selos que garantem a não utilização de substâncias químicas. Além disso, por conta de serem, quase sempre, oriundos da agricultura familiar, há menos emissão de gás carbônico no transporte, já que esses alimentos vêm de regiões próximas à cidade.

CUIDADOS NO TRANSPORTE O transporte é um elemento extremamente importante no fornecimento dos produtos orgânicos para o mercado consumidor e, especialmente, para as feiras, porque é a ligação chave na cadeia da oferta e da demanda. O transporte interliga todas as atividades na cadeia alimentar, que vão desde a produção primária de alimentos, a colheita, o manuseio dos produtos e a distribuição nos pontos de venda, ou a jornada até as feiras. O transporte exige cuidados especiais para que os produtos cheguem perfeitos às feiras: • Planejar para que os produtos sejam transportados pelo mínimo de tempo possível; • Escolher embalagens resistentes como caixas de madeira e caixotes de plástico. Nunca utilizar embalagens de agrotóxicos;

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• Quando for o caso, levar, no transporte, forros limpos para as bancadas das feiras; • Levar também tamboretes ou banquetas para as pessoas que atenderão na feira.

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RÓTULO PARA PRODUTOS ORGÂNICOS

O rótulo dos alimentos orgânicos tem como base as regulamentações do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da ANVISA e do Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Esses rótulos são importantes para identificar os produtos e para atrair a confiança das pessoas compradoras. Os rótulos dos produtos orgânicos devem registrar, no mínimo: • Nome de fantasia; • Razão social; • CNPJ ou CPF; • Endereço. Os rótulos dos produtos beneficiados (como as verduras cortadas em pedacinhos, os barus torrados, as geleias, o mel) devem conter, também, na frente da embalagem: • o nome do produto; • os ingredientes; • o peso; • o local e a data de fabricação; • a data de validade. O rótulo deve indicar também se o produto é classificado como orgânico, ou contendo ingredientes orgânicos, conforme o caso.

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RÓTULO PARA PRODUTOS DE ORIGEM ORGÂNICA NÃO CERTIFICADA Para alguns produtos que contenham ingredientes orgânicos ou de origem orgânica não certificada, a legislação prevê alguns cálculos, excluindo a água e o sal acondicionados: • Produtos com 95% ou mais de ingredientes orgânicos certificados devem conter no rótulo a especificação: “produto orgânico com ingredientes não orgânicos”, com a especificação dos ingredientes não orgânicos. • Produtos com 70% a 94% de ingredientes orgânicos devem ser identificados no rótulo da seguinte forma: “produto com ingredientes orgânicos”. • Produtos com menos de 70% de ingredientes orgânicos certificados não poderão ser identificados como orgânicos. Os produtos vendidos diretamente para o/a consumidor/a final são considerados produtos não certificados. Nesse caso, a identificação dos produtos como orgânicos é de exclusiva responsabilidade do/a produtor/a. Nesse caso, o rótulo pode informar: “Produto orgânico, para a venda direta por produtores/as familiares organizados/as, não sujeito à certificação, de acordo com a Lei No 10.831, de 23 de dezembro de 2003”.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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PARA CONHECER MELHOR O/A CONSUMIDOR/A Os alimentos orgânicos são mais do que um produto sem agrotóxicos. Os produtos orgânicos são o resultado de uma produção agrícola que maneja o solo para equilibrá-lo, para que os alimentos surgidos da terra sejam cada vez mais saborosos e mais saudáveis. Os alimentos orgânicos vêm crescendo no Brasil de forma rápida, devido ao fato de que boa parte dos/as brasileiros/as aprovam a ideia de terem em suas mesas um alimento saudável que, em seu processo de produção, não prejudique o Meio Ambiente. Conhecer os/as clientes potenciais faz parte do planejamento para a venda em feiras. Uma boa forma de obter essa informação é fazer uma pesquisa entre as pessoas que frequentam os pequenos mercados e as feiras livres próximas à propriedade. ANTES DA FEIRA MONTADA Antes da feira montada, é importante saber se os/as potenciais compradores/ as da feira têm consciência do mal que os agrotóxicos fazem para a saúde, da importância da agricultura familiar para a economia local, e também, se as pessoas estão dispostas a pagar um pouco mais por alimentos saudáveis e quanto a mais pagariam. Essas respostas, tão importantes, podem ser feitas em uma pesquisa simples, anotando os comentários em um caderno ou em um computador. O momento da pesquisa é também um bom momento para informar as pessoas sobre o surgimento da nova feira. Assim, quando a feira estiver pronta, muita gente já vai saber dela, e comprar nela. Essa pequena ação de comunicação e marketing indireto vai ajudar a feira nascer com condições mínimas de sustentabilidade. A pesquisa será importante para montar a feira e continuará sendo importante para o seu sucesso. Ao planejar o espaço físico, é bom reservar uma barraca, ou mesmo um cantinho de uma barraca, para continuar colhendo informações sobre a demanda e a satisfação das pessoas que frequentam e compram os produtos da feira.

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DEPOIS DA FEIRA MONTADA Depois da feira montada, algumas perguntas importantes são sobre o conhecimento ou não das pessoas sobre a diferença entre produtos orgânicos e não orgânicos, sobre se o/a cliente está satisfeito/a, que sugestões têm para a feira ficar cada vez melhor, se os produtos atendem à demanda ou se falta algum produto que faria a feira mais atraente, e ainda, se os preços são justos. Uma boa prática é tirar uma meia horinha a cada feira só para conversar com os/as clientes. Essas conversas costumam fazer o/a cliente se sentir parte da vida da feira e querer voltar sempre. Outra boa prática é se reunir com os/as demais feirantes para compartilhar os resultados das pesquisas e das conversas e planejar coletivamente o que fazer com a informação obtida.

Foto: andriollicosta.com.br AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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ORGANIZAÇÃO COLETIVA DA FEIRA Uma feira organizada coletivamente torna-se um empreendimento solidário. Mesmo sendo um empreendimento coletivo e solidário, a feira exige uma gestão profissional, com regras claras para o seu funcionamento e com uma avaliação constante da sua viabilidade econômica. O sucesso do projeto de autogestão da feira dependerá do grupo que a organiza. Um grupo diverso, com a inclusão de jovens e mulheres tem mais chances de prosperar, principalmente porque as pessoas jovens em geral trazem mais entusiasmo e ideias novas para o processo. O grupo pode e deve contar com o apoio de técnicos e técnicas, especialmente no planejamento, mas a coordenação política precisa ser dos e das feirantes; A coordenação deve ser: • Formada por um grupo pequeno, mas de preferência com um mínimo de três pessoas, com capacidade de liderança para fazer a feira acontecer; • Assumida por um período definido, com a distribuição das tarefas por rodízio, para que todos/as tenham oportunidade de aprender a administrar ou organizar as várias atividades da feira; • Focada no alcance de bons resultados para cada feirante; • Comprometida com a transparência, para gerar credibilidade e sustentabilidade para a feira; • Organizada para realizar reuniões periódicas de coordenação e assembleias de feirantes de acordo com o que o grupo decidir; • Capaz de organizar um regimento interno e de captar apoios para fortalecer a infraestrutura da feira.

SOBRE O REGIMENTO INTERNO O regimento interno deve: • Conter todas as regras de organização interna; • Incluir a criação de um fundo de contingência para cobrir as despesas não previstas; • Definir as estratégias e métodos de comercialização; • Cuidar das questões de logística, como a ocupação física do espaço, a

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limpeza e montagem e desmontagem das barracas, por exemplo; • Deliberar sobre o local, o dia da semana, e as questões gerais de montagem e manutenção da feira; • Registrar em ata as deliberações do grupo para não perder a memória e para fazer cumprir o que for de decisão da maioria. AGROECOLOGIA Mais Feiras, Melhores Negócios


Foto: aliancabrasileira.wordpress.com AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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CHECKLIST DA ORGANIZAÇÃO DA FEIRA O quadro abaixo faz um resumo das ações e atividades que precisam ser checadas para a organização de uma feira. O QUÊ?

COMO?

Conversas sobre organização da feira

Grupos de pessoas interessadas Potenciais feirantes em criar a feira começam a trocar ideias entre si e a pesquisar sobre o assunto.

POR QUEM?

Reunião de Organização

Encontro de pessoas interessadas na feira para discutir temas diversos como agricultura familiar, agroecologia e comercialização.

Primeiras Tarefas

Durante a reunião de organização Lideranças e pessoas voluntárias, inclusive mulheres e jovens. são discutidas e definidas as primeiras tarefas do grupo, incluindo:

Grupo de lideranças marcam o local e convocam a reunião.

• Diagnóstico • Levantamento de clientes e demanda • Análise da viabilidade econômica • Definição da Coordenação • Divulgação Coordenação

Realização de nova reunião para criar a feira, escolher a comissão coordenadora e cuidar da logística:

Comissão de organização, ou Coordenação.

• Inscrição de Feirantes • Local, dia e horário • Logística de transporte, montagem e desmontagem, limpeza • Regimento Interno • Fundo Rotativo Parcerias

Busca de apoios para viabilizar a feira:

Coordenação e lideranças

• Prefeitura (fundamental) • Órgãos de assistência técnica rural • Sindicatos, ONGS, Movimentos Sociais • Cooperativas de Crédito • Escolas Municipais

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AGRICULTURA ORGÂNICA BRASILEIRA. UM INVESTIMENTO QUE FAZ BEM À SAÚDE E AOS NEGÓCIOS.

Fotos: Sebrae AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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FINANCIAMENTO E SUSTENTABILIDADE DA FEIRA Enquanto não houver recursos para pagar os custos de montagem, a feira será só um sonho. Para que esse sonho se torne realidade é importante captar recursos e articular apoios. Os principais passos a serem dados são: • Orçamento: Realizar um orçamento detalhado para tudo o que precisa ser feito, incluindo os custos iniciais de planejamento e divulgação. • Identificação de Doações em Bens e Serviços: Depois do orçamento feito, é importante identificar prováveis doações em bens (como tamboretes, barracas, placas) e serviços (como assistência técnica para o planejamento, anúncios na rádio, aplicação de questionários de pesquisa). • Captação das doações em Bens e Serviços: Identificar o que pode ser conseguido como doação em Bens e Serviços na comunidade, destacar um grupo de futuros/as feirantes para visitar os/as potenciais doadores/as e conseguir as doações. • Identificação de Possíveis Doadores/as de Recursos Financeiros: Levantar as possíveis fontes de doações financeiras, incluindo o poder público federal, estadual e municipal, o empresariado local e os/as próprios/as feirantes. Lembrar que doações financeiras exigem muito preparo tanto para a captação quanto para a prestação de contas. • Estabelecimento da Taxa de Contribuição do/a Feirante: Os custos básicos de manutenção da feira deverão ser pagos pelos/as próprios feirantes, mediante contribuições mensais. • Estabelecimento de parceria com a Prefeitura Municipal: O estabelecimento de uma parceria com a Prefeitura Municipal é estratégico para a concessão do local da feira e para o apoio na logística e na infraestrutura. FUNDO DE CONTINGÊNCIA Experiências bem sucedidas mostram a importância da criação, desde o primeiro dia da feira, de um fundo solidário rotativo, também chamado de fundo de contingência. Esse fundo é formado por uma contribuição fixa de cada feirante após a realização de cada feira. O fundo pode ser composto também por uma taxa

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de adesão cobrada de novos/as feirantes, por recursos obtidos com bingos e rifas, ou por outras doações diversas. O Fundo Rotativo serve para a manutenção básica da feira, como o conserto das barracas ou a compra de novas barracas; a divulgação; a compra de equipamentos; os gastos com a ornamentação e limpeza; o pagamento de apresentações culturais para animar a feira e gastos similares. Os recursos do Fundo Rotativo devem ser depositados em uma conta específica, e o seu uso deve ser especificado no Regimento Interno da Feira. As decisões sobre o uso dos recursos devem ser definidas em reuniões de feirantes e no Regimento Interno e serem registradas em atas. DEFINIÇÃO DE PREÇOS As feiras orgânicas e agroecológicas são organizadas dentro dos princípios da economia solidária, que incluem preços justos tanto para o/a produtor/a quanto para o/a consumidor/a. Em geral, os preços são estabelecidos em reuniões mensais ou trimestrais de feirantes, considerando os custos da produção, do transporte, da manutenção do espaço, da divulgação, e também os preços gerais do mercado local. O grupo de feirantes deve chegar a um acordo para que todos/as cobrem os mesmos preços para os mesmos produtos, de forma a não gerar competição e disputa entre feirantes. Os/as consumidores/as de produtos orgânicos aceitam pagar um percentual a mais pelos produtos saudáveis das feiras agroecológicas. Essa preferência deve ser sempre elogiada e reconhecida como uma ação de cidadania. Esse percentual deve ser considerado na hora de definição dos preços. Outros elementos a serem observados para a definição de preços são: • Custo da matéria prima • Custo da mão-de-obra • Despesas com energia • Despesas com Administração • Depreciação de equipamentos • Despesas com embalagens O preço do produto deve ser maior do que as despesas realizadas para a sua produção e comercialização, incluindo as despesas com impostos. Caso as despesas se tornem maiores do que o preço de venda, os/as feirantes têm duas alternativas: aumentar o preço ou parar de comercializar o produto. AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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LOCAL E INFRAESTRUTURA As feiras podem ser realizadas em locais variados, mas o ideal é conseguir um bom lugar onde possam ser organizadas regularmente, seja todo dia, seja uma vez por semana, uma vez por mês ou em datas especiais. O local certo é fundamental para o sucesso com o apoio da comunidade. Ao verificar os locais disponíveis, é importante avaliar: • O fluxo de pedestres; • O poder aquisitivo das pessoas que passam pelo local; • Os horários de maior circulação de potenciais compradores/as; • O interesse pelos produtos a serem comercializados; • O espaço disponível para as barracas; • O local reservado para o estacionamento de carroças, automóveis e caminhões; • As redes de água e eletricidade; • As atividades culturais eventualmente já desenvolvidas no local.

Foto: Valter Campanato/ABr

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Foto: Valter Campanato/ABr AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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FEIRAS ORGÂNICAS DE BRASÍLIA Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), em Brasília existem 18 feiras orgânicas:

FEIRA DA ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTURA ECOLÓGICA (AGE) I Onde: 112 Sul Quando: quartas-feiras e sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DA AGE II (também conhecida como Feira Messiânica) Onde: 315/316 Norte e 709 Sul, ao lado da Igreja Messiânica Quando: quartas-feiras e sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DA AGE III Onde: Sudoeste, EQSW 303/304 Quando: quartas-feiras e sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DA AGE IV Onde: 402 Norte Quando: sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

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Feira da AGE II | Foto: Marcello Casal Jr/ABr AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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FEIRA DA AGE V Onde: Sindicato Rural do Distrito Federal – 909/709 Sul Quando: quartas-feiras e sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DO APOGEU Onde: 306 Norte Quando: sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

MERCADO ORGÂNICO Onde: Ceasa – trecho 10 lote 05, em frente ao Cruzeiro Novo Quando: segundas-feiras, quintas-feiras e sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DA ESTAÇÃO ECOLÓGICA Onde: Setor Terminal Norte – final da Asa Norte, em frente à sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) Quando: quintas-feiras, das 12 h às 18 h O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

MOA INTERNACIONAL Onde: Sudoeste, Ponto de Distribuição CSW 01, Lote 04, Edifício Portal Master – Bloco A, Loja 1 Quando: terças e sexta-feiras, das 12 h às 18 h O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

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Supermercado Org창nico, no Ceasa Distrito Federal | Foto: Marcello Casal Jr/ABr AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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FEIRA DO JARDIM BOTÂNICO Onde: em frente à Escola de Administração Fazendária (ESAF) Quando: sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DO ASSENTAMENTO COLÔNIA Onde: Ministério do Meio Ambiente – Bloco B da Esplanada dos Ministérios Quando: quintas-feiras, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DO ASSENTAMENTO COLÔNIA Onde: Incra – Setor Bancário Norte, Edifício Palácio do Desenvolvimento – térreo Quando: terças-feiras, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DO ASSENTAMENTO COLÔNIA Onde: Instituto Central de Ciências da Universidade de Brasília (UnB) – Minhocão – Asa Norte Quando: terças-feiras, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DO ASSENTAMENTO COLÔNIA Onde: SCLN 505 – W2 Quando: terças-feiras, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

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Jardim Col么nia II, Brazl芒ndia - DF | Foto: claudineipimentel.blogspot.com.br AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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FEIRA ORGÂNICA 1 Onde: SHIS QL 6/8, Lago Sul, atrás da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (WWF) Quando: quartas-feiras, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA ORGÂNICA 2 Onde: 703/4 Sul Quando: sábados, pela manhã O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DE PRODUTOS ORGÂNICOS 603/604 SUL Onde: Av. L2 Sul, Qd. 603/604, no estacionamento da Escola Superior do Ministério Público da União e da Procuradoria da República no DF Quando: quartas-feiras, das 9 h às 14 h O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

FEIRA DO GRUPO AGROFLORESTA Onde: Final da Asa Norte, em frente à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater – DF), Plano Piloto Quando: quintas-feiras, das 12 h às 18 h O que tem: frutas, verduras, hortaliças e cereais

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Feira 306 Sul em 1990 | Foto: www.agebrasilia.com.br AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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BIBLIOGRAFIA Agroecologia – Plante esta Ideia. Agricultura Familiar – Agroecologia e Mercado. Caderno 01. Fundação Konrad Adenauer, 2008. Revista do IDEC – edição 162 – fevereiro 2012 • www.aia2014.gov.br • www.infoescola.com/mamiferos/jaguatirica/ • yournaperville.com/category/featured/ • www.eco4u.wordpress.com • www.suapesquisa.com/ecologiasaude/alimentos_organicos.htm • www.emater-ro.com.br/index.php • www.oeco.org.br/urbanoide/27991-dicas-de-como-ter-umaalimentacao-mais-sustentavel • nutricionista-tatianemelo.blogspot.com.br/2011/04/transportaralimentos-com-seguranca.html • www.organicsnet.com.br/2010/11/rotulagem-do-alimento-organico/ • www.ebah.com.br/content/ABAAABqbwAF/alimentos-organicosno-brasil-no-mundo • www.organicsnet.com.br/2012/08/alimentos-organicos-comprecos-cada-vez-mais-competitivos/

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Gruta da Jabuticabeira, Distrito do Bezerra, Formosa - GO | Foto: Anderson Blaine AGROECOLOGIA Cadernos da Agricultura Familiar

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