Revista
Tai Chi Brasil Ba xi tai ji za zhi
www.RevistaTaiChiBrasil.com.br - Distribuição gratuita e dirigida Edição Novembro/Dezembro 2009 - Nº 2 - Ano 1 - Ano Chinês do Boi
Yang Zhenduo A sabedoria, trajetória e filosofia de um venerável mestre de Tai Chi Chuan Para a Ciência Avaliação das
mudanças da frequência cardíaca, noradrenalina, cortisol e aspectos psicológicos de praticantes do Tai Chi
Bill Douglas A necessidade de equilíbrio do planeta para assegurar a saúde
Mestre Hu Hsin Shan A união perfeita entre uma arte marcial e uma filosofia equilibrada
Pratique Tai Chi!
. Foto enviada por Natalia Krause. . Natural da Polônia. . Detalhe da foto: postura de treinamento do Estilo Chen de Tai Chi Chuan. . Local da foto: Cidade de Galway, Irlanda. . Aluna do Mestre Wang Hai Jun e do Professor Niall O`Floinn. . Foto/Arquivo: Acervo / Natalia Krause.
LOCAIS DE PRÁTICA
Brasil e mundo www.fotoserumos.com/ aipt_locais.htm
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Revista Tai Chi Brasil
revistataichibrasil.com.br Caixa Postal 2233 Curitiba - PR - 80011-970 - Brasil Edição nº 2 nov/dez 2009 ® Todos os direitos reservados Registro nº 401.197
4° ofício de registro de documentos
editor
levis litz
colaboraram nesta edição
adriane smythe, anderson rosa, angela soci, arthur dalmaso, bill douglas, bruno davanzo, chang yuan chiang, eduardo molon, estevam ribeiro, fernando de lazzari, georgia welp, jorge alberto catino, jorge jefremovas, josé luiz de castro junior, josé onofre nunes, lidia vaz nunes, marcelo sato, natalia krause, ronise santiago e valesca giordano litz.
agradecimentos
. international yang family tai chi chuan association; . sociedade brasileira de tai chi chuan (sbtcc); . world tai chi & qigong day.
revisão
viviane giordano
assinantes desta edição 2.623
contato | publicidade levislitz@gmail.com revistataichibrasil@hotmail.com jornalista responsável diplomado levis litz - mtb 3865/15/52v pr Distribuição gratuita e dirigida. A reprodução parcial ou total dos textos é permitida desde que citada a fonte e autoria. Não são de responsabilidade desta revista os artigos de opinião e também as opiniões emitidas em entrevistas e depoimentos, por não representarem, necessariamente, o pensamento do editor. Por questões de espaço, objetividade e clareza, a equipe editorial reserva-se o direito de resumir os textos recebidos. Foto com pouca definição é de responsabilidade do autor. Os exemplares impressos em papel desta publicação serão doados para bibliotecas públicas.
Sumário 8
Yang Zhenduo
A sabedoria, trajetória e filosofia de um venerável mestre de Tai Chi Chuan
15 Tai Chi Pai Lin Comentários de leitores 16 Tai Chi Chuan - Família Yang
Forma longa tradicional estilo Yang (Parte II)
20 Tai Chi Chuan - Princípios
Os 10 princípios de Yang Cheng Fu
22 Tai Chi - Estilo Lam Kam
Forma do pequeno círculo (Parte II)
23 Tai Chi - Trajetória
Aprendendo com o mestre Hu Hsin Shan
26 Tai Chi Chuan - Níveis
Os cinco níveis de habilidade (Parte II)
28 Aprendendo Chinês
Traço a traço: kung fu (gong fu)
29 Para a Ciência...
Avaliação das mudanças da frequência cardíaca, noradrenalina, cortisol e aspectos psicológicos de praticantes do Tai Chi
30 PONTO DE VISTA
O Tao da crise econômica
SEÇÕES
4 CARTAS 7 EDITORIAL 18 RÁDIO CORREDOR 21 LIVROS 25 OPINIÃO
Cartas
Revista Tai Chi Brasil: Caixa Postal 2233, Curitiba - Paraná - Brasil. CEP: 80011-970. revistataichibrasil@hotmail.com ou levislitz@gmail.com
Foto: LL
Por questões de espaço, a equipe editorial reserva-se o direito de resumir mensagens, depoimentos e textos recebidos.
Celeste, Zig Kock, Silvana e Yáscara Praticantes do Estilo Chen de Tai Chi Chuan --------------------------------------------------------
“Parabéns pelo sucesso da primeira edição da revista Tai Chi Brasil! Achei a revista muito bem feita e profissional.” John Vanko Academia Hunyuan Taiji do Brasil http://brazil.hunyuantaijiacademy.com São Paulo, SP “Quero parabenizá-los pelo belíssimo trabalho e agradecer a oportunidade de conhecer o precioso trabalho de tantos mestres e praticantes.” Fernando Brasília, DF
trabalho continue por muito tempo. Muitas pessoas estão sendo beneficiadas. Forte abraço aqui do pampa gaúcho.” André Luiz Krause Rio Grande do Sul “Quedé muy emocionada de dar solo una revisada rápida por la revista. Todos los articulos. La vista general. La diagramación es de exelencia. Esta revista será un exito. Un exito para la difusión de todo el tai chi y de todos los tai chis como el maestro siempre decía. Para que todas las personas reciban beneficios. Esta misma tarde comenzaré a leerla por completo. Seria muy bueno traducirla al español!” Ana María Díaz Buenos Aires, Argentina “Maravilha, parabéns! Excelente iniciativa. Quero continuar recebendo a revista e sucesso. E o Tai Chi será minha próxima prática.” Cláudio Slaviero Curitiba, PR
“Você está escrevendo a história desta arte no Brasil”
“Hello Levis. This is excellent. When I get some spare time I will see if I can get a contribution to you. Cheers.” Bernard Williams Auckland, Nova Zelândia
Estevam Ribeiro
“Está ótima a Revista. Amei. Parabéns. Fiz a impressão colorida e deixei um exemplar na academia para o pessoal ler. O importante foi o primeiro passo. Agora, só sucesso heim? Vou divulgar por aqui a revista e vou querer também enviar matérias sobre o que acontece em Minas com o Tai Chi, OK? Tem muitas historinhas para serem contadas.” Beth Li Uberlandia, Minas Gerais
“Parabéns, a revista ficou ótima e obrigado por enviar um exemplar para mim. Encaminharei aos meus alunos para assim aumentarmos a informação e o conhecimento do Tai Ji Quan.” Danilo Araujo Rio de Janeiro - RJ
“Parabéns. Edição nº 1 – Ano 1 - Que grande conquista” O início de uma bela caminhada. Minha torcida para que este
“Muito bom! Parabéns a todos dessa imensa família.” Marcos Freire
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Rio de Janeiro, RJ
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“Antes de tudo, parabéns pela revista, ficou muito bacana. Nem imagino o trabalho que deve ser, e a expertise necessária, pra reunir tudo o que você conseguiu reunir nessa revista. Novamente reitero: é uma honra fazer parte desse projeto!” Eduardo Molon Rio de Janeiro, RJ “Parabéns pela revista e sucesso.” Gislan Berlim, Alemanha “Parabéns pela iniciativa e edição desta importante revista. Relíquias tão valiosas precisam ser divulgadas com seriedade. Gostaria de receber as novas edições e também participarei com o trabalho que realizo.” Luci Lurico Oi São Paulo, SP “Parabéns, você está escrevendo a história desta arte no Brasil, e em alto estilo, muito boa diagramação e o nível é muito bom . Muito obrigado, acho que você realmente realizou o sonho de muitos que gostariam de ter uma visão aberta às manifestações múltiplas do Tai Chi. Mantenha o nível, no que depender da CXWTABR você terá todo nosso apoio.” Estevam Ribeiro Rio de Janeiro, RJ “Parabéns pela qualidade!!!
revista.
Excelente
Emerli Schlogl Psicóloga Curitiba, PR
“Vou divulgá-la entre os colegas da Praça da Harmonia Universal.” Hildo Brasília, DF
“Li boa parte da revista e gostei muito. Parabéns pelo excelente trabalho!” Claudio Montenegro Joinville, SC “Congratulações para a Revista Tai Chi Brasil. Vocês contribuem para a construção de um mundo melhor, desejo prosperidade e vida longa para o projeto.” Daniel Spinelli Curitiba, PR “Parabéns pelo trabalho que você se propôs a fazer e realizou de forma extraordinária. Creio que, aliando ao fato por suas formações profissionais, também em jornalismo, vens demonstrando ser uma dos maiores divulgadores da “Arte” do Taiji quan no Brasil. Várias atividades esportivas mantêm a circulação comercial com revista de suas modalidades. Creio que por seu intermédio chegou a hora das artes marciais chinesas e, em especial as internas, também a terem. No Rio de Janeiro temos dois amigos, Estevam Ribeiro e Marcio Lacerda, ambos representantes das famílias, respectivamente, Chen e Yang, que, creio, devas entrar em contato, para futuras contribuições. Mais uma vez parabenizo você e seu trabalho.” Corral Rio de Janeiro, RJ “Conheci a revista por meio de um colega de prática de tai chi onde moro. Embora tenha me integrado ao grupo há dois meses, estou gostanto muito da prática do tai chi chuan. Aproveito para fazer minhas considerações à publicação, pois gostei muito. Parabéns pela iniciativa. Desde já agradeço antecipadamente e me considero assinante.” Jundacy Noroná Garcia “Gostei muito da revista, espero colaborar novamente.” Albert Hemsi São Paulo, SP “Antes da mais nada, gostaria de parabenizá-lo pela grande iniciativa de editar um periódico brasileiro sobre
Tai Chi Chuan. Congratulações e força nesta empreitada que, com certeza, tem o apreço de todos os que sinceramente praticam esta arte marcial. Aproveito, também, para solicitar o envio dos próximos números da Revista para o meu e-mail.” Robson Rodrigues da Silva Praticante de Tai Chi Chuan Estilo Yang Brasília, DF “Parabéns! Tudo que precisávamos para fortalecer, cada vez mais, esta filosofia prática de vida com muito mais qualidade! Abraco energético e até a próxima.” Matusalém Rio de Janeiro, RJ “Congratulations!!! The magazine is quite excellent. I am very impressed. You have done an outstanding job. May you have much success for the future with it.” Niall O´Floinn Galway, Irlanda
“Imagino quão trabalhoso é elaborar uma publicação como essa. Mas, se juntar o trabalho com o sonho, as coisas acontecem. Está aí a revista pra provar isso.” Cezar Tridapalli Curitiba, PR
“Parabéns pela revista! Com certeza terá grande sucesso!!!” Cátia Regina Curitiba, PR “A Revista ficou ótima. Meus parabéns novamente e obrigado pela oportunidade de participar da revista com os textos.” Fernando De Lazzari Ribeirão Preto, SP “Mais uma vez, parabéns pela concretização desse trabalho que com certeza vai beneficiar milhões de pessoas, pois, é o que com certeza, desejam todos
Foto: Adriane Smythe
Cartas
Vilmar Henemann Praticante do Estilo Pai Lin de Tai Chi --------------------------------------------------------
os que adoram o tai chi. Um grande abraço e muita Paz. Adorei e já estou divulgando !!!” Carlos Andrade “Muito obrigado por esta iniciativa e por me enviar a a revista, gostaria de dizer que o Tai-Chi é tão importante pra mim quanto o ar que respiro, boa sorte e espero poder ler as outras edições que irá escrever, saiba que estou muito feliz por seu trabalho, com certeza irei divulgar aos meus alunos e às pessoas simpatizantes da prática de Tai-Chi. Esdras São Paulo, SP “Desejo muito sucesso. Li e gostei. Muito legal mesmo.” Carlos Alberto Taveiros Leite “Parabéns. Imagino quão trabalhoso é elaborar uma publicação como essa. Mas, se juntar o trabalho com o sonho, as coisas acontecem. Está aí a revista pra provar isso.” Cezar Tridapalli Professor Curitiba, PR “Parabéns! Realmente uma iniciativa generosa, bem alinhada com os fundamentos taoístas.” Regina Azevedo São Paulo, SP “Olá! Parabéns pela revista. Gostei e admirei muito. Muito sucesso” Edecir Fanthum Professor Belo Horizonte, MG
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Foto: Adriane Smythe
Cartas
Cátia e Marcelo Praticantes do Estilo Lam Kam de Tai Chi --------------------------------------------------------
“Muito obrigado e meus parabéns pela excelente revista. Valdemir Ernega Presidente da Federação Paranaense de Kung Fu Wu Shu Arapongas, PR “Quero parabenizá-lo, acredito que foi o acerto na mosca para todos que praticam o tai chi chuan. Agradeço tambem o espaço cedido na divulgação de minha trajetória, junto do mestre Chaw Wah San.” Marcio Zaqueu “Parabéns! A revista está ótima. Com certeza beneficiará muita gente. Sucesso! Muita Paz.” Laura “Acabo de receber a revista de um amigo. Que bom existir uma revista com essa qualidade! Parabéns! Gostaria de recebê-la sempre.” Angélica “Meus parabéns pela revista, tanto pelo conteúdo quanto pela diagramação e distribuição das informações. Está realmente à altura do que merece o Tai Chi Chuan.” Nelson Smythe Jr. Mestrando em design - UFPR Curitiba, PR “É com imensa satisfação e alegria que recebo este e-mail, para mim é uma honra ter este exemplar desta maravilhosa revista, que vai nos trazer muitas alegrias e maravilhosos ensinamentos. Estou agora mesmo mandando para o Sifu e os
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colegas de curso. Já estou ansioso para ler o próximo número. Chi li.” Geraldo Cerqueira. “Parabenizo pelo enorme trabalho em fazer esta revista de Tai Chi Chuan e aguardo ansioso para poder conpartilhar este trabalho com os praticantes de tai chi chuan e simpatizantes da arte.” Jose de Paulo Lara “Parabéns pela linda edição! Não tive tempo ainda de ler toda, mas o pouco que vi já percebi seu toque de qualidade, excelência e amor pelo Tai Chi! Que esta seja a primeira de muitas edições de muito Sucesso! Que legal, Amei! Vou salvar para degustar a leitura com calma! Um super abraço e toda felicidade do mundo neste novo projeto!” Alessandra “Agradeço o 1º número da revista. Dei uma olhada geral e parece estar muito boa. Parabéns!” Adriana Mello Fisioterapeuta Curitiba, PR
“Percebe-se o carinho e esmero com que foi feita.” Cláudia Moisés
Florianópolis, SC “Admiro seu trabalho - parabéns pela revista! Beleza, organização, conteúdo, harmonia - como o Tai Chi.” Cid Vicentini “Não sou um “fanático” (risos) pelo Tai Chi, mas sou um admirador da arte. O material está muito bom! Parabéns! Ademir Máximo “Que legal, parabéns! Como ficou boa! Dei uma passeada por todas as páginas e uau! Maravilha. Entrei de curiosa, só pra dar uma olhadinha, mas não consegui ficar só na olhadinha. Está muito boa e obrigada por essa iniciativa. Eu que estou debutando no Tai Chi, me
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sinto privilegiada por estar começando já com toda essa organização. Sinto que vem complementar as práticas que faço com meu Mestre. Praticar e estudar, enriquecendo, ampliando nosso conhecimento tanto teórico quanto prático. Isso é TAO. Obrigada!” Elizabeth Amaral Psicóloga “Parabéns pela iniciativa e o sucesso seja sempre seu companheiro nessa caminhada. Muito Qi!” Onofre Nunes “Quero parabenizá-lo pelo trabalho maravilhoso que você forjou e nos presenteou, a revista está bárbara e sei o quanto é difícil produzir uma revista assim aqui no Brasil, mas sei também que deve ter sido muito gratificante distribuí-la. O conteúdo, a diagramação e a arte estão perfeitos, além da forma de distribuição que você escolheu, sinceramente meus votos de muito sucesso e que esta revista e sua iniciativa possam ser coroadas de êxito e muito sucesso e assim tornar o Tai Chi uma prática mais popular em nosso país.” Erlei Roldan Melgarejo “Foi com muita alegria e gratidão que recebi o exemplar dessa primeira edição da Revista Tai Chi. Percebese o carinho e esmero com que foi feita. Recebam aqui a expressão de minha admiração, pois percebe-se o intenso envolvimento e dedicação, que demandou pra este belo resultado.” Cláudia Moisés Florianópolis, SC “Acabei de receber a revista e “folheei” rapidamente. Realmente tem bastante conteúdo interessante. Parabéns!” Kelli CAS Smythe “Gostei muito da revista, senti vontade de mudar meus hábitos e passar a ter um estilo de vida mais saudável. Até já arrisquei alguns exercícios. Depois de ler as entrevistas e depoimentos tive certeza de que o Tai Chi é puro benefício. Parabéns!” Juliana Serrato Londres, Inglaterra
Editorial Só ler não basta, temos que praticar Blogs, websites, youtube, orkut, facebook, msn, twitter, grupos de discussão, comunidades virtuais e por aí vai, com tantas opções disponíveis no mundo eletrônico e virtual, as informações que podemos obter sobre o Tai Chi quase chegam aos portões do ilimitado. Contudo, de nada adianta tanta tecnologia se não pudermos discernir, filtrar e absorver essa imensa onda de informação e conhecimento. Sem ter a pretensão de criar apenas mais uma fonte visual e literária de Tai Chi, procuramos proporcionar ao leitor um vislumbre do que há no Brasil de teoria e de prática do Tai Chi. Nesse encantamento de abrir novas perspectivas para sermos praticantes de Tai Chi, apresentamos nas páginas desta edição da Revista Tai Chi Brasil depoimentos sobre o Mestre Yang Zhengduo, a trajetória no Tai Chi Chuan de Estevam Ribeiro, entre outros pontos. Contamos ainda com a continuidade das colunas sobre os princípios do Tai Chi, seus níveis, encadeamentos e formas. Há as dicas de livros, de como escrever Kung Fu (Gong Fu) em chinês e as notas da Seção Rádio Corredor. Para encerrar, nos despedimos de 2009 com a ideia de que só ler não basta, temos que praticar Tai Chi, para que no ano que se avizinha estejamos sempre firmes e fortes. Que tenhamos um bom Natal, um ótimo Ano Novo e uma excelente prática de Tai Chi. Até 2010. E não esqueça: escreva pra gente! Levis Litz O editor levislitz@gmail.com
Recebemos e agradecemos . Regina Maria Azevedo (http://oplivros.com.br): a obra “Pequeno Livro do Tao”, de autoria de Jerusha Chang; . Iris Boff: seu livro “Em Corpo e Alma”; . Luiz A. de Mello: sua obra “Agir sem constrangir”; . Elli Nowatzki: almofada Yin/Yang (Tai Ji Du); . Adriane Smythe: selo comemorativo - Canadá / Ano Chinês; . Maria Celeste Correa e Zig Koch: o livro “LaoWai”, de autoria de Sônia Bridi e um marcador de página taoísta; . José Milton de Oliveira (www.tao.org.br): livro e dvd de sua autoria “Tai Chi Saúde do Ser”. --------------------------------------------------------------------Caixa Postal 2233, Curitiba, PR, CEP: 80011-970. Brasil
Revista Tai Chi Brasil BIBLIOTECAS E ACERVOS Campinas, São Paulo Equilibrius - Centro de Tai Chi Chuan, Acupuntura e Cultura Oriental Av. Oscar Pedroso Orta, 222. Barão Geraldo. Curitiba, Paraná Biblioteca Pública do Paraná Rua Cândido Lopes, 133. Centro. Academia Paramitta Av. Visc do Rio Branco, 84. Mercês. Colégio Estadual do Paraná Rua João Gualberto, 250 Alto da Glória. Colégio Medianeira BR 476, Km 130, nº 10546 Prado Velho. SESC Paraná – Unidade Água Verde Av. República Argentina, 944 Água Verde. Uberlândia, Minas Gerais Academia Budô Kan Rua Benjamin Monteiro, nº 64. Centro.
Avise a gente! Sua biblioteca tem um exemplar impresso da Revista Tai Chi Brasil? www.revistataichibrasil.com.br
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Yang Zhenduo Um homem sábio e benevolente Ei! Você está fazendo Taijiquan! Eu também pratico! Vamos praticar juntos! “Quando você pratica Taijiquan, não importa de que país você vem, chineses ou americanos ou brasileiros, quaisquer de nós, não nos sentimos separados. É claro que o Taijiquan vem da China, mas na verdade ele beneficia a todo o mundo e é bom para a saúde de qualquer um.” Yang Zhenduo Textos, depoimentos, fotos, referências e fontes: Angela Soci, Arthur Dalmaso (taichichuanyang.org), Fernando De Lazzari (taichichuan.com.br), Georgia Welp, Jorge Alberto Catino, José Luiz de Castro Junior, Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan (sbtcc.org.br) e International Yang Family Tai Chi Chuan Association (yangfamilytaichi.com).
Em contato com um mestre No ano de 1998 tive a grande oportunidade de ser instruída diretamente pelo Grão Mestre Yang Zhenduo. Em sua casa, na cidade de Taiyuan – Província de Shanxi – China Continental, passei 20 dias no mês de maio e novamente no mês de setembro em treinamento árduo, num processo de aperfeiçoamento da Forma Longa Tradicional e Espada Tai Chi. O contato com o Mestre Yang Zhenduo, detentor da linhagem da Família Yang, foi uma das coisas mais importantes de minha vida. Ele não é apenas um homem, é um sábio, uma pessoa superior – como afirma o I Ching (Livro das Mutações) e apesar de sua aparência grave e enérgica, tem uma bondade de coração que emana benevolência, carinho e dedicação a todas as pessoas com quem tem contato. Durante o treinamento tive oportunidade de receber instruções orais diretas do Mestre sobre o Tai Chi Chuan e sua abordagem foi enfática, contando as histórias dos seus antepassados detentores da linhagem, seus grandes feitos e especialmente os sacrifícios que passaram para manter o ensinamento vivo na China. O ponto que mais dá ênfase é o exercício da humildade, que deve permear a vida de todo praticante de Tai Chi Chuan Tradicional. Mestre Yang Zhenduo e toda a sua família foram vítimas tanto na revolução comunista como na revolução cultural. Sua família foi perseguida, torturada e encarcerada em campos de trabalhos rurais. A família foi dividida e uma geração perdida, no meio de uma revolução em que os detentores de algum conhecimento superior eram caracterizados como “inimigos do estado”. Perdas inestimáveis ocorreram naquela época.
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Sobreviventes, retornaram à ação e nunca se negaram a prestar seus serviços para a humanidade, mantendo a transmissão do Tai Chi Chuan da família Yang dentro da China, até que, através da pessoa do Mestre Yang Zhenduo, foram reconhecidos novamente como parte importante daquela sociedade. Mestre Yang Zhenduo nunca esmoreceu e acreditou em sua linhagem, mantendo-se fiel especialmente aos ensinamentos que recebeu de seu pai, Mestre Yang Cheng Fu, e viajou pela China toda além de vir para o Ocidente a partir dos anos 80, para compartilhar conosco sua experiência e sabedoria. No Brasil veio pela primeira vez em 1999, numa maratona de 48 horas de voo, mais horas
de espera em aeroportos, feliz de poder compartilhar seus conhecimentos com os brasileiros. Se deu conta do grande potencial de nosso país e o interesse do brasileiro pela Arte do Tai Chi Chuan. Retornou em 2001. Depois deste último seminário com sua presença, no Brasil, nossos grupos viajam à China a cada dois anos para beber direto da fonte o conhecimento deste grande homem. No Primeiro Simpósio Internacional de Tai Chi Chuan promovido pela Família Yang, Mestre Yang Zhenduo marcou presença dando aulas para mais de 400 pessoas, oferecendo palestras e demonstrando suas técnicas diante de uma plateia pasma, com a flexibilidade, dinamismo e tranquilidade deste homem octogenário detentor de um conhecimento que, sem dúvida alguma, vai se Foto: Mestre Yang Zhenduo perpetuar devido ao seu caráter tão generoso. cozinhando no Brasil Sua energia continua viva e dinâmica aos 85 anos de idade, muita história de vida e uma experiência incalculável no treinamento e no ensino da arte que leva o nome de sua família e que ele carrega com o orgulho de quem sabe o que representa: o “Tai Chi Chuan da Família Yang”.
Maria Ângela Soci Discípula do Mestre Yang Zhenduo - Representante da Família Yang para o Brasil e América Latina www.RevistaTaiChiBrasil.com.br
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Mestre Yang Zhenduo: Fotos
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Uma pessoa gentil e cuidadosa: Mestre Yang Zhenduo
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Sim! Eu conheci pessoalmente o mestre Yang seu carinho com os estudantes, sua grande resistência Zhenduo. Foi uma experiência que deflagrou um (de permanescer durante horas e horas de pé, marco, uma verdadeira “virada” na minha história acompanhando o ensinamento e corrigindo um a um pessoal com o Tai Chi Chuan. Eu os praticantes, sempre sendo gentil nunca havia conhecido um mestre de “Fiquei muito surpresa e cuidadoso), todas estas qualidades Tai Chi Chuan, mas imaginava que do mestre mostraram-me mais e emocionada em um verdadeiro mestre, um grande uma vez o quanto o seu grande conhecer o mestre lutador, haveria de ser muito forte, carisma minimizam as diferenças Yang Zhenduo. bem como ter uma grande empatia, de linguagem. É fácil entender Ele parecia ser enfim eu achava que um grande porque muitos o chamam de vovô. exatamente o que eu mestre poderia conjugar bem os Muitos desejariam ser netos de Yang imaginava que um aspectos yin e yang em sua vida. Zhenduo. mestre de Fiquei muito surpresa e emocionada em conhecer o mestre Yang Zhenduo. Georgia Welp Tai Chi Chuan seria.” Ele parecia ser exatamente o que eu Psicóloga imaginava que um mestre de Tai Chi Chuan seria. Seu Porto Alegre, RS sorriso e sua presença constante, sua preocupação e
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Mestre Yang Zhenduo: sorriso no rosto e um semblante sereno
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Já nos cursos de Instrutores do mestre Roque sabíamos do fundador do estilo Yang (Yang Lu Chan) e dos seus descendentes, como Yang Cheng Fu e do atual Grande Mestre Yang Zhenduo. Quando a Sociedade Brasileira de Tai Chu Chuan afiliou-se à Yang Family Tai Chi Chuan Association começaram os seminários anuais em São Paulo, com o Grande Mestre e seu neto Yang Yun. Ele sempre foi para nós como um pai, suave e ao mesmo tempo firme. Nos corrigia nas posturas com gentileza, sempre com um sorriso, enquanto o Mestre Yang Yun demonstrava em detalhes as posturas. Conhecemos sua cidade quando convidados ao 2º Torneio Internacional de Tai Chi, em 2002, depois do qual percorremos em “tour” muitos locais de interesse na sua companhia. Em 2005 fomos novamente convidados para os festejos dos 80 anos de vida do Grande Mestre, numa maravilhosa viagem onde conhecemos muitos locais sagrados para os praticantes de Tai Chi. Ele tinha decidido retirar-se do ensino, deixando todas essas tarefas nas mãos do seu neto, mas ficou tão emocionado pelo entusiasmo de todos nós, mais de 300 e de tantos diferentes países, que decidiu fazer um último seminário especial ministrado por ele, nas montanhas sagradas Wu Tai Shan, para expressar seu agradecimento a todos os que compartilharam seu aniversário com tanto carinho: foi inesquecível! Eu e todos os que o conheceram nos sentimos realmente membros da grande família Yang que ele preside. Jorge Alberto Catino Professor de Tai Chi Chuan Cotia – SP
”
Conheça o site da familia Yang: www.yangfamilytaichi.com
Mestre Yang Zhenduo demonstrando seu poder
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“
Por muitos anos ouvi falar de Mestre Yang Zhenduo, mas somente em julho de 2005 tive a oportunidade de conhecêlo pessoalmente no Seminário Internacional de Tai Chi Chuan e Celebração de seus 80 anos na China. Agora, em julho de 2009, a segunda oportunidade no Simpósio Internacional em Nashville, nos EUA. Em Wu Tai Shan (Montanha de 5 picos) tive a grande oportunidade de receber seus ensinamentos pela primeira vez. Não esperávamos isto, pois diziam que ele não mais ensinava abertamente. Porém, ele disse que naqueles dias ensinaria, abriria uma excessão para o esforço de muitas pessoas que haviam viajado de longe para estar ali. Grande humildade ao ensinar, um sorriso extremamente contagiante e uma simpatia expontânea que criava uma forte energia no ambiente. A sabedoria de quem pratica desde os 3 anos de idade em um espírito de criança. Energia de um tigre, olhar firme e forte e ainda assim suave e dócil. Não era apenas fama, é um homem de grande espírito. Então ... entendi. José Luiz de Castro Junior Professor de Tai Chi Chuan - EQUILIBRIUS Campinas, SP
”
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Mestre Yang Zhenduo “Conheci o Mestre Yang Zhenduo em 1999, quando veio ao Brasil pela primeira vez junto com o Mestre Yang Jun para realizar um Seminário de Tai Chi Chuan em São Paulo. Desde este ano tive a honra e a oportunidade de encontrar o Mestre Yang Zhenduo outras vezes no Brasil, na China e nos EUA. Seus ensinamentos e sua maneira de mostrar os movimentos do Tai Chi Chuan são excepcionais e únicos. Sempre ensina com um sorriso no rosto e um semblante sereno, demonstrando muita paciência e cuidado para com seus alunos e discípulos. Em 2005, participei de um Seminário de Tai Chi Chuan com o Mestre Yang Zhenduo na montanha sagrada Wu Tai Shan, na província de Shanxi, na China. Foram vários dias nos quais o Mestre pode ensinar os movimentos da Forma Tradicional da Família Yang de uma forma precisa, com muita energia e sabedoria. Na ocasião pude perceber que sua energia era suave, mas forte como de um grande tigre. Foi uma excelente experiência. Neste ano de 2009, participei do Simpósio Internacional de Tai Chi Chuan com os cinco grandes mestres, líderes dos cinco estilos tradicionais de Tai Chi Chuan. Mestre Yang Zhenduo estava presente, falando sobre o Tai Chi Chuan da Família Yang e ensinando a Forma 16 movimentos do Estilo Yang. Novamente pude aprender um pouco mais sobre as técnicas, princípios e benefícios do Tai Chi Chuan. De uma forma clara e precisa, Mestre Yang Zhenduo ensinou todos os participantes do Simpósio, que puderam se desenvolver um pouco mais na arte. Mestre Yang Zhenduo diz que devemos aplicar os princípios do Tai Chi Chuan com uma atenção milimétrica, para que possamos obter os benefícios internos e externos da prática. Ele também diz que a essência da arte não pode ser perdida, por isso, praticar e estudar com diligência é muito importante. Mestre Yang Zhenduo tem mais de 75 anos de experiência na arte do Tai Chi Chuan e sua experiência e sabedoria são um tesouro precioso. Sua experiência de vida é inspiradora para todos os amantes do Tai Chi Chuan da Família Yang e de outros estilos também. Devemos seguir o exemplo deste Grão Mestre com humildade e muita dedicação.” Prof. Fernando De Lazzari
Diretor do EQUILIBRIUS – Centro de Tai Chi Chuan, Acupuntura e Cultura Oriental - www.taichichuan.com.br
“Dizer que conheço o mestre Yang Zhenduo seria muita impertinência de minha parte. Eu recebi um aperto de mãos do mestre na China, em 2007. Aconteceu durante o campeonato de Tai Chi Chuan da família Yang. Fomos a um jantar de recepção aos estrangeiros, cerca de 160 pessoas, estávamos eu e minha esposa numa escadaria do restaurante, aguardando amigos para irmos embora para o hotel e o mestre, que também estava se retirando, passou por nós, abriu um sorriso e nos deu a mão, posso dizer que a expressão em seu rosto era o próprio espírito do Tai Chi Chuan, suavidade, alegria, imponência, paciência, honradez, força, benevolência, humildade, foi um momento muito especial. As outras vezes que estivemos perto dele para fotos ou tentando ouvi-lo sobre qualquer coisa não me emocionei, mas este aperto de mãos vai sempre me recordar o espírito de nossa prática.” Arthur G.W.Dalmaso
Espaço Bem Estar (Yoga e Tai Chi Chuan) - www.taichichuanyang.org Brooklin Novo - São Paulo - SP - Tel: (11) 5103-0420
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Tai Chi Pai Lin Comentários de leitores
Professores Onofre e Lídia com o Mestre Liu Pai Lin ----------------------------------------“Nossa, ficou incrível a revista, tem muita informação interessante. Tenho que ler com calma. Me dei conta de como fazia falta um veículo de comunicação sobre o Tai chi.” Miriam Liu (neta do mestre Liu Pai Lin) Alemanha “Gostaria de parabenizá-los pela iniciativa por homenagear o nosso Mestre. Estou com o Mestre Liu desde 1985. Ele partiu, mas continua vivo em nossos corações. A história de vários amigos muito me tocou, pois muitas das histórias se confundiram com a minha. Tenho grandes amigos aí em Curitiba. Na verdade são irmãos do Tao. São pessoas muito queridas e saudosas, pois desde a passagem do Mestre não os vi mais. Graças a sua revista consegui o e-mail da Marli. A Marli, a Pier, a Vivi, o Quintino, o Onofre, são amigos que todos os meses nos encontrávamos em São Roque. Foi uma épóca de ouro em nossas vidas. Trouxemos o Mestre para dar um curso de final de semana em outubro de 1999 e, na época, ele foi condecorado com o título de cidadão ribeirão pretano, graças ao trabalho que desenvolvemos em Ribeirão durante todos os anos passados, sendo que ajudamos ao longo dos anos milhares de pessoas que puderam ter suas condições de saúde e qualidade de vida resgatadas. Continuo dando aulas em Ribeirão em diversos lugares. Minha formação é Engenharia Civil, porém desde 1995, abandonei a profissão para dedicar-me
exclusivamente a este trabalho que o Mestre trouxe para nós. Ele mesmo dizia que nós éramos as sementes taoístas e que deveríamos continuar este trabalho de semeadura. O Mestre faleceu na madrugada do dia 03 de fevereiro, que na época era a passagem de ano na China.” Felício Bombonato Professor de Tai Chi Pai Lin Ribeirão Preto - SP taichifelicio@yahoo.com.br “Felicitaciones por la revista! Fui alumna del Maestro Liu Pai Lin y fundadora de la Asociación Tai Chi Pai Lin Argentina. Actualmente doy clases en Buenos Aires y en provincias de la Argentina. Me gustaría recibir las nuevas ediciones.” Marcela Rodas Buenos Aires, Argentina “Fui discípula direta do Mestre Liu Pai Lin e gostaria de receber a revista sobre tai chi.” Brenda Novak Espanha “Sou instrutora do Tai Chi Pai Lin e gostei bastante da edição recebida através de um aluno.” Sônia Heloisa “Tomei conhecimento da Revista Tai Chi Brasil nº 1 e achei fantástico o artigo sobre o Mestre Liu Pai Lin.” Vanda Scandiuzzi Costa “Nosso obrigado ao Prof. Tarcísio pela recomendação. E congratulações pela Revista” Grupo Tai Chi Pai Lin - Bahia “Felicitações pela realização da revista, principalmente por essa edição maravilhosa que apresenta o meu amado Mestre Liu Pai Lin, pois tive a oportunidade de conhecê-lo através do curso de formação aqui no Rio de Janeiro. Enfim, amei a revista, é show!” Regina Coeli “Fui aluna do Mestre Liu Pai Lin e com muita alegria recebi esse exemplar da revista taichibrasil. Parabéns pela iniciativa! Temos um grupo de prática aqui em Botucatu, na Estância Demétria.” Maria Eduarda M.Mendes
“Sou praticante de Tai Chi Pai Lin há pouco mais de 4 anos. Não tive a oportunidade de conhecer Mestre Liu, mas tenho por ele grande estima. Recebi de meu professor, Tarcísio, a revista Tai Chi Brasil. Parabéns! De muita qualidade!”. M. Isabel (Bel) “Sou aluno da Luci Oi, que me enviou a 1º edição da Revista Tai Chi Brasil, a qual confesso que ainda não li, mas já gostei.” Fernando S. C. Guedes “Soy Mercedes Honik vivo medio año en la Bahia y soy seguidora de las enseñaszas del maestro Liu - quisiera recibir la revista estoy muy interesada - Agradezco a Tarciso por habernos enviado a traves de Ernani el material inagural” Mercedes “Sou praticante e desenvolvo um trabalho de formação de profissionais em Tai Chi Pai Lin na Prefeitura de São Paulo. Hoje temos um grande trabalho nesta área que se expande a olhos vistos e caminhamos com pesquisa científica que espero finalizar até dezembro/09. Gostaria de receber as novas revistas e espero poder mandar também os resultados deste trabalho, ok? Parabéns!!!” Luci Lurico Oi São Paulo “Moro em Goiânia desde 2004. Antes morava em São Paulo e frequentava a Associação Pai Lin, onde praticava o tai chi chuan com Jerusha Chang. Atualmente continuo praticando, mas sinto falta das pessoas de São Paulo. Uma amiga me falou sobre a revista e fiquei muito interessada e especialmente feliz com a novidade.” Aldenora Carvalho Goiânia, GO
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Tai Chi Chuan - Família Yang Forma Longa Tradicional Estilo Yang (Parte II) Arthur Dalmaso Professor de Tai Chi Chuan - Estilo Tradicional da Família Yang Espaço Bem Estar (Yoga e Tai Chi Chuan) São Paulo, SP. www.taichichuanyang.org
03 – Lan Chiao Wei You Pan – Acariciar a cauda do pássaro à direita. Do movimento anterior, feche o ângulo do pé esquerdo, apoie todo o peso na perna esquerda e dê um passo arco com a perna direita. Os braços acompanham o movimento do quadril no início da troca de peso, na passagem do peso para a perna esquerda, o braço esquerdo protege o corpo na altura dos ombros, palma para fora e o braço direito arredonda em frente ao corpo como um escudo, palma para dentro, ao passar o peso para a perna direita a mão esquerda acaricia a cauda do pássaro pequeno (um pássaro imaginário pousado sobre o centro do antebraço direito), os dedos da mão esquerda estão afastados do braço direito mais ou menos a distância de um punho. Termine com o joelho direito sem ultrapassar a ponta do pé, a coluna encaixada, o que vai causar ligeira inclinação do tronco à frente formando uma linha reta com a perna esquerda, que não deverá estar totalmente esticada. O braço direito arredondado, palma para cima 45º, emite a energia pan (desviar). Esta é a energia primordial do Tai Chi Chuan, presente em todos os movimentos. Mantenha o olhar firme à frente, lembre-se que seu espírito está nele. 04 – Lu – Rolar para trás. Do movimento anterior, mantenha as pernas fortes e paradas, gire o quadril para a direita até a diagonal, ao mesmo tempo a palma da mão direita vira para fora e a palma da mão esquerda vira para dentro, os dedos da mão esquerda apontam para o centro do antebraço direito. Retorne o quadril para a diagonal esquerda mantendo os braços na mesma posição, somente abaixando-os um pouco (a mão direita está na direita, na altura dos ombros e deve terminar um pouco acima da cintura, na esquerda), ao mesmo tempo que
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gira a cintura, desloque o peso para trás, apoiando-se na perna esquerda e quase esticando a direita. Lu é a segunda energia do Tai Chi Chuan. O olhar acompanha o movimento do quadril. 05 – Chi – Pressionar para a frente. Do movimento anterior, a mão esquerda encosta a palma no meio do antebraço direito, retornando ao mesmo tempo o quadril à frente, arredonde os braços e as costas formando com os braços um grande círculo, empurre o peso à frente até o limite do joelho direito (ou seja, não ultrapassando a ponta de seu pé), com a intenção de pressionar (Chi), esta é a terceira das oito energias do Tai Chi Chuan. . 06 – An – Empurrar. Da postura anterior, separe os braços deixando-os paralelos, altura de ombros, palmas para baixo, passe o peso para a perna de trás (esquerda), ao mesmo tempo traga as mãos próximas ao corpo, palmas para fora, altura da boca do estômago, em seguida empurre o peso à frente até o limite do joelho direito fazendo as mãos erguerem um pouco até altura de ombros, esticando os braços, mantenha os cotovelos apontados para baixo. Esta é a quarta energia (An) do Tai Chi Chuan. 07 – Tan Pien – Chicote simples. Da postura anterior, recue o peso atrás, as mãos agora paralelas ao chão, altura de ombros, prepare-se para um grande giro do quadril 180º, levante a ponta do pé direito e gire para a sua esquerda, apoie seu peso na perna esquerda, o pé direito vem girando até um ângulo de 135º, apoie agora seu peso na perna direita e dê um passo arco com a perna esquerda, as mãos e braços
acompanham o giro do quadril, primeiro a esquerda e depois até a diagonal direita, a mão direita forma um bico, juntando todos os dedos o pulso se quebra para baixo, o cotovelo baixo, o braço esquerdo arredonda na frente do tórax, palma para dentro, leve o braço até a direção do pé esquerdo e avance o peso para a perna esquerda, e o braço esquerdo, mão esquerda, dedos para cima se estende à frente, cotovelo apontado para baixo. O olhar acompanha o movimento do quadril e termina na mesma direção do pé esquerdo.
08 – Ti Shou Shang Shie – Elevar as mãos e dar um passo. Da postura anterior, passe o peso para a perna direita, feche o ângulo do pé esquerdo 45º, girando junto o seu quadril para a direita, apoie todo o peso na perna esquerda, tire o pé direito do chão e retorne o calcanhar no chão num passo cheio e vazio, ao mesmo tempo os braços, as mãos abertas chegam próximas dos ombros, a mão direita um pouco mais alta, ao apoiar o calcanhar direito no chão gire ligeiramente o quadril para a esquerda e feche à frente os braços arredondados, mãos longe do corpo, dedos da mão esquerda apontando para o meio do antebraço direito. 09 – Pai Hou Liang Chuei – Garça Branca estende as asas. Do movimento anterior os dois braços descem para a sua esquerda, ao mesmo tempo gire o quadril para a esquerda, o pé direito gira junto, coloque-o num ângulo de 45٥ em relação a direção anterior, apoie seu peso na perna direita, retire o
pé esquerdo do chão e retorne com a ponta do pé (metatarso) encostada no chão, num outro passo cheio e vazio, os braços giram a sua frente, as palmas se olhando como se segurassem uma grande bola, mão direita embaixo e esquerda em cima, no final do movimento com o pé esquerdo, eleve a palma direita acima de sua cabeça, sem elevar os ombros, palma para fora, passando pela palma esquerda, no meio do corpo, o braço esquerdo vai terminar ao lado da coxa esquerda, palma para baixo, axilas abertas, dedos alongados.
10 – Tsou Lou Xi Au Bu – Defender o joelho à esquerda e empurrar. Do movimento anterior, gire o quadril para a direita abaixando a mão direita que protege o topo da cabeça, ao mesmo tempo levante a mão esquerda que estava ao lado da coxa e faça com que as duas se encontrem na altura do peito, continue levando o braço direito para a diagonal direita e o braço esquerdo a sua frente arredondado, palma para baixo, na altura do quadril, apoiando todo o peso na perna direita dê um passo arco com a esquerda, gire o quadril para a esquerda levando a mão esquerda na direção do joelho esquerdo, palma para baixo e a mão direita vem próxima do seu ombro direito, palma à frente, cotovelo baixo, costas arredondadas, empurre o peso à frente até o limite da perna esquerda e mova simultaneamente o braço direito esticando-o à frente, palma para fora e a mão esquerda até a altura da coxa esquerda, palma para baixo.
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Rádio Corredor - I Prêmio de 1º lugar da Revista Einstein São Paulo, SP O trabalho científico “Efeitos da prática de Tai Chi Chuan na cognição de idosas com Comprometimento Cognitivo Leve”, de autoria de Maria Angela Soci (Diretora da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan - SBTCC), Juliana Yumi Tizon Kasai, Alexandre Leopold Busse, Regina Miksian Magaldi, Priscilla de Moraes Rosa, José Antônio Esper Curiati e Wilson Jacob Filho, foi premiado na categoria Saúde Multiprofissional do Prêmio Professor Eric Roger Wroclawski 2009, da Revista Einstein. Vídeo e texto estão disponíveis no site da SBTCC : www.sbtcc.org.br -----------
Torneio Brasil 2009 de Confraternização entre Praticantes de Tai Chi Chuan Curitiba, PR No dia 27 de setembro aconteceu o “Torneio Brasil 2009 de Confraternização entre Praticantes de Tai Chi Chuan”. Promovido
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pelo SESC Paraná - Unidade Água Verde e a AIPT (Associação Internacional de Praticantes de Tai Chi Chuan), o evento reuniu praticantes de Tai Chi Chuan em Curitiba e teve por objetivo divulgar o Tai Chi Chuan e promover a confraternização entre seus praticantes. Em Curitiba há 327 pessoas vinculados a unidades de ensino da modalidade. No Brasil são pelo menos 3599 praticantes de Tai Chi Chuan. Aberto ao público em geral, o evento iniciou com exercícios suaves de Tai Chi Chi Kung com a participação
evento ocorreu o lançamento oficial da “Revista Tai Chi Brasil” e a posse da nova diretoria da AIPT. Fotos disponíveis em http://picasaweb. google.com/aipt.brasil. -----------
Taijiquan e trabalho com a energia sexual para saúde e desenvolvimento espiritual Salvador, BA
dos presentes. Na sequência, houve demonstrações de Tai Chi Chuan de diversos estilos: Chen, Yang, Wu, Pai Lin, Cheng Man Ching e Lam Kam, com professores de várias escolas de Curitiba, apresentações de Tai Chi Leque, Tai Chi Espada, Tai Chi Sabre, além de apresentações da Dança Chinesa do Leão e da Dança Chinesa do Dragão. Por fim, praticantes do Kung Fu Wu Shu fizeram uma homenagem ao Tai Chi Chuan. Houve ainda premiações, distribuição de medalhas e certificados aos participantes e sorteio de diversos brindes para o público. Durante o
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Sejam bem vindos a participar da palestra com o mestre de Taijiquan Jan Silberstorff, sobre o tema: “Taijiquan e trabalho com a energia sexual para saúde e desenvolvimento espiritual”. Jan é alemão nascido em Hamburgo, campeão mundial de Taiji e o primeiro ocidental na história do Taiji a ser adotado pela família Chen (onde o Taijiquan foi originado) como 20ª geração, sendo também o primeiro estrangeiro a receber medalha no Campeonato internacional de Taijiquan promovido pela Vila Chen. Em 1994 fundou juntamente com Grão -Mestre Chen Xiaowang a “World Chen Taijiquan Association”, que inclui 25 países. Desde 1996 leciona em diversas cidades da Alemanha, Leste Euro-
Rádio Corredor - II peu, Ásia, incluindo um monastério Taoista em Sri Lanka. Em 2003 publicou seu primeiro livro sobre o Estilo Chen de Tai Chi Chuan, lançado pela maior editora alemã, e já editado em três idiomas.Veja mais informações em: http://wcta. com.br
Estiveram presentes participantes de 7 estados do país. O 3º Seminário, a ser realizado em agosto de 2010, concluirá a Forma Antiga. Chen Yingjun nasceu em Chenjiagou no ano de 1976 e começou a aprender
São Paulo, SP
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Mestre Chen esteve no Rio de Janeiro Rio de Janeiro - RJ Chen Yingjun, o segundo filho do Grão-Mestre Chen Xiaowang, esteve no Rio de Janeiro entre 13 e 17 de agosto deste ano, ministrando seu 2º Seminário Internacional de Taijiquan Estilo Chen no Brasil. Na oportunidade, foi ensinada a primeira metade da Forma Antiga (Laojia) e o Mestre fez questão de corrigir pessoalmente a postura de cada aluno, várias vezes.
Capacitação profissional para trabalhos voluntários
Taijiquan aos 8 anos de idade, com seu pai. Hoje, dedica-se integralmente à sua prática e a ensinar o Taijiquan estilo Chen em 8 países de 4 continentes. Mais detalhes em http:// taijiquan.pro.br/seminarios/
A Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan - SBTCC está cadastrando entidades e ONGs que estejam desenvolvendo trabalhos voluntários dirigidos a melhoria da qualidade de vida dos idosos. A proposta da SBTCC é a de oferecer capacitação profissional gratuita nas técnicas complementares do Tai Chi Chuan, dirigida aos profissionais e voluntários que lidem diretamente com essa população. Interessados podem enviar um e-mail aos cuidados da professora Angela Soci, da Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan e Cultura Oriental. Informações: www.sbtcc.org.br; Rua José Maria Lisboa, 612 - sala 07 - Tel:. (011) 3884-8943 - São Paulo - Brasil.
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Tai Chi Chuan - Princípios Os 10 Princípios de Yang Cheng Fu (Parte II) Bruno Davanzo Professor de Tai Chi Chuan www.academiaparamitta.com.br Ponto 2 - Afundar o tórax e retesar as costas. O tórax é naturalmente achatado para o interior e então o “chi” pode submergir ao “Tantien”, contudo, não projete o tórax: o “chi” ficará preso nele e o corpo se tornará mais pesado em cima do que embaixo. O calcanhar ficará bem leve e poderá ser desarraigado do chão. Tensione as costas e o “chi” se crivará nelas; afunde o tórax e você poderá tensionar as costas. Dessa maneira você poderá liberar a força através da espinha e, então será um lutador incomparável. Alguma vez você ouviu o conselho para arrumar sua postura “barriga para dentro, peito para fora”? Talvez ajude, mas o que mais essa postura pode nos trazer? No exército, os soldados são treinados para a guerra, “barriga para dentro peito para fora”. Como uma pessoa nervosa, que estufa o peito e grita, “- Vai encarar?”, chamando para a briga. Lembre das palavras acima “não projete o tórax: o chi ficará preso nele e o corpo se tornará mais pesado em cima do que embaixo.”
Neste momento deixamos nossa energia estagnar, porque a energia do céu não pode descer e a energia da terra não pode subir. Isso é representado no I Ching pelo hexagrama Estagnação. O trigrama superior, que representa o céu, tem movimento ascendente, e o trigrama inferior, que representa a terra, tem movimento descendente. Tensão nos ombros e pescoço, respiração curta são as consequências mais diretas. Mas no Tai Chi Chuan temos esse precioso conselho de Yang Cheng Fu, “Afundar o tórax e retesar as costas”. Considero que esvaziar o peito ou recolher o coração, são sinônimos do afundar o tórax e retesar as costas. Mas o que acontece na maioria das vezes é que estamos com os ombros tensos. Isto acontece porque a pessoa ainda não conseguiu realizar o conselho “O tórax é naturalmente achatado para o interior e então o chi pode submergir ao Tan Tien”, ou seja, afundar o chi para o Tan Tien. Em vários pontos dos Treze Tratados de Chen Man Ching é salientado a importância de Afundar o chi para o Tan Tien. E não só isso,
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manter o chi no Tan Tien pela respiração e pela concentração, isso é cultivar nossa energia. Quando conseguimos isso, os ombros naturalmente relaxam. É bonito de ver! Você pode falar mil vezes para seu aluno relaxe os ombros, mas se ele conseguir afundar o chi para o Tan Tien, então soltar os ombros será completamente natural. Não estamos em guerra, estamos em paz, deixe o seu peito esvaziar, deixe o chi afundar para o Tan Tien. O que pretendemos com o Tai Chi é harmonizar a energia do céu e da terra. O Hexagrama Harmonia é quando o céu (que tem movimento ascendente) está embaixo e a terra (com seu movimento descendente) está em cima, ou seja, a circulação da energia acontece. Afinal, o que eu deveria sentir para o ponto dois estar funcionando? O peito esvazia, sentimos levemente as nossas escápulas e a intenção do movimento pelo Tan Tien fica clara para nós. O Ponto 1 alinhou nossa postura, o Ponto Dois trata de sedimentá-la. A postura da árvore é uma boa opção para sentirmos estes pontos acima. Mas lembre, a energia é dirigida pela mente! Se você está com a mente muito ativa, muitas preocupações, a energia tende a subir. Praticar Tai Chi é meditação em movimento, você traz sua mente de volta para casa, fica presente (lembra do ponto um?). Tudo bem, não conseguimos logo no início, mas com persistência nossa mente fica mais focada e então vamos conseguir afundar e manter o chi para o Tan Tien.
Livros Tai Chi Chuan: Arte Marcial, Técnica da Longa Vida O Tai Chi Chuan, classificado pelos chineses entre as artes marciais, tinha na antiguidade chinesa um significado mais amplo que o atual e indicava igualmente a força de uma pessoa, sua bravura e habilidade. Este livro mostra essa técnica e apresenta a filosofia relaxante e diferente dessa arte milenar. Autora: Catherine Despeux. Editora: Pensamento. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Clássicos do Tai Chi
O grande poder do Tai Chi não pode ser compreendido sem um conhecimento do seu significado interior. Ilustrada, esta obra explica esse significado interior e as técnicas dos movimentos do Tai Chi por meio da tradução de três textos clássicos dessa arte. Os textos são precedidos por três capítulos que explicam como aumentar a energia interior (chi), transformá-la em poder interior (jing) e projetar esse poder interior para repelir um adversário. Autor: Waysun Liao. Editora Pensamento. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Tai Chi - Passo a Passo
O Tai Chi exercita o corpo, acalma a mente e eleva o espírito. Bem ilustrada, Esta obra apresenta programas de exercícios cuidadosamente elaborados e o passo a passo da Forma do Pequeno Círculo que, com uma curta sequência de movimentos lentos e contínuos, incorpora e concilia alguns dos elementos mais importantes que estão presentes nos estilos clássicos de Tai Chi como Chen, Yang, Wu e outros. Autor: Lam Kam Chuen. Editora: Manole. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
QiGong Taoísta
Qigong é uma prática chinesa tradicional de movimento que costuma ser realizada com o intuito de conservar a saúde ou curar doenças específicas. Neste livro, Sat Chuen Hon, médico especializado em medicina tradicional chinesa e mestre de artes de cura taoístas, apresenta um sistema de seis exercícios suaves, porém revigorantes, junto com meditações e vocalizações complementares que podem contribuir para a saúde de modo geral e aumentar o nível de energia. Autor: Sat Chuen Hon. Editora: Pensamento. -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Você pode adquirir essas obras nas melhores livrarias ou pela internet: Livraria Cultura: www.livrariacultura.com.br | Submarino: www.submarino.com.br Amazon: www.amazon.com | Redwing Book Company: www.redwingbooks.com
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Tai Chi - Estilo Lam Kam Forma do Pequeno Círculo (Parte II) Anderson Rosa
fica voltada para a diagonal esquerda, com os dedos voltados para baixo.
Aparar (Esquerda)
17. Levante lentamente a mão direita. Pare com a palma da mão direita voltada para cima e visualize que você está segurando um grande balão entre ambas as mãos.
Instrutor de Qigong http://oraculo.cih.org.br
12. Erga o pé esquerdo levemente do chão, movendo-o para a diagonal esquerda. Apoie apenas o calcanhar no chão, mantendo a ponta do pé ligeiramente levantada. A perna cheia (aquela na qual está 70% aproximadamente do peso do corpo) é a perna direita. Volte a cabeça para a esquerda. No final deste movimento, os pés estão alinhados, formando um ângulo entre os dois calcanhares de 90º. 13. Levante a mão esquerda diante do corpo, cruzando a mão esquerda sob o cotovelo direito e, na continuidade do movimento, cruze os antebraços, sem deixar tocá-los entre si. Acompanhe o movimento com a cabeça. 14. A mão esquerda se ergue em direção à diagonal superior esquerda. Os quadris e o tórax viram juntamente com o braço. A palma da mão esquerda deve ficar voltada para o centro do tórax (VC17). Visualize que está com um grande balão entre o peito e o antebraço. Relaxe o pé colocando os dedos do pé esquerdo novamente no chão, levando o peso do corpo para frente. A mão direita é levada para trás e para baixo, com a palma voltada para baixo, ao lado do quadril. 15. Gire a ponta do pé direito, apoiando-o no chão, virando a perna e o quadril ao mesmo tempo para a diagonal esquerda. O calcanhar esquerdo realiza o movimento deslizando suavemente no chão.
Desviar (Esquerda) 16. Girar o pulso direito, voltando a palma desta mão para a mão esquerda, alinhando-as. Esta mão (a direita)
18. Faça um pequeno círculo com a mão esquerda elevando-a para a diagonal esquerda. Gire o pulso esquerdo, apontando os dedos na sua direção, acima da mão direita. Continue girando o pulso até que os dedos da mão esquerda apontem para baixo. A seguir, eleve a mão, em direção à diagonal esquerda. Pare quando as costas da mão esquerda estiverem à sua frente. 19. Transfira o peso do corpo para o pé direito, flexionando ligeiramente o joelho deixando assim a perna direita como a perna cheia. Abaixe ambas as mãos ao mesmo tempo, como se estivesse puxando lenta e cuidadosamente um grande objeto em direção à barriga. Mantenha a mesma distância entre as mãos durante o movimento. A esquerda continua descendo até que o braço esteja quase reto e a palma da mão voltada para baixo em direção ao pé esquerdo, e a mão direita para diante da parte inferior do abdômen. 20. Mantenha o restante do corpo imóvel, dobrando os cotovelos e erguendo as mãos em direção ao peito. Enquanto elas se movimentam, estique um pouco o joelho direito. Quando as mãos estiverem na altura do peito, junte a base da palma de ambas as mãos. Deixe a esquerda do lado de fora. As bases das palmas das duas mãos juntam-se naturalmente, cruzando-se diante do peito, como uma borboleta de asas abertas. Os braços devem ficar ligeiramente dobrados. A distância entre as mãos e o centro do peito deve ser o suficiente para acomodar um balão semelhante ao tópico 14.
Para saber mais: Mestre Lam Kam Chuen - lamkamchuen.com
Elli Nowatzki
Professora de Tai Chi Chuan Curitiba - Paraná ellitaichi@gmail.com Tel: (41) 9164-3184 22
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Tai Chi - Trajetória Aprendendo com o Mestre Hu Hsin Shan Estevam Ribeiro Professor de Tai Chi Chuan cxwtabr@gmail.com Mestre Hu foi meu primeiro professor de Tai Chi. Um dos pioneiros do Tai Chi no Brasil e, com certeza, o pioneiro do estilo Yang tradicional no Rio de Janeiro Na época em que o conheci, em finais de 1974, eu já tinha um passado em artes marciais. Já tinha praticado Judô, Jiu Jitsu, Capoeira e Kempo dos animais. Meu professor de Kempo, Joo Brito, estava se mudando para São Paulo. Quando lhe perguntei como poderia continuar a treinar, e com quem, ele me sugeriu que, embora não sendo o mesmo que Kempo dos animais, eu fosse fazer Tai Chi Chuan, pois as duas artes cultivavam as mesmas energias e filosofia. Eu não fazia ideia do que era Tai Chi, muito menos com quem treinar... O Joo na época era casado com uma filha do mestre Hu e me indicou seu sogro como sendo o melhor professor que eu poderia encontrar. Mestre Hu dava aulas às 6hrs da manhã em frente ao MAN, no Aterro do Flamengo. Eu estava cursando faculdade noturna na época e acordar tão cedo não me parecia uma boa ideia. Ainda assim resolvi arriscar. Era a época do seriado de tv Kung Fu, com David Carradine, e as artes marciais chinesas estavam começando a entrar no Brasil. Junto com elas uma nova filosofia que adequava a arte marcial à ideia de paz, tão em voga no movimento hippie. Ao assistir pela primeira vez o mestre Hu fazendo Tai Chi, eu percebi de imediato que era aquilo que eu vinha procurando. A união perfeita entre uma arte marcial, uma filosofia equilibrada, além de ser de uma expressão de beleza única, tranquila, pacífica e , ao mesmo tempo, alerta. Nas primeiras aulas fiquei impressionado com a questão da precisão. Embora no Judô eu já houvesse entrado em contato com a precisão japonesa, agora as coisas pareciam infinitamente mais detalhadas e não tão claras. O fato de o mestre Hu só falar chinês dava espaço para a nossa imaginação, mas seu pragmatismo chinês colocava nossos pés no chão seguidamente. Sua didática era por vezes extremamente árida para a maioria dos alunos que, por serem como eu, hippies, buscavam mais uma espécie de Yoga em movimento do que propriamente uma arte marcial. Esbarravam com o fato de que o mestre não dava muita ênfase a este aspecto. Estudei mais intensamente com mestre Hu entre 1975 e 1981, quando me mudei para Nova Friburgo. No começo o Tai Chi era uma arte que não me convencia em termos marciais, não pelo mestre Hu, que foi muito bom, nem pelos meus colegas, que sempre dedicados à prática acabaram por entender do que se tratava.
O que me incomodava era a didática que me parecia por demais complicada. Enfim, eu mesmo não tinha maturidade para entender que o Tai chi é assim mesmo. Ele tem um currículo mais extenso, mas, no final, ele se faz valer igual e com algumas vantagens que outras artes não dispõem, como por exemplo, você poder praticá-lo o resto da vida e nunca Fotos: Acervo/Estevam Ribeiro
Mestre Hu com 102 anos e Estevam Ribeiro. piorar, só melhorar. Fato este que somente as grandes artes, como a pintura, música, literatura etc, conseguem produzir. Depois de treinar por dois anos, 3 vezes por semana pela manhã, eu resolvi intensificar, praticando além da manhã, à noite também. Foi quando conheci os alunos mais avançados, como Marcio Lacerda, Eduardo Brandão e Laerte, que muito me ajudaram, pois na turma da noite o pessoal era menos hermético e conversávamos a respeito desta arte, que para todos nós era ainda um mistério se revelando. Todos nós seguíamos e acreditávamos no que o mestre dizia, mas também questionávamos e lutávamos praticando em dupla, o que na forma nos parecia muito solitário. Mestre Hu sempre foi muito exigente com relação a princípios e bases, por isso perdeu muitos alunos que vinham procurar no Tai Chi um “relaxamento”.
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Nesta época não havia vídeos, poucos livros e a China estava muito mais fechada, portanto o que o mestre dizia era lei. Era impossível ter discernimento entre o que seria Tai Chi ou a opinião pessoal do mestre. Nós nem sabíamos que existiam outros estilos e também não tínhamos ideia de linhagens ou como o Tai Chi tinha ou não a ver com o resto do currículo que o mestre ensinava, como vários estilos de Shaolin, Pa Kua e Hsin Yi. Para nós, os outros estilos eram prérequisitos do Tai Chi. Certas posturas que aprendíamos com ele tornaram-se regras em relação ao que seria um Tai Chi correto. Por exemplo, a posição da coluna vertebral. Todos achavam que uma coluna inclinada não era correta. Mais tarde, ao entrar em contato com o estilo Wu, eu descobri que não só era correto neste estilo como também no estilo Yang. Outra questão técnica era se devíamos reposicionar o pé, pivotando no calcanhar, como defendia o mestre Hu, ou no peito do pé, como mais tarde ficamos sabendo através das formas modernas (24 Posturas, 48 e 42), assim como o próprio estilo Yang tradicional de Fu Zhong Wen. A aula começava com as bases estáticas, os ZHANG ZHUAN; em seguida vinha o treinamento básico de chutes e socos, completado pelo TAN TUI, arte externa de origem sino muçulmana geralmente usada como treinamento de crianças para desenvolver força, coordenação e velocidade. Depois os alunos se dividiam em grupos para treinar os seus níveis de prática atuais. A maioria continuava treinando diferentes formas de Shaolim, uns poucos Hsin Yi e outros Tai Chi. Como eu era jovem, mestre Hu queria que eu praticasse Tan Tui, que eu achava, apesar de bonito de olhar, chato de fazer..., então, quando eu via que ele estava distraído, eu ia para o grupo do Tai Chi. Quando ele descobria, me mandava de volta para o Tan Tui, não antes de me dizer “aluno burro!”, uma das únicas expressões que ele sabia em português, da qual eu não era o único a ouvir. O mestre usava e abusava dela.
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Mas de tanto insistir, ele acabou percebendo que eu realmente gostava de Tai Chi e resolveu então me ensinar. Nas primeiras aulas ele já deixou claro que eu necessitaria de certa tenacidade se quisesse aprender com ele. Logo na primeira semana, depois de me ensinar os 3 primeiros movimentos, ele repetiu umas tantas vezes até achar que eu podia repeti-los sozinho e mandou eu ficar repetindo só estes 3... Depois de uns 15 minutos eu já sentia que era o bastante, que eu já tinha decorado, então quando ele não estava olhando, eu me juntava ao grupo mais avançado para seguir a sequência. Quando ele percebeu, me chamou de volta e recomeçou a repetir comigo apenas aqueles 3 primeiros movimentos, só que desta vez ele repetiu durante uns 35 minutos e, no final, quando faltava pouco para acabar a aula e minhas pernas já estavam tremendo, ele olhou para mim e mandou continuar por mais um tempo, como se dissesse: se ele, que era mestre, via importância em repetir estes movimentos básicos, como um aluno iniciante como eu poderia achar que já tinha aprendido? Mestre Hu ensinava o estilo Yang, assim como todos os mestres pioneiros do Tai Chi no Brasil, entretanto, como só fui descobrir anos depois, a forma ensinada por ele era a que mais se aproximava do estilo Yang ensinada pelos mestres tradicionais YANG ZHENG DUO e o mestre FU ZHONG WEN. Mestre Hu, como a maioria dos chineses, não gostava de expor sua vida pessoal; quando uma vez estávamos especulando qual seria seu signo astrológico, ao tomar conhecimento da nossa curiosidade nos respondeu: devagar, devagar... Sua avaliação da qualidade de qualquer tipo de kung fu era fundamentalmente com relação à base do praticante. Ele mostrava certo desdém quando se tratava dos exibicionistas de movimentos espetaculares, mas de bases incorretas. Este fato gerou um grupo de professores capaz de receber, absorver, valorizar e divulgar os ensinamentos dos mestres CHEN XIAO WANG e YANG ZHENG DUO, através de dois alunos do mestre Hu, eu, Estevam Ribeiro, e Marcio Lacerda, respectivamente, representantes destes mestres no Rio de Janeiro. Atualmente, o mestre Hu é representado por seu neto, Jaime Chang. Nosso querido mestre deixou como maior legado a estrutura de base, que serviria de referência diferencial dos seus alunos e sua escola.
Opinião
O Ponto Sutil (Parte II)
Ao aluno que entra em uma academia, deslumbrado com as demonstrações de desempenho físico, amiúde escapa o processo pelo qual haverá de passar. O indivíduo se inscreve em uma academia para aprender a lutar, para adquirir saúde ou para “manter-se em forma”. Imperceptivelmente, seu caráter se aprimora, sua mente torna-se mais tranquila e sua autoconfiança mais profunda! Autores como Joe Hyams (de “O Zen nas Artes Marciais”, editado pelo Pensamento), encontram nas artes marciais uma filosofia de vida, um caminho para a interioridade e para o autoconhecimento. Outros, como Robert Pater (“As Artes Marciais e a Arte da Gerência”, editado pela Record), encontram nesse caminho - que desenvolve a avaliação intuitiva e estimula a concentração forças para superar as pressões e vencer os desafios do mundo dos negócios. Como pode ser isto? A pedagogia tem por base a antropologia. Na tradição oriental o homem é tratado como um ser unitário e, por isso, está inserido em uma pedagogia globalizante. Há um conjunto variado de caminhos para se atingir um único fim: a realização da verdadeira essência humana. Podemos dizer que, enquanto o Ocidente procura compreender o ser humano nas suas várias manifestações, e por isso desenvolve uma filosofia, uma pedagogia, uma psicologia e assim por diante, o Oriente optou por uma visão unitária e integral do homem, tendo desenvolvido o conceito do Tao, um caminho para a virtude. Esse caminho pode, teoricamente, ser trilhado em qualquer atividade humana. A tradição, porém, consagrou algumas que se tornaram clássicas. São elas os caminhos ou artes: - da paz (Tai Chi Chuan); - dos arranjos florais; - da cerimônia do chá; - cavalheiresca do arqueiro; - de conduzir a espada; - da caligrafia; - da pintura; - do paisagismo; - da convivência; - de educar; - da guerra (ou das artes marciais).
Quanto à última, vale observar que o sufixo nipônico “DO”, incorporado ao radical que muitas artes marciais daquele país (como em Judô, Kendô, KarateDô, Aiki-Dô etc.), pode ser traduzido por “CAMINHO”. Não se faz necessário acrescentar que a seriedade de propósitos presente nas artes marciais exige a preparação dos profissionais competentes (instrutores, professores e mestres realmente qualificados). Eles precisam, necessariamente, ter ao menos iniciação real - isto é, espiritual, ética - no Caminho. Daí o grave perigo representado pelas academias clandestinas e por mestres “improvisados”: o aluno, em ambientes formados a partir de tais elementos, sofrerá no corpo e na mente a influência nefasta de uma instrução irresponsável. O esforço que se faz atualmente para reunir as entidades e filiar os profissionais em associações e em federações visa prevenir esses males. Não há cursos, deve-se dizer, que formem mestres no sentido clássico da palavra: estes formados pela prática e pela retidão espiritual, que é um atributo personalíssimo. Mas frequentando uma academia regida por um professor que possua o aval de uma associação ou federação, pode-se ter a segurança de se estar evitando os efeitos nocivos da instrução errada. Com este objetivo - de bem formar quem pratica artes marciais - desenvolvemos nosso trabalho à frente da SENDA - Escola de Arte Marcial Chinesa. Sem perder a tradição filosófica do Kung Fu, procuramos incorporar elementos que as ciências do comportamento e da saúde (Educação Física e Psicologia) podem oferecer para uma maior eficiência na transmissão de uma das mais antigas e tradicionais artes marciais chinesas. Por Jorge Jefremovas Professor de Educação Física e Psicólogo. Praticante de Kung-Fu Tradicional, Tai-Chi-Chuan e Chi Kung há mais de trinta anos. Discípulo do grão-mestre Chan Kowk Wai www.shaolincuritiba.com.br
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Tai Chi Chuan - Níveis Os Cinco Níveis de Habilidade no Taijiquan (Parte II)
Eduardo Molon Secretário-Geral da World Chen Xiaowang Taijiquan Association Brasil - Bahia molon@taijiquan.pro.br | http://taijiquan.pro.br
Este texto foi dividido em cinco partes para publicação. Cada uma delas trata de um dos cinco níveis mencionados. O texto é de autoria do Grão-Mestre Chen Xiaowang e foi traduzido para o português sob sua autorização expressa. Publicado originalmente em: http://taijiquan.pro.br
O segundo nível de gongfu (kung fu)
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joelhos, e quadris e ombros). Simultaneamente deve O nível começando do último estágio do primeiro haver um movimento de fechar igual e oposto de uma nível, quando o praticante pode sentir o movimento da outra parte do corpo e vice-versa. Movimentos de abrir energia interna qi, e que vai até o estágio inicial do terceiro e fechar vêm juntos e complementam-se mutuamente. nível, é chamado de segundo nível de gongfu. O segundo Secundariamente, quando praticando pode-se achar difícil nível de gongfu consiste em reduzir defeitos como: força controlar diferentes partes do corpo simultaneamente. Isto jin rígida produzida durante a prática; força em excesso ou significa que uma parte do corpo pode estar se movendo insuficiente e movimentos mal coordenados. O objetivo mais rapidamente que as outras, o que resulta em exercer disto é garantir que a energia interna qi mover-se-á excesso de força; ou que uma parte pode estar se movendo sistematicamente no corpo de acordo com as exigências mais lentamente que as outras ou sem força suficiente, de cada movimento. Eventualmente isto deve resultar no o que resulta em não exercer força suficiente. Ambas as fluxo suave do qi dentro do corpo e numa boa coordenação situações contradizem o princípio do taijquan. É requerido que todos os movimentos no taijiquan Chen não se desviem do qi interno com os movimentos externos. Após conquistar o primeiro nível de gongfu, do princípio de ‘força de espiralar a seda’ ou chansijing. deve-se ser capaz de praticar com facilidade de acordo De acordo com a teoria do taijiquan, o ‘chansijing origina-se dos rins e em todo momento é com os requisitos preliminares dos movimentos. O estudante é capaz “ao praticar taijiquan encontrado em todas as partes do corpo’. No processo de aprender taijiquan, o de sentir o movimento da energia todas as partes método de movimento de espiralar a seda interna. No entanto, o estudante pode (isto é, o método de movimento de torcer e não ser capaz de controlar o fluxo do corpo devem espiralar) e a força de espiralar a seda (isto de qi no corpo. Há duas razões para estar bem é, a força interna produzida pelo método isto: primeiramente, o estudante não de movimento de espiralar a seda), podem dominou precisamente os requisitos coordenadas ser estritamente dominados através do específicos para cada parte do corpo e com o resto” relaxamento dos ombros e cotovelos, peito a sua coordenação. Como um exemplo, e cintura tanto quanto da região do huiyin se o peito estiver excessivamente relaxado para baixo, a cintura e as costas poderão não e dos joelhos e usando a cintura como um pivô para mover estar retas, ou se a cintura estiver relaxada demais o peito todas as partes do corpo [nota do tradutor: neste contexto e as nádegas podem ficar protuberantes. Assim, deve-se e a seguir, “cintura” refere-se ao centro do corpo, e não ao garantir estritamente que os requisitos para cada parte que chamamos de cintura no Ocidente]. Começando com do corpo sejam obedecidos de modo que estas movam- uma rotação das mãos no sentido inverso, as mãos guiam se em uníssono. Isto permitirá que o corpo se “feche” ou os cotovelos que por sua vez guiam os ombros que por sua una-se de uma maneira coordenada (que significa união vez guiam a cintura (a parte da cintura correspondente ao coordenada externa e interna. União interna implica a lado do ombro que está sendo movimentado. Na verdade, união coordenada de: coração e mente, energia interna o fato é que a cintura ainda é o pivô do movimento). Por e força, tendões e ossos. União externa dos movimentos outro lado, se as mãos giram no sentido direto, a cintura implica união coordenada de: mãos e pés, cotovelos e deve mover os ombros, os ombros movem os cotovelos, e
os cotovelos por sua vez movem as mãos. Para a metade superior do corpo, os punhos e braços devem aparentar estarem girando; enquanto que para a metade inferior do corpo o tornozelo e a coxa devem parecer estarem rodando; enquanto o tronco, a cintura e as costas devem parecer estar virando. Combinando os movimentos das três partes do corpo devemos visualizar uma curva rodando no espaço. Esta curva origina-se nas pernas, tem o centro na cintura e termina nos dedos. Na prática da forma, se alguém se sente desajeitado durante um movimento, deve ajustar a cintura e as coxas de acordo com a sequência de fluxo do chansijin para atingir coordenação. Desta maneira, qualquer erro pode ser corrigido. Assim, enquanto presta atenção aos requisitos para cada parte do corpo para atingir total coordenação do corpo todo, o domínio do ritmo do método de movimento de espiralar a seda e da força de espiralar a seda é a maneira de resolver conflitos e auto-corrigir qualquer erro ao praticar taijiquan após atingir o segundo nível de gongfu. No primeiro nível de gongfu, começa-se aprendendo as formas, e quando se está familiarizado com as formas, o estudante pode sentir o movimento da energia interna no corpo. O estudante pode ficar muito entusiasmado e nunca sentir-se cansado ou entediado. No entanto, ao entrar no segundo nível de gongfu, o estudante pode sentir que não há nada de novo para aprender e ao mesmo tempo enganar-se quanto à certos pontos importantes. O estudante pode não ter dominado estes pontos principais com precisão e assim achar os movimentos destes desajeitados. Ou, por outro lado, o estudante pode achar que pode praticar a forma fluidamente e expressar força com muito vigor, mas não consegue aplicá-la durante o tuishou. Por causa disso, pode sentir-se entediado em breve, perder a auto-confiança e desistir totalmente. A única maneira de atingir o estágio onde se consegue: produzir a quantidade certa de força, nem muito macia nem muito dura; mudar as ações segundo se deseja; e girar com facilidade, é ser persistente e aderir estritamente aos princípios. Deve-se treinar duro a forma para que os movimentos do corpo estejam bem coordenados, e com ‘um único movimento pode-se ativar movimentos em todas as partes do corpo’, estabelecendo então um sistema completo de movimentos. Há um ditado comum: `se o
princípio não é claramente compreendido, consulte um professor, se o caminho não é claramente visível, busque ajuda de amigos’. Quando os princípios e os métodos são claramente compreendidos, com a prática constante eventualmente o sucesso será obtido. Os clássicos do taijiquan afirmam que ‘todos podem atingir o supremo, se se trabalha duro’. E ‘se se persiste, finalmente atingirse-á a transformação súbita’. Geralmente, a maioria das pessoas pode adquirir o segundo nível de gongfu em aproximadamente quatro anos. Quando se atinge o estágio de poder experimentar um fluxo contínuo de qi no corpo, subitamente compreende-se-o (o comando do qi) totalmente. Quando isto acontece, fica-se cheio de entusiasmo e confiança e continua-se praticando. Pode-se mesmo sentir uma vontade forte de praticar continuamente, sem parar. No início do segundo nível de gongfu a habilidade marcial atingida é aproximadamente a mesma que no primeiro nível de gongfu. Ela não é suficiente para aplicação real. No final do segundo nível de gongfu está-se próximo de atingir o terceiro nível de gongfu, e assim a habilidade marcial pode ser aplicável em uma certa exensão. Os próximos parágrafos descrevem a habilidade marcial que seria atingível no meio do segundo nível de gongfu (assim como nos artigos seguintes para o terceiro, quarto e quinto níveis de gongfu. Eles são discutidos com referência à habilidade atingível no meio de cada nível). O tuishou e a prática do taijiquan são inseparáveis. Quaisquer defeitos que se tenha na prática da forma aparecerão como fraquezas durante o tuishou, dando oportunidade ao oponente de aproveitar-se delas. Por causa disto, ao praticar taijiquan todas as partes do corpo devem estar bem coordenadas com o resto, e não deve haver quaisquer movimentos desnecessários. O tuishou requer que repelir, agarrar, pressionar e empurrar para baixo sejam executados tão precisamente que as partes superior e inferior do corpo movam-se coordenadamente e então seja difícil para o oponente atacar. Como diz o ditado, ‘não importa quão grande seja a força sobre mim, eu mobilizo quatro onças de força para defletir mil libras de força’. O segundo nível de gongfu almeja atingir um fluxo contínuo de qi no corpo através da correção das posturas de modo a atingir
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o estágio no qual o qi penetre todo o corpo passando por todas as juntas como se estivesse sequencialmente ligado. No entanto, o processo de ajustar as posturas envolve movimentos desnecessários ou descoordenados. Assim, nesse estágio, não é possível aplicar a habilidade marcial à vontade durante o tuishou. O oponente concentrar-se-á em procurar por estas fraquezas, ou ele pode ganhar ao surpreender o praticante cometendo erros como forçar em excesso, colapsar, atirar e confrontar força. Durante o tuishou, o avanço do oponente não permitirá que se tenha tempo para ajustar os próprios movimentos. O oponente fará uso do seu ponto fraco para atacar de modo que se perca o equilíbrio ou se seja forçado a recuar para repelir a força que avança. No entanto, se o oponente avança com menos força ou mais lentamente, pode haver tempo ou oportunidade para fazer ajustes e pode ser possível repelir
o ataque de maneira mais satisfatória. Da discussão acima, para o segundo nível de gongfu, depreende-se que quando se está atacando ou bloqueando um ataque, muito esforço é necessário. Frequentemente será uma vantagem fazer o primeiro movimento, aquele que se move depois estará em desvantagem. Neste nível, não é possível ‘esquecer’ de si mesmo e ‘jogar com o oponente’ (não atacar mas ceder ao movimento do oponente); não é possível aproveitar uma oportunidade e responder à mudança. Pode-se ser hábil o suficiente para mover-se e repelir um ataque, mas pode-se cometer erros facilmente como atirar, colapsar, forçar em excesso ou confrontar força. Por causa disso, durante o tuishou, não é possível mover-se de acordo com a sequência de repelir, agarrar, pressionar e empurrar para baixo. Alguém com este nível de habilidade é descrito como ‘20% yin, 80% yang: um novato indisciplinado’.
Aprendendo Chinês Traço a Traço: Gong Fu (Kung Fu) Gong (Kung):
: Fu:
: Chang Yuan Chiang Professor do Curso do Idioma Chinês (Mandarim) CELIN (Centro de Línguas e Interculturalidade) Universidade Federal do Paraná chang.yu@terra.com.br
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Para a Ciência... Avaliação das mudanças da frequência cardíaca, noradrenalina, cortisol e aspectos psicológicos de praticantes do Tai Chi
Department of Psychology, La Trobe University, Bundoora, Victoria, Australia. Por Jin P.
O objetivo da pesquisa foi a avaliação das mudanças nos aspectos psicológicos e fisiológicos de praticantes do Tai Chi (33 iniciantes e 33 já praticantes). Os três braços da pesquisa foram: experiências (novatos vs praticantes), tempo (manhã vs tarde vs noite) e fase (antes de Tai Chi vs durante Tai Chi vs depois de Tai Chi). Esta fase foi uma variável de medidas repetidas. Os dados preliminares concluíram que a prática de Tai Chi elevou a frequência cardíaca, a excreção noradrenalina em urina e diminuiu a concentração de cortisol salivar. Em relação ao obtido, os dados resultaram em menos tensão, depressão, raiva, fadiga, confusão e ansiedade, os pesquisados sentiram-se mais vigoroso e em geral eles tiveram menos distúrbio do humor. Os dados sugerem que a prática do Tai Chi resulta em ganhos que são comparáveis aos achados com exercícios de intensidade moderada. Há necessidade de pesquisas mais específica para constatar se a prática do Tai Chi tem efeitos além desses associados aos exercícios físicos.
Referência PMID: 2724196 [PubMed - indexed for MEDLINE] 1: J Psychosom Res. 1989;33(2):197-206. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2724196 NCBI – PubMed – www.pubmed.gov U.S. National Library of Medicine and the National Institutes of Health Versão para o idioma português Levis Litz
Revisor Técnico Marcelo Sato Médico - CRM: 17.790 – PR Professor de Farmacologia da PUC – PR
Pratique tai chi chuan - faz bem para a saúde! www.RevistaTaiChiBrasil.com.br
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Ponto de Vista O Tao de Nossa Crise Econômica (Parte I) dos Estados Unidos
Bill Douglas Fundador do Dia Mundial do Tai Chi & Chi Kung (World Tai Chi & Qigong Day) billdouglas@worldtaichiday.org | http://worldtaichiday.org/
Tradução para o idioma português: Levis Litz
O “Dia Mundial do Tai Chi & Qigong” (World Tai Chi & Qigong Day) logo se expandirá para centenas de cidades em mais de 65 nações e todos os 50 estados dos Estados Unidos da América. Poderemos oferecer algo que pode beneficiar profundamente nossa economia nacional e global. Como? O idiograma chinês para “crise” é composto de dois outros caracteres, “perigo” e “oportunidade”. Se deixarmos, esta crise econômica pode levar a uma mudança de paradigma que não apenas criará um mundo muito mais equilibrado e sadio, mas também assegurará um planeta sustentável e agradável para nossos filhos e netos. À parte do que a maioria pensava, nosso planeta está drasticamente “fora de equilíbrio” há muito tempo. A MTC (Medicina Tradicional Chinesa), por milhares de anos, enfatizou a necessidade de equilíbrio para assegurar a saúde individual, da comunidade e saúde global. O que eu quero dizer com “fora de equilíbrio”? Você poderia me perguntar. Minha esposa é de Hong Kong, enquanto cresci numa época de muita riqueza em Kansas Ocidental (Estados Unidos). Não éramos ricos e nem de classe média alta, mas mesmo assim em nosso belo mundo azul nós tivemos o bastante, nunca passamos fome e fizemos viagens longas de carro sempre que meu pai tinha tempo, pois a gasolina era barata. O que eu não sabia era que, no outro lado do planeta, uma menina jovem com quem eu iria um dia casar, experimentava um mundo onde recursos eram muito escassos. Meus pais entenderam isso, de suas experiências na Grande Depressão. No entanto, pensei que seus pontos de vista eram coisas do passado e quando eu, eventualmente, encontrei e casei com
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Angela Wong, pensei que seu ponto de vista não era relevante ao nosso mundo moderno. Angela, como meus pais, incentivou-me a não “desperdiçar”. Para não desperdiçar energia, combustível, toalhas de papel ou qualquer outra coisa. Ensinou-me que tudo que nós consumimos são mercadorias preciosas. Ri dela durante décadas. Eu não fico mais rindo. Mudei. Desde o impacto do colapso inicial da nossa economia a meses atrás, uso uma pequena parte de uma toalha de papel para me enxugar. Tenho um Prius híbrido (modelo de carro da Toyota) e, para ser sincero, gosto de ver quantas milhas ele pode fazer, espremendo cada litro de gasolina. Tenho vidraças duplas nas nossas janelas, isolei termicamente nossa casa e comprei eletrodomésticos e lâmpadas que poupam energia. Eu não deixo mais uma porta aberta quando o aquecedor ou o condicionador de ar estão ligados e aprendi a conviver com o clima mais quente no verão e o frio no inverno. Não vivo miseravelmente, nem vivo menos confortável, eu apenas me desafio a ser eficiente. Estou crescendo com esta experiência. Estou me tornando uma nova pessoa, uma pessoa mais consciente. Esta crise tem sido uma oportunidade, a qual fui impulsionado pela exposição a um perigo de tensão econômica. Em conversa com amigos, acredito que há milhões, talvez dezenas de milhões de americanos (estadounidenses) fazendo a mesma coisa agora. Então, quando consigo usar uma toalha de papel ao invés das dez toalhas de papel que desperdiçava antes, eu “tornei-me consciente,” sei que dezenas de milhões de toalhas de papel estão sendo poupadas através da nossa nação. Dezenas de milhões de litros de gasolina estão sendo economizadas.
Gotas de Sabedoria “O praticante do Tai Chi Chuan vive de modo diferente o mesmo movimento: o movimento não muda, muda a maneira de vivê-lo.” Anna Maria Sannino
“A escola interna tem como seu principal representante o Tai Chi Chuan, o qual se baseia na meditação Taoísta e no I Ching, o livro das Mutações, considerado como um dos primeiros esforços da mente humana para situar-se no Universo.”
“O Céu gera, a Terra nutre, o Homem executa. Na prática do Tai Chi Chuan cada gesto, cada deslocamento, cada componente físico e cada atitude mental estão impregnados dessa tomada de consciência.”
Roque Severiano
Roland Habersetzer
Livro: Métodos do Trabalho Corporal na Psicoterapia Junguiana
“Na filosofia do Tai Chi Chuan, as raízes estão nos pés, a execução nas pernas, o controle na cintura, a materialização nas mãos e nos dedos.”
“Com a prática diária, você vai descobrir que incorporou os princípios do tai chi ao cotidiano; sentado, andando, de pé ou deitado, você perceberá que está vivendo de um modo novo, fácil e belo.”
Wong Kiew Kit
Lam Kam Chuen
O Livro Completo do Tai Chi Chuan
“Chegará um momento em que a disciplina e a perseverança na prática do Tai Chi levarão o discípulo à prazerosa percepção de que ele não mais executa, mas se torna o próprio movimento.” José Milton de Oliveira
Livro: Tai Chi - Saúde do Ser
Livro: Tai Ji Quan
Livro: O Espírito das Artes Marciais
Livro: Tai Chi - Passo a Passo
“O t´ai chi pode ser praticado diariamente, em nossos movimentos cotidianos; não é algo separado que se faz só pela manhã.” Al Chung-liang Huang
Livro: Expansão e Recolhimento A Essência do T´ai Chi
“Na Serenidade, o homem descobre a abundância da Natureza: tudo aquilo de que necessita pode lhe ser dado, sem pedir ou roubar de seu semelhante.” Jerusha Chang
Pequeno Livro do Tao
Zhang Sanfeng Foi um monge, um ser lendário, associado ao monastério taoísta das Montanhas Wudang, na província de Hubei, na China. Uma das lendas mais populares conta que o mestre Zhang Sanfeng vivia num templo no Monte Wudang, onde já havia desenvolvido um encadeamento de arte marcial denominada “Os 32 Estilos do Punho Longo de Wudang”. Ao observar o combate entre um grou (tipo de garça) e uma serpente, ele teria desenvolvido As 13 Posturas Fundamentais do Tai Chi. Assim constatou como a flexibilidade se sobrepôs à rigidez e compreendeu como esta alternância entre o Yin e o Yang (que juntos representam a união e complementaridade entre os opostos) estão presentes na natureza. Desta forma, segundo alguns estudiosos, teria surgido a base da arte marcial interna que passaria a ser conhecida como Kung Fu (Gong Fu) Interior com os conceitos de arte marcial da escola interna: a origem do Tai Chi Chuan (Tai Ji Quan), Pa Kua (Ba Gua) e Xing Yi (Hsing Yi). Entretanto, Zhang Sanfeng ou Chang San Feng é mencionado em diversas fontes literárias de forma contraditória, por isso lhe foi atribuído um caráter mitológico; não real. Pesquisadores afirmam ter constatado diferentes datas de seu nascimento: Zhang Sanfeng teria nascido no ano de 960 ou de 1247 ou ainda, em 1279. Embora muitos pesquisadores sérios considerem Chang Sangfeng apenas como uma lenda, há na China alguns monumentos erigidos em sua homenagem e documentos do século XIX, que fazem parte do acervo das famílias Yang e Wu, nos dizem que o nome do mestre de Zhang Sanfeng era na verdade Xu Xuanping, um poeta eremita taoísta da Dinastia Tang e habilidoso em Tao In (Dao Yin): termo chinês relacionado a técnicas de meditação de origem taoísta desenvolvida na China. Referência - Para saber mais: . Kit, Wong Kiew. “Livro Completo do Tai Chi Chuan”. Editora: Pensamento. . Wikipédia. “Chang San-Feng”. Em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Chang_San_Feng. . Wong, Eva. “Cuentos de los inmortales taoístas: sabios, magos, divinos y alquimistas”. Ediciones Paidos Iberica. . Ilustração/Chang San-Feng: domínio público por ter expirado o correspondente direito de autor. Segundo as leis no Brasil, na União Europeia, nos Estados Unidos e em outros países, o direito de autor se expira passados 70 anos da data de seu falecimento.