Ciência no câmpus

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Como a pesquisa universitária traz bom senso e conforto à sociedade

Brincando com o céu: projeto leva estudantes para conhecer as estrelas

Pesquisa com recicláveis agrega valor ao lixo e profissionaliza artesãos



UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

Reitor Herman Jacobus Cornelis Voorwald Vice-reitor Julio Cezar Durigan Pró-reitor de Administração Ricardo Samih G. Abi Rached Pró-reitora de Pós-Graduação Marilza Vieira Cunha Rudge Pró-reitora de Graduação Sheila Zambello de Pinho Pró-reitora de Extensão Universitária Maria Amélia Máximo de Araújo Pró-reitora de Pesquisa Maria José S. M. Giannini Secretária-geral Maria Dalva Silva Pagotto Chefe de Gabinete Carlos Antonio Gamero Edição e Diagramação Márcia Tiemi Matsumoto Samantha Sasha de Andrade Repórteres Adriana Salgado Aline Pádua Alisson Lopes Bárbara Figueiredo Laís Semis Millena Grigoleti Jornalista Responsável Ângelo Sottovia Aranha MTB 12.870 Produzida por estudantes de Comunicação Social-Jornalismo da Unesp - Câmpus Bauru Bauru - Dezembro/2011

Editorial

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pesquisa universitária parece distante, mas, ao mesmo tempo, está próxima da realidade da sociedade da qual fazemos parte. Os pesquisadores têm as mesmas preocupações do dia-a-dia como qualquer cidadão e podem colocar no papel e, por que não, em prática, questões e respostas para as problemáticas do cotidiano, por mais diversas que sejam. Esta revista reúne algumas pesquisas e seus resultados que mais se aproximam da realidade da população, tratando com linguagem facilitada de temas que seriam lidos por poucos e com maior proximidade à vida acadêmica e universitária. A universidade é uma instituição que deve trabalhar para o bem das pessoas, buscando desvendar e solucionar questões que são do interesse de amigos, vizinhos e de todo o cidadão, inclusive, aqueles que não teriam acesso ao conhecimento científico. Na parte voltada à Faculdade de Engenharia, temos os projetos que competem no AeroDesign e desenvolvem aeromodelos, adaptados para carregar cargas sob diferentes circunstâncias. Também na área de engenharia, uma pesquisa que averigua os impactos que a construção de hidrelétricas pode causar.

A Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação apresenta iniciativas bonitas aos olhos e ao bolso: reciclagem, atendimento gratuito com psicólogos, jornais comunitários de Bauru, planejamento para uma melhor vivência na própria cidade. A Faculdade de Ciências pensa na Terra e fora dela também. A sessão mais verde da revista apresenta iniciativas ecologicamente corretas, como na matéria sobre agricultura; que mostra como o bambu pode substituir a madeira e muito mais. A equipe fez o possível para entregar um material bem organizado e que atraísse, você, leitor. Vire a página e veja as pesquisas que podem levar a grande novidade.

Equipe do

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Lixo? Conheça o Laboratório Solidário que trabalha com eco design

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Brincadeira de adulto AeroDesign transforma pequenas aeronaves em prêmios

Ambiente x Energia Buscando o potencial das hidrelétricas sem impacto ambiental

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Universo bate à porta

Observatório astrônomico traz estrelas para mais perto da população

Madeira ou bambu?

Descubra qual é a importância dessa gramínea para nosso futuro

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Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

Pesquisa aposta na reutilização de material descartado Projeto estimula a economia solidária e sustentável Aline Pádua

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aseado no tripé pesquisa, extensão e eco design, o Laboratório de Design Solidário, da UNESP - Câmpus Bauru, dedica-se à reutilização de resíduos sólidos na composição artesanal e à economia solidária, por meio da qualificação do artesanato das comunidades. “Nós fazemos experimentações com os materiais residuais no desenvolvimento de peças de design”, explica o professor coordenador do projeto Claúdio Roberto y Goya. “Trabalhamos com EVA (espuma sintética), vinilona de banner e chapas de raio X na confecção de luminárias, utilizamos garrafas pets e embalagens metalizadas na montagem de bolsas. Os tecidos também são matéria-prima, um material que não tem reciclagem e que nós utilizamos para fazer colares, almofadas e puffs”, destaca. A estudate de design, Natália de Toledo, explica que “o objetivo principal do laboratório é se envolver com as comunidades e resgatar sua cultura, a fim de desenvolver a criação, um artesanato diferenciado por demonstrar a identidade de cada uma delas”. Natália ainda ressalta que em cada comunidade é desenvolvido um projeto especifico, que toma

por base o material residual disponível, buscando potencializar o que ela produz. Um dos projetos comunitários desenvolvidos recentemente pelo LabSol foi realizado no Mato Grosso do Sul, com o atendimento de seis comunidades. “Nós trabalhamos com mulheres que faziam o tosquio de carneiros e produziam pelego e edredons, mas que sentiam a necessidade de desenvolver peças pequenas”, destaca Goya. “Nós desenvolvemos chaveiros, travesseiros e objetos de decoração, em parceira com essas comunidades”, ressalta.

Para a aluna Maria Gabriela Basílio, “é uma experiência completamente diferente. E o mais interessante é que a gente aprende a fazer coisas que nunca imaginou que fossem possíveis com um material que já era considerado lixo”. Já a estudante Ana Carolina Toyama diz que “ir até as comunidades e não só ensinar o que a gente acha que é certo, mas trabalhar e aprender com o que já é produzido” é o que faz desse projeto uma iniciativa envolvente e única. Pode-se conhecer mais sobre o trabalho do LabSol acessando www.labsol.com.br. 3


Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

A cidade para todos

Planos Diretores Participativos orientam o poder público de forma democrática Laís Semis

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participação dos moradores no planejamento das cidades é garantida pelo Estatuto da Cidade, que também prevê cidades sustentáveis. Sendo assim, desde 1997, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesp - Câmpus Bauru pesquisa a viabilidade de Planos Diretores Populares nos bairros. Os estudantes da FAAC já desenvolveram planos diretores para sete regiões de micro-bacias urbanas e bairros. O objetivo do Plano Diretor é orientar a atuação do poder público, “é uma ação de planejamento que visa resolver problemas sociais, econômicos, ambientais e de estrutura urbana viária, tendo como base o Estatuto da Cidade”, explica o professor e pesquisador

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José Xaides, do Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo. Para que isso ocorra com a participação popular, os alunos, juntamente com a população e com as lideranças locais, criaram as diretrizes projetuais que guiariam o Plano Diretor de cada bairro. A aluna de Arquitetura, Érica Papa, considera importante esse levantamento conjunto com a população por avaliar a opinião da comunidade em sua elaboração. “Ao contrário de muitos planos que são desenvolvidos a partir de alguma teoria e depois são simplesmente aplicados, sem considerar as particularidades de cada região e principalmente as necessidades reais, o plano participativo segue o caminho inver-

so, baseando-se na participação democrática”, comenta Érica. Com baixos indicadores sociais, econômicos e ambientais em Bauru, os bairros Jaraguá, Santa Edwirges, Pousada da Esperança, Vila São Paulo, Jardim Nicéia e o Eixo Mary Dota/Aeroporto, além de micro-bacias como as dos córregos do Castelo, Sobrado e Grama passaram a contar com planos diretores populares adequados às suas realidades. O projeto tem sido realizado com o apoio das lideranças comunitárias de cada uma das regiões, onde esses planos foram aplicados, e de seus gestores municipais. A fase de pesquisa do projeto encerrou-se em 2009, mas sua aplicação depende do poder público de Bauru.


Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

Jornais comunitários ajudam a mudar bairros de Bauru Estudantes transformam aspirações de público carente em jornal Márcia Tiemi Matsumoto

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s jornais buscam apresentar no dia-a-dia notícias sobre assuntos cotidianos e que têm influência na vida de seus leitores. Porém, nem sempre esse tipo de notícia atende o público que precisa de mais suporte, como acontece com diversos bairros carentes das cidades, que não têm suas reclamações ouvidas. Em Bauru não é diferente, mas estudantes de Jornalismo da Unesp, câmpus Bauru, tem provado que é possível dar voz àqueles que precisam. Iniciativas como a do jornal do Ferradura, que atende o bairro da zona leste de Bauru, Ferradura Mirim, e o jornal Voz do Nicéia, que atende o bairro nas proximidades do câmpus da Unesp, têm conseguido boa visibilidade em seus locais de distribuição e mantido seu público mais atualizado sobre o que tem acontecido com obras prometidas e nunca acabadas, ou contando histórias da própria comunidade. O estudante Victor Santos, atual editor chefe do jornal do Ferradura, afirma que o público reconhece o trabalho e dá apoio à publicação. Para ele, a parte mais interessante é o retorno

que os moradores dão ao jornal: “acho que as pessoas gostam de se ver, de terem seus problemas expostos em algum lugar”. Já a também estudante de Jornalismo, Ana Paula Navarrete, editora do Voz do Nicéia, diz que o trabalho é gratificante e que os moradores seguem de perto a produção do jornal. “Os moradores costumam acompanhar todo o processo de produção, inclusive sugerindo assuntos para pautas e cobrando qualquer informação sobre a resolução de um ou outro problema”, afirma Ana Paula. Os jornais já mudaram um pouco a realidade dos bairros.

“No Ferradura, a própria população já se conscientizou sobre problemas como a dengue. E depois de algum tempo de insistência, as casas estão tendo suas numerações corrigidas pela prefeitura. É animador”, conta Victor. Ana Navarrete acha que as mudanças resultantes desde o início da produção do jornal foram poucas, mas que o ponto mais importante foi “a conscientização do público no sentido crítico e político e a maior atenção às problemáticas do bairro”. Projetos como esses têm ajudando não só comunidades, mas também na formação de jornalistas conscientes de seu papel.

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Faculdade de Engenharia

Aerodesign dá asas às pesquisas aeronáuticas no câmpus Alunos de cinco cursos desenvolvem aeromodelo rádio controlado e buscam premiação internacional

Samantha Andrade

Samantha de Andrade

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AeroDesign é um projeto desenvolvido por estudantes de cinco cursos com o objetivo de projetar e construir aeronaves rádio controladas capazes de carregar o maior peso possível. Estudantes de Administração, Design (desenho industrial) e das Engenharias Mecânica, Elétrica e de

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Produção são responsáveis pela execução de pesquisas e testes para desenvolver tais projetos. Além dos alunos, o projeto é acompanhado por três professores, sendo um da Instituição Toledo de Ensino (ITE), que colabora também concedendo o laboratório de fluidos para testes. O projeto busca destaque

durante o evento estudantil organizado pela Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE) Brasil - uma organização sem fins lucrativos - que anualmente realiza, desde 1999, em São José dos Campos, a competição SAE AeroDesign. São três classes de competição: aberta, regular e micro. As divisões são de acor-


Faculdade de Engenharia

do com o número de regras ao qual o projeto deve atender para participar. A aberta é a que tem o menor número de regras a serem obedecidas, o que leva à construção de um aeroplano de proporções maiores (varia em torno de cinco metros de envergadura); a regular tem mais as regras, o que restringe o trabalho dos projetistas limitando a envergadura do avião para cerca de três metros, e a classe micro é a que tem maiores restrições, o avião é limitado a um volume máximo que atinge um metro de asa. A Faculdade de Engenharia conta com três equipes, uma para cada categoria, formada por 15 alunos cada. Destes 15, dois são pesquisadores e com o apoio do professor orientador de cada time, a cada ano, novas pesquisas são desenvolvidas com o objetivo de melhorar o desempenho na competição. “Este ano, pesquisas como “Influência do número de compositores reforçados com fibras de vidro e de carbono”, trabalhos com ligas de alumínio, com tratamento térmico e com ligas 20 e 24 com tratamento T3 foram utilizados para melhorar o trem de pouso do avião”, explica o Prof. Dr. Carlos Alberto Soufen, um dos responsáveis pelo projeto. As pesquisas fizeram parte do Simpósio de Iniciação Científica da FATEC e geraram benefícios no aeroplano. Sendo aplicados de agora em diante. A equipe chegou muito perto

Classe Regular Aviões monomotores, com cilindrada padronizada em 10 cc (10 cm3). O regulamento impõe restrições geométricas e este ano, novas delimitações nas dimensões máximas das aeronaves foram impostas, incluindo compartimentos de carga maiores. Os projetos da categoria devem ser capazes de decolar em uma distância máxima delimitada de 50m (61m em 2010).

Classe Aberta ou Open Os aviões da categoria não têm restrições geométricas ou quanto ao número de motores instalados, desde que a soma das cilindradas dos motores esteja entre 10,65 cm3 e 15,07cm3. A distância de decolagem também é de 50m e as aeronaves devem ter instrumentos para medir tempo de voo. Classe Micro Opção de lançamento da aeronave à mão e o avião da categoria não tem restrições geométricas e nem número de motores. Porém, a equipe deve ser capaz de transportar a aeronave dentro de uma caixa de 0,175m³. As aeronaves podem usar motores elétricos e devem decolar em até 25m (30,5m em 2010). do lugares mais alto da competição. O primeiro e o segundo lugar na classe regular e o primeiro colocado na classe aberta ganham o direito de representar o Brasil na competição em nível mundial Aero Design East, promovida pela SAE e realizada nos Estados Unidos. Bauru esteve sempre entre as 15 primeiras equipes na classe regular durante todos os anos participantes, sendo este ano uma das melhores colocações por ter alcançado o 3º lugar diante das 71 concorrentes. A equipe Aerofeg de Guaratinguetá, também da Unesp, concorreu pela categoria micro e alcançou o 2º lugar ganhando o direito de disputar o campeonato mundial nos EUA em 2012.

Regras para Avaliação A pontuação de cada bateria vai da soma das pontuações do projeto até a pontuação do voo. A Competição de Projeto consiste na apresentação de projetos e determinação de cálculos que provem a carga útil máxima que pode ser carregada pela aeronave. Já na Competição de Voo é determinada a carga máxima que cada avião pode carregar. A precisão do projeto (ou dos cálculos) é levada em conta no resultado final pela comparação entre a carga prevista e aquela realmente transportada em voo durante as baterias.

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Faculdade de Engenharia

Pesquisador estuda o potencial das bacias brasileiras Estudo aponta medidas que podem reduzir impacto ambiental provocado pela construção de hidrelétricas Millena Grigoleti

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Região onde será construída a hidrelétrica de Belo Monte é uma das áreas que mais pode perder em diversidade

outros que foram um desastre. Surgiu daí, o interesse por obter parâmetros que possibilitem uma comparação entre os mesmos e pela definição de uma escala dos melhores e piores”, explica. Para a análise do potencial das bacias, não existe um tipo de dado único ou mais importante a ser computado. De acordo com José Francisco, tudo depende do estudo que se quer realizar. A principal característica das bácias hidrográficas a ser analisada em sua pesquisa para descobrir seu potencial de gerar energia é

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Brasil tem gigantesco potencial hidrelétrico e essa é a maior e mais importante fonte energética do país. Apesar da maior usina de energia “limpa” ser a de Três Gargantas, na China, a binacional Usina de Itaipu, dividida pelo Brasil e Paraguai, continua sendo a maior usina do mundo em produção energética. O país possui mais de 100 usinas em atividade, sendo as principais fontes de produção de energia que abastecem os lares brasileiros. José Francisco Rodrigues, professor da Faculdade de Engenharia da Unesp, câmpus Bauru, vem desenvolvendo a pesquisa “Potencial Energético das Pequenas Centrais Hidrelétricas Investigado sob o Enfoque Ambiental” que busca esclarecer como a produção de energia por meio da força das águas pode ser um sistema bem mais complexo do que parece e não é completamente visível à natureza humana. “Percebemos que no Brasil, temos um banco de dados sobre os projetos de usinas hidrelétricas completo e muito intenso. Nesse contexto, existem alguns bons exemplos de projetos que tiveram uma boa relação com o lado ambiental e

a “potência elétrica”, cuja unidade é o megawatts (MW). A Eletrobrás divide o Brasil em oito grandes bacias, de acordo com seu potencial energético: Atlântico Leste, Atlântico Norte/Nordeste (a que tem menor potencial – 2.735 MW), Atlântico Sudeste, Rio Amazonas (maior potencial, podendo gerar 89.897 MW), Rio Paraná, Rio São Francisco, Rio Tocantins e Rio Uruguai. Esses dados foram fornecidos pela estatal em dezembro de 2010. O Brasil tem uma previsão de potencial hidrelétrico de 243.361 MW, o suficiente para abastecer


Faculdade de Engenharia

Por água abaixo

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O impacto das duas maiores usinas do mundo nos ecossistemas

O projeto ambicioso da hidrelétrica chinesa de Três Gargantas visa não só a produção de energia “limpa”, também mas evitar inundações e facilitar o transporte fluvial pela China. Porém, exigiu o deslocamento de mais de um milhão de pessoas de seus lares, além de inundar diversos sítios arqueológicos recém descobertos.

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mais de 700 milhões de pessoas, levando-se conta os seguintes estágios para cada bacia: remanescente, individualizado, de inventário, de viabilidade, de projeto básico e de construção em operação. De acordo com Rodrigues, o potencial das hidrelétricas brasileiras em operação é de 81.928 MW, que pode suprir as necessidades de mais de 250 mil lares no território brasileiro. O projeto encabeçado pelo professor José Francisco Rodrigues pode ajudar a apontar os principais problemas e procurar soluções que possam reduzir o impacto ambiental causado pela construção de usinas hidrelétricas. “Espera-se, que pelo estudo, se tenha, pelo menos, a possibilidade de conhecer antecipadamente a ordem de grandeza dos impactos ambientais causados pelas hidrelétricas e que esses possam ser os menores possíveis”, explica. O docente completa afirmando que atualmente se constroem usinas hidrelétricas com impacto muito menor, realocando fauna e flora. “A legislação ambiental tornou-se muito mais rigorosa no Brasil. A elaboração de um Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) é muito exigente, o que obriga o atendimento de diversos itens conservativos da natureza e defende o meio ambiente. Porém, acredito que é impossível construir uma hidrelétrica sem causar impacto ambiental”, explica.

Para a construção da maior usina brasileira, foi necessária a relocação de mais de 40 mil pessoas. A obra ainda destruiu a maior cachoeira do mundo em volume de água, conhecida como Salto de Sete Quedas. Quando o volume de água da usina está baixo, ainda é possível ver resquícios de sua formação rochosa.

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Faculdade de Ciências

Buscando qualidade de vida

Centro oferece psicoterapias e estágios em Bauru Adriana Salgado

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Centro de Psicologia Aplicada

Centro de Psicologia Aplicada (CPA) foi fundado em 1973 pela Fundação Educacional de Bauru com o intuito de realizar pesquisa, socializar a produção científica da área e capacitar estudantes. O Centro também procura “dar condições para realização de atividades de ensino, como estágios, pesquisa e extensão”, esclarece Telma Ribeiro, psicóloga do CPA. De forma a colocar as pesquisas em prática, o Centro oferece tratamento gratuito para a população que procura seus serviços. “Basicamente, o que é oferecido são psicoterapias individuais,

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para casais e grupos, sejam crianças, adolescentes ou adultos. Projetos específicos também estão presentes, como desenvolvimento de bebês, orientações vocacionais, orientação para aposentadoria e outros. Os atendimentos variam quanto à duração: alguns têm prazo determinado e limites de sessões. Os atendimentos são realizados uma vez por semana”, explica Telma.

nado. O estágio, segundo Telma, ainda possibilita que o estudante viva situações e se acostume com o dia-a-dia da profissão.

Pesquisa As pesquisas realizadas no Centro buscam agregar novos conhecimentos à ciência psicológica e responder às demandas da sociedade. Estão “ligadas ao programa de pós-graduação da Faculdade de Ciências da Unesp Na prática nas áreas de Aprendizagem e DeO Centro de Psicologia Apli- senvolvimento e outras ligadas cada está aberto para que os alu- ao curso de graduação em Psiconos de psicologia coloquem em logia”, esclarece Telma. prática o que aprenderam por Para receber tratamento meio de um estágio supervisio-

gratuito no Centro de Psicologia Aplicada, os interessados precisam preencher uma ficha de inscrição, fornecida com hora marcada. O agendamento pode ser feito pelo telefone (14) 3103-6090. Para outras informações sobre o CPA, basta acessar o site www2.fc.unesp.br/ cpa. No Câmpus, o Centro se encontra próximo à Rádio Unesp FM, na portaria 1.


Faculdade de Ciências

Por um cultivo mais sustentável

Professores e alunos levam novas técnicas para agricultores Bárbara Figueiredo

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iante das mudanças climáticas e da escassez de recursos, cresce a preocupação com a sustentabilidade voltada para a agricultura. De acordo com Luiz de Souza, mestrando em Ecologia e Desenvolvimento Sustentável, o desenvolvimento sustentável consiste em “o que produzir” e “como produzir” sem degradar o meio ambiente, de modo a não comprometer a capacidade de produção das próximas gerações. Esse conceito passa a ser aplicado nas ações humanas, inclusive na agricultura. Pensando no cultivo e plantio de comunidades rurais, foi criado, no Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade de Ciências de Bauru, o grupo de pesquisa “Biologia Aplicada à Agricultura”. Comandado pelos professores Aloísio Costa Sampaio e Terezinha de Fátima Fumis, o grupo tem realizado estudos na Estação Experimental de São Manoel em parceria com produtores rurais. Seus trabalhos estão focados na produção de frutas: abacaxi, maracujá, maçã, banana, abacate, goiaba e figo. Além dos professores da Unesp de Bauru, o grupo conta com a participação de professo-

res da Universidade do Sagrado Coração (USC) e de alunos de pós-graduação em horticultura da Faculdade de Ciências Agronômicas, da Unesp de Botucatu. A pesquisa aplicada está em andamento desde 2002, quando foi aprovada pela FAPESP, originando a BauruFrutas (Associação de Fruticultores de Bauru e Região). “O grupo também tem parceria com a Secretaria Municipal da Agricultura na transferência de tecnologia na produção de frutas para produtores rurais”, declara o professor Aloísio Sampaio. O campo demonstrativo com as frutas localiza-se no distrito de Tibiriçá, mas há outros assentamentos beneficiados, como o ‘Terra Nossa’, na divisa de Bauru com Pederneiras. O objetivo do grupo é tentar viabilizar uma produção econômica e sustentável de culturas

alternativas ao pequeno produtor rural e, por meio de técnicas modernas, conciliar produtividade e mercado. O grupo tem trabalhado com o uso de fitorreguladores em frutíferas, avaliação de cultivares, níveis de adubação e outras atividades de produção sustentável. Esse cultivo é apropriado para a pequena propriedade rural na política de segurança alimentar e como fonte complementar de renda na comercialização de excedentes não consumidos. Segundo Luiz, deve-se buscar sustentabilidade da produção agrícola, substituindo a dependência de máquinas e insumos químicos, por tração animal, rotação de culturas, conservação do solo, corretivos orgânicos e controle biológico de pragas, valorizando o conhecimento e a participação da população rural.

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Faculdade de Ciências

No mundo da Lua Projeto astrônomico tenta trazer um pouco do espaço para a Terra Alisson Lopes

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docente Rosa Maria Scalvi, da Universidade Estadual Paulista, é responsável pelo projeto “Ensino e Popularização da Astronomia: implantando uma oficina de construção de telescópios no Observatório Didático de Astronomia”. Essa pesquisa é responsável pela aproximação dos cidadãos de Bauru e região aos princípios astronômicos. Mediante isso, a professora concedeu uma entrevista esclarecendo o projeto.

Ciência no Câmpus: Qual é o principal intuito da pesquisa e de que forma é desenvolvida? Rosa Scalvi: O projeto tem como principal objetivo promover o ensino de Astronomia junto aos professores e estudantes das escolas de ensino fundamental e

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médio de Bauru e região. Para isso, são promovidos cursos e oficinas destinados aos professores e o atendimento de visitas para observação do céu com telescópios e palestras, destinadas aos alunos. Além das escolas, o projeto busca também atender à população de Bauru e região, divulgando e popularizando a Astronomia como ciência. Ciência: E quanto aos resultados do projeto? Scalvi: No ano de 2010, o atendimento de escolas no Observatório ocorreu quase que diariamente, recebendo em torno de 150 estudantes por semana. Em 2011, a média de alunos no observatório foi em torno de 80. Foi necessário diminuir o número de escolas atendidas em função de meu afastamento para tratamento de saúde. A equipe do Observatório participou de eventos

relacionados ao ensino de Astronomia, ministrando oficinas e palestras. Outro fator relevante é o atendimento ao público aos sábados, quando um expressivo número de pessoas comparece ao observatório. Considero que a procura pelas atividades do observatório está acima de minhas expectativas, uma vez que nem mesmo tem sido possível atender toda a demanda, limitada pela própria estrutura física do Observatório. Além dos resultados diretamente relacionados aos estudantes de ensino fundamental e médio, as atividades do observatório deram origem à elaboração e aprovação de um curso de especialização, intitulado, Ciências Naturais: Abordagens no Mundo Contemporâneo, a g r e g a n do pesquisadores e técnicos especializados do Instituto de Pesquisas Meteorológicas e docentes do Departamento de Fí-


Faculdade de Ciências

sica. Esse curso irá beneficiar diretamente professores das redes pública e particular de ensino abordando temas relacionados à Astronomia e Ciências Atmosféricas. Ciência: Quais os principais métodos utilizados? Scalvi: O projeto procura aliar ensino, pesquisa e extensão, inserindo os alunos de graduação do câmpus na preparação e execução das atividades. Além disso, o Observatório já criou condições de pesquisa para o desenvolvimento de dissertações de mestrado e tese de doutorado utilizando sua estrutura e atividades desenvolvidas nas suas dependências.

tinados ao ensino, divulgação e popularização de ciências em Bauru. No que diz respeito à Astronomia, até a criação do Observatório, praticamente não existiam opções para os interessados nessa temática. Assim, entendemos que é quase uma obrigação da Universidade desenvolver projetos voltados para a população promovendo uma ciência cidadã, que atinja todos os interessados e não somente uma parte específica da população.

Ciência: Como você analisa a compreensão da astronomia pelos bauruenses? Scalvi: Não só em Bauru, mas também em toda a região, com as atividades do Observatório e Ciência: Por que o projeto foi do Observatório Móvel, podecolocado à disposição da popu- mos verificar que a receptividalação? de da população é muito grande. Scalvi: Pela falta de locais des- Em todas as situações, as pessoas

elogiam e parabenizam a iniciativa da Unesp em disponibilizar acesso ao conhecimento em Astronomia. A grande maioria das pessoas jamais teve acesso à observação do céu através de um telescópio e muitas chegam até mesmo a se emocionar quando conseguem ver detalhes da superfície lunar. Ciência: Como você vê o estudo da astronomia no Brasil? Scalvi: A astronomia esteve, por muitos anos, ausente das salas de aula. Hoje, essa situação é um pouco diferente, pois os conteúdos de astronomia são contemplados nas disciplinas de Física, no ensino médio, e Ciências, no ensino fundamental. Porém, não existe ainda a disciplina específica de Astronomia e acredito que um dos maiores problemas é a falta de formação dos professores em exercício, uma vez que não

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Homem observa Via Láctea através de telescópio. A formação só é visível a olho nu em áreas desertas. tiveram em seus cursos de graduação de origem, nem mesmo os formados em física, qualquer enfoque para a Astronomia. É preciso que a universidade participe do processo de formação complementar dos professores que se encontram em exercício no ensino fundamental e médio, e também que preencha a lacuna existente na formação dos futuros professores, em cursos de licenciatura. O avanço da tecnologia e as novas descobertas acerca do universo devem ser discutidos junto aos professores para que os mesmos tenham segurança ao abordarem tais temas em sala de aula.

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Olho Vivo

Você sabe o que é Astronomia? A Astronomia se baseava na pseudociência da Astrologia, um antigo estudo voltado à observação da movimentação dos corpos celestiais visíveis, em especial o Sol, a Lua, estrelas, e os planetas. Foi durante o Renascimento que a Astronomia passou por sua maior expansão. Copérnico afirmou que a Terra girava ao redor do Sol, criando o modelo heliocêntrico, corrigido depois por Galileu Galilei e Johannes Kepler, este responsável por descrever

detalhadamente os movimentos dos planetas. Os anos passaram e a Astronomia ganhou mais importância. No Século XX, foi provada a existência de nossa galáxia, a Via Láctea. Estudos para descobrir a origem do Universo também vieram à tona como a Teoria do Big Bang. Ficou curioso sobre o assunto? Visite o Observatório da Unesp. Agende uma visita pelo telefone (14) 3103-6030 ou pelo e-mail: astronomia@unesp.br

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Faculdade de Ciências

Psicológa estuda impacto da gravidez na adolescência

Pesquisa busca diferenças entre famílias constituídas na juventude e na vida adulta Millena Grigoleti

Millena Grigoleti

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criação de filhos nunca é fácil. Mas e numa família jovem em que essa criança nasceu no começo da vida ‘adulta’ de seus pais? A psicóloga Mariane Fonseca realizou a pesquisa “Mães adolescentes: estrutura e funcionamento familiar”, a partir da observação de 15 famílias jovens. A pesquisa buscou analisar de que formas a gravidez adolescente interfere na família e no indíviduo que está começando a se adaptar a uma nova fase de desenvolvido quando, então, surge um bebê que precisa de cuidados. A pesquisa ainda constatou que as configurações familiares estão se modificando, e as mulheres têm se tornado as principais provedoras da casa e da família. Apesar disso, ela afirma: “observei que mesmo essas configurações familiares se modificando ao longo dos anos, as pessoas no seu imaginário ainda carregam o papel da mãe e do pai idealizados. Na prática vivemos situações diferentes, mas ainda temos o modelo tradicionalista em mente”. Mariane explica: “o objetivo de minha pesquisa foi descobrir qual é o impacto da gravidez na adolescência, quais as concep-

ções dessas adolescentes, dos companheiros delas e as avaliações das mães dessas meninas sobre essa gravidez”. A psicológa afirma que nem sempre a gravidez tem um impacto negativo na vida dessas pessoas. A vida como “mãe” não as excluiu do círculo familiar, da escola. Com a gestação, algumas mulheres passaram a se sentir responsáveis pela criança e estimuladas a assumir o papel de mãe. A pesquisa constatou também que, diferentemente do que se pensava, nem sempre a gravidez foi indesejada. Alguns companheiros das adolescentes queriam essa gestação. Também

foi verificado que, na maioria das vezes, quem toma conta do bebê é a mãe. Dentre as entrevistadas, apenas uma trabalhava e a criança ficava em uma creche. “A pesquisa é útil no sentido de propor programas para atendimento de familiares e de adolescentes. Não só do ponto de vista da educação sexual de adolescentes, mas também de interação familiar. Quando começamos a ver as famílias se desestruturarem ou se desestabilizarem, acontece uma desordem social ou uma sobrecarga para o Estado. Quando se imagina programas de suporte a essas famílias, se está cuidando da sociedade”, observa Mariane.

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Faculdade de Ciências

O que se faz com bambu? Projetos promovem estudos para a substituição da madeira pelo bambu desde 1992

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Faculdade de Ciências

Samantha de Andrade

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projeto Taquara é o trabalho de um grupo de alunos voluntários de Design e Arquitetura da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC), que sob orientação do professor Dr. Marco A. Pereira, utilizam bambu como principal matéria prima para a construção de variados tipos de objetos que vão desde brincos até móveis. O foco é divulgar e as utilidades do bambu como produto sustentável e alternativo à madeira convencional, promovendo projetos desenvolvidos pelos próprios estudantes e que possam gerar parcerias com a comunidade local, o meio acadêmico e a integração dos cursos relacionados a própria faculdade. Além da produção prática, o projeto propõe desenvolver a te-

oria e noção crítica a respeito do uso do bambu por meio de pesquisas. O objetivo do projeto Taquara é devolver à sociedade de maneira positiva todas as informações e conhecimentos apreendidos na universidade pública. O grupo mantêm uma parceria com o Assentamento Rural Horto de Aimorés, resultante de uma empreitada em acordo com a Incubadora de Cooperativas Populares da Unesp (INCOP). Com a visibilidade cada vez maior do grupo e das alternativas propostas pelo mesmo, empresas e órgãos têm oferecido subsídio a esse projeto que promove a sustentabilidade. O grupo faz a captação de recursos para o investimento em infra-estrutura de pesquisa e novos projetos, além de subsidiar o trabalho com os assentados.

Projeto em desenvolvimento desde 1992 no Laboratório de Processamento de Madeira da Unesp, câmpus Bauru.

Iniciado em maio de 2009 por alunos dos cursos de Arquitetura e Design da Unesp, câmpus Bauru.

Iniciou em 2005 com a articulação dos agricultores rurais do assentamento Horto dos Aimorés, em busca de geração de renda e vida no campo.

Projeto Taquara

Bambu com mil e uma funções...

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Faculdade de Ciências

Projeto de quarto exposto durante a Amostra de Bambu da Unesp, câmpus Bauru

O bambu tem sido considerado a madeira do futuro, por ser um grande protetor do solo, um rápido sequestrador de carbono, um recurso perene, renovável e de crescimento extremamente rápido (em seis meses, algumas espécies podem atingir até 30m de altura) e tendo milhares de aplicações. A extração do bambu, ao contrário da madeira convencional, não mata a planta, sendo uma das poucas espécies ma��� deiráveis que permitem a utilização contínua e totalmente renovável.

Objetos decorativos, incensórios, pulseiras e brincos integram as tantas outras utilidades do bambu no dia-a-dia

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Samantha Andrade

Samantha Andrade

Por quê bambu?


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Herbacéos x Lenhosos

Samantha Andrade

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s bambus pertencem à família das gramíneas e à subfamília Bambusoideae que se divide em duas grandes “tribos”: bambus herbáceos e os bambus lenhosos. Embora sejam gramínea, os bambus têm hábito arborescente e, da mesma forma que as árvores, apresentam uma parte aérea constituída pelo colmo, ramos laterais e folhas e uma parte subterrânea composta pelo rizoma e raízes. Rizoma é uma estrutura dotada de nós e entrenós, que se desenvolve abaixo da superfície do solo com a função de gerar novos colmos anuais. Não deve ser confundido com a raiz, que é uma parte distinta da planta. Basicamente, existem dois grupos distintos de bambus quanto ao tipo de rizoma: os que formam touceiras (simpodiais) e os alastrantes (monopodiais).

Laboratório de Madeira/ Unesp, câmpus Bauru Telefone: (14) 3101-6123 taquaradesign@gmail.com www.wix.com/taquaradesign/ home

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Da teoria à aplicação

Como as pesquisas saem do papel e viram realidade Samantha de Andrade

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oda curiosidade pode, com um método, tornar-se uma pesquisa que resulte em boas aplicações à sociedade. A grande maioria dos projetos e objetos utilizados em nosso dia-a-dia foram, na verdade, resultado de pesquisas. Em seu artigo “Pesquisa e Ensino: Considerações e Reflexões”, o Prof. Dr. Márcio L. C. Vilaça mestre em Linguística Aplicada, explica e define esse tipo de pesquisa: “as pesquisas aplicadas dependem de dados que podem ser coletados de formas diferenciadas, tais como pesquisas em laboratórios, pesquisa de campo, entrevistas, gravações em áudio e /ou vídeo, diários, questionários, formulários, análise de documentos etc (NUNAN, 1997; MICHEL, 2005; OLIVEIRA, 2007). Ao contrário da pesquisa teórica, investigações de natureza aplicada apresentam complexidades metodológicas e éticas muito mais complexas. Devido a essas questões, as práticas de pesquisa aplicada estão mais frequentemente associadas ao ensino superior e à pós-graduação. Na maioria dos casos, as pesquisas aplicadas exigem e partem de estudos teóricos”.

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Em Bauru, as pesquisas aplicadas são divididas entre os departamentos das faculdades, porém, quem investe e participa – fiscalizando, acompanhando e gerenciando os envolvidos são órgãos de fomento como: PROPe A Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPe), órgão executivo da administração superior, tem por finalidade programar, orientar, coordenar e supervisionar as atividades de pesquisa no âmbito da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Para tanto, desenvolve ações junto à comunidade acadêmica e aos setores administrativos da Universidade no plano interno, e no externo, junto a segmentos representativos da sociedade, incluindo instituições públicas e privadas, autoridades governamentais e agências de fomento à pesquisa e ao ensino. PROEX Segundo a professora Maria Amélia Máximo de Araújo - Pró-Reitora de Extensão, a Pró-reitoria de Extensão Universitária caracteriza-se pela articulação entre o ensino e a pesquisa que

promove, disponibilizando os conhecimentos apreendidos à sociedade, contribuindo com seu desenvolvimento e sempre confrontando os saberes acumulados com a realidade, retro-alimentando o ensino e a pesquisa que realiza. Atualmente, há 1600 projetos credenciados, nos quais docentes e alunos propõem e executam atividades relevantes com a participação da sociedade em diferentes áreas do conhecimento e em distintas regiões do Estado de São Paulo, onde se encontram as unidades da Unesp, como também nas regiões vizinhas. Os projetos contam com a participação de 1.800 alunos bolsistas e tantos outros estudantes voluntários que aprimoram seus conhecimentos, além de se tornarem cidadãos mais conscientes e que dão valor à Universidade Pública. Também investem em pesquisa aplicada o: Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), com influência nacional; Instituto de Pesquisa Aplicada (INPA); Instituto de Pesquisa Aplicada em Desenvolvimento (IPADES), entre outros que lidam com pesquisas em áreas mais específicas.



Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação

Pró-reitoria de Extensão Universitária


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