Eixo São Paulo

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Uma viagem a São Paulo Explore o que há de melhor na trilha cultural da cidade

Paulista e garoa

O ensaio fotográfico da avenida mais famosa da América Latina

História Visite o acervo cultural de São Paulo

Hip Hop

O movimento que saiu das periferias e invadiu os grandes centros



EIXO Redação Ariane Amaro Camilla Scherer Daniele Seridório Jason Mathias Jessica Mobilio Juliana Cavalcante Lígia Ferreira Natália Girolamo Paola Patriarca Reitor Juilio Cezar Durigan Diretor da FAAC Nilson Giardello Coordenação do Curso de Jornalismo Juarez Tadeu de Paula Xavier Chefe do Departamento de Comunicação social Ângelo Sottovia Aranha Professores Orientadores Mauro de Souza Ventura Tassia Zanini Endereço Departamento de Comunicação Social Av. Eng Edmundo Carrijo Coube 14-01 Vargem Limpa, Bauru - SP Telefone (14) 3103-600 Ramal: 6066 Revista produzida pelos alunos do 6º termo do do Curso de Comunicação Social - Jornalismo do periodo noturno da UNESP.

Editorial Comece a sua experiência aqui. Rumo a São Paulo, chegamos a Avenida Rebouças e cortamos a Paulista. A revista Eixo se desloca para um dos lugares mais pluralistas da América Latina. Bares lotados, tráfego intenso, tendências da próxima estação, muitas luzes e faróis. A cidade que só para aos feriados, mas ainda pulsa nas periferias. Pessoas aos montes que se misturam na rotina, mas que possuem o jeito bem peculiar de ser ou falar. Monumentos que se destacam entre os prédios, a garoa e o trem das onze. A preguiça que não os pertence e a máquina empresarial em forma de trabalhador, São Paulo é assim, uma turbulência agradável. Toda essa intensidade será traduzida pela revista Eixo em dez seções: crônicas, acervo cultural; cinema; perfil; moda; gastronomia; música; noite; ensaio fotográfico e economia. A proposta é oferecer uma trilha cultural aos leitores. Não apenas servir de guia, mas como espaço de entretenimento e informação de forma momentânea. Encontrem-nos nas páginas desta edição, e se lembre da terra da garoa, do frio aconchegante e dos milhares de pessoas que passaram por aqui. Da redação


Índice 4

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Crônicas

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Acervo Cultural

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Cinema

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Perfil

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Moda

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Gastronomia

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Música

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Noite

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Ensaio

37

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Economia


! por Jason Mathias

Buzinas, trânsito, correria, arranha-céus, luzes e muita...muita gente. Gente de todos os cantos do mundo que tornam uma cidade brasileira, um encontro de nações. Sim, você está em São Paulo, a cidade multicultural que nunca para. Dona de uma beleza diferente, com seus modernos edifícios e inúmeras opções de Cultura e Lazer, o paulistano possui um jeito único de falar. A exemplo do ritmo frenético da cidade o paulistano fala rápido e agitado. E é claro que, além disso, o Paulistanês tem seu vocabulário próprio. O caótico trânsito da capital paulista é a porta de entrada para todos os aventureiros. Andando pelas ruas, você certamente irá encontrar muitos “marronzinhos”. Calma, isso não tem nada a ver com a cor de pele de

ninguém! Em sampa, os agentes de trânsito são conhecidos como “marronzinhos”. Geralmente perto de um “farol” lá está um “marronzinho”. Ah, quase me esqueci, embora não passe nenhum navio na cidade, São Paulo está cheia de “faróis”. Taí outra mania de paulistano, chamar o sinal de trânsito de “farol”. Outro vício de paulistano são as padarias. Em cada esquina de São Paulo você encontra o berço dos pãezinhos , uns são mais simples outros são verdadeiras galerias que mais parecem um shopping do que um simples lugar pra comprar um pão. Quer aprender paulistanês? Abra um cardápio de padaria e se divirta nas com os mais diferentes nomes. O pão, presunto e queijo é ”Bauru”. O queijo fresco é “queijo minas”. O café com leite é

Dicionário Paulistanês - Português Boiar 1. Estar perdido em algum assunto, 2. Por fora de algo Firmeza? Tudo bem? Mano Qualquer pessoa Mew Usado em todo começo e final de frase. Uma simples interjeição! Tipo Uma espécie de “por exemplo” Truta Amigo

“pingado”. O Pão com manteiga na chapa é “canoa na chapa”. Isso quando cada padaria não resolve dar um próprio nome para cada coisa. Mas nada de entrar em pânico, você não vai passar fome! Eles sempre colocam foto e descrição no cardápio, no bom e velho português. A cultura hip hop é muito influente em São Paulo e, principalmente os jovens, absorveram muito disso no jeito de falar, “firmeza mano”? É como que se cada jovem cantasse um rap ao falar uma simples frase “mew”! Acho que você já deve estar “boiando”, não é? “Relaxa” que nos vamos colocar um glossário pros “trutas” entenderem, “firmeza”?

Gírias

Manual do Paulistanês 5


por Daniele Seridório e Juliana Cavalcante

Trilha Cultural

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São Paulo é uma cidade muito rica histórica e culturalmente. Principal centro financeiro, coorporativo e mercantil da América do Sul, a cidade mais populosa do Brasil, e sexta maior do mundo, nasceu, cresceu e vive imersa às margens da intensa produtividade. Se algo referencial pode ser dito sobre este grande centro e polo nacional é que São Paulo é a cidade que “Non ducor, duco” (Não é conduzida, conduz). A Big Apple brasileira, que não dorme e não descansa é rica em museus, parques, centros culturais, teatros

Museu da Língua Portuguesa Museu é espaço para cultura. E nada mais cultural para um povo do que sua língua. A língua é um traço cultura democrático, está ao alcance de todos, mesmo que somente na forma falada. Para mostrar a língua como elemento fundador da cultura, foi inaugurado em 21 de março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Além de celebrar a língua portuguesa, o museu tem como objetivo promover o intercâmbio entre os países que falam o idioma, e mostrar para o falante que ele é o verdadeiro “proprietário” da língua. O projeto do museu foi previsto em 37 milhões de reais, entre criação, pesquisa, implantação e restauro do prédio da Estação Assessoria

Acervo cultural

Percorra o caminho que te leva a conhecer parte do patrimônio cultural de São Paulo e palácios – com uma arquitetura distintamente referencial e renomada nacionalmente – e coloca a disposição da população paulistana e dos turistas uma das mais extensas e completas gama de atividades que abrangem lazer cultura e entretenimento de forma irreverente e descontraída. Aceite o convite para conhecer alguns dos principais marcos da cidade de São Paulo e entre com o pé direito na cidade da garoa!

da Luz. Pedro e Paulo Mendes da Rocha foram os arquitetos responsáveis pelo projeto arquitetônico. Fica difícil imaginar a exposição de algo imaterial como a língua. O Museu da Língua Portuguesa criacerta atmosfera e utiliza plataformas interativas que proporcionam uma experiência lingüística e cultural. Além desse espaço, exposições temporárias acontecem regularmente e celebram os grandes nomes da literatura. Para a inauguração o homenageado foi Guimarães Rosa e sua obra “Grande Sertão: Veredas”. A exposição reproduzia o ambiente da narrativa, utilizando elementos da construção, tijolos, areia, água e madeiras, para indicar os caminhos percorridos por Diadorim e as demais personagens. A voz de Maria Bethania recitava a obra, e painéis permitiam a leitura na

integra, com anotações e correções feitas, pelo próprio autor. Machado de Assis, Cora Coralina, Fernando Pessoa, Oswald de Andrade e Jorge Amado já ilustraram as exposições. Temas mais gerais da língua portuguesa também já foram tratados, como, por exemplo, a mostra “Menas, o Certo do Errado, o Errado do Certo”, que trazia os erros lingüísticos mais comuns, pretendendo entender a fuga do padrão culto e discutir a criatividade e razões por trás desses erros. Endereço Praça da Luz, s/nº - Centro – Metrô Luz Horário de Funcionamento De Terça a Domingo das10h às 18h Na última terça-feriado mês até às 22h


Seus imponentes pilares vermelhos e o vão livre de 74 metros representam de sua arquitetura. Em seu acervo: Monet, Delacroix, Cézanne, Picasso, Van Gogh, Mondigliani. Isso somente citando artistas da escola francesa, para incluir as outras vertentes artísticas, e escultores, soma-se à lista nomes como Diego Rivera, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Almeida Júnior, Rodin, Ernesto di Fiori e Victor Brecheret. O MASP é um marco cultural de São Paulo, peça fundamental do mosaico da Avenida Paulista. O projeto inicial do museu foi desenvolvido pelo jornalista e empresário, Assis Chateaubriand, e pelo crítico de arte italiano, Pietro Maria Bardi. Inaugurado em 1947, o MASP ocupava, inicialmente, quatro andares do prédio dos Diários Associados, império midiático de Chateaubriand. São Paulo, na época capital financeira do país, foi a cidade escolhida para a instalação do MASP. O terreno foi doado à prefeitura, mas com a condição de que o projeto arquitetônico do prédio preservasse a vista para o centro da cidade e da Serra da Cantareira, que se estende pelo vale da Avenida 9 de julho. 12 anos decorreram entre projeto e execução da obra. A arquiteta responsável, Lina Bo Bardi projetaou um prédio moderno e ousado para época. O vão livre de 74 metros, que dá vista ao centro, funcionaria, segundo o projeto de Lina, como uma grande praça para crianças e Daniele Seridório

Daniele Seridório

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP

famílias, com brinquedos e plantas. Na ocasião da comemoração dos 40 anos do museu, em 1990, foi quando os pilares ganharam a cor vermelha. A coleção do MASP viajou por diversos países durante a construção do prédio, entre eles França, Itália e Japão. O acervo ganhou fama e reconhecimento internacional. Na ocasião da inauguração da nova sede, autoridades e personalidades estiveram presentes, entre eles, a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra. Desde 1969 o acervo do MASP é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional – IPHAN, mesmo órgão que tombou o prédio do museu em 2003. Atualmente, são mais de 8mil peças na coleção. O MASP é membro do “Clube dos 19”, que reúne os museus com expressivas coleções de arte européia do século XIX. É também o museu mais freqüentado de São Paulo, recebe mais de 50 mil visitantes por mês, segundo dados da Folha de São Paulo de 2009. A visita é uma experiência cultural paulistana, que proporciona contato com arte, arquitetura e a atmosfera da Avenida Paulista. Endereço Avenida Paulista, 1578 – Metrô TrianonMASP Horário de Funcionamento Segunda-feira: fechado De terça a domingo: das 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30) Quinta-feira: das 10h às 20h (bilheteria até 19h30).

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A história desse centro cultural começa em 1925, quando o arquiteto Christiano Stockler daas Neves projetou o prédio, que só veria sua na consctrução finalizada em 1938. Marcante por seus traços e detalhes sóbrios, a arquitetura da, então, Estção Júlio Prestes, segue o estilo Luis XVI. O prédio pertencia na época a Estrada de Ferro Sorocabana, mas problemas administrativos fecharam a empresa, e fizeram com que seu patrimônio passasse por outras coorporações. Até que, em 1997, a antiga Fepasa foi entregue à União, e o edificio da Sala São Paulo foi repassado a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, que transformou-o no Complexo Cultral Júlio Prestes. O projeto era ousado - transformar uma estação ferroviária em sala de concertos - e

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exigia trabalho acústico de exelência. A reforma levaria ao que seria a primeira sala de concertos do país, sede da principal orquestra brasileira, a Osesp, Orquetra Sinfônica de Sã Paulo, O arquiteto responsável Nelson Dupré viajou para a América do Norte e Europa, visitando salas de conertos famosas para buscar referências, estudar os elementos e a acústica dos prédios. A empresa de consultoria em design norte-americana Artec, sugeriu um forro móvel, que se adequa aos diversos espetáculos. A consultoria acústica de José Augusto Nepomuceno e de profissionais da empresa Condephaat foram essencial para a definição dos detalhes da futura Sala São Paulo. O forro móvel da Sala São Paulo é composto por quinze painéis, que aumentam ou diminuem o volume de ar no espaço, assim, alteram o tempo que o som demorar para

percorrer a sala, influenciando, entre outros aspectos, na clareaza do som. Sendo assim, a sala se adapta ao concerto, e ao modo da música. Para José Agusuto Nopomuceno, “O projeto da Sala São Paulo é um exemplo vivo no qual acústica e arquitetura fundem-se num único corpo que é a própria sala. Tudo é acústica e tudo é arquitetura”. A utilidade cultural agregadada ao antigo prédio da estação foi importante para a revitalização da área em que estpa situado no Centro Cidade, nas redondezas outros acervos culturais atraem e movimentam pessoas na região, a Pinacoteca e o Museu de Arte Sacra de São Paulo. Endereço Praça Julio Prestes, nº 16 Para concertos e agenda visite: www.osesp.art.br Assessoria - Tuca Vieira

Sala São Paulo


O popularmente conhecido Mercadão carrega muitos dos sabores da cidade da garoa. O Mercado Municipal de São Paulo foi inaugurado em 1933, por iniciativa do então prefeito José Pires do Rio, que deu requinte ao popular cobrindo a estrutura com belos vitrais e acabamento perfeccionista. Importante estrutura comercial que representa a cultura e a história da cidade, através principalmente do paladar, o prédio neoclássico e sua estrutura arquitetônica renomada abrigam hoje frutas, temperos, queijos, vinhos, peixes, condimentos e uma infinidade de outras riquezas paulistas que enchem os olhos e criam paisagens multifacetadas que não encontramos em qualquer lugar. Atualmente o local é referência nacional por tal grande variedade de cores, aromas e

sabores e por pratos distintos e tradicionais como o lanche de mortadela e o pastel de bacalhau: atraentes convites ao paladar. Passear pelo Mercadão é um deleite para quem procura descobrir novos sabores. Em mais de 12000 m² o galpão guarda um pouco de todas as partes do mundo dentro de cada nova quitanda descoberta. Se quiser realmente conhecer a cidade, este lugar é parada obrigatória. Endereço: Rua da Cantareira, 306 - Parque Dom Pedro II - Centro (Metrô São Bento) Tel.: (11) 3326-6664 Horário de funcionamento: Segunda a sábado, das 6h às 18h. Domingo e feriados, das 6h às 16h. OBS: Fechado todo último domingo do mês para manutenção.

Pinacoteca

Assessoria

Jéssica Mobílio

Mercado Municipal de São Paulo

A Pinacoteca do Estado é o mais antigo museu de artes visuais da cidade de São Paulo. Fundado em 1905, o local começou a ganhar espaço de prestígio no cenário cultural com apenas 26 obras, que foram transferidas do antigo Museu do Estado, atual Museu Paulista da Universidade de São Paulo, para seus aposentos. Atualmente seu acervo mantém vivo mais de nove mil obras expressivas, com foco para a produção brasileira dos primórdios do século XIX até a contemporaneidade. A Pinacoteca, hoje, realiza mais de 30 exposições por ano e recebe cerca de 500 mil visitantes anualmente. O primeiro andar do museu concentra obras temporárias e o segundo é dedicado às pinturas e esculturas que permanecem por um período de tempo maior – totalizando 10 salas sob as mais variadas temáticas. Carregando uma rica história de existência a Pinacoteca quase foi extinta por diversas vezes – como no ano de 1930, quando o Exército interditou o museu desejoso de transformar o local em quartel-general ou dois anos após quando

revolucionários ocuparam o local. Além das tradicionais obras, muito mais há para ser contemplado por ali. A curiosa estrutura externa inacabada, com tijolos a vista, que findou por se tornar motivo de contemplação retratam, quase fielmente, a realidade de um museu impregnado de vivências e histórias que valem a pena ser conhecidas. Próximas exposições: - Artur Lescher: Inabsência de 20 de outubro a 27 de janeiro 2013 - O mais parecido possível – o retrato de 20 de outubro a 17 de fevereiro 2013 - Ana Maria Pacheco de 10 de novembro a 03 de fevereiro 2013 - Aberto fechado: caixa e livro na arte brasileira de 20 de outubro a 13 de janeiro 2013 Horário de funcionamento: Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h. Às quintas até as 22h. Endereço: Praça da Luz, 02 - Luz Tel.: (11) 3324-1000

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por Natália Girolamo

http://cineinblog.atarde.uol.com.br http://esperandopaulo.blogspot.com

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http://anoiteamericana.files.wordpress.com

Opinião

Existe (muito) cinema em SP

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Centenas de presos encurralados no pátio da prisão, sentados com as cabeças baixas e olhares desesperados. Do lado de fora dos muros, o metrô vai e volta, sem se importar. Essa clássica cena de Carandiru (2003), de Hector Babenco, traduz bem a palavra de ordem na capital: velocidade. Com o ritmo frenético da selva de pedra, não é de se estranhar, portanto, que ir ao cinema seja uma atividade tão querida pelos paulistanos: a cidade pede o aconchego de uma poltrona e de um bom filme. Como grande metrópole que é, São Paulo exerce um poder sob as pessoas: nos esmaga com a dinâmica da vida moderna até o ponto em que sucumbimos ao vazio existencial e à solidão. “São Paulo S/A” (1965), de Luiz Sergio Person, desenvolve bem essa ideia por meio de um drama psicológico intenso tendo como base a insatisfação pessoal e a sufocante vida de um trabalhador da classe média paulistana.Há sempre muita gente por perto, mas parece que o paulistano não sabe extrair deste mar de gente uma vida calma. “Cama de Gato” (2001), de Alexandre Stockler, aborda muito bem essa questão, fazendo um filme no qual 3 adolescentes ilustram a sedenta busca pela adrenalina, sem medir consequências. É essa a temática mais marcante nas produções paulistanas: a exploração do euinterior conturbado e descontente- alguns diriam até frio e analítico. São Paulo marca seus filmes com um brasão do peso, porquê é assim que somos, complexos. “A via Láctea” (2006), de Lina Chamie, visualmente encantador e instigante aborda essa essência paulista complicada de maneira simples, as perdas e a vida nas ruas engarrafadas da cidade. Quando à personalidade paulistana, já diria Donny Correa: “o nosso mar é a


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http://www.planetatela.com.br

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http://www.portalraj.com.br

Avenida Paulista, onde todos são distintos e ninguém se importa, absortos da pressa e na metafísica íntima”. Destacam-se, portanto, filmes que problematizam, em primeira instância, a questão individual para, depois, elevar a problemática aos níveis da sociedade. É o caso do aclamado “Bicho de Sete Cabeças” (2001), de Laíz Bodanzky, que aborda a loucura e a questão do tratamento displicente nos manicômios. Em “Cidade Oculta” (1986), de Chico Botelho, temos uma São Paulo alagada pela marca da imoralidade e do caos, em um tom pós-moderno e totalitário. Novamente o individual é exaltado, por meio da escolha entre se entregar ou não ao mundo sujo da corrupção. Em São Paulo, primeiro você lida com a sua cabeça e depois com a cabeça dos outros.

http://www.ouff.org

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1) Carandiru 2) São Paulo S/A 3) Bandido da Luz Vermelha 4) A Via Láctea 5) Linha de Passe 6) Ano em que Meus Pais Saíram de Férias


por Paola Patriarca

São Paulo:

diversidade cultural, correria e trabalho Perfil

Para o jornalista Alan Faria, o melhor de morar na grande metrópole é ter de tudo um pouco

Arquivo Pessoal

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Alan na redação do jornal “Agora São Paulo”.


São Paulo, capital do Estado. A cidade que não pára. Uma das maiores metrópoles do mundo, com muitas oportunidades de emprego, investimentos e oportunidades culturais. Mas como é o perfil desses paulistanos que estão o tempo todo correndo contra o tempo e contra o trânsito? Alan Faria, 28 anos, paulistano, é repórter do jornal “Agora São Paulo” do Grupo Folha de São Paulo. É por meio da visão desse apaixonado pela sua cidade natal, amante da Avenida Paulista, que vamos conversar a respeito das dificuldades, sonhos e dos seus desafios. Alan também nos conta quais são seus lugares favoritos em São Paulo e o que deve ser feito para conhecer melhor a cidade. “Acho que o paulistano ou quem deseja morar em São Paulo não deve ter preguiça e não deve ser acomodado”, enfatiza. Revista Eixo: São Paulo, a cidade que não pára e uma das maiores metrópoles do mundo, com muitas oportunidades de emprego, investimentos e oportunidades culturais. Para você, qual a melhor definição para a cidade de São Paulo? Alan Faria: Diversidade. Em São Paulo, você encontra de tudo e gente de tudo que é canto do país e do mundo. Basta dar uma perambulada pela Avenida Paulista ou até mesmo pelo centro da cidade. Outras duas boas palavras que descrevem a cidade são correria, as pessoas estão sempre correndo para chegar ao trabalho, em casa ou a algum evento cultural, e trabalho, pois não é à toa que muita gente vem para São Paulo em busca de realizar os seus sonhos. RE: Você mora em São Paulo há muito tempo e já se acostumou com a rotina de um paulistano. Como é a sua rotina na metrópole? Quais são os seus costumes? AF: Eu nasci em São Paulo. Só fiquei fora da cidade durante os quatro anos de faculdade, na Unesp, em Bauru. Ao voltar para cá, engraçado dizer isso, acabei entrando em uma rotina típica de todo o paulistano, que é de muito trabalho e correria. Porém, com um diferencial: por ter ficado longe da cidade e ir para Bauru, onde, infelizmente, tem pouca opção cultural (à época, só havia quatro salas de cinema em Bauru – ainda bem que havia o Sesc para me salvar), eu criei um olhar de turista em São Paulo. Assim, desde que me formei e voltei a morar aqui, eu entrei no ritmo da cidade, trabalhando bastante, como todos os paulistanos, mas faço questão de, durante a semana, depois do trabalho, ir ao cinema, a um bar ou uma peça de teatro. Então, geralmente, eu vou à academia pela manhã, trabalho à tarde (das 13h às 21h) e depois vou ao cinema, ao teatro ou encontrar amigos em um barzinho. Nos fins de semana eu não fico em casa. Aí, é colocar uma mochila nas costas e vasculhar São Paulo. Gosto dos cinemas da região da Paulista e dos shows que rolam nas unidades do Sesc da capital. Tem também a praça Roosevelt e bares da região da Augusta, onde é uma delícia papear com amigos.

RE: Quais são as maiores dificuldades ou até mesmo as maiores mudanças na rotina diária para quem é do interior do estado e chega para morar em São Paulo? AF: Acho que a maior dificuldade para quem é de fora e vem morar em São Paulo é o tempo que se gasta se locomovendo na cidade. Enquanto, em Bauru, por exemplo, é possível cruzar da Unesp à rodoviária com uma hora de caminhada mais ou menos, isso é impossível em São Paulo. Aqui, o trânsito realmente atrapalha a vida do paulistano e afeta sua saúde. Assim, é preciso sempre se organizar para cumprir todos os planos. RE: Em São Paulo, tem algum lugar que você mais gosta ou faz você lembrar momentos ou histórias marcantes em sua vida? AF: Eu gosto da região da Avenida Paulista. Por vários motivos: há sempre alguma coisa acontecendo lá. Seja uma manifestação de feministas ou hare krishnas dançando na calçada. A diversidade social, sexual e religiosa na Paulista é gritante, e eu gosto muito disso. Sem contar que, estando lá, você está próximo a boas salas de cinema, com programação ímpar; perto de bares/botecos descolados, com cerveja gelada e gente bonita. E tem mais: de lá, você consegue ir facilmente para outras áreas da cidade, onde tem boas baladas também. RE: Você nasceu e cresceu em São Paulo. Como foi sua infância na cidade? AF: Por incrível que pareça na minha infância brinquei muito na rua, algo que se vê pouco em São Paulo – a não ser na periferia da cidade, acho eu. Quando era pequeno, até os 14 ou 15 anos, a minha rua era toda residencial. Logo, a meninada toda ficava na rua, jogando bola, brincando de esconde-esconde etc. Hoje em dia, minha rua mudou bastante (continuo morando no mesmo lugar): há uma série de clínicas médicas, estacionar o carro virou lucrativo para a Prefeitura que implantou um lance que cobra para estacionar na rua. E eu não vejo ninguém mais brincando na rua. RE: Em sua opinião, qual é o perfil ideal para o paulistano? Quais são os sonhos paulistanos? AF: Acho que o paulistano, ou quem deseja morar em São Paulo, não deve ter preguiça e não deve ser acomodado. Os problemas todos de São Paulo, que são inúmeros (trânsito, transporte público ruim, violência, especulação imobiliária – está caríssimo morar em São Paulo hoje em dia), quase “obrigam” quem mora aqui a ficar em casa. Então, quem vem para São Paulo precisa lutar contra tudo isso para “se dar bem na cidade”. E, quando eu escrevo/digo “se dar bem na cidade”, quero dizer trabalhar, sair, conhecer gente diferente, beber, dançar até altas horas e interagir com a cidade.

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Arquivo Pessoal

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RE: Quanto à cultura, São Paulo oferece muita coisa, desde teatros até cinema, shows e museus. Dentre elas, quais as que você mais gosta e por quê? AF: Eu gosto de tudo um pouco. Sou fascinado por cinema e sempre que possível vou ao Espaço Itaú de Cinema (antigo Espaço Unibanco), Reserva Cultural ou Cine Livraria Cultural, onde ficam em cartaz filmes “de arte”, não hollywoodianos e nacionais. Queria ir mais vezes à Cinemateca, que é linda de doer o coração. Gosto de teatro também, principalmente os mais alternativos: então, gosto de assistir às produções nos Sescs, na Augusta ou na praça Roosevelt. A cena musical paulistana está bem aquecida. Tem muita gente boa fazendo música por aqui, como Tulipa Ruiz, Tié, Ana Cañas, Banda Uó, Mariana Aydar. E essa turma faz shows em lugares “mais intimistas”, como o Studio SP. Então, sempre dou uma passada nesse local. RE: Avenida Paulista, como a definiria? AF: Lugar onde tudo acontece. Basta ficar de olhos bem abertos, se permitir. RE: Como é ser um repórter em São Paulo? Quais são as dificuldades e as facilidades? AF: Acho que repórter é repórter em qualquer lugar. O fato de eu morar em São Paulo não me diferencia de nenhum, ainda mais hoje em dia com internet, skype, facebook e telefone. Sendo assim, não sei dizer quais seriam as dificuldades e as facilidades. Talvez o fato de trabalhar em um jornal de grande circulação, de um grupo forte de mídia, possa me diferenciar, pois acaba “abrindo” mais as portas, o assessor pode ser mais generoso contigo, te concedendo uma entrevista exclusiva com a fonte. Acho que o meio influencia mais do que o lugar (cidade) em que está. RE: Para você, o que São Paulo tem de melhor e o que pode melhorar?

Alan sempre reecontra seus amigos na Avenida Paulista. Para ele, a Avenida é o lugar onde tudo acontece.

AF: O melhor de São Paulo é que é uma cidade que tem de tudo um pouco. A diversidade cultural e populacional dessa cidade é gritante e linda de se ver em todos os lugares. Porém, para ser tocado por isso, é preciso se permitir, querer interagir com a cidade – embora as pessoas sejam extremamente individualistas. Mas quem disse que somos “tocados” por outros só conversando e tocando, não é mesmo? Pode melhorar: transporte público (é preciso urgentemente um plano de vários governos para essa cidade andar e as pessoas pararem de gastar até três horas para chegarem aos seus destinos – isso é humilhante e uma violência!). Isso, a meu ver, é o grande problema da cidade hoje. Mas tem muita coisa para melhorar ainda.

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por Ariane Amaro

A moda paulistana

Uma entrevista que vai fazer com que você entre de cabeça na moda da cidade

Moda

A cidade que nunca dorme. São Paulo é assim: dinamismo, sofisticação e muita cultura por entre as altas torres da cidade e a moda segue as mesmas tendências. O paulistano é moderno, antenado e tem estilo. A moda é dinâmica e muda a cada estação. As grandes semanas de moda costumam definir as tendências que os fashionistas vão seguir. Se você viaja para esta grande cidade, não pode deixar de fazer compras nas grifes que refletem o estilo paulistano e tem ganhado as vitrines do mundo, como por exemplo, a Cavalera, Collins, Ellus e Alexandre Hercovitch. Então, se você está planejando sua viagem para a capital não pode deixar de saber mais sobre o mundo fashion que acontece na cidade. Por isso, entrevistamos a Consultora e Coach em Moda, Estilo e Comportamento, Ekaterina Barcellos. Na entrevista a seguir você vai aprender dicas preciosas sobre São Paulo. Preparado? Então vamos lá.

http://www.meuestiloeesse.blogspot.com.br

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Revista Eixo: Qual a principal característica da moda paulistana? Ekaterina Barcellos: A moda paulistana é casual, esportiva e sensual com um toque fashion. A Paulistana é mais urbana, prefere looks versáteis que possam ser usados, devido à rotina corrida, do início do dia até o final da noite. A mesma roupa deve se adequar a três situações diferentes: trabalho, lazer e compromissos noturnos. Isso muda fora da capital onde a vida é menos agitada e há tempo para mudar de roupa a cada evento. RE: Qual é a cor que vai dominar no próximo verão? EB: São muitas as cores. E misturas entre elas também. As misturas chamamos atualmente de blocos. As famílias de tendências de cor serão 5: 1ª) Neon e Flúor: amarelo flúor, limão, laranja citrus, verde vibrante, pink fluorescente, azul neon e lilás neon. Forte retorno do amarelo e do laranja. 2ª) Azuis: Royal, Klein, Cobalto, Celeste, Turqueza, etc. 3ª) Neutras: mto branco, off white, areia, nude, khaki , militar, índigo, a dupla branco e preto. 4ª) Candy colors ou pastéis: rosa Dior, pêssego, verde menta, azul céu, amarelo creme. 5ª) Metálicos : tecidos metalizados, com brilho ou apliques metálicos: dourado, bronze, cobre, cromo, prata.

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RE: E o Acessório? EB: A tendência mais jovem/hype são os Spikes (pinos metálicos) ou tachas que detalham bolsas, sapatos, jaquetas e confirmam a força deste material, como o “cap toe” sapatos com ponteira de metal. As sapatilhas continuam em alta e os sleepers se mantém, assim como os peep toe e meia pata. Em Londres e Paris vi bolsas maiores em cores mais fortes ou bolsa bijoux, tamanho mini. E nanos colares em Miami muita pedras, as golas Peter Pan, golinhas bijoux e colares bijoux curtos, decorados com pedras e chatons.

EB: Vou falar das mulheres. Não pode faltar uma calça jeans skinny ou flare (que alarga abaixo do joelho), uma camisa branca ou estampada, um vestido preto chic curto para a noite, uma blusa casual, uma bermuda ou calça capri, um Scarpin ou Peep toe (meia-pata), um tênis e uma jaqueta de couro curta.

http://www.modaetc.com.br

RE: Se um turista for visitar São Paulo que peças não podem faltar em sua mala?


RE: O que pode ser considerado um look tipicamente paulistano? EB: Nada é mais paulista do que um belo jeans ou calça preta de corte atual com camisa branca ou estampada, mangas dobradas e óculos escuros ‘estiloso’. A mania desta década da paulista é usar bolsa Louis Vuitton “falsa” ou verdadeira, aquela inteira de logotipo LV. Quando viajamos ao exterior identificamos logo de cara uma paulista/ brasileira por usar sempre esta bolsa. RE: Qual a peça mais usada no dia-a-dia em São Paulo? EB: Acredito que no dia-a-dia seja a calça jeans, disparado. RE: Como se vestir para a noite paulistana? EB: Vestido preto justo curto sexy, saia curta chic e top com brilho ou vestido longo casual sensual. Sandália ou Scarpin plataforma ou meia-pata. RE: O que diferencia o estilo paulistano dos outros estados?

http://www.mercadomoda.blogspot.com.br

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EB: A paulista é mais urbana e contemporânea. A mineira é fashion Victim quer sempre usar o grito da tendência, a carioca é mega esportiva e ligada ao corpo. Usa muita estampa e visual despojado. Em outros estados a moda é mais irregular, variando entre vestidos de diversos tipos sem padrão à terrível calça funkeira justíssima e inadequada.


por Juliana Cavalcante

Tira gosto Pelo interior afora algumas verdades, assim como alguns sabores, permanecem as mesmas: comida boa precisa ser farta, simples e feita em um delicioso fogão à lenha. Debaixo do caramanchão as velhas cozinheiras debruçavam seus aventais, de colher de pau em punho, para mexer seus tachos de ferro fundido e encher seus jarros de barro com mais água da bica. Na mesa farta do sertão paulista – do pudim de pão, frango recheado, leitão à pururuca, bife de caçarola e pastel de carne – o que não faltava era água na boca. A fazenda, porém, se mudou para a cidade, e as rodovias trouxeram consigo as pizzarias, churrascarias e restaurantes refinados com os sabores e dissabores da transformação. O torresminho, a linguiça acebolada e o dedo de branquinha não tinham mais aquele sabor típico da roça. Os pratos agora moravam no largo da matriz e tinham endereço fixo. Restou o saudosismo com uma pitada de pimenta e coentro, mas a saudade também tem memória gastronômica. Ou não é?

Gastronomia

Viagem gastronômica através de São Paulo

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“A gastronomia é a mais sublime das artes” Jorge Amado


ipal Prato Princ Esta história de amor começa ainda no século XVI, quando os colonizadores e a população indígena, unindo seus hábitos e suas influências, disseminaram o costume de se consumir animais de pequeno porte, algumas espécies de raízes e grãos em geral – alimentos que favoreciam sua cultura nômade. Com o surgimento dos pratos mais elaborados, a população foi criando e aprimorando receitas que contavam a história de um povo viajante, rico em sabores fortes e desejoso de novas experiências. Entre os pratos que fizeram história e sobreviveram ao tempo, podemos citar o

cuscuz paulista, o bolo de quibebe e a famosa farofa de içá – o caviar de Monteiro Lobato – feita com parte do abdome da formiga tanajura, reinando soberano. Desta mesma panela saíram os doces paulistas tradicionais, que reconstroem a história do surgimento da cidade da garoa e são saborosa recordação do cardápio colonial. Por falar em garoa, quem nunca saboreou o imperial bolinho de chuva? Nesta lista ainda encontramos a goiabada cascão, a canjica, a paçoca de amendoim, o arroz doce, o pão de ló, o creme de ovos. Se entre os séculos XVI e XVIII pouca

coisa mudou na cozinha dos lares paulistanos, após este período a transformação veio junto com os novos imigrantes. Colônias japonesas, italianas e libanesas se fixaram e trouxeram novos hábitos alimentares. Mistura-se isso à abertura de novos bares e restaurantes com um pouco de industrialização e podemos ver ao longe a silhueta do que é o prato principal de São Paulo: a mistura de muitas culturas e o lar da gastronomia mundial: o almoço está na mesa!

Divulgação

20 Sanduíche de mortadela

Pizza de presunto di parma

Bolinho de virado à paulista

Coma bem em Sampa Segunda-feira: Virado de feijão ou picadinho de filé-mignon. Terça-feira: Dobradinha ou arroz com feijão, couve, farofa e pastéis. Quarta-feira: Feijoada (se repete aos sábados). Quinta-feira: Macarrão com frango ou rabada com polenta. Sexta-feira: Peixe: filé de pescada ou bacalhau.


Ingredientes Sal grosso a gosto 1kg de costela bovina em pedaços 1kg de mandioca descascada e em pedaços 2 cubos de caldo de costela 4 xícaras (chá) de água 2 xícaras (chá) de bacon em cubos 4 cebolas cortadas em 4 partes 2 dentes de alho picados 2 tomates picados 2 tomates batidos no liquidificador Sal a gosto Cheiro verde a gosto para polvilhar

CHEF GIGIO COMIGLIA Cuscuz Paulista Ingredientes 2 xícaras (chá) de farinha de milho 1 xícara (chá) de farinha de mandioca fina 2 tabletes de caldo de galinha dissolvidos em 2 xícaras (chá) de água quente Para o cuscuz 8 colheres (sopa) de azeite 1 cebola picada 6 dentes de alho amassados pimenta dedo de moça picada a gosto 500 g de peito de frango cortado em cubos (temperados com sal/alho/pimenta) 1 colher (chá) de colorau 6 tomates sem pele e sem sementes picados

Misture as farinhas. Molhe as mãos no caldo e vá umedecendo as farinhas, esfregando-as nas mãos até finalizar o caldo. Reserve. Aqueça o azeite, amoleça a cebola, o alho, a pimenta, junte o frango refogue por 10 minutos. Adicione o colorau, os tomates, deixe amolecer, coloque o molho de tomates e o caldo de frango, deixe apurar. Acerte o sal. Misture os demais ingredientes: palmito, ervilha, azeitonas, as sardinhas, os ovos cozidos, os camarões, salsinha, cebolinha e coentro. Vá adicionando as farinhas aos poucos, até obter uma mistura uniforme. Unte com azeite uma forma com furo no meio, coloque o cuscuz acertando a massa com as costas da colher para ficar homogêneo. Decore com: camarões, filé de sardinha, ervilhas frescas, ovos cozidos, azeitonas cortadas em rodelas.

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Vaca Atolada

Esfregue sal grosso na costela e embrulhe com papel celofane próprio para churrasco e assados. Coloque em uma fôrma e leve ao forno médio, preaquecido, por 1 hora e 30 minutos. Enquanto isso, cozinhe a mandioca na panela de pressão com o caldo de costela e a água por 20 minutos, após iniciada a pressão ou até ficar macia. Retire o papel e o excesso de sal da costela e reserve. Em uma panela de fundo grosso, frite o bacon, em fogo médio, até soltar a própria gordura e dourar. Adicione a cebola e frite por 3 minutos. Acrescente o alho e o tomate picado e refogue por mais alguns minutos. Adicione o tomate batido no liquidificador, os pedaços de costela e a mandioca com a água do cozimento, cubra com água quente, se necessário, e deixe cozinhar por 20 minutos em fogo baixo. Acerte o sal, polvilhe com o cheiro-verde e sirva.

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Receita do Chef Se viajar e conhecer novos lugares também é construir lembranças únicas e memoráveis, somos do time de cozinheiros amadores que acredita ainda ser possível criar e inovar também sem precisar sair de casa. A l g u ns c hef s de co z i n h a profissionais já se uniram a esta causa e preparam especialmente para você alguns pratos que, para eles, tem a cara e o sabor de São Paulo. Vale a pena conferir! Bom apetite!

Divulgação

CHEF FERNANDO SANTOS


por Jessica Mobílio

Até surdo ouviu

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Em São Paulo, a década de 80 é marcada pelos primeiros grupos de dança de rua. A mistura de batidas e passos marcados embala letras de reivindicação social. As gerações continuam a carregar o movimento que parece se consolidar na esfera paulistana. O aparecimento de rappers e das rinhas de mestre de cerimônias ascendem uma nova classe, e essa não é mais social. Na capital, os grupos de rap chegam a centenas, e os bailes reúnem dezenas de milhares de jovens todos os finais de semana. Afinal, o estrondo é tão alto que até surdo ouviu. Breakdance no metrô São Bento e as vendas de discos na Rua 24 de maio. O primeiro documento musical de Hip Hop, é de 1988. ‘A cultura de rua’ é uma coletânea de canções de rappers da época que firmou o movimento nas praças. Mas e agora? A força do movimento é tanta que foi criado o Fórum Paulista de Hip Hop que abrange várias cidades do estado. O coordenador do projeto no interior, Renato Moreira, explica que a iniciativa é uma resposta ao crescimento do estilo: “os encontros discutem ideias que viabilizem a dispersão do movimento pela cidade”. No centro de São Paulo, a proposta ainda vai além, são criadas programações educativas para inserir o Hip Hop no cotidiano dos jovens. Em setembro de 2012 foi realizada a semana Hip Hop da capital. “Vamos fazer barulho não para mim, mas para o rap bauruense”, diz Coruja BC1. Jovem do interior paulista que acaba de lançar a primeira mixtape da carreira, uma coletânea de canções baseada na rotina de desigualdades que passou na infância. Já o codinome Coruja, Gustavo Vinicius Gomes de Sousa garante que o recebeu, aos nove anos de idade, quando se mudou de Osasco para Bauru. Já a sigla BC1 foi escolhida por ele mesmo, denominada “busca do conhecimento em primeiro lugar”.

Jessica Mobílio

Música

O som da periferia e das letras carregadas, a entrevista com um rapper

Lurdes da Luz canta no SESC Bauru - São Paulo


Coruja BC1 é um dos protagonistas da cena no interior. Junto com ele, vários rappers, DJs, B. Boys e demais artistas do ramo têm vivido uma fase de explosão produtiva e atraído um público, chegando inclusive a quebrar os muros simbólicos da periferia e ocupar diversas áreas da cidade. O rapper conta que os amigos foram fundamentais para construção de seu trabalho. Desde a base musical, a capa da

mixtape, as gravações, os shows e divulgação nas redes sociais. Ele ainda menciona o coordenador do acesso Hip Hop, Renato Moreira que o vem ajudando durante todo esse processo. A frase “Até surdo ouviu” é título da primeira gravação do rapper. Ao perguntar o porquê, Coruja fala de Nina Simone, cantora e compositora americana, a qual usou de base musical. “Escutando a música

dela, antes de samplear, pensei que até se eu fosse surdo, entenderia o sentimento que ela passava. E veio o nome da hora, acredito que se a música é feita de coração, ainda que não se tenha o sentido da audição, alguém irá senti-la”. Saindo das periferias para a capital, o Hip Hop invade as casas de shows, enche a boca dos jovens e por fim, as batidas marcadas intensificam a real mensagem do movimento.

Jessica Mobílio

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O rapper Criolo


Revista EIXO: Sobre o que compor? BC1: “A inspiração para compor nasce de um sentimento e vontade de desabafar sobre alguma coisa. Se estou feliz escrevo que estou feliz, cada experiência acrescenta e soma na minha vida, nas minhas letras e necessidade de compor”. RE: O Hip Hop é um estilo de vida? BC1: “É muito mais que um estilo de vida. Ele me resgatou de tudo de ruim que o

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mundo me oferecia, e foi o maior presente que Deus me deu juntamente a minha família, amigos e fôlego da vida. Penso no movimento 24 horas por dia, chega ser um vicio”. RE: O Acesso Hip Hop é um espaço de fomento à cultura, como se deu essa aproximação? BC1: “O ponto de cultura Acesso Hip Hop é uma riquíssima ferramenta de troca de informações, trabalhos, formação e incentivo e total apoio aos artistas da cena. É um trabalho que vai além da musica. Às vezes temos que criar oportunidades por não tê-las, o legal do acesso é isso, capacita grupos e os formadores de opinião a ter o conhecimento necessário para lutar pelo estilo”.

para o estilo musical? BC1: “O Hip Hop é um compromisso e tem espaço pra todos que vêm de coração e não por embalo, e que se você está na cultura, viva de coração e agradeça por esta nessa cultura tão abençoada”.

O que é? Samplear: Utilizar trechos de registros sonoros existentes para montar uma nova composição. Freestyle: Se caracteriza principalmente por letras improvisadas, expressando o que sente sobre determinado assunto. Exemplo: batalhas de MCs, os mestres de cerimônia.

RE: O que diria para quem está entrando Jessica Mobílio

“O Hip Hop é um estilo de vida”, assim começa a minha entrevista com Coruja BC1. O primeiro contato com a linguagem do Hip Hop foi aos seis anos de idade, na periferia de Osasco, pequena viela do bairro Munhoz Júnior. Desde então, participa de rodas de Freestyle e gravou suas primeiras músicas neste ano.

Coruja BC1 participa de festival de música independente


por Lígia Ferreira

Madá para os íntimos

Assessoria

“Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite”. Ed Motta torna-se incompleto quando falamos de São Paulo. Lá, todo mundo espera alguma coisa na noite de todos os dias. Afinal, opção é o que não falta. Conhecido como um dos bairros mais charmosos da cidade, a Vila Madalena é um exemplo disso: bar, padaria, bar, café, bar, livraria, bar, sebo, bar, balada, agito, encontro, paquera. É por isso que a Vila Madalena é sinônimo de boemia. Pergunte para qualquer pessoa e a resposta será: “Na Vila Madá vai um

pessoal mais boêmio; lá tem mais barzinhos que balada. Já o pessoal mais hipster cai pra Augusta”, afirmou Ana Paula Amaral, estudante de jornalismo em São Paulo. Mas, se hoje o reduto independe pertence à Augusta, um dia esse reduto já foi da Vila. Na década de 90 era comum amigos se encontrarem nos famosos barzinhos do cenário alternativo, no qual qualquer pessoa poderia tocar o seu som.“Mourato Coelho com a Cardel Arcoverde, era ali que os alternativos se encontravam: Punks, Metaleiros, Skatistas, Clubbers e

Skinheads”, disse Yuhu Minami, estudante de arquitetura, em uma conversa casual. Nessa época se via muito boteco, muita cerveja barata para clientes baratos. O Psiu (Programa de Silêncio Urbano) não existia, então os bares ficavam abertos até quase o sol nascer. Carrinhos de cachorro quente dominavam as ruas. “De lá pra cá Vila Madá mudou. Bares mais chiques foram se instalando e hoje em dia se confunde com a Vila Olímpia, outro bairro cheio de bares muito requisitados. Aquele cenário hipster que existia morreu, foi nascer lá na

Noite

Com aura charmosa e intelectual, Vila Madalena oferece aos boêmios de plantão noite agitada todos os dias

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Assessoria

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Augusta, porém, o que nunca vai mudar na Vila é aquele velho reduto boêmio de sempre”, comentou Yuhu. A fama de bairro boêmio surgiu na década de 70, quando a Vila começou a ser freqüentada por estudantes universitários e, desde então, o bairro se tornou reduto de artistas e intelectuais, tornando-se símbolo da boemia e efervescência cultural. A Vila que durante o dia é o cenário principal de lojas, à noite torna-se palco dos apreciadores de cerveja, dispostos a pagar até oito reais por uma long neck, desde que essa cerveja seja apreciada na Vila Madalena. Moradores do bairro comentam que não existe noite vazia, afinal são quase 300 estabelecimentos divididos entre bares, botecos, restaurantes e lanchonetes. O bairro se diferencia também pelo fato dos moradores não se acomodarem somente no carnaval do sambódromo da cidade. Durante o mês de fevereiro os paulistas e turistas também podem sair às ruas da Vila atrás de blocos carnavalescos. Mas, para quem prefere o samba da avenida, pode também conferir os ensaios da escola Pérola Negra, na quadra da rua Girassol. Mas se o seu lance mesmo é a night

pode ter certeza de que opções não irão faltar. O ‘Enfarta Madalena’ é uma balada daquelas de quem curte uma boa música e gosta de dançar. O lugar existe há 14 anos e é caracterizado por ser bem eclético. O “Jacaré Grill’ tem fama de ter comida maravilhosa, da cerveja ser a mais gelada da Vila e de qhe a galera que frequenta é muito style e bonita. Já o ‘Laje Club’ é a baladinha do momento, justamente porque não há nada na Vila com a “cara” do Laje. Danielle Ortiz, freqüentadora assídua diz o porquê o Laje é tão diferenciado. “Tem programação especial todos os dias, o espaço é no tamanho certo, a decoração é extremamente diferenciada e há um terraço para fumódromo, já que a maioria dos bares daqui colocam os fumantes na calçada”, comenta Danielle. Mas se o seu rolê é mais outsider seu lugar é a Subastor que tem um clima pub, pessoas descoladas e ótimos drinks. E por fim, se o seu “rolê” é mais sussa, com pessoas bacanas, cerveja justa e música boa o lugar certo pra ir é no Zé Presidente. Por isso a Madá nos faz um pedido: Boêmios, uni-vos, a casa é de vocês!

Anota aí! ENFARTA MADALENA - Fidalga, 46 (11) 3819-3119 www.enfarta.com Possui página no Facebook ESPAÇO ZÉ PRESIDENTE - Cordeal Arcoverde, 1545 (11) 2894-8546 / (11) 7841-7096 www.Zepresidente.com.br Possui página no Facebook JACARÉ GRILL - Harmonia, 305 (11) 3816-0400 www.jacaregrill.com.br Possui página no Facebook LAJE CLUB - Harmonia, 354 (11) 3031-0611 / (11) 7836-7320 www.lajeclub.com.br Possui página no Facebook SUBASTOR - Delfina, 163 (11) 3815-1364 http://www.subastor.com.br/pt-br/ Possui página no facebook

Assessoria


Ensaio

por Jessica MobĂ­lio

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Existe amor em SP


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“Da dura poesia concreta de tuas esquinas” Caetano Veloso

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“Um labirinto místico Onde os grafites gritam Não dá para descrever” Criolo

Créditos: Jéssica Mobílio

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Mini Guias São Paulo

Babbili Pizzeria e Forneria São Paulo é sinônimo de pizza! Essa charmosa pizzaria na Vila Madalena oferece mais de 40 tipos de ingredientes para incrementar o disco de massa.

ONDE COMER?

Onde: Rua João Lira, 97, Loja B - Leblon Telefone: (11) 3051 5881

210 Diner

Ohka

Nada melhor que um bom hambúrguer para terminar a noite. O 210 Diner oferece o melhor hambúrguer gourmet segundo a edição “Comer&Beber” da Veja São Paulo.

A culinária japonesa já conquistou o paladar do brasileiro, e a capital paulista oferece diversos restaurante para degustar o peixe cru. E o Ohkan, no Itaim Bibi, oferece peixes frescos em ambiente jovem.

Onde: Rua Pará, 210 - Consolação - São Paulo - SP Telefone: (11) 3051 5881

Onde: Rua Professor Carlos de Carvalho, 105 - Itaim Bibi - São Paulo - SP Telefone: (11) 3078 3979


Le Jazz Brasserie

Empório Nordestino

Bistrô de comida francesa, mas sem pesar no bolso. Na lista de pratos principais, vão bem o filé au poivre guarnecido de espinafre e fritas e a bisteca dupla de porco grelhada ao lado de purê de batata e brócolis.

Diversos petiscos abrem o cardápio, mas a especialidade da casa é a carne de sol na brasa com manteiga de garrafa, feijão-verde-tropeiro, arroz, vinagrete, purê de mandioca mais mandioca frita ou cozida.

Onde: Rua dos Pinheiros, 254 - PinheirosSão Paulo- SP Telefone: (11) 2359 8141

Onde: Largo Da Matriz De Nossa Senhora Do Ó, 144 - Freguesia Do Ó- São Paulo-SP Telefone: (11) 3931 3101

Baruk - Vila Olímpia

Tandoor

Rodízio de comida árabe, com grande variedade. Para comer até dizer chega!

Comida indiana por um preço bom. Além da culinária, a casa se destaca pela ambiente, proporcionando uma viagem barata ao Oriente.

Onde: Alameda Raja Gabaglia, 160 - Itaim Bibi- São Paulo- SP Telefone: (11) 3045 9999

Onde: Rua Doutor Rafael de Barros, 408 Vila Mariana- São Paulo- SP Telefone: (11) 3885 9470


Mini Guias São Paulo

Instituto Butantan Três museus fazem parte do acervo do instituto. No Biológico, há 90 animais entre cobras, escorpiões, aranhas, sapos e lagartos. No Museu da Microbiologia microscópios permitem a observação de bactérias e fungos. Um serpentário ao ar livre e um Museu Histórico complementam a visita.

ONDE SAIR?

Onde: Avenida Doutor Vital Brasil, 1500 Butantã - São Paulo - SP Telefone: (11) 3726 7222

25 de Março

Wet’n Wild

Funciona em horário comercial. Ambulantes e lojistas vendem de tudo a preço convidativo. Vale pelo passeio, aventura e compras.

Quando as temperaturas sobem vale fugir para a cidade vizinha, Campinas, e passar um dia no parque aquático Wet’n Wild. As crianças – e os adultos – vão adorar.

Onde: Rua Vinte E Cinco De Março, s/n - Sé - São Paulo – SP

Onde: Rodovia Dos Bandeirantes, Km 72 Fazenda Tamburi - Campinas - SP Telefone: (11) 4496 8000


Genial

Hooters

A decoração é diferente com caricaturas e quadrinhos que enfocam geniais como Carlos Gardel, Noel Rosa e Frank Sinatra. E o cardápio variado.

Ambiente barulhento, cheio de TVs ligadas em esporte e sua marca registrada é o atendimento feito por garotas de rouda curta. Tudo isso regado a chope.

Onde: Rua Girassol, 374 - Vila MadalenaSão Paulo- SP Telefone: (11) 3812 74420 Para crianças com até 1 metro de altura.

Onde: Rua Gomes De Carvalho, 1575 - Itaim Bibi- São Paulo- SP Telefone: (11) 3842 3300 ou (11) 3842 1493

The Blue Pub

The Queen’s Head

Exibe sobre o balcão torneiras de chope importado, entre elas dos ingleses London Pride e Old Speckled Hen.A carta de cervejas traz setenta rótulos,como a ruiva inglesa Spitfire.

Shows de pop e rock danimam o pub de quinta a sábado (exceto nos feriados). Das torneiras saem chopes como o inglês London Pride e o irlandês Guinness. A variedade de cervejas em garrafa é ainda mais atrativa.

Onde: Alameda Ribeirão Preto, 384 - Bela Vista- São Paulo- SP Telefone: (11) 3284 8338

Onde: Rua Tucambira, 163 - Centro Brasileiro Britânico - Pinheiros- São Paulo- SP Telefone: (11) 3774 3778


Mini Guias São Paulo

Bourbon Convention Ibirapuera Hotel quatro estrelas, fica ao lado do Shopping Center Ibirapuera, 2km do Parque Ibirapuera e 4km do Aeroporto de Congonhas.

ONDE FICAR?

Onde: Avenida Ibirapuera, 2927, São Paulo, CEP 04509-001 Telefone: (11) 2161 2200

Green Grass Hostel

Fasano

Hostel é sempre uma boa saída quando a grana está curta, ainda mais o Green Grass, que fica a 2 minutos do metrô.

Se o dinheiro não é problema e você procura requinte, conforto e gastronomia surpreendente, o Fasano é o lugar. 12 km do Aeroporto de Congonhas, 28 km do Aeroporto de Garulhos, 5 minutos do Parque Ibirapuera, MASP e Avenida Paulista.

Onde: Rua Herval, 427 - Belém - São Paulo/ SP - CEP 03062000 - Brasil Telefone: (11) 2385 4010

Onde: Rua Vittorio Fasano, 88. Jardins, São Paulo. Telefone: (11) 3896 4000 – (11) 3896 4156


Travel Inn Ibirapuera Aqui, hotel e prédio residencial têm entradasdiferentes, o que garante organização no fluxo de pessoas. Os quartos são confortáveis com conservação impecável.

Os quartos são simples e confortáveis. Mas o charme fica por contar do conjunto da pousada, que inclui uma cafeteria e o Ziláh Gourmet, restaurante brasileiro.

Onde: R. Borges Lagoa, 1179 Telefone: (11) 5080-8600

Onde: Al. Franca, 1621 (Jd.Paulista) Telefone: (11) 33062-1444

Marabá Palace

Hilton Morumbi

Está a poucos passos da tradicional esquina das avenidas São João e Ipiranga e ao lado da Praça da República. Melhor opção de hotel no centro da cidade.

Apesar da estrutura e serviço ser em grande parte voltada para executivos, as opções de lazer também são atrativas: academia (sem custo adicional, com aulas de boxe e spinning), piscina (com bela vista no 28º andar) e tratamentos de spa com essências amazônicas.

Onde: Av. Ipiranga, 757 (Centro) Telefone: (11) 2137-9500

Onde: Av. das Nações Unidas, 12901 (Brooklin Novo) Telefone: (11) 2845-0000


$

por Natália Girolamo

Dinheiro Paulistano US$2,00 em São Paulo fica em torno de US$5,00”. O economista afirma que a busca deve ser por uma maior eficiência administrativa, aumentando a qualidade dos serviços e diminuindo a burocracia desnecessária e os desperdícios de recursos públicos.

Para Renata Broder, estudante de História da USP, o alto custo não tira o brilho da cidade, já que morar em uma cidade global abre um leque de inúmeras oportunidades. “Aqui eu consigo fazer o que eu quero quando eu quero, então o preço acaba sendo baixo”, afirma.

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Divulgação

Cidade que nunca dorme. Motor do Brasil. Esses são alguns dos muitos rótulos que a cidade de São Paulo carrega. Mas uma coisa é fato: realmente dependemos dos paulistanos quando o assunto é economia. Isso fica visível quando analisamos as exportações. Em 2010, o estado de São Paulo exportou cerca de US$ 52 bilhões em 2010, respondendo por 26% do total nacional. E cerca de 38% desse valor foi gerado por 15 produtos (vide tabela). É por isso que de acordo com o professor e economista Dr. Euro Marques Jr.: “se a capital paulista fosse uma nação, seria a 40ª maior economia do mundo”. A grande maioria dos produtos, 89%, são industrializados e destinados para Mercosul (19%), União Européia (17%), Associação Latino-Americana de Integração – Aladi (16%), Ásia, (12%) e Estados Unidos, incluindo Porto Rico (10%). Mas não é somente pela produção que uma economia é analisada, fatores como custo de vida e arrecadação tributária também precisam entrar na equação. São Paulo sofre o impacto do custo Brasil, com carga tributária elevada, infraestrutura aquém das necessidades, educação deficiente, problemas ligados à segurança e corrupção e demais problemáticas que encarecem o custo de vida. Marques demonstra por meio de uma simples comparação o quanto é caro viver em São Paulo: “usando o preço do Big Mac como comparativo, enquanto em Hong Kong ele custa pouco mais de

Economia

Da onde vem e para onde vai: conheça a economia mais forte do Brasil


Principais times: Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos

PIB: 1º do Brasil R$ 389.317.167 mil

Total população: 11.244.369 Homens: 5.323.385

Desemprego: 5,7%. em julho 2012 IBGE

Mulheres: 5.920.984

Ponte

Participação no PIB nacional: 12% Receitas: 24.238.361.881

Oito milhões de

Gentílico: paulistano

ponte aérea 2º mais movimentada

Despesas: 22.415.262.681 Agropecuária: 25.052

São Paulo

Indústria: 66.864.809 Serviços: 255.757.556

Bioma: Mata Atlântica Área (km²): 1.523,278 Densidade demográfica (hab/km²): 7.387,69

IDH: 0,841 (2000) Transporte Público: Metrô, trens da CPTM e ônibus interurbanos. Escolaridade: 11,25% da população estudaram 15 anos ou mais Turismo: 3ª cidade mais visitada do Brasil, recebe 18,69% dos turistas


Total população: 6.323.037 Homens: 2.960.954

Principais times: Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo

Mulheres: 3.362.083

aérea passageiros fizeram a Rio-SP em 2011do mundo.

Gentílico: carioca

PIB: 1º do Brasil R$ 175 739 349,500 mil Participação no PIB nacional: 4,1% Receitas: 11.089.715.255

IDH: 0,842 (2000) Transporte Público: Metrô Rio, trens urbanos da Supervia, Barcas S.A e ônibus interurbanos. Escolaridade: 11,24% da população estudaram 15 anos ou mais Turismo: 1ª lugar mais visitado, 34,13% dos turistas (EMBRATUR 2010)

Despesas: 9.908.361.052 Agropecuária: 53.001 Indústria: 20.989.746 Serviços: 118.271.379

Bioma: Mata Atlântica Área (km²): 1.200,279 Densidade demográfica (hab/km²): 5.265,81

Rio de Janeiro

Desemprego: 5,4% 2011 IBGE


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