Compasso

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BUSCA - OS PRIMEIROS PASSOS

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os momentos finais do fechamento deste suplemento, ainda discutíamos as pautas que poderiam cair, os retoques na diagramação, a mudança de cores de uma matéria, as legendas de fotos e a substituição de uma ou outra imagem. Apesar de toda a correria e stress, como jornalistas, essa foi a nossa escolha. Optamos por uma profissão, que ao longo dos anos, cada uma de nós descobrirá o que de melhor (e também de pior) ela traz. Em nossa equipe feminina há quem já tenha pensado em ser dentista, aeromoça, modelo, socióloga, engenheira florestal, advogada,publicitária, nutricionista, bióloga, entre tantas outras opções. No fim, todas acabaram escolhendo o jornalismo. E foi pensando nas inúmeras possibilidades de escolha profissional que uma pessoa tem, que surgiu a idéia de fazermos um suplement...o especial sobre profissões e o mercado de trabalho. A dúvida na hora da escolha do caminho profissional a seguir é grande, não só pela diversidade de cursos que as universidades apresentam, mas por tantas outras questões que norteiam uma escolha tão importante: existem profissões que realmente garantem um bom retorno financeiro? É possível ter sucesso profissional sem fazer uma faculdade? Universidade pública ou particular? Existe vocação? Religião pode ser profissão? O que, de fato, é sucesso profissional? Nesta edição, procuramos responder algumas dessas questões, e ajudar, principalmente, aos jovens que ainda enfrentarão o mercado de trabalho. Mas, acima de respostas, procuramos mostrar o valor que cada profissão tem de forma singular, na satisfação pessoal de cada um, e de forma coletiva, pois uma sociedade precisa de pessoas que abracem diferentes papéis na hora do trabalho. E todos têm o seu valor.

Equipe Compasso.

3 | BUSCA O medo do vestibular Adolescentes também trabalham 4 | FORMAÇÃO Faltam homens, o mercado de trabalho procura. Estágio abre portas ao mercado de trabalho 5 | FORMAÇÃO Passos curtos para o mercado de trabalho Para dentro da gaveta 6 | PROFISSÃO “O João vai ser padre” 7 | PROFISSÃO Dureza X Glamour 8 | PROFISSÃO Entrevista com o ator Pedro Garcia Netto 9 | PROFISSÃO Carreira Militar é opção para muitos jovens 10 | PROFISSÃO O emprego instantâneo 11 | PROFISSÃO Cadê o patrocínio? Jovens ganham espaço no mundo dos negócios 12 | CURIOSIDADES Encarando o R.H Profissões em Extinção

Expediente Jornalista responsável: Ângelo Sottovia Aranha MTB: 12.870 Edição: Ana Beatriz Assam, Ana Carolina Levorato, Ana Lígia Corrêa, Camila Mello, Daniele Seridório, Jéssica Mobílio, Luana Rodriguez, Paola Patriarca, Renata Coelho, Soraia Alves Reportagem: Ana Beatriz Assam, Ana Carolina Levorato, Ana Lígia Corrêa, Camila Mello, Daniele Seridório, Jéssica Mobílio, Luana Rodriguez, Paola Patriarca, Renata Coelho, Soraia Alves Fotografia: Daniele Seridório, Jéssica Mobílio, Luana Rodriguez, Paola Patriaca Diagramação: Ana Beatriz Assam, Ana Lígia Corrêa Capa: Ana Beatriz Assam Trabalho para as disciplinas de Jornalismo Impresso II e Planejamento Gráfico II sob a supervisão dos professores Ângelo Sottovia e Renata Malta Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Unesp – Bauru

Dezembro, 2011

O Medo do vestibular Adolescentes acreditam não estarem preparados para as provas Luana Rodriguez

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o Brasil, o principal meio de admissão nas Universidades acontece através das provas dos vestibulares. Os principais exames que acontecem no final do ano e chegam a ter mais de 130.000 inscritos. Porém, a grandes partes dos estudantes que saem direto do ensino médio não se sentem confortáveis para realizar a prova. Recentemente, o ministro da Educação, Fernando Haddad declarou que o Ensino Médio é usado como pedágio para se chegar à faculdade. A afirmação do ministro, que defendia o ENEM, colocou em cheque a qualidade do ensino médio brasileiro e a preparação do jovem para o ingresso nas faculdades. Para a psicopedagoga, Maria Cristina Alves, o ves-

tibular é uma barreira de acesso às universidades, principalmente públicas, para as camadas mais pobres da sociedade. “O ensino médio brasileiro é fraco, e as provas exigem conhecimento que muitas vezes não são passados em sala de aula” afirma Maria Cristina. Ela ainda defende que hoje, tem mais chances de entrar em boas universidades quem estudou em escolas particulares, ou tiveram a chance de fazer um curso pré-vestibular. A psicopedagoga ainda critica a forma do vestibular. “O modelo da prova é arcaico, e os exames não avaliam o verdadeiro conhecimento adquirido no Ensino Médio, mas simplesmente informações memorizadas pelo vestibulando”, afirma. Para ela outro erro da prova é o fato das questões serem elaboradas sem que haja uma compreensão mais profunda dos conteúdos e o vestibulando não desenvolve um raciocínio crítico. Maria Carolina Ferrari, estudante, compartilha da mesma opinião da psicopedagoga. Vestibulanda pela primeira vez esse ano, acredita que o ensino adquirido por ela não é o suficiente para cursar Relações Públicas na USP. “A USP é muito concorrida. Sinto que além de ter que aprender muitos conteúdos ainda, minha rotina de estudos não é suficiente para passar no vestibular esse ano”, opina a estudante que já procura um curso preparatório para o próximo ano. Victor Martinez, também estudante, vai além. Vestibulando pela segunda vez, ele acredita que fatores como estresse e falta de concentração também interferem no desempenho da prova. Apesar desses problemas, Angélica Pastori, coordena-

Foto: Luana Rodriguez

Sumário

Ao leitor,

Ás vesperas da Fuvest, estudantes se preparam para prova mais disputada do Brasil.

dora de cursinho pré-vestibular acredita que há enormes vantagens em utilizar o vestibular como meio de acesso ás universidades. “A principal vantagem é a impessoalidade da prova e da correção. Já que o anonimato é garantido, todos os candidatos têm chances iguais de concorrerem às vagas, segundo, é claro, o preparo acadêmico de cada um, não havendo favorecimento em nenhuma das partes envolvidas”. Além disso, Angélica ainda afirma que o vestibular também proporciona o acesso igualitário às universidades para qualquer pessoa, visto que não há discriminações de origem. Algumas propostas já foram feitas ao congresso para substituir o Vestibular, uma delas é a utilização das notas obtidas pelo candidato durante os ensinos fundamental e médio.

Adolescentes também trabalham Menores aprendizes garantem primeira experiência profissional e colaboram com empresas. Ana Lígia Corrêa

Thais Oliveira Silva é uma adolescente de 17 anos que estuda, vai pra balada, adora curtir os amigos e é fã da banda Restart. Além disso, Thais trabalha todos os dias na Prefeitura Municipal de Bauru, auxiliando os funcionários nas tarefas administrativas e atendimento ao público. Para Thais, o trabalho foi uma maneira de ter seu próprio dinheiro e conseguir aprender atividades rotineiras que, no futuro, servirão de experiência para a área que pretende seguir: Administração de Empresas. “Todo dia eu aprendo coisas novas aqui. Converso bastante com todos os funcionários para saber a tarefa que eu devo fazer, levo processos e papeis em muitos departamentos e todos me tratam muito bem”, afirma a estudante e menor aprendiz. O termo menor aprendiz é designado para jovens entre 14 e 24 anos, inscritos em programas de formação profissional, que estabelecem um contrato de aprendizagem de no máximo dois anos, e carga diária de trabalho de no máximo seis horas, com órgãos empregadores. Além de aprendizado, a possibilidade de certa independência financeira e, principalmente, de encontrar o primeiro emprego, são alguns dos benefícios que Thais encontrou ao participar do CIPS – Consorcio Intermunicipal de Promoção Social. O CIPS é uma entidade social sem fins lucrativos que presta atendimento a crianças e a adolescentes. Localizada na cidade de Bauru, a instituição tem como principal objetivo a qualificação profissional de jovens com idade entre 14 e 18 anos, provenientes de famílias de baixa renda. Por meio dele, jovens como Thais enxergam a possibilidade de inserção no mercado de trabalho e, consequentemente, uma melhoria na qualidade de vida, já que passam a ganhar o próprio salário e contribuir com a família, por exemplo.

Na cidade de Bauru o número de menores aprendizes é de aproximadamente dois mil jovens. Esse tipo de mão-de-obra é importante para o menor, que ganha experiência profissional, inclusão no mercado de trabalho e na sociedade, bem como para o empregador, que colabora com a vida desses jovens trabalhadores e garante um futuro profissional melhor a esses adolescentes. Para a funcionária Luciana Martins, responsável na orientação de desenvolvimento das tarefas profissionais de Thais, a garota é uma mão-de-obra excelente, já que colabora diretamente para o andamento dos trabalhos do departamento do qual ela faz parte. “As tarefas mais burocráticas, como enviar processos e recolher assinaturas e até mesmo coisas simples, mas que tomam tempo, como tirar cópias e organizar pastas, posso contar com ela e confiar que vai ficar tudo certo. Claro que eu sempre oriento, principalmente no atendimento ao público, mas sem ela, tudo

Foto: Ana Lígia Corrêa

Organização de pastas, processos, e das mesas de trabalhos são algumas das tarefas burocráticas desenvolvidas pelos menores aprendizes

seria muito mais difícil”, completa. E Thais complementa que, além do trabalho que desenvolve, cria laços afetivos que vai levar para toda a sua vida pessoal e profissional “Aqui é como se fosse uma família. Ao invés de ficar em casa sozinha navegando na internet ou vendo TV, eu posso conhecer novas pessoas que me ajudam muito. E também é um jeito de ganhar meu dinheiro”, acrescenta. Serviço O CIPS fica na Rua Inconfidência, 2-28, Centro de Bauru. O telefone de contato é 3879-6961, e o site, com maiores informações sobre cursos e processos seletivos é http://cips-blog.blogspot.com/


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FORMAÇÃO - A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO

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FORMAÇÃO - A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO

Faltam homens, o mercado de trabalho procura As universidades analisam demanda econômica para implantar seus cursos Jéssica Mobílio

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ensino superior sofreu adequação regional. Mas ao que se deve essa movimentação? É uma via de mão dupla. Há tempos, as graduações e ensinos técnicos têm experimentado o ritmo acelerado de crescimento. As instituições particulares e públicas de ensino mostram que os cursos estão, cada vez mais, voltados às necessidades de uma região, tanto econômicas como sociais. Os estados brasileiros vêm delimitando um mercado de trabalho específico, e consequentemente, a mão de obra é impulsionada a desenvolver capacidade para suprir os buracos econômicos. O interior paulista é fruto desse diálogo. A cidade de Jaú (SP) é conhecida pelas confecções e distribuição de sapatos femininos em municípios vizinhos. O ex-deputado jauense, José Paulo Toffano, argumentou sobre a

importância da atividade, “Claro que existe a vocação para a produção do calçado feminino e que reflete nas cidades da região, como Bariri, Bocaina, Mineiros do Tietê, Dois Córregos, Barra Bonita”. Para isso, o SESI (Serviço Social da Indústria) criou o curso de Design de calçados e a FATEC Jahu, também tem um curso voltado para o ramo. Em Bauru, o governo federal construirá, ainda em 2012, um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFPS) com previsão de entrega para 2014. Segundo vice-prefeita, Estela Almagro (PT), o centro educacional é resposta à defasagem de profissionais e ao desenvolvimento da cidade. “A demanda de cursos fica a cargo de análise do governo federal, mas determinamos que o curso de geografia fosse uma prioridade. Temos defasagem de professores da rede pública de Bauru. É uma demanda regional”.

Estela complementa e ressalta a importância da escola, “O nosso papel é realizar um trabalho de divulgação do instituto entre os cidadãos bauruenses, porque os jovens carentes não acreditam que fazem parte desse projeto. Devemos focar neles, o crescimento desses jovens é o objetivo”. O instituto deve contemplar nove municípios da região. O Curso de Radialismo da UNESP de Bauru é outro modelo de demanda. O Prof. Marcos Américo, de Comunicação Social, lembra da história do curso. “Bauru faz parte da história da televisão brasileira. Tivemos aqui a primeira emissora de tevê do interior paulista na América Latina. Isso cria uma circunstância não só profissional, mas histórica para que se crie um curso de Rádio e TV por aqui. Isso pode ser considerado uma raiz”. Ele afirma que os cursos de audiovisual ainda são poucos, “No total, para escolas públicas, são apenas 45 vagas para o estado de São Paulo e o interior paulista. Apesar de existir cursos particulares voltados para a área, a demanda ainda é alta e desproporcional”. A última década mostrou-se promissora para os cursos de graduação e escolas técnicas em todo o país. O Censo da Educação Superior 2010 revela que 973.839 estudantes concluíram cursos de graduação, segundo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Em nove anos, de 2001 a 2010, o número de pessoas que freqüentaram o ensino superior dobrou, de 400 mil estudantes a quase um milhão. Os investimentos em aprimoramento profissional têm caracterizado o cotidiano dos brasileiros. No entanto, as preocupações com formação em nível superior vão além da carga pessoal.

Estágio abre portas ao mercado de trabalho Olá, Vida Real! É essa a impressão que os novos formandos das faculdades têm quando pegam o seu diploma. Camila Mello

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esmo sendo muito gratificante terminar um curso em uma faculdade e saber que uma boa parte da base necessária para enfrentar o mercado de trabalho já foi adquirida, os jovens sabem que isso não é o suficiente. Aquela palavrinha que sempre assusta parece não sair mais de suas cabeças: experiência. Existem aqueles precavidos, como Juliana Souza; “Logo que iniciei a faculdade de Administração de Empresas, fui à busca de estágios, pois sabia que seria mais fácil conseguir um emprego se eu tivesse alguma experiência.” Juliana viu sua primeira oportunidade de estágio em um anúncio no mural de sua faculdade. Depois de passar por uma seletiva conseguiu ser contratada. Com o término do contrato, a estudante não ficou parada e foi em busca de outras oportunidades. Concluiu o curso de Administração de Empresas em 2009, com a experiência de três estágios. “Durante todos esses estágios foi possível adquirir bastante experiência na área administrativa, e tudo que eu fui aprendendo, levei de um estágio ao outro, sempre demonstrando o meu diferencial”. Juliana acha muito importante as faculdades exigirem o estágio, pois conta muito na hora de enfrentar o mercado de trabalho. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Estágio (Abres) Seme Arone Junior, é aconselhável que os jovens busquem uma vaga desde o primeiro ano de curso, assim é possível construir uma carreira profissional de sucesso. O estágio profissional é considerado por vários espe-

cialistas o principal meio de inserção do jovem no mercado de trabalho. Com ele a pessoa ganha a oportunidade de aplicar na prática o que aprendeu na faculdade e de vivenciar a rotina de sua profissão, dando o primeiro passo na carreira. Porém, conseguir estagiar representa um grande desafio para os estudantes do Brasil. Existem 5 milhões de estudantes universitários matriculados no país e, de acordo com dados de pesquisa da Abres, apenas 740 mil vagas de estágios são disponibilizadas, o que representa 14,5% do total de estudantes. Com a oficialização da Lei do Estágio em 2008, que regularizou e garantiu direitos aos estagiários, muitas empresas e corporações passaram a entender a importância da contratação. Da mesma maneira as vantagens aumentaram para os estagiários, que passaram a ter carga horária de 6 horas diárias, recesso remunerado, auxílio transporte e bolsa auxílio para os estágios que não são obrigatórios. Por outro lado, muitas empresas fecharam as portas para os estagiários, tendo em vista que estes têm direitos semelhantes aos dos empregados formais Estágio é um ato educativo e investir na formação acadêmica é essencial. Uma das formas eficientes de conseguir um estágio é através da internet. Muitos sites estão disponíveis na rede, sendo eles pagos ou gratuitos. É o caso do site estagiarios.com, que atua desde 1999 no segmento de busca, seleção e contratação de estagiários. Segundo Giuliano Bortoluci, diretor de atendimento do estagiarios.com, “a eficiência se deve ao fato de que a internet agiliza e desburocratiza o processo de busca e seleção, além de racionalizar os custos inerentes a estas contratações.”, afirma. Se você está se formando ou quer adquirir experiência para melhor formação profissional veja dicas de portais de seleção no box ao lado.

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Passos curtos para o mercado de trabalho “O mercado precisa de funcionários multifacetados”, afirma Guilherme. A grande procura de cursos técnicos é uma tendência. Odil Zepper, coordenador do curso de Moda do Senac e da USC e professor no ensino técnico/profissionalizante, acredita que Ana Carolina Levorato “diante das gerações X e Y é inevitável que essa modalidade se consagre como target s cursos técnicos, que até a alguns anos eram [alvo]”. destinados principalmente aos que entravam no ensino médio, tornaram-se uma opção para quem já Corra aluno, corra completou essa etapa, mas não tem condições de fazer Segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, uma pessoa com curso técnico no uma faculdade ou ainda não decidiu que área quer tra- currículo tem 10% a mais de chances de conquistar um lugar no mercado de trabalho. balhar. “O aluno do tecnológico é motivado a ser um pouco mais empreendedor para corresDesde 1997, o ensino técnico não é mais vinculado ao ponder à volatilidade do mercado” afirma o coordenador. médio, tornando-se uma escolha do jovem que acaba de Monique Rocha, estudante de Moda na Universidade Sagrado Coração indica que concluir os estudos, quer entrar no mercado de trabalho um curso curto é uma ótima opção para quem quer trabalhar, mas não sabe ao certo de uma forma mais rápida ou, até mesmo, aprimorar-se que área seguir. “Como esses cursos são rápidos, o aluno não perde tanto tempo caso em cursos de curta duração. ele queira mudar de área após se formar”. Monique afirma também que existe uma É importante lembrar que os cursos de qualificação maior facilidade na escolha da área na hora de se especializar “dentro da moda acabei profissional normalmente não exigem o ensino médio. Já descobrindo que o que eu realmente gosto é de modelagem!”. para os técnicos, o aluno precisa ter completado o segunJá os cursos superiores de curta duração, como, por exemplo, gastronomia, minisdo grau, ou cursá-lo paralelamente. trado na Universidade do Sagrado Coração, possuem um público com expectativas disEm Bauru, escolas e universidades trabalham para se tintas. A aluna Gabriely Brefe, formada em 2010, fez gastronomia motivada pela paixão adaptar às novas opções. Conhecidos em território nacio- pela cozinha. Para Gabriely, o curso foi uma experiência única e deve ser igualmente nal, escolas como Senai e Senac estão na cidade e ofe- reconhecida, já que “mesmo sendo de curto prazo, consegue-se aprender bastante”, recem cursos de construção civil, mecânica automotiva, afirma. tecnologia, informática, panificação, moda, radialismo, A criação de mais escolas profissionalizantes é fundamental na educação brasileira. entre outros. “Precisamos sempre procurar nos atualizar e estar de olho no que o mercado quer e Para o coordenador de atividades técnicas do Senai, exige. Incentivar os alunos a crescer e ser independente é nossa missão”, afirma Guiprofessor Guilherme Gonsales Panes, o perfil dos alunos lherme. que procuram o Senai são aqueles que querem se aperfeiçoar no ensino técnico industrial, aqueles que termina- Fotos ram o fundamental ou os interessados em cursos profis- 1 - Curso de Extensão de CupCake - Gabriely Brefe | 2 - Aula de desing de sapatos - Juba Zepper | 3 - Curso Técnico SENAI - Galeria de Imagens sionalizantes. Cursos técnicos e superiores de curta duração têm atraído cada vez mais os jovens

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Para dentro da gaveta Histórias de quem tem “um diploma a mais na manga”

Box: Ana Lígia Corrêa

“Sem nunca ter atuado na área fica difícil dizer com certeza do que não gosto. Ana Beatriz Assam Mas, se quer uma resposta, Após a decisão do STF, que derrubou a necessidade do não me vejo como repórter diploma de jornalismo, o ministro Gilmar Mendes afirmou de jornal”, declara o jovem. que a queda dessa exigência acabará por criar uma espéMesmo não se identicie de modelo de desregulamentação para outras profis- ficando com o jornalismo, sões. Isso faz com que muitos contestem a “necessidade” Diego continuou com o imposta pela sociedade de se fazer uma graduação. curso e hoje está indo para Por mais que existam algumas profissões que não exi- o último ano. Trabalhando gem diploma, em um mercado de trabalho competitivo, como redator em um blog uma formação superior é valorizada. Cursos técnicos e de tecnologia e desenvolprofissionalizantes se apresentam como um caminho rá- vedor web em uma agênpido de formação. Há muitos casos de pessoas que op- cia, o jovem afirma que tam por fazer apenas (ou também) um curso técnico com ainda está tentando descoa intenção de entrarem logo no mercado de trabalho brir como suas duas áreas O estudante Diego Melo fez curso de Técnico em podem ser úteis uma a ouInformática em 2005 na ETE Pedro Ferreiras Alves, em tra. Mogi Mirim. Atualmente cursando jornalismo, ele alega Mas, diferente de Diego, que após se formar no curso técnico, trabalhou durante 3 há quem tenha coragem de anos como Auxiliar Financeiro, enquanto fazia cursinho. encarar uma segunda graEle conta que já tinha certa vontade de fazer jornalismo, duação. Felipe Castro formas só decidiu de fato no dia da inscrição do vestibular. mou-se em 2005 no curso Aprovado, Diego não gostava do curso no começo. de turismo da antiga CE-

FET, atual IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo). Ele relata que decidiu cursar outra graduação desde o momento em que entrou na primeira, pois não via muita perspectiva na área. “Mas como o curso era federal e eu não sabia direito o que queria fazer novamente, resolvi terminar”, afirma. Durante esse tempo, o jovem amadureceu a ideia de fazer jornalismo. Passaram-se dois anos entre o fim da primeira graduação e o começo da segunda. Nesse meio tempo, Felipe revela que ganhou experiência na área de turismo, trabalhando em companhias aéreas e em uma agência de viagem. Um amigo foi o responsável por convencê-lo a prestar vestibular novamente. Segundo ele, foram 3 meses de estudo, que resultaram em uma provação no vestibular da Unesp. Atualmente, o recém-formado Felipe trabalha com comunicação em marketing e alega gostar da área. De acordo com ele, os ensinamentos usados diariamente, são os de jornalismo. No entanto, o jovem acredita que a área de turismo foi seu diferencial durante a procura por um emprego, ajudando-o a entrar na empresa onde trabalha atualmente. “Quando fiz a entrevista, eles tinham fechado recentemente contas com dois grandes clientes do segmento do turismo. Certamente foi um diferencial em relação a outros candidatos”, declara.


PROFISSÃO - HISTÓRIAS DE VIDA

“O João vai ser padre” Profissão, religião e vocação. Histórias de quem se dedica à Igreja Daniele Seridório

Éramos pouco mais de 10 jovens na turma de crisma, guiados por Luciana, a nossa catequista. Estávamos no ano de 2005, nos encontrávamos aos sábados de manhã na Igreja São José. Discutíamos os valores do sacramento, e Luciana tentava cultivar em nós a dedicação à vida cristã. Porém, o tempo e as atividades escolares nos levaram a outro caminho, era preciso estudar para sermos alguém na vida. O susto veio quando em uma missa, cinco anos mais tarde, vejo um de meus colegas no altar, João Vitor Bulle. Ele vestia uma túnica branca e auxiliava o Padre Aymoré. As palavras de Luciana incentivaram um daqueles jovens. João estava no primeiro ano do seminário. Fiquei curiosa, queria compreender porque um jovem escolheu o caminho da Igreja. Um ano depois, nos encontramos. Era um sábado, combinamos de ir à mesma igreja em que nos conhecemos. Acho aquele lugar nostálgico, são muitas lembranças e muita fé. Cruzei com a Luciana pelos corredores, dei-lhe um abraço, parecia que estava voltando no tempo. João chegou suado, veio a pé do Seminário, uma caminhada de uma hora. Secou a testa com um lenço e sorriu. Ele vestia uma camisa de gola pólo azul por dentro de uma calça de brim, segurava uma pasta de couro, que não foi aberta em nenhum momento. Na mão direita um anel de Túcun, para selar seu compromisso com os pobres. Ele me contou sobre o processo de discernimento da vocação, o quanto rezou e pediu a ajuda de Deus. Confesso que quase chorei quando ele descreveu o momento em que conversou com sua mãe. “Ela sempre quis ser avó, não poderia acabar com esse sonho. Eu frenquentava um grupo de oração, e um dia, no momento em que o santíssimo é exposto, pedi à Deus que ele me ajudasse. Cheguei em casa, ela olhou para mim e com lágrimas nos olhos disse ‘Filho você quer ser padre?”. No seminário sua rotina é regrada. Acorda cedo todos os dias e vai até o Instituto de Filosofia São Tomás de Aquino (INFISTA) para assistir aulas teóricas. As sextas, ele e seus colegas seminaristas são responsáveis pela limpeza do prédio. Após a missa podem sair, contanto que retornem até as onze da noite. João está com 19 anos, terminará os estudos de formação religiosa em cinco. Ainda precisa estudar mais um ano de filosofia no INFISTA, e quatro de Teologia, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Campinas. Para ser seminarista é preciso disciplina e principalmente fé. João me disse que dos que entram, em média, 10% se formam. Sempre fui católica, mas nesse ano comecei a namorar um evangélico. Passei a me interessar pelo modo que outros cristãos pensam, por isso, decidi procurar por um pastor para entender esse “Chamado de Deus”. A conversa foi por telefone. Ariovaldo mora em Uberlândia, sua fala mansa e o sotaque me deixaram à vontade. O pastor tem 32 anos e é também analista de sistemas. Frequenta a igreja desde os 16, quando se converteu cristão de natureza protestante. A vocação religiosa surgiu mais tarde, quando começou a se reunir com um grupo de punks, metaleiros e homossexuais em uma praça. Foram sete anos de evangelização na rua para que ele fosse ordenado pastor. Perguntei-lhe sobre a posição da Igreja Evangélica frente às novas tribos urbanas, as quais ele pastorava. Então, ele me apresentou o Tribal Generation. A ideia é fantástica. Eles se denominam “Igrejas para nova Geração”. É um grupo de pessoas que se dedica à evangelização de jovens que antes se sentiam excluídos, formando novos líderes dentro da igreja evangélica. São encontros regionais, nacionais e internacionais, vídeos

6 disponíveis na internet e, inclusive, uma escola para pastores. A Escola de Implantadores de Igreja. O diretor executivo do instituto é colega de Ariovaldo. Rafael Dhaer Machado, de 28 anos, contou-me, com o mesmo sotaque mineiro, mas de fala rápida, que existem três modalidades de curso. O modular, que consiste em 14 módulos, um por mês, aos finais de semana. O extensivo, que tem a duração de 6 meses, conta com aulas diárias. Já o treinamento intensivo, que acontece em algumas cidades, visa a formação de novas igrejas naquele contexto específico. Nas três modalidades de curso, a escola já formou mais de mil e trezentos líderes. Rafael me explicou que existe uma demanda no Brasil por pessoas treinadas que saibam trabalhar a questão da liderança cristã. “Nós nascemos do Tribal Generation porque víamos a necessidade de trabalhar essa geração emergente dentro das tribos urbanas. Percebemos que faltava capacitação, tínhamos poucos missionários”. Fiquei fascinada pelo movimento. Pensei como era importante disseminar a fé entre as novas tribos. Mas me perguntava se não existam “Eu frenquentava um grupo de oração, e um dia, outras maneiras de evan- no momento em que o santíssimo é exposto, pedi à Deus que ele me ajudasse” gelizar. Lembrei-me da música. Decidi procurar por algo que não conhecia, uma igreja mais conservadora. Fui até a Assembleia de Deus Madureira conversar com a banda de rock cristã Cais 513. Eles me esperavam no portão, eram cinco jovens. Todos de altura mediana, bem vestidos. Foram simpáticos. Entramos no prédio, fiquei surpresa com a dimensão. Eram quatro andares, a sala de reunião ocupava três deles. No principal havia um local para uma orquestra e várias cadeiras acolchoadas em auditório. Os outros dois eram mezaninos, de onde se via os instrumentos. A acústica do lugar era perfeita. Fomos ao último mezanino. Conversamos sobre vocação religiosa e a pretensão que eles têm de viver para a música. Ser pastor? “Isso não é para a gente, cada um tem um papel dentro da Igreja, e o nosso é fazer música”. Eles expuseram a necessidade que sentem em levar a palavra pela música. Para eles o rock cristão é o soldado de frente, que abre o caminho e a mente das pessoas para a igreja. Eles ressaltaram que é importante mostrar que não podemos ser robôs seguindo a Bíblia. Logo que cheguei em casa fui conferir o myspace da Cais 531. A música é boa. O rock é um pouco puxado para uma igreja conservadora. Apesar da diferença de religião, senti vontade de voltar a freqüentar as missas. No próximo fim de semana irei à Igreja São José, quem sabe não encontro meu amigo João por lá.

1- Na primeira foto, acima e a esquerda, João Vitor faz uma oração na paróquia São José 2 - Na foto acima e a direita, João mostra seu anel de Tucún 3 - Ao lado, os músicos Fleiton, Samuel, Leandro, Tiago e Alex: soldados de frente pela palavra de Deus. Fotos de Daniele Seridório.

PROFISSÃO - HISTÓRIAS DE VIDA

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Dureza X Glamour As dificuldades e os prazeres das profissões artísticas Soraia Alves

Há certas profissões que despertam os sonhos e fetiches das pessoas. O mundo artístico está cheio de profissionais que são vistos com tanta admiração que ganham status de celebridade, e têm suas vidas pessoais invadidas pela mídia. Se por um lado fama e sucesso são tão atraentes, por outro, parece que tais coisas são restritas, distantes da população comum. Assim, as mesmas pessoas que admiram atores, cantores e outros artistas, por vezes, desencorajam os próprios filhos a tentarem uma carreira artística. Estas profissões “não dão dinheiro”, como afirma a dona de casa Silvana Machado da Silva. Para ela, “poucas pessoas dão certo nessas profissões. A realidade é diferente, não é todo mundo que consegue aparecer na TV e fazer sucesso”. Silvana é mãe de Beatriz de seis anos, que ao ouvir a clássica pergunta “o que você quer ser quando crescer?”, responde sem demora: “cantora”. A mãe ri, e acha que a vontade da menina é apenas “coisa de criança. Quando ela crescer vai ter que estudar, se formar e ter uma profissão”. Algumas profissões que não exigem o diploma pendurado na parede parecem não ter o mesmo reconhecimento, mas exigem muita dedicação. É o caso do bailarino Louiz Rodriguez, 21, que já chegou a ter uma rotina diária de 12 horas de ensaios. “Hoje, depois de muito suar, minha carga horária é de 8 a 9 horas por dia”, conta. A história do dançarino, natural da cidade de Barra Bonita, mostra que, além da dedicação física, ele precisou conviver com mudanças de cidades e a saudade da família para chegar ao seu atual posto de bailarino da Cia Brasileira de Ballet, dirigida por Jorge Texeira e com sede no Rio de Janeiro. Até conseguir estabilidade, ele, que também já passou pela Escola do Teatro Bol-

shoi no Brasil, em Joinville, teve que ralar muito: “infelizmente o ballet, assim como outras profissões relacionadas à arte, não tem valor algum no Brasil. O salário não é dos melhores e o tipo de preconceito que enfrento hoje é de que faço algo que não é visto como uma profissão. É como se eu estivesse ‘brincando’ de dançar, quando na verdade eu vivo disso”. Por falar em preconceito, Louiz diz que sua família nunca viu problemas com o ballet. “Meu pai foi diretor de teatro, então me entendia bem. Sempre me alertou sobre a vida de um artista, que não é uma profissão fácil, mas que é gratificante”. Já com os colegas, a história foi diferente: “enfrentei preconceito de amigos que diziam que eu estava fazendo algo pra meninas, e me chamavam de gay.” Há também a confusão com arte e esporte: “Diferente do que muitos pensam, [dançar] não é um esporte, afinal não há modalidade ballet nas Olimpíadas. É arte, e só eu sei o que sinto quando estou no palco usando meu corpo”, explica e se emociona Louiz. A recompensa por tanto esforço vem na forma de aplausos a cada apresentação, e em alguns “privilégios”. Monte Carlo (Mônaco), Miami (EUA) e Pequim (China) estão carimbados em seu passaporte. Louiz ressalta a diferença da arte lá fora, “no meu ponto de vista, a arte em outros países está muito presente na cultura, diferente daqui. Lá fora é super normal ir ao teatro assistir a um ballet completo, que muitas vezes dura mais de 3 horas, ou a uma ópera”. Viagens também fazem parte da vida da modelo internacional Francine Pantaleao, 22. Chile, Itália, Espanha, França, Alemanha, Turquia, China e Filipinas são alguns dos países em que ela já trabalhou. A garota de Jaú conquista o reconhecimento de agências internacionais não só pela beleza, mas também por sua simplicidade e naturalidade com a qual encara o trabalho: “Não sonhava desde pequena em ser modelo, sabe? Eu queria estudar, fazer faculdade. Meu sonho era fazer história (risos), uma mudança total, né?”. Foi o professor de dança de Francine que a inscreveu no concurso Pernambucanas New Face, em 2005. O grande problema era sua timidez, mas os pais viram que ela levava jeito para o trabalho e decidiram investir na carreira dela. Foram diversos concursos nos quais Francine não foi a vitoriosa, mas sempre havia olheiros nas seletivas. Durante o concurso Ford, a agência Joy a contratou. “Depois disso, fui pra São Paulo e fiquei morando por três meses na cidade grande. Um tempo depois, consegui minha primeira viagem”. Ela foi para o México e lá ficou por um ano: “Tive que escolher entre os estudos e a carreira. Não cheguei a terminar o terceiro colegial”, conta. Além dos estudos, Francine aponta outros fatores que compõem o lado negativo da profissão: “há milhares de modelos, todas em busca da mesma coisa, é preciso correr atrás de trabalhos e castings. Lá fora, a agência te dá um mapa, e boa sorte. Você chega, e às vezes tem dez, doze castings por dia. Você tem que se virar, pegar metrô, busão e cumprir o horário. Às vezes tem 400 modelos no teste para duas ou três vagas.” O preconceito também está presente: “Quando alguém me pergunta o que faço e eu digo ‘modelo’, não leva a sério, acha que é só um hobby”. Ficar longe da família é o pior dos obstáculos. “São poucos os amigos verdadeiros. Os demais te vêem apenas como mais uma concorrente”, comenta. Se o glamour das profissões artísticas é grande, as exigências e as dificuldades também são. A maioria das pessoas não leva em consideração tais dissabores na hora de admirarem seus artistas favoritos, mas é essa admiração que, para eles, compensa todo o resto.

Foto 1- Francine Pantalaeo - editoriais de moda que fez pela Agência Joy. | Foto 2 - Louiz Rodriguez em apresentação pela Cia Brasileira de Ballet. | Foto 3 Na passarela Francine se destaca. Apesar do glamour, ser modelo exige sacrifícios. Todas as fotos são de arquivos pessoais


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PROFISSÃO - HISTÓRIAS DE VIDA

Entrevista com o ator Pedro Garcia Netto Apaixonado pelo trabalho, dedicado e talentoso, o ator bauruense Pedro Garcia Netto, de 33 anos, está crescendo cada vez mais em sua carreira artística. Começou aos 20 anos estreando em “Caça Talentos” no ano de 1996 na Rede Globo. Participou também de telenovelas como Filhas da Mãe, JK, Cobras e Lagartos, Eterna Magia, Casos e Acasos, Ciranda de Pedra, Caras e Bocas e Insensato Coração. Além desses trabalhos na televisão, Pedro é bastante ativo no teatro. Sobrinho de Edson Celulari, Pedro tem ganhado espaço no teatro e na televisão. Ele conversou um pouco sobre sua profissão. Paola Patriarca Quando descobriu e decidiu que a profissão que queria para sua vida era ser ator? Com quantos anos começou a atuar? Com quase 17 anos entrei em um curso de teatro em Bauru com o professor Paulo Neves. Entrei no curso apenas para ajudar com a minha timidez e comecei a me interessar de verdade. Ficava em dois turnos das aulas, ensaiava no lugar de um ator quando faltava e fui me envolvendo.Quando atuei pela primeira vez foi uma peça de poesias em que eu declamava o “Navio Negreiro” de Castro Alves. Foi emoção tão grande, adrenalina, poder, prazer, uma sensação muito forte que naquele momento eu decidi que ia me dedicar e me profissionalizar.

Carreira Militar é opção para muitos jovens Entre disciplina e hierarquia, a profissão garante estabilidade, mas a aptidão é essencial Segunda-feira, 19 de Setembro, 7h20 da manhã, quartel da Polícia Militar do Estado de São Paulo em Bauru. Os alunos da Escola de Formação de Soldados da Policia Militar já estão em forma no pátio do quartel para a revista matinal. A voz de comando é dada pelo Tenente da PM Nilson César Pereira à frente dos pelotões e, simultaneamente, continências são prestadas em um ato de disciplina e respeito para o hasteamento da bandeira nacional. É o começo de mais uma semana de ensino e dedicação para os futuros policiais militares.

Antes de seguir nessa profissão, havia pensando em outra? O meu sonho de criança era ser piloto de carros. Tentamos até ver como funcionava, mas era muito caro. Cheguei a pensar também em filosofia e jornalismo, mas estou feliz onde estou, com conquistas importantes no teatro e cheio de vontade de melhorar, de trabalhar e cheio de coragem. Quais as principais dificuldades encontradas para quem quer ser ator? Primeira constatação é de que é uma profissão que exige muito de nós. Essa história de celebridade, fotos e anúncios, poucos vão desfrutar. A carreira é de dedicação, descobertas, de auto-análise e de lidar com seus limites. Você é o seu instrumento de trabalho, então tem que estar tudo funcionando muito bem, o corpo, a mente e as emoções. E temos o outro lado também, que é o de se produzir, escolher o que quer dizer e o de pensar “o que é relevante ser discutido?”. Além de gerar trabalho, correr atrás de patrocínio, montar uma equipe e realizar um bom trabalho. Como surgiu a oportunidade de atuar na novela das oito e interpretar o Nando Brandão em Insensato Coração? O que mudou depois dessa participação na novela? O autor da novela, Gilberto Braga, assistiu a peça “Um certo Van Gogh”, que até fomos para Bauru em 2008. O Gilberto gostou muito do meu trabalho, nos falamos depois da peça e foi só isso. Depois de um ano fui chamado para fazer a novela e foi a primeira vez que fui convidado, diferente de todos os meus outros trabalhos que foram através de testes. O que mudou foi o reconhecimento do grande público que assiste o horário nobre. A responsabilidade foi maior também, mas a luta continua. Quais são os seus planos para o futuro na televisão? Alguma proposta? Tenho muita vontade de continuar trabalhando na televisão, pois é um exercíco maravilhos e são desafios que me interessam.Estou com a peça agora até julho de 2012

Foto 2 - Carreira Militar: A disciplina, hierarquia e respeito são fundamentais para todo militar. Fotos 1, 3 e 5 - Carreira Militar: Alunos da Escola de Soldados da Policia Militar em Bauru no desfile de encerramento da solenidade no CPI-4. Foto: Camilla Coutinho

e devo voltar para a telinha no segundo semestre.Mas não tenho certezas do que realmente vai acontecer, nessa profissão nós tentamos nos programar, mas nem sempre é possível. Estou trabalhando há cinco anos sem férias e isso é muito bom. Antes de acabar a novela Insensato Coração já estava ensaiando a peça com o Edson Celulari. Além de novelas, você também está no teatro. Atualmente está com a peça “Nem um dia se passa sem notícias suas” com seu tio, Edson Celulari. É um texto contemporâneo, como tem sido a recepção da peça pelo público? É a terceira peça que faço com a autora Daniela Pereira de Carvalho, que é uma autora de 33 anos, jovem e muito talentosa.Estou muito feliz com esse trabalho e estou contracenando com meu tio, que me influenciou na escolha dessa profissão e que eu sempre admirei. É uma peça que fala de família, de sangue e de descendência. A peça trata de um encontro especial em que dois atores da mesma família estão o tempo todo em cena e duas gerações de atores se complementam.O público adora a peça, ri e se emociona. Ela trata de um universo masculino, da relação de dois irmãos e em outro momento da relação de pai e filho. Faço dois personagens na peça, o irmão e o filho do Edson. Estamos ansiosos para levar a peça para Bauru!!

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PROFISSÃO - HISTÓRIAS DE VIDA

Fotos de Paola Patriarca

Paola Patriarca

Disciplina, hierarquia, marcha, continência, farda, respeito, responsabilidade e esforço fazem parte da rotina de todo militar. Essa carreira tem sido a opção para muitos jovens, tanto homens quanto mulheres. Os concursos costumam ser concorridos, como os da Academia do Barro Branco da Policia Militar que teve, em sua última edição, aproximadamente dez mil inscritos. Para ser um militar, além das muitas responsabilidades que a farda exige, é preciso dedicação e vontade de servir. Há vários campos de atuação, seja na Polícia Militar, como nas Forças Armadas do Exército Brasileiro. Como enfatiza o Tenente da Polícia Militar Nilson César Pereira, aquele que tem o perfil ideal para ser militar é aquele que tem uma boa educação e que não vê a carreira apenas como um emprego. “O jovem que quer ser militar deve entender que o papel dele não é apenas ter um emprego ou apenas uma carreira que envolva trinta anos de serviço bem prestados para ganhar um salário. Sua função é muito além, é defender as pessoas com a própria vida, gostar do que faz e ter sempre a intenção de ajudar ao próximo”, afirma.

Rotina na escola Para o jovem que passou em todas as fases do concurso, o próximo passo é a escola. Este é um tempo de aprendizado e de extrema dedicação, mas é durante esse período que muitos desistem de ser militares. É ali que o jovem realmente se vê defrontado com a hierarquia e a disciplina. O Tenente Walter Ghirardello Filho, de 22 anos, se formou este ano pela Academia Militar das Agulhas Negras. Entrou em 2007 através da Escola preparatória de Cadetes do Exército e atua no 2º Batalhão de Polícia do Exército em Osasco. “Minha escola foi um período bem difícil, mas que valeu muito o esforço”, revela. A rotina do Tenente na Academia era bem variada. Segundo ele, no primeiro e segundo ano a rotina foi igual, com alvorada às 5h50, seguido de café da manhã e uma formatura matinal com todo o Corpo de Cadetes. Aulas de ensino universitário, das 7h30 as 15h20 e duas horas de treino físico militar, com natação, corrida e lutas. Normalmente, seu dia letivo se encerrava no jantar, mas ocasionalmente ocorriam aulas pela noite. No começo do terceiro ano, o Cadete escolhe sua arma, quadro ou serviço, que no caso do Tenente Walter a escolhida foi a Arma de Infantaria. “A partir dai, o ensino se volta mais para a prática de manobras militares, estágios e viagens a diversas Organizações Militares do Brasil”, destaca. A rotina na Polícia Militar é um pouco diferente. Para Soldado da PM o curso é de três meses de formação e de oito a três meses de estágio operacional. Para o Oficial, a duração é de quatro anos. Segundo o Tenente Nilson, a escola tem a função de dar condições para que o futuro policial militar possa entender tanto a doutrina da Policia Militar quanto a cultura da instituição que é muito forte. Além disso, eles ensinam todos os conceitos e teorias básicas para que o aluno possa exercer o papel de policial militar, tanto na parte jurídica quanto na parte técnica do trabalho. Dificuldades na carreira Muitas são as dificuldades encontradas na carreira militar, como enfrentar a violência e a distância da família. Segundo o Major da PM Walter de Oliveira, uns dos desafios são a disciplina e a mudança de comportamento. “Por mais firme e rígida que seja a educação que o jovem tenha tido, a carreira militar exige muito mais que isso, exige uma postura diferente e atitudes diferentes. Depois de alguns anos, você incorpora a vida militar e a rotina incorpora em você também e tudo fica mais tranqüilo”, conta. Para o Sargento Marcelo Koguchi do Exército, a dificuldade na carreira militar é o profissional estar sempre disposto a mudar de cidade. “Um dia você pode estar perto da família e outro você pode ir lá para a Amazônia. A distância familiar é uma dificuldade que sempre temos que enfrentar”, diz o Sargento. A falta de conhecimento da população em relação ao trabalho da Policia Militar e de outras instituições militares também é uma das dificuldades. Pouca gente, segundo o Tenente Nilson, conhece o trabalho da PM no dia a dia e acaba tendo a falsa impressão de que a Policia não o faz bem feito. “Lógico que têm policiais que não são tão bons, não são tão competentes, porém, a maior parte deles se esforça muito, como salvar pessoas sem conhecê-las, expõe sua vida a risco para salvar alguém e isso não é reconhecido”, afirma. Condição de trabalho e o grande risco que a profissão proporciona estão entre os principais desafios enfrentados pela PM. “Entre tantas dificuldades, o essencial é o profissional ter a aptidão para ser policial, por mais que haja dificuldade no dia a dia, acaba suprindo essas dificuldades com a boa vontade de trabalhar”, complementa.


O emprego instantâneo

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Cadê o patrocínio?

Histórias de pessoas que abandonaram o trabalho formal e montaram suas barracas

Sem estímulos financeiros, atletas abandonam a profissão

Jéssica Mobílio

Luana Rodriguez

Dezenas de barracas com aparelhos eletrônicos, brinquedos e roupas estão espalhadas pela cidade de Bauru, interior de São Paulo. O Parque Vitória Régia, o Calçadão da Batista de Carvalho e a Feira do Rolo são considerados palcos do comércio informal. Esses pontos turísticos transformam-se em alegorias nas mãos de trabalhadores autônomos e ganham vida própria com suas estórias. Há trinta anos como vendedor ambulante, Osni Celestino da Silva é o personagem do Parque Vitória Régia. O camelô tem uma pequena barraca de brinquedos com bolas, bonecos, carrinhos de plástico, jogos e pipas. Aos 66 anos, Osni e sua esposa administram seu comércio, assim sustenta dois filhos. “Há dois anos, compramos uma cama elástica e as crianças sempre vêem ao Vitória para brincar. Alguns pais já estão acostumados e deixam as crianças com a gente. É como uma família”, contou o camelô. “Quando tinha vinte anos, saí de casa e montei meu próprio negócio. Sempre tive dificuldades para arrumar emprego fixo, porque não freqüentei a escola. Comecei a vender relógios nas ruas, e logo comprei os primeiros brinquedos para minha barraca”, lembrou o ambulante que trabalha apenas feriados e aos finais de semana. Carmem da Silva, 64 anos, é outra personagem do comércio informal. Há 12 anos, a ambulante está instalada na Feira Rolo, localizada na Agenor Meira, paralela ao Calçadão da Batista de Carvalho. Dentre os produtos vendidos, há bijuterias, brinquedos e rádios de pilha. “Se eu tivesse a oportunidade de trabalhar em uma empresa, largaria a vida de camelô. Sou sozinha no mundo, e tenho muitas dificuldades de locomover a minha barraca. É muito sofrido. Sem contar que não recebo aposentadoria”. Carmem precisa desmontar a barraca todos os dias e levar a mercadoria para casa. A Feira do Rolo é o lugar do escambo, das trocas de mercadorias. É possível levar um objeto e trocar por outro usado, com bom estado de conservação. Desde roupas, calçados, celulares, discos, livros a peças de celulares. FOTO 1 - Ambulantes sfrem com o a disposição das barracas na calçadas FOTO 2 - Produtos inusitados, a Feira do Rolo é conhecida pela troca de mercadorias FOTO 3 - Comércio no Parque Vitória Régia é voltado para o entretenimento FOTO 4 (Abaixo) - O vendedor ambulante precisa de autorização para implantação de barraca

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PROFISSÃO - HISTÓRIAS DE VIDA

Os jogos pan-americanos acabaram e o que se viu foi a segunda melhor participação brasileira na história dos jogos. Com 141 medalhas no total, sendo 48 de ouro, quatro a menos que na edição passada, no Rio de Janeiro, o evento deixou a sensação de que o país, enfim, tornou-se uma potência no esporte. Os brasileiros têm aumentado seu investimento no esporte, de 2003 a 2010, o orçamento do Ministério do Esporte subiu mais de 400 por cento, no entanto, falta ainda patrocínio para os atletas, que continuam enfrentando dificuldade na profissão. Para explicar isso, uma breve história será contada. Era uma vez um menino chamado Marcelo, lutador de kung fu desde pequenininho, o jovem sonhava em trabalhar com aquilo que melhor sabia fazer. Enquanto as outras crianças pediam para os pais chuteiras de presente, ele gostava das espadas e dos kimonos. A criança cresceu e viu que não seria fácil trabalhar com a aquilo de que tanto gostava. Com o apoio e a ajuda financeira dos pais, Marcelo começou a participar de alguns pequenos torneios, mas como nada parecia ser o bastante para que ele fosse notado, pensou em desistir de tudo. Aliás, justamente nessa época é que tudo mudou. Após sair vitorioso de um campeonato regional foi descoberto por um grupo financeiro, que lhe ofereceu patrocínio. Marcelo assinou o contrato e viveu feliz para sempre. Marcelo Yamada é atleta profissional de kung fu. Patrocinado Grupo Tiliform, o atleta será um dos representantes brasileiros no mundial de kung fu, na Turquia. O bauruense, que já participou de duas outras edições do mundial, tendo sua melhor participação em Toronto, 2009, quando ficou em 18° lugar entre 70 esportistas, acredita que ainda falta muito para o esporte melhorar as suas condições, principalmente para aqueles considerados pequenos. “É claro que o esporte que eu pratico não é muito popular, mas tenho sorte de ser patrocinado. É fundamental para o atleta ter a ajuda financeira de instituições ou grupos empresariais”, disse Yamada. O atleta ainda acredita que esportes como vôlei, futebol e recentemente a ginástica artística, conseguem patrocínio mais facilmente. “Esportes mais populares atraem mais visibilidade para o investidor. Isso é favorável para os dois lados. O atleta ganha uma ajuda financeira,

Jovens ganham espaço no mundo dos negócios Com diferentes visões, os novos empreendedores mostram que podem se dar bem ao dirigirem a própria empresa.

Fotos de Jéssica Mobílio Renata Coelho

Atingir o sonho da estabilidade financeira e de se autosustentar são os principais objetivos que impulsionam os jovens a investirem na bolsa de valores. O espírito aventureiro, muito comum nos mais novos, e a facilidade em lidar com a tecnologia tornam-se elementos indispensáveis para a entrada dos jovens no mercado financeiro. Para eles, acessar o “home broker”, sistema online de compra e venda de ações, não é um bicho de sete cabeças como pode parecer para os mais velhos. O administrador de empresas Luiz Fernando Martins, recebeu dos pais o valor de R$ 33 mil para comprar seu primeiro carro, mas, em vez disso, resolveu se aventurar e investir o dinheiro pela primeira vez na bolsa de valores. “Eu tinha uma noção e interesse por causa da minha

Foto: Luana Rodriguez

PROFISSÃO - HISTÓRIAS DE VIDA

Com patrocínio atleta pode seguir para o mundial

enquanto que o patrocinador ganha notoriedade”, acrescenta. Diferente de Yamada, que recebe patrocínio, e por isso consegue competir em campeonatos, Cristiane Bállico, 21, deixou a seleção sub-21 de vôlei por falta de patrocínio. A jogadora que integrava a equipe FinasaOsasco perdeu o patrocínio da agência após a crise financeira de 2008. Na época, Cristiane era jogadora da equipe paulista, mas o banco Bradesco, para sair da crise econômica cortou o apoio dado ao esporte na cidade de São Paulo. Com

o corte do patrocínio bancário, a equipe foi reformulada e assinou contrato com outra empresa, Sollys-Osasco, o que levou ao corte de algumas atletas. Sem atuar em nenhuma grupo paulista, a jogadora se viu cortada da seleção, e agora participa de peneiras para reintegrar a equipe paulista. Nelson Farias é recém formado em educação física. O jovem, também largou a carreira como atleta por falta de patrocínio e decidiu virar professor. “Eu praticava judô, mas as viagens ficavam caras e eu não tinha patrocínio. Abandonei o esporte e decidi virar professor. Foi bom, a educação física é uma área que vem crescendo cada vez mais”, explica Nelson. Ele acrescenta que hoje há no país cerca 230 mil profissionais de Educação Física registrados no Conselho Federal de Educação Física (Confef). Para auxiliar na profissionalização dos esportistas, o Governo Federal criou, em 2006 leis de estímulo ao esporte. Essa lei prevê a possibilidade de pessoas físicas ou jurídicas destinarem uma parcela do imposto de renda em benefício a projetos esportivos.

formação. Mesmo receoso, resolvi investir um pouco do dinheiro até adquirir mais conhecimento e segurança”, afirma. No período de quatro anos, Luiz Fernando passou por períodos de sorte e reveses. Conseguiu quase dobrar seu patrimônio inicial, mas perdeu muito dinheiro no período de queda dos valores das ações. Contudo, sua experiência teve saldo positivo. “Tirei o dinheiro em um bom momento. Deu para comprar meu carro e ainda me restou R$ 9 mil para investimentos futuros”, conta. Segundo dados da “Agência Estado” divulgados em janeiro deste ano, já havia 39.054 jovens de até 25 anos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Este número reflete um crescimento de 8,52% de fevereiro de 2009 até dezembro de 2010. Além do talento que os jovens têm para se conduzirem no mercado de ações, muitos se destacam pelo empreendedorismo e pela facilidade de “tocar” um negócio próprio ou familiar, como o estudante de marketing Bruno Xavier, de 21 anos, que trabalha na empresa de seu pai. Segundo Bruno, trabalhar com o pai vai muito além de cuidar dos próprios negócios e assegurar um futuro próspero. “Meu pai é um grande empreendedor e trabalhar com ele é mais do que uma escola. Além disso, conheço todas as etapas do processo de produção. O que mais me orgulho de dizer é que algumas de minhas idéias tornaram, ao mesmo tempo, as peças mais modernas, arrojadas e funcionais, e, o melhor, fazendo o uso de matérias primas boas e mais baratas, o que aumentou a lucratividade”, ressalta. Bruno tem como ídolos o criador do “Facebook”, Mark Zuckerberg, e Steve Jobs, inventor e empresário do setor da informática. Como eles, o jovem empresário não quer apenas “tocar” suas empresas no sentido de administrar, mas quer “tocar” no sentido de conduzir como uma música, respeitando os elementos melodia, harmonia, e ritmo.


CURIOSIDADES - IMPORTANTE SABER

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Encarando o R.H Ana Carolina Levorato

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pesar do nervosismo e da pressão para encontrar o primeiro emprego, diversas empresas estão investindo na contração de trabalhadores através de empresas de Recursos Humanos, as chamadas R.H. De acordo com Gutemberg do Instituto Gutemberg Macedo a primeira regra e a que deve ser mais respeitada pelo candidato é: Não mentir! Outra lição de Gutemberg além de jamais mentir durante a entrevista: (sempre vale a pena frisar) é chegar atrasado; demonstrar despreparo e comportamento infantil; usar expressões chulas, etc É sempre importante também lembrar qual o perfil da empresa em que a vaga está sendo oferecida. Mostrar conhecimento sobre o serviço e informações local de trabalho é um diferencial. O estilo neutro, com roupas básicas, unhas com esmalte discreto, sem decotes e maquiagem leve para as mulheres é o mais indicado na hora de passar por um recrutamento. A sua roupa diz muito a respeito de seu caráter. Portanto, todo candidato precisa investir na sua aparência.

Box: Ana Lígia Corrêa

“Quando entrevistava jovens para as empresas, uma das primeiras coisas que a vinha a minha mente era: “Ele ou ela tem pinta de presidente?”Se ele ou ela não demonstrasse tal perfil, eu os eliminaria.” Aponta Gutemberg. Saia na Frente: Muitas empresas em seus processos seletivos dão prioridade aos candidatos com experiência no mercado. No entanto na busca pelo primeiro emprego, uma boa opção é partir para o trabalho voluntário. Além do trabalho social, cursos e atividades também potencializam o candidato na busca pela vaga. “Qualquer tipo de atividade que tenha desenvolvido e que possa revelar seu nível de liderança, competência no cultivo de relacionamento interpessoal pode ajudá-lo” afirma Gutemberg.


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