Eixo Rio de Janeiro

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Praia, mar e samba no pé Viaje conosco através do Rio de Janeiro e conheça

todos os encantos da cidade maravilhosa

Do samba à bossa

Noite carioca

Delícias da Gema

As notas musicais do estilo que se tornou a cara e o som do Rio de Janeiro

Como aproveitar ao máximo suas noites no Rio? A EIXO conta para você

Feijoada, bolinho de bacalhau e um grande punhado do mundo inteiro



EIXO Redação Ariane Amaro Camilla Scherer Daniele Seridório Jason Mathias Jessica Mobilio Juliana Cavalcante Lígia Ferreira Natália Girolamo Paola Patriarca Reitor Juilio Cezar Durigan Diretor da FAAC Nilson Giardello Coordenação do Curso de Jornalismo Juarez Tadeu de Paula Xavier Chefe do Departamento de Comunicação social Ângelo Sottovia Aranha Professores Orientadores Mauro de Souza Ventura Tassia Zanini Endereço Departamento de Comunicação Social Av. Eng Edmundo Carrijo Coube 14-01 Vargem Limpa, Bauru - SP Telefone (14) 3103-600 Ramal: 6066 Revista produzida pelos alunos do 6º termo do do Curso de Comunicação Social - Jornalismo do periodo noturno da UNESP.

Editorial Não foi fácil formular o projeto da Revista Eixo. A proposta partiu de uma revista cultural e acabou se expandindo. Chegamos a um jornalismo de turismo mais amplo, e o chamamos de turismocultural. A ideia de retratar o Brasil por eixos abre a primeira edição com as extremidades de maior fluxo do país, Rio -São Paulo. O Rio de Janeiro é a cara do Brasil. O clima é quente, o carioca é sexy, e o que dizem do sotaque é pura inveja. A moda, a comida, as praias, as pessoas, os lugares, a cerveja gelada, tudo é envolvente no Rio de Janeiro. Para cada lugar que se visitava uma música trilha sonora lhe vem à cabeça. A verdade é que o Rio reúne em uma cidade aquilo que diferentes tipos de turistas procuram. O cenário é exuberante, as opções de passeio inúmeras e a qualidade dos restaurantes e hotéis condiz com os das maiores cidades do mundo. É por isso que a cidade entra para o Eixo da nossa primeira edição. Explorar o Rio de Janeiro, seu povo e cultura foi uma experiência muito mais que jornalística para a equipe, é algo que envolve toda atmosfera carioca, e o desejo de fazer parte dela. Da redação


Índice 4

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Crônicas

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Acervo Cultural

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Cinema

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Perfil

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Moda

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Gastronomia

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Música

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Noite

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Ensaio

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$

Economia


! Por Jason Mathias

Logo que se chega ao Rio de Janeiro é perceptível uma atmosfera única e completamente diferente das outras regiões do país. É comum encontrar nas bancas de jornal e livrarias guias e mais guias, que destacam os melhores bares, baladas e pontos turísticos da Cidade Maravilhosa. Mas, nenhum deles te alerta sobre a língua local. Pra você que fala Português, as facilidades são maiores, já que o Carioquês se assemelha um pouco à origem lingüística deixada pelos portugueses. Deixando de lado todo esse “blá, blá, blá” vamos ao que interessa, “moro mermão?” Você já vai poder sentir a diferença logo que entrar na padaria para fazer uma boquinha. Não estranhe se ao pedir um salgado o atende te oferecer um “joelho”. O tradicional salgado recheado de presunto

e queijo tem o simpático nome de “joelho” no Rio de Janeiro. Se for querer tomar o tradicional café com leite não hesite em pedir uma “média”. Mas, caso queira tomar café com apenas um pouco de leite você deve pedir um “pingadinho”. Se você precisar comprar carne no açougue, tome cuidado. As tradicionais partes do boi conhecidas como “coxão mole” e “coxão duro” não têm vez no Rio. Em uma casa de carnes carioca, você deve pedir “chã, patinho e lagarto”. Como um bom carioca, você deve falar isso tudo junto “chãpatinholagarto”, caso contrário o açougueiro não vai te entender. Agora que você já fez um primeiro contato com essa nova língua prepare-se para uma overdose de Carioquês. Sabe o pão Sírio, aquele que se faz o Beirut? Pois é, no Rio é Pão Árabe. A catraca é roleta,

o funileiro é lanterneiro, mandioca é aipim, bexiga é balão, biscoito é bolacha e Amigo Secreto é Amigo Oculto. E se você está achando que são só as palavras que mudam está muito enganado. O Carioquês possui um sistema numérico único. Sabe o tão famoso número dois? Prepare-se para um choque: ele não existe. No Rio de Janeiro, o “dois” é “doix”, assim como o “seis” é “seix” e o “dez” é deix”. Esse é só o módulo básico de introdução da língua falada na Cidade Maravilhosa. Se você nunca foi ao Rio de Janeiro está aí uma excelente desculpa. Vá para aprender uma nova língua e caso tenha tempo, vá às praias, visite o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar. Mas não se preocupem, eles também falam português.

Dicionário Carioquês - Português Batata Baroa: Mandioquinha

Irado: Qualificação positiva relacionada a um fato,ocorrência ou objeto

Pardal: Radar

Bonde: 1.ônibus. 2.galera, cambada, turma. 3.Carona.

Maluco: Cara, sujeito, indivíduo

Rolê: Passeio, volta

Brother: Amigo, camarada

Maneiro: Bom,exelente

Quentinha: Refeição para viagem

Caô: Lorota, mentira

Nóia: Drogado

Gírias

Manual do Carioquês 5


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Andando pelas calçadas culturais do Rio

Opções é o que não faltam: de museus a lugares que cultuam o samba, passando pela beleza do jardim botânico e pela excentricidade das favelas Museu Nacional de Belas Artes Em seus 75 anos de existência o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) conquistou a maior e mais importante coleção de arte brasileira do século XIX. Ao visitar o museu, pode-se conhecer a história das artes plásticas no Brasil desde os seus primórdios até a contemporaneidade. Mas nem só da arte brasileira vive o MNBA. O museu também se volta para a aquisição e divulgação da produção artística estrangeira, com destaque para a arte africana e arte indígena. O MNBA tem como sede o edifício da Escola Nacional de Belas Artes. A inspiração inicial da arquitetura seria o Museu de Louvre, em Paris, mas o projeto final resultou em uma construção eclética, com fachadas em diferentes estilos. A fachada principal é inspirada na Renascença francesa e faz uma menção às grandes civilizações da antiguidade. O acervo do museu teve origem na pequena coleção de quadros trazidos ao Brasil por Joachim Lebreton, chefe da Missão Artística Francesa, que chegou ao Brasil em 1816. A essas obras foram acrescentadas outras pertencentes à coleção de Dom João VI e tantas outras doadas por parte de colecionadores, artistas e estudantes da Escola Nacional de Belas Artes que ao

fazerem intercâmbio traziam diversas obras para fazerem parte do acervo do Museu. Já foi sede de grandes exposições, como a do escultor francês Auguste Rodin, com 226 mil visitantes, a de Claude Monet, com 423 mil visitantes e a de Salvador Dali, com 250 mil visitantes. Os mais de 70 mil itens do acervo são distribuídos em um espaço de 13 mil m². As principais coleções expostas são: desenho brasileiro e estrangeiro, escultura brasileira e estrangeira, arte africana, gravura brasileira e estrangeira e pintura brasileira e estrangeira. Para os amantes da cultura, há exposições temporárias e permanentes. A ‘Galeria de arte brasileira do século XIX’ e a ‘Galeria de arte brasileira Moderna e Contemporânea’ são exemplos de exposições que sempre estão presentes no museu. Ao todo, as duas galerias somam quase 4 mil m² de exposição. Além de tudo isso, o Museu Nacional de Belas Artes abriga uma seção de conservação e restauro, um setor de educação, no qual há cursos e visitas guiadas, uma biblioteca/

mediateca Araújo Porto Alegre, e por fim, um espaço para exposições. Horário de Visitação: Terça a sexta-feira das 10 às 18hs; Sábados, domingos e feriados das 12 às 17 horas. Ingressos: R$ 8,00 e meia: R$ 4,00. Grátis aos domingos. Venda de ingressos e entrada de visitantes até 30 minutos antes do fechamento do Museu. Biblioteca e midiateca: de segunda à sexta, das 10h às 17h. Endereço: Avenida Rio Branco, 199 – Centro (Cinelândia) Telefone: (21) 2219-8474 Como chegar Ônibus: Diversas linhas passam na região, por exemplo: 157; 170; 178; 172; 350, 175 e 177 Metrô: Estação Cinelândia Assessoria

Acervo cultural

Por Lígia Ferreira


A casa, gafieira mais tradicional do Rio, é um dos raros redutos culturais em atividade permanente na cidade. Criada em 1928 por um estudante de direito foi o berço para a popularização da música brasileira em meio a intelectuais e boêmios. Sua fama chegou ao país inteiro através de filmes, como em “O que é isso Companheiro” e novelas, como aconteceu em “O Clone”. Mesmo sendo precursora na dança de salão, não deixa de ser democrática. Todos os ritmos são ouvidos, inclusive os gringos, como o tango, o bolero e a salsa. “Lá ainda são encontrados os pés-de-valsa, os pernas-

de-pau e algumas figuras folclóricas, que vestindo calça branca, camisa de seda, sapato biocolor e chapéu panamá, dançam com seus lencinhos na mão, prontos para enxugar a testa. Tudo isso faz da Estudantina o principal estabelecimento de afirmação e fortalecimento da dança de salão no Rio de Janeiro”. A casa é reconhecida oficialmente pela Prefeitura como Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. Endereço: Praça Tiradentes, 79 – Centro (Próximo a esquina da rua Constituição com a rua Golçalves Ledo) Tel: (21) 2232-1149 e (21) 2232-0396

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Cidade do Samba

Assessoria

Carnaval não acontece só em fevereiro na Sapucaí e nos tradicionais blocos de rua. E se o samba não pode morrer e nem acabar, como disse Alcione, nada melhor que criar um espaço que possibilite o carioca e o turista respirar carnaval o ano todo. Situada na Zona Portuária, a Cidade do Samba reúne os centros de produção de carros alegóricos e fantasias das maiores Escolas de Samba do país. Além disso, a Cidade do Samba foi criada para ser um complexo de arte popular e entretenimento. Durante a semana acontecem shows com diversos representantes de peso do samba nacional e carioca. Após o show, o visitante folião tem o direito de vestir a uma fantasia e ir atrás da bateria, sentindo um pouquinho da emoção de ‘entrar na avenida’. No meio das baianas, mulatas e de mestres-salas e portas-bandeiras é possível se sentir um deles. Endereço: Rua Rivadávia Correia, 60 – Gamboa Tel: (21) 2213-2503 / 2213-2546

Assessoria

Estudantina Musical


Assessoria

Área total: 137 ha Área cultivada: 54 ha

Instituo de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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Coleções de bromélias, orquídeas, cactos, plantas medicinas, carnívoras e em extinção. Fauna rica e diversificada com mais de 125 espécies de aves. Cascata artificial. Espaços educativos. Tudo isso em um só local. De fato, como já havia escutado antes: o Jardim Botânico do Rio de Janeiro é um verdadeiro santuário ecológico. E por unir lazer e cultura é um dos locais mais queridos pelos cariocas. Deve ser por isso que o espaço recebe cerca de 600 mil visitantes por ano. Existente desde 1808 é um rico patrimônio histórico e cultural, no qual é lar de obras que datam desde o século XVI. Além disso, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1937. Em 1991 foi considerado como Reserva da Biosfera pela Unesco. Mas pra quem acha que só vai encontrar verde no parque, está muito enganado. Além dos prédios destinados às áreas administrativas e científicas, existem os destinados à Biblioteca, ao Museu do Meio Ambiente (sim, há um museu dentro do Jardim Botânico), ao Museu Sítio Arqueológico Casa dos Pilões e ao Centro de Visitantes. É interessante destacarmos que o Museu do Meio Ambiente foi o primeiro a da América Latina a se dedicar integralmente à temática socioambiental. Passeando pelo Jardim você irá encontrar diversas estátuas da mitologia greco-romana. Outra surpresa super interessante é o Jardim Sensorial, que foi criado especialmente para

deficientes visuais, mas pode ser utilizado por todos. Placas com informações em braile estão espalhadas por todo o espaço. Para aqueles visitantes mais animadinhos ou mais distraídos, o Jardim possui um regulamento de uso público com normas que devem ser seguidas por todos, dentre elas a de que não é permitido fazer pequinique na área do parque, entretanto é possível fazer lanches na lanchonete do parque infantil e no Café Botânico. Também não é permitido levar animais domésticos ao parque, já que lá é a casa de animais silvestres que não possuem defesa biológica contra doenças.

Museu do Meio Ambiente O Museu está aberto de terça a domingo, das 9h às 17h (nas primeiras terças-feiras do mês, até às 20h). A entrada é gratuita. Informações: (21) 3204-2504 Acesso Rua Jardim Botânico, 1008 - Jardim Botânico, Rio de Janeiro Estacionamento Rua Jardim Botânico, 1008 R$ 7,00 - Veículos até cinco assentos R$ 10,00 - Veículos acima de cinco assentos (vans) R$ 5,00 - Moto Estacionamento Jockey Club (somente nos fins e semana) Praça Santos Dumont, 31 Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) - Telefone: +55 (21) 3874-1808 Rua Jardim Botânico, 1008

Composição: Espécies vegetais que representam ecossistemas brasileiros e de outros países. Aproximadamente 3,2 mil espécies vegetais classificadas. 9 mil espécimes de vários lugares do mundo. Área de remanescentes da Mata Atlântica. O arboreto científico (parque) está aberto aos visitantes de segunda a domingo, durante todos os dias do ano, excetuando-se 25 de dezembro, 1 de janeiro e momentos específicos de horários adotados pela Presidência do Instituto. O horário normal de visitação é das 8h às 17h, com prorrogação de uma hora para o fechamento das bilheterias no período de horário de verão. Para mais informações, ligue para o Centro de Visitantes - Telefone: +55 (21) 3874-1808 / 3874-1214 Preço Ingressos: R$ 6,00 - Individual Gratuidade para: Crianças até 7 anos Adultos a partir de 60 anos, residentes no Brasil ou em outros países que fazem parte do Mercosul Acessos: Rua Jardim Botânico, 1008 (com estacionamento e bicicletário) Rua Jardim Botânico, 920 (sem estacionamento, com bicicletário) Rua Pacheco Leão, 100 (somente pedestres). Nos fins de semana, os visitantes do Jardim Botânico também podem utilizar o estacionamento do Jockey Club Brasileiro.


Muito prazer, meu nome é comunidade! Começo dizendo que para produzir esse texto conversei com algumas pessoas que moram no Rio e confesso que cometi um erro. “Só para avisar que aqui eles não chamam de favela, mas sim de comunidade”, foi assim que um amigo me puxou a orelha. Agora que apresentamos a ‘graça’ podemos conhecer um pouco mais sobre esses espaços tão característicos da cultura carioca. Mas quantas comunidades existem no Rio? É possível contar? Sim. A Federação das Associações das Favelas do Estado do Rio (Faferj) encerrou no final do ano passado com 946 comunidades cadastradas, um dos maiores números do país. Em solos cariocas também encontra-se a comunidade mais populosa do Brasil. A Rocinha é a favela de maior população com 69.161

Bilheteria: Boulevard (entrada Rua Evaristo da Veiga) Visita Guiada Terça à sexta 11h,12h, 14h, 15h e 16h Sábado 11h, 12h e 13h Ingresso 10,00 (inteira) 5,00 (meia) Lotação por visita: 30 pessoas Telefones para informações e reservas de visitas: 21- 2332-9220 / 2332-9005

pessoas vivendo em 23.352 domicílios, uma média de três pessoas por casa, dados do Censo 2010. Porém, o que antes era visto com maus olhos, hoje é, também, ponto turístico. Podemos dizer que esse turismo começou a crescer em 2008, com as primeiras instalações das UPP (Unidade Pacificadora de Polícia). De lá para cá, os turistas torçam os famosos hotéis da orla por albergues com belas paisagens nas comunidades. Podemos compreender melhor ao sabermos que muitas das comunidades têm vista para as principais praias do Rio. O Vidigal tem vista para o Leblon, Ipanema e Arpoador. Pavão Pavãozinho tem vista para Ipanema e a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Rocinha tem vista para São Conrado e toda a zona Sul. As comunidades estão recheadas de hosteis, antes de partir para a viagem, pesquise e inove.

Assessoria

Endereço: Rua Almirante Barroso 14/16, Centro, Rio de Janeiro, RJ (21) 2332-9244

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Assessoria

Com uma arquitetura exuberante, com influências que vão do clássico ao barroco o Theatro Municipal do Rio de Janeiro é um dos mais imponentes e belos prédios da cidade, sendo considerado uma das 7 maravilhas do Rio. Inaugurado em 1909, em frente a Praça Floriano, no centro da cidade, é a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Ao longo de pouco mais de um século de existência, o Theatro foi e ainda é palco dos maiores artistas internacionais e nacionais da dança, da música e ópera. Além de sua exuberância arquitetônica, podemos entender a sua grandeza também através de números. 456 poltronas da platéia. Acima delas o balcão nobre com 344 poltronas e 12 camarotes. No andar superior estão os 550 lugares do balcão simples e acima destes 724 cadeiras da galeria, totalizando 2244 assentos. Nossa! E se olhares para cima, verás um gigante lustre em bronze dourado com 118 lâmpadas com pingentes de cristal. Os preços variam muito de acordo com o

lugar do assento e também com a atração. Mas pode ficar tranqüilo que tem para todos os bolsos. Já vi ingressos a um real, como também já vi a 2.400 reias. Há programação diferente a cada mês no qual os ingressos podem ser comprados virtualmente.

FavelaTour O Favela Tour é uma experiência educativa para aqueles que buscam ter uma perspectiva mais profunda da sociedade carioca. O tour pela Favela da Rocinha apresenta o Rio de forma pouco convencional. É considerado um dos programas turísticos mais interessantes do nosso Brasil. www. favelatour.com.br

Assessoria

Theatro Municipal do Rio de Janeiro


Por Natália Girolamo

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Opinião

A sétima arte carioca

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Existem duas coisas indiscutíveis quando o assunto é Rio de Janeiro: a cidade continua maravilhosa e não há duvidas de que ocorreram grandes mudanças de 50 anos pra cá. Essas modificações são visíveis em vários aspectos da sociedade, como por exemplo, crescimento populacional, progresso econômico e avanços urbanos gerais. E é claro que o cinema não fica fora disso, afinal de contas a beleza natural da cidade continua impressionando turistas e sendo o motivo máximo de orgulho dos cariocas, mas claro que pegar praia e curtir um samba na Lapa não são os únicos passatempos para a audiência. Pensando no cinema como representação da realidade, é possível analisar a produção cinematográfica carioca e compreender como se deu o desenvolvimento do Rio, Se no começo dessa história, com “Rio 40 graus” (1955), de Nelson Pereira do Santos, tínhamos uma obra independente que retratava a imagem sólida do malandro desfilando no calçadão de Copacabana, com uma camiseta largada, muita alegria e de uma cidade abençoada pela natureza, hoje a representação nas telonas é outra. Na era recente estamos diante de uma cidade que continua maravilhosa, mas o enfoque é diferente: privilegia-se o retrato da realidade crua, da favela e do morro violento. O Rio atualmente não é dos malandros, mas sim dos traficantese o cinema acompanhou essa transição. Hoje, assistimos à confirmação do aspecto marginal do Rio. “Madame Satã” (2002), de Karim Aïnouz e “Cinco Vezes Favela” (longa de 1962, composto de cinco curtas com direções de Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos Diegues, Leon Hirszman e Marcos Farias) são exemplos de alta qualidade. O especialista em Cinema, Donny


1) Cidade de Deus 2) Cidade de Homens 3) Cinco Vezes Favela 4) Última Parada 174 5) Tropa de Elite

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como o próprio ícone religioso do que pela relevância do argumento apresentado na película. Fato mesmo é que passe o tempo que for, o Rio continuará a ser material para obras primas do cinema- e nem mesmo o colapso social será capaz de conter a sétima arte na cidade.

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Correia, afirma que são as mazelas sociais coletivas que dão o tom às produções da cidade do Cristo Redentor. A identidade fílmica do Rio é marcada pela abordagem grupal de questões políticas e sóciocomportamentais (em especial a violência) e esse padrão está diretamente ligado aos primórdios do cinema carioca: filmes musicais de carnaval dos anos 1930 e 1940. Assim, temos dois ícones que trouxeram a vida de dentro do morro para as casa de todo o Brasil. “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles e “Tropa de Elite” (2007) de José Padilha escancararam a ferida das favelas- de maneiras diferentes e, poder-se-ia dizer complementares. Em “Cidade de Deus” o tema é tratado sob uma perspectiva popular, tendo como centro cidadãos comuns tentando sobreviver aos obstáculos de uma vida na periferia. Já Padilha rasga o protocolo, ataca a instituição Polícia e expõe ao mundo algumas verdades inconvenientes do nosso Rio de Janeiro, expoente máximo do Brasil “em desenvolvimento”. “Redentor” (2004), de Cláudio Torres foge um pouco dessa dualidade malandragemcriminalidade e merece ser visto, mais pela criatividade e inovação em tratar o Cristo

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por Jason Mathias

Perfil

Perfil Carioca O Rio de Janeiro encanta por ser um misto de luzes e acontecimentos típicos da cidade grande, mas, ao mesmo tempo com um clima descontraído do litoral. O carioca, por sua vez, não é diferente: um pé no mundo caiçara, outro na metrópole. A revista Eixo foi bater um papo com o repórter da Globo News, Rodrigo Carvalho Gomes, que transita entre os dois mundos. Rodrigo tem 25 anos e desde 2008 trabalha na emissora. Entrou primeiro como estagiário e há três anos foi contratado como repórter. O jornalista é nascido em Niterói, cidade vizinha ao Rio, mas a distância não era problema pra ele. “Atravessava os 13 quilômetros da ponte Rio-Niterói todos os dias”. Atualmente, Rodrigo mora no bairro do Humaitá.

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Logo de cara, Rodrigo mostra suas raízes cariocas. Quando perguntamos a ele sobre o que gosta de fazer quando não está trabalhando, adivinha qual foi a resposta? “Ir à praia. Claro. Vou a qualquer uma. Basta ser limpa. Geralmente: Itacoatiara, em Niterói, e - no Rio - Ipanema e Leblon. Quando não estou no Rio, a praia é sem dúvida o que mais sinto falta.” Apesar da rotina pesada de trabalho na redação e nas ruas em busca da notícia, o repórter não abre mão de algumas coisas. “Ter um horário livre para ir à praia, à Lagoa Rodrigo de Freitas, fazer um esporte, ouvir música, ver um filme, ler um livro, tomar uma cerveja com os amigos... Ter umas horas livres para fazer o que vier na cabeça é fundamental.”


Assessoria

Rodrigo gosta da noite carioca e o ritmo da cidade é o que mais atrai na hora de sair de casa. “Samba! Tem samba bom na Zona Portuária, Zona Norte, Zona Sul... E todos os dias da semana”. Mesmo com o gosto aguçado por um bom samba na noite, Rodrigo mostra ser bem eclético quanto aos gostos musicais. “Rock`n`Roll, Reggae, Samba e Música Popular Brasileira. Se der, tudo no mesmo dia.” Como já era de se esperar, o Rio de Janeiro ser conhecido como o berço do samba é motivo de muita satisfação para ele. “Acho muito bom. O samba é uma das manifestações culturais mais bonitas que conheço. Alto astral e democrático como o Rio de Janeiro”. Já deu para perceber que o quanto apaixonado o garotão é pela cidade, principalmente pela natureza. “Gosto muito da natureza (praias, Lagoa, montanhas, cachoeiras)”. Mas nem tudo é um mar de rosas, o jeito malandro de ser do carioca não agrada muito ao Rodrigo. “O que não gosto no Rio de Janeiro é algumas vertentes da cultura do jeitinho”. Antes de terminarmos, pedimos que o Rodrigo escolhesse um lugar que representasse a cidade pra ele. A resposta é, talvez, o maior convite pra vir ao Rio. “Impossível escolher um. Simplesmente, impossível”.

Assessoria

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Entrevista Miguel Damous tem 21 anos, carioca da gema nascido na Gávea, torcedor roxo do Fluminense, mas que por ironia do destino mora em Botafogo. Cursa Direito na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ e trabalha na Dannemann Siemsen Advogados. A Revista Eixo conversou com o carioca que falou um pouco mais da sua rotina de vida na bela cidade do Rio de Janeiro. Revista Eixo: Quando não está trabalhando ou estudando o que mais gosta de fazer pra descontrair? Miguel Damous: Sou bastante caseiro, mas costumo bastante sair para ir a restaurantes e vou menos ao cinema do que gostaria. Vou muito a estádios de futebol. RE: O que considera essencial ter espaço fazer no dia a dia mesmo com a rotina pesada de trabalho? MD: Preciso ter um tempo para os meus hobbies, mas nada em especial.

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Assessoria

RE: Onde gosta de sair no Rio de Janeiro? MD: Acho a Lapa sempre uma excelente pedida. Agrada a todos os tipos de gostos, principalmente se você souber procurar. Além do mais, nada é estranho o suficiente na Lapa.


Você pode fazer o que quiser e ninguém vai olhar torto pra você. RE: Que tipo de música você gosta de ouvir? MD: Sou metaleiro de carteirinha, e, apesar de saber que a "night" do Rio de Janeiro tem lugares que abarcam essa categoria, fui uma ou duas vezes, apenas. RE: Você costuma freqüentar praias? MD: Não costumo frequentar, mas quando eu vou, tenho preferência pelo Arpoador, porque é fácil de chegar e bastante bonito. Mas minha favorita, mesmo, é a praia do Recreio. É sempre vazia, sempre muito agradável. O problema é que é longe. RE: O que você acha da cidade do Rio de Janeiro estar associada ao samba? MD: É um traço cultural que precisa ser respeitado. Eu não gosto de samba, mas preciso admitir que tenha tudo a ver com a cidade. Sou muito carioca mesmo, e até em escola de samba já desfilei...

Assessoria

RE: O que mais gosta e o que menos gosta da cidade do Rio

de Janeiro? MD: O que eu mais gosto é que, em praticamente toda parte da cidade, você olha pra um canto e vê algum evento natural muito bonito. É uma cidade que, naturalmente falando, é de outro mundo. É uma metrópole com natureza em toda a parte (pelo menos a parte da cidade que eu frequento...). O que eu menos gosto é do trânsito e da dificuldade de se locomover pela cidade. RE: O que tem no Rio de Janeiro que mais faz falta quando não está na cidade? Aquela vibe de "cada um cuida do seu". O Rio é uma mistureba MD: de tipos, de personagens, e a cidade tem um espacinho pra cada um. É uma cidade que te acolhe do jeito que você preferir ser. Diferente de outras cidades grandes que, mesmo assim, têm um ar provinciano... RE: Um lugar do Rio que define o que representa a cidade para você. MD: O aterro do Flamengo, do ponto de vista de quem olha pro Pão de Açúcar. É a visão que fala pras outras cidades "Vocês ainda devem comer muito feijão com arroz".

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Por Ariane Amaro

O estilo é seu

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Da garota de Ipanema à funkeira do morro carioca. A moda da cidade do Cristo Redentor reflete a alma do seu povo, sem restrições e sem preconceito. Se o Rio de Janeiro pode ser considerado uma cidade muito heterogênea, o estilo dos cariocas caminha lado a lado desse conceito. O carioca é despojado, faz seu próprio estilo e mistura as tendências do momento, sem muita preocupação com o que ditam os grandes fashionistas. A vasta geografia dos morros e das praias de beleza exuberantes com o clima propício para aproveitar o que há de melhor na natureza, faz com que os cariocas tenham um cuidado muito grande com o seu corpo, que tende a ser colocado muito à mostra com o calor do verão. Os homens que viajam ao Rio de Janeiro vão encontrar mulheres com a sensualidade a flor da pele e as mulheres preparem-se para adentrar esse universo em que a moda obedece à vontade do corpo: é a sofisticação com a simplicidade e nada mais. O jornalista e editor do blog de moda Rio e etc, Tiago Petrik, garante que a moda no Rio é muito democrática. “A verdade é que o carioca não leva a moda tão a sério. Ele dá o seu jeito com o que tem, de forma menos preocupada se aquilo é a ‘última moda’ ou não”. O conforto é a palavra chave, sem deixar o estilo de lado. Os cariocas têm que se adaptar ao calor, às pedras portuguesas das calçadas e à caminhada na areia da praia. Nesse cenário, a moda tem que ser uma aliada do cotidiano da região, e não brigar com as características locais. Os estilos variados caminham juntos e a mulher carioca, especificamente, prima pelos tecidos leves, versáteis e que possam ser usados em qualquer ocasião. É muito comum sair da praia e ir direto para um

programa noturno. As estampas são muito dominantes, sempre com um visual muito despojado. A cidade é pólo de varias marcas conhecidas por levar o estilo carioca ao mundo, Osklen, Farm, Animale e Maria Filó são alguns exemplos de filhas do Rio de Janeiro que ganharam as vitrines de muitos países por aí afora.

Peças chave A mulher que viaja ao Rio de Janeiro precisa pensar em alguns itens básicos para colocar em sua mala. Segundo Tiago Petrik, na hora de visitar a cidade você não pode deixar de levar um chapelão estilo diva da praia ou uma viseira bem descolada é a dica para fazer sucesso na praia ou no calçadão. Os biquínis são peça chave para quem viaja para a praia, o do tipo cortininha é mais usado nas praias cariocas. Para os pés leve chinelos, sandália rasteirinha e tênis flat. Para vestir várias regatas, shorts, vestidos estampados e vaporosos, uma peça rendada, saia longa e uma jaqueta perfecto que possa ser usada quando bater aquele friozinho. Não se esqueça de levar uma bolsa versátil que possa ser usada em qualquer ocasião. Se você for sair à noite, pode optar por um modelito básico, como um vestido estampado e um chinelinho mais arrumado ou, então, se quiser sair mais arrumada, não hesite em usar o bom e velho salto alto junto com um vestido brilhante. Os homens podem ser mais versáteis, com a boa e velha bermuda e várias trocas de camisetas básicas que são a melhor opção. Um tênis e um chinelo também podem completar o visual. Peças básicas e que combinem entre si são o segredo do sucesso.

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Moda

A moda carioca é democrática e permite que cada um siga suas próprias tendências


dentro de saquinhos para evitar que eles vazem e sujem a mala”. Na hora de fechar a mala, as pernas da calça que ficaram para fora devem ser fechadas sobre as roupas, envolvendo o que está embaixo, otimizando o espaço. Lucili lembra que não adianta querer preencher todos os cantos da mala. É preciso deixar lugar para as coisas que você vai querer trazer na volta de sua viagem. Além disso. Deixe sempre o seu pijama e a nécessaire por cima de tudo, porque, se chegar ao local de destino e estiver cansado, pode descansar e depois arrumar a mala. Com o pijama e os itens de higiene à mão, tudo fica mais fácil. A última dica preciosa dada pela organizadora é que se as roupas amassarem, você pode coloca-las em um cabide e deixalas penduradas no banheiro enquanto você toma banho. O vapor do chuveiro vai ajudar a desamarrotá-las. Confira abaixo um quadro montado por Lucili Possebon com dicas de quantidades de roupas que devem ser levadas para passar uma semana na praia.

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Arrumar a mala é a tarefa mais difícil para quem vai viajar. Pensando nisso, fomos conversar com a personal organizer, Lucili Possebon. Ela dá algumas dicas de como facilitar o processo de organização da bagagem. Primeiro, coloque em cima da cama todas as roupas que você tem vontade de levar. Depois, comece a fazer uma seleção para ver quais dessas roupas combinam entre si. A ideia é levar peças básicas e versáteis que possam ser complementadas com acessórios diferenciados. “Quem vai viajar deve procurar sempre peças mais neutras, com algumas peças coloridas que possam dar um visual um pouco mais diferente. Uma dica é levar de dois a três biquínis, com peças que combinem entre si, para que você possa fazer combinações diferentes ao longo da viagem”, explica Lucili. Outra boa dica é caprichar na escolha de cangas e acessórios que possam mudar o visual. “Um lenço pode fazer toda a diferença

em uma combinação básica. Aquele colarzão também pode transformar um look dia em uma roupa para sair a noite, por exemplo”, explica a personal organizer. A parte prática da organização de uma boa mala é a seguinte: embaixo você coloca as calças, que devem ficar com o cós dentro da mala e as pernas para fora. Depois, você vai encaixando os sapatos nos cantos, sempre em saquinhos plásticos. Em seguida, coloque as peças que amassem menos e logo acima acomode as blusinhas, dobradas em forma de rolinhos, que vão tornar a organização mais fácil. As roupas que amassam mais devem ser dobradas poucas vezes e colocadas em cima de tudo. Por último, você vai acomodar as roupas íntimas e os acessórios, que podem ser colocados em saquinhos e dispostos nos pequenos espaços da mala e até mesmo dentro de sapatos, para otimizar o espaço. Lucili dá ainda um conselho de especialista. “Na hora de organizar a nécessaire, coloque shampoo e condicionador em frascos pequenos. Nada de levar os frascos originais! E é sempre bom colocar

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Dicas de especialista

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Roupas • 1 calça preta • 1 calça jeans ou de sarja • 1 calça de moletom, viscoelastano ou malha • 2 vestidos (preto e colorido) • 2 shorts – um de alfaiataria e um de sarja • 1 saia • 1 jaqueta ou cardigan • 2 regatas • 1 blusa de jérsei ou viscoelastano • 1 par de chinelos

• 2 ou 3 biquínis procure peças que combinem, assim você pode brincar com a parte de cima e de baixo • 3 conjuntos de lingerie com 4 calcinhas extras • 2 camisolas ou pijama • 1 robe • 3 pares de meias • 1 par de sandália de salto baixo • 1 par de tênis • 1 par de rasteirinhas

Acessórios • 1 canga • 2 saídas de praia • 1 bolsa de palha ou tecido grande colorida floral • 1 bolsa para o dia-a-dia em cor neutra ou colorida • 1 carteira pequena para noite • 1 cinto • 1 chapéu de praia • Brincos grandes e coloridos • Colares compridos • Pulseiras largas • Faixas ou lenços para cabelo, • Óculos de sol

Sapatos em sacos plásticos

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Diversos biquinis

Cangas e lenços

Necessaire (acessórios)

Camisetas leves enroladas


Viagem gastronômica através do Rio de Janeiro Tira gosto Caipirinha, feijoada, cerveja e batucada! O tum tum tum já ecoa lá de longe. É o barulho da senzala chegando à mesa. Se os sabores cariocas já passaram pelas mais diversas épocas – do colonialismo português às tradições do negro africano – nada mais justo do que fazer poesia com os tons e os aromas desta culinária rica em história e reverência ao espírito. Para quem come por prazer, mais do que por vontade de saciar a fome, os temperos precisam ser fortes e marcantes: assim como a cultura deste povo rico em farofa, banana frita e camarão. Se os frutos do mar, por um lado, forram o paladar de quem aprecia a fina gastronomia carioca, o boteco despojado e “pé na areia” traz para perto da leveza de ser, típica do malandro da gema, suas características mais fortes e impetuosas: a carne seca, o bolinho de aipim ou de bacalhau, a empadinha, o delicioso croquete. Se fosse possível enumerar os pratos e bebidas com a cara do Rio, talvez no topo estariam o picadinho e a deliciosa água de coco, lembrando que o sal e o mar estão logo ali, nos convidando para um lindo pôr do sol.

Gastronomia

por Juliana Cavalcante

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“A melhor forma de se conhecer um povo é conhecendo a sua comida.” Caloca Fernandes


ipal Prato Princ A culinária do Rio de Janeiro é marcada pela influência dos sabores portugueses. As receitas de bacalhau, por exemplo, um dos pratos mais famosos do estado, seguem algumas das tradições da sua terra de origem, apesar de assumirem novas variações com o passar do tempo. Assado, cozido e grelhado são as formas mais comuns de apreciar este delicioso e robusto peixe na região, formas estas também que deram origem ao grande composto emblemático de toda a cultura carioca: a feijoada. Apesar dos pratos específicos, a farofa carioca leva mais do que apenas salsa, linguiça e mandioca. No meio de toda essa mistura, encontramos o querêrê do vatapá, do bobó, do sururu. Com grande

influência da miscigenação de povos, o Rio de Janeiro também foi, além de berço, morada de outros sabores e estados, como a quente e irreverente Bahia. Dendês à parte, o Rio criou pratos bastante peculiares e próprios, que revelam muito da sua identidade a quem vem à procura de suas delícias. Porém, fora da zona de influência da grande capital, o litoral norte, a costa verde e o interior construíram sobre seus pescados rumos diferentes para esta história. O peixe enrolado na folha de bananeira, enterrado sob a areia e feito sobre o fogaréu nas praias, revela parte desta interessante cultura de preparar a comida com simplicidade e carinho. Se por um lado o caseiro é reverenciado

por estas bandas, mais adentro nas pequenas cidades podemos observar a inf luência mineira transformando as tilápias em deliciosos churrascos. No alto das serras, como em Teresópolis e Nova Friburgo, também fizeram casa e comida os imigrantes alemães e suíços que, incorporando elementos específicos de sua cultura, enriqueceram e engrossaram ainda mais esse caldo. O Cristo Redentor, de lá de cima, recebe e saboreia, de braços abertos, todos os temperos e pratos que lhe oferecem. A cidade mais simpática e alegre do mundo continua, realmente, linda.

Caipirinha

Divulgação

20 Bolinho de peixe

Sopa Leão Veloso O quase centenário restaurante Cabaça Grande tem até hoje em seu menu, como carro chefe, a sopa que leva o nome do jornalista e embaixador do Brasil na França, dr. Leão Veloso. Criado em 1930, o caldo que leva cabeça de peixe, mariscos, lula lagosta, camarão, alho poró, cebola, cebolinha, açafrão espanhol, alho e tomate, é a versão brasileira da bouillabaisse fracesa.

Pastel de bacalhau


Camarão com Xuxu Ingredientes 1 kilo de camarão médios 3 xuxus 3 dentes de alho 3 tomates picados 2 cebolas medias picadas Pimentão a gosto Cheiro verde a gosto 2 colheres (sopa) de extrato de tomate 1 xícara (chá) de leite de coco Azeite Sal

CHEF FERNANDO SANTOS Feijoada Ingredientes

250 g de toucinho magro defumado 250 g de costela defumada 2 paios 300 g de linguiça de porco grossa fresca 300 g de linguiça fina fresca 3 dentes de alho espremidos 4 colheres (sopa) de óleo Sal a gosto Na véspera do preparo, ponha o feijão, escolhido e lavado, de molho numa vasilha com água. Faça o mesmo, separadamente, com a carne-seca e o lombo salgado, tendo o cuidado de trocar a água duas vezes. Limpe e lave bem a língua, o pé, a orelha e os rabos de porco. Retire a gordura do peito e do lombo frescos. Cozinhe o feijão

em bastante água com o louro e o toucinho. Após uma hora de fervura, ponha as carnes nesta ordem: a língua, a carne-seca cortada em pedaços grandes, o pé, os rabos, a orelha, a costela, o lombo salgado, a carne de peito e o lombo fresco. Por último, os paios e as linguiças cortados em pedaços grandes. Junte água quente em quantidade suficiente para manter as carnes cobertas pelo caldo. Durante o cozimento, retire a espuma que se formar na superfície. Deixe no fogo até o feijão ficar macio. À parte, refogue o alho no óleo e tempere o feijão. Ponha sal. Retire duas conchas de feijão e amasse bem com um garfo. Misture à feijoada e mantenha em fogo baixo até servir.

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Divulgação

1 kg de feijão-preto 500 g de carne-seca 250 g de lombo de porco salgado 1 língua de porco defumada 1 pé de porco salgado 1 orelha de porco salgada 2 rabos de porco salgados 800 g de carne fresca de peito bovino 1 kg de lombo de porco fresco 2 folhas de louro

Caldo: ferva 2 litro de agua junte a casca e cabeça do camarão deixe cozinhar por 15 minutos depois bata tudo no liquidificador e peneire e reserve. Preparo: Em uma panela coloque o azeite e refogue a cebola os temperos e o caldo Em seguida acrescente o extrato de tomate, o sal e deixe cozinhar ate o xuxu ficar mole. Acrescente o camarão e deixe ferver por mais 3 minutos junte o leite de coco. O Prato pode ser acompanhado de arroz branco e farofa de manteiga. Informações adicionais Rendimento: 6 porções

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CHEF GIGIO CONIGLIO

Receita do Chef Se viajar e conhecer novos lugares também é construir lembranças únicas e memoráveis, somos do time de cozinheiros amadores que também acredita que é possível criar e inovar sem precisar sair de casa. Alguns chefs de cozinha profissionais contribuíram com esta experiência e preparam especialmente para você alguns pratos que, para eles, tem a cara e o sabor do Rio de Janeiro. Vale a pena conferir! Bom apetite!


por Camilla Scherer

Da bossa, boemia e malandragem Música

Como o samba de raiz se tornou um símbolo da cultura carioca

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“’Pelo Telephone’, samba carnavalesco gravado por Bahiano e o corpo de coro para casais do Rio de Janeiro”. Assim anuncia a introdução do primeiro samba gravado no Brasil, em 1917, composto por Donga e Mauro de Almeida e cantado por Bahiano. A letra, que exalta o carnaval e o ritmo que surgia no Brasil às avessas da polícia, mostra que o samba sempre exigiu de seus amantes malandragem, atitude e desenvoltura para escapar da repressão.

“A lei da polícia/Tem certa malícia/ Bastante brejeira/O chefe é ranzinza/ No dia de “cinza”/Não quer zé-pereira!”, compôs o filho de tia Ciata. O nome da baiana é unânime quando o assunto é o surgimento do ritmo no Brasil. A escrava pioneira ao incorporar a cultura negra ao samba que nascia no Rio de Janeiro, mais especificamente na região da Praça Onze. As batucadas e umbigadas (forma de dançar primitiva do samba) nas casas das

tias baianas, que chegavam a durar dias, eram reprimidas pela polícia por aglomerar arruaceiros, jogos de azar e prostituição. Mas as batucadas na casa da tia Ciata não. A curandeira conquistou o respeito do governo e da polícia depois de sarar uma ferida na perna do então presidente Wenceslau Brás, e tornou-se um foco da resistência cultural, tanto dos negros africanos como dos malandros brasileiros.


Deixa Falar de carnaval Das casas das tias baianas, o samba carioca subiu o morro, ainda como forma de escapar da polícia. “Nos anos de 1910 e 1920 misturava-se no samba muitos malandros, prostituição e jogos de azar, então o morro era o melhor refúgio para se cantar samba sem ser importunado”, conta o sambista carioca Wanderley Monteiro. As batucadas feitas no bairro de Estácio de Sá (entre a região estratégica do morro de São Carlos e da Praça Onze), e nos morros da Mangueira, Salgueiro e São Carlos deram origem ao que hoje é considerado “samba de raiz”. Mestres como Pixinguinha, Cartola, Nelson Cavaquinho e Paulo da Portela foram fundamentais na consolidação do samba urbano nascido nas casas das tias baianas. A “Turma do Estácio”, formada

Samba como símbolo nacional Nas décadas de 1930 e 1940, o samba conheceu seu momento de ouro. Com o apoio do Estado, deixou de ser música de malandros e conquistou o título de “símbolo nacional”. Deixou também de ser um ritmo exclusivamente carioca e começou a se difundir por outras regiões do país, também por causa da Era de Ouro

Que coisa mais linda, mais cheia de graça... É impossível falar de samba sem lembrarse de um dos movimentos culturais mais marcantes da história brasileira: a Bossa Nova. O ritmo foi a aproximação mais forte do samba com a classe média alta do Rio de Janeiro, marcado por grandes nomes como João Gilberto, Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Quando o baiano João Gilberto lançou o LP “Chega de Saudade”, em 1959, a Bossa Nova já havia trilhado seus primeiros passos e preparava-se para conquistar fama mundial. A proposta do novo movimento era de que o mundo todo pudesse ser influenciado pela música brasileira. Mas tal internacionalização encontrou barreiras por aqui mesmo, já que a Bossa Nova veio carregada de influências norteamericanas, como o samba falado

por malandros e arruaceiros do morro considerados “perigosos” pelos mais ricos, deu origem à primeira escola de samba brasileira: a Deixa Falar, que misturava cuíca, surdos e tamborins em seus sambasenredo e desfilava na região da Praça Onze. Apesar da “Deixa Falar” surgir tarde, apenas em 1928, a relação entre o samba e o carnaval sempre fez parte da rotina carioca. Até mesmo “Pelo Telephone”, o primeiro samba brasileiro, surgiu como música para o carnaval. “No início, fazia-se samba apenas para os desfiles de carnaval. Os grandes cantores da época gravavam e as músicas eram sucesso nos blocos. Como a festa acontece apenas uma vez por ano, os sambistas também buscavam sambas cantados no carnaval que ainda não tinham sidos gravados para gravar em seus discos que tocavam o ano inteiro”, conta Wanderley. do rádio. Ao tornar o carnaval uma festa oficial, em 1932, Getúlio Vargas instituiu também que todas as escolas de samba deveriam exaltar o país através de seus sambas-enredo, fazendo nascer novas formas de samba, como o samba-canção e o samba-exaltação. Depois da Deixa Falar, as históricas escolas de samba da Portela, Império Serrano, Salgueiro, Mangueira e Mocidade Independente passaram a fazer parte da festa carioca. ao invés do cantado e a forte influência do jazz. Basta ouvir o maior clássico da época, “Garota de Ipanema”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, considerada pelo Congresso Norteamericano como uma das 50 grandes obras musicais da humanidade, para encontrar essas influências gringas. Na década de 1960, alguns artistas da Bossa Nova tentaram aproximar – mais uma vez – o movimento do tradicional estilo de fazer música brasileiro. Dorival Caymmi, Edu Lobo e Francis Hime incorporaram elementos do baião, xote e samba ao ritmo da bossa, abandonando as temáticas clássicas do movimento e voltando sua atenção para o morro e para a cultura nordestina. Da década de 1970 em diante, o samba reencontrou-se no auge e viu nascer artistas que até hoje são marcantes na música brasileira. Foi a vez de gigantes como Alcione, Beth Carvalho, Bezerra da Silva,

23 Martinho da Vila, Originais do Samba e Fundo de Quintal. Na época, alguns desses músicos encontraram resistência da crítica por cantar o “samba-joia”, considerado brega. Entretanto, anos depois, o movimento foi exatamente o contrário, e o cafona tornou-se clássico do samba. A história do samba, que vem desde a África escrava e mistura-se com a história do desenvolvimento do Brasil, garantiu ao ritmo sucesso não apenas nacional, mas mundial. A fama internacional, ao lado do carnaval e do futebol, carregam para o Brasil uma imagem de país bem-humorado, animado e hospitaleiro – que de fato, é. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, cariocas e turistas vivem no berço do samba de raiz, revisitando lugares históricos da boemia e da malandragem que tornaram o samba um símbolo nacional.


Entrevista: Wanderley Monteiro Revista EIXO: O samba chegou ao Rio de Janeiro trazido pelos escravos da Bahia, mas foi lá que encontrou seu lar para tornar-se o ritmo que é hoje. Já no século XIX, ele se espalhou por todo o nordeste chegando até o sudeste. Nesse caminho, ele recebeu muitas influências de outros ritmos, como o maxixe e o xote, além da cultura africana. Essa influência ainda é visível no samba atual? Como?

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WM: O samba há muito tempo deixou de ser uma cultura apenas carioca. Do sul ao norte do país cantamos e dançamos bom samba. Consequentemente, em função desregionalização, outros ritmos como o maxixe, ijexá e até o baião incorporaram-se ao samba e hoje é muito comum numa roda ouvirmos toda essa brasilidade. Revista EIXO: Desde o lançamento do primeiro samba brasileiro, “Pelo Telephone”, o ritmo é associado ao carnaval. Qual é o papel dessa festa tão importante e das escolas de samba na construção da identidade do samba?

é o papel do morro na consolidação do samba carioca como símbolo nacional? WM: O samba era muito marginalizado e perseguido pela polícia, então fazia-se roda de samba nos terreiros de candomblé ou nos morros onde a polícia não chegava. Um dos motivos da marginalização do samba foi porque nos anos de 1910 e 1920 misturavase no samba muitos malandros, prostituição e jogos de azar como o dadinho e o carteado, então o morro era o melhor refúgio para se cantar samba sem ser importunado. Rev ista EI XO: Com a at uação fundamental de Noel Rosa e do governo de Getúlio Vargas, o samba conquistou o título de “música oficial do Brasil” na década de 1930. Essa relação entre a música e a política ainda é notável nos dias de hoje ou o samba se tornou muito mais uma manifestação cultural sem vínculo político?

WM: No seu início, fazia-se samba apenas para os desfiles de carnaval. Os grandes cantores da época gravavam e as músicas eram sucesso nos blocos de carnaval. Como a festa acontece apenas uma vez por ano, os artistas também buscavam sambas cantados no carnaval que ainda não tinham sidos gravados, para se gravar em seus discos que tocavam o ano inteiro.

WM: As décadas de 30, 40 foram o Boom do samba. O samba é talvez a música mais rica do Brasil, mas seu passado o rotulou como música de pobre, de malandro, e por conta disso ele é muito “usado”. Não existe um investimento sério por parte do ministério e das secretarias de cultura no samba, mas para qualquer grande evento ele é chamado para representar o País ou apresentar candidato através de jingle político. Depois que passa a época, é deixado de lado até o próximo evento.

Revista EIXO: Desde Tia Ciata, considera a mãe da batucada no Brasil, e seu filho Donga, até os malandros do morro Cartola, Nelson Cavaquinho e Paulo da Portela, o samba ganhou configurações, batidas e temáticas diferentes, que o tornaram conhecido no país todo. Qual

Revista EIXO: A Bossa Nova surgiu no Rio apenas como uma derivação do samba, principalmente na forma de cantar e tocar os instrumentos, mas tornou-se um verdadeiro movimento cultural. Qual é o segredo do sucesso internacional da Bossa Nova?

WM: Tudo em torno da Bossa Nova gira em torno do violão: a batida no violão (o modo de tocar com a mão direita) e os acordes refinados, que na época não se usava no samba. Revista EIXO: Como é possível unir o samba do morro, dos malandros e dos boêmios do Estácio de Sá com o movimento da Bossa Nova de Tom Jobim, Vinícius de Moraes e João Gilberto, considerado na época mais elitista, de mais exaltação e com fortes influências de ritmos estrangeiros, como o jazz? WM: Muito simples: através do talento dos sambistas do morro daquela época. Aqueles grandes nomes da MPB se renderam ao talento de Ismael Silva, de Bide, de Noel Rosa, de Cartola, de Nelson Cavaquinho. Inclusive Villa Lobos era fã de um tal de Angenor de Oliveira, que usava uma cartolinha para proteger a cabeça da poeira da obra onde trabalhava. Revista EIXO: Historicamente, o samba é hoje considerado o ritmo que melhor representa o carioca. Não é à toa que existem tantas músicas que se tornaram verdadeiros hinos de amor à cidade. Como é a relação da cidade e do povo carioca com o samba? O que ele significa para o Rio de Janeiro? WM: O samba é a música mais popular do Brasil, até quem não gosta ou acompanha não consegue se policiar e começa a marcar com o pezinho ao som de um 2/4. Não posso dizer que o Rio de Janeiro respira samba, mas acredito que seja a federação que tenha mais seguidores do ritmo. Quando tivermos o mesmo espaço na grande mídia com certeza o Rio vai respirar samba.


por Daniele Seridório

Fui pra Lapa fazer um samba Reduto da boemia carioca, a Lapa é tradição na noite do Rio de Janeiro

Noite

Inspiração de Caetano. É lá que se encontra o espírito malandro, o gingado, o sorriso, o calor carioca. Onde Chico foi fazer um samba em homenagem a malandragem, e perdeu a viagem.

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Rayssa Cortez

Da janela do taxi vi os arcos, estava na Lapa. Em minha primeira visita ao Rio de Janeiro músicas que ficavam em minha cabeça representavam cada lugar da cidade. Mas a Lapa. Ah! A Lapa.


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Estava com uma família de amigos. Primeiro, paramos no Bar da Garrafa. Ambiente agradável, burburinho alto, garçons andavam pelo bar com bandejas de empadas e bolinha de bacalhau. Os petiscos estavam saborosos. O casal que me acompanhava reclamou da falta de um bom vinho no cardápio. Bobagem, estamos na lapa, garçom, traz uma cerveja bem gelada. Para acompanhar, lanche de carne seca com queijo coalho. Mais tarde, fomos caminhando atrás de um samba. Após passar por algumas ruas escuras, que pareciam perigosas, chegamos a um quarteirão movimentado. Eram vários bares com mesas e cadeiras na ruas de ladrilhos. Era exatamente assim, que eu imagina a Lapa. Sem saber para onde iámos, entramos em uma fila. Estávamos prestes a entrar na Rio Scenarium, que

segundo o jornal britânico The Guardian, está entre os dez melhores bares do mundo. São três andares repletos de artigos de antiquários e gringos. A Rio Scenarium é muito frequentada por turistas. Ao meu lado havia um grupo de italianos, também ouvi alguém falando inglês e algo parecido com alemão. Logo na entrada, uma parede só com televisores e rádios antigos, ao lado, bicicletas e bonecas. Um elevador antigo, parecido com os do filme Titanic, da acesso a outros andares para os que tem dificuldade de se locomover. A Rio Scenarium não é somente uma casa noturna, sua coleção de antiquário a caracteriza como uma casa de cultura. A atração principal daquela noite era o grupo Mulheres de Chico. Em um salão anexo, rolava um samba de raiz, ambiente feito para aqueles que preferem curtir a noite

BAR DA BOA Inaugurado em dezembro de 2010, o Bar da Boa é um ícone da noite carioca. Frequentado por aproximadamente 3.500 pessoas por semana o bar é da marca Antartica, cerveja mais vendida no Rio de Janeiro. Além disso, situa-se na Lapa, tradicional bairro boêmio da cidade. Para os sócios do Bar da Boa, Marcos Alvite e Alexandre Serrano, a Lapa é marca de tradição na noite carioca, por isso, oprtaram instalar seu estabelecimeno na região. E qual é o petisco mais pedido do cardápio?. “Bolinho de feijoada e Croquete de carne”. E para acompanha?. “Antartica Pilsen, claro”. ENDEREÇO: Avenida Mem de Sá, 69

sentados, comendo algumas especialidades. O cardápio era variado, para agradar os estrangeiros diversas opções de caipirinhas, cachaças e prato típicos. “Rio Scenarium? Nunca fui, mas dizem que é muito boa, inclusive que é muito frequentada por gays”. Maria Clara Zincone, carioca, estudante e minha amiga. Diz que para ela a Lapa é especial, pois é frequentada por todo tipo de pessoa. “Tem gente assim, da nossa idade, nossa estilo, e até malucão, mais alternativo”. “Da próxima vez que você vier pro Rio, vou te levar na Gafieira Elite, lá toca de tudo e tem gente de todos os estilos. Bem a cara da Lapa mesmo. Ah, e tem a Lapa 40 graus também, que é ótima”. Já que a Maria Clara prometeu, agora é só marcar a próxima viagem. Até lá, Maria. E até lá Lapa.

RIO SCENARIUM: samba, choro, gafieira e antiquário. Rua Lavradino, 20 casa (21) 3147 – 9000 A partir das 19:00 BAR DA GARRAFA: São 30 rótulos de cerveja, de todas as nacionalidades. Av Mem de Sá, 77 (21) 2507 – 1976 A partir das 16:00 LAPA 40 GRAUS: sinuca, gafieira, shows e bar. Rua Riachuelo, 97 (21) 3970 – 1338 A partir das 18:00 GAFIEIRA ELITE: tradição, samba, ambiente jovem e descontraído. Rua Frei Caneca, 4 (21) 2332 – 3217 A partir das 20:00


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Ensaio


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Mini Guias Rio de Janeiro

Deli 43 – Pavelka Única representante na cidade da tradicional marca Pavelka, de Petrópolis, o restaurante tem um menu com opções alemãs e tchecas, além dos salgados, que são o carro-chefe do lugar.

ONDE COMER?

Onde: Rua João Lira, 97, Loja B - Leblon

Zazá Bistrô

Marius Crustáceos

Destaca-se pela criatividade da decoração e pela culinária original. O menu da casa traz sofisticados pratos como o Atum em nagé de capim santo e gergelim servido com cogumelos, nirá e tegliatelli de arroz, além da variedade de vinhos e drinques, que também é marca registrada da casa.

Desde a gastronomia até o ambiente, o Marius Crustáceos traz para sua clientela um clima todo praiano. Além de peixes, a casa, situada na praia do Leme, traz no cardápio moluscos e crustáceos, com destaque para as ostras frescas.

Onde: Rua Joana Angélica, 40 – Ipanema

Onde: Avenida Atlântica, 290 – Leme


Safran

Meu Cantão

O primeiro restaurante especializado em culinária persa do Rio de Janeiro traz no cardápio pratos elaborados caprichosamente com ingredientes de cores e sabores diferenciados, que valorizam o tempero e o perfume de frutas e especiarias.

Ambiente ideal para almoçar com a família, o restaurante oferece desde pratos tipicamente brasileiros, como a feijoada, a pratos mais sofisticados, como o filé mignon na brasa à cubana. Para beber, o chopp é sempre gelado e a tradicional caipirinha é preparada de forma especial.

Onde: Rua da Quitanda, 68, Loja B - Centro

Onde: Rua Dona Zulmira, 53, Maracanã Barra da Tijuca

Fennel

America

Localizado na privilegiada Avenida Atlântica, o restaurante é uma opção de comida requintada no Rio de Janeiro. Destaque para pratos o Pudim de Tapioca com Coulis de Morango. Filé de Linguado em Crosta de Batatas.

A franquia é uma boa opção para quem quer comer lanches baratos e deliciosos. A rede de lojas serve hambúrgueres e sanduíches diferentes, além de pratos como onion rings e New York Steak.

Onde: Avenida Atlântica, s/nº, Arena Copacabana Hotel – Copacabana

Onde: Rua General Severiano, 97, Shopping Rio Plaza, loja 136 – Botafogo


Mini Guias Rio de Janeiro

Academia da Cachaça: Fundada em 1985, o propósito da Academia da Cachaça é que todos – turistas ou cariocas – possam desfrutar da autêntica bebida brasileira. Com mais de 2000 opções de cachaça, o bar, que tem filiais n Leblon e na Barra, também é famoso pela feijoada, servida diariamente e conhecida como uma das melhores do Rio de Janeiro.

ONDE SAIR?

Onde: Barra: Condado de Caiscais – Avenida Armando Lombardi, 800 – Loja 65-L – Barra da Tijuca / Leblon: Rua Conde Bernadotte, 26

Rio Scenarium

Bar Brasil

Eleito como um dos 10 melhores bares do mundo pelo jornal The Guardian, o Rio Scenarium é um misto de pavilhão cultural, bar e restaurante. Os shows de música brasileira, como samba e chorinho, animam os três andares disponíveis para quem quiser comer , beber e ouvir música.

Próximo aos arcos da Lapa, o bar foi fundado em 1907 e hoje é sinônimo da boemia carioca. Apesar do nome, que surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, o Bar Brasil tem um cardápio inspirado na comida alemã, com pratos e cervejas típicas, além do tradicional chopp tirado de uma serpentina centenária.

Onde: Rua do Lavradio, 20 – próximo à Praça Tiradentes – Centro Antigo

Onde: Av. Mem de Sá, 90 – Lapa


Adega Flor de Coimbra

Benditho Bar

O clima é tradicionalmente boêmio, mas a idéia da adega mais antiga do Rio de Janeiro, com mais de 70 anos de tradição, é oferecer ao público um ambiente familiar e uma cartela de vinhos portugueses, chilenos, argentinos e franceses.

Famoso pelo cardápio de cervejas, que oferece mais de 170 opções, o bar também é famoso pelo cardápio de petiscos. Às terças-feiras, rola a Terça Santa, com pasteis em dobro durante a noite inteira.

Onde: Rua Teotônio Regadas, 34 – atrás da Sala Cecília Meireles.

Onde: Rua Baltazar Lisboa, 47 – Tijuca

Fundição Progresso

Zero Zero

Um dos endereços mais famosos da Lapa, a Fundição funciona em um enorme prédio onde existia uma fábrica de produtos de ferro, fechada na década de 1970. Hoje, a casa de shows abriga de tudo: desde apresentações de artistas famosos a manifestações culturais e bailes de carnaval. Todo mês, uma programação.

Uma das baladas mais famosas e sofisticadas, a casa tem uma proposta ousada: localizada no planetário do Rio de Janeiro, tem jardim ao ar livre, cozinha mediterrânea e uma pista de dança separada por uma porta giratória. Para o público moderno e jovem, muita música eletrônica, black music e filmes no telão.

Onde: Rua dos Arcos, 24, Centro

Onde: Av. Padre Leonel Franca, 240 Dentro do planetário – Gávea


Mini Guias Rio de Janeiro

Olinda Rio Hotel O hotel 4 estrelas tem um estilo clássico e conta com um restaurante de culinária francesa. Os quartos são equipados com TV a cabo, ar condicionado e cofre, além da vista privilegiada para o mar.

ONDE FICAR?

Sheraton Barra Hotel O hotel 5 estrelas tem apartamentos equipados com cozinha e varanda, de frente para a praia da Barra da Tijuca. As opções de lazer incluem quadra de squash, piscina e spa. Além disso, o hotel fica a apenas 6km do Barra Shopping e a 20kmdo Corcovado.

Onde: Avenida Lucio Costa, 3150, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

Onde: Avenida Atlântica, 2230, Copacabana, Rio de Janeiro

Rio Othon Palace O famoso hotel, situado na praia de Copacabana, oferece piscina na cobertura, suítes com TV de LCD, clube de saúde e bem estar com serviços de spa, massagens e academia, além de uma vista privilegiada para o Pão de Açúcar e para o mar.

Onde: Avenida Atlântica, 3264, Copacabana, Rio de Janeiro, próximo à estação de Metrô Cantagalo.


Olinda Rio Hotel

Hotel Vermont

O hotel 4 estrelas tem um estilo clássico e conta com um restaurante de culinária francesa. Os quartos são equipados com TV a cabo, ar condicionado e cofre, além da vista privilegiada para o mar.

Situado entre a praia de Ipanema e a Lagoa Rodrigo de Freitas, o hotel conta com quartos com TV a cabo, ar condicionado e frigobar, além da vista para o Cristo Redentor. Próximo à estação de metrô General Osório, a localização é disputada: 2 quadras da praia de Ipanema, 3 quadras da Lagoa, 15 km do aeroporto Santos Dumont e 20 minutos de carro até o Cristo.

Onde: Avenida Atlântica, 2230, Copacabana, Rio de Janeiro

Onde: Rua Visconde de Pirajá, 254, Ipanema, Rio de Janeiro

Hostel Zé Carioca

Hercus Lapa Hostel

o albergue fica a 150km da praia de Botafogo e a 50m de distância da estação de metrô Botafogo. Os quartos compartilhados contam com ar condicionado, roupa de cama e banheiro coletivo. O hostel oferece academia, lanchonete e Wi-Fi. A apenas 3km de Copacabana e do Cristo Redentor.

A opção mais barata para quem quer se hospedar na Lapa são os hostels. O albergue fica a 1 quarteirão da escadaria da Lapa e a 200m dos arcos. Os dormitó0rios contam com ar condicionado, armário individual, roupa de cama e banheiro compartilhado. A apenas 8km do Maracanã e da e4stação rodoviária Novo Rio.

Onde: Rua São Clemente, 33, Rio de Janeiro

Onde: Rua da Lapa, 207, Centro do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro


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por Paola Patriarca

A nova fase da economia no

Rio de Janeiro O estado do Rio de Janeiro ocupa a segunda maior economia do Brasil e sua capital, a “cidade maravilhosa”, destacase por mover a economia do estado, principalmente com o turismo, carnaval, setor industrial, petróleo e com sua economia informal. Além disso, o setor da construção naval, extração de óleo e gás é destaque na economia. A cidade tornou-se nesses últimos anos atrativa para investimentos relevantes em outros campos industriais. Em 2012, os economistas afirmam que a economia carioca voltou a florescer, sendo o Rio um dos mais dinâmicos ambientes de negócios do Brasil. Segundo Ricardo Galuppo, publisher do jornal “Brasil Econômico”, entre 2009 e 2012, o orçamento da cidade aumentou inéditos 61,5% ao passar de R$ 12,6 bilhões para R$ 20,5 bilhões e os investimentos aumentaram quase 1.000%. O empréstimo de R$1 bilhão do Banco Mundial, para o pagamento das dívidas da Prefeitura com a União, proporcionou uma redução do peso da dívida dentro dos gastos totais do município, o qual caiu quase pela metade, para níveis próximos de 4%.

Otimismo com a economia carioca Para o diretor nacional de criação e consultor criativo da Rede Globo de Televisão, o carioca Gustavo Bastos, o Rio

de Janeiro vive em um momento mágico, em que muitas forças positivas convergem em um mesmo lugar. “Temos mais segurança, um governo estadual e municipal que criam oportunidades e abrem as portas a novos investimentos. Temos os grandes eventos como alavanca de investimentos em mobilidade urbana, que gera mais qualidade de vida e que atrai mais gente e mais negócios. Assim, movimentamos a roda da economia carioca e fluminense. Nunca houve uma convergência como esta, de Copa e Olimpíadas tão próximas beneficiando uma mesma cidade. O Rio está tirando o atraso”, acredita.

“Estamos no olho do furacão, mas é um furacão positivo”, afirma o publicitário. Gustavo Bastos af irma que quem acreditou e investiu no Rio de Janeiro está recuperando o investimento com folga. A agência de propaganda “11:21”, da qual ele é sócio, ganhou 15 novos clientes este ano e aumentou seu faturamento em mais de 230% no primeiro semestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011. “Há cinco ou dez anos era impensável que uma agência de propaganda tivesse no mercado carioca este tipo de crescimento. Estamos no olho do furacão, mas é um furacão positivo”, afirma o publicitário.

Conceito de economia criativa Nessa fase em que a economia do Rio de Janeiro está em avanço, o conceito de economia criativa começou a ser discutido. Segundo Gustavo, a economia criativa é a vocação natural do Rio, local em que a maior parte da produção artística da TV brasileira, do cinema, da música, da literatura se encontra. “A produção cultural no Rio é enorme, a cidade é locação para muitas produções cinematográficas. Ainda na área da economia criativa, o design, a arquitetura e a propaganda crescem no Rio de Janeiro mais do que a média nacional e grandes marcas destas áreas se estabeleceram nos últimos anos na cidade. Com a proximidade dos grandes eventos, como Copa e Olimpíadas, a tendência é que as atenções se voltem para o Rio mais ainda, e outros grandes projetos venham para cá”, afirma. Outro foco desse ciclo da economia criativa são as reformas urbanas, como, por exemplo, a ocupação do Porto, que atrai mais arquitetura, design, grandes empresas e suas verbas publicitárias. “Assim vamos criando um círculo virtuoso para a economia da cidade e do estado, incluindo aí a economia criativa. A economia criativa dá empregos qualificados, bem remunerados, e isto ajuda a economia também”, acredita Gustavo.

Economia

Com projetos bilionários para os próximos anos, o mercado financeiro do Rio ressurge moderno e criativo

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