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Capítulo Onze

Tinha se passado uma semana desde a noite em que o cara gorduroso tinha aparecido na casa da minha mãe e saído dela com uma fortuna em heroína. Não tive mais nenhuma visita desse tipo e isso poderia ser porque havia sempre um homem na casa. Os homens não eram quaisquer um. Ou era Clyde ou Jax.

Nos meus dias de folga, era o dever de Clyde e quando eu voltava ao trabalho na quarta feira, era Jax que me seguia para casa, o que me surpreendeu um pouco. Durante minha folga, eu não tinha ouvido falar dele. Nem uma vez. Eu sabia que ele tinha acesso ao meu celular, porque eu tive que colocar o número em uma lista no escritório, ao lado do de todo mundo para o caso de emergências.

Do outro lado, eu não tinha tentado entrar em contato com ele também, porque eu disse a mim mesma que seria sem sentido e idiotice. E eu estava tentando evitar todas as coisas idiotas, mas eu realmente ansiava para voltar ao Mona’s na quarta-feira, e isso era totalmente idiota.

Então eu falhei imensamente em evitar as coisas idiotas.

Nos meus dias de folga, Jax não existia, mas as quartas, quando eu voltei, ele já estava lá analisando recibos na mesa, enquanto eu entrei no escritório para guardar minha bolsa, ele olhou para cima e sorriu e me chamou de querida.

E ele agiu como no último Sábado quando trabalhamos juntos, charmoso e flertando... e me tocando. Mas ele ainda agia como se não tivesse me dito que ele queria me conhecer de maneiras inapropriadas.

Talvez ele tenha mudado de ideia desde aquele dia, talvez ele acordou naquela manhã com um bom e velho caso de ereção matinal e quisesse transar.

E eu estava bem com ele mudando de opinião.

Totalmente.

Não era por isso que eu arrumei melhor meu cabelo, minha maquiagem e roupas essa manha. Eram pelas gorjetas.

Jax estava aqui agora, mas ele sempre estava no escritório fazendo Deus sabe lá o que, e eu sentia como se eu tivesse que estar lá porque esse bar era da minha mãe, mas antes que eu pudesse fazer isso, Reece se aproximou do bar. Algumas vezes quando eu via Reece, eu pensava sobre meu irmão Kevin. Ele era fascinado por bombeiros e policiais. Havia uma grande chance que se ele tivesse sido permitido viver, se o céu não tivesse precisando de anjos, ele teria sido um policial ou bombeiro.

Nem um segundo depois de Reece chegar ao bar, Roxy apareceu carregando garrafas ou algo do tipo. Essa não era a primeira vez que ela tinha feito isso.

Toda vez que Reece vinha ao bar, o que parecia ser sempre que ele não estava trabalhando, Roxy pulava como uma bola de borracha. E era obvio.

“Hey,” Reece disse para mim, mas seus olhos estavam nas costas da Roxy. “Me vê duas Buds20?”

“Yeppers.” Eu virei minha cabeça para a esquerda e peguei as garrafas frias. Abrindo as tampas, eu as entreguei, “Conta?”

“Tudo bem por mim.” Seu olhar finalmente voltou para mim. Ele tinha lindos olhos azuis" vibrantes, praticamente perdidos em sua profundidade. “Então, você vai realmente ficar por aqui?”

Como Reece não olhava para mim do mesmo jeito que ele olhava para Roxy, que ainda estava de costas para ele, eu não estava admirada. Bem, não muito. Era como se eu estivesse falando com Cam, Jase ou Ollie. Em outras palavras, caras quentes que tinham olhos para apenas uma mulher e não se importavam se eu parecesse a prima do Coringa.

Funcionava pra mim.

“Sim, pelo menos até o fim do verão.” As palavras soavam estranhas para meus ouvidos, e eu não sabia por quê.

20 Budweiser. Marca de cerveja

“Legal.” Ele se inclinou sobre o bar, cabeça virada para o lado. Ele tinha um maxilar e estrutura óssea perfeita. E eu estava facilmente distraída. “Esse bar realmente mudou desde quando Jax apareceu.”

Eu tinha que concordar com isso. “Quando eu morava aqui, minha mãe tinha... um, uma gangue trabalhando no bar.”

Reece riu, e era uma boa risada. “Eu tenho certeza que temos ficha no escritório do xerife sobre as pessoas que trabalharam aqui.”

Meus lábios se curvaram. “Provavelmente é verdade.”

tarde.” Ele sorriu e uma covinha apareceu em sua bochecha esquerda. “Vejo você mais

Roxy esperou até que Reece estivesse de volta a sua mesa, perto de onde estava acontecendo um jogo sério de sinuca, para fazer seu caminho até mim. Eu olhei para ela enquanto jogava as tampinhas no lixo. “Posso te fazer uma pergunta?”

“Claro.”

“Por que você sempre foge quando Reece vem ao bar?”

Ela tirou seus grandes óculos pelo que pareceu a primeira vez desde que eu a tinha conhecido e os limpou em sua camiseta. Sem os óculos, eu consegui ver realmente seu rosto. A menina era tão fofa como uma pilha de gatinhos dormindo juntos. Pequena, nariz estreito e boca de boneca junto com grandes olhos castanhos. Aqueles lábios se curvaram para cima.

“Eu não atendo ele,” ela disse enquanto colocava os óculos de volta.

Antes que eu conseguisse explorar esse comentário, as palavras “Calla-malditaFritz?” foram gritadas da porta do bar. “Você está mesmo trabalhando aqui!”

Mas que?

Eu me virei para onde o som vinha e no inicio não tinha ideia de quem estava parada ali.

Era uma Barbie em tamanho real.

Meio que.

Isso se a Barbie tivesse seios menores e se vestisse como uma stripper.

A mulher que estava entrando no bar usava um tipo de vestido colado de Lycra que cobria apenas das suas nádegas até seus seios, nada mais. Parecia como se alguém tivesse tido um ataque de loucura e costurado lantejoulas pelo vestido. Ela era como uma bola de discoteca em uma noite de Ano Novo.

Seu cabelo loiro escovado e armado enquanto ela corria na minha direção em seus sapatos transparentes de saltos gigantes, seu cabelo voando como se ela estivesse andando em uma passarela.

Quando ela se aproximou e seu grande sorriso apareceu, eu comecei a ver além de todo o glitter em suas bochechas e olhos. Eu a conhecia.

“Katie?” Eu coloquei minhas mãos no bar, embasbacada.

“Você me reconheceu!” Ela parou e fez algo naqueles saltos que eu teria quebrado meu pescoço ao tentar. Ela pulou, enquanto batia palmas, animada. “Ninguém me reconhece!”

Eu conseguia ver agora. Katie Barbara foi uma menina quieta no colegial. Alguns podiam chamá-la de diferente. Ela sempre trazia seu almoço em uma lancheira da Hello Kitty, até no últimoano. Ela sempre tinha seu nariz enfiado em um livro e sempre usava um chapéu até que um professor a mandou retirar. Eu vagamente lembrava dela fazendo um discurso na aula de literatura na terceira pessoa. Durante a escola, seu cabelo tinha sido uma mistura de cores" loiro, castanho, preto, roxo e vermelho fogo. O rosa tinha sido meu favorito, e ainda era, porque agora eu conseguia ver que as pontas de seu cabelo estavam rosas, combinando com seu vestido.

“Você está... diferente,” eu disse, sem saber o que falar.

“Claro que estou. Eu dei um jeito no meu corpo.” Ela deslizou suas mãos pela lateral do seu corpo enquanto rebolava um pouco. “Fiz uma pequena transformação.”

Roxy riu de algum lugar atrás de mim.

“Você está ótima.” Vestidos de discoteca não eram minha coisa, mas Katie parecia gostosa. Gostosa de um jeito que provavelmente deixava todos os caras querendo fazer coisas estupidas por ela. Muito diferente da época do colegial, e eu comecei a pensar o que meus outros colegas pensavam dela agora.

“Você parece a mesma. A cicatriz diminuiu bastante. Você mal consegue vê-la com a maquiagem,” Katie disse e Roxy inalou profundamente enquanto Katie tomava o lugar na minha frente.

Eu percebi que ela não havia mudado totalmente. Ela ainda era direta demais. Não rude. Apenas não tinha nenhum filtro. Eu sorri em vez de deixar esse comentário me afetar, porque eu sabia que não era algo ruim. “Sim.”

Ela colocou seus cotovelos bronzeados no bar e descansou seu queixo em sua palma. “Eu não acredito que você voltou para essa cidade, trabalhando no bar da sua mãe. Pensei que você tivesse saído para fazer coisas maiores e melhores.”

Bem, isso era estranho. Era como as pessoas que saiam, festejavam demais e depois reprovavam e voltavam para casa com o rabo entre as pernas. “Euestou aqui para as férias de verão.”

“Visitando a mãe do ano?”

Roxy inalou profundamente novamente e sussurrou, “Meeeeeerrrda.”

Novamente, Katie era uma farpa na minha unha. “Eu estava planejando isso, mas ela não está por aqui.”

“Isso é provavelmente umacoisa boa, menina.” Seus olhos azuis reviraram. “Acho legal você ter voltado.”

“Obrigada.” Eu mordi meu lábio enquanto eu olhava para Roxy. Ela estava sorrindo para Katie. “Então, o que você esteve fazendo?”

Katie se ajeitou no banco enquanto passava suasmãos pelo seu corpo. “Um, o que parece? Não estou trabalhando em um escritório.”

Eu pensei que ela parecia como uma stripper, mas se esse não era o caso, então eu realmente não queria soltar a bomba.

clube.” “Ela trabalha do outro lado da rua,” Roxy explicou, inclinando contra o balcão. “No

isso.” Oh. Oh Duplo. Então ela era mesmo uma stripper.

Katie riu enquanto ela batia seu longos cílios para mim. “Eu, absolutamente, amo

Oh triplo.

“Deixe-me te contar, a maioria das meninas gostam. Essa coisa toda que você só tira a roupa por que tem problema com seus pais?” Ela fez o gesto com seu pulso, descaradamente. “Eu tiro minha roupa por que homens idiotas me pagam sendo que podem ter isso de graça em casa, e eu faço um bom dinheiro fazendo isso.”

Bem, se ela estava feliz fazendo isso, então tudo bem. Eu sorri. “Parece bom.”

“Mas você?” Aqueles cílios bateram de novo. “Trabalhando em um bar? Eu nem achei que você bebia,” Ela me encarou, seus lábios rosas virando para baixo, confusos. “Você já ficou bêbada?”

Eu não ficava bêbada. Bem, por causa da minha mãe. Eu podia sentir os olhos de Roxy em mim. “Eu bebo uma cerveja ou duas, mas eu nunca fiquei bêbada.”

“O que?” Roxy, de todas as pessoas, gritou.

Reece e os meninos olharam de suas mesas. Eu abaixei minha voz enquanto senti minhas bochechas queimarem. “Bem, é provavelmente uma coisa boa que eu realmente não bebo desde que eu trabalho em um bar.”

Roxy me olhou boquiaberta. “Você nunca conheceu as maravilhas de ficar bêbada?”

“Ficar tonta é legal...” Katie interrompeu enquanto um homem bem vestido, em seus vinte anos, se sentava no bar.

“Whiskey. Puro.” Ele pediu, seu olhar passando de mim, até Roxy, que pegou o copo baixo.

O olhar de Katie vagou da ponta preta das botas do homem, para seus jeans, camiseta branca eviajou pelo seu cabelo loiro escuro. “Merda, eu gostaria de ficar bêbada com isso.”

O homem deu a ela um longo olhar" um olhar puramente masculino, que eu aprendi a identificar durante meu curto período trabalhando no bar, que dizia que ele estava disposto a vê-la nua. Então ele sorriu antes de se virar, indo em direção a mesa que Reece estava sentado.

“De qualquer maneira, sua vida está prestes a mudar,” Katie anunciou aleatoriamente. Ela apoiou seu queixo em sua palma da mão. “De verdade.”

Eu pisquei uma, então duas vezes e me forcei a ignorar a cotovelada de Roxy, discretamente, na minha lateral. “Pode repetir?”

“Estou te dizendo. Sua vida toda está prestes a mudar,” Katie continuou, e Roxy bateu com seu quadril no meu. “Esse verão vai ser épico.”

Eu nãotinha ideia onde essa conversa estava indo. “Bem, minha vida meio que já mudou.”

“Oh, não. Eu não estou falando do que já aconteceu. É sobre o que ainda vai acontecer.” Katie se inclinou sobre o bar, e eu pensei que seus seios iriam pular do vestido e esfregar o balcão para mim. Seria uma limpeza de mamilos. “Veja bem, eu tenho o dom.”

O dom de tirar a roupa? “Um. Que tipo de dom?”

“Oh Deus,” Roxy murmurou.

Katie bateu com suas longas unhas, pintadas com francesinhas. “O dom. Visão. Telepatia. O que quer que você chame hoje em dia. Eu tenho essas premonições sobre as coisas e eu simplesmente sei de coisas.”

Um...

Eu não tinha ideia de como responder a isso, e não tinha certeza se ela estava falando sério, mas Katie sempre foi estranha, então eu iria dizer que sim, e Roxy não era de nenhuma ajuda. De trás de seus óculos, ela estava encarando o teto, seus lábios se contorcendo enquanto pressionados em uma fina linha.

“Então, hum... você tinha esses dons na época do colegial?” eu perguntei.

Katie riu. “Não. Eu tive um acidente. Acordei no dia seguinte com esse dom.”

“O que... que tipo de acidente?” eu perguntei, sem ter certeza se deveria.

“Oh bom Deus,” Roxy murmurou.

“Cai da porcaria do poste.”

Oh meu Deus. “Do poste?”

Ela concordou enquanto passava um dedo pelos lábios. “Yep. Aquelas putas passam tanto óleo nelas mesmas que poderiam fritar um ovo, então, algumas vezes, o poste fica escorregadio se não for limpo. E, acredite em mim, depois de algumas meninas, você vai querer limpar aquele poste.”

Meus olhos arregalaram e tudo que eu conseguia imaginar era um poste de poledancing escorregadio.

Uma pequena risada escapou de Roxy e terminou em uma tosse forçada e falsa enquanto ela pegava uma garrafa e três copos.

Oh não.

“De qualquer modo, eu subi no poste para um show. Noite cheia. Em um sábado, e eu estava fazendo essa coisa onde eu me penduro de cabeça para baixo.” Katie se inclinou para trás e levantou seus braços, e por um segundo eu pensei que ela fosse reencenar a coisa toda e, eu tinha uma premonição que isso iria virar um apocalipse de peitos. “E eu estava desse jeito” Trançando seus braços juntos, um olhar falsamente sexy em seu rosto. “Só que de cabeça para baixo, certo?”

dose. “Certo,” eu balbuciei enquanto Roxy colocava o liquido marrom em três copos de

“A cena seguinte, minhas pernas estavam escorregando do poste e eu estava toda ‘homem caindo’ ou pelo menos ‘stripper caindo’!”

Outro som de risada e tossida escapou de Roxy enquanto ela colocava a garrafa de volta no bar, me forçando a recuperar meu fôlego enquanto murmurava. “Oh noes.”

“Yep,” ela disse. “Bati minha cabeça no palco. Eu apaguei como um umbigo.”

“Apagada como um umbigo? O que era isso?

“E o resto é uma longa história de médium, mas sem ver pessoas mortas ou os grandes cabelos loiros.”

“Mesmo?” eu ri.

Ela concordou. “Então sua vida vai mudar. Não vai ser fácil, mas vai mudar.”

Eu me virei vagarosamente e olhei para Roxy.

“Doses, alguém?”

“Doses! Doses! Dooooo-ses!” Katie gritava, pegando um dos copos enquanto se balançava para frente e para trás. Um segundo depois, a dose tinha sumido.

“Impressionante,” eu disse.

Katie sorriu.

Depois que Roxy tomou sua dose, ambas meninas olharam para mim e eu balancei minha cabeça. “Acho que não.”

“Te disse,” Katie disse.

Roxy franziu as sobrancelhas para mim. “Eu quero ver você provar a bebida pela primeira vez, e eu coloquei a coisa boa.”

Meu estômago apertou. A ideia de realmente beber, de não ter controle e... eu nem conseguia pensar nisso.

Suspirando, Katie pegou a minha dose. “Piscou, perdeu.” Ela engoliu e bateu o copo no topo do bar. “Sim, eu acabei de dizer isso. E sim, eu preciso ir e fazer um pouco de dinheiro! Vejo vocês mais tarde, suas putas!”

Eu fiquei assistindo Katie se virar como uma bailarina em seus saltos e sair pela porta no mesmo momento que outras duas meninas entravam. Uma delas, com cachos vermelhos, torceu a boca em direção a Katie e sussurrou algo para sua amiga, fazendo com que ela risse.

Com meus olhos estreitos, eu percebi que não gostava disso.

Katie parou, olhou para a ruiva, direto em seus olhos, e disse: “Eu posso matar uma puta.”

A boca de Roxy caiu, aberta,

Eu bufei. Yep. Como um porco em um cobertor quentinho.

A ruiva ficou pálida e a outra mulher corou.

“E aquelas putas ali atrás não vão te servir, então vocês podem ir passear no Apple-Back21 no fim da rua.” Katie olhou sobre seu ombro para nós. “Certo?”

Desde que eu imaginei que tinha certo tipo de posse sobre o bar, eu concordei.

“Certo.”

“Até mais, putas.” Katie empurrou elas de volta pela porta, pausando para olhar para nós com um sorriso gigante. “Paz, queridas!”

Roxy e eu estávamos quietas por um minuto até que olhei para ela. “Katie sempre foi diferente, mas eu sempre gostei dela.”

Ela concordou enquanto pegava nossos copos de dose, rindo. “Estranhamente, ela sempre acertou sobre as suas premonições. Ela me disse algo uma vez...” Seu pequeno nariz franziu. “Algo que eu realmente deveria ter escutado.”

Eu me engasguei. “Você está brincando, certo?”

“Nope,” ela continuou. “Mas eu amo aquela menina. Coisas loucas sempre acontecem quando ela está aqui. E eu gosto de seus dons,”

“Sentimentos...”

“Sentimeeeeeeeeeeeeeeeentos22,” Roxy repetiu tão alto que a mesa inteira de Reece se virou em nossa direção.

Especialmente Reece.

21 Trocadilho com Applebees 22 Nessa parte, Roxy e Calla então cantando a música Feelings de Morris Albert. http://en.wikipedia.org/wiki/Feelings_(song)

Seus lábios se curvaram no canto enquanto ele observava Roxy se virar como uma dançarina bêbada e colocava os copos na bandeja para serem lavados. Ela se virou para mim e apontou. “Nada mais que...”

“Sentimeeeeeeeeeeeeeeeentos,” eu cantei, tão mal e tão alto. Provavelmente ainda pior. “Tentando esquecer meus sentimeeeeeeeeeeeeeeeentos...”

“Deeee amooooor,” Roxy continuou enquanto abria seus braços e se curvava, dramaticamente.

Uma rodada de aplausos vieram da mesa de Reece, e nós caímos na gargalhada logo quando Jax entrou no bar. Ele parou a alguns passos de nós, rindo, enquanto me encarava. “Mas que porra está acontecendo aqui?”

“Nada,” Roxy cantou, e eu o encarei por um momento, um momento muito longo, mas ele realmente estava bonito em seus jeans, como sempre, e em sua camiseta velha, mas, então, ela se virou para mim. “Então, você nunca ficou mesmo bêbada?”

“De volta nesse assunto?” Eu cruzei meus braços. Eu preferia voltar a cantar.

O sorriso de Jax mostrava que ele estava incrédulo. “O que?” Eu revirei meus olhos. “É uma coisa tão importante assim?”

“Ela nunca ficou bêbada,” Roxy disse a Jax, que ainda estava me encarando como se eu tivesse tirado minha blusa e estivesse me balançando para ele. “Nunca.”

“Você ao menos bebe?” ele perguntou, andando para frente, de algum modo conseguindo ficar no minúsculo espaço entre Roxy e eu, o que significava que todo seu lado esquerdo estrava pressionado contra meu corpo.

Eu tentei não tremer em resposta e perdi. “Eu bebo uma cerveja ou duas de vez em quando.” Na verdade, eu nunca terminei uma cerveja sozinhana minha vida.

Colocando uma mão no balcão do bar, ele inclinou seu corpo em minha direção, o que alinhou nosso quadril e deixou nosso olhar na mesma altura, sua camiseta preta esticada em seu peito. Oh Deus. Eu conseguia ver suas elevações. O homem tinha realmente elevações. “Você já bebeu destilados antes?”

Eu balancei minha cabeça enquanto encarava seu peito.

“Nope,” eu sussurrei. Encarar o peito de um homem como se fosse um mousse de chocolate não era uma boa ideia, mas era o tipo de má ideia que eu gostava.

“Antes daquele drink que você fez, eu nunca tinha provado uma bebida,” eu suspirei para Roxy. “Nunca estive bêbada. Perdi muita coisa estupida.”

“Nós vamos ter que mudar isso.” Do cano dos meus olhos, eu consegui ver Jax mover sua mão. Meu queixo levantou enquanto ele colocava uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. “Logo.”

Quando ele expos minha bochecha esquerda, eu me afastei, batendo minha bunda na parede. Eu conseguia ver Roxy nos observando, sobrancelhas arregaladas e sorrindo. Deus, esse bar precisava ficar mais agitado nas quintas feiras para que Jax tivesse menos tempo para me torturar.

E Jax estava realmente com vontade de me torturar com seu charme e flertadas. Ele abaixou sua cabeça e eu sabia que não tinha apenas Roxy nos observando. “O que mais você nunca fez? Eu acho que você disse algo sobre isso antes.”

Prendi a respiração e a soltei. Ele estando tão próximo a mim me deixava agitada. “Eu nunca fui a praia.”

Roxy balançou a cabeça.

“E... eu nunca fui para New York ou estive em um avião. Eu nunca fui a um parque de diversões,” eu continuei a balbuciar, meu estômago revirado. “Eu nunca fiz varias coisas.”

Jax segurou meu olhar por um momento, então se afastou, indo para o outro lado do bar. Eu fiquei onde estava, me encontrando encarando Roxy.

Ela levantou uma sobrancelha e disse, sem realmente falar, O que?

Eu balancei minha cabeça, sentindo o calor em meu rosto enquanto ela se virava para Jax, seu sorriso aumentando. Eu não tinha ideia do que ela estava pensando, maseu tinha certeza que envolvia algo estupido. Me virando para encarar a pilha de copos sujos, eu imaginei que era uma boa hora de leva-los para a cozinha.

A porta se abriu, e eu senti a mudança na atmosfera antes que eu visse quem entrou. Tensão enchia o ar, contaminando com raiva e medo. Mordendo meu lábio inferior, eu vi o quão tenso Jax estava enquanto me virava.

Oh não.

Mack Attack23 estava de volta e ele não estava sozinho dessa vez. Um cara estava

com ele, tão grande e tão desgranado quanto ele. Eles olharam em volta do bar até a mesa de Reece, então o olhar de Mack voltou para mim.

Ele sorriu como se tivesse acabado de comer merda.

Meu estômago se revirou ainda mais.

“Você não é bem vindo aqui.”

Isso veio de Jax e, enquanto meu olhar vagava em sua direção, eu vi que seu maxilar estava tão tenso que poderia cortar gelo.

“Oh Deus,” murmurou Roxy.

O amigo de Mack riu, mandando um calafrio pela minha coluna.

“Não estou planejando ficar,” Mack respondeu, seus olhos nunca deixando os meus. “Eu apenas tenho uma mensagem para entregar—uma mensagem que estou tão animado para entregar.”

Whoa.

Os olhos escuros de Mack viraram obsidianas. “Eu disse uma vez e direi novamente que você não sabe com quem está lidando.”

“Eu sei exatamente com quem estou lidando.” Jax se inclinou sobre o balcão do bar, sua voz baixa e perigosamente calma, como o centro de um furacão. “Ninguém.”

Mack parecia como alguém que queria dizer algo, mas seu amigo ficou tenso e ele se moveu, para que ele pudesse ver atrás de Jax. “Isaiah precisa falar com sua mãe. Pra ontem.”

23 Vou deixar Attack para rimar com Mack, mas seria ataque.

Quem era esse tal de Isaiah?

“Isso não é problema dela,” Jax respondeu. “É a mãe da sua puta e, desde que a mãe dela não está por aqui, é seu trabalho ter certeza que a mãe dela fale com o Isaiah.” Mack retrucou.

Sua puta? Mas que"

A mesa com os policiais estava começando a prestar atenção e, eu duvidava que se esse tal de Isaiah estivesse procurando minha mãe, ele estava no topo da cadeia. Então ele precisava fazer que Mack e seu amiguinho fizesse esse trabalho na frente de vários policiais.

“Ela tem uma semana,” Mack disse, indo em direção a porta. “Antes que Isaiah fique impaciente.”

Mack e seu amigo estavam fora pela porta antes que eu conseguisse dizer uma palavra. Meu coração estava a mil enquanto Jax se virava para mim,um musculo pulsando em seu maxilar. “Quem é Isaiah? Um tipo de mafioso amish24?”

Um pouco da tenção aliviou em seu rosto e seus lábios se curvaram. A dureza em seu olhar suavizou um pouco. “Não exatamente, mas perto disso.”

Oh não. Eu não gostei da parte perto.

“O que está acontecendo?” Reece estava no bar, seu olhar fixo em Jax.

“Isaiah está atrás da Mona.” Jax respondeu.

Eu olhei para Roxy, meio surpresa que ela não saiu correndo fingindo estar fazendo algo. “Eu não sei quem Isaiah é e eu não sei onde minha mãe está,” eu disse, me sentindo como se precisasse explicar.

“Eu sei.” A voz de Jax estava estática. “Reece sabe disso também.”

Seu amigo policial olhou para mim. “Você tem certeza que quer ficar por aqui?”

24 Amish é um grupo religioso cristão anabatista baseado nos Estados Unidos e Canadá. São conhecidos por seus costumes conservadores, como o uso restrito de equipamentos eletrônicos, inclusive telefones e automóveis.

“Isso já foi discutido,” Jax respondeu por mim. “Ela vai ficar.”

Meu olhar foi na direção dele. Eu estava surpresa que ele falou isso. Pelo lado bom, eu estava aliviada que eu não tive que passar pela explicação embaraçosa do porque. Do lado ruim... bem, eu não tinha certeza se tinha um lado ruim.

Reece soltou um suspiro enquanto voltava a se focar em mim. “Se você tiver qualquer problema com aquele imbecil ou qualquer outro imbecil, deixe-me saber.”

Eu concordei.

“Ela vai me deixar saber antes,” Jax disse a mim e, novamente, eu só pude balançar minha cabeça para ele. “Então eu vou deixar você saber.”

Reece levantou uma sobrancelha. “Cara, eu não sei o que você tem aqui,” ele disse e eu enrijeci. “Mas você precisa ficar fora de problemas com Isaiah.”

“Eu já tenho problemas com Isaiah, por causa desse lugar, e você sabe disso.” Jax levantou o queixo. “E não são os meus problemas que eu estou preocupado.”

Oh wow.

“Okay. Quem é Isaiah?” Eu perguntei, determinada que essa era a coisa mais importante agora. “E por que a palavra problema está sempre ligada a ele?”

Os lábios de Reece formaram um meio sorriso. “Ele é meio que um problema na região. Normalmente comanda os círculos em Philly25, mas seu fedor andou viajando para longe.”

“Drogas,” Jax adicionou, em voz baixa.

Eu pensei sobre a heroína. Oh, merda.

“Eu vou mandar alguns rapazes visita-lo,” Reece disse, voltando a olhar para Jax. “Para que ele entenda que Mona não é problema da Calla.”

“Eu agradeço,” ele respondeu, relaxando mais um pouco.

25 Filadélfia

Como eu. “Obrigada... eu acho.”

Reece riu.

Levantando um braço, Jax passou seus dedos pelo seu cabelo. “Roxy, você pode fechar o bar hoje?”

Ela concordou. “Claro.”

“Eu vou estar aqui,” Eu disse a ele, mas Jax balançou sua cabeça. “O que? Eu ainda tenho algumas horas para cumprir do meu turno.”

“Não mais.” Ele pegou minha mão e começou a andar, não me deixando outra opção a não ser segui-lo. Do outro lado do bar, ele pegou uma garrafa de um liquido marrom. “Nós vamos riscar uma das suas coisas ‘nunca feitas antes’ hoje a noite.”

“O que?” Eu gemi.

O sorriso de Roxy era enorme. “Pode deixar.”

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