18 minute read

Capítulo Quatorze

Eu acordei antes de Reece

Ainda era cedo e apenas uma linha de sol estava aparecendo através das cortinas do quarto. Nós estávamos emaranhados juntos, nossos braços e pernas formando um pretzel44 . De algum modo, eu estava de lado, minhas costas contra seu peito.

Quando eu ousei espiar ele sobre meu ombro, eu provavelmente terminei encarando ele por tempo demais, mas era difícil vê-lo assim tão relaxado. Sem nenhum traço de sua expressão de policial ou coisa do tipo, mas não tinha como negar que ele era um homem – um homem que tinha lutado no exterior pelo nosso país e que tinha voltado para casa e que colocava sua vida em risco todo dia que ia para o trabalho.

Se fosse ser honesta comigo mesma, ele era provavelmente o primeiro homem com quem estive. Não que os outros fossem meninos, mas nenhum deles tinha o mesmo tipo de responsabilidade. O pior que eles tinham enfrentado era um atraso em seu voo ou a internet caindo enquanto estavam jogando Call of Duty45 .

Mas era mais do que o que ele fazia para viver. Sim, ele era corajoso e forte, mas ele também era bom e honesto. Ele era leal. Ele era incrivelmente esperto e ele sabia como usar meu corpo como se tivesse sido construído especialmente para ele.

Revivendo a noite passada na minha cabeça, eu senti minhas bochechas esquentarem enquanto eu me lembrava do que pedi para ele fazer para mim, mas substituindo o fazer por foder, coisa que nunca tinha dito para um cara antes.

Tudo que eu lembrava era ter caído no sono olhando para ele, falando sobre omeletes e acordos, e agora eu estava pensando sobre o quão... quão bom nossa primeira vez foi.

44

45 Jogo FPS (First Person Shooting = Tiro em primeira pessoa)

Nossa primeira vez.

Eu passei a ponta de meus dedos por sua mão imóvel, traçando seus músculos e ossos. Eu estive fantasiando em transar com Reece por um bom tempo. Anos, na verdade. Mesmo depois que nos aproximamos de fazer ano passado, e mesmo depois do que fizemos naquela noite no sofá, nada se aproximou do ato real que foi com ele, o que tinha sido incrível.

Nossa primeira vez.

Foi nisso que estava pensando quando acordei. Com o jeito que tudo estava na última noite, eu tinha decidido atrasar a conversa que precisava ter com ele. Eu não tinha arrependimentos sobre isso. Foi a escolha certa, mas iria me deixar louca se eu não pudesse esclarecer o...

Reece se moveu atrás de mim sem aviso. Seus dedos se fecharam nos meus enquanto trazia sua perna entre minhas coxas, as abrindo. Em um segundo, seu quadril estava pressionado contra minha bunda e seu rosto estava enterrado em meu pescoço. Eu podia sentir ele, quente e duro, deslizando entre minhas pernas, parando onde eu desejava mais.

“Dia, babe,” ele murmurou, cafungando meu pescoço enquanto soltava minha mão e segurava meu quadril, me puxando contra sua ereção.

Mordendo meu lábio, eu gemi. “Bom dia.” Seu dente pegou meu lóbulo e eu perdi o ar. Ele riu enquanto movia seu quadril, pressionando exatamente contra meu núcleo. Meu corpo doía por si só e ele soltou minha orelha, fazendo seu caminho pela minha garganta. Wow, ele era atiçado de manhã.

“Eu estou tendo um dilema,” ele disse, sua voz rouca com sono e excitação.

Assim como eu, porque eu estava dividida entre parar ele e ter a conversa necessária, ou ver onde isso iria dar.

“Eu realmente quero um omelete,” ele continuou, mordiscando meu ombro enquanto movia aquele seu quadril mágico. “Eu acho que sonhei com esse omelete.” “Mesmo?” Eu engasguei.

“Yeah, babe.” Ele moveu a mão que estava na minha cintura para cima e, para baixo de mim, segurando um seio. Ele apertou gentilmente. “Mas também quero te foder.” Oh meu Deus.

Eu estava tão molhada que era ridículo, e não ajudou quando ele pegou meu mamilo entre seus dedos. Okay, eu realmente precisava focar no que era importante. “Reece, eu...” um gemido me cortou quando ele se esfregou em mim, atingindo aquele ponto. “Oh Deus...” “Eu sei que você quer o omelete, e deixe-me te dizer, eu faço um ótimo omelete.” Seu joelho afastou mais minhas pernas e eu me apoiei em um braço. “Você vai ter um orgasmo em sua boca quando provar meu omelete.” Havia uma boa chance que eu fosse ter um orgasmo agora.

Movendo meu cabelo sobre um ombro, ele deu um beijo na base do meu pescoço. “Mas como eu posso abandonar isso?” Seus dedos fizeram algo pecaminoso com meu seio e meu quadril se moveu para trás, e isso aconteceu. Eu não sei. Chame isso influência divina, mas a sua ponta deslizou para dentro. “Merda,” ele gemeu, se segurando imóvel. “Foda-se o omelete.” E em uma batida do meu coração, ele estava dentro de mim, enterrado até

o final.

“Reece,” eu gemi e meu corpo foi uma confusão de sensações agudas e afiadas. Nessa posição, eu conseguia sentir muito mais seu tamanho e espessura.

“Eu amo como você diz meu nome.” Ele segurou meu seio enquanto começava a se mover, seu quadril se movendo vagarosamente e atingindo cada nervo que meu corpo foi abençoado com. “Faça de novo,” ele ordenou, sua voz suave como veludo.

Eu fiz novamente.

Prazer passou pela minha pele enquanto eu movia meu quadril contra o seu. Passando sua mão para meu estômago, ele investiu, selando meu corpo com o seu enquanto se movia, me posicionando de joelhos. A sensação dele por trás de mim era intensa, incrível e maravilhosa.

Eu movi meu quadril contra o seu, tremendo ao ouvir o som de sua aprovação. Seu aperto intensificou e ele voltou a se mover, seu ritmo mais rápido e forte. Minha mão deslizou pela cama, chegando nas hastes da minha cabeceira. Eu me segurei nelas enquanto ele investia contra mim.

Minha cabeça estava girando. Eu não conseguia entender onde seu corpo terminava e eu meu começava. Estávamos ambos nos movendo freneticamente até que seu braço deslizou do meu seio e me levantou. Minha mão parou na parede atrás da minha cama e seu quadril acelerou.

Reece estava totalmente no controle enquanto sua mão segurava meu queixo, guiando minha cabeça para trás e para o lado. Seu dedão passou pelo meu lábio e eu o peguei, sugando profundamente.

Ele gritou algo que poderia ter estourado os ouvidos de marinheiros e trouxe minha boca até a sua. O beijo – o jeito que sua língua passava pela minha – não era nem perto de como ele se movia dentro de mim, mas não foi nada menos devastador e lindo.

“Eu quero sentir você gozar,” ele disse, sua voz rouca no meu ouvido. “Faça isso para mim, Roxy.” Nunca, na minha vida um cara tinha falado assim comigo durante o sexo, e eu descobri nesse momento que isso fazia algo comigo. Fazia muito, porque quando ele pressionou sua boca no ponto logo abaixo do meu ouvido, a liberação passou por mim, me percorrendo e seu gemido pesado na minha orelha foi o primeiro aviso enquanto seu quadril se movia freneticamente um segundo antes dele puxar. Algo quente e molhado atingiu minhas costas. Pequenos choques me percorreram enquanto sua mão deslizava para meu estômago. Nenhum de nós se moveu por um momento e, então, ele cuidadosamente passou meu cabelo sobre meu ombro, pegando as mechas que caiam em meu rosto, Eu abaixei minha cabeça no travesseiro, deixando que ele me guiasse devagar de volta para cama, com a barriga para baixo.

Minha cabeça estava girando quando o ouvi dizer. “Não se mova.” Uns segundos depois eu senti ele passando algo suave pelas minhas costas e bunda. Isso fez um miado sair de mim, porque eu tinha certeza que cada parte do meu corpo estava super sensível agora.

A cama tremeu enquanto ele se sentava ao meu lado, e foi um grande esforço para que eu virasse minha cabeça na sua direção;

Um braço estava jogado sobre seus olhos e meu olhar parou naquele bíceps por um momento. Ele estava sorrindo.

Eu sorri.

“Roxy,” ele disse, abaixando seu braço. Ele olhou para mim, seus cílios escuros tão incrivelmente grossos. Eu percebi que eu nunca representei eles direito quando os pintei. “Você está tomando pílula?” Enquanto a névoa sumia da minha cabeça, eu fiquei rígida enquanto sua pergunta era absorvida pelos meus pensamentos. Eu estava tomando pílula? Sim. Eu estava. Eu tomava. Quando eu lembrava. O último ano foi calmo e eu sempre usava camisinha, entãaao às vezes eu esquecia de tomar. Quando foi a última vez que eu esqueci? Duas semanas atrás? Foi mais de um comprimido? Oh querido bebe Jesus, meu coração parou de bater.

“Eu não estava pensando,” ele levou sua outra mão para minhas costas. “Eu nunca fiz isso antes. Juro por Deus. Eu nunca esqueci de usar camisinha.” “Nem eu. Eu estou tomando pílula,” eu disse, baixo. “Mas eu... eu acho que perdi uns dias há umas semanas atrás.” Reece não correu da cama como se sua bunda estivesse pegando fogo. Ele me estudou por um momento então se inclinou e levantou para que estivesse sobre mim. Ele beijou minha bochecha. “Eu tirei. Vamos ficar bem. E se isso não funcionar...” Ele beijou o canto dos meu lábio. “Ainda vamos ficar bem.” Oh Deus.

Oh, foda-me! Lágrimas subiam pela minha garganta. Eu não seu porque. Eu era tão idiota. Talvez fosse porque ele não estava surtando pela mínima chance que algum tipo de inseminação tivesse acontecido. Ou, talvez, porque ele era tão – ugh – tão tudo.

Eu tinha transado de novo com ele – sem proteção – e eu tinha deixado meus hormônios ter o melhor de mim, e ainda assim eu não tinha contado a ele a verdade sobre aquela noite.

Ele me beijou novamente e, por brincadeira, deu um tapa na minha bunda enquanto se levantava. “Vamos lá. Um omelete orgástico nos espera.” Eu o encarei ainda na mesma posição, de barriga para baixo.

Um sorriso infantil apareceu em seu rosto enquanto ele saia da cama. Ele se inclinou, pegando suas calças do chão. Colocando-as, ele piscou para mim. “Se importa se eu usar sua escova de dentes?” Nessa altura do campeonato, importava se eu ligasse? “Não.” “Melhor sua bunda estar fora dessa cama quando eu acabar.” Ele piscou e virou, saindo do quarto.

Descalço. Sem camisa. Sua calça nem estava abotoada!

Eu fiquei deitada ali por um momento, sem saber se eu deveria surtar mais. O fato que eu era uma puta por ainda não ter contado a ele a verdade ou que eu posso ter acabado de ter me engravidado?

Okay. A parte de engravidar era bem improvável e eu precisava devotar minha energia para algo mais relevante – toda a parte de ser uma puta.

Quando eu ouvi a água parar, vindo do banheiro, e a porta abriu, fui eu que pulei da cama como se minha bunda estivesse pegando fogo. Eu peguei um shorts de algodão e uma camiseta quando ele apareceu na porta.

Eu ainda estava nua e ele totalmente percebeu.

Entrando no quarto, ele passou seus braços em volta da minha cintura e me levantou e me beijou. Ele tinha gosto de menta e outro masculino, e eu quase deixei minhas roupas caírem.

“Você está se movendo devagar essa manhã.” Se curvando, ele me jogou sobre seu ombro. “Vou ter que intervir.” Eu soltei um gritinho que era mais como uma risada. “Oh meu Deus, o que você está fazendo?” “Levando sua linda bunda” – sua mão foi parar na minha bunda, me fazendo tremer – “yeah, essa linda bunda para o banheiro.”

Ele se virou enquanto eu segurava minhas roupas como o fio da minha vida e levou minha linda bunda para o banheiro, me colocando de pé. Suas mãos ficaram mais tempo, no meu quadril e nos meus seios. Ele fez um som profundo, vindo de sua garganta enquanto abaixava sua testa para a minha. “Agora eu estou pensando em te levar para aquele chuveiro e...” “Vá,” eu ri, empurrando seu peito. “Por mais que eu gostei da ideia de estarmos molhados e mais, nós nunca vamos comer esse omelete.” Ou conversar.

“Hmm.” Sua mão foi para minha bunda. Me puxando contra ele, ele me apertou e por mais louco que fosse, meu corpo começou a revirar de novo. O homem era sexo em carne e osso! Ele passou seus lábios pela pele logo abaixo da minha sobrancelha. “Estou pensando em mandar o omelete se foder novamente.” Oh cara. A ideia era tentadora. Tudo sobre ele era tentador, mas eu consegui fazer ele sair do banheiro. Enquanto eu me limpava, escovava meus dentes e lavava meu rosto, eu prometi a mim mesma que não iria deixar mais nada ficar no caminho da minha conversa com ele.

Inalando profundamente, eu vi meu reflexo no espelho enquanto prendia meu cabelo em um rabo de cavalo. Onde estavam meus óculos? Boa pergunta. Minhas bochechas estavam coradas, meus olhos arregalados e meus lábios tinham inchado como alguém que foi beijada por horas.

Eu arrumei a escova de tente de bolinha azul e fiz uma expressão séria para mim mesma no espelho.

Eu parecia estúpida.

Tudo iria ficar bem. Reece... bem, ele não ia ficar feliz, mas ele ficaria bem. Quero dizer, inferno, ele não tinha surtado pelo sexo sem proteção e ele basicamente disse que se tínhamos acabado de criar um mini Reece ou uma mini Roxy, nós ficaríamos bem. Então ele tinha de ficar bem com isso. Eu estava apenas exagerando. Como Charlie teria dito, eu estava sendo a rainha do drama.

Hora de me recompor.

Suspirando, eu me virei e sai do banheiro. Avistando meus óculos na mesa de centro, eu os peguei e os coloquei.

Reece estava na minha cozinha e ele já tinha encontrado a frigideira, o que não era difícil já que eu não tinha muitos armários. Os ovos já estavam no balcão. Ele me olhou sobre seu ombro enquanto pegava pimentas frescas e um frasco de queijo ralado da geladeira.

Vê-lo em minha cozinha, sem camisa e descalço com toda aquela pele dourada a mostra era algo que eu poderia realmente me acostumar.

Eu queria pintar ele – assim. Com suas costas viradas para mim, os músculos definidos e forte.

“Eu estava pensando,” ele disse, colocando aqueles itens no balcão. Ele pegou o leite em seguida. “Eu preciso trabalhar hoje e você também. De quarta a sábado, certo?” Indo para cozinha, eu concordei.

Ele quebrou alguns ovos em uma tigela que tinha pegado do armário. “Isso deixa ir ao cinema ou sair para jantar difícil.” Ele pausou, olhando de volta para mim. “Por sinal, eu realmente quero te foder quando você está usando esses óculos.” Calor espalhou pelas minhas bochechas. “Você é tão pervertido.” Um lado de seus lábios se curvou para cima. “Babe, você não tem ideias das coisas que eu quero e planejo fazer com você. Ideias que se estendem por anos.” Eu o encarei. “Anos?” “Anos,” ele insistiu. “De qualquer modo, de volta para o jantar e o cinema. Eu estava pensando que poderíamos almoçar e ir no cinema outro dia desde que vai ser difícil conciliar os dois em nossos horários.” Tudo que eu conseguia fazer era encará-lo enquanto ele achava os temperos e fazia os omeletes. Ele estava fazendo planos para nós – vários dias planejados. Aquele maldito inchaço no meu peito estava de volta.

“Ou é isso ou é esperar até que nós estejamos de folga na próxima segunda,” ele disse, levantando seus braços sobre sua cabeça e se alongando enquanto o omelete cozinhava.

Por Deus, aquela visão – todos os músculos esticando, as suas calças indecentemente baixas – era puro pecado.

“Mas eu realmente não quero esperar até a próxima segunda. Você quer?” “Não,” eu sussurrei.

Com os omeletes terminados, ele tirou a frigideira do fogo e eu finalmente me movi. Eu peguei dois pratos e copos do armário. “Então o que você acha de quinta-feira?” Ele perguntou, colocando um omelete perfeitamente dobrado em um prato. “Eu sei que sexta é mais difícil para você por causa da visita a Charlie. Então podemos almoçar.” Eu pisquei para afastar as lágrimas que apareceram de repente. Merda, ele era... tão carinhoso. Correndo para a geladeira, eu peguei o chá. “Quinta parece ótimo.”

“Você está bem?” ele perguntou.

Quando me virei, ele estava colocando os pratos na mesa, mas seus olhos estavam nos meus. Limpando minha garganta, eu concordei enquanto andava para o pote sobre a mesa e pegava os talheres. Sua expressão demonstrava dúvida.

“Estou bem,” eu disse enquanto me sentava. Ele demorou para se sentar do outro lado. “É só que...” “O que?” ele perguntou, me observando de perto.

“É só que... eu gosto de você há tanto tempo, Reece. Muito tempo.” O sorriso estava de volta. Ele pegou um garfo e o ofereceu para mim. “Babe, eu sei disso.” Eu o encarei sem emoção. “Você sabia?” Eu cortei um pedaço do omelete e coloquei na minha boca. “Oh Deus,” eu gemi. “Isso é bom.”

“Te disse. Mas yeah, eu passei boa parte desse tempo ignorando que você gostava de mim porque havia uma grande chance do seu pai me castrando se eu fizesse alguma coisa antes de sermos velhos o suficiente para comprar álcool. E, quando esse tempo chegou, bem... merdas estavam acontecendo...” Reece franziu enquanto sua expressão ficava tensa. “Espere. Merda. Acabei de pensar em algo. Nós usamos camisinha naquela noite?” Meu estômago caiu, até meus dedos do pé. Se eu não estivesse sentada provavelmente eu teria caído. Oh merda. Merda. Merda. Merda. Eu tinha merda no lugar de cérebro enquanto encarava ele.

Sangue foi drenado do meu rosto enquanto eu apertava o garfo. O gosto do omelete ainda na minha boca.

“Merda,” ele disse, pegando um pedaço. “Nós não usamos camisinha, né? Acho que isso são águas passadas agora.” Inalando profundamente, eu endireitei meus ombros. Era a hora da verdade. Eu só esperava não estragar tudo agora. Eu coloquei meu garfo na mesa. “Tem algo que eu preciso te contar.” Talvez esse não era o melhor jeito de se começar essa conversa.

Um pedaço fofo de ovo caiu do seu garfo enquanto ele se apoiava contra as costas da cadeira. Sua sobrancelha levantou. “Tem?” Seu tom estava nivelado, mas isso me fez tremer mesmo assim. “Sobre o que Roxy?” “Aquela noite.” Eu engoli e o pequeno pedaço do omelete que eu tinha comido fez meu estômago embrulhar. “Quando eu te dei carona para sua casa.” Ele me encarou por um momento e voltou a terminar seu omelete. Afastando seu prato, ele descansou seus braços nus sobre a mesa. “O que tem aquela noite?” Meu coração palpitava como se eu tivesse corrido várias vezes pelo meu corredor. “Eu honestamente nem sei como dizer isso a não ser que eu desejo... eu desejo ter falado com você antes, quando eu percebi que você não estava arrependido de ter dormido comigo. Que era mais sobre ter estado bêbado. Eu só estava com tanta vergonha e brava...”

“Yeah, eu sei que você estava brava. Isso não é novidade.” Ele interrompeu. “E como eu disse, eu desejo ter podido esclarecer isso enquanto estava tendo a pior ressaca conhecida pela humanidade.” Eu também, mas esse não era o ponto. Como Charlie sempre dizia, eu era o tipo de agir primeiro sem fazer perguntas. Essa bagunça era a maior parte culpa minha. “Aquela noite quando voltamos para seu apartamento, as coisas ficaram... bem, quentes bem rápido.” “Eu imaginei isso,” ele comentou, seco.

Abaixando meu olhar, eu tomei um grande fôlego. “Quando chegamos no seu quarto – o que era um ótimo quarto por sinal. Eu amei sua cama. É enorme. Bonita colcha também.” “Roxy.” Seus lábios se curvaram.

Eu abaixei minhas mãos em meu colo, fechando elas em punhos. “Nós não transamos, Reece.” Pronto. Eu disse. Como tirar um band-aid.

Suas sobrancelhas estavam franzidas enquanto ele inclinava sua cabeça para o lado. “O que?” ele riu.

“Você... você desmaiou antes que algo pudesse acontecer. Nós não transamos.” Dizer isso em voz alta deixava mais fácil de continuar. Eu encontrei seu olhar descrente. “Nós começamos, mas você desmaiou, e eu fiquei com você para ter certeza que você estava bem. Eu não tinha percebido que você estava tão bêbado assim.”

Reece me encarava.

“E quando você acordou na manhã seguinte, você... você pensou que havíamos transado,” eu expliquei rapidamente. “Você tinha olhado para mim e dito que a noite anterior não deveria ter acontecido e eu não estava pensando sobre o fato que não fizemos nada.” Voltando a apoiar contra as costas da cadeira, ele tirou suas mãos da mesa e, depois, voltou a colocá-las lá. Silêncio.

Eu estava agitada. “A manhã apenas escapou de mim. Você sabe o porque, e eu sai e... eu só... toda a situação ficou fora do nosso controle – do meu. Você estava me evitando. E eu disse a mim mesma que eu precisava contar a você assim que voltássemos a nos falar, mas...” Uma bola se formou no fundo da minha garganta. “Me desculpe. Eu deveria ter te contado naquela manhã. Eu deveria ter tirado minha cabeça da minha bunda e ter te contado. Eu ia te contar ontem a noite, mas não pareceu certo. Mas essa... essa foi nossa primeira vez, Reece. Não houve nenhuma outra antes disso.” Reece balançou sua cabeça devagar enquanto ria novamente, mas a risada –foi curta e cheia de incredulidade. “Eu... eu só preciso ter certeza que entendi direito.” A inquietação se espalhou como uma erva daninha enquanto ele balançava sua cabeça mais uma vez, fechando rapidamente seus olhos. “Durante o último ano, você esteve irritada comigo porque você pensou que eu tinha me arrependido de ter transado com você quando na verdade nós nem transamos?” Eu abri minha boca, mas o que eu poderia dizer sobre isso?

“Então, você me ignorou. Você me xingou.” Ele riu abruptamente de novo. “Você me xingou sobre o que você pensou que eu entendo de um ato que nunca aconteceu?” Eu apertei meus olhos fechados por um momento. “Eu estava brava porque eu pensei que você tinha se arrependido te ter transado comigo.” “Mas nós não transamos.” Eu balancei minha cabeça.

Um músculo pulsou em seu maxilar. “Você está brincando comigo?”

This article is from: