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Os riscos do nosso mundo - Danuta Kondek

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Legislação

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Os riscos do nosso mundo

A pesquisa anual de risco global de negócios (Allianz Risk Barometer) realizada pela Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) incluiu na 11.ª edição, de 2022, as opiniões de 2.650 especialistas, de 22 setores de economia, de 89 países ao redor do mundo. Todos os anos, conselhos de administração, gestores de risco, corretores e especialistas em seguros participam nesta valiosa pesquisa. No ano de 2021, os riscos do Covid-19 estavam na vanguarda do Barómetro de Risco (BI) Allianz 2021, refletindo os possíveis cenários de interrupção e perda enfrentados pelas empresas após a pandemia de coronavírus, influenciados pelas interrupções nos negócios (n.º 1 em 41% das respostas) e o surto da própria pandemia (n.º 2 em 40%) enquanto os incidentes cibernéticos (40% das respostas) ocupavam o terceiro lugar. A situação mudou radicalmente na previsão para o ano de 2022, onde os incidentes cibernéticos surgem em primeira posição (44% das respostas), seguidos por interrupções nos negócios (42%), com as catástrofes naturais em terceiro lugar (25%). As ameaças cibernéticas lideram as três principais ameaças em muitos países, tais como Brasil, China, França, Índia, Itália, Japão, UK e outros. A aceleração impulsionada pela pandemia em direção a uma maior digitalização e trabalho remoto aumenta ainda mais a vulnerabilidade de TI. O ransomware dominou a ameaça cibernética nos últimos anos: ocupa o primeiro lugar da exposição cibernética de preocupação no BI da Allianz deste ano (57% das respostas), logo à frente da violação de dados (também 57%). O ransomware tornou-se um grande negócio para os criminosos cibernéticos, que refinaram os seus modelos de negócios e táticas, reduzindo as barreiras à entrada e tornando mais fácil realizar ataques. Criminosos com até pouco conhecimento técnico podem agora realizar ataques de ransomware usando criptomoedas para ajudar a evitar a deteção. O Covid-19 mostrou a rapidez com que os cibercriminosos são capazes de se adaptar, e o rápido aumento da digitalização causado pela pandemia criou oportunidades aos hackers, com novos cenários de guerra cibernética. Os invasores inovam usando uma varredura automatizada para identificar vulnerabilidades, atacam routers mal protegidos ou até mesmo usam “deepfake” – conteúdos multimédia realistas modificados ou forjados por inteligência artificial. Nos últimos anos, houve um crescimento no uso de táticas de “dupla ex-

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Danuta Kondek Consultora, Formadora, Sócia Gerente da Funktor, Consultoria, Lda. danuta.kondek@gmail.com

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