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Drewry prevê lucros de 200 mil milhões nos contentores Recorde de 3,1 milhões de TEU nos portos nacionais Seul multa 23 companhias por combinarem preços
from Revista APAT 133
by Apat
Seul multa 23 companhias por combinarem preços
A autoridade da Concorrência da Coreia do Sul decidiu multar 23 companhias de shipping de contentores por concertação de preços. Entre as 23 empresas multadas – 12 locais e 11 estrangeiras – avultam a HMM, a maior operadora sul-coreana de transporte marítimo de contentores, e a Sealand Maersk Asia. O montante global das multas ascende a 96,2 mil milhões de won (80,7 milhões de dólares). Ainda assim, longe dos 800 mil milhões de won que chegaram a ser previstos pela Concorrência sul-coreana em maio passado. A multa mais pesada (29,2 mil milhões de won) foi aplicada à Korea Marine Transport Co. A HMM terá de pagar 3,6 mil milhões e a Sealand Maersk Asia 2,37 mil milhões. A concertação de preços nos tráfegos de exportação terá durado 15 anos, entre dezembro de 2003 e dezembro de 2018. Nesse período, segundo a autoridade da concorrência, as companhias agora multadas terão acertado preços de transporte de carga contentorizada 120 vezes. A legislação sul-coreana permite entendimentos entre os operadores de transporte marítimo sobre preços de fretes e outras condições contratuais. Todavia, segundo o regulador, no caso as empresas visadas não terão cumprido com as regras aplicáveis a tais entendimentos.
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Drewry prevê lucros de 200 mil milhões nos contentores
As companhias de transporte marítimo de contentores deverão atingir este ano recordes de receitas e de lucros operacionais, prevê a Drewry. De acordo com o último Container Forecaster da Drewry, o transporte marítimo de contentores deverá ainda superar este ano os lucros alcançados em 2021. Se no ano passado, os resultados operacionais terão atingido os 190 mil milhões de dólares, este ano deverão chegar aos 200 mil milhões! A margem operacional, essa deverá recuar ligeiramente, dos 43% estimados para 2021, para 37% este ano, acrescenta a consultora. Pelo terceiro ano consecutivo, o volume de receitas do setor deverá crescer na casa dos 15% e superar pela primeira vez a barreira dos 500 mil milhões de dólares. Em termos simplistas, sintetiza a Drewry, quanto mais durarem os congestionamentos nas cadeias logísticas, mais tempo os fretes e os lucros dos operadores se manterão extremamente elevados. E, no entanto, as dificuldades generalizadas deverão fazer abrandar o ritmo de crescimento do tráfego de contentores. Para 2022, a Drewry prevê agora um crescimento de apenas 4,6% (contra os 5,2% inicialmente apontados), e reviu também em baixa a projeção para 2021, de 8,2% para 6,5%.
Recorde de 3,1 milhões de TEU nos portos nacionais
Pela primeira vez, os portos do continente superaram, no ano passado, a fasquia dos três milhões de TEU. Em 2021, os portos nacionais movimentaram, juntos, 3.103.185 TEU, de acordo com as informações disponibilizadas pelas diferentes administrações portuárias. Face a 2020, quando se movimentaram 2,8 milhões de TEU, o crescimento verificado no ano transato atingiu os 10,7%, para um novo máximo. O anterior recorde datava de 2018, quando os portos ficaram muito perto dos três milhões de TEU, com um total agregado de 2.988.337 TEU (dados da AMT). Depois, em 2019, o último exercício antes da pandemia, verificou-se uma quebra de 8,9% nos contentores movimentados, o que “ajudou” a que 2020 fosse, apesar dos constrangimentos conhecidos, um ano de crescimento, que acelerou em 2021. O recorde nacional de 2021 deveu-se sobretudo a Sines (vale mais de metade do mercado), com um ganho homólogo de mais de 200 mil TEU para um máximo absoluto de 1,8 milhões de TEU. À distância, Lisboa contribuiu com cerca de 68 mil TEU (com um total de 367 mil). Leixões alcançou um novo máximo histórico, com quase 718 mil TEU (mais 14 mil do que há um ano). Setúbal contou 172 mil (+3.000) e a Figueira da Foz ficou perto dos 22 mil TEU (+4.000).