OS AVANÇOS E AS TENDÊNCIAS DA TECNOLOGIA ELETROELETRÔNICA
SUMÁRIO CAPA Foto: Dmitry Kalinovsky/ Shutterstock.
PROJETO DE INSTALAÇÕES
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Harmônicos no condutor neutro: análise das normas ABNT, IEC e VDE A presença de cargas não lineares requer cautela no dimensionamento da seção dos condutores neutros. As normas propõem abordagens diversas e faltam dados sobre a distorção harmônica esperada na futura instalação, mas a norma VDE indica parâmetros típicos para uma pré-avaliação na fase de projeto.
GUIA – 1
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Eletrocalhas, bandejas, canaletas, dutos de piso, eletrodutos e leitos para cabos Para cada tipo de linha existe o conduto mais adequado, seja canaleta, eletroduto, eletrocalha, bandeja, leito, etc., de modo a proteger os condutores e permitir acessibilidade para trabalhos de manutenção e ampliação. O Guia apresenta a oferta de fornecedores desses itens no mercado nacional.
TRANSFORMADORES
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Custos totais de monitores para análise de gases dissolvidos Para descobrir o custo total de propriedade de instrumentos usados no monitoramento de gases dissolvidos, o trabalho relatado no artigo desenvolveu um modelo simples de custo de ciclo de vida e o aplicou a dois modelos disponíveis no mercado. Custos de operação e manutenção têm impacto significativo.
GUIA – 2
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Empresas de engenharia, instalações e serviços técnicos especializados O Guia cobre serviços técnicos de eletricidade nas áreas de geração, linhas de transmissão, subestações, distribuição, eletrificação rural, instalações de utilização, proteção contra raios, eficientização energética, iluminação e várias outras. São listadas empresas de todo o Brasil.
GESTÃO DE ATIVOS Melhoria operacional de usinas de fontes renováveis
Seções Carta ao Leitor No Circuito EM Sintonia Agenda EM Aterramento EM Ex Toda Via Produtos Publicações Índice de Anunciantes Momento
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As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por EM podendo mesmo ser contrárias a estas.
A fim de aprimorar o gerenciamento de seus ativos, a CPFL Renováveis investiu na criação de um centro de monitoramento que fornece informações sobre a operação dos equipamentos, com diagnósticos e prognósticos, permitindo acompanhamento e intervenção segundo planejamento estratégico.
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Acionamentos de corrente alternada e soft-starters O guia apresenta a oferta de fabricantes e importadores de acionamentos c.a. de velocidade controlada, que ajustam a velocidade dos motores elétricos às necessidades dinâmicas da produção, e de soft-starters, as chaves eletrônicas que realizam a partida suave de motores.
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
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Correntes de fuga causadas por inversores de frequência Altas correntes de fuga são geralmente atribuídas ao uso extensivo de inversores de frequência em acionamentos. Para evitar ou compensar essas correntes, há prescrições normativas e métodos práticos. O artigo focaliza os limites definidos para os condutores de proteção e filtros para melhoria da EMC.
Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Editor: Mauro Sérgio Crestani (jornalista responsável – Reg. MTb. 19225) Redatora: Jucele Menezes dos Reis
OS AVANÇOS E AS TENDÊNCIAS DA TECNOLOGIA ELETROELETRÔNICA
CARTA AO LEITOR
A distorção harmônica e o projeto da instalação MAURO SÉRGIO CRESTANI, Editor
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epois que, pela proliferação de caras não lineares, os harmônicos se tornaram importantes nas instalações elétricas (até a década de 1970 eles não eram um problema comum), muita gente debruçou-se sobre a busca de soluções para mitigação das distorções, filtros passivos e ativos e até verdadeiros sistemas de gerenciamento de harmônicas, agregando inteligência de controle. Por outro lado, com o tempo ficou evidente que a abordagem teria de migrar da esfera exclusiva da remediação para a da prevenção. Isto é, a questão teria de ser trabalhada também na fase de projeto das instalações, com o dimensionamento adequado de equipamentos e componentes que são grandemente afetados pelos efeitos térmicos dessas distorções: dispositivos de manobra, transformadores, motores e, sempre lembrado quando se trata de instalações com harmônicos, o condutor de neutro dos circuitos de distribuição. Como, dada a circulação de correntes expressivas, nesses casos é grande o risco de sobrecarga térmica nesse condutor, sua seção deve ser selecionada adequadamente para evitar deterioração e incêndios. Mas, qual seção especificar para o neutro em cada caso? E como quantificar adequadamente as distorções harmônicas em uma instalação que nem sequer existe e cujas cargas ainda não conhecemos? Mundialmente, as normas técnicas de instalações têm procurado responder a essa questão de diferentes maneiras, como relata em artigo desta edição Celso Luiz Pereira Mendes, consultor das revistas EM e FotoVolt da Aranda Editora, autor de inúmeros trabalhos técnicos, muitos dos quais publicados em nossas páginas e que, não raro, trazem contribuições valiosas às comissões de revisão de nossas normas de instalações. Desta vez, Celso Mendes examina as distintas abordagens das normas da ABNT, da IEC e da VDE alemã para o tratamento das correntes harmônicas no condutor neutro. Esses métodos procuram dar conta do problema de se prever a corrente no neutro, e, portanto, a seção do condutor. Uma boa medida, a nosso ver, no caso do projeto de prédios de escritórios, seria a adoção por aqui de um dos métodos dados na norma alemã, baseado em valores típicos de corrente absorvida por aparelhos de utilização comuns nesses ambientes, como computadores, copiadoras e lâmpadas LED. “Uma vez conhecida a distorção harmônica dessas correntes, podem ser dimensionadas, com boa aproximação, as seções correspondentes dos cabos”, assinala o autor. Uma das principais fontes de harmônicos em instalações industriais, apontadas no referido artigo, são os inversores de frequência para acionamentos de velocidade variável. Mas a sobrecarga térmica sobre o condutor neutro ou transformadores e motores não é o único efeito adverso provocado por esses conversores . Um outro artigo desta edição examina a questão das altas correntes de fuga nos condutores de proteção devido aos harmônicos provocados pela alta frequência de chaveamento dos inversores. Para evitar ou compensar essas correntes, o artigo traz um conjunto de prescrições de normas, com limites nelas estabelecidos, e de métodos de aplicação prática, incluindo diversos tipos de filtros ― o artigo foi escrito na Alemanha, mas nossa edição tem o cuidado listar as normas brasileiras (as da ABNT e a NR-10) e da IEC equivalentes às DINVDE mencionadas. Seu autor defende enfaticamente que o condutor de proteção seja mantido o mais “limpo” possível, pois, “como o próprio nome expressa, (...) tem função de proteção, e não se destina ao escoamento de uma ‘salada de frequências espúrias’ ― que em geral tem origem na omissão, por questões de custo, de medidas para mitigar as correntes de fuga em acionamentos eletrônicos.”
PUBLICIDADE Gerente comercial: Elcio Siqueira Cavalcanti Contatos: Eliane Giacomett eliane.giacomett@arandaeditora.com.br Ivete Lobo ivete.lobo@arandaeditora.com.br Tel. (11) 3824-5300 REPRESENTANTES BRASIL: Interior de São Paulo e Rio de Janeiro: Guilherme Freitas de Carvalho – cel. (11) 98149-8896; guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo – R. Wander Rodrigues de Lima, 82 - cj. 503; 30750-160 Belo Horizonte, MG; tel./fax (31) 3412-7031; cel. (31) 99975-7031; oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista – Rua Carlos Dietzsch 541, cj 204, bl. E; 80330-000 Curitiba, PR; tel. (41) 3209-7500 / 3501-2489; cel. (41) 99728-3060; romildoparana@gmail.com Rio Grande do Sul: Maria José da Silva – tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 981-799-661; maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES: China: Hangzhou Oversea Advertising – Mr. Weng Jie – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou, Zhejiang 310004 (86-571) 8706-3843; fax: +1-928-752-6886 (retrievable worldwide); jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPartners – Mr. Sven Anacker Beyeroehde 14, 42389 Wuppertal tel.: +49 202 27169 13. fax: +49 202 27169 20 www.intermediapartners.de; sanacker@intermediapartners.de Italy:Quaini Pubblicità – Ms. Graziella Quaini – Via Meloria 7 – 20148 Milan – tel.: +39 2 39216180, fax: +39 2 39217082 grquaini@tin.it Japan:Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina – Grande Maison Room 303; 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073 – tel: +81-(0)3-3263-5065, fax: +81-(0)3-3234-2064 aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd fl, Ana Building, 257-1, Myungil-Dong, Kandong-Gu Seoul 134-070 – tel: +82 2 481-3411, fax: +82 2 481-3414. jesmedia@unitel.co.kr Switzerland:Rico Dormann - Media Consultant Marketing Moosstrasse 7,CH-8803 Rüschlikon tel.: +41 44 720-8550, fax: +41 44 721-1474. dormann@rdormann.ch Taiwan: Worldwide Services Co. – Ms. P. Erin King 11F-2, No. 540 Wen Hsin Road, Section 1; Taichung, 408 tel.: +886 4 2325-1784, fax: +886 4 2325-2967. global@acw.com.tw UK (+Belgium, Denmark, Finland, Norway, Netherlands, Norway, Sweden):Mr. Edward J. Kania - Robert G Horsfield International Publishers – Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA tel. +44 1663 750 242; mobile: +44 7974168188 ekania@btinternet.com USA:Ms. Fabiana Rezak – 12911 Joyce Lane – Merrick, NY 11566-5209 – tel. (516) 858-4327; fax (516) 868-0607; mobile: (516) 476-5568. arandausa@gmail.com ADMINISTRAÇÃO Diretor Administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. PRODUÇÃO Sarah Esther Betti, Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva. CIRCULAÇÃO: Clayton Santos Delfino Tel.: (011) 3824-5300; csd@arandaeditora.com.br SERVIÇOS Impressão e acabamento: Ipsis Gráfica e Editora Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima TIRAGEM: 12 000 exemplares ELETRICIDADE MODERNA, revista brasileira de eletricidade e eletrônica, é uma publicação mensal da Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. Redação, publicidade, administração e corres pondência: Alameda Olga, 315; 01155-900 São Paulo, SP - Brasil. Tel. + 55 (11) 3824-5300 em@arandaeditora.com.br – www.arandaeditora.com.br
ISSN 0100-2104
NO CIRCUITO NEOENERGIA CRIA SENSORES PARA MONITORAR LTs
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Neoenergia está desenvolvendo sensores inteligentes para redes elétricas de 69 kV, em alta tensão. A iniciativa faz parte do programa de P&D Aneel da empresa e as pesquisas estão sendo feitas em cooperação com o Instituto Lactec e a Tecsys. Os sen sores criados no projeto monitoram as principais informações das linhas de transmissão, como corrente, fator de potência e corrente de surto. Também capaz de identificar faltas de energia de forma automática, o objetivo da pesquisa, segundo a Neoenergia, é desenvolver tecnologia nacional que acelere o processo de modernização das redes com a melhoria da qualidade dos serviços. O aparelho em desenvolvimento é formado por três sensores, sendo um para cada fase da rede elétrica, e uma unidade concentradora, instalada no poste ou estrutura da linha de trans missão. Os equipamentos se comuni cam por radiofrequência. A unidade concentradora envia periodicamente todas as informações medidas pelo conjunto para o centro de operações da distribuidora, por meio de rede celular, rádio, satélite ou fibra ótica. As informações coletadas e envia das para a central operacional servem
Em parceria com Lactec e Tecsys, ideia é ter solução nacional para controlar principais informações das linhas
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EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
tanto para monitorar a rede como gerar alarme de falta de energia ou de even tuais problemas. Esse alerta aponta a localização exata, levando a uma reso lução mais ágil. O sensor informa ain da as suas condições de funcionamen to, como estado da carga das baterias e alarmes para manutenção. O primeiro equipamento para testes já foi instalado no município de Bar reiras pela Coelba, distribuidora da Neoenergia na Bahia. Outras nove unidades serão testadas; as próximas em Itapeva e Votuporanga, em São Paulo, cidades na concessão da Elektro.
GOVERNO INCENTIVA REDUÇÃO DE DEMANDA
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omo uma das alternativas emer genciais para conter os efeitos da crise hídrica sobre o abastecimento de energia no País, o MME Ministério de Minas e Energia criou o programa de redução voluntária de demanda (RVD), válido até 30 de abril de 2022. A portaria dá as diretrizes para que consumidores industriais façam ofer tas de redução de consumo mediante remuneração. As ofertas poderão ser feitas ao ONS Operador Nacional do Siste ma Elétrico por consumidores livres, agregadores de cargas (consumido res, comercializadores e geradores responsáveis por agregar e centrali zar cargas), consumidores modelados sob agentes varejistas e consumidores parcialmente livres, considerando re duções de 4 ou 7 horas em horários prédeterminados pelo ONS e oferta mínima de 5 MW em cada hora duran te todo processo. Para o envio das ofertas, os agentes adimplentes habilitados na CCEE de vem acessar o SINtegre, onde deverão
apresentar sua proposta com informa ções sobre o período de início e fim da oferta, limitado de um a seis meses. São necessárias as especificações so bre dias da semana da oferta confor me grade horária disponibilizada pelo ONS; o submercado; volume da oferta (em MW para cada hora de duração), com valor mínimo de 5 MW por sub mercado. Não serão aceitos valores decimais inferiores a 1 MW em razão dos processos de programação e ope ração do ONS. Além disso, a oferta precisa conter preço em R$/MWh para o montante ofertado, o período de redução da ofer ta (4 horas ou 7 horas), sendo que não serão aceitas ofertas com horas coin cidentes para o mesmo dia. É necessá rio ainda dizer qual o perfil da RVD por carga (geração própria, eficiência, processo produtivo ou deslocamento); o montante de deslocamento com dia e horário; e o barramento da rede de simulação do ONS no qual a carga do consumidor se encontra direta ou indiretamente conectado. As primeiras ofertas do programa de redução voluntária da demanda (RVD), programadas para setembro, totalizaram 442 MW. O segmento da indústria que apresentou maior adesão ao programa foi o de metalurgia. Na sequência, segundo o ONS, destacam se os setores de minerais nãometáli cos; químicos; extração de minerais nãometálicos; alimentícios; madeira, papel e celulose; serviços; e veículos.
ENEL INSTALA ÁRVORES SOLARES EM PARQUES
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Enel Distribuição São Paulo está instalando 13 árvores solares em parques estaduais públicos de São Paulo. Os equipamentos contam com design semelhante a uma planta natu
Sistemas com folhas de filmes fotovoltaicos podem carregar celulares de usuários dos parques
ral e conta com filmes fotovoltaicos simulando as folhas das árvores, que capturam a energia solar e a conver-
Empresa enterra fiação no bairro do Ipiranga
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Enel Distribuição São Paulo iniciou as obras de remoção de 260 postes em onze vias na região do Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, na zona sul da capital paulista. Em uma extensão total de 2,6 quilômetros, a intervenção vai ocorrer entre os meses de setembro de 2021 e agosto de 2022 e tem como objetivo realizar a conversão da rede elétrica aérea para subterrânea. A obra vai beneficiar 880 clientes da concessionária, incluindo residências e pequenos comércios. Também estão na área o Museu de Zoologia, a Capela Sagrada Família e Santa Paulina, o Hospital do Ipiranga e o Museu Paulista da Universidade de São Paulo, mais conhecido como Museu do Ipiranga, que será reinaugurado em 2022, depois de longa reforma. O projeto começa na Avenida Nazaré e conta com extensão de 1,1 km, abrangendo parte da rua dos Patriotas e o entorno da praça do Monumento e do parque da Independência, nas imediações do Museu do Ipiranga e do Museu de Zoologia. Já a segunda etapa envolve mais 1,5 km da avenida Dom Pedro I, onde toda a fiação aérea será convertida para subterrânea. O projeto terá cinco centros de transformação de superfície espalhados nessa avenida com um visual integrado com o mobiliário urbano. A última etapa é a remoção total dos postes. A distribuidora já está mantendo tratativas com as empresas de telecom para que reorganizem suas fiações. Outro diferencial positivo do projeto é a rede de iluminação pública já ser subterrânea em grande parte das vias que serão atendidas pela nova rede de distribuição.
tem em energia elétrica. Plugues permitem o carregamento via USB de dispositivos eletrônicos. As árvores serão instaladas no Parque Villa-Lobos (zona oeste), e no Parque Cândido Portinari, no Alto de Pinheiros, no Parque Belém (zona leste), Parque da Juventude, no bairro de Santana, no Parque Água Branca (zona oeste), Parque Gabriel Chucre (Carapicuíba), Parque Jequitibá (Cotia) e Parque Ecológico do Embu-Guaçu Professor Aziz Ab’Saber (Embu-Guaçu). A estrutura da árvore tem 3 metros de altura e pouco mais de 4 metros de largura. Os equipamentos contam com cinco saídas USB para uso das pessoas que frequentam os parques. Com cinco “folhas” e iluminação decorativa em LED, as árvores custaram R$ 560 mil para a Enel.
AES E BRF VÃO CONSTRUIR PARQUE EÓLICO
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AES Brasil firmou um acordo de investimento para constituir joint venture com a BRF, indústria nacional de alimentos, para a construção de um parque eólico no Complexo Eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte. O projeto de 160 MW de capacidade instalada, equivalentes a 92 MW médios de energia física, terá 80 MW médios que serão comercializados por meio de um contrato (PPA) com prazo de 15 anos a ser firmado entre a joint venture e a BRF, com início de vigência em 2024. O investimento total no projeto será de aproximadamente R$ 825 milhões, cerca de R$ 5,2 milhões por MW instalado. O complexo eólico de Cajuína compreende ao todo potência instalada de 1,2 GW e já tem mais dois outros PPAs firmados, com a Ferbasa e a Minasligas. A BRF entra na socieda-
Indústria de alimentos entra na sociedade de parque do Complexo Cajuína como autoprodutora e com investimento de R$ 80 milhões
de com investimento de R$ 80 milhões e, por entrar como autoprodutora no empreendimento, reduz o pagamento de encargos sobre o consumo. A previsão da BRF é atender até um terço de sua demanda energética no País com a sociedade. A iniciativa ajuda ainda a companhia a atingir sua meta de ter 50% de sua matriz de energia renovável até 2030. Atualmente, a AES Brasil conta com um portfólio de ativos 100% renováveis de capacidade instalada total de 4,4 GW, sendo 2658,4 MW hídrico, 1435,9 MW eólico e 294,1 MW solar. Em desenvolvimento, com projetos eólicos e solares, o plano é adicionar até 1,5 GW de capacidade instalada.
DRONE INCINERA BALÕES E PIPAS EM LTs
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transmissora ISA Cteep desenvolveu, em parceria com a empresa Drone Power, um drone que incinera objetos que caem nas linhas de transmissão e podem afetar o fornecimento de energia elétrica, como balões e pipas. A ideia é deixar de interromper, sempre que possível, a linha afetada, além de reduzir em mais de 80% o tempo para a remoção do objeto. A tecnologia foi homologada pela Anac Agência Nacional de Aviação Civil. SETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
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NO CIRCUITO Copel adquire drones para inspeção
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Copel adquiriu 100 drones para uso em inspeções em linhas de distribuição de média e alta tensão no Paraná. Os equipamentos visam inspeções preventivas e corretivas nos mais de 200 mil quilômetros de linhas de distribuição da companhia. A ideia da Copel é garantir mais segurança e agilidade aos trabalhos de eletricistas, que todos os dias precisam verificar linhas, chaves, transformadores e demais equipamentos da rede, especialmente em locais de difícil acesso. Cerca de 100 profissionais
Objetivo é usar os equipamentos para inspeções preventivas e corretivas em mais de 200 mil km de linhas
da empresa foram treinados em Cascavel, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Curitiba para operarem os novos drones. Também será utilizado um software para transmitir as imagens e informações dos drones para a central da Copel em tempo real. Para a empresa, os principais ganhos se darão em áreas rurais, no entorno das cidades e também no litoral, em regiões onde somente é possível chegar de barco, locais em que as operações de manutenção são mais complexas. Na primeira fase do projeto, a empresa atestou, em algumas inspeções em áreas de mais difícil acesso, uma queda média de dez dias por trecho para três dias em 2020. A expectativa é a de que isso seja ainda mais reduzido com o aumento da quantidade de equipamentos. Até então, a Copel tinha 19 drones para inspeções, adquiridos em 2018 basicamente para testes. Com os novos equipamentos, mais inspeções estão sendo feitas em toda a rede da empresa no Paraná.
O drone, controlado remotamente, tem dispositivo acoplado que emite sopro de fogo rápido e direcionado, incinerando os objetos. O desenvolvimento do protótipo envolveu uma série de testes, feitos pela 8
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
companhia em um ambiente controlado. O objetivo foi avaliar a eficácia e a aeronavegabilidade. O projeto foi desenvolvido por meio de P&D da Aneel e integra o Programa de inovação em produtividade da manutenção da empresa. Desde o ano passado, a companhia intensificou o uso de drones em suas atividades, otimizando a inspeção dos ativos, das faixas e das subestações. Em 2020, a ISA Cteep investiu cerca de R$ 14,2 milhões em projetos de inovação. O vídeo demonstrativo do drone pode ser acessado no Youtube pelo link www.youtube.com/watch?v=qpY Z616a3N4
MME REALIZARÁ LEILÃO DE RESERVA DE CAPACIDADE
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MME - Ministério de Minas e Energia vai realizar em 21 de dezembro leilão para contratação de potência elétrica e de energia associada, também denominado leilão de reserva de capacidade. O certame está baseado em estudos de planejamento da EPE Empresa de Pesquisa Energética que apontam para a necessidade de potência adicional no sistema para os próximos anos. Na prática, o leilão foi dimensionado para contratar capacidade de geração de energia a ser instalada e ficar disponível para ser acionada apenas nas horas em que for necessário reforço extra para atendimento a picos de demanda, conforme decisões de despacho pelo ONS. Essas usinas diferem, portanto, das termelétricas da base, que são planejadas para operar durante a maior parte do tempo. A definição de diretrizes para o leilão está fundamentada nas alterações no marco legal promovidas pela Medida Provisória no 998, de 1o de setem-
bro de 2020, convertida na Lei 14.120, de 1o de março de 2021, do Decreto no 10.707, de 28 de maio de 2021, que regulamentou a contratação de reserva de capacidade na forma de potência, bem como das contribuições recebidas na Consulta Pública no 108, de 2021. Todas as usinas candidatas a participar do Leilão de Reserva de Capacidade deverão se submeter ao processo de habilitação técnica pela EPE, em que será verificado o cumprimento dos requisitos técnicos e formais, com o objetivo de reduzir os riscos quanto à viabilização dos projetos. Foi estabelecido no leilão preço teto de R$ 600/MWh para o CVU dos agentes interessados em participar. O maior teto para o CVU permitirá maior oferta e competição no leilão, com disputa que permitirá a redução dos custos fixos, beneficiando o custo final para os consumidores. O pagamento pelas usinas se dará por dois componentes: os custos fixos, para cobrir os investimentos na construção e a manutenção da usina, que funcionam como um aluguel para que fiquem disponíveis ao sistema, definidos em R$/ano; e os custos variáveis (CVU), para cobrir principalmente os custos com a compra de combustível, pagos apenas pelas horas em que a usina efetivamente precisou ser acionada.
ZLETRIC BATE RECORDE DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS
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startup Zletric conseguiu captar, em apenas 90 minutos, R$ 5 milhões de investidores na plataforma CapTable, hub de investimentos para startups. Por meio de operação realizada via oferta pública, o montante adquirido é considerado um recorde de investimentos coletivos da CapTable.
NO CIRCUITO Recursos captados por energytechs em 2021 superam US$ 60 milhões
A A startup de recarga rápida conseguiu R$ 5 milhões na plataforma de investimentos CapTable
Atuando no modelo de energy as a service (energia como um serviço), a startup atraiu 207 investidores ao oferecer solução inteligente para recarga de veículos elétricos e híbridos, fornecendo energia por meio de uma rede que abrange espaços comerciais e residenciais em diferentes localidades do país. A startup foi criada em 2019 e desde então já instalou mais de 100 estações e pretende entregar mais de 300 até o final do ano, em diferentes estados. A tecnologia foi desenvolvida e fabricada no Brasil. O valor captado pela Zletric será destinado ao plano de expansão, que pretende triplicar o negócio. Cerca de 48% dos recursos serão investidos na expansão da rede, na fabricação de novos equipamentos e na instalação
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s startups nacionais do setor de energia, batizadas de energytechs, já receberam US$ 66,4 milhões para financiar seus projetos em 2021. O volume, considerado um recorde, já representa mais de 78% do total arrecadado desde 2015. Com 157 energytechs, desde o primeiro ano monitorado pelo levantamento Distrito Mining Report EnergyTech 2021, o setor já arrecadou US$ 85 milhões. Segundo o estudo, as energytechs se dividem em seis grupos. A categoria com maior representatividade é a de energia renovável (36,3%), formada por startups que investem, produzem ou distribuem energia limpa a partir de fontes alternativas. Em seguida, ficam as especializadas em gestão energética (19,7%), focadas em soluções de gestão inteligente do consumo. Com 23 startups cada, aparecem na sequência as empresas de eficiência energética (14,6%) e as de internet da energia (14,6%), da qual participam startups com soluções em internet das coisas (IoT) e análise de dados da cadeia produtiva. Por fim, as startups que operam na comercialização de energia representam 8,9% e as de baterias, 5,7%. Em investimentos, as energytechs especializadas em energia renovável são as mais
das estações em pontos estratégicos do País. Outros 22% do valor serão destinados a vendas e marketing, e o restante será utilizado para os demais custos que vão sustentar as operações nos próximos dois anos.
representativas, atraindo a maior parte dos aportes dos fundos de venture capital. Desde 2015, elas captaram mais de US$ 62 milhões. Duas empresas dessa área estão entre as mais bem financiadas: a Solfácil, de energia solar FV, com mais de US$ 36,6 milhões captados, e a Órigo Energia, fintech desse segmento também, que em abril deste ano recebeu um aporte de US$ 19,3 milhões. O estudo completo pode ser acessado no link www.docsend.com/view/2x94x959 kdnu4wnr
O volume de recursos no ano já corresponde a 78% do total investido nas startups desde 2015 no Brasil
Com o encerramento da captação da Zletric, a CapTable está próxima da sua segunda dezena de captações concluídas neste ano. A plataforma, que já conta com mais de 5 mil investidores ativos, acaba de superar os
R$ 30 milhões captados para 19 startups em 2021. O plano é alcançar a marca de R$ 100 milhões investidos até o fim de 2021.
ESFERA ADQUIRE NORTEN PARA CRIAR PROJETO DE GD
A
comercializadora Esfera Energia adquiriu a Norten Energia, empresa mineira que desde 2015 apoia investidores e usinas de energia na estruturação de operações em geração distribuída. Juntas, as empresas pretendem lançar ao mercado, ainda este ano, um projeto de GD. A iniciativa, segundo revelou em comunicado a Esfera, visa dar autonomia para os consumidores escolherem o tipo de energia a ser adquirida. Pelo planejamento, os ge-
BRASIL TORNA-SE MAIS ATRATIVO PARA RENOVÁVEIS Projeto será lançado ainda neste ano e meta é atingir 200 mil unidades consumidoras até 2022
radores distribuirão a energia renovável na plataforma da Esfera, que será responsável por conectá-los com consumidores finais. O projeto terá início ainda em 2021, mas com lançamento oficial em 2022. Em três anos, a expectativa é atingir mais de 200 mil unidades consumidoras. Além da atuação em comercialização de energia, a Esfera atua como uma empresa de tecnologia e de gestão inteligente de energia elétrica, com inteligência de dados e informações de mercado. Presente em 20 estados do País, atende mais de 130 grupos empresariais e gerencia mais de 320 unidades consumidoras no ACL.
U
m estudo da consultoria EY aponta que o Brasil saltou quatro posições em ranking global de energia renovável que envolve 40 países, passando para o 11o lugar e se consolidando como líder na América Latina. As informações constam do Índice de Atratividade de Países em Energia Renovável (Recai, na sigla em inglês). Produzido desde 2003, o Recai classifica os principais mercados do mundo em relação à atratividade de seus investimentos e oportunidades de implantação de energia renovável, como eólica e solar. Alguns fatores, segundo a consultoria, explicam a melhoria de posição do Brasil. Entre eles, destacam-se o maior incentivo público e a melhoria nas regras referentes ao setor de fon-
SETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
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NO CIRCUITO GNA 1 entra em operação no Porto do Açu
A O País agora ocupa a 11a posição global e lidera na América Latina, segundo estudo da consultoria EY
tes alternativas renováveis, o câmbio favorável para investimentos internacionais e a demanda interna por fontes alternativas. Outro ponto favorável foi o avanço no mundo corporativo do conceito ESG (governança ambiental, social e corporativa), pelo qual as empresas valorizam o uso de energias limpas em seus negócios. O estudo da EY destacou ainda o avanço da energia eólica onshore no Brasil e a perspectiva favorável de investimentos futuros na offshore, que já conta com 46,6 GW de projetos em licenciamento no Ibama. No ranking geral do Recai, Estados Unidos e China seguem nas primeiras colocações globais. Já o Leste Asiático, assim como o Brasil, também desponta como destino com alto potencial para investimentos. À frente do Brasil estão países como Reino Unido (4o lugar), França (5o), Austrália (6o) e Alemanha (7o). O mercado de energia renovável registrou, no ano passado, investimentos de mais de US$ 300 bilhões de dólares.
MAIOR UTE A BIOMASSA DO PAÍS INICIA TESTES
F
oi autorizado pela Aneel o início dos testes de geração da Usina Termelétrica Bracell, localizada em Lençóis Paulista, interior de São 12 EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
usina termelétrica GNA - Gás Natural Açu, joint venture formada pela BP, Siemens SPIC Brasil e Prumo Logística, entrou em operação comercial em setembro. Com investimentos totais de quase US$ 1 bilhão, a GNA I é movida a gás natural, fica localizada no Porto do Açu, região norte do estado do Rio de Janeiro, e tem 1338 MW de capacidade instalada, sendo a segunda maior do País. Além da UTE GNA I, ainda está prevista a construção da UTE GNA II, com 1672 MW de capacidade instalada. Com 3 GW de energia assegurados em contratos de longo prazo e 3,4 GW adicionais de expansão licenciada através dos projetos GNA III e GNA IV, o complexo total de 6,4 GW se torna o maior da América Latina e inclui um terminal para movimentação de gás natural liquefeito (GNL), onde está atracada a unidade flutuante FSRU BW Magna, com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m³/dia. Para refinanciar as dívidas para a construção da UTE GNA I, a GNA concluiu recentemente a emissão de debêntures de infraestrutura, no valor de R$ 1,8 bilhão. A transação
Paulo. Com capacidade instalada de 409,307 MW, quando em operação a UTE Bracell se tornará a maior usina movida a biomassa no País. O empreendimento pertence à indústria de papel e celulose Bracell, por sua vez controlada pela Royal Golden Eagle Group (RGE), de Cingapura, que adquiriu a Lwarcel Celulose, do grupo Lwart, de Lençóis Paulista, em 2018. A usina faz parte de um complexo para a produção de celulose solúvel que será autossuficiente em energia e com capacidade de transferir excedentes de geração limpa e renovável ao SIN - Sistema Interligado Nacional. A UTE é composta por três unidades geradoras operando em sistema de cogeração, sendo movida a partir dos resíduos da produção de celulose solúvel. O sistema de energia é da Siemens Energy, que forneceu pacote que envolve três turbogeradores, uma subestação turnkey isolada a gás (GIS) de 440 kV e recursos para distribuição e gerenciamento energético da unidade industrial. Com 420 MW
contou com o BNDES como investidor e estruturador da operação. A localização do Porto do Açu, próximo aos campos produtores de gás offshore, à malha de gasodutos terrestres e ao circuito de transmissão 500 kV de energia, segundo a empresa, possibilitará a expansão do hub de gás e energia a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre o setor de gás com setores elétrico e industrial. O investimento total planejado para o complexo de gás e energia da GNA é de cerca de US$ 5 bilhões.
Termelétrica a gás tem 1338 MW e é resultado de US$ 1 bilhão em investimentos
de capacidade instalada, as unidades entregues pela Siemens são do modelo SST-600, concebidas para transformar em eletricidade o vapor gerado pelas caldeiras que queimam os resíduos do processo. A subestação tem capacidade instalada de 420 MVA, que permitirá, segundo a Siemens, a colocação de excedente aproximado de 180 MV a 200 MV. A previsão é que os testes sejam finalizados até novembro.
A térmica da Bracell, em Lençóis Paulista, tem potência instalada de 409,3 MW
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NO CIRCUITO NOTAS Outorga GSF – A diretoria da Aneel estendeu o prazo de outorga de usinas participantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), parte do acordo para repactuação das ações judiciais contra o GSF (risco hidrológico). Das 144 usinas repactuadas, 79 são Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e 65 são Usinas Hidrelétricas (UHEs). O prazo médio de extensão ponderado pela garantia física de cada uma foi de cerca de 2,5 anos, sendo que 39 delas tiveram extensão máxima permitida, de 7 anos. Os valores econômico-financeiros a serem compensados aos titulares de outorgas do MRE somaram aproximadamente R$ 8,62 bilhões e foram convertidos nos prazos de extensão. Tratase da segunda etapa da homologação dos prazos. Na primeira fase, foram estendidas as outorgas de 346 usinas, entre PCHs e UHEs, que não haviam repactuado o risco hidrológico. De acordo com a CCEE, que calculou o prazo de extensão das outorgas na época, o prazo médio de cada usina foi de aproximadamente 2,7 anos. PPA – A EDP Renováveis fechou um contrato de compra de energia (PPA, em inglês) de 15 anos com a Procter & Gamble. O contrato, de 127,5 MW, que evitará a emissão de mais de 130 mil toneladas de CO2 por ano, está vinculado a dois projetos que entrarão em funcionamento em 2023 na Espanha, localizados em Peñaflor (Valladolid), com 100 MW de capacidade instalada, e Sierra de la Venta (Albacete), com uma capacidade instalada de 47,5 MW, dos quais 27,5 MW fazem parte do PPA assinado com a P&G. Com o acordo, cerca de 40% da energia necessária para abastecer as fábricas da P&G em toda a Europa será produzida no país europeu e proveniente de fontes renováveis. VE com cesto aéreo – A Enel Distribuição São Paulo trouxe para o mercado nacional um caminhão elétrico com cesto aéreo e zero emissão de carbono. Entre as vantagens do veículo elétrico, a companhia 14 EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
destaca a baixa necessidade de manutenção preventiva e corretiva e menor necessidade de revisão nos sistemas internos, além da possibilidade de o cesto aéreo realizar tarefas operacionais de forma mais ágil, segura e simplificada. O projeto, orçado em R$ 460 mil, foi custeado pela companhia e desenvolvido pela equipe de Mobilidade e Frota da Enel Brasil, em parceria com a Jac Motors e Terex Corporation. Com fabricação 100% elétrica, o equipamento possui um cesto aéreo também elétrico de 10 metros, capacidade para uma pessoa e suporta cerca de 136 quilos. O veículo possui autonomia de rodagem que chega a 250 quilômetros, e a possibilidade de até 12 horas ininterruptas de trabalho. Resultados financeiros – A CPFL Energia teve lucro líquido de R$ 1,126 bilhão no segundo trimestre de 2021, aumento de 143,6% em relação ao mesmo período de 2020. Segundo a companhia, o resultado foi alcançado pelo bom desempenho em geração de energia eólica (a melhor incidência de ventos no Nordeste levou à expansão de 38,2% na produção das usinas eólicas) e pela recuperação da venda de energia na área de concessão (com destaque para o consumo da classe industrial, que superou os níveis pré-pandemia). A atualização do ativo financeiro da concessão das distribuidoras também contribuiu para o resultado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 2,054 bilhões, 70% superior ao registrado no segundo trimestre do ano passado. As vendas de energia cresceram 12,9% no período e superaram em 1,5% o nível pré-pandemia (segundo trimestre de 2019). Empregos – A indústria elétrica e eletrônica abriu 14,5 mil postos de trabalho no primeiro semestre de 2021, conforme dados da Abinee, com base em informações do Novo Caged. No mês de junho, foram abertas 1555 novas vagas. Esse foi o sexto incremento consecutivo no nível de emprego do setor, que totalizou 262,6 mil funcionários diretos ao final do mês ante 248,1 mil em dezembro do ano anterior.
EM SINTONIA INOVAÇÃO O
MME - Ministério de Minas e Energia lançou o Projeto de Assistência Técnica dos Setores de Energia e Mineral – Projeto Meta, a partir de um empréstimo entre o governo brasileiro e o Banco Mundial. O objetivo é promover o desenvolvimento e maior capacitação técnica do setor energético brasileiro. O projeto é coordenado pelo próprio MME e tem a duração até dezembro de 2025. Ao todo, serão investidos US$ 38 milhões, para a execução de 37 subprojetos. A primeira etapa, executada entre 2012 e 2018, teve, entre seus focos, a redução das emissões de carbono de forma sustentável mediante investimentos da ordem de R$ 108 milhões. Nessa segunda fase, há propostas de subprojetos sobre formação de preços, promoção da competitividade dos mercados de energia, mineração e gás
15 EM JULHO/AGOSTO, 2021
natural, metodologias de análise de resultado regulatório, estudos relacionados a mudanças climáticas, geração distribuída de energia elétrica e eficiência energética, além de aquisição de equipamentos para laboratórios e para fiscalização de atividades de mineração. Serão desenvolvidos subprojetos visando soluções relacionadas à segurança do abastecimento, custo acessível e maior resiliência às mudanças climáticas.
GERAÇÃO DISTRIBUÍDA P
rospera no País a geração distribuída. Entre os seus estímulos estão a nova regulação para o pagamento gradual pelo uso das redes das distribuidoras e a forte pressão
(estrutural e conjuntural) de alta dos preços finais do kWh na crise hídrica. Dezenas de projetos de geração distribuída fotovoltaicos amadurecem no Brasil. Ilustra bem o projeto Sicredi do Vale do Rio Pardo, com 1238 módulos (544,720 KWp). Esta geração dá autonomia para 15 agências da cooperativa de crédito mediante um investimento de R$ 2,5 milhões, num terreno de três hectares.
PREÇOS A
EPE - Empresa de Pesquisa Energética finalizou a editoração do Caderno de Preços de Geração (2021). Circula uma versão digital. São 59 páginas com dados e informações relevantes para todos os agentes do setor elétrico do País, ofertantes e usuários.
JULHO/AGOSTO, 2021 EM
15
PROJETO DE INSTALAÇÕES
Harmônicos no condutor neutro: uma análise comparativa das normas ABNT, IEC e VDE Celso Luiz Pereira Mendes, consultor, Life Senior Member IEEE, VDE
C
onsoante def inição do Vocabulário Eletrotécnico Internacional (IEC/IEV ref. 161-02-18), harmônico é um componente de ordem maior que 1 na série de Fourier de uma grandeza periódica. Por ordem (ν) de um harmônico entende-se o número inteiro igual ao quociente da frequência do harmônico dado, pela frequência da componente fundamental. Em outros termos, harmônicos são correntes e tensões presentes em um sistema elétrico na forma de um mútiplo da frequência fundamental. Para 60 Hz, o harmônico de 3ª ordem equivale a 180 Hz, o de 11ª ordem a 660 Hz, etc. A tabela I expõe a nomenclatura e as características dos harmônicos até a 9ª ordem.
Origem e efeitos dos harmônicos Harmônicos são gerados por cargas não lineares, que absorvem correntes com formas de onda distorcidas em relação à tensão senoidal que as alimentam (figura 1). Essas correntes, por seu turno, produzem tensões harmônicas nas impedâncias da rede por onde circulam. Entre as cargas não lineares, contam-se: • Reatores de lâmpadas de descarga, drivers de lâmpadas a LED, fontes 16
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
internas de computadores, impressoras, copiadoras, televisores; • Conversores que utilizam diodos, tiristores ou transistores, por exemplo, em fontes de alimentação ininterrupta (no-breaks) e carregadores de bateria; • Inversores de frequência para acionamentos de velocidade variável, bem como para geradores de energia solar fotovoltaica e energia eólica;
A presença de cargas não lineares, como as de tecnologia da informação, requer cautela no dimensionamento da seção dos condutores neutros de circuitos de distribuição. As normas propõem abordagens diversas para lidar com esta questão, agravada pela falta de dados sobre a distorção harmônica esperada na futura instalação. Neste contexto, a norma VDE indica parâmetros típicos para uma préavaliação na fase de projeto.
• Equipamentos de solda, fornos industriais a arco. A poluição da rede por correntes harmônicas gera perturbações diversas, tais como interferência eletromagnética em circuitos de telecomunicação; falhas na operação de sistemas de controle eletrônico; alterações na seletividade de fusíveis e de relés de proteção, etc. No que tange aos efeitos térmicos em particular, os harmônicos causam: Christoph Burgstedt/Shutterstock
Tab. I – Nomenclatura e características dos harmônicos até a 9 a ordem. (Adaptado de [5]) Harmônico
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
Frequência (Hz)
60
120
180
240
300
360
420
480
540
Notação
+
-
0
+
-
0
+
-
0
Fator de ordem
0
3k-1
3k
3k+1
3k-1
3k
3k+1
3k-1
3k
Fator k = 1, 2, 3 ... Notação
Sentido de rotação do campo
Efeitos térmicos e outros
(+) Positivo
Horário (Sequência positiva)
Em cabos; dispositivos de manobra e proteção
(-) Negativo
Antihorário (Sequência negativa)
Idem; no torque e na velocidade de motores
(0) Zero
Sem rotação (Sequência zero)
Soma das correntes, sobrecarga no condutor neutro
• Redução da capacidade de condução de corrente de dispositivos de manobra, devido ao efeito pelicular, às perdas por histerese e às correntes parasitas; • Elevação de temperatura e redução da vida útil de transformadores, devido a perdas adicionais no ferro e no cobre; • Sobreaquecimento de motores, ruído e vibração, redução (ou aumento) do torque e da velocidade, causados pela circulação de correntes harmônicas de sequência negativa (ou positiva) no rotor; e • Sobrecarga térmica do condutor neutro, com riscos de deterioração da isolação e incêndio. A elevação anormal da temperatura de equipamentos operando sob corrente de carga nominal e temperatura ambiente adequada pode ser um sintoma da presença de harmônicos, que também degradam insidiosamente a qualidade da energia elétrica. Sobrecarga do condutor neutro Em geral, este efeito tem origem na utilização extensiva de lâmpadas de descarga, ou de computadores e demais cargas de tecnologia da informação. A razão é que os harmônicos de 3ª ordem e seus múltiplos não se cancelam no centro estrela. Caso os três condutores de fase carreguem, por exemplo, correntes de 180 Hz de idêntica intensidade, o condutor neutro será carregado com
uma corrente equivalente à soma destas três correntes. Portanto, por medida de segurança, é sempre recomendável dimensionar o condutor neutro com seção não inferior à dos condutores de fase, embora uma redução de seção esteja prevista nas normas em condições muito específicas. As normas ABNT, IEC e VDE apresentam abordagens distintas para o tratamento das correntes harmônicas no condutor neutro, examinadas a seguir.
quando a taxa de 3º harmônico for superior a 33%, pode ser necessário um condutor neutro com seção superior à dos condutores de fase. Adverte ainda para a necessidade de uma estimativa segura da taxa de harmônicos esperada, e das condições de equilíbrio de carga previstas. No Anexo F, a norma brasileira indica um fator ( f h) para determinar a corrente do neutro (I N) quando a taxa de 3º harmônico nas correntes de fase for superior a 33%. Tem-se IN = f h ‧ IB
(1)
sendo IB = √(I 1 + I i + I j + ∙∙∙I n ) (2) 2
2
2
2
onde: IB = corrente de projeto do circuito, valor eficaz total; I1 = valor eficaz da componente fundamental (60 Hz); Ii, Ij, ... In = valor eficaz dos harmônicos de ordem i, j, ...n presentes na corrente de fase; f h = fator da tabela F.1 do Anexo F da NBR 5410:2004, em função da taxa de 3º harmônico e do tipo de O método da circuito (trifásico com neutro ou bifásico com neutro). Por exemplo, norma ABNT A norma NBR 5410 [1] vigente fator 1,19 para taxas de 3º harmôniprescreve que, em circuitos bifásicos co de 36% a 40% para ambos os ticom neutro ou trifásicos com neutro, pos de circuito.
Fig. 1 – Ondas de corrente na frequência fundamental (60 Hz), 3o e 5o harmônico, e perfil da corrente total. (Fonte: hyteps.com)
SETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
17
PROJETO DE INSTALAÇÕES O método do Anexo F da NBR 5410 pressupõe, portanto, uma estimativa dos valores eficazes dos harmônicos. Na falta destes dados, a norma recomenda adotar os valores máximos da referida tabela: 1,73 para circuitos trifásicos com neutro, ou 1,41 para circuitos bifásicos com neutro.
Tab. II – Fatores de correção para cabos tetra ou pentapolares, em sistemas trifásicos equilibrados, com quatro condutores carregados, sendo o quarto condutor com correntes de 3 o harmônico. (Fonte: IEC 60364-5-52 [2]) Taxa de terceiro harmônico (%)
Seção baseada na corrente de fase (mm²)
0 – 15
1,00
Seção baseada na corrente de neutro (mm²)
do, porque a distorção harmônica total (DHT) gerada pelos aparelhos de utilização não é informada pelos seus fabricantes. Neste contexto, é interessante examinar a abordagem da norma VDE.
Os métodos da norma VDE 15 – 33 0,86 – O Suplemento 3 da norma 33 – 45 – 0,86 VDE 0100-520 [3] apresenta dois > 45 – 1,00 O método da métodos alternativos para determinar a seção dos cabos em norma IEC O Anexo E da IEC 60364-5-52 [2] tabela de capacidades de condução função das correntes harmônicas. O apresenta fatores de correção para de corrente da NBR 5410, para três primeiro baseia-se na parcela de cardimensionamento de cabos em fun- condutores carregados a seção deve gas não lineares alimentadas pelos ção das correntes harmônicas. Na ser de 6 mm². Considerando 20% de circuitos de distribuição. Consoante aplicação deste método valem as se- 3º harmônico no quarto condutor, e essa parcela, são atribuídos fatores guintes premissas: aplicando o fator da tabela II, tem-se de correção para ser aplicados à ca• O sistema é trifásico equilibrado; 39 A/0,86 = 45 A; a seção passa a pacidade de condução de corrente sistemas com desequilíbrio de cargas ser de 10 mm². Na hipótese de 40% dos cabos. A tabela III reproduz um entre as fases superior a 50% reque- de 3º harmônico no quarto condutor, extrato parcial da norma. Fatores inrem fatores de redução mais severos; calcula-se 39 A x 0,4 x 3 = 46,8 A, termediários podem ser obtidos por • O condutor neutro é parte integran- e aplica-se o fator; logo, 46,8/0,86 = interpolação. O segundo método fundamentate de um cabo tetra ou pentapolar, 54,4 A e a seção permanece de sendo todos os condutores de seção e 10 mm². Admitindo ainda que a taxa se nas correntes absorvidas por carmaterial idênticos; de 3º harmônico seja de 50% no gas não lineares, aqui representadas • A corrente no quarto condutor é quarto condutor, a corrente resulta por diversos aparelhos de utilização exclusivamente de 3º harmônico; a 39 A x 0,5 x 3 = 58,5 A, e a seção do monofásicos típicos de escritório. presença de outros harmônicos que cabo a ser selecionada é de 16 mm². Uma vez conhecida a distorção harnão se cancelam (9º, 12º, etc.), com Convém lembrar que este exemplo mônica dessas correntes, podem ser taxas superiores a 15%, demanda fa- não considera a queda de tensão do dimensionadas, com boa aproximatores de redução mais severos; circuito nem um eventual fator de ção, as seções correspondentes dos • Os fatores de redução contemplam agrupamento dos cabos. [Nota: os cabos. A tabela IV contém exemplos o efeito térmico que a corrente har- fatores da tabela II constavam da ta- das referidas cargas típicas, extraídos da norma. Os valores indicados mônica do condutor neutro exerce bela 45 da NBR 5410, edição 1997.] sobre os condutores de fase; Como se observa, assim como a pela VDE são coerentes com as me• Caso a corrente do neutro prevista NBR 5410, o método da IEC requer dições reportadas por Fassbinder na seja maior que as correntes de fase, uma estimativa dos harmônicos pre- referência [6], publicada por Eletrios cabos devem ser dimensionados sentes na rede. Todavia, estimar pre- cidade Moderna, na qual podem ser viamente as taxas de harmônicos en- consultadas uma tabela completa e com base na corrente do neutro; • Se a corrente do neutro for superior frenta um duplo obstáculo: primeiro, outras considerações práticas deste a 135% da corrente de fase, os três porque o projeto pode ser elaborado método. condutores de fase não estão plena- antes de que estejam detalhadas as Exemplo de aplicação – Uma mente carregados; neste caso, a redu- cargas da futura edificação; segun- instalação hipotética é composta ção de calor nos condutores de de 50 monitores planos e 50 noTab. III – Exemplos de fatores de correção para a fase compensa o calor gerado no tebooks. A carga é equilibrada seção de cabos em função da parcela de cargas condutor neutro, e dispensa qualnuma rede trifásica com neutro. não lineares. (Fonte: VDE 100-520 [3]) quer fator de redução de capacidaPelos dados da tabela IV, cada Parcela da potência de Fator de correção para os de de condução de corrente para cargas não lineares (%) circuitos de distribuição monitor consome 32 W, correnos condutores de fase. te de carga medida I L = 0,24 A, 0 a 15 1,00 corrente harmônica medida I V = Exemplo da norma IEC – Seja > 25 a 35 0,90 137 mA. A taxa de harmônicos é um cabo pentapolar de PVC 70°C, > 45 a 55 0,80 de 0,137/0,240 = 57%. A correntemperatura ambiente 30°C, mé> 65 a 75 0,70 te de neutro será 0,24 A x 0,57 x todo de instalação C, corrente de >75 0,65 3 = 0,411 A. Para 50 monitores, projeto 39 A. De acordo com a 18
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
–
PROJETO DE INSTALAÇÕES
Tab. IV - Exemplos de correntes harmônicas medidas em cargas típicas de escritório. (Fonte: VDE 0100-520 [3]) Luminárias e equipamentos de tecnologia da informação
Potência P (W)
Corrente de carga I L (A)
Corrente harmônica I V (mA)
Lâmpada fluorescente >25 W, com reator convencional de baixo FP
62
0,60
67
Lâmpada a LED tubular, com reator convencional
26
0,12
16
Computador, uso médio, com correção de FP
82
0,38
57
Monitor plano, com luminosidade a 100%
32
0,24
137
Notebook de 75 W, máxima solicitação
24
0,20
115
Copiadora multifunção, valor médio diário
103
0,61
144
tem-se uma corrente de neutro de 0,411 x 50 = 20,55 A. Analogamente, cada notebook consome 24 W, corrente de carga medida I L = 0,20 A, corrente harmônica medida I V = 115 mA. A taxa de harmônicos é de 0,115/0,200 = 57,5%. A corrente de neutro será 0,20 A x 0,575 x 3 = 0,345A. Para 50 notebooks, resulta uma corrente de neutro de 0,345 A x 50 = 17,25 A. Logo, a seção do condutor neutro do circuito de distribuição deve ser dimensionada para 20,55 A + 17,25 A = 37,80 A, enquanto a corrente de fase soma (0,24 x 50) + (0,20 x 50) = 22 A. Fassbinder [6] argumenta que este método é inerentemente seguro, porque nem todas as correntes harmônicas de terceira ordem, por exemplo, terão idêntico ângulo de fase, o que significa um certo cancelamento de correntes no neutro. Sistemas elétricos industriais A partir dos anos 1970, com a difusão do tiristor em conversores estáticos para acionamento de motores c.c. de velocidade variável, sobreveio uma proliferação de harmônicos nos sistemas elétricos industriais. Conversores estáticos controlados por ângulo de fase são fontes típicas de correntes harmônicas, cuja ordem depende do número de pulsos da ponte retificadora. Para uma ponte de seis pulsos, tem-se: ν = 6 · k +/- 1, onde k = 1, 2, 3, etc. Sob condições teóricas ideais, as amplitudes das correntes harmônicas são 20
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
inversamente proporcionais ao seu respectivo número de ordem. A instalação de capacitores para correção de fator de potência em redes com conversores estáticos passou a exigir uma análise crítica da frequência de ressonância, para evitar o fenômeno de amplificação por ressonância. Nessa condição, altas correntes oscilam entre os capacitores e indutores e podem causar a queima desses componentes e iniciar um incêndio. Sobretensões em períodos de baixa carga devem ser controladas, para evitar saturação dos núcleos dos transformadores e geração de harmônicos. As medidas de supressão de harmônicos em sistemas de potência industriais devem ser previstas no estágio de projeto, visto que sua implementação posterior pode ser impraticável. Simulações digitais permitem avaliar as seguintes soluções [7]: • Multiplicação de fases, combinando transformadores hexafásicos com diversos defasamentos angulares; • Seccionamento dos circuitos ressonantes, separando os capacitores das fontes de harmônicos; • Deslocamento do ponto de ressonância, aplicando filtros passivos em série com os capacitores; e • Instalação de filtros ativos de potência para mitigar a distorção harmônica de corrente e de tensão. Supraharmônicos Atualmente, filtros ativos de potência (APF, na sigla em inglês) uti-
lizam semicondutores que operam com frequências de comutação de 2 kHz a 8 kHz ou superiores. Em aplicações com geradores solares fotovoltaicos, Hoevenaars [8] relata perturbações com harmônicos de 39ª à 43ª ordem causadas por tais filtros ativos, embora o nível de distorção harmônica total de tensão (DHTu) esteja abaixo de 1%. Importante notar que o espectro de frequências de 2 kHz a 150 kHz, denominado supraharmônicos, não é coberto pelas principais normas que regem esta temática: as da série IEC 61000 – Electromagnetic Compatibility, e a IEEE 519-2014 – Recommended Practice and Requirements for Harmonic Control in Electric Power Systems. Conclusão Correntes harmônicas podem causar sobrecarga térmica nos condutores neutros de circuitos de dis-
tribuição, em função da presença extensiva de cargas não lineares. As normas ABNT e IEC apresentam critérios para dimensionamento da seção dos cabos nestas condições, que pressupõem uma estimativa da distorção harmônica da futura instalação. Já o método da VDE propõe valores típicos indicados pelo Suplemento 3 da própria norma, tornando possível uma pré-avaliação na fase de projeto. Convém ainda observar que a adoção de esquemas de aterramento TN-S em lugar de esquemas TN-C, como prescreve a NBR 5410, contribui para mitigar a propagação de harmônicos pelas massas e estruturas metálicas mediante separação galvânica, embora não exclua a possibilidade de acoplamento magnético.
Referências [1] ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão. [2] IEC 60364-5-52:2009 – Low-voltage electrical installations - Part 5-52: Selection and erection of electrical equipment Wiring systems. [3] DIN VDE 0100-520, VDE 0100-520 Beiblatt 3:2012 – Errichten von Niederspannungsanlagen – Auswahl und Errichtung elektrischer Betriebsmittel – Teil 520: Kabel- und Leitungsanlagen – Beiblatt 3: Strombelastbarkeit von Kabeln und Leitungen in 3-phasigen Verteilungsstromkreisen bei Lastströmen mit Oberschwingungsanteilen. [4] Siemens – Schalten, Schützen, Verteilen in Niederspannungsnetzen – 2. Ed., Erlangen, 1990. [5] Siemens – Einfluss moderner Technik auf Oberschwingungen im Verteilungsnetz. Tech. Schriftenreihe, Ausgabe 14 – Erlangen, 2015. [6] Fassbinder, S.: Dimensionamento do condutor neutro em caso de harmônicas. Eletricidade Moderna, São Paulo, n o 505, abr. 2016, p. 18-25. [7] Mendes, Celso L. P.: Supressão de harmônicos em redes industriais. “Mundo Elétrico”, São Paulo, abr. 1985, p. 54-58. [8] Hoevenaars, A. et alii: Active harmonic mitigation – “IEEE Industry Applications Magazine”, set/out 2020, p. 41-51.
Agradecimento - O autor agradece ao eng. João Gilberto Cunha pelos comentários apresentados a este artigo.
SETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
21
GUIA – 1
Andaluz – (27) 99223-9787 andaluz@andaluz.ind.br
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Bandeirantes – (19) 99706-1119 joao@bandeirantesperfis.com.br
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Calhas Kennedy – (11) 2126-3333 joao@calhaskennedy.com.br
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Delta Perfilados – (11) 99607-8700 deltaperfilados@uol.com.br
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Dispan – (19) 3466-9300 comercial@dispan.com.br
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I Nove – (11) 2023-6260 contato@ inoveindustria.com.br
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Jea – (19) 99692-0762 antonio@jea.com.br
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Kanaflex – (11) 98602-2907 mkt@kanaflex.com.br
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Krona – (47) 99950-2314 atendimento.tecnico@krona.com.br
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Maxtil – (11) 98323-3498 eleonora@maxtil.com.br
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perfurada
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Eletrocalha Bandeja
perfurada
Importadora exclusiva do fabricante / País
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Empresa Telefone E-mail
Fabricante
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Da Redação de EM
Para cada tipo e aplicação de linha elétrica existem os condutos mais adequados, sejam canaletas, eletrodutos, eletrocalhas, bandejas, leitos, etc., de modo a proteger os condutores e ao mesmo tempo permitir acessibilidade para trabalhos de manutenção e ampliação. O Guia apresenta a oferta de fornecedores desses itens no mercado nacional, detalhando tipos, materiais e normas técnicas nacionais a que atendem.
NBR 6323(3)
Eletrocalhas, bandejas, canaletas, dutos de piso, eletrodutos e leitos para cabos
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SPTF – (11) 2065-3800 vendas@sptf.com.br
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SP Tubos – (11) 97766-2586 vendas@sptubos.com.br
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Tramontina – (54) 3461-8200 tramontina.elt@tramontina.com
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Sifra – (51) 3371-4427 vendas2@sifraletro.com.br
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Niedax / França, Alemanha
Aço com pintura eletrostática Alumínio
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Aço inoxidável
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Real Perfil – (11) 2134-0002 vendas@realperfil.com.br
flexíveis
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Leito Canaleta Duto de piso Duto de piso elevado
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perfurada
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Niedax-Mopa – (11) 2413-1099 vendas@niedaxmopa.com.br
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aramada
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Mecânica Rojan – (11) 3858-4133 rojan@rojan.com.br
Importadora exclusiva do fabricante / País
perfurada
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Empresa Telefone E-mail
Fabricante
Aço galvanizado a fogo
Eletrodutos
Normas
Aço pré-zincado
Eletrocalha Bandeja
Material
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Notas: (1) Sistemas de canaletas e condutos perfilados para instalações elétricas. (2)Encaminhamento de cabos - Sistemas de eletrocalhas para cabos e sistemas de leitos para cabos. (3) Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro fundido. (4)Chapas e bobinas de aço revestidas com zinco ou liga zinco-ferro pelo processo contínuo de imersão a quente. (5) Chapas e bobinas de aço revestidas pelo processo contínuo de imersão a quente. (6) Bobinas e chapas finas a frio e a quente de aço-carbono e de aço de alta resistência e baixa liga. (7) Indústrias do petróleo e gás natural - Perfis pultrudados - Parte 4: Sistema de bandejamento Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 119 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna,setembro/outubro de 2021. Este e outros guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
TRANSFORMADORES
Custos totais de monitores para análise de gases dissolvidos
Simon Sutton, Doble Engineering Company (Reino Unido), e John Skog, da Maintenance and Test Engineering LLC (EUA)
O
s transformadores estão entre os principais equipamentos dos sistemas de energia elétrica. Devido ao seu alto valor de aquisição e à sua importância, os transformadores são os principais candidatos a um monitoramento online contínuo que ofereça aos proprietários das instalações a confiança de que seus investimentos estão funcionando conforme esperado e o equipamento está livre de falhas em desenvolvimento [1].
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EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
A análise de gases dissolvidos (AGD) é o método mais comum de avaliar a integridade dos transformadores, devido à sua capacidade de detectar e diagnosticar problemas em desenvolvimento e acompanhar a evolução dos defeitos. Normalmente, as amostras de óleo são coletadas anualmente e enviadas a um laboratório para análise. Para transformadores críticos ou em unidades nos quais são necessárias amostras offline frequentes (por exemplo, para rastrear um defeito conhecido), a
Para descobrir o custo total de propriedade de instrumentos usados no monitoramento de gases dissolvidos, este trabalho desenvolveu um modelo simples de custo de ciclo de vida e o aplicou a dois modelos disponíveis no mercado. Os resultados indicaram que os custos de operação e manutenção têm impacto significativo, em particular o número de chamadas para realização de reparos.
AGD online reduz incertezas, oferece tranquilidade e pode realmente estender a vida operacional do transformador, atrasando a necessidade de novas grandes despesas de capital. Hoje existe uma gama de analisadores no mercado que: • detectam os principais gases de diferentes maneiras; • requerem diferentes níveis de manutenção; • podem exigir produtos consumíveis; e • têm diferentes precisões e limites de detecção. Esses analisadores também apresentam custos de capital e níveis de confiabilidade distintos. Assim, pode ser difícil para os gestores de ativos saber qual analisador representa a melhor opção para sua necessidade específica. Em todos os casos, o custo do analisador é um atributo importante, mas um analisador de baixo custo que se mostra não confiável pode resultar mais caro ao longo da vida do transformador [2]. A análise de custo do ciclo de vida ou custo total de propriedade permite que uma variedade de fatores (custo, manutenção, reparos, perdas elétricas, etc.) sejam considerados de forma esquemática em uma variedade de aplicações [3–5]. No caso de monitores,
TRANSFORMADORES a experiência anterior revela que os custos contínuos de operação e manutenção são significativos e devem ser considerados no processo de seleção. Aqui, relatamos o desenvolvimento de um modelo simples de custo de ciclo de vida (CCV) [6] e o usamos para comparar instrumentos multigases baseados em diferentes tecnologias. Fig. 1 – Distribuição relativa dos tipos de reparo Modelo de custo de necessários na população do analisador B ciclo de vida Foi desenvolvido um modelo de custo de ciclo de vida simples Analisadores para comparação que permite que os principais custos Duas populações de analisadores de propriedade e de operação de uma AGD multigases online disponíveis AGD online sejam levados em con- no mercado são consideradas neste sideração. Os fatores do modelo in- estudo. cluem: Analisador A - Baseado em croma1. Custo de capital inicial – hardware e tógrafo, que requer calibração e gás de obras no local; arraste; e 2. Consumíveis; Analisador B - Baseado em espec3. Expectativa de vida; troscopia de infravermelho, que não 4. Custos de reparo – tempo e peças; e requer gases adicionais. 5. Custos de planejamento associados Está além do escopo deste artigo detalhar todas as outras diferenças às visitas ao local. O modelo aplica cada um desses nas respectivas especificações, mas custos a um determinado ano e calcula em geral os instrumentos de cromao valor presente líquido (VPL). Ele foi tografia tendem a ser mais precisos e aplicado a dois analisadores AGD mul- têm limites de detecção mais baixos, tigases disponíveis no mercado. porém exigem consumíveis, enquanto
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EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
os instrumentos infravermelhos têm um design mais simples, não usam gás de calibração e tendem a ter custo de capital mais baixo. Dados e custos de reparo Os dados para a análise foram determinados a partir de registros da Doble relativos a instalação e manutenção de diferentes populações de monitores AGD para usuários em todo o mundo. A figura 1 mostra uma análise das causas das intervenções durante a operação para a população de analisadores B. As categorias de causa da falha são: • Analisador – Falha do detector de gás; • Comunicação – Problemas com o link para o analisador online; • Eletrônica – Placas e fontes de alimentação defeituosas, etc.; • Óleo – Vazamentos, falhas na bomba, problemas no manifold; e • Diversas. Os dados são de uma população de monitores multigases operados por uma grande empresa europeia de transmissão de energia elétrica. O gráfico da figura 1 mostra que a maioria dos problemas está associada ao circuito de óleo (42%) e ao sistema de comunicações (24%).
Dado que o hardware/método de comunicação é geralmente especificado pelo usuário final, e que os problemas podem ser específicos de cada local (por exemplo, cobertura de telefonia celular), custos associados à solução de problemas de comunicação não foram incluídos na análise de CCV subsequente. A exclusão desses custos da análise permite uma comparação justa entre diferentes populações de analisadores. A figura 2 mostra a divisão dos custos de reparo, depois que os problemas de comunicação foram excluídos, para os analisadores A e B. Os gráficos foram dimensionados de acordo com a despesa média anual de reparos nas duas diferentes populações, sendo que despesa do analisador A é menos de um terço da do analisador B. O analisador A tem custos de reparo relativos aos gases para operar o cromatógrafo (por exemplo, vazamentos) que não ocorrem no sistema baseado em infravermelho. E pode-
Fig. 2 – Gráficos-pizza mostrando a divisão dos custos de reparo (excluindo comunicações). As áreas dos gráficos de pizza foram dimensionadas de acordo com a despesa média anual com reparos nos dois diferentes instrumentos
mos ver que o circuito de óleo é responsável por mais de 60% dos custos de reparo associados ao analisador B, em comparação com apenas 15% no analisador A. O detector do analisador B é robusto e teve um número comparativamente pequeno de problemas,
resultando em apenas 5% dos custos totais de reparo. Em comparação, o detector do analisador A é responsável por 41% do custo médio anual de reparo; esse valor aparentemente alto é, na verdade, decorrente de um pequeno número de reparos caros. Em con-
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TRANSFORMADORES
Fig. 3 – Distribuição de custos ao longo do tempo para o analisador A
traste, os 61% do custo médio anual de reparo para problemas com o circuito de óleo do analisador B são causados por muitas intervenções de custo relativamente baixo. Consequentemente, não é apenas o custo dos reparos que é importante considerar, mas também o número de vezes que a intervenção é necessária. Com base nos dados disponíveis, o analisador B requer três vezes mais atividades de reparo do que o analisador A. Com base nessa análise, os seguintes parâmetros foram calculados para as duas populações de analisadores: • Custo médio de reparo de hardware por analisador por ano; • Número médio de horas de trabalho gastas em um analisador por ano; e • Número médio de problemas que requerem intervenção no local, por analisador por ano. Modelo Aqui se descrevem os principais parâmetros que alimentam o modelo e se explica a funcionalidade principal. A figura 3 mostra como alguns desses custos são distribuídos ao longo do tempo. Esse exemplo representa um analisador baseado em cromatógrafo de gás que requer a substituição de consumíveis de calibração e de gases de arraste a cada quatro anos. Portanto, esses custos são necessários no ano 1 (quando o instrumento é instalado) e, subsequentemente, nos anos 5, 9, 13, etc. Os custos 30
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
Fig. 4 – Acúmulo de custos ao longo do tempo para o analisador A, normalizado para o custo de instalação inicial, destacando os custos de reparos e de consumíveis
médios anuais de manutenção e reparo foram calculados com base nos dados de desempenho (veja adiante) e aplicados a cada ano. Os custos dos reparos realizados sob garantia foram incluídos nesses valores médios anuais de manutenção e reparo, uma vez que os proprietários de analisadores individuais podem negociar garantias estendidas com os fornecedores; tais sutilezas podem ser modeladas, mas requerem conhecimento detalhado do histórico de reparos. Esses custos se acumulam ao longo da vida útil do analisador (figura 4). A cada ano, a manutenção anual e o custo médio de reparo anual calculado são adicionados. No caso do analisador A, que requer a substituição periódica da garrafa de gás, este custo é adicionado a cada quatro anos. Dentro do modelo, o instrumento é substituído em um intervalo prede-
terminado com base na vida esperada: para o analisador A, com base na vida esperada pelo fabricante (15 anos); e para o analisador B, na experiência de campo da população instalada na empresa de transmissão europeia e no feedback de clientes dos EUA (10 anos). A figura 5 mostra o impacto no VPL acumulado da substituição do analisador A após 15 anos. Devido à diferença na expectativa de vida dos dois instrumentos, o custo total de propriedade é calculado ao longo de um período prolongado de vários ciclos de vida; em todos os resultados apresentados aqui, esse período foi de 30 anos.
Resultados e discussão Com base nos dados de custo de reparo, número de intervenções de reparo necessárias, custos de consumíveis (se necessários) e vida útil esperada dos dois analisadores, o analisador A apresentou o menor custo de ciclo de vida, apesar de seu maior custo de capital inicial e da necessidade de consumíveis periódicos . A figura 6 mostra que, ignorando o tempo de viagem de um engenheiro especializado para atender e reparar um analisador com defeito, o analisador A oferece uma economia de aproximadamente 16% em comparação com o analisador B. Esta é uma ecoFig. 5 – Acúmulo de custos ao longo do tempo para o analisador A, normalizado para o custo de instalação nomia potencial significativa, inicial, destacando a substituição periódica do analisador e que ainda aumenta com o
TRANSFORMADORES
Fig. 6 – Economia de custo do ciclo de vida do analisador baseado em cromatografia em comparação com o instrumento de infravermelho, em função do tempo de viagem de profissional especializado para realizar reparos
tempo de viagem: até 19%, quando esse tempo passa de quatro horas. O que não se considera aqui são os custos internos do proprietário do analisador relativos ao tempo em que sua própria equipe tem de estar disponível no local durante o reparo. Alguns locais são operados localmente, o que minimiza esse custo, mas em locais operados remotamente e que exigem viagens de equipes, há custos adicionais não capturados pelo modelo. Dessa forma, as economias aqui mostradas são valores mínimos, pois subestimam os custos internos do proprietário do analisador. Estes podem ser incorporados a estudos específicos para cada cliente. A natureza simples do modelo permite que a sensibilidade de saída de vá-
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EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
Fig. 7 – Análise de sensibilidade do efeito da vida do analisador B, em que o analisador representa o CCV mais baixo
rios parâmetros seja explorada. A figura 7 mostra os resultados considerando a expectativa de vida do analisador B como variável. O eixo x denota a vida presumida do analisador B (a partir dos 10 anos usados nos exemplos acima). O eixo y mostra a diferença no custo do ciclo de vida em relação ao analisador A, com base em uma vida de 15 anos deste. Consequentemente, valores positivos de y indicam que o analisador B é mais caro do que o analisador A durante o período usado no modelo; valores de y negativos indicam que o analisador B tem o menor custo de ciclo de vida. À medida que a vida útil presumida do analisador B aumenta, a economia de custo proporcionada pelo analisador A diminui. Quando a vida presumida do
analisador B é de 14 anos, o analisador A ainda representa uma economia de custo de 7% ao longo do ciclo de vida. No entanto, quando a vida útil do analisador B é estendida para 15 anos ou mais, ele se torna o de custo total de propriedade mais barato. A descontinuidade da plotagem entre 14 e 15 anos é causada por uma mudança no número de ciclos de vida ocorridos no período de 30 anos da análise; dois para o analisador A (vida fixa de 15 anos, neste exemplo) e três, caindo para dois, para o analisador B, com vidas úteis de 14 e 15 anos, respectivamente. Tal análise permite que a sensibilidade das descobertas seja facilmente testada. Com base na experiência operacional do mundo real, a vida útil do analisador B foi relatada por vá-
rias grandes empresas de eletricidade na Europa e nos EUA como sendo de cerca de 10 anos. Consequentemente, parece altamente improvável que outras atinjam para o analisador B a vida útil de 15 anos necessária para torná-lo o de menor custo total de propriedade. O cenário pode ser revertido fixando-se a vida útil do analisador B em 10 anos e fazendo a variável ser a vida útil do analisador A. Nesse caso, a questão é quão curta deve ser a vida útil do analisador A para que o analisador B ofereça o menor custo de ciclo de vida. O estudo de sensibilidade conclui que, para isso, a vida útil do analisador A deve ser inferior a 12 anos. No caso do analisador B, as unidades estavam em serviço havia 10 anos quando da elaboração desta análise. Em contraste, embora a vida útil esperada do analisador A seja de 15 anos, as unidades em serviço por mais tempo estavam operando havia nove anos. Portanto, há alguma incerteza sobre a vida útil real.
No entanto, os cálculos anteriores mostram que a vida útil do analisador A teria de ser 20% menor do que a vida esperada pelo fabricante, para o analisador B se tornar o de menor custo de ciclo de vida. Conclusões Um modelo de custo de ciclo de vida simples foi criado para permitir o cálculo do custo total de propriedade de analisadores online de gases dissolvidos. Os resultados mostram que o analisador de custo de capital mais barato não tem necessariamente o menor custo de ciclo de vida, mesmo quando o analisador de custo de aquisição mais alto requer consumíveis periódicos (por exemplo, gases para o cromatógrafo). Este trabalho mostra que os custos contínuos de operação e manutenção têm impacto significativo no custo total de propriedade, em particular o número de chamadas necessárias para realização de reparos.
É importante ressaltar que este estudo não significa que todos os analisadores baseados em infravermelho têm custo de ciclo de vida mais alto do que todos os analisadores baseados em cromatografia. Cada analisador deve ser avaliado por seus próprios méritos, levando em consideração o custo de capital, a confiabilidade e os custos de reparo e quaisquer consumíveis necessários. Referências [1] Cigre Technical Brochure 630, 2015: Guide on Transformer Intelligent Condition Monitoring (TICM) systems. Cigré, Paris. [2] T. Auronen, 2018: Things to consider when specifying an online AGD monitoring device. Anais da EURO TechCon 2018. [3] L. Le, H. Wei, M. Xue, G. Jiang, Y. Li, 2010: Investment decision-making of power distribution transformers: transformation based on life cycle cost theory. Anais da 2010 China International Conference on Electricity Distribution. [4] C.A. Charalambous, A. Milidonis, A. Lazari, A.I. Nikolaidis, 2013: Loss Evaluation and Total Ownership Cost of Power Transformers—Part I: A Comprehensive Method. “IEEE Trans. Power Del.”, Vol. 28, 1872-1880. [5] T. Knutson, 2015: Conducting Distribution Transformer Evaluations Using the Total Ownership Cost Method. Anais da 2015 IEEE Rural Electric Power Conference. [6] S.J. Sutton, 2011: A life cycle analysis study of competing MV cable materials. Anais da Cired Conference, paper 203.
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GUIA – 2
Empresas de engenharia, instalações e serviços técnicos especializados
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Engecrim
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MEI Instalação Monteiro Engenharia 3A-Enge
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Città Ilumina
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Doto Engenharia
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Engentécnica
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ESO Engenharia
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Gênesis Engenharia BA Herley
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Kelvin Engenharia
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Empresa
Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto E Especificação Execução/Instalação Inspeção E Certificação Comissionamento (3) reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração Térmica (6) Energia Auxiliar (7) Sistemas Eólicos (8) Sistemas Fotovoltaicos (9) Linhas De Transmissão
Serviços Oferecidos
Pública
Da Redação de EM
Segurança do trabalho (20)
O Guia cobre serviços nas áreas de geração, linhas de transmissão, subestações, distribuição, eletrificação rural, instalações de utilização, proteção contra raios, eficientização energética, iluminação, etc. As empresas estão agrupadas segundo suas Unidades da Federação (UF) — as de São Paulo se dividem em “São Paulo-Interior” (SP-I) e “Grande São Paulo” (SP-G). Telefones e e-mails estão em uma lista a partir da pág. 45.
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Fivestars
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Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto E Especificação Execução/Instalação Inspeção E Certificação Comissionamento (3) reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração Térmica (6) Energia Auxiliar (7) Sistemas Eólicos (8) Sistemas Fotovoltaicos (9) Linhas De Transmissão
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As Soft-Starters WEG são a opção com melhor custo-benefício para aplicações que necessitem de partida suave, oferecendo total proteção para o motor e redução acentuada de esforços e choques mecânicos sobre o sistema de transmissão de movimento. As soft-starters também atenuam os impactos sobre a rede elétrica com expressiva redução da corrente na partida do motor, dispensando sobredimensionamento da instalação. Fabricadas no Brasil, as Soft-Starters WEG dividem-se em 4 linhas com opções para acionamento de inúmeros tipos de carga e potências, assim como uma ampla gama de recursos sobre tipos de controle de partida/parada, proteções para o motor, redes de comunicação industriais, entre outros, atendendo assim as mais variadas aplicações.
Transformando energia em soluções. www.weg.net
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SP-I
MI Omega
SP-I
Moreproj
SP-I
Mproj Engenharia
SP-I
Nadai Instalações
SP-I
Oliveira e Santiago
SP-I
Paiol
SP-I
Palmira Eletricidade SP-I Polis
SP-I
Prime Traffos
SP-I
Radan
SP-I
Renovagy
SP-I
Rio-Tech
SP-I
RS Engenharia
SP-I
RSE
SP-I
Sempi
SP-I
Solarit
SP-I
Solstício Energia
SP-I
Telel
SP-I
Terwan
SP-I
Varixx
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predial (21)
Automação
De Sistemas Elétricos
Anti-Intrusão (19)
Anti-Incêndio (18)
Segurança
Iluminação (17)
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Mt
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At
Iluminação
Pública
UF
Áreas De Atuação Instalações Elétricas
Subestações
Redes De Distribuição Eletrificação Rural Industriais Ex (10) De Hospitais cpds (11) Prediais (12) prumada coletiva (13) Spda (14) Eficientização (15) Qualidade Da Energia
Empresa
Consultoria, Estudos (1) Gerenciamento (2) Projeto E Especificação Execução/Instalação Inspeção E Certificação Comissionamento (3) reforma (4) Manutenção Hidrelétricas (5) Geração Térmica (6) Energia Auxiliar (7) Sistemas Eólicos (8) Sistemas Fotovoltaicos (9) Linhas De Transmissão
Serviços Oferecidos
Segurança do trabalho (20)
GUIA – 2
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Nota: (1) Consultoria, estudos e diagnósticos;(2) Gerenciamento de projetos e/ou da execução; (3) Comissionamento e partida (start-up); (4) Reforma e modernização de instalações;(5) Incluindo as pequenas, mini e microcentrais hidrelétricas; (6) Centrais térmicas a vapor, a gás, ciclo combinado, cogeração (incluindo biomassa e biogás); (7) Tipicamente, geração diesel para suprimento de segurança, reserva ou em horários de ponta; (8) Geradores eólicos, incluindo os instalados em indústrias, propriedades rurais e edificações; (9) Geradores fotovoltaicos, incluindo os instalados em edificações industriais, comerciais, residenciais, rurais e outras; (10) Instalações elétricas em atmosferas explosivas; (11) Também conhecidos como “data centers”; (12) Instalações elétricas de edificações em geral — comerciais, de escritórios, residenciais, etc.; (13) Prumadas utilizando barramentos blindados, conectando todos os consumidores de uma edificação; (14) Proteção contra raios, aterramento, proteção contra surtos, detecção de descargas atmosféricas; (15) Eficiência energética: diagnóstico energético, análise das faturas de energia elétrica, projetos de otimização energética e de economia de energia, gerenciamento e controle de energia, correção do fator de potência — tipicamente, área de atuação das chamadas “Escos”; (16) Para indústrias, edificações, lojas, etc.; (17) Iluminação de segurança ou de emergência.; (18) Instalações de detecção e alarme de incêndio.; (19) Controle de acesso, alarmes, CFTV, etc.; (20) Segurança do trabalho em eletricidade (NR-10).; (21) Para edificações comerciais e residenciais (edifício e casa inteligentes). Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 3.693 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, setembro/outubro de 2021. Este e outros guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
Listagem de telefones e e-mails das empresas participantes Empresa – telefone e-mail AC (68) 99942-8821
Precisão Energia –
precisaoeletricidade@hotmail.com AL E3fix –
(82) 98200-6522
e3fix.engenharia@gmail.com AM (92) 99989-9169
Alima Engenharia –
amarildolima@hotmail.com Elétrica Nunes –
(92) 99341-8153
jn_farias@hotmail.com Engecrim –
(92) 98115-9748
engecrim@engecrim.com.br MEI Instalação – (92) 2126-4713 meimanaus@mei.eng.br Monteiro Engenharia –
(92) 99318-9355
daniel_msl@hotmail.com BA 3A-Enge – (73) 99981-5408 andersson@3aenge.com.br Amar Engenharia – (71) 98805-8137 andremargalho.eng@gmail.com Città Ilumina – (71) 99111-6228 eduardoborges@cittailumina.com.br
Empresa – telefone e-mail
Empresa – telefone e-mail
Empresa – telefone e-mail
Constec – (77) 99976-4926 constec.smv@gmail.com Dezd – (71) 99247-4275 comercial@dezd.eng.br Doto Engenharia – (71) 98883-7437
RTEP – (71) 98718-5671 rtadeu@rtengenharia.com.br SER Saneamento – (73) 99931-8170 comercial@ser1.com.br Sollartec – (71) 99160-1630
CAO – (61) 99951-5556 caoenergia@caoenergia.com.br ECO – (61) 98628-8599 ecodf@ecodf.com.br Emibm – (61) 99833-1881
contato@dotoengenharia.com.br Elektreng – (71) 99121-1609 francisco.oliveira@elektreng.com.br Engentécnica – (73) 99996-5689
contato@sollartec.com.br CE AMP – (85) 3221-5169 contato@amp.eng.br
engentecnica@yahoo.com.br ESO Engenharia – (73) 98827-1617 esoengenharia@yahoo.com.br Gênesis Engenharia – (74) 3645-3859 genesisengenharias@hotmail.com Herley – (71) 99377-3440
Essen – (88) 99965-1450 linoaa@gmail.com Grid Power Solutions – (85) 99853-2291 contato@gpsengenharia.com MIP Engenharia – (85) 3253-6810
gerencia@emibm.com.br MEP – (61) 3256-5996 contato@mep.eng,br Minas Projetos – (61) 3395-6270 minasprojetos@minasprojetos.eng.br
herley.engenharia@hotmail.com Kelvin Engenharia – (71) 99981-1576 kelvinengenharia@uol.com.br Maprotec – (71) 3362-6864 faleconosco@maprotec.com.br Painitec – (71) 99247-4275 comercial@painitec.com.br Quality – (71) 3341-1414 quality@qualityltda.com.br
marciliobezerra@gmail.com P&C Energia – (85) 9951-1926 projetoconsultoria10@gmail.com Selg – (85) 98744-4013 rochele@selg.com.br Siliom – (85) 3110-1743 contato@siliomenergia.com.br DF Acmm Engenharia – (61) 98160-9091 contato@acmmengenharia.com.br
Smartly – (61) 98330-0012 contato@smartly.com.br GO Enertec – (62) 98480-3142 engenharia@enertecgyn.com.br GR Industrial – (64) 3018-4040 contato@grindustrial.com.br Volga – (62) 3089-3559 comercial@volga.com.br MA 3CA Energia – (98) 98590-4664 contato@3ca.com.br EM Engenharia – (98) 98915-5111 emanoel.almeida@emengenharia.net.br
GUIA – 2 Empresa – telefone e-mail Luz Engserv –
(99) 99977-9192
Proconsult –
(31) 99854-4156
comercial@proconsultconsultoria.com.br
eng.luz@uol.com.br
Projetec –
MG (31) 99186-0822
Algiztech –
Empresa – telefone e-mail
(35) 99984-9544
projetec@projetec.eng,br (34) 3336-5910
info@algiztech.com.br
Projin –
Automaton – (31) 3244-6220
projin@projinprojetos.com.br
comercial@automaton.com.br (34) 99909-5055
Castroviejo –
eduardo@castroviejoengenharia.com.br (31) 9631-9910
CBE –
cbe@cbeengenharia.com.br (32) 99905-4009
Clarear –
clareareng@hotmail.com (31) 99122-0682
CML Energy –
contato@cmlenergy.com.br (31) 99685-1040
Conshab –
conshabconstrutora@gmail.com CVA Control – (35) 3471-1284 celani@cva.ind.br (31) 98840-7009
DM Controles –
comercial@dmcontroles.com.br (31) 99972-0266
Econowatt –
econowatt@terra.com.br Eima –
(37) 3237-6355
ouvidoria01pm@eima.com.br Elbi – (31) 3596-0025 (31) 99775-6140
Eletrogen –
contato@eletrogenengenharia.com.br Eletromecan –
(31) 99222-2299
vendas@eletromecan.com.br (31) 99171-5410
Encad –
fulvio@encadprojetos.com.br Engeparc –
(31) 99971-7110
engeparc@engeparc.com.br Engproje –
(34) 99147-4245
comercial@engproje.com.br Faver Automação –
(31) 99959-9405
faverauto@outlook.com Fivestars –
(31) 98417-3615
contato@fivestars.eng.br FSS Engenharia –
(35) 9956-7142
contato@fssprojetos.com.br G2M –
(37) 99928-6000
comercial@g2mprojetos.com.br Grupo Cei – (31) 3389-6500 adelson@grupocei.com.br Lunes Eletrotécnica –
(32) 3218-9310
atendimento@lunes.eng.br Maqsystem –
(33) 99902-6799
carloantonio@hotmail.com NBI –
(31) 99981-4390
nbi@nbirep.com.br Pátria Engenharia –
(31) 98484-9440
tamietti@patriaprojetos.com.br
46
SM&A –
(31) 99838-9275
contato@sma-eng.com.br (31) 99165-1505
Suporte Projetos –
suporte@suporteprojetos.com.br Ultra Energia –
(31) 98625-3659
ultra@ultra.eng.br WST –
(37) 99102-9740
wst.engenharia@gmail.com MT (65) 99982-2995
Apolus Engenharia – apolus@terra.com.br Ecoproj –
(66) 99669-6050
helio@ecoproijengenharia.com.br Emelsu –
(65) 98416-0360
engenharia@emelsul.com.br Global –
(66) 99979-5999
globalconstrutoraro@terra.com.br PA Consílio –
elbi@elbieletrica.com.br
(35) 99825-7922
Salviano Eletricista –
contato@salvianoeletricista.com.br
JMG –
(91) 98109-3072 (91) 98116-8996
contato@jmgservicos.com.br Méson –
(91) 98438-1049
mesonsolar@mesonsolar.com.br (93) 99160-0177
Park Engenharia –
park.eng.energia@gmail.com PB (83) 98772-0035
Marca Serviços –
vendas@marcaengenharia.com.br PE Eniil – (81) 3428-4040 eniil@eniil.com.br Proscel Engenharia –
(81) 99954-6381
proscelengenhria@yahoo.com.br (81) 98421-6067
Santana Engenharia –
comercial@santanapaineis.com.br (81) 98917-8135
Tramo Engenharia –
contato@tramoengenharia.com.br WT Engenharia –
(81) 99125-4438
contato@wtengenharia.com.br PR 8.2 Especialistas em Energias Renováveis (41) 99579-1139 – contato@8p2.com.br AS Engenharia –
(42) 98811-0690
alexsebaje@crea.pr.org.br Aspen –
(43) 99938-9772
aspen@sercomtel.com.br Ccpg –
(42) 3226-8592
info@ccpg.eng.br
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
Empresa – telefone e-mail Clintec – (41) 99763-8852 pedro.mattana@clintec.com.br Comtrafo – (43) 3520-3891 vendas@comtrafo.com.br DMA – (41) 3528-5677 comercial@dmasistemas.com Eletromatik – (45) 99135-0207 eletromatik@eletromatik.com.br Felix Engenharia – (44) 99887-8903 contato@felixengenharia.com.br Forza – (41) 99891-7236 comercial01@forza-ind.com.br Gradiente – (41) 99969-5672 gradiente@gradienteeng.com.br Instalo Engenharia – (41) 99865-0100 instalo@instalo.com.br Master Solar – (45) 99801-3705 mastersolar@mastersolar.com.br OMS Engenharia – (41) 99646-4265 henrique@omsengenharia.com.br Patoeste – (42) 3621-3366 roberto@patoeste.com.br Pontech – (43) 99150-9875 contato@pontech.eng.br Procelt – (43) 99191-2577 procelt@procelt.com.br PWM Automação – (41) 98702-2045 comercial@pwmautomacao.com Roque Correia – (41) 99976-6086 roque_correia@roquecorreia.com.br Serdia – (41) 99914-6769 comercial.serdia@serdia.com.br Solfus – (41) 98405-1530 comercial@solfus.com.br Summit – (43) 99914-3283 diretoria@summitconsult.net.br Telmar – (43) 99936-0089 marcelo@grupotecmar.com.br RJ Conelt – (21) 99984-1388 jcsguedes61@gmail.com Etelbra – (21) 97950-4334 Hineltec – (21) 97532-7569 engenharia@hineltec.com.br JCM Lopes – (21) 99353-0786 jcmlopes@uol.com.br Letech – (21) 98709-1116 contato@letech.com.br LR Engenharia – (22) 99971-6919 air@lrengenharia.com M2 – (24) 99256-5355 m2engenharia@m2engenharia.com.br Masalupri – (21) 97530-6222 masalupri@masalupri.com.br RB Soluções – (21) 2674-3968 vendas@rbprint.com.br Rcatec – (21) 4119-0262 comercial@rcatecengenharia.com.br
Empresa – telefone e-mail Tecno Ready Solar –
(21) 99859-3704
suporte@tecnoready.com.br Traume Solutions –
(22) 99858-4955
i.comercial@traumesolutions.com.br V V Telecom –
(22) 99751-5656
contato@vvtelecom.com.br RN Conectrom –
(84) 99654-6768
juliete@conectrom.com.br Ecomec –
(84) 99602-8629
lucasmedeiros@ecomec.ind.br WM Construções – (84) 3207-8899 wp@wmconstrucoesemontagens.com.br RS Aldeia Solar –
(51) 99849-0223
contato@aldeiasolar.com.br B3E Engenharia –
(54) 99635-3521
bsantana@b3e.com.br Carlos Hirdes –
(51) 99987-4309
cfhirdes@gmail.com Crizel –
(53) 99972-8548
crizel@crizel.com.br DF Lara –
(51) 99968-0330
dflara@dflara.com Diferencial Soluções (51) 98118-2663 diferencialplus@gmail.com Drive Engenharia –
(51) 99913-1464
contato@driveengenharia.com.br Eficaz –
(51) 3342-5650
eficaz@eficaz.eng.br Elithe –
(55) 99992-7387
elithe.energiasolar@gmail.com Energizar –
(51) 98444-1222
energizar@energizar.com.br Holler –
(51) 99988-7594
hollereletro@uol.com.br Ideal Home –
(51) 99451-2220
atendimento@idealhome.com.br Leeg –
(51) 99233-1448
eduardo.v.guerrero@gmail.com Keller –
(51) 99334-3711
contato@kellerengenharia.com.br Movva –
(54) 99638-0907
contato@movvaengenharia.com.br Potencial – (51) 3222-6459 potencial@engpotencial.com.br Projeluz –
(55) 99979-7347
projeluz@hotmail.com Rio Grandense Instaladora (51) 99224-3266 riograndenseinstaladora@gmail.com RKJ Engenharia –
(51) 99999-2455
rkj@rkjengenharia.com.br
GUIA – 2 Empresa – telefone e-mail Serro Engenharia – (55) 3222-9930 sserroeng@terra.com.br (51) 99993-6977
Siclo Consultoria – siclo@siclo.com.br
(51) 98171-7878
SPM –
marcos.schneider@spm.com.br (51) 99998-9364
Sul Engenharia –
marchetti@sulenge.com.br (53) 99978-1942
Tcwatt –
claudiotcwatt@gmail.com (51) 99984-2587
Transiente –
Empresa – telefone e-mail Amatti –
(11) 99501-6687
Empresa – telefone e-mail Enarq –
(11) 99612-9145
leandro@amatti.com.br
enarq.eng@uol.com.br
Aresta –
Engeind –
(11) 99720-6890
(11) 99990-5480
projetos@aresta.eng.br
engeind@uol.com.br
Areté Engenharia –
Engelc –
(11) 95064-0676
(11) 94205-8200
engelc@engelc.com.br
Ask Energy –
Engelca –
(11) 99129-1586
(11) 99987-8417
genival@engelca.com.br Engenharia de Projetos –
contato@ativer.com.br
contato@engenhariadeprojetos.com.br
Automatus –
Eapec – (11) 3253-3450
transiente@transiente.com.br
sac@automatus.com.br
eapec@eapec.com.br
Voltec – (51) 3545-3432
Baur do Brasil –
Engtorres –
luis@voltecrs.com.br
atendimento@baurdobrasil.com.br Canalli –
SC (47) 98845-6325
AVS –
avsengenharia@avs.eng.br (49) 98808-9321
Ferri Eletrotécnica –
ferri.eletrotecnica@gmail.com (47) 99117-7953
DMA –
dma.bnu@gmail.com (47) 98403-7830
Innovar –
elombardi12@gmail.com Kraft – (47) 3351-2399 kraft@kraftnet.com.br (47) 99113-3352
P3 Engenharia –
p3engenharia.com.br Profissional Engenharia (49) 98437-8806 profissional@pengenharia.com.br Rier –
(47) 98808-1537
comercial@rier.com.br Sol Central – (49) 3241-4500 energia@solcentral.com.br (49) 98818-4821
Solar –
solar@concordia.psi.br (47) 99936-0570
Souza Mattos –
contato@souzamattos.eng.br Tecnoeletro –
(48) 3525–0441
comercial03@tecnoeletro.com Ouroluz –
(49) 99803-7414
adm@ouroluz.com.br (48) 99604-4346
Steckert –
projeto@stengenharia.com SE (79) 99939-5107
Arte Engenharia –
contato@arteengenharia.com.br SP-G 4B Projetos –
(11) 99133-0775
4bprojetos@uol.com.br ABB Eletrificação –
(11) 3688-9111
abb.atende@br.abb.com Afrontt –
(11) 93931-0027
afrontt@afrontt.com Ages –
(11) 99636-7146
contato@agesconsultoria.com.br
48
(11) 94503-1718
(11) 95088-6709
(11) 95895-3293
(11) 98345-9690 (11) 99289-6373
projetos@canalliengenharia.com.br
esprel@uol.com.br
Carlos Lara
Exclusiva Engenharia –
(11) 94563-0331
exclusiva@exclusivaengenharia.com.br
(11) 99192-4007 carlos@carloslara.com.br
FAW7 –
CNP Manutenção –
faw7@faw7.com.br
(11) 94772-3375
(11) 96652-0403
cnp-br@cnp-br.com.br
Figueiredo & Matos –
Coli Engenharia – (11) 2063-2323
fm.consultoria.ltda@terra.com.br
coli@coli.com.br
Galmon –
Conceito Engenharia –
(11) 97432-4928
(11) 97661-3470
(11) 99995-7920
galmon@uol.com.br
atendimento@ceest.com.br
Geproin –
Conservenergia –
contato@geproin.com.br
(11) 99945-3718
dulio.lopes@conservenergia.com.br
Godoy –
Contratto –
Polux Tecnologia –
(11) 97619-2235
Presseluz –
(11) 99885-2449
Prjn Engenharia –
(11) 99342-7241
comercial@prjnengenharia.com.br (11) 99989-8242
Revimaq –
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Dbtec –
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Eletrocamp – (19) 3256-6870
paulofreire@paiolengenharia.com.br Palmira Eletricidade –
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m2f@sistemaseletricos.com.br
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GESTÃO DE ATIVOS
Melhoria operacional de usinas de fontes renováveis
Lucas Pavan Fritoli e Daniel Carrijo Polonio Araujo, da Treetech Brasil; Afonso César Tavares e Flavio Martins Ribeiro, da CPFL Renováveis Brasil
A
CPFL Renováveis, geradora de energia a partir de fontes renováveis no Brasil, vem otimizando os processos de operação e manutenção (O&M) das unidades geradoras e de todo seu parque elétrico. O portfólio de geração renovável da empresa compreende
2,1 GW espalhados em 93 sites, incluindo parques eólicos, PCHs, usinas de biomassa e solares. Como as diversas fontes exigem soluções diferentes e sinergia para a operação eficiente e produção de resultados esperados, a empresa criou o Centro de Monitoramento de AtiCPFL Renováveis
A fim de aprimorar o gerenciamento dos ativos, a CPFL Renováveis investiu na criação de um centro de monitoramento, que fornece, em tempo real, informações sobre a operação dos equipamentos, com diagnósticos e prognósticos, permitindo acompanhamento e intervenção dentro de um planejamento estratégico. A instalação visa monitorar o portfólio de geração renovável da companhia, que conta com 2,1 GW em 93 localidades. vos (CMA). O local conta com IEDs, PLCs, sensores, medições on-line, monitoramento e supervisórios, em tempo real, que fornecem informações à engenharia e demais áreas interessadas sobre a condição operativa dos ativos, com diagnósticos e prognósticos, permitindo acompanhamento e intervenção dentro de um planejamento estratégico da gestão dos ativos [2]. Este artigo apresenta de forma detalhada a implantação dos sistemas dedicados e integrados, com apoio de especialistas e engenheiros, aliados ao sistema de gestão da manutenção, para criação do Centro de Monitoramento de Ativos. O desafio e a prática da gestão de ativos Ao longo dos últimos anos, a CPFL Renováveis expandiu o parque de geração do grupo com diversas aquisições, aumentando consideravelmente a área de atuação (veja figura 1), bem como a diversidade de arquiteturas, projetos e máquinas a serem geridas pela equipe técnica da empresa. As diferentes fontes renováveis de energia exigem tecnologias específicas e distintas, com graus comple-
50
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
Fig. 1 – Operação da CPFL Renováveis no Brasil
Fig. 2 – Centro de Operação em Jundiaí, SP
Fig. 3 – Tela inicial do software de monitoramento de transformadores Fig. 4 – Tela de análise de vibração de hidrogerador
xos de especialização. Além disso, considerando a distribuição dos sites por todo o território nacional, a gestão integrada de operação e manutenção torna-se base para eficiência e confiabilidade da empresa [3]. Em função desse cenário, a CPFL Renováveis buscou se adequar a requisitos de normas de gestão de ativos, ISO 55.001 [4] e PAS 55, a fim
de ter em suas políticas e processos os conceitos de gerenciamento de risco, priorização de investimento e depuração de resultados, para melhor embasar a tomada de decisões. A diretriz base foi definida, iniciando com a concentração de um corpo técnico de especialistas na sede, em
Jundiaí, SP. A equipe indicou as máquinas (ativos físicos) prioritárias ou de maior risco e, munida de tecnologias para acompanhamento on-line remoto, passou a determinar novas políticas de manutenção e operação. Na prática, foram reunidas, de forma integrada, as características técnicas dos
SETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
51
GESTÃO DE ATIVOS principais ativos da empresa para operá-los e mantê-los da forma mais otimizada e rentável possível. Dentre as primeiras ferramentas utilizadas, destacam-se: 1) Sistema Scada para controle das usinas e medição das grandezas elétrica no Centro de Operação (figura 2). 2) Sistema de monitoramento online dos transformadores de potência para definição em tempo real de riscos, já contemplando os elementos apontados como críticos Fig. 5 – Arquitetura de monitoramento on-line para transformadores de potência nas máquinas [5]. A figura 3 mostra a tela inicial de avaliação dos transformadores considerar que muitos sites têm apenas contemplados. um transformador para todo o parque 3) Sistema de vibração das máquinas gerador. rotativas para mitigação das falhas De forma a aumentar a confiabilimecânicas (figura 4). dade e tornar mais eficiente a manutenção dos transformadores, a tecnoCMA – Inovação e resultados logia escolhida foi uma plataforma de A gestão dos ativos de forma otimi- monitoração online única [6], capaz zada, baseadas em análises de riscos de oferecer diagnóstico e prognóstico em tempo real, exigiu inovação e uso contínuos, além de apresentar as tendências e direcionar as ações. As figude tecnologia de ponta. Dentre os diversos ativos elétricos ras 5 a 7 mostram a arquitetura e telas da CPFL Renováveis, o transforma- do software implementado. Um dos diferenciais foi adotar a dor de potência é um dos principais. Além de ser responsável pela conexão solução em nuvem (cloud computing), dos sites de geração com as redes de mais barata e acessível, de rápida imtransmissão, são máquinas caras, não plantação e abrangência para todos os substituíveis em curtos prazos e que, tipos de parques de geração existentes. Aproveitando-se dessa concepção ao falharem, não podem sofrer bypass. A criticidade é alta, ainda mais ao se tecnológica e, para tirar o maior pro-
Fig. 6 – Medições online de todos os sensores
52
EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
veito das ferramentas empregadas e do grupo de especialistas reunidos, a CPFL Renováveis criou então o CMA - Centro de Monitoramento de Ativos. A sala tem área de 105 m², equipada com computadores, telão, monitores TV de 42”, link com redundância de internet e mobiliário ergonômico. A instalação tecnológica opera online 24h por dia, é capaz de informar constantemente o estado dos principais ativos da companhia e atualizar os principais riscos operativos, subsidiando com dados e avaliações consistentes as decisões gerenciais, técnicas e operacionais. Todos os índices apurados, aliados à expertise da equipe de engenharia, fornecem à empresa relatórios técnicos e gerenciais apropriados à condução da política de gestão de ativos. A figura 8 apresenta algumas informações que fazem parte dos relatórios. O trabalho técnico integrado à gestão de ativos já garantiu em um ano: 1) Maior controle do desempenho dos transformadores de potência em operação, com economia de recursos humanos para acompanhamento constante e de recursos financeiros em deslocamentos e processos off-line. 2) Redução dos riscos operacionais e de falhas críticas, possibilitando ante-
Conclusão e estudos futuros O CMA e o novo processo decisório são a aplicação prática de uma filosofia baseada na gestão de ativos, integrando um novo conceito de administração de uma emFig. 7 – Gráficos de monitoramento e alarmes gerados presa de energia. Entre os próximos passos, estão: • ampliação da cobertura do sistema Scada; • aplicação do monitoramento online para mais transformadores, considerando, além dos parques eólicos, as PCHs e usinas de biomassa; • difusão do monitoramento para os demais ativos elétricos das usinas; e • integração dos dados em sistemas de business intelligence, buscando automatização da medição de riscos e estatísticas para tomada de decisão. Já com resultados reais satisfatórios, o CMA e a política de gestão da CPFL RenoFig. 8 – Exemplo de informações presentes no relatório de váveis visam aumentar desempenho dos transformadores de potência a cobertura dos sistemas ver problemas com potencial catastrópara os demais ativos fico e aumentando a confiabilidade e críticos das usinas geradoras e aplicar disponibilidade das subestações. novas técnicas de mineração de dados 3) Adoção de novas políticas técnicas e estatística para maximizar índices e de O&M, incluindo revisão de ajustes a eficiência da empresa. de relés de comando e controle, alteração nos planos de manutenção a partir Referências de alarmes automáticos e inclusão de [1] Frontin, S.O.: Equipamentos de alta tensão, prospecção e hierarquização de inovações tecnológicas. Brasília, 2013. novas análises na confecção da matriz [2] ICA: Gestão de ativos: Guia para aplicação da norma ABNT de risco. NBR ISO 55001. International Cooper Association. Latin America. Cooper Alliance, página 16, 2015. 4) Renegociação e redução do prêmio Moubray, J.: Reliability-centered maintenance, 2 ed. New de seguros (em aproximadamente 10% [3] York: Industrial Press Inc. 1997. no valor total), em função de tecnolo- [4] Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR ISO 55000:2014, Gestão de Ativos - Visão geral, princípios e gia e processos que garantem maior terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. ABNT NBR ISO 55001:2014, Gestão de Ativos: Sistemas de gestão – segurança operacional. Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2014. ABNT NBR ISO 5) Nova política de investimentos es55002:2014, Gestão de Ativos - Sistemas de gestão Diretrizes para a aplicação da ABNT NBR ISO 55001. tratégicos pautada nos índices de saúTransformer reliability survey. Paris, Cigré WG de dos ativos estratégicos e no desem- [5] Electra: A2.37, Ref. no. 284, 2016. penho operacional do parque (medido [6] Simões, A. et al: Integração de monitoração online nas rotinas da engenharia de manutenção. XXIV SNPTEE, e comprovado). Curitiba, 2017. SETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
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GUIA – 3
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0,25 a 500
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0,1 a 500
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Vetorial
Com sensor (7) Sensorless (8)
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Tiristor
Faixa de frequências de saída (Hz)
Outro
Faixa de potências (kw)
Inversor
Tiristor
Tecnologia
IGBT
Importador exclusivo / País
Acionamentos CA de velocidade controlada Tipo de conversor
Tipo de motor
CSI (1) VSI (2) PWM (3) Outro Indução sincrono retulância
Empresa – Telefone E-mail
Fabricante
Da Redação de EM
Este guia apresenta a oferta de fabricantes e importadores de acionamentos CA de velocidade controlada, que ajustam a velocidade dos motores elétricos às necessidades dinâmicas da produção, e de soft-starters, as chaves eletrônicas que realizam a partida de motores. O levantamento detalha as principais especificações técnicas desses dispositivos.
Análogico Digital (4) Escalar
Acionamentos de corrente alternada e soft-starters
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Notas: (1) Inversor de corrente. (2) Inversor de tensão. (3) Inversor de tensão controlado por PWM. (4) Indique o no de bits utilizado. (5) Por orientação de campo. (6) Controle direto do torque. (7) Com sensor mecânico. (8) Sem sensor mecânico, isto é, com estimação da velocidade a partir dos sinais de tensão e corrente.Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 73 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, setembro/outubro de 2021. Este e outros guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
Soft-starters Interface serial
Rampa de tensão (RT) Limite de corrente (LC) RT+LC Pulso de tensão- Rampa Parada suave Frenagem por CC Operação só na partida Operação permanemte Controlador de cosf (10) Outras Básico Proprietária Opcional Básico Aberta (fieldbus) Opcional Digital (parâmetros) IHM Analógica (potenciômetro) Interface PC
Relé térmico
Funções
externo
incorporado
Fusível ultrarrápido externo
Fabricante
Faixa potências (kw)
Proteção
Outra Incorporado
Importador exclusivo / País
Empresa – Telefone E-mail
Tiristores - antiparalelo (9)
Tecnologia
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0,75 a 75
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7 a 500
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0,37 a 5.600
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5 a 360
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Motronics – (54) 99932-2515 eduardo.gazzi@motronics.com.br MSA System – (11) 98526-7400 comercial@msacontrol.com.br
Fuji /Japão
Rockweel tshintate@ra.rockwell.com Varixx – (19) 98325-0018 vendas@varixx.com.br
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WEG – (47) 3276-4000 automacao@weg.net
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Notas: (9) Tiristores em antiparalelo por fase. (10) Energy save. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 73 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Eletricidade Moderna, setembro/outubro de 2021. Este e outros guias EM estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/em e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
Altas correntes de fuga causadas por inversores de frequência em acionamentos Günter Grünebast, consultor, Norden (Alemanha)
U
m exemplo extraído da prática: uma indústria opera máquinas-ferramenta e máquinas de embalagem, sendo todas elas galvanicamente interligadas. Em ensaios periódicos, os técnicos constatam correntes de fuga de 50 mA a 150 mA nos quadros de distribuição. Essas correntes de fuga apresentam espectros de frequência de alguns hertz a 100 kHz ou mais. Este artigo analisa algumas medidas possíveis para redução de tais correntes.
Valores-limite de corrente nos condutores de proteção A norma DIN EN 61140 [1], de proteção contra choque elétrico, prescreve valores-limite para as correntes em condutores de proteção em função da corrente nominal de um dado aparelho elétrico. Esta norma se aplica tanto às instalações fixas quanto aos aparelhos, e se destina também às comissões que elaboram normas de produto para tais aparelhos. Entretanto, os valores-limite referem-se a frequências de no máximo 1 kHz, e é acima deste valor que a questão torna-se interessante. Nesta hipó56
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tese, deve-se esperar altas correntes de fuga que, devido à alta frequência de chaveamento (típica de 2 kHz a 20 kHz), contêm harmônicos gerados pelos inversores de frequência. Considere-se inicialmente o limite normalizado de até 1 kHz, já que a norma não trata de frequências mais elevadas. Contudo, valores mais altos não podem ser desprezados, como será visto. Da tabela 4 da referida norma [1] depreende-se que, para aparelhos com correntes nominais de 20 A, a corrente máxima admissível no condutor de proteção é de 10 mA. Para correntes mais altas deve
Em redes industriais, altas correntes de fuga são geralmente atribuídas ao uso extensivo de inversores de frequência. Com o objetivo de evitar ou compensar correntes dessa natureza, há um conjunto de prescrições normativas e de métodos de aplicação prática. O artigo focaliza os limites definidos para os condutores de proteção, e diversos tipos de filtros para melhoria da compatibilidade eletromagnética das instalações. ser utilizado um condutor de proteção reforçado, o que pressupõe que a instalação da máquina seja fixa. A norma ainda prescreve: Para aparelhos de utilização providos de ligação permanente, para os quais esteja previsto um condutor de proteção reforçado, as normas de produto devem def inir a corrente máxima no condutor de proteção, que em nenhuma hipótese pode ultrapassar 5% da corrente nominal do condutor de fase. Logo, uma máquina com condutor de proteção reforçado e corrente nominal de 20 A deve apresentar no máximo uma corrente de 1 A
no condutor de proteção. O não é pouco, e a rigor refere-se somente a frequências de até 1 kHz. No exemplo citado no início deste artigo, foram medidas correntes de fuga de até 150 mA. Se a respectiva norma de produto permite este valor, não há em princípio nada contra – desde que a máquina disponha de um condutor de proteção reforçado. Todavia, aqui entra em jogo uma incerteza: como, e com que instrumento foi feita a medição, e até que frequência tal instrumento pode detectar correntes de fuga com segurança? Requisitos das normas para máquinas A norma DIN EN 60204-1 [2], que trata da segurança de instalações elétricas em máquinas, estabelece diversas prescrições, das quais no mínimo uma deve ser aplicada quando a corrente de fuga no condutor de proteção ultrapassar 10 mA. Deve ser utilizado, por exemplo, um condutor de proteção com seção mínima de 10 mm² de cobre. Além disso, uma nota da norma indica que deve ser fixado um aviso próximo ao ponto de conexão do condutor PE, quando a corrente de fuga for superior a 10 mA. Manter o condutor de proteção “limpo” Ambas as normas citadas acima [1, 2] admitem altas correntes de fuga no condutor de proteção. Este autor defende, porém, que estas correntes sejam mantidas tão baixas quanto possível, já que o condutor de proteção não é um “condutor poluído”, nem um condutor ativo. Como o próprio nome expressa, o condutor PE tem uma função de proteção, e não se destina ao escoamento de uma “salada de frequências espúrias” - que em geral tem origem na omissão, por questões de custo, de medidas para mitigar as correntes de fuga
em acionamentos eletrônicos. Mas pelo menos uma observação positiva pode ser feita: a de que nos últimos cinco ou dez anos, os disparos intempestivos de dispositivos de proteção diferenciais-residuais (DR) em circuitos com acionamentos controlados por frequência diminuíram sensivelmente. É certo que os dispositivos DR destinados a tais aplicações adquiriram maior imunidade a transitórios e a picos de corrente de fuga, mas a melhoria também se deve à redução de intensidade das correntes de fuga. Para instalação de dispositivos DR a montante desses circuitos, a norma DIN VDE 0100-530 [3] determina que a corrente de fuga não ultrapasse 0,3 vezes a corrente diferencial nominal do dispositivo. Deve-se observar que, quando forem instalados inversores de frequência polifásicos, sejam utilizados dispositivos DR tipo B ou B+, sensíveis a todos os tipos de corrente. Tais inversores podem produzir correntes contínuas lisas em caso de falta, que não podem ser detectadas por dispositivos DR tipos A ou F e são seriamente danificados nas suas funções. Transformadores de separação e filtros EMC São apreciadas a seguir algumas medidas para mitigar correntes de fuga mais altas. Especialmente nas faixas de frequência elevadas, essas correntes podem causar problemas de compatibilidade eletromagnética (EMC, na sigla em inglês). A norma [2] prevê como medida de redução de correntes de fuga o emprego de um transformador com enrolamentos separados. Contudo, dependendo da impedância dos condutores de proteção e/ou dos condutores de equipotencialização, bem como da capacitância dos enrolamentos do transformador de separação, não pode ser completamente excluída a presença de (baixas) correntes de fuga no espectro de alta freSETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS quência. Já correntes de 50/60 Hz devem estar ausentes. Diversos fabricantes oferecem filtros EMC para redução de correntes de fuga, que as diminuem significativamente em comparação com filtros padrão. Devem ser observadas as especificações dos fabricantes quanto ao comprimento máximo admissível dos cabos blindados de alimentação dos motores. Com estes filtros é perfeitamente possível aplicar dispositivos DR com corrente diferencial nominal de 30 mA. Filtros EMC para conexão do neutro Em redes com neutro distribuído pode ser instalado um filtro tetrapolar (L1, L2, L3 e N), que apresenta as menores correntes de fuga. A maior parte dessas correntes f lui pelo condutor neutro e não pelo condutor de proteção. Em caso de múltiplos inversores de frequência dotados de filtros EMC individuais integrados, um filtro geral tetrapolar a montante pode reduzir as correntes de fuga. Reatores e filtros gerais Reatores instalados a montante dos filtros EMC de entrada reduzem a ondulação de todos os harmônicos. Ademais, eles prolongam a vida útil dos componentes eletrônicos dos inversores de frequência. Em instalações com diversos inversores deve ser utilizado um filtro geral, em lugar de filtros individuais para cada inversor – cujas correntes de fuga se somam. Esta soma é em geral maior do que a corrente de fuga de um único filtro geral comum a todos eles. O comprimento máximo admissível dos cabos blindados que alimentam os motores deve ser respeitado. Inversores de frequência monofásicos devem ser distribuídos uniformemente entre todas as fases, para compensar as correntes de fuga. 58
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Filtros de saída, onde possível Filtros senoidais, filtros senoidais EMC, filtros du/dt ou reatores de saída podem ser conectados diretamente na saída do inversor, antes do cabo de alimentação do motor. Reduzindo a inclinação da tensão de saída do inversor, diminuem significativamente as correntes de fuga acima de 1 kHz no cabo alimentador do motor, bem como a geração de ruído, correntes nos rolamentos, e altas tensões induzidas nos enrolamentos. Correntes de fuga de baixa intensidade são melhor reduzidas por meio de filtros du/dt. Contudo, alguns acionamentos com regulação dinâmica não admitem o uso de filtros de saída, ou o fazem com restrições. Evitar ressonância com os filtros EMC Em componentes eletrônicos como os inversores podem ser selecionadas diversas frequências de chaveamento (chopper). No caso mais desfavorável, por exemplo, com longos cabos blindados alimentando o motor, a frequência de chaveamento pode causar oscilações num filtro EMC a montante, e gerar altas correntes de fuga capazes de provocar o disparo intempestivo de um dispositivo DR. Neste caso, a frequência de chaveamento do inversor deve ser alterada, além de ser verificado o comprimento máximo admissível do cabo, de acordo com as instruções do fabricante do inversor ou do filtro EMC. Exemplo: A frequência de ressonância de um filtro EMC é de 2,1 kHz. Uma frequência de chaveamento de 2 kHz, possível de ser selecionada no inversor, situase na proximidade imediata da frequência de ressonância e pode dar origem a altas correntes de fuga. Mesmo uma frequência de chaveamento de 4 kHz também pode gerar altas correntes de fuga, por corresponder a quase um múltiplo
de dois da frequência de ressonância. Frequências mais elevadas, especialmente as que não sejam múltiplos da frequência de ressonância (por ex., 7 kHz) reduzem a tendência à oscilação do filtro EMC e das altas correntes de fuga associadas a esse fenômeno. Outros detalhes sobre a ressonância dos filtros, além da possível desativação da alteração automática da frequência de chaveamento dos inversores para baixas frequências de saída, devem ser consultados junto aos fabricantes. Neste contexto, deve ser verificado se uma alteração da frequência de chaveamento (principalmente para um valor mais alto) é admissível, por razões de aquecimento ou da dinâmica do acionamento. Filtros EMC de saída integrados Muitos inversores já são equipados com um filtro EMC interno de entrada, de modo que um filtro externo é dispensável. No entanto, devido ao incremento das correntes capacitivas assimétricas, longos cabos de alimentação do motor causam a saturação da reatância do filtro EMC. As consequências podem ser correntes de fuga extremamente altas e ressonância do filtro. A reatância saturada leva à ineficácia do filtro, o valor-limite da norma de EMC pertinente é amplamente ultrapassado, e o inversor de frequência, em geral imperceptivelmente, torna-se uma potente fonte de perturbações para outros equipamentos de utilização. Portanto, quando é instalado um inversor com filtro EMC integrado e um longo cabo de alimentação do motor (em geral > 10 m), o filtro deve ser se possível desativado, utilizando-se um filtro EMC externo compatível com o cabo alimentador. Para definir o filtro adequado deve ser consultado o fabricante, ou ele deve ser dimensionado por meio de medições de EMC na instalação completa.
Filtros EMC de entrada admitem em geral um cabo alimentador blindado para o motor de 5-10 m. A declaração de conformidade com as normas, mencionada nos manuais dos fabricantes dos inversores (por ex., normas DIN EN 55011 – VDE 0875-11:201805, Classe A,B [4]), vale para esses curtos comprimentos de cabo. É comum também a indicação de comprimentos de 50-100 m, mas estes não se referem à conformidade com EMC, e sim à carga capacitiva máxima admissível com a qual o módulo de saída do inversor ainda pode operar sem problemas. Redução de correntes de fuga indutivas As medidas descritas até aqui destinam-se à redução de correntes de fuga capacitivas. Todavia, correntes de fuga indutivas não são raras e podem ocorrer em par-
ticular em instalações com altas correntes de carga. Elas são mais comuns na faixa de frequência inferior (< 1 kHz). Utilizando cabos tetrapolares blindados convencionais para alimentar motores podem ser acopladas correntes de fuga indutivas, resultantes da configuração assimétrica do cabo N/PE. Por isso devem ser instalados se possível cabos blindados com uma disposição interna simétrica e de baixa impedância, que reduzem substancialmente tanto correntes de fuga indutivas quanto capacitivas. O comprimento do alimentador deve ser o mais curto possível. Alterações em instalações existentes Para executar alterações em instalações elétricas existentes e dimensionadas conforme EMC (por exemplo, alterações nos fil-
tros ou na frequência de chaveamento do inversor), normalmente deve ser realizada uma nova medição da instalação no tocante aos aspectos de EMC, para assegurar que as normas e diretrizes pertinentes sejam observadas. Supervisão com RCM De acordo com a norma de produto DIN EN 62020 [5], há diversas versões dos monitores de corrente diferencial-residual (RCM, na sigla em inglês). Quando um dispositivo de proteção DR é prescrito por norma (por ex., em esquemas TT ou para locais com risco de incêndio), um monitor de corrente diferencial-residual (RCM) não pode em princípio substituir o dispositivo DR. Comparado a um dispositivo DR, porém, um monitor RCM oferece supervisão permanente (e registro) de correntes diferenciais.
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INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS Correntes diferenciais são compostas de correntes de fuga (capacitivas, indutivas) e correntes de falta (resistivas). Atualmente há RCM disponíveis com interface de dados, a fim de que a corrente diferencial possa ser continuamente supervisionada por meio de software, bem como protocolada. Conforme o tipo de RCM, é possível a detecção de correntes diferenciais de até 100 kHz, que podem ser divididas pelo software em faixas de frequência ou até em frequências singelas. Este recurso permite captar alterações não usuais das correntes de fuga, além de falhas de isolação incipientes, e com isso monitorar a disponibilidade da instalação. Além disso, a norma VDE 0105-100/A1 [6], que rege as condições de operação de instalações elétricas, no capítulo referente aos ensaios periódicos, dispensa a medição da resistência de isolamento (...) “quando um circuito é continuamente supervisionado por um monitor de corrente diferencialresidual conforme DIN EN 62020 (VDE 0663), ou por um dispositivo de supervisão de isolamento (DSI) conforme DIN EN 61557-8 (VDE 0413-8), e estes dispositivos funcionem perfeitamente.”
Conclusão Este autor não vê uma exigência normativa de registro (protocolo) das correntes de fuga nos ensaios periódicos. Entretanto, a referência [1] determina que o fabricante de um equipamento de utilização provido de condutor de proteção reforçado para conexão permanente indique a intensidade da corrente prevista no condutor de proteção. Deve ser observado que a corrente no condutor PE (correntes de fuga ou de falta), principalmente em sistemas elétricos com elevada resistência de aterramento e/ou elevada resistência do laço de falta, jamais deve originar uma tensão de contato perigosa, nem um incêndio. Ademais, deve ser sempre assegurado que correntes elevadas no condutor de proteção não prejudiquem a segurança e a funcionalidade de dispositivos de proteção a montante. A operação de uma instalação de acordo com as normas e regulamentos deve ser sempre um requisito a ser garantido.
Artigo publicado originalmente na revista alemã de – das Elektrohandwerk, edição 20/2020. Copyright Hüthig GmbH, Heidelberg e München. www.elektro.net. Publicado por EM sob licença dos editores. Tradução e adaptação de Celso Mendes.
Referências Normas DIN EN / DIN VDE
Equivalentes IEC / ABNT / SEPRT
[1]
DIN EN 61140:2016; VDE 0140-1:2016 - Schutz gegen elektrischen Schlag - Gemeinsame Anforderungen für Anlagen und Betriebsmittel
IEC 61140:2016 Protection against electric shock Common aspects for installation and equipment
[2]
DIN EN 60204-1:2019; VDE 0113-1:2019 -Sicherheit von Maschinen - Elektrische Ausrüstung von Maschinen - Teil 1: Allgemeine Anforderungen
ABNT NBR IEC 60204-1:2020 - Segurança de máquinas — Equipamentos elétricos de máquinas Parte 1: Requisitos gerais
[3]
DIN VDE 0100-530; VDE 0100-530:2018 Errichten von Niederspannungsanlagen -Teil 530: Auswahl und Errichtung elektrischer Betriebsmittel – Schalt- und Steuergeräte
ABNT NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão
[4]
DIN EN 55011:2018; VDE 0875-11:2018 Industrial, scientific and medical equipment Radio-frequency disturbance characteristics Limits and methods of measurement. (German version)
CISPR 11:2015 modified + A1:2017 - Industrial, scientific and medical equipment - Radio-frequency disturbance characteristics - Limits and methods of measurement
[5]
DIN EN 62020:2005; VDE 0663:2005 Elektrisches Installationsmaterial Differenzstrom-Überwachungsgeräte für Hausinstallationen und ähnliche Verwendungen (RCMs)
IEC 62020:2020 - Electrical accessories - Residual current monitors (RCMs) - Part 1: RCMs for household and similar uses
[6]
DIN VDE 0105-100/A1; VDE 0105-100/A1:2017 - Betrieb von elektrischen Anlagen Teil 100: Allgemeine Festlegungen; Änderung A1: Wiederkehrende Prüfungen
Norma Regulamentadora NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade (Última modificação: Portaria SEPRT 915, de 30/07/2019)
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AGENDA NO BRASIL Simpósio Jurídico – Nos dias 27 e 28 de outubro, vai ser realizado o XXVII Simpósio Jurídico ABCE, em formato on-line. O tradicional evento jurídico do setor de energia elétrica pretende fomentar a discussão de temas atuais, relevantes e que estão na agenda das empresas e dos agentes, com renomados juristas e militantes do setor. Estão previstas palestras e debates sobre diversos temas, como o estágio das regras de modernização do setor elétrico; a contratação de reserva de capacidade (potência), os novos contratos, obrigações e riscos; geração distribuída e seus impactos na distribuição e no consumo de energia elétrica; risco do negócio x caso fortuito/força maior no setor de transmissão e penalidades; as “leis e comandos invasores” (leis estaduais, resoluções ANA, etc.) e seus impactos nas concessões; questões atuais de licenciamento ambiental; e os impactos da reforma tributária no setor elétrico. Mais informações sobre o simpósio podem ser obtidas no telefone (11) 994409283, e-mail abce@abce.org.br ou no site www.abce.org.br/XXVIIsimposiojuridico. EES – Nos dias 3 e 4 de novembro, será realizado no SP Expo, em São Paulo, SP, o Energy Solutions Show, que contempla conteúdo, negócios e networking. O evento visa conectar a cadeia produtiva das mais variadas fontes de geração de energia presentes na matriz elétrica brasileira, seja na geração centralizada ou na distribuída, além de trazer as soluções em eficiência energética, mercado livre, armazenamento e geração distribuída para o consumidor final, de grande e médio porte, passando pelos grids de transmissão e distribuição. É composto por congressos e salas temáticas abertas a todos os participantes, além de um marketplace. Mais informações sobre o evento estão disponíveis em www.energysolutions show.com.br/pt/o_evento.html. Sinerg – O I Sinerg - Seminário Interdisciplinar de Energia vai acontecer em 25 e 26 novembro em formato online. O evento, organizado pelo Programa de Pós-graduação em Energia (PPGE) do Instituto de Energia e Ambiente da USP, vai apresentar aos estudantes de pós-graduação e à comunidade científica os projetos de pesquisa que estão sendo desenvolvidos no Instituto de Energia e Ambiente, assim como em outras unidades da Universidade de São Paulo, e permitir a 62 EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
troca entre diferentes pesquisadores da energia de maneira a propiciar o debate interdisciplinar entre os mais diversos temas da área. O público-alvo contempla discentes e docentes de programas de pós-graduação da Universidade de São Paulo, além de alunos da graduação. Serão abordados temas como: eficiência energética e usos finais; qualidade de energia; gestão e armazenamento no uso da energia; inovações tecnológicas e mudanças climáticas; energia e sociedade; energia e ambiente; energias renováveis; recursos fósseis; planejamento integrado; armazenamento de energia; novas tendências, cenários e modelos de mercado no setor de energia; transição sustentável e justiça energética; energia e políticas públicas; aspectos regulatórios; mudanças climáticas, acordos mundiais e ODS; análises políticas; sustentabilidade. Mais informações em https://forms. gle/WF2eGwwY96MBL6LT6. Smart Grid – A 13a edição do Fórum Latino-Americano de Smart Grid acontecerá nos dias 29 e 30 de novembro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, SP. Mais informações sobre inscrições em: w w w.smar tg r id.com.br/eventos/smar t grid2020/sg20_ficha_de_inscricao.pdf.
CURSOS Economia de energia – A Nova Escola, negócio social voltado a oferecer recursos para educadores com foco na educação pública brasileira, em parceria com as distribuidoras da Neoenergia Coelba, Celpe, Cosern, Elektro e Neoenergia Distribuição Brasília, por meio do Programa de Eficiência Energética, regulado pela Aneel, realizam uma série de cursos online autoinstrucionais e gratuitos sobre sustentabilidade e eficiência energética, que pretendem ajudar os professores a abordarem questões socioambientais e o consumo responsável com os alunos. A iniciativa conta ainda com conteúdos digitais exclusivos para os educadores aplicarem em sala de aula. Mais informações: https://novaescola.org.br. Setor elétrico – A Viex, em parceria com o Sindienergia-RS, vai promover diversos treinamentos voltados ao setor elétrico. O curso Gestão de riscos na produção de energia eólica, ainda sem data definida mas que será realizado em formato online, vai abordar metodologias de gerenciamento de riscos aplicadas ao planejamento, comercialização e operação dos ativos de energia
eólica. O curso é formado por três módulos. O primeiro trata de comercialização de energia e produção de energia; o segundo, risco e variabilidade da produção x PLD; e o terceiro, dimensionamento de PPAs – caso prático. Já o curso Modelos de negócio em geração distribuída – Aspectos regulatórios, contratuais e viabilidade de projetos de geração distribuída, disponível online, aborda aspectos regulatórios, contratuais e viabilidade de projetos de geração distribuída. O curso é voltado a empreendedores de projetos de energia solar fotovoltaica de diferentes portes, indústrias de diversos setores, grandes estabelecimentos comerciais, integradores de projetos e a cadeia de equipamentos e serviços. Mais informações sobre os cursos estão disponíveis em www. viex-americas.com/cursos. Fios e cabos – A IFC/Cobrecom, fabricante de fios e cabos elétricos de baixa tensão, está disponibilizando diversos treinamentos gravados em links exclusivos para os interessados que solicitarem as apresentações. Entre os temas abordados estão: Módulo 1: “Processo Produtivo e de Qualidade dos Fios e Cabos”; Módulo 2: “Escolha de Cabos e Linhas Elétricas de Baixa Tensão”; Módulo 3: “Dimensiona mento de Condutores Elétricos”. Outros assuntos a serem tratados são: vida útil das instalações elétricas; seção nominal dos fios e cabos; dimensionamento; cabos para instalações em sistemas fotovoltaicos; cabos não halogenados de acordo com as NBR; isolação de condutores elétricos; etc. Para requisitar o conteúdo gravado, os clientes devem enviar um e-mail para marketing@cobrecom.com.br. As dúvidas dos participantes poderão ser esclarecidas via e-mail e, no final de cada apresentação, haverá instruções para a realização de um teste. Proteção, motores – A Conprove Engenharia, de Uberlândia, MG, promove diversos cursos sobre instrumentos de testes elétricos, projetos de P&D e consultoria e modelagem e simulação de sistemas. Estão previstos os seguintes treinamentos: Critérios para recebimento e ensaios realizados em campo em transformadores de potência de alta tensão (8 e 9 de novembro); Ensaios em equipamentos de primário utilizando malas de teste Conprove (10 de novembro); Automação de subestações (17 a 19 de novembro); e Motores síncronos e assíncronos - Fundamentos para estudos, operação, proteção, manutenção e comissionamento (22 a 24 de novembro). Informações sobre estes e outros cursos podem ser obtidas em
conprove@conprove.com.br, (34) 3218-6800 e www.conprove.com.br. Atmosferas explosivas – A Schmersal oferece o treinamento online Experts Schmersal – Conhecimentos básicos em atmosferas explosivas, que tem o objetivo de difundir os conceitos sobre atmosferas potencialmente explosivas com a presença de gases inflamáveis e poeiras combustíveis. O treinamento é ministrado por Ricardo Zanata, engenheiro especialista de produtos Ex da Schmersal. A iniciativa é destinada aos profissionais de nível profissionalizante, técnico e superior, como engenharia, equipes de instalações, manutenção, projeto e segurança no trabalho, além de outros envolvidos na segurança das instalações elétricas em áreas com potencial risco de explosões. Com duração de três horas, o treinamento apresenta os fundamentos sobre atmosferas explosivas, onde estão presentes as áreas classificadas, regulamentação e normas vigentes, definição das zonas, passos para uma instalação segura, entre outros. Os participantes têm à disposição materiais de apoio para download e recebem um certificado na conclusão do treinamento. As inscrições devem ser feitas no site https://pts-schmersal.talentlms.com/catalog/info/id:218. Painéis e barramentos – A Cognitor oferece o treinamento Painéis e barramentos de média e baixa tensões, destinado a quem fabrica, testa, certifica e comercializa tais equipamentos. O treinamento inclui quatro sessões individuais “ao vivo”, acesso a quatro vídeos com durações de 20 a 30 minutos e o recebimento do instalador da versão “para computador” do software SwitchgearDesign. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas em www.cognitor.com.br/trainingPOR.pdf.
NO EXTERIOR IMIC – De 26 a 28 de outubro, está programado o IMIC - Industrial Maintenance Innovation Conference no Bilbao Exhibition Centre, na Espanha. Mais informações: https://imic.bilbaoexhibitioncentre.com/en. Light + Building – A Light + Building será realizada de 13 a 18 de março de 2022, em Frankfurt, Alemanha. Mais informações: https://light-building.messefrankfurt. com/frankfurt/en.html. SETEMBRO/OUTUBRO, 2021 EM
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EM – ATERRAMENTO ELETRODO DE ATERRAMENTO, BASE DE UMA INSTALAÇÃO SEGURA SERGIO ROBERTO SANTOS
O
sistema de aterramento é um subsistema da instalação elétrica composto por três elementos: os condutores de aterramento, o eletrodo e o solo onde ele está enter rado. Caso algum desses elementos não atenda aos requisitos necessários para a função que desempenha, o aterramento não cumprirá seus objetivos e a qualidade da instalação estará comprometida. Existem profissionais que enxergam eletrodo de aterramento e sistema de aterramento como a mesma coisa, o que não é verdadeiro. Devido a esse equívoco, conceitos como baixa resistência de aterramento e aterramento independente ainda causam problemas, principalmente entre quem atribui ao eletrodo funções além ou aquém daquelas que ele realmente possui. O eletrodo de aterramento é a parte, ou conjunto de partes, do subsistema de aterramento responsável pelo contato elétrico da instalação com o solo, podendo ser composto de cabos, hastes, ou a combinação desses elementos. Um cabo metálico corresponderá a um eletrodo horizontal, também conhecido como eletrodo não cravado, e as hastes, a eletrodos verticais, conhecidos como eletrodos cravados. Ao ser posicionado no solo a uma profundidade predeterminada, o eletrodo contribui para a dispersão da corrente no solo, limitando as tensões de passo e de toque. A presença de dois eletrodos de aterramento distintos, não interli-
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gados, para a mesma instalação, ou parte dela, significará que ela terá duas referências de tensão, podendo causar diferenças de potencial ou circulação de corrente, ambas igualmente indesejáveis, entre partes da instalação, já que poderemos ter acoplamentos galvânicos, indutivos e capacitivos entre esses dois eletrodos, abaixo do solo, dentro de painéis ou em outros pontos da instalação. Por isso, as normas técnicas recomendam que cada instalação possua um único sistema de aterramento, para garantir a sua segurança e eficiência. Embora alguns fabricantes de máquinas ou equipamentos recomendem a existência de um sistema de aterramento exclusivo para o seu produto, como forma de evitar interferências prejudiciais ao funcionamento deste, existem formas de limitar essas interferências sem alterar uma característica fundamental para a segurança das instalações elétricas, que é a unicidade do sistema de aterramento. Segundo a norma ABNT NBR 5410:2004*, uma mesma instalação elétrica eventualmente pode abranger mais de uma edificação, devendo suas massas necessariamente compartilhar o mesmo eletrodo de aterramento, quando pertencentes a uma mesma edificação, mas podendo, em princípio, estar ligadas a eletrodos de aterramento distintos, se situadas em diferentes edificações, mas com cada grupo de massas associado ao eletrodo de aterramento da respectiva edificação. Como a construção de uma edificação envolve diferentes profissionais, outra seção da norma ABNT NBR 5410:2004 dilui qualquer dúvida sobre possíveis conf litos, na verdade inexistentes, entre o eletrodo de aterramento da baixa tensão e o eletrodo de aterramento do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) da mesma edificação: “Como as
opções de eletrodos de aterramento indicadas em 6.4.1.1.1 são também reconhecidas pela ABNT NBR 5419, elas podem e devem ser usadas conjuntamente pelo sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) da edificação, nas condições especificadas naquela norma”. Para evitar falsas polêmicas, fruto do desconhecimento, podem ocorrer perturbações em instalações, sendo o sistema de aterramento um agente para que elas se propaguem. Mas deve ser compreendido que a instalação de eletrodos aparentemente independentes pode, em condições muito específicas, eliminar estas interferências ao custo de tornar a instalação menos segura e confiável. Ao pedir um aterramento independente, estamos optando pela solução mais simples, mas ao mesmo tempo mais equivocada, o que é comprovado pelas Medidas de Proteção contra Surtos (MPS) da norma ABNT NBR 5419:2015**, que recomendam a utilização do aterramento único como medida de proteção. * ABNT NBR 5410:2004 – “Instalações elétricas de baixa tensão”. ** ABNT NBR 5419:2015 (série) – “Proteção contra descargas atmosféricas”
Engenheiro eletricista da Lambda Consultoria, instrutor da Termotéc nica ParaRaios e mes trando do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Sergio Roberto Santos apresenta e analisa nesta coluna aspectos de aterramento e proteção contra des cargas atmosféricas e sobretensões transitórias, temas aos quais se dedica há mais de 20 anos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialis ta pelo e-mail em_aterramento@arandaeditora.com.
EM PERIGOS DA ESTÁTICA ESTELLITO RANGEL JÚNIOR
f
enômenos eletrostáticos podem ser encontrados em muitas instalações industriais, como, por exemplo, na fabricação de produtos farmacêuticos, agrícolas, plásticos e muitos outros. Esses fenômenos podem ser visíveis (centelhas), audíveis (assobios, estalos) e até mesmo táteis (choque elétrico, formigamento). No ambiente industrial, precisamos avaliá-los quanto à energia liberada e à possibilidade de ignição em áreas classificadas. Em auditorias realizadas, constatamos que os fenômenos eletrostáticos, na maior parte das vezes, são percebidos pelos trabalhadores, porém tratados sem a devida importância pela gerência, que os classifica como algo “curioso” e “inofensivo”. Nossa recomendação é que estes eventos, logo que notados, sejam relatados e investigados de imediato, antes que provoquem um incêndio ou explosão. Geração Na planta industrial, a movimentação de pós e o fluxo de líquidos podem gerar grandes quantidades de eletricidade estática. As pessoas também podem gerar eletricidade estática ao trabalharem movendo equipamentos ou simplesmente andando. Máquinas e equipamentos elétricos, em certas situações, podem gerar carregamento eletrostático nos próprios produtos processados na unidade. Uma boa parte da eletricidade estática na planta industrial é gerada nos chamados processos de “triboeletrificação”, que é a frequente formação e interrupção do contato superficial entre materiais. Acumulação Após ser gerada, a acumulação da carga eletrostática é o processo que 66 EM SETEMBRO/OUTUBRO, 2021
eleva o potencial a valores perigosos. A carga pode se acumular nos materiais do processo, em praticamente qualquer componente que não possua um caminho para a carga fluir ao solo. Os efeitos Dentre os efeitos mais comuns do acúmulo de carga eletrostática, temos as centelhas. O acúmulo de carga pode chegar a valores superiores à rigidez dielétrica do ar, promovendo “centelhas”, que costumam “saltar” alguns milímetros. Elas podem ocorrer, por exemplo, nos tambores de metal durante seu enchimento ou esvaziamento. Os líquidos de baixa condutividade, ao serem agitados em um reator, podem experimentar centelhas, que chegam a danificar as janelas de monitoramento visual. As centelhas podem ser observadas em: Descargas em escova – ocorrem em materiais isolantes que foram carregados, como, por exemplo, tambores de plástico. Descargas em escova são limitadas em energia, mas podem facilmente inf lamar os vapores da maioria dos solventes. Elas não são fáceis de detectar e, portanto, uma avaliação cuidadosa deve ser feita no ambiente industrial. Descargas em escova propagante – ocorrem quando há um isolador carregado nas proximidades de um condutor, e também quando um pó f lui através de um tubo de plástico, ou mesmo quando o pó se acumula em um contêiner revestido em plástico. Sua energia é suficiente para inf lamar qualquer atmosfera explosiva. Tais descargas podem emitir luz brilhante, ruídos e causar danos nas superfícies dos materiais isolantes. Descargas cônicas – é um caso especial de descarga em escova que ocorre na superfície de um pó que se acumula, a partir de um funil condutor. Estas descargas tendem a ter direção radial e possuem energia suficiente para inf lamar nuvens de pós combustíveis e vapores inf lamáveis.
Apesar de raramente serem observadas a olho nu, o aparecimento de alguns distúrbios ao longo dos dutos permite perceber a ação do acúmulo de cargas eletrostáticas e de provável ocorrência de descargas cônicas. Conclusão As centelhas devido à eletricidade estática causam vários incêndios e explosões industriais todos os anos. Avaliações especializadas do risco eletrostático são recomendadas, com o objetivo de identificar os pontos fracos e estabelecer métodos de controle, o que constitui a melhor maneira de evitar explosões e incêndios causados por eletricidade estática em suas instalações. Portanto, eventos eletrostáticos na unidade industrial devem sempre ser relatados e investigações por profissionais especializados devem ser feitas para garantir que eles não se tornem precursores de um incêndio ou explosão, que podem ser devastadores. Caso você tenha dúvidas sobre eletricidade estática, envie para o e-mail em@arandaeditora.com.br. Elas poderão ser abordadas em uma próxima edição.
Estellito Rangel Júnior, engenheiro eletricista, primeiro representante brasileiro de Technical Committee 31 da IEC, apresenta e discute nesta coluna temas relativos a instalações elétricas em atmosferas potencialmente explosivas, incluindo normas brasileiras e internacionais, certificação de conformidade, novos produtos em análises de casos. Os leitores podem apresentar dúvidas e sugestões ao especialista pelo e-mail em@arandaeditora.com.br, mencionando em “assunto” EM-Ex.
TODA VIA CRISE HÍDRICA E RISCO DE ESCASSEZ ENERGÉTICA PEDRO AL SHARA
V
inte anos após a maior crise de racionamento de energia do País, episódio até hoje apelidado como o "apagão de 2001" por seus blecautes programados, o Brasil se depara com uma crise hídrica que pode tomar as mesmas proporções, ameaçando o fornecimento de energia ainda neste segundo semestre de 2021. Com o período de estiagem na maior parte do País, os reservatórios de água que concentram algumas das
Investimentos, que concluiu que o novo regime de chuva “pode ser um limitador ao crescimento potencial do Brasil” e que a situação “é claramente um risco para a inf lação”. Já o Banco Central acaba de subir de 4,6% para 4,7% sua estimativa para o crescimento da economia neste ano. Porém, vem alertando em seus relatórios que a crise hídrica é um dos fatores que geram incerteza e que limitam a alta das atividades econômicas em 2021. Nesse “Novo Normal” na vida dos brasileiros, o temor da chamada “Escassez Energética” bateu à porta e começou a preocupar os fabricantes e fornecedores de toda a cadeia produtiva de serviços essenciais. Um levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado em agosto mostra que 9 em cada 10 empresários estão preocupados e
“Pesquisa da CNI mostra que empresários temem aumento do custo da energia, racionamento e instabilidade do fornecimento.” principais hidrelétricas sofrem esvaziamento, o que torna a produção energética mais difícil e onerosa. E essa é uma pauta que requer atenção, já que a iminência de uma redução desregular no consumo de energia impactará diretamente os setores produtivos, sobretudo as indústrias, além dos próprios consumidores que já lidam com o aumento das bandeiras tarifárias todo mês. Uma péssima notícia para o atual contexto da retomada econômica do País, que tem expectativas de dar sinais de recuperação proximamente, com o avanço da vacinação contra a Covid-19. Vale observar um relatório, divulgado em maio pela corretora XP Pedro Al Shara é CEO da TS Shara, fabricante nacional de nobreaks (UPS) e estabilizadores de tensão.
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que o grande medo é que o custo da energia aumente. A maior parte das empresas ouvidas também se preocupa com racionamento e instabilidade no fornecimento de energia elétrica. Se antes o setor já se preparava para enfrentar os desafios considerados críticos, porém conhecidos e esperados, como a falta de energia em períodos sazonais, provocada pelo excesso ou escassez de chuvas, hoje o cenário é de instabilidade pelo que está por vir. Essa ocorrência é facilmente percebida por sinais pouco agradáveis: luzes que “enfraquecem”, aparelhos que param de funcionar e, nos casos mais graves, a queima de dispositivos e equipamentos que podem causar prejuízo para o nosso bolso.
Novas fontes energéticas – A crise de 2021 ameaça repetir a de 2001, mas ainda sim, é válido mostrar que o setor energético teve avanços consideráveis nesses 20 anos. Naquele período, o Brasil se encontrava despreparado em meio às soluções para a crise, por conta da falta de planejamento de distribuição de energia em casos adversos como esse. O que nos diferencia hoje é que o sistema tem mais versatilidade: agora temos a geração eólica e a termelétrica, que devem conferir maior f lexibilidade na gestão da crise. Segundo o Ministério de Minas e Energia, em 20 anos, o uso de fontes limpas e renováveis, assim como o aumento da produção energética em usinas termelétricas, reduziu a dependência de hidrelétricas de 85% para 61%. Outro fator positivo, apesar das adversidades apresentadas no atual cenário político e econômico, é o aumento nos investimentos em infraestrutura e indústria no Brasil. De acordo com o estudo realizado pela empresa de big data analytics Neoway, os investimentos devem totalizar R$ 71,2 bilhões entre 2021 e 2026 ― um crescimento estimado em 24,7% se comparado ao período de 2020 a 2025. A alta desses números é puxada pelo setor de Transportes e Vias Urbanas e pelo setor de Energia, que respondem, respectivamente, por 40% e 30% do montante. As obras de parques eólicos, termoelétricas, metrôs e rodovias concentram a maioria desses investimentos. Diante desse cenário, e independentemente das perspectivas de retomada da economia pós-pandemia, ainda temos um longo caminho para evitar um verdadeiro curto-circuito no setor elétrico brasileiro. Seja qual for o nosso futuro, o alerta foi dado e devemos em todas as instâncias da sociedade investir em infraestrutura para lidar com essa situação e garantir que o mesmo erro não se repita, conferindo assim condições sustentáveis para a preservação e manutenção das atividades econômicas.
PRODUTOS MINIDISJUNTORES A ABB lançou recentemente no Brasil o minidisjuntor SJ200, parte do portfólio Formula, que inclui uma gama de produtos para a aplicação padrão dedicada a residências, comércios e indústrias. Desenvolvido, fabricado e testado pela ABB, a linha SJ200 tem como diferencial, segundo a companhia, maior capacidade de proteção contra curto-circuito, disponível em dispositivos usados no setor industrial. Outra característica são os componentes internos 100% metálicos, que visam oferecer maior confiabilidade e durabilidade. É certificado pelo Inmetro, e possui 13 aletas na câmara de extinção de arco, para permitir maior rapidez e segurança na extinção do arco. O material termoplástico é flexível para evitar rachaduras ou quebras por impacto, além de ser reciclável e 100% livre de halógenos. A linha também
possui a identificação da posição do contato na manopla para uma manutenção rápida e segura. As marcações a laser são resistentes ao atrito, riscos e produtos de limpeza com solventes, disponibilizando todas as informações necessárias para manutenção ou substituição do dispositivo de forma clara, afirma a empresa. www.abb.com LÂMPADAS E TOMADAS INTELIGENTES O Grupo Rcell, por meio da divisão de negócios Rsmart, fornece diversos produtos inteligentes para a automação residencial. Os destaques são as lâmpadas e tomadas inteligen-
tes que visam auxiliar o consumidor a economizar energia elétrica. Segundo a empresa, as lâmpadas inteligentes oferecem a possibilidade de controle remoto e gerenciamento preciso pela Internet — geralmente usando apps ou serviços de casa conectada — permitindo ao usuário criar configurações para o uso racional de energia. É possível ainda definir horários de funcionamento, com garantia de que a lâmpada vai desligar sozinha no horário correto, evitando assim o desperdício. A Smart Lâmpada Wi-Fi, fornecida pela companhia, permite regulagem com 16 milhões de opções de cores configuráveis e programação de horário para ligar ou desligar de qualquer lugar. Já a tomada Smart Wi-Fi possibilita customizar os temporizadores on/off para qualquer eletrodoméstico. O portfólio também dispõe do controle universal Smart WiFi, onde o consumidor precisa apenas instalar, centralizar todos os controles diretamente em seu celular e comandar tudo por meio de um clique. Os produtos RSmart possuem a certificação da Anatel e certificação oficial de compatibilidade com Alexa. www.lojarsmart.com.br UPS A TS Shara, fabricante nacional de nobreaks, estabilizadores de tensão, filtros de linha, autotransformadores e protetores de rede inteligentes, fornece as novas linhas de UPS Professional Universal e Senoidal Universal, desenvolvidas para proteger servidores, microcomputadores
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e equipamentos eletrônicos em geral, além de configurações mais sensíveis, que necessitam de maior potência ou autonomia, e de onda puramente senoidal. Os novos modelos estão disponíveis nas potências 2200 e 3200VA, e contam com 4 e 2 baterias internas de 7Ah, respectivamente, o que oferece autonomia que pode variar entre 2h30min até 3 horas. Segundo a empresa, ainda é possível incluir baterias externas em todos os modelos, o que aumenta consideravelmente o tempo de autonomia do nobreak por meio de módulos de expansão de fácil conexão. Outros destaques das linhas são a comunicação inteligente via UBS e a tecnologia Universal, que possibilita ao usuário escolher a tensão nas tomadas de saída (115 ou 220V), desde que selecionada em sua chave seletora manual. www.tsshara.com.br PLATAFORMA DE MONITORAMENTO A plataforma Live, da Intelie, é um aplicativo de monitoramento de utilities (empresas de água, eletricidade, gás, vapor e ar comprimido, entre outros), que permite gerenciar esses recursos em tempo real através de uma série de indicadores-chave de desempenho (KPIs). A Live visa manter os mesmos níveis de produção com menor custo, evitando indisponibilidade de equipamentos e eventualmente reduzindo a necessidade de aquisição ou reposição de peças e equipamentos. A solução de Monitoramento de Desperdícios ajuda a identificar e tomar medidas para reduzir
perdas em todo o processo de cadeia de suprimentos, fornecendo uma visão que vai desde o fornecimento dos insumos e matérias primas até a distribuição e devoluções de vendas. Já o aplicativo de Monitoramento de Consumo de Combustível e Emissão de Gases permite que os engenheiros tomem ações preventivas e corretivas para redução da emissão de CO2. Outra solução é a Equipment Health and Diagnostic Monitoring, que verifica a saúde do equipamento e monitora seu desempenho, permitindo otimizar o desempenho de máquinas, prever falhas e planejar manutenções com o intuito de minimizar o tempo não produtivo dos equipamentos, os custos de manutenção e outros desperdícios, como matéria prima, recursos naturais e horas de trabalho das equipes. www.intelie.com.br GERADOR DE ENERGIA A indústria brasileira Branco fornece o gerador de energia BIG 44, desenvolvido para uso em ambientes que necessitam de grande confiabilidade de energia como postos de combustível, comércios de médio porte, condomínios, restaurantes, escritórios, chácaras, salões de festas e escolas. Segundo a empresa, um diferencial é o ATS integrado, que é uma chave de transferência acionada automaticamente, conforme corte ou reestabelecimento de energia, garantindo mais segurança. Além disso, possui uma operação silenciosa e painel de controle digital, que facilita o monitoramento e gestão do gerador durante as operações, afirma a companhia. www.branco.com.br/la/pt_br/ produtos/geradores.html
PUBLICAÇÕES PUBLICAÇÕES Atmosferas explosivas – A Abracopel - Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade elaborou um E-Book sobre o tema Segurança de equipamentos e instalações em áreas classificadas. A publicação, de autoria de
de Ricardo Carletti, Roberval Bulgarelli, Rogélio Gôngora e Sérgio Rausch, aborda diversos assuntos relacionados ao tema “atmosferas explosivas”, como introdução sobre segurança de equipamentos e instalações elétricas em áreas classificadas; classificação de áreas contendo gases inf lamáveis ou poeiras combustíveis; Zonas, Grupos e classes de tempera-
tura em áreas classificadas; exemplos de desenhos de classificação de áreas; sinalização de segurança em áreas classificadas; certificação de equipamentos elétricos “Ex” para áreas classificadas de gases inf lamáveis ou de poeiras combustíveis; principais características dos equipamentos elétricos certificados para áreas classificadas; exemplos típicos de equipamentos elétricos certificados instalados em áreas classificadas; serviços de seleção de equipamentos “Ex” e projeto de instalações elétricas em áreas classificadas; aterramento e equipotencialização de equipamentos e instalações em atmosferas explosivas; inspeção de equipamentos e instalações elétricas em áreas classificadas; tipos e graus e de inspeções em equipamentos e instalações elétricas em áreas classificadas; lista de verificação para inspeções de equipamentos e instalações elétricas - Ex “d”, Ex “e”, Ex “n” ou Ex “t”; exemplos de desvios encontrados em equipamentos e instalações “Ex” durante inspeções; certificação de empresa brasileira de inspeção de equipamentos e instalações elétricas “Ex”; reparo e recuperação de equipamentos elétricos em áreas classificadas; sistema de gestão de segurança e de ativos de equipamentos e instalações elétricas “Ex”; considerações sobre a segurança de equipamentos e instalações elétricas
em atmosferas explosivas. O E-Book está disponível para download gratuito em https://abracopel.org/download/ e-book-seguranca-em-equipamentose-instalacoes-eletricas-em-area-clas sificada. Motores – A WEG fornece um guia gratuito com orientações sobre manutenção ou substituição de motores. O objetivo é oferecer informações para avaliar falhas em um motor elétrico, além de dicas e dados sobre os principais custos relacionados a esses equi-
pamentos. A empresa também divulga o Guia Plano de Troca WEG, que incentiva a substituição de motores usados antigos, danificados ou com baixos níveis de rendimento, de qualquer marca, que serão aceitos como parte do pagamento na compra de um motor WEG novo, de alta eficiência. Mais informações em https://mate riais.motores.weg.net/e-book-manu tencao-troca.
ÍNDICE DE ANUNCIANTES Accesso...............................................14 Alubar ....................................................5 Alumi Brasil ................................ 3a capa Boreal ..................................................47 Calhas Kennedy ..........................23 e 41 Clamper .......................................11 e 49 COBEE ................................................67 Dispan .................................................25 Dutotec ................................................59 Edentec ...............................................21 Embrastec ...........................................19 Energy Solutions .................................72 Exatron ................................................36
Hellermanntyton ..................................28 Hércules Motores ....................... 4a capa Inpol.....................................................32 Kanaflex ..............................................15 Kit Acessórios ..................................... 51 Krona ...................................................31 Mitsubishi ............................................13 Mopa ...................................................37 Novemp ...............................................43 Paragam ..............................................24 Pextron ..................................................9 Politerm ...............................................53 Presticom ............................................10
Real Perfil ................................. 2a capa Redes Subterrâneas ...........................65 Romagnole ..........................................45 Santana Painéis ..................................55 Savani Iluminação ...............................59 Sempel ................................................20 Smart Grid...........................................69 Takafer ................................................57 Trael ....................................................27 Treetech ..............................................33 Vgrow ..................................................29 Weg Automação..................................39
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MOMENTO FIM HORROROSO OU HORROR SEM FIM?
O
PAULO LUDMER
racionamento de energia elétrica já começou no Brasil. Ele se processa via aumentos de preço final do insumo. Ainda assim, é incerta a necessidade latente de também racionar a energia por cortes no fornecimento. Na margem, estimula-se a redução voluntária incentivada. Porém, não tarda muito tempo, se configurará o aumento da desigualdade social de toda esta dinâmica, na qual as políticas públicas são responsáveis pela sua intensidade. Elas priorizam a continuidade do poder em detrimento do servir à Nação. Em agosto de 2021, a comunicação oficial sem transparência e urgência foi de um cinismo acachapante na medida em
Indenizar os grandes consumidores de energia elétrica pela renúncia ao consumo requer uma fonte de recursos. A mais provável será o pagamento sobre a fatura de Encargos de Serviços de Sistema (ESS). Ou seja, senão cair nas costas do consumidor, de onde virá o dinheiro? Em outros termos, o consumidor não corta, mas paga a aventura de não cortar com seu dinheiro. Impedir que as distribuidoras arquem com os riscos exógenos ao seu controle, ou seja blindar o equilíbrio econômico financeiro desses agentes, que atendem os consumidores cativos, é o axioma determinante. De onde virão os Reais? Em boa parte do encargo chamado “pau para toda obra”: a Contribuição ao Desenvolvimento Econômico (CDE), quarto de despejo de todos consumidores. Haverá que jogar uma boia salva vida para demais agentes. Não sabe se basta. Os geradores hidráulicos que não conseguirão nem chegar perto do montante de
“Evita-se um desgaste do governo obrigando a economia e os cidadãos a arcar com um custo inimaginável pelo kWh consumido” que a opção pelo corte no fornecimento não se disseminou como possibilidade real com data inicial e imprevisibilidade na profundidade. O motor é eleitoral: a imagem e os votos para 2022. Evita-se um desgaste do governo obrigando a economia e os cidadãos a arcar com um custo inimaginável pelo kWh consumido, seja por bandeiras coloridas e majoradas, seja por outros subterfúgios. Mais precisamente não se divulgam estudos do custo adicional do racionamento pelo preço (uma opção política) quando é alta a probabilidade do corte físico do fornecimento. Paulo Ludmer é jornalista, engenheiro, professor, consultor e autor de livros como Derriça Elétrica (ArtLiber, 2007), Sertão Elétrico (ArtLiber, 2010), Hemorragias Elétricas (ArtLiber, 2015) e Tosquias Elétricas (ArtLiber, 2020). Website: www.pauloludmer.com.br.
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energia que contrataram e venderam ao Sistema Interligado Nacional (SIN) aumentarão o buraco de seus déficits pelo Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). São dezenas de bilhões de Reais que se somam a outras dezenas demandadas pelas distribuidoras, por sua vez a adicionar às indústrias que venderão kWh não utilizados e assim por diante. E quem protege o consumidor e o contribuinte? Ao término do racionamento do Centro-Oeste, Sudeste, Norte e Nordeste, de 2001 e 2002, os consumidores continuaram pagando no preço final da energia indenizações a distribuidoras, entre outros, para não falar do aluguel das térmicas emergencialmente alugadas, quando o fim do racionamento já se anunciava.
Não é só. Hoje ainda pagamos os desmandos da Medida Provisória 571 de Dilma Rousseff, o tsunami que atingiu a todos no setor elétrico brasileiro, e que esqueceu, por exemplo, de indenizar as transmissoras cujos ativos remuneráveis haviam sido injustamente ignorados nas suas áreas de concessão. Revista a tosca barbaridade, vamos corrigindo com nossos bolsos, mês a mês, o repetido malfeito grotesco. De Martim Afonso Penna, decano dirigente da Abiclor, que reúne o parque eletrointensivo de fabricantes de cloro e soda cáustica no Brasil, aprendi, no racionamento de energia elétrica do Sudeste/Nordeste, em 1987-88: “É melhor um fim horroroso do que um horror sem fim”. A sangria dos cofres da economia brasileira e da população está ocorrendo e poderemos ver quadros agravados se as chuvas não nos abençoarem até dezembro. Em nome de quê? É mais do que hora de desnovelar. Repito: os ônus da sociedade estão ampliando em nome de explícitos interesses eleitoreiros pelo escrutínio de 2022. Dá-se indenização a quem economizar, e você mesmo paga os fundos que cobrirão a despesa. O PIB pode perder uns 2% de crescimento anual. As lições dos racionamentos de 1987 e de 2001 precisam ser rapidamente aproveitadas. Em maio de 2001, o Copom do Banco Central ignorava o que estava por vir semanas depois. O governo Fernando Henrique Cardoso, com Pedro Parente à frente do problema, permitiu e facilitou que indústrias concentrassem suas respectivas produções no Sul do país, ou onde estivessem livres da escassez. Em 1987, a Federação das Indústrias da Bahia solicitou que se cortasse, por exemplo, a produção do alumínio em São Luiz do Maranhão, quebrando uma regra estruturante do capitalismo, que é a isonomia e a igualdade entre os agentes. O Congresso Nacional, a partir do Senado, evitou. A democracia prevaleceu, os contratos continuaram a ser considerados sagrados, o governo tinha programas, metas, métricas e aferições de resultados no tempo. O direito público e o direito privado, com seus contornos e perímetros, mantiveram-se assegurados e a hecatombe passou. O presidente perdeu a eleição, mas governou.
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