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Ospr es t ador esde s er vi ç osdec or t e edobr ament o
I SSN1808351X
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
3
Sumário
12
Guia I Fornecedores de máquinas de corte a laser para chapas Mudança do perfil dos principais compradores de equipamentos desta classe e os segmentos nos quais eles atuam foram apontados por uma pesquisa realizada nesse setor.
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Técnica Reações exotérmicas usadas para desfazer juntas adesivadas A desconstrução da união de peças metálicas feita com adesivos estruturais pôde ser realizada por meio de aquecimento por indução. A ativação desse processo foi iniciada pela aplicação de fluidos iônicos, os quais possibilitaram a separação dos componentes.
26
Guia II Prestadores de serviços de corte e dobramento Levantamento apurou um aumento do uso de recursos digitais no projeto e processamento de peças metálicas realizados por terceiros, além de trazer informações sobre os setores contratantes.
34
Materiais Desenvolvimento de ligas com alta resistência ao impacto e à abrasão Combinações de materiais proporcionaram a otimização das propriedades mecânicas de ligas voltadas para o revestimento de peças, as quais podem ser aplicadas por soldagem.
Capa Tela do software Autoform (www.autoform.com), para projeto de peças fabricadas a partir de chapas. Layout de Antonio Marcelo Chaves – Magic Art. Arte final: Sarah E. Betti
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Guia III Quem são os fornecedores de softwares de nesting Informações sobre o índice de utilização desses programas computacionais no processamento de chapas e a respeito dos segmentos nos quais eles são aplicados.
Seções Notícias .............................................. 08 Em pauta ........................................... 45 Produtos ............................................ 46 Cursos ................................................ 48
Feiras e Congressos ........................... 48 Literatura ........................................... 50 Anunciantes ....................................... 50
As opiniões expressas nos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por Corte e Conformação de Metais, podendo mesmo ser contrárias a estas.
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Carta ao leitor Laser, quase onipresente na fabricação de peças metálicas
o
uso do laser como técnica de fabricação tem crescido no segmento metalmecânico por diferentes motivos. Seja pelo bom acabamento que o processo confere às peças, pela precisão no controle ou pelo aumento da oferta de máquinas no mercado, não resta dúvida de que o método conquistou seu espaço em definitivo na execução de operações de corte e de soldagem. Isso é o que apontam os dois levantamentos publicados nesta edição, realizados para a confecção dos guias de fornecedores de máquinas a laser (página 12) e de prestadores de serviços de corte e dobramento de chapas (página 26). No primeiro caso, as empresas informaram que aumentou a participação de fabricantes e usuários de peças entre os consumidores de máquinas a laser, em detrimento das prestadoras de serviços, mostrando que o uso desse tipo de equipamento não é mais uma prerrogativa das empresas especializadas. Já entre os prestadores de serviços de corte e dobramento, o laser foi apontado como o segundo processo mais popular, presente em 60% das empresas, enquanto o corte a plasma está em 66% delas e o por jato d’água em apenas 7%. E a técnica também é a primeira a demandar os sistemas de aproveitamento de chapas que são tema do guia de fornecedores de software de nesting, publicado a partir da página 42, indicando que a preocupação com o uso racional dos insumos é traço típico dos seus usuários.
DIRETORES Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves e José Rubens Alves de Souza (in memoriam) REDAÇÃO Diretor: José Roberto Gonçalves Editores técnicos: Alexandre Tadeu Simon e Antonio Augusto Gorni Editora: Hellen Corina de Oliveira e Souza – MTb 21.799 Repórteres: Adalberto Rezende – MTb 78.879 Fábio Laudonio – MTb 59.526 Secretaria de redação/Pesquisa: Tais S. Caetano, Talita Silva Jornalista responsável: Hellen Corina de Oliveira e Souza PUBLICIDADE Gerente geral: Luci Sidaui; luci@arandaeditora.com.br Contatos: Dora Bandelli; dorabandelli@arandaeditora.com.br Jalil Jr.; jalil.junior@arandaeditora.com.br Ariane Ribeiro Sidaui; ariane.sidaui@arandaeditora.com.br Tel. +55 (11) 3824-5300; comercial-ccm@arandanet.com.br REPRESENTANTES Interior de São Paulo: Pedro Polyceno Bernardes R. Milton José Robusti, 106, cj. 134, Torre Norte, Jardim Botânico – CEP 14021-613 – Ribeirão Preto, SP Tel. (16) 3620-1424; cel. (16) 98205-3831; pedro.polyceno@arandaeditora.com Minas Gerais: Oswaldo Alípio Dias Christo R. Wander Rodrigues de Lima, 82 cj 503 – CEP 30750-160 – Belo Horizonte, MG Tel. (31) 3412-7031; cel. (31) 9975-7031; oadc@terra.com.br Paraná: Romildo Batista R. Carlos Dietzsch, 541 cj 204 bl. E – CEP 80330-000 – Curitiba, PR Tel. (41) 3501-2489 / 3209-7500; cel. (41) 9728-3060 romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro: Maurício Pereira de Menezes Av. Nª Sª de Copacabana, 897, sala 402 – CEP 22060-001 – Rio de Janeiro, RJ Tel. (21) 2599-8969; cel. (21) 98762-8802 mauricio@gruporiobrasil.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel. (11) 2157-0291; cel. (11) 98179-9661 maria.jose@arandaeditora.com.br Santa Catarina: Sérgio Ricardo Amorim Tel. (47) 3438-1982; cel. (47) 99613-6171; sergio_amorim@outlook.com INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Weng Jie (Mr.) 55-3-703 Guan Lane, Hangzhou, Zhejiang 310003 Tel: +86-571- 87063843; +1-928-752-6886 (retrievable worldwide) ziac@mail.hz.zj.cn Germany: iMP interMedia Partners, Mr. Sven Anacker in der Fleute, 46, D 42389 Wuppertal Tel. +49 202 271 69-0; +49 202 271 69-20 sanacker@intermediapartners.de Italy: QUAiNi Pubblicità, Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel. +39 2 39216180; +39 2 39217082 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation, Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073 Tel: +81 (0)3 3263 5065; +81 (0)3 3234 2064 – aso@echo-japan.co.jp Korea: JES MEDiA iNC, Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., Ana Blsdg, 257-1, Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070; Tel. +82 2 481-3411; +82 2 481-3414 jesmedia@unitel.co.kr Switzerland: MEDiA Consultant Marketing, Mr. Rico Dormann Moosstrasse 7, 8803 – Rüschlikon. Tel. +41 1 720 85 50; +41 1 721 14 74 beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWiDE Services Co. Ltd., Mr. Robert Yu 11F-B, Nº 540, Section 1, Wen Hsin Road, Taichung, 408 Tel. +886 4 2325-1784; +886 4 2325-2967 – global@acw.com.tw UK: Ms. Apple Lee – 2 Durham Road, Charfield, Wolton-Under-Edge - Gloucestershire GL12 8TH Tel. +44 1454 260300; cel. +44 7891 804196 – appletw@btopenworld.com USA: Ms. Fabiana Rezak – 2911 Joyce Lane, Merrick, NY 11566, Tel. +1 516 476-5568 – arandausa@aol.com ADMINISTRAÇÃO Diretor: Edgard Laureano da Cunha Jr. Gerente: Rosilene de Paiva Branco; Circulação: Clayton Delfino PRODUÇÃO GRÁFICA Projeto: Antonio Marcelo Chaves – marcelo@magicart.com.br Editoração eletrônica: Sarah Esther Betti – sarah.betti@gmail.com Assistentes de produção: Wanderley A. Marques, Rebeca S. Sales, Eliane Nakamura e Vanessa C. da Silva SERVIÇOS Impressão: ipsis Gráfica e Editora / Distribuição: ACF – Ribeiro de Lima Corte e Conformação de Metais, revista brasileira que aborda o projeto e a produção de peças a partir de chapas e tubos metálicos, é uma publicação mensal de Aranda Editora Técnica e Cultural Ltda. ISSN 1808-351X Redação, Publicidade, Administração e Correspondência Alameda Olga, 315 – 01155-900 – São Paulo – SP – Brasil Tel. +55 (11) 3824-5300 infoccm@arandanet.com.br www.arandanet.com.br CCM é enviada gratuitamente para 12.000 leitores qualificados de empresas diretamente ligadas às atividades de corte e conformação de metais.
Hellen Corina de Oliveira e Souza Editora hellen.souza@arandaeditora.com.br
8
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Notícias Caneta alimentadora de arame para processo TIG é patenteada
o
Instituto de Soldagem e Mecatrônica (Labsolda) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) obteve recentemente uma patente intitulada “Dispositivo de Alimentação Automática tipo Caneta para Aplicação em Operações que Envolvam Adição de Material em Forma de Arame”. A invenção pode ser utilizada em operações de soldagem TIG e apresenta controle de acionamento de partida e parada para adição do material, metá-
lico ou não metálico, bem como sistema de regulagem da velocidade de avanço, que pode ser efetuada durante a operação, sem a necessidade de paradas. O equipamento teve como criadores Jair Carlos Dutra, Raul Gohr Júnior, Régis Henrique Gonçalves e Silva e Moises Alves de Oliveira. O objetivo do invento foi aumentar a produtividade, flexibilidade, robustez, facilidade de operação e o conforto do operador em processos que utilizam material de
Schuler lança linha de prensas mais acessíveis
a
alemã Schuler, com subsidiária em Diadema (SP), dispõe de uma nova linha de prensas compactas denominada Bliss, desenvolvida sobretudo para atender às estamparias que atuam como fornecedoras de autopeças, classi-
Modelo C1 de prensa da série Bliss, recentemente inserida no portfólio da Schuler
ficadas como tiers 2 e 3. Disponíveis em modelos dos tipos C e H, elas são fabricadas sob o selo de qualidade da Schuler, mas com custo mais acessível que o de modelos similares da empresa. A s máquinas são adaptadas para estar em conformidade com a NR12, sobretudo com relação à instalação de válvulas de segurança, dispositivos do púlpito de comando, parte elétrica e cortinas de luz. Os três modelos disponíveis possuem diferentes tamanhos de mesa, forças e velocidades de prensagem. Tel. (11) 4075-8365, www.blisspressusa.com.
Schuler Tel. (11) 4075-8444 www.schuler.com.br
Desenho-conceito da caneta alimentadora de arame
adição em forma de arame. A patente concede a propriedade da invenção à UFSC por dez anos, mais precisamente até maio de 2027. Labsolda – Instituto de Soldagem e Mecatrônica Tel. (48) 3234-6516 www.labsolda.ufsc.br
Desenvolvedora de software tem nova plataforma de nesting A italiana Libelulla, com subsidiária em Curitiba (PR), está comercializando um novo software de nesting. Batizado de Nexting, o sistema opera com um algoritmo de 64 bits que possibilita colocar dois ou mais núcleos de processamento simultâneos trabalhando em um ambiente multitarefas, visando ao melhor aproveitamento das chapas durante o processamento e também dos retalhos remanescentes. Os usuários contam ainda com o recurso de parametrização automática da peça e a possibilidade de converter e importar arquivos em formatos DXG, DWG, IGES, STEP e STL. Ele é compatível com máquinas de corte a laser, plasma, de oxicorte e jato d’água, além de fresadoras. Tel. (41) 3532-7751; www.libelulla.eu.
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Nova linha de aços de alta resistência
Software para operações de corte e soldagem passa por atualização
u
a
ma série de aços dual p hase d e al t a re sis tê n cia passou a ser fornecida no m e rc a d o b ra sil e iro p e la A rce l o r M i t t a l ( S ã o P a u l o, S P ) . A e m pre s a d e s e nvo l veu a s liga s denominadas FF28 0 DP, comercializ a das em fo r mato d e cha pa com espessura de 0,5 a 2 mm, qu e s ã o re co m e nda da s p ara a co nfe cç ã o d e co m p o nentes automotivos como, por exemplo, conjuntos estruturais , p o r t a s e c a p ô s . As chapas podem ser estampadas a frio e submetidas à conformação por repuxo e /ou recalque, s e nd o in di c a da s t am b é m p ara a co ns truç ã o d e co mp o n ente s qu e s e rã o uni d o s p o r p ro ce s s o s a l te r na t i v o s à s o l d a g e m, t a i s co m o a d o b ra d e e x t re midades, também conhecida co m o h e mmin g. N o e nt anto, o s m a te r i a i s p o d e m s e r p ro c e s s a d o s n o r m a l m e nte p e l o s m é to d o s d e uniã o co nve n ci o n a i s , co nfo r m e a f i r m o u A l e x a n d r e Co r t e z , q u e a t u a n o d e s e nvo l v im e nto d e p ro j e to s au to m ot i vo s da co m p anhia. O s a ço s tê m si d o u t iliz a d o s e m p ro j e to s d e e s t r u tura s l e ve s na Euro p a e n o s E s t a d o s U ni d o s , o s q ua i s in c luí ra m a co nfe cç ã o d e p o r t a s e c a p ô s qu e a p re s e nt aram re du ç ã o d e p e s o d e aprox ima dam ente 5 e 13 kg, respec tivamente, a part ir d e c ha p a s co m e s p e s su ra d e até 0,72 mm.
ArcelorMittal Tel. (11) 3638-6800 www.arcelormittal.com.br
Robotmaster Brasil (São Paulo, SP), com matriz no Canadá, está trazendo para o Brasil a versão 6.5 do seu software voltado para processos de corte e soldagem. O programa apresenta recursos como identificação automática de trajetórias de soldagem, que podem ser criadas por meio de um único clique, e detecção de eventuais obstáculos que possam interromper o cordão, além de ferramentas que possibilitam a criação de ângulos e a análise de transições na junção de materiais. O sistema possui ainda recursos para simulação digital de espaços fabris, da postura do robô durante a operação, dos parâmetros de processo e especificações técnicas
9
do equipamento a ser utilizado. Possui telas pelas quais a posição de cada eixo externo da célula robotizada em relação à peça pode ser avaliada, o que permite determinar as posições de eixos lineares e/ou rotativos dentro da área de trabalho. De acordo com Carlos Marcovici, diretor da companhia, o software é amigável e pode ser utilizado em aplicações que abranjam o uso de células com um único robô, assim como unidades com mais de um autômato atuando em eixos diversos. Robotmaster Tel. (11) 3661-1455 www.robotmaster.com/pt/
Capturas de tela da versão atualizada do software de corte e soldagem fornecido pela Robotmaster para uso em células robotizadas
Gerdau cria polo de qualificação em tecnologias robóticas A Gerdau, em parceria com a Yaskawa Motoman (Diadema, SP) e a Entev Integração Robótica (Barretos, SP), inaugurou, no mês de junho, um núcleo de estudos para treinamento e certificação de interessados na área de automação industrial. O polo, localizado na sede da empresa, em São José dos Campos (SP), ministrará cursos com duração de quatro anos, divididos em seis módulos: básico, intermediário, manutenção, avançado, integração e integração avançada e projetos. A primeira turma para alunos de fora da empresa começará em agosto. Os interessados podem se candidatar pelo site: www.polorobotico. com.br ou pelos e-mails: robotica.entev@gmail.com ou administr@ polorobotico.com.br.
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Notícias Consórcio pesquisa a união de materiais dissimilares
U
m consórcio do qual podem participar companhias e instituições interessadas no desenvolvimento de projetos para a cadeia metalmecânica está confeccionando peças metálicas a partir da união de aço de baixa liga e ferro fundido. Inicialmente foram fabricados cilindros usando chapas feitas com esses materiais, que foram soldadas por fricção (Friction Stir Welding – FSW) e submetidas posteriormente a tratamento térmico para o aumento da sua resistência mecânica por cerca de uma hora, sob temperatura de 580ºC, em que foi obtida dureza da ordem de 700 Vickers.
O s p r im e iro s co m p o n e nte s produzidos eram protótipos de câmaras de combustão interna cuja parte superior foi feita com aço e a inferior com ferro. Essa configuração foi escolhida devido ao fato de o primeiro material apresentar maior resistência em relação ao segundo, tendo em vista que a parte superior do cilindro seria submetida, por exemplo, ao contato com um pistão, conforme explicou Eduardo da Fonseca, engenheiro de projetos industriais que atua no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), em Campinas (SP), que integra o Centro Nacional
de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Segundo ele, o projeto abrange a confecção de tubos a partir de chapas com espessuras diferentes, assim como a fabricação de produtos por meio de união de metais e materiais poliméricos. O consórcio consiste no compartilhamento de recursos, dados e custos. Mais informações podem ser obtidas pelo endereço eletrônico: pages.cnpem.br/c2pa.
LNNano Tel. (19) 3518-3113 www.lnnano.cnpem.br
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Fabricante de alumínio fornecerá ligas de alta resistência
a
Novelis do Brasil (São Paulo, SP) anunciou que está desenvolvendo uma série de ligas de alumínio de alta resistência. Elas serão voltadas para processos de estampagem a quente, podendo ser processadas sob gradientes de temperatura de 400 a 500°C, e fornecidas em versões com espessura de 1 a 3 mm, sendo o seu limite de escoamento superior a 600 MPa. O projeto desses materiais foi embasado principalmente nos critérios de confecção de peças estruturais com resistência ao impacto como, por exemplo, as utilizadas na fabricação
de componentes que constituem carrocerias de veículos, conforme afirmou Alexandre Sartori, engenheiro de desenvolvimento Peça protótipo fabricada com liga de alumínio de alta resistência que de produto da está sendo desenvolvida pela Novelis companhia. De Advanz 7XXX, passe a ser comeracordo com o executivo, o desenvolvicializada no Brasil no próximo ano. mento delas é parte de um programa de inovação em produtos laminados que visa atender a demanda da indústria automobilística. Novelis A fornecedora prevê que a nova Tel. (11) 5503-0747 linha de alumínio, denominada www.novelis.com/pt-br
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Guia I
Fornecedores de máquinas de corte a laser para chapas As empresas que fazem parte deste guia comercializam equipamentos que processam metais planos por meio de laser, usando fontes de CO2 , Nd: YAG ou de fibra.
u
LF
1,8 a 2,8
210 a 280
± 0,05
3.050 a 6.050
1
110
± 0,05
1.525
3.025
205
20 a 25
6 a 12
900
•
1,8 a 2,8
210 a 280
± 0,05
3.050 a 6.050
1.525 a 2.025
125
20 a 25
6 a 12
900 a 2.350
•
0a 1,7
0a 170
0,005
3.070
1.550
100
10 a 25
•
8 a 25
920
•
2a6
Andrótica (11) 3712-0179
• •
10 a 30
85 a 260
0,05
3.000 a 12.000
1.500 a 2.500
0,5 a 25
0,5 a 15
1.000
1a6
9,8
120
0,05
3.050
1.550
170
20
10
700
27
210
0,05
3.050
1.550
170
20
10
700
• • •
BLM Group (11) 4967-8500
•
•
LE [1]
•
LCG3015 AJ [2] Nukon / Turquia
ECO Series, NF Pro, NF Pro S, REX, Vento
•
Adilas LT9
•
•
205
15 a 25
8 a 15
900
1.525 a 2.025
125
15 a 25
900 a 8 a 15 2.350
Aço 3.025
•
Potência máxima (kW)
1.525
Fibra
± 0,05
Nd: YAG
110
CO2
1
Z
Peso máximo da chapa (kg)
BL [1]
Y
Alumínio
Precisão de posicionamento (mm)
Acionamento
X
Modelo(s)
LP Amada (11) 4134-2320
Fonte
Espessura máxima da chapa (mm)
Velocidade de deslocamento (m/min)
•
Área de trabalho Aceleração (m/s²)
Adira +351 226192700 www.adira.pt
Fabricante estrangeiro / País de origem
53,2%, representando atualmente 46,2% dos consumidores desse tipo de equipamento, o que aponta uma nova tendência nesse mercado, provavelmente favorecida pela maior disponibilidade de modelos, marcas e, consequentemente, de preços. Desses, a maioria (58,3%) é formada por empresas de médio porte, seguida pelas de grande (25%) e pequeno porte (16,6%). Com relação a sis temas de segurança, 79,1% das entrevistadas afirmaram fornecer produtos equipados com dispositivos dessa classe, ao passo que 94,7% delas comercializam máquinas com extratores de fumos.
metais sanitários (juntos equivalem a 5,6% da clientela), produtores de eletrodomésticos (4,5%), de eletroeletrônicos (4,4%) e de ar-condicionado (3,9%). Também foram mencionados os ramos naval e náutico (somando cerca de 3,4%) e o sucroalcooleiro (1,5%, aproximadamente), além do de equipamentos de fitness e informática (cada um representando 1,3% dos compradores). A mai o r p ar te da cli entela (53,8%) é constituída por usuários de peças e/ou fabricantes de produtos. No levantamento anterior feito por Corte & Conformação de Metais (junho de 2015) os prestadores de serviços equivaliam a
Motor linear Fuso de esfera
Empresa Telefone
Fabricante Importadora exclusiva
m levantamento feito junto a fornecedores de sistemas de corte a laser para o processamento de chapas metálicas constatou que o principal segmento consumidor desse tipo de maquinário é o de fabricação de máquinas e equipamentos (23%), seguido pela indústria automobilística (8,6%, aproximadamente), de embalagens (7,9%) e de painéis elétricos (7,2%), assim como pela moveleira e aeronáutica (juntas representando cerca de 7% do montante). Dessa lista consta ainda o setor de construção civil (6,9%), o de infraestrutura e tubulações (em torno de 6,5%), os prestadores de serviços e fabricantes de utensílios e
•
2a6
•
2a6
•
2,5 a 4,5 2,5 a 4,5
4,5 4,5
14
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Cesmi (11) 2221-3610
•
LVD (47) 3027-4181
Ciele / Itália
•
Jet Tek (54) 3225-5550
Fibra
Potência máxima (kW)
0a 140
± 0,1
0 a 3.150
0 a 1.620
0 a 65
0,8 a 20
0,8 a 16
980
•
2a4
BySprint [1]
0a 12
0a 140
± 0,1
0a 6.614
0 a 2.032
0 a 70
0,8 a 25
0,8 a 30
3.500
•
3 a 10
•
3 a 10
•
• •
Jet Tek / China
LVD, Strippit / Bélgica, EUA
ByStar
•
0a 30
0a 169
± 0,1
0 a 4.105
0 a 2.100
0 a 100
0,8 a 25
0,8 a 30
1.900
ByAutonom
•
0a 30
0a 169
± 0,1
0a 4.090
0 a 2.060
0 a 80
0,8 a 25
0,8 a 15
1.580
•
4,4 a 6
BySprint Pro [1]
0a 12
0a 140
± 0,1
0a 4.064
0 a 2.032
0 a 70
0,8 a 25
0,8 a 15
1.580
•
4,4 a 6
Cesmi 3015-L , Cesmi 3015-M [1], Cesmi 3015-H [1]
8a 15
60 a 90
0,03
1.500 a 2.000
3.000 a 6.000
70 a 180
0,3 a 20
0,3 a8
700
5a9
20 a 120
0,01
600 a 2.000
400 a 4.000
50 a 100
0,14 a3
0,14 a3
0,4 a 6,3
0,4 a5
Epsilon M/T-Sigma
•
Murata do Brasil (11) 4648-6222 Newton (19) 3404-7313 Oxipira (19) 99706-0994
PR2 Group/ Han’s Laser (15) 3233-6911
•
Murata Machinery / Japão
•
• •
Multi Axis
•
9,8
90
0,025
0 a 500
0 a 300
0 a 300
JTLF 3015/500W, JTLF 3015/750W, JTLF 3015/1000W, JTLF 3015H/2000W, JTLF 3015H/3000W, JTLF 3015H/6000W
•
12
50
0,05
1.500
3.000
120
• •
HK / Coreia do Sul
Han’s Laser / China
0,5 a 4
• • •
0,3 a 2
•
0,3 a 4
•
0,5 a 6
70
6 a 22 1 a 10 1.000
•
0,8
100
0,05
3.000 a 4.000
1.500 a 2.000
240
16 a 20
6 a 10
575
•
2,5 a 4
Impuls
•
0,8
85
0,05
4.000 a 12.500
2.000 a 3.000
280
20 a 25
10 a 15
7.600
•
4a6
Lynx
•
0,8
120
0,05
3.000 a 4.000
1.500 a 2.000
230
10 a 20
6 a 12
750
Phoenix
•
1
140
0,05
3.000 a 6.000
1.500 a 2.000
130
10 a 25
2
170
0,05
3.000
1.500
100
LaserMat® [1]
4
60
± 0,1
3.000 a 60.000
2.500 a 4.100
FiberBlade® [1]
1,2
35
0,1
6.500 a 12.500
340
± 0,01
0a 12
0a 170
11,76
LS3015FC
•
• •
MCL
•
•
Orion
Electra Messer Cutting Systems (11) 4525-6680
Nd: YAG
Alumínio
0a 12
Z
CO2
Aço
BySmart [1]
Y
Peso máximo da chapa (kg)
Precisão de posicionamento (mm)
Acionamento
X
Modelo(s)
[1]
•
Fesmo (12) 3202-8000 IPG (11) 4380-9939
Bystronic / Suíça, China
Fonte
Espessura máxima da chapa (mm)
Velocidade de deslocamento (m/min)
• •
Área de trabalho Aceleração (m/s²)
Bystronic (41) 3666-9000
Fabricante estrangeiro / País de origem
Motor linear Fuso de esfera
Empresa Telefone
Fabricante Importadora exclusiva
Guia I
PS 3015 Fiber
•
•
2a4
6 a 15 2.500
•
2a6
10 a 25
6 a 15
750
•
2a6
150
25
20
9.000
2.500 a 4.100
150
20
12
8.000
•
4
3.070
1.550
95
16
8
600
•
2,5 a 5
0,03
2.000 a 6.000
1.550 a 2.000
0 a 100
0,5 a 25
0,5 a 10
900
•
1.000 a 6.000
170
0,1
3.048
1.524
12,7 a 25,4
8 a 15
900
•
2a6
•
5
G3015HF
•
19,6
200 a 250
0,02
3.000 a 6.000
1.500 a 2.500
120 a 300
0,5 a 25
0,5 a 22
1.600
•
4 a 12
G3015F
•
11,7
169 a 220
0,02
3.000 a 6.000
1.500 a 2.500
120 a 300
0,5 a 25
0,5 a 22
1.600
•
2,5 a 8
G3015MF
•
0,8
120 a 169
0,03
3.000 a 6.000
1.500 a 2.500
120 a 300
0,5 a 16
0,5 a 12,8
900
•
1 a 2,5
G3015HD
•
11,7
140 a 169
0,03
3.000 a 6.000
1.500 a 2.500
120 a 300
0,5 a 25
0,5 a 22
1.600
P6018D
•
60
50 a 69
0,05
6.000 a 12.000
0,5 a 180
0,5 a 16
0,5 a 12
100
•
2a5
•
1 a 12
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DOBRADEIRA
16
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Prima Power (11) 3978-4648
• •
Prima Industries / Itália
0,5 a 25
Platino Fiber 1530
•
140
0,03
3.000
1.500
150
0,5 a 25
Máximo 3090-30360
•
140
0,03
3.000
1.500 a 36.000
150
0,5 a 25
1.500 a 2.000
150
0,5 a 25
•
3a6
Laser 3D Next 1530 & Laser 3D Next 2130
•
208
0,03
3.000
1.500 a 2.000
612
0,5 a 25
•
3a4
Laser 3D Rapido
•
175
0,03
4.000
1.500
765
0,5 a 25
•
2a4
Laserdyne 430 Hi Precision
•
15
0,0125
585
408
508
0,5 a 6
•
2
120
0,03
0a 4.064
0 a 2.032
0 a 100
15 a 25/10 a 15
8 a 15
•
2a6
400 a 2.150
30
0,5 a 3
0,7 a3
100
•
4a6
•
•
Aço 3.000 a 4.000
SEI Laser Brasil (11) 3831-4262
Trumpf (11) 4133-3591
4
0,03
Schuler Automation / Laser Blanking Line Alemanha
L3-3015 / L3-4015 / L3-4020 [1]
Mercury Fibra
•
180
•
Sigma FiberCut 1325 e 1530 [3] Tecoi / Espanha
•
2,5 a 6
240
•
•
•
•
Schuler Automation (11) 4075-8661
Tecoi (11) 2311-8000
2,5 a 5
Genius 1530 & Genius 2040
Salvagnini / Itália
•
•
Potência máxima (kW)
150
Fibra
1.500 a 2.000
Nd: YAG
3.000 a 4.000
CO2
0,03
Z
Peso máximo da chapa (kg)
140
Y
Alumínio
Precisão de posicionamento (mm)
•
Aceleração (m/s²)
Platino 1530 & Platino 2040
•
Taico Laser (19) 3648-6121
Fonte
Espessura máxima da chapa (mm)
X
Modelo(s)
Salvagnini (12) 3903-9210
SEI SPA / Itália
Área de trabalho Velocidade de deslocamento (m/min)
Acionamento
Fabricante estrangeiro / País de origem
Motor linear Fuso de esfera
Empresa Telefone
Fabricante Importadora exclusiva
Guia I
•
LS Séries TruLaser 1030 Fiber
•
20
120
0,05
1.000 a 2.000
700 a 4.000
70 a 110
2a5
1,5 a6
60
•
0,5 a 2
0a1
0 a 30
< 0,5
0a 3.000
0 a 1.500
0 a 35
0 a 10
0a6
500
•
300 a 3.000
0a3
0a 125
0,001
6.200 a 70.000
3.100 a 6.000
0 a 200
0,6 a 25
0,3 a 20
9
85
0,03
3.000
1.500
75
16/20
12
1.000 a 16.000 720
2.000 a 3.000
Unistamp (11) 4016-0250 Welle (48) 3025-0700
• •
Durma / Turquia
140
0,03
3.000 a 6.000
1.500 a 2.500
115
25
25
900 a 3.000
TruLaser Série 3000 CO2
•
10
140
0,03
3.000 a 4.000
1.500 a 2.000
115
25
15
900 a 1.700
TruLaser Série 5000 Fiber
•
20
265
0,03
3.000 a 4.000
1.500 a 2.000
115
25/40
25
900 a 3.600
1.500 a 2.000
115
25
15
1.800 a 4.800
•
6
25
15
1.800 a 4.800
•
4a6
TruLaser Série 5000 CO2
•
20
300
0,03
3.000 a 6.000
TruLaser 8000 CO2
•
20
304
0,03
2.500
4.000 a 16.000
115
• •
10 a 20
141 a 280
0,03
3.060 a 12.200
1.530 a 2.100
160 a 185
0a 10
0a 170
< 0,05
3.000
1.500
110
HD-F / HD-FL / HD-FS / HD-TC CS3000 Fiber Series [4]
8 a 30 4 a 18
200
0 a 30 0 a 20 ~1.100
Nota: [1] Modelo acionado por pinhão/cremalheira. [2] Acionamento por pinhão e cremalheira helicoidal. [3] Acionamento por servomotores e correias. [4] Acionamento por cremalheira helicoidal nos eixos X e Y. Acionamento por fuso de esfera no eixo Z. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 50 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, Junho / Julho / Agosto de 2017. Este e outros 94 Guias CCM estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/ccm e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
Potência máxima (kW)
10
Fibra
Alumínio
•
Z
Nd: YAG
Aço
TruLaser Série 3000 Fiber
Y
CO2
X
Modelo(s)
Peso máximo da chapa (kg)
Precisão de posicionamento (mm)
Acionamento
Velocidade de deslocamento (m/min)
•
Fonte
Espessura máxima da chapa (mm)
Aceleração (m/s²)
Trumpf (11) 4133-3591
Fabricante estrangeiro / País de origem
Área de trabalho
17
Motor linear Fuso de esfera
Empresa Telefone
Fabricante Importadora exclusiva
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
3a6
•
3,2 a 6 3a8
•
1a8
•
1a8
18
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Técnica
Reações exotérmicas usadas para desfazer juntas adesivadas A união de chapas por meio de adesivos tem assumido um papel significativo na confecção de produtos, uma vez que, ao contrário do que ocorre nos processos mecânicos e térmicos, as peças a serem unidas não são afetadas. Em princípio, as juntas coladas eram irreversíveis, o que podia dificultar o reparo de componentes assim unidos. Entretanto, a instauração de políticas de sustentabilidade e reciclagem levou à necessidade de se desfazer essas uniões, da forma mais fácil possível e sem geração de resíduos. Este trabalho aborda o conceito de ativação térmica externa (irradiação por micro-ondas ou aquecimento por indução), que inicia a reação exotérmica de substâncias da matriz do adesivo, permitindo o seu descolamento. S. Sims, V. Gettwert, H. Urban, A. Winkel, M. Kahlmeyer e S. Böhm
a
s vantagens inerentes à aplicação de adesivos estruturais, em comparação com outros tipos de união que alteram as características dos materiais envolvidos, têm levado à substituição de processos como soldagem e rebitagem. Entretanto, a dissolução de juntas de adesivos constitui um problema, uma vez que requer a utilização de muitos materiais e aplicação de esforços mecânicos; além disso, frequentemente as uniões são de difícil acesso (1) . Basicamente, a sua desconstrução pode ser feita a partir de: • Separação mecânica – por exemplo, usando equipamentos de corte;
• Separação termomecânica por pirólise ou fragilização criogênica, com separação mecânica subsequente (2) ; • Separação química usando solvente ou reagentes (inchamento, ataque ou degradação química do polímero), ou pela inserção covalente de pontos de fratura na matriz do adesivo (por exemplo, pela reação de Retro-Diels-Alder) (3,4) . A maioria dos adesivos usados em uniões coladas que se rompem facilmente não é adequada para aplicações (semi)estruturais (5) . Esse trabalho foi fundamentado no desenvolvimento de um adesivo
estrutural que pudesse ser degradado pela ação de um aditivo ativável pelo “aperto de um botão”, permitindo a ruptura da união colada mediante esforço mínimo e gerando a menor quantidade de resíduos possível (6). Isso foi feito pela combinação de aquecimento (ativação) e degradação. O aporte de calor aplicado no adesivo usado na união de componentes poliméricos é feito pela irradiação de micro-ondas, uma vez que um fluido iônico é incorporado ao adesivo, aumentando a sua absorção de micro-ondas. No caso de peças metálicas unidas por adesivo é utilizado o aquecimento por indução. Em ambas as variantes de aquecimento a energia introdu-
Stefan Sims (stefan.sims@ ict.fraunhofer.de) é pesquisador-assistente na área de produtos de materiais energéticos no Instituto Fraunhofer para Tecnologia Química (Fraunhofer Institut für Chemische Technologie – ICT), na Alemanha, e Volker Gettwert (volker.gettwert@ ict.fraunhofer.de) atua em projetos sobre combustível sólido para foguetes e proteção contra fogo na mesma instituição. Helfried Urban (helfried.urban@ ict.fraunhofer.de) é pesquisador-assistente do departamento de Engenharia de Polímeros do mesmo instituto e professor de física, eletrônica e medição na Escola Superior de Karlsruhe (Hochschule Karlsruhe). Andreas Winkel (a.winkel@ uni-kassel.de) e Martin Kahlmeyer (m.kahlmeyer@ uni-kassel.de) são pesquisadores-assistentes da Divisão de Tecnologia de Colagem da disciplina de Processos de Fabricação por Corte e União (tff), da Universidade de Kassel (Universität Kassel), também na Alemanha, e Stefan Böhm (s.böhm@ uni-kassel.de) é professor na mesma entidade. Este artigo foi publicado originalmente na edição 68/2016 do periódico alemão Schweißen und Schneiden. Direitos para o português adquiridos por Corte e Conformação de Metais. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
zida faz com que os componentes incorporados ao adesivo reajam e iniciem sua pirólise parcial. Os gases liberados pela reação ajudam a separar as partes unidas.
Fluidos iônicos para a ativação Os fluidos iônicos são constituídos por sais que apresentam ponto de fusão acima de 100°C (7); principalmente por cátions orgânicos com cadeias laterais assimétricas, bem como ânions inorgânicos (figura 1). Eles frequentemente apresentam entalpias de formação fortemente positivas, o que faz com que sua decomposição libere energia na forma de calor (8). Pela absorção de energia e liberação de calor durante a decomposição do fluido iônico pode-se degradar a matriz do adesivo, bem como iniciar a decomposição dos componentes a ele incorporados. A escolha dos fluidos iônicos adequados para auxiliar o processo de descolamento foi embasada em um estudo sobre a faixa de decomposição e de entalpia de sete tipos de fluidos comercializados, à base de sais de 1-butila-3-metilimidazolium ou de 1-etila-3-metilimidazolium, com diferentes ânions, por calorimetria diferencial de varredura. Considerando a solubilidade do adesivo, a influência do fluido iônico sobre a temperatura de transição vítrea da resina epóxi e as características dielétricas em termos da absorção de micro-ondas, foi selecionado o nitrato de 1-etila-3-metilimidazolium (nitrato de [EMIM], [EMIM] NO3 ), particularmente adequado para a aplicação em questão.
Aditivos para o descolamento Agente gerador de gás Os agentes geradores de gás ou de expansão são substâncias quími-
Fig. 1 – Nitrato de 1-etila-3-metilimidazolium como exemplo de um fluido iônico
cas que se decompõem gerando grande volume de gases inertes (9). Sua decomposição deve ocorrer de forma não-explosiva, de maneira relativamente lenta, e a liberação dos gases promove a formação de tensões internas no adesivo, causando danos mecânicos à matriz polimérica. Essas substâncias são geralmente aplicadas na fabricação de espumas (10). Foram analisados diversos agentes geradores de gás conforme a sua adequabilidade, em função de critérios como, por exemplo, a compatibilidade com o sistema de adesivos, a estabilidade a longo prazo e características térmicas. Foram considerados, entre outras substâncias, agentes de expansão usados na indústria de plásticos, tais como a azodicarbonamida (A.D.C.) e o 4,4’-oxibisbenzenosulfonilhidrazida (O.B.S.H.), bem como compostos como o azotetrazolato de guanídio (G.Z.T.) e a dinitramida de guanil-uréia (FOX12).
Oxidantes Os oxidantes são compostos que liberam oxigênio durante a sua decomposição, o qual pode ser usado para promover a degradação da matriz de adesivo no interior do cordão de colamento (11). Neste caso é necessário considerar particularmente a compatibilidade desse aditivo com os adesivos à base de resina de epóxi. Existem diversos compostos à base de amônia (por exemplo, nitrato ou perclorato de amônio) que não podem ser usados, uma vez que os endurecedores à base de amina frequentemente utilizados nos processos de colagem reagirão com
19
os íons de amônio dos oxidantes, transformando-se em sais de amônio e tornando-se ineficazes para a cura do adesivo. Devido a isso, foi feito um estudo sobre a dinitramida de potássio (K.D.N.). Trata-se de um dos agentes oxidantes mais ricos disponíveis no mercado, com 38,6% de oxigênio, que, pela introdução de nitrogênio ligado intramolecularmente, proporciona capacidade de expansão conforme a atuação dos agentes geradores de gás (12).
Caracterização da resistência mecânica e ao envelhecimento da junta colada Foi usada uma resina de éter de deglicidila de bisfenol A/F, a qual continha apenas 3% em peso de ácido silícico, um agente pirogênico, para a formulação tixotrópica, e uma poliéterdiamina, como agente de cura. Assim, puderam ser evitadas reações com caráter exotérmico entre substâncias pirogênicas e estabilizadores, pigmentos ou agentes similares eventualmente contidos na formulação. Esse sistema de cura a frio apresenta tempo de processamento longo e baixa geração de calor durante a reação, evitando assim que os componentes pirotécnicos sejam ativados prematuramente. Os ensaios de resistência ao cisalhamento sob tração foram feitos conforme a norma técnica DIN EN 1465, usando cinco corpos de prova de aço DC04 (número de material 1.0338) com dimensões de 100 x 25 x 1 mm e sobreposição de 12,5 mm, processados sob temperatura ambiente após desengraxamento e jateamento com coríndon (coríndon branco, com granulometria entre 180 – 250 mícrons) das superfícies a serem coladas.
20
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Técnica
Foram feitos diversos testes de envelhecimento com a resina mais adequada, constituída por 5% em peso de A.D.C. e igual teor de K.D.N., mais 2% em massa de nitrato de EMIM e 1% em massa de grafita. Os ensaios foram definidos juntamente com parceiros deste projeto para, entre outras aplicações, atender a indústria automobilística, bem como o Fig. 2 – Resistência da união colada após o envelhecimento segmento de fabricação tivas em comparação com o adesivo de utensílios domésticos. Foi feito básico sem aditivos. um estudo sobre o envelhecimento das juntas coladas por meio de um tratamento específico para a aplicaCaracterização do processo ção escolhida, ou seja, exposição a de descolamento 115°C durante 12 horas. No ensaio de cataplasma, executado conforme Descolamento por a norma técnica DIN EN ISO 9142, os aquecimento por indução corpos de prova foram envolvidos O componente metálico da união em compressas, soldados numa foi aquecido por meio de uma bolsa e submetidos à temperatura pinça térmica compatível com os de 70°C por 48 horas, além de outro corpos de prova, que apresentava período de 15 horas sob -20°C. Esse geometria definida pela norma ensaio proporciona um ambiente técnica DIN EN 1465, sob fremuito severo que permite o estudo quência de 12 kHz e modulação dos efeitos da corrosão e do envepor amplitude de pulso (Pulsweilhecimento sobre a união colada. A tenmodulation, P.W.M.) com ciclo figura 2 mostra os resultados dos de trabalho de 40% a 200°C ou ensaios de cataplasma e do armaze230°C, mantendo a temperatura namento sob temperatura de 115°C visada durante um período deterdurante 12 horas em comparação minado. O descolamento depende, com o adesivo submetido apenas entre outros fatores, dos diferentes à cura. Os ensaios de cisalhamento coeficientes de dilatação e condupor tração foram executados após tibilidade térmica entre o adesivo resfriamento até a temperatura ame os componentes por ele unidos, biente, de forma a garantir que todos os quais dão origem a tensões que os experimentos ocorressem sob as romperão a junta. Por esse motivo mesmas condições. Os corpos de foi selecionada uma velocidade de prova se romperam principalmente aquecimento extremamente lenta, de forma alternada no lado do adede 3,5°C/s, para excluir a influência sivo, como também somente no lado negativa sobre os resultados de redo adesivo, enquanto foram constasistência mecânica decorrentes dos tados efeitos da corrosão nos corpos diferentes valores de coeficiente de de prova submetidos ao ensaio de dilatação térmica entre o adesivo cataplasma. Investigações adicionais e os componentes unidos. A figumostraram que o adesivo modificado ra 3 (pág. 21) mostra os valores não apresentou diferenças significade resistência ao cisalhamento sob
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
21
Fig. 3 – Variação de tempo e temperatura no processo de descolamento; a espessura da camada de adesivo foi igual a 0,15 mm.
tração das formulações de adesivos citadas anteriormente sob diversos ciclos de aquecimento decorrentes da aplicação de indução, em comparação com o aquecimento feito numa estufa com recirculação de ar. Todos os corpos de prova mostraram fratura alternada no adesivo. A força residual mínima, de aproximadamente 2,5 MPa, foi observada num corpo de prova que havia sido submetido ao aquecimento a 230°C durante cinco minutos. A caracterização por calorimetria diferencial por varredura do adesivo original permitiu demonstrar que, mesmo na faixa de temperaturas que levam à descolagem, a matriz do polímero sofreu pós-reticulação. As forças que atuam contra o descolamento precisam ser compensadas pela reação pirotécnica. Sob tais condições não houve a degradação completa da matriz do polímero; ocorreu uma pirólise parcial que foi suficiente para promover uma redução significativa da força de colamento. Entretanto, para obter resultados de descolamento os mais otimizados possíveis, é necessário visar uma forte degradação da matriz, com menores forças de coesão e aderência residual e, simultaneamente, com grau mínimo de pós-reticulação. É difícil prever a força residual em função dos processos antagônicos que ocorrem simultaneamente; eles precisam ser considerados para cada caso específico de aplicação.
Descolamento por micro-ondas Juntamente com a determinação dos parâmetros dielétricos foi medida a excitabilidade das formulações dos adesivos usados
22
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Técnica
nos substratos de plástico, sendo usados corpos de prova de polimetilmetacrilato (PMMA), os quais foram submetidos a ensaios de cisalhamento com carga de tração de 30 N ou 100 N, ao mesmo tempo em que sofriam irradiação de micro-ondas. Assim foi possível caracterizar o descolamento em função da potência da irradiação de micro-ondas. A figura 4 mostra a comparação dos resultados dos ensaios de cisalhamento sob tração de um adesivo básico não-modificado com os de um adesivo com fluido iônico. A absorção de micro-ondas pelo adesivo aumentou muito devido ao uso de fluido iônico. O adesivo não-modificado pôde absorver uma potência nominal de 1.000 W ao longo de 80 s e de 500 W após 240 s, enquanto os corpos de prova com nitrato de EMIM absorveram 1.000 W após 20 s e 500 W em 55 s. Isso corresponde a um fator de aceleração para o aquecimento variando entre 4 e 5 em relação ao adesivo sem fluido iônico. Poderão ser impostas limitações mais severas aos componentes poliméricos, os quais absorvem menos micro-ondas, visando evitar a ocorrência de danos térmicos ao substrato. Além disso, o descolamento poderá ser acelerado pelo efeito conjunto de maior absorção de micro-ondas e da decomposição exotérmica.
Descolamento por aquecimento sob convecção Para determinar os efeitos sinérgicos entre os agentes geradores de gás (A.D.C., FOX12) e oxidantes (KDN), corpos de prova de aço (DC04) foram unidos por colamento, sendo sua resistência ao cisalhamento sob tração medida antes e após um período de aquecimento de cinco minutos, sob 230°C. A ta-
Fig. 4 – Evolução de alongamento ao longo do tempo sob força constante de tração em função da potência da irradiação de micro-ondas
bela 1 mostra as correspondentes formulações dos adesivos, enquanto os resultados são mostrados na figura 5. A influência dos agentes formadores de gás sobre a resistência ao cisalhamento sob tração mostrou-se mais forte do que a dependência em relação ao teor dos aditivos envolvidos. Esses corpos de prova, sem exceção, Fig. 5 – Resistência ao cisalhamento sob tração antes e depois da igualmente se rompe- aplicação de aquecimento (as formulações estão descritas na tabela 1). ram no adesivo e a proporção de fraturas uniTab. 1 – Diferentes formulações de combinações de KDN com ADC ou FOX12 laterais nele foi muito alta. O valor Fração Fração médio oriundo dos cinco ensaios Agente em em Formulação gerador Oxidante isolados diz respeito às amostras peso peso de gás (%) (%) que sofreram descolamento somente pela aplicação de calor. Isso 1 ADC 5 KDN 5 foi observado em dois dos cinco 2 ADC 7,5 KDN 7,5 corpos de prova contendo A.D.C. 3 FOX12 5 KDN 5 (formulação #1) e em um dos cin4 FOX12 7,5 KDN 7,5 co que tinham FOX12. A figura 6 (pág. 24) mostra uma fratura dessas amostras. Os resíduos no lado dos por microscopia eletrônica de livre da união originados a partir varredura /microssonda ( Energy de corpos de prova separados sem Dispersive Spectroscopy – E.D.X. –, aplicação de força foram analisaou espectroscopia de raios-X por
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Técnica
conjunto ativados num forno devem ser separados posteriormente de forma manual. O ponto principal deste trabalho consiste na ativação o mais eficiente possível das adições pelo aquecimento por indução ou por micro-ondas, de forma a reduzir ao máximo o tempo de descolamento. Fig. 6 – Fotografias das superfícies de fratura após a ativação de corpos de prova contendo ADC e FOX12, que foram Foi mostrado que a utilização descolados sem esforço mecânico. do nitrato de (EMIM) acelerou o aquecimento do adesivo no campo das micro-ondas de oxidantes (K.D.N.), cuja decomum fator entre 4 e 5. Os corpos de posição possibilita a pirólise ou a prova metálicos apresentaram uma degradação oxidativa parcial dos Conclusões significativa redução da resistência adesivos estruturais. ao cisalhamento sob tração em um Foram comparados métodos de Foi comprovado que a matriz de período de cinco minutos. Somenaquecimento usando indução (no um adesivo estrutural pode ser te após a ativação térmica feita em caso da colagem de metais) ou modificada por reações exotérestufa alguns corpos de prova se micro-ondas (no caso da colagem micas e sua resistência mecânica separaram sem resistência. de plásticos) com a ativação numa significativamente reduzida após No caso de operações indusestufa com sistema de recirculação um estímulo externo, tratamento triais, a formulação precisa adiciode ar. O resfriamento do adesivo que não influencia as demais canalmente ser adaptada ao corresaté a temperatura ambiente após racterísticas do adesivo. pondente campo de aplicação. Foi a ativação das adições, além de A matriz do adesivo conti constatado que os componentes possibilitar a comparabilidade dos nha um fluido iônico (nitrato de unidos puderam ser completatrês métodos de ativação, permitiu (EMIM)), o qual se decompõe pela mente separados pela ativação dos a determinação da força residual ativação térmica. A degradação aditivos. Entretanto, ainda é necesassociada à aplicação, por exemexotérmica ativa o agente gerasária uma otimização para garantir plo, quando componentes de um dor de gás (A.D.C. e FOX12) e os
dispersão de energia). Foi constatado que elementos unidos “saudáveis” geraram apenas uma pequena quantidade de resíduos de compostos de carbono e de potássio, os quais eram provenientes principalmente dos adesivos usados, bem como resíduos provenientes da decomposição da dinitramida de potássio. Assim, é possível reutilizar componentes de uniões que possam ser limpos facilmente.
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
que isso ocorra em todos os casos, assim como desenvolvimentos para garantir a remoção de resíduos.
Agradecimentos O projeto IGF 17.301 N/DVS-Nummer 08.076, desenvolvido pela Associação de Pesquisa em Soldagem e Processos Aplicados da Associação Alemã para Soldagem e Processos Aplicados (Foschungsvereinigung Schweiβen und verwandte Verfahren des Deutscher Verband für Schweiβen und verwandt Verfahren – D.V.S.), com sede na Alemanha, foi apoiado pela Associação dos Grupos de Trabalho em Pesquisa Industrial (Arbeitsgemeinschaft industrieller Forschungsvereinigungen, A.i.F.) e pela Associação Industrial de Pesquisa e Desenvolvimento (Indus-
trielle Gemeinschaftsforschung, I.G.F.) do Ministério Federal Alemão para Economia e Energia com base numa resolução do Parlamento Alemão.
5)
6)
Referências 1)
Banduhn , n. u. a .: Kleben/Klebstoffe. Informationsserie des Fonds der chemischen Industrie, Bd. 27. Industrieverband Klebstoffe e. V. (Hrsg.). Frankfurt (Main) 2001. 2) n ishiyama , y., u. a .: Dismantlement behavior and strength of dismantlable adhesive including thermally expansive particles. Int. J. of Adhesion and Adhesives 23 (2003), H. 5, S. 377/82. 3) a uBert, J. h.: Thermally removable epoxy adhesives incorporating thermally reversible Diels-Alder adducts. The J. of Adhesion 79 (2003), H. 6, S. 609/16. 4) s chleevoigt, P., u. J. l euthäusser : Neues Konzept für ein leichteres Lösen von Klebverbindungen. Adhäsion 50 (2006), H. 7-8, S. 24/28, 2006.
7)
8)
9) 10) 11) 12)
25
d ilger , K., u. m. F rauenhoFer : Schlussbericht zum BMBFVerbundprojekt PETER. Forschungsberichte des Instituts für Füge-und Schweißtechnik, Nr. 23. Shaker Verlag, Aachen 2008. WinKel , a., u. a .: X-Bond-Entkleben unter Nutzung exothermer Reaktionen. Abschlussbericht, Forschungsvorhaben IGF 17.301 N/ DVS-Nummer 08.076 Univerität Kassel 2015. WilKes , J.: A short history of ionic liquids – from molten salts to neoteric solvents. Green Chemistry 4 (2002), H. 2, S. 73/80. s hreeve, J. m., u. a .: Stickstoffreiche energetische Salze und ionische Flüssigkeiten. Angewandte Chemie 118 (2006), H. 22, S. 3664/82. a ltstädt, v., u. a. m antey : Thermoplast-Schaumspritzgießen. Carl Hanser Verlag, München 2010. teiPel , u.: Energetic Materials. WileyVCH Verlag, Weinheim 2004. K laPötKe, t. m.: Chemie der hochenergetischen Materialien. De Gruyter Verlag, Berlin 2009. Köhler , J., u. r. m eyer : Explosivstoffe. 9. Auflage, S. 18. Wiley-VCH Verlag, Weinheim 1998.
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Guia II
Os prestadores de serviços de corte e dobramento de chapas para terceiros As empresas listadas neste guia atuam no mercado de corte e dobramento de chapas, dispondo de diferentes tipos de equipamentos para a execução de seus serviços.
o
setor de fabricação de carenagens de máquinas e equipamentos predomina na carteira de clientes de 37,2% das empresas participantes deste guia, ao passo que 16,2% são representados pela indústria automotiva e 16% estão voltados para o segmento de infraestrutura e tubulações. Também são importantes consumidores os fabricantes de componentes para eletroeletrônicos, com um índice de 7,7%, bem como fornecedores do mercado sucroalcooleiro, com 6,4%. Também foram apontadas as empresas ligadas ao mercado naval/náutico e moveleiro, com 3,7% e 3,6% das solicitações, respectivamente,
tais (julho de 2016), quando os usuários de softwares de nesting equivaliam a 60,7% das entrevistadas, com 58,9% afirmando, na ocasião, executar o projeto de peças, o que mostra a tendência do mercado em utilizar cada vez mais esses sistemas que propiciam um melhor aproveitamento dos materiais utilizados em seus processos. Sobre o uso de robôs, 10,8% das inquiridas afirmaram trabalhar com autômatos de soldagem (dessas, 75% possuem uma unidade e 25% utilizam dois robôs). Outros 16,2% usam equipamentos de prototipagem rápida no desenvolvimento dos seus produtos.
além de fabricantes de equipamentos para informática e eletrodomésticos – os primeiros correspondendo a 3% dos pedidos e os seguintes a 2,3%, assim como os que atuam na produção de equipamentos de fitness e ar-condicionado, com percentuais de contratação de 2,2% e 1,7%, respectivamente. Entre os participantes, 70,3% afirmaram utilizar softwares de nesting, ao passo que 67,6% informaram executar o projeto de peças, sendo 62,2% donas de uma média de três estações CAD. O número de usuários desses sistemas aumentou desde o levantamento anterior feito por Corte & Conformação de Me-
A4 Tecnologia – (11) 5521-1369
CNC
1
Aço Carbono (11) 2455-0205
Conv.
2
1
CNC
2
2
Aço Motriz (71) 3381-3455
Conv.
Açobril (11) 2207-6700
Conv.
1
1
2
•
• •
•
•
1
1
1
1 1
10 8
Outros
Soldagem
Galvanoplastia
• • •
1 1
1
Pintura
Outras
Routers
Rebordeadeiras
Rebitadeiras
A empresa presta serviço de
Rebarbadora de chapas
Puncionadeira com cabeçote laser
Puncionadeiras
Perfiladeiras
Oxicorte
mecânica
hidráulica
Endireitadora
1
3 1
1
Guilhotina
2
1
CNC CNC
mecânica
hidráulica
Dobradeira
a plasma
a laser
com jato d’água
Corte
Chanfradeiras
chapas
Calandras
barras e perfis
Empresa Telefone
Convencional / CNC
Tipo de máquina
Quantidade de máquinas
1
28
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Guia II
Açocorte (54) 3213-2477
Conv.
Águia Laser – (11) 2988-0210
CNC
1
CNC
1 3
2
Conv.
Buww (41) 3398-0800
Conv.
Buzas (11) 3385-8700
Conv.
Caesa (41) 3699-8400
Conv.
Caldlaser (11) 4013-6500
Conv.
1
CNC 1
1
5
2
3 1
1
1
3
3
2
21
• • •
CNC
Cecometal – (19) 3233-6942
CNC
Central de Ferro – (62) 3271-2044
Conv.
Cinfel (43) 3348-6663
Conv.
CLTR (11) 4649-7571
Conv.
CNC
CNC
1
2
1
2
3
3
2
1
1 1
2
CNC
4 2
1
CNC
4
1
3
5
1
1 3
1 4
1
1
1
1
• • •
1
•
•
3
•
• •
2
1
• • • •
1 1
1
•
1 4
1
6 1
7
1
Outros
3 2
1
CNC
Soldagem
1
Anexo – (11) 4448-0855 Baquete (16) 3946-7903
Galvanoplastia
Pintura
Outras
Routers
Rebordeadeiras
Rebitadeiras
A empresa presta serviço de
Rebarbadora de chapas
Puncionadeira com cabeçote laser
Puncionadeiras
Perfiladeiras
Oxicorte
mecânica
hidráulica
Guilhotina
Endireitadora
mecânica
hidráulica
Dobradeira
a plasma
a laser
com jato d’água
Corte
Chanfradeiras
chapas
Calandras
barras e perfis
Empresa Telefone
Convencional / CNC
Tipo de máquina
Quantidade de máquinas
1
1
2 1
1 1
1
1
•
• •
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
29
Cortes e Cores (34) 3224-9811
Conv.
Corth Line (11) 3934-3030
1
1 4
1
2
Outros
Soldagem
Galvanoplastia
Pintura
Outras
Routers
•
3 3
3
CNC 2
2 1
1
CNC
1
Conv.
•
•
1
CPN (85) 3341-3373
Conv.
1
CNC
1
DDH (51) 3029-2396
Conv. CNC
Rebordeadeiras
Rebitadeiras
A empresa presta serviço de
Rebarbadora de chapas
Puncionadeira com cabeçote laser
Puncionadeiras
1
Perfiladeiras
1
1
Oxicorte
1
3
mecânica
1
hidráulica
3
Endireitadora
2
mecânica
2
a laser
com jato d’água
Chanfradeiras
chapas
2
1
CNC Conv.
3
Guilhotina
1
CNC
Cortec (31) 4141-6963
Dobradeira
hidráulica
Cordob (14) 3103-5577
Conv.
Corte
a plasma
Codifer (31) 3307-3535
Calandras
barras e perfis
Empresa Telefone
Convencional / CNC
Tipo de máquina
Quantidade de máquinas
1
1 3
1
3
1
1
1
1 2
1 1
1
1
• • • •
• •
30
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Guia II
1
Conv.
DEC Metal (11) 2514-3391
Conv. CNC
1
Dobrasil (19) 3443-4191
Conv.
1
Draco (11) 4427-5043
Conv. CNC Conv. CNC Conv.
Famma (11) 4024-8800
Conv.
Fastlaser (11) 2085-7400
2 4
1
1
1 1
1
1
1
1
1
•
1
1
1 1
•
1
2
2
1 2
1
3
1 1
1
Conv.
1
1
6
IBP (54) 3537-4979
Conv.
Icam (16) 3368-1222
Conv. CNC
Ideal Mecânica (11) 3488-3005
Conv.
Inox Maia (11) 2182-5000
Conv. CNC
2
Irmãos Amalcaburio – (54) 2101-9108 Conv.
1
Jald Laser (11) 4019-9303
Conv. CNC
1
Kofar – (11) 4161-1000
Conv.
LA (54) 3224-5444
Conv. CNC Conv. CNC Conv. CNC Conv.
CNC
1
• • •
4
CNC
1
2
1
1
1
2
2
1
•
1
• •
1[1] 3
1
3
2
1
•
1
CNC
1 1
1
5
2
5 3
1
1
1
•
1
8
5
3
1
1
3
2
2
2
2
1
1
1
2
5 1 2
4
2
4
1
7
3
3
4
1
13
2 1
2
1
1
• •
• •
• • • •
8 1
1 1
1
•
1
1
1
2
• • •
2
•
1 3
2 2
1 1
1 3 1
2
•
1 3
3
• • •
1
2
CNC
•
• • • •
1
CNC
4
•
1
• • •
1
2
2
Outros
• • • •
1
2 2
Soldagem
•
2 1 1
1
Galvanoplastia
Pintura
Outras
Routers
Rebordeadeiras
Rebitadeiras
Rebarbadora de chapas
Puncionadeira com cabeçote laser
Puncionadeiras
Perfiladeiras
Oxicorte
mecânica
Endireitadora
mecânica
hidráulica
hidráulica 2
3
CNC
CNC
2
1 1 1 2
3
Conv.
Metal Typo (41) 3299-5000
4
•
2
Iaga (47) 3399-0909
Lumatec (19) 3666-6363
2
2
Conv.
A empresa presta serviço de
1
1
3
Gansinox (41) 3285-5306
2
1
CNC
Conv.
LGV (11) 4228-6999
1 2
CNC
Fexmetal (15) 3237-8095
Gill Brothers (41) 3657-2417
1
CNC
Elmeca (47) 3419-1200
Guilhotina
1
CNC
Deaço (17) 3465-1500
Elfer (12) 3637-2400
Dobradeira
a plasma
4
a laser
1
com jato d’água
Conv.
Corte
Chanfradeiras
chapas
Danfer (54) 3027-4715
barras e perfis
Empresa Telefone
Calandras
Convencional / CNC
Tipo de máquina
Quantidade de máquinas
2 1
2
21 6
•
• • •
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Guia II
Metalfisa (31) 3057-9000 Metalrech – (48) 3375-8105
2 1
2
CNC
1
Metalúrgica Hencklein (19) 3445-7178
Conv.
Metalúrgica Navegantes (51) 3438-1515
Conv.
1
Metalúrgica Santa Rita (77) 3453-2500
Conv.
Metec (81) 3472-4035
Conv. CNC
1
MMSoldas (14) 3456-1810
Conv.
1
2
3
2
Mulltlaser (14) 3488-1234
1
1
1
1
1
1
1
1
5
1
1
1
1
1
2
1
1
1
1
1
Perfilados Belem (41) 3332-1091
Conv.
1
CNC
1
10 1
1
1
1
1
2
5
4
2
2
9
3
1
1
1
3
1
6
13
Conv.
Ratel (19) 3936-1010
Conv.
RC Fiaschi (11) 4306-3570
Conv.
Recav (11) 2954-1897
Conv.
Rolim (51) 3042-1400
Conv.
Romefer – (11) 3951-5884
Conv.
Salufer (19) 3523-1550
Conv.
1
1
1
2
CNC
1
1
1
1
1
1
1
1
1 1 1
1 2
8
1
1
CNC
1
1
2 1
1 2
3
1
•
1
1
1
1
• • • • 1
• • •
1 1
• • • •
2 2
1
1
1
1
2
1
1
• •
1
• •
1
2 1
Outros
• •
1
1
Soldagem
1
1
1
• •
1
1
1
•
2 2
1
2
1
Galvanoplastia
•
2
2 1
•
3
1
1
1
•
1
1
CNC
Conv.
•
•
4
3
1
1
2
1
CNC
1
• •
1
1
CNC
2
6
1
Projeto Perfilados (11) 3857-9027
1
1
•
2
1
CNC
CNC
• •
• • • •
1
Politec (11) 4204-1302
1
3
• •
•
2 1
1
1
1
CNC 1
Pintura
Outras
Routers
Puncionadeira com cabeçote laser
Rebordeadeiras
2
1
Conv.
Tuff (11) 5842-4427
1
1 10
2
• •
•
1
Perfitec – (31) 3464-8480
Tecnoservice (19) 3881-5200
•
2
1
Conv.
CNC Conv. CNC Conv. CNC
1
1
2
3
1
Conv.
•
3
1
1 1
NTC Somar – (11) 2092-2014
Tantec – (47) 3338-0225
1
• • •
1
2
1
CNC
Conv.
Puncionadeiras 2
1
Nacional Aços – (11) 2462-7900
Sokorte (11) 2943-3221
Perfiladeiras
Oxicorte
mecânica
hidráulica
Endireitadora
mecânica
hidráulica 4
3
1
CNC CNC
5
3 2
CNC
6
•
1
1
CNC
A empresa presta serviço de
1[2]
CNC 3
Guilhotina
1 1
CNC
Conv.
a plasma
a laser
com jato d’água
Chanfradeiras
chapas
3
Conv.
MQA – (11) 4199-2500
Dobradeira
Rebitadeiras
CNC Conv.
Corte
Rebarbadora de chapas
Metalaser – (11) 4368-7828
Calandras
barras e perfis
Empresa Telefone
Convencional / CNC
Tipo de máquina
Quantidade de máquinas
1
1 1
•
• •
•
•
• • •
Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
33
Unimagna (11) 4481-8600 Unylaser (54) 3290-4800 Usivale (35) 3471-3993 VR. Soares (15) 3228-1842 Zaccaria (19) 3404-5703
Conv. CNC Conv. CNC Conv. CNC Conv. CNC Conv. CNC
1
6
2
1 2
1
2 2 1
1 1
•
1 1
3
1
1 1
2
2
1
2
Notas: [1] Rebitadeira pneumática. [2] Máquina de corte a plasma e oxicorte. Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 1.301 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, Junho / Julho / Agosto de 2017. Este e outros 94 Guias CCM estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/ccm e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
Soldagem
Outros
• •
4
1
• •
• • • •
1 1
Galvanoplastia
• • •
2
1 2
Pintura
Outras
Routers
Rebordeadeiras
Rebitadeiras
Rebarbadora de chapas
Puncionadeira com cabeçote laser
Puncionadeiras
Oxicorte
Perfiladeiras
mecânica
hidráulica
Endireitadora
mecânica
A empresa presta serviço de
3 2
1 6
2 4
Guilhotina
2 6
4 1
hidráulica
Dobradeira
a plasma
a laser
com jato d’água
Corte
Chanfradeiras
chapas
Calandras
barras e perfis
Empresa Telefone
Convencional / CNC
Tipo de máquina
Quantidade de máquinas
•
• •
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Materiais
Desenvolvimento de ligas com alta resistência ao impacto e à abrasão Este trabalho teve como objetivo desenvolver ligas para deposição superficial, por meio de soldagem, que apresentem altas frações de materiais duros, boa ductilidade e capacidade de encruamento típicas do aço austenítico ao manganês e que, portanto, manifestam excelente índice de resistência a uma combinação de cargas abrasivas e de impacto. Uma vez que a capacidade de encruamento do aço austenítico ao mangânes depende essencialmente da razão entre os teores de manganês e carbono, o intuito foi otimizar os teores desses elementos de liga na matriz do revestimento final. A fração de material duro foi maximizada para alcançar a maior resistência à abrasão possível, levando em conta os limites metalúrgicos do processo de atomização da liga fundida utilizada na produção de pó. B. Wielage, G. Wagner, S. Weis, S. Schubert e T. Uhlig
h
á muito tempo o aço austenítico ao manganês (Hadfield) tem sido usado como material construtivo, em revestimentos para a proteção de equipamentos e em componentes contra o desgaste decorrente de impacto ou compressão. Este material foi introduzido em 1882 pelo metalurgista inglês Sir Rober t Abbott Had field e foi um dos primeiros aços estudados de maneira científica. Ele recebeu o nome de “aço Hadfield” em homenagem ao seu descobridor. Esse material, no estado não deformado, é relativamente macio e dúctil, mas após
intensa deformação ocorre um aumento da sua dureza e resistência mecânica, porém preservando a sua ductilidade. Disso resulta excelente resistência ao desgaste sob as condições já mencionadas. Devido às suas características peculiares, o aço Hadfield encontra amplo uso industrial em aplicações envolvendo altas solicitações de desgaste, como na fabricação de concreto, na mineração, em moinhos de pedras e também para “jacarés” (cruzamento de trilhos ferroviários). Dessa forma a camada periférica resistente ao desgaste renova-se continuamente, ao con-
trário de, por exemplo, camadas endurecidas por cementação (1) . Contudo, no caso de solicitações combinadas com intenso caráter abrasivo, o efeito de endurecimento pode ser baixo, o que faz com que seja conseguida uma resistência relativamente pequena ao desgaste abrasivo. No caso de aplicações que requerem o processo de deposição por soldagem, como nas áreas de mineração (caçambas para escavação e seus dentes, chapas defletoras), indústria de materiais de construção (peças para sistemas de transporte, rolos para moinhos sob alta pressão)
Stefan Schuberth (stefan.schuberth@cewotec.de) é pesquisador-assistente do Instituto de Tecnologia em Materiais e Superfícies de Chemnitz, Alemanha. Sebastian Weis (sebastian.weis@mb.tu-chemnitz.de), Thomas Uhlig (thomas.uhlig@mb.tu-chemnitz.de), Guntram Wagner (guntram.wagner@mb.tu-chemnitz.de) e Bernhard Wielage (bernhard.wielage@mb.tu-chemnizt.de) atuam na Cátedra de Materiais Compósitos da Universidade Técnica de Chemnitz, Alemanha. Este artigo foi publicado originalmente na edição 67/2015 do periódico alemão Schweißen und Schneiden. Direitos para o português adquiridos por Corte e Conformação de Metais. Tradução e adaptação de Antonio Augusto Gorni.
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ou lâminas industriais (guilhotinas e tesouras para sucata), é esperado um aumento significativo da resistência ao desgaste por meio do uso de conceitos adequados de ligas para o material usado nos revestimentos.
Abordagem para o desenvolvimento Há várias indicações na literatura sobre a seleção da composição química visando otimizar pro priedades. A partir de referências bibliográficas sobre aços Hadfield frequentemente observa-se que uma relação entre manganês e carbono igual a 10:1 garante valores otimizados de propriedades mecânicas, o que é conseguido com teores de 12% de manganês e 1,2% de carbono. Há diversas variantes de ligas além da composição química básica do aço X120Mn12 (1.3401). Por exemplo, pode-se mencionar aqui o aço X90Mn18 (1.3405). A influência da variação da razão manganês: carbono sobre as características de resistência ao desgaste é pouco
conhecida, de forma que identificou-se aqui a necessidade de um estudo sobre esse tema. Na literatura especializada estão documentados numerosos experimentos que relatam como as propriedades mecânicas dos aços Hadfield são melhoradas com a adição de elementos de liga (2) . Como já seria esperado, a incorporação de metal duro aumenta a resistência ao desgaste abrasivo (3) . Uma adição particularmente promissora é o carboneto de vanádio (VC). Na deposição por soldagem ele se comporta de maneira quase “inerte” e não mostra nenhum sinal de degradação. Mesmo quando ocorre forte superaquecimento da poça de fusão ele se precipita novamente como monocarboneto primário na forma de dendritas compactas. Dessa forma, a composição química proposta para a matriz sofrerá alterações insignificantes, o que permite estabelecer microestrutura e propriedades definidas para o revestimento como, por exemplo, em termos da resistência mecânica, tenacidade e até mesmo resistência à corrosão.
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Caso sejam incorporadas maiores quantidades de carboneto de vanádio, o equilíbrio resultante no banho metálico possui um papel central na definição da viabilidade da fabricação da liga em pó usada no processo de deposição por soldagem. As matrizes de ligas à base de ferro formam um sistema eutético, ou próximo do eutético, com o metal duro em forma de carboneto. Nesse caso observa-se que ligas com composição hipereutética apresentando frações crescentes de carboneto mostram forte elevação da temperatura liquidus (4). Nos processos industriais de atomização sob gás inerte há um limite superior em termos dos parâmetros de fundição, o qual é determinado empiricamente, situando-se entre 1.500 e 1.600°C e que deve ser considerado ao conceber a liga.
Definição da fração de carbonetos A determinação da relação entre a fração de carboneto de vanádio e as características do metal líquido
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Materiais
pode ser feita utilizando a análise térmica de uma série de ligas experimentais que apresentam matriz de aço Hadfield e os correspondentes valores escalonados de fração de carboneto. A fabricação das amostras das ligas em escala de laboratório foi feita sob atmosfera protetora num forno elétrico a arco (figura 1a). Após a evacuação o recipiente foi preenchido com argônio apresentando grau de pureza 8.0. A fusão dos corpos de prova foi feita sob intensidade de corrente entre 100 e 400 A, o que tornou possível uma refusão homogênea dos corpos de prova considerando o valor de massa determinado para eles, de aproximadamente 10 g. Os materiais adicionados foram carbono espectral, vanádio puro (pureza de 99,5%) e aço Hadfield na forma de fragmentos de perfil laminado. O formato definitivo das amostras fundidas foi feito por fundição sob baixa pressão numa coquilha de cobre subdividida em duas metades com seção transversal circular (figura 1b). Dessas amostras foram separados corpos de prova para análise térmica, usando um dispo-
Fig. 1 – Diagrama funcional de um forno elétrico a arco com cadinho frio apresentando dispositivo para fundição sob baixa pressão (parte superior) e coquilha de fundição dividida com corpo de prova cilíndrico fundido sob baixa pressão (parte inferior).
sitivo metalográfico para corte de precisão. A determinação das temperaturas solidus e liquidus foi feita por meio de um calorímetro diferencial de varredura (DSC, Differential Scanning Calorimeter) ( 5 ) . Para tanto, foi usado o equipamento
“Netzsch STA 409C”. Os resultados desses ensaios são mostrados na figura 2 (pág. 37). Pode-se observar que a composição eutética apresentou ponto de fusão de aproximadamente 1.300°C sob fração em peso de carboneto de vanádio da ordem de 8%. Por meio de extrapolação linear dos valores medidos foi possível concluir que a temperatura liquidus já ultrapassa os 1.500°C para uma fração em massa de carboneto igual a 15% de carboneto de vanádio. Portanto, para garantir a viabilidade da fabricação do pó a ser aplicado nos ensaios por intermédio da atomização usando metal fundido, foi constatado que deviam ser pesquisadas ligas com fração em peso de carboneto de vanádio igual a 15%.
Liga em pó experimental Com base nas variantes de liga X90Mn18 e X120Mn12, as quais podem ser consideradas como sendo os limites superior e inferior para os teores de manganês e carbono dentro do espectro
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Fig. 2 – Temperaturas solidus e liquidus em função da fração de carboneto de vanádio no caso de uma liga X120Mn12 – carboneto de vanádio.
normal de composições químicas correspondentes aos aços Hadfield, foram definidas duas ligas experimentais para a atomização, levando-se em consideração a fração em massa de carboneto, cujas composições químicas nominais estão listadas a seguir: • X90Mn18 + 15% VC0,9 (abreviada como X315); • S120Mn12 + 15% VC0,9 (abreviada como X345). Deve-se entender que as frações aqui mostradas de carboneto de vanádio referem-se à fração total de vanádio e carbono acrescentada como elementos de liga à matriz do material. Esta liga em pó, que
constituiu a base para os ensaios posteriores de soldagem, foi produzida por atomização sob gás inerte de metal fundido e usada na deposição por soldagem a plasma. Ela apresentou classe granulométrica 180 (63 mícrons). A morfologia de ambos os pós otimizados mostrou-se preponderantemente globular, ao mesmo te m p o e m qu e co ns t ato u - s e, pelos parâmetros claramente nãootimizados de fundição e atomização, uma fração relativamente alta de grãos satélites aderentes (figura 3). Contudo, a fluidez e a capacidade de transporte por dutos do pó não foram prejudicadas por esse fato.
Fig. 3 – Micrografia gerada através de microscopia eletrônica de varredura de uma amostra de liga X345 em pó após atomização e peneiramento
Ensaios de soldagem Os ensaios foram feitos em um equipamento para deposição por soldagem a plasma com controle CNC usando uma tocha com dispositivo dosador de pó interno anular do tipo “Paton A1756.05”. A deposição por soldagem foi feita
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Materiais
em uma única camada, em posição plana, sobre um substrato de aço com 8 mm de espessura. Os parâmetros de processo que foram mantidos constantes, mesmo sob variação da intensidade de corrente, foram: • Velocidade de avanço: 3,3 m/h; • Largura de oscilação: Fig. 4 – Grau de mistura determinado em camada depositada 20 mm; por soldagem contendo carboneto baseada em aço Hadfield, • Frequência de oscila- com e sem adição de partículas discretas de carboneto de ção: 60 ciclos/minuto; vanádio, em função da intensidade de corrente da soldagem. • Fluxo de gás de prote15% de carboneto de vanádio à ção: 8 l/min; liga em pó verificou-se que esta • Fluxo de gás para plasma: 2 l/ relação aumentou para cerca de min; 12%/A (figura 4), ficando signifi• Fluxo de gás para alimentação: cativamente mais intensa. 4 l/min; O comportamento diferente • Taxa de alimentação de pó: 33 entre os pós da liga pura e a misa 38 g/min. turada com carboneto de vanádio durante a deposição por soldagem A soldabilidade de ambos os pós reflete-se na microestrutura reexperimentais foi boa. Praticamensultante na camada (figura 5). Ao te não se constatou a geração de usar a liga em pó sem adição de salpicos. No caso de ligas em pó carboneto de vanádio a microescom maior fração de metal duro, trutura apresentou-se de forma onde aglomerados sinterizados homogênea e finamente dispersa, discretos de carboneto de vanádio independentemente da intensidaencontravam-se presentes na misde de corrente, no caso da liga tura, isso também ocorreu. O grau de mistura foi definido como o quociente do teor médio de vanádio do metal de adição da soldagem puro com o da camada depositada por soldagem sobre o substrato de aço. A determinação dos teores dos elementos foi feita por meio de um espectrômetro por fluorescência de raios-X numa seção transversal do cordão de solda. Durante a deposição da liga em pó, ao ultrapassar o valor de aproximadamente 150 A de intensidade de corrente que é requerido para obter uma adesão consistente, somente ocorreu uma pequena Fig. 5 – Micrografias obtidas por microscopia óptica de seções transversais das camadas elevação no grau de mistura, de depositadas por soldagem usando ligas X345 aproximadamente 0,35%/A. Sob em pó em função da intensidade de corrente de adição de partículas discretas de soldagem
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Fig. 6 – Dureza na escala Rockwell C (HRC) e desgaste volumétrico relativo dos revestimentos determinados por meio do ensaio com roda de borracha (ASTM G5404, método de ensaio E) e ensaio de desgaste sob impacto, em relação à camada de referência feita de níquel-carboneto de tungstênio fundido Ni-WSC.
em pó com adição a elevação da potência do processo influenciou visivelmente a dissolução dos aglomerados de carboneto de vanádio incorporados à liga em pó. Uma vez que esses aglomerados apresentam um grau de sinterização muito baixo, eles não são muito estáveis mecanicamente. Com isso é possível conseguir que eles se dissolvam fazendo com que a microestrutura da camada apresente uma distribuição a mais homogênea possível de carbonetos. Sob grau mínimo de mistura essa microestrutura é constituída por manchas claras circundadas por contornos de cor cinza, mas os carbonetos grosseiros mostram-se quase inalterados na microestrutura da camada. A dissolução ocorre ao elevar-se a intensidade de corrente, a qual aumenta for temente o grau de mistura reduzindo, dessa forma, o teor efetivo de carbonetos na camada. A partir daí pode-se observar que os parâmetros para otimização do grau de mistura e da dissolução de carbonetos atuam de forma oposta entre si, o que faz com que seja difícil alcançar um compromisso adequado.
As investigações adicionais para a determinação das características de desgaste foram feitas com as camadas depositadas obtidas nos ensaios tecnológicos de deposição por soldagem, onde foram adotados parâmetros de processo idênticos e usuais com pós de liga pura ou com a adição de carboneto de vanádio, sob intensidade de corrente de 150 ou 175 A.
Ensaios de desgaste A caracterização das propriedades dos revestimentos aqui desenvolvidos foi feita por meio de uma série de ensaios de desgaste. A figura 6 mostra os valores de dureza na escala Rockwell e os resultados selecionados obtidos nos ensaios com roda de borracha especificados conforme a norma técnica ASTM G52 (método de ensaio E) (6) , bem como nos ensaios de desgaste por impacto executados na Universidade de Magdeburg. Uma descrição da configuração e execução dos ensaios pode ser encontrada em Patzelt (7) . Os valores apresentados de desgaste baseiam-se em volume e foram nor-
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malizados tendo como referência uma camada de níquel-carboneto de tungstênio fundido (Ni-WSC) com macrodureza de 54 HRC, como frequentemente se procede na prática. Sua matriz continha fração em massa de 3% B e 3% Si, sendo reforçada com 60% de carboneto fundido de tungstênio (WSC, Wolframschmelzcarbide) apresentando classe granulométrica 125 (75 mícrons). Os resultados justificam as características favoráveis das novas ligas duras. A adição de partículas discretas de carboneto de vanádio realmente aumentou a dureza do compósito que constitui a camada, mas exerceu influência negativa sobre as características de desgaste. Pode-se supor que esse fato decorreu da morfologia grosseira da fase dura e as resultantes maiores distâncias médias entre as dendritas de carboneto duras e resistentes à abrasão. Sob as condições selecionadas para este ensaio, a razão manganês:carbono da matriz da liga influenciou de forma insignificante a dureza e a resistência ao desgaste. Portanto, a partir dessas constatações, pode-se concluir que os requisitos impostos ao fabricante de material de adição para soldagem no sentido de garantir a precisão das análises químicas foram insuficientes para viabilizar um processo de fabricação robusto. A significativa redução de desgaste em comparação com a camada de referência qualifica o revestimento recém-desenvolvido para que seja testado em numerosas aplicações potenciais. Além disso, a transferência desejada dos conhecimentos adquiridos em termos de metalurgia e processos de soldagem para a fabricação de adições de soldagem na forma de arame pode abrir campos de aplicação ainda mais amplos.
Agradecimentos O projeto IGF 17.538 B/DVS-Nummer 01.082, desenvolvido pela Associação de Pesquisa em Soldagem e Processos Aplicados da A ssociação Alemã para Soldagem e Processos Aplicados (Foschungsvereinigung Schweißen und ver wandte Ver fahren des Deutscher Verband für Schweißen und verwandt Verfahren – D.V.S.), com sede na Aachener Straße 172, 4 0223 Düsseldor f, Alemanha, foi apoiado pela Associação dos Grupos de Trabalho em Pesquisa Industrial (Arbeitsgemeinschaft industrieller Forschungsvereinigungen, A.i.F.) e pela Associação Industrial de Pesquisa e Desenvolvimento (Industrielle Gemeinschaftsforschung, I.G.F.) do Ministério Federal Alemão para Economia e Energia com base numa resolução do Parlamento Alemão.
Referências 1) 2)
3)
4)
5)
6)
7)
Maratray, F.: High carbon manganese austenitic steels. The International Manganese Institute, Paris 1995. röhrig, K.: Möglichkeiten zur Qualitätsverbesserung von Manganhartstahlguß durch Legieren mit Molybdän. Gießerei-Praxis 25 (1974), H, 7, S. 125/39. Berns, h., u. h. -g. FranKe: Einfluss von harten Phasen auf den abrasiven Verschleißwiderstand von Manganhartstahl. Stahl und Eisen 106 (1986), H. 18, S. 967/73. hollecK, h.: Binäre und ternäre Carbid - und Nitridsysteme der Übergangsmetalle. Gebrüder Borntraeger, Berlin/ Stuttgart 1984. DIN 51004.: “Thermische Analyse (TA).: Bestimmung der Schmelztemperaturen kristalliner Stoffe mit der Differenzthermoanalyse (DTA)” (Ausgabe Juni 1994). ASTM C65-04.: “Standard test method for measuring abrasion using the dry sand/rubber wheel apparatus” (Ausgabe 2010). Patzelt, B., u. P. Velt.: Oberflächenbeeinflussung von Modellschlagleisten durch Stoßkontakte mit Betonpartikeln. Materialwissenschaft und Werkstoffechnik 28 (1997), S. 110/15
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Guia III
Quem são os fornecedores de softwares de nesting Pesquisa complementar realizada junto às empresas listadas a seguir apontou que o processo que apresenta a maior demanda pelos sistemas de otimização dos planos de corte é o que utiliza laser (44,4%), seguido pelos de corte a plasma e jato d’água (cada qual com 11,1%). Foram mencionadas também as operações de puncionamento (9,4%), estampagem (7,9%), dobramento (7,2%), de oxicorte (5,6%) e fabricação por router (3,3% ).
Alma do Brasil (51) 3023-2717
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Amada (11) 4134-2320
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AutoForm (11) 4121-1644
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Bystronic (41) 3666-9000
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Empresa fabricante / País de origem
Nome do software
Alma / França
Act/Cut, AlmaQuote, Act/ tube, Act/Cube, AlmaCam Bend
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Dr. ABE Blank
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AutoForm
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Bysoft 7
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AutoForm / Suíça
Gera programas CNC para máquinas de Compensação automática do retorno elástico (spring back)
Biblioteca de retalhos Gerar etiquetas para identificação de peças Pré-piercing
Distribuição de peças conforme orientação de grão da chapa
Recursos de nesting
Windows Unix Linux iOS Aproveitamento de áreas internas
Empresa Telefone
Desenvolve software É agente autorizado para o Brasil
Plataforma
der empresas de médio porte, enquanto os outros 10% dos compradores são companhias de grande porte. Questionadas sobre qual o percentual razoável de perda de material para uma empresa que adota o uso de software de nesting, as participantes apontaram uma média de cerca de 14,5%. Considerando este dado, as estamparias listadas no guia publicado na edição de janeiro deste ano de Corte e Conformação de Metais (número 141) trabalharam com números muito mais favoráveis: uma média de 9,3% de perda.
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Formatos para troca de arquivos (válido para todos os softwares informados)
Corte a laser Oxicorte Corte a plasma Corte por jato d’água Prensas dobradeiras Puncionadeiras Perfiladeiras Routers DWG DXF IGES STEP STL Formatos nativos
fitness e o de eletroeletrônicos (ambos compondo cerca de 2,7% dos usuários), além dos ramos de infraestrutura e construção civil (cada qual com 1,6%, aproximadamente). Na opinião das respondentes, em média, 70% das empresas voltadas para o corte e conformação de metais no Brasil usam esses sistemas, o que indica não só a boa aceitação desse tipo de produto, mas também o fato de ele estar se tornando uma necessidade. Em relação ao porte de seus clientes, 90% das participantes afirmaram aten-
Gerenciamento anti-colisão Planificação (dimensionamento de blanques) Planificação de produtos caldeirados Cálculo de dobramento de chapas Cálculo de retorno elástico (spring back)
q
uando perguntadas sobre os segmentos que mais utilizam seus softwares, as entrevistadas apontaram o de prestação de serviços, aeroespacial e alimentício (juntos, representam 23,7% da clientela), bem como o de implementos agrícolas (19,3%). Desse ranking consta ainda o setor automobilístico (15,8%), de máquinas e equipamentos (13,1%), aeronáutico (5,1%), naval/náutico e moveleiro (cada um equivalendo a 3,7% do montante), o sucroalcooleiro (3,6%), de eletrodomésticos (3,4%), de equipamentos de
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Corte Certo (11) 3673-1119
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Corte Certo 2D
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Formatos para troca de arquivos (válido para todos os softwares informados)
Corte a laser Oxicorte Corte a plasma Corte por jato d’água Prensas dobradeiras Puncionadeiras Perfiladeiras Routers DWG DXF IGES STEP STL Formatos nativos
Gera programas CNC para máquinas de Compensação automática do retorno elástico (spring back)
Gerenciamento anti-colisão Planificação (dimensionamento de blanques) Planificação de produtos caldeirados Cálculo de dobramento de chapas Cálculo de retorno elástico (spring back)
Biblioteca de retalhos Gerar etiquetas para identificação de peças Pré-piercing
Nome do software
Distribuição de peças conforme orientação de grão da chapa
Empresa fabricante / País de origem
Recursos de nesting
Windows Unix Linux iOS Aproveitamento de áreas internas
Empresa Telefone
Desenvolve software É agente autorizado para o Brasil
Plataforma
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Dardi (11) 3853-5728
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Newcam / Taiwan
Newcam
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Delta Parts (11) 2243-1862
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BobCADCAM / EUA
Bob CAD-CAM
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PAM-Stamp
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ProNest 2017, ProNest 2017 LT, ProNest 2017 LTS
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Metalix / Israel
CNCCKAD E MBEND
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Libellula / Itália
Libellula
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OmniWin
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ESI Group (11) 3031-6221
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Hypertherm (11) 2409-2636
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ILC (11) 3856-7153
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Libellula do Brasil (41) 3532-7751 Messer (11) 4525-6680 PR2 Group (15) 3233-6911 ProjNet (11) 3871-1973
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MesserSoft / Alemanha
OmniSigma
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Metalix / Israel
CNC-CAD
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Cadmatic OY / Finlândia
Nestix
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Guia III
Formatos para troca de arquivos (válido para todos os softwares informados)
Corte a laser Oxicorte Corte a plasma Corte por jato d’água Prensas dobradeiras Puncionadeiras Perfiladeiras Routers DWG DXF IGES STEP STL Formatos nativos
Gera programas CNC para máquinas de Compensação automática do retorno elástico (spring back)
Gerenciamento anti-colisão Planificação (dimensionamento de blanques) Planificação de produtos caldeirados Cálculo de dobramento de chapas Cálculo de retorno elástico (spring back)
Biblioteca de retalhos Gerar etiquetas para identificação de peças Pré-piercing
Nome do software
Distribuição de peças conforme orientação de grão da chapa
Empresa fabricante / País de origem
Recursos de nesting
Windows Unix Linux iOS Aproveitamento de áreas internas
Empresa Telefone
Desenvolve software É agente autorizado para o Brasil
Plataforma
SigmaTEK (19) 3578-1272
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SigmaTEK / EUA
SigmaNEST
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Softprod (12) 99165-5213
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JetCam / Monaco
Jetcam
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Total CAM (19) 3883-1361
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Radan Software / Inglaterra
Radan Software
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Trumpf (11) 4133-3560
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Trumpf / Alemanha
TruTops Boost
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Obs.: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 40 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Corte e Conformação de Metais, Junho / Julho / Agosto de 2017. Este e outros 94 Guias CCM estão disponíveis online, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/ccm e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão online de todos estes guias.
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Em Pauta Robôs atuam em conjunto com curvadoras de tubos
A
automação é um assunto cada vez mais presente no ambiente industrial, em que inúmeras tarefas são passíveis de melhoramentos. Uma delas é o dobramento de tubos, campo em que a otimização das rotinas já avançou bastante com o desenvolvimento das curvadoras CNC. A empresa alemã Transfluid, porém, estendeu o conceito de automação do dobramento de tubos com a adaptação de robôs industriais para a execução das dobras em si. Os chamados sistemas lineares de comando empregados nas curvadoras de tubos em geral têm alta velocidade e programação mais simples se comparada à de um robô. No entanto, os robôs posicionados ao lado de curvadoras e com uma programação integrada podem atuar de forma conjunta, conferindo maior flexibilidade de movimentos às linhas de dobramento. As possibilidades de integração hoje observadas, de acordo com Stefanie Flaeper, diretora da Transfluid, permitem que ao se trabalhar em um novo projeto, a empresa decida se vai instalar uma máquina curvadora, se vai automatizá-la com um robô ou mesmo se usará o próprio robô como máquina, “equipando-o com uma curvadora”. A tendência contraria a visão
A Transfluid interligou as suas tecnologias de processamento de tubos com recursos de automação
do robô como um acessório e promete revolucionar a forma como as companhias definem a execução de suas tarefas. De acordo com informações da empresa, trata-se de uma solução flexível e especialmente indicada para o trabalho com tubos de grande comprimento, devido aos graus de liberdade dos robôs. Entre as vantagens da adoção desse método de trabalho está a possibilidade de processar tubos de diferentes diâmetros sem troca de ferramental. O dobramento de tubos previamente processados é um outro recurso possível, tendo em vista que o robô pode iniciar uma nova dobra a partir de uma extremidade ou mesmo em outro ponto pré-definido da peça. Nos sistemas da Transfluid, as c coordenadas do sistema CAD são t transferidas para o robô que, na v verdade, é quem executará as d dobras, com a possibilidade adic cional de conexão com sistemas de m medição. O robô é operado a partir d comando da máquina. Podem do ainda a ser configuradas estações c com outras atividades integradas, tais como marcação, controle de t soldagem e fixação de componenO “robô munido com a máquina de dobra” seria um tes externos. recurso para o processamento de tubos compridos
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Produtos Processamento de arames A Costinha (São Caetano do Sul, SP) fornece linhas de equipamentos de corte, dobramento e soldagem de arames. Entre as máquinas oferecidas está a laminadora a frio CA60 (foto), cuja configuração consiste em ferramentas de entrada e saída que apresentam bitola de 5,5 a 14 mm e de 3,4 a 12 mm, respectivamente.
Ela pode confeccionar peças com até 11 tipos de nervuras e sua velocidade máxima de trabalho é de 1.400 mm /s. A empresa também comercializa modelos de conformação bi e tridimensional, além de bobinadores e endireitadores, equipados com CLP. Esses podem processar arames de açocarbono, inox e feitos de materiais não ferrosos com formato redondo e quadrado com diâmetro de 0,9 a 32 mm. Tel. (11) 4224-0404 www.costinha.com.br
Corte a plasma
a 8 mm e largura de 200 a 1.600 mm, podendo produzir até 150 unidades por minuto. Ele é indicado para a confecção de, por exemplo, prateleiras, estantes e telas de proteção. A Tecnopampa (Santa Tel. (11) 4125-4443 Maria, RS) fabrica a má- www.schlattergroup.com quina de corte a plasma Tecnocut HD 30 8 0. O Limpeza equipamento possui tocha com velocidade de desloA Bio-Circamento de 20.000 mm/ cle (São min, apresenta área de Paulo, SP) trabalho de 3.000 x 8.000 fornece os mm e sua velocidade de equipamentos de limpeza corte é de 7.000 mm/min. de chapas, tubos e perfis O modelo é acionado por Compact S (foto) e Maxi. O servomotores e pode ser primeiro apresenta capaciconfigurado para operar dade cúbica de 100 litros, com fontes de plasma com pode processar peças com ignição por alta frequência. peso de até 100 kg e suas Tel. (55) 3326-5281 dimensões são de 90 x 60 www.tecnopampa.com.br x 112 cm, ao passo que o segundo comporta compoSoldagem de nentes com peso máximo arames de 220 kg, tem capacidade cúbica de 140 litros e A Schlatter do Brasil (São dimensões de 97 x 69 x Bernardo do Campo, SP), 110 cm. Eles pesam, em com matriz na Suíça, co- média, 53 kg. A empresa mercializa a máquina de sol- também comercializa dedagem de arames MG950. sengraxantes, removedores O equipamento pode pro- de oxidação e protetivos. cessar fios metálicos com Tel. (11) 3783-9500 comprimento de 300 a www.biocircle.com 3.000 mm, diâmetro de 2 Lubrificante A Mobil (Rio de Janeiro, RJ) fornece a graxa Mobilgrease XHP 222 voltada para a lubrificação de equi-
pamentos industriais. O produto é adesivo, o que lhe permite uma melhor adesão a, por exemplo, superfícies faceadas, como mancais e rolamentos, podendo ser submetido a altas faixas de temperatura. Sua formulação consiste em espessante de complexo de lítio, óleo-base ISO VG 220 e sistema de aditivos de base polimérica. Além disso, possui alta estabilidade química e resistência a fluidos. Tel. 0800 644 1562 www.mobil.cosan.com Paleteira A Yale (Barueri, SP), empresa pertencente ao grupo norte-americano Hyster-Yale, comercializa equipamentos voltados para a movimentação de peças e componentes. Uma das máquinas oferecidas é a paleteira YA55-PT (foto) que é equipada com garfo com comprimento de 1.150 mm e largura de 685 mm, podendo ser alçado à altura de até 198 mm. O modelo pode transportar cargas com peso de até 2,5 t. Tel. (11) 4134-4700 w w w.y a l e.co m / b ra s il / pt-br
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Eventos Próximos cursos do setor de corte e conformação de metais Curso Básico de END Partículas Magnéticas – Nível 3 Líquido Penetrante US Aplicado à Solda por Resistência a Ponto Ultrassom – Nível 3 Processos Industriais de Pintura Tratamentos de Superfície Básico de Corrosão Corrosão, Revestimento e Proteção Catódica Qualificação de Inspetor de Pintura Industrial Ensaio Visual e Dimensional Inspetor de Dutos Terrestres Servossistemas 28º Treinamento em Estampagem de Chapas Metálicas Fundamentos do Processo de Laminação dos Aços Análise Metalográfica Aços para Aplicação em Dutos de Transporte de Gás e Petróleo
Data 24 a 28/07 14 a 18/08 18 a 22/09
Local
Contato
São Paulo, SP
Abendi – Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção Tel. (11) 5586-3199; www.abendi.org.br
16 a 27/10
Caxias do ABTS – Associação Brasileira de Sul, RS Tratamentos de Superfície Tel. (11) 5574-8333; www.abts.org.br 14 a 18/08 Joinville, SC 26/07 Rio de Abraco – Associação Brasileira de Corrosão 7/08 Janeiro, RJ Tel. (21) 2516-1962; www.abraco.org.br 21/08 31/07 a Salvador, 15/08 BA Cetre Tel. (11) 5575-2225; www.cetre.com.br 21/08 a São Paulo, 18/09 SP Bosch Rexroth – Tel. (11) 2119-5600; 7 a 11/08 Atibaia, SP www.boschrexroth.com.br CBCM – Centro Brasileiro de Inovação Porto em Conformação Mecânica 17 e 18/08 Alegre, RS Tel. (51) 3308-6134; www.cbcm-metalforming.com São Paulo, 22 a 25/08 SP ABM – Associação Brasileira de Rio de Metalurgia, Materiais e Mineração 12 a 14/09 Janeiro, RJ Tel. (11) 5534-4333; www.abmbrasil.com.br 12/09 Vitória, ES 25/07
Próximas feiras e congressos do setor de corte e conformação de metais Feira
Data
Local
Contato
Intersolar South America
22 a 24/08
São Paulo, SP São Paulo, SP
Aranda Eventos Tel. (11) 3824-5300; www.intersolar.net.br Cipa Fiera Milano Tel. (11) 5585-4355; www.tubotech.com.br Insight Conecta Tel. (81) 3071-7647; www.mecanicane.com.br Grupo Metalia Tel. +34 (91) 231 7004; www.metalmadrid.com Contato Instituto Aço Brasil Tel. (21) 2524-6917; www.acobrasil.org.br ABM Brasil Tel. (11) 5534-4333; www.abmweek.com.br
Tubotech
3 a 5/10
Fimmepe Mecânica Nordeste
24 a 27/10
Metal Madrid – Feira de Máquinas de Corte
15 e 16/11
Congresso
Data
Madrid (Espanha) Local
Congresso Brasileiro do Aço
22 e 23/08
Brasília, DF
ABM Week – 54º Seminário de Laminação e Conformação de Metais
2 a 6/10
São Paulo, SP
XLIII Consolda – Congresso Nacional de Soldagem
6 a 9/11
Joinville, SC
Recife, PE
Associação Brasileira de Soldagem Tel. (11) 3045-5040; www.abs-soldagem.org.br
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Corte & Conformação de Metais – Junho / Julho / Agosto 2017
Serviços Literatura
Capacitação em soldagem A Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem (FBTS) apresentou a 3ª edição de sua coleção intitulada “Curso de Inspetor de Soldagem – Nível 1”, a qual é composta por livros técnicos voltados para a capacitação profissional, cujo conteúdo é dividido em 14 módulos teóricos e seis práticos. A obra consiste em três volumes. O primeiro traz informações a respeito de consumíveis, metalurgia, terminologia e simbologia de processos de união, além de
conter seções dedicadas aos principais tipos de metal-base utilizados em operações dessa classe e
ao controle de deformação dos materiais envolvidos. O segundo versa sobre ensaios mecânicos,
qualificação de procedimentos de soldagem e de operadores, assim como instrumentação, sistemas de medição, documentos técnicos e noções de segurança em ambientes fabris. O terceiro aborda a inspeção de eletrodos e estufas, e o tratamento térmico, bem como ensaios visuais e dimensionais. Dele constam exercícios que abrangem os tópicos tratados nos demais módulos. A série é comercializada pelo endereço eletrônico: miriam.ramos@fbts.org.br. A coleção também pode ser adquirida por meio da FBTS pelo preço sugerido de R$ 280,00.
Índice de anunciantes Empresa
Página
Empresa
Página
Aços Radial.............................................................................................39
Maq-Aps ................................................................................................38
Amada.................................................................................................... 15
MCK Automação ....................................................................................28
Aranda ...................................................................................................49
Messe ..................................................................................................... 11
ARC Service ............................................................................................44
Milling ......................................................................................................7
Autoform ................................................................................................20
Murata ...................................................................................................37
BLM Group .............................................................................................29
Netcom...................................................................................................41
Brasil Magnets........................................................................................38
Nitrocut ..................................................................................................24
CaldLaser ...............................................................................................35
PA Brasil .................................................................................................43
Capi........................................................................................................45
Pilz ......................................................................................................... 17
Dardi ......................................................................................................40
Plasmatig................................................................................................16
Erzinger ..................................................................................................21
Radan .....................................................................................................44
Esquadros................................................................................. 4ª capa, 31
Robotmaster ...........................................................................................10
Flow .......................................................................................................36
Rudolph ..................................................................................................33
Fronius ...................................................................................................25
Semac.....................................................................................................45
Giacomini ...............................................................................................40
SOS Laser ...............................................................................................39
Giancotti ................................................................................................44
Trumpf ................................................................................ 2ª capa, 13, 27
Inplaf ......................................................................................................10
Welle Laser ........................................................................................... 4-5
Intermaq .................................................................................................47 Intersolar ................................................................................................23 IPG ................................................................................................. 3ª capa