DESTAQUES Ano 22 - Nº- 261 Fevereiro de 2022 Wi-Fi 6 As redes sem fio ganharam destaque nestes anos de pandemia, em especial o Wi-Fi 6 (IEEE 802.11ax), que cresce de forma exponencial no exterior. Ao oferecer velocidades de até 1 Gbit/s e recursos de eficiência espectral, o padrão resolve problemas de cobertura e prepara a entrada das próximas gerações, o Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7.
ESPECIAL
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Guia de produtos para infraestrutura de data centers A transformação digital nas empresas e a migração de aplicações para a nuvem impulsionam o mercado de data centers, que dependem de uma infraestrutura de alta disponibilidade, com destaque para os sistemas de energia, climatização, cabeamento e segurança.
SERVIÇO
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SPE - Novas tecnologias LAN para edifícios inteligentes O aumento constante da demanda por largura de banda está impulsionando a necessidade de novas soluções LAN. Um destaque é o SPE – Single Pair Ethernet, ideal para aplicações de IIoT - Internet Industrial das Coisas, com a conexão de grandes números de sensores e atuadores.
AUTOMAÇÃO
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Fibra óptica multimodo O artigo apresenta as principais características e aplicações de cada tipo de fibra e os novos desenvolvimentos que acompanham os crescentes requisitos de densidade, desempenho, escalabilidade e facilidade de implantação.
TECNOLOGIA
Capa
Foto: Deposit Photos
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Parâmetros elétricos de transmissão em redes Gigabit Ethernet O princípio full-duplex eleva as exigências quanto a interferências na transmissão. Perdas de retorno elevadas podem comprometer a confiabilidade e desempenho das redes, em especial em altas frequências.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
46
SEÇÕES Editorial
6
Guia de provedores de links de Internet
Informações
8
A relação traz informações de contato das empresas e detalhes sobre as regiões atendidas e os serviços prestados, além da localização do PTT e com quem fazem peering e CDN.
Interface
60
Segurança
64
Em Rede
66
ISP em Foco
68
Produtos
70
Atendimento ao leitor
71
Publicações
73
Índice de anunciantes
73
Agenda
74
SERVIÇO
50
Aspectos de infraestrutura relacionados com a estratégia de governo eletrônico A estratégia nacional de governo eletrônico está em plena expansão, mas ainda carece de adequações vinculadas à infraestrutura de TIC, data centers, nuvem computacional, interoperabilidade de dados e teletrabalho.
DIGITALIZAÇÃO
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Guia de software para projeto, construção e operação de rede FTTH A implantação de redes de fibra óptica requer um cuidado especial nas etapas de projeto, documentação e gerenciamento das redes. Ferramentas de software podem ajudar nessa tarefa.
SERVIÇO
59
As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI , podendo mesmo ser contrárias a estas.
EDITORIAL
ARANDA
EDITORA
TÉCNICA
CULTURAL
LTDA.
Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)
Crescimento do mercado de Wi-Fi 6
REDAÇÃO: Diretor Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau
A Internet e o Wi-Fi contribuíram para a resiliência nacional durante a pandemia da Covid-19, suportando a explosão do tráfego de dados nestes dois últimos anos. O crescente uso de aplicativos, com destaque para a videoconferência, streaming e telemedicina, congestionou as redes e tornou os dispositivos lentos. O melhor exemplo é o do home office. Antes uma realidade de poucas empresas, o modelo é hoje uma necessidade para os negócios continuarem operando. A migração dos acessos tornou as áreas de sombra mais evidentes nas residências e estabelecimentos comerciais, como cafés e aeroportos, dificultando a conexão à Internet. As operadoras e provedores também ganharam um desafio: estima-se que entre 35% e 50% das reclamações dos assinantes estejam relacionadas à qualidade das redes Wi-Fi, e não à velocidade dos links contratados. Felizmente, o mercado já oferece uma tecnologia capaz de garantir ampla cobertura, maior eficiência e baixa latência. Trata-se do Wi-Fi 6 (802.11 ax), padronizado pela Wi-Fi Alliance em setembro de 2019, que atua nas frequências não licenciadas de 2,4 e 5 GHz, com taxas de até 1 Gbit/s. Em locais com muitos usuários acessando a rede simultaneamente, como é o caso de estádios, shopping centers, aeroportos e universidades, a solução garante uma conexão mais estável, maior controle e estabilidade, graças aos recursos de eficiência espectral. O MU-OFDMA, por exemplo, permite a comunicação simultânea do ponto de acesso com até nove clientes por transmissão usando a mesma largura de canal – antes só era possível um único dispositivo por vez. Estudos internacionais apresentam fortes indicadores do crescimento das vendas de Wi-Fi 6. Segundo a ABI Research, empresa de consultoria global de mercado de tecnologia, até 2024, os equipamentos atingirão cerca 50% e se tornarão um padrão de mercado. Por volta de 2026, dos 263 milhões de dispositivos Wi-Fi vendidos, o 802.11 ax representará quase 81%. De acordo com o relatório da pesquisa “Mercado Wi-Fi 6 por Dispositivo, Usos, Aplicação e Geografia - Previsões Globais para 2028”, publicado pela Meticulous Research, o mercado deverá crescer a uma taxa global anual de 73,8%, atingindo US$ 105,4 bilhões até 2028. A tendência começa a se observar também no Brasil, como mostra a reportagem publicada a partir da página 18. A Linktel, operadora com mais de 12 mil hotspots públicos e privados, está apostando no Wi-Fi 6 para oferecer melhor cobertura e qualidade de conexão aos seus 30 milhões de usuários cadastrados. Vários estabelecimentos comerciais com quem tem parceria já optaram pela migração. A demora do 5G, que deve levar uns sete a oito anos para alcançar a totalidade dos municípios, está motivando os empreendimentos a implantarem o Wi-Fi 6. Da mesma forma, alguns provedores de Internet começam a ofertar a tecnologia a seus assinantes premium. Além de reduzir reclamações e custos com visitas de técnicos, a solução permite agregar receita com novos serviços, como a gestão do uso das redes sem fio para os clientes corporativos. As possibilidades são infinitas. Oferecer o acesso é somente o começo.
Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br
PUBLICIDADE NACIONAL: Gerente comercial comercial: Élcio S. Cavalcanti Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO
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ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.
INFORMAÇÕES
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Engenharia Civil pela Poli/USP, com especialização em Análise de Sistemas e Criptografia, e Arquitetura e Design pela FAU/USP. Embora tenha se consagrado em trabalhos para grupos de diversos segmentos, como Telefonica, Vale, Grupo Pão de Açúcar, WalMart, Carrefour, Ricardo Eletro, Casa e Vídeo e
memória uma informação diferente da cor ou padrão básicos”, diz. Com o posicionamento de marca se estabelecimento de um conceito forte e padronização dos elementos em todos especializa em provedores os pontos de contato do cliente, não Com a multiplicação das empresas de apenas nos sites e redes sociais, mas Internet pelo país, oferecer os melhores nos uniformes dos técnicos, frota de planos já não é mais suficiente para o carros de instalação, panfletos, lojas e provedor se diferenciar da concorrência. outdoors, é possível criar um conjunto Para conquistar novos clientes, é preciso da obra que reforça a ir além e começar a vender assimilação da marca e, valor, não simplesmente consequentemente, gera preço ou mega. Ou seja, resultados de vendas. tornar-se uma marca desejada. Para o provedor MOV, de Mas como estruturar um Santarém, PA, uma operação reposicionamento de que começou do zero, Kudo branding e um plano de conduziu o projeto completo marketing eficaz em empresas da criação da marca, com de menor porte, longe dos destaque para o design da grandes centros urbanos e loja. “Além do visual comandadas por proprietários moderno, o local oferece a que dominam o universo experiência de conectar a técnico das redes, mas pouco empresa com a cidade, um entendem de design e Loja da MOV em Santarém, PA: espaço moderno, espaço moderno, multiuso e multiuso e cultural para acesso à população comunicação? cultural para acesso à Elcio Kudo, especialista em Drogaria Araújo, é nas pequenas e população”, diz. branding de alto impacto, com 26 anos médias companhias que o consultor Para um outro cliente, com atuação de carreira, mais de 1000 projetos de enxerga o maior potencial de no interior de Minas Gerais, Kudo design corporativo já realizados e 22 crescimento. “Os resultados são realizou todo o trabalho de mudança premiações nacionais, pode ajudar nesse extraordinários”, diz. de nome e campanha de lançamento sentido. Ele lidera hoje uma das No mercado de provedores, em em três cidades simultaneamente em 60 consultorias mais particular, há muito a dias. “Foi um projeto rápido, compacto procuradas no país pelos fazer para melhorar o e de baixo custo, com peças-chave que provedores, seja para reconhecimento da marca. foram replicadas em várias ações”, diz. criação de marca em uma “Basta abrir o site ou feed Há cerca de 10 anos atendendo o nova operação, mudanças do Instagram das segmento de provedores, a ISP na identidade visual ou empresas para vermos as BRAND*IN tem crescido de forma estratégias de marketing mesmas mensagens. exponencial nos últimos anos. Com a de longo prazo. Pessoas felizes segurando consolidação do mercado de telecom, o Com o aumento da o celular, tablet ou consultor também tem sido procurado demanda observada notebook, com instalação para a criação de novas marcas a partir de nos últimos anos, grátis e ofertas fusões e aquisições de empresas, uma Kudo criou a ISP imperdíveis. Além do operação ainda mais complexa por Elcio Kudo: maior BRAND*IN, uma predomínio das cores envolver maior capilaridade, vários potencial nas divisão especializada pequenas e médias azul, verde, vermelho e sócios, culturas e histórias em cada em telecomunicações e empresas laranja. É sempre mais do localidade onde nasceram. Compreender provedores de mesmo”, afirma o consultor. as particularidades desse universo é o Internet da KUDO Marcas De acordo com ele, a identidade que diferencia o trabalho de Elcio Kudo, Disruptivas. “Sempre tive um pé em visual é o primeiro contato com o que vende valor, desejo e diferenciação telecom, pois meu primeiro cliente. Por isso é importante investir para seus clientes provedores. emprego foi na KDDI, uma em um design exclusivo, com operadora japonesa, em 1995”, diz ISP BRAND*IN – Tel. (11) 91224-8062 ilustrações que chamem a atenção do Kudo, que é formado em Site: www.kudobranding.com.br usuário. “É mais fácil gravar na
Agência de design e
INFORMAÇÕES estradas rurais de Santa Catarina e os recursos previstos no projeto devem viabilizar a instalação dos serviços de telecomunicação nos municípios. A Secretaria da Agricultura dará o suporte para que os produtores consigam fazer a conexão com suas propriedades. Após a instalação da estrutura de fibra óptica nas estradas rurais, os agricultores contarão com o apoio da Secretaria para fazer a conexão com suas propriedades. O Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) possui uma linha de crédito especial, com financiamentos sem juros, para que os agricultores conectem suas propriedades à infraestrutura de fibra óptica do município. “É um grande programa, uma ação de Estado, para levarmos Internet para o campo. Vamos gerar uma revolução no agro catarinense, aumentando a atratividade do meio rural, dando possibilidades de escolha e estudos para os jovens agricultores. Assim como as cidades, o interior também estará conectado”, comemorou Altair Silva. O projeto de lei segue agora para sanção do governador Carlos Moisés, que está prevista para breve.
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Fiepe adota hiperconvergência da Nutanix A Nutanix, empresa especializada em computação em nuvem privada, híbrida e multicloud, anunciou que a Fiepe - Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco modernizou o ambiente de TI com soluções de hardware e software da empresa. Agora, a Federação segue no caminho de padronização e unificação dos sistemas para representar as indústrias do estado de Pernambuco, apoiando também projetos sociais, de educação e pesquisa e desenvolvimento. Fundada em 1939, a Federação integra e coordena o Sistema Fiepe, composto por quatro órgãos vinculados: Sesi - Serviço Social da Indústria de Pernambuco, Senai Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco, Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco e Ciepe - Centro das Indústrias do Estado de Pernambuco. O sistema anterior englobava as quatro organizações e possuía
ambientes com arquitetura multiplataforma, descentralizada e de difícil integração. Essa infraestrutura não teria capacidade e escalabilidade para sustentar as projeções de crescimento da Fiepe. Isso porque sua manutenção era complexa, de alto custo e não permitia realizar atualizações com um desempenho satisfatório, além de não atender a requisitos de segurança e backup. “Nosso ambiente anterior exigia alto custo operacional, não permitia expansão ou escalabilidade e interoperabilidade. Ou seja, era um ambiente tecnológico que não acompanhava a evolução do negócio, além de onerar a equipe de TI com manutenções recorrentes. A complexidade do desafio de integrar tecnologias que não conversavam entre si era muito grande, então decidimos pela arquitetura hiperconvergente da Nutanix com objetivo de unificar nossos ambientes e prover capacidade de crescimento e expansão”, revela Antônio Fernandes, gestor de TI da Fiepe.
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A implementação e a migração demandaram um período de cinco meses em que o time da Nutanix trabalhou em conjunto com a integradora Tech Channel e o próprio time de TI da Fiepe. Além de centralizar em uma única plataforma o gerenciamento do data center, ainda permitiu sensível aumento da performance de processamento, grande facilidade na gestão do ambiente, alta disponibilidade e segurança de dados em comparação à tecnologia anterior. Dessa forma, foi possível aumentar a confiabilidade e a eficiência de todo o ambiente tecnológico. “Criamos um data center de 180 metros quadrados onde acomodamos uma área de autossuficiência enérgica e racks que suportam todos os nós da Nutanix. Foram migrados para lá cerca de 300 servidores, 200 bases de
Sede da Fiepe: padronização e unificação de sistemas
dados, 130 redes, mais de 3200 usuários. Ainda, toda a migração foi feita sem parar a produção da Federação. Nós trocamos as turbinas do avião em pleno voo”, explica Fernandes. A Fiepe realizou um mapeamento estratégico de crescimento com metas em novos serviços, associados e matrículas. Com a hiperconvergência, a Federação conta agora com uma plataforma amigável, com painel único de gerenciamento (dashboard), podendo focar inteiramente na qualidade dos serviços prestados pelas suas empresas. As melhorias de desempenho nas rotinas diárias e economia de 35% de gastos com energia elétrica, suporte e manutenção, além da otimização do tempo em cerca 70% de equipe, já foram percebidos pela Fiepe. Além disso, foi implementado um novo sistema de backup que antes levava horas e hoje demanda poucos minutos. Na plataforma Nutanix estão rodando sistemas críticos como ERP, CRM, gestão escolar, pesquisas, back office e outros. Setores distintos dos órgãos que compõem a Fiepe podem atualmente solicitar servidores à TI para novos projetos em questão de minutos, o que antes demorava dias.
INFORMAÇÕES Para o futuro, a Federação irá ampliar seu leque de serviços. Além disso, espera uma redução de cerca de R$ 25 mil ao mês por meio da internalização de inúmeros processos que hoje estão hospedados em nuvem pública. Nutanix – Tel. (61) 3521-7125 Site: www.nutanix.com/br
Nano Fiber: cabos pré-conectorizados com fabricação nacional A Nano Fiber, com fábrica em São José dos Campos, SP, atua no fornecimento de cabos ópticos pré-conectorizados para provedores e operadoras. A marca pertence à M-WAS, companhia brasileira que também é dona da importadora e exportadora de cabeamento estruturado metálico Nano Access. Criada em 2021, a Nano Fiber iniciou suas atividades em agosto, quando os
Máquina de polimento da Nano Fiber
equipamentos para o parque fabril chegaram do exterior. A produção, porém, só começou em outubro, com o recebimento dos insumos utilizados no processo de conectorização. “A Nano Access atua somente com produtos importados para revenda. Já a Nano Fiber realiza a conectorização com o produto final 100% nacional. Muitos fornecedores oferecem a mesma linha, porém importada, e se houver um problema com a Receita Federal, o prazo para
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liberação é de até 90 dias, o que faz com que diversas operadoras optem por ofertas nacionais”, afirma Helber Narazzaki, gerente de engenharia da Nano Fiber. O parque fabril conta com 700 m 2 de área total. A unidade é equipada com um maquinário que possibilita realizar todos os processos de pré-conectorização dos cabos, como polimento, montagem dos conectores e testes. Ao todo, o investimento em equipamentos foi de aproximadamente R$ 5 milhões. De acordo com o diretor, um dos destaques é a máquina de polimento. O modelo, segundo ele, conta com apenas quatro unidades no Brasil, sendo uma pertencente à Nano Fiber. Para lidar com os equipamentos, a Nano Fiber recrutou ex-funcionários da Huber+Suhner, desenvolvedora suíça de componentes e soluções de conexão elétrica e óptica que encerrou a produção no Brasil no segundo semestre de 2020. “Recrutamos os ex-funcionários da Huber+Suhner em virtude de sua experiência em lidar com o maquinário de ponta que instalamos. São processos muito específicos, que demandam um nível de conhecimento muitas vezes díficil de ser encontrado no mercado”, explica Narazzaki. To d o s o s c ab o s pré-conectorizados são testados individualmente. O p ro c e s s o, s eg u n d o o d i r e t o r, acaba sendo mais preciso do que o feito por amostragem. A fábrica pode fornecer diversos tipos de cabos préconectorizados, como cordões e trunk, compatíveis com CTOs – caixas de terminação óptica de marcas como Huawei e Cor ning. “No Brasil, tanto os cabos como os conectores precisam ser préhomologados. Os cabos são adquiridos de um fornecedor
parceiro. Já o conector, do tipo Fast Connect, somos nós que produzimos”, lembra Narazzaki. Atualmente, o parque fabril opera com capacidade para montar aproximadamente 9 mil cabos mensais de 1 fibra. Quando estiver funcionando com capacidade máxima, nível que deve ser atingido ainda em 2022, a expectativa é atingir a marca diária de 450 cabos. No momento, a Nano Fiber só atende o mercado nacional. “Esse tipo de fabricação demanda uma curva de aprendizagem. Por enquanto, só estamos trabalhando com cabos pré-conectorizados, porém temos tecnologia e know-how para fornecer outros tipos. Para 2022, o objetivo é consolidar a marca, além de ampliar a gama de produtos”, prevê Narazzaki. Nano Fiber – Tel. (12) 3424-6616 Site: www.nanofiber.com.br
Telemedicina como SVA cresce na pandemia De acordo com a Saúde Digital Brasil Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, a telemedicina cresceu 316% durante o período de pandemia. Com o avanço da variante Ômicron, a demanda pelos serviços disparou, o que abre uma boa oportunidade de negócios e geração de receita para os provedores de Internet. A IXER, intermediadora de benefícios voltados para a saúde, proteção e bem-estar familiar, oferece serviços de telemedicina como SVA serviço de valor agregado, que roda na plataforma Conecta IXER. “A procura pelos provedores cresceu de forma significativa no último ano”, diz Edgar Tressoldi, diretor executivo da IXER responsável pelo segmento de SVA. Ele lembra que a maioria dos assinantes dos provedores não tem plano de saúde. Além de possibilitar o acesso a especialistas a qualquer
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INFORMAÇÕES
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hora, sem locomoções desnecessárias exames com validade nacional. Todos das famílias, o atendimento médico os serviços contratados com a remoto reduz os riscos de IXER incluem o seguro com valores contaminação em clínicas e hospitais de R$ 5 mil a R$ 30 mil por morte lotados. “A telemedicina tem acidental do titular. “Temos parceria evoluído muito em vários domínios com a Previsul, seguradora da Caixa da assistência médica, permitindo Econômica Federal e com 114 anos cuidados de alta qualidade que de mercado”, diz. transcendem os obstáculos da Para atender os provedores, a distância geográfica, falta de acesso a IXER atua em parceria com a profissionais de saúde e custos”, diz. Campsoft, empresa que oferece um No Brasil, entre 2020 e 2021, mais hub de serviços digitais relacionados de 7,5 milhões de atendimentos a entretenimento, educação, cultura foram realizados, por e esportes, como música, mais de 52,2 mil clube de vantagens, médicos, via revistas e audiobooks, telemedicina, de acordo além da telemedicina. com dados divulgados “A procura pela este ano pela Saúde telemedicina virou algo Digital Brasil. A demanda recorrente pelos nossos por atendimento remoto clientes e parceiros. Isso é para casos de Influenza e um reflexo do que Edgar Tressoldi, Covid-19 dobra a cada 36 estamos vivendo hoje. da IXER: aumento horas. Filas de espera, hospitais na procura de Esse número vem lotados, falta de provedores por crescendo, principalmente, flexibilidade ou de telemedicina depois da aprovação da médicos disponíveis, Lei nº 13.989/20, que regulamentou a ninguém gosta dessa espera telemedicina no país. A incansável. Por isso a telemedicina regulamentação atual permite a está se tornando essencial. É natural prescrição de medicamentos, que exista uma resistência do solicitação de exames, atestados e consumidor frente aos inúmeros relatórios. aplicativos de baixa qualidade hoje Cerca de 80% da população no mercado, mas, com a IXER, brasileira depende exclusivamente do enxergamos um atendimento 100% SUS. “As estatísticas mostram especializado para que o assinante que 90% dos casos médicos são receba qualidade para sua vida e de resolvidos remotamente”, diz. seus familiares dentro de uma única As consultas na plataforma da solução”, diz Guilherme Lobo, Conecta IXER partem de R$ 75 cofundador da Campsoft. (preço de uma consulta popular) e Além de se diferenciar em relação à são pagas pelo cliente somente concorrência, pela ampla variedade de quando utilizadas. Podem ainda ser recursos disponíveis, com os novos parceladas no cartão de crédito ou serviços o provedor pode aumentar boleto bancário, com direito ao o tíquete médio por assinante. Se retorno sem custo adicional. “A forem oferecidos como SVAs, dentro consulta tem a mesma qualidade de do pacote de banda larga, sem custo uma consulta presencial, sem tempo adicional para o consumidor, a máximo ou pressa por conta dos redução fiscal chega a 40%, devido à médicos, o atendimento e os isenção de ICMS, conforme Estado. médicos são de excelente nível”, diz IXER – Site: www.ixer.com.br Tressoldi. Após a consulta, o Campsoft – Site: www.campsoft.com.br paciente recebe o pedido médico de
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IT Investimentos lança calculadora de valuation gratuita para provedores A IT Investimentos, empresa especializada em M&A (fusões e aquisições) e captação de recursos no mercado de tecnologia e telecomunicações, lançou o ISP à Venda, uma plataforma que traz uma calculadora de valuation gratuita para provedores de Internet que querem saber seu valor, com base em informações como número de assinantes, tíquete médio, quantidade de portas PON, percentual de rede regularizada e região atendida. “Com isso, os empreendedores conseguem saber o valor do seu provedor numa eventual venda, diante do cenário aquecido em que o setor se encontra”, diz o diretor e fundador Gustavo Barros. Segundo ele, a IT Investimentos é a boutique de M&A com maior track record em transações
Ferramenta ajuda o proprietário a saber o valor de sua empresa em poucos minutos
de telecom. Em 2021, realizou mais de 18 transações e movimentou o equivalente a R$ 2,5 bilhões. Segundo a TTR – transactional track record, plataforma global de transações financeiras, a IT Investimentos ocupa o oitavo lugar no ranking geral no país e lidera no mercado de provedores. Entre os principais clientes da área de telecom estão empresas como Mob Telecom, Sumicity, Wirelink, Desktop, WKVE Telecom, C-Lig, Univox e Starweb. A IT Investimentos fornece serviços como assessoria financeira, negociação, auxílio na venda e aquisição de empresas, coordenação de processos de due diligence e assessoria legal e contábil. Na avaliação de empresas, realiza a construção de modelos financeiros baseados no histórico e projeções de crescimento. IT Investimentos – Tel. (11) 3569-6106 Site: www.ispavenda.com.br
ESPECIAL
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Wi-Fi 6 Fábio Laudonio e Sandra Mogami, da Redação da RTI
O
Com a adoção do home office e aumento no uso de serviços como videoconferência, streaming, telemedicina e aulas online, as redes sem fio ganharam destaque nestes anos de pandemia, em especial o Wi-Fi 6 (IEEE 802.11ax), que cresce de forma exponencial no exterior. Ao oferecer velocidades de até 1 Gbit/s e recursos de eficiência espectral, o padrão resolve problemas de cobertura e prepara a entrada das próximas gerações, o Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7.
uso crescente da Internet e aplicativos nas empresas e residências resultou em congestionamentos e lentidão da conexão sem fio. Para melhorar a cobertura de sinal e eliminar as chamadas “zonas de sombra”, os usuários procuraram atualizar a conectividade com novas tecnologias em pontos de acesso e roteadores. Os provedores de Internet também ganharam um desafio: estima-se que entre 35% e 50% das reclamações dos assinantes estejam relacionadas à qualidade das redes Wi-Fi, e não à velocidade dos links contratados. Esse cenário está impulsionando o desenvolvimento do mercado de equipamentos Wi-Fi 6, padronizado pela Wi-Fi Alliance em setembro de 2019, que atua nas faixas não licenciadas de 2,4 e 5 GHz. Ao longo dos últimos 20 anos, a tecnologia evoluiu em diferentes padrões, desde o 802.11-1997 original, passando pelo 802.11b (1G), 802.11a (2G), 802.11g (3G), 802.11n (4G), 802.11ac (5G) e 802.11ax (6G). Há ainda o adendo Wi-Fi 6E, que prevê o uso da faixa não licenciada em 6 GHz (de 5925 a 7125 MHz), liberada pela Anatel em 2021 para ambientes indoor. E está em
estudo o IEEE 802.11be (7G), com taxas de 20 a 30 Gbit/s. Em locais congestionados, com muitos pontos de acesso e usuários acessando a rede simultaneamente, como é o caso de estádios, shopping centers, aeroportos e universidades, o Wi-Fi 6 garante uma conexão mais estável, com maior controle e estabilidade. “Em 2021 realizamos diversos projetos e fornecimentos para provedores totalmente em cima de Wi-Fi 6. O ganho foi absurdo em termos de percepção, desempenho e qualidade. As queixas foram reduzidas praticamente a zero. Além da satisfação do cliente final, os custos de manutenção com suporte e visitas técnicas também caíram de forma impressionante”, diz Paulo Frosi, diretor comercial da Connectoway, distribuidora de valor agregado de produtos e soluções da Huawei no Brasil nas linhas IP, transmissão, acesso e cloud.
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Uma outra vantagem do Wi-Fi 6 é a possibilidade de novos negócios que antes não eram possíveis para o provedor, com oportunidades de geração de receita. É o caso da gestão da rede 100% em nuvem, sem necessidade de controladores ou software adicionais. O sistema gera informações de utilização da rede e análise inteligente do perfil de usuários, dentro da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, que podem ser trabalhadas para o melhor conhecimento do comportamento de consumidores em um estabelecimento comercial, por exemplo, possibilitando ações de marketing dirigidas a diferentes públicos. “Os provedores de maior porte entenderam que precisam agregar valor. Eles podem ser integradores de soluções e empresas de TI para seus assinantes. Os serviços de Internet com Wi-Fi 6 já são um começo”, diz Frosi. Nesse sentido, a Connectoway ajuda os provedores a “colocar o produto na esteira” e apoia na arquitetura de negócios. De acordo com ele, com a popularização da tecnologia em escala mundial, os equipamentos estão se tornando mais acessíveis. No último ano, houve uma redução de 15% a 20% nos custos de aquisição dos produtos. “Mas os recursos oferecidos no Wi-Fi 6 são infinitamente mais avançados do que nas versões anteriores. Roteadores, pontos de acesso sem fio, gateways domésticos e repetidores sem fio Wi-Fi 6 oferecem maior segurança e menor latência entre os dispositivos”, diz Frosi. De acordo com Milton Sasaki, gerente de Network Solutions da fabricante FiberHome, o padrão Wi-Fi 6 representou 9% do total de CPEs Wi-Fi comercializadas em 2020. “Os números começaram a crescer rapidamente em 2021”, diz. A ABI Research, empresa de consultoria global de mercado de tecnologia, prevê que, até 2024, esses dispositivos atingirão cerca 50% e se tornarão um padrão de mercado. Por volta de 2026, dos 263 milhões de dispositivos Wi-Fi vendidos, o padrão Wi-Fi 6 representará quase 81%.
A FiberHome comercializa modelos de ONU e roteadores com o Wi-Fi 6. “Em 2021, ocupamos o ‘top 3’ do ranking mundial de ONUs, das quais o Wi-Fi 6 representou 9%. Nos roteadores, a tecnologia representou mais de 30%”, afirma Sasaki. Atualmente, as implantações de Wi-Fi 6 estão concentradas na América do Norte e na Europa, que respondem por mais da metade do total do mercado. A FiberHome já está fornecendo ONUs com Wi-Fi 6 para provedores de Internet no Brasil, com destaque para a linha HG6145F. “Devido à cobertura excepcional, os clientes decidiram fazer a migração dos equipamentos Wi-Fi 5 para modelos Wi-Fi 6. Isso os ajudará a ganhar novas oportunidades de mercado”, afirma Sasaki. O gerente também acredita que, com o aumento do número de usuários e desenvolvimento da cadeia industrial,
os preços da maioria dos novos produtos de tecnologia tendem a cair. “No entanto, devido à pandemia da Covid-19, a cadeia de abastecimento está prejudicada, os recursos logísticos estão escassos e o preço do chipset subiu, encarecendo os equipamentos eletrônicos”, diz. Portanto, a tendência de redução de preços das CPEs Wi-Fi 6 também foi afetada. “Mas acreditamos que, com o fim da pandemia, o cenário volte ao normal”, diz. A Linktel, operadora com mais de 12 mil hotspots públicos e privados, está apostando no Wi-Fi 6 para oferecer melhor cobertura e qualidade de conexão aos seus mais de 30 milhões de usuários cadastrados. Vários estabelecimentos comerciais com quem
tem parceria já optaram pela migração do padrão, como as redes de café Starbucks, as lanchonetes Cabana de São Paulo e diversos aeroportos. O Aeroporto Salvador Bahia, um dos mais movimentados do país, com mais de 8 milhões de passageiros no ano, está rodando 100% em cima do novo padrão, garantindo velocidades de até 1 Gbit/s por dispositivo. Um outro projeto de grande porte foi realizado em parceria com a operadora Imax em Aparecida, SP. O Centro de Atendimento ao Romeiro e a Nova Galeria Recreio são alguns dos locais com o serviço, que recebem em média mais de 15 milhões de visitantes por ano. Os dois ambientes possuem lojas e praça de alimentação para os devotos e turistas que visitam a cidade santuário. A rede pode realizar conexões com mais de 2 mil usuários ao mesmo tempo. “O mercado está aquecido e reagindo bem ao aspecto WiFi em geral. As pessoas precisam de Internet de banda larga e acesso sem fio de qualidade”, diz Jonas Trunk, presidente da Linktel. A rede de hotspots da Linktel recebe de 60 mil a 70 mil novos usuários por mês. Segundo ele, a demora da implantação do 5G, que deve levar uns sete a oito anos para alcançar a totalidade dos municípios, está motivando os empreendimentos a buscarem outra solução para oferta de acesso sem fio. “A demanda por banda larga só cresce, mas por enquanto o 5G só existe no papel”, diz. Um outro ponto a favor é a queda dos preços dos equipamentos Wi-Fi 6. Os fabricantes adotados pela Linktel (Ruckus CommScope e Cisco) já estão praticando os mesmos preços dos pontos de acesso e antenas Wi-Fi 5. Embora somente alguns dispositivos sejam compatíveis hoje com o padrão Wi-Fi 6, como o IPhone 12 e 13, o usuário percebe a melhor experiência, a menor latência e a qualidade superior da conexão. Isto porque a tecnologia de divisão de frequência inteligente OFDMA permite que vários dispositivos compartilhem
ESPECIAL os recursos do espectro, possibilitando mais conexões simultâneas e regras diferentes de acesso, recurso que o Wi-Fi 5 não oferece. E a ativação sob demanda economiza até 30% da carga da bateria dos dispositivos conectados à rede. “Mas os fabricantes estão desenvolvendo novos modelos e em breve o mercado contará com um grande número de aparelhos compatíveis com Wi-Fi 6, que será um atrativo para vender mais celulares”, diz Trunk. A Linktel, que também conta com operações de fibra óptica (FTTH) em Ilhabela e Barueri, SP, vai testar em breve a tecnologia WiFi 6E. O projeto piloto avaliará o uso de antena e dispositivo em um ambiente real de Barueri, provavelmente uma lanchonete.
Novos recursos De acordo com o fabricante Ubiquiti (https://bit.ly/UniFi-AP6), a tecnologia Wi-Fi 6 prevê vários novos recursos para garantir maior desempenho e capacidade, mas alguns merecem destaque, como veremos a seguir. Modulação 1024-QAM Permite que um único sinal seja capaz de representar informações mais complexas, sendo possível entregar
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maior velocidade. No padrão Wi-Fi 5 a modulação máxima é 256-QAM (8 bits por símbolo) e no Wi-Fi 6 a modulação é 1024-QAM (10 bits por símbolo). Uma observação em relação à velocidade que vale a pena reforçar é que as melhores modulações só podem ser alcançadas se o dispositivo cliente estiver no mesmo cômodo do AP. MU-OFDMA Provavelmente é o maior benefício do novo padrão Wi-Fi 6 em termos de eficiência, porque vai permitir a comunicação simultânea do ponto de acesso com até nove clientes por transmissão usando a mesma largura de canal – antes só era possível um único dispositivo por vez. Diferente da tecnologia MU-MIMO (que já existia no Wi-Fi 5 Wave 2), a nova técnica consegue dividir o mesmo canal em canais menores para atender múltiplos clientes independentemente da quantidade de antenas do ponto de acesso, ou seja, em um único fluxo especial (stream). Essa é uma tecnologia que foi “emprestada” dos padrões 4G/5G da telefonia móvel/celular. MU-MIMO O padrão Wi-Fi 5 (Wave 2) já possui suporte a MU-MIMO para comunicação
do ponto de acesso com múltiplos clientes (downlink) simultaneamente usando diferentes antenas de transmissão/recepção (stream), desde que o dispositivo cliente também tenha suporte a MU, ainda que esse cliente tenha uma única antena. O novo padrão Wi-Fi 6 vai permitir até oito antenas para transmissão em ambos os sentidos downlink/uplink, mais um diferencial para otimizar o aproveitamento do airtime. BSS Coloring Essa nova técnica permite diminuir a incidência de interferência em ambientes que tenham múltiplos roteadores/ pontos de acesso operando no mesmo canal, através de um mecanismo que identifica na própria transmissão qual é a célula (BSSID) de vínculo do dispositivo cliente. A analogia usada para explicar essa tecnologia é que cada transmissão vai ser associada com uma “cor” (código numérico) para que múltiplos pontos de acesso operando no mesmo canal saibam identificar aquelas transmissões de seu interesse em meio a outras transmissões concorrentes (interferência). TWT (Target Wake Time) É uma técnica muito atrativa que economiza bateria nos dispositivos clientes através de um processo de
ESPECIAL escalonamento das transmissões entre eles, particularmente útil no contexto de IoT - Internet das Coisas, em que existem muitos dispositivos sensores/ controladores que não demandam muito tráfego nem “falam” frequentemente. Dessa forma, os dispositivos serão capazes de sinalizar para o ponto de acesso que pretendem “dormir” por intervalos de tempo muito maiores do que poucos milissegundos (horas/dias) para economizar bateria. Segurança WPA3/OWE É considerada um dos maiores benefícios do novo padrão. Atualmente é o mecanismo de segurança mais robusto e que certamente será o padrão nos próximos anos. Esse novo método resolve o maior problema de segurança do mecanismo anterior (WPA2) no que diz respeito a uma vulnerabilidade conhecida de quebra das chaves durante o processo inicial de associação dos dispositivos clientes com o roteador/AP Wi-Fi (KRACK). Em paralelo ao WPA3, também haverá suporte à técnica OWE que permite criptografar automaticamente a comunicação em hotspots abertos (sem senhas), permitindo ter em ambientes públicos o mesmo grau de segurança do Wi-Fi em empresas e residências.
Wi-Fi 7 A MediaTek anunciou em janeiro a primeira demonstração ao vivo da tecnologia Wi-Fi 7 do mundo, com destaque para os recursos do próximo portfólio de conectividade Wi-Fi 7 Filogic. A iniciativa inclui duas demonstrações para os principais clientes e parceiros da indústria para apresentar as altas velocidades e a transmissão de baixa latência da tecnologia. “O lançamento do Wi-Fi 7 marcará a primeira vez que o Wi-Fi poderá ser um verdadeiro substituto de rede fixa/Ethernet para aplicativos de altíssima largura de banda”, afirma Alan Hsu, vice-presidente e gerente geral da área de
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conectividade inteligente da MediaTek. “A tecnologia Wi-Fi 7 será a espinha dorsal das redes domésticas, de escritório e industriais e fornecerá conectividade perfeita para tudo, desde aplicativos de realidade aumentada/realidade virtual multiplayer, games na nuvem e chamadas com streaming de 4K a 8K”. As demos promovidas pela MediaTek mostram como a tecnologia Wi-Fi 7 Filogic pode atingir a velocidade máxima definida pelo IEEE 802.11be (em desenvolvimento) e demonstram sua tecnologia de operação multilink (MLO). A tecnologia MLO agrega vários canais em diferentes bandas ao mesmo tempo para deixar claro como o tráfego de rede ainda pode fluir mesmo em caso de interferência ou congestionamento na transmissão. “Acesso mais rápido à Internet de banda larga e aplicativos mais exigentes, como streaming de vídeo de alta resolução e jogos de realidade virtual, impulsionam a demanda por Wi-Fi 6, Wi-Fi 6E e, em breve, Wi-Fi 7”, explica Mario Morales, vice-presidente do grupo de semicondutores da IDC. “Os avanços do Wi-Fi 7 em largura de canal, QAM e novos recursos, como operação multilink (MLO), tornarão o Wi-Fi 7 muito atraente para dispositivos, incluindo smartphones, PCs, equipamentos de consumo e mercados verticais, como varejo e indústria.” A MediaTek está envolvida no desenvolvimento do padrão Wi-Fi 7 desde a sua criação, e a empresa é uma das primeiras a adotar a tecnologia. O Wi-Fi 7 oferece recursos novos em todos os espectros disponíveis para uso de Wi-Fi, incluindo 2,4 GHz, 5 GHz e 6 GHz, e velocidades 2,4 vezes maiores que o Wi-Fi 6 – mesmo com o mesmo número de antenas – já que o Wi-Fi 7 pode utilizar canais de 320 MHz e suportar a tecnologia de modulação de amplitude de quadratura (QAM) 4K. Os produtos com Wi-Fi 7 devem chegar ao mercado a partir de 2023. A seguir será apresentada a oferta de produtos Wi-Fi 6 disponíveis no mercado brasileiro.
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ESPECIAL
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Agora/Huawei
Já suas antenas fornecem um máximo de 9 dBi e uma média de 7 dBi de ganho em 360° em 5 GHz. Apresenta opção de cobertura omnidirecional e setorizada em 120°. Site: www.cambiumnetworks.com.
A AGORA comercializa a linha de roteadores Wi-Fi AX2, da Huawei. Com suporte para os padrões de rede sem fio Wi-Fi 6 e Wi-Fi 5, a linha opera com
frequências de 2,4 e 5 GHz, cujas velocidades de transmissão podem chegar até 300 e 1200 Mbit/s, respectivamente. Site: www.agorasolutions.com.br.
Alcatel-Lucent Enterprise A linha de pontos de acesso OmniAccess Stellar, da Alcatel-Lucent Enterprise,
oferece modelos compatíveis com a tecnologia Wi-Fi 6, como o AP 1301. O modelo é voltado para pequenas e médias empresas e alimentado com rádios dual band de 2,4 e 5 GHz (2x2) e apresenta resiliência WAN com dois uplinks (2x1GE). Site: www.al-enterprise.com.
Aruba Networks Fabricado pela Aruba Networks, o Instant ON AP22 é um ponto de acesso voltado para levar o Wi-Fi 6 a hotéis, escolas, restaurantes e escritórios. Pode ser utilizado em implementações densas de até 75 dispositivos ativos e
conta com taxa de dados agregados máxima de mais de 1,7 Gbit/s. Com MU-MIMO, é compatível com links RF direcionais simultâneos e até quatro conexões Wi-Fi simultâneas e de taxa total. Site: www.arubanetworks.com.
Cisco A Cisco comercializa a linha de pontos de acesso Meraki. Um dos destaques é o MR36H, com switch Gigabit
Cambium Networks O XV2-2T, da Cambium Networks, é um ponto de acesso com alcance de até 1 km.
de três portas integrado com passagem POE e três rádios 2,4 GHz, 5 GHz e WIDS/WIPS de banda dupla. Site: http:// meraki.cisco.com/pt-br/.
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CommScope Ruckus O R850, da CommScope Ruckus , é um ponto de acesso que opera nas frequências de 2,4 e 5 GHz simultaneamente, suportando 12 fluxos espaciais (8x8:8 em 5 GHz, 4x4:4 em 2,4 GHz). Com os
recursos OFDMA, TWT e MU-MIMO, o dispositivo gerencia até 1024 conexões, proporcionando aprimoramentos na área de cobertura e no desempenho
em ambientes de ultra alta densidade. Apresenta taxa de transmissão de 5,9 Gbit/s. Site: www.commscope.com.
Connectoway/ Huawei A Connectoway comercializa o ponto de acesso AirEngine 5760-51, da Huawei. A solução oferece suporte a 8x8 MU-MIMO e pode atingir
uma taxa de dispositivo de até 5,95 Gbit/s. O equipamento é voltado para ambientes externos. Site: www.connectoway.com.br
D-Link A linha de roteadores e extensores Eagle Pro AI, da D-Link, compreende diversos equipamentos com tecnologia Wi-Fi 6. Um dos destaques é o roteador R15 AX 1500, capaz de entregar até quatro
vezes mais capacidade e 40% de aumento de rendimento do que o Wi-Fi 5. Alcança velocidades de até 1201 Mbit/s em 5 GHz e 300 Mbit/s em 2,4 GHz. Site: www.dlink.com.br.
DZS O DZS 2428GN, da DZS, é uma ONT GPON capaz de atender provedores de serviços que demandam altas taxas de dados via interfaces sem fio. Apresenta taxa de dados de 2,5 Gbit/s downstream e 1,25 Gbit/s
ESPECIAL 26 – RTI
upstream e conta com gerenciamento de software exclusivo do fabricante. Site: www.dzsi.com.
FiberHome A FiberHome fornece roteadores e ONUs GPON e XGS-PON com padrão Wi-Fi 6. Um dos destaques é a ONU HG6145F, com quatro portas Gigabit, uma porta POTS e Wi-Fi dual band. Os produtos suportam MU-MIMO,
OFDMA, Easymesh, além de outras tecnologias que podem trazer maiores taxas de acesso à Internet, menor latência e conexões mais estáveis. Site: https:// fiberhomebrasil.com.br/.
Intelbras Para o segundo semestre de 2022, a Intelbras pretende disponibilizar para o mercado o roteador CPE 5G. Voltado para residências, empresas e indústrias, o equipamento fornece taxas de velocidade, qualidade e latência semelhante à fibra óptica, sem a necessidade de cabeamento
e instalação na última milha. A CPE 5G está sendo desenvolvida nas cores branca e preta e faz parte de uma parceria entre a Intelbras e a Qualcomm Technologies. Site: www.intelbras.com.br.
Mercusys O MR70X, da Mercusys, é um roteador capaz de atingir velocidades Wi-Fi 6 de até 1,8 Gbit/s, sendo 1201 Mbit/s na banda de 5 GHz e 574 Mbit/s na de 2,4 GHz.
Com segurança Wi-Fi aprimorada, apresenta função de conexão inteligente que escolhe a melhor banda disponível para cada dispositivo. Site: www.mercusys.com.br.
Multilaser Pro/ZTE O ZT360, da ZTE/Multilaser Pro, utiliza a tecnologia AX, que possibilita obter uma Internet em Wi-Fi 6 até quatro vezes mais rápida e com maior capacidade de conexão que o Wi-Fi 5 via tecnologia OFDMA. Oferece possibilidades de frequência em 2,4 GHz
ESPECIAL 28 – RTI – FEV 2022
com maior cobertura e amplitude de sinal, ou 5 GHz com mais potência e velocidade, somada com a Smart Band Steering, função de escolha inteligente de bandas, priorizando o sinal da rede 5 GHz, e mudando automaticamente para a de 2,4 GHz ao identificar redução de sinal. Site: www.multilaserpro.com.br.
Nokia A ONT G-2426G-A, da Nokia, funciona como gateway de terminação da
fibra FTTH em residências, responsável por criar a rede Wi-Fi 6 com capacidade
Transceivers
400G | 200G | 100G | 40G | 25G | 10G | 1G
EasyMesh para os assinantes FTTH. O dispositivo possui rede Wi-Fi de banda dupla simultânea 802.11 b/g/n/ax com recursos de triple play que incluem voz, vídeo e dados. Site: www.nokia.com.
Tenda Fabricado pela Tenda, o TX9 Pro é um roteador compatível com Wi-Fi 6 e que oferece capacidade de
lançamento da linha O-Tech by Ruijie, que inclui pontos de acesso, switches camadas 2 e 3 para data centers, gateways
Raisecom A Raisecom comercializa o Wi-Fi 6 AX 1800, roteador residencial Wi-Fi dual band. O equipamento foi desenvolvido pensando no
avanço do trabalho remoto e a novos fatores de consumo, como a popularização da TV sob demanda, streaming de áudio, jogos, conferência e conexões com aplicação em nuvem. Site: www.raisecom.com.br.
transmissão de dados de até 3000 Mbit/s. A solução utiliza a combinação OFDMA + MU-MIMO, resultando em maior capacidade de navegação e estabilização do sinal mesmo em ambientes com muitos dispositivos conectados. Site: www.tendacn.com.
Terzian/O-Tech A O-Tech, do grupo Terzian, fechou uma nova parceria com a Ruijie Networks para
Produtos ópticos de alta performance 100% compatíveis com as plataformas OEM SFP/SFP+ QSFP28/56 CFP/CFP2 XFP TUNÁVEIS CSFP
QSFP+ GPON BIDIRECIONAIS
GRAY WAVE DWDM CWDM
Passivos A GammaK tem vasta experiência em soluções customizadas para atender às necessidades específicas dos nossos clientes.
MUX/DEMUX OADM PLC SPLITTERS FIELD DEVICES CUSTOM SOLUTIONS
e uma solução completa de dispositivos com padrão Wi-Fi 6 para projetos para pequenas e médias empresas e mercado corporativo, incluindo pontos de acesso para uso interno e externo. Site: www.terzian.com.br.
TP-Link O EAP660 HD, da TP-Link, é um ponto de acesso montável em teto que atua com 1148 Mbit/s simultâneos em 2,4 GHz e 2402 Mbit/s em 5 GHz,
Gamma-K Entendemos a importância de um sistema confiável para o sucesso do seu negócio, garantindo que seus clientes tenham conexões de internet e telefonia que funcionem perfeitamente e sem interrupções. É por isso que a GammaK está 100% focada em “proposta de valor”, fornecendo componentes de altíssima qualidade e trabalhando em parceria com nossos clientes, ajudando-os a expandir seus negócios de forma rápida, com sistemas robustos e economicamente eficientes.
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portas Ethernet 2,5G e Wi-Fi 6. Também apresenta funcionalidades de segurança avançada, incluindo IPSec integrado para criptografia QAT, TPM – Trusted Platform Module e Hardware
totalizando velocidades de Wi-Fi de 3550 Mbit/s. Apresenta porta Ethernet de 2,5 Gbit/s que aumenta a taxa de transferência total de Internet, além de trabalhar com diversas opções de autenticação de rede para convidados, como SMS, Facebook Wi-Fi ou voucher. Site: www.tplink.com.
Ubiquiti O ponto de acesso Wi-Fi 6 U6-LR, da Ubiquiti, entrega uma taxa agregada de até 3 Gbit/s em seus rádios, sendo um de
5 GHz (4x4 MU-MIMO e OFDMA) e outro de 2,4 GHz (4x4 MIMO). Possui uma antena maior com padrão de irradiação para expandir a área de cobertura. É resistente à água e poeira, podendo ser montado em ambientes internos ou externos. Site: www.ui.com.
Venko Networks Comercializada pela Venko Networks, a uCPE Silicom Cordoba inclui todas as antenas internas, suporta 5G FR1 (frequência sub 6 GHz) e tem
Root of Trust para garantir a segurança de inicialização. Site: https://venkonetworks.com/.
Zyxel O WAX61OD, da Zyxel, é um ponto de acesso para o mercado corporativo que incorpora tecnologias Wi-Fi 6 como OFDMA, MU-MIMO e 1024 QAM, alcançando velocidades de
até 2975 Mbit/s. Utiliza a tecnologia de formação de feixe de transmissão de segunda geração, que incorpora melhorias de sensibilidade de baixa extremidade e suavização de canal de domínio de tempo. Site: www.zyxel.com.br.
SERVIÇO
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Guia de produtos para infraestrutura de data centers A transformação digital nas empresas e a migração de aplicações para a nuvem impulsionam o mercado de data centers, que dependem de uma infraestrutura de alta disponibilidade, com destaque para os sistemas de energia, climatização, cabeamento e segurança. Veja onde encontrar os fornecedores desses equipamentos no país. Instalações elétricas
Telefone
E-mail para atendimento ao cliente
ABB Eletrificação
0800 014 9111
contact.center@br.abb.com
Adelco
(11) 4199-7500
condenergia@adelco.com.br
Amplimag
(11) 2842-9000
comercial@amplimag.com.br
Airsys Brasil
(11) 2158-5560
airsys-brasil@air-sys.com
(11) 3090-5555 n
moura.estacionaria@grupomoura.com
Baterias Moura Binding Energy
(11) 98967-0768 n
vendas@hectec.com.br
Birdsteel
(15) 99753-0187 n
comercial@birdsteel.com.br
CM Comandos
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Commscope Cook Telecom Ctrltech DCA DCS Service
(11) 3027-3817
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(21) 99387-1021 n
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(11) 3602-7575
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Delta Cable IT Solutions (41) 3021-1700 n Eaton
contato@deltacable.com.br
(11) 3616-8500
info_pqdbr@eaton.com
Elite ACS
(11) 95500-1657 n
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Ellan
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Engetron
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Faritel Solutions Frandor
(11) 4617-9898
valek@valek.com.br
Furukawa Electric
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GeraForte
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Gigaclima
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GP Racks
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Grupo Legrand
(11) 98122-1376 n
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Ideal Mecânica
(11)97027-8672 n
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MDC
(92) 3648-6717
Mekanika
(11) 4558-0666
Merkant TI Multiway OPT Eletrônicos
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(11) 3230-7800
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Powersafe
(11) 99547-7015 n
vendas@powersafe.com.br
Proteco
(11) 99602-6452 n
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(11) 3437-5600 n
Ar condicionado
Filtro de harmônicos Filtro corretor de fator de potência Retificador e inversor Conversor CC/CC Barramento blindado (busway) Proteção contra surtos Painel elétrico Servidores Climatizado Chaminé Cabeamento Confinamento de corredor quente/frio Cage para confinamento de racks Sala-cofre e sala segura Data center contêiner Micro data center Água gelada Gás (expansão direta) Chiller Split de precisão Vedações para piso Difusor de piso - grelha
Empresa
Rack
Baterias
PDUs gerenciáveis (1) Sistemas de energia CC Estático Dinâmico Flywheel Estabilizador de tensão Produtos para aterramento Grupo gerador Chave de transferência automática Autotransformador Chave estática (STS) Equalização e monitoramento VRLA Alcalina e outras
UPS
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Instalações elétricas
Telefone
E-mail para atendimento ao cliente
R&M
(11) 4118-2960
bra@rdm.com
Racksul
(51) 3337-8131
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(11) 99248-7433 n
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Rosenberger
(12) 99191-4470 n
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RTA
(11) 97165-5329 n
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Saft do Brasil
(11) 4082-3296
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Seicom
(15) 3033-7410
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SMH Sistemas
(11) 5060-5777
smh@smh.com.br
SOB Brasil
(11) 5090-0030 n
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Stemac
(51) 99290-9598 n
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Tech Pro World
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Trisul Metalúrgica
(11) 98452 6239 n
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Union
(11) 99357-2392 n
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Vertiv
(11) 3618-6600
contact@vertivco.com
Womer
(11) 91116-0669 n
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Ar condicionado
Filtro de harmônicos Filtro corretor de fator de potência Retificador e inversor Conversor CC/CC Barramento blindado (busway) Proteção contra surtos Painel elétrico Servidores Climatizado Chaminé Cabeamento Confinamento de corredor quente/frio Cage para confinamento de racks Sala-cofre e sala segura Data center contêiner Micro data center Água gelada Gás (expansão direta) Chiller Split de precisão Vedações para piso Difusor de piso - grelha
Empresa
Rack
Baterias
PDUs gerenciáveis (1) Sistemas de energia CC Estático Dinâmico Flywheel Estabilizador de tensão Produtos para aterramento Grupo gerador Chave de transferência automática Autotransformador Chave estática (STS) Equalização e monitoramento VRLA Alcalina e outras
UPS
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SERVIÇO
32 – RTI – FEV 2022
Cabeamento
Telefone
E-mail para atendimento ao cliente
ABB Eletrificação
0800 014 9111
contact.center@br.abb.com
Binding Energy
(11) 98967-0768 n
vendas@hectec.com.br
Commscope Cook Telecom Ctrltech
(11) 3027-3817
marketing@commscope.com
(21) 99387-1021 n
cook@cookenergia.com
(11) 3602-7575
eletromecanica@ctrltech.com.br
DCA
(41) 3021-1700 n
contato@deltacable.com.br
DCM Tecnologia
(17) 92000-6904 n
contato@dcmtech.com.br
(11) 4230-0594
contato@datacentersolutions.com.br
(41) 3021-1700 n
contato@deltacable.com.br
DCS Service Delta Cable IT Solutions Eaton
(11) 3616-8500
info_pqdbr@eaton.com
Ecosafety
(11) 3579-0999
ecosafety@ecosafety.com.br
Elite ACS
(11) 95500-1657 n
comercial@eliteacs.com.br
Engeduto
(21) 99987-3046 n
vendas@engeduto.com.br
Engetron
(31) 3359-5890 n
contato@engetron.com.br
(11) 3507-6700
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Eurocab Faritel Solutions
(54) 3321-0955 n
contato@faritel.com.br
Furukawa Electric
0800 041 2100
furukawa@furukawalatam.com
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(31) 3396-9694
geraforte@geraforte.com
(19) 99474-5049 n
comercial@gigaclima.com
Global Technology
(11) 94192-5871 n
vendas02@globaltechno.com.br
(11) 2061-7859
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Greatek
(12) 99100-6131 n
suporte@greatek.com.br
Grupo Legrand
(11) 98122-1376 n
sac@legrand.com.br
Inecel
(47) 3160-0191 n
vendas2@inecel.com.br
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MDC
(92) 3648-6717 (11) 3230-7800
info@merkantti.com.br
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(11) 3437-5600 n
comercial@multiwayinfra.com.br
Multiway Niedax-Mopa Powersafe
(11) 2413-1099
eletro@mopa.com.br
(11) 99547-7015 n
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R&M
(11) 4118-2960
bra@rdm.com
Rittal
(11) 99248-7433 n
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Rosenberger
(12) 99191-4470 n
vendas@rdt.com.br
RTA
(11) 97165-5329 n
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Seicom
(15) 3033-7410
comercial@seicom-materiais.com.br
SMH Sistemas
(11) 5060-5777
smh@smh.com.br
SOB Brasil
(11) 5090-0030 n
info@sob-brasil.com
Stemac
(51) 99290-9598 n
Tech Pro World
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stemac@stemac.com.br
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lucianagarcia@techproworld.com.br
Tellycom
(85) 4042-1245 n
comercial@tellycom.com.br
Union
(11) 99357-2392 n
comercial@unionsistemas.com.br
Vertiv
(11) 3618-6600
contact@vertivco.com
(15) 99734-7768 n
comercial@weccabos.com.br
WEC Cabos
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Gigaclima
Merkant TI
Gases
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Geraforte
GP Racks
Detector de fumaça
Cabo metálico Cabo óptico Solução pré-conectorizada (2) Solução monofibra (3) Caixas de superfície e tomada Abraçadeiras de fixadores de cabos Piso elevado Canaleta Eletrocalha (chapa ou aramada) Leito para fibra óptica Distribuidor óptico (DIO) DIO modular com MPT/MPO Gerenciador de cabos Patch cord óptico Patch panel gerenciável Gerenciamento de cabeamento (AIM) Caixa de emenda Vedação para passagem de cabos Gaveta TFT (4) Temperatura e umidade Ar condicionado Segurança Conectividade Energia BMS - automação predial CFTV (5) Controle de acesso (6) Firestop e bloqueios Estanqueidade de salas FK-5-1-12 (Novec 1230) HFC-227ea HFC-125 IG-541 Pré-action Sprinkler Water mist Convencional Por aspiração Inteligente/endereçável
Empresa
Proteção contra incêndio
Monitoramento e automação de data center (DCIM)
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Notas:
(1) Power Distribution Units; (2) Com quadro automático e microprocessado; (3) Pré-conectorizados em fábrica; (4) Com monitor, teclado, mouse KVM; (5) CFTV digital, câmera day-night CCD, câmera IP, speed dome; (6) Fechadura eletrônica, biochave, fecho elétrico ou magnético, com leitor e cartão de proximidade, teclado numérico, leitor de cartão, etc.
Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 259 empresas pesquisadas. elecom e Instalações Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, fevereiro de 2022. Este e outros 26 Guias RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
AUTOMAÇÃO
34 – RTI – FEV 2022
SPE - Novas tecnologias LAN para edifícios inteligentes Andreas Rüsseler, CMO da R&M
O
O aumento constante da demanda por largura de banda está impulsionando a necessidade de novas soluções LAN. Um destaque é o SPE – Single Pair Ethernet. Ideal para aplicações de IIoT - Internet Industrial das Coisas, com a conexão de grandes números de sensores e atuadores, o SPE pode aumentar a densidade da rede e permitir rápidas conexões. O artigo apresenta os desenvolvimentos que moldarão os equipamentos de rede e o cabeamento nos próximos anos.
riginalmente desenvolvido para a indústria automotiva, o cabeamento Ethernet de Par Único, do inglês SPE - Single Pair Ethernet em xBase-T1 utilizando um único par trançado para transmissão de dados, está sendo cada vez mais adotado na automação industrial e predial. Várias empresas de análise de mercado, como KTVN, Global Market Vision, 650, MarketPrimes e MR Accuracy Reports, preveem que o mercado global Single Pair Ethernet irá crescer a uma taxa considerável entre 2021 e 2026. O SPE está substituindo as tradicionais conexões de field bus que, ao contrário da SPE, não penetram em todos os níveis de automação. O SPE agnóstico de ambiente torna possível integrar dispositivos de campo, sensores e atuadores em um ambiente Ethernet existente, sem gateways e interfaces extras. À medida que a gestão de edifícios se torna cada vez mais digital e baseada em IP, o SPE suportará novas estruturas de rede, tais como o teto digital, para o cabeamento dos poucos metros finais. Isto permite que todas as áreas de automação predial sejam integradas em um conceito de solução estruturada. A introdução de redes inteligentes e convergentes significa que tecnologias e aplicações de conservação de energia podem ser introduzidas, como gerenciamento inteligente do espaço do edifício, recursos e iluminação LED.
A capacidade de transmitir até 50 W juntamente com dados e sinais de controle (PoDL - Power over Digital Line) faz do SPE uma solução ideal para aplicações de IIoT - Internet Industrial das Coisas, tais como a conexão de grandes números de sensores e atuadores. O SPE pode aumentar a densidade e permitir conexões rápidas e instalações fáceis. As soluções híbridas SPE com maior capacidade de energia utilizando condutores separados para energia e
Cabeamento SPE - Single Pair Ethernet baseado em xBase-T1 utilizando um único par trançado para transmissão de dados
35 – RTI – FEV 2022
dados também estão em desenvolvimento. Olhando para os desenvolvimentos em IoT e empresa 4.0, vemos a tecnologia CLP tradicional mudando para IP. O SPE também pode ser usado em aplicações de monitoramento comercial, bem como em hospitais, hotéis e shopping centers, para permitir soluções avançadas de dados e energia, ocupando um mínimo de espaço. As sinergias reduzem as despesas operacionais e podem ser usados produtos padrão neutros do fabricante. Os componentes de TI e de barramento de campo são integrados, a instalação e a manutenção são simplificadas e os custos de material e despesas operacionais são reduzidos. Em comparação com o cabeamento Ethernet tradicional (com fator de forma RJ45), a abordagem SPE oferece um número significativamente maior de pontos de conexão possíveis.
Convergência contínua de LAN, automação predial e uma abordagem totalmente IP Sistemas anteriormente díspares, como iluminação, gerenciamento de instalações e HVAC estão compartilhando cada vez mais a infraestrutura de rede com dados e telecomunicações, confiando no IP como um meio comum. Estamos vendo atualmente uma crescente demanda por infraestrutura que permite uma ampla gama de funcionalidades a serem gerenciadas e monitoradas através de redes LAN convergentes. Estas também precisam ser capazes de alimentar um grande número de dispositivos remotos. A convergência da LAN e do gerenciamento de edifícios ajuda a reduzir o custo de mão de obra e dispositivos. Esta infraestrutura convergente também está tornando o cabeamento estruturado menos
complexo e torna a implementação de dispositivos mais rápida, mais eficiente e mais flexível. A versão atual do IPv6 - Protocolo de Internet pode teoricamente alocar cerca de 1500 endereços IP por metro quadrado. As redes podem ser escaladas para cima (ou para baixo) com relativa facilidade, e os dispositivos podem ser adicionados sem afetar o desempenho ou a confiabilidade da rede. O IP substituirá cada vez mais sistemas previamente separados, transportando dados juntamente com energia, iluminação, segurança e muito mais. A convergência baseada em IP permite o compartilhamento de recursos (virtualizados) entre aplicações e fornece altos níveis de padronização, disponibilidade, confiabilidade e suporte para novas implantações. Outro benefício chave das redes totalmente IP é a maior segurança. Ao contrário dos sistemas convencionais de barramento de campo, o IP apresenta recursos de segurança incorporados para autenticação e controle de acesso.
AUTOMAÇÃO Em uma rede totalmente IP, o gerenciamento do edifício e os dispositivos relacionados à tecnologia comunicam-se através de Ethernet/ Protocolo de Internet (Ethernet/IP) com a LAN – rede local do edifício fornecendo a camada de comunicação física, bem como PoE - Power over Ethernet. Os dispositivos e redes IP falam a mesma linguagem “ponta a ponta”. Isso significa que não é necessária nenhuma ‘tradução’ entre sensores, dispositivos finais, servidores, cabeamento e sistemas operacionais. Podem ser usados dispositivos e sistemas comparativamente baratos que funcionam com a tecnologia Ethernet/IP. A introdução de redes inteligentes e convergentes também permite novas tecnologias e aplicações de conservação de energia, como o gerenciamento inteligente do espaço e dos recursos dos edifícios. IoT - Internet das Coisas com inteligência incorporada, integração de IA e coleta de dados está mudando rapidamente sistemas de automação predial, ajudando a economizar energia, aumentar a sustentabilidade, reduzir a chance de erro humano, permitindo tempos de resposta mais rápidos e fácil personalização, e tornando os edifícios mais gerenciáveis, flexíveis e prontos para o futuro.
36 – RTI – FEV 2022
O teto digital como plataforma para automação predial continuará crescendo Novas normas LAN sem fio estão exigindo mais largura de banda no nível de acesso. Ao mesmo tempo, mudanças tecnológicas constantes estão ocorrendo, assim como mudanças na forma como os edifícios são usados e gerenciados, exigem maior flexibilidade da rede. A abordagem totalmente IP anteriormente descrita estende a rede de dados e PoE através do teto de um edifício inteiro, tornando possível conectar dispositivos à automação predial através de zonas com pontos de conexão aéreos pré-instalados. A conexão “plug and play” de switches de rede, sensores, controles, pontos de acesso WLAN e outros serviços distribuídos do edifício removem barreiras e reduzem os custos. Os dispositivos são imediatamente alimentados e conectados à rede. O SPE complementará as instalações de teto digital existentes e cobrirá os últimos metros em um ambiente totalmente IP de alta densidade. O “teto digital” fornecerá cada vez mais serviços que os ocupantes e gerentes do edifício vão precisar no futuro nos próximos anos, melhorando
a experiência do usuário enquanto reduz o uso de energia, tornando a manutenção e a adição de novos dispositivos mais rápida e fácil, diminuindo os custos de instalação e dispositivos, aumentando a flexibilidade de layout e proporcionando um ambiente de trabalho mais confortável e mais saudável. O teto digital é uma plataforma aberta e unificada, de modo que os gerentes de construção e desenvolvedores de aplicativos podem continuamente encontrar novas formas de integrar funcionalidades. Tecnologias e aplicações de economia de energia podem ser introduzidas, tais como gerenciamento inteligente do espaço do edifício, recursos e iluminação LED alimentada por PoE.
Conectores de tecnologia de cobre com terminação em campo para maior flexibilidade Ao trabalhar em implementações de redes em escritórios ou instalações comerciais, data centers, ou instalações de produção, os instaladores frequentemente precisam tomar decisões no local. Os links de cabeamento podem ter que ser alterados ou ampliados de repente. Um cliente pode querer adicionar instalações individuais
37 – RTI – FEV 2022
independentemente do planejamento. Os cabos podem ter que ser colocados provisoriamente e conectados diretamente. A incapacidade de fazer as mudanças necessárias pode afetar severamente o tempo de implantação, a eficiência e o custo. No passado, as opções e a flexibilidade dos instaladores eram frequentemente limitadas pelas características do produto. A necessidade de fazer conexões de forma rápida e fácil em qualquer local resultou no aumento da demanda de terminação do campo de cobre, dando aos usuários e clientes uma independência significativamente maior. Idealmente, os cabos de cobre termináveis em campo devem apresentar soluções de conexão universal para todas as aplicações e conectores padronizados, como RJ45 para cabeamento de cobre de par trançado e não requerer ferramentas especiais ou treinamento. O cabeamento SPE pode ser utilizado de forma fácil e rápida no campo desta forma, permitindo velocidades de transmissão de 10 Mbit/s, 100 Mbit/s e 1 Gbit/s.
Padrões de PoE a serem impulsionados ainda mais À medida que mais pontos e dispositivos de acesso sem fio (com endereços IP) são introduzidos em linha com o crescimento de Wi-Fi 6, 5G, IoT, edifícios e cidades inteligentes, Indústria 4.0, e mais, a necessidade de PoE - Power over Ethernet ou PoDL - Power over Digital Line está crescendo. Não apenas o número de dispositivos está crescendo – níveis mais altos de potência estão sendo exigidos para tudo, desde computadores até sinalização digital. Facilitado pelas tendências atuais de convergência da rede, o PoE pode ajudar a reduzir o uso de energia. Espera-se que numerosas construções e renovações de edifícios e redes adotem a tecnologia devido a seus benefícios centrais de confiabilidade, flexibilidade e facilidade de instalação. De acordo com a Expert Market Research, espera-se que o mercado global de soluções PoE cresça a uma CAGR - taxa global composta de cerca de 13% entre 2022 e 2027, atingindo um valor de cerca de US$ 1,86 bilhão até 2026. A Technavio coloca o mercado de PoE industrial em US$ 135,24 milhões durante 2021-2025, progredindo a uma CAGR de quase 6%. As novas gerações de PoE - Power over Ethernet de alta potência terão um efeito considerável na infraestrutura. O PoE de hoje fornece mais de três vezes o nível de potência do que o padrão anterior – e mais de seis vezes o nível do padrão PoE inicial. Para lidar com o aumento da temperatura, tipo de cabo, tamanho do feixe, propriedades do duto do cabo, comprimento do link e outros fatores devem ser considerados. Os planejadores e usuários finais também precisarão considerar as novas categorias de potência remota da série EN 50174 de normas de instalação, que definem a capacidade de uma instalação para suportar os diferentes tipos de PoE. Os canais individuais que atendem a EN50173-1, usando conectividade de acordo com a IEC 60512-99-2, suportarão o mais alto nível de PoE (4PPoE com 90 W).
TECNOLOGIA
38 – RTI – FEV 2022
Fibra óptica multimodo CommScope
Q
Ao longo da evolução tecnológica, cinco classes diferentes de fibra multimodo foram desenvolvidas, da OM1 à OM5. O artigo apresenta as principais características e aplicações de cada tipo e os novos desenvolvimentos que acompanham os crescentes requisitos de densidade, desempenho, escalabilidade e facilidade de implantação.
uando a fibra óptica foi concebida pela primeira vez? Foi quando a Lei de Snell foi formulada, em 1621, levando ao conceito de índices de refração? Ou quando Graham Bell, em 1876, inventou o telefone? Embora esses conceitos tenham ajudado a fibra óptica a avançar, muitos apontariam para a pesquisa do Dr. Charles Kao, apresentada em 1966 ao Instituto de Engenheiros Elétricos, como o momento decisivo para a fibra óptica, pela qual o cientista recebeu o Prêmio Nobel. Junto com os avanços em optoeletrônica, a tecnologia de fibra permitiu o surgimento da Internet, vídeos em alta velocidade e redes móveis. Todas as tecnologias citadas dependem de backbones de fibra para garantir alta qualidade. O uso da fibra permite um custo significativamente menor e largura de banda de maior capacidade a distâncias maiores do que outras mídias, como coaxial, microondas e satélite.
Monomodo x multimodo Semelhanças Os cabos de fibra óptica são construídos com um design básico composto por pelo menos dois materiais opticamente diferentes. Os dois tipos de fibra, monomodo e multimodo, são guias de ondas ópticas. O sinal de luz está contido dentro do núcleo de “vidro” pelo
revestimento, que é simplesmente a mesma estrutura cristalina, mas dopada de forma diferente (boro, germânio em porcentagem variável, por exemplo). • Núcleo – Camada óptica central da fibra por onde a luz é transmitida. • Revestimento – Camada óptica externa que aprisiona a luz no núcleo e a guia. • Revestimento protetor –Plástico rígido que protege o vidro contra umidade ou danos físicos. As fibras ópticas são baseadas no princípio da reflexão interna total: a luz que viaja dentro do núcleo da fibra é refletida de volta para um núcleo quando atinge o limite entre um revestimento e um núcleo (figura 1). Os sinais de luz propagam-se através do núcleo da fibra óptica, mas a maneira difere dependendo do tipo de fibra. Diferenças A fibra monomodo transporta de 8 a 10 modos, o que, em ordem de magnitude, é considerado como “único” em comparação aos 1300 modos que uma fibra multimodo pode transportar. O modo no qual a luz viaja depende de: • Geometria. • Perfil de índice da fibra. • Comprimento de onda da luz. A figura 2 mostra as diferenças físicas entre os tipos de fibra. Todos têm diâmetros externos de 125 µm (dimensão de revestimento). Eles
TECNOLOGIA diferem no tamanho e na construção de seus núcleos. O núcleo de diâmetro de 62,5 µm e a abertura numérica maior (NA) o tornam a melhor escolha para sistemas baseados em LED, porque coleta mais luz de um Fig. 1 – Sinal de luz através do núcleo da fibra padrão maior de emissão dos óptica LEDs típicos. Um de 50 µm é menos eficiente para LEDs, mas o • A fibra multimodo suporta aplicações padrão de emissão mais estreito de de alta taxa de dados (mesmas VCSELs (diodo a laser) se encaixa velocidades que a monomodo, mas com igualmente bem tanto em 50 quanto em alcance mais curto) (figura 4). 62,5 µm. A menor capacidade de coleta • Os sistemas de fibra multimodo têm de luz em 50 µm significa que são manutenção e limpeza mais fáceis do que o transportados menos modos e, como monomodo. A contaminação por resultado, há maior largura de banda intempéries nas interfaces do conector é um geral do que em 62,5 µm. Isso é levado problema para qualquer operadora com ao extremo com a fibra monomodo. É sistema de fibra, mas as interfaces do preciso levar diversos fatores em conta na conector multimodo são menos suscetíveis hora de escolher um dos tipos: à poeira do que o monomodo. Por outro • Para longas distâncias de transmissão lado, interfaces de cobre não costumam ser (até 40 quilômetros em ambientes suscetíveis a tal contaminação. empresariais, excluindo os sistemas de longo alcance), deve-se optar pelo Quando e por que devemos monomodo (figura 3). escolher a fibra multimodo? • Caso não precise suportar longas distâncias, como nenhum link com mais Distância de 550 m de comprimento e também Dependendo da aplicação pretendida, as distâncias suportadas vão até 440 m. A queira limitar o custo total do sistema distância e as conexões em um link (incluindo equipamentos ativos), precisam ser consideradas, e as ferramentas provavelmente a multimodo seja a de projeto podem ajudar na escolha. melhor opção.
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Manutenção Devido ao maior diâmetro do núcleo e às tolerâncias de alinhamento mais altas em comparação ao monomodo, é mais fácil fazer a manutenção da fibra multimodo e manter as interfaces do conector limpas. Custo Os custos de conexão incluem os componentes de cabeamento e os transceptores. Em seu ponto ideal, a fibra e os transceptores multimodo se combinam para fornecer uma opção atraente de baixo custo. Quando a distância excede a capacidade da fibra multimodo, os sistemas monomodo prevalecem. Padrões Atualmente, o OM3 é considerado a opção mínima. À medida que novas aplicações de velocidade mais alta surgem, as limitações do OM3 começam a aparecer, forçando um alcance mais curto que não suporta a escala que os data centers podem exigir. Para muitos, ele não é uma escolha de longo prazo. Escolha do dia a dia OM4 é um padrão comumente escolhido hoje. Ele fornece uma largura
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de banda (capacidade) maior do que o OM3, portanto, o OM4 costuma ser recomendado para novas aplicações.
desenvolvidas. A primeira fibra multimodo tinha um núcleo de 62,5 µm (OM1). Ela foi utilizada por muitos anos, juntamente com a versão de 50 µm com maior capacidade (OM2). Hoje, ambos são raramente usados. A nomenclatura OMx vem do padrão ISO 11801 – Sistemas de Cabeação Estruturada e varia de OM1 a OM5.
Diversos comprimentos de onda O setor agora tem a capacidade de usar vários comprimentos de onda em fibra multimodo (multiplexação por divisão de ondas curtas), semelhante à multiplexação por divisão de OM1 ondas em fibra monomodo. Projetado originalmente Fig. 2 – Diferenças físicas entre fibras monomodo e Isso é um impulso para todas as aplicações multimodo fundamental para a capacidade multimodo usando da fibra multimodo. Aqui, transmissores de LED, é vários comprimentos de onda se banda, o que se traduz em maior alcance baseado em um núcleo de 62,5 µm. Os combinam para aumentar a capacidade em para mais comprimentos de onda (figura 5). cabos internos são identificáveis pelo quatro vezes (protocolos SWDM4). Já o tradicional revestimento laranja. Suporta Tipos de fibra OM mais novo padrão, OM5, é projetado para 10G somente até 33 m (10GBase-SR). Ao longo da evolução tecnológica, complementar a multiplexação por divisão No contexto das empresas de hoje, cinco classes diferentes de fibra foram de ondas curtas, fornecendo maior largura de muitos o consideram utilizável apenas
TECNOLOGIA
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Fig. 3 – Perfil de índice de refração da fibra monomodo
para expansões ou reparos de instalações antigas que exigem aplicações de baixa largura de banda. OM2 Semelhante ao OM1, mas com um núcleo de 50 μm. Suporta 10G até 82 m, dada sua largura de banda ligeiramente maior. OM3 O primeiro dos tipos de fibra otimizados a laser. Em meados dos anos 90, as fontes de luz alimentadas por VCSEL foram introduzidas, o que causou uma mudança de mercado para fibra óptica de 50 μm. As fibras multimodo otimizadas a laser fornecem maior largura de banda e permitem maiores taxas de dados em aplicações de
Fig. 4 – Perfil de índice de refração da fibra multimodo
curto alcance. O custo total do sistema (incluindo eletrônicos) permaneceu baixo em comparação aos sistemas monomodo. Para tornar a capacidade de largura de banda visualmente clara, o revestimento na cor aqua foi normalizado. OM4 Evolução das especificações OM3, a fibra OM4 de 50 µm ganhou uma popularidade substancial. Com mais que o dobro da largura de banda efetiva a 850 nm, introduziu o alcance estendido para aplicações existentes (gigabits e multigigabits) e possibilitou aplicações futuras. Compatível com OM3, suporta 10G até 550 m. A cor do revestimento também é aqua.
OM5 O OM5 suporta uma técnica chamada de multiplexação por divisão de ondas curtas, que permite o uso de quatro pistas diferentes (em quatro comprimentos de onda próximos). Por isso, ele precisa de quatro vezes menos fibras para a mesma capacidade. O OM5 mantém o suporte a aplicações preexistentes de OM4. Para distingui-lo dos tipos anteriores, sua cor de revestimento é verde-limão. Há nomes de fibra não oficiais, como OM4+, comercializados como uma alternativa ao OM5 ou superiores ao OM4. As características principais de cada tipo estão na tabela I.
Evolução do mercado Como o mercado tem reagido a evolução tecnológica? Quanto mais capaz for o tipo de fibra, maior será o seu preço, fator este que desempenha um papel no mercado (figura 6).
Fibra multimodo: hoje e o futuro
Fig. 5 – Evolução da fibra multimodo
A tecnologia por trás das fibras otimizadas a laser: atraso de modo diferencial (DMD) O atraso de modo diferencial descreve a diferença no tempo de atraso entre os primeiros e os últimos pulsos em fibra multimodo. Esse “alastramento de pulso” limita a largura de banda e é a principal razão pela qual a fibra multimodo OM1/OM2 convencional não suporta corretamente 10 Gbit/s.
TECNOLOGIA
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Tab. I – Características das fibras OM Tipo de cabo OM1 OM2 OM3 OM4 OM5
Diâmetro μ m) do núcleo ((μ 62,5 50
Cor do revestimento
Fonte óptica
Laranja
LED
Aqua
VSCEL
Em fibra multimodo, a dispersão é causada pela dispersão modal e cromática. A modal existe porque os diferentes raios de luz (modos) têm um comprimento de caminho diferente; portanto, raios que entram ao mesmo tempo não deixarão a outra extremidade da fibra simultaneamente. A largura de banda modal é controlada pelo alargamento do pulso devido às diferenças em muitos modos de propagação (300 a 900). As fibras multimodo modernas têm uma estrutura que reduz o efeito da dispersão modal. Com a transmissão de fibra multimodo, distâncias de até dois quilômetros são possíveis. No entanto, à medida que as velocidades aumentam, o suporte à distância é reduzido. Adicionar
Verde limão
Largura de banda do laser 200 MHz*km 500 MHz*km 2000 MHz*km 4700 MHz*km @850nm 4700 MHz.km @880nm 3840 MHz.km @910nm 3000 MHz.km @940nm 2470 MHz.km
conectores (que reduzem a potência do sinal) também limita a distância que as aplicações podem suportar. Maior largura de banda e melhor conectividade fornecem o desempenho ideal dos sistemas de fibra multimodo. Para sistemas monomodo, o diâmetro do núcleo de vidro foi reduzido a um tamanho onde apenas um caminho (modo) pode se propagar através da fibra. A dispersão modal não está mais presente. No entanto, ela ainda existe em uma fibra monomodo. Diferentes comprimentos de onda viajam em velocidades variadas no vidro, dando origem à “dispersão cromática”. A dispersão cromática está relacionada à fonte de luz, que normalmente tem uma faixa de comprimentos de onda.
Distância suportada para 10G Ethernet (m) 33 82 300 550
Conectores de fibra Os conectores SC e FC já foram os principais no mundo da conectividade de fibra, mas não conseguiram acompanhar os crescentes requisitos de densidade, desempenho, escalabilidade e facilidade de implantação. Em vez disso, o setor adotou conectores LC e MPO e os utilizou por algum tempo.
Fibra energizada A necessidade de dados e energia em toda a fibra Os dispositivos de rede estão aparecendo em dispositivos como small cell sites, pontos de acesso Wi-Fi, câmeras IP, controles de acesso, inventário de edifícios, entre outros.
45 – RTI – FEV 2022
Fig. 6 – Evolução do mercado por tipo de fibra multimodo, de 2015 a 2024, em milhões de dólares
Embora essas novas aplicações melhorem a conectividade do usuário, a eficiência da tecnologia operacional, bem como na segurança e proteção em toda a propriedade, elas também apresentam um desafio novo e crescente: obter conectividade de dados e energia de alta largura de banda para todos os dispositivos em todos os locais, em ambientes internos e externos, com o desempenho de baixa latência necessário para aproveitar a arquitetura de rede de borda. Uma solução de fibra energizada torna relativamente simples a tarefa de enfrentar esses desafios com uma única passagem de cabo fácil de manusear e opções adequadas para implantações externas resistentes a intempéries ou instalações internas com classificação plenum. Uma solução de fibra energizada combina conectividade de dados de fibra óptica de baixa latência e alto desempenho com uma conexão de alimentação CC de baixa tensão de cobre. Isso ajuda a permitir a conexão de qualquer número de dispositivos remotos energizados sem a necessidade de um novo eletroduto, cabos extras volumosos ou eletricistas caros. Com a solução de cabo de fibra energizada, a rede obtém acesso a um vasto e crescente ecossistema de aplicações, incluindo LAN óptica, telefones de emergência, câmeras de segurança HD, sinalização digital, pontos de acesso para Wi-Fi e small cells.
Conclusão Alguns data centers buscam chegar a 400G. Uma consideração fundamental é qual tecnologia óptica é melhor. O mercado óptico para 400G está sendo impulsionado pelo custo e pelo desempenho à medida que os fabricantes tentam chegar ao ponto ideal dos sites. Outro aspecto a considerar é o número de núcleos de fibra necessários para suportar futuras aplicações de alta demanda. Mesmo utilizando a capacidade de multiplexação do OM5, aplicações como 400G ou 800G exigirão vários núcleos de fibra por link, e um data center tem um grande número de links. Assim, números maiores de fibras podem se tornar uma necessidade no futuro.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
46 – RTI – FEV 2022
Parâmetros elétricos de transmissão em redes Gigabit Ethernet Prysmian
T
A transmissão de dados de acordo com o padrão Gigabit Ethernet é baseada no princípio full-duplex, ou seja, através de todos os pares do cabo, ao mesmo tempo e nos dois sentidos. Isso eleva as exigências quanto a interferências na transmissão. Perdas de retorno elevadas podem comprometer a confiabilidade e desempenho das redes, em especial em altas frequências.
odo cabo de rede é uma linha de transmissão de alta frequência. Sua impedância depende grandemente da geometria do par, como diâmetro, distância entre condutores, que definirão características básicas como capacitância, indutância, etc. Qualquer alteração na geometria do par (amassamento, dobra, variação no tamanho do fio isolado, etc.) causa variação da impedância naquele ponto, e faz com que parte do sinal trafegado seja refletida de volta para a fonte, como um “eco”, chamado de perda de retorno. Em sistemas de 1 Gbit/s ou mais que trabalham full-duplex, o eco atrapalha a detecção das respostas vindas do outro lado do cabo, ou seja, vira ruído. Mesmo se a marcação for pequena, porém periódica, como bobinas muito pequenas que vincam o
cabo a cada volta, a reflexão de cada deformação é acumulada e causa um grande “eco” no transmissor. Conectores também geram reflexões, mas sendo o cabo a parte mais solicitada e estressada de toda a instalação de redes, quanto mais robusto for o cabo e menor for sua RL – perda por reflexão (return loss), melhor ele irá se comportar depois de instalado.
VOP – velocidade de propagação, atraso de propagação e delay skew Atraso de propagação é o tempo que um sinal leva para percorrer os 100 m de cabo. O sinal viaja a uma fração da velocidade da luz (geralmente entre 60% e 70%) chamada de VOP – velocidade de
Fig. 1 – Interferência causada pelo NEXT e FEXT entre os pares
CABEAMENTO ESTRUTURADO 48 – RTI – FEV 2022
de todas as influências dos pares vizinhos sobre um determinado par. Isso nos dá a ideia de, em plena carga de transmissão full-duplex, quão perturbado será o sinal naquele par por causa dos pares vizinhos. Os valores de PS podem ser calculados para todas as características relevantes do cabo. Em tempos de altas taxas de transmissão, estes PS permitem a indicação da performance e capacidade de transmissão do cabo de dados. Fig. 2 – PS-NEXT: soma das interferências causadas pelos cabos ao redor
propagação, ou mais comumente NVP – velocidade de propagação nominal. Cada par tem sua medida de VOP e atraso de propagação. Como o protocolo Gigabit usa todos os pares simultaneamente, é de se desejar que os pacotes enviados cheguem parelhos, quase ao mesmo tempo, independentemente do par. Por isso existe a medida de delay skew, que é a maior diferença entre os tempos de propagação, ou seja, entre o maior e menor valor do atraso de propagação. Quanto maior a taxa de transmissão, mais importantes se tornam essas medidas de tempo. A norma de delay skew é 45 ns.
Cabeamento para exigências futuras
mútua (acoplamento) de pares próximos uns dos outros. Parte do sinal trafegado pelo par trançado acopla e tenta trafegar também pelos pares adjacentes, o que na prática funciona como um ruído somado à amplitude e/ou fase do sinal útil. Quanto maior a frequência de transmissão, mais forte é a interferência um no outro. No mundo da telefonia comum, conhecemos esse fenômeno como “linhas cruzadas”, quando ouvimos na nossa linha de telefone conversas de moradores próximos, por causa de algum problema na isolação dos pares no armário de telefonia. Quando a diafonia acontece no começo do link, é chamada de NEXT - Near End Crosstalk. Já quando ocorre no final do link é conhecida como FEXT – Far End Crosstalk.
Equalizando Sinais medidos na ponta FAR (no fim do cabo) estão sempre atenuados em relação a aqueles injetados na ponta NEAR, no lado do transmissor. Muitas vezes eles estão tão atenuados que se aproximam do fundo de escala do medidor (-80 dB ou menor), porém é preciso medir a diafonia FEXT e PSFEXT no cabo. Por isso “equaliza-se” a medição descontando a atenuação do cabo, o que nos leva a novos requisitos: ELFEXT - Equal Level FEXT e PS-ELFEXT, já na casa de -60 dB ou maiores, garantindo a correta detecção e medição da diafonia na ponta FAR. O ELFEXT atualmente é chamado de ACR-F (ACR na ponta FAR) e o PS-ELFEXT de PS-ACR-F.
Ouvindo o vizinho A figura 1 mostra a interferência (XT Somando problemas A transmissão de dados de acordo ou crosstalk) causada pelo NEXT e Quando falamos em PS com o padrão Gigabit Ethernet FEXT entre os pares. O par laranja está PowerSum, estamos medindo a soma 1000BaseT é baseado no princípio fullcausando uma interferência tipo NEXT duplex, ou seja, através de no par azul, e o par verde todos os pares do cabo, ao ocasionando uma mesmo tempo e nos dois interferência tipo FEXT no sentidos. Isso eleva as par marrom. A ponta que exigências quanto a transmite é chamada interferências na NEAR e o receptor recebe a transmissão. As ponta FAR. características mais Já a figura 2 mostra o PSimportantes para os cabos NEXT, que é a soma das do futuro são OS-NEXT, interferências (distúrbios) PS-ELFEXT e PS-ACR. causadas pelos pares ao redor. Como os quatro Linhas cruzadas pares são usados Uma das maiores fontes simultaneamente no de interferência em redes protocolo 1 Gbit/s ou locais é a diafonia ou maiores, é imprescindível o crosstalk. Esse efeito é cálculo das medidas de causado pela influência PowerSum. Fig. 3 – Medida de ACR – Attenuation Crosstalk Ratio
49 – RTI – FEV 2022
PS-ELFEXT (PS-ACR-F) O ELFEXT também é chamado de ACR-F porque, assim como o ACR, vale-se do cálculo de diafonia subtraída da atenuação, porém na ponta FAR (lado do receptor). A soma de todas as contribuições (diafonias) dos pares sobre outro é chamado de PS-ELFEXT. O protocolo para 10 Gbit/s exige pelo menos 10 dB de margem para um bom entendimento dos pacotes trafegados (figura 4). Fig. 4 – PS-ELFEXT: soma de todas as contribuições dos pares sobre outro
Conclusão
Ruído ou informação?
Para cobrir todo o espectro de trabalho, é preciso utilizar cabos com ótimas proporções em todas as suas características. É necessário se atentar a todos os aspectos que envolvem a fabricação, como processos e materiais utilizados na composição do produto.
Uma das características centrais de uma rede cabeada é a medida de ACR – Attenuation Crosstalk Ratio, que mostra a proporção entre atenuação do sinal e interferência de pares vizinhos. Em comunicação é também chamado de SNR - Signal to Noise Ratio. O ponto
em que a curva de NEXT encontra-se com a curva de atenuação é a frequência a partir da qual o sinal de dados começa a se confundir com ruído e interferências. A área entre essas curvas nos diz qual é a largura de banda desse canal, a capacidade de bombear informação em alta velocidade dentro de um trecho (figura 3).
SERVIÇO
50 – RTI – FEV 2022
Guia de provedores de links de Internet Veja a seguir quem fornece links de Internet no país. A relação traz informações de contato das empresas e detalhes sobre as regiões atendidas e os serviços prestados, além da localização do PTT e com quem faz peering e CDN. Região atendida
Peering/CDN
Serviço
Está em qual PTT
Telefone
E-mail para atendimento ao cliente
Adv Net IT
(11) 96179-1701 n
contato@advnetit.com.br
Adylnet Telecom
(54) 2121-8900 n
comercial@adyl.net.br
ALOO Telecom
(82) 2123-3500
felipe@aloo.com.br
Empresa
ALT Telecom
(49) 3330-0200
contato@acessonline.net.br
Alta Rede
0800 282 2972
suporte@altaredecorporate.com.br
América Net
(11) 3500-1000
bxavier@americanet.com.br
Angola Cables
(11) 98591-8822 n
camila.ribeiro@angolacables.co.ao
Asap Telecom
(11) 97680-0303 n
clovis.acipreste@asaptelecom.com.br
Ascenty
(11) 3508-8910
contato@ascenty.com
Ávato
0800 644 0692
comercial@avato.com.br
Axes Tecnologia
(92) 3090-3090
ricardo.kallai@axes.com.br
Brisanet
(88) 3447-6300
geneci@grupobrisanet.com.br
Città
(21) 3400-5000 n
atendimento@cittatelecom.com.br
Conectiva Telecom
(11) 94781-9010 n
atendimento@conectivatelecom.net
Eletronet
(11) 94251-3917 n
contato@eletronet.com
Forte Telecom
0800 591 2011
contato@fortetelecom.com.br
G-Lab Telecom
(11) 98143-4065 n
jose.carlos@g-labtelecom.com.br
G8
0800 646 9700
contato@g8.net.br
Grupo Redes
(11) 3195-6395 n
contato@gruporedes.global
Hostfiber
(11) 94375-7717 n
comercial@hostfiber.com.br
Interede
(31) 3390-6900 n
comercial@interede.com.br
Lumen
0800 771 4747 n
contato.br@lumen.com
(11) 2110-1000
wholesale@megatelecom.com.br
Megatelecom Neovia Solutions
(11) 97152-1082 n atendimento.corporativo@neovia.com.br
Open X
(11) 3090-0744
contato@openx.com.br
Persis
(43) 4009-5800
comercial@persistelecom.com.br
Primeline Latam
(21) 2135-7444
comercial@primelinelatam.com
Redfox Fiber Seaborn Networks
(11) 2484 2656 n
sac@redfoxtelecom.com.br
0800 732 2727
sales@seabornnetworks.com
Storage Corporation (61) 98296-6848 n Telecall
(21) 93618-0100 n
aristoteles.r81@gmail.com comercial@telecall.com
Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste Grande SP Interior Todas São Paulo Rio de Janeiro Fortaleza Porto Alegre Campinas/SP Outras localidades Trânsito e transporte IP Fibra apagada Link IP L2L MPLS SD-WAN Clear channel Colocation/Nuvem Conexão à nuvem pública Anti DdoS Firewall CDN própria Google Akamai Netflix Facebook Globo Microsoft GoCache Outras América Latina EUA Europa África Ásia
São Paulo
Faz peering internacional com
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Região atendida
Faz peering internacional com
Peering/CDN
Serviço
Está em qual PTT
Norte Nordeste Centro-Oeste Sul Sudeste Grande SP Interior Todas São Paulo Rio de Janeiro Fortaleza Porto Alegre Campinas/SP Outras localidades Trânsito e transporte IP Fibra apagada Link IP L2L MPLS SD-WAN Clear channel Colocation/Nuvem Conexão à nuvem pública Anti DdoS Firewall CDN própria Google Akamai Netflix Facebook Globo Microsoft GoCache Outras América Latina EUA Europa África Ásia
São Paulo
Telefone
E-mail para atendimento ao cliente
Telium Networks
(11) 94544-3544 n
comercial@telium.com.br
Telxe
(41) 99267-8832 n
comercial@telxe.com.br
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Empresa
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0800 731 2020
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Um Telecom
(81) 3497-6060
marketing@1telecom.com.br
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Use Telecom
(71) 3599-1000 n
comercial@usetelecom.com.br
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Vivo
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Wiki Telecom
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paravoce@wikitelecom.com.br
Wirelink
0800 883 0662 n
comercial@wirelink.com.br
Wixnet
(11) 3090-4518 n
contato@wixnet.com.br
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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 271 empresas pesquisadas. elecom e Instalações Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, fevereiro de 2022. Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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DIGITALIZAÇÃO
52 – RTI – FEV 2022
Aspectos de infraestrutura relacionados com a estratégia de governo eletrônico Marcelo Macedo Lopes
A
A recente crise na saúde provocada pela pandemia do coronavírus impulsionou a demanda por serviços públicos digitais, especialmente devido às restrições impostas de circulação e isolamento social. A estratégia nacional de governo eletrônico está em plena expansão, mas ainda carece de adequações vinculadas à infraestrutura de TIC, data centers, nuvem computacional, interoperabilidade de dados e teletrabalho.
demanda por serviços públicos aos cidadãos na modalidade digital vem ganhando cada vez mais importância no país. Exemplos como o modelo para declaração de Imposto de Renda demonstram o potencial de soluções de governo eletrônico, à medida que possibilitam o acesso e a integração entre diferentes entidades e atores (compartilhamento de dados financeiros, fiscais, de saúde e consumo). Outro exemplo relevante vem do STF - Supremo Tribunal Federal, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça e a Cisco Systems, que passou a realizar sessões plenárias virtuais, a partir de abril de 2020, permitindo a continuidade da prestação jurisdicional mesmo diante da pandemia. Contudo, para viabilizar o acesso a serviços digitais de forma adequada, devem ser considerados os desafios tecnológicos associados à infraestrutura TIC, como, por exemplo, a eventual necessidade de escalabilidade computacional nos data centers governamentais ou ainda a interoperabilidade de dados para troca de informações entre entidades públicas e privadas. Podem-se citar como exemplos de desafios a serem superados os relatos de instabilidade associados ao Caixa Tem, aplicativo da Caixa Econômica Federal, requisito necessário para acesso ao auxílio emergencial do
governo e saque do FGTS durante a pandemia. A instabilidade foi ocasionada pela alta demanda ao serviço, que ultrapassou 500 mil acessos simultâneos. Da mesma forma, o aplicativo e-título provocou um excesso de usuários simultâneos conectados na plataforma no primeiro turno das eleições de 2020.
Governo eletrônico O conceito de governo eletrônico está relacionado ao uso de tecnologia da informação no setor público com a finalidade de aproximar o governo e o cidadão, através da otimização da prestação de serviços à sociedade [7, 17]. Países como a Dinamarca, Estônia e o Reino Unido figuram entre os mais avançados nesse conceito. De acordo com a recente pesquisa sobre governo eletrônico realizada pela ONU [13], o Brasil teve incremento em sua avaliação, considerando o principal indicador EGDI - Índice de desenvolvimento do governo eletrônico, passando da classificação “alta” para “muito alta - V1”, como apresentado na tabela I. As possíveis formas de o governo prestar serviços podem ser classificadas conforme o nível de digitalização [14]: • Nenhum: necessária a presença física do cidadão, sem a possibilidade de obtenção de informações em meio digital.
DIGITALIZAÇÃO 54 – RTI – FEV 2022
Tab. I - Classificação do Brasil no relatório E-Gov 2020 País
Posição
EGDI / (Nível)
OSI
TII
HCI
Brasil
54º
0,7677 (V1)
0,8706
0,6522
0,7803
China
45º
0,7948 (V1)
0,9059
0,7388
0,7396
Dinamarca
1º
0,9758 (VH)
0,9706
0,9979
0,9588
Estônia
3º
0,9473 (VH)
0,9941
0,9212
0,9266
Índia
100º
0,5964 (H2)
0,8529
0,3515
0,5848
Reino Unido
7º
0,9358 (VH)
0,9588
0,9195
0,9292
Fonte: Adaptado de ONU [13], tradução livre do autor. EGDI - Índice de desenvolvimento do governo eletrônico; OSI - Índice de serviços online; TII - Índice de infraestrutura de telecomunicações; HCI - Índice de capital humano
• Informativo: informações disponíveis no portal. • Parcial: ao menos uma das interações com o cidadão ocorre através de meio digital. • Digital: todas as interações são feitas de forma digital, ainda que com intervenção humana, sendo que o resultado pode não ser digital. • Autosserviço: completamente
automatizado, com processamento através de sistemas de informação, sem intervenção humana. Segundo dados divulgados pela EBC – Empresa Brasil de Comunicação, o portal de serviços do governo (Gov.Br) é utilizado por 84 milhões (62%) de internautas brasileiros, com 3961 serviços públicos. 62,6% são totalmente digitalizados; 15,7% são parcialmente
digitais (requerem entrega física de documentos ou comparecimento em alguma das etapas); e 21,7% não são digitalizados (apenas solicitação de forma digital, demais etapas presenciais).
Desafios do modelo convencional de computação As organizações que utilizam ambiente de computação baseado em data centers próprios têm enfrentado desafios associados às demandas que os novos modelos de negócio estão exigindo. Conforme Lopes [10], podem-se citar alguns desafios encontrados nesse cenário: • Envelhecimento dos data centers em uso. • Crescimento não previsível da demanda por processamento e armazenamento de dados. • Alto custo de propriedade associado aos recursos utilizados nesses locais.
55 – RTI – FEV 2022
Para Glikas [6], a adoção de computação em nuvem ainda é vista com ressalvas pelos gestores e profissionais de TIC das instituições da Administração Pública Federal (APF), setor muito suscetível a restrições orçamentárias e escassez de pessoal técnico qualificado para gerenciar projetos dessa natureza. Costa [3], por sua vez, destaca que “muitas organizações dependem fortemente de seus sistemas legados, desenvolvidos ao longo de anos de operação, que ainda são necessários às organizações, e a sua substituição é uma atividade complexa.” Devem ser somadas a esse cenário as mudanças tecnológicas provenientes das novas relações de trabalho provocadas pela pandemia, que obrigaram as empresas dos mais variados segmentos, inclusive as instituições públicas, a repensarem seus processos e disponibilizarem
formas alternativas de proverem os serviços, utilizando-se de trabalho remoto e sobrecarregando, por consequência, data centers e provedores de serviços. Em seu recente estudo, Terra Neto [17] ressalta que as instituições da administração pública federal têm particularidades para contratação de serviços de computação em nuvem, que podem tornar mais lenta a adoção nos órgãos públicos. Ressaltou ainda que a demanda por essa modalidade de computação tende a ganhar maior relevância para as instituições públicas, especialmente após a publicação da Emenda Constitucional 95/2016, que estabelece limites para os gastos públicos por 20 anos. Um white paper do Futurecom [5] destaca como desafio a definição de um modelo de métricas para a contratação de serviço de nuvem que seja flexível e escalável, mas, por outro lado, atenda às formalidades do processo licitatório.
Aspectos estruturantes para o governo digital Recentemente, o Governo Federal instituiu estratégia de governo digital, através da promulgação do Decreto da Presidência da República 10.332/2020 [1]. Dentre as iniciativas de infraestrutura de TIC, ressaltam-se: • Iniciativa 16.4 - Otimizar a infraestrutura de, pelo menos, 30 data centers do Governo Federal, até 2022. • Iniciativa 16.5 - Migração de serviços de, pelo menos, 30 órgãos para a nuvem, até 2022. O Governo Federal prevê a priorização de uso de data centers com o maior grau de maturidade e mais bem avaliados entre aqueles atualmente em operação, uma vez que muitas instituições já possuem instalações com grandes investimentos realizados, e ainda, considerando que os sistemas e serviços utilizados por entidades do mesmo órgão público poderiam,
DIGITALIZAÇÃO 56 – RTI – FEV 2022
eventualmente, compartilhar o mesmo data center, propiciando economia de escala [1]. O artigo do Futurecom [5] resume bem a ideia proposta quando cita que uma oportunidade inicial seria a redução do número de data centers. São mais de 100 espalhados pelo país. Grande parte dessa infraestrutura trabalha com dados públicos, inclusive, que podem ser migrados para a nuvem pública, aumentando a eficiência e a qualidade dos serviços. Foram gastos mais de R$ 470 milhões na construção de 130 data centers, espalhados por 217 órgãos públicos. Por não terem sido conduzidos de forma centralizada, resultaram em estruturas segregadas, sem sinergia e integração. É notória a intenção do ente público na priorização da migração de serviços para nuvem, como requisito estruturante para viabilizar a estratégia de governo digital. Através da publicação da Instrução Normativa 1, de 4 de abril de 2019, foi estabelecida determinação para que novas contratações de associadas à infraestrutura para processamento e armazenamento de dados deveriam ocorrer, preferencialmente, através de contratação de serviços de computação em nuvem, ação que tende a impulsionar a adoção de cloud computing no governo. Nessa esteira, a computação em nuvem vem cada vez mais sendo adotada pelas organizações. Representa uma alternativa mais eficiente, quando comparada ao modelo tradicional de computação utilizando-se data center próprio. De acordo com Lento [8], destacam-se como principais benefícios para sua adoção: • Flexibilidade de acesso (acesso a qualquer instante e em qualquer lugar). • Rapidez e agilidade na implantação (recursos computacionais podem ser disponibilizados e implantados em tempo real). • Baixo custo de infraestrutura (todos os recursos computacionais já estão disponíveis na nuvem). • Possibilidade de criar modelos de negócios e adequar-se rapidamente a novas estratégias.
• Poder de processamento escalável (maior capacidade). • Economia com despesas operacionais (toda a responsabilidade de manutenção dos recursos cabe à contratada). Visando fomentar e regulamentar o uso de cloud computing na administração pública federal, o TCU – Tribunal de Contas da União [16] e MPOG [11] publicaram orientações estabelecendo boas práticas e vedações para contratação de serviços de computação em nuvem. Dentre as recentes contratações realizadas pelo governo, aderentes a essas recomendações, podem-se citar os casos do Tribunal de Contas da União, Senado Federal, Ministério da Saúde, Ministério da Economia e Controladoria Geral da União. Ainda referindo-se à estratégia nacional de governo digital, é importante citar a meta definida para que, até 2022, todos os sistemas do governo sejam integrados ao barramento de interoperabilidade e requisitos técnicos estabelecidos no Decreto 10.046 de 9 de outubro de 2019, que dispõe sobre a governança no compartilhamento de dados no âmbito da administração pública federal e institui o Cadastro Base do Cidadão e o Comitê Central de Governança de Dados.
Trabalho remoto Outro aspecto estruturante, muito evidenciado em 2020 por conta da pandemia, foi a adoção massiva de trabalho remoto de forma emergencial. Houve um crescimento na ordem de 84% na adoção dessa modalidade por parte das empresas, desde o início da pandemia em 2020 [4]. De acordo com [15], a realidade do trabalho remoto nas instituições públicas ainda é bem diversificada: por um lado, alguns entes, como o TCU, a CGU - Controladoria Geral da União e a Anvisa, têm maior maturidade no assunto, implementando, por exemplo, métricas de controle de produtividade. Por outro lado, alguns nem sequer tiveram experiências nesse sentido antes de 2020.
Independente de familiaridade anterior, a adoção emergencial do trabalho remoto proporcionou a continuidade operacional dos serviços do governo durante a pandemia, possibilitando, em muitos casos, o aumento de produtividade, o engajamento e a satisfação dos servidores [9]. Em complemento, Okano et al. [12] destacam como principais adequações de infraestrutura de TIC necessárias para viabilizar o trabalho remoto: • links de comunicação; • serviço de VPN; • equipamentos de rede; • appliances de segurança da informação; • ambiente de VDI - Virtual Desktop Infrastructure; • fornecimento de notebooks para os colaboradores; • migração de ramais para home office; e • utilização de soluções de comunicação e colaboração.
Conclusões O cenário desejado por todos os governos é aquele onde os cidadãos têm acesso aos serviços digitais, seja para direitos ou deveres, a qualquer tempo e em qualquer lugar, de forma rápida e prática. Para viabilizar essa demanda de forma plena, do ponto de vista da infraestrutura de TIC, muitos desafios ainda necessitam ser endereçados, como o uso dos sistemas legados, ou ainda a manutenção de data centers governamentais em quantitativos e locais inadequados. Em complemento ao enxugamento dos data centers governamentais, a migração de novos serviços do governo para a nuvem propicia a escalabilidade e a segurança necessárias. Contudo, o processo carece de aprimoramento para conciliar as diversas possibilidades de uso com os requisitos formais vigentes para contratações públicas. Como trabalho futuro propõe-se a análise dos investimentos realizados pelo governo para contratação de infraestrutura de TIC, traçando comparativo com outros países e o retorno proporcionado aos cidadãos.
DIGITALIZAÇÃO 58 – RTI
REFERÊNCIAS [1] Decreto 10.332, de 28 de abril de 2020. Institui a Estratégia de Governo Digital para o período de 2020 a 2022, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências. [2] Convergência Digital. Governo mantém ‘cloud first’ e prepara nova licitação para reduzir datacenters. 2020. Disponível em: www.convergenciadigital.com.br. [3] Costa, Breno Gustavo Soares. Uma proposta de migração de sistemas legados do governo para a nuvem. Dissertação (Mestrado – Mestrado Profissional em Computação Aplicada). Universidade de Brasília. Brasília, 2018. [4] Cybersecurity Insiders. Remote Work from Home Cybersecurity Report. 2020. Disponível em: <www.pulsesecure.net/resource/wfh_cybersecurityreport/>. [5] Futurecom. White Paper: Data Center e cloud computing - desafios enfrentados pelo governo e por quem oferece a solução. 2020. [6] Glikas, Alexandre. Jornada para a nuvem: mesmo destino, diferentes rotas. In: Hypolito Neto, Domingos et al. Canaltech. [S.I.], 7 nov. 2018. [7] Lemos, André (coord.) Cidade, tecnologias e interfaces. Análise de interfaces de portais governamentais brasileiros. Uma proposta metodológica. Revista Fronteiras. Estudos Midiáticos. Vol. VI no.2. São Leopoldo, 2004. [8] Lento, Luiz Otávio Botelho. Cloud computing: computação em nuvem. Palhoça: Unisul Virtual, 2016. [9] Lopes, Cleunice de Paula. O impacto da realização do teletrabalho durante a pandemia do covid-19 no TRE-GO e seus resultados para a sociedade e a percepção para os servidores do órgão. TCC (Graduação) - Curso de Administração, Escola de Gestão e Negócios, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia. 2020. [10] Lopes, Thiago Ferreira. Requisitos para contratação de serviços em computação em nuvem pela Administração Pública Federal. Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação). Universidade Católica de Brasília, Brasília - DF, 2015. [11] MPOG. Boas Práticas, Orientações e Vedações para Contratação de Serviços de Computação em Nuvem. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Brasília, DF, jun. 2016. [12] Okano, Marcelo Tsuguio et al.: Impactos da pandemia covid-19 em empresas de grande porte: avaliação das mudanças na infraestrutura de tecnologia para o teletrabalho sob as óticas das teorias das capacidades dinâmicas e estrutura adaptativa. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e756997852, 2020. [13] ONU. UN E-Government Survey 2020. <http://publicadministration.un.org/ egovkb/en-us/Reports/UN-E-Government-Survey-2020>. [14] Estado do Rio Grande do Sul. Estratégia Digital rs.gov.br. 2020. Disponível em www.rs.gov.br/upload/arquivos/202009/03153530-estrate-gia-digital.pdf. [15] Souza, Juliane Zatelli. Perspectivas e desafios do teletrabalho na administração pública federal diante da pandemia da covid-19. TCC (Monografia). Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Brasília, DF. 2020. [16] TCU. Acórdão 1739/2015. Plenário. Relator: Ministro Benjamin Zymler. Sessão de 15/07/2015. Diário Oficial da União. [17] Terra Neto, Rubens Vasconcellos. Desafios da contratação de serviços em nuvem no setor público: um modelo de contratação para o Senado Federal. Trabalho de conclusão de curso (especialização) – Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Tecnologia da Informação Aplicada ao Poder Legislativo – Instituto Legislativo Brasileiro, 2019.
Artigo resumido e adaptado do Trabalho de Conclusão do Curso de Especialização em Datacenter: Projetos, operação e serviços, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Datacenter: Projetos, Operação e Serviços. Orientador: Prof. Djan de Almeida do Rosário.
SERVIÇO
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Guia de software para projeto, construção e operação de rede FTTH A implantação de redes de fibra óptica requer um cuidado especial nas etapas de projeto, documentação e gerenciamento das redes. Ferramentas de software podem ajudar nessa tarefa. O guia a seguir traz uma
Versão web Treinamento online gratuito Servidor local Servidor na nuvem Mapeamento e projeto de fibra óptica Documentação de rede óptica Integração com Google Maps Visualização de rotas Áreas personalizadas Regras de acesso por usuário Sem limites de cadastros Cadastro de clientes Postes Cabos Reservas técnicas Caixas de emenda Conexões Fusões Terminais de atendimento Provisionamento e gestão de equipamentos GPON Alertas automáticos Relatórios Impressão do mapa Logs de acesso Logs de alteração Backups automáticos Análise de rompimento de fibra Exportação em .KML Integração com APIs de gestão Aplicativo para dispositivo móvel
relação de empresas que atuam nesse segmento, as soluções e recursos oferecidos. Banco de dados
Empresa
Telefone
E-mail para atendimento ao cliente
Digicade
(31) 99990-0808 n
marketing@digicade.com.br
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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 31 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom Instalações, fevereiro de 2022. elecom e Instalações Este e muitos outros Guias de RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.
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Paulo Marin
O que é a métrica CCF
em data centers? Como ela é calculada, aplicada à infraestrutura do data center, e qual a sua real contribuição na avaliação da eficiência energética do site? Como melhorar o desempenho da instalação com base nessa métrica?
denominador tem como objetivo incluir na conta os consumos do sistema UPS, da iluminação do espaço para o qual se deseja obter a CCF e de outras eventuais fontes de calor que refletem em consumo do espaço em função da operação dos equipamentos críticos de TI nele instalados. Um fator de 10%, como é o caso aqui, pode ser considerado adequado à realidade.
A CCF para uma sala de computadores com as características do exemplo será: CCF=
=
Capacidade total de climatização emoperação 1,1 ·(Carga críticaefetiva de TI )
105,9 =1,6 1,1 · 60
Antes de discutirmos o resultado obtido no exemplo, vamos conhecer um pouco sobre o objetivo dessa métrica.
A métrica CCF - Cooling Capacity Ratio é definida pelo Upsite Technologies, entidade responsável por sua introdução no mercado de data centers, como a relação entre a capacidade de climatização total instalada (em operação no site) e a carga crítica efetiva de TI (medida na saída do UPS). Embora um pouco diferente da definição expressa acima, matematicamente, essa métrica é calculada da seguinte forma: CCF=
Capacidade total de climatização emoperação 1,1 ·(Carga críticaefetiva de TI )
Sendo: • Capacidade total de climatização, em kW: capacidade da unidade de climatização (CRAC) utilizada de acordo com as especificações do fabricante (10 TR, 20 TR, 30 TR, etc.). • Carga crítica efetiva de TI, em kW: carga instalada no espaço para o qual se deseja determinar a CCF. O fator que multiplica o valor da carga crítica de TI (1,1) no Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
Fig. 1 – Exemplo de conformação de corredores frios e quentes
Vamos avaliar um exemplo de aplicação do cálculo da CCF. Consideremos uma sala de computadores com as seguintes características: • Carga crítica de TI: 60 kW. • Três unidades CRAC: 10 TR cada (capacidade de climatização). Para aplicar a equação [1] (CCF), é necessário converter a capacidade de climatização das unidades CRAC de TR para kW, portanto: CRAC kW =CRAC TR · 3,53=10· 3,53=35,3 kW
Portanto, três unidades CRAC terão uma capacidade combinada de climatização de 105,9 kW.
Segundo o Upsite, esta relação (quando satisfatória) não deve exceder 1,2% ou 120% (em relação a carga de TI instalada). Em casos nos quais o valor for mais elevado, significa que a eficiência do sistema de climatização é deficiente e há, portanto, margem para o aperfeiçoamento do desempenho desse sistema. Isso implica melhoria na eficiência energética da climatização, redução de despesas operacionais, aprimoramento do ambiente de forma geral, além de oferecer capacidade para uma densidade maior de equipamentos críticos de TI. Os valores de CCF de referência estão entre 1 e 3. A tabela I
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apresenta um quadro com as classificações do sistema de climatização em função da CCF e suas características. Para esclarecimento, os comentários apresentados na tabela I são um resumo das considerações que o próprio Upsite apresenta para a análise dos valores de CCF baseado em observações feitas em data centers reais. Voltando ao exemplo, um sistema de climatização com CCF igual a 1,6 não é dos mais eficientes. Conforme mostrado na tabela I, ele está entre aqueles com a classificação CCF mais comum e há, portanto, margem para melhorias. Em nosso exemplo, fica claro que a capacidade de climatização em operação excede de forma significativa a necessidade da carga crítica de TI do espaço considerado, ou seja, temos 105,9 kW de carga de climatização (unidades CRAC em operação), para 66 kW de carga crítica de TI, incluído o fator de correção de 10%. Esse desequilíbrio no dimensionamento do sistema de climatização é, nesse caso, o fator mais importante de ineficiência. Note que duas unidades CRAC em operação (70,6 kW) seriam suficientes. A CCF nessa condição estaria entre 1 e 1,1. A obtenção de valores de CCF nesse nível é possível (e desejável), porém envolve o projeto ótimo do espaço, o dimensionamento adequado do sistema de climatização e boas práticas de controle de fluxo de ar, que pode envolver uma ou mais das técnicas a seguir, individualmente ou combinadas.
Conformação de corredores frios e quentes O conceito de corredores frios e quentes em data centers tem sido
Fig. 2 – Exemplos de grelhas (à esq.) e placas de piso perfuradas para insuflação de ar frio proveniente do piso elevado no corredor frio
adotado com sucesso em salas de computadores de portes médio e grande (figura 1). Espaços muito pequenos, não são, em geral, bons candidatos para essa técnica, pois torna-se difícil manter uma orientação bem-comportada do fluxo de ar. Embora a conformação de corredores frios e quentes seja possível com diferentes métodos de distribuição de ar no espaço, sua implementação com o uso de pisos elevados, sob os quais o ar frio é insuflado, na prática é mais comum. Para que corredores frios e quentes sejam configurados de forma adequada, as unidades CRAC devem estar alinhadas com os corredores quentes.
Projeto e instalação de piso elevado O piso elevado, quando utilizado em conjunto com a conformação de corredores frios e quentes, deve ser implementado com placas perfuradas para a passagem de ar frio através delas nos corredores frios. Nesses corredores, racks e gabinetes são posicionados de tal forma que os equipamentos de TI fiquem com suas faces orientadas para esse corredor. Consequentemente, o corredor quente é gerado na parte posterior dos racks e gabinetes, onde há a
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Tab. I - Classificações do sistema de climatização em função da CCF e suas características CCF
Características
Entre 1 e 1,1
Indica um sistema de climatização sem redundância. A eficiência é dependente de boas práticas para o controle do fluxo de ar no espaço.
Entre 1,1 e 1,2
Sistema bem ajustado à carga crítica de TI instalada e provavelmente
Entre1,2 e 1,5
Sistema com certo grau de ineficiência. Pode haver unidades CRAC em excesso operando no sistema de climatização
operando dentro dos limites estabelecidos pela ASHRAE para os parâmetros ambientais de interesse. do espaço. Necessidade de implementação de boas práticas para o controle do fluxo de ar no espaço. Entre 1,5 e 3
Classificação CCF mais comumente encontrada na prática. Há, certamente, unidades CRAC em excesso operando no sistema de climatização do espaço. Necessidade de implementação de boas práticas para o controle do fluxo de ar no espaço.
Acima de 3
Sistema com alto grau de ineficiência. Há, pelo menos, o triplo da capacidade de climatização em operação no espaço. Oferece grande margem para a melhoria do sistema de climatização.
saída do ar quente. O corredor quente não deve, então, ter placas de piso perfuradas para não haver vazamento de ar frio nessa posição, prejudicando a eficiência do sistema de climatização. As aberturas nas placas de piso para a passagem do ar frio nos corredores frios podem ser obtidas por meio de grelhas ou perfurações nas próprias placas. A recomendação mais comum, para um controle de fluxo de ar mais eficiente, é que placas perfuradas sejam utilizadas em vez de grelhas. A figura 2 traz exemplos de ambos os tipos.
Em sistemas de climatização que utilizam o piso elevado como duto, o vão livre é fator crítico e deve ser levado em consideração nas etapas de projeto e implementação. É importante considerar que vários sistemas de um data center compartilham o espaço sob o piso elevado, tais como a distribuição de cabeamento estruturado, parte elétrica, dutos de água (ou outro refrigerante) do ar condicionado, segurança, entre outros. Se as saídas de ar forem
obstruídas ou parcialmente bloqueadas devido à grande quantidade de cabos e dutos sob o piso, a climatização do espaço será prejudicada e os equipamentos críticos de TI poderão operar em condições críticas de temperatura e estarão mais sujeitos a falhas. Portanto, o gerenciamento do fluxo de ar no espaço é fator crítico, além do balanceamento ótimo entre as cargas de climatização e de dispositivos críticos de TI envolvidos.
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Boas práticas de controle do fluxo de ar Como acompanhamos até aqui, valores satisfatórios de CCF levam a um melhor desempenho do sistema de climatização de um espaço que contém equipamentos críticos de TI. Também vimos que é importante que algumas práticas de instalação sejam observadas, e entre elas estão a conformação de corredores frios e quentes e o projeto ótimo do piso elevado, quando utilizado como parte do sistema de climatização. É muito importante, também, certificar-se de que todas as aberturas para a passagem de cabos dos sistemas de telecomunicações e distribuição elétrica sejam seladas. Isso evita o vazamento de ar frio para fora do corredor frio, pois quando isso ocorre, há uma perda importante de eficiência do sistema de climatização. Há dispositivos e soluções muito simples, de baixo custo e eficientes no mercado para resolver o problema de falha na vedação das aberturas do piso elevado e também de aberturas nos racks e gabinetes.
As aberturas deixadas nos racks e gabinetes causam a recirculação de ar quente pelo corredor frio, reduzindo a eficiência do sistema de climatização do espaço, efeito conhecido como “curto-circuito” de ar condicionado. A instalação de painéis cegos para fechar as aberturas dos racks e gabinetes ajuda a manter a eficiência da climatização, eliminando o retorno de ar quente pelo corredor frio. Para finalizar, a boa determinação do valor da CCF para um dado espaço dependerá de como a capacidade de climatização das unidades CRAC é obtida. A forma mais comum é com base nas especificações do fabricante, ou seja, dados de catálogo. No entanto, tais especificações se referem à capacidade total da unidade CRAC para condições padronizadas de temperatura e umidade relativa do ar do espaço. Se as condições do ar de retorno forem diferentes das padronizadas, a unidade CRAC apresentará desempenho inferior ao especificado. Se o ar de retorno for mais frio que o padrão, o sistema terá um
desempenho inferior ao especificado. Por outro lado, se o ar de retorno for mais quente, ele será capaz de oferecer um desempenho superior. Em resumo, embora não seja nova, a CCF é uma métrica que, sob meu ponto de vista, atende bem ao propósito a que se propõe, ou seja, oferecer uma figura de eficiência energética específica para o sistema de climatização. Trata-se, portanto, de uma métrica que, em conjunto com a PUE - Power Usage Effectiveness, oferece informações críticas para o operador do data center.
Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.
SEGURANÇA
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Marcelo Bezerra
Procuram-se profissionais
de cibersegurança. Paga-se bem
Um sinal de que problemas técnicos se transformaram em obstáculos de negócios é eles serem abordados em veículos de mídia não dedicados a tecnologia. E é o que está ocorrendo sobre o problema da falta de profissionais de cibersegurança. No ano passado, a CNN Business (28 de maio), The Washington Post (2 de agosto) e a Forbes (21 de outubro) publicaram reportagens sobre o assunto. No Brasil, o Valor Econômico veiculou um artigo em novembro, anunciando que o Brasil é o país com o maior déficit: 441 mil profissionais. A questão, na verdade de vários anos, e que piora a cada novo ano, é bastante conhecida pelos líderes de recursos humanos da área, e agora chegou aos negócios. É bastante arriscado nos dias de hoje ter uma empresa digitalmente vulnerável. De acordo com o ISC2, há mais de 3 milhões de vagas buscando por preenchimento em todo o mundo, e a taxa deve subir entre 20% e 30% ao ano, o que faz sentido, tendo em vista todo o processo de digitalização das empresas e negócios. Só nos Estados Unidos, a força de trabalho teria que aumentar em 60% para preencher a demanda. Um artigo mais antigo, de 2020, produzido pela CISO Advisor, apontou que 70% das empresas estão sofrendo com a
Esta seção aborda aspectos tecnológicos da área de segurança da informação. Os leitores podem enviar suas dúvidas para a Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
falta de profissionais. Não encontrei um estudo recente sobre a situação no Brasil, que, de acordo com o último estudo da ISC2 feito em 2019, é o segundo maior mercado de trabalho no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, mas suspeito que pode até ser pior. O imenso déficit acabou gerando efeitos colaterais, como a inflação muito acima da média nos cursos e certificações de segurança. Alguns, como as do SANS, foram reajustados nos últimos anos em mais que o dobro, e faltam vagas nos cursos presenciais. As instituições partiram para cursos on-line com preços mais módicos, o que acaba por facilitar o acesso aos treinamentos. Outro efeito é a inflação dos salários, gerada pela velha lei da oferta e da demanda. Não é incomum que técnicos jovens deixem seu primeiro emprego, onde receberam treinamento e ganharam experiência, para ganhar três ou quatro vezes mais. Profissionais mais especializados e experientes chegam a ganhar salários no mesmo nível de gerentes e executivos, e são disputados pelas grandes companhias do setor. Um estudo um pouco mais profundo revela dois outros problemas por vezes ocultos dentro desses números. O primeiro tem a ver com diversidade. Apenas um quarto da força de trabalho é composta por mulheres, em linha com a própria área de TI. Não tenho informações sobre pretos, índios e outras minorias, mas devem seguir os padrões pouco diversos de nosso país. O segundo é o da capacitação, que em nosso país é ainda mais grave. Temos um imenso déficit educacional e falta capacitação para muitos jovens ingressarem no mercado. Grandes empresas até conseguem suprir esse gap, mas médias e pequenas empresas não em virtude do alto custo. Como resultado, posições em segurança são ocupadas por profissionais não
devidamente preparados, o que acaba levando a falhas na proteção. O tema da capacitação é agravado quando vemos disciplinas complexas como resposta a incidentes, blue/red teams e threat hunting, que exigem dedicação e treinamento extensivo. Os desafios em capacitação, no entanto, não atingem apenas os especialistas que irão atuar diretamente na segurança das empresas e setor público. Por se tratar de uma área que atravessa todas as outras, a segurança digital é muito dependente dos profissionais dessas áreas, os usuários dos serviços de informação. Milhões de reais de investimento podem ser jogados fora se os usuários clicarem em links de e-mails de phishing, dando a um malware acesso ao seu computador e rede. A necessidade de treinamento em segurança atinge 100% da força de trabalho de uma empresa ou instituição, dos cuidados com as senhas ao velho descarte de mídias, processo que não acabou com a nuvem. Há milhões de pen-drives circulando com dados confidenciais, assim como terabytes de dados não menos confidenciais armazenados e esquecidos em serviços de nuvem. É muito improvável que o déficit seja reduzido nos próximos anos. Eliminá-lo eu considero impossível. Creio que a tendência é piorar. O principal motivador é o processo consistente de digitalização dos negócios, que acaba por atrair mais criminosos digitais, aumentando os ataques em número e gravidade, demandando ainda mais profissionais. Dessa forma, vejo algumas tendências claras. A primeira é a da terceirização ou aquisição de serviços. Um bom exemplo é o da VPN. Para uma empresa, grande ou média, manter a estrutura de VPN e prestar suporte aos usuários, sobretudo com a tendência pelo trabalho híbrido, é extremamente caro. Os profissionais
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alocados podem ser transferidos para outras disciplinas de segurança, e a VPN contratada como serviço, o que dá inclusive mais flexibilidade. Algo similar pode ser feito com disciplinas altamente complexas, como resposta a incidentes. Poucas companhias podem se dar ao luxo de manter uma equipe própria, e a contratação como serviço, não muito diferente dos serviços de segurança patrimonial, é uma boa medida. Na mesma linha, empresas médias podem se beneficiar em muito se terceirizarem a gestão de sua segurança para uma companhia especializada. Já o esforço global de aumentar a oferta de especialistas continuará com iniciativas de empresas e instituições, além, é claro, do esforço individual de quem está aprendendo. Aqui gostaria de citar duas. A primeira é o realizado pela WOMCY Latam Women in Cybersecurity, que pode ser conhecido em WOMCY.org. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos e mantida por voluntárias (e também voluntários), empenhada, entre outras iniciativas, na capacitação e mentoring de mulheres na área de cibersegurança. A segunda é o já reconhecido Cisco Network Academy, cujo programa vem beneficiando jovens de comunidades em todo o Brasil e no mundo há mais de 20 anos. Ambas não resolverão o déficit, mas com certeza ajudam.
Marcelo Bezerra é gerente técnico de segurança para América Latina da Cisco. Com formação nas áreas de administração e marketing, Bezerra atua há mais de 15 anos em redes e segurança de sistemas. E-mail: marcelo.alonso.bezerra@gmail.com.
EM REDE
Arthur Capella, country manager da Tenable Brasil
Prejuízos causados por ransomware exigem estratégias 360° para serem evitados O ransomware está crescendo de forma dramática. Somente em 2020, o FBI reportou um avanço de mais de 225% em total de perdas causadas por esse tipo de violação nos EUA. Nos primeiros seis meses de 2021, tentativas de ataques ransomware chegaram à marca de 304,7 milhões, ultrapassando as 304,6 milhões feitas ao longo de 2020. Somente no primeiro semestre de 2021, o Brasil foi vítima de mais de 9 milhões de ocorrências de ransomware. Para tornar esse quadro mais concreto, é preciso analisar seu impacto no segmento de seguros cibernéticos. Relatório produzido pela empresa de seguros Marsh, com apoio do World Economic Forum e da Oxford University, indica que, em 2020, o ransomware foi responsável por até 50% dos sinistros digitais pagos pela indústria de seguros a seus clientes. No Brasil, de acordo com análises realizadas no primeiro semestre de 2020 pela Fenseg - Federação Nacional de Seguros Gerais, houve um aumento de 63% na contratação de apólice contra crimes digitais em relação ao mesmo período em 2019. Os prêmios entregues às empresas seguradas chegaram a R$ 24 milhões. Neste contexto, a defesa contra o ransomware tornou-se uma necessidade. Apresento aqui seis pontos fundamentais que podem dificultar a ação das gangues de resgate. Ganhar visibilidade em toda superfície de ataque A superfície de ataque está se expandindo tanto que a capacidade Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.
de ganhar visibilidade torna-se cada vez mais difícil. De acordo com o Relatório de Vulnerabilidades Tenable, somente em 2020, 18.358 novas brechas foram descobertas. Isto representa um trabalho titânico para os profissionais de segurança. Ganhar visibilidade de todos os ativos e vulnerabilidades em toda a sua superfície de ataque é fundamental para começar a entender e priorizar a remediação. Avaliação contínua de vulnerabilidades A diligência dos criminosos digitais exige que o CISO – Chief Infromation Security Officer avalie continuamente toda a sua superfície de ataque. Não há mais espaço para realizar, a cada mês ou trimestre, a varredura do ambiente em busca de vulnerabilidades. Muitas brechas são resultado de fragilidades conhecidas, mas não corrigidas. Os processos internos das empresas podem atrasar a descoberta de falhas e a subsequente implantação de correções. Tudo isso ressalta a importância de contar com uma plataforma que avalie continuamente os sistemas da empresa quanto a vulnerabilidades. Integração entre TI e segurança É essencial que as soluções de gerenciamento de vulnerabilidades baseadas em risco integrem-se às plataformas de remediação. Isso automatizará fluxos de trabalho que reúnam times de cyber security e de TI. A meta é garantir que todas as instâncias de uma falha efetivamente receberam patches ou foram remediadas. Cuidados especiais com o Active Directory Cada vez mais utiliza-se como vetor de invasão uma tecnologia muito conhecida das organizações brasileiras: o AD - Active Directory. O AD está presente em todos os ambientes Microsoft, atuando como árvore de diretórios onde
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credenciais de login, parâmetros de configuração e políticas de acesso de todos os usuários são definidos. Isso vale para o acesso a todas as plataformas Microsoft (endpoints, aplicações e servidores). Para proteger o AD, é necessário identificar e corrigir as configurações incorretas deste ambiente. Medir a eficácia dos processo de higiene cibernética A eficácia dos processos de higiene cibernética deve ser aferida a partir de métricas que apontam o quanto os controles operacionais estão funcionando. A comparação dessas métricas com benchmarks internos ou externos ressalta os pontos a serem melhorados. Investir no treinamento de usuários É fundamental seguir investindo na conscientização dos usuários, de modo a elevar a maturidade digital da empresa como um todo. Um levantamento realizado na Austrália pela Forrester Consulting em outubro de 2020, a partir de entrevistas com 1000 profissionais de empresas de várias verticais, mostrou que 30% dos entrevistados admitiram não prestar atenção nas informações sobre políticas de cybersegurança compartilhadas durante treinamentos. Esse dado talvez encontre ressonância também no Brasil.
Conclusão Em um mundo onde os profissionais de segurança enfrentam muito mais vulnerabilidades do que conseguem gerenciar, o foco nos fundamentos é essencial para encontrar formas mais eficazes de parar os ataques de resgate. Tecnologia, processos e pessoas devem estar alinhados, formando uma defesa de 360°, uma mentalidade essencial para evitar o sequestro de dados e suas perdas.
ISP EM FOCO
Cristiane Sanches, conselheira da Abrint
Poste: o debate que precisamos ter Os dilemas atuais do compartilhamento do uso de postes certamente serão agravados caso a nova proposta de Resolução Conjunta apresentada pela Consulta Pública nº 73/2021 da Aneel seja aprovada em seu texto original. Tudo indica que o modelo regulatório está distante de atingir a maturidade e a eficiência desejadas pelos reguladores, regulados e a sociedade. Algumas palavras de ordem devem conduzir o discurso, como equilíbrio e razoabilidade. Uma coisa é certa: o valor econômico de um monopólio de distribuição elétrica com liberdade de preços no mercado de compartilhamento de infraestrutura não é desprezível e nunca foi, ainda mais diante de um mercado de banda larga fixa pujante. A fixação do preço de referência atendeu à necessidade de cercar o poder de mercado das distribuidoras, mas ainda não está orientado a custo. Para a Abrint, além de ser menor, mesmo que reajustado pelo IPCA, sua homologação precisa vir através de ato conjunto das Agências. É inconcebível deixar a Anatel em um segundo plano e não atender ao parágrafo único do art. 73 da LGT. A mesma equação que busca equilíbrio e razoabilidade envolve o reconhecimento público de que o mecanismo de modicidade tarifária, ao estabelecer um desconto do reposicionamento da tarifa do setor elétrico, em função da exploração de atividades econômicas acessórias ao objeto da concessão originária, transforma aquilo que deveria ser um modelo regulatório por incentivos em uma regulação de desincentivo, causadora de desvios que se acumulam a cada ciclo de reposicionamento tarifário e subsídio cruzado entre os setores. As
mudanças históricas no percentual a ser destinado à modicidade tarifária, de 90% para 60%, ainda não bastam. Já as outras palavras de ordem são clareza e transparência. A Abrint reitera que as definições de “exploradora de infraestrutura”, “oferta de referência de espaço em infraestrutura” e “cessão do direito de exploração comercial de espaços em infraestrutura”, tal como constam da proposta sob consulta pública, são temerosas e devem ser ajustadas. Quanto à primeira das definições acima, a Abrint entende que qualquer forma de integração vertical ou horizontal entre a “exploradora” e a empresa detentora tanto de concessão de distribuição elétrica, quanto outorga de serviço de telecomunicação, coloca em xeque a segurança jurídica e a confiança do mercado na regulação proposta. Simplificando, precisamos de neutralidade. Já com relação à “oferta de referência”, a regulação apenas atenderia ao princípio da não discriminação se vedasse a imposição, pelas elétricas, de garantias para autorização de novas ocupações pelas teles. O atual texto em consulta faz exatamente o oposto e precisa de alteração. Por fim, a “cessão da exploração comercial”. A efetiva mudança desejada por todos só acontecerá se for estabelecida uma dinâmica regulada semelhante a um leilão invertido, via RFPs – Solicitações de Proposta previamente homologadas pelas agências, assegurando a oferta do menor preço cobrado das empresas de telecomunicações pelo uso do poste. Agora, as últimas palavras de ordem: organização e gestão. Não há como estabelecer uma regularização de redes adequada sem aprender com reguladores estrangeiros: o georreferenciamento veio para ficar, e a organização e gestão desses ativos dependem do mapeamento dos postes, enquanto “infraestruturas de dados espaciais”. Interessante lembrar que, conforme estudo feito pela Aneel em 2019, as distribuidoras elétricas
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faturavam menos de 13% da atual capacidade disponível de pontos de fixação nos postes, resultando em R$ 5,6 bilhões de receitas extraordinárias não auferidas. Ou seja, potencial e incentivo econômico não faltam. Em paralelo, a negligência das distribuidoras de energia na gestão da sua infraestrutura, os preços abusivos e as exigências desarrazoadas sobre os projetos resultam em comportamento abusivo por parte de algumas operadoras de telecomunicações, desde a clandestinidade até a ocupação desordenada dos postes. A regularização é urgente e deve ser feita com absoluta clareza sobre as priorizações, com prazos compatíveis e efetivo alinhamento de conduta entre elétricas e teles. Quanto às priorizações, parece que o texto submetido à consulta pública “esquece” as empresas clandestinas, que nem sequer têm contrato firmado com as elétricas, causadores de absoluta desordem e desincentivo ao setor, prejudicando as companhias regulares, que pagam caro e buscam, de forma incessante, caminhos de diálogo. Precisamos trazer soluções para o legado de desorganização, mas sem perder o foco do que é mais relevante: o compartilhamento no futuro, para garantir o avanço da conectividade e a plena implementação do 5G. A Abrint sugere diversos ajustes no encadeamento das etapas de regularização e reordenamento de redes, de modo a conferir sentido e razoabilidade ao texto da resolução conjunta. Vamos seguir ativos para garantir que a voz dos provedores regionais seja ouvida nesse processo.
Cristiane Sanches é conselheira da Abrint, tem vasta experiência profissional em política regulatória de telecomunicações e tributação. Também é membro do conselho da LAC-ISP - Federação das Associações Latino-Americana e do Caribe de ISPs.
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fachadas, instalações elétrica e hidráulica de residências, construções comerciais e até mesmo projetos industriais e de infraestrutura. Site: www.fischerbrasil.com.br.
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de reconhecer pessoas em movimento e com a cabeça angulada em menos de 1 segundo. O equipamento também é capaz de identificar o usuário a longa distância, garantindo alta velocidade
alimenta cargas de CA e CC em um único sub-rack com um banco de baterias comum. Compatível com capacidades de até 14,4 kW CA e 24 kW CC, a solução
está disponível em versões de 120 e 230 VCA e pode ser utilizada em aplicações 5G. Site: www.vertiv.com.
Racks A linha Turboair de gabinetes apresenta estrutura em aço galvanizado minimizado
com pintura epóxi para proteção contra corrosão e intempéries. Fabricada pela ALGcom, a série apresenta modelos de 12 e 24U resistentes a vandalismo e preparados para fixação no piso com instalação em base de concreto. Site: www.algcom.com.br.
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necessário rompê-lo, além de contar com uma bandeja para a acomodação de splitter ou emendas de fibra óptica. Fabricada pela Overtek. Site: www.overtek.com.br.
Proteção DDoS A proteção DDoS simplificada para provedores regionais da Nexusguard fornece monitoramento 24 horas, perfis de segurança personalizados, desvio automático, proteção de nuvem, soberania de dados, entre outros. A empresa também oferece proteção DDoS para provedores interessados em fornecer segurança como serviço para seus clientes. Site: www.nexusguard.com.
Rádio A InfiNet Wireless comercializa o Quanta 6, rádio ponto a ponto que opera na faixa de 6 GHz e
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ambientes outdoor, conta com isolação e proteção contra raios ultravioleta. O produto permite a entrada de cabo óptico sem que seja
apresenta desempenho de até 650 Mbit/s em um canal de 56 MHz. Com tecnologia SDR – Software Defined Radio, o equipamento combina recursos de PHY, MAC e camadas superiores. Site: www.infinetwireless.com.
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A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos dados do interessado. O prazo para processamento e resposta a esta solicitação é de 30 (trinta) dias a contar da data de envio. Qualifique-se preenchendo o formulário a seguir. Os exemplares são enviados somente para endereços comerciais.
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Workspace e o Salesforce; e dados persistentes criados por workloads do Kubernetes e contêineres. Escrita por W. Curtis Preston, a obra apresenta os requisitos exclusivos de cada workload, além de explorar diversas categorias de hardware, software e serviços comerciais disponíveis para proteger essas fontes de dados, incluindo as vantagens e desvantagens de cada abordagem. Editora Novatec (https://bit.ly/3giU7vC), 440 páginas.
Redes A obra Redes de Computadores e a Internet: Uma Abordagem Top-Down oferece ao leitor uma proposta singular: ensinar um assunto tão complexo por meio de uma abordagem de cima para baixo, em camadas. O texto parte da camada lógica, de aplicação, para a camada física, motivando os estudantes ao apresentar-lhes conceitos mais
familiares logo no início do estudo de redes. De autoria de James F. Kurose e Keith W. Ross, esta 8ª edição reflete os avanços da área, incluindo as redes definidas por software (SDN), a rápida adoção de redes 4G/5G e os aplicativos móveis que elas habilitam. Editora Bookman (https://bit.ly/ 3rlYH2k), 632 páginas.
Segurança de rede O livro Green Computing in Network Security: Energy Efficient Solutions for Business and Home, editado por Deepak Kumar Sharma, Koyel Datta Gupta e Rinky Dwivedi, se concentra em técnicas de segurança de rede baseadas em computação verde e aborda os desafios envolvidos na implementação prática. A obra também explora a ideia de computação com eficiência energética para segurança de rede e dados e abrange as ameaças de segurança envolvidas em redes sociais, data centers, IoT – Internet das Coisas e aplicações biomédicas. Editora Routledge (https://bit.ly/3gkEd3K), 186 páginas.
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Think Technologies .... 61
Americanet ................... 23
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Prosper Capital ............ 55
TP-Link ................. 2ª capa
ASAP Telecom ............. 51
FiberHome ..................... 7
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S e i t e c .......................... 59
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DCM Tecnologia .......... 58
I-Business ................... 67
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WDC Networks ............. 21
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PUBLICAÇÕES
73 – RTI – FEV 2022
AGENDA
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Cursos
Eventos
Data centers – A TCSolutions divulgou o seu calendário de treinamentos para 2022. Entre os cursos oferecidos estão o DCFC – Data Center Foundation Certificate (9 e 10 de março) e CDCP – Certified Data Center Professional (23 a 25 de março). Os treinamentos serão realizados presencialmente em São Paulo. Site: https://bit.ly/31l9EqA.
Provedores e Data Centers – O Congresso RTI de Provedores e Data Centers acontece entre os dias 27 e 28 de abril no Centro de Eventos do Ceará em Fortaleza. Paralelamente os visitantes poderão acompanhar o Intersolar Summit Brasil Nordeste, feira com foco nos ramos fotovoltaico, produção FV e tecnologias termossolares. Site: www.rtiprovedoresdeinternet.com.br.
Redes – A CCAT Consultores ministrará, entre os dias 16 e 18 de março, o Curso Básico de Redes e TCP/IP para ISPs. O treinamento, que será realizado no formato presencial em São Paulo, será aplicado em multiplataforma (Windows, Huawei, MikroTik e Cisco) e abordará temas como Endereçamento IP e Máscaras, Conceitos de Ethernet e Switching, Teoria de Roteamento IP, entre outros. Site: www.ccatconsultores.com.br. MikroTik – A Entelco realizará, entre os dias 25 e 27 de março, o curso MTCNA – MikroTik Certified Network Associate, em São Paulo, no formato presencial. O curso visa capacitar os participantes ao conhecimento do sistema operacional MikroTik e prepará-lo para a certificação MTCNA do routerOS. Site: https://bit.ly/3HlUGjY. Cursos – O NIC.br promoverá, de 28 de março a 1º de abril, a Semana de Capacitação – Edição Online. Com minicursos gratuitos, o evento é uma oportunidade para os profissionais de provedores de Internet e administradores de redes se aprofundarem em tecnologias e boas práticas essenciais no dia a dia como RPKI, DNS, MPLS e IPv6. Site: https://bit.ly/3gnWsoO. Tecnologia da informação – A Daryus promove o MBA de Gestão e Tecnologia em Segurança da Informação, com início no dia 13 de abril. Site: https://bit.ly/3eqD3CT. Redes ópticas passivas – O curso online Redes Ópticas Passivas Avançado, da DlteC, ensinará para o aluno protocolos de redes PON (APON, BPON, GPON e EPON), especificação de OLT e ONU, projeto de rede externa e splitters e estratégias de expansão da rede óptica. Site: https://bit.ly/3roNfDd.
Netcom – O Netcom 2022 - 10ª Feira e Congresso de Redes e Telecom será realizado entre os dias 2 e 4 de agosto no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo. Site: www.arandaeventos.com.br. I-Business – O I-Business RedeTeleSul será realizado nos dias 17 e 18 de março em Foz do Iguaçu, PR. A programação inclui palestras com especialistas do setor, bem como a presença de expositores com as últimas novidades em equipamentos. Site: www.redetelesul.com.br. Abramulti – A Abramulti Interactive Live 2022 acontece entre os dias 31 de março e 1º de abril no Expominas em Belo Horizonte, MG. O evento apresentará as últimas novidades do mercado de telecomunicações, além de oferecer a possibilidade dos convidados fazerem networking. Site: www.abramulti.com.br. 5G – A Network Eventos realizará, no dia 28 de abril, a 2ª edição do Tecnologia 5G: A Inovação na Indústria 4.0. O formato e o local ainda serão definidos. Site: https:/ /bit.ly/3dbkHoR. IX Fórum – A 41º edição do IX Fórum será realizado no dia 29 de abril em Brasília, DF. O evento reúne provedores, órgãos públicos, entidades acadêmicas, associações, entre outros importantes atores envolvidos com a Internet, com o objetivo de incentivar o diálogo sobre infraestrutura da rede de diferentes localidades no Brasil. Site: https://bit.ly/3HsY50n.
Abrint – A 13ª edição do Encontro Nacional Abrint será realizada entre os dias 25 e 27 de maio no São Paulo Expo, em São Paulo. Site: www.abrint.com.br. Rede e storage – De 29 de maio a 2 de junho vai acontecer em Hamburgo, Alemanha, a ISC High Performance 2022, evento focado em computação, rede e storage. A programação inclui temas como machine learning e data analytics. Site: https://bit.ly/3lxcqA1. Hannover Messe – A Hannover Messe, antes planejada para abril, foi reagendada para o período de 30 de maio a 2 de junho, no mesmo local em Hanôver, na Alemanha. Entre os tópicos abordados no evento estão nuvem e infraestrutura e plataformas digitais. Site: https://bit.ly/3L5ZEUm. Segurança eletrônica – A Exposec 2022, feira internacional de segurança eletrônica, acontece de 7 a 9 de junho no São Paulo Expo. Site: https://bit.ly/3CHV3mi. MVNOs – Nos dias 8 e 9 de junho em Berlim, Alemanha, será realizado o MVNOs World Congress 2022. O congresso discutirá as principais tendências tecnológicas e de negócios do mercado de MVNO em todo o mundo. Site: https://bit.ly/3Ejn4lb. Fios e cabos – De 20 a 24 de junho vai acontecer em Düsseldorf, Alemanha, a Inter national W ir e and Cable Fair. Site: https://bit.ly/3Gz5j2O. Cidades inteligentes –A 8ª edição do Connected Smart Cities & Mobility, no formato presencial, acontece entre os dias 4 e 5 de outubro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, e o digital no período de 4 a 6 de outubro. Site: https://bit.ly/3lvNMj7. Futurecom – A 22ª edição do Futurecom será realizada entre os dias 18 e 20 de outubro no São Paulo Expo, em formato híbrido. Site: https://bit.ly/3EnENHQ.