RTI - Agosto - 2021

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DESTAQUES Ano 22 - Nº- 255 Agosto de 2021 Redes FTTH neutras Grandes operadoras estão se movimentando para compartilhar sua infraestrutura. Provedores de Internet podem ter vantagens como menores custos de investimento, capilaridade e rápido atendimento a assinantes.

ESPECIAL

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Guia de reciclagem de produtos eletrônicos O guia inédito traz a relação de operadores especializados em logística e manufatura reversa que realizam a coleta do lixo eletrônico nas empresas, a reciclagem de materiais e sua reinserção na cadeia produtiva, com a segurança da descaracterização da marca e destruição de dados.

SERVIÇO

37

Dispositivo automático de detecção de bolhas no processo de produção de tubos loose Foi projetado e desenvolvido um dispositivo mecânico de detecção de bolhas com sensor automático que pode efetivamente determinar a posição de protuberâncias no tubo ao longo do tempo.

CABOS ÓPTICOS

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Desafios na refrigeração de data centers sem piso elevado Durante anos, a demanda por capacidade de data center tem aumentado exponencialmente. Em um esforço para construir mais rápido e gerir custos, a indústria passou a conceber projetos sem piso elevado, o que traz desafios na refrigeração do ambiente.

DATA CENTERS

Capa

Foto: Shutterstock

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Guia de protetores contra surtos para redes de dados Veja onde encontrar os fornecedores de produtos para proteção contra surtos de equipamentos de telecomunicações, redes estruturadas, coaxiais, comunicação serial, vídeo e automação. O levantamento facilita a consulta de potenciais compradores.

SERVIÇO

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Cabos submarinos: de sistemas fechados a plataformas abertas As vantagens adicionais do compartilhamento de espectro totalmente óptico e granular tornam-se cada vez mais atraentes à medida que os níveis de capacidade de fibra aumentam para a faixa de dezenas de Terabits.

REDES ÓPTICAS

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Importância da segmentação de rede para a proteção cibernética O aumento do trabalho em home office mudou a forma com que as empresas enxergam as políticas de segurança cibernética. Se antes a proteção era encarada como um custo, hoje passou a ser vista como um investimento necessário.

SEGURANÇA

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Radiações eletromagnéticas não ionizantes em ambientes populacionais Com a presença de aparelhos e antenas em todos os locais, a população fica exposta a campos eletromagnéticos não ionizantes. O trabalho apresenta os valores obtidos das medições realizadas próximas a diversos equipamentos.

INTERFERÊNCIAS

64

SEÇÕES Editorial

6

Informações

8

Segurança

76

Interface

78

Em Rede

82

ISP em Foco

84

Produtos

86

Atendimento ao leitor

87

Publicações

89

Índice de anunciantes

89

Agenda

90

As opiniões dos artigos assinados não são necessariamente as adotadas por RTI, podendo mesmo ser contrárias a estas.




EDITORIAL

ARANDA EDITORA TÉCNICA CULTURAL LTDA. Diretores: Edgard Laureano da Cunha Jr., José Roberto Gonçalves, e José Rubens Alves de Souza (in memoriam)

Redes FTTH neutras

REDAÇÃO: REDAÇÃO Diretor: José Rubens Alves de Souza (in memoriam) Diretor Jornalista responsável: Sandra Mogami (MTB 21.780) Repórter: Fábio Laudonio (MTB 59.526) SECRETÁRIA DE REDAÇÃO E PESQUISAS: Milena Venceslau

Esta

edição traz uma reportagem especial sobre redes neutras. Mais do que os swaps e aluguéis de fibra apagada, bastante conhecidos e praticados nos backbones de longa distância, agora o conceito de compartilhamento se estende ao acesso, ou seja, ao GPON que chega até a casa do assinante. Os provedores de Internet, que sempre se orgulharam de construir suas próprias redes, depois de passar pelas dificuldades de levantar os recursos para viabilizar o investimento e ter seus projetos aprovados na distribuidora de energia, agora têm a opção de se concentrar apenas na venda dos planos de Internet e no atendimento ao cliente. Para muitos especialistas, ter a posse da fibra não será mais o diferencial de mercado, mas sim como os serviços são empacotados e oferecidos. O movimento está ganhando força neste ano, em especial com os recentes spin offs das grandes operadoras para criar empresas de infraestrutura e atuar de forma independente e isonômica, caso da V.tal com a Oi; da FiBrasil, criada pela Telefônica Brasil, Telefónica Infra, braço de infraestrutura do Grupo Telefónica, e CDPQ, grupo de investimento global; e da FiberCo, da TIM e IHS Fiber Brasil. Proprietárias de enorme capilaridade pelo país, elas colocarão suas redes à disposição dos interessados. Além dessas empresas, outros grupos vêm investindo na construção de redes FTTH neutras, com milhares de HP – home passed em diversas cidades brasileiras. Por exemplo, a Ufinet, operadora atacadista de telecomunicações, com 75 mil km de fibra óptica em 18 países da América Latina, lançou no Brasil uma rede tendo como principal inspiração o sucesso do projeto Open Fiber, que em apenas quatro anos conquistou a marca de 11,5 milhões de HP – home passed em 100 cidades da Itália, com mais de 160 operadoras internacionais como clientes. No Brasil, a Ufinet está implantando sua rede FTTH nas 24 cidades da Grande São Paulo, com objetivo de atingir de 3 milhões a 6 milhões de residências. Começou por Osasco, com 50 mil HP. Um de seus clientes iniciou uma operação em cima de rede neutra, o que possibilitou reduzir os custos em 50% em relação ao modelo convencional. O tempo de lançamento também foi menor: o provedor se estruturou e inaugurou seus serviços em menos de seis meses. Para o engenheiro Alan Araújo, que tem realizado projetos nesse sentido para provedores, o crescimento das redes neutras poderá remodelar o mercado de Internet, possibilitando a criação de market places. “Ao dividir a mesma rede física em várias redes lógicas, uma empresa terá condições de atender o Brasil todo sem ter tanta fibra puxada”, afirma. Sem a limitação geográfica da propriedade da fibra, será possível atender os clientes em qualquer localidade e a qualquer momento. Basta ter uma estrutura de acesso disponível para alugar. Foco ISP em F oco - A partir de agora, a RTI traz uma nova seção voltada para os provedores de Internet. Nesta edição de estreia, quem assina o artigo é Alessandra Lugato, diretora executiva da Abrint - Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações, que aborda a importância das empresas regionais para a inclusão digital no país.

Sandra Mogami – Editora sm@arandaeditora.com.br

PUBLICIDADE NACIONAL: comercial: Élcio S. Cavalcanti Gerente comercial Contatos: Rodrigo Lima (rodrigo.lima@arandaeditora.com.br) Cibele Tommasini (cibele.tommasini@arandaeditora.com.br) Patricia Santos (patricia.santos@arandaeditora.com.br) REPRESENTANTES REPRESENTANTES: Minas Gerais: Oswaldo Alipio Dias Christo Rua Vila Rica, 1919, cj. 403 – 30720-380 – Belo Horizonte Tel.: (31) 3412-7031 – Cel.: (31) 9975-7031 – oadc@terra.com.br Paraná e Santa Catarina: Romildo Batista Rua Carlos Dietzsch, 541, cj. 204 – Bloco E – 80330-000 – Curitiba Tel.: (41) 3501-2489 – Cel.: (41) 99728-3060 – romildoparana@gmail.com Rio de Janeiro e Interior de São Paulo: Guilherme Carvalho Tel. (11) 98149-8896 guilherme.carvalho@arandaeditora.com.br Rio Grande do Sul: Maria José da Silva Tel.: (11) 2157-0291 – Cel.: (11) 98179-9661 – maria.jose@arandaeditora.com.br INTERNATIONAL ADVERTISING SALES REPRESENTATIVES China: Mr. Weng Jie – Zhejiang International Adv. Group – 2-601 Huandong Gongyu, Hangzhou Zhejiang 310004, China Tel.: +86 571 8515-0937 – jweng@foxmail.com Germany: IMP InterMediaPro e K. – Mr. Sven Anacker – Starenstrasse 94 46D – 42389 Wuppertal Tel.: +49 202 373294 11, sa@intermediapro.de Italy: QUAINI Pubblicità – Ms. Graziella Quaini Via Meloria 7 – 20148 Milan Tel: +39 2 39216180 – grquaini@tin.it Japan: Echo Japan Corporation – Mr. Ted Asoshina Grande Maison Room 303, 2-2, Kudan-kita 1-chome, Chiyoda-ku, Tokyo 102-0073, Japan Tel: +81-(0)3-3263-5065 – e-mail: aso@echo-japan.co.jp Korea: JES Media International – Mr. Young-Seoh Chinn 2nd Fl., ANA Building, 257-1 Myeongil-Dong, Gangdong-gu Seoul 134-070 Tel: +82 2 481-3411 – jesmedia@unitel.co.kr Spain: GENERAL DE EDICIONES – Mr. Eugenio A. Feijoo C/Juan de Olia, 11-13, 2a. Planta 28020 Madri Tel: +34 91 572-0750 – gee@gee.es Switzerland: Mr. Rico Dormann, Media Consultant Marketing Switzerland Moosstrasse 7, CH-8803 Rüschlikon Tel: + 41 1 720-8550 – beatrice.bernhard@rdormann.ch Taiwan: WORLDWIDE S Services Co. Ltd. – Mr. Robert Yu 11F-B, No 540, Sec. 1, Wen Hsin Road, Taichung Tel: +886 4 2325-1784 – global@acw.com.tw UK: Robert G Horsfield International Publishers – Mr. Edward J. Kania Daisy Bank, Chinley, Hig Peaks, Derbyshire SK23 6DA Tel.: (+44 1663) 750-242, Cel.: (+44 7974) 168188 – ekania@btinternet.com USA USA: Ms. Fabiana Rezak - 2911 Joyce Lane, Merryck, NY 11566 USA Tel.: +(1) 516 476-5568 – arandausa@optonline.net ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO: Diretor administrativo: Edgard Laureano da Cunha Jr. CIRCULAÇÃO: CIRCULAÇÃO São Paulo: Clayton Santos Delfino - tel. (11) 3824-5300 e 3824-5250 ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Vanessa Cristina da Silva e Talita Silva PROJETO VISUAL GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E EDITORAÇÃO ELETRÔNICA Estúdio AP SERVIÇOS: SERVIÇOS Impressão: Ipsis Gráfica e Editora S.A. Distribuição: ACF - Ribeiro de Lima/Intercourier

ISSN 1808-3544 RTI - Redes, Telecom e Instalações, revista brasileira de infraestrutura e tecnologias de comunicação, é uma publicação da Aranda Editora Técnica Cultural Ltda. Redação, Publicidade, Administração, Circulação e Correspondência: Alameda Olga, 315 - 01155-900 - São Paulo - SP - Brasil. Tel.: + 55 (11) 3824-5300 e 3824-5250 inforti@arandanet.com.br – www.arandanet.com.br A revista RTI - Redes, Telecom e Instalações é enviada a 12.000 profissionais das áreas de telecomunicações; redes locais, informática e comunicação de dados; instalações; TV por assinatura; áudio e vídeo; segurança (CFTV e alarmes); automação predial e residencial; e sistemas de energia, aterramento e proteção elétrica.


Conectividade Cat 8.1 da R&M

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INFORMAÇÕES

8 – RTI – AGO 2021

Blink vai investir R$ 200 milhões nos próximos 2,5 anos

acesso (GPON), treinou e reforçou o time. Também foi contratada uma consultoria para unificação da cultura organizacional. No que tange à comunicação e posicionamento da marca, a Blink ativou lojas próprias e intensificou a presença com campanhas institucionais e comerciais.

Além da absorção dos funcionários antigos, o grupo incrementou o time com a contratação de mais 110 pessoas ao longo deste ano, formando uma equipe com mais de 350 Com o atual movimento de pessoas para atender aos planos de consolidação e aquisições no crescimento e consolidação da marca mercado de banda larga, muitos no mercado mineiro. provedores de Internet têm As antigas sedes em Nova procurado se unir a outras empresas Lima, Pedro Leopoldo e Betim de mesmo porte com objetivo de foram mantidas e funcionam hoje ganhar corpo e acelerar a expansão como filiais. Dos sete sócios das dos seus negócios. Foi o que três empresas legadas, além de aconteceu com três provedores da Alessandro que ocupa a posição região metropolitana de Belo de CEO, mais quatro estão em Horizonte, MG, que decidiram cargos de diretoria e dois no juntar suas forças e criar uma única conselho de administração: Pablo operação com ousados planos de Dias, Diretor de Operação; crescimento. A nova Blink, resultado Vinícius Vilela, Diretor de da fusão de Blink Telecom, Estratégia; Stalen Scofield, Diretor Telecom Dados e TremNet, nasceu Corporativo; e Tomaz Brum, no no início de 2021, com atuação Head Jurídico. Além deles, em 13 municípios interligadas por completam o quadro diretor dois anel óptico, mais de 3000 km de executivos de mercado: Mário fibra e 330 mil HP - home passed. Júnior, Diretor TI/BI e Warley “Em um mercado extremamente Almeida, Diretor Financeiro. competitivo, terá mais chances de Os sócios Ricardo Mello e sobreviver quem tiver robustez na Ronildo Rocha assumiram uma operação. O movimento de fusão cadeira no Conselho Mapa de atuação da Blink na Grande Belo nos coloca em um patamar Administrativo. Uma outra Horizonte interessante, trazendo maior mudança importante diz competitividade, além obviamente de respeito ao regime da empresa, que A sede da Blink fica em Belo melhor estrutura de serviços para os agora deixa de ser uma “ltda.” para Horizonte, que também abriga uma clientes”, diz Alessandro Teixeira, se tornar uma “S.A.”. operação de atendimento própria com CEO da Blink, antes um dos sócios O plano de negócios da Blink 130 posições simultâneas em esquema da Telecom Dados, fundada em 2007 prevê investimentos nos 24x7. “Essa foi uma das boas novidades em Pedro Leopoldo, com atuação no próximos 2,5 anos na ordem de para os assinantes, que antes não chamado vetor norte da Grande Belo tinham suporte em tempo integral”, diz R$ 200 milhões, com o objetivo o executivo. De acordo com ele, a Blink de chegar a 250 mil assinantes até Horizonte. Segundo ele, as três dezembro de 2023. empresas já tinham parcerias E para atingir esse número, está anteriores, o que facilitou a aliança. no radar o crescimento inorgânico, “A TremNet, a mais antiga das três, era a top of mind na região de com a aquisição de novas Betim”, diz. Já a Blink, fundada em empresas. “Traçamos a meta para 2014, atendia Belo Horizonte, iniciar a prospecção do mercado a Contagem e Nova Lima. partir de janeiro de 2022. Mas Toda a estruturação do negócio, com o sucesso dos negócios e que não envolveu valores, foi obtenção de linhas de crédito, já acompanhada pela Advisia pensamos em antecipar o plano Investimentos, de São Paulo, para o último trimestre deste ano”, Call center próprio com 130 posições de consultoria especializada em fusões diz Teixeira. Ou seja, os três atendimento 24/7 e aquisições. Da assinatura do provedores, que antes da fusão contrato, ocorrida em agosto de 2020, foi indicada ao prêmio Reclame Aqui eram de pequeno porte, agora já estão até a entrada em operação da nova 2021 na categoria Provedor de Internet. prestes a se tornar uma grande Blink, no início deste ano, a empresa “A empresa representa Minas Gerais operadora consolidadora. realizou as integrações de sistemas nessa importante premiação, que (ERPs), definiu padrões de redes de coroa os melhores do Brasil”, afirma. Blink – Site: www.blinktelecom.com.br


9 – RTI – SETEMBRO 2000 9 – RTI – AGO 2021

Cariap fornece serviços OTT como SVA para provedores

Para ofertar o conteúdo, a plataforma pode ser integrada com os principais ERPs do mercado. Com ela, o provedor é capaz de gerenciar todos os produtos do assinante. “Os serviços contam com O aumento do consumo de conteúdo por CDNs espalhadas pelo Brasil, streaming tem aumentado no Brasil em principalmente em pontos de troca de 2021. Segundo estudo realizado pela tráfego (PTTs). Com isso, estão sempre Nielsen Brasil em parceria com a Toluna, próximos do assinante, evitando 42,8% dos brasileiros assistem a conteúdos problemas de latência”, pontua Pedrosa. de streaming todos os dias. Com uma A integração com o provedor leva, grande variedade de provedores em média, cinco dias. Como no mercado, oferecer serviços diferencial, a Cariap fornece de valor agregado (SVA) é um um treinamento intenso, com diferencial competitivo. informações que vão desde A Cariap, empresa brasileira os principais recursos dos com sede em São Paulo, atua produtos a estratégias de com plataformas OTT para marketing e vendas, confecção provedores. Seu objetivo é de banners e envio de agregar valor às operadoras brindes para assinantes. Antônio Pedrosa, regionais para que possam “O principal erro dos da Cariap: competir com os grandes fornecedores de conteúdo é serviços fortalecem os provedores do mercado. vender os serviços sem “Hoje, um grande provedor pacotes de ministrar um treinamento provedores pode oferecer combos com para o provedor. A Cariap Internet, TV, telefone fixo, MVNO e vai na contramão, criando e auxiliando em campanhas de venda da operadora”, aplicativos. Nosso objetivo é levar isso afirma o CEO. para pequenas e médias operadoras, Com mais de 200 provedores clientes, onde elas possam comprar em uma a Cariap atende todo o Brasil. Até o quantidade menor”, explica Antônio final de 2021, a companhia pretende Pedrosa, CEO da Cariap. lançar o Cariap Go, aplicativo no A empresa oferece quatro produtos: modelo white label para celulares e smart Looke, Deezer, Nordeste FC e o Ensy. TVs com programação on demand. O primeiro, uma das maiores plataformas de conteúdo VOD – vídeo on demand do país, tem um Cariap – Tel. (11) 95797-9732 catálogo com mais de 8 mil filmes e Site: www.cariap.com.br 95% de conteúdo gratuito. Já o Deezer é um aplicativo com mais de 60 milhões de músicas e recursos de R&M completa sistema visualizar a letra da canção, playlist Cat. 8.1 com lançamento com IA – Inteligência Artificial, podcasts, rádios exclusivas e função de patch cords soundcast, ferramenta capaz de A R&M, desenvolvedora e fornecedora identificar o nome de um som suíça de sistemas de cabeamento para ambiente. Já o Nordeste FC é voltado infraestruturas de rede, está completando para a transmissão da Copa do o sistema Categoria 8.1 para LANs e Nordeste, também conhecida como data centers com o lançamento de Lampions League. Além de exibir as patch cords. “É uma das primeiras partidas na íntegra, oferece cobertura fabricantes de todos os módulos de pré-jogo e conteúdos exclusivos sobre canal Cat 8.1 blindada e foi a primeira os times. Por fim, o Ensy é uma a ter o sistema de cabeamento plataforma com cursos de capacitação certificado pela empresa alemã sobre temas atuais que despertam a independente de testes GHMT, que atenção dos alunos para novas confirmou em junho que a Cat. 8.1 da profissões, além de possibilitar a R&M transfere de forma confiável geração de renda.

Patch cord blindado do sistema Cat. 8.1

25 Gbit/s acima de 50 metros”, diz Peter Fischer, Technical Advisory and Solutions Group LA da R&M. Segundo ele, este é o nível de desempenho necessário para a conexão de WiFi 6 Wave 2 e futuros pontos de acesso WiFi 7 em edifícios de escritórios, por exemplo. O GHMT realizou os testes com base na norma ISO/IEC DTR 11801-9909. A Cat. 8.1 é uma nova tecnologia de conexão e cabeamento de cobre para transmissão de dados de até 40 Gbit/s com largura de banda de 2000 MHz. Com a solução, os data centers têm uma transmissão de dados quatro vezes mais rápida do que o que tem sido possível até hoje, um máximo de 10 Gbit/s. As principais áreas de uso são a infraestrutura de “top of rack” e de “end of row”. A R&M especifica a Cat. 8.1 para enlaces permanentes de até 24 metros quando se utiliza 40 Gbit/s. Canais de até 30 metros podem ser configurados com os novos patch cords. O sistema Cat. 8.1 também é adequado para uso em redes de dados em ambientes de escritórios de alta tecnologia, edifícios funcionais, empresas de mídia e na indústria financeira, suportando as atuais e futuras gerações de 10, 25 e 40 Gbit/s. Em outras palavras, as redes podem inicialmente continuar a operar com o atual padrão Ethernet de 10 Gbit/s. Os produtos são retrocompatíveis com instalações existentes, tais como a Cat. 6A, graças à conectividade universal RJ-45. “Os usuários não necessitam de adaptadores adicionais ou cabos de transmissão para acelerar sua rede em uma data posterior. Após a instalação de um sistema Cat. 8.1, podem integrar sem problemas switches e servidores mais rápidos a qualquer momento, com capacidade de transmitir 40 Gbit/s sobre 24 metros e 25 Gbit/s sobre um enlace permanente de 50 metros”, afirma Fischer.


INFORMAÇÕES

10 – RTI

Grupo Conexão é comprado pelo fundo Grain Management O Grain Management, fundo de

Distâncias atingidas pelos padrões

O padrão de 90 metros no planejamento de LAN não pode mais ser adotado como base. No entanto, a Cat. 8.1 ainda permite que cerca de 60% dos enlaces de cabeamento comumente usados em ambientes de escritório sejam implementados com pelo menos 25 Gbit/s. A localização de distribuidores, tomadas, pontos de acesso WLAN e outros equipamentos terminais deve ser coordenada em conformidade. Um cenário de escritórios pode ser segmentado em diferentes zonas com o cabeamento Cat. 8.1. Por exemplo, as taxas de 40 Gbit/s seriam viáveis em pontos dedicados, dentro ou perto de uma sala de servidores. Pontos de acesso WLAN em um raio de 50 metros seriam suportados a 25 Gbit/s. E 10 Gbit/s seriam suficientes em locais de trabalho periféricos a uma distância de até 95 metros. A WLAN é uma das principais áreas de aplicação do sistema de cabeamento Cat. 8.1 da R&M. Suas próximas gerações, como WiFi6 Wave 2 ou WiFi 7, exigirão velocidades de transmissão acima de 10 e até 30 Gbit/s. O sistema Cat. 8.1 é adequado, por exemplo, para conectar pontos de acesso no teto. O sistema de cabeamento pode ser utilizado para quatro pares PoE Power over Ethernet (4PPoE) para alimentar equipamentos terminais como roteadores WLAN diretamente através do cabo de dados. “Essa categoria requer uma tecnologia de blindagem e compensação coordenadas com precisão. Esta é a única maneira de manter a alta largura de banda de 2000 MHz e a qualidade do sinal estável. Portanto, recomenda-se escolher um portfólio coordenado de uma única fonte quando se trata da Cat. 8.1 de cabeamento”, finaliza o executivo. R&M – Tel. (11) 4118-2960 Site: www.rdm.com/pt-br/

investimento norte-americano focado em tecnologia de banda larga e no setor de comunicações, anunciou a aquisição do Grupo Conexão, composto por empresas prestadoras de serviços de telecomunicações e Internet com forte atuação nas regiões Nordeste e Sudeste. A compra é o primeiro investimento do Grain Management fora dos Estados Unidos. O valor não foi revelado. Constituída pela gestora Acon, também um fundo de private equity, a Conexão possui cerca de 500 mil assinantes residenciais e 20 mil empresariais, com a oferta de banda larga, TV por assinatura, voz (telefonia fixa e VoIP) e serviços corporativos de TI. Com 2300 colaboradores, o grupo tem presença em vários estados, através de suas empresas Multiplay Telecom e Tecnet (CE); Cabo Telecom (RN/PB); Cortez Online (RN); Conexão Fibra (SP); Direta (MG), Mega Serviços (SP), Ideia Telecom (CE), Outcenter (SP, MG e BA) e StarWeb (MG). Todas utilizam FTTH, com uma infraestrutura atual de 13,5 mil km de rede de fibra óptica e capacidade de atendimento superior a 1,4 milhão de residências. Para Gilbert Minionis, CEO do Grupo Conexão, o Grain Management chega para se somar às conquistas obtidas nos últimos anos e irá ajudar a avançar, conquistando novos espaços de mercado no Brasil. “Nosso objetivo é fazer as empresas crescerem e esse novo momento oriundo da aquisição pelo Grain Management nos dará as ferramentas necessárias para seguirmos avançando”, afirma. O executivo reforça ainda o objetivo de ampliação da carteira de assinantes para os próximos cinco anos. “Temos muito trabalho pela frente. Vamos unir conhecimentos e experiências no mercado brasileiro a



INFORMAÇÕES esta supercompanhia que vai dar continuidade aos nossos planos de crescimento que iniciamos. Por isso, é com muito orgulho que celebramos esse momento”. Para David Grain, fundador e CEO da Grain, a aquisição é extremamente positiva, uma vez que o grupo é formado por empresas sólidas e alinhadas com os interesses do fundo norte-americano. “O crescimento das telecomunicações no Brasil é robusto e alinha-se com as macrotendências buscadas pelo nosso fundo de investimento. O capital e a experiência que o Grain Management traz para este cenário apresenta um investimento atraente para nossa equipe e investidores”, declara David Grain. Ricardo Rodriguez, Diretor da Área de Investimentos do Grain Management, destaca que o Grupo Conexão possui um histórico de excelência, uma equipe de gestão excepcional e uma base de funcionários talentosa, tudo o que combina com a abordagem operacional baseada em dados do Fundo Grain Management. “A atual escassez de fibra residencial no Brasil torna o Grupo Conexão uma plataforma ideal para expansão em um mercado regional forte e em crescimento”, afirma o executivo.

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Fundado em 2007, o fundo de investimento Grain Management atua exclusivamente no setor de telecomunicações, empregando um processo rigoroso e baseado em dados para identificar oportunidades de investimento em áreas-chave de infraestrutura de telecomunicações, incluindo redes de fibra, espectro sem fio e torres de celular. Grupo Conexão – Site: https:// grupoconexao.com.br

Linktel implanta WiFi 6.0 no centro de romeiros em Aparecida A Linktel implantou um projeto de

WiFi 6.0 em Aparecida, SP, em parceria com a operadora Imax. O Centro de Atendimento ao Romeiro e a Nova Galeria Recreio são alguns dos locais com o serviço. Os dois ambientes possuem lojas e praça de alimentação para os devotos e turistas que visitam a cidade santuário. “Podemos realizar conexões com mais de 2 mil usuários na rede ao mesmo tempo. A meta é ampliar a rede de cobertura na cidade e na

região do Vale do Paraíba”, explica André Ferreira, diretor de implantação da Linktel. O Centro de Apoio ao Romeiro é o principal espaço de alimentação e compras da cidade santuário de Aparecida, localizada a 168 quilômetros de São Paulo. Conhecido pela Catedral Basílica de Nossa Senhora Aparecida, o município recebe em média mais de 15 milhões de visitantes por ano. O Vale do Paraíba reúne importantes polos tecnológicos, como São José dos Campos e Taubaté. “Trata-se de uma das regiões mais significativas do estado de São Paulo. São mercados que precisam de uma abrangência e conectividade de primeiro mundo”, diz Ferreira. Em São Paulo, o primeiro ponto comercial com sistema WiFi 6.0 disponibilizando conectividade ao público local oferecido pela Linktel foi o centro de compras Brascan Open Mall. Os visitantes e lojistas que vão ao centro podem utilizar a tecnologia. Com a implantação do sistema, 250 pessoas que estejam no complexo podem acessar simultaneamente as redes por meio da Linktel. A capacidade é de 1 Gbit/s por usuário, o que permite o acesso de forma rápida e com facilidade de navegação.


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de dispositivos móveis”, explica Jonas Trunk, presidente da Linktel. Localizado no bairro do Itaim Bibi em São Paulo, o Brascan Open Mall é um empreendimento comercial que agrega num local único hospedagem, moradia, trabalho, entretenimento, cinema e lazer com uma praça de alimentação com 7 Devotos em Aparecida: tecnologia WiFi 6 para mil metros quadrados. De suportar milhares de conexões simultâneas acordo com a Linktel, o complexo foi escolhido para receber a O WiFi 6.0 ou 802.11ax é a rede por ser também um ponto de próxima geração de tecnologia WiFi e referência em gastronomia, serviços e consegue unir eficiência, flexibilidade entretenimento. Além disso, o público e estabilidade para transmissões, que frequenta o empreendimento conexões e informações para os utiliza dispositivos móveis modernos usuários. “Trata-se de uma tecnologia e isso possibilita à empresa verificar a padrão nos países do Hemisfério Norte capacidade do serviço. que vamos disponibilizar em locais de alto fluxo de pessoas conseguindo velocidades de até 1 Gbit/s por celular Linktel – Tel. (11) 2197-7000 para a transferência de dados por meio Site: www.linktelwifi.com.br

4C Digital: cobrança multicanal para provedores A saúde financeira de um provedor passa por diversas vertentes, como a captação de novos clientes e a oferta de produtos e serviços. Uma, todavia, nem sempre é lembrada ou fácil de ser atingida: a redução da inadimplência dos assinantes. A 4C Digital, empresa com sede em Niterói, RJ, desenvolveu uma solução que pode auxiliar nesse sentido. O software utiliza canais como e-mail, WhatsApp, mensagens de voz e SMS para avisar sobre o vencimento da próxima fatura, além de realizar a cobrança de débitos pendentes. “O sistema também pode ser aplicado para outros fins, como venda, fidelização e prospecção”, explica Marcelo Marques Ninho, diretor da 4C Digital.


INFORMAÇÕES Criada como uma empresa de call center em 2012, a 4C Digital viu a sua história mudar quando concebeu uma ferramenta para uso interno que dispensava a presença de teleoperadores. Devido ao sucesso, seus fundadores notaram que a solução poderia ter um apelo comercial e a adaptaram para ser oferecida como um serviço. Os projetos são fechados de acordo com o número de clientes do contratante. Segundo Ninho, o tamanho da carteira de usuários é vital para que a 4C Digital saiba o custo dos disparos. “Trabalhamos com um simulador capaz de estimar os custos do projeto automaticamente”, diz.

Marcelo Ninho, da 4C Digital: redução da inadimplência dos clientes de provedores

No momento, a solução é ofertada em três modelos: Light Cob, Pro Cob e Enterprise Prevent. O primeiro alerta os usuários depois de 10 dias do vencimento da fatura. Já o segundo comunica a pendência no dia seguinte ao prazo do pagamento. Por fim, o terceiro avisa sobre a data-limite com três dias de antecedência, reduzindo o número final de pessoas que serão contatadas pós-vencimento. “O provedor pode mudar de faixa a qualquer momento, sem custos. Nossos contratos são flexíveis, sem cláusulas de fidelidade”, afirma o diretor. Por ser uma ferramenta digital, as mensagens direcionam a operação para uma forma de pagamento, seja por boleto ou passando uma conta

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para depósito. A solução é integrada com o ERP do provedor, permitindo a emissão da fatura em atraso via aplicativo. Entre todos os canais de comunicação utilizados, o que possui o maior índice de retorno é a URA reversa, forma de comunicação onde uma mensagem telefônica é enviada com diversas opções que podem ser acessadas via teclado numérico. Caso o cliente precise de um serviço específico, é só discar a opção correspondente. “O sucesso da empreitada está vinculado à forma como o provedor trabalhava com a cobrança antes de assumirmos. Em média, a 4C Digital consegue reduzir até 30% da inadimplência, com resultados já no primeiro mês de implantação”, ressalta o diretor. Outra característica da ferramenta é a inteligência embarcada. Se uma pessoa é mais acessível à tarde do que pela manhã, a solução aprende com isso e automaticamente passa a realizar o contato somente no período vespertino. Já o contratante tem acesso a uma plataforma onde é possível mensurar os resultados obtidos pela 4C Digital, além de encontrar clientes por meio de diversas categorias de pesquisa. “Um usuário que costuma pagar de forma antecipada só receberá um aviso quando sair de seu comportamento habitual. A inteligência embarcada serve para evitar que a solução vire um desserviço”, alerta Ninho. Com 37 funcionários, a 4C Digital atende aproximadamente 35 provedores. Para 2022, a companhia pretende aumentar sua presença em feiras e eventos, além de buscar novos mercados. “Atendemos algumas concessionárias de água e empresas varejistas, porém não temos uma presença forte em educação, por exemplo. Queremos refinar a parte comercial para outros segmentos”, projeta o diretor. 4C Digital – Tel. (21) 3090-9253 Site: www.4cdigital.com.br



INFORMAÇÕES Seitec fornece racks e gabinetes sob medida

composto por bastidores e acessórios, racks e distribuidores de energia digitais e ópticos, gabinetes outdoor, baluns, leitos para cabos internos e externos e suportes para A Seitec Tecnologia em Equipamentos, instalação de antenas. Caso o empresa com sede em Indaiatuba, SP, contratante queira criar ou alterar atua com projeto, desenvolvimento, um desenho específico, a empresa produção e também atua com esses comercialização de serviços. Um dos equipamentos para destaques é o bastidor infraestrutura de data center. Disponível comunicações e em 44U, o produto cabeamento estruturado. pode ser adquirido no Com um parque fabril padrão 19” ou 21”. de 3200 m2, a Seitec “Para o tratamento conta com maquinário térmico de gabinetes capaz de executar todos outdoor, utilizamos os os processos de processos de zincagem montagem internamente. eletrolítica e pintura eletrostática”, explica Apenas tratamentos Keite. superficiais são feitos Com 45 funcionários, a fora da unidade. Bastidor data center, Seitec pretende direcionar “Produzimos fabricado pela os desenvolvimentos no equipamentos sob Seitec Tecnologia segundo semestre para encomenda. Nosso em Equipamentos projetar equipamentos estoque tem voltados à infraestrutura de aproximadamente 800 m2 e é utilizado telecomunicações 5G. para armazenar componentes e matéria-prima”, afirma Keite Lima, gerente comercial da Seitec. Seitec Tecnologia em Equipamentos – No mercado desde 2006, a Tel. (19) 3934-4664 empresa apresenta um portfólio Site: www.seitec.ind.br

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GammaK: transceivers ópticos e soluções DWDM A GammaK, empresa brasileira

com sede em São Paulo, atua no fornecimento de produtos ópticos de alta performance. Fundada em 2019, a companhia teve início pelas mãos de um engenheiro de redes norte-americano. Na época, os fatores que levaram o profissional para a empreitada foram a busca por peças mais confiáveis e melhores prazos de entrega. “Grande parte dos funcionários da GammaK atuaram em uma grande fabricante de transceivers norte-americana, por isso costumamos dizer que acabamos sendo um desdobramento dela. Nossos engenheiros e técnicos fizeram treinamentos com os profissionais dessa empresa em sua sede nos Estados Unidos, para aplicar as codificações necessárias, bem como oferecer garantia e suporte técnico local. Depois de algumas mudanças administrativas, demos sequência na empreitada e hoje nos apresentamos como GammaK”,


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O portfólio da GammaK é recorda Luís Henrique Gonçalves, composto por transceivers ópticos, diretor de operações e logística da soluções DWDM, GPON para OLTs GammaK. e diversos tipos de cabos. No caso A entrega, por sinal, é apontada dos transceivers, carro-chefe da como um dos principais diferenciais da GammaK. Os empresa, os dispositivos são equipamentos são comercializados em fabricados por um velocidades de 1, 10, parceiro em Shenzen, 25, 40 e 100 Gbit/s na China, e importados para distâncias até 160 para o Brasil. Em solo km. Já a tecnologia brasileiro, são DWDM passiva é codificados em voltada para 4, 8, 16 e laboratório próprio para 32 canais, ocupa no plataformas como máximo 2U sem Cisco e Huawei. alimentação externa e Segundo o diretor, a com frequências Luís Henrique chegada dos capazes de alcançar até Gonçalves, da GammaK: alta dispositivos costuma 100 km. tecnologia em levar de 7 a 10 dias. “As “O DWDM passivo DWDM e entregas são bem permite a um provedor transceivers ópticos rápidas. Trabalhamos começar com 10 Gbit/s e com prazos de um dia para capitais ir subindo gradativamente. Muitas via frete aéreo e 2 a 3 dias para empresas comercializam tecnologias com cidades do interior”, diz. alcance de até 80 km. A nossa talvez

seja uma das únicas no mercado que vá até 100 km”, afirma Gonçalves. A GammaK conta com clientes em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Amapá. Entre os seus consumidores figuram provedores como Altarede, Sumicity, Valenet e USE Telecom. “Estamos com mais de 50 clientes espalhados pelo Brasil. Nossa homologação técnica de qualidade, sem nenhum caso de RMA até hoje, aliada à velocidade de entrega e garantia de cinco anos, são os principais diferenciais da marca”, ressalta o diretor. No primeiro semestre de 2021, a empresa obteve um crescimento de 121% em relação ao mesmo período de 2020. Em agosto de 2021, a GammaK passou a disponibilizar transceivers ópticos com velocidades de 200 e 400 Gbit/s. GammaK – Tel. (11) 4153-0652 Site: www.gammak.com.br


INFORMAÇÕES Infinite IT implanta 1000 km de rede DWDM na Bolívia O mercado de banda larga está

aquecido não apenas no país, mas também na América Latina, trazendo oportunidades de negócios às empresas brasileiras, que podem oferecer sua ampla expertise em fibra óptica a clientes dos países vizinhos. É o caso da Infinite IT Consulting, de São Bernardo do Campo, SP, que desenvolveu um projeto de DWDM para a FiberApp, operadora boliviana

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Internet e operadoras da Bolívia”, diz Matheus Plastino, diretor da Infinite IT Consulting. País sem acesso ao litoral, atualmente, o caminho mais usual aos provedores bolivianos para chegar ao conteúdo internacional é via cabo submarino até Miami, nos EUA. “O rápido tempo de resposta é fundamental para uma melhor experiência de navegação, em especial para os gamers”, afirma. Segundo o executivo, o backbone terá centros de roteamento redundantes e circuitos de backup distribuídos em todo o Brasil, com disponibilidade permanente da

Trajeto da rede da FiberApp de Santa Cruz de La Sierra a Corumbá, no MS

que construiu um backbone de quase 1000 km ligando Santa Cruz de La Sierra a Corumbá, no MS. Com investimentos de US$ 6 milhões, o trecho foi entregue agora e faz parte de um amplo projeto que terá novas ramificações, chegando ao Peru e Chile. A Infinite IT também foi contratada para a próxima fase do projeto. No Brasil, por meio de acordos de swap com operadoras locais, o objetivo da FiberApp é chegar até São Paulo e o Oceano Atlântico, estabelecer conectividade com provedores de tráfego nacionais e internacionais e garantir presença nos pontos de troca de tráfego em São Paulo, Curitiba, Fortaleza, Corumbá, nos maiores data centers e acesso às principais CDNs instaladas no Brasil. “Além de reduzir a latência, a empresa oferecerá menores custos de trânsito IP para provedores de

banda contratada com garantia de uso e sem degradação do serviço. Nesta primeira etapa do projeto da FiberApp, os pontos de presença estão em Puerto Quijarro, El Carmen Rivero Torres, Águas Calientes, Ipias, Quimome, Pozo del Tigre, Pailon, Santa Cruz. As expansões futuras incluem, a partir de Santa Cruz, ligação com outras redes com Cochabamba e La Paz. No Peru e Chile, a partir de Beni e Pando. No Brasil, o backbone alcançará o Acre e Rondônia. E na Argentina, deverá chegar de Yacuiba e algumas cidades menores. O primeiro trecho, de Santa Cruz de La Sierra a Corumbá, já está ativo e os primeiros clientes estão realizando testes e subindo operações. FiberApp – Site: http://fiberapp.net/ip/ Infinite IT Consulting – Site: www.infiniteconsulting.com.br


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INFORMAÇÕES Seeg Fibras leva conectividade para o Mato Grosso com tecnologia Huawei

A Agora, distribuidora de valor

agregado e fornecedora de soluções de TIC com sede em São Paulo, foi escolhida pela Seeg Fibras, provedora de serviços de Internet, TV e telefonia para otimizar a análise e performance da rede de atendimento pelo estado de Mato Grosso, com portfólio de conectividade da Huawei. Presente no mercado desde 2019, a Seeg Fibras é uma operadora de serviços de Internet banda larga via fibra óptica, TV e telefonia para os mercados residencial, corporativo e governo. Sua área de cobertura conta com um backbone de 582 km com capacidade de 80 Gbit/s, que liga Cáceres, onde fica localizada sua sede, à capital Cuiabá. Atualmente, a companhia atende cerca de 10 mil clientes, sendo 80% residenciais e 20% corporativos, em mais de 22 municípios da região Oeste do Mato Grosso. A expertise e relevância da Seeg Fibras no mercado de Mato Grosso e região levaram a empresa a buscar uma distribuidora de valor agregado especializada nas soluções Huawei e

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que oferecesse apoio financeiro, suporte técnico, logística de entrega e agilidade no fornecimento de equipamentos De acordo com Henrique Matias, diretor de operações da Seeg Fibras, o trabalho e engajamento do time técnico e da engenharia da Agora, assim como o time de P&D da Huawei, foram fundamentais para o sucesso do projeto e desenvolvimento da solução. “A Agora é uma empresa ágil, sem burocracia, de processos dinâmicos e decisões rápidas. Sua grande capacidade logística e alta disponibilidade de soluções referente ao portfólio Huawei nos colocaram em contato com tecnologias de ponta”, explica o executivo. Atualmente, toda a infraestrutura de rede da Seeg Fibras é Huawei. Uma das soluções adotadas é o NCE-FAN Smart Wi-Fi. Com análise de big data, ela permitiu que o seu NOC pudesse, de forma ágil e eficiente, identificar e solucionar remotamente problemas de experiência ruim de usuários relacionados à performance e qualidade de banda dentro da casa do usuário. Essa análise profunda de performance das ONTs e pontos de acesso, com identificação proativa de possíveis gargalos na rede, reduziu o número das ações em campo das equipes técnicas, além de economizar tempo médio por visita técnica.

“O NCE Smart Wi-Fi veio para revolucionar a forma como a Seeg Fibras atende nossos clientes. Conseguimos fazer o levantamento de toda a rede do cliente em menos de cinco minutos, sendo que um atendente especialista na ferramenta consegue realizar até cinco atendimentos simultâneos. Além disso, o histórico facilita a identificação de problemas que ocorreram no passado, gerando um diagnóstico certo do problema na infraestrutura. Economizamos tempo e aumentamos a satisfação de nossos clientes”, comenta Matias. Além disso, a plataforma adquirida recentemente da Huawei vai ao encontro da nova fase da Seeg Fibras de lançar pacotes de hipervelocidade de Internet, sem deixar de lado a estabilidade do ambiente. Existem planos de novas aquisições de roteadores, switches e soluções de conectividade. “Hoje já entregamos 400 Mbit/s de cobertura total na casa de nossos clientes e 1 Gbit/s na rede cabeada. Estamos investindo alto para prover ainda mais performance e segurança aos usuários, sejam eles residenciais, organizações públicas ou privadas”, aponta Matias. “Quando a Seeg Fibras começou a operar em Cáceres, a única operadora que



INFORMAÇÕES atuava na região era a Oi. Na época, tínhamos como tecnologia de conectividade par metálico ou rádio. A conexão era instável e insegura. Desde então, muita coisa mudou e hoje oferecemos GPON com altíssima qualidade e segurança. Temos capacidade para atender muito mais que 30 mil assinantes e estamos trabalhando em conjunto com cerca de 230 provedores regionais para sermos uma das primeiras operadoras brasileiras com tecnologia 5G”, finaliza o diretor. Agora Telecom – Tel. (11) 4058-9600 Site: www.agoratelecom.com.br

Furto e roubo de cabos crescem em 2020 Vivien Mello Suruagy, presidente da

Feninfra - Federação Nacional de Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e de Informática, alerta que os crimes de furtos e roubos de cabos de cobre têm provocado verdadeiro apagão de telecomunicações, causando danos a pessoas e empresas que dependem dos serviços e alto prejuízo às operadoras.

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Em 2020, o problema afetou 6,7 milhões de usuários, 34% a mais do que em 2019, segundo dados do Conexis Brasil Digital, sindicato representativo do setor. No ano passado, foram registradas no Brasil 96 mil ocorrências de furtos e roubos de cabos de cobre, equivalendo a uma extensão de 4,6 mil quilômetros, maior do que a distância entre os extremos brasileiros, do Oiapoque ao Chuí, que é de 4,2 mil quilômetros. O volume supera em 16% o verificado em 2019. Para o mercado de telecom, os crimes significaram perda de aproximadamente R$ 1 bilhão em 2020. Considerando a gravidade do problema, Vivien defende a aprovação ágil dos projetos de Lei 5845 e 5846, ambos de 2016, de autoria do deputado Sandro Alex (PSD-PR), cujo relator na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal é Felipe Francischini (PSL-PR). Embora os crimes de furto e roubo já sejam tipificados no Código Penal brasileiro, a primeira proposta prevê sua alteração, estipulando pena de três a oito anos de reclusão para casos envolvendo cabos de cobre e equipamentos de telecomunicações. O segundo PL estabelece sanção penal para qualquer atividade exercida com a utilização de equipamentos e cabos obtidos por meio criminoso, inibindo, assim, a

receptação. “Esperamos a aprovação dos dois projetos, com a expectativa de que possam intimidar esses criminosos, que tantos prejuízos têm causado aos usuários, às operadoras e ao Brasil”, afirma a presidente da Feninfra. Feninfra – Tel. (11) 3074-5600 Site: www.feninfra.org.br

Fujitsu oferece DWDM e outras soluções ópticas A Fujitsu, uma das maiores empresas

de tecnologia do mundo, com sede no Japão e presença em mais de 100 países, está se fortalecendo no Brasil com a oferta de soluções ópticas para operadoras de telecom e provedores de Internet. Com escritório em São Paulo desde 1974, a Fujitsu trouxe a plataforma 1FINITY há cerca de dois anos para desenvolver o mercado de DCI – interligação de data centers. Mas a pandemia e a crescente demanda por banda larga acabaram revelando um enorme potencial em um nicho até então não explorado pela empresa, que em pouco tempo conquistou importantes fornecimentos no país.


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Segundo Alex Takaoka, diretor da Fujitsu do Brasil, o resultado em 2020 foi excelente e o objetivo para este ano é dobrar a receita deste segmento. “O primeiro trimestre já se mostrou muito aquecido e praticamente atingimos a meta traçada para 2021”, afirma. A linha 1FINITY compreende Alex Takaoka, diretor da Fujitsu sistemas DWDM, transponders, switches, no Brasil: meta é MUX/DEMUX e amplificadores dobrar a receita ópticos. Entre as vantagens da solução neste ano está o conceito modular, ou seja, com o mesmo chassi o cliente pode adicionar capacidades de 200, 400 e 800 Gbit/s. Com tecnologias ROADM e SDN – redes definidas por software, os equipamentos permitem que as redes sejam escaláveis, flexíveis e dinamicamente reconfiguráveis. A plataforma é aberta e composta de blades modulares empilháveis e logicamente desagregados: transporte, lambda e comutação. “Eles podem ser implantados em várias combinações para fornecer exatamente os recursos e funções necessários, diferente das plataformas convergentes tradicionais”, diz o executivo. Com isso, é possível que o provedor realize o dimensionamento de forma rápida e precisa, garantindo o crescimento conforme demanda e capacidade de investimento. Além do aquecido mercado de banda larga fixa, a Fujitsu está apostando no uso das redes ópticas para backhaul e fronthaul de estações 5G, que os próprios provedores poderão alugar às operadoras. “A tecnologia precisará de uma enorme quantidade de fibras e equipamentos ativos para permitir o transporte de centenas de Gbit/s”, afirma. Para a oferta de pacotes completos, a Fujitsu está alinhando parcerias com fabricantes de GPON e produtos complementares. Além das facilidades de estoque local com pronta entrega (os equipamentos são importados dos EUA), suporte técnico com equipes de pré e pós-vendas, a Fujitsu oferece facilidades de pagamento e linha de crédito com o Banco Santander. Além de telecomunicações, a Fujitsu atende os segmentos financeiro, industrial, automotivo, entre outros, com o desenvolvimento de soluções que vão desde dispositivos eletrônicos a cibersegurança e inteligência artificial. O escritório em São Paulo é também o headquarter da América do Sul, responsável pelas filiais da Argentina, Chile e Colômbia Fujitsu – Tel. (11) 3265-0880 Site: www.fujitsu.com/br

NOTA Correção – Por uma falha de edição, o site da RW Telecom publicado na edição de julho da RTI, página 8, saiu errado. O certo é www.rwtelecom.net.




ESPECIAL

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Redes FTTH neutras Sandra Mogami, da Redação da RTI

A

A exemplo do aluguel de torres de celular e das MVNOs – operadoras móveis virtuais, agora a mais nova tendência do mercado são as chamadas redes neutras de fibra. Grandes operadoras estão se movimentando para compartilhar sua infraestrutura. Provedores de Internet podem ter vantagens como menores custos de investimento, capilaridade e rápido atendimento a assinantes. Mas também há desafios, como mostra a reportagem a seguir.

investidores. Com a rede neutra os s redes neutras de fibra estão provedores podem começar a ativar entre os assuntos mais assinantes da noite para o dia e comentados neste ano, em especial gerar receita”, diz Martins. No novo com os recentes spin offs das grandes modelo, é possível explorar o operadoras para criar empresas de investimento que um terceiro já fez, infraestrutura e oferecer serviços de abrindo oportunidades para as forma independente e isonômica ao empresas que estão limitadas mercado. regionalmente, uma estratégia Para os provedores de Internet, a complementar ao seu crescimento modalidade traz vantagens orgânico e inorgânico. financeiras, uma vez que é A Vero Internet, empresa de possível usar uma rede já existente telecomunicações presente em para chegar rapidamente até seu 135 cidades no interior de Minas assinante, sem elevados Gerais e na região Sul, é uma das investimentos iniciais. “Quem tem primeiras a adotar rede FTTH redes maiores pode alugar a neutra no Brasil. Em dois infraestrutura para vários municípios, Sete Lagoas e Ubá, inquilinos, um processo MG, a operadora fez uma semelhante ao que aconteceu com parceria com a Oi [Nota da R.: as torres de celular no início dos anos 2000”, diz Droander Martins, agora V.tal, empresa criada a partir da CEO da Vispe Capital, empresa separação estrutural dos ativos de de consultoria especializada em infraestrutura de fibra da Oi]. fusões e aquisições no segmento de provedores. Com a limitação de espaço em postes e a necessidade de rápida expansão da banda larga, o compartilhamento torna-se uma opção cada vez mais interessante. “O setor Webinar de redes neutras realizado pela RTI no está se consolidando dia 25 de maio e tem atraído diversos


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“Faz muito sentido aproveitar a capilaridade das redes neutras”, diz Fabiano Ferreira, diretor-presidente da Vero. O contrato com a Oi não é exclusivo, ou seja, a operadora poderá fazer parcerias com fornecedores de infraestrutura em outras localidades. O acordo, assinado em abril de 2021, envolveu nove meses de negociação e hoje centenas de assinantes da Vero já rodam em cima da rede de acesso contratada. “A experiência tem sido positiva. O serviço entregue pela Oi é de padrão first class. Todos os SLAs – acordos de nível de serviço foram atendidos e a quantidade de problemas gerados foi muito pequena para utilização de toda essa infraestrutura”, diz Ferreira. Entre os desafios apontados para o sucesso da rede neutra está a integração de sistemas OSS e BSS. “A plataforma de gestão de serviços precisa ser bem aperfeiçoada. Ainda é necessário evoluir, tanto do nosso lado como do parceiro, mas este é um caminho natural. Estamos nos preparando para algo que vai acontecer daqui a alguns anos”, acredita Ferreira. Segundo ele, somente fibra óptica

adoção massiva de CPEs. “Daqui a dois anos, o carro-chefe será a taxa de 1 Gbit/s. Hoje já existem empresas oferecendo essa velocidade como produto de prateleira”, diz o executivo da Vero. Formada em 2019 pela união de oito empresas de Internet em fusão liderada pela Vinci Partners, a Vero tem planos de chegar a mais de 200 municípios até 2023. Mais de 70% da sua equipe de mais de 1850 funcionários é responsável pelo atendimento nas lojas, suporte técnico e call center. “Mesmo com uso de rede neutra, vamos precisar de colaboradores. E para isso sempre contratamos pessoas locais”, diz Ferreira.

Como funciona a rede neutra O conceito de rede neutra vai além do simples aluguel de fibra apagada e swap, avançando sobre a camada de software responsável pela operação das várias redes que compartilham a mesma infraestrutura. “Além de todas as vantagens, a rede neutra ainda potencializa a conversão das portas disponíveis das CTOs em clientes de parceiros”, diz Alan Araújo,

Fig. 1 – Concentradores separados – OLT única. Fonte: Alan Araújo Engenharia

não será mais a diferenciação dos provedores, mas sim a qualidade dos serviços, o atendimento e a melhor experiência do consumidor. Uma outra vantagem da rede neutra é a capacidade de evolução da tecnologia óptica, como XG-PON e XGS-PON, que demandam investimentos bastante elevados. Grandes empresas têm volume e poder de negociação com fornecedores, em especial na

• Compartilhamento da mesma OLT com concentradores diferentes. Dois ou mais provedores ocupam portas independentes no uplink da OLT. Assim, quando o cliente é provisionado na OLT e destinado para autenticação no concentrador de um dos provedores, o responsável por tal concentrador terá todo o gerenciamento sobre aquele cliente. • Compartilhamento da mesma OLT e mesmo concentrador. Aqui é utilizado o conceito de Slice (“fatia”, do inglês). “OLTs mais modernas já permitem a criação de portas virtuais nas quais possibilitam a flexibilização dos serviços, a separação do plano de controle e plano de encaminhamento, além de criar fatias independentes com portas, VLAN e endereçamento de MAC e/ou IP”, diz o engenheiro. Contudo, o provedor responsável por aquele cliente terá domínio total e segurança sobre sua confidencialidade. Toda a infraestrutura, da OLT até a porta da CTO - caixa terminal óptica, pode ser compartilhada. Do ponto de vista de hardware, não é preciso nenhum investimento adicional, pois

Fig. 2 – OLT virtualizada. Concentrador único. Fonte: Alan Araújo Engenharia

engenheiro mestre em engenharia elétrica e de computação, que tem realizado projetos de redes neutras para alguns provedores, como a operadora Use Telecom, de Salvador, BA (ver matéria a seguir). De acordo com ele, na rede neutra a fibra precisa estar acessa, trafegando sinal. O acesso e autenticação do cliente podem se dar por diversas formas (figuras 1 e 2), com destaque para dois modelos:

a criação da rede virtual é realizada na camada de gestão do equipamento. Segundo Araújo, trata-se mais de um modelo de negócios do que técnico. “Muitos provedores estão interessados em conhecer melhor a solução. Hoje os postes estão saturados, com dezenas de CTOs individuais em uma mesma área, resultando em uma capacidade de atendimento muito maior do que a quantidade de residências. Na


ESPECIAL 28 – RTI

A seguir apresentaremos algumas proposta da rede neutra, as empresas podem acessar uma estrutura física operadoras de redes neutras no que já existe”, diz. Por exemplo, Brasil. Mais informações sobre o uma porta de OLT que suporta 128 assunto também podem ser clientes pode ter até 128 assinantes conferidas na gravação do de provedores diferentes. “Divide a webinar “Redes neutras: desafios e mesma rede física em várias redes oportunidades”, realizado pela lógicas. O crescimento das redes revista RTI no dia 25 de maio, neutras poderá remodelar o disponível no canal da Aranda mercado de Internet, possibilitando Eventos no YouTube ou no link: a criação de market places. Uma https://bityli.com/ZXTsv. empresa terá condições de atender o Brasil todo sem ter tanta fibra ATC - American Tower puxada”, conclui Araújo. Corporation Para Fabiano Vergani, CEO da Bitcom, com sede em Caxias do Sul, Atualmente a rede de fibra óptica da RS, há 25 anos no mercado, neste American Tower, que em 2018 concluiu momento de transformação digital o a compra de ativos da Cemig Telecom, mundo precisa investir em cobre mais de 90% do PIB de Minas compartilhamento. No seu caso, em Gerais e continua em expansão para específico, as redes neutras são capturar o constante aumento da importantes para o modelo de demanda dos serviços de franquias, lançado há quatro anos, hoje telecomunicações. Em 2021 a rede com 14 franqueados. Uma vantagem superou a marca de 20 mil km de para a Bitcom é que a integração de cabos ópticos, presente em 110 sistemas OSS/BSS já está resolvida na cidades. “A companhia investe na sua plataforma, que precisou ser capilaridade de forma combinada aperfeiçoada por conta do franchise. entre redes aéreas e subterrâneas, “Com uma plataforma e serviços buscando sempre a solução mais adequados, novos entrantes poderão eficiente para o uso da infraestrutura operar redes neutras. Ganhará o urbana de dutos e postes”, diz Daniel Laper, Diretor de Novos Negócios da mercado quem tiver a capacidade de fazer o melhor trabalho focado American Tower. no cliente, no customer experience”, A rede neutra da ATC atualmente diz Vergani. tem mais de 500 mil O tema de redes HPs (casas aptas a neutras ainda não está assinar internet por regulamentado pela fibra) em 29 cidades. A Anatel, mas vai fazer projeção é que até o parte da agenda do final de 2021 sejam regulador para 2022. “É 750 mil HPs e 1 preciso garantir isonomia, milhão em 2022. ter habilidade e Uma das maiores cuidado para que não usuárias da rede neutra se perca a competição”, é a Vivo, que firmou Daniel Laper, da diz Vergani, que uma parceria com a American Tower: também é membro o ATC em 2019 para compartilhamento no Comitê de Prestadoras comercialização dos feixe de luz seus serviços em 40 de Pequeno Porte cidades de Minas Gerais através da (CPPP) da Anatel. Na sua opinião, infraestrutura neutra. para o provedor, o que vale realmente O modelo de rede neutra FTTH é é estar dentro da casa do cliente e de rede ativa, ou seja, a rede da ter sua preferência. “Nosso sistema American Tower vai desde a de franchise se conecta muito bem a eletrônica das OLTs até a CTO. tudo isso e é uma grande oportunidade de escala para a “Isso traz eficiência porque o Bitcom”, diz. compartilhamento ocorre no nível



ESPECIAL 30 – RTI – AGO 2021

do ‘feixe de luz’, garantindo que não há sobreposição de investimentos de infraestrutura. O modelo é similar ao RAN Sharing (compartilhamento de rede wireless), mas em fibra”, diz Laper. As operadoras parceiras ficam com a responsabilidade de interligar a rede com o seu core e de levar o drop até a casa do seu assinante. Segundo o executivo, a rede está em expansão. “Recentemente implementamos a tecnologia XGSPON, habilitando as operadoras clientes a comercializar serviços de até 10 Gbit/s para usuários residenciais e corporativos, e lançamos também uma plataforma digital para permitir o ingresso de operadoras de qualquer porte de forma eficiente e rápida na nossa rede neutra”, finaliza o executivo.

Fiberty1 (ex-Phoenix Fiber) A Fiberty1 é o novo nome da Phoenix Fiber, empresa criada em 2018 para implantação de redes ópticas com a finalidade de compartilhamento de infraestrutura com operadoras e provedores de Internet. A mudança de nome ocorreu recentemente, em decorrência da venda, no final de 2020, da Phoenix Tower do Brasil,

sua empresa coirmã, no mercado desde 2013, especializada em compartilhamento de infraestrutura sem fio, para a Highline. A Fiberty1 faz parte do portfólio de empresas do fundo de investimento Blackstone e chegou a 11 cidades implantadas em Minas Gerais, Centro-Oeste e Sudeste. As obras estão em andamento em mais 38 localidades. “Até o começo do ano que vem estaremos em 50 cidades, com 600 mil HP passados”, diz o CEO Mauricio Giusti. Segundo ele, suas redes já nascem neutras desde o princípio. O primeiro projeto da empresa foi realizado em 2019 para a Vivo em Varginha, MG, com a construção de uma rede bastante capilarizada chegando a 30 mil HP. “O piloto foi bem-sucedido e teve uma ótima aceitação no mercado, o que nos possibilitou avançar para outras localidades”, afirma. Com o modelo da rede neutra ou “multitenant”, é possível transformar o alto Capex inicial da construção de infraestrutura em Opex a longo prazo. O provedor de Internet, por exemplo, poderá ter um foco maior e dedicar mais recursos no cliente, uma vez que a Fiberty1 fica responsável pelo projeto, construção e O&M da rede

externa passiva, incluindo DGOs, rede primária, CEO, splitter, rede secundária e CTO. Apenas o trecho do cabo drop até o assinante fica por conta do contratante. A Fiberty1 também cuida da negociação com as distribuidoras de energia para aluguel dos postes, aquisição de equipamentos, logística, instalação e aluguel de estrutura. De acordo com o CEO, o mercado de fibra também está em um cenário semelhante ao de 20 anos atrás, quando houve o aumento da competição entre as operadoras de redes móveis e redução nas margens de lucro. Isso acabou incentivando o processo de compartilhamento de redes, questão que vem à tona novamente. “Simplesmente ter o ativo de fibra passando na rua não é um fator de diferenciação dos provedores, mas como o produto é empacotado e oferecido o cliente”, afirma. A Fiberty1 está trabalhando para oferecer a melhor proposta para os provedores. “O país ainda precisa de muita Internet, muita infraestrutura. Dos 80 milhões de domicílios, somente 15 milhões com fibra. Ainda tem muito a ser feito e o 5G vai aumentar a necessidade de fibra e de investimentos”, diz.


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Ufinet A Ufinet, operadora atacadista de telecomunicações, com 75 mil km de fibra óptica em 18 países da América Latina, há 23 anos no mercado, estruturou uma nova área de negócios para construir e oferecer rede GPON neutra a empresas que queiram atender assinantes com serviços FTTH. Lançado no Brasil comercialmente em março de 2021, o produto tem como principal inspiração o sucesso do projeto Open Fiber, que em apenas quatro anos conquistou a marca de 11,5 milhões de HP – home passed em 100 cidades da Itália. Mais de 160 operadoras internacionais, incluindo Orange, Sky, Vodafone e Wind, são clientes da estrutura, que envolveu investimentos totais de mais de 6,5 bilhões de euros. “É a maior rede neutra de FTTH do mundo”, diz Raul Freitas, responsável da área de FTTH e Towering da Ufinet no Brasil.

mercado. A empresa A empresa de energia nasce com capilaridade Enel, uma das acionistas de 1,3 milhão de HP da da Ufinet, é o braço ETB e tem planos de operacional da Open mais que dobrar a Fiber, junto com a CDP – Casa Deposite e Prestite, cobertura com a banco de investimentos construção de novas redes. de governo italiano. “Estamos investindo “Nenhum outro player muito no negócio. É no mundo viveu essa uma quebra de experiência, o que nos paradigma na América Raul Freitas, da Ufinet: proporciona muita Latina, mas acreditamos fibra nas confiança e know-how que a lógica econômica 24 cidades da técnico de como deve é o que vai prevalecer”, Grande São Paulo ser a topologia de rede e diz. Estima-se que uma a integração de sistemas de gestão. Já rede totalmente compartilhada passamos por todos esses desafios”, apresente custo unitário duas a três diz o executivo. vezes mais baixo do que a construção Além do case europeu, a Ufinet está de uma infraestrutura dedicada. “A história das empresas de torres desenvolvendo outros projetos de rede confirma essa tese. O modelo traz neutra na América Latina. Recentemente, mais players, democratiza o acesso, assinou um acordo com a ETB, de aumenta a capilaridade e qualidade Bogotá, a maior operadora de banda dos serviços e no final todos ganham. larga fixa da Colômbia, para criação de É bom para o país”, diz. uma joint venture que irá explorar esse


ESPECIAL 32 – RTI – AGO 2021

Rede neutra na Grande São Paulo A Ufinet determinou como área para instalação de sua rede FTTH neutra as 24 cidades da Grande São Paulo. Começou por Osasco, com 50 mil HP, e hoje os municípios do ABCD estão em fase de implantação, em um projeto de 700 mil HP. “Há um potencial de 3 milhões a 6 milhões de residências”, diz Freitas. Os parceiros da Ufinet têm duas opções de modelos comerciais. No GPON ativo, todos os equipamentos do PoP até o assinante são da Ufinet, incluindo as OLTs, rede GPON, caixas de emenda, CTOs e drop do assinante. No modelo passivo, o contratante é responsável por iluminar o circuito, implementando a rede ativa (OLT na central e ONU na casa do usuário). O pagamento é feito por casa conectada, 100% variável. “O provedor só pagará depois que vender a assinatura. E não precisa fazer a rede, construir o POP e comprar equipamentos. Todo o risco do investimento é nosso”, diz.

regiões do país, o que pode acontecer de forma orgânica ou inorgânica. “Entendemos de América Latina e de FTTH neutro e estamos fazendo isso em escala no Brasil”, diz.

VNO – Primeira operadora 100% em cima de rede neutra A VNO – Virtual Network Operator (www.vno.net.br) é a primeira operadora brasileira que já nasceu em cima de uma rede 100% neutra, fornecida pela Ufinet. A empresa iniciou suas atividades no primeiro trimestre de 2021 em Osasco, SP, com planos de Internet residencial e corporativa de até 1 Gbit/s em uma área de cobertura de 10 mil HP – home passed, que deverá chegar a 50 mil HP até o final do ano. “O modelo de negócio permitiu que em menos de seis meses já estivéssemos com o serviço em operação, isso em plena pandemia”, diz Wagner Kato Rapchan, CEO da VNO, ex-proprietário da Netell Telecom, operadora de atacado, vendida para a própria Ufinet em 2019. Após a venda, ele vinha procurando oportunidades no setor de telecom em algo disruptivo no Brasil. “O modelo de provedor voltado exclusivamente para o uso de redes neutras mostrou-se como uma excelente oportunidade através do Vista interna de um dos POPs da Ufinet em Osasco, SP: GPON ativo ou passivo próprio parceiro Ufinet”, diz. A VNO optou pelo Com mais de 1000 funcionários na modelo de GPON ativo, em que a América Latina, a Ufinet chegou no OLT é da Ufinet. Brasil em 2019, quando adquiriu a Segundo Rapchan, o uso de fibra Netell, de São Paulo. Mais neutra reduz os investimentos não apenas recentemente, comprou a NB Telecom, com relação à implantação da rede, mas do Rio de Janeiro. Oferece circuitos também os custos operacionais, em dedicados de fibra a operadoras (carrier especial a gestão de infraestrutura externa de carrier) e empresas de OTT. “As duas e redução de backoffice, gerando uma unidades de negócios são separadas, economia de aproximadamente 50% em até mesmo para manter a neutralidade relação à operação tradicional de um provedor. Além de enxugar equipes dos negócios”, diz. técnicas, a VNO adota uma estrutura De acordo com Freitas, o roadmap prevê lançar redes GPON em outras bastante enxuta, com call center

terceirizado e atendimento automatizado. “Em geral, um provedor precisa atingir no mínimo 20 mil a 30 mil Wagner Rapchan, da VNO: provedor assinantes para com rede ter rentabilidade 100% neutra sustentável. No modelo de rede neutra, a operação já nasce com resultado positivo. Não há risco de investimento, que é bancado pela proprietária da rede”, diz. Segundo Rapchan, a VNO está crescendo acima da expectativa, onde acredita atingir em menos de 24 meses o crescimento esperado para cinco anos de operação.

Use Telecom A Use Telecom foi pioneira em lançar sua rede neutra na Bahia e Sergipe, em dezembro do ano passado. Segundo o CEO da empresa, André Costa, a operadora conta com mais de 2,8 mil km de fibra óptica e está presente em 48 cidades nesses dois estados, incluindo as capitais Salvador e Aracaju. “Qualquer empresa do Brasil que queira atender nessas localidades usando nosso backbone neutro pode entrar em contato conosco e apresentar um modelo de negócio. Daremos as condições para que o parceiro forneça seu próprio IP ao assinante ou compre banda da Use. Entregaremos a autenticação a ele”, diz o CEO. Segundo Costa, o projeto conta com a parceria da Nokia no fornecimento de equipamentos GPON. “Na ponta temos uma super OLT virtual para utilizar a rede neutra. No cliente, o provedor poderá colocar ONUs da mesma marca ou outras homologadas”, diz. Com isso, o parceiro evita problemas de rede e resolve custos de poste e manutenção, reduzindo de forma significativa o Capex. Para os provedores que usam o regime de lucro real, a contratação da rede neutra pode ser abatida do Imposto de Renda, como locação de infraestrutura. A estruturação técnica do serviço e do modelo de negócios foi realizada pelo engenheiro Alan Araújo, de Sobral, CE.


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ESPECIAL 34 – RTI – AGO 2021

Até mesmo provedores de outros estados poderão continuar a atender assinantes que se mudaram para a área de cobertura da Use Telecom, sem perder a receita desse tíquete. Em caso de rompimentos de fibra a operadora da rede neutra garante o rápido atendimento garantido em contrato de SLA - acordo de nível de serviço. Com esse modelo de negócio, o provedor de Internet pode concentrar seus esforços em marketing e vendas, inclusive tornandose MVNO para ofertar planos móveis personalizados, também oferecido pela Use. “É importante agregar serviços e usar a Internet apenas como ferramenta. Rede neutra é o caminho. Temos tecnologia hoje para que os provedores se tornem uma operadora em cima da rede da Use”, conclui.

Movimento das operadoras – V.tal, FiBrasil e FiberCo V.tal A V.tal é a nova empresa de redes neutras FTTH e serviços de atacado para provedores e operadoras criada a partir da separação estrutural dos ativos de infraestrutura de fibra da Oi (InfraCo). Avaliada em mais de R$ 20 bilhões, a companhia conta com cerca de 400 mil km de fibra

Rodrigo Abreu (esq.), da Oi, e Pedro Arakawa, da V.tal: 400 mil km de fibra

óptica em 2300 cidades e 12 milhões de HP (casas passadas), das quais 2,5 milhões de casas conectadas. O roadmap prevê mais de 32 milhões de HP até 2025, com investimentos estimados em R$ 30 bilhões no período. “Temos a maior abrangência de fibra do país”, diz o CCO - Chief Commercial Officer da nova operação, Pedro Luiz Arakawa. Segundo ele, a rede é neutra fim a fim, desde a saída internacional até o backbone, backhaul e OLT até a ONU na casa do cliente. Há também o modelo FTP - fibra até o poste. A opção depende da escolha do contratante, que pagará à V.tal uma mensalidade por casa conectada. Se o drop e a instalação no assinante forem realizados pelo próprio provedor, o valor é um pouco menor.

Com nova marca e proposta de valor ao mercado, a companhia sediada em São Paulo (razão social BTCM - Brasil Telecom Comunicação Multimídia Ltda.) já nasce com uma carteira de mais de 260 contratos com operadoras e provedores regionais, a maioria clientes de seus produtos de atacado, como fibra até a torre, até a cidade ou até o provedor, fibra apagada, colocation e trânsito IP. “Os serviços permitirão a otimização dos investimentos e expansão dos negócios com rápida entrada no mercado, evitando a redundância de construção de infraestrutura, que tipicamente ocorre no segmento de telecomunicações”, diz Arakawa. A empresa também está investindo no desenvolvimento de novos produtos para empresas de 5G e IoT, usando sua rede de fibra. A V.tal será futuramente controlada por fundos de investimento do Banco BTG Pactual, após a conclusão do processo de transferência de participação de controle, atualmente com a Oi, que envolve as devidas aprovações do Cade e Anatel. No dia 7 de julho, o BTG foi homologado como vencedor do processo competitivo para a venda do controle da operação de infraestrutura de fibra, por R$ 12,9 bilhões.


35 – RTI – AGO 2021

De maneira a garantir a neutralidade para todos os seus clientes mesmo antes da conclusão desse processo, a empresa já conta com operação comercial, governança e administração apartadas das demais operações da Oi, em conformidade com a regulamentação e normas do mercado. Após o fechamento da operação de alienação de controle, os fundos de investimento do BTG assumirão a responsabilidade pela gestão da companhia, com 58%, e a Oi permanecerá como acionista minoritária (42%) e cliente-âncora. A previsão é de que a operação esteja concluída até o fim de 2021, quando também será anunciado o novo CEO. “Nossa capacidade de infraestrutura é inigualável. A presença de fibra em todo o país, a capilaridade e possibilidade de crescimento acabaram se tornando um dos pontos centrais da nossa transformação”, diz Rodrigo Abreu, CEO da Oi. Com o novo sócio

investidor, a companhia conseguirá manter o ritmo de investimentos significativos para expansão das redes. “A utilização dos ativos que já existiam é um dos grandes diferenciais competitivos da empresa, agora sob um modelo mais otimizado e eficiente para o país. Ao mesmo tempo, poderemos ter mais foco no cliente com a operação da nova Oi”, conclui. FbBrasil e FiberCo A FiBrasil (FiBrasil Infraestrutura e Fibra Ótica S.A.) é a rede de fibra neutra criada pela Telefônica Brasil, Telefónica Infra - braço de infraestrutura do Grupo Telefónica - e CDPQ - grupo de investimento global – iniciaram as operações no país em julho. A FiBrasil estará presente em 34 cidades (1,6 milhão de domicílios) e, até o final de 2021, espera cobrir 500 mil novos domicílios. O Grupo Telefónica e o CDPQ detêm, cada um, 50% do capital da

FiBrasil, em um modelo de governança de cocontrole. A participação acionária do Grupo Telefónica é dividida igualmente entre a Telefônica Brasil (Vivo) e a Telefónica Infra. A nova empresa contará com uma equipe totalmente independente, liderada por um CEO, um corpo diretivo e mais 150 colaboradores. A FiBrasil levará infraestrutura de fibra para 5,5 milhões de residências e empresas nos próximos quatro anos, e fornecerá acesso a uma rede neutra de fibra de ultravelocidade em um modelo de atacado para empresas que desejam expandir sua cobertura no país. A Vivo será o primeiro cliente de atacado, com contrato de 10 anos, e contará com a infraestrutura da FiBrasil para aumentar o plano de expansão da rede nos próximos anos. Com a nova empresa, a Vivo alcançará 24 milhões de residências brasileiras até o final de 2024.


ESPECIAL 36 – RTI

Em maio, a TIM vendeu 51% da FiberCo Soluções de Infraestrutura Ltda., empresa constituída para segregação de ativos de rede e prestação de serviços de infraestrutura, para a IHS Fiber Brasil. A IHS é uma grande e diversificada provedora de infraestrutura de telecomunicações, focada em mercados emergentes e atuação em nove países da África, Oriente Médio e América Latina. Além de possuir mais de 28 mil torres, busca a expansão da cadeia de valor nos serviços de infraestrutura. A base inicial de ativos da FiberCo será constituída pela

contribuição de infraestrutura de rede secundária da TIM, que cobre, aproximadamente, 6,4 milhões de domicílios, sendo 3,5 milhões em FTTH e 3,5 milhões em FTTC – fiber to the curb. Nesse contexto, o valor da FiberCo ficou estabelecido em R$ 2,6 bilhões. A TIM será cliente âncora e terá seis meses de exclusividade após a entrada em novas áreas. O plano de negócios da FiberCo tem a expectativa de atingir 8,9 milhões de domicílios em FTTH em quatro anos.

Empresa desenvolve software para gestão de redes neutras

C

om o crescente interesse pelas redes neutras e oportunidades de compartilhamento de infraestrutura, os proprietários de fibra óptica têm um novo mercado a explorar. Mas como gerenciar, de forma dinâmica, confiável e segura, uma operação que envolve diversos parceiros, variáveis e condições comerciais em cima dos mesmos ativos? A Devoz, empresa nacional especializada em software de documentação de FTTH, de Florianópolis, SC, desenvolveu uma solução que preserva a neutralidade do início ao fim do processo e gerencia o principal ativo em jogo: as portas de fibra. Batizado com o nome de OZneutral, o software está em teste em um provedor do Sul e deverá ser lançado comercialmente até o final do ano. Segundo Rodrigo Kautzmann, CEO da Devoz, as ferramentas existentes não fazem a gestão completa da rede neutra. “As soluções são pulverizadas em cada uma das etapas. O OZneutral reúne todas as funções em uma plataforma única”, diz. Com a solução, o detentor da rede terá a certeza de que cada porta estará disponível e funcionando quando ativada pelo parceiro. “Conhecemos bem as limitações nas documentações de redes. O provedor sabe que há portas livres em uma caixa, mas raramente quais são”, diz. O OZneutral oferece os recursos de locação das portas (com ferramenta de mapa de rede); provisionamento; instalação; e resolução de conflitos (com ferramenta de tíquetes). Ao usar o software, o proprietário da rede pode ter melhor administração das regras do negócio, com informações atualizadas das reservas, uso e devolução, delimitação de área; número de portas disponíveis; quando se inicia e encerra a cobrança pelo recurso; por quanto tempo uma reserva é válida; e as regras de desempenho para parceiros. “A detentora da rede mantém o controle mesmo quando a operação não é sua, além de garantir o sigilo de informações entre contratantes”, diz. De acordo com o CEO, o assunto não se encerra no momento da venda ou ativação de um cliente final. “A rede deve manter-se utilizável e confiável por um longo tempo. Deve sobreviver a vários operadores e clientes ao longo do tempo. E tudo isso deve funcionar tanto de forma isolada como automatizada e integrada”, finaliza.


SERVIÇO

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Guia de reciclagem de produtos eletrônicos

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Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 26 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom elecom e Instalações , agosto de 2021. Este e muitos outros Guias RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

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Vende equipamentos recondicionados

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Baterias

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Equipamentos telecom

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Em que cidade a planta está localizada

Nordeste

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Regiões de atendimento

Centro-Oeste

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Racks e gabinetes

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Automação

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Antenas

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Fios e cabos

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Informática

Rastreamento online

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Servidores e HDs

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Destruição de dados

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Certificação e laudo de destruição

Coprocessamento

• • • • • • montepelreciclagem@gmail.com • compras1@natusomos.com.br • analista.comercial@sanlien.com.br • sinctronics@sinctronics.com.br • contato@sucatadigital.com.br • vertas@vertas.com.br • contato@weee.do •

Encaminhamento para aterro

cintitec@cintitec.com contato@coopermiti.com.br comercial@gmclog.com.br contato@gruporeciclo.com comercial@hequipel.com.br

Desmontagem por categorias

(11) 3360-3100 (11) 96917-6848 n (12) 3903-9326 n (11) 2254-0950 (11) 2774-4040 n (11) 2078-4200 (51) 3649-3749 (55) 98434-1737 n (11) 94791-0502 n (15) 4009-6620 (11) 97344-0170 n (11) 4513-6465 (48) 98442-5552 n

Transporte

E-mail

Encaminhamento para reciclagem

Cintitec Coopermiti GM&Clog Grupo Reciclo Hequipel Ingram Montepel Natusomos San Lien Sinctronics Sucata Digital Vertas Weee.do Logística

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CABOS ÓPICOS

38 – RTI – AGO 2021

Dispositivo automático de detecção de bolhas no processo de produção de tubos loose Huiliang Tan, Liping Shi, Ozéias Dias Menezes, Yuqun Ma, Qian Luo, Caixia Sun, Yong Wang, Chang Liu, do Hengtong Group

C

Tendo em vista a dificuldade em detectar com precisão a posição de bolhas que podem ocorrer no processo de produção de tubos loose para utilização na confecção de cabos ópticos, foi projetado e desenvolvido um dispositivo mecânico de detecção de bolhas com sensor automático que pode efetivamente determinar a posição de protuberâncias no tubo ao longo do tempo.

om a expansão da área de cobertura da rede de comunicação, a demanda por cabos ópticos tem apresentado uma tendência ascendente ano a ano. O aumento da demanda do mercado por cabos ópticos saturou a produção dos fabricantes. A produção contínua em cada processo inevitavelmente aumentará a probabilidade de que fatores instáveis incorram em riscos ocultos de qualidade. O ritmo apertado exige resolver esses riscos remanescentes de cada processo o mais rápido possível. As bolhas geradas no processo de produção dos tubos loose são

típicos problemas de qualidade causados pela fabricação contínua de cabos ópticos. A produção é realizada em alta velocidade e por isso o tubo loose é colocado em um secador após a passagem pelas calhas de água com temperaturas controladas. Se durante o processo surgirem bolhas na superfície do tubo loose, elas serão de difícil detecção pelo equipamento de inspeção (medidor de diâmetro infravermelho). Atualmente ainda é utilizado um sistema antibolha com uma entrada em forma de U e a largura de sua abertura constitui o diâmetro máximo exigido para o tubo loose

Fig. 1 - Diagrama esquemático do equipamento detector de bolhas no processo de produção do tubo loose


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CABOS ÓPTICOS 40 – RTI – AGO 2021

fenda do cilindro de acordo que está sendo produzido. Assim que houver uma com as suas especificações bolha na superfície, o de diâmetro e, uma vez que dispositivo com fenda cairá a bolha aparece, ela estará devido à ação da força de em contato com o cilindro, reação da passagem do de modo que as alavancas tubo e sua apreensão na de indução nos lados fenda. A resistência à tração esquerdo e direito girem da fibra óptica é de 400 kg/ ligeiramente com seus mm2, que supera quase respectivos pivôs centrais, todos os metais conforme a direção do conhecidos. Assim, quando movimento axial do tubo. Fig. 2 - Modelo 3D do dispositivo detector de bolhas no o tubo loose está sob Ao mesmo tempo, o processo de produção do tubo loose tensão, a resistência à interruptor de proximidade tração da fibra óptica excede em dispositivo de detecção de bolhas em que entra em contato com as muito a resistência do dispositivo tubos loose consiste em um par de extremidades das alavancas de antibolha e a resistência à tração dos alavancas de detecção em forma de detecção esquerda e direita perde seis parafusos M4 do dispositivo. “√”, duas molas respectivamente pulsos contínuos, inserindo a posição Portanto, na produção de tubos, colocadas na extremidade da da bolha no sistema do equipamento. muitas vezes, não é a bolha presa, alavanca de detecção e interruptores As molas dos lados esquerdo e de proximidade em ambos os lados mas o tubo loose que arranca o direito geram tensão quando a bolha da alavanca de detecção. Esses atinge o cilindro. No momento em parafuso, fazendo com que o componentes são colocados em duas que a bolha sai do cilindro, a mola dispositivo antibolha se solte e plataformas e abaixo está um trilho fará com que as alavancas de danifique o maquinário. de guia horizontal. detecção esquerda e direita retornem Há dois cilindros embutidos nas às suas posições originais sob a ação Composição do dispositivo duas alavancas de detecção. Na da tensão. Por meio das ações superfície dos cilindros há três fendas realizadas pelo mecanismo descritas A figura 1 é um diagrama semicirculares com raios diferentes. acima, os requisitos de detecção de esquemático do novo tipo de Esses raios são as dimensões bolhas e o registro de sua posição dispositivo de detecção de bolhas no sem bloquear a passagem do tubo máximas permitidas do tubo loose de processo de produção do tubo loose e durante o processo produtivo podem três especificações distintas. Durante a figura 2 é o diagrama de seu o processo, o tubo loose passa pela modelo 3D. A parte funcional do ser atendidos.


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CABOS ÓPTICOS 42 – RTI – AGO 2021

Fig. 3 - O estado da alavanca de indução e do interruptor de proximidade sob condições normais

Fig. 4 - Diagrama de análise de força

haja força mútua entre o detector de O processo de produção de tubos (partes da esquerda e da direita do bolhas e o tubo para evitar que seja loose é realizado para diferentes cilindro de processo) de 10 a 18 mm. estrangulado). As ações acima podem especificações de cabos ópticos e é Se girar o parafuso para mover a faixa ser concluídas no processo de necessário que o dispositivo detector escalonada, o cilindro será movido produção contínua, alterando as nas fases escalonadas para fazer a de bolhas seja apto a detectar especificações de inspeção. base cuboide e todos os mecanismos protuberâncias de tubos de montados nela se moverão para cima especificações distintas. A parte e para baixo ao longo do par de pinos inferior do dispositivo detector de Análise de operação com ranhuras. Finalmente, ao bolhas em tubos é equipado com do mecanismo e aparafusar os parafusos rosqueados haste, que possui uma porca em uma projeto e seleção de positivos e negativos para retornar os superfície escalonada. A altura entre componentes-chave dois planos do trilho de guia à as fases na superfície escalonada é a posição original, o tubo será preso na distância entre as ranhuras do De acordo com estudos reais, seja cilindro. O rolamento na uma bolha causada por superfície escalonada é longo. excesso de PBT - Tereftalato Tab. I - Parâmetros do interruptor de A haste é conectada à parte de Polibutileno ou geleia, o proximidade inferior do trilho de guia diâmetro real da bolha do Modelo PR12-2DN horizontal e, conforme o tubo loose é cerca de 1 mm Distância de detecção 2 mm ± 10% puxador com rosca é girado, o maior do que o diâmetro do Objeto de detecção padrão 12 x 12 x 1 mm (ferro) rolamento se move para cima e tubo loose. Tomando os Distância definida 0 -1,4 mm para baixo na superfície diâmetros padrões de 1,8 mm, Fonte de energia (Tensão operacional) 12 – 24 VCC (10-30 VCC) escalonada. Os lados esquerdo 2 mm e 2,5 mm como Consumo de corrente Máx.10 mA e direito dos parafusos exemplo, o diâmetro das Frequência de resposta 1,5 kHz rosqueados positivos e bolhas geralmente será de 2,8 Saída de controle 200 mA negativos na extremidade mm, 3 mm e 3,5 mm, sendo a Peso 70 g frontal do dispositivo são margem do diâmetro dos tubos ranhura do cilindro correspondente (a respectivamente conectados a duas loose de geralmente ± 0,05 mm. distância entre as duas partes do plataformas nas quais a peça de Usemos o AutoCAD para simular a cilindro é de 1 mm; o objetivo é trabalho é erguida. Girar os puxadores faixa de rotação da alavanca de evitar que haja atrito entre ambos os dos parafusos rosqueados positivos e indução instantânea centralizada no lados do cilindro, de modo que não negativos pode realizar o movimento pivô quando bolhas de tubos de três inverso das duas plataformas. O especificações distintas estão na ajuste desses dois mecanismos pode ranhura do cilindro de processo. atingir as especificações de detecção Na figura 3, assumindo que não há Tab. II - Parâmetros da mola de comutação. bolha no tubo loose, a seção frontal No processo de produção contínua do interruptor de proximidade está a Modelo ausl-d2-L25 de especificações múltiplas de tubos 1 mm de distância da alavanca de D 2 loose, se as especificações do tubo detecção. A figura 4 mostra que a L 25 produzido forem trocadas, os distância entre a alavanca de indução Constante da mola (N/Mm) 0,025 parafusos rosqueados positivos e e o interruptor de proximidade é Tensão inicial (N) 0,13 estendida para 2,11 mm sob a ação de negativos precisam ser aparafusados Deslocamento máximo (Smáx) 22,8 uma bolha no tubo loose de 1,8 mm para fazer os dois planos na guia Carga máxima (N) 0,69 de diâmetro. De acordo com os abrirem a uma distância suficiente Diâmetro do fio D (nm) 0,2



CABOS ÓPTICOS 44 – RTI – AGO 2021

resultados da simulação mostrada na figura 5 (na com AutoCAD, a análise anterior percebeocorrência de bolhas se que a maior amplitude nos tubos loose de 2 e de rotação da alavanca de 2,5 mm aumentará a indução ocorre quando a distância entre a bolha do tubo loose de alavanca de detecção 1,8 mm se move para o e o interruptor de cilindro de processo; proximidade em 1,98 e dessa maneira, o modelo 1,99 mm, respectivamente. selecionado será o Com base nas referente à análise de conclusões acima, é força no tubo loose de Fig. 5 - Tubo loose de 1,8 mm (diâmetro da bolha de 2,8 mm) melhor escolher um 1,8 mm). interruptor de proximidade com uma Análise de tensão do De acordo com o processo de distância de 2 mm e ajustar mecanismo e seleção da produção de tubos loose na nossa manualmente a porca do interruptor mola empresa, a faixa de tensão da tração de proximidade para deixar a utilizada é de 8 a 10 N. Conforme distância entre o interruptor de Sob a ação da bolha do tubo loose, mostrado na figura 6, quando a bolha proximidade e a alavanca de detecção a análise de força do mecanismo é se move para o cilindro, a força da em 1,5 mm. Dessa forma, bolha atua no centro a distância entre a dele. Neste momento, a alavanca de detecção e o força é maior, que é a interruptor de metade da força motriz, proximidade é aumentada 5 N. Para a decomposição em 0,5 mm, e o ortogonal da força motriz interruptor de proximidade que atua na alavanca, pode enviar um sinal. define-se o ângulo entre o Depois de receber o sinal, lado da alavanca de o receptor registra a indução e a direção posição da bolha, de vertical como a1, o ângulo modo a localizar com entre as duas hastes da alavanca de indução como precisão a sua posição no Fig. 6 - Diagrama esquemático das peças da mola de carga a2 e o ângulo entre o tubo loose. ultraleve ausl-d2-L25


45 – RTI – AGO 2021

lado da mola e a direção horizontal como @3, então a força de tensão final F transmitida à mola é dada por: F = 5 × Sinα 1 × Cosα 2 × Cosα3 = 0,192 N De acordo com a análise do mecanismo anterior, a mola nesse mecanismo pode ser alongada em, no máximo, 2,1 mm sob a ação da força de tensão, ou seja, o deslocamento S é de 2,1 mm. Portanto, no processo de seleção da mola, é necessário apenas considerar um comprimento L = 25 mm como base, se a carga nominal da mola após a mola ser estendida em 2,1 mm for menor que a força de tensão do mecanismo na mola. A fórmula de seleção é a seguinte: F > Pi + (K × S) = P 0,192 > 0,13 + (0,025 × 2,1) = 0,1825 N em que: Pi = tensão inicial (N) K = constante da mola (N/mm) S = Deslocamento (mm) P = Carga da mola (N) No software de amostra do produto Shanglong, a tensão inicial Pi da mola de carga ultraleve ausl-d2-L25 é de 0,13 N e a constante da mola K = 0,025 N/mm.

Conclusão O novo tipo de dispositivo de detecção de bolhas em tubos loose pode ser adaptado para registrar com precisão a posição de bolhas no processo produtivo e não danifica o tubo loose. O mecanismo é simples e intuitivo, e de fácil operação, podendo ser bem utilizado para altas velocidades de produção e diâmetros distintos de tubos. O cilindro de processo realiza a detecção geral da posição da bolha no tubo loose com cada mecanismo de ajuste de espaçamento do mecanismo adotando pares de parafusos. A vantagem do travamento automático é que o mecanismo não é fácil de ser movido e solto durante a operação. Comparando com o método de medição de instrumentos ópticos, a detecção do diâmetro externo da bolha do tubo loose é mecânica. A força da bolha no mecanismo aciona diretamente o sensor, que responde imediatamente. O custo é muito menor do que o dos instrumentos ópticos.

REFERÊNCIAS [1] Liu Xishan, Liu Wenguang: Theory Of Machines And Mechanisms. 2005. [2] Li Xiangyang: Optical Fiber Technology. 2009. [3] Wu Qian, Liu Gangyi: The Key Process Index Of Optical Fiber Secondary Coating. 2005.


DATA CENTERS

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Desafios na refrigeração de data centers sem piso elevado Vertiv

E

Durante anos, a demanda por capacidade de data center tem aumentado exponencialmente. Em um esforço para construir mais rápido e gerir custos, a indústria passou a conceber projetos sem piso elevado, o que traz desafios na refrigeração do ambiente. Uma das alternativas é combinar sensores com o controle do Delta T, metodologia que mede a diferença entre as temperaturas do ar de retorno e do ar de fornecimento em direção ao rack.

m um esforço para construir data centers de forma mais rápida, acompanhar a demanda crescente e controlar os custos, a indústria está se afastando do que já foi um parâmetro comum em grandes sites: o piso elevado. Apesar da eliminação do piso elevado simplificar a construção, sua ausência traz desafios em termos de refrigeração, pois uma de suas finalidades é criar um espaço uniforme que permite um nível constante de pressão do ar. Sem uma área bem definida, torna-se mais difícil medir a pressão diferencial, o que é importante para determinar onde e quando a capacidade adicional de refrigeração é necessária. Os benefícios de eliminar o piso elevado são relevantes demais para serem ignorados, demandando um novo enfoque para projetos de refrigeração em que ele esteja ausente.

Vantagens dos pisos não elevados Durante anos, a demanda por capacidade de data center tem subido. Segundo a Infiniti Research Limited [1], a adoção contínua dos serviços de cloud pelas empresas, o aumento do uso de dispositivos IoT – Internet das

Coisas e de analytics, bem como investimentos na tecnologia celular de 5G, ampliaram a demanda por sites e armazenamento de dados. O estudo da Infiniti prevê que o mercado de data centers passará por uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) acima de 17% entre 2019 e 2023. Já pesquisadores da Technavio chegaram ao mesmo valor, observando que o setor crescerá mais de US$ 284 bilhões durante o período previsto [2]. Com o aumento, empresas de colocation e outros provedores de data centers precisam construir rapidamente uma nova capacidade para atender à demanda e expandir seus negócios. Assim, eles estão interessados em qualquer técnica com bom custo/benefício que os ajude a atingir o objetivo. Acabar com os pisos elevados atende dois objetivos: • Custos - Piso elevado implica mais engenharia e custos maiores com materiais e instalação. Além disso, é difícil limpar embaixo de um piso elevado sem levantar poeira e partículas capazes de avariar equipamentos de TI. Isso pode demandar um custo extra com limpeza profissional periodicamente. Também é provável que o piso elevado seja instalado para cobrir o


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Fig. 1 – Variação de velocidade do ar sem piso elevado

máximo de espaço disponível no data center, mesmo se não for usado no curto prazo, gerando investimentos contínuos para refrigerar a área não utilizada. • Velocidade de implementação – A engenharia mais extensa para os pisos elevados também aumenta o tempo de instalação em relação a um convencional. É necessário um suporte extenso para equilibrar o peso esperado, que pode ser difícil de prever. Para provedores de colocation, aumentar o tempo de construção do data center significa perda de receita e um prazo maior para o retorno do investimento. Outra consideração relativa aos custos é a maior eficiência de refrigeração que pode ser oferecida pelos pisos não elevados, resultando em gastos operacionais menores no longo prazo. Isso, porém, é possível se concretizar apenas com um enfoque novo em relação à refrigeração do data center.

Refrigeração tradicional com piso elevado O primeiro desafio em um ambiente com piso elevado é garantir

que seja mantida uma pressão positiva sob o piso, pois o espaço abaixo é bastante uniforme. Pense nele como sendo um grande balão que pode ser inflado para manter a pressão do ar necessária para refrigerar o data center. A próxima etapa é garantir que cada rack esteja recebendo a quantidade adequada de fluxo de ar e refrigeração. Isso é alcançado através das especificações de perfuração das placas do piso. Na medida em que é necessário mais fluxo de ar no nível dos racks, são demandadas grandes aberturas ou maior quantidade de placas. A pressão diferencial entre as placas do piso torna-se um item mensurável utilizado para influenciar a velocidade do ventilador da unidade de refrigeração pois o espaço é bastante uniforme. É também relativamente fácil medir com precisão a pressão estática do ar. Nesse cenário, geralmente há uma relação uniforme entre a capacidade de refrigeração e o fluxo de ar. Conforme os servidores esquentam, a velocidade dos ventiladores aumenta, alterando o equilíbrio da pressão de ar

no espaço do data center, resultando em mais ar expelido sob o piso, através das placas. Se o ar entrando no espaço do data center se tornar muito quente, o sistema de refrigeração abrirá uma válvula de água e/ou aumentará a carga do compressor para aumentar a capacidade de refrigeração. Em ambos os casos, a velocidade do ventilador do ar condicionado precisa aumentar para manter a pressão positiva sob o piso de forma a distribuir o ar frio adicional pelo data center via placas perfuradas e atender às metas do acordo de nível de serviço (SLA). É um tipo de controle de abordagem padrão para aplicações de piso elevado. Através da medição da pressão diferencial, é relativamente simples garantir que o fluxo de ar saindo do sistema de refrigeração corresponda à demanda por fluxo de ar no nível dos racks/servidores.

Desafios com o controle de pressão em pisos não elevados Eliminar o piso elevado muda completamente a equação da pressão. Mensurá-la dentro do espaço confinado e uniforme abaixo do piso é simples e funciona para espaços total ou parcialmente ocupados porque o fluxo de ar total é gerenciado através das placas. Ao mudar para um local com piso não elevado, aquela área uniforme, que era como um balão e tornava relativamente simples manter uma pressão constante do ar, desaparece. Não é possível controlar o fluxo de ar para o rack através das placas perfuradas, uma vez que placas de piso não são utilizadas nesse ambiente. Na prática, aquele espaço é substituído em todo o data center repleto de servidores, racks, sistemas de confinamento, colunas e outros elementos estruturais que podem atrapalhar o fluxo de ar. Agora há um padrão completamente diferente de


DATA CENTERS 48 – RTI – AGO 2021

correto é medir a temperatura em cima fluxo de ar a ser considerado, conforme e embaixo do corredor frio. as densidades dos racks aumentam e o Geralmente, o ponto de controle é confinamento do corredor quente se estabelecido ao redor de 1,1°C acima faz necessário. Utilizar o enfoque da temperatura do ar de fornecimento tradicional não é mais uma opção válida. Sem a presença de um piso que sai da unidade de refrigeração. Isso dirá se um fluxo de ar suficiente está elevado como ferramenta para manter a pressão estática positiva, em conjunto chegando em cada rack, sem ar quente recirculando de volta para a frente. com placas perfuradas de piso para a O enfoque leva em consideração distribuição de ar, é preciso ter um novo enfoque. diversas condições de falha, como corredores frios bloqueados, e Em tal ambiente, torna-se um desafio proporciona monitoramento para garantir implementar medições precisas para o controle da pressão estática, em grande as temperaturas certas para atender aos SLAs. No final, está sendo controlado parte porque o espaço de medição é significativamente maior. Ao invés de o fluxo de ar para uma temperatura que mover o ar através de um “duto” sob o pode ser atrelada a um SLA ao invés da piso para uma placa aberta na frente de um rack, é preciso soprar ar em um corredor frio em frente a todos os racks. O desafio aqui é a probabilidade de haver grandes velocidades de ar na entrada de um corredor frio, que diminuirão conforme o ar se move em direção à extremidade oposta do corredor. Isso traz grandes variações de pressão, dificultando o estabelecimento de um bom parâmetro para Fig. 2 – Entrada e saída de refrigeração em controle da medição da pressão direção ao rack com piso elevado dentro do corredor. Nesse caso, pressão, que determina apenas se há ou os sensores estariam medindo a pressão não uma pressão positiva entre os diferencial entre o confinamento do corredores frio e quente. corredor quente. A implementação de diversos sensores de pressão estática para criar uma leitura agregada é Enfoque pelo Delta T possível, mas não é mais uma forma confiável para controlar a velocidade do Uma outra melhoria no método de ventilador sem o piso elevado (figura 1). gestão da temperatura com sensores Além disso, esse sistema de medição remotos no rack é combiná-lo com um será mais caro do que com um piso controle do Delta T na unidade de elevado pois demanda sensores adicionais refrigeração. Delta T é a diferença entre com ajustes manuais localizados ao as temperaturas do ar de retorno longo do espaço para alcançar uma voltando para a unidade de refrigeração medição próxima da precisão. e a do ar de fornecimento saindo em direção ao rack. Com a estratégia, o Enfoque pela temperatura fluxo de ar da unidade é controlado para operar com o Delta T do sistema. Um método alternativo para garantir Portanto, se a temperatura do ar de que cada rack receba o fluxo de ar retorno for muito alta, o controle

aumentará a velocidade do ventilador. Já se for muito baixa, reduzirá a velocidade do ventilador (figura 2). Digamos que a temperatura do ar frio, ao sair da unidade de tratamento de ar e entrar no data center, seja de 24°C. Quando retornar, após realizar seu trabalho de resfriar os servidores, switches e demais equipamentos de TI, a temperatura é agora de 35°C. Isto é um Delta T de 11°C, uma meta de projeto bastante comum. Uma alternativa é, portanto, centrar no Delta T, com o objetivo de mantê-lo de acordo com a meta original. Ao focar a temperatura em cima e embaixo do corredor frio, é mais fácil perceber se o fluxo de ar adequado está sendo fornecido para cada rack servidor. O Delta T pode ser ajustado com base nas necessidades de temperatura do sensor remoto do rack, mas também alerta ao usuário final quando a unidade se desvia do ponto “pretendido pelo projeto”. Quando combinados, o processo de Delta T com a medição da temperatura do ar no nível do rack não apenas permite trabalhar de acordo com a intenção do projeto ou com a eficiência do sistema, mas também pode garantir que todos os requisitos de SLA de temperatura estejam sendo atendidos. Para provedores de colocation (e outros) a estratégia tem diversas vantagens. Em primeiro lugar, a maioria dos SLAs dos clientes são redigidos para especificar que o data center seja mantido a uma determinada temperatura para proteger os equipamentos de TI. Por essa perspectiva, focar em atender aos requisitos de temperatura do ar de fornecimento do site garante que os SLAs estão sendo cumpridos. Em segundo lugar, em um ambiente sem piso elevado é quase certo que estará sendo utilizado um sistema de confinamento de corredor quente para evitar que o ar de exaustão quente se



DATA CENTERS 50 – RTI – AGO 2021

misture com o de fornecimento frio. É preciso mensurar a temperatura do ar saindo do sistema de confinamento para determinar o Delta T e, então, estabelecer se o ar frio entrando no data center é demais ou insuficiente. Um exemplo extremo, que provavelmente não aconteceria com um bom sistema de controle de ar, seria onde a meta do projeto fosse um Delta T de 11°C. Ao medir a temperatura do ar vindo dos servidores e compará-la com a de fornecimento, verifica-se que o Delta T real é de 12,7°C, ou seja, não há ar frio suficiente para que o objetivo seja atingido. Nesse ponto, os ventiladores na unidade de refrigeração aumentarão a velocidade no nível do rack. Se isso não for suficiente, o sistema ampliará o fornecimento total de ar frio para a sala até que o Delta T esteja no ponto certo.

Benefícios do enfoque pelo Delta T Controlar a temperatura no corredor com base somente na pressão do ar estática é difícil quando não há piso elevado. Isso requer muita intervenção

manual, procurar ventiladores para ligar e desligar e sintonizar sensores e sistemas para funcionarem adequadamente. Um piso elevado com placas proporciona um ponto de medição fácil, acima e abaixo da placa do piso (bidimensional). Quando se empurra ar frio por um corredor ao invés de forçá-lo via placas no piso elevado, a pergunta é: “onde coloco meus sensores de pressão estática e quantos são necessários?” Não há resposta fácil, já que o ambiente com piso não elevado é tão dinâmico. O comprimento, a largura e a altura total do corredor (tridimensional) precisam ser considerados. O espaço representa o que a cavidade sob o piso era em um ambiente com piso elevado. O fluxo de ar agora vem da extremidade final de um corredor ao invés de vir precisamente para a frente de um rack servidor. Há perda de pressão conforme o ar se move pelo corredor, afastando-se do equipamento de refrigeração. Também há diferenças na pressão ao longo de um rack, do chão até o teto.

Usar um enfoque pelo Delta T para refrigerar um data center sem piso elevado apresenta diversos benefícios em comparação com manter o foco na pressão do ar. O controle da pressão do ar pode ser usado para que as unidades de refrigeração forneçam uma quantidade mínima de fluxo de ar e permite que a velocidade do ventilador seja definida pela temperatura. Focar na abordagem pelo Delta T é mais simples e menos custoso. Sensores de temperatura, diferentemente dos de pressão, são dispositivos simples, relativamente baratos e praticamente não demandam ajustes. O enfoque pelo Delta T representa uma opção viável para manter a temperatura adequada enquanto elimina as despesas e o tempo associados com a instalação do piso elevado. É possível construir sites e consolidar receitas mais rapidamente. Ao mesmo tempo, o enfoque proporciona um controle mais confiável sobre o ambiente, permitindo que os SLAs dos clientes sejam atendidos consistentemente.


51 – RTI – AGO 2021

Controle otimizado para pisos não elevados Embora a simplicidade do Delta T tenha seus benefícios, ele deixa algumas lacunas para os operadores de data centers que buscam garantir temperaturas estáveis nos racks. A solução é prover o piso branco (white space) com sensores de temperatura cabeados e wireless a cada cinco ou dez racks para identificar áreas onde a temperatura esteja alta. Em conjunto com equipamentos de pressão estática, os dispositivos mantêm uma quantidade mínima de fluxo de ar através de um sistema integrado de refrigeração e permite o controle coordenado de todas as unidades no site. A gestão integrada permite ao sistema ignorar pontos de ajuste (setpoints) quando necessário e proporciona capacidade adicional de refrigeração e velocidade do ventilador. Isso garante que a quantidade correta de refrigeração e de fluxo de ar seja entregue para cada servidor específico, e não apenas para o data center como um todo. Isso é particularmente importante agora, quando temos racks com densidade muito maior de servidores e, portanto, com necessidades maiores de refrigeração. Embora a entrega de capacidade de refrigeração para áreas onde ela seja necessária possa desviar o Delta T do padrão de design na unidade de refrigeração, ela mantém a intenção do design no nível do rack, o que é um bom equilíbrio para a maioria dos clientes. Parte da abordagem otimizada envolve a instalação de um sensor de pressão estática do ar para garantir uma pressão mínima predefinida e evitar a sua recirculação, o que pode diminuir a eficiência da refrigeração. Estabelecer essa referência garante que o data center esteja operando em um ambiente de pressão positiva.

Conclusão Um provedor de colocation sabe que o aumento da demanda por capacidade de data center é algo que veio para ficar, trazendo oportunidades e desafios consideráveis. É possível construir rapidamente com boa relação custo/benefício. Projetar data centers sem pisos elevados ajuda em relação aos custos e à velocidade, mas demanda uma reavaliação das estratégias de refrigeração. O Delta T é uma abordagem eficiente e menos onerosa quando comparada ao monitoramento da pressão estática do ar, principalmente quando otimizado para assegurar a refrigeração adequada em racks e servidores.

REFERÊNCIAS [1] Global Data Center Market 2019-2023. Infiniti Reserach Limited Disponível em: https://bit.ly/3zqBn4I. [2] Global Data Center Market 2019-2021. Technavio. Disponível em: https://bwnews.pr/3BuvJR3.


SERVIÇO 52 – RTI – AGO 2021

Guia de protetores contra surtos para redes de dados Veja onde encontrar os fornecedores de produtos para proteção contra surtos de equipamentos de telecomunicações, redes estruturadas, coaxiais, comunicação serial, vídeo e automação. Além dos telefones, o levantamento traz os e-mails para atendimento ao cliente, facilitando a consulta de potenciais compradores. Aplicações dos protetores

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(31) 3689-9500

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(48) 2106-0006 n

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MTM

(11) 98580-0099 n

vendas@mtm.ind.br

Termotécnica

(31) 98511-1264 n

coordenacao.vendas@tel.com.br

Weidmüller

(11) 4366-9600

vendas@weidmueller.com

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(1) O produto compreende placas protetoras e os painéis 19” nos quais se

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uma tomada (o que exige um cordão com plugues para conexão à tomada de

encaixam. As placas são compostas de portas RJ45 — por exemplo, oito portas

sinal ou porta existente);

de entrada e de saída —, com circuito protetor entre cada entrada e saída. Enfim,

(5) Protetor tipo prolongador/extensão – Similar ao tipo anterior, com a diferença de

são patch panels protegidos. Em instalações existentes, podem ser instaladas de

que o bloco não é diretamente plugável a tomada ou porta existente e sim por meio

forma intercalada, entre o patch panel, propriamente dito, e o equipamento de

de rabicho com plugue, que integra o produto. No caso de proteção conjugada,

concentração (hub ou switch);

“energia+sinal”, o protetor pode ter um ou dois rabichos. Quando único, o rabicho

(2) Protetores para servidores e estações de trabalho;

geralmente é do circuito de energia e a entrada “sinal” do bloco é uma tomada (o que

(3) Protetor tipo tomada – Produto integrável à instalação fixa. Pode ser instalado

exige um cordão com plugues para conexão à tomada ou porta existente). A entrada

em caixa de embutir, de sobrepor ou em sistemas de canaleta;

“sinal” pode ser, ainda: rabicho com plugue; ou terminais/bornes de conexão;

(4) Protetor tipo adaptador de tomada – Bloco diretamente plugável a tomada ou

(6) Protetor tipo acoplador – Consiste num bloco apenas com tomadas —

porta existente. A proteção pode ser só do circuito de sinal ou conjugada, energia

tipicamente, duas, uma de entrada e a outra de saída. Como o produto não

+ sinal. No caso de proteção conjugada, “energia+sinal”, a característica

incorpora rabicho, requer o uso de cordão com plugues, para conexão à tomada

“diretamente plugável” do protetor geralmente refere-se ao circuito de energia,

ou porta existente. Em geral, disponível em versão apenas “sinal”. Há versões

sendo a entrada “sinal” representada por um rabicho com plugue ou então por

especificamente para uso.

Obs: Os dados constantes deste guia foram fornecidos pelas próprias empresas que dele participam, de um total de 130 empresas pesquisadas. Fonte: Revista Redes, TTelecom elecom e Instalações, agosto de 2021. Este e muitos outros Guias RTI estão disponíveis on-line, para consulta. Acesse www.arandanet.com.br/revista/rti e confira. Também é possível incluir a sua empresa na versão on-line de todos estes guias.

Segurança intrínseca

Flutuante, 3/4 fios

Binário, ref. comum

V.35 e/ou V.36

Para antena 300Ω

Tipo N

Tipo TNC

Tipo 7-16

Tipo BNC

Tipo UHF

• • • • •

Tipo F

Para ONU/ONT

Prolongador (5)

Acoplador (6)

Adaptador (4)

Caixa com terminais

Tomada (3)

para bloco terminal 8/10 linhas

Para terminal de rede

1/2 linhas

DPS p/entrada de linha

Adaptador (4)

Prolongador (5)

Placas patch panel (1)

E-mail

Tomada (3)

Telefone

Sinal

Flutuante, 2 fios

Para equipamentos Protetor tipo

Empresa

Controle, supervisão, automação

Comunicação serial

Para entrada

Linhas coaxiais e vídeo

V.11 (RS-422)

Telecomunicações

V.24/V.28 (RS-232)

Redes estruturadas Para estações (2)


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REDES ÓPTICAS

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Cabos submarinos: de sistemas fechados a plataformas abertas Geoff Bennett, diretor de Soluções e Tecnologia da Infinera Vincent Gatineau, diretor de Marketing e Vendas da EllaLink

A

Os mais recentes transponders de rede submarina de quinta geração fornecem o desempenho necessário para fechar os caminhos ópticos adicionais até os data centers. As vantagens adicionais do compartilhamento de espectro totalmente óptico e granular tornam-se cada vez mais atraentes à medida que os níveis de capacidade de fibra aumentam para a faixa de dezenas de Terabits.

tualmente, existem mais de 400 cabos de comunicação submarinos implantados sob os mares e oceanos do mundo. Considerando-se a vida útil do projeto de engenharia de pelo menos 25 anos, não é de surpreender que um determinado cabo terá a oportunidade de usar várias gerações de tecnologia de transponder ao longo de sua vida útil. Ou será que não? A figura 1 apresenta os blocos de construção de um sistema de cabos submarinos, com os detalhes da distribuição da planta úmida (cabo, amplificadores, unidades de ramificação) e da planta seca (gerenciamento de alta tensão, mux/demux de comprimento de onda – hoje em dia geralmente um ROADM, monitoramento de plantas úmidas, gerenciamento de potência óptica e transponders). Quando os cabos submarinos foram implementados pela primeira vez, era prática comum ter uma única empreiteira para todo o sistema, incluindo os transponders. O contrato normalmente restringia a operadora de cabo à compra da tecnologia de transponder daquela empresa principal. Por muitos anos, era simplesmente “a maneira como fazemos as coisas” no mundo das comunicações submarinas, mas isso

começou a mudar por volta de 2009, quando os fornecedores de transponders terrestres mostraram que seus equipamentos funcionariam muito bem em cabos submarinos existentes e gerenciados por dispersão, e que eles poderiam oferecer esses transponders a preços mais baixos e com prazos de entrega mais curtos do que os fornecedores antigos. Essa ainda era a fase de 10 Gbit/s por comprimento de onda, transmissão não coerente, mas a tendência realmente começou a se acelerar quando transponders coerentes demonstraram um aumento de 4 a 10 vezes nas taxas de dados (até 40 ou 100 Gbit/s por comprimento de onda) e na capacidade da fibra. Apenas um pequeno número de fornecedores de equipamentos ópticos foi capaz de investir em tecnologia coerente. Nesse período (por volta de 2012), também pode-se observar um aumento elevado na importância dos provedores de conteúdo de Internet (ICPs) em hiperescala, não apenas como consumidores de capacidade de redes submarinas, mas também como participantes ativos de consórcios de cabos. Os ICPs já estavam liderando o desenvolvimento de soluções desagregadas e de padrão aberto no data center, bem como


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Fig. 1 – Blocos de construção de um sistema de cabos submarinos

em suas redes terrestres entre os data centers. Eles começaram a considerar o link da rede submarina como uma extensão dessa arquitetura de rede aberta. Parte dessa visão era que os cabos submarinos fossem “abertos”, sem obrigações (técnicas ou comerciais) de usar um determinado tipo de transponder. Nessa fase, houve uma participação gradual e, em alguns casos, relutante dos fornecedores de planta úmida no processo, mas finalmente se tornou mais prático para o equipamento de monitoramento de planta úmida de terceiros operar com a maior parte da planta úmida legada implantada. Graças a uma aceitação geral do valor dos cabos abertos, os novos sistemas de cabos de 2012 em diante foram quase todos projetados do zero para serem abertos e com termos comerciais que permitiram uma escolha flexível dos transponders.

A capacidade de um determinado par de fibras em um cabo submarino varia dramaticamente com seu tipo e comprimento e com a geração de transponders. Mas para tipos modernos com alcance transatlântico, seria bastante razoável esperar uma capacidade de até 25 Tbit/s por par de fibras usando a tecnologia de transponder de quinta geração mais recente. No passado, teria sido tradicional terminar o caminho óptico do cabo submarino usando um interruptor de OTN na estação de aterragem do cabo (CLS – cable landing station). Além de regenerar o sinal, o interruptor OTN pode dividir a capacidade do par de fibras, atuar como um ponto de demarcação de serviço, fornecer proteção de serviço abaixo de 50 ms

e permitir um monitoramento digital sofisticado. Mas o uso de interruptores de OTN em pares de fibras modernos com dezenas de Terabits de capacidade por par de fibras pode resultar em enormes custos de equipamento e em consideráveis exigências de espaço físico, energia e refrigeração. Estes podem simplesmente não estar disponíveis em alguns locais da CLS e adicionarão uma pequena quantidade de latência. As modernas plataformas modulares compactas podem substituir a função de monitoramento. Um ROADM de grade flexível é usado para particionar a capacidade de espectro no domínio totalmente óptico e fornecer pontos de demarcação. Os transponders coerentes mais recentes podem fornecer o desempenho óptico necessário para conduzir o sinal a partir da CLS para um local do data center mais conveniente, projetado para a escala de espaço e energia necessárias. A figura 2 ilustra algumas das opções. Podemos ver como o espectro de um único par de fibras é dividido e pode ser vendido como um “par de fibra virtual” para várias operadoras. Elas podem optar por ter um ponto de demarcação na CLS (mostrado para os locatários A e B) ou por continuar o caminho óptico

Cabos abertos vs. compartilhamento de espectro Um cabo submarino típico contém múltiplos pares de fibras. Uma definição simplista de um cabo aberto é aquela que permite ao operador selecionar os melhores transponders para operar sobre um determinado par de fibras. Assim, se um cabo tiver quatro pares de fibras, pode-se imaginar até quatro marcas diferentes de transponders implantados. A suposição aqui é que a “abertura” do cabo está na granularidade do par de fibras.

Fig. 2 - O espectro de um único par de fibras é dividido e pode ser vendido como um “par de fibra virtual” para várias operadoras


REDES ÓPTICAS 56 – RTI – AGO 2021

Fig. 3 – Entrada e impulsionamento dos comprimentos de onda em um amplificador submarino

diretamente para o data center (mostrado para o locatário C). Como se pode imaginar, não é tão simples como apenas dizer sim para qualquer transponder que esteja sendo implantado. O ponto-chave em um cabo de espectro compartilhado é como a operadora pode garantir que todos os serviços em uma determinada fatia do espectro sejam tão confiáveis, estáveis e independentes uns dos outros como se estivessem operando em pares de fibra dedicados. Para entender como isso é alcançado, precisamos

examinar mais de perto como os amplificadores submarinos atuam, o que, por sua vez, explicará a necessidade de um gerenciamento inteligente de potência óptica.

Gerenciamento inteligente de potência Os amplificadores submarinos são projetados para operar em modo de potência constante. Isso normalmente significa que o nível de potência dos amplificadores é cuidadosamente ajustado para fornecer o ganho

necessário em todo o espectro, assumindo que todos os canais ópticos estejam em uso. A figura 3A mostra como um conjunto de oito comprimentos de onda entra em um amplificador submarino e é impulsionado de modo que todos ainda estejam abaixo do limiar não linear. Se o amplificador não receber todos os comprimentos de onda esperados por algum motivo, ele ainda continuará a aplicar a mesma potência total, mas esta agora é compartilhada entre menos comprimentos de onda. O resultado é que cada comprimento de onda terá mais ganho, e isso pode resultar em exceder o limiar não linear. Isso é mostrado na figura 3B, onde três dos oito comprimentos de onda desaparecem e os cinco comprimentos de onda restantes estão agora operando além do limiar não linear. Uma vez que pode haver várias dezenas de transponders operando em um determinado par de fibras, a perda (ou adição) de um ou dois normalmente não causaria um problema. É quando vários transponders “desaparecem” em um único evento que pode causar instabilidade. Então, como isso poderia acontecer?



REDES ÓPTICAS 58 – RTI – AGO 2021

Fig. 4 – Rota do novo sistema EllaLink, que une o sul da Europa à América Latina

Na figura 2, um par de fibras de espectro é compartilhado com três locatários alocados em diferentes tamanhos de espectro, cada um formando um par de fibras virtual, bandas de guarda mantidas entre os pares de fibras virtual e espectro não alocado que é preenchido com potência óptica de um amplificador óptico modificado que é configurado para gerar ruído amplificado de emissão espontânea (ASE). O caminho óptico para os comprimentos de onda dos locatários A e B tem origem na CLS, mas os

comprimentos de onda do locatário C se originam no data center e passam por uma rede de backhaul terrestre para chegar à CLS. Se houver uma quebra de fibra na rede de backhaul terrestre, podemos perder todas as ondas do locatário C de uma só vez. A menos que algo seja feito para controlar ativamente os níveis de potência óptica, é possível que os serviços dos locatários A e B possam passar por instabilidade. O espectro ASE que atualmente é usado para manter níveis estáveis de potência óptica pode ser

automaticamente estendido – usando o controle de comprimento de onda na rede flexível ROADM para o espectro do locatário C. Isto “absorverá” o excesso de potência óptica que está sendo aplicada aos restantes comprimentos de onda de dados e recuperará a estabilidade do serviço. Essa etapa de automação é impulsionada por um controlador de gerenciamento de potência, que pode ser implementado dentro da própria plataforma modular compacta, ou em um computador host separado. O controlador de gerenciamento de potência pode usar APIs abertas e modelos de dados para consultar a cadeia de amplificadores submarinos e (assumindo que os fornecedores adotaram padrões de rede óptica abertas) até mesmo extrair telemetria dos próprios transponders para monitorar parâmetros, tais como valores Q por comprimento de onda ou taxas de erro de bit pré e pós-FEC (correção de erros antecipada). O ROADM (multiplexador óptico reconfigurável de adicionar/descartar) de grade flexível fornece o policiamento final do espectro alocado. Por exemplo, se um operador de rede do locatário A configurar incorretamente um


59 – RTI – AGO 2021

transponder ajustável, movendo a sua potência óptica para o espectro do locatário B pode simplesmente ser bloqueado pelos filtros dentro do ROADM.

Uma plataforma óptica aberta Ao juntar todos esses conceitos, veem-se exemplos claros de cabos submarinos modernos que oferecem o máximo em pontos de demarcação abertos e caminhos ópticos diretos entre data centers. Um exemplo é a plataforma óptica EllaLink, cuja rota é mostrada na figura 4, é um novo sistema de cabos que une o sul da Europa à América Latina, inaugurada em junho, usando um caminho direto. Isso reduz o atraso de ponta a ponta para os serviços em até 50% em comparação com a atual rota da Europa para os EUA e para o Brasil. Igualmente importante é a capacidade de fornecer até 100 Tbit/s de capacidade através da parte transatlântica do cabo para acompanhar a demanda dos fornecedores de serviços em nuvem. A EllaLink oferece interfaces abertas, desde serviços digitais convencionais (de taxas de dados de 1 a 400 GbE) até pares inteiros de fibra e, claro, pares de fibra virtual de espectro compartilhado. Os mais recentes transponders de rede submarina de quinta geração fornecem o desempenho necessário para fechar os caminhos ópticos adicionais até o data center. O gerenciamento de potência ativo e inteligente assegura o ponto de demarcação totalmente óptico e a estabilidade do serviço óptico para todos os tipos de serviço. O valor dos cabos abertos foi estabelecido por quase uma década. As vantagens adicionais do compartilhamento de espectro totalmente óptico e granular tornam-se cada vez mais atraentes à medida que os níveis de capacidade de fibra aumentam para a faixa de dezenas de Terabits.

Evolução do cabo submarino

O

s primeiros cabos submarinos foram utilizados com transponders de detecção direta que eram suscetíveis à dispersão cromática. Várias gerações de cabos “gerenciados por dispersão” – com comprimentos alternados de fibras de dispersão positiva e negativa ao longo do comprimento do cabo – foram desenvolvidas e implantadas. Estes cabos mantêm um nível médio de dispersão em torno de zero. Mas a tecnologia coerente inclui compensação eletrônica da dispersão e opera com penalidades não lineares mais baixas se houver muita dispersão cromática na fibra. Assim, por volta de 2012, vemos o surgimento de cabos “não compensados” projetados para uma transmissão coerente. Os transponders coerentes funcionam bem com todos os tipos de cabo, mas proporcionarão um desempenho significativamente melhor em cabos não compensados.


SEGURANÇA

60 – RTI – AGO 2021

Importância da segmentação de rede para a proteção cibernética Giovane Landmann Pereira, analista de soluções de TI na IT-one

N

O aumento do trabalho em home office, bem como a vigência da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados, mudou a forma com que as empresas enxergam as políticas de segurança cibernética. Se antes a proteção era encarada como um custo, hoje passou a ser vista como um investimento necessário, com destaque para a segmentação das redes.

os dias atuais, diretores e Endpoints são distintos de tomadores de decisão antivírus, já que podem controlar o enxergam a tecnologia como hardware de um dispositivo. Alguns investimento e não mais como têm políticas de segurança custo. Isso é um grande avanço, avançadas, incluindo DLP - Data pois há alguns poucos anos isso Loss Prevention embarcado, com não acontecia. Os investimentos na uma compliance criada de forma área de tecnologia cresceram correta, o que faz com que todas as drasticamente, ainda mais em configurações a serem implantadas período de pandemia em que tenham aplicação mais fácil em um grande parte dos funcionários foi ambiente de modo geral. atuar em home office. Acredita-se Com baixo investimento é que em breve o trabalho será possível adquirir end points que híbrido, parte em casa e outra na possuem recursos de políticas empresa. padrão, como proteção contra A grande maioria das empresas ameaças, controle de periféricos e está preocupada com a segurança aplicativos, prevenção contra perda cibernética devido às leis recentes. Em ênfase no Brasil, a principal é a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados. Com isso, o primeiro passo é proteger a LAN – Local Area Network. Uma ação primaria seria a criação de uma compliance de segurança com regras de utilização de dados e melhores práticas de acesso dentro ou fora da companhia. Com esse fator, é possível realizar configurações de equipamentos de segurança, como end points, que é uma aplicação de segurança Fig. 1 – Segmentação de redes por instalada nos computadores. departamento



SEGURANÇA 62 – RTI

de dados, gerenciamento de web e atualizações. Todos os benefícios podem ser controlados através da nuvem, de qualquer lugar. De certa forma, a pandemia da Covid-19 trouxe a liberdade do trabalho remoto, e os end points são peças fundamentais para o controle de dispositivos a distância. Imagine uma pessoa realizando atividades da empresa em sua casa. Como poderíamos controlar o acesso dos usuários sobre aplicativos e web, mesmo com conexão via túnel SSL VPN, sendo que provavelmente todo o tráfego de Internet esteja saindo localmente na residência? Com os end points, é possível fazer isso via políticas customizadas. Podemos citar por exemplo, desenvolvedores que possuem permissão de administradores das máquinas para realização de testes e instalação de programas e aplicativos para uso. De todas as políticas mencionadas, a que mais chama atenção é a DLP contra perda de dados, lembrando que os end points apenas possuem a função acoplada, não sendo nativamente uma ferramenta de DLP consolidada de mercado específico. Apesar disso, é possível fazer o básico por meio de expressões regulares que possibilitam identificar e bloquear qualquer tipo de dado interno da empresa sobre vazamento, e ainda são gerados alertas para os administradores controlarem as ações, além de relatórios para tomadores de decisões aplicarem as devidas penalidades. Existem end points que possuem templates padrão com expressões regulares preestabelecidas por fabricante contendo número de CPF, RG, CNPJ, RNE e telefones de acordo com o local geográfico desejado, ou seja, números de identificação para brasileiros, americanos ou até mesmo japoneses. Acredita-se que pelo investimento mínimo é possível criar uma camada ainda maior de proteção sobre os dados. Segmentação de redes A grande maioria das empresas possui switches de camada 2 gerenciáveis. Quando se fala de segmentação de redes, esse tipo de equipamento torna-se essencial para aplicação das atividades planejadas. Seu princípio básico é a divisão em pequenas partes (sub-redes). Existem diversas formas de segmentar redes: por departamento, andares ou lados A e B, as mais convencionais (figura 1). Dessas, a mais utilizada no mercado corporativo é por departamento. Companhias de pequeno e médio porte podem possuir diversos setores (financeiro, marketing, diretoria, tecnologia da informação, etc.). Pelo lado da segurança cibernética, os departamentos possuem informações altamente confidenciais e restritas, onde por muitas vezes outros setores não podem ter acesso aos dados. Dessa forma, uma maneira simples e econômica de garantir proteção é a segmentação, com a criação de redes virtuais denominadas VLANs – Virtual Local Area Network para cada departamento com alcance específico de IP, calculado sob medida através de engenharia IP. É um processo que não costuma ser complicado.


63 – RTI – AGO 2021

Normalmente é utilizado um firewall que aceite a criação de interfaces VLANs camada 2. Após o procedimento, é preciso realizar a conectividade com cabeamento físico UTP ou fibra óptica em um switch com as interfaces em modo tronco ou hibrido. Com a conectividade funcional, é hora de começar o processo de criação de regras no firewall para controle de tráfego. São indicados sob regras quais departamentos podem se comunicar entre si. Esta é uma forma simples e eficaz de garantir a mínima segurança para as redes. Nas regras do firewall é possível informar quais serviços e protocolos funcionarão, além de aplicar de um filtro de web, garantindo que a banda de Internet adquirida pela empresa seja somente utilizada para questões comerciais. Com isso, não há economia financeira à instituição, porém resulta em um aumento performático sobre o tráfego de Internet. Outro fator não menos importante é a criação de filtros de aplicação, em que somente aplicativos descritos em compliance podem ser utilizados sob o domínio da empresa. Colaboradores acessam constantemente ferramentas de chat para conversas pessoais dentro da instituição. Com o filtro de aplicações é possível realizar o bloqueio dessas atividades, mantendo-os focados apenas em relações comerciais. A rede deve ser monitorada diariamente, pois problemas surgem inesperadamente, principalmente relacionados à conectividade. Para isso, empresas oferecem o serviço de NOC - Centro de Operações de Redes (Network Operations Center). Os profissionais de NOC monitoram o ambiente 24 horas por dia, 7 dias por semana, auxiliando o administrador de redes a conhecer e manter a saúde do ambiente. Além disso, a empresa pode contar com o suporte especializado de analistas e engenheiros para correção de problemas relacionados à rede. Além do NOC, outro serviço importante é o SOC – Centro de Operações de Segurança (Security Operations Center). Focado totalmente em segurança cibernética, pode trabalhar em conjunto com o NOC, garantindo integrações sobre as áreas mais especiais de infraestrutura.

Conclusão Uma rede bem segmentada com switches de camada 2, end points customizados e um firewall com features de controle de web e aplicações, permite obter uma segurança de infraestrutura mínima para se adequar aos riscos do mundo atual. Para uma empresa, as principais ameaças estão dentro da própria organização. Com regras descritas por meio de compliance, treinamentos sobre riscos cibernéticos e filtros bem aplicados, as chances de problemas e inoperâncias caem drasticamente.


INTERFERÊNCIAS

64 – RTI – AGO 2021

Radiações eletromagnéticas não ionizantes em ambientes populacionais Haroldo Zattar, Saulo Sodré dos Reis e Vhêndala Pimenta, Laboratório de Sistemas de Telecomunicações/Departamento de Engenharia Elétrica da UFMT – Universidade Federal do Mato Grosso

A

Com a presença de aparelhos e antenas em todos os locais, a população fica exposta a campos eletromagnéticos não ionizantes. Por isso, os efeitos nas pessoas devem ser avaliados continuamente. O trabalho apresenta os valores obtidos das medições realizadas próximas a equipamentos como telefone sem fio, aparelho celular, Wi-Fi, micro-ondas, TV, notebook, estabilizador, luminária, fonte de alimentação, liquidificador e antena.

partir da última década do século XX, a sociedade passou a ter uma grande proximidade com soluções de alta tecnologia que geram campos eletromagnéticos em áreas como energia, telecomunicações, informática, eletrodomésticos, ferramentas médicas e laboratoriais, entre outras. Por isso, os efeitos nas pessoas devem ser avaliados continuamente. Atualmente, os esforços nesta área são direcionados para determinar o tempo máximo de exposição diária à radiação não ionizante permitido ao ser humano. Existem literaturas que apontam efeitos adversos, mesmo de fracos campos de radiofrequência, enquanto outras pesquisas afirmam não haver risco algum ao usuário.

Fig. 1 – Espectro eletromagnético

O espectro de frequência As ondas eletromagnéticas foram descobertas pelo inglês James Clerk Maxwell. Ele demonstrou que os campos elétricos e magnéticos se propagam na velocidade da luz e são forças com a mesma natureza. Já o alemão Heinrich Rudolf Hertz revelou a produção e propagação das ondas eletromagnéticas, bem como a forma de controlar sua frequência, demonstrando a existência de radiação eletromagnética. Uma onda eletromagnética é uma propagação de energia produzida através da oscilação entre os campos elétrico e magnético perpendiculares entre si. É caracterizada pela frequência ou pelo comprimento



INTERFERÊNCIAS 66 – RTI – AGO 2021

Fig. 2 – Espectro de radiofrequências

de onda, inversamente proporcionais, com velocidade de propagação do sinal constante (v = λ x F). O espectro eletromagnético é a distribuição das ondas eletromagnéticas, visíveis e não visíveis, de acordo com a frequência e o

comprimento de onda característico de cada radiação. O espectro de frequência é dividido em radiações ionizantes (raios X e gamas) e não ionizantes, que são as ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz visível e radiação ultravioleta (figura 1).

Com relação às RNIs - Radiações Não Ionizantes, as ondas de rádio utilizam uma faixa de frequência do espectro eletromagnético divididos em VLF - Frequências Muito Baixas, LF - Frequências Baixas, MF - Frequências Médias, HF - Frequências Altas, VHF - Frequências Muito Altas e UHF - Frequências Ultra Altas (figura 2). As ondas de rádio têm os maiores comprimentos de onda do espectro eletromagnético, estendendo-se de 1 mm (10 -3 m) a 100 km. São utilizadas para transmitir sinais de televisão, radioamadores, AM e FM, Internet e celular. As principais aplicações tecnológicas na faixa de frequência de micro-ondas são as redes sem fio (roteadores Wi-Fi e Bluetooth), radares fixos e equipamentos da polícia, GPS, comunicação com satélites, observações astronômicas, fornos para aquecimento de alimentos, entre outros. O infravermelho é uma onda eletromagnética de frequência menor que a luz visível (300 GHz a 430 THz) e, portanto, invisível ao olho humano. A maior parte da radiação


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Tab. I – Características do espectro eletromagnético em diversas medidas Espectro de radiação eletromagnética Comprimento de onda (Angstroms)

Comprimento de onda (Centímetros)

Frequência (Hz)

Rádio

>10 9

>10

<3.10 9

<10-5

Micro-ondas

10 - 10

10 – 0,01

3.10 – 3.10

Infravermelho

109 - 7000

0,01 – 7.10-5

3.1012 – 4,3.1014 4,3.10 – 7,5.10

9

6

9

Energ Energia ia (eV) 10 – 0,01

12

-5

0,01 - 2

Visível

7000 – 4000

7.10 – 4.10

Ultravioleta

4000 – 10

4.10-5 – 10-7

7,5.1014 – 3.1017

3 - 103

Raios X

10 – 0,1

10-7 – 10-9

3.1017 – 3.1019

103 - 105

Raios gama

<0,1

<10

> 3.10

> 105

térmica emitida pelos corpos em temperatura ambiente é infravermelha. Por se tratar de uma faixa de frequências muito grande, com diversas aplicações tecnológicas, o infravermelho é subdividido em regiões: próximo (NIR), médio (MIR) e longínquo (FIR). Por ser capaz de fazer com que as moléculas de um corpo vibrem, o infravermelho é aplicado no

-5

-5

-9

aquecimento de ambientes, equipamentos de fisioterapia, produção de sistemas de detecção de presença e movimento, sensores de estacionamento, controles remotos e câmeras de visão térmica. O intervalo do espectro eletromagnético que pode ser visto pelo olho humano é conhecido como luz visível, cujo comprimento de onda estende-se entre 400 e 700 nm.

14

19

14

2-3

Portanto, todas as imagens que vemos são resultados da interpretação do cérebro a ondas eletromagnéticas que forem emitidas ou refletidas pelos corpos ao redor. A radiação ultravioleta corresponde ao conjunto de frequência de ondas eletromagnéticas maiores que as da luz visível e menores que as dos raios X. Esse tipo de radiação tem três subdivisões não exatas: UVA -


INTERFERÊNCIAS 68 – RTI – AGO 2021

Tab. II – Limites para exposição a CEMRF na faixa de radiofrequência entre 400 e 2000 MHz Tipo de exposição Ocupacional Público em geral

Intensidade de Intensidade de Den sidade de potência Densidade campo elétrico (V/m) campo magnético (A/m) de onda plana equivalente (W/m²) ƒ 3√ƒ 0,008√ƒ 40 ƒ 1,375√ƒ 0,0037√ƒ 200

Ultravioleta próxima (315 a 400 nm), UVB - Ultravioleta distante (280 a 315 nm) e UVC - Ultravioleta extrema (10 a 280 nm). Tal classificação diz respeito às formas de interação dessas frequências de ultravioleta com os organismos vivos e o meio ambiente. Apesar de todas serem produzidas pelo sol, 99% da radiação ultravioleta que chega à superfície do planeta é

O UVC, por sua vez, é a ultravioleta de maior frequência, capaz de destruir microrganismos e esterilizar objetos. Toda radiação UVC produzida pelo sol é absorvida pela atmosfera terrestre via camada de ozônio. Os raios ultravioleta podem ser utilizados em lâmpadas para esterilização de instrumentos médicos, pasteurização de sucos, bronzeamento

Tab. III – Níveis de referência para exposição ocupacional e pública dos valores dos campos elétrico e magnético Ocupacional Alcance de frequência

Intensidade de campo

Intensidade de campo

Densidade do fluxo magnético B (T)

elétrico E (V/m)

magnético H (A/m)

1 – 8 Hz

20.000

163.000/f²

0,2/f²

8 – 25 Hz

20.000

20.000/f

0,025/f 0,001

25 – 300 Hz

500.000/f

800

300 Hz – 3 kHz

500.000/f

240.000/f

0,3/f

3 kHz – 10 MHz

170

80

0,0001

1 – 8 Hz

5000

32.000/f²

0,04/f² 0,005/f

Pública 8 – 25 Hz

5000

4000/f

25 – 50 Hz

5000

160

0,002

50 – 400 Hz

250/f

160

0,002

400 Hz – 3 kHz

250/f

64.000/f

0,08/f

3 kHz – 10 MHz

0,083

21

0,000027

do tipo UVA. A radiação UVB, embora menos presente, é a principal responsável pelos danos causados à pele, e às moléculas de DNA das células epiteliais.

artificial, em análises de moléculas que podem sofrer alterações estruturais ao serem expostas ao ultravioleta e também nos tratamentos para combater o câncer de pele (tabela I).

Tab. IV – Recomendações de exposição a radiações não ionizantes MF (mG)

EF (V/m)

RF (mW/m 2)

Recomendação

Estado

< 2,5

<3

> 2,5

>3

< 10

Normal

> 10

Regular

> 50

>1000

Não recomendado mais que 4 horas diária

> 500

>10.000

Não recomendado ficar próximo

• • • •

>3 >100

Campo eletromagnético É definido como a força elétrica por unidade de carga. O sentido define a direção da força elétrica que surge entre duas cargas. Além disso, o campo elétrico é radial e pode apontar tanto para dentro quanto para fora da carga, para as cargas de sinal negativo e positivo. Toda carga elétrica é capaz de influenciar o meio ao redor através do seu campo elétrico. No sistema internacional de unidades, o campo elétrico pode ser mensurado em Newton por Coulomb (N/C), em Volt por metro (V/m) ou em W/m 2 . Enquanto os campos elétricos são associados à presença de carga elétrica, também existe a influência do campo magnético, que é a concentração de magnetismo criado em torno de uma carga em um determinado espaço. Os campos magnéticos resultam do movimento físico da carga elétrica (corrente elétrica). São uma grandeza física vetorial medida em Tesla (T). Os campos elétrico e magnético têm amplitude e direção (grandezas vetoriais). Um campo magnético pode ser especificado de dois modos: fluxo de densidade magnética B, expressa em Tesla (T) ou em Gauss (1 T = 10.000 G) ou como campo magnético H, expresso em Ampére por metro (A/m) em que 1 T = 7.95775×10 5 A/m. A relação pode ser calculada por B= μ x H onde μ é a permeabilidade magnética no vácuo e no ar e em materiais não magnéticos μ=4π10 -7 H/m.

Monitoramento de radiações eletromagnéticas não ionizantes Radiação pode ser definida como a propagação de energia de um ponto a outro no espaço ou em um meio material, com uma determinada velocidade. Os elementos condutores de energia determinam as formas de radiação eletromagnética ou


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conect e-se ao f ut ur o

CONNECTOW AY. COM . BR

0800. 731800


INTERFERÊNCIAS 70 – RTI – AGO 2021

Tab. V – Medida do campo eletromagnético dos aparelhos residenciais Equipamentos Notebook Celular YouTube (marca 1) Celular chamada de voz (marca 1) Celular YouTube (marca 2) Ar condicionado Luminária Estabilizador Televisão Roteador Wi-Fi Liquidificador Carregador de celular Forno micro-ondas Tomada de energia elétrica Máquina de lavar roupas Quadro de distribuição de energia Fritadeira elétrica Telefone sem fio

0 cm 1

•1 •0 •1 • 300 • 85 • 54 • 220 • 67 • 66 • 90 • 62 • 35 • 138 • 95 •0 •1 •

EF (V/m) 15 cm 1

•0 •0 •0 • 75 • 60 •5 • 140 • 56 •5 • 55 •4 • 3,5 • 122 •9 •0 •1 •

30 cm 1

•0 •0 •0 • 58 • 51 •1 • 100 • 25 •2 • 20 •2 •0 • 76 •2 •0 •1 •

0 cm 1,5

• 6,5 • 1,2 • 0,1 • 60 • 300 • 284 • 0,5 • 0,3 • 55 • 0,2 • 380 •0 • 12 • 150 • 75 • 0,2 •

MF (mG) 15 cm 1,2

•0 •0 •0 •3 • 29 • 35 • 0,3 • 0,1 • 14 • 0,1 • 250 •0 •8 • 12 • 62 • 0,1 •

30 cm 1,1

•0 •0 •0 •0 • 4,5 •8 • 0,2 •0 • 3,4 •0 • 210 •0 • 3,4 •6 • 55 • 0,1 •

0 cm 1,5

•6 • 15 • 18 •0 •0 •0 •8 • 330 • 0,1 • 0,07 • 860 •0 •0 •0 • 377 • 620 •

RF (mW/m2) 15 cm 0,5

• 1,6 •2 • 4,5 •0 •0 •0 • 1,5 • 82 •0 • 0,05 • 120 •0 •0 •0 • 245 • 86 •

30 cm 0,05

• 1,6 • 1,5 • 1,6 •0 •0 •0 • 0,5 • 75 •0 • 0,03 • 80 •0 •0 •0 • 190 • 18 •


71 – RTI – AGO 2021

corpuscular. A radiação diretrizes. Entre as Tab. VI – Medições da intensidade de eletromagnética é regulamentações existentes, a campo elétrico EF, campo magnético MF e caracterizada pela oscilação ICNIRP - Comissão densidade de potência de onda RF de entre um campo elétrico e Internacional de Proteção Contra antena de celular e linha de transmissão de um magnético. Os campos Radiações Não Ionizantes, energia elétrica a 2 m de distância avalizada pela OMS – Organização variáveis criam um ao outro 2 m de distância Antena de celular Linha de transmissão de energia Mundial da Saúde, e adotada na para manter a propagação da RF (mW/m2) 8• 1,5 • maioria dos países como critério onda. Um campo elétrico EF (V/m) 52 • 850 • de proteção à exposição a campos variável induz um campo MF (mG) 0,3 • 19 • eletromagnéticos. No Brasil magnético também variável, existe a Resolução 303/2022 que induz um campo elétrico e que a radiação não ionizante não Limitação da Exposição a Campos assim por diante. Radiações não quebre os vínculos químicos dentro Elétricos, Magnéticos e ionizantes não são capazes de retirar de uma célula humana e destruir Eletromagnéticos na Faixa de elétrons das órbitas (eletrosfera) de seu DNA, pode provocar efeitos Radiofrequências entre 9 kHz e 300 GHz seus átomos. Assim, continuam biológicos especialmente com da Anatel; a Lei 11.934 de 2009 – sendo átomos estáveis. Essas Limites à Exposição Humana a radiações não podem provocar muito tempo de exposição. A RNI Campos Elétricos, Magnéticos e ionização e excitação dos átomos e deve apresentar energia, por fóton, Eletromagnéticos, a NBR 25415:2016 – moléculas. Assim, não resultam em inferior a 12 eV (elétron-volt), modificação (ao menos temporária) comprimento de onda superior a Métodos de Medição e Níveis de na estrutura das moléculas. Referência para Exposição a Campos 100 nanômetros e frequência Entretanto, possuem energia Elétricos e Magnéticos na menor que 3.1015 Hz. suficiente para excitar os elétrons Frequência de 50 a 60 Hz; e o As indústrias de equipamentos que se movimentam para um estado projeto de Lei 2576/2000 – Controle eletrônicos precisam desenvolver de energia mais alto. Assim, mesmo soluções que atendam normas e de Radiação Eletromagnética.


INTERFERÊNCIAS 72 – RTI – AGO 2021

A Anatel elaborou o telefone sem fio, celular, Wi-Fi, Tab. VII – Medições da intensidade de campo regulamento sobre limitação de micro-ondas, TV, notebook, elétrico EF, campo magnético MF e densidade exposição a campos elétricos, estabilizador, luminária, fonte de potência de onda RF a 1 m de distância magnéticos e eletromagnéticos de alimentação, liquidificador e dos aparelhos que apresentaram medidas entre 9 kHz e 300 GHz, antena celular. Foi considerada acima da recomendação de exposição baseando-se nas diretrizes da a média de três medições RF (mW/m 2) EF (V/m) MF (mG) ICNIRP. A resolução é realizadas com intervalo de seis Liquidificador 0• 2• 0• aplicada a todos que utilizem minutos cada, na fonte (0 cm), estações transmissoras de 15 cm e 30 cm. Em situações de Carregador celular 0• 0• 0• radiocomunicação, emissoras valores elevados para a RNI, Micro-ondas 20 • 14 • 10 • de campos elétricos, foram realizadas medições Máquina de lavar 0• 2• 0,9 • magnéticos e eletromagnéticos com 1 m de distância. Quadro de distribuição 0• 2• 1• na faixa de frequências citada. Foi utilizado o instrumento Fritadeira 0• 1• 0• Segundo as recomendações da GQ EMF-390, da GQ ICNIRP, os níveis toleráveis Electronics, para medição do para a faixa de 3 a 300 GHz são de: de radiação eletromagnética, como campo elétrico em V/m, campo • Intensidade de campo elétrico: 61 V/m. antenas celulares, e estabelece que os magnético em mG e em mW/cm2. A • Intensidade de campo magnético: limites de exposição sejam baseados seleção de três pontos de medição se 0,16 A/m. nas recomendações da OMS para a deve ao fato que a incidência de • Densidade de fluxo magnético: exposição de pessoas a campos EMF - campo eletromagnético 0,20 μT. elétricos, magnéticos e eletromagnéticos decresce de modo exponencial à • Densidade de potência: 10 W/m². gerados por estações transmissoras de medida que o ser humano se radiocomunicação, terminais de distancia (D) da fonte geradora A NBR 25415:2016 estabelece a usuário e sistemas de energia elétrica conforme a lei de Newton. metodologia de medição e níveis de até 300 GHz. Os limites na tabela II da CEMRF – referência para exposição a campos A ICNIRP é uma entidade Campos Elétricos, Magnéticos e elétricos e magnéticos de 50 e 60 Hz dedicada à pesquisa de soluções para Eletromagnéticos na faixa de para o público em geral, ao redor das questões relacionadas aos possíveis radiofrequência entre 400 e 2000 MHz instalações de geração, transmissão e riscos para a saúde humana derivados para exposição média e pico para distribuição de energia acima de 1 kV. da exposição às RNIs que incluem situações ocupacionais e público em O limite é de 83,33 μT para campo todas as radiações e campos do geral são apresentados, em termos de magnético e 4,17 kV/m para campo espectro eletromagnético, que intensidade de campos elétrico magnético e densidade de potência elétrico em 60 Hz. normalmente não possuem energia da onda plana equivalente, e foram No tocante às emissões suficiente para ionizar a matéria. obtidos a partir de restrições no eletromagnéticas, a Lei 11.934 de 2009 regulamento da CEMRF. Devem ser estabeleceu que fossem adotados, Medição de sinais em especialmente nos setores elétrico e de equipamentos eletrônicos observados os limites da RNI. A telefonia, os limites recomendados pela que geram radiações exposição ocupacional e do público em OMS com base nas Diretrizes para eletromagnéticas não geral é limitada sob dois aspectos: Limitação da Exposição a Campos ionizantes valor médio e de pico à RNI. A Elétricos e Magnéticos Variáveis ao exposição média à RNI nunca deve ser Longo do Tempo da ICNIRP. O objetivo deste trabalho é superior aos valores calculados pelas O projeto de Lei 2576/2000 apresentar os valores obtidos das equações da tabela II. O pico máximo de regulamenta a instalação e o medições realizadas em diversos exposição nunca deve ser maior a 25 monitoramento de fontes emissoras equipamentos eletrônicos como vezes o valor calculado na tabela III. Tab. VIII – Medições da intensidade de campo elétrico EF, campo magnético MF e densidade de potência de onda RF no ponto central de cada cômodo ou setor de uma residência Residência

RF (mW/m ) 2

EF (V/m) MF (mG)

Quarto (lâmpadas, TV TV,,

Escritório (TV (TV,, conversor de canais,

Sala de TV (roteador de Internet,

Cozinha (lâmpadas, geladeira,

ar condicionado, conversor

lâmpadas, luminária, notebook com

converso r de filtro de linha, conversor

micro-ondas, exaustor e

de canais de TV

fonte de alimentação e estabilizador)

canais Apple TV TV,, TV e lâmpadas)

purificador de água)

• 1• 0•

1,88

• 2• 5,3 • 2,9

• 1• 0•

2,2

• 1• 0,3 • 2,8


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INTERFERÊNCIAS 74 – RTI – AGO 2021

Tab. IX – Medições da intensidade de campo elétrico EF, campo magnético MF e densidade de potência de onda RF no ponto central de cada cômodo ou setor de uma empresa Empresa

Vendas (quatro computadores com

Financeiro (roteador de Internet,

TI (três computadores com

Laboratório (lâmpadas, estabilizador, estabilizador,

monitores, impressora, lâmpadas, switch,

switch, computador com monitor

monitores, monitores, switch, switch, lâmpadas,

multímetro de bancada, osciloscópio

2 estabilizadores, ar condicionado,

monitor,, lâmpadas, celular e impressora) monitor

uma central de alarme de

digital, digital, estação de solda

cerca elétrica e uma

digital e um rádio digital)

TV TV,, conversor de canais de TV TV,, 2 telefones sem fio e 2 celulares) RF (mW/m2) EF (V/m) MF (mG)

• 50 • 1,8 •

6,5

central de câmeras)

• 2• 0,1 • 0

• 2• 0,1 • 0,5

• • 5• 0

10

O tempo considerado para o rádios transmissores (30 até 300 MHz área com uma antena de celular e cálculo temporal das médias é de em VHF e 300 MHz até 3 GHz em outro local próximo à linha de seis minutos, ou seja, a cada seis para UHF) e roteadores Wi-Fi transmissão de energia (2 m distante). minutos, a exposição média não Para eletrônicos cujas medições (2,4 a 5,8 GHz). Para equipamentos pode ultrapassar os valores que emitem sinal de RF, também não foram consideradas em calculados pela tabela II. Durante é de vital importância avaliar o condições normais, foram realizadas o cálculo da média temporal, os nível de campo elétrico (V/m). novas mensurações, com distância valores de pico de CEMRF não As principais fontes geradoras de de 1 m da fonte (tabela VII). podem ser superiores a 25 vezes os campo magnético (EMF em mG) Com os números da tabela VII é valores previstos na tabela III. são os painéis solares, possível concluir que à medida A tabela III apresenta os níveis computadores (discos rígidos e que o ser humano se afasta da de referência para a exposição fonte chaveada), instalações fonte, o nível de radiação reduz pública dos valores dos campos elétricas inadequadas ou com imensamente e passa a não ser elétrico e magnético. Baseada em muitos remendos, chuveiro elétrico, prejudicial à saúde. O único estudos epidemiológicos, a equipamentos com motores e eletrodoméstico que mesmo ICNIRP demonstrou, de distante 1 m não é forma consistente, que a recomendado ficar mais de Tab. X – Medições da intensidade de campo exposição cotidiana crônica 4 horas próximo, conforme elétrico EF, campo magnético MF e de baixa intensidade deve ser estabelece a norma técnica, densidade de potência de onda RF de inferior a 0,3 μT. A ICNIRP foi o forno de micro-ondas. vários celulares em uso salienta que a proteção das No caso do celular, a pessoas expostas a campos sugestão é que não seja 2 4 6 Número de celulares elétricos e magnéticos pode utilizado muito tempo no RF (mW/m2) 1,8 • 2,5 • 6• ser garantida se forem bolso de camisas ou calças cumpridos todos os limites e e sim carregá-lo a uma EF (V/m) 1• 2• 2• demais diretrizes básicas. A distância desejada de 30 cm. MF (mG) 0,3 • 0,3 • 0,3 • tabela IV foi fornecida pela Em uma conversa, deve-se GQ Electronics para recorrer ao viva-voz ou comparar os resultados. As transformadores, linhas de manter o aparelho a pelo menos principais fontes de sinal RF transmissão, quadros de disjuntores 5 mm de distância do ouvido. O medido W/m 2 são os telefones 3G, e painéis solares. Já os dispositivos mais indicado é não utilizar a capa protetora, pois ela retém a 4G e antenas celulares (700 MHz que mais emitem campos radiação, aumentando a até 2,7 GHz), tablets (850/900/ elétricos (EF em V/m) são os intensidade do RNI. Também é 1800/1900 MHz), dispositivos eletrodomésticos, luminárias e preferível evitar locais onde com Bluetooth (2,4 até 2,485 GHz), soluções eletrônicas. centenas de pessoas estejam medidores inteligentes como aglomeradas, filmando ou tirando smart grid (900 MHz a 2,4 GHz), Medições realizadas fotos, pois o nível de radiação transmissores de rádio (520 - 1710 kHz para AM e 87,8 a 108 MHz para A tabela V apresenta os resultados RNI aumenta consideravelmente. FM), TV digital (300 MHz a 3 GHz) obtidos com o instrumento de Além das medições para os e micro-ondas (1 a 300 GHz), medição EMF 390. Já a tabela VI diversos equipamentos eletrônicos, telefones sem fio (900 MHz), mostra o resultado das medições de foram realizadas avaliações em fornos de micro-ondas (2,45 GHz), campo eletromagnético em uma uma residência e em uma empresa


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para observar o comportamento do EMF. As análises utilizaram o ponto central de cada cômodo/setor, com o instrumento de medição a 1 m de altura (tabela IX). Por último, foi realizada uma avaliação do campo eletromagnético considerando a presença de dois, quatro e seis celulares. Em todas as situações os aparelhos ficaram a uma distância de 30 cm do medidor de campo eletromagnético (tabela X).

Recomendações gerais A seguir, são apresentadas algumas sugestões referentes a cuidados com a RNI: • Manter, sempre que possível, celulares, tablets e notebooks a pelo menos 30 cm de distância se não estiverem sendo utilizados. • O notebook, quando conectado ao Wi-Fi ou Bluetooth, aumenta bastante o nível de RNI. • Deixar o notebook longe da caixa da fonte e pelo menos a 90 cm da tomada de energia. • Não trabalhar com o notebook muito tempo no colo. Dê preferência à utilização da bateria interna. • Reduzir o número de vezes que o forno de micro-ondas é utilizado no dia. • Quando possível, desativar a conexão de Wi-Fi do notebook e conectar ao cabo de rede. • Utilizar o máximo de equipamentos com cabos de três pinos e tomadas que possuem um bom sistema de aterramento. • Não utilizar um tablet direto sobre o corpo. • Utilizar adesivo de proteção EMF para celular. • Diminuir o tempo de banho na água quente, pois água e eletricidade geram radiação tipo MF – Campo Magnético. • Ficar afastado mais que 10 cm dos carregadores de celulares e tablets. • Mantenha-se afastado pelo menos 3 m dos roteadores Wi-Fi e os desligue se não estiver utilizando. • Trabalhe ou resida a uma distância de pelo menos 400 m das torres de celulares e a 300 m das linhas de transmissão de alta tensão.

Conclusão O avanço tecnológico permitiu o desenvolvimento de diversos equipamentos e fontes geradoras de campo eletromagnético com ênfase na emissão de radiações não ionizantes. Atualmente, o ser humano não consegue viver sem celulares, roteadores de Internet, sistemas de Wi-Fi e Bluetooth, tablets, notebooks, televisores e telefones sem fio. E muitas vezes mora e/ou trabalha perto de antenas celulares, entre outros. A circulação de ondas eletromagnéticas está em todas as direções e é preciso ter cuidado para não ficar muito perto das fontes onde a potência do sinal é forte.


Modelo híbrido de trabalho amplia riscos de cibersegurança Com mais de 70 milhões de pessoas vacinadas, cerca de 33,31% da população, de acordo com consórcio de veículos de imprensa e secretarias estaduais de saúde, o Brasil organiza-se para, no segundo semestre de 2021, retornar ao trabalho presencial. Segundo pesquisa do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgada em abril de 2021, ao longo de 2020 8,4 milhões de profissionais estavam trabalhando em regime home office. Pesquisa realizada pela consultoria KPMG com 722 empresários brasileiros divulgada em maio de 2021 revela que 34,9% desse universo está se organizando para retomar o trabalho no escritório a partir de setembro deste ano. Um dado relevante é que mais de 50% afirmam que esse retorno será em novas bases, com somente 30% da equipe trabalhando ao mesmo tempo na sede da companhia. Essa marca é confirmada por pesquisa da empresa global Commercial Real State JLL do Brasil. O mundo pós-pandemia será baseado em um modelo que alterna visitas ao escritório e trabalho em casa. Esse fato é

Esta seção aborda aspectos tecnológicos da área de segurança da informação. Os leitores podem enviar suas dúvidas para a Redação de RTI , e-mail: inforti@arandanet.com.br.

corroborado por uma pesquisa realizada pelo portal de empregos e recrutamento InfoJobs. O levantamento mostra que o número de vagas para profissionais trabalhando tempo parcial em home office cresceu 85% entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. O número, que em janeiro de 2021 somava 25.888, era de 4010 no início de 2020. Em termos de infraestrutura digital, o centro desse novo modelo é a nuvem. As companhias irão adotar diferentes tipos de nuvem híbrida, ambientes que mesclam nuvens privada e pública de

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modelo traz vários desafios. Relatório da IDC Latin America de novembro de 2020 mostra que 39% de todas as violações da região aconteceram por meio de ataques a aplicações web, acessadas por meio da nuvem. O quadro ganha complexidade diante do fato que, embora trabalhadores permanentemente remotos possam ser segmentados de maneira a proteger as redes corporativas, o mesmo não acontece no modelo híbrido, capaz de expor a rede a um risco maior cada vez que as equipes voltam ao escritório e se reconectam. Ao multiplicar isso por centenas (ou milhares) de funcionários conectando-se e reconectando-se várias vezes por semana, fica claro que a equipe de segurança terá de lidar com centenas (ou milhares) de novos vetores de ataques usados por criminosos digitais para invadir a rede corporativa. Esse quadro torna ainda mais complexa a tarefa de colocar em segurança a rede, usuários e dados. Uma forma de lidar com esse desafio é usar a segurança do DNS - Domain Name System, conhecido como o livro de endereços da Internet. Todos os equipamentos e aplicações que estão na nuvem, de dispositivos IoT – Internet das Coisas a servidores e plataformas de negócios web, são identificados por endereços IP que dependem do DNS para serem interconectados por meio da nuvem A complexidade das redes baseadas na nuvem leva as organizações a dependerem cada vez mais do DDI, plataforma que combina DNS, DHCP e gerenciamento de endereços IP. O DDI simplifica a tarefa de Pixabay

SEGURANÇA

Sandro Tonholo, country manager da Infoblox Brasil

acordo com a lógica do negócio. Pesquisa da IDC divulgada em maio de 2021 indica que os investimentos em nuvem no Brasil devem chegar a US$ 3 bilhões até dezembro, um crescimento de 46,5% em relação a 2020. O uso da nuvem híbrida, em especial, é um destaque da pesquisa Statista de fevereiro de 2021, realizada com gestores das 5000 maiores empresas da América Latina. 60% dos respondentes afirmaram adotar o modelo híbrido por razões de negócios, não por questões circunstanciais. Os ambientes de trabalho híbridos criarão oportunidades e permitirão que as organizações sejam mais flexíveis, produtivas e acessíveis. A partir da perspectiva de segurança digital, porém, o


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empresas de várias verticais, mostra um quadro preocupante. 30% dos entrevistados admitiram não prestar atenção nas informações sobre políticas de cibersegurança compartilhadas durante treinamentos, um dado que talvez encontre ressonância também no Brasil. No segundo semestre de 2021, nosso país enfrentará duas grandes mudanças: o retorno ao trabalho em modelo híbrido e o início da fiscalização da LGPD - Lei Geral de Proteção de Dados. A partir de agosto, empresas que sofrerem vazamentos de dados de clientes e colaboradores serão pesadamente punidas, com multas que podem chegar a R$ 50 milhões. É urgente, portanto, elevar a maturidade digital dos novos ambientes híbridos de trabalho. Pixabay

gerenciar dispositivos conectados dentro e fora do perímetro da organização, além de oferecer visibilidade sobre toda a rede, habilitando o DNS a identificar e bloquear atividades suspeitas. A adoção do modelo híbrido de escritórios exige, para ser bem-sucedida, que o time de cibersegurança conte com soluções capazes de bloquear ameaças tanto nos segmentos onpremises da rede como nos ambientes na nuvem. Os altíssimos volumes de dados sendo processados exigem que a operação aconteça de forma automatizada e contínua, por um único ponto de gerenciamento. As empresas brasileiras têm lutado, ainda, com o desafio de realizar essa tarefa com equipes muito reduzidas de profissionais de cibersegurança. Soluções de DDI seguras e que atuam de forma automatizada, flexível e unificada

em ambientes on-premises e na nuvem garantem a proteção sem sobrecarregar os times internos. A segurança digital da empresa que adota o modelo híbrido de trabalho depende, também, de esforços contínuos na educação de usuários. Esteja o colaborador atuando de forma remota ou no escritório, é essencial que conheça as políticas de segurança e busque estar alinhado com elas. Levantamento realizado na Austrália pela Forrester Consulting em outubro de 2020 com 1000 profissionais de


INTERFACE

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Paulo Marin

Os resultados de testes de certificação marcados com um asterisco são considerados aceitáveis para efeito de aprovação do cabeamento? Esta pergunta dá sequência ao tema da última edição de Interface, que tratou sobre certificação de cabeamento. Resultados marcados com um asterisco são considerados marginais, ou seja, passaram ou foram rejeitados com uma diferença muito pequena entre o valor obtido no teste e o máximo (ou mínimo, dependendo do parâmetro de transmissão) definido como limite para seu aceite ou rejeição com base em normas. Tecnicamente, a IEC 61935-1 (Specification for the testing of balanced and coaxial information technology cabling – Part 1: Installed balanced cabling as specified in ISO/IEC 11801-1 and related standards) especifica que os resultados dos testes para um determinado parâmetro de transmissão cuja diferença entre o valor medido e o limite estabelecido esteja abaixo da precisão especificada da medição, sejam marcados com um asterisco. Essa norma faz parte das referências normativas da NBR 16869-1 e, portanto, aplica-se aos testes de certificação do cabeamento.

Esta seção se propõe a analisar tópicos de cabeamento estruturado, incluindo normas, produtos, aspectos de projeto e execução. Os leitores podem enviar suas dúvidas para Redação de RTI, e-mail: inforti@arandanet.com.br.

Fig. 1 – Exemplo de relação entre taxa de erro de bit e relação sinal ruído

Em sua Seção 6, a NBR 16869-1 estabelece alguns critérios para o aceite ou rejeição de resultados marginais. Em termos gerais, ela faculta àquele que determina as especificações de um plano de qualidade aceitar ou não resultados marginais. Um resultado marginal aprovado (aprovado*) pode ser aceito, o que significa que o limite de falha é menos rígido em comparação ao especificado devido à incerteza do equipamento de teste de campo. Um resultado marginal reprovado (reprovado*), entretanto, deve ser rejeitado. É comum que resultados marginais sejam rejeitados, independentemente de serem aprovados* ou reprovados*. A maioria dos contratantes de serviços de cabeamento estruturado especifica que os resultados dos testes de certificação devem ser aprovados e, portanto, que resultados marginais não são aceitáveis. Nesses casos cabe ao instalador corrigir os problemas detectados e executar novas provas de certificação até que resultados aprovados sejam obtidos. Da

mesma forma, a maioria dos fabricantes de sistemas de cabeamento estruturado não aceita resultados marginais para a emissão de suas garantias estendidas de sistema. Portanto, para minimizar resultados marginais, um plano de qualidade deve especificar as propriedades dos equipamentos de testes de campo a serem utilizados para a certificação do cabeamento.

Qual é o significado de

ALSNR – Alien Limited Signal to Noise Ratio? Por que deve ser avaliado em sistemas de cabeamento estruturado? Trata-se de um novo parâmetro de transmissão? De forma bastante objetiva, a única novidade aqui é seu próprio nome, pois ALSNR não é nada novo e, tampouco, trata-se de um novo parâmetro de transmissão. Na verdade, desde os anos 1920, aproximadamente, ninguém descobriu qualquer parâmetro novo de transmissão.


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Além disso, segundo sua própria definição pela NBase-T Alliance, essa relação entre parâmetros nada mais é que uma relação atenuação diafonia, sendo a diafonia resultante do alien crosstalk. Antes de entrar em mais detalhes sobre a relação sinal ruído limitada pela interferência de alien crosstalk (ALSNR), vamos começar por uma revisão do conceito de relação sinal ruído SNR – Signal to Noise Ratio. A capacidade de um sistema de comunicação operar de maneira eficiente pode ser determinada “fisicamente” pela intensidade de sinal presente na entrada do receptor em relação ao ruído acoplado ao canal e entregue ao receptor. Essa relação é conhecida como sinal ruído (SNR), que é função do código de linha do sinal transmitido. Esta, por sua vez, é função da taxa de erro de bit associada a um código de linha.

RZ, NRZ, etc.) tem um comportamento de taxa de erro de bit que é função da relação sinal ruído. Para citar um exemplo de aplicação, a codificação utilizada na aplicação Fast Ethernet (100Base-TX) é a 4B5B com MLT-3 (RZ). Portanto, suas características de BER e SNR seguem um padrão determinado por essas características (figura 2). Dessa forma, para um canal de transmissão em um sistema de cabeamento passivo, no qual diferentes aplicações que empregam esquemas de codificação de linha diferentes podem ser implementadas, não faz o menor sentido falarmos em relação sinal ruído. Note o leitor que haverá respostas de relação sinal ruído para diferentes aplicações. Exatamente por isso, uma outra relação é avaliada nos testes de análise de resposta em frequência de um canal passivo, conhecida como relação atenuação Tab. I – Categorias de desempenho do diafonia. A cabeamento balanceado e tecnologias mais comum é NBase-T denominada Cabeamento 2.5GBase-T 5GBase-T ACR - Attenuation Categoria 5e Suporta Precisa de avaliação adicional to Crosstalk Categoria 6 Suporta Suporta Ratio. Nesse Categoria 6A Suporta Suporta caso, a diafonia que Portanto, é importante entender entra na análise é a paradiafonia que a relação sinal ruído ou NEXT - Near-End Crosstalk. somente pode ser determinada Outra relação, denominada quando conhecemos o código de inicialmente ELFEXT linha. A figura 1 mostra o Equal-Level Far-End Crosstalk, comportamento da taxa de erro é um ACR, porém na qual a de bit (BER, bit error rate) para diafonia considerada é a diferentes mecanismos de telediafonia ou FEXT - Far-End codificação de linha. Crosstalk. Apenas como Não é meu objetivo aqui informação, esses parâmetros entrar em detalhes sobre os passaram a ser denominados diferentes mecanismos de ACRN - Attenuattion to codificação de sinais. O que é Crosstalk Ratio at the de fato importante é entender Near-End e ACRF Attenuation que cada mecanismo de to Crosstalk Ratio at the codificação (unipolar, bipolar, Far-End, respectivamente.


INTERFACE No entanto, é importante até 100 m de comprimento e observar que ACR, de forma mais suporta taxas de transmissão ampla, não é a mesma relação que superiores a 1 Gbit/s, necessárias a SNR. Trata-se de uma forma para tecnologias Wi-Fi emergentes, simplificada de avaliação da como a IEEE 802.11ac. A NBase-T relação sinal ruído em sistemas de é então, a base para o novo padrão cabeamento passivo. Quando um IEEE P802.3bz, em desenvolvimento, equipamento eletrônico é que especifica as aplicações conectado ao cabeamento para 2.5GBase-T e 5GBase-T. formar um sistema de As categorias 6 e 6A apresentam comunicação, o parâmetro mais desempenho muito provavelmente adequado para quantificar a suficiente para garantir a operação qualidade do canal é a taxa de erro da NBase-T. No entanto, um de bit (BER, bit error rate) desse sistema de comunicação. De maneira simplista, esse parâmetro apresenta o número real de bits que foram recebidos de maneira incorreta pelo receptor dentro de um período de observação. Enquanto o ACR, assim como todos os parâmetros de relação atenuação diafonia apresentados anteriormente, qualifica um canal de transmissão independentemente da Fig. 2 – Exemplo de codificação MLT-3 aplicação implementada, a taxa de erro de bit é dependente sistema de cabeamento categoria da aplicação. Entretanto, 5e, embora com boas protocolos como Ethernet, Token possibilidades de garantir em Ring, ATM, etc. utilizam diferentes especial a aplicação 2.5GBase-T, critérios para determinar a taxa de pode requerer avaliação mais erro de bit adequada para que um criteriosa em condição de pior canal possa suportar uma caso de operação, quando há determinada aplicação. feixes com muitos segmentos de A NBase-T Alliance é um cabos, por exemplo. A tabela I consórcio que reúne cerca de 45 mostra as aplicações 2.5GBase-T e empresas cujo objetivo, de forma 5GBase-T e suas relações com as mais ampla, é a avaliação e categorias de desempenho do consequente utilização da cabeamento instalado. É infraestrutura de redes corporativas importante mencionar que o existentes para tecnologias de cabeamento considerado nessa redes sem fio em desenvolvimento. análise é sem blindagem (U/UTP). A tecnologia NBase-T define as Portanto, uma avaliação do aplicações a 2,5 e 5 Gbit/s em desempenho dos canais categoria canais com cabos balanceados 5e até 250 MHz para a garantia categorias 5e (100 MHz), 6 da aplicação 5GBase-T pode ser (250 MHz) e 6A (500 MHz) com necessária e envolve essa relação

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entre parâmetros, a ALSNR. A NBase-T Alliance se refere à ALSNR como um novo requisito de alien crosstalk para essa tecnologia; com essa afirmação, eu concordo. A tecnologia eletrônica dos equipamentos ativos de rede utiliza esquemas de processamento digital de sinais que compensam de forma bastante significativa as distorções impostas pelo canal de transmissão, assim como ruídos acoplados ao canal. Para a avaliação dos efeitos de interferência por alien crosstalk, o padrão especifica um cálculo para a determinação do ALSNR que leva em consideração os aliens NEXT e FEXT e a atenuação do canal. Ao aprofundar minhas pesquisas sobre o assunto, encontrei o procedimento detalhado para o cálculo do ALSNR, que é bastante complexo e não é meu objetivo reproduzi-lo aqui matematicamente. No entanto, descrevo de forma resumida, os passos utilizados para sua determinação: 1 - As atenuações de todos os pares em ambos os canais, interferente e interferido devem ser medidos até as frequências de 100 e 200 MHz, para 2.5GBase-T e 5GBase-T, respectivamente. 2 - As potências totais nominais (com e sem back off) em cada par de ambos os canais, interferente e interferido, devem ser determinadas. Nesse passo, as atenuações obtidas na etapa 1 entram nos cálculos. 3 - A densidade de potência total, incluindo a potência back off, para cada par do canal interferido, deve ser determinada.


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4 - As combinações de alien NEXT e FEXT para cada canal interferente devem ser medidas; são 16 combinações de ANEXT e 16 de AFEXT. Essas medições devem ser executadas em conformidade com as especificações das normas de cabeamento estruturado. 5 - Os componentes de alien crostalk, incluindo as potências back off para cada canal interferente, devem ser calculados, assim como a quantidade total de ruído (powersum) acoplado em cada par do canal interferido. A potência back off pode ser entendida como a intensidade mínima de potência recebida que ainda permite ao receptor decodificar a informação transmitida pela etapa transmissora do sistema de comunicação. As potências totais, referidas no passo 2 acima são determinadas de forma puramente matemática, assim como a densidade total de potência, referida na etapa 3. As atenuações do passo 1 são obtidas mediante medições em campo, assim como as interferências por

ANEXT e AFEXT. Os componentes de powersum alien crosstalk (passo 5) são determinados matematicamente envolvendo as medições de ANEXT e AFEXT. Todos os cálculos e medições devem ser feitos para as frequências críticas dentro das escalas de avaliação, conforme determinado pelo padrão NBase-T. Portanto, a ALSNR para cada par é determinada por meio da seguinte expressão:

como essa relação entre parâmetros foi introduzida pela NBase-T Alliance, pois não se trata de uma relação sinal ruído (não há qualquer relação com codificação de linha), como justifico aqui o motivo por tal discordância. Há definições clássicas seculares na literatura técnica relacionadas a parâmetros de transmissão de sinais em sistemas de comunicação que são importantes. É meu entendimento que essas definições devem ser tratadas com a formalidade adequada.

(dB) Em termos práticos, Si representa uma relação atenuação diafonia e Ni, o somatório de potências de aliens NEXT e FEXT. Portanto, a ALSNR nada mais é que uma outra forma de representar relações entre atenuação e diafonia, como mencionei no início da discussão sobre esse “novo parâmetro” de transmissão para a tecnologia NBase-T. Para finalizar, não somente discordo da forma equivocada

Paulo Marin é engenheiro eletricista, mestre em propagação de sinais e doutor em interferência eletromagnética aplicada à infraestrutura de TI. Marin trabalha como consultor independente, é palestrante internacional e ministra treinamentos técnicos e acadêmicos. Autor de vários livros técnicos e coordenador de grupos de normalização no Brasil e EUA. Site: www.paulomarin.com.


EM REDE

Rafael Garrido, Vice-Presidente da Vertiv América Latina

O papel dos data centers no crescimento do setor financeiro em 2021 Estimulado pelas mudanças trazidas pela pandemia da Covid-19, o setor financeiro brasileiro intensificou a digitalização de seus processos. Confrontados com as solicitações feitas pelos órgãos da saúde para manter o distanciamento social, diversos bancos precisaram fechar suas agências físicas, migrando os serviços para canais digitais como aplicativos de telefones celulares, caixas eletrônicos e pagamentos on-line. Pesquisa realizada pela Febraban Federação Brasileira de Bancos no segundo semestre de 2020 mostra que 64% dos clientes diminuíram os saques em dinheiro, passando a realizar operações financeiras principalmente por meios digitais. Segundo um estudo divulgado pela IDC Brasil em dezembro de 2020, seis em cada 10 brasileiros das classes A, B e C utilizam meios digitais de pagamento como PayPal, Google Play e PagSeguro. A digitalização bancária acabou se consolidando, sendo o Brasil e o Chile os países com maior alcance em sites a Esta seção aborda aspectos tecnológicos das comunicações corporativas, em especial redes locais, mas incluindo também redes de acesso e WANs. Os leitores podem enviar seus artigos para a Redação de RTI , e-mail: inforti@arandanet.com.br.

bancos em toda a América Latina. Segundo a Comscore, que divulgou um estudo sobre o cenário da digitalização bancária em 2020 e as tendências do e-banking na região. Um bom exemplo é o Pix, que até o final de março registrava 206,6 milhões de chaves, tendo movimentado no período cerca de R$ 787,2 bilhões em mais de 1 bilhão de transações. O seu uso atualmente já supera as tradicionais modalidades de transferência, como o DOC, o TED e o boleto bancário.

Os avanços fazem com que a operação de data centers no setor financeiro seja cada vez mais crítica para o avanço dos negócios. Para controlar as informações bancárias na nuvem, absolutamente tudo é armazenado em servidores instalados em racks localizados em centros de processamento de dados. Um colapso nesses sistemas levaria à imobilização da economia brasileira. Há diversas causas possíveis para indisponibilidades (downtime), incluindo um erro de software ou hardware, mas o mais comum é a falta de energia elétrica. Se a infraestrutura bancária falhasse, não haveria caixas eletrônicos, transações com cartões de crédito nem compras

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pela Internet. Portanto, ter energia de backup para o caso de uma falha elétrica ajudaria os bancos a armazenarem energia suficiente para a operação contínua de seus equipamentos críticos. Assim, quando faltar energia elétrica, sistemas UPS serão capazes de manter os servidores funcionando, equipamentos mais críticos da operação pelo fato de reunirem todas as informações necessáiras para executar transações online e na nuvem. Outra causa de downtime que pode ser evitada são as condições ambientais inadequadas no data center. O crescimento contínuo do gerenciamento de dados fez com que as temperaturas do data center aumentassem, podendo levar à interrupção de serviços. Sistemas de ar condicionado de precisão, projetados para dar suporte à eletrônica sensível em salas de servidores, são a resposta para controlar as condições da sala e dos racks de forma que os servidores e outros equipamentos evitem o calor excessivo e interrupções. Para oferecer serviços contínuos aos clientes e aos seus equipamentos críticos, algumas vezes não é necessário adquirir novos equipamentos e sim colocar componentes atualizados para melhorar a operação dos dispositivos existentes. Um parceiro de infraestrutura experiente pode avaliar o data center e aconselhar sobre a melhor forma de dar suporte para a computação existente e a nova, dentro do orçamento da empresa. Em alguns casos, soluções de upgrade são a melhor opção e


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isso pode incluir modificar o equipamento existente com controles e outras alternativas que proporcionem uma melhor operação. Alinhar-se às melhores práticas de manutenção também ajuda a evitar o downtime causado por falta de energia, o que inclui o monitoramento regular e a substituição do UPS. Existem empresas dedicadas a dar assistência e manutenção para essas baterias de backup, notificando o cliente do setor bancário quando for o momento de trocá-las para garantir o pleno funcionamento do equipamento. Interdependências entre os setores financeiro e de varejo Em 2021, o comércio eletrônico continuará a ter um aumento no percentual das compras e vendas online, levando os bancos a aumentar suas operações digitais. De acordo com o relatório State of Commerce, da SalesForce, 61% das empresas na

América Latina planejam aumentar os investimentos em soluções de autoatendimento através de canais digitais. Como relatado no estudo Impacto da Covid-19 nas Vendas On-line no México, duas em cada 10 empresas de comércio eletrônico tiveram um aumento nas vendas superior a 300% em 2020. A interdependência entre as operações do setor financeiro e de varejo faz com que o avanço dessas duas verticais exija o reforço de suas infraestruturas digitais críticas. Para que isso aconteça, é fundamental que o data center conte com suporte durante todo o seu ciclo de vida. Parte-se da fase de comissionamento, referente ao startup do projeto para garantir que os sistemas sejam projetados, instalados, testados, operados e mantidos de acordo com os requisitos operacionais e avança-se até as ações de manutenção, retrofits, reparos e upgrades de equipamentos. Todo o ambiente deve estar inserido em uma

abordagem de serviços avançados para garantia da continuidade do processamento, incluindo o uso de soluções DCIM de gerenciamento da complexa e heterogênea infraestrutura crítica dos data centers. Os serviços de gerenciamento remoto, em especial, envolvem o disparo de alertas e de ações preditivas para evitar o downtime. Quem adere aos sistemas de monitoração remota do data center conta com tecnologias avançadas, utilizadas por profissionais com décadas de experiência no setor. Isso permite realizar análises de dados que entregam uma visibilidade excepcional sobre todo o ambiente. Com essa informação, os técnicos ficam preparados para, com rapidez, precisão e segurança, retornar o equipamento às suas condições adequadas de operação e, assim, suportar a continuidade de processos do setor financeiro brasileiro.


ISP EM FOCO

Alessandra Lugato, diretora executiva da Abrint

Provedores regionais de Internet são protagonistas na aceleração digital A transformação digital, que já estava em vigor no Brasil e foi impulsionada pela pandemia, evidenciou o papel relevante das PPPs – Prestadoras de Telecomunicações de Pequeno Porte de incluir na rede de banda larga fixa cidades, comunidades afastadas de grandes centros urbanos e zonas rurais, onde as grandes operadoras têm pouco interesse comercial. É um papel que sempre foi desempenhado pelos provedores regionais de Internet, em sua maioria pequenas e médias empresas, protagonistas na inclusão digital do país, e que ficou ainda mais evidenciado em um período cuja essencialidade da Internet banda larga é fundamental para viver em um período de isolamento social. A possibilidade de acessar aulas, trabalhos, entretenimento e compras online define quem está exposto a uma doença que pode ser fatal. Sem os serviços dos provedores regionais, mais de 10 milhões de casas poderiam ficar sem Internet, adicionando um fluxo de mais de 30 milhões de usuários para as redes móveis, o que poderia gerar uma sobrecarga e posterior colapso. A importância do serviço foi, inclusive, apontada por decretos governamentais que permitiram o deslocamento de equipes técnicas durante períodos de quarentena. Presentes em todos os munícipios brasileiros e responsáveis por

60% do mercado de fibra óptica nacional, os provedores regionais ainda representam um mercado bastante promissor. A demanda pelo serviço de conexão à Internet banda larga (acima de 34 Mbit/s) cresceu 47% durante o primeiro ano de pandemia, ou seja, 29 pontos percentuais a mais do que as grandes operadoras. Somente em setembro de 2020, comparado com o mesmo mês de 2019, os provedores regionais tiveram um aumento de demanda de 144%, o que representa mais de 3,5 milhões de novos acessos. Segundo um levantamento da Anatel, em dezembro de 2020 as PPPs atingiram mais de 14,2 milhões de acessos de banda larga no país. Os dados deixam clara a necessidade de uma conexão cada vez mais rápida e segura, especialmente dentro de casa, e também leva a crer que o mercado ainda apresenta muitas possibilidades de expansão, especialmente onde há abismos de conectividade, casos de regiões afastadas dos grandes centros urbanos e zonas rurais. A Abrint avallia que em 2021 ainda haverá uma grande demanda por conexões à Internet de alta velocidade. Os provedores que se preocuparem em fornecer serviços que valorizem a experiência do usuário, como os voltados para o setor corporativo (segurança de redes, pacotes diferenciados quando há maior demanda por conexão para gamers, por exemplo), conseguirão se destacar e se manter relevantes no mercado. SVAs – Serviços de Valor Agregado, como controle parental, armazenamento em nuvem e antívirus, são serviços que agregam valor às prestadoras e não fazem parte do serviço de

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comunicação, portanto, não devem ter incidência de ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias de Serviços. Para garantir esse direito aos seus associados, a Abrint interpôs ações em todos os estados, obtendo diversas decisões favoráveis. A demanda por serviços oferecidos por provedores não para de crescer, amplificada pela mudança de perfil dos consumidores e o aumento do número de pessoas em casa, fatores que causaram uma preocupação do setor no incío do isolamento social. O requerimento foi amplamente atendido graças à crescente expansão da fibra óptica no Brasil, que permitiu às PPPs fornecerem mais banda e velocidade que grandes operadoras, mas os desafios de conexão à banda larga continuam. Atuamos para mitigar riscos que possam interferir na expansão da rede. Continuamos atentos a iniciativas capazes de impactar a prestação do serviço dos nossos associados não só para evitar que elas se concretizem, mas também para promover agendas propositivas que potencializem os negócios do setor e permitir que a digitalização seja ampla e constante no país, oferecendo oportunidades de conexão para todos os brasileiros.

Alessandra Lugato é cientista política e socióloga formada pela UnB Universidade de Brasília. Possui mais de 10 anos de experiência no setor de telecomunicações. Foi assessora parlamentar na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Também atuou na Patri Políticas Públicas com formulação de estratégias em relações governamentais para empresas como Santander, Itaú e Telefônica.



PRODUTOS

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Cabeamento SPE A R&M fabrica um sistema de cabeamento SPE – Single Pair Ethernet completo com conectores, módulos de conexão, cabos de instalação e patch cords para automação predial. O SPE pode ligar inúmeros dispositivos terminais digitais em rede, como luzes LED inteligentes, monitores e placares controlados remotamente, sensores de temperatura, climatização, controladores para aquecimento e ventilação, caixas registradoras

eletrônicas e terminais de autoatendimento. Além de dados e sinais, o cabeamento SPE também pode transportar eletricidade, muitas vezes eliminando a necessidade de cabeamento separado para o fornecimento de energia elétrica. Comercializado em dois sistemas de conectores: LC de cobre para cabeamento estruturado e automação predial, e MSP para ambientes industriais. Site: www.rdm.com.

Caixa terminal óptica A CTO NAP POP, da

Fibracem, foi concebida para o atendimento de clientes na modalidade FTTH. O produto utiliza splitters conectorizados para otimizar a distribuição e o gerenciamento das fibras. Sua bandeja permite alojar até 24 fusões e o sistema de reentrada de cabos possibilita a entrada e saída

do cabo principal de 5 a 10 mm por ponta livre ou sangria, além da derivação de mais dois cabos para uma expansão de rede. Site: www.fibracem.com.

Roteador O GWR2100AC, da Greatek,

é um roteador inteligente voltado para provedores regionais. A solução atua com velocidades de até

2100 Mbit/s, trabalha com seis antenas e MU-MIMO 4x4, o que permite um volume maior de tráfego de dados em residências com muitos usuários. Site: www.greatek.com.br.

Atendimento omnichannel A plataforma de atendimento Opa! Suite, da IXCSoft, agora está disponível na versão mobile. O aplicativo permite ao provedor ter acesso às principais funcionalidades da ferramenta, tornando o gerenciamento dos atendimentos mais eficiente, assertivo e fácil. Com os principais canais unificados, a solução conta com recursos como histórico de atendimentos, fluxo das interações do

chatbot, integração com o IXC Provedor e outros softwares de gestão para provedores, além de customização de módulos. Disponível para download na Apple Store e no Google Play. Site: www.ixcsoft.com.br.

Interfone IP O IP MPI Inox, da uTech Tecnologia, é um interfone IP voltado para controle de acesso. Com câmera e leitores integrados,

como biometria, QR Code, cartão NFC/MIFARE e teclado numérico com luz de fundo, o dispositivo fala com o usuário através de vocalizações, orientando-o a entrar e a sair do local com segurança. A solução também conta com o aplicativo móvel Easykey para acesso e gerenciamento de usuários. Pode ser adquirido nas versões com ou sem capa protetora. Site: www.utech.com.br.

Proteção para data centers O Quantum Hybrid Data Center Security, da Check Point, transforma a segurança de data centers híbridos complexos com operações automatizadas e plataforma ultraescalável. Com o software Check Point R81.10, Check Point Quantum Maestro 175 e as aplicações Check Point Quantum Smart-1

Security Management, a empresa pode ter maior flexibilidade e segurança para mover cargas de trabalho entre o data center e a nuvem. Site: www.checkpoint.com.

Maçaneta para racks A Smartzone G5, da Panduit, é uma maçaneta eletrônica de segurança para controle de acesso a racks. Com suporte para até 200 usuários e teclado integrado, pode ser instalada em ambientes com até 60°C. Apresenta LEDs de alerta visual para falhas de segurança, ambientais ou de energia, além de indicar o estado da maçaneta, porta e fechadura. Site: www.groz.com.br Recuperação de dados O Dell EMC PowerProtect Backup Service oferece proteção e gerenciamento de dados no modelo SaaS – Software como Serviço. Além de proteger aplicações em nuvem, a solução permite centralizar a gestão e a visualização de equipamentos como notebooks e desktops, além de cargas de trabalho híbridas (em nuvens públicas, privadas, híbridas e no data center), garantindo que os dados corporativos estejam sempre protegidos e passíveis de serem recuperados. Site: www.delltechnologies.com.


Nome: Empresa: Endereço:

Complemento:

Bairro:

CEP:

Cidade:

UF:

Telefone:

ramal:

Celular:

E-mail:

Site:

Principal atividade da empresa: Número de empregados:

Até 50

51 a 100

101 a 500

501 a 1000

Acima de 1000

POSIÇÃO NA EMPRESA Cargo Presidente Diretor Gerente Supervisor Chefe

Engenheiro Técnico Administrador Analista Outros

Área Comercial Compras/Suprimentos Data Center Manutenção Marketing Operação

Projetos Redes Sistemas TI Outros

PERFIL DA EMPRESA Usuário final

Indústria. Identifique o ramo Banco / instituição financeira Concessionária de serviço público Empresa de logística Hotel Hospital / estabelecimento de saúde Emissora de rádio e TV Editora de jornais e revistas Comércio atacadista, distribuidor Comércio varejista em geral Órgão público Escola / universidade Instituto de pesquisa e certificação Outros

Provedor de serviços Operadora de telecomunicações Provedor de internet TV por assinatura Serviço de data center Outros

Fornecedor de produtos Fabricante Importador Revendedor Distribuidor Outros

Para mais informações, acesse: www.arandanet.com.br/revistas/rti assinarti@arandanet.com.br (011) 3824-5300

Prestador de serviços Integrador(a) Instalador(a) Projeto Consultoria Manutenção Construtora Escritório de arquitetura Outros

COMO RECEBER RTI

A remessa da revista será ou não efetivada após análise dos dados do interessado. O prazo para processamento e resposta a esta solicitação é de 30 (trinta) dias a contar da data de envio. Qualifique-se preenchendo o formulário a seguir. Os exemplares são enviados somente para endereços comerciais.



5G

IoT

O relatório Acelerando a Revolução

Em Instalação Residencial Aplicada à IoT: Aprenda de Forma Descomplicada, os autores Arlindo Neto e Yan de Oliveira mostram como integrar recursos da elétrica com o microcontrolador Arduino para simplificar a integração de elementos físicos com o universo IoT – Internet das Coisas. A obra aponta que objetos como bombas de incêndio, fechaduras, lâmpadas, painéis, dispositivos de proteção, entre outros, estarão presentes no mundo da IoT, cada vez mais conectados a roteadores e servidores em vez das atuais centrais telefônicas com circuitos individuais. Editora Alta Books (https://bit.ly/ 3jPEnD8), 288 páginas.

Industrial 5G: Estado do 5G e Vantagem nas Operações Industriais, da Capgemini Research Institute, aponta que a adoção da tecnologia por parte da indústria no mundo ainda está em fase de idealização e planejamento. Apenas 30% das organizações passaram para o estágio piloto, ou além desse ponto. O documento ouviu executivos seniores de 1000 organizações industriais globais que pretendem adotar o 5G, além de 150 executivos seniores de 75 empresas de telecomunicações que implantaram ou estão planejando aplicar redes com a tecnologia. A análise aponta que, para aproveitar ao máximo seu potencial, as empresas precisarão enfrentar uma série de desafios. Entre eles estão a integração do 5G com redes e sistemas de TI existentes; o gerenciamento de cybersegurança e de um ambiente composto por diversos fornecedores; definição de casos de uso do 5G; e a estimativa do retorno sobre o investimento. A análise completa, com 60 páginas, pode ser consultada pelo link: https://bit.ly/3AvHvtL.

Cybersegurança A plataforma de identidade Auth0 anunciou o lançamento de seu primeiro relatório de segurança, intitulado The State of Secure Identity. O documento destaca as principais áreas de preocupação para profissionais de segurança responsáveis por gerenciar identidades digitais, incluindo o aumento exponencial de tentativas automatizadas para comprometer

um grande número de contas de usuários. As ameaças mais comuns incluem enchimento de credenciais, registros fraudulentos, desvio de autenticação de múltiplos fatores, utilização de senhas vazadas, além de outros ataques de identidade. O The State of Secure Identity pode ser acessado pelo link: https://bit.ly/3hkMSoc.

Deep learning Em Advanced Deep Learning for

Engineers and Scientists os autores Kolla Bhanu Prakash, Ramani Kannan, S. Albert Alexander e G. R. Kanagachidambaresan apresentam diversos conceitos avançados de deep learning e como aplicá-los por meio de vários projetos. A obra discute tópicos como deep learning em redes inteligentes, energia renovável e desenvolvimento sustentável. Editora Springer (www.springer.com), 285 páginas.

Índice de anunciantes Abrint ............................ 73 Agis ................................ 67 Alta Rede ....................... 59 Americanet .................... 61 Azlink ............................. 28 Ciena .............................. 11 Connectoway ................ 69 Container Media ............ 70 Dasan Zhone ................. 20 DCM Tecnologia ............ 36 Devoz ............................. 65 Elite ACS ........................ 66

Embrastec ..................... 14 ETK ................................ 79 FiberHome ..................... 33 Fibracem ........................ 63 Forte Telecom ................ 57 GammaK ........................ 22 Gigaclima ....................... 10 Greatek ........................... 56 HT Cabos ....................... 35 IXCSoft .......................... 31 Jap Telecom ................... 18 Klint ............................... 51

MacLean Power ............. 17 Megatron ....................... 13 MerkanTI ....................... 34 Nano Access .................. 43 Netcon ........................... 71 Network Broadcast ........ 77 Newco ............................ 16 Next Cable ...................... 81 Nexus Guard .................. 83 NIC.br ............................ 85 Olé TV ............................ 23 Padtec ........................... 45

PCR ................................ 40 Prysmian ....................... 29 R&M ................................. 7 Rosenberger Domex ..... 41 Saft do Brasil ................ 50 Secmon ......................... 44 SMH Sistemas ................ 49 Specto ........................... 58 Sumec ............................ 21 Tecfiber .......................... 75 Tenda ..................... 3ª- capa TIP Brasil ....................... 30

TP-Link .................. 2ª- capa V.tal ........................ 24 e 25 Vertiv ............................. 53 Watch TV ....................... 37 WEC Cabos ............ 4ª- capa Weg ................................ 19 Wesco ............................ 39 Womer ........................... 15 Youcast ......................... 12

PUBLICAÇÕES

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AGENDA

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Cursos MikroTik – A Voz e Dados Academy realizará, entre os dias 30 de setembro e 1° de outubro, o curso Certificação Oficial MikroTik – MTCRE. As aulas serão ministradas em Cuiabá, MT. Site: https://bit.ly/3i3A5GP. Provedor – O curso Provedor 9.1, ministrado por André Ribeiro, é oferecido pela Academia do Provedor no formato online. Site: https://bit.ly/3y2fKay. Data centers – O Data Center Dynamics vai promover o curso Data Center Design Awareness, com duração de cinco dias, começando no dia 18 de outubro. Site: https://bit.ly/3eXIppA. Redes – A Lancore oferece diversos cursos na área de telecom. Entre eles estão Manutenção de redes FTTH, redes ópticas e suporte técnico em máquinas de fusão. Site: www.lancore.com.br. IA – O Pece – Programa de Educação Continuada da Escola Politécnica da USP – Universidade de São Paulo oferece o curso de atualização IA – Inteligência Artificial. As inscrições vão até o dia 29 de novembro, com início das aulas a partir de 22 de fevereiro de 2022. Site: https://bit.ly/3ryUAhM. Pós-graduação – O Instituto Mauá de Tecnologia está com inscrições abertas para diversos cursos de pós-graduação: Ciência de Dados e Inteligência Artificial; Indústria 4.0; Infraestrutura de Redes Nuvem e Segurança para TI, entre outros. Site: https://bit.ly/3kU3o0x.

Eventos Provedores e Data Centers – Diante da pandemia da Covid-19 e seus impactos, o Congresso RTI Provedores de Internet e o Congresso RTI de Data Centers foram remarcados para os dias 27 e 28 de abril de 2022 no Centro de Eventos do Ceará em Fortaleza. Paralelamente os visitantes poderão acompanhar o Intersolar Summit Brasil Nordeste, feira com foco nos ramos fotovoltaico, produção FV e tecnologias termossolares. Site: www.rtiprovedoresdeinternet.com.br. Netcom - A edição 2021 do Netcom foi adiada. Segundo os organizadores, a forte presença internacional da feira e seu porte expressivo, com circulação de mais de 3 mil pessoas por dia, são impeditivos para que a feira aconteça em 2021. O Netcom 2022 - 10ª Feira e Congresso de Redes e Telecom será realizado entre os dias 2 e 4 de agosto de 2022 no Pavilhão Azul do Expo Center Norte, em São Paulo. Site: www.arandaeventos.com.br. Processamento de sinais – Entre os dias 26 e 29 de setembro será realizado o XXXIX Simpósio Brasileiro de Telecomunicações e Processamento de Sinais (SBrT 2021), no formato online. Site: https://bit.ly/39feSFa. Segurança da informação – No dia 21 de outubro serão realizado, no formato online, o Security Leaders Regional Nordeste, evento focado em segurança da informação. Site: https://bit.ly/2UPm5YC Fios e cabos – A quinta edição da Wire South America – International Wire and Cable Fair foi adiada para o período de 25 a 27 de outubro de 2022 no São Paulo Expo. Simultaneamente, acontecerá a 11ª Tubotech. Site: https://bit.ly/2ZGNdrG.

Futurecom – A 22ª edição do Futurecom foi adiada para os dias 18 e 20 de outubro de 2022 no São Paulo Expo, em formato híbrido. Para 2021, os organizadores realizarão a 2ª edição do Futurecom Digital Week, evento online que acontece entre os dias 8 e 11 de novembro. Site: https://bit.ly/2TdiXEY. Smart grid – Nos dias 29 e 30 de novembro será realizado, em São Paulo, o 13º Fórum Latino-Americano de Smart Grid. O tema dessa edição será: Acelerando a digitalização da energia e a modernização do setor no Brasil e na América Latina. Site: www.smartgrid.com.br. Provedores – O Encontro Nacional de Provedores de Internet e Telecomunicações da Abrint – Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações acontece entre os dias 8 e 10 de dezembro no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo. Site: https://bit.ly/3oFY27Y. Tecnologia – A próxima edição da CES, uma das maiores feiras voltadas à indústria do consumo, será realizada entre os dias 5 e 8 de janeiro de 2022 em Las Vegas, EUA. Site: www.ces.tech. IBusiness - O IBusiness 2020, evento voltado para provedores de Internet promovido pela Redetelesul, foi reagendado para os dias 17 e 18 de março de 2022 em Foz do Iguaçu, PR. Site: https://bit.ly/2Za1Sep. Segurança eletrônica – A Exposec 2021, feira internacional de segurança eletrônica, foi adiada. O evento foi remarcado para o período de 7 a 9 de junho de 2022 no São Paulo Expo. Site: https://bit.ly/36j8x9A.



CABO

CABOS ÓPTICOS

6 Razões para comprar o DROP WEC padrão operadora:

DROP

Cabo 100% colado:

1

Não ocasiona efeito memória:

2

Maior aderência, alta performance mecânica, ancoragem ao revestimento e bloqueio de possíveis oxidações. Aderência do revestimento ao mensageiro, sem torcimento ao ser retirado da bobina, proporcionando melhor manuseio, facilitando o lançamento, puxamento e instalação.

Elemento de Sustentação

Aço colado

Fibra com baixa sensibilidade a curvatura, possibilitando baixo índice de atenuação durante e após a instalação

Revestimento LSZH: Elemento de Tração Metálico

Aço colado

Fibra Óp a BLI A/B (ITU-T G 657 A2) Reves me to Externo LSZH de Baixo Atrito

Aço colado

Baixo atrito, melhor desempenho quanto ao comportamento de retardância à chama, baixa emissão de fumaça, resistente a raios ultravioleta (UV), suportando todas as diferenças climáticas existentes no Brasil.

5

Cabo colorido:

6

CONTATE- NOS:

weccabos comercial@weccabos.com.br

(15) 3228-1254 (15) 9 9734-7768

4

Custo x Eficácia: Longevidade tecnológica alinhada ao investimento do seu projeto.

Pode ser fornecido nas cores: vermelho, laranja, verde, azul, branco, cinza e preto. demais cores conforme solicitação.

www.weccabos.com.br

3


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