Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia
Bauru Ano VIII Edição Especial Fevereiro de 2016 Arquivo do Voz do Nicéia
Lembra quando era assim?
Venha reviver um pouco da história do bairro! Saiba como se faz o jornal Pág. 8
www.vozdoniceia.wordpress.com
Marina Debrino/Voz do Nicéia
Agora é a praça!
2 Fevereiro de 2016 Editorial
Equipe Voz do Nicéia.
Dia útil 05h35 06h14 06h50 08h10 08h48 09h23 10h07 11h27 14h49 16h04 16h46 17h22 18h05 18h42 18h50 19h50 20h20 21h23
Sábado 05h56 06h20 07h30 08h04 09h12 09h48 10h21 11h02 11h42 12h52 14h06 15h54 17h08 18h22 19h36 20h46 21h56 23h06
Sábado 05h45 08h05 08h38 09h13 09h46 10h57 11h38 12h19 12h49 14h03 16h31 19h00 20h11 21h21
Domingo/Feriado 07h58 09h06 10h14 11h22 13h38 14h46 15h54 17h02 18h10 19h18 20h26 21h34
Domingo/Feriado 07h24 08h32 09h40 10h48 13h04 15h20 16h28 17h36 19h52 21h00
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Editora-adjunta: Daniela Arcanjo Edição geral: Angelo Sottovia Aranha (MTB-12870) Editora de Artes: Marília Garcia Equipe de Eventos: Daniele Fernandes Gabriel Andrade Clara Tadayozzi Equipe de Reportagem e Fotografia: Amanda Araujo Amanda Casagrande Ana Flávia Cézar Beatriz Lima Camila Gabrielle Daniele Fernandes Gabriela Silva de Carvalho Giovana Murça Helena Ortega Juliana Gonzalez Karina Francisco Maria Clara Novais Mariana Soares Mariane Arantes Marina Debrino Raíssa Pansieri Talita Bombarde FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa Bauru/SP
Camila Gavrielle/Voz do Nicéia
Diagramação do infográfico das páginas 4 e 5: Daniela Arcanjo Tiragem: 1000 exemplares Impressão: Full Graphics Distribuição Gratuita
“Entrava água na minha casa antes de passarem o asfalto, agora não entra mais. As ruas antes também eram cheias de buraco, com barro e esgoto. A pracinha foi muito boa também. Antes onde era a praça havia apenas buracos, esgoto e muito mato.” Cristine Lorena da Silva Lorietto, 13 anos
"A igreja católica que a gente sempre pediu ficou bem bonita. Aqui é gostoso, é sossegado, a gente não se aborrece. Todos os nossos filhos gostam daqui, ele vêm lá de São Paulo para curtir o bairro, principalmente durante o final de semana e em época de festas. As principais melhorias foram o asfalto e o encanamento." Sizinho Francisco, 80 anos
Créditos dos ícones do box informativo de redes sociais na página 8: Alexei Ryazancev / Site Inconfider
“Eu achei muito legal a gincana do Dia das Crianças na quadra. Já teve um almoço na casa da Dona Terezinha que eu gostei muito também e, no Natal de 2015, teve Papai Noel na pracinha e eu ganhei uma boneca.” Nicole Mikaella Fragoso, 8 anos
“O natal de 2015 foi legal porque eu ganhei muitos presentes, foi bem divertido. A bola que eu ganhei eu acabei dando para o meu irmão, porque eu já tinha duas e ele só tinha uma.” Maria Julia Abreu, 9 anos
“A gente se junta na pracinha pra jogar futebol e truco também. Aqui tem bastante coisa pra gente fazer, tem o parquinho e os aparelhos de exercício. O que achamos mais legal é a quadra.” Pablo Henrique, 16 anos e Giovani dos Santos, 15 anos “Antes do asfalto, já fiquei até 1 da manhã retirando a água da minha casa por conta da enxurrada. Com a pavimentação da minha rua isso acabou. Agora aqui tem tudo, graças a Deus. Tem o asfalto que não tinha, tem água e tem luz. Quando eu entrei aqui não tinha nada disso." Alcidez Garcia, 94 anos
Camila Gavrielle/Voz do Nicéia
Dia útil 06h12 07h29 08h45 09h27 10h46 11h23 12h09 12h47 15h29 16h11 16h41 19h16 19h48 20h50 22h03 22h25 23h05
“Eu gostei muito quando o bairro se mobilizou pela construção da passarela. Uma senhora e uma criança tinham sido atropeladas e a criança acabou falecendo. Então, o bairro fez uma manifestação, interditou a pista e hoje, graças à resistência, temos um local seguro pra chegar a pé no Jardim Europa.” Fernando Godoy de Abreu, 35 anos
Editora-chefe: Moema Novais
Raíssa Pansieri/Voz do Nicéia
Saindo do CENTRO
Jornalista responsável: Angelo Sottovia Aranha (MTB-12870)
Raíssa Pansieri/Voz do Nicéia
Saindo do UNIP/MAKRO
Todo mundo que mora no bairro tem alguma história com ele, não importa a idade ou o tempo no Jardim Nicéia. Acompanhe as lembranças de alguns moradores:
Projeto de Extensão Universitária
Helena Ortega/Voz do Nicéia
Unip / Makro - Centro
Horário de ônibus
Camila Gabrielle Helena Ortega Raísa Pansieri
Jornal comunitário bimestral do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP
Helena Ortega/Voz do Nicéia
uma linha do tempo do bairro destacando o que foi marcante na comunidade, como a instalação da rede de esgoto e a construção da praça. O Voz do Nicéia começa mais um ano reassumindo o seu compromisso com os moradores e buscando, cada vez mais, ser uma plataforma para a divulgação das demandas do Jardim Nicéia. Venha relembrar essa história e boa leitura!
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Qual a sua história no Nicéia?
Helena Ortega/Voz do Nicéia
O Voz do Nicéia completa o seu oitavo ano em atividade e, para celebrar essa convivência, decidimos contar a história do Jardim Nicéia, relembrando o que foi importante para os moradores desde a primeira ocupação. Aproveitamos nesta edição para explicar o projeto: em que ano surgiu e como funciona o jornal. Conversamos com algumas pessoas para saber quais eram as suas lembranças e histórias com o bairro. E fizemos um apanhado geral para mostrar o que já foi conquistado e o que ainda falta no Nicéia. Com a ajuda dos moradores, construímos
Fevereiro de 2016
Fevereiro de 2016
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Operário F. C.
Qual é a história do
Jardim Nicéia? Amanda Araújo Beatriz Lima Karina Francisco
Maria Clara Novaes Mariana Soares Talita Bombarde
Década de 1970: Nascimento do bairrro
O Jardim Nicéia surgiu por volta de 1970, com a ocupação da área por pessoas de Bauru e de cidades vizinhas que buscavam um lugar para morar. Em entrevista para a primeira edição do Voz do Nicéia, em 2008, Dona Nair Martins da Silva, uma das primeiras moradoras do bairro, conta que foi para o bairro para fugir da seca do sítio em que morava. Logo após a sua chegada ela afirma que outras famílias também foram ocupando o bairro, que começou a aumentar.
1999
1997
2014: ão Inauguraç da praça
2013
2008
2010
Google Maps
Quem chega ao Jardim Nicéia hoje e se depara com crianças brincando na praça, algumas ruas pavimentadas e energia elétrica para parte do bairro, não imagina que essas melhorias aconteceram de forma muito lenta. Desde o seu surgimento, o bairro passou por diversas mudanças. Joana Miguel da Silva conta que na época em que chegou ao bairro, há 22 anos, a falta de infraestrutura era uma das principais características do Jardim Nicéia. Havia poucas casas e, mesmo assim, apenas uma das ruas tinha água e luz. Hoje essa situação mudou, apesar das melhorias não abrangerem ainda todas as famílias. Para saber um pouco mais sobre a história do seu bairro acompanhe a linha do tempo do Jardim Nicéia:
Foi nesse ano que a situação da iluminação do bairro apresentou uma grande mudança. Em 1992 havia iluminação apenas na Rua 3. Após 1997, esse quadro mudou e moradores de outras áreas receberam esse direito, começando pela Rua 1. Ainda hoje, apenas metade da Rua 6 tem iluminação pública.
Fundado em 17 de novembro de 1999, o Operário Futebol Clube promove a prática do esporte e leva o nome do bairro para toda a região de Bauru. Com as cores azul e branco, o Operário disputa na Liga Bauruense de Futebol Amador e em jogos amistosos. Em 2000, o clube ganhou a taça da Segunda Divisão do campeonato e no ano passado levou o segundo lugar. Atualmente, 20 jogadores participam do time, a maioria craques do Nicéia.
ais/Voz do N icéia
Iluminação
Moema Nov
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1990
Em agosto de 2011 foi firmada uma parceria entre a Prefeitura, o Núcleo de Pesquisa em Arquitetura e Habitação de Interesse Social da Unesp, o Rotary Club e o Supermercado Confiança para a construção da praça. Em outubro do mesmo ano o projeto estava pronto, mas só em julho de 2013 a prefeitura iniciou as obras. No final de 2014 os moradores do bairro puderam finalmente usufruir da Praça do Jardim Nicéia, “um espaço da comunidade e para a comunidade”, segundo a moradora Joana.
Água e esgoto
Associação de moradores
Jornal Voz do Nicéia
Nessa década surge a Associação de Moradores do Jardim Nicéia. O fundador e primeiro presidente dela foi Vasconcelos, conhecido como “Seu Vasco”. A principal função de uma associação de moradores é facilitar o diálogo entre os habitantes do bairro e o poder público. A última presidenta da Associação, Joana Miguel da Silva, renunciou no início de 2014. Ela explica que sempre teve a ajuda de todos.
Em maio de 2008, o primeiro Voz do Nicéia é impresso. O projeto foi iniciado por alunos da Unesp depois de visitas ao bairro e da parceria dos moradores. A ideia era colaborar com o Jardim Nicéia e exercitar o jornalismo. O jornal foi criado com base em quatro características: a qualidade da informação e o foco no bairro, o caráter crítico, a periodicidade e a gratuidade.
Cidade Legal A entrada do bairro no “Cidade Legal”, em 2010, foi uma grande vitória para os moradores. Antes dessa data, como o terreno onde se encontra o bairro é particular, qualquer obra de infraestrutura ali seria considerada corrupção. Hoje o programa federal garante que o Jardim Nicéia receba melhorias mesmo com a regularização dos lotes em andamento. Depois de 2010, com o Cidade Legal, o poder público pode fazer obras no bairro sem ter problemas com a lei.
Somente nesse ano as obras de saneamento básico ficaram prontas em algumas ruas. Elas incluíam a construção de tubulação e galerias de água da chuva, além da implantação de bocas de lobo e de sistemas de captação. Para asfaltar as ruas é necessário que o saneamento básico e a tubulação estejam adequados. Até ficarem prontas, as obras foram interrompidas duas vezes. Essa melhoria só foi possível pela entrada do bairro, em 2010, em um programa de pavimentação da Prefeitura e da Secretaria de Obras.
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Fevereiro de 2016
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O Jardim Nicéia e suas O bairro já passou por diversas mudanças desde a
O Jardim Nicéia surgiu na década de 1970 com a ocupação da área do bairro. Desde a chegada dos primeiros moradores, o Nicéia conquistou muitos direitos, mas há ainda muitas demandas dos moradores por uma melhor infraestrutura no bairro. Conquistas do bairro
ma que “o projeto da Praça foi realizado por alunos da Unesp Bauru e a verba para a construção foi viabilizada pelo Rotary Club Parque das Nações”. Ao longo de sua história, o bairro também ganhou uma passarela, um ponto de ônibus mais próximo e algumas ruas pavimentadas. Para a moradora Maria Aparecida Garcia, 69, essas modificações melhoraram a situação do bairro no qual vive há oito anos. “Agora as pessoas correm menos risco ao atravessar a pista”, argumenta. As ruas que receberam asfalto fo-
Giovana Murça/Voz do Nicéia
Uma das grandes conquistas do Jardim Nicéia foi
a construção da creche pela Universidade do Sagrado Coração (USC) em uma área doada pela Prefeitura. A entidade funciona até hoje, mas agora administrada pela Ação Comunitária e Promoção Social São Francisco (ACOP). Outro local importante que o bairro conseguiu foi a praça para lazer e diversão. Ela foi concluída no final de 2013 e passou de um terreno vazio para um espaço com quadra, academia ao ar livre e quiosques. Priscila Medeiros, assessora de comunicação da Prefeitura de Bauru, afir-
ram a 2 e a 3. “Agora tem o asfalto, mas antes era tudo mato e areia. Quando chovia, transbordava o córrego que passava no bairro e inundava a casa”, completa Dona Maria. As tubulações de água e esgoto foram instaladas ainda na década de 90 pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE), mas só em 2013 a prefeitura finalizou as obras das galerias pluviais para que o Nicéia tivesse um saneamento básico adequado. Apesar disso, os moradores ainda se queixam que algumas casas inundam quando chove por falta de bueiros para escoar a água. E o posto de saúde?
A rua 6 é a que apresenta mais problemas de infraestrutura. Além de não possuir pavimentação asfáltica, a rede elétrica vai só até metade da rua
Apesar dos muitos avanços da infraestrutura do Nicéia, ainda existem reclamações por parte dos moradores a respeito do bairro: a falta de asfalto e rede de esgoto em algumas ruas, um posto de saúde, um ponto de ônibus e uma escola dentro do bairro. Eraldo Monteiro Filho, morador do bairro há sete anos, argumenta que o asfalto melhoraria o trânsito de carros, destacando a falta de sinalização de mão única ou dupla e placas no bairro. Eraldo acredita na união dos moradores para conquistar as melhorias, mas afirma que a prefeitura também tem que fazer a sua parte. Sobre a falta de um pos-
principais conquistas década de 1970, mas alguns problemas permanecem to de saúde próximo ao Jardim Nicéia, a moradora Maria Aparecida lembra que pessoas idosas do bairro muitas vezes precisam pagar alguém para levá-las ao posto no Jardim Europa ou no Geisel. Como muitos dos moradores dependem de transporte público fica ainda mais difícil chegar ao posto de saúde quando necessário. Além disso, apesar do bairro estar no raio de atendimento da escola do Jardim Europa, existe a barreira da rodovia. “Mesmo com a construção da passarela, é uma barreira física difícil de superar”, diz a ex-arquiteta da Secretária de Planejamento, Maria Helena Regitano. Segundo a assessora Priscila Medeiros, a Secretaria Municipal de Obras informa que, para o ano de 2016, não há previsão de implantação de galeria de águas pluviais e pavimentação no bairro. Para o morador Eraldo, o restante das melhorias seria necessário para o bairro “ser uma vila mesmo e ninguém chamar de favela”. Rua 6
A Rua 6 é a que mais precisa de melhorias no bairro. Muitas obras de infraestrutura precisam ser feitas para melhorar a qualidade de vida dos moradores: falta energia elétrica dentro das casas, a iluminação pública e tubulações de água e esgoto vão só até
metade da rua. A moradora Eidielle da Silva Costa, de 10 anos, mora no bairro desde que nasceu e reclama da falta de pavimentação: “o ruim da rua 6 é que não tem asfalto, é tudo de terra. Fica ruim pra andar e tem muita poeira”. A moradora Maria de Lourdes da Silva, 65 anos, aponta muitas melhorias conquistadas pelos moradores ao longo dos anos, mas questiona o motivo de nenhuma delas chegar à rua 6: “colocaram os postes de luz até metade da rua dizendo que a outra metade era particular. Abriram rede de esgoto, mas não tem esgoto”. A assessora de imprensa do DAE, Giovanna Tolo, afirma que a rua 6 já está contemplada com a rede de água e esgoto. Entretanto, os moradores não confirmam essa afirmação: eles dependem de fossas nos quintais de suas casas, o que representa um perigo à saúde e à qualidade de vida. “Se tivesse rede de esgoto, todo mundo faria um banheiro adequado e a água iria direto para o esgoto. Mas não é o que acontece: temos que fazer fossas e elas atraem muito pernilongo”, continua a moradora Maria de Lourdes. A assessora do DAE também afirmou que “algumas residências desse bairro ainda não estão regularizadas, o que impede a execução de nova rede”.
Helena Ortega/Voz do Nicéia
Amanda Casagrande Gabriela Carvalho Giovana Murça Marina Debrino
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A creche foi inaugurada nos anos 2000 Legalização dos lotes
A regularização dos terrenos do Jardim Nicéia é um antigo desejo dos moradores. Uma das principais barreiras desse processo é a disputa judicial entre duas famílias pelo terreno ocupado. Antes, a única forma das leis jurídicas considerarem a região pública era a doação do terreno para os moradores. Com o Novo Estatuto da Cidade, de 2001, surgiu uma nova possibilidade: o usucapião coletivo, que seria feito caso se comprovasse que os moradores ocuparam a área de forma pacífica durante 5 anos e que não tinham outra residência. Mas o usucapião coletivo foi inviável, porque o bairro foi loteado regularmente e aplicar o Novo Estatuto da Cidade o tornaria inteiro particular novamente, inclusive as ruas, impossibilitando a prefeitura de investir na infraestrutura.
Em 2007 surge o programa “Cidade Legal”, que visa desburocratizar os processos de regularização de habitações. Ele permite que áreas na situação do Nicéia recebam investimento público mesmo estando em uma área particular. “A prefeitura de Bauru se inscreveu no programa Cidade Legal e relacionou vários bairros como o Jardim Nicéia para fins de regularização”, explica a ex-arquiteta da prefeitura Maria Helena. A legalização completa do bairro depende diretamente da finalização do processo de doação da terra, mas a prefeitura hoje pode exercer melhorias no bairro e ser cobrada por isso. O advogado que cuida do caso, Rubim Slobodtikov, informa que as ações referentes à regularização dos lotes continuam em andamento e que os procedimentos estão dentro do prazo.
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Fevereiro de 2016
Você conhece o Voz do Nicéia?
O projeto existe há oito anos no bairro e tem como principal objetivo ajudar na divulgação das demandas dos moradores Daniela Arcanjo Moema Novais
A primeira edição do Voz do Nicéia foi publicada em maio de 2008 e foi produzida inteiramente por alunos da Universidade Estadual Paulista. No início, eram sete alunos que integravam o jornal, mas ao longo dos últimos anos, diversas gerações passaram por esse projeto de extensão universitária, que se consolidou como o jornal comunitário do Jardim Nicéia. O jornal é impresso com o financiamento da Pró-Reitoria de Extensão Universitária e continua sendo feito pelos estudantes em parceira com os moradores. Para continuar atendendo à comunidade, algumas mudanças foram necessárias desde a primeira publicação. Em 2010 e 2014, o Voz passou por algumas mudanças na sua organização interna e na diagramação. O projeto cresceu e hoje funciona em quatro frentes: o jornal impresso; o meio online, com o blogue
e as redes sociais; os eventos; e o grupo de pesquisa, no qual os estudantes debatem sobre assuntos relacionados ao bairro e ao jornalismo. Além da verba para impressão dos jornais, o Voz do Nicéia recebe duas bolsas de auxílio, uma para cada coordenadora, que trabalham sob a supervisão do professor-coordenador. O principal objetivo do projeto é dar visibilidade às reivindicações da comu-
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Você tem alguma sugestão de tema para uma matéria ou dúvidas sobre o projeto? Entre em contato com a nossa equipe! E aproveite para nos seguir nas redes sociais. Lá você confere reportagens inéditas, além de ficar sabendo dos bastidores do Voz do Nicéia e das datas dos próximos eventos no bairro. Nosso blogue é o vozdoniceia.wordpress.com
nidade do Jardim Nicéia com base no que a maioria dos moradores julga importante. Para isso, os repórteres procuram ouvir o maior número possível de pessoas da comunidade e tomam cuidado para não deixar que as suas opiniões interfiram na apuração dos fatos. Ao decidir os temas que estarão na edição, os integrantes do projeto também atentam-se para não favorecer apenas uma pessoa ou um pequeno Facebook
grupo do bairro. Fazer isso seria tirar o caráter coletivo e imparcial do jornal. Além de circular no Jardim Nicéia, o jornal também é entregue na Câmara de Vereadores da cidade de Bauru e na Prefeitura, fazendo com que as demandas do bairro cheguem ao poder público e aumente o senso de responsabilidade dos repórteres durante a produção. Durante as entrevistas e quando o jornal chega ao poder público, muitas demandas do bairro são cobradas dos vereadores. Os integrantes do projeto trabalham de maneira voluntária, valorizam o Voz do Nicéia por ser um meio de treinar o Jornalismo antes de se formarem e por ser um modo de ter contato com a comunidade do bairro. Para facilitar a identificação das nossas ações no bairro, os repórteres costumam ir com camisetas relacionadas à Universidade, usam crachás de identificação e, nos eventos promovidos pelo jornal, o nosso logo - a menina com o megafone - está sempre visível nos cartazes. Youtube
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