30ª edição do Voz do Nicéia

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia

Bauru

Ano VIII

Edição nº 30

Maio de 2016 Giovanna Castro e Gabriela Arruda/Voz do Nicéia

"Mostre seu Talento" agita o bairro em sábado ensolarado Pág. 3

Entulho acumula água e causa dengue e queimadas Pág. 4

Vazamento na Rua 4 é consertado, mas problema continua Pág. 6 Guilherme Sette/Voz do Nicéia

Luisa Volpe/Voz do Nicéia

O que é parto humanizado? Pág. 6

www.vozdoniceia.wordpress.com


2 Maio de 2016 Editorial Neste domingo comemora-se o Dia das Mães e, em lembrança a essa data, fizemos uma edição para elas, nossas mães! Você vai poder conferir o que as crianças do bairro mais gostam em suas mães no "Fala, morador!" e saber quais são os direitos da gestante em um "Tira-dúvidas" sobre parto humanizado. Na página ao lado, poderá ler como foi feito o evento do dia 30 de abril, o Mostre Seu Talendo, realizado pelo Voz do Nicéia. Relembre o que acharam da festa moradores e as principais atrações e não perca a sessão de fotos de sábado no mural!

Unip / Makro Horário de saída do CENTRO - Dia útil 05h35 05h50 06h14 06h48 07h16 08h10 08h48 09h23 10h07 10h42 11h27 12h05 12h51 13h29 14h10 14h23 14h49 15h32 16h04 16h46 17h22 18h05 18h15 18h42 18h50 19h18 19h50 20h20 21h23 22h35 Sábado 05h45 06h10 08h38 09h13 12h19 12h49 16h31 17h45

06h28 09h46 13h29 19h00

06h59 10h22 14h03 20h11

07h33 10h57 14h20 21h21

08h05 11h38 15h17 22h30

Domingo/Feriado 06h20 07h24 08h32 09h40 10h48 11h56 13h04 14h12 15h20 16h28 17h36 18h44 19h52 21h00 22h08

Fale com a gente! Departamento de Comunicação Social da Unesp 3103-6063 3103-6066 E-mail jornal.vozdoniceia@gmail.com

Temos ainda informações sobre antigas reclamações dos moradores do bairro: o acúmulo de entulho, que provocou casos de dengue e queimadas no bairro no último verão, e o vazamento de água, por conta do mais recente caso desse problema na Rua 4. Para finalizar, saiba um pouco mais, na sessão "Perfil", sobre Nair Martins, uma das primeiras moradoras do bairro e mãe de quatro filhos.

Boa leitura! Equipe Voz do Nicéia

Horário de ônibus Câmpus /CTI: Horários saída do Campus - CTI - Dia útil 06h20 06h40 07h20 07h40 08h20 08h40 09h02 09h39 10h00 10h30 11h00 11h20 12h16 12h36 12h56 13h16 13h33 13h56 14h26 14h56 15h26 16h20 16h26 17h16 17h36 18h00 18h22 18h36 18h56 19h36 20h00 20h36 21h00 21h26 22h00 22h27 23h05 Sábado 06h25 07h17 07h45 08h10 08h35 09h30 10h20 11h15 12h32 13h00 13h25 14h17 15h10 16h02 18h40 19h33 20h25 21h18 23h03

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MOTO TÁXI NICÉIA Transporte de passageiros e encomendas

DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO Para problemas com vazamentos, ligue:

(14) 3203 - 2683

(14) 3235-6140 / 3235-6179 (celular)

Jornal comunitário bimestral do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP Projeto de Extensão Universitária Jornalista responsável: Angelo Sottovia Aranha MTB-12870 Editora-chefe: Daniela Arcanjo Edição geral: Angelo Sottovia Aranha MTB-12870 Equipe do Blog: Gabriel Andrade, Gabriela Arruda, Giovanna Castro Equipe de Eventos: Amanda Araújo, Beatriz Lima, Camila Gabrielle, Caroline Amélia, Daniele Fernandes, Gabriela Silva de Carvalho, Gabryella Ferrari, Giovanna Romagnoli, Lorenzo Santiago, Matheus Rodrigo, Rafael de Toledo Equipe de Reportagem e Fotografia: Ana Carolina Montoro, Ana Cristina Marsiglia, Ariely Polidoro, Bárbara Alcântara, Beatriz Ribeiro, Daiane Tadeu, Daniele Olímpio, Douglas Françoza, Giovana Moraes, Giovana Murça Pastori, Guilherme Hansen, Guilherme Sette, Helena Ortega, Luisa Volpe, Maria Clara Novais, Maria Gabriela Zanotti, Mariana Soraes, Matheus Dias, Tatiany Garcia, Victor Barreto, Victória Rangel, Vitor Soares Créditos dos ícones de mídias sociais: Alexei Ryazancev / Site Inconfider FAAC - Unesp Bauru Departamento de Comunicação Social Endereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa Bauru/SP Tiragem: 1000 exemplares Impressão: Full Graphics

0800-7710195 (fixo gratuito) Distribuição Gratuita


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Lazer e cultura movimentam Jardim Nicéia "Mostre Seu Talento", no dia 30 de abril, teve dança, música e muita diversão

O evento Mostre seu Talento, organizado pelo Voz do Nicéia, agitou o bairro no último sábado. Com o objetivo de ser um espaço para que os moradores pudessem manifestar as suas criações, contou com artistas convidados e também do próprio bairro. Todos puderam se apresentar em um palco montado na praça do Nicéia durante toda a tarde. A festa teve apresentações musicais para todos os gostos, dança, grafite, cortes de cabelo gratuitos, oficina de turbante e doces doados pela Rede de Supermercados Tauste. As amarrações de turbante foram ensinadas por Greice Luiz. Ela é jornalista e explica que os turbantes são usados para "reafirmar a identidade cultural africana, além de valorizarem os cabelos crespos e elevarem a autoestima de quem os usa". As cabeleireiras Bruna Gonçalves, Adélia Maria e Débora Florentino e o cabeleireiro Lut Borges, do salão Beauty Club Brunex & Barbearia Borges ficaram responsáveis por fazer penteados em quem estava no evento. A cabeleireira Bruna explicou o significado das tranças, o principal penteado pedido pelo pessoal do

bairro: remetem à cultura africana e reforçam a estética dos povos descendentes da África. “Com o meu talento eu ajudo o próximo”, afirmou a cabeleireira. Quem quiser repetir a dose pode ir a uma das duas unidades do salão: uma fica na Rodrigues Alves, 3-37, no centro de Bauru, e a outra fica na Andrade Neves, 5-96, no bairro Santa Cecília, em Agudos. Bastante gente do bairro teve vez na hora de mudar o visual: catorze pessoas cortaram o cabelo, mais de 20 meninas fizeram tranças e cerca de 30 pessoas colocaram turbantes. Para ninguém ficar parado No caminhão-palco vários artistas se apresentaram. Os primeiros foram os rappers Betin MC, Tiago NGO e MOONBeat's, que agitaram o público com letras contestadoras. Os artistas disseram que o evento “possibilita aos moradores aprendizados diferentes e geram uma conscientização sobre a realidade da periferia”. O morador da Rua 2 Sidney Braz também aprovou o evento: “o Nicéia está precisando de eventos assim. Se pudesse fazer mais seria ótimo”. O grupo Maracatu Abayomi, que se apresentou logo em seguida, animou a galera com música e dança. Alberto Pereira, um dos fundadores do grupo, contou no palco

Giovanna Castro e Gabriela Arruda/Voz do Nicéia

Gabriel Andrade Gabriela Arruda Giovanna Castro

O cantor MC Lúcio fechou o evento, que começou às 14h e só acabou às 19h. Houve atrações para todos os gostos que o gênero musical surgiu no estado de Pernambuco como uma forma de resistência à escravidão imposta ao povo negro. Ele estende a luta até os dias de hoje: “nós buscamos igualdade”, afirmou, na apresentação, antes de convidar quem quisesse a participar do Maracatu. Os ensaios acontecem na Casa da Capoeira (Rua Sebastião Pregnolato, 4 - Jardim Auri Verde), às 18h, nos domingos. A oficina para integrantes é no mesmo dia, das 16h às 18h. As crianças trouxeram graça ao palco nas Batalhas do Passinho e nos shows do Mensageiro, Fernando Godoy, um cantor de RAP Gospel, e do MC Lúcio, que mostrou o seu som do gênero Funk Ostentação. Ambos são artistas e moradores do Nicéia.

O grupo de RAP Habitat Urbano, que conta com um membro do bairro, avaliou o evento como importante para reunir a comunidade do Nicéia. Já o pessoal do Renegados MC'S disse que festas como essas facilitam o acesso à diversão por levar atrações à periferia, já que, na maioria das vezes, é necessário ir ao centro da cidade para assistir a uma atração musical. Enquanto aconteciam os shows, os grafiteiros Luis Enrique Frabetti (Major) e Patrícia Garrido (Awe) contribuíram com um novo grafite para colorir o bairro, que você pode conferir em um trailer que fica ao lado da praça do bairro. Ao final do evento, todos puderam se refrescar com uma deliciosa salada de frutas cedida pelos varejistas do CEASA.


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Acúmulo de lixo no bairro leva Moradores afirmam que o descaso dos órgãos

O acúmulo de lixo e entulho é um problema recorrente no Jardim Nicéia. Esse tema já foi abordado diversas vezes pelo jornal devido às reclamações dos moradores. Nos últimos meses, o entulho e os dejetos que são depositados na lateral do bairro contribuíram para o agravamento de problemas de saúde. Diversos casos de dengue foram relatados pelos moradores, além da ocorrência de problemas respiratórios devido às queimadas no bairro. Fumaça tóxica Apesar de ser, muitas vezes, a única saída para os moradores, queimar o entulho pode ser um tanto prejudicial à saúde da população do bairro. A moradora da Rua 5, Ana Maria Ananias, reclamou do descaso dos moradores ao deixarem o lixo fora da lixeira e contou como esse problema afeta sua vida: “eu tenho um bebê de dois anos e toda semana tenho que levar o menino no posto de saúde. Por causa da bronquite, ele acaba passando mal com as queimadas". Ela acrescenta que seus dois netos também passam mal com a fumaça. Na Rua 6, a moradora Maria Apa-

recida de Oliveira confirma esse problema: "as crianças têm bronquite, tenho uma sobrinha que é asmática e as fumaças a prejudicam muito", afirma. Dengue no Nicéia O lixo amontoado no bairro pode acumular água, tornando-se um local propício para a procriação do mosquito da dengue, o Aedes Aegypti. Apesar dos moradores confirmarem diversos casos da doença, a Secretaria Municipal de Saúde afirma não haver nenhuma notificação. Isso pode ter ocorrido possivelmente porque os moradores não estão procurando atendimento, sugere a diretora do Departamento de Saúde Coletiva Meire Belchior, já que no bairro não tem nenhum posto de saúde. Alguns moradores relataram ainda que se automedicam em caso de sintomas, o que pode agravar ainda mais a doença e levar à morte, segundo informações do site do Conselho Regional de Farmácia do estado de São Paulo. Medicamentos como Ibuprofeno e Paracetamol, por exemplo, não devem ser consumidos sem uma avaliação médica e o mal uso desses remédios pode causar graves danos ao fígado. A Dona Gislaine Batista contou, em entrevista que ela e sua sogra já contraíram dengue. No entanto, apenas sua sogra, Dona Maria, procurou ajuda mé-

Guilherme Sette/Voz do Nicéia

Ariely Polidoro Daniele Olimpio Douglas Françoza Luisa Volpe Maria Gabriela Zanotti Mariana Soares Tatiany Garcia

As queimadas geram fumaças tóxicas decorrentes da queima de plásticos e restos de produtos químicos de limpeza dica. “Eu não fui, me mediquei em casa mesmo, mas ela foi e tomou paracetamol e soro em casa”, explica Gislaine. A Dona Maria Cristina Souza contou que foi ao posto, mas não ficou satisfeita com o atendimento. Ela critica que no posto há muita burocracia: a comerciante chegou a demorar até três meses para marcar a consulta. Ela disse que preferiu ir à UPA do Geisel, pois lá ela recebeu medicamento. Parceria entre prefeitura e moradores Em entrevista com Danilo Tarcinalli, Diretor da Divisão do Departamento de Vigilância Ambiental vinculado ao Departamento de Saúde Coletiva, foi destacada tanto a importância do órgão para lidar com questões ambientais quanto a conscientização

por parte da população, que deve zelar pela qualidade do seu ambiente. Para Danilo, “toda alteração no meio ambiente prejudica a saúde das pessoas’’. No Jardim Nicéia não é diferente. Com o problema do entulho, o bairro enfrenta obstáculos, como doenças e queimadas. A falta de lixeiras adequadas e as queimadas podem acarretar doenças e contaminar o solo e a água. A equipe de Tarcinalli conta com oitenta agentes de saúde, sendo cinco remanejados para o setor de educação e conscientização. Porém, o departamento está em uma situação de sobrecarga; ainda falta gente para trabalhar. Há muito trabalho para poucas pessoas, o que dificulta a ação mais frequente das equipes nos bairros. Essa ausência acaba facilitando a propagação de


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a casos de dengue e queimadas públicos responsáveis agravam os problemas doenças como a dengue, já que não há programas de conscientização sobre como evitar criadouros do mosquito – tudo o que pode acumular água e desenvolver larvas – na comunidade. Tarcinalli mapeou um novo roteiro de trabalho para aumentar a frequência das visitas no bairro, consistindo em um agente de saúde que vai mensalmente às casas do Nicéia, cria uma relação de confiança com os moradores e separa os territórios onde haja maior risco, para focar diretamente na solução do problema. A partir disso, o agente de saúde vai até a casa do indivíduo, elimina os criadouros existentes e geralmente aplica o larvicida, muito aceito pela sociedade, que acredita ser a solução para o problema

da dengue. Entretanto, ele explica que não funciona dessa forma. O larvicida, após sua aplicação no ar, tem um tempo para efetivar sua ação de combate: cerca de vinte minutos. O produto elimina o que está presente no ar somente naquele momento, não surte mais efeito depois desse tempo. A vigilância, como afirma Daniel, trabalha muito com a associação de moradores, por uma melhor aceitação do programa pela comunidade e incentivo à participação. Por ser uma população pequena, ele acredita que o Nicéia se adaptaria muito bem a esse programa. Daniel Tarcinalli revela estar disposto a ir em busca de firmar parcerias com a associação de moradores. “Me comprometo, a

ir atrás da associação para fazer atividades que conscientizem a população”, afirma o diretor. O Cidade Limpa, responsável pela retirada de entulhos, passará também no Nicéia entre os dias 16 e 25 de maio de 2016. Limpeza é um direito Segundo a Lei Nº 5.837 que estabelece a Política Municipal de Limpeza Urbana e de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, cabe ao Município a gestão dos resíduos sólidos em Bauru. Essa gestão é feita pela Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru, a EMDURB. Porém, em relação ao problema do lixo no Bairro Jardim Nicéia, o gerente de limpeza pública Nivaldo Peres afirma que a EMDURB está cumprindo

a sua parte para manter o bairro limpo. Segundo ele, o caminhão do lixo passa três vezes na semana (na terça-feira, na quinta-feira e no sábado) e percorre todo o bairro recolhendo os lixos residenciais, como em toda a cidade. Apesar da lei reconhecer que é um direito de toda a população ser atendida com serviços eficientes de limpeza pública, a retirada de entulho no bairro não é realizada pela prefeitura. Isso só pode ser feito por intermédio da contratação de caçambas alugadas por empresas particulares, o que além de ir contra os princípios da Lei Municipal, fere um dos Direitos Humanos, o que diz respeito à necessidade de se assegurar a saúde e o bem-estar ao indivíduo e a sua família.

Quais as diferenças entre Dengue, Chikungunya e Zica? Dengue • • • • • • • •

Febre Dores musculares Dor de cabeça e nos olhos Falta de ar Manchas na pele Indisposição Náuseas e vômitos Manchas e erupções cutâneas

Chikungunya • • • •

Febre acima de 39 graus Dores nas articulações Dores de cabeça Manchas vermelhas na pele

Zika • Dores nas articulações e atrás dos olhos • Febre mais baixa que em pacientes com dengue e chikungunya • Perda de apetite • Dor de cabeça • Erupções cutâneas • Olhos avermelhados

Estudos recentes têm relacionado a Zika a casos de microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré, uma síndrome neurológica e autoimune que faz com que o sistema imunológico do corpo ataque o próprio sistema nervoso, inflamando os nervos e provocando fraqueza muscular.


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?? Tira Dúvidas

??

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Ana Carolina Montoro Bárbara Alcântara Giovana Murça

O que é parto humanizado? É o parto com uma assistência humanizada, uma forma de amparar a gestante e sua família. O objetivo é devolver o comando desse momento para a mulher, já que o nascimento em hospitais trouxe consequências como o alto número de cesáreas, que elevam o risco de complicações. Hoje há uma média de 56% de cesáreas no total de partos no Brasil. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde é que seja, no máximo, 15%.

O parto é uma experiência especial na vida de muitas mulheres. Infelizmente, por causa de tratamentos hospitalares inadequados, esse momento pode se tornar traumático. Para evitar esse tipo de situação e garantir um parto confortável à mãe, vem se popularizando o parto humanizado. Para celebrar o Dia das Mães, fizemos uma entrevista com a psicóloga e doula Paula Ro- Qual a diferença entre berta Garcia Naldi. Ela ex- parto normal e cesáreana? plica um pouco sobre esse O parto por operação tipo de parto. cesáreana é uma cirurgia

Parto Humanizado

de grande porte na qual a mulher recebe uma anestesia. Já o parto normal é um processo que o corpo da mulher foi programado para realizar. É um direito da mulher escolher qual tipo de parto quer fazer.

ferência; tratar a mulher de forma que a faça se sentir mal, por agressões ou discriminações; fazer procedimentos sem explicar antes o que serão e sem pedir a permissão à mãe. Um exemplo de procedimentos inadequados é a episiotomia (cortar a vagina) sem a autorização da gestante, ou outros procedimentos dolorosos, desnecessários ou humilhantes.

O que é violência obstétrica? É toda violência cometida contra a gestante e sua família durante a assistência hospitalar. Ela pode ser verbal, física, psicológica ou sexual. Como evitar a violência obstétrica? Quais os tipos de violênAs mulheres e seus cia mais comuns? acompanhantes podem se Impedir que a mulher informar sobre todos os em trabalho de parto ou direitos da mãe e do bebê pós-parto seja acompanha- e conversar com a equipe da por alguém de sua pre- médica.

Vazamento nas ruas atrapalha os moradores Encanamento precário pode ser a causa do desperdício de água

Os vazamentos de água têm sido um problema constante no cotidiano dos habitantes do Jardim Nicéia. O mais recente ocorreu no meio do mês de abril, dessa vez, na Rua 4. A moradora Eliana dos Santos Giordano contou que o último vazamento durou 15 dias e fez com que toda a da rua ficasse alagada, prejudicando o trânsito dos moradores e desperdiçando água potável. Após muita

insistência ligando para o Departamento de Água e Esgoto (DAE), o problema foi solucionado. Porém, é grande a recorrência dos vazamentos no Jardim Nicéia. Foram matérias do jornal duas vezes no ano de 2014. Em novembro daquele ano, a assessoria de imprensa do DAE atribuiu o problema à tubulação do bairro, que é antiga, de ferro e cerâmica. O material, na época, estava sendo trocado por canos de PVC, que são mais resistentes. Mas, o bairro continua enfrentando situações semelhantes. Em relação aos vazamentos recentes, o jornal, ao

Guilherme Sette/Voz do Nicéia

Guilherme Hansen Guilherme Sette Victor Barreto Daiane Tadeu Vitor Soares

De acordo com os moradores, os canos costumam vazar por semanas antes do conserto, desperdiçando muita água potável

tentar contato com o DAE e com a Secretaria de Obras, não obteve sucesso. A secretaria informou por telefone que o diretor responsável do departamento estava em férias e voltaria ao trabalho no

dia 2 de maio. Ao realizar a ligação novamente, foi dito que o órgão responsável para cuidar dos vazamentos é o DAE, que, por sua vez, não respondeu às tentativas de contato dos repórteres.


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"O que você mais gosta na sua mãe?"

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Maria Clara Novais Giovana Moraes Ana Cristina Marsiglia Victória Rangel

Mãe é mãe, não importa o bairro. Seja nas comidas, nos passeios, todo filho tem uma coisa boa pra falar de sua mãe. Neste Dia das Mães, saiba um pouquinho mais sobre o que as crianças do bairro pensam das suas mães. Fotos: Ana Cristina Marsiglia “Eu não moro com a minha mãe, mas quando a visito brincamos de cosquinha e assistimos vários desenhos juntas. Eu gosto do jeito da minha mãe, ela é boa e engraçada. Gosto que ela sempre compra lanche para eu levar para a escola.” Ana Paula, 11 anos

“Eu gosto muito do arroz e do feijão que a minha mãe faz. Nos momentos livres eu gosto de jogar dominó e memória com o meu pai e com a minha mãe e nos dias das mãe vamos ao shopping assistir filme.” Erick Leandro, 13 anos

“Gostamos da comida de nossas mães e de quando vamos ao zoológico com elas. Brincamos de fazer cosquinha e, no dia das mães, vamos fazer um churrasco para comemorar. De presente, daremos desenhos com muitos corações, flores e borboletas, porque elas são muito carinhosas e merecem.” Miguel, 5 anos; Lucas, 11 anos; Lucas Rodrigo, 11 anos “Gosto do amor, da lasanha que ela faz e do carinho que ela me dá. Ela geralmente trabalha muito, mas quando estamos em casa a gente gosta de assistir TV juntos.” André Fernando, 14 anos

“Eu gosto de dançar a música da Peppa Pig junto com ela. Sempre dormimos juntas e adoramos ver desenho.” Nadielly, 5 anos

“Amo o carinho da minha mãe e gosto muito de passear com ela. A gente sempre cozinha e eu corto os legumes. Ela cozinha muito bem. Daniel, 9 anos

“Gosto de brincar de casinha com a minha mãe e sempre ajudo a limpar a casa, mas ela não me deixa fazer muita coisa. Amo o macarrão com carne moída dela, e, no dia das mães, vou abraçar e falar que amo ela.” Milena, 6 anos

“Gostamos de brincar de lutinha e jogar futebol na praça com ela. Dançamos e assistimos novela e Chaves juntas. A nossa mãe é muito carinhosa." Flaviana, 9 anos; Milena, 4 anos


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Helena Ortega/Voz do Nicéia

Perfil Beatriz Ribeiro Helena Ortega Metheus Dias

Numa sexta-feira à tarde, uma semana antes do Dia das Mães, a equipe do Voz do Nicéia foi conversar com uma das mães mais antigas do bairro: Dona Nair Martins, da Rua 4, de 83 anos. Com muito bom humor, apesar de termos interrompido seu descanso, ela nos atendeu enquanto assistia a sua novela. Dona Nair contou o quanto batalharam ela e seu falecido marido, o senhor João Gordiano, na criação de seus filhos Amarildo, Almir, Paulo e Márcio. Nair disse que na época em que trabalhava mais como dona de casa, Márcio, o caçula, tinha apenas 8 anos. Ela e seu marido trabalharam durante muitos anos na Fazenda e Usina São José. O trabalho a acompanhava até em casa, onde a rotina se dividia entre cuidar dos filhos e realizar tarefas domésticas que incluíam: pegar água no poço e lenha pro fogão, e cuidar de sua horta. Ela comenta: “muitas mães reclamam, mas não pas-

Nair Martins sam nem a metade do que a gente passou. Não era fácil. Não tinha tanque, água ou luz, nós pegávamos a água lá de cima e trazíamos na cabeça”. Apesar dessas dificuldades, Nair acredita que seus filhos tiveram uma boa infância. Infelizmente, ela sofre com algumas doenças como labirintite, diabetes e o cansaço nas pernas, que a mantêm boa parte do dia em repouso. Ela já não vai tanto à igreja quanto gostaria, por exemplo. “Vou à Igreja quando Deus ajuda, quando eu estou boa”, afirma. Também reclama de não poder ajudar tanto seu filho, Amarildo, o mais velho. Ele está de cama há três anos, devido a um acidente que o deixou paraplégico. A sua maior angústia em relação a Amarildo é o descaso do poder público, que não lhe dá nenhum

tipo de auxílio ou amparo. “Já faz três anos. Não tem ajuda de ninguém para terapia ou algo assim. Eu, doente, não posso andar direito. Não consigo procurar auxílio”, protesta Nair. Enquanto conversávamos, a nora da Dona Nair, Eliana dos Santos Gordiano, 41 anos, entrou no quarto para pentear seus cabelos e prepará-la para a fotografia. Eliana ajuda a sogra como pode. Ela lava suas roupas, cuida de sua casa, zela por sua saúde. Eliana, que é casada com Paulo Aparecido Gordiano da Silva, revela a sua admiração pela sogra: “ela foi uma pessoa que lutou bastante na vida e defendeu seus filhos. Estou aqui fazendo papel de filha mesmo”. Enquanto nos despedíamos, Nair nos revela sua enorme paixão por doces, e conta seu maior sonho: ter um carrinho de doce só seu. Sua nora nitidamente reprova, mas não poderíamos sair sem que antes ela nos fizesse, secretamente, um pedido: levar junto com a próxima edição do ‘Voz do Nicéia’ alguns docinhos (sem que sua nora veja, claro). Dona Eliana ouve a solicitação e dá uma bronca, rindo, assim como Nair: “Não pode né Dona Nair! Essa aí é uma formiga, não pode ver doce”.

Mural Mostre Seu Talento

Fotos: Giovanna Castro e Gabriela Arruda/Voz do Nicéia


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