Ano II
No 18 Outubro/2017
Informativo jurídico especializado
ENTREVISTA Abrahão Jesus de Souza
Como escolheu prestar concurso para o extrajudicial? Como foi sua trajetória de estudos e concursos? Na verdade, foi o Extrajudicial que me escolheu. Eu estudava num ritmo bastante intenso para a Magistratura Estadual. Fiz parte do GEM (Grupo de Estudos para a Magistratura), coordenado pelo Dr. Marco Antonio Barbosa de Freitas, juiz da 1ª Vara Cível de São Vicente/SP. Trabalhava no 2º Cartório de Notas de São Vicente/SP, e meu chefe, o Sr. Ayres Lima Santos, sempre me incentivou muito, tanto psicologicamente como financeiramente. Lembro-me que eu não tinha o dinheiro suficiente para pagar a inscrição do 5º Concurso, então, o Sr. Ayres me presenteou. E assim, fui logrando êxito em cada fase do concurso, e, ao final, assumi a Serventia Registral de Santa Rita do Passa Quatro, onde atual-
mente exerço a delegação. Desde então, desisti da magistratura estadual. O que mais te motiva na atividade extrajudicial? Alguma curiosidade ou peculiaridade que entenda mais marcante no exercício da atividade de Registrador de Imóveis do interior? Várias coisas me motivam na atividade. Uma delas é o fato de o Registrador de Imóveis ser um agente guardião da propriedade privada. Trata-se de uma importante função dentro do sistema jurídico pátrio. Outro aspecto importante que eu poderia apontar é a colaboração com o Poder Judiciário na solução de conflitos. E nesse mister, tanto o Tabelião de Notas, na instrumentalização da vontade das partes e na sua orientação jurídica, como o Registrador na desjudicialização dos procedimentos (usucapião, retificação de área, regularização fundiária, etc.) O que o senhor espera do novo Conselho Deliberativo da ARISP? Espero que de fato sejamos coesos, em que pesem as possíveis divergências de opiniões. O debate é saudável e necessário. E a solução final certamente deverá ser focada no bem maior da Associação. Tenho bons pressentimentos acerca desse novo tempo. É um momento histórico, onde registradores do interior se unem aos da capital, de modo a promover uniformização de entendimentos, procedimentos e enunciados em prol da classe. Como conselheiro recém empossado do Conselho Deliberativo, quais são os principais projetos e as suas expectativas para esta nova fase associativa? Como coordenador da Comissão de Emolumentos, pretendo conjugar esforços e experiências de outros colegas a fim de que se promovam estudos e uma participação efetiva da ARISP junto às instâncias legislativas e administrativas, na defesa dessa peculiar prerrogativa, não menos importante que outras porque se consubstancia na sobrevivência da atividade, que é exercida em ARISP JUS 1