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“E disse ao seu filho Salomão: - Seja forte e corajoso e mãos à obra! Não desanime, nem tenha medo, pois o Senhor, meu Deus, estará com você. Ele não o abandonará, mas ficará com você até que se termine todas as obras da construção do Templo”. 1Crônicas 28:20
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Carolina de Souza Nascimento Elias
Templo Adventista
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Senac, como exigência parcial para obtenção do titulo em bacharel de Arquitetura e Urbanismo Orientador: Prof. Dr. Valéria Fialho
São Paulo 2018
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Agradecimentos
O
fim de um ciclo vitorioso em nossa vida se deve ao incentivo que ganhamos ao longo dessa trajetória. Por isso agradeço a todos aqueles que me encorajaram para tornar esse momento possível. Primeiramente a Deus quе permitiu que tudo isso acontecesse, ао longo dе minha vida, e nãо somente nestes anos como universitária, mаs еm todos оs momentos me mantendo confiante e firme nos seus propósitos, assim me tornando cada vez mais forte para chegar até esse momento tão esperado. Aos meus pais João e Cristiane, que com muito amor durante todos esses anos de graduação me incentivaram a sempre crescer, e a me superar. A minha irmã Juliana, pelo apoio e ajuda nas horas que mais precisei. Ao meu namorado João Luis, que sempre esteve ao meu lado me dando apoio nos momentos mais difíceis e alegres durante todo o curso, sempre acreditando no meu sucesso e me encorajando a seguir em frente nos meus sonhos. À minha orientadora, professora Dra. Valéria Fialho, pelo empenho dedicado ao desenvolvimento deste trabalho. Pois sem seus conhecimentos, apoio e paciência, este trabalho não seria possível. A todo corpo docente do curso de Arquitetura e Urbanismo, que me proporcionaram muito conhecimento ao longo desses cinco anos e me ajudaram a crescer não somente na esfera acadêmica, mas também como pessoa. Por fim agradeço a todos que de forma direta ou indireta fizeram parte dа minha formação. Muito obrigada.
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Resumo
Esse trabalho de conclusão de curso objetiva desenvolver um projeto de templo adventista, buscando analisar o espaço não somente como espaço funcional, mas também traduzir os elementos, conhecidos pela igreja adventista como, os oito remédios divinos, que são: água, alimentação saudável, ar puro, luz solar, exercício físico, temperança, repouso e confiança em Deus, em forma de arquitetura. Palavras chave: Projeto, Templo, Tradução, Liturgia, Fenomenologia.
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índice ÍNDICE
9 11 16 19 25 29 49 56 75
Introdução
Contexto Histórico Quem são os adventistas?
Conceito
Bases Teóricas
Estudos de caso
Diagnóstico do terreno
Projeto
Considerações finais
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INTRODUÇÃO
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P
or
meio
da
mundial,
diariamente como
análise
é
possível
problemas
violência,
do e
guerras,
cenário observar conflitos
preconceitos,
problemas sócio político econômicos entre outros, que colaboram para uma vida desgastante e desconfortante, causando inúmeros problemas emocionais, e de relacionamento, que resultam em uma maior necessidade das pessoas buscarem na fé um alívio para as inseguranças que as cercam. Por esse motivo foi escolhido esse tipo de espaço a ser projetado, com intuito de dar a essas pessoas uma alternativa, como local de “refúgio” dos problemas corriqueiros enfrentados nos dias atuais. Um espaço onde o indivíduo consiga se desconectar dos problemas e anseios que enfrentam diariamente, e possam de alguma forma conectar-se com a fé e com Deus. Além disso foi intenção também deste trabalho, analisar não somente o projeto de templo como espaço funcional, mas também traduzir os elementos, conhecidos pela igreja adventista como, os oito remédios divinos,
que
são:
água,
alimentação
saudável, ar puro, luz solar, exercício físico, temperança, repouso e confiança em Deus, em forma de arquitetura.
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CONTEXTO HISTÓRICO
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s raízes históricas da Igreja Adventista do Sétimo Dia se originam na Bíblia, a Palavra de Deus, percorrendo a vida
de patriarcas, profetas e reis que foram representantes de Deus durante os períodos do Antigo e Novo Testamento. O relato bíblico mostra que, “vindo a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho ao mundo” (Gálatas 4:4) para trazer luz e a esperança de vida eterna. Com o propósito de revelar a glória de Deus, Jesus, veio fundar o cristianismo que durante sua história enfrentou inúmeras provas e desafios: A Igreja Cristã foi perseguida, muitos cristãos foram martirizados e a Verdade da Palavra de Deus foi mudada. Os Adventistas do Sétimo Dia creem que foram chamados por Deus para resgatar e levar ao mundo o conhecimento pleno da Verdade revelada na Palavra de Deus.
- Pioneiros Guilherme miller Guilherme Miller foi um fazendeiro, nascido no ano de 1787 em Pittsfield, e morreu em Low-Hampton no ano de 1849. Miller era um pregador itinerante da igreja batista, e depois passou a estudar porções proféticas e apocalípticas da bíblia. Tornou-se um apaixonado pelo estudo de tal maneira, que passou a tirar suas próprias conclusões desses estudos. Tinha como característica, colocar datas nas profecias bíblicas. Uma de suas afirmações foi de que a purificação do templo significava a purificação da terra na volta de cristo, pregou também de acordo com os dias-anos de Daniel, a volta de cristo ocorreria entre 21 de março de 1843 e 21 de março de 1844. Como Cristo não voltou na data prevista por Miller, o mesmo alegou que houve um erro de cálculo, pois havia
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usado como base, o calendário hebraico em vez do romano, e remarcou a data para o dia 22 de outubro de 1844.
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E mais uma vez teve a decepção da não volta de Cristo, neste momento uma multidão enfurecida o perseguiu por conta de sua “falsa profecia”, e Miller teve de fugir. Com base na pregação da de Miller sobre a volta de cristo, seus seguidores receberam o apelido de “adventistas”. Apesar dos equívocos a respeito do evento estava para acontecer em 1844, Deus o usou para despertar o mundo para a proximidade do fim e preparar os pecadores para o tempo do juízo.
Ellen G. White Dentre os fiéis seguidores de Miller, estava a Sra. Ellen G. White, que depois de ver inúmeras tentativas fracassadas de marcação de datas, por alguns adventistas, ela afirmou ter tido visões dos céus que lhes revelará toda a verdade. Ellen White nasceu em 1827 e morreu em 1915. Após os fracassos de Miller, white revelou que teve uma visão, na qual Cristo teria realmente voltado em 1843. ela afirma “Eis que vi que Deus estava na proclamação do tempo em 1843”. E é nesse momento que surge a teoria do santuário. Afirma ela que o santuário de Daniel 8.13.14 está no céu e não na terra. E Cristo teria vindo em 22 de outubro de 1844 a esse santuário do céu, para purificá-lo o que ainda está fazendo, depois sim, viria a terra. Sua vinda por ter sido somente no céu, foi invisível ao olho do homem. E Guilherme Miller não aceitou esse acontecimento, e
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continuou afastado do movimento
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Ainda sim, continuou muitas teorias e datas da volta de Cristo, isso aconteceu praticamente todos os anos, até que finalmente em 1877, desistiram, deixando as coisas acontecerem naturalmente, por conta do próprio Cristo. As pessoas que seguiam Ellen White ficou conhecido como “adventistas” até o ano de 1860. essa denominação mudou, quando a Sra. White falou sobre suas visões sobre a guarda do sábado, passando a ser denominado de “Adventistas do Sétimo Dia”. A guarda do sábado se iniciou no fim do ano de 1844. No ano de 1874, EllenWhite enviou seu primeiro missionário à Suíça, e em 1894, outro missionário foi enviado para a África do Sul, em 1863 já havia uma organização com cerca de 125 igrejas nacionais, e 3.500 membros. Considerada como a profetisa dos adventistas, e mensageira do senhor pelos adventistas, Ellen white conquistou muitos adeptos, através dos escritos, que ainda hoje circulam por toda a parte do mundo. Junto a ela, outros fundadores inventaram doutrinas, que quando eram aprovadas pela Sra. White, eram pregadas e ensinadas para o povo. Além de mensagens pessoais dadas por meio dela a pessoas específicas, Ellen White recebeu visões e sonhos delineando as verdades bíblicas para o nosso tempo. Escreveu extensivamente sobre temas tão variados como: o grande conflito entre Cristo e Satanás, vida saudável, métodos adequados de educação, e relações familiares dirigidas por Deus. Por meio destas mensagens, os crentes foram levados a fundar escolas, hospitais e editoras. Ellen White passou os últimos anos de sua vida na Califórnia. Em tempos de apostasia e fogos do juízo, o Senhor continuou a falar por meio dela até o fim, guiando, reprovando, instruindo a igreja remanescente, sempre apontando o pecador a Jesus e a Sua cruz, proclamando, em tons de trombetas, que se preparem para o encontro do Senhor.
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Tiago White Tiago white nasceu em 1821 foi professor de escola quando jovem, tornou-se ministro do evangelho no estado de Maine. Tiago aceitou as ideia de Guilherme Miller sobre a segunda vinda de Cristo, e também era pregador sobre o tema da vinda do Salvador. Líder missionário, executivo e talentoso, tinha poder para pregar o evangelho , além de estar junto a Guilherme Miller, Joseph Bates e outros pregadores, Tiago White sobreviveu
ao
movimento
milerita,
tornando-se o primeiro grande apóstolo da causa Adventista do Sétimo Dia. Tiago foi presidente da Associação Geral nos anos de 1865-1867 e 1874-1880, também foi o primeiro editor da revista Review and Herald, também fundador da Casa editorial Review and Herald, juntamente com sua esposa Ellen White. Morreu em 1881 aos 60 anos. Tiago viveu sempre em função dos serviços da igreja Adventista, nenhum outro ministro trabalhou mais do que ele, no sentido de estabelecer princípios elevados e eficiência na vida das igrejas
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e instituições. Tiago tornou o trabalho de Ellen White mais tranquilo e eficiente, pois ele sempre a apoiou e ajudou em suas missões.
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QUEM SÃO OS ADVENTISTAS?
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s adventistas do sétimo dia, com mais de 17 milhões de membros no mundo, são uma igreja cristã protestante
organizada em 1863 nos Estados Unidos. Sua origem ocorre logo depois do movimento liderado por Guilherme Miller que ressaltou a necessidade de maior ênfase na pregação sobre a breve volta de Jesus Cristo a esse mundo. A sede sul-americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia, responsável pela coordenação administrativa em oito países, registra mais de dois milhões de membros.
Missão Fazer discípulos de todas as nações, comunicando o evangelho eterno no contexto da tríplice mensagem angélica de Apocalipse 14:6-12, convidando-as a aceitar a Jesus como Seu salvador pessoal e unir-se a Sua igreja remanescente, instruindo-as para servi-Lo como Senhor e preparando-as para Sua breve volta.
Visão Em harmonia com as grandes profecias das Escrituras, entendemos que o clímax do plano de Deus é restaurar toda a Sua criação à completa harmonia com Sua perfeita vontade e justiça.
Comunhão com Deus Os adventistas enfatizam a comunhão com Deus através da oração, do estudo da Bíblia e do testemunho. A oração envolve a busca da presença de Deus nas primeiras horas de cada dia. O estudo da Bíblia é ressaltado como uma maneira de ouvir as orientações divinas diariamente. O testemunho é compreendido como resultado natural dessa comunhão mantida como um hábito na vida dos que creem.
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Estilo de vida adventista: Os adventistas crêem em uma vida integralmente dedicada a Deus nos aspectos físico, psicológico, emocional e espiritual. Ensinam a respeito desse estilo com base em oito remédios divinos que são água, alimentação saudável, ar puro, luz solar, exercício físico, temperança, repouso e confiança em Deus. Os adventistas possuem um estilo de vida que envolve o descanso semanal no sábado, dia separado por Deus para um relacionamento maior com Suas criatura
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CONCEITO
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Palavras chave
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o decidir o tema, algumas palavras foram escolhidas, fazendo relação com a proposta do projeto, e a partir delas foi filtrado
para cinco palavras que resumem o que será discutido no projeto final.
TEMPLO SENSAÇÃO
SENTIDOS PROJETO
COMTEMPLAÇÃO PERCEPÇÃO
LITURGIA
FENOMENOLOGIA
ÁGUA ALIMENTAÇÃO BALANCEADA
ÁREAS VERDES MATERIALIDADE ALTURAS
ATIVIDADE FÍSICA
EMOÇÕES SAGRADO
ILUMINAÇÃO NATURAL TEXTURAS LUZ SOLAR VEGETAÇÃO ELEMENTOS VAZADOS AR PURO
TEMPERANÇA DESCANSO
REFÚGIO
TRADUÇÃO/LEITURA REFLEXÃO
CONFIANÇA EM DEUS
SERENO
ESPELHO D’ÁGUA ÁREAS LIVRES GEOMETRIA ELEMENTOS NATURAIS
Os oito remédios naturais
O
s adventistas acreditam que tudo aquilo que afeta o corpo também afeta a mente, que tem sua sede no corpo e vai
facilitar ou dificultar a comunicação com os seres celestiais. A base de todo esse movimento é o reconhecimento da existência de oito remédios naturais, gratuitos, disponíveis a todas as pessoas. São oito princípios gerais de como desenvolver e manter uma vida melhor no âmbito físico, emocional e espiritual. Para os adventistas, conforme Romanos 12:1 e 2, a qualidade de vida não deve ser buscada apenas para longevidade ou bem-estar momentâneo, mas por conta de uma bem sucedida relação entre a criatura e o Criador e Originador da vida.
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“Ar puro, luz solar, água, repouso, temperança, exercício, alimentos saudáveis e confiança em Deus. Eis os verdadeiros remédios”. Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág 127
AR PURO
• Relaxa a mente, comunicando calma e serenidade • Ajuda na limpeza dos pulmões e alivia os sintomas respiratórios • Melhora a qualidade (oxigenação) do sangue RECOMENDAÇÕES • Inspire profundamente pelo nariz • Durante a noite, deixe o ar puro entrar em seu quarto • Evite fumar ou inalar fumaças e aerossóis
LUZ SOLAR • Aumenta as defesas do organismo contras as doenças • Melhora o humor e ajuda a combater a depressão • Produz vitamina D, que fortalece os ossos e previne o • câncer • Ajuda a normalizar a pressão arterial • Melhora a qualidade do sono • Alivia dores musculares e articulares RECOMENDAÇÕES • Deixe o sol entrar na sua casa • Faça exercícios físicos ao ar livre • Use filtro solar • Evite exposição exagerada
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ÁGUA • Remove impurezas e toxinas do corpo • Melhora a circulação do sangue • Diminui o cansaço • Alivia o intestino preso • facilita a perda de peso e hidrata a pele RECOMENDAÇÕES • Comece o dia com dois copos de água • Evite beber líquidos nas refeições • beba de 6 a 8 copos de água por dia
DESCANSO • Melhora a eficiência menta • Aumenta a resistência e a capacidade física • Ajuda em problemas de concentração e memória • Promove sensação de bem-estar durante o dia RECOMENDAÇÕES • Durma de 7 a 8 horas por noite e deite o mais cedo possível • Vá para a cama em paz e sem preocupações com o amanhã • reserve um dia na semana para cessar as atividades • Tire férias e tome tempo para orar e meditar na palavra de Deus
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TEMPERANÇA • Prefira morar no campo ou em cidades pequenas • Cultive hortas e pomares • Busque o alto controle no comer e beber • Tenha equilíbrio em tudo: trabalho, estudo, vida sexual, etc. • Evite vícios como álcool, cigarro, drogas e medicamento COMO SE LIVRAR DE UM VÍCIO • Admita o problema, peça ajuda e suporte para a família e amigos • Busque ajuda de Deus e resista a tentações • Substitua hábitos ruins por bons
EXERCÍCIOS FÍSICOS • • • •
Diminui a pressão arterial, a glicemia e o colesterol Reduz a ansiedade e o stress Fortalece os músculos e o coração Melhora a circulação do sangue
RECOMENDAÇÕES • Escolha uma atividade física que você goste (caminhada, hidroginástica, etc) • Comece aos poucos e aumente a frequência e intensidade gradativamente • faça alongamento antes de depois dos exercícios • faça no mínimo 150 minutos de exercícios por semana • Beba água antes do exercício
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ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL • Reduz a pressão arterial • Reduz o risco de câncer • Melhora o controle da glicose em diabéticos • Ajuda a regular o hábito intestinal • importante no controle no peso RECOMENDAÇÕES • Comece o dia com um bom desjejum incluindo frutas, cereais integrais e algumas nozes ou castanhas • No almoço coma verduras frescas, legumes, carboidratos e proteínas de origem vegetal • Faça um jantar leve e cedo com frutas, sanduíche ou sopa de legumes com torradas • Faça somente essas três refeições ao dia com regularidade, evitando beliscar entre as refeições • Coma devagar, mastigando bem os alimento
CONFIANÇA EM DEUS • Leve a estabilidade e a paz interior • Traz o amor para dentro de casa • dá força para perdoar • Fortalece nos momentos de dificuldade COMO AUMENTAR A FÉ? • Estude diariamente a palavra de Deus • Lembre-se que Deus é o amor e nunca nos abandona • Adquira o hábito de orar em todos os momentos • Abra o seu coração a Deus como a um amigo • Reconheça o poder divino nas orações respondidas
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BASES TEÓRICAS
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Pensar Arquitetura - Peter Zumthor
A
partir da escolha do tema, alguns autores surgiram como base de referência. No livro Pensar Arquitectura, Peter
Zumthor aborda aspectos interessantes sobre a maneira de pensar e construir o espaço, ele diz que para existir o belo, é preciso que ele seja vago, aberto e indefinido, porque deixa à forma possibilidades para várias significações, afirma também que em suas obras não tem a intenção de provocar emoções, mas sim permitir emoções, sempre mantendo-se fiel à natureza das coisas que cria, conclui que desde que a obra seja inventada com adequada precisão para o lugar e função, desenvolve sua própria força sem necessitar de nenhum acessórios artístico. “Uma boa arquitetura deve hospedar o homem, deixa-lo presenciar e habitar, e não tentar persuadir”. ZUMTHOR, Peter 2005 p. 33 “Talvez se possa descrever a vida pós-moderna da seguinte forma: tudo o que vai para além dos nossos dados autobiográficos parece vago, difuso e, de representam coisas que ninguém percebe inteiramente, porque também estas, por seu lado, se revelam afinal como sinais para outras coisas. O que é verdadeiro continua escondido. Ninguém jamais verá.” ZUMTHOR, Peter 2005 p. 16 “...penso não querer provocar emoções com as obras, mas sim permitir emoções. E manter-se fiel à natureza das coisas a crias, e confiar que a obra, desde que seja inventada com a adequada precisão para o lugar e função, desenvolva a sua própria força sem necessitar de nenhum acessório artístico.” ZUMTHOR, Peter 2005. p. 29
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Os Olhos da Pele - Juhani Pallasmaa Outra leitura base é o livro Os olhos da pele, onde Pallasmaa aborda a dominância do sentido visual na cultura contemporânea, principalmente na prática e educação arquitetônica atual, isso acaba trazendo como consequência o desaparecimento das qualidades sensoriais e sensuais das artes e da arquitetura. Juhani critica o ocularcentrismo de muitos dos projetos modernistas por considerar que abrigaram o intelecto e o olho, mas deixaram o corpo e os outros sentidos, assim como as nossas memórias, imaginações e sonhos, desabrigados, e completa dizendo que a importância da arquitetura é encontrada na distância entre ela e a função. “ A experiência da arquitetura traz o mundo para um contato extremamente íntimo com o corpo” . Pallasmaa p. 57 “...o homem nem sempre foi dominado pela visão. De fato, o domínio primordial da audição foi gradualmente substituído pela visão.” PALLASMAA, Juhani 2011 p. 22 “Eu confronto a cidade com meu corpo; minhas pernas medem o comprimento da arcada e a largura da praça; meus olhos fixos inconscientemente projetam meu corpo na fachada da catedral, onde ele perambula sobre molduras e curvas, sentindo o tamanho de recuos e projeções; meu peso encontra a massa da porta da catedral e minha mão agarra a maçaneta enquanto mergulho na escuridão do interior.” PALLASMAA, Juhani 2011 p. 38
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Tadao Ando diz: “Acredito em remover a arquitetura da função após se garantir a observação das bases funcionais. em outras palavras, gosto de ver até que ponto a arquitetura consegue perseguir a função e então, após conquistá-la, ver até onde a arquitetura pode ser afastada da função. A importância da arquitetura é encontrada na distância entre ela e a função.” PALLASMAA, Juhani 2011 p. 59 Fenomenologia da Percepção - Merleau-Ponty Em a Fenomenologia da percepção, de Merleau-Ponty o autor chama a atenção para a importância de se colocar ainda em evidência a gênese da fenomenologia, como sendo o “estudo das essências”. O ponto principal em que se baseia a fenomenologia é a facticidade do homem, ou seja, sua existência como presença no mundo e seu esforço para reencontrar esse mesmo mundo. É portando, a tentativa de se descrever – sem explicar – nossa experiência humana diante da reflexão constante do vivido. Merleau-Ponty aponta para a importância da experiência do mundo, sem a qual não haveria a possibilidade de um existir; não somos um corpo apenas consciente, afirma o autor, mas um corpo consciente do mundo, e os símbolos nada poderiam dizer sobre esse mundo sem que o homem pudesse antes, significar esse mundo. “O mundo não é aquilo que eu penso, mas aquilo que eu vivo” MERLEAU-PONTY, Maurice 1999 p. 14
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ESTUDOS DE CASO
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ara auxiliar na elaboração do projeto, alguns estudos de caso foram feitos. Os projetos escolhidos, relacionam de alguma
forma com a proposta do trabalho final. A seguir serão apresentados projetos e as características que chamaram a atenção, e podem contribuir com a proposta do projeto. Igreja da luz -Japão 1999 - Tadao Ando Em Ibaraki no japão, é projetado no ano de 1989, uma das obras arquitetônicas mais conhecidas de Tadao Ando, a Igreja da Luz. A igreja traduz a estrutura filosófica do arquiteto entre natureza e arquitetura, por meio da forma que a luz define, criando novas percepções no espaço. tanto quanto as estruturas de concreto. “A luz só se converte em algo maravilhoso quando tem como fundo a mais profunda escuridão. As mudanças de iluminação ao longo do dia são o reflexo, uma vez mais da relação do homem com a natureza, materializando-se na sua máxima abstração, e ao mesmo tempo desempenha um papel purificador com relação à arquitetura” ANDO, Tadao 1999
Com pouco orçamento, o arquiteto agarrouse a concepção de um elemento simples, sem adornos, apenas o básico. Piso, parede, teto e aberturas para luz.
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Para o arquiteto, a Igreja da Luz é uma arquitetura da dualidade - a natureza dual da existência - sólido/vazio, claro/ escuro, agressivo/sereno.
As diferenças coexistentes conformam uma igreja sem qualquer ornamento, criando um espaço puro, sem adornos. A intersecção da luz e dos sólidos provoca a consciência dos ocupantes do espiritual e secular dentro de si.
O emprego de materiais simples reforça a dualidade do espaço; a estrutura de concreto elimina qualquer distinção de motivos cristãos ou estéticas tradicionais. 5
Além de uma cruz extrudada na fachada leste, a igreja é composta por uma concha de concreto; o material trabalha com a escuridão da igreja, criando um espaço mais simples, de culto meditativo. Como testamento da arquitetura minimalista, o vazio da cruz na parede leste é o único símbolo religioso presente no espaço. 6
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Formalmente, o edifício de Ando é minimalista e redutor de todo adorno religioso para uma simples extrusão de uma cruz, muitas vezes criticada como perturbadoramente vazia e indefinida.
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Como uma estrutura moderna e minimalista, a Igreja da Luz emite uma pureza arquitetônica encontrada nos detalhes. O volume de concreto armado não apresenta qualquer tipo de ornamento que não faça parte do processo construtivo. 8
As junções e articulações do concreto são construídos com precisão e zelo por mestres carpinteiros japoneses juntamente com Ando, que trabalhou para criar uma superfície impecavelmente lisa e articulações precisamente alinhadas. As costuras da concretagem alinham-se perfeitamente à extrusão da cruz no lado leste da igreja. 9
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A construção em concreto é um reforço do principal foco de Ando na simplicidade e estética minimalista; No entanto, a maneira que o concreto é derramado e formado dá a ele uma qualidade luminosa quando exposto à luz natural. 10
A decisão de Ando em inserir a cruz na fachada leste permite a luz para verter no espaço durante todo o início da manhã e o dia, o que tem um efeito desmaterializador nas paredes de concreto, transformando o volume escuro em uma caixa iluminada.
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A abordagem de Ando para a luz e o concreto nesse projeto, bem como em outros, tem um efeito surreal que perceptivelmente transforma o material em imaterial, escuro em luz, luz em espaço.
“Em todos os meus trabalhos, a luz é um fator de controle importante. Crio espaços fechados, principalmente, por meio de paredes espessas de concreto. A razão principal é criar um lugar para o indivíduo, uma zona para a si mesmo dentro da sociedade. Quando os fatores externos do ambiente de uma cidade exigem que a parede não tenha aberturas, o interior deve ser especialmente pleno e satisfatório. “-Tadao Ando 12
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Cathedral of our lady of the angels 2002 - Los Angeles - Rafael Moneo “ Quando comecei a pensar na catedral procurei recordar em quais arquiteturas modernas se pode sentir a presença do sagrado. Vieram-me à mente a igreja em Turku, de Erik Bryggman, e a capela de Le Corbusier, em Ronchamp, as duas igrejas contemporâneas que mais me impressionam - o que elas têm em comum é a importância da luz. Vejo a luz como protagonista de um espaço que procura recuperar a sensação do transcendente, o veículo através do que conseguimos ter a experiência daquilo que chamamos de sagrado.” Rafael Moneo
A catedral está localizada no coração da metrópole californiana, está localizado na esquina da Temple e Grand Avenue, tangente à Highway 101, a poucos metros do Museu de Arte Contemporânea de Arata Isozaki e Walt Disney Concert Hall por Frank Gehry. 13
Sua planta é enriquecida com inovações tipológicas como a posição das capelas laterais, que estão se voltando para a nave, mas está aberto para o exterior. 14
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Levemente elevado, o terreno domina o entorno, enfatizando o papel do complexo como ponto de referência urbana e centro espiritual.
Uma área que pode abrigar até 6 mil pessoas ocupa o centro do local com volumes construídos em ambas as extremidades, ligadas por colunas que definem a margem da praça.
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A catedral ocupa a extremidade mais elevada, com a fachada levemente inclinada em relação ao eixo do terreno. A torre do campanário se ergue num ângulo correspondente, separada da igreja por um claustro trapezoidal que se projeta na esplanada sob forma de um espelho d’água triangular margeado por palmeiras. 16
O trabalho tem a força de um símbolo e o caráter inegável de um monumento .É um edifício compacto que parece em nada com o exterior das imagens típicas dos edifícios religiosos. No entanto, no interior da catedral está cheia de componentes arquitetônicos tradicionais como a sua igreja cruciforme e manuseio sensível da luz. 17
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O volume da igreja aumenta a sensação de mistério e o sagrado, envolvendo a construção de uma aura de majestade. Há duas verdades teológicas subjacentes essenciais para a compreensão do design. A primeira é a luz de Deus revelado na história da salvação, especialmente em e através de Jesus Cristo. A segunda é a direção da viagem do homem para a salvação eterna, que é descrito na evolução da relação com Deus. 18
Inspirado por estas duas questões, o arquiteto escolheu a luz natural para ser refletido na Catedral.
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A cruz de vidro que domina do alto a abside faz com que se compreenda a luz como metáfora mística da presença de Deus, que se manifesta nos raios do sol que a atravessam, propiciando uma experiência arquitetônica como aquela oferecida pelos arquitetos barrocos.
O foco visual do espaço exterior constitui uma cruz franciscana aparadas alabastro clarabóia da fachada principal. É o pano de fundo para o altar de cerimônias ao ar livre, para que a cruz do altar preside tanto dentro como fora. No interior, a cruz é a esquerda do altar, derramando luz dentro da igreja.
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O espaço estimula a participação plena e ativa de toda a comunidade. Não há pilares que bloqueiam a visão. Na parte da manhã o sol entra na catedral através das grandes janelas de vidro e continua durante todo o dia, produzindo uma constante mudança texturas no espaço. Em alguns lugares, de acordo com a luz natural parece que se formam muros e paredes de luz que parece emanar do concreto, como se a luz tivesse nascido na própria catedral. 20
Para atender as exigências do projeto, o edifício foi projetado para resistir a terremotos de até 8,4 graus na escala Richter. Para isso, o trabalho é implantado no local isolado do solo em bases flutuantes para que você possa mover-se até 61 centímetros de sua posição original, no caso de terremoto. Também foi utilizado no betão uma mistura especial capaz de evitar fissuras. Os materiais são, concreto no exterior e pisos de pedra. As janelas usadas são importadas da Espanha, usou-se também, pedra em sua forma natural, a cor das nervuras, que varia de acordo com outro material é misturado em diferentes grupos de pedra. 21
As cores que foram selecionadas para a Catedral são tons de vermelho, cinza, amarelo e verde. Quando o alabastro fica quente, torna-se opaca. Os bancos são feitos de madeira de cerejeira.
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Capela de campo de Bruder Klaus 2007- Peter Zumthor “A fim de projetar edifícios com uma conexão de sensual para a vida, deve-se pensar em uma maneira que vai muito além da forma e da construção.” Esta citação de Peter Zumthor toca a verdade em seu projeto da Capela de Campo Bruder Klaus Chapel, onde um místico e a prova de pensamento interior é mascarado por um exterior retangular muito rígido.
A Capela de Campo Bruder Klaus começou como um esboço, eventualmente, evoluindo para se tornar um marco muito elegante e básico na paisagem natural da Alemanha. O projeto foi construído pelos agricultores locais, que queriam homenagear seu santo padroeiro, Klaus Bruder do século 15.
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Provavelmente os aspectos mais interessantes da igreja são encontrados nos métodos de construção, começando com uma tenda feita de 112 troncos de árvores. Após a conclusão da armação, as camadas de concreto foram vertidas e aplicadas no topo da superfície existente, cada um em torno de e 50 centímetros de espessura. Quando o concreto de todas as 24 camadas sentou, o quadro de madeira foi incendiado, deixando para trás uma cavidade oca enegrecida e paredes carbonizadas.
A superfície de cobertura original do interior é equilibrada por um chão de chumbo derretido congelado
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O olhar é puxado para cima por meio de um direcionamento óbvio, para o ponto onde o telhado é a céu aberto e as estrelas da noite. Isto controla o tempo da capela, como chuva e luz solar penetra pela abertura e criam um ambiente ou experiência muito específica para a hora do dia e o ano.
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Em um dia ensolarado, este óculo lembra o brilho de uma estrela que pode ser atribuído a uma referência de visão de Irmão Klaus no ventre.
Os sentimentos muito sombrios e reflexivos que se tornam inevitáveis em seu encontro com a capela tornam-na uma das peças mais marcantes da arquitetura religiosa, até à data.
Sem encanamento, banheiros, água corrente, eletricidade, e com seu piso carbonizado de concreto e chumbo, a capela aparentemente não convidativa, continua a ser um destino antecipada para muitos. 26
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O emprego deles somente faz sentido e alcança o valor que eles têm por estarem nesse local, combinados tal como estão, dados os motivos específicos pelos quais foram escolhidos.
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“Para mim, os edifícios podem ter um belo silêncio que associo com atributos como compostura, durabilidade, presença, autoevidência, e integridade, e com o calor e sensualidade, bem como, um edifício que é o próprio ser, sendo um edifício, não representa nada, apenas sendo.” Peter Zumthor
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Catedral de Brasília 1970- Oscar Niemeyer A Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, popularmente conhecida como Catedral de Brasília, foi projetada por Oscar Niemeyer e construída entre 1959 e 1970, e faz parte do conjunto inicial de edifícios que compõem o Eixo Monumental da capital brasileira. O edifício é definido pelos seus dezesseis pilares de concreto em forma de bumerangue, que partem de uma planta circular de setenta metros de diâmetro, rodeada por um espelho d’água, e sobem inclinadamente até tocar uns aos outros. O cálculo estrutural desse e dos demais edifícios projetados por Oscar Niemeyer para o conjunto original de Brasília foi feito por Joaquim Cardozo.
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A catedral em si está um nível abaixo do plano de acesso; o edifício é, assim, meramente sua coberta. Seu acesso dá-se por um caminho criado por quatro esculturas, representando os evangelistas, que levam a uma rampa descendente, estreita e escura. 31
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O contraste entre o que foi visto externamente e o interior que se faz presente é surpreendente. Os vitrais que fazem os fechamentos entre os pilares dotam a nave da catedral de abundante luz. A monumentalidade interna parece estar além da majestosidade externa.
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Ao lado do edifício da Catedral está o campanário, cuja solução estrutural é novamente inusitada. Uma barra linear, que apoia sobre ela quatro sinos, sustentada por um único ponto central, que descem formando quatro pilares em suaves curvas.
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Do lado oposto está o batistério, finalizando a estrutura tripartida do conjunto. Assim como a Catedral, ele também é um espaço enterrado, mas, ao contrário daquela, sua coberta é uma casca ovóide opaca, levemente iluminada por aberturas laterais.
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A Catedral de Brasília é sua obra paradigmática, onde a concepção arquitetônica é reduzida ao mínimo, à sua estrutura, ao mesmo tempo que a concepção estrutural é levada ao máximo de suas possibilidades.
Para a catedral de Brasília Niemeyer procurou encontrar uma solução compacta, que se apresentasse externamente de qualquer ângulo com a mesma pureza. Vem daí a forma circular adotada, que além de garantir essa característica, oferece à estrutura uma disposição geométrica , racional e construtiva.
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Niemeyer detalha o projeto: 21 montantes contidos em uma circunferência de 70 metros de diâmetro, marcam o desenvolvimento da fachada, numa composição e ritmo. Entre esses montantes, placas de vidro refratário de côr escura, de modo a manter o interior em ambiente de suave recolhimento, no qual as formas do púlpito e do côro se destacam como elementos de escala e composição plástica.
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O escoramento era montado começando pelo fundo das colunas, depois a armação, os caixões perdidos e o complemento das armações. As fôrmas eram fechadas de maneira a permitir que a concretagem fosse feita por etapas e que as colunas recebessem o mesmo volume de concreto a cada etapa de concretagem. 37
Os materiais eram procedentes de diferentes regiões: o cimento de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, a areia do próprio solo de Brasília e a brita da região do Entorno, próxima à Sobradinho-DF. Segundo o responsável técnico, foi feito o controle rigoroso do concreto, com a moldagem de corpos de prova e ensaios pelo laboratório do engenheiro Maurício Viegas, no Distrito Federal.
A concretagem dos pilares era realizada em segmentos de quatro metros e o concreto era lançado através de guindastes e dosado na própria obra.
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“Quando a estrutura está feita, o edifício está pronto”. Oscar Niemeyer
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Igreja São Bonifácio 1965 - Hans Broos Localizado na R. Humberto I, Vila Mariana, São Paulo. Em uma rua estreita, entre residências em fileiras, flutua, há quatro metros e meio do chão, uma caixa: sem símbolos, toda em concreto aparente, ritmado horizontalmente pelas marcas das fôrmas de tábuas de madeira. A caixa, de treze por trinta e três metros, e altura de sete metros e vinte centímetros, eleva-se sobre os telhados das casas através de quatro pilares esbeltos, de cinquenta por oitenta centímetros, que, recuados em relação à fachada principal, se soltam da caixa, apenas tocando o volume pelo lado de fora.
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Esse volume que paira sobre a cidade descola-se da rua e do alinhamento das fachadas residenciais; um platô é conformado pelo vazio que a caixa cria ao se elevar, e a calçada entra pelo vazio, configurando uma praça coberta, que é também um mirante sobre o vale, enquadrado pela arquitetura de concreto. 41
Abaixo do ângulo de visão do pedestre, funcionam os setores administrativos, o centro social, a biblioteca e as moradias, em três pavimentos semienterrados, com pé direito de três metros.
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Na parte de cima, funciona o templo. Seu pé direito duplo de seis metros e vinte centímetros permite a disposição de um mezanino sobre a sacristia, instalada de maneira pouco usual na parte de trás do templo.
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Aos dois programas solicitados templo e centro social aparece um terceiro: o próprio espaço público que invade o terreno privado.
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Esse conjunto organiza-se através de módulos de sete metros e meio no sentido longitudinal, e quatro metros e trinta centímetros no sentido transversal.
A área edificável do terreno foi dividida em nove partes iguais, paralelas à rua, numa proporção de 2:5:2 entre praça aberta, praça coberta e mirante.
Os dois pilares, em cada lado, que sustentam a caixa, estão posicionados no ritmo 1:3:1. As construções foram projetadas com o auxílio de uma modulação de noventa centímetros. 45
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Liberando espaço para a praça, o acesso à nave do templo concentra-se à esquerda do grande vazio demarca-o e funde-se à ele através das paredes de vidro, que mantém a permeabilidade visual e inundam de luz a subida. A entrada configura-se através de uma marquise de concreto, solta em relação ao grande volume, entre a caixa e o chão, alinhada com o caixilho das esquadrias de vidro e com o pequeno fechamento que arremata a parte posterior da construção.
Inicia-se um percurso através da rampa e da escada, saindo do espaço aberto e livre da cidade, o espaço da convivência, e penetrando no espaço confinado da nave. 46
Acessa-se o templo pelos fundos. Ao virar em direção ao altar, se tem a visão da nave, em sua simplicidade. Ao fundo, uma cruz flutua, banhada em luz.
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Nas paredes laterais, a via crucis executada em baixo relevo de concreto recebe a iluminação que banha as paredes.
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Uma circulação vertical secundária, através de escadas, faz a conexão entre todos os seis pavimentos. Na parte da praça e do templo, essa ligação se dá através de uma escada helicoidal, em estrutura metálica, que dá acesso também a um mezanino, nos fundos do templo.
Sobre a caixa, contra o céu, apoiada sobre pilares inclinados, repousa outra caixa de concreto, menor, vazada pela frente e fundos, alcançando, em seu extremo mais alto, dezenove metros e trinta centímetros.
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É o campanário, que sustenta a cruz: única pista, desde a rua, de que dentro deste duro volume de concreto, suspenso sobre a cidade, funciona uma igreja. 50
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DIAGNÓSTICO DO TERRENO
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C
om 13.696m², localizado na região do Brooklin, a
estar
escolha
desse
localizado
em
predominantemente há
grande
boas
fluxo
condições
terreno uma
acorreu
região
residencial, de
para
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por
tranquila,
onde
não
proporcionando
emprego
do
projeto.
O local está passando por mudanças, por conta da operação urbana Água Espraiada, a verticalização é cada vez mais presente, e por consequência a dinâmica local também é afetada, as casas térreas que tomavam conta do bairro, hoje passaram a dar lugar para os grandes prédios murados. Vejo o local com potencial para a implantação do templo, pois em meio ao crescimento acelerado do bairro e da cidade, é necessário que haja locais onde as pessoas possam se “refugiar” da correria, dos problemas, das frustrações corriqueiras do
dia-a-dia
enfrentados
nas
grandes
cidades.
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Mapa de uso do solo real
A área escolhida para a implantação do Templo, está localizada na região do Brooklin, denominada como zona mista. O entorno é predominantemente residencial, de baixo gabarito, entre 1 a 2 pavimentos, com exceção de novos empreendimentos que estão surgindo no interno, com gabarito variado entre 20 e 30 pavimentos.
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comércio residencial area de projeto
Mapa de fluxos
fluxo baixo
O fluxo da da região se dá de forma tranquila. Por ser uma área com predominância residencial, o fluxo de veículos e baixo. As ruas que contornam o terreno (Rua Califórnia, Rua Michigan, Rua Nova York) são de mão única, gerando assim um fluxo ainda mais tranquilo para a região.
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Skyline
Nesta imagem é possível visualizar de forma mais clara o gabarito da região, onde o uso é predominantemente residencial, de gabarito baixo (de 1 a 2 pavimentos), porém com o crescimento da região, próximo a avenida Roberto Marinho percebe-se uma verticalização acelerada, nessas áreas os prédios variam entre 20 a 30 pavimentos.
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Área de projeto
Dados urbanisticos 3ODQR 5HJLRQDO (VWUDWpJLFR GD 6XESUHIHLWXUD GH 3LQKHLURV 35( 3, 4XDGUR GR /LYUR ;, $QH[R j /HL Qº 13.885, de 25 de agosto de 2004
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• ZM-2 :Zona mista de media densidade
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PROJETO TEMPLO ADVENTISTA
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Programa/ Áreas Terreno: 13.000 m²
Bloco 2: Apoio = 510 m²
Bloco1: Nave = 1.239 m²
Bloco 3:Escola sabatina = 970 m²
Bloco 2: Spa = 350 m²
Subsolo:Estacionamento=4.957 m²
Bloco1: Nave da Igreja
Bloco 2: Apoio
• capacidade: 800 a 1000 membro • vestiario • batistério • pútlpito • local para acomodaçao do coral e da banda • sonoplastia
• • • • • • • • •
Bloco 2: Spa
Bloco 3: Escola sabatina
• • • • •
recpção sala de estetica suíte master sala de geriatria sala de fisioterapia • box de massagem • sauna seca e úmida • hidroginastica
banheiros enfermaria cozinha cozinha gourmet espaço familia tesouraria sala de diaconos sala pastoral sala de reunião
• sala de escola sabatina ou uso multiplo • depósito • banheiros • sala de música e artes • livraria Subsolo: Estacionamento • 170 vagas
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A forma
A
o decidir o programa, seria necessário colocá-lo de alguma forma implantado no terreno, e então foi decidido que a maneira de implantação surgiria a partir do logo da igreja adventista, a seguir será apresentado o conceito do símbolo. As Linhas As linhas em cima do desenho sugerem a ressurreição e ascensão de Cristo em Segunda Vinda, o principal foco da fé adventista.
A Chama Este é o formato de três linhas circulando uma esfera implícita. As linhas representam os três anjos de Apocalipse 14 circulando o globo e nosso compromisso de levar o evangelho para todo o mundo. O formato completo forma uma chama simbólica do Espírito Santo.
A Bíblia Aberta A Biblia forma a base do desenho e representa a fundamentação Bíblica da crença adventista. Está desenhada em uma posição totalmente aberta sugerindo a completa aceitação a Palavra de Deus.
A Cruz O símbolo da cruz, representando o evangelho da salvação, está posicionada no centro do desenho para enfatizar o sacrifício de Cristo, que é o tema central da fé adventista.
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O
projeto surgiu a partir da vontade de traduzir os oito remédios conhecidos pela fé adventistas como, “os oito remédios naturais”, em forma de arquitetura. A premissa básica para o projeto do templo adventista, foi a criação de uma praça rebaixada que abriga todo o programa do projeto. Nela estão contidas a nave principal da igreja, o bloco de spa e o bloco com salas de aula. A praça tem como intuito despertar no indivíduo que está nesse espaço a sensação de desligar-se das “coisas” da cidade, pois o mesmo é levado por uma rampa para um nível mais baixo do que as demais construções do entorno, nesse mesmo nível contém um grande espelho d’água, com uma arquibancada para contemplação desse espaço, fazendo menção aos elementos: água e luz solar. A nave da igreja está localizada no centro do terreno, e elevada a 4,5m do nível da praça, com variação no pé direito. Esse volume faz referência aos elementos: temperança e confiança em Deus. Os demais volumes que compõem o programa estão posicionadas ao redor da nave, de forma que “abraçam” o volume principal. O programa foi distribuído da seguinte forma: no centro do terreno está a nave principal da igreja, com capacidade para acomodar 1.000 pessoas, uma plataforma onde encontra-se o púlpito, arquibancada para coral, espaço para a orquestra/banda e batistério. Ao fundo situa-se em um nível mais alto, a sonoplastia, escadas de emergência e elevador. Voltando ao nível da praça, encontra-se uma grande cobertura lateral à nave da igreja, que abriga em sua maior parte, o spa, área para eventos, cozinha gourmet, banheiros, sala pastoral, sala dos diáconos e sala de reunião, esse volume faz referência aos elementos: alimentação saudável, prática de exercícios, descanso. Ao fundo, está localizado o conjunto de salas de aula, onde acontecem os estudos bíblicos e encontro após o culto. Também nesse mesmo bloco está o conjunto de banheiros, sala de música e livraria. Todos as salas apresentam aberturas para os dois lados, dando possibilidade de permear e ter vista para o bosque, a praça seca, e para a lareira que situa-se no vão abaixo da nave da igreja. Esses espaços citados fazem alusão aos elementos: ar puro, temperança, repouso, luz solar e exercícios físicos. São áreas de livre acesso ao público, onde todos podem usufruir dos espaços e manter-se mais conectados com os “oito remédios naturais” Como sistema estrutural, foi escolhido para o bloco da igreja, o sistema de treliças, possibilitando maiores vãos, as mesmas são apoiadas nas duas empenas laterais da igreja, ambas de concreto. Os demais blocos são estruturados com vigas e pilares de concreto, seguindo uma modulação de 8m em 8m para o bloco das salas de aula, e para o bloco do spa. A materialidade escolhida foi a seguinte: Concreto branco para a nave principal, e também concreto para os demais volumes, porém com a cor cinza claro, no chão da praça seca encontra-se placas de 2m x 2m de concreto cinza.
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A
B
Implantação
D
D 4
C
C
728.16
RUA FLORIDA
RUA MICHIGAN
1
2
731.88
728.88
731.88
3
Escala: 1:750
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B
RUA CALIFÓRNIA
A
730.88
A
B
Planta Pav. Superior
D
D
4
C
C
732.53
1
2
RUA FLORIDA
RUA MICHIGAN
731.79
731.88
731.88
728.88
3
B
RUA CALIFÓRNIA
A
730.88
Escala: 1:750
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D
B
A
Planta de Cobertura
D
4 Telha de polipropileno translúcida
C
Telha termoacústica i: 2%
C
i: 2%
RUA FLORIDA
RUA MICHIGAN
1
2
731.88
731.88
728.88
3
Escala: 1:750
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B
RUA CALIFÓRNIA
A
730.88
B
A
Planta Subsolo
D
D
C
RUA FLORIDA
RUA MICHIGAN
C
725.88
B
RUA CALIFÓRNIA
A
730.88
Escala: 1:750
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CORTES
733.74 732.53
Rua Calif贸rnia
730.88 728.88
728.16
725.88
Corte AA
Escala: 1:500
733.74
Rua Calif贸rnia
730.88 728.88 725.88
Corte BB
Escala: 1:500
Rua Fl贸rida
732.93
732.88
728.88
732.88
Rua Michigan
732.88
Rua Michigan
728.16
Corte CC
Escala: 1:500
Rua Fl贸rida
732.88
732.93
728.88
Corte DD
Escala: 1:500
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ELEVAÇÕES
Elevação 1
Escala: 1:500
Elevação 2
Escala: 1:500
Elevação 3
Escala: 1:500
Elevação 4
Escala: 1:500
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Vista externa : Praça seca. Rampa de acesso para a nave da igreja, e ao fundo salas de escola sabatina.
Vista externa : Praça seca. Escultura de madeira na praça seca. Lateral esquerda: vista da praça elevada com banco continuo. Lateral direita: vista do spa e espelho d’água.
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Vista externa : Praça seca. Arquibancada em frente ao espelho d’água com vista para o spa, e ao fundo encontra-se a nave da igreja.
Vista externa : Bosque. Salas de escola sabatina com vista para o bosque e espelho d’água.
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Vista interna : Templo. interior do templo, placas da acĂşstica em madeira, paredes em concreto e cadeiras em madeira com estofado bege.
Vista interna : Templo. interior do templo, guarda corpo em vidro, placas da acĂşstica em madeira, paredes em concreto e cadeiras em madeira com estofado bege.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Como conclusão dessa etapa, tem-se como produto: estudos aprofundados sobre a religião, onde foram apresentados, o processo de formação da igreja adventista, e os seus pioneiros, em seguida apresenta-se o modo de vida do adventista, explicando qual é a missão, a visão e sua comunhão com Deus aqui na terra. Após contextualizar a religião, é apresentado o objetivo do projeto com evidência nos oito elementos naturais (ar puro, água, luz solar, alimentação balanceada, atividade física, descanso, temperança e confiança em Deus), que são primordiais para o conceito do projeto, e as palavras chaves que levaram a essa decisão. Alguns autores como, Peter Zumthor, Pallasmaa, Merleau-Ponty e outros, serviram como base para fundamentação do conceito do projeto. Além dos autores, projetos de referência e estudos de caso também auxiliaram para o processo do trabalho. Ao ter a parte teórica fundamentada, o próximo passo foi a criação do projeto. Onde foi possível traduzir o símbolo da igreja adventista em forma de implantação, e transformar os oito remédios naturais no espaço projetado. Resultando em um espaço arquitetônico com elementos naturais, áreas de convívio, locais para reflexão, e simbologias.
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Bibliografias Leituras ZUMTHOR, Peter Pensar a arquitectura. Barcelona: Gustavo Gili 2005 PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele. Porto Alegre: Bookman, 2011 MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 2 ed. Trad. C. Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Projetos:
http://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando - Igreja da luz http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles - Catedral dos anjos http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor - Capela de campo de Bruder Klaus http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer - Catedral de Brasilia https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery - Igreja São
Bonifácio
Sites de consulta: http://centrowhite.org.br/pesquisa/pioneiros-adventistas/pioneirosda-iasd/ acesso 03/10 23:15 http://www.adventistas.org/pt/espiritodeprofecia/pioneiros/tiagowhite-1821-1881/ acesso: 04/10 10:00 https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/igrejada-luz/#lg=1&slide=6 acesso : 18/10 19:00 https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/ catedral-dos-anjos/ acesso: 23/09 15:35 http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao. php?idVerbete=431 acesso: 19/09 20:00 https://blogdaarquitetura.com/uma-analise-estrutural-dacatedral-de-brasilia-de-oscar-niemeyer/ acesso: 19/09 21:00 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/ legislacao/planos_regionais/index.php?p=1891 (dados urbanisticos)
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Lista de imagens Imagem 1 - Imagem de Guilherme miller http://www.adventistas.org/pt/espiritodeprofecia/os-mileritas-e-ogrande-desapontamento-de-1844/ Imagem 2 - Imagem de Ellen G. White https://www.andrews.edu/library/car/weresources.htm Imagem 3 - Imagem de Thiago White http://www.ellenwhite.info/ellen_white_life_13d.htm Imagem 4 - Foto interior igreja https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 5 - Imagem fenda na parede https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 6 - Imagem cruz externa na fachada https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 7 - Imagem fenda na parede https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 8 - Imagem da fachada externa https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 9 - Imagem da area externa https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 10 - Imagem perspectiva vista de cima https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 11 - perspectiva da vista lateral https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 12 - Imagem interna https://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igrejada-luz-tadao-ando Imagem 13 -Foto aérea da igreja http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 14 - desenho implantação http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 15 - Vista praça externa http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 16 - Imagem fachada externa http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 17 - Imagem interna da igreja http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem18 - Foto interna http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles
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Lista de imagens Imagem 19 - Imagem cruz iluminada na fachada http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 20 - Imagem dos lustres internos da igreja http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 21 - cruz na fachada http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 22- Corte transversal http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dosanjos-em-los-angeles Imagem 23 - Imagem construção da capela http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor Imagem 24 - Imagem interna da capela http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor Imagem 25 - Imagem luz zenital http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor Imagem 26 - Imagem externa da capela http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor Imagem 27 - Imagem projeçao da luz natural na porta da capela http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor Imagem 28 - Imagem externa da capela http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor Imagem 29 - desenho esquematico metodo construtivo http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruderklaus-peter-zumthor Imagem 30- Imagem estrutura da catedral http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 31 -Foto externa esculturas http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 32 - foto interna dos vitrais http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 33 - foto campanaria da igreja http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 34 - Imagem externa, casca ovoide http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 35- Imagem noturna da catedral http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer
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Lista de imagens Imagem 36- Imagem interna dos vitrais http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquitetura-cate Imagem 37- Imagem do processo construtivo da catedral http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 38 - imagem da estrutura da catedral http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 39- Croqui de Oscar Niemeyer http://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquiteturacatedral-de-brasilia-oscar-niemeyer Imagem 40- Croqui da igreja https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 41 - Imagem do bloco suspensso da igreja https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 42 - Imagem area externa https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 43 - Imagem fachada principal https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 44- croqui em corte area interna https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 45 - Imagem externa https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 46 - imagem frontal https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 47 - Imagem rampa de entrada https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 48 -Foto interna da igreja https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 49 - foto da cobertura da igreja https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 50 - foto da cobertura com entrada de luz natural https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 51 - Imagem planta pavimento superior https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquiteturaigreja-sao-bonifacio-slash-hans-broos?ad_medium=gallery Imagem 52 - Imagem da vista aerea do terreno https://www.google.com.br/maps Imagem 53/54 - mapa e tabela uso e ocupaรงao do solo http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/ uploads/2014/10/20.PINHEIROS.pdf Imagem 55/56/57 - Croquis de desenvolvimento da fomar
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