LAboRatรณrio de arquitetura responsรกvel 2018 | 2019 BAU.SENAC
Centro Universitรกrio Senac | Santo Amaro Arquitetura e Urbanismo LAR | Laboratรณrio de Arquitetura Responsรกvel Sรฃo Paulo | SP Janeiro 2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha Catalográfica produzida pelo autor Responsável, Laboratório de Arquitetura. Laboratório de Arquitetura Responsável | LAR São Paulo: edição do autor, 2020. 105f. : il. color. 1. Cidade para pessoas 2. Projeto de Extensão 3. Espaços públicos 4. Placemaking 5. Jane Jacobs I. Fialho, Valéria dos Santos (Orient.) II. Müssnich, Marcella de Moraes Ocke (Orient.) III. Título
AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Centro Universitário SENAC pelo apoio ao desenvolvimento desta pesquisa. À Professora Dra. Valéria Fialho e Coordenação do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo pelo suporte ao projeto e à Coordenação de Projetos de Extensão Universitária pelo apoio e acompanhamento no desenvolvimento desta atividade. À Professora Ms. Marcella Ocke que nos orientou e acompanhou este trabalho, nos incentivando e compartilhando experiências e conhecimento. Aos professores Dr. Ricardo Dualde e Ms. Paulo Magri, coordenadores do Projeto Padrão e Representação: O Arco Jurubatuba e Centralidades da Cidade de São Paulo, pela parceria e trocas de experiências e aprendizados no biênio 2018/2019.
FICHA TÉCNICA © 2018 © 2019 SENAC COORDENADORA DO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO Valéria dos Santos Fialho COORDENAÇÃO PROJETO
DO
MS. Marcella de Moraes Ocke Müssnich REVISÃO MS. Marcella de Moraes Ocke Müssnich ALUNOS PARTICIPANTES DO PROJETO Alex Moreno Ruiz Alice Katarine Lopes Acioly Feijo Angela Rodrigues de Souza Barbara Giacchetto Moreira Bruna Diniz Santos Bruna Nishi Ribeiro Eliana Barreto e Silva e Santos Emili de Oliveira Silva Felipe Francisco da Silva Gabriela Correa
Gabriela Gomes Gabrielle Segatti Soares Almeida Gildene Alcantara de Matos Magalhães Giovanna Fernandes Pires Guilherme Rodrigues Oliveira Hayza Kauanne de Sousa Henrique Carvalho Rabelo Hieda C. Yoshioka Iarossi Juliana da Silva Paschoal Kelly Renata Rodrigues Larissa Gonzalez dos Santos Larissa Martiniano Nascimento Leonardo Menezes Lima Leonardo Ferrari Vilela Letícia Silveira Falco Lorena Cristina Souza Lucas Galaverna Minganti De Barros Lima Luiza Silva Alvarez Mariane Alves de Souza Góes Matheus Aith Mesquisa de Souza Natália Cristina Nascimento Nathalia Maria Fernandes de Oliveira Paula Prado Raquel Ferreira Melo Talita Evelyn Ferreira Vander Xavier de Macedo Victória Augusta Marques
EDITORAÇÃO DESENVOLVIMENTO PROJETO GRÁFICO Alex Moreno Ruiz Letícia Silveira Falco Talita Evelyn Ferreira CAPA Letícia Silveira Falco
E DO
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................08 INTRODUÇÃO.............................................................................................................09 1. ÁREA DE ESTUDOS.................................................................................................12 1.1 História...............................................................................................................................................17 1.2 Hidrografia..........................................................................................................................................21 1.3 Áreas verdes.........................................................................................................................................22
2. APLICAÇÕES METODOLÓGICAS...............................................................................24 2.1 Critérios de Jan Gehl..........................................................................................................................27 2.2 Mapa de Fluxos..................................................................................................................................33 2.3 Safari Urbano.....................................................................................................................................40 2.4 Urbanismo Tático...............................................................................................................................56
3. OCUPALAR 3..........................................................................................................58 4. OCUPALAR 4..........................................................................................................76 5. DIRETRIZES DE PROJETO........................................................................................88 6. conclusão...........................................................................................................92 7. REFERÊNCIAS........................................................................................................96 8. LISTA DE FIGURAS................................................................................................100
APRESENTAÇÃO
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O Senac acredita no poder transformador da educação e na relação ensino, pesquisa e extensão.
que análises e proposições pudessem ser discutidos pela sociedade civil em parceria com o governo local.
Dentro deste contexto o Projeto de Extensão Universitária é um conjunto de ações, com duração determinada, de caráter educativo, social, tecnológico, artístico ou científico, com objetivo específico, a curto e médio prazo, que visa fomentar a relação entre a teoria e a prática, envolvendo a comunidade acadêmica e a sociedade.
A Equipe do Projeto LAR realizou pesquisas e análises no entorno do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, investigando problemas e potencialidades da região e a equipe do Projeto ARCO desenvolveu duas maquetes e em escalas e de áreas distintas do local de estudo e com a técnica da “Projeção Mapeada” montou dois vídeos que apresentam o resultado do trabalho nos anos de 2018 e 2019.
O Projeto LAR | Laboratório de Arquitetura Responsável foi concebido em 2014 e busca melhorias na qualidade dos espaços habitados e/ ou públicos. Em 2018 se uniu ao Projeto Padrão e Representação: O Arco Jurubatuba e centralidades da Cidade de São Paulo com o objetivo de oferecer um modelo de comunicação de fácil compreensão ao público em geral de modo a permitir
Esse caderno relata as atividades realizadas pelo Projeto LAR no biênio 2018/2019 e pode ser complementado pelo caderno do Projeto ARCO1 para ampliar a compreensão da parceria realizada nesses dois anos.
1
Issuu.com/arqlabsenac
INTRODUÇÃO O Projeto LAR| Laboratório de Arquitetura Responsável foi criado para propor atividades de integração e educação junto às comunidades e grupos organizados que buscam orientação sobre questões relacionadas a qualquer ação coletiva, de cunho social, para promoção de melhorias na qualidade dos espaços habitados e/ou espaços públicos. O primeiro LAR ocorreu em 2014 com estudos e análises para requalificação do Eixo Histórico de Santo Amaro e apresentou levantamento histórico da região, problemas e potencialidades1. Em 2015 a parceria do projeto foi com a Organização Não Governamental (ONG) TETO que atua na América Latina e no Caribe com a construção coletiva de residências emergenciais 1 https://issuu.com/ arqlabsenac/docs/caderno_final_-_ lar_2014
em parceria com voluntários e com as próprias famílias que vivem em condições de estrema pobreza em áreas vulneráveis de grandes centros metropolitanos2. No biênio 2016/2017 o LAR trabalhou com problemas urbanos e paisagísticos relativos à requalificação de espaços públicos especificamente no entorno do Campus Santo Amaro (CAS) do Centro Universitário Senac respondendo à demanda, que partiu não apenas do alunado, mas também da direção da instituição3. Em 2018 a submissão e aprovação do Projeto de Extensão Universitária ARCO viabilizou o trabalho conjunto 2 https://issuu.com/ arqlabsenac/docs/caderno_final_-_ lar_2015 3 https://issuu.com/ arqlabsenac/docs/cadernolar2016 https://issuu.com/arqlabsenac/ docs/caderno_lar_2017 9
dos dois projetos. Sob título “Padrões, Fluxos Representações.
o e
Elementos de Análise na Área do Arco Jurubatuba” o plano de trabalho tinha como objetivo o desenvolvimento de artefatos destinados a explorar o conhecimento e importância da geolocalização através de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). O assunto “Padrões Construtivos” seria desenvolvido na área do Arco Jurubatuba, Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM) definida no Plano Diretor Estratégico. Considerando que a área de estudos do LAR – o entorno do campus Santo Amaro do Centro Universitário Senac – estar dentro da área do Arco Jurubatuba.
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Em substituição a área originalmente proposta – O Arco Jurubatuba - a integração das equipes permitiu persistir no desenvolvimento do propósito
descrito e apresentou em 2018 como produto previsto para utilizar a projeção mapeada, uma maquete volumétrica da área do entorno do Centro Universitário Senac na escala 1:1750 e que fez referência a representação de cerca de 4 km2. Em 2019 a segunda maquete foi um recorte menor dentro da área de estudos: um trecho entre a Estação Jurubatuba da CPTM e o CAS em escala 1:1000. Esta publicação relata as atividades realizadas no biênio 2018/2019 e no primeiro capítulo apresenta a área de estudos e os levantamentos físicos do território que trazem informações históricas e dos recursos naturais hidrográficos. As áreas verdes públicas são destacadas, pois as possíveis proposições urbanas e paisagísticas são as diretrizes para projetos apresentadas no final desse caderno. O segundo capítulo descreve os procedimentos
metodológicos usados para análise e diagnóstico da região. Foram selecionados dois procedimentos utilizados pelo arquiteto urbanista dinamarquês Jan Gehl; um procedimento desenvolvido em Nova Iorque através do estudo Active Design: Shaping the Sidewalk Experience4 e traduzido e adaptado pela Cidade Ativa5 para ser aplicada nas calçadas brasileiras; e por fim foram conceituadas as ações de urbanismo tático (UT) que são uma possível resposta à dificuldade dos governos em entregar para a população serviços urbanos básicos, como habitação e transporte de qualidade. As ações de UT normalmente se caracterizam por intervenções pequenas, de baixo custo e com caráter efêmero. 4 https://www1.nyc.gov/assets/ planning/download/pdf/plans-studies/ active-design-sidewalk/active_ design.pdf 5 https://cidadeativa. org/#quem-somos
Dentro do conceito de UT o terceiro e quarto capítulo apresentam o OCUPALAR que são atividades de UT aplicadas pelo LAR para identificar potencialidades de intervenção no espaço urbanos através de uma ação efêmera de um dia que chama a atenção para a transformação de um espaço essencialmente de passagem ou circulação num lugar de convivência e permanência de pessoas. Ao final essa publicação sugere algumas diretrizes de intervenção urbanapaisagística que poderia ser usada como base ou como um plano norteados para a Subprefeitura de Santo Amaro viabilizar licitações e projetos para a área de estudos.
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ÁREA DE ESTUDOS
Desde 2016 o LAR definiu um perímetro de estudos que partia do Centro Universitário Senac localizado na Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 e ia até a Ponte do Socorro em um dos lados e até à Estação Jurubatuba da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) no trecho do outro lado. No final de junho de 2017, em uma reunião entre a diretoria do Centro Universitário Senac e a Subprefeitura de Santo Amaro, foi sugerido que os projetos de extensão passassem a incluir em sua área de estudo a Avenida Engenheiro Alberto de Zagottis. A área estava passando por obras infra estruturais e de drenagem urbana com canalização do córrego Zavuvus, mas não havia nenhum projeto paisagístico para a região, segundo a Subprefeitura.
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A solicitação foi para que o projeto fizesse propostas urbanas e paisagísticas a
fim de qualificar os espaços públicos no entorno do Zavuvus, além de solucionar outros problemas, como falta de segurança e acessibilidade que a Avenida também sofre. Em 2018 a Equipe LAR ampliou o perímetro da área de estudos inicial (2016/2017) e acrescentou o entorno Avenida Engenheiro Alberto de Zagottis. Dentro desse contexto identificou rotas caminháveis para análises mais específicas em 2019. Incialmente foram feitas pesquisas sobre a história da região, revisão e ampliação do levantamento e uso e ocupação do solo, levantamento do gabarito das edificações, mobilidade urbana, hidrografia e espaços livres públicos com potencial de requalificação. Posteriormente foram aplicadas metodologias específicas de avaliação e percepção do espaço para identificar possibilidades de intervenção nas áreas públicas e propor
rotas mais caminháveis e seguras na área de estudos. contribuindo assim para a insegurança dos pedestres.
Figura 1
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Figura 2
Figura 2.1
Figura 2.2
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Figura 2.3
1.1 HISTÓRIA
Localizado na zona centro-sul de São Paulo, e pertencendo ao distrito de Campo Grande, o trecho estudado pelo Projeto de Extensão LAR é de responsabilidade da Prefeitura Regional de Santo Amaro e sua história reflete diretamente na estrutura atual da região. A área está inserida no Arco Jurubatuba, que apresenta grande potencial de transformação urbana e tem papel estratégico na reestruturação do Município.
Figura 3
Nas décadas de 50 e 60 o Estado de São Paulo viveu intenso processo de expansão industrial, com importantes alterações no padrão de localização da indústria mais moderna e de maior porte. Na cidade de São Paulo, este processo teve a ampliação do parque industrial de Santo Amaro, que se consolida como um dos mais importantes polos de emprego industrial da região metropolitana. 17
A disponibilidade de áreas, a facilidade de transporte, particularmente com a construção do sistema de marginais do Rio Pinheiros e a abundância de água e energia, contribuiu para atrair grande número de estabelecimentos industriais dos setores mais modernos da indústria de transformação. Estes se instalaram ao longo do canal de Jurubatuba, chegando até as proximidades do Largo do Socorro. A região de Campo Grande surgiu através de um loteamento e urbanização, ambos realizados pela Cia. City, a partir de 1953. De acordo com São Paulo Bairros (2019) o constante crescimento da região freou as expectativas de um bairro planejado na época e a área planejada não obteve o retorno desejado, tal como outros empreendimentos de sucesso da Cia City na capital paulista. 18
A partir das décadas de 1970 e 1980, o bairro se desenvolveu em uma grande área residencial, em torno dos recém instalados parques industriais, fato evidenciado até os dias atuais. Quando o primeiro plano diretor foi aprovado em 2002, a região teve seu zoneamento definido como ZPI, Zona Predominantemente Industrial, que consolidou grandes lotes do entorno da Avenida Zagottis. Além do uso industrial, mais recentemente, houve a ocupação da área com comércios e serviços, e também instituições de ensino. Alguns dos grandes lotes destinados à indústria foram gradativamente ocupados por uso residencial de edifícios altos e pouco conectados com o espaço urbano – intramuros e grades.
Figura 4
Figura 4.1
Figura 4.2
Figura 4.3
Com a revisão do Plano em 2015 a região tornou-se ZDE, Zona de Desenvolvimento Econômico, que são porções do território com predominância de uso industrial, destinadas à manutenção, incentivo e modernização desses usos, às atividades produtivas de alta intensidade em conhecimento e tecnologia e aos centros de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico, entre outras atividades econômicas onde não deverão ser permitidos os empreendimentos imobiliários para uso residencial. No trecho existe uma área de Zona Especial de Proteção Ambiental - ZEPAM que é o Golf Clube e uma pequena área de Zona Eixo de Estruturação da Transformação Metropolitana – ZEM, que são porções do território inseridas na Macroárea de Estruturação Metropolitana destinadas a promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográficas e construtivas altas, bem como 19
Figura 4.4
Figura 4.5
20
a qualificação paisagística e dos espaços públicos, de modo articulado ao sistema de transporte coletivo e com infraestrutura urbana de caráter metropolitano. O LAR pode constatar através das suas pesquisas que a região está em processo de transformação e dentro desse contexto resgata as afirmações de Jacobs (2000) em Morte e Vida de Grandes Cidades, que diz que o planejamento e o desenho urbanos, classificados como ortodoxos, são responsáveis pela “Grande Praga da Monotonia”, ainda segundo ela, trata-se da “anticidade” ou da “urbanização inurbana” que é incapaz de olhar para a cidade real e aprender as muitas lições que ela pode transmitir a cada instante. Pelo levantamento histórico realizado pelo LAR somado às análises do zoneamento do território é possível observar que parte desses grandes lotes
industriais se transformaram em grandes lotes residenciais isolados intramuros e grades e que ainda mantém pouco estímulo ao uso do espaço urbano. Jacobs (2000) defendia a diversidade como o antídoto para grande parte dos males urbanos que ocorrem com o uso monofuncional. O que a autora chama de “proprietários naturais da rua” que seriam os donos de pequenos comércios e serviços poderia ser os muitos “olhos atentos”, seriam mais eficazes do que a iluminação pública para garantir segurança ao espaço público.
1.2 HIDROGRAFIA
O curso d’agua é um elemento de destaque em todo o perímetro de estudo. Margeando e cruzando vias de grande importância no sistema viário da cidade, o Córrego Zavuvus recebe diversos afluentes ao longo de seu percurso, e deságua no Rio Jurubatuba, que se une ao Rio Pinheiros. Por estar situado em uma região com muitos problemas de drenagem, possui histórico de inundações que põem em risco a segurança e a saúde das pessoas que vivem na região. O crescimento da área urbanizada ao longo de sua extensão de maneira desordenada e informal seguiu prejudicando sua capacidade de escoamento. Além disso, o despejo de lixo e esgoto não tratado contribuem para a degradação deste importante curso d’água, a região também apresenta áreas com solo contaminado decorrente do uso industrial.
Para conter enchentes obras de canalização e ampliação das galerias do Córrego Zavuvus foram iniciadas em 2016, mas estavam paralisadas por conta de irregularidades e falhas como noticiado na mídia em julho de 2019. (https://globoplay.globo. com/v/7807337/).
Figura 5.1
Segundo o Prefeito Bruno Covas, as atividades foram retomadas nessa data, mas as pesquisas aqui realizadas não localizaram um projeto urbanístico paisagístico para a área de estudo que beneficiasse os pedestres que circulam na região que é acesso à Estação Jurubatuba da CPTM. Figura 5
21
1.3 ÁREAS VERDES
As áreas verdes livres públicas são espaços urbanos com prevalência de vegetação arbórea de grande importância no aumento da qualidade de vida da população. Essas áreas ajudam a redução da poluição devido aos processos de oxigenação, neutralizando seus efeitos na população: diminuição da poluição sonora; diminuição das temperaturas externas absorvendo parte dos raios solares; sombreamento e embelezamento da paisagem. No perímetro de estudos a Equipe Lar identificou as áreas com grande potencial de uso de pedestres que poderiam ser alvo de requalificação: as praças Horácio Bortz e Acapulco; os canteiros centrais da Avenida Engenheiro Alberto Zagottis, e Octalles Marcondes Ferreira.
22
Além dessas áreas a equipe identificou potencial de intervenção na Rua Rosa
Galvão Bueno Trigueirinho que apresenta calçadas largas que poderiam ser incorporadas nos trajetos realizados no entorno do Centro Universitário.
Figura 6
Figura 6.1
Figura 6.2
Figura 6.3
23
APLICAÇÕES METODOLÓGICAS
Através do “Programa Adote uma Praça” o Senac firmou parceria com a Subprefeitura de Santo Amaro e adotou a Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho em junho de 2018. A parceria tem vigência de cinco anos e desde então o Senac faz manutenções periódicas nas áreas verdes da rua. Os serviços compreendem poda de árvores e gramado, limpeza da área e plantio de novas espécies vegetais. Além desses itens previstos no termo, o Senac doou e instalou postes solares para melhorar a iluminação da circulação de pessoas e trazer mais segurança aos pedestres. A Equipe LAR aproveitou essa iniciativa para utilizar o espaço como laboratório de pesquisas e intervenções temporárias aplicando procedimentos metodológicos de análise do espaço urbano. 26
2.1 CRITÉRIOS DE JAN GEHL
De acordo com o arquiteto urbanista dinamarquês Jan Gehl em seu livro Cidade para Pessoas (2013), existem 12 critérios que fazem uma cidade mais adequada à escala do pedestre: Proteção contra o tráfego, segurança nos espaços públicos, proteção contra experiências sensoriais desagradáveis, espaços para caminhar, espaços de permanência, ter onde sentar, possibilidade de observar, oportunidade de conversar, locais para se exercitar, escala humana, possibilidade de aproveitar o clima, e boa experiência sensorial. Os 12 critérios são agrupados em 3 categorias principais: proteção, conforto e prazer. Partido da Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho seguindo pela Avenida das Nações Unidas e a Avenida Octalles Marcondes Ferreira o LAR estabeleceu uma rota caminhável que desse acesso para a Estação Jurubatuba da CPTM. As três vias do trecho em
questão apresentam caráteres diferentes que poderiam ser definidos como: 1. Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho – calçadão de pedestres 2. Avenida Nações Unidas – parque linear 3. Avenida Octalles Marcondes Ferreira - praça A equipe avaliou esses 12 critérios dentro desse percurso. Cada item foi avaliado in loco pelos alunos do projeto e qualificado com o desenho de um sorriso, que é a metodologia proposta por Gehl. As imagens 8, 9 e 10 resumem o levantamento realizado pela Equipe LAR e mostram que os sorrisos pouco “amigáveis” identificados nos trechos pressupõem necessidade de intervenções urbanas e paisagísticas para que a rota caminhável possa ser melhor qualificada pelos pedestres.
27
Figura 7
PROTEÇÃO
Proteção Contra Transito Motorizado - Acidentes de transito - Poluição, fumaça barulho - Visibilidade
Proteção Contra Crime e Violência - Bem iluminado - Permite vigilância passiva - Intercala usos no espaço e no tempo
Proteção Contra Experiências Sensoriais Negativas - Vento - Chuva - Frio/Calor - Poluição - Poeira - Excesso de luz - Barulho
cOnforto Convidativo para Caminhar - Espaço para caminhar - Acessibilidade às áreas chaves - Fachadas interessantes - Sem obstáculos - Superfícies de qualidade
Contato Visual Maneiras coerentes encontrar caminhos - Vista sem obstrução - Paisagens interessantes - Iluminação noturna
de
Contato Visual e Auditivo - Locais com pouco barulho ambiente - Configuração de lugares públicos para sentar que facilitem a comunicação/interação
prazer
Construído na escala humana - Prédios e espaços público dimensionados de acordo com a escala do usuário no que se diz respeito aos sentidos, movimentos, tamanho e comportamento 28
Convidativo para parar/caminhar - Limites atrativos e funcionais - Objetos para se apoiar, ficar próximos - Espaços definidos para ficar
Proteção Contra Experiências Sensoriais Negativas - Zonas definidas para sentar - Maximizar vantagens Vistas agradáveis, oportunidades para ver as pessoas - Boa mistura entre espaços para sentar gratuitos e pagos -Oportunidades para descansar
Atividades Diurnas/Noturnas - Cidade 24hs - Múltiplas funções ao longo do dia - Janelas acessas
Proteção Contra Experiências Sensoriais Negativas - Zonas definidas para sentar - Maximizar vantagens Vistas agradáveis, oportunidades para ver as pessoas - Boa mistura entre espaços para sentar gratuitos e pagos -Oportunidades para descansar
- Iluminação para escala humana Atividades Diurnas/Noturnas - Atividades temporárias (festa junina, carnaval, natal) - Proteção extra para condições climáticas desagradáveis - Iluminação
Aspectos positivos climáticos - Sol/sombra - Conforto climático - Brisa/vento
Aspectos Estéticos/Sensoriais - Design de qualidade, materiais resistentes e detalhes bem cuidados - Vista - Experiências sensoriais ricas
Análise:
PROTEÇÃO Critérios
Proteção Contra Transito Motorizado
Proteção Contra Crime e Violência
Proteção Contra Experiências Sensoriais Negativas
R. Rosa Galvão Bueno Trigueirinho Av. Nações Unidas R. Octalles Marcondes Ferreira
Figura 8
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Análise:
conforto Critérios R. Rosa Galvão Bueno Trigueirinho Av. Nações Unidas R. Octalles Marcondes Ferreira Figura 9
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Convidativo para Caminhar
Convidativo para parar/caminhar
Proteção Contra Experiências Sensoriais Negativas
Atividades lúcidas, recreativas e interação
Contato Visual
ContatoVisual e Auditivo
Atividades Diurnas/ Noturnas
Variação de atividades ao longo do ano
Figura 10
31
Análise:
PRazer Critérios R. Rosa Galvão Bueno Trigueirinho Av. Nações Unidas R. Octalles Marcondes Ferreira Figura 10.1
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Construídos na Escala Humana
Aspectos Positivos Climáticos
Apéctos Estéticos/Sensoriais
2.2 mapas de fluxos Um outro procedimento metodológico utilizado por Gehl e proposto no livro “A vida na cidade: como estudar” (Gehl, J. e Svarre, B. 2018) foi a elaboração de mapas de fluxos de pedestres e veículos na Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho. Através da observação técnica feita numa terça-feira à tarde foi identificado que os meios de deslocamentos mais utilizados na via é o automóvel privados, assim como acontece na grande maioria da grande São Paulo. A Rua é uma área de estacionamento com um fluxo intenso de carros. No mesmo dia foram marcados os fluxos de pedestres que é bem inferior ao número de carros estacionados e circulando na via. Foram identificados em uma hora de observação umas 15 pessoas passando nos percursos marcados na imagem 12. Uma das aulas da Equipe LAR, Letícia Silveira Falco,
desenvolve seu trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em parte da área de estudo do projeto LAR e produziu outro mapa de fluxo de pedestres na Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho numa sexta à noite. Como o horário do mapa foi próximo ao horário de entrada dos alunos do período noturno da Graduação e Pós-graduação do Centro Universitário constatamos que a Rua é uma possível rota caminhável para acessar o Campus
ser uma opção de transporte sustentável a área de estudos não apresenta infraestrutura para esse meio de transporte.
A pesquisa aqui apresentada considera a bicicleta como uma possível forma de deslocamento dentro de um conceito de mobilidade ativa não motorizada, o que Jan Gehl (2013) define como mobilidade verde (deslocar-se a pé, de bicicleta ou transporte com rodas não motorizado). Nos períodos de observação da Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho foram observadas poucas bicicletas circulando pela área (apenas duas na terça à tarde). Apesar da bicicleta
Na Av. Sabará e na R. Miguel Yunes, a ciclovia está implantada ao lado do canteiro central, entretanto, este trecho em um certo momento é interrompido. Acredita-se que a rede cicloviária tem uma grande importância, para que todas as ruas da região tenham uma opção de mobilidade ativa, já que os transportes coletivos só atendem as principais avenidas, disponibilizando apenas a opção de realizar o trajeto restante através da caminhada.
As ciclovias mais próximas da área de estudo são a da Marginal Pinheiros e a da Avenida Nossa Senhora do Sabará. Na Sabará o trecho ativado é unidirecional, entre a Rua Conde Luiz Zunta e a Avenida Jair Ribeiro da Silva. Esta ciclovia fará conexão com trecho localizado às margens do Rio Pinheiros.
33
34
Figura 11
Automรณveis em movimento Automรณveis estacionados
35
36
Figura 12
37
38
Figura 13
39
2.3 safari urbano A última metodologia aplicada para compreensão da área de estudo foi o Safari Urbano que consiste em um método de análise e projeto de calçadas focado na experiência do pedestre. Originalmente, foi desenvolvido em Nova Iorque através do estudo Active Design: Shaping the Sidewalk e traduzido e Experience1 adaptado pela Cidade Ativa2 1 https://www1.nyc.gov/assets/ planning/download/pdf/plans-studies/ active-design-sidewalk/active_ design.pdf 2 https://cidadeativa. org/#quem-somos
Figura 14
40
para ser aplicada nas calçadas brasileiras. Tem como objetivo investigar e incentivar o caminhar nas cidades, partindo da premissa básica que a experiência que o pedestre tem ao caminhar por uma calçada está vinculada a forma do espaço físico. A metodologia consiste em analisar todos os planos que compõe o espaço da calçada (plano de piso, plano da via, plano da cobertura e plano do edifício) e analisar o local através de fichas com
informações importantes para análise. Por meio desta metodologia foi possível verificar aspectos relacionados ao uso e ocupação das ruas envolvidas, o perfil dos usuários, o que atrai as pessoas, as características do sistema viário e os elementos existentes e ausentes. A orientação do safari Urbano é categorizar os elementos de acordo com a conectividade, acessibilidade, mobiliário urbano e segurança.
localização das ruas Figura 14.1
O Safari Urbano foi feito em uma das rotas utilizadas do Centro Universitário Senac para a Estação Jurubatuba da CPTM. Partindo da Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho, passando Avenida Nações Unidas e na última quadra da Avenida Octalles Marcondes Ferreira que dá acesso ao trem.
Rua Octalles Marcondes Ferreira Avenida das Nações Unidas Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho
41
Figura 15
42
Figura 16
43
Rua Rosa galvão bueno trigueirinho Figura 17
Figura 18 Densidade estimada:
44
Compreenda a densidade e a predominância de uso do solo
Residencial Comercial
média
alta
Outros usos relevantes e anotações:
Perfil do Usuário Que tipo de pessoa você vê caminhando nesse bairro?
Pontos de atração
Uso Misto Industrial
Faixa etária: Todas Etnias: Todas Ocupação: Comercial Média número de pessoas/5 min: 60 Média número de ciclistas/5 min: 0 50 Média número de carros/5 min: Média número de ônibus/5 min: 3
Verifique os pontos de atração próximos à sua área
CONECTIVIDADE
CONTEXTO E PERFIL
Tecido
(baixa)
S
+
Ponto de ônibus/Estação Escola Hospital Parque Mercado Outro especifique:
Características do viário Compreenda o tipo de via próxima a sua calçada
Tipo de via: Rua local Via coletora Avenida Rodovia
# faixas rolamento: 4 Velocidade média: 40 km/h
Figura 19
Descreva o contexto da calçada: Como é a calçada do outro lado da rua? E as tipologias/escalas/usos das edificações são semelhantes? Ou diferentes? Em que sentido?
Os dois lados da rua são muito diferentes, pois, um lado tem uma parcela significativa de estacionamento de veículos para os supermercados. Fator que reflete na qualidade da calçada. Enquanto o canteiro central apresanta enorme potencial de ser um parque linear, entretanto, os ônibus atualmente estacionados impossibilitam o conforto e permanência dos pedestres.
DESENHE SUA “PLANTA DE CONECTIVIDADE” E LOCALIZE OS PONTOS DE ATRAÇÃO: S
escola
+
hospital igreja
F
mercado parque ponto de ônibus/ estação
TECIDO 02
TECIDO 01
QUAL DESSES MELHOR REPRESENTA O CONTEXTO DA SUA CALÇADA?
TECIDO 03
10 minutos de caminhada
Planta de Conectividade Escala aproximada: 1:1000
45
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS (100m DE CALÇADA CONTÉM...)
Largura/Afastamento
Largura leito carroçável: 12 1,30 Largura calçada: Faixa livre: 1
Uso do Solo
Residencial Comercial Uso Misto
Recuos no térreo
Edificio alinhado Recuo Jardim Estacionamento
-
m
iluminação: sinalização (ruas): sinalização (tráfego): -
Sinalização da edificação
Tipo: Placa Dimensões: 4 m
Marquise/toldo e outros
Tipo: Dimensões:
m
m
Média comprimento:
2m X altura mínima projeção a livre partir da fachada -
Entradas: acessos aos edifícios
Número total: Média largura:
2 2
m
Faixas verdes/ Arborização da rua
Tipo árvore/dimensão: 30 cm Número de árvores: 5 Dimensão do canteiro: 10 X 20
Usos externos (ex: café na calçada)
Quantidade: 0 Tipo: -
Transparência da fachada
Média: Número de vitrines
Detalhamento da arquitetura (fachada)
Principais componentes verticais Rebaixamento de guias (acesso de e horizontais: Revestimento metálico veículos)
%
projeção a partir da fachada
Embasamento: 5 Total: 12 metros
Comercial 40 7
X
Gabarito médio m
Observações: Metodologia desenvolvida pela Prefeitura de Nova Iorque e traduzida e adaptada pela Cidade Ativa.
46
Figura 20
Número de postes e placas
altura mínima livre
Testada do lote
Residencial
m
Número total: Média de largura: meio lote
Pontuação da experiência na calçada:
Observações adicionais:
Compreendendo oportunidades e desafios
Quais elementos contribuiram para cada uma das notas?
CONECTIVIDADE
ACESSIBILIDADE
Caminhos mais diretos (tem muitos desvios)
SEGURANÇA
DIVERSIDADE ESCALA PEDESTRE/ COMPLEXIDADE
Plano Plano da cobertura da via
Plano do edifício
SUSTENTABILIDADE/ RESILIÊNCIA CLIMÁTICA
Plano do piso
PONTUAÇÃO
[PLANOS]
PONTUAÇÃO
[ASPECTOS FUNDAMENTAIS]
Figura 21
GERAL ANÁLISE DA CALÇADA: SUMÁRIO
Cidade: São Paulo
Complete este formulário depois de finalizar a visita da área
Data: 12/03/2019
O espaço da calçada e os elementos fundamentais
Rua: Rosa Galvão Bueno Trigueirinho
Horário:13 hrs
47
Avenida das nações Unidas Figura 22
Figura 23 Densidade estimada:
48
Compreenda a densidade e a predominância de uso do solo
Residencial Comercial
média
alta
Outros usos relevantes e anotações:
Misto com usos não muito interessante para o pedestre
Perfil do Usuário Que tipo de pessoa você vê caminhando nesse bairro?
Pontos de atração
Uso Misto Industrial
Faixa etária: 35 anos Etnias: misto, predominantemente branco Ocupação: Trabalhadores Média número de pessoas/5 min: 27 Média número de ciclistas/5 min: 0 414 Média número de carros/5 min: 4 Média número de ônibus/5 min:
Verifique os pontos de atração próximos à sua área
CONECTIVIDADE
CONTEXTO E PERFIL
Tecido
(baixa)
S
+
Ponto de ônibus/Estação Escola Hospital Parque Mercado Outro especifique:
Características do viário Compreenda o tipo de via próxima a sua calçada
Posto, farmácia e bar
Tipo de via: Rua local Via coletora Avenida Rodovia
# faixas rolamento: Velocidade média:
6 50
Figura 24
Descreva o contexto da calçada: Como é a calçada do outro lado da rua? E as tipologias/escalas/usos das edificações são semelhantes? Ou diferentes? Em que sentido?
Os dois lados da rua são muito diferentes, pois, um lado tem uma parcela significativa de estacionamento de veículos para os supermercados. Fator que reflete na qualidade da calçada. Enquanto o canteiro central apresanta enorme potencial de ser um parque linear, entretanto, os ônibus atualmente estacionados impossibilitam o conforto e permanência dos pedestres.
DESENHE SUA “PLANTA DE CONECTIVIDADE” E LOCALIZE OS PONTOS DE ATRAÇÃO: S
escola
+
hospital igreja
F
mercado parque ponto de ônibus/ estação
TECIDO 02
TECIDO 01
QUAL DESSES MELHOR REPRESENTA O CONTEXTO DA SUA CALÇADA?
TECIDO 03
10 minutos de caminhada
Planta de Conectividade Escala aproximada: 1:1000
49
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS (100m DE CALÇADA CONTÉM...)
Largura/Afastamento
Largura leito carroçável: 12 1,30 Largura calçada: Faixa livre: 1
Uso do Solo
Residencial Comercial Uso Misto
Recuos no térreo
Edificio alinhado Recuo Jardim Estacionamento
m
iluminação: sinalização (ruas): sinalização (tráfego): -
Sinalização da edificação
Tipo: Placa Dimensões: 4 m
Marquise/toldo e outros
Tipo: Dimensões: -
2m X altura mínima projeção a livre partir da fachada
altura mínima livre
Média comprimento:
Entradas: acessos aos edifícios
Número total: Média largura:
2 2
m
Faixas verdes/ Arborização da rua
Tipo árvore/dimensão: 30 cm Número de árvores: 5 Dimensão do canteiro: 10 X 20
Usos externos (ex: café na calçada)
Quantidade: 0 Tipo: -
Transparência da fachada
Média: Número de vitrines
Detalhamento da arquitetura (fachada)
Principais componentes verticais Rebaixamento de guias (acesso de e horizontais: Revestimento metálico veículos)
%
projeção a partir da fachada
Embasamento: 5 Total: 12 metros
Comercial 40 7
X
Gabarito médio m
Observações: Metodologia desenvolvida pela Prefeitura de Nova Iorque e traduzida e adaptada pela Cidade Ativa.
50
Figura 25
Número de postes e placas
m
m
Testada do lote
Residencial
m
Número total: Média de largura: meio lote
Pontuação da experiência na calçada:
Observações adicionais:
Compreendendo oportunidades e desafios
Quais elementos contribuiram para cada uma das notas?
CONECTIVIDADE
ACESSIBILIDADE
SEGURANÇA
DIVERSIDADE ESCALA PEDESTRE/ COMPLEXIDADE
Plano Plano da cobertura da via
Plano do edifício
SUSTENTABILIDADE/ RESILIÊNCIA CLIMÁTICA
Plano do piso
PONTUAÇÃO
[PLANOS]
PONTUAÇÃO
[ASPECTOS FUNDAMENTAIS]
Figura 26
GERAL ANÁLISE DA CALÇADA: SUMÁRIO
Cidade: São Paulo
Rua: Av. das Nações Unidas
Complete este formulário depois de finalizar a visita da área
Data:12/03/2019
Horário: 13 hrs
O espaço da calçada e os elementos fundamentais
51
Avenida OCTALLES MARCONDES FERREIRA Figura 27
Figura 28 Densidade estimada:
52
Compreenda a densidade e a predominância de uso do solo
Residencial Comercial
média
alta
Outros usos relevantes e anotações:
Perfil do Usuário Que tipo de pessoa você vê caminhando nesse bairro?
Pontos de atração
Uso Misto Industrial
Faixa etária: Todas Etnias: Todas Ocupação: Comercial Média número de pessoas/5 min: 60 Média número de ciclistas/5 min: 0 50 Média número de carros/5 min: Média número de ônibus/5 min: 3
Verifique os pontos de atração próximos à sua área
CONECTIVIDADE
CONTEXTO E PERFIL
Tecido
(baixa)
S
+
Ponto de ônibus/Estação Escola Hospital Parque Mercado Outro especifique:
Características do viário Compreenda o tipo de via próxima a sua calçada
Tipo de via: Rua local Via coletora Avenida Rodovia
# faixas rolamento: 4 Velocidade média: 40 km/h
Figura 29
Descreva o contexto da calçada: Como é a calçada do outro lado da rua? E as tipologias/escalas/usos das edificações são semelhantes? Ou diferentes? Em que sentido?
- geralmente tem recuos e alturas semelhantes. Edificações com mesmos usos porém de um lado tem apenas a divisa do shopping e no outro tem mais empresas/ comércio.
DESENHE SUA “PLANTA DE CONECTIVIDADE” E LOCALIZE OS PONTOS DE ATRAÇÃO: S
escola
+
hospital igreja
F
mercado parque ponto de ônibus/ estação
TECIDO 02
TECIDO 01
QUAL DESSES MELHOR REPRESENTA O CONTEXTO DA SUA CALÇADA?
TECIDO 03
10 minutos de caminhada
Planta de Conectividade Escala aproximada: 1:1000
53
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS (100m DE CALÇADA CONTÉM...)
Largura/Afastamento
Largura leito carroçável: 13 3,9 Largura calçada: Faixa livre: 3
Uso do Solo
Residencial Comercial Uso Misto
Recuos no térreo
Edificio alinhado Recuo Jardim Estacionamento
variado
m
iluminação: 24 sinalização (ruas): 4 sinalização (tráfego): 8
Sinalização da edificação
Tipo: Dimensões: -
Marquise/toldo e outros
Tipo: Comercial Dimensões:
m
m
X altura mínima projeção a livre partir da fachada
X
Testada do lote Entradas: acessos aos edifícios
Número total: Média largura:
54
Embasamento: 2 Total: 8 metros
Faixas verdes/ Arborização da rua
Tipo árvore/dimensão: Palmeiras Número de árvores: 100 Dimensão do canteiro: 40 X 260
Usos externos (ex: café na calçada)
Quantidade: Tipo: -
m
10 m
Comercial 50 0
Transparência da fachada
Média: Número de vitrines
Detalhamento da arquitetura (fachada)
Principais componentes verticais Rebaixamento de guias (acesso de e horizontais: Muros, postos e estação veículos)
%
projeção a partir da fachada
Gabarito médio
Observações: Metodologia desenvolvida pela Prefeitura de Nova Iorque e traduzida e adaptada pela Cidade Ativa.
54
Figura 30
Número de postes e placas
altura mínima livre
Média comprimento: variado
Residencial
m
Número total: 9 Média de largura: de um lado quase
a calçada toda, do outro lado apenas o shopping
Pontuação da experiência na calçada:
Observações adicionais:
Compreendendo oportunidades e desafios
Quais elementos contribuiram para cada uma das notas?
CONECTIVIDADE
ACESSIBILIDADE
SEGURANÇA
DIVERSIDADE ESCALA PEDESTRE/ COMPLEXIDADE
Plano Plano da cobertura da via
Plano do edifício
SUSTENTABILIDADE/ RESILIÊNCIA CLIMÁTICA
Plano do piso
PONTUAÇÃO
[PLANOS]
PONTUAÇÃO
[ASPECTOS FUNDAMENTAIS]
Figura 31
GERAL ANÁLISE DA CALÇADA: SUMÁRIO
Cidade: São Paulo
Rua:Octalles Marcondes
Complete este formulário depois de finalizar a visita da área
Data: 12/03/2019
Horário: 13 hrs
O espaço da calçada e os elementos fundamentais
Ferreira
55
2.4 Urbanismo tático
Em 2017 o Projeto LAR apresentou premissas de Urbanismo Tático como possibilidade de ação na área de estudos1. Para retomar o conceito a ideia de Tactical Urbanism2, surgiu como uma resposta à dificuldade dos governos em entregar para a população serviços urbanos básicos, como habitação e transporte de qualidade. Suas ações consistem em intervenções pequenas, de baixo custo e com caráter efêmero, tendo o objetivo de estimular o exercício da cidadania, de forma a incitar a segurança viária e ajudar a criar espaços públicos de qualidade, demonstrando a possibilidade e o potencial de mudanças em larga escala e a longo prazo.
56
1 https://issuu.com/ arqlabsenac/docs/caderno_lar_2017 2 http://tacticalurbanismguide. com/
Figura 32
Figura 33
Figura 34
Por meio de tais atos, as pessoas são convidadas a experimentar novas mudanças na cidade. Ao conferir novos sentidos para os lugares, ambientes mais amigáveis aos moradores são criados, de forma a motivar as pessoas a repensarem seus hábitos por meio dos diferentes encontros e trocas que esses espaços possibilitam. Diversas cidades ao redor do mundo estão se apropriando de espaços livres, ociosos ou subutilizados e transformandoos em áreas de permanência, de eventos populares, desenhando faixas de pedestres temporárias que beneficiem as travessias, ou até mesmo pintando o chão para mudar o desenho da rua. Os projetos variam de acordo com as necessidades de cada local, mas compartilham um objetivo comum de readequar o espaço viário e valorizar os espaços públicos. Enquanto uma rua tem a necessidade
de calçadas mais amplas, em outra o principal problema está em um cruzamento perigoso, em que os pedestres demandam de mais segurança para realizar a travessia. Dentro do conceito de Urbanismo Tático o Projeto LAR propõe uma ação desse caráter desde 2016 que é chamada de OcupaLAR que ocorre na Semana Senac de Cidadania. Anualmente o Centro Universitário Senac realiza o evento da Semana da Cidadania que tem como objetivo destacar as ações voltadas para sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social. A proposta é fortalecer a relação da instituição com a comunidade, abrindo as portas para atrações culturais e ações que fomentam as atividades de ensino, pesquisa e extensão. A programação é diversificada e conta com exposições, oficinas e workshops. 57
3
OCUPALAR 3
O objetivo do OcupaLAR é transformar espaços em lugares através de atividades culturais e de lazer. Em cada edição teve atividades e propostas diferentes: em 2016 e 2018 foi na Rua Rosa Galvão Bueno trigueirinho e 2017 e 2019 em áreas internas do Campus santo Amaro.
incentivando o uso de espaços livres de edificação públicos ou privados para convivência e lazer com a possibilidade de melhorar a segurança da área com usos qualificados da região.
Além da transformação do espaço, um outro objetivo dessa ação é o fortalecimento da comunidade local com possível interação entre as pessoas que trabalham, moram e estudam na região
Figura 35
60
Figura 37
Figura 36
Figura 38
Figura 41
Figura 39
Figura 42
Figura 40
Figura 43
61
A 3ª. Edição do OcupaLAR ocorreu no dia 21/09/2018 em uma sexta-feira ensolarada e teve várias atividades ao longo do dia. Para compor o layout do espaço o LAR trouxe uma exposição de estruturas espaciais baseadas na obra do arquiteto Yona Friedman1 desenvolvidas por alunos do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.
62
1 O arquiteto húngarofrancês com vasta experiência no desenvolvimento de instalações públicas que promovem a democratização do uso dos espaços públicos.
Figura 44
Figura 45
As atividades esportivas tiveram apresentações de dança e sessão de yoga para estimular a apropriação do espaço através do corpo e as atividades artesanais foram as oficinas de sketchbook e a montagem de terrários fechados. Ambas reuniram público de idades variadas.
63
Figura 48
Foram realizadas rodas de conversa, doação de cães abandonados, árvore dos sonhos, jogos lúdicos, feira de economia criativa e cidadã e o início da concepção de uma horta comunitária. Figura 46
Figura 47
64
Figura 49
Figura 50
Figura 51
65
Durante o evento aconteceu a inauguração oficial dos postes solares de iluminação implantados pelo Centro Universitário Senac como parte do Projeto e adoção da Rua. A iniciativa teve como objetivo principal melhorar a segurança dos alunos e funcionários do Senac, uma vez que a Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho se apresenta como parte importante da rota mais usada por eles na caminhada até a Estação Jurubatuba, da CPTM. Além de beneficiar esse público específico a nova iluminação atende os cidadãos que utilizam a via pública. Além dos postes o Senac vem fazendo outras melhorias no local como a instalação bancos de concreto, lixeiras e floreiras e o cuidado com a vegetação, tornando o ambiente mais agradável não apenas para caminhar mais também para permanecer e contemplar. 66
Figura 52
67
Como parte do evento, a projeção mapeada fruto do Projeto ARCO, ocorreu em uma sala de aula do Centro Universitário. Várias sessões da projeção mapeada foram apresentadas aos alunos, funcionários e professores do Campus. O vídeo mostrava a área de estudos de 2018 que compreendia da Ponte do Socorro até a Estação Jurubatuba da CPTM e a Av. Engenheiro Alberto de Zagottis com o material de análise realizado pela Equipe LAR. Além das pesquisas, algumas possibilidades de intervenção urbanas e paisagísticas local foram propostas e estão apresentadas no último capítulo dessa publicação.
68
Posterior ao evento as equipes LAR e ARCO receberam a Subprefeita de Santo Amaro, Sra. Janaina Lopes de Martini e apresentaram a projeção mapeada como forma de contribuir para reflexões urbanas e paisagísticas da região.
Figura 53
Figura 54
Figura 55
A Equipe LAR aplicou um Figura 56 questionário com as pessoas que circularam no evento. As perguntas estavam separadas em duas frentes de investigação: 1. questões sobre o entorno do Senac e 2. Perguntas específicas sobre o evento em si. Para ampliar as pesquisas e estimular a interação Ensino, Pesquisa e Extensão os alunos da Pósgraduação em Arquitetura da Paisagem da unidade Senac Lapa Tito trouxeram contribuições para a disciplina do curso de Metodologia da Pesquisa e também aplicaram questionários sobre a região. Sobe o entorno do Centro Universitário a Equipe LAR resultados semelhantes aos obtidos em outras pesquisas do LAR nos anos anteriores e com a aplicação de questionários com perguntas diretas aos entrevistados foi possível identificar problemas que o contexto urbano apresenta.
69
70
Com o objetivo de integrar ensino, pesquisa e extensão os alunos da Pós-graduação em Arquitetura da Paisagem, título oferecido pelo Senac na unidade Lapa Tito, contribuíram com a aplicação de pesquisas elaboradas por eles para a disciplina de Metodologia da Pesquisa.
utilizou bicicleta. Interessante observar que nenhum entrevistado citou a parte do trajeto que faz a pé, pois vindo de trem parte do percurso teria que ser caminhando. Quanto à segurança foram registradas opiniões sobre iluminação, policiamento e acessibilidade:
Os alunos Ana Beatriz Leme e Felipe Todo optaram por um questionário interativo no qual as pessoas selecionavam a sua preferência a partir de adesivos coloridos classificados em: Bom (verde), Regular (amarelo) e Ruim (vermelho). Os itens analisados nessa pesquisa foram: Mobilidade, Segurança, Conforto, Trajeto, Parceria do Senac com a Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho e Interesse na próxima edição do evento.
• 38,4% das pessoas consideram a iluminação boa, 50% regular e 11,5% ruim. • 15,3% das pessoas consideram o policiamento bom, 46,3% regular e 38,4% ruim. • 26,9% das pessoas consideram a acessibilidade boa, 46,2% regular e 26,9% ruim.
Foram entrevistadas 26 pessoas e desse número 42,3% utilizavam ônibus, 30,7% dos entrevistados utilizavam o trem 26,9% das pessoas usavam carro. Nenhum entrevistado
Na categoria conforto 50% dos entrevistados consideram a paisagem do entorno boa, 30,7% regular e 19,3% ruim e quanto aos espaços de espaços de estar 26,9% classificou as áreas como boas, 46,2% regular e 26,9% ruim.
E no item trajeto (percurso da Estação Jurubatuba até o Centro Universitário Senac), foi analisado como regular por todos os entrevistados. Sobre a adoção da Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho pelo Senac 42,3% dos entrevistados sabiam e 57,7% não sabiam, apesar da placa informativa instalada na rua. E quase a totalidade dos entrevistados confirmaram que voltariam em um próximo evento nos mesmos moldes do OcupaLAR.
Figura 57
Uma segunda dupla de alunos, Elisane Floro e Francielly Contier propuseram a elaboração de um mapa comportamental que foi sendo feito ao longo do evento. O objetivo foi identificar as áreas mais ocupadas, o uso predominante do espaço e sua eficiência. No caso específico do OcupaLAR o objetivo era fazer uma análise do entorno do Centro Universitário Senac Santo Amaro. Foi disponibilizado para as pessoas que passavam pelo evento um alfinete com cor correspondente a cada legenda para que essa pessoa frequentadora da região identificasse na base impressa do mapa o que ela costuma fazer nessa área.
Figura 58
Figura 59
71
Figura 60
72
Figura 61
73
As alunas Cássia Castanho, Renata Aghazarm e Viviani Leite criaram um questionário em forma de percurso para identificar o público que estava no OcupaLAR. A imagem 38 apresenta os resultados da pesquisa.
Figura 63
Figura 62
Figura 64
74
A aluna Iasmine Clementino ofereceu um workshop de execução de terrários fechados e aplicou um questionário específico para o desenvolvimento do seu TCC. A atividade teve muitos interessados e atraiu desde o público infantil até idosos. A aluna concluiu que as pessoas gostam e precisam fazer atividades relacionadas com a natureza.
Figura 65
Figura 66
Figura 67
75
OCUPALAR 4
A 4ª. Edição do evento ocorreu no dia 25/09/2019 e, por conta do tempo chuvoso, aconteceu nas dependências internas do Centro Universitário. A área escolhida foi a marquise de uma das edificações que funciona como passagem de pedestres. O local foi transformado em área de convivência e aberto para toda a comunidade local. O layout da área foi composto pela exposição de abrigos realizados por alunos do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, shapes de skate produzidos em atividades acadêmicas e produções do ateliê de gravura.
78
O mobiliário existente no local foi complementado com bancos de papelão que possibilitaram a montagem do layout de maneira efêmera se adequando ás atividades. Também foram expostas e utilizadas as cadeiras Krat montadas a partir de caixas de madeira em um workshop realizado pelo Senac ministrado pelos ex-alunos
do Bacharelado em Design Industrial Alex Tonda e João Paulo salgado.
Figura 68
Figura 69
Figura 70
Figura 71
79
Figura 72
Figura 73
Figura 74
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Ocorreram várias atividades físicas que propiciaram a ocupação do espaço através do corpo. A oficina de Pilates, propôs vários exercícios corporais que tiveram como fundamentos concentração, controle, precisão, relaxamento e respiração; o Grupo de Teatro Senac Kapiva, trouxe para o OcupaLar o Contato Improvisação que consiste em explorar o corpo e o espaço através do movimento. E a oficina de Parkour complementou o círculo das atividades físicas com o objetivo de vencer obstáculos usando apenas o corpo humano.
Figura 75
Foram realizadas duas atividades artesanais: a primeira foi o workshop de mandala que reuniu, aproximadamente, vinte pessoas e consistia na pintura de mandalas, na qual as cores utilizadas estavam relacionadas com os chakras. A ideia era proporcionar um momento de contemplação e relaxamento já que mandalas são usadas para ajudar na harmonia e equilíbrio pessoal. E a segunda foi uma oficina de sketchbooks que, utilizando, papéis, agulhas e linhas e um pouco de habilidade manual, foram montados vários caderninhos de desenho. A oficina reuniu várias pessoas que aprendiam como furar os papéis e como costurá-los.
Figura 76
Figura 77
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Figura 78
Figura 79
Figura 80
82
Ainda como proposta de integração da Pós-graduação e a graduação a arquiteta paisagista (e ex-aluna da Pósgraduação em Arquitetura da Paisagem) Paula Galbi e sua sócia Dulce Moraes, fizeram uma roda de conversa sobre jardins comestíveis e a aluna do mesmo curso Herta Franco complementou a roda com uma discussão sobre agricultura urbana.
Figura 81
Docentes dos cursos de graduação trouxeram suas contribuições para o evento. O professor Ricardo Luis contou sobre os bastidores da sua produção e livros da “ Coleção das coisas” e o professor João Paulo Gomes trouxe o projeto de extensão “Esteticista sem fronteiras” com a atividade Spa das mãos. Alunos do Bacharelado em Design trouxeram os jogos em desenvolvimento na disciplina Projeto brincar e aproveitaram as pessoas do OcupaLAR para fazerem testes com públicoalvo antes da apresentação dos trabalhos. Acabaram criando áreas de jogos e utilizaram as observações feitas pelas pessoas para ajustes em suas propostas.
Figura 82
Figura 83
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Figura 84
Figura 85
Figura 86
84
Duas rodas de samba movimentaram o evento e trouxeram música para estimular a apropriação do espaço. No horário do almoço e início da noite música e dança transformaram o local em um espaço alegre e de integração entre as pessoas. Com uma proposta de inclusão a ONG Nosso Olhar apresentou e divulgou o projeto da Bike Art que trabalha a inclusão de pessoas com síndrome de down no mercado de trabalho. Junto com as vendas de chocolates a artista plástica fez uma live painting com uma das meninas que estavam no evento.
Figura 87
A última atividade da noite foi o Cinedebate com o documentário Carroça 21 que conta a história de Elismaura Pereira, que atua como carroceira há 20 anos. Após a sessão Maura conversou com os presentes e deu uma verdadeira aula de urbanismo e cidadania com seu exemplo de vida. Durante todo o dia foram feitos pelas pessoas que circularam no OcupaLAR Mapas afetivos da região do entorno do Campus. Foi solicitado para alguns participantes do evento que traçassem o caminho que eles faziam da estação Jurubatuba até o Senac Santo Amaro e colocar o que eles sentiam com relação a esse caminho traçado. O resultado foram rotas diversificadas, mas em todas elas foram pontuadas a má qualidade do espaço urbano.
Figura 88
Figura 89
85
A projeção mapeada realizada pelos alunos do Projeto ARCO teve várias sessões de apresentação e compilou análises e diagnósticos para o trecho denominado Rota Caminhável que vai do Centro Universitário até a Estação Jurubatuba passando pela Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho. Esse recorte de área menor que em 2018 aproveitou a adoção da referida Rua para utiliza-la como laboratório de análises. As atividades das duas edições do OcupaLAR mostram que é possível transformar um espaço em um lugar e ter atividades que atraiam pessoas. Partimos da premissa que quanto maior essa diversidade de atividades melhor a apropriação do espaço seja ele público ou privado público.
86
No caso de área pública, as próprias pessoas no local fazendo atividades variadas e adequadas ao espaço público fazem a segurança do local.
Os “olhos atentos” de Jacobs (2000) e podem transformar espaços, muitas vezes apenas de passagem, em áreas de lazer e permanência.
por um dia. Na edição e 2019 dentro do Campus o espaço de passagem tornou-se área de permanência e convivência.
Vale ressaltar que na atividade de 2018 não houve nenhuma ocorrência de problemas de segurança no entorno da Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho e a rua que é muito usada para estacionamento se transformou em área de lazer
Figura 91
Figura 90
Figura 92
87
5
DIRETRIZES DE PROJETO
Todas as pesquisas e atividades realizadas no projeto resultaram em possíveis premissas de projeto que poderiam ser usadas pela Subprefeitura de santo Amaro como um roteiro para intervenções urbanas e paisagísticas. A área tem grande potencial de transformação urbana e papel estratégico na reestruturação do município.
90
PROBLEMAS 1. A área de estudos em termos no do Município de SP contém 3 zonas: ZDE2, ZEPAM (Golf Club) e uma pequena porção de ZEM zoneamento. Área predominante ZDE2 (Zona de desenvolvimento econômico) em transformação com baixa densidade ocasionando pouco fluxo de pessoas nas ruas. Poucas áreas de ZEM (Zona de Estruturação Metropolitana) na área de estudos. Um dos pressupostos das áreas de transformação são as fachadas ativas. 2. Infraestrutura cicloviária um pouco afastada da área de estudos. 3. Problemas de drenagem urbana 4. Áreas verdes fragmentadas e pouco qualificadas como espaços de permanência 5. Espaços viário privilegiado em relação ao espaço do pedestre.
6. Observou-se também que a área tem uma carência de áreas verdes. Existem pequenas praças fragmentadas, alguns espaços livres de edificação com áreas verdes, como os canteiros das avenidas com potencial de transformação em espaços de lazer e estar. POTENCIALIDADES 1. Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho com calçadas largas com dimensões adequadas, acessível e segura; 2. Desenho de piso estimulando a circulação de pedestres; 3. Iluminação adequada; 4. Vegetação adequada ao caráter de cada local; 5. Redesenho das praças e canteiros centrais atraindo novos usos; 6. Mobiliários Urbanos convidativos; 7. Fachadas ativas; 8. Ciclovias bem estruturadas e com conexões entre as principais avenidas;
9. Espaços para circulação de pedestres ao longo do sistema viário com faixa de mobiliário do decorrer do caminho, estimulando a permanência; 10. Criação de lombo-faixas em pontos estratégicos; 11. Intervenções de baixo custo e curto prazo em espaços públicos, estimulando a população a utilizar mais os espaços livres ou subutilizados transformando-os em áreas de permanência; 12. Transformar espaços de estacionamento em espaços de lazer, encontros e estar; 13. Uso de espaços subutilizados e ociosos para atividades como: cinema ao ar livre, bibliotecas, zonas de descanso e lazer; 14. Parcerias públicoprivada;
São inúmeros os benefícios com a aplicação dessas propostas, entre eles temos: >> Aumento da circulação de pedestres; >> Oferta de ambientes de descompressão; >> Ambiente favorável a ampliação do convívio social; >> Ampliação da demanda por comércio e serviços. O objetivo das propostas é trazer mais segurança para a região, propondo novos usos e espaços convidativos para uma permanência segura. CICLOVIA - A proposta visa a implantação de ciclovias nos trechos compreendidos entre a estação Jurubatuba e a Avenida Nossa Senhora do Sabará, com ligações na Eusébio Stevaux, podendo ser ampliada para as demais imediações. PREMISSA DE PROJETO RELOCAR URBANISMO TATICO - Assim, a proposta se aplica aos bolsões de estacionamento da Av. Eng. Alberto de Zagottis, e tem como objetivo discutir a
presença do carro no espaço urbano, mostrando que vagas ocupadas por um ou dois carros são espaços potenciais de encontro, estar e lazer, humanizando aquele pequeno espaço destinado para o carro.
91
CONCLUSÃO
No final de 2019 foram identificadas algumas intervenções urbanas na Av. Eng. Alberto de Zagottis e na Praça Acapulco. Como a região passa pela finalização das obras públicas de drenagem urbana, entende-se que essas ações fazem parte desse projeto. No canteiro central da Avenida estão sendo feitas pistas de caminhada e foram implantadas algumas estações de atividades físicas. Na praça foram colocados brinquedos para atender o público infantil da região. Essas intervenções devem estimular o uso dos espaços pelos pedestres e manter as áreas movimentadas com bons usos ao longo do dia, tanto durante a semana quanto aos finais de semanas.
94
Figura 93
Figura 94
Figura 95
Figura 96
95
REFERÊNCIA
98
ATIVA, Cidade. Iniciativa – Leituras Urbanas. Área 40 São Miguel Paulista. Dez. 2016. Disponível em: < https://cidadeativa.org/iniciativa/leituras-urbanas/area-40-sao-miguel-paulista/>. Acesso em: 01 Jun. 2019. ______. Relatório. Diagnóstico Áreas 40: São Miguel Paulista. Cidade Ativa, Dez. 2016. Disponível em: < https://cidadeativa.org/wp-content/uploads/2017/10/CA_%C3%81rea40_S%C3%A3oMiguel_ Relat%C3%B3rio.pdf>. Acesso em: 01 Jun. 2019. BARRATO, Romulo. ArchDaily. Safari Urbano: Metodologia para Avaliação de Calçadas. 09 Ago. 2016. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/792979/safari-urbano-metodologia-para-avaliacao-de-calcadas >. Acesso em: 01 Jun. 2019. GEHL, J. Cidades para Pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. ______. e SVARRE, Birgitte. Vida nas cidades: como estudar. São Paulo: Perspectiva, 2018. Global Designing Cities Initiative; National Association of City Transportation Officials. Guia global de desenho de ruas. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018. JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo WMF: Martins Fontes, 3 ª Ed. 2012. SPACES, Project For Public. What is placemaking. What Makes a Successful Place? 21 Dec. 2017. Disponível em: <https://www.pps.org/article/grplacefeat>. Acesso em: 01 Maio, 2019. WHYTE, William H. The social life off small urban spaces. Washington D.C., The Conservation Foundation. Washington DC, 1980. https://www.saopaulobairros.com.br/campo-grande/
99
8
LISTA DE FIGURAS
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Figura 1: Mapa de uso e ocupação do solo. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 2: Região pouco amigável para o pedestre. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 2.1: Região pouco amigável para o pedestre. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 2.2: Região pouco amigável para o pedestre. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 2.3: Região pouco amigável para o pedestre. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 3: Centro Universitário Senac – Projeto de retrofit de antiga indústria. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 4: Fotos da Região. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 4.1: Fotos da Região. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 4.2: Fotos da Região. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 4.3: Fotos da Região. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 4.4: Fotos da Região. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 4.5: Fotos da Região. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 5: Córrego Zavuvus. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 5.1: Córrego Zavuvus. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 6: Espaços livres públicos com potencial de requalificação. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 6.1: Espaços livres públicos com potencial de requalificação. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 6.2: Espaços livres públicos com potencial de requalificação. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 6.3: Espaços livres públicos com potencial de requalificação. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 7: 12 critérios de Jan Gehl para uma cidade adequada ao pedestre. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 8: Foto terreno. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 9: Foto terreno. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 10: Foto terreno. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 10.1: Foto terreno. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 11: Mapa de fluxo de automóveis nas Ruas Rosa Galvão Bueno Trigueirinho e Galeno de Castro. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 12: Tracing Map na Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho terça-feira à tarde. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 13: Tracing Map na Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho sexta-feira à noite. Fonte: Equipe LAR e Letícia Falco, 2019. Figura 14: Safari Urbano: Metodologia para Avaliação de Calçadas. Fonte: BARATTO, 2016. Figura 14.1: Localização das ruas. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 15: Critérios de avaliação do safari urbano. Fonte: Cidade Ativa, 2016.
Figura 16: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 17: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 18: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 19: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 20: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 21: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 22: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 23: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 24: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 25: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 26: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 27: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Letícia Falco, 2019. Figura 28: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 29: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 30: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 31: levantamentos do Safari Urbano. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 32:Urbanismo tático: intervenções rápidas que mostram o potencial da mudança (Foto: Paul Krueger/ Flickr) – fonte: https://www.thecityfixbrasil.org/2014/05/07/urbanismo-tatico/Figura 33: Intervenções de Urbanismo Tático. Fonte: https://www.thecityfixbrasil.org/2014/05/07/urbanismo-tatico/, 2014. Figura 33:Urbanismo tático: intervenções rápidas que mostram o potencial da mudança (Foto: Paul Krueger/Flickr) – fonte: Intervenção em rua com pintura para identificar área de pedestres. Fonte: https:// followthecolours.com.br/follow-decora/urbanismo-tatico/, 2019. Figura 34:Urbanismo tático: intervenções rápidas que mostram o potencial da mudança (Foto: Paul Krueger/Flickr) – fonte: Intervenção em rua com pintura para identificar área de pedestres. Fonte: https:// followthecolours.com.br/follow-decora/urbanismo-tatico/, 2019. Figura 35: OcupaLAR 1. Fonte: Equipe LAR, 2016. Figura 36: OcupaLAR 2. Fonte: Equipe LAR, 2017. Figura 37: OcupaLAR 1 - Transformando a Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho em espaço de lazer e convivência da comunidade. Fonte: Equipe LAR, 2016. Figura 38: OcupaLAR 2. Fonte: Equipe LAR, 2017. Figura 39: OcupaLAR 2 - Transformando uma área de estacionamento do Centro Universitário Senac em espaço de lazer e convivência da comunidade. Fonte: Equipe LAR, 2017.
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Figura 40: OcupaLAR 1. Fonte: Equipe LAR, 2016. Figura 41: OcupaLAR 2. Fonte: Equipe LAR, 2017. Figura 42: OcupaLAR 2. Fonte: Equipe LAR, 2017. Figura 43: OcupaLAR 1. Fonte: Equipe LAR, 2016. Figura 44: OcupaLAR 3 - Estruturas espaciais. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 45: OcupaLAR 3 - Atividades realizadas. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 46: OcupaLAR 3 - Atividades realizadas. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 47: OcupaLAR 3 - Atividades realizadas. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 48: OcupaLAR 3 - Atividades realizadas. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 49: OcupaLAR 3 - Atividades realizadas. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 50: OcupaLAR 3 - atividades esportivas e artesanais. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 51: OcupaLAR 3 - atividades esportivas e artesanais. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 52: OcupaLAR 3 – vista aérea. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 53: OcupaLAR 3 – Equipes do projeto LAR e ARCO com a Subprefeita de Santo Amaro. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 54: OcupaLAR 3 – Projeção mapeada. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 55: OcupaLAR 3 – Projeção mapeada. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 56: OcupaLAR 3 – Pesquisa realizada no dia do evento transformado em gráfico. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 57: OcupaLAR 3 – atividade e resultados. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 58: OcupaLAR 3 – atividade e resultados. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 59: OcupaLAR 3 – atividade e resultados. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 60: OcupaLAR 3 – atividade e resultados. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 61: OcupaLAR 3 – atividade e resultados. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 62: OcupaLAR 3 – público e atividades. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 63: OcupaLAR 3 – atividade e resultados. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 64: OcupaLAR 3 – atividade e resultados. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 65: OcupaLAR 3 – Oficina de terrário fechado. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 66: OcupaLAR 3 – Oficina de terrário fechado. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 67: OcupaLAR 3 – Oficina de terrário fechado. Fonte: Equipe LAR, 2018. Figura 68: OcupaLAR 4. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 69: OcupaLAR 4. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 70: OcupaLAR 4. Fonte: Equipe LAR, 2019.
Figura 71: OcupaLAR 4. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 72: OcupaLAR 4 – Atividade Pilates. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 73: OcupaLAR 4 – Atividade Teatro Kapiva. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 74: OcupaLAR 4 – Atividade Parkour. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 75: OcupaLAR 4 – Atividade Mandalas. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 76: OcupaLAR 4 – Atividade Mandalas. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 77: OcupaLAR 4 – Atividade Sketchbook. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 78: OcupaLAR 4 – Atividade Jardins comestíveis. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 79: OcupaLAR 4 – Atividade Jardins comestíveis. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 80: OcupaLAR 4 – Atividade Jardins comestíveis. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 81: OcupaLAR 4 – Livros da “Coleção das coisas”. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 82: OcupaLAR 4 – Projeto de extensão “Esteticista sem fronteiras”. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 83: OcupaLAR 4 – Projeto brincar. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 84: OcupaLAR 4 –Roda de samba. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 85: OcupaLAR 4 –Roda de samba. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 86: OcupaLAR 4 –Roda de samba. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 87: OcupaLAR 4 – Projeto da Bike Art. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 88: OcupaLAR 4 – Live painting. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 89: OcupaLAR 4 – Cinedebate com o documentário Carroça 21. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 90: OcupaLAR 4 – Projeção mapeada realizada pelos alunos do Projeto ARCO. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 91: OcupaLAR 4 – Projeção mapeada realizada pelos alunos do Projeto ARCO. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 92: OcupaLAR 4 – Roda de conversa - síntese dos dois eventos. Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 93: Intervenção Urbana na Avenida Engenheiro Alberto de Zagttis no (Lote 3 da Canalização do Córrego Zavuvus). Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 94: Intervenção Urbana na Avenida Engenheiro Alberto de Zagttis no (Lote 3 da Canalização do Córrego Zavuvus). Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 95: Intervenção Urbana na Avenida Engenheiro Alberto de Zagttis no (Lote 3 da Canalização do Córrego Zavuvus). Fonte: Equipe LAR, 2019. Figura 96: Intervenção Urbana na Avenida Engenheiro Alberto de Zagttis no (Lote 3 da Canalização do Córrego Zavuvus). Fonte: Equipe LAR, 2019. 105