estudo para
2016
CAS JURUBATUBA
requalificação urbana
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC | SANTO AMARO ARQUITETURA E URBANISMO LAR | LABORATÓRIO DE ARQUITETURA RESPONSÁVEL SÃO PAULO | SP DEZEMBRO 2016
AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Centro Universitário SENAC pelo apoio ao desenvolvimento desta pesquisa e à Subprefeitura de Santo Amaro pelo apoio na atividade OCUPALAR. À Profª. Dra. Valéria Fialho e Coordenação do curso de Arquitetura e Urbanismo pelo suporte ao projeto de pesquisa, à Coordenação de Parcerias, Intercâmbios e Projetos Socioambientais pelo apoio e acompanhamento no desenvolvimento desta atividade. Ao prof. Ms. Paulo Magri pela coordenação da oficina de mobiliário urbano da atividade OCUPALAR e técnicos do Laboratório de Design que acompanharam a execução do mobiliários, Felix Dias, Lourenço Amaral, Lucas Escardovelli e Jonathan Paulo Fiori. À Profª Ms. Marcella Ocke que nos orientou e acompanhou este trabalho, nos incentivando e compartilhando experiências e conhecimento.
Evento OCUPALAR foto por LAR 2016
SUMÁRIO INTRODUÇÃO______________________________________________________________11 PESQUISAS INICIAIS_________________________________________________________17 EMBASAMENTO TEÓRICO_____________________________________________________35 LEVANTAMENTO HISTÓRICO___________________________________________________47 PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO_________________________________________________55 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO___________________________________________________65 EVENTOS, RUAS ABERTAS E COLETIVOS URBANOS___________________________________79 eventos______________________________________________________________81 ruas abertas___________________________________________________________95 coletivos urbanos_______________________________________________________98 OCUPALAR_______________________________________________________________103 DIRETRIZES PARA FUTUROS PROJETOS__________________________________________125 BIBLIOGRAFIA_____________________________________________________________131 EQUIPE LAR______________________________________________________________137
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INTRODUÇÃO O Senac acredita no poder transformador da educação e na relação ensino, pesquisa e extensão. Dentro deste contexto o Projeto de Extensão Universitária é um conjunto de ações, com duração determinada, de caráter educativo, social, tecnológico, artístico ou científico, com objetivo específico, a curto e médio prazo, que visa fomentar a relação entre a teoria e a prática, envolvendo a comunidade acadêmica e a sociedade. O Projeto LAR| Laboratório de Arquitetura Responsável foi criado para propor atividades de integração e educação junto às comunidades e grupos organizados que buscam orientação sobre questões relacionadas a qualquer ação coletiva, de cunho social, para promoção de melhorias na qualidade dos espaços habitados e/ou espaços públicos. O primeiro LAR ocorreu em 2014 com estudos e análises para requalificação do Eixo Histórico de Santo Amaro e apresentou levantamento histórico da região, problemas e potencialidades. Em 2015 a parceria do projeto foi com a Organização Não Governamental (ONG) TETO que atua na América Latina e no Caribe com a construção coletiva de residências emergenciais em parceria com voluntários e com as próprias famílias que vivem em condições de estrema pobreza em áreas vulneráveis de grandes centros metropolitanos. Em 2016, a preocupação crescente com a segurança nos grandes centros urbanos fez com que o Centro Universitário Senac, especificamente no Campus Santo Amaro (CAS), considerasse uma necessidade real de integração do Campus ao seu entorno. Respondendo à demanda, que partiu não apenas do alunado, mas também da direção do Centro Universitário Senac, o LAR 2016 apresenta este caderno de estudos sobre a região e verifica as possibilidades de aumento da segurança e uma relação mais humanizada do Campus com seu entorno imediato, através de ações e possíveis indicações de desenho urbano. 10
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De acordo com Gehl (2010), “a preocupação crescente com a dimensão humana no planejamento urbano reflete uma exigência distinta e forte por melhor qualidade de vida urbana”. Comparando com investimentos sociais na área de saúde e infraestrutura de veículos o custo de considerar a dimensão humana no planejamento das cidades é pequeno e a melhoria dos espaços urbanos é capaz de produzir cidades mais seguras, sustentáveis e saudáveis com maior integração entre os edifícios e os espaços livre de edificação. Dentro desse contexto este caderno documenta as atividades realizadas pela equipe de projeto e apresenta os trabalhos em ordem cronológica. Inicialmente, algumas aulas expositivas dialogadas foram necessárias para trazer os autores de base fundamentais para a discussão sobre requalificação dos espaços livres públicos. William H. Whyte e Jane Jacobs, precursores das discussões de Jan Gehl em seu livro Cidades para Pessoas foram estudados e analisados como embasamento conceitual teórico da pesquisa. Após este embasamento, o grupo definiu e delimitou a área de intervenção do projeto partindo do Centro Universitário Senac (Campus Santo Amaro) e recortando nos marcos urbanos da Ponte do Socorro e a Estação Jurubatuba da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Foram feitas duas visitas à campo para identificar o uso e ocupação do solo e depois levantar os problemas e as potencialidades do local. O grupo teve uma aula sobre softwares de geoprocessamento para ver a potencialidade da ferramenta em estudos de grandes áreas. A partir das informações levantadas foi possível inserir a área de estudos no contexto da delimitação da Subprefeitura de Santo Amaro e verificar as diretrizes da prefeitura e estabelecidas no Plano Diretor Estratégico (PDE). 12
No início de maio o evento da Semana da Arquitetura propôs um trabalho conjunto com
o grupo de extensão Patrimônio Cultural e Práticas da Memória e através de desenhos de memória e maquetes rápidas do entorno foi possível entender melhor a região de patrimônio industrial e identificar possíveis ações nos espaços públicos para qualificar os espaços públicos existentes. Na sequência, o grupo começou a montar uma programação para um evento de rua que aconteceria em setembro ligado à Semana da Cidadania. Identificamos atividades que seriam possíveis no espaço público que necessitassem de baixo orçamento e pouca infraestrutura urbana (sem energia, com a iluminação pública existente e considerando a situação do local). Para fechar um formato de evento vários grupos (coletivos) que atuam nos grandes centros urbanos foram pesquisado e vários possíveis parceiros foram contatados para ver se tinham interesse em participar da ação. O evento OCUPALAR Senac aconteceu no dia 16/09 e foi uma primeira oportunidade de um evento de rua onde a equipe propôs e coordenou atividades ligadas à gastronomia, moda, cultura e teve como objetivo principal fortalecer os laços da comunidade local e transformar, através de ações, um espaço urbano da cidade. Foi um ponto alto do projeto que está descrito mais detalhadamente neste caderno e acaba sendo um ponto de partida para a continuidade do projeto em 2017. O presente trabalho não esgota o assunto e também não contempla projetos para a região, visto que este não é o objetivo da extensão universitária, mas apresenta um conjunto de diretrizes para futuras intervenções, que poderão ser utilizadas pela Subprefeitura de Santo Amaro em projetos internos ou licitações e concursos, assim como apoio para as demandas da população da região. VALÉRIA CÁSSIA DOS SANTOS FIALHO MARCELLA DE MORAES OCKE MUSSNICH 13
Entorno do SENAC. foto por LAR 2016
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Entorno do SENAC. foto por LAR 2016
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PESQUISAS INICIAIS
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PESQUISAS INICIAIS
pessoas (13%) que vem de outros municípios. Em terceiro lugar (9%) a zona Oeste. Os demais entrevistados se dividem nas demais zonas da cidade.
Para estabelecer diretrizes de trabalho para o Projeto de Extensão Universitária e iniciar as discussões sobre o entorno com alunos e funcionários do Campus foi feita uma pesquisa através de um pequeno questionário para identificar problemas e possíveis soluções. Foram espalhadas 06 urnas em pontos estratégicos do Campus que ficaram disponíveis de 05 a 16 de outubro de 2015.
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O questionário era composto de 4 perguntas fechadas de múltipla escolha e 2 perguntas abertas, para que o entrevistado respondesse. As fechadas indicavam a região da cidade onde o entrevistado reside, o meio de transporte utilizado para chegar ao CAS, o período que o entrevistado frequenta o Campus e qual a atividade realizada. As perguntas abertas pontuavam problemas críticos do entorno e indicação de sugestões. A amostragem final foi de 147 pesquisas respondidas e os dados foram tabulados de 16 a 23 de outubro. Mesmo não sendo um número muito expressivo em relação à quantidade de alunos e funcionários usuários do Campus apresentaram diretrizes importantes para o Projeto de Extensão Universitária e levantaram informações importantes para uma relação mais humanizada do Campus com seu entorno. Os dados foram contabilizados em software específico (Excel) e transformados em gráficos para facilitar o entendimento. RESULTADOS DA PESQUISA A figura 1 mostra o gráfico de moradia dos entrevistados. Mais da metade (69%) dos pesquisados moram na zona sul e um número grande de 18
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Figura 1 - Local da residência por zonas da cidade. Gráfico por LAR 2016.
O gráfico da figura 2 apresenta que metade dos entrevistados (74 pessoas) utiliza mais de um tipo de transporte público para vir ao CAS. Alguns entrevistados especificaram os tipos de transporte combinado, mas nem sempre é possível identificar se o meio varia conforme o dia ou se os vários meios são utilizados num mesmo dia. Segundo Portella (apud Arq.Futuro, 2013) O sistema de mobilidade deve levar em consideração todos os modais e suas variações e precisa estar integrado, deveria ser pensado como uma coisa só. “Ninguém sai de casa pela manhã para andar de metrô, de carro ou de ônibus. As pessoas saem para se deslocar do ponto A (residência) para o ponto B (emprego, escola, saúde, etc.). O usuário escolhe a melhor combinação entre todos os modos de deslocamento que tem ao alcance. Inclusive andar a pé”. 19
O transporte mais utilizado pelos entrevistados é o ônibus (102 pessoas) seguido do trem (60 pessoas), carro (48 pessoas) e por último o metrô (35 pessoas) e este último sempre combinado com outro transporte, o que é entendido considerando que o CAS não está muito próximo de estações de metrô. As 10 pessoas que indicaram outro tipo de transporte falaram de ônibus fretado e uma única pessoa a pé.
Figura 2 - Meio de transporte para chegar ao CAS. Gráfico por LAR 2016.
O pouco uso de bicicletas talvez esteja relacionado com o processo que a cidade de São Paulo está passando de início de incentivo ao uso de bicicletas para transporte na cidade e de ciclofaixas ainda pouco conectadas com outros meios de 20
transporte da cidade. Considerando a existência de bicicletário nas instalações do CAS seria importante considerar este meio de transporte em propostas futuras de integração de sistema de transportes e melhoria das condições de acesso ao CAS. Quanto as atividades desenvolvidas no Senac a grande maioria das pessoas que responderam à pesquisa vêm ao CAS para estudar sendo que vários aproveitam para realizar outras atividades ao longo do dia, principalmente nos períodos manhã e tarde.
Figura 3 - Atividades realizadas no Senac. Gráfico por LAR 2016.
A maioria das pessoas que responderam à pesquisa frequentam o Campus no período matutino e talvez para o Projeto de Extensão fosse interessante ampliar a quantidade de entrevistados que frequentam o Campus no período noturno em função do uso e ocupação do nosso entorno (predominantemente industrial) e dos problemas 21
que um único tipo de o uso pode causar na cidade (ver gráficos das figuras 5 e 6). O pouco uso aos finais de semana poderia ser ampliado com atividades que estimulassem o uso do espaço do CAS e que poderiam envolver a comunidade do entorno ampliando as relações do Centro Universitário com seus “vizinhos”.
Figura 5 - Problemas críticos. Gráfico por LAR 2016.
Figura 4 - Período que frequenta o campus. Gráfico por LAR 2016.
As duas últimas perguntas estão relacionadas e abrem uma série de possibilidades visto que são perguntas em formato aberto que o entrevistado registra informações de naturezas diversas sobre sua percepção do entorno e do seu entendimento pessoal sobre segurança, uso do espaço, infraestrutura e outras.
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A falta de segurança e problemas de infraestrutura são os aspectos mais mencionados entre os entrevistados e muitas vezes aparecem juntos e relacionados. Questões de segurança são muito individuais e podem ser identificadas de várias formas: necessidade de maior policiamento, falta de pessoas nas ruas gerando insegurança, poucos acessos ao CAS diminuindo quantidade de pessoas circulando nas ruas e qualidade ruim de calçadas e iluminação o que gera insegurança de caminhar nas calçadas até mesmo no curto trajeto da Estação Jurubatuba da CPTM ao Centro Universitário. Martínez, Ciriquián e Moure (2015) afirmam que para que um local esteja livre de possíveis ameaças é fundamental existir coesão social e a cidade deveria ser planejada para potencializar a visibilidade do espaço e sua transparência, utilizando elementos arquitetônicos e paisagísticos que 23
fomentem a vigilância natural entre os próprios cidadãos. “O sentimento de segurança precisa levar em conta os entornos físicos e sociais conjuntamente”. Interessante destacar que 36 pessoas identificaram que a falta de diversidade de uso e ocupação do solo do entorno (predominantemente industrial) acarreta em esvaziamento das ruas, principalmente à noite, e relaciona o fato à falta de segurança.
O trabalho que foi realizado pela Prefeitura de São Paulo em parceria com algumas instituições intitulado “Centro Aberto – Experiências na Escala Humana” entre 2014 e 2015 realizou workshops participativos, estudos e análises e implantou dois projetos piloto, um no Largo São Francisco & Praça do Ouvidor Pacheco e Silva e outro no Largo Paissandu & Avenida São João. Num primeiro momento, foram concebidos para serem testados pelo uso efetivo e ativo da população. A brochura disponibilizada pela prefeitura sobre o projeto apresenta os resultados dessa etapa de teste e constata que “A vida urbana depende das pessoas ativando o espaço público. Pedestres são uma parte fluida da cidade, dando vida aos espaços por um tempo determinado. Quanto mais tempo cada pessoa fica no espaço público, mais vida urbana é acumulada nestas áreas. Por isso, ofertar oportunidades para estar e conviver com outras pessoas tornase muito importante para criar uma cidade mais acolhedora.” (Prefeitura, 2015) Um dos caminhos possíveis para melhorar a relação do Campus com seu entorno imediato é pensar em estratégias para aumentar a permanência de pessoas nas ruas melhorando a segurança do espaço público. O entorno industrial do CAS, muitas vezes, tem uma interface com a rua bastante agressiva com muros altos junto a calçadas estreitas e não oferece sensação de segurança nem uma escala humana favorável ao pedestre estimulando o que Jan Gehl (2010) chama de “mobilidade verde” deslocamentos a pé, de bicicleta e transporte público.
Figura 6 - Intervenção no Largo Paissandu no Centro de São Paulo foto por Gestão Urbana SP
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Também foram mencionados problemas de transporte. Provavelmente não referente à qualidade dos mesmos, já que muitas linhas contam com ar-condicionado, Wi-Fi livre e tomadas USB, mas possivelmente à rede rodoviária (linhas de ônibus) que podem ser insuficiente ou disponibilizar ônibus com intervalos muito grandes prolongando o tempo de espera.
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Essa diretriz precisa de um mapeamento mais amplo das linhas principalmente da zona sul que deverá ser feito no Projeto de Extensão. A falta de espaços públicos com projetos de qualidade (pequenas praças, calçadas verdes, etc) também foram apontadas como problemas críticos do entorno. Figura 7 - Calçada estreita com poste no meio, muro alto sensação de insegurança Foto por LAR 2016.
As figuras 7 e 8 mostram espaços potenciais para transformação em pequenas praças que estimulem a permanência de pessoas nas ruas e possam ser áreas de convivência. A área na frente da Estação Jurubatuba tem grande potencial paisagístico e poderia ser uma grande praça com maior segurança para todos os usuários da estação. Também existe a possibilidade de parceira com o Shopping Figura 10 - Travessia esquina Av. Eusébio Stevaux e SP Market que, atualmente, cuida da área. Prof Campos de Oliveira - ampliação de piso, melhoria Várias travessias de meio de canteiro estão da faixa de pedestre Foto por LAR 2016. muito ruins e indicam trilhas de pessoas. Em alguns casos poderiam ser transformadas em áreas de piso considerando que a área verde não fica bem cuidada nem favorece o uso de pedestres. Sem contar o fato de não ter acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. Por fim foram mencionados, em menor escala, o alto custo de estacionamento e infraestruturas do Campus (academia, restaurantes) que poderiam ser mais acessíveis.
Figura 8 - Calçada larga com possibilidade de ser uma praça com tratamento paisagístico adequado. Foto por LAR 2016.
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Figura 9 - Av. Octalles Marcondes Ferrerira (em frente à estação Jurubatuba) - potencial paisagístico de praça Foto por LAR 2016.
A última pergunta sobre sugestões está ligada à pergunta anterior sobre problemas críticos e indicam segurança, iluminação, infraestrutura de calçadas e transporte como possibilidades de melhoria do entorno. O item segurança foi o mais sugerido e apresenta aspectos diferentes: de um lado indicações diretamente ligadas ao policiamento como aumento de policiais no acesso principal ao Campus, e policiamento circulante e por outro lado indicação de aumento de comércio no entorno como indicativo de mais pessoas nas ruas o que é sinônimo de segurança. 27
Whyte (1980) em seu estudo sobre a vida social em pequenos espaços urbanos menciona, dentre vários outros aspectos identificados em suas pesquisas, a importância de áreas comerciais (lojas, restaurantes, etc) para a vitalidade das ruas e maior número de pessoas circulando e permanecendo em espaços públicos. O item iluminação também está claramente ligado ao aumento de segurança e a possibilidade de parceria com a prefeitura poderia tornar a iluminação do entorno do Campus mais eficiente e aumentar a sensação de segurança para as pessoas circularem nas ruas à noite. Além da iluminação, a valorização das áreas públicas no entorno (pequenas praças, canteiros que poderiam ser tratados como espaços de praças) podem valorizar o entorno e torna-lo mais convidativo com pessoas nas ruas com maior frequência. Inclusive favorecer o uso de trabalhadores das indústrias próximas que são vistos sentados nas guias das calçadas em horários de intervalos e almoço. No quesito transporte alguns entrevistados mencionaram a possibilidade de transporte específico do CAS para a Estação Jurubatuba. Se considerarmos a curta distância desse trajeto e se a condição de infraestrutura, iluminação e mais pessoas nas ruas neste trecho talvez não houvesse a necessidade dessa “van”, pois as pessoas utilizariam as ruas e viriam a pé em melhor condição e segurança.
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Figura 11 - Sugestões. Gráfico por LAR 2016.
Outro item mencionado foi baratear custos da infraestrutura interna (estacionamento, academia, restaurantes) o que pode ser um ponto positivo para atrair maior número de pessoas e, consequentemente, aumentar a segurança. Em menor escala, mas citado por entrevistados, aumentar o número de acesso ao Campus para ter mais pessoas circulando no entorno imediato. No período noturno a portaria 2 da Rua Professor Campos de Oliveira fica aberta aos carros e seria possível fazer um levantamento de uso para viabilizar a possibilidade de acesso de pedestre. Também mencionada a possibilidade e de melhorar a relação do Campus com os moradores de edifícios do entorno.
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CONCLUSÕES E DIRETRIZES PARA O LAR 2016
5.
Esta primeira etapa do trabalho apresentou um pouco do universo dos usuários do Campus Santo Amaro: maioria de pessoas da zona Sul e grande número de pessoas de outros municípios que vem ao CAS predominantemente de ônibus e frequentam o Campus no período da manhã para estudar. O questionário respondido reflete os problemas vivenciados pelas grandes cidades e principalmente pela cidade de São Paulo e pode ser ampliado e revisado para o projeto de extensão a fim de ter uma amostragem maior que reflita melhor nossa realidade.
(oficinas de reciclagem, horta urbana, etc.) e atividades para mobilizar as comunidades para alguma ação específica identificada no processo de trabalho.
Considerando as pesquisas o projeto LAR 2016 tem como objetivo: 1. Identificar comunidades no entorno do Campus Santo Amaro em situações de vulnerabilidade com carências e deficiências de espaços habitacionais e públicos para propor melhorias, a curto e longo prazo, da qualidade de vida. Em parceria com estes grupos estudar e propor novas possibilidades urbanas com foco na dimensão humana. 2. Estabelecer relações de vizinhança do Centro Universitário (alunos, professores, funcionários) com as indústrias, comércios e espaços residenciais no entorno do Campus. 3. Apresentar diretrizes possíveis para a região considerando possíveis parceiros (inclusive agentes públicos) para a implementação de ações de curto, médio e longo prazo. 4. Apresentar diretrizes voltadas à conservação, requalificação e/ou valorização dos espaços públicos e/ou espaços habitacionais.
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Integração com a comunidade: elaborar atividades de capacitação
As atividades preliminares previstas são: 1. Delimitação do entorno imediato: definir raio de área para trabalhar caracterizando o entorno imediato. Possivelmente delimitar entre a estação Socorro e a estação jurubatuba; 2.
Levantamento de usos e ocupação do solo no entorno delimitado;
3. Leitura e interpretação do Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo e suas diretrizes para o entorno do Campus Santo Amaro; 4. Mapeamento das áreas, demandas e perfis para ter um diagnóstico específico da situação; 5.
Propor ações participativas com a comunidade do entorno;
6. Estabelecer diretrizes de ação de curto, médio e longo prazo identificando possíveis parcerias público privadas com órgão públicos, indústrias e residências do entorno. Como o projeto de Extensão Universitária é multidisciplinar e pode envolver alunos de todos os cursos oferecidos no Campus Santo Amaro o projeto pode se reestruturar ao longo do ano a partir das investigações realizadas. A proposta da extensão viabiliza a discussão de problemas específicos com um tempo maior para análise, diagnóstico e apresentação de diretrizes. 31
Entorno do SENAC. foto por LAR 2016
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EMBASAMENTO TEÓRICO
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EMBASAMENTO TEÓRICO O Projeto LAR 2016 trabalhou com a requalificação do entorno do Centro Universitário Senac. Durante o processo de estudo, a equipe LAR utilizou embasamento teórico de autores que, a partir de inquietações urbanas, debatem a relação das cidades com as pessoas, buscando soluções para melhor convivência e a ressignificação de comunidade. Para este projeto, o recorte físico do espaço foi o entorno do Centro Universitário Senac, da Ponte do Socorro até a Estação Jurubatuba da CPTM. Esse recorte delimita uma área historicamente monofuncional com uso industrial, que resulta em quadras inteiras muradas, calçadas estreitas, privilégio dos automóveis, falta de infraestrutura para o pedestre e fluxos restritos a alguns horários. Essas características suprimem “a vida ao nível dos olhos onde os pés estão no chão e tudo acontece”. (Gehl, 2010). A vinda do Centro Universitário Senac para o local em 2004 deu início a transformação da região. Uma instituição de ensino em meio industrial provocou um impacto nos fluxos e usos, chamando a atenção de empreiteiras que começam um processo de diversificação da região. Devido a divisão de lotes ainda da época fabril, não foi inicialmente acontecendo uma diversificação de uso e ocupação do solo, como diz Jane Jacobs (2000): A diversidade das empresas urbanas inclui todas as variações de tamanho, mas uma grande variedade significa, sim, maior proporção de pequenos elementos. A paisagem urbana é viva graças ao seu enorme acervo de pequenos elementos [ ] Qualquer uso principal isolado é um gerador de diversidade urbana relativamente ineficiente.
Evento OCUPALAR foto por LAR 2016
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Mesmo com entorno predominantemente industrial, há uma pequena diversidade 37
de usos, que aumenta uma boa parte de fluxos de pessoas em diversos horários do dia, porém não o suficiente para gerar permanência e conforto, “As cidades devem propiciar boas condições para que as pessoas caminhem, parem, sentem-se, olhem, ouçam e falem. ” (Gehl, 2010). Muitos outros fatores “espantam” ou não causam um sentimento de insegurança, como as calçadas estreitas, os muros altos, a falta de luminosidade, entre outros. Precisamos ter como meta a criação de uma diversidade de usos, para promover segurança à população, diversidade, criando sempre novos empreendimentos e ideias de toda espécie. A própria diversidade urbana permite e estimula mais diversidade. (Jacobs, 2000) Jane Jacobs ainda fala sobre a importância da diversidade nas cidades, como é um fator decisivo para a permanência, conforto, segurança e vitalidade dos espaços urbanos, dividindo em quatro condições que a geram (I. A necessidade de usos principais combinados. II. A necessidade de quadras curtas. III. A necessidade de prédios antigos. IV. A necessidade de concentração), explicando e exemplificando com acontecimentos e cidades existentes. Contando os mitos sobre a diversidade que moldaram o planejamento urbano e criaram um pensamento negativo sobre a mesma nas cidades. A área de estudo deste projeto não apresenta situações urbanas que auxiliem a boa convivência e estimulem a permanência nos espaços públicos. Aqui, as pessoas não têm espaço adequado para fazer as atividades humanas universais, por isso se apropriam de meios fios e muretas para descansar e conversar. A maioria das pessoas que estão em algum momento na região, não fazem nada além de utilizar o espaço como passagem, transição entre um destino e outro. Nosso entorno não estimula o homem a ser o Ser social que é.
Pessoas criando espaços de sentar. Foto por LAR 2016.
O pedestre ao andar pela cidade deveria encontrar espaços de abrigo, lugares que pudessem permanecer sem confrontos. Esses lugares podem ser criados com fachadas 38
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interessantes e não agressivas à escala humana, objetos de apoio (sentar, apoiar os braços), por exemplo, o piso deve ser regular, sem buracos, com largura adequada (acessibilidade). William H. Whyte (1980) estuda a vida social dos pequenos espaços urbanos e diz que áreas de sentar devem ocupar 10% do local, o mobiliário no meio urbano possui uma grande importância sobre a permanência das pessoas, assim como lugares de proteção do sol, vento e barulho com árvores e água. Atrativos como o comércio alimentício junto a mobiliários e conforto ambiental, aumentam o fluxo de pessoas e criam a possibilidade de poder parar, descansar e usufruir deste comércio aumentando sua vitalidade. A quantidade de pessoas e de fluxos em diferentes horários é importante para uma maior segurança e convivência de uma comunidade, Whyte (1980) ainda observa que que espaços mais utilizados tem um índice maior de mulheres no local, assim como áreas próximas à pontos de ônibus tendem a ter o fluxo de pedestres mais intenso. Os fluxos tem variações relacionadas diretamente com a diversidade do lugar. No caso do entorno desta pesquisa, fluxos foram divididos nos curtos períodos de tempo entre manhã, tarde e noite. Devido a principalmente os horários de entrada e saída de alunos e funcionários, são intensos porem curtos deixando a rua vazia em diversos horários do dia. A prevenção do crime através do desenho urbano nos mostra que é possível diminuir a criminalidade do local somente com o aumento da “zeladoria” ou “olhos” para e nas as ruas. A região possui muitos edifícios que tem seu lado cego voltado para a rua, perdendo a vigilância natural, “espaço urbano mais bem utilizado pela comunidade é espaço urbano mais seguro” Roberson Luiz Bondaruk (2007). A manutenção do espaço público é fundamental para a prevenção do crime. É de responsabilidade do poder público, mas é indispensável a coparticipação da comunidade, o que atrai pessoas são outras pessoas.
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A calçada é o lugar da cidade destinado para os pedestres, portanto imagina-se um espaço de qualidade, sem nada que atrapalhe o fluxo de pessoas, largura e piso adequado, entretanto nem sempre essas características estão presentes nas calçadas da cidade. Ainda para Gehl (2010), o percurso deve traçar o caminho mais interessante para o pedestre. Os pedestres buscam o caminho aparentemente mais curto (normalmente, reto), mas quando se enxerga todo o percurso, o que poderia parecer rápido e confortável, torna-se cansativo e desinteressante. Em nossa região, as ruas estão cercadas por muros, que não propõem contato nenhum com o pedestres, que criam um bloqueio na visão ampla da paisagem. Muros que trazem para as pessoas que os olham de baixo para cima, sensação de insegurança e cansaço, e para os que estão do outro lado do muro, cria uma falsa sensação de segurança. Para Bondaruk (2007) e Jacobs (2000), a nítida separação do espaço público para o espaço privado em forma de muros é um dos maiores causadores de insegurança e mortalidade dos espaços públicos. As vias de acesso existentes no entorno são de trânsito local que priorizam o carro e não o pedestre. Isso não é exclusividade da área de estudo deste projeto, essa característica do urbanismo rodoviarista é presente em grande parte da cidade de São Paulo. As cidades apresentam preocupações econômicas e sociais muito mais complicadas do que o transito de automóveis. Como saber que solução dar ao trânsito antes de saber como funciona a própria cidade e de que mais ela necessita nas ruas? É impossível. É preciso projetar cidades funcionais e saudáveis - com ou sem automóveis. (Jacobs, 2000) Para compreender e intervir no espaço que habitamos possuímos três termos que nos ajudam. O primeiro seria “designação”, ou seja, todo espaço existe para servir a uma necessidade. O segundo termo “definição”, nos diz que o espaço surge 41
abordando questões sociais, culturais, legislativas ou pessoais e se firma pelas mesmas, com forma desejada e aceita pela sociedade. O último é o “desenho” (projeto) que prepara o espaço urbano para suportar e controlar o que lhe foi proposto. Concluindo nossa abordagem sobre a conformação dos espaços que compõem a cidade, é importante citar os 12 critérios do bom espaço público por Jan Gehl: 1- 2- 3- 4- 5- 6- 7- 8- 9- 10- 11- 12- Muro e pessoas criando espaços de sentar. Foto por LAR 2016.
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Proteção contra o tráfego; Segurança nos espaços públicos; Proteção contra experiências sensoriais desagradáveis; Espaços para caminhar; Espaços de permanência; Ter onde sentar; Possibilidade de Observar; Oportunidade de conversar; Locais para se exercitar; Escala Humana; Possibilidade de aproveitar o clima; Boa experiência sensorial.
Esses critérios propostos por Gehl sintetizam as ações importantes para estabelecer a boa cidade ao nível dos olhos, conforme abordamos no texto e a maioria deles não acontece na área de estudo do projeto LAR.
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Entorno do SENAC. foto por LAR 2016
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Entorno do SENAC. foto por LAR 2016
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LEVANTAMENTO HISTÓRICO
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LEVANTAMENTO HISTÓRICO E PATRIMONIAL DO DISTRITO DE CAMPO GRANDE
O Distrito de Campo Grande está localizado na zona Sul da cidade de São Paulo e pertence à Subprefeitura de Santo Amaro. De acordo com Ponciano (2004), a região surgiu em 1953 através de um processo de loteamento e urbanização realizados pela Cia. City, porém o bairro não teve o retorno desejado por conta do constante crescimento da região que freou as expectativas de um bairro planejado na época. A partir de 1973 e 1980, o bairro se desenvolveu em uma grande área residencial, em torno dos recém instalados parques industriais, que são evidenciados até os dias de hoje. A região é delimitada pelas avenidas Interlagos, Yervant Kissajikian, Washington Luís, Vitor Manzini, Ponte do Socorro e pelo Rio Pinheiros (trecho também conhecido como Rio Jurubatuba), outras importantes vias são a Nações Unidas e a Nossa Senhora do Sabará. Em grande parte do distrito se observa a presença de fábricas, sedes de complexos industriais de diversas multinacionais e vários galpões isolados do setor industrial, e todos eles instalados ao longo das avenidas Nações Unidas e Engenheiro Eusébio Stevaux. Atualmente muitos deles estão sendo desativados e seus terrenos incorporados por grandes construtoras, como exemplo o próprio Centro Universitário Senac, que foi um projeto de preservação do conjunto arquitetônico antes ocupado por uma fábrica de eletrodomésticos. Além do setor industrial e da construção civil, há grandes centros comerciais na região, como o Shopping Interlagos e o Shopping SP Market. A região é atendida pela Linha 9 – Esmeralda da CPTM com a Estação Jurubatuba e Estação Socorro.
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Evento OCUPALAR foto por LAR 2016
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Mapa 1958. Foto por Geo Portal - Memรณria Paulista
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Mapa 2016. Foto por Google Maps.
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Foto antiga do SENAC Campus Sto. Amaro. Foto por Acervo SENAC.
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Foto antiga do SENAC Campus Sto. Amaro. Foto por Acervo SENAC.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO - PDE O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município. Sua principal finalidade é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural na oferta dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população. Juntamente com o Plano Diretor, o Zoneamento é um instrumento amplamente utilizado nos planos diretores, através do qual a cidade é dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas para o uso e a ocupação do solo, especialmente os índices urbanísticos. A cidade é um organismo dinâmico em constante processo de modificação. A região de Santo Amaro é uma área industrial, mas que, atualmente, sofre transformação com a inserção de uso residencial nos lotes das antigas fábricas. Neste contexto, o Plano Diretor, por meio da decisão da sociedade e voto de cada habitante da região, é a ferramenta com princípios e diretrizes que garante a cidade para todos e determina as questões necessárias para que haja o crescimento e desenvolvimento das questões específicas que a população carece, por exemplo: espaços públicos, ambientes de lazer, qualidade de vida, segurança e entre outros que a cidade tanto precisa.
Segundo o site da Gestão urbana, os objetivos do PDE são:
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e transformação urbana. Em alguns desses setores a ativação dos parâmetros dos Eixos de Estruturação da Transformação Urbana foi condicionada à existência de Projetos de Intervenção Urbana e instrumentos associados a esses projetos. A presente proposta procura reconhecer a função desses Projetos e instrumentos. Para tanto, segue um resumo das regras adotadas para cada setor e subsetor: O Plano Diretor apresenta a algumas divisões para delimitar algumas soluções para as áreas, dentre elas existe o Setor Orla ferroviária e Fluvial, que dentro dele existe o Subsetor Arco Jurubatuba, onde o PDE previu que até 2017 deverá ser enviado à Câmara Municipal projeto de intervenção urbana, ou de operação urbana consorciada, ou de área de intervenção urbana para porção ou totalidade do território deste setor. Do mesmo modo que os demais subsetores em que há previsão desses instrumentos, foi proposto um zoneamento que dê suporte ao advento desses projetos urbanos. Objetivos do PDE. por Gestão Urbana SP.
A região de Santo Amaro é uma área determinada como zona de desenvolvimento urbano (ZDE-2), onde há predominância de uso industrial, atividades produtivas de alta intensidade em conhecimento e tecnologia e centros de pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológico, entre outras atividades econômicas, onde não são permitidos os empreendimentos imobiliários para uso residencial, exceto onde já estejam consolidados.
A equipe LAR fez uma leitura do PDE e, embora não tenha apresentado propostas de projeto nesse neste primeiro ano de atividade, começa a estabelecer diretrizes de intervenção dentro da interpretação e análise do Plano considerando o documento como ponto de partida para pensar o território. As diretrizes serão apresentas no capítulo “Diretrizes para projetos futuros” desse caderno.
O PDE reconheceu a Macroárea de Estruturação Metropolitana (MEM) como um território estratégico de transformação, onde podem incidir instrumentos específicos que tenham condições de promover essas transformações, como, por exemplo, os Projetos de Intervenção Urbana (PIU) e as operações urbanas consorciadas. A MEM foi dividida em setores e para cada setor foram definidas diretrizes de desenvolvimento 58
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Entorno do SENAC. foto por LAR 2016
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Entorno do SENAC. foto por LAR 2016
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USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
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USO E OCUPAÇÃO DO SOLO A área de estudo do Projeto LAR, inicialmente, era uma área estritamente industrial. As indústrias que ainda se encontram na região localizam-se em lotes grandes, com muros altos ou cercas, supostamente garantindo segurança às empresas, mas criando uma barreira física e visual para o pedestre. Ao fazer o estudo de campo, observamos que a região vem passando por processo de transformação no decorrer dos anos, onde estão aos poucos se estabelecendo zonas de comércios e serviços com construções com dois pavimentos e fachada ativa, e também zona de uso residencial unifamiliar com no máximo dois pavimentos (muitas, inclusive a venda e locação) e atualmente estão sendo inseridos prédios multifamiliares com a garagem elevada possivelmente por conta de ser uma área com o solo contaminado (resíduos da ocupação industrial anterior), gerando muros altos, como por exemplo, os edifícios localizados na Avenida Engenheiro Eusébio Steuvax em frente ao Centro Universitário. Porém, mesmo com as mudanças que estão ocorrendo, podemos observar que não houve o parcelamento dos lotes, impossibilitando que se torne uma área mais diversificada e consequentemente com mais densidade. Analisando o mapa, percebemos que as quadras que se localizam entre as Avenidas Engenheiro Eusébio Stevaux e Nações Unidas, continuam sendo ocupadas por grandes lotes e com um único uso (industrial) dentro delas.
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cerca elétrica de lotes do entorno do SENAC. por LAR 2016.
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Durante o levantamento, percebemos que os horários de maior circulação de pessoa são, no período da manhã e à noite, por conta do horário de entrada e saída do Centro Universitário SENAC e também dos comércios, serviços e industrias da região. No mapa de Mobilidade Urbana observa-se que a região tem duas estações da CPTM próximas, sendo elas a Jurubatuba e a Socorro, porem com poucas linhas de ônibus circulando na Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux.
A equipe LAR produziu dois mapas que indicam problemas e potencialidades do entorno. No mapa de problemas, indicamos em laranja os pontos com falta de infraestrutura e em vermelho os pontos de risco e falta de segurança. Sendo eles, calçadas estreitas, pouca iluminação pública, quadras de industrias muradas, gerando insegurança e maior ocorrência de delitos e assaltos. No mapa de potencialidades, foi analisado locais propícios para melhorias, sendo propostas iniciais áreas de lazer, ciclovias, revitalização do rio, alargamento do canteiro central para uma possível pista de corrida e um projeto que interligue o Centro Universitário Senac com as estações de trem com a possibilidade de criação de Parque Linear que faça essa ligação.
Mobilidade Urbana. por Gestão Urbana SP.
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Mapa de identificação dos problemas. por LAR 2016.
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ENGENHEIRO EUSÉBIO STEV AUX
NAÇÕES
UNIDAS
UNIDAS
JURUBA TUBA
DO
RIO
JURUBA TUBA
GRANDE NUMERO DE ASSALTOS DE ASSALTOS GRANDE NÚMERO
LIGAÇÃO JURUBATUBA SENAC (PARQUE LINEAR)
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Mapa de identificação das potencialidades. por LAR 2016.
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cultura do medo registrada no entorno do SENAC. por LAR 2016. 74
cultura do medo registrada no entorno do SENAC e calรงadas irregulares. por LAR 2016. 75
cultura do medo registrada no entorno do SENAC. 76 por LAR 2016.
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EVENTOS RUAS ABERTAS COLETIVO URBANO
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EVENTOS, RUAS ABERTAS E COLETIVOS URBANOS
EVENTOS
Todo o projeto de pesquisa parte, principalmente, de um ou mais problemas a serem pesquisados dentro da área de interesse do pesquisador e, também, da existência de um referencial teórico sólido para o embasamento do projeto. A partir disso, a equipe LAR, pesquisou grupos que desenvolvem atividades em eventos de rua, com o objetivo de requalificação do espaço público. A referências que serão apresentadas a seguir foram usadas como base para o evento de rua OCUPALAR, desenvolvido pelo projeto em 16/09/2016. Este capítulo está dividido em eventos que aconteceram nesse mesmo ano na cidade de São Paulo, o programa Ruas Abertas da PMSP, e os coletivos urbanos que atuam no país.
O WRI é uma instituição internacional de pesquisa, que transforma grandes ideias em ações na inter-relação entre o meio ambiente, oportunidades econômicas e bem estar humano. Em nossa pesquisa, utilizamos como fonte dois eventos realizados pela instituição esse ano na cidade de São Paulo: VIDA NA PRAÇA e RUA PARA TODOS. VIDA NA PRAÇA
O evento foi realizado nos dias 27 e 28 de agosto na Praça Alexandre de Gusmão, durante a Virada Sustentável. O cubo foi palco de debates, atividades lúdicas, oficinas, exposições fotográficas e muita música. Atividades como jogos trouxeram reflexões e até compreensões sobre questões como mobilidade urbana, um dos assuntos mais atuais e polêmicos em nossa sociedade hoje. 80
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Espaços dedicados para as crianças também foram pensados. Durante o evento ocorreram atividades de colorir e origami, além de ambientes fixos com brinquedos e jogos. A finalidade principal foi mostrar que elas precisam viver a cidade desde cedo. A responsabilidade na construção de uma cidade mais humana e justa é de todos. Esse foi o objetivo principal do evento, procurando estimular a participação das pessoas na construção de uma cidade mais humana. RUA PARA TODOS
No dia 26 de agosto, a Rua Américo Gomes da Costa foi aberta apenas para pedestres. Das 14h às 19h, foram realizadas diversas atividades feitas para a comunidade e pela comunidade. O espaço foi ocupado por oficinas de skate e graffiti, músicas, horta urbana e sessões de bate papo. fotos por Virada Sustentável 82
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O Coletivo Guerrilha Verde, inspirado no método do agricultor japonês Masanobu Fukuoka (1913 –2008), levanta discussão sobre as formas de plantio, impacto no solo, condições climáticas e questões ambientais. Bate-papo com Rene Silva, criador do Jornal Voz da Comunidade e Luana Hansen DJ, MC e produtora musical. Atua há 15 anos na cena do rap nacional e vem quebrando diversos tabus a partir de sua luta contra o preconceito, o machismo e a lesbofobia. A Feira de Artesanatos e Produtos Ecológicos aproveitando o espaço da rua, as barracas estavam dispostas para a venda de produtos artesanais feitos pela comunidade de São Miguel Paulista.Juntamente com uma feira de produtos ecológicos. II COLÓQUIO CIDADES: experimentações sociais e criatividade política As cidades têm sido, nos últimos anos, vetor na reprodução das condições de dominação, exploração e segregação, mas também lugar por excelência de experimentações sociais, de esforços inventivos e, ainda, de uma imaginação... aberta a novas formas de participação e sociabilidade. O objetivo do Colóquio é construir, por meio de abordagens interdisciplinares, uma crítica radical provida de disposição para o vislumbre de possiblidades, imbuída de criatividade e de perspectivas para uma cidade socializada. As discussões realizadas durante o evento giraram em torno de três vertentes: i) o espaço urbano é socialmente produzido por forças contraditórias e desiguais; ii) a centralidade característica da forma urbana é um fator de convergência de infraestruturas, capitais, agentes, conhecimentos e redes de produção de culturas; iii) processos sociais gerais, muitas vezes abstratos, ganham feições concretas no espaço urbano. fotos por Guerrilha Verde (Facebook) 84
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CIDADE PARA QUEM?
Um dos eventos presenciados pela equipe foi promovido pela marca de roupas Youcom durante o dia no centro da cidade. Nele foi notado uma série de mobiliários que chamavam a atenção por serem diferenciados. Além disso, as pessoas puderam contar com a presença de food trucks diversos, música, troca de roupas oferecida pela marca e um painel a disposição para quem quisesse escrever.
O coletivo da campanha ‘’olho no seu voto’’ convidou a todos e todas a participarem das atividades da campanha ‘’cidade para quem? olho no seu voto’’ articulada na cidade de São Paulo. O objetivo foi garantir o compromisso de candidatos com propostas que transformem a realidade desigual de nossas cidades e desafiá-los a se posicionarem sobre como vão respeitar e realizar o direito a cidade. Durante o evento foram realizadas projeções simultâneas de imagens e frases em paredes e muros com intervenções culturais e artísticas para promover temas do direito à cidade.
fotos por Cidade para quem? (Evento no Facebook) 86
Evento YOUCOM. foto por LAR 2016.
Evento YOUCOM. foto por LAR 2016. 87
Evento YOUCOM. foto por LAR 2016.
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Evento YOUCOM. foto por LAR 2016.
Evento YOUCOM. foto por LAR 2016.
Evento YOUCOM. foto por LAR 2016.
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Outro evento foi o encontro do food trucks na avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, na calçada em frente ao Senac. Mais simples que o da Youcom, porém também com segurança, foi um evento que reuniu famílias e quem passasse por lá.
Evento YOUCOM. foto por LAR 2016.
Evento YOUCOM. foto por LAR 2016.
Evento de food trucks condomínio MAGIC. foto por LAR 2016. 90
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Crianças brincando na calçada onde ocorria o encontro. foto por LAR 2016.
Famílias reunídas para desfrutar a noite. foto por LAR 2016.
Na rua General Jardim, houve ocupação da rua pela Escola da Cidade com organização da CET e combinação da diminuição dos preços de comes e bebes pelos bares. Além de música de bloquinho, houve palco de madeira para shows e cadeiras espalhadas para maior aproveitamento.
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Pessoas aproveitando os food trucks com comidas diversas. foto por LAR 2016.
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RUAS ABERTAS PROGRAMA RUAS ABERTAS SP
Animação da organização dos blocos que participaram. foto por LAR 2016.
O “Ruas Abertas” é um programa da Prefeitura de São Paulo com a participação de diversas secretarias, tem por objetivo o incentivo ao exercício do direito ao território consolidando relações sociais no bairro, além de incentivar o convívio harmonioso da população local com atividades artísticas, esportivas e culturais; promover o empreendedorismo e dar suporte e acesso ao mercado ao micro e pequeno empreendedor local e buscar parcerias com a sociedade civil organizada e empresas privadas. AVENIDA PAULISTA Desde outubro do ano passado a Avenida Paulista passou ser fechada para veículos e aberta para pedestres e ciclistas todos os domingos, das 10h às 18h. O bloqueio ocorre entre a Praça Osvaldo Cruz e a Rua da Consolação. A Promotoria chegou a propor que uma faixa da via ficasse liberada para os veículos – o que não foi aceito pela Prefeitura. O decreto também institui um comitê de avaliação, melhorias e participação do Programa.
Pessoas ocupando a rua fechada. foto por LAR 2016. 94
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RUA MEDEIROS DE ALBUQUERQUE A rua Medeiros de Albuquerque se localiza no bairro da Vila Madalena, região oeste da cidade de São Paulo. Na mesma se encontra um galpão que recebeu o nome de Armazém da cidade, onde realizam atividades não só dentro desse espaço, mas o movimento de pessoas de dispersa pela rua e toma conta da mesma.
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Av. Paulista fotos por G1
R. Medeiros de Albuquerque fotos por Catraca Livre 97
COLETIVOS URBANOS
RUA: RASTRO DE AMOR URBANO
BASURAMA
Em Porto Alegre, no Sul do Brasil, há pessoas inquietas para transformar a cidade em um lugar mais humano. É o pessoal do Rastro de Amor Urbano, conhecido como RUA.
Basurama é um coletivo que realiza projetos de arte e design para a transformação social mediante estrategias lúdicas e participativas. Os protagonistas do seus projetos são o lixo e os processos relacionados com sua produção na sociedade de consumo. Entre seus projetos, destaca RUS (Residuos Sólidos Urbanos) para Agencia Espanhola para a Cooperação e o Desenvolvimento (AECID), a curadoria da Noche en Blanco (Virada Cultural) de Madrid e a publicação de varios livros.
Coletivo BASURAMA fotos por Basurama
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Se você for ao local ou visitar a cidade, se surpreenderá com elementos agradáveis em seus passeios. É que os artistas do projeto, para te ver sorrir, espalham poesias pelas ruas. Assim, você é provocado e questiona o que está fazendo naquele momento. Respira mais calmo em meio ao caos urbano.
Poesia nas ruas fotos por Movimento Conviva
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BAIXO CENTRO Com o tema “As ruas são para dançar”, o Baixo Centro atua nessa região específica de São Paulo que dá nome ao coletivo: Santa Cecília, Vila Buarque, Campos Elísios, Barra Funda e Luz.
As intervenções que vêm ocorrendo na cidade, são propostas de melhorias em diversos pontos da cidade. Tendo em vista que o resultado foi positivo nas diversas ações em relação a como o espaço público foi ocupado de diversas maneiras e notando a mudança de comportamento das pessoas ao usufruírem dessas áreas, usamos como referência para organizar as ações que foram propostas no evento OCUPALAR, descrito no próximo item deste caderno.
O grupo funciona como um festival de rua colaborativo que busca estimular a apropriação do espaço público pelas pessoas, motivando maior interação delas com seus locais de passagem cotidianos.
Coletivo BAIXO CENTRO fotos por Baixo Centro 100
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OCUPALAR
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OCUPALAR
do LAR enviou um ofício à Subprefeitura que foi protocolado para análise.
Os problemas e potencialidades encontrados no entorno do Centro Universitário Senac nos levou a fazer um diagnóstico. Pôde-se concluir que o entorno é deficiente de segurança e iluminação pública e, pelo fato de ser um bairro industrial, possui um grande número de muros altos das fábricas e calçadas estreitas e danificadas. Essas características facilitam assaltos e aumentam a insegurança dos pedestres na região.
A equipe da Subprefeitura encaminhou o pedido para a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para verificar qual rua seria mais adequada para a atividade e para que pudéssemos pagar a taxa de uso do espaço para a CET supervisionar o fechamento na data da atividade.
Além do estudo de coletivos urbanos, que atuam em espaços públicos (apresentados no capitulo “Eventos, Ruas Abertas e Coletivos Urbanos”) e dos embasamentos teóricos apresentados do projeto (capítulo “Embasamento Teórico”), a equipe do LAR visitou eventos de rua para maior aprofundamento de como requalificar um espaço público e como as pessoas se aproveitam dele por meio de intervenções urbanas. Chegamos à conclusão que para requalificar um espaço público e aumentar sua segurança é vantajoso oferecer atividades para a comunidade local e frequentadores, como: música, comida e lazer. O LAR propôs um evento de rua com atividades variadas para fortalecer a comunidade local e verificar em que medida ações desse caráter são possíveis para requalificar áreas públicas. Foram propostas duas opções de rua para o evento: Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho ou Rua Maestro Joaquim Capocchi. Para que o evento de rua fosse possível, inicialmente, foi necessário o contato com a Subprefeitura de Santo Amaro para apresentação do projeto e ver os trâmites legais para fechamento da rua. Dois meses antes da data (o protocolo pede pelo menos um mês de antecedência), a coordenação 104
Aproximadamente 20 dias antes do evento a Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho foi liberada para atividade. Ela foi escolhida para o evento por ter um espaço amplo tanto na rua quanto nas calçadas (que são marcadas por áreas gramadas triangulares intercalado com piso impermeável para caminho) ilustrar, por não ter acesso lateral dos condomínios e indústrias, e por estar inserido na rota segura Senac – Estação Jurubatuba (CPTM) sugerida pelo centro universitário Senac. Com a rua definida a equipe do LAR começou a montar a divulgação do evento para enviar para a comunidade do Senac e dos prédios e fábricas do entorno. O grupo criou panfletos com a programação do evento mostrando parceiros e os horários das atividades, que foi divulgada através de e-mail para os coordenadores de cursos do Centro Universitário Senac. Para a melhor organização e divulgação foi criado um evento na rede social Facebook onde foram convidadas 200 pessoas. Com a necessidade de ter mobiliário para estabelecer estimular permanência e estabelecer usos no evento, a extensão propôs um workshop para os alunos de Arquitetura e Urbanismo e Design Industrial realizado durante 3 semanas antecedentes ao evento. Os materiais foram fornecidos pela editora Senac e pelos estudantes, como pallets e pneus que foram transformados em bancos, lixeiras, brinquedos, suportes 105
para exposições, entre outros na própria oficina do Senac e com o auxílio dos técnicos. O OCUPALAR foi um evento realizado no dia 16/09/2016 (sexta-feira) durante a semana da cidadania (12/09 a 17/09). Ocorreu no período das 10:00 horas às 21:00 horas com organização dos alunos para o fechamento da rua antes da abertura para que nenhum carro estacionasse no local, destacando ações de sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social, com atividades que fortaleceram a relação com a comunidade que estuda, trabalha e mora no entorno do campus. No dia do evento o tempo estava nublado e com temperatura média 17ºC e ventava bastante. Apesar das condições climáticas tivemos uma média de 200 pessoas ao longo do dia.
Famílias reunídas para desfrutar a noite. foto por LAR 2016.
Árvore dos Sonhos - OCUPALAR foto por LAR 2016.
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Espaço brincar - OCUPALAR. foto por LAR 2016. Oficina de crochê - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Espaço brincar - OCUPALAR. foto por LAR 2016. 108
Customização e concerto de roupas - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
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Exposição de Xilogravuras dos alunos de Arquitetura e Urbanismo do Senac - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Oficina Sketchbook ministrada por aluna do Senac - OCUPALAR. foto por LAR 2016. 110
Exposição Penetrável OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Exposição Fotográfica OCUPALAR. foto por LAR 2016. 111
Oficina Corpo na Cidade (Yoga) - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
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Espaço brincar - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Gastronomia - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Roda de Conversa realizada pelo Luis Henrique Dias com o tema A São Paulo que Queremos e pela FAUSOCIAL com o tema: O Espaço Público em Questão- OCUPALAR. foto por LAR 2016.
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Apresentação e Oficina de Parkour OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Encontro dos alunos - OCUPALAR. foto por LAR 2016. 114
Gastronomia - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Doação e troca de livros - OCUPALAR. foto por LAR 2016. 115
Foi realizado um questionário para quem participou do evento:
Suporte para a oficina de Sketchbook ministrada por aluna do Senac - OCUPALAR. foto por LAR 2016.
Conforme mencionado anteriormente no embasamento teórico, William Whyte afirma que locais que tem a maior presença de mulheres, são mais seguros.
Suporte para exposição - OCUPALAR. foto por LAR 2016. 116
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Com base nessas respostas do questionário, podemos afirmar que as pesquisas iniciais feitas pela equipe em 2015 e documentadas no item 1.1, reforçam que o entorno carece de infraestrutura, calçadas estreitas e esburacadas, e iluminação precária, um dos problemas críticos onde a segurança e a acessibilidade são afetados. Além disso, as pessoas reclamam também da falta de áreas de lazer e espaços públicos e do bom aproveitamento dos poucos que tem.
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Como mostra no gráfico, o que mais chamou a atenção das pessoas no dia do evento foram os mobiliários, que mesmo produzidos em um workshop rápido, organizou e setorizou o espaço de forma convidativa tornando-o em uma área de permanência e não de passagem.
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DIRETRIZES PARA FUTUROS PROJETOS
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DIRETRIZES PARA CONTINUIDADE DO PROJETO LAR Este projeto de Extensão Universitária abriu uma frente de trabalho bastante ampla e necessária para repensar os espaços públicos da cidade. Ele não se esgota com o material aqui apresentado e acaba sendo necessária sua continuação como laboratório de pesquisa. Ao longo deste ano, discutimos e pesquisamos sobre formas de integrar a cidade com o pedestre neste recorte espacial do entorno do Centro Universitário Senac. As características da área com edifícios de alto padrão fechados com portões e muros altos, poucos comércios e muitas fábricas muradas e desconectadas da malha urbana por muros e grades não é exclusividade desta área; assim como o urbanismo rodoviarista que privilegia o automóvel em detrimento do pedestre. Apesar de todos os problemas identificados é possível apresentar potencialidades para a área que poderão ser implementadas na continuidade deste projeto. O evento de rua OCUPALAR pode nos mostrar que ações para o fortalecimento e empoderamento da comunidade são necessárias como parte da transformação do espaço público. Outras ações desse tipo deverão ser realizadas para mapear as possibilidades e efetivar propostas de desenho urbano junto à comunidade e os órgãos competentes da prefeitura da cidade.
Evento OCUPALAR foto por LAR 2016
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Ainda no âmbito do fortalecimento da comunidade seria interessante organizar eventos esportivos com alunos e funcionários do Senac, trabalhadores das fábricas e moradores dos edifícios próximos e da Comunidade Jurubatuba. Estas atividades poderiam ocorrer nas instalações do Senac, ou em quadras para locação presentes na área de estudo. Assim, as pessoas teriam maior contato e poderiam se aproximar nas atividades de requalificação dos espaços públicos.
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Além dessas ações participativas é possível resgatar as potencialidades da área apresentadas no início deste caderno e efetivamente propor alterações no desenho urbano que podem ser de curto, médio e longo prazo. Rever largura e qualidade da pavimentação das calçadas, localização de faixas de pedestre; arborização urbana; proposta para mobiliário urbano, são algumas possibilidades de curto/médio prazo. Rever a iluminação pública e fazer ajustes necessários também podem ser ações rápidas que poderiam contribuir muito para a segurança de pedestres e ciclistas, além dos carros. Implementar desenhos de Traffic Calming para diminuir a velocidade dos veículos motorizados e aumentar a segurança dos pedestres e ciclistas são necessidades importantes que priorizam e aumentam a segurança. Ações rápidas como pintar e sinalizar as ruas poderiam ser feitas inicialmente (após estudo criterioso dos locais) para depois efetivar o que deu certo na fase inicial de experimentação. Rever a malha cicloviária da cidade para conectar espaços atualmente desarticulados e incluir o Senac e a Estação Jurubatuba neste circuito. Pensar na possibilidade de bicicletas compartilhadas para realizar o curto trajeto do Centro Universitário até a Estação da CPTM de forma segura e rápida e também pensar essa teia cicloviária como área de lazer aos finais de semana.
e food trucks para aumentar o comércio de rua e maior circulação e permanência de pessoas nos espaços públicos das ruas, praças e calçadas do entorno. No evento OCUPALAR foi possível constatar que o fechamento da Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho o dia todo não causou impacto no trânsito mortorizado e eventos de feiras e comércio efêmeros (que montam e desmontam no mesmo dia) poderiam beneficiar as pessoas que moram e trabalham na região. Ações mais longas como transformação de ruas em calçadões e possível desenho de parques lineares demandariam um longo prazo, mas poderia ser “construídas” com essas ações mais rápidas. O Projeto LAR já está aprovado para continuar em 2017 e as pesquisas realizadas nesse ano serão retomadas e outras ações deverão acontecer em parceria com a comunidade Senac, moradores e trabalhadores da região e os órgãos públicos responsáveis. O objetivo de requalificar espaços públicos continua sendo o foco desta proposta.
A ampliação de pequenos comércios de rua ainda não é uma realidade para a região sob a ótica do Plano Diretor. É possível que algumas premissas da Operação Urbana Água Espraiada possam vir em direção à Zona Sul, mas isso ainda demandaria um longo prazo. Neste contexto, seria interessante incorporar comércios efêmeros, que poderia trazer uma feira livre, feira de produtos orgânicos, ações com food bikes 128
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BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA ARQ.FUTURO: São Paulo na encruzilhada: uma discussão sobre mobilidade e adensamento. São Paulo: Bei Comunicação, 2013. BONDARUK, Roberson Luiz. A prevenção do crime através do desenho urbano. Curitiba: edição do autor, 2007. GEHL, J. Cidades para Pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. MARTÍNEZ, CIRIQUIÁN e MOURE. Claves Para Proyectar Espacios Públicos Confortables. Indicador del confort en el espacio público. 02 Out 2013. Disponível em ArchDaily Brasil. (Trad. Eduardo Souza) Acessado 19 Out 2015. <http://www.archdaily.com.br/143845/ fundamentos-para-projetar-espacos-publicos-confortaveis> . JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo WMF. Martins Fontes, 3 ª Ed. 2012. PONCIANO, Levino. 450 bairros 450 anos. São Paulo: Editora Senac, 2004. PREFEITURA de São Paulo. Centro Aberto – Experiências na Escala Humana. 2015. WHYTE, William H. The Social Life of Small Urban Spaces. Washigton, D. C. : The Conservation Foundation, 1980. Evento OCUPALAR foto por LAR 2016
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https://www.facebook.com/Guerrilha-Verde-1384935755099544/?__mref=message_ bubble http://viradasustentavel.com https://www.facebook.com/events/935627873214803 https://www.facebook.com/viradasustentavel?__mref=message_bubble https://www.facebook.com/events/987930107964485 https://www.facebook.com/events/1789637081252425 http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/06/prefeitura-de-sp-oficializa-fechamento-daav-paulista-aos-domingos.html https://vilamundo.catracalivre.com.br/criatividade/primavera-na-vila-as-iniciativas-queflorescem-no-bairro http://movimentoconviva.com.br/poesia-nas-ruas http://basurama.org/en/projects/the-city-is-for-playing-2 baixocentro.org/ https://www.google.com.br/maps http://www.geoportal.com.br/memoriapaulista/ 134
Evento OCUPALAR foto por LAR 2016
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EQUIPE LAR
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Equipe Extensão – LAR Laboratório de Arquitetura Responsável | 2016 Docentes: Prof. Me. Marcella Ocke Prof. Dra. Valéria Fialho
Discentes: Beatriz Araujo Francisco, Brenda Piedade da Silva, Camila Melo Martin, Camila Yumi de Campos, Cibele Rocha da Silva, Eliane Souza da Cunha, Isabella Alves Ventura, José Henrique Angeli Galvani, Julie Lukaisus Leiva, Laryssa Bolele dos Santos, Leticia Silveira Falco, Ligia da Silva Jagosich, Mariana de Souza Santerini, Mariana Dellamatriz de Lima Muhamed, Michelle Hiekata Kamijo, Paola Palmieri Barbagallo, Roberta Pascale Giarrante, Tábattha de Arruda e Silva Tomaz.
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