LAR 2022 - Viver em Comunidade

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LAR – LABORATÓRIO DE ARQUITETURA RESPONSÁVEL

VIVER EM COMUNIDADE

CONEXÃO JALAPÃO, PETROLINA E SÃO PAULO

2022


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha Catalográfica produzida pelo autor

Responsável, Laboratório de Arquitetura. Laboratório de Arquitetura Responsável | LAR São Paulo: edição do autor, 2022. 40f. : il. color. 1.Viver em Comunidade 2. Projeto de Extensão 3. Conexão Jalapão, Petrolina e São Paulo 4. Bioconstrução 5. Banheiro Seco I. Fialho, Valéria Cássia dos Santos (Orient.) II. Müssnich, Marcella de Moraes Ocke (Orient.) III. Viver em Comunidade- Conexão Jalapão, Petrolina e São Paulo.


Centro Universitário Senac | Santo Amaro Arquitetura e Urbanismo LAR | Laboratório de Arquitetura Responsável

São Paulo | SP 2022


AGRADECIMENTOS Agradecemos ao Centro Universitário SENAC pelo apoio ao desenvolvimento desta pesquisa. À professora Dra. Valéria Fialho e Coordenação do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo pelo suporte ao projeto e à Coordenação de Projetos de Extensão Universitária pelo apoio e acompanhamento no desenvolvimento desta atividade. À professora Ms. Marcella Ocke que nos coordenou e orientou acompanhando este trabalho, nos incentivando e compartilhando experiências e conhecimento. Aos professores Dr. Ricardo Dualde e Ms. Paulo Magri, participantes do Projeto, pela parceria e trocas de experiências e aprendizados no ano de 2022. Ao Sebastião José Amorim Gomes representante da ONG Água para Irmãos com Sede – AIS pelas informações fornecidas sobre as comunidades de Juazeiro e Petrolina. Ao Pe. Wagner pelas informações fornecidas sobre as comunidades do Jalapão. Ao Instituto Caça Fome por intermediar o processo. À arquitetura Ester Carro, presidente do Projeto Fazendinhando, por nos receber e compartilhar experiências.


FICHA TÉCNICA © 2022 SENAC COORDENADORA DO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO Dra. Valéria dos Santos Fialho COORDENAÇÃO DO PROJETO Ms. Marcella de Moraes Ocke Müssnich REVISÃO Ms. Marcella de Moraes Ocke Müssnich

EQUIPE DISCENTE Ana Caroline Rocha de Jesus Ananda Isaías Paula Caio Manoel Moretto Pavan Fernando Marcell Fernandes Gabriela de Sousa Forte Giulia de Araújo Santos Hieda Yoshika Isabela Costa de Freitas Silva Larissa Almeida dos Santos Bonin Larissa Henning de Paula EDITORAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO PROJETO GRÁFICO E PRÁTICO Equipe LAR

EQUIPE DOCENTE

OFICINAS

Ms. Paulo Magri Dr. Ricardo Dualde

Jéssica Pelegrinelle Alves TÉCNICOS LAB DESIGN Anderson Silva Felix Dias Lourenço Amaral



SUMÁRIO APRESENTAÇÃO……………………………………………………………….... 08 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………..... 09 1. ÁREA DE ESTUDOS………………………………………………………….. 11 Localização ......………………………………………………………………….. 12 Problemática.......……………………………………………………………….. 13 Objetivo e Propostas….......………………………………………………… 15 2.APLICAÇÕES METODOLÓGICAS………………………………………. 17 3. OFICINAS…………………………………………………………………........ 25 Banheiro Seco ……………………………………………………………......... 26 Parede de bambu-a-pique………………………………………………..... 29 Materiais ...............................................………………….............. 32 Manual ……………………………………………………............................ 35 4.APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS……………... 39 Semana da Cidadania……………………………………………………....... 40 5. CONCLUSÃO………………………………………………………………...... 42 6. REFERÊNCIAS………………………………………………………………..... 43 7.LISTA DE FIGURAS…………………………………………………………....44


APRESENTAÇÃO O Senac acredita no poder transform ador da educação e na relação ensino, pesquisa e extens ão. Dentro deste contexto, o Projeto de Extensão Universitária é um conjunto de ações, com duração determinada, de caráter e ducativo, social, tecnológico, artís tico ou científico, com objetivo específico, a curto e médio prazo, qu e visa fomentar a relação entre a t eoria e a prática, envolvendo a co munidade acadêmica e a sociedade. O Projeto de Extensão Universitária LAR – Laboratório de Arquitetura Responsável existe desde 2014 e, em cada ano realizou atividades de pesquisa relacionadas com a paisagem urbana articuladas às comunidades e/ou Organizações Não Governamentais (ONG´s). A pandemia da COVID-19 direcionou o projeto LAR em 2020 e 2021 para atividades pertinentes ao contexto “pandêmico” com reflexões sobre a ocupação dos espaços públicos e privados durante o período de confinamento e posterior a ele

com novas possibilidade apropriação dos espaços.

de

Nesse contexto, em meados de 2021 a Equipe LAR se aproximou de duas comunidades em situação de vulnerabilidade social: uma em Petrolina e outra no Jalapão. A aproximação se deu por intermédio do Instituto Caça Fome que desde abril de 2020 socorre pessoas em situação de risco através da distribuição de cestas emergenciais. O LAR 2022 propôs atender as comunidades com diretrizes de permacultura, bioarquitetura e saneamento básico (banheiro seco) com técnicas simples, passíveis de implantação de forma participativa e coletiva para que essas pessoas tenham melhor qualidade de vida e uma boa relação com o ambiente construído e os espaços livres nas comunidades onde vivem.

08


INTRODUÇÃO O

Projeto

LAR|

Laboratório

de

no

do

Arquitetura Responsável foi criado para

Centro

propor

Senac

atividades

de integração e educação junto

às co

munidades grupos

e

organizados que buscam

ão sobre questões a qualquer ação

Campus Santo Amaro

(CAS) do

Universitário respondendo à demanda, que p

artiu não apenas do alunado, mas tam bém

da

direção

da

instituição.

orientaç

relacionadas

Em 2018/2019 a submissão e aprovação d

coletiva, de cunho social,

o Projeto de Extensão Universitária ARCO

para

promoção

viabilizou

o

trabalho

conjunto

de melhorias na qualidade dos espaços ha

dos dois projetos LAR + ARCO. A Equip

bitados

e do Projeto LAR realizou pesquisas e anál

e/ou

espaços

públicos.

O primeiro LAR ocorreu em 2014 com

ises

estudos

Centro

e

análises

no

para requalificação do Eixo Histórico de S

Campus

anto Amaro e apresentou levantamento

emas

histórico

da

região,

problemas

e

potencialidades.

entorno Universitário

e

do Senac–

Santo Amaro, investigando

probl

potencialidades da região e a e

quipe do Projeto ARCO desenvolveu duas maquetes e em escalas e de áreas disti ntas do local de estudo e com a técnica da

Em

2015

com

a

parceria a

do

projeto foi Organização

Não Governamental (ONG) TETO que atu a na América Latina e no Caribe com a

“Projeção Mapeada” montou

dois

vídeos que a

presentam o resultado do trabalho no biênio 18/19.

bitabilidade nos centros urbanos. As atividades presenciais iniciaram em fevereiro de 2020 com discussões sobre as cidades e especificamente a região do Arco Jurubatuba onde a área de estudos estava inserida. Em meados de março daqu ele ano com a pandemia da Covi d19 e o isolamento social que o projeto inicial foi reestruturado com a produção de banners para as mídias sociais que reforçavam a importância da convivência nos espaços público s, mas que evidenciassem a necessi dade do isolamento social e além disso foram elaborada s colagens especulativas com a s possibilidades de retomada do uso dos espaços.

construção coletiva de residências emerge nciais em parceria com voluntários e com as pró prias famílias que vivem em condições de estrema pobreza em áreas vulneráveis e

grandes

d

centros metropolitanos.

No biênio 2016/2017 o LAR trabalhou com problemas urbanos e paisagísticos relativos à

requalificação de e

spaços públicos

especificamente no entor

O LAR 2020 – Cidade para Todos avaliou todo o histórico do projeto LAR e considerou o contexto atual, no qual mais da metade da população mundial vive em cidades para submeter as atividades. A ideia inicial era discutir sobre como pensar uma CIDADE PARATOD OS para que pudéssemos ter melh ores condições de ha 09


oferecer novas possibilidade de a propriação espacial do campus. Em um primeiro moment o resguardando a necessidade de distanciamento social por conta da pandemia, mas após essa fase, áreas com novos usos e novas possibilidades de uso. Em meados de 2021 a equipe LAR tomou conhecimento de comunidades em situação de vulnerabilidade social que poderiam ser beneficiadas com a parceria da academia para pensar de forma coletiva e participativa soluções ligadas à permacultura, bioarquitetura e saneamento básico (banheiro seco). Essa aproximação foi intermediada pelo Instituto Caça Fome que nasceu em abril de 2020 com uma campanha emergencial para socorrer famílias em situação de risco através da distribuição de cestas básicas emergenciais. A situação das comunidades parceiras apresentam urgência sanitária e ambiental que é a não existência de banheiros dentro das residências fazendo com que as pessoas usem os rios para banhos e local para suas necessidades fisiológicas. Daí surgiu a

possibilidade de construção de banheiro seco que poderiam ser incorporados dentro ou fora das edificações existentes e os dejetos coletados (urina e fezes) poderiam se transformar em adubos para hortas domiciliares. Em Petrolina o Instituto Caça Fome fez uma parceria com a ONG Água Para Irmãos Com Sede, cujo objetivo é resgatar a dignidade de famílias que sofrem com a falta d´água. Essa comunidade também pode ser beneficiada com a implantação de banheiro seco e a reflexão coletiva de como melhorar a vida em comunidade.

apresentados os resultados da oficina e a organização de uma exposição realizada na Semana Senac de Cidadania.

Este caderno relata o processo desenvolvido ao longo do ano 2022 e está organizado da seguinte forma: o capítulo 1 apresenta as duas áreas de estudo com suas localizações, problemáticas e fala dos objetivos e propostas da pesquisa. O segundo capítulo mostra as pesquisas realizadas sobre o tema e como o banheiro seco e bioconstrução estão dentro do conceito de permacultura. Esses conceitos foram aplicados de forma prática em algumas oficinas desenvolvidas pela equipe do Projeto LAR e está relatado no 3o capítulo e, por fim, no 4o capítulo são

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CAPÍTULO


LOCALIZAÇÃO ÁREA 1 - O município de São Félix do Tocantins está situado na área leste do Estado de Tocantins, pertencendo ao polo Ecoturístico do Jalapão. Conforme dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, estima-se que o município alcance aproximadamente 1.610 habitantes em 2021. O município está inserido no bioma Cerrado, fazendo parte da região hidrográfica Tocantins-Araguaia. A história do município começa com a chegada de migrantes dos estados do Piauí, Maranhão e Bahia. A cidade é separada em duas partes pelo Ribeirão São Félix.

ÁREA 2 – O município de Petrolina está localizado na área oeste do Estado de Pernambuco, situado à margem esquerda do Rio São Francisco. Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas de 2015, estima-se que o município apresente cerca de 331.951 habitantes. Está inserido na bacia hidrográfica do Rio São Francisco e do Rio Pontal. Tem como bioma predominante a Caatinga, com a presença de calcário e argila. Conforme mencionado pela Prefeitura de Petrolina (2014), o solo da região é apropriado para o cultivo temporário ou permanente.

1

2

12


PROBLEMÁTICA Uma das principais problemáticas do município de São Félix do Tocantins, é a precariedade do sistema de saneamento básico. Segundo dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas / (Censo Demográfico de 1991, 2000 e 2010), cerca de 104 domicílios não apresentavam nenhum banheiro de uso exclusivo, em 2010. Em relação ao tipo de esgotamento sanitário, em 2010 apenas 1 domicílio apresentava uma rede geral de esgoto ou rede pluvial, enquanto 98 não tinham nenhum tipo de esgotamento. Em particular, as comunidades Bela Vista, Brejão e o povoado de Boa Esperança, são áreas que refletem consideravelmente estes dados.

3

A partir de conversas estabelecidas com um líder religioso que assiste à região do povoado de Boa Esperança, aproximadamente 40 famílias não possuem banheiros nos próprios domicílios. Levantamentos realizados pelo IAS – Instituto Água e Saneamento, que analisaram os dados do SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2020, cerca de 86 habitantes não têm acesso à água.

4

13


A problemática da precariedade do sistema de saneamento básico, é um desafio também enfrentado pelo município de Petrolina, especificamente pela comunidade Vila da Paz. O atual sistema de abastecimento de água da cidade, é composto por uma captação do Rio São Francisco, que conta com duas estações elevatórias de água bruta e duas estações de tratamento de água, até chegar Rio São Francisco, que conta com duas estações elevatórias de água bruta e duas estações de tratamento de água, até chegar nos dois reservatórios.

Segundo dados do DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, em agosto de 2015, 23.558 famílias adquiriam água por outros meios, que não estão inseridos na rede pública de abastecimento do município. Referente ao esgotamento sanitário, de acordo com dados do DATASUS em 2015, 4.283 famílias não possuíam rede de esgoto, ou seja, sofriam com o esgoto a céu aberto. Esta situação coloca em risco à saúde dos habitantes que moram em um ambiente insalubre favorável para o desenvolvimento de doenças.

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OBJETIVOS E PROPOSTAS O presente estudo tem como objetivo apresentar possíveis soluções e caminhos para atenuar as demandas relacionadas ao saneamento básico, especificamente a disponibilidade de banheiros de uso exclusivo para os domicílios das comunidades mencionadas. Com base em estudos realizados pela equipe do LAR 2022, as opções apresentadas pela bioconstrução e a utilização do banheiro seco, elementos que constituem o conceito da Permacultura, são soluções que se encaixam nas demandas apresentadas. Meios ecológicos e de baixo custo, que possibilitam melhorias na qualidade de vida dessas comunidades.

A proposta do banheiro seco apresenta-se como solução de fácil montagem e manuseio, utilizando materiais de baixo custo e também permite ao seu usuário realizar o processo de compostagem. Este processo resulta no adubo, que misturado à terra, ajuda na fertilização e recuperação do solo. Caso os banheiros secos não possam ser implantados nas edificações existentes, a Equipe LAR desenvolveu nas oficinas práticas um modelo de parede com a técnica bioconstrutiva de bambu a pique que, além de ser um meio sustentável, seria um abrigo de fácil construção para a implantação do banheiro seco.

Destaca-se a contribuição direta as famílias que não possuem banheiros em suas residências, que na maioria das vezes precisa utilizar o rio mais próximo como o único local disponível para esta função. Além da questão sanitária, que visa a proteção contra doenças de veiculação hídrica e a proteção dos cursos d’água, a proposta de desenvolvimento de banheiros secos, auxilia na proteção dessas famílias, que se veem em uma situação de exposição pessoal. 15



CAPÍTULO


18


Os doze princípios de planejamento da permacultura foram publicados em 2002 por David

Holmgren

através

do

livro

“Permacultura: princípios e caminhos além da

sustentabilidade”,

publicado

em

português no Brasil em 2013. Segundo Holmgren (2013, p.12) os princípios de planejamento devem sempre atender os interesses e propostas das éticas para assim haver uma hierarquia no desenvolvimento de processos funcionais e sustentáveis. Esses princípios são:

1.OBSERVE E INTERAJA 2.CAPTE E ARMAZENE ENERGIA 3.OBTENHA RENDIMENTO 4.PRATIQUE A AUTORREGULAÇÃO 5.USE E VALORIZE OS SERVIÇOS 6.NÃO PRODUZA DESPERDÍCIOS 7.DESIGN PARTINDO DE PADRÕES PARA CHEGAR AOS DETALHES 8.INTEGRAR AO INVÉS DE SEGREGAR 9.USE SOLUÇÕES PEQUENAS E LENTAS 10.USE E VALORIZE A DIVERSIDADE 11.USE OS LIMITES E VALORIZE O MARGINAL 12. RESPONDA CRIATIVAMENTE A MUDANÇAS

19


20


no

atividades direcionadas para questões

A imagem 5, a seguir, ilustra os

discurso do projeto mencionado, é a

ambientais, como forma de mudança

princípios da permacultura.

importância

na relação direta das pessoas com a

Um

dos

principais

elementos

da

conscientização soluções

natureza e as relações interpessoais.

ambientais de baixo custo e que visam

Um local que visaria educar e permitiria

técnicas construtivas mais sustentáveis,

a imersão do usuário na exploração

em

global

de novas técnicas e práticas, através de

desastres

espaços com oficinas, ateliês e salas

ecológica,

buscando

meio

ao

sobrecarregado

cenário de

ambientais e a escassez de recursos

multifuncionais.

naturais. É proposto que este cenário pode ser transformado através de uma

Neste

nova maneira de viver, educar e

específicos,

habitar.

implantação de um banheiro seco, como

complexo é

alternativa

com

espaços

apresentado de

a

saneamento

ecológico. São estudos que trazem Segundo a palestrante, a permacultura

novas perspectivas e reflexões sobre a

incorpora

relação

a

reutilização

e

o

reaproveitamento de matérias-primas,

da

sociedade

com

seus

recursos naturais.

para se tornar um novo recurso. Foram algumas

A partir desta palestra a equipe pode

foram

entender de forma mais direcionada e

exploradas (vivenciadas) pela mesma,

detalhada a forma como são projetadas

como o Pau a Pique e o Hiperadobe.

e

O

permacultura e bioconstrução.

também técnicas

apresentadas construtivas

projeto

que

apresentado

abrigava

executadas

obras

ligadas

à

21


5




CAPÍTULO


BANHEIRO SECO Para atingir os objetivos do projeto e pensar em técnicas simples com materiais locais a Equipe LAR participou de oficinas práticas para executar modelos de bioconstrução e banheiro seco que pudessem ser executados pelas comunidades de Jalapão e Petrolina. Considerando o conhecimento da arquiteta Jéssica Pelegrinelle o Projeto LAR a convidou novamente para ministrar as atividades práticas. As oficinas foram realizadas em cinco encontros que, além de aprofundar os conhecimentos teóricos da equipe foram aplicadas na prática a execução de um modelo físico de parede de bambu a pique e um assento de banheiro seco em escala real. O banheiro seco é um vaso sanitário que funciona sem o uso de descarga de água. Cumpre todas as funções de um sanitário convencional, além de produzir insumos que podem ser utilizados para fertilização de plantações e agroflorestas. Trata-se apenas de uma versão mais sustentável que, fora a possibilidade de realizar a compostagem, também reduz o uso de energia e evita a contaminação da água.

Com diversos modelos possíveis de construção, vê-se nessa tecnologia social mais do que um sistema alternativo de saneamento, mas também como uma solução para diversos problemas relacionados ao saneamento público. Para a implantação desse sistema deve ser levado em consideração as condicionantes de cada local, o que não chega a ser um empecilho para a sua construção na sociedade, apenas um detalhe que é necessário um maior nível de atenção. Importante frisar que o banheiro seco deve ser implantado apenas em locais em que o nível do lençol freático não seja alto. Do contrário, pode haver risco de contaminação.

6

7

26


O modelo escolhido pela Equipe LAR separa a urina das fezes, com o objetivo de a urina ser direcionada diretamente para uma agrofloresta ou até mesmo uma pequena horta. No entanto, é importante alertar que a urina deve ser despejada sempre em locais diferentes para

que

não

sobrecarregamento determinada

ocorra

o

ureia

em

de

área.

No

modelo

desenvolvido na oficina a urina fica em um recipiente específico (separado de fezes, serragem e papel higiênico) e deve ser removido a cada uso para melhor higiene local. Há a possibilidade de 8

conduzir

essa urina

por

um

encanamento ligado ao recipiente coletor

que

despeje

o

dejeto

diretamente em uma agrofloresta. Nesse caso também é importante sempre relocar esse cano para que a ureia em excesso não sobrecarregue a vegetação.

27


Em relação às fezes, juntamente com a

definitiva de acordo com o esquema

serragem, são depositados em um

apresentado na imagem 8. No caso

recipiente que quando cheio deve-se

deste modelo a remoção de urina deve

remover e permanecer reservado por

ser feita com uma frequência diária e a

aproximadamente 6 meses (tempo que

de fezes pode aguardar o completo

leva para que haja a compostagem e

enchimento do recipiente para que

que possa se transformar em adubo)

fique compostando por mais 6 meses e

para finalmente poder ser utilizado.

produza um adubo de qualidade.

Para a estrutura do modelo executado

9

no projeto utilizamos a madeira OSB, um

assento

convencional

de e

vaso

sanitário

potes

plásticos

reaproveitados e cortados para os dejetos de fezes e urina (imagem 10). O material utilizado era o que estava disponível na instituição, mas é possível utilizar outros materiais existente no local, ou mesmo reaproveitamento de materiais.

Não foi realizado nenhum sistema de ventilação,

mas

viabilizado

em

isso uma

pode

ser

implantação

10

11 28


PAREDE DE BAMBU A PIQUE Além do banheiro seco, a equipe também fez um modelo de paredes para a composição do ambiente, em que é constituído por um fechamento de palha no tramado de bambu. Essa escolha de material foi considerada partindo do pressuposto de que não houvesse a disponibilidade de usar terra em alguma comunidade. Outras opções seriam a palha de qualquer espécie vegetal, por exemplo os buritis, que são comuns nas regiões norte e nordeste do país. Em regiões muito arenosas, como no Jalapão, seria possível usar essas técnicas. As paredes de pau-a-pique, também conhecidas como taipa de mão, é uma técnica construtiva antiga que consiste no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas no solo, com vigas horizontais, geralmente de bambu amarradas entre si por cipós, dando origem a um painel com vãos que devem ser preenchidos com barro, transformando-se finalmente em uma parede. Essas paredes foram muito utilizadas no período colonial e é de longe uma das técnicas mais utilizadas em

arquitetura de terra, principalmente por dispensar materiais importados e muitas vezes caros. Atualmente, seu uso é mais comum em zonas rurais. As vantagens da utilização dessa técnica é o seu baixo custo; sua rápida execução que não apresenta a necessidade de mão de obra especializada; e o fato de ser uma construção ecológica, cumprindo os três princípios norteadores da permacultura.

no total quatro pedaços de bambu inteiros, sendo dois parafusados nas extremidades e dois no centro do suporte de OSB. Em seguida, foi executada uma trama com tiras de tiras de ¼ de bambu como suporte para a terra. Esse tramado deve ser realizado como uma costura dos bambus de ¼ nos bambus inteiros, é sempre uma tira por dentro e outra por fora.

No modelo executado pela equipe do Projeto LAR foi uma proposta de bambu a pique. Foi feita uma moldura de 1,00 x 1,00 m de madeira OSB (material disponível na instituição) para que fosse possível transportar o modelo e facilitar a exposição do mesmo, no entanto em um projeto real essas medidas podem ser alteradas de acordo com a demanda.

A equipe considerou, além da terra, o bambu para a estrutura que é uma gramínea de fácil cultivo e manejo flexível para trabalho. Foram utilizados 12 29


Para a mistura da terra foi colocada 1 parte de terra, ½ parte de palha e água o suficiente para dar liga no material. O ponto correto da parede é obtido conforme a “massa” vai sendo pisoteada e vai desgrudando da lona onde o material é despejado.

A mistura de terra deve ser colocada aos poucos “abraçando” a trama do bambu e sendo espalhada manualmente em fileira. Nas extremidades de encontro da massa com a estrutura é preciso passar o dedo fazendo uma meia-cana para evitar rachaduras e melhorar o encontro dos materiais, no caso do modelo OSB, bambu e terra. No modelo executado foram inseridas algumas garrafas que podem ser usadas para trazer a luminosidade natural ao espaço. Para finalizar, a parede foi rebocada com uma mistura fina de terra e areia e pintada com uma composição de tinta natural (1 parte de cal + 1,5 parte de água + 1/4 de cola branca + 1/4 de óleo + pó xadrez de qualquer cor). O reboco e a pintura ajudam a evitar rachaduras no sistema.

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30


15


MATERIAIS Como dito anteriormente, a equipe direcionou seu foco ao campo da bioconstrução, o que em outras palavras pode ser entendido como uma técnica que tem como objetivo a concepção de ambientes sustentáveis a partir do emprego de materiais e técnicas construtivas de baixo impacto ambiental, além de levar em conta parâmetros como a adequação às condições locais e o tratamento de resíduos. Atualmente tem se observado um aumento nas preocupações em torno das consequências da ação humana em escala global. Com isso, a busca por alternativas de menor impacto no meio ambiente também tem se tornado cada vez mais comum, e é nesse momento que a bioconstrução mostra o seu potencial como solução para diminuir esses problemas.

naturais em favor de uma maior integração e harmonia entre o homem e a natureza.

A partir de práticas como a análise do ciclo de vida, origem e destino dos materiais utilizados na construção e a preferência pela utilização de materiais locais atóxicos e duráveis, a bioconstrução tem como base o respeito pelo meio ambiente durante as fases de projeto, construção e vida útil do edifício. O conceito apresentado pode muito bem ser exemplificado pelo trabalho feito pela equipe LAR. A seguir veremos alguns dos materiais utilizados para a construção do banheiro seco e das paredes de bambu-a-pique, mostrando algumas das suas vantagens em relação à sustentabilidade e a sua aplicação em projeto.

A bioconstrução é muitas vezes entendida como uma das formas de colocar em prática os princípios da permacultura, outro tópico também estudado pelos alunos do grupo LAR. Nesse sentido, os princípios da bioconstrução se apropriam das premissas da permacultura na medida em que buscam métodos construtivos 32


A.MADEIRA OSB- Placas OSB são feitas a partir de madeira de reflorestamento e utilizam até 90% do tronco, diminuindo, portanto, a quantidade de matéria prima necessária para sua produção e, consequentemente, trazendo menor impacto ambiental. Além do mais, esse material é bastante resistente a forças mecânicas e tem um preço atrativo em relação a outros derivados de madeira.

B. TERRA- Diminui a poluição ambiental por meio da preparação, transporte e manuseio de barro. O barro pode ser reciclado inúmeras vezes durante um período extremamente longo. Em comparação com outros materiais de construção, podem-se diminuir os custos ao se utilizar o barro escavado. Mesmo que seja transportado de outros lugares, continuará a ser mais econômico do que os materiais industriais. Além disso, devido ao seu grande poder de isolamento térmico, diminui a necessidade de climatização artificial. Baixa manutenção e durabilidade.

As estruturas feitas de bambu reduzem a temperatura interna do ambiente em cerca de 3 a 4 graus Celsius, diminuindo o uso de ventiladores e o consumo de energia elétrica. Ele fixa 54 toneladas métricas de dióxido de carbono atmosférico por hectare nos primeiros 6 anos. É resistente e flexível ao mesmo tempo. Como elemento natural, o bambu pode ser descartado diretamente no solo, não provocando nenhum tipo de contaminação ao meio ambiente.

A

B

C. BAMBU- O corte do bambu para utilização na construção civil não extermina a planta, e uma parte dela continua viva e crescendo.

C

33


O banheiro seco, em si, também é uma opção de construção sustentável. Podemos citar, primeiramente, o fato que evita a contaminação da água. Para maior entendimento desse problema causado pelo homem, podemos partir do conhecimento da utilização das chamadas “água negra”, que é aquela descartada pelo esgoto do banheiro e que tem a concentração de urina e fezes. Seu tratamento não é comum devido a periculosidade e complexidade, por isso essa água é descartada. É nesse momento que o banheiro seco surge como uma alternativa para evitar o desperdício, a partir do momento que dispensa o uso da descarga convencional e evita a contaminação.

compostagem dos excrementos, que gera adubo orgânico e permite uma fertilização sustentável do solo. Por último, não podemos deixar de falar sobre os impactos sociais positivos que a bioconstrução traz para a sociedade. Tanto as construções realizadas pela equipe LAR quanto outras que não foram exploradas neste projeto tem a possibilidade da autoconstrução e do uso de materiais locais e acessíveis, e com certa disseminação das informações e do conhecimento técnico podem contribuir para a redução do déficit habitacional e promover o acesso de construções de qualidade, principalmente para comunidades que vivem em moradias precárias.

Outra vantagem, como mencionado anteriormente, esse tipo de construção dispensa o uso de água e energia, gerando uma economia de ambas. Sendo assim, seu funcionamento é baseado no uso de materiais simples como serragem, canos e bombonas. Além disso, o banheiro seco também serve como parceiro para a redução do uso de agrotóxicos. Como já explicado anteriormente, esse tipo de construção permite a

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MANUAL A seguir veremos um pouco do processo de produção do banheiro seco e das paredes de bambu-a-pique feitas pela equipe LAR e pelos demais alunos do Centro Universitário Senac.

CORTE DAS PEÇAS DE MADEIRA OSB PARA A MONTAGEM DO BANHEIRO

16

MONTAGEM DOS QUADROS QUE DARÃO FORMAS AS PAREDES 17

COLOCAÇÃO DOS BAMBUS PARA A CONSTRUÇÃO DA ESTRUTURA INTERNA DAS PAREDES

18

COLOCAÇÃO DA TRAMA DE BAMBU 19

35


MONTAGEM DA CAIXA SANITÁRIA

20

PREPARAÇÃO DA TERRA PARA O PROCESSO DE PREENCHIMENTO DA PAREDE 21

MISTURAR ÁGUA E PALHA NA TERRA ATÉ FICAR HOMOGÊNEO

22

PREENCHIMENTO DOS QUADROS COM A MISTURA 23

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USO DE FOLHAGEM COMO ALTERNATIVA DE VEDAÇÃO

24

INSERÇÃO DE GARRAFAS PARA A ADIÇÃO DE PONTOS DE LUZ 25

ACABAMENTO COM PINTURA A BASE DE CAL

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PROTÓTIPO FINALIZADO 27

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CAPÍTULO


SEMANA DA CIDADANIA Entre os dias 19 a 24 de setembro, ocorreu no Centro Universitário Senac a semana da cidadania, onde acontecem diversas atividades interativas e exposições, todas voltadas para a sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social.

com diagramas e textos com uma linguagem mais direta e simples, facilitando a compreensão, afinal a exposição ficaria no corredor da universidade, sendo vista desde alunos do ensino médio até os alunos de pós graduação.

Com o resultado final do banheiro seco e as paredes de bambu a pique, foi proposto apresentar as atividades desenvolvidas no Projeto de Extensão Universitária Laboratório de Arquitetura Responsável - Lar 2022: viver em comunidade - conexão Jalapão, Petrolina e São Paulo, e divulgar os conceitos da permacultura apresentando as técnicas de bioconstrução e funcionamento do banheiro seco.

Os objetos desenvolvidos durante o programa Lar 2022: viver em comunidade - conexão Jalapão, Petrolina e São Paulo, (banheiro seco e as paredes de bambu a pique), foram expostos para que o visitante possa conhecer e entender melhor como funciona, e ter uma experiência mais completa e palpável, instigando assim a curiosidade de cada visitante a querer conhecer mais sobre o assunto.

A equipe Lar se reuniu para decidir quais seriam os assuntos abordados e quais materiais e objetos seriam expostos. Fotos e vídeos do desenvolvimento do banheiro seco e da parede de bambu a pique foram escolhidos e separados para passar durante a exposição, mostrando as etapas e processos da construção. Uma prancha explicativa foi feita para abordar assuntos como compostagem, adubo, permacultura e bioconstrução;

Por fim, a imagem mostra o resultado final da exposição, com todos os elementos separados e distribuídos, propiciando informação para os visitantes. 28

40


29

41


CONCLUSÃO Tendo em vista os aspectos observamos entre os municípios de São Félix do Tocantins e a comunidade da Vila da Paz em Petrolina, que devido a falta de saneamento básico na região, se encontram em ambientes insalubres e favoráveis ao desenvolvimento de doenças. A equipe do LAR 2022 sugere opções bio construtivas que têm origem na permacultura e a construção do banheiro seco, apresentando soluções de baixo custo que possibilitam a melhoria da qualidade de vida das comunidades estudadas, principalmente aquelas que não possuem banheiros.

Outra vantagem dessa técnica é que sua construção possibilita a economia de água e energia e pode gerar a redução do uso de agrotóxicos nos alimentos que serão cultivados a partir da compostagem. A equipe LAR 2022, espera conseguir alcançar essas comunidades e trazer qualidade de vida não somente aos moradores dos municípios de São Félix do Tocantins e Vila da Paz, como também a todos aqueles que necessitarem.

A partir do TCC da ex-aluna do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, Jéssica Pelegrinelle, que teve como tema a bioconstrução e a permacultura, foi possível desenvolver um projeto que transmite a conscientização ecológica, buscando soluções ambientais e sustentáveis. O banheiro seco é de fácil montagem e manuseio, possibilitando que o próprio usuário realize o processo de construção e compostagem.

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LISTA FIGURAS Imagem

1:

Região

de

São

Felix

do

Tocantins.

Disponível

em:

Conexão

Tocantins. https://conexaoto.com.br/2011/03/11/trecho-entre-sao-felix-e-novo-acordo-contara-com-estrada-parque Imagem Pernambuco.

2:

Vista

aérea

de

Petrolina - Fonte:

Arthur

de

Souza/Folha

de

https://www.folhape.com.br/especiais/bora-pernambucar-agreste-e-sertao/petrolina-banhada-pelo-sao-

francisco-tem-pegada-cosmopolita/171935/ Imagem 3: Uma das tipologias residenciais de Sào Felix do Tocantins. Fonte: Instituto Caça-Fome. Imagem 4: Interior de uma residência localizada no município de São Félix do Tocantins. Fonte: Instituto Caça-Fome.

https://www.archdaily.com.br/br/904009/como-funciona-um-banheiros-seco-sistema-alternativo-desaneamento/ Imagens 9, 10 e 11: Protótipo do banheiro seco na escala 1:50. Fonte: Equipe LAR 2022.

Imagens 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27: Etapas de execução dos modelos no canteiro de obras. Fonte: Equipe LAR 2022 Imagem 28: Exposição durante a semana da cidadania. Fonte: Equipe LAR 2022. Imagem 29: Prancha da exposição da Semana Senac de Cidadania. Fonte: Equipe LAR 2022.

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Centro Universitário Senac | Santo Amaro Arquitetura e Urbanismo LAR | Laboratório de Arquitetura Responsável

São Paulo | SP 2022


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