Revista do TCC 2018_1

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Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Centro Universitรกrio Senac

V. 3, N. 2 - 2018

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revista do tcc

#04 > 2018


Centro Universitário Senac, ARQLAB Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Volume 3 número 2 - Revista do TCC 2018 | 1 / ARQLAB. Centro Universitário Senac - São Paulo (SP), 2018. 162 f.: il. color. ISSN: xxxx-xxxx Editores: Ricardo Luis Silva, Valéria Cássia dos Santos Fialho Registros acadêmicos (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2018. 1. Divulgação Acadêmica 2. Produção discente 3. Trabalho de conclusão de curso 4. Graduação 5. Arquitetura e Urbanismo I. Silva, Ricardo Luis (ed.) II. Fialho, Valéria Cássia dos Santos (ed.) III. Título

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

REVISTAS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO v.3 n. 2 - revista do tcc 2018_01 edição #04 FICHA TÉCNICA: Coordenação de curso e Editora da revista: Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho Edição e programação visual: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva Produção e organização: ARQLAB


Apresentação

Este volume apresenta os Trabalhos de Conclusão de Curso da Turma 2013-2 do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, sintetizados pelos seus autores na forma de pequenos ensaios. Os trabalhos estão organizados em 6 Linhas, sob orientações dos professores abaixo listados: L1: Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho L2: Arquitetura do Edifício Prof. Me. Maurício Miguel Petrosino L3: Patrimônio Arquitetônico e Urbano Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho L4: Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem Prof. Dr. Fabio Robba L5: Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia Prof. Dr. Gabriel Pedrosa L6: Tecnologia aplicada ao projeto de Arquitetura e Urbanismo Prof. Me. Ricardo Wagner Martins

Os trabalhos na íntegra podem ser acessados no endereço virtual abaixo: https://issuu.com/arqlab2018 Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho


Linha 1 Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

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Arquitetura Lúdica e a criação do bem estar Ana Brunelo Molina Gimeno

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Templo Adventista Carolina de Souza Nascimento Elias

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Estudo de processo criativo e representação como método projetual para arquitetura Filipe Fiaschi Rodrigues

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Linha 2 Projeto do Edifício

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Escola Primária Montessoriana Bruno Rodrigues da Silva Souza

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Parque Campo Grande: Entre o repouso e o movimento Érika S. Nascimento

33

Centro de Arte e Cultura: Uma proposta de lazer e cultura na Zona Norte de São Paulo Fernanda Ito Rubino

39

Escola Infantil: um espaço para práticas e vivências sustentáveis Juliana Costa Correia CCEM - Complexo Cultural e Educacional de Muriaé Marlucy Marques Campos

Linha 3 Patrimônio Arquitetônico e Urbano

Garagem de Barcos Santapaula: um espaço artístico coletivo Gabrielle Moreira

Reconversão de usos do conjunto Arquitetônico Fábrica de Sal - Ribeirão Pires Thiago Hiroshi Washimi

Linha 4 Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

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57 59 65

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O Parque Cocaia e o Córrego Reimberg Jamile Sousa

73

Praça Boulevard: linearidade, fluidez e permanência na cidade consolidada Karine A. Falk Braz

79

Parquel linear de conservação da orla de Bertioga Mariana Santerini

85

Parque Rosana - revitalização urbana as margens do Córrego Engenho Mariele Macedo Simas

91

Parque do Gelo: recuperação e requalificação de cursos d'água Patrícia Vila Nova Satyro Brandão

97

Requalificação do sistema de espaços livres públicos do Parque Grajaú Thais Vanessa Ximenes Mendes Vieira

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Linha 5 Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia

109

Metropolis: adaptado Bernardo Zamengo Montich

111

Luz na Arquitetura: ensaios fotográficos Carolina Picchi Senatore

117

PROPS, da percepção corporal à prática de yoga Maline de Oliveira Ribeiro

123

O Rei da Vela - Atravessando a rua do Teatro Oficina Mariana da Silva

129

nuu | experimentação como processo de projeto Thammy Tamie Nozaki

135

Linha 6 Tecnologia Aplicada ao projeto de Arquitetura e Urbanismo

141

Chama da Vida: hotelaria ocupacional assistida para idosos Jaqueline Hinteregger Pereira

143

Habitação Estudantil Jurubatuba: projeto habitacional para estudantes Júlio Venâncio Ricardo

149

Condomínio Ecológico: Permacultura e Bioconstrução aplicadas ao projeto Murilo F. Marcatto

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Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

L1



Arquitetura Lúdica e a Criação do Bem Estar Ana Brunelo Molina Gimeno Orientadora: Profª. Drª. Valéria dos Santos Fialho Figura 01 : Projeto de intervenção. Fonte: acervo do autor.

Resumo

qualidade de vida a todos os seus usuários. São vistos e analisados os benefícios psicológicos resultantes tanto da inserção da arte na vida cotidiana das pessoas, como também do desenvolvimento de projetos de ambientes flexíveis, interativos e estimulantes; e como forma de aplicação de tais conteúdos, se desenvolve um projeto de intervenção no Centro Universitário Senac Santo Amaro, pelo qual se estabelece um circuito lúdico interno ao campus, com o propósito de intensificar a qualidade do ensino produzido e captado, e melhorar também as experiências que são vividas nesse espaço como um todo.

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projeto lúdico cria ambientes que proporcionam uma maior sensação de bem estar e uma melhor

Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Neste trabalho são estudadas as interações entre o lúdico e o espaço, na medida em que um


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Introdução A cada geração as pessoas se sentem cada vez mais perdidas no espaço, com menos identificação com relação ao ambiente que as rodeia; o espaço é frio, comercial e sem aconchego. Com base em estudos feitos pelo pesquisador Silvio Dworecki em seu estudo, o qual gerou o livro “Em busca do traço perdido”, é possível compreender como tanto a arte quanto o lúdico, inseridos na vida cotidiana das pessoas possibilita o resgate desta personalidade perdida aos espaços, permitindo com que as pessoas se identifiquem novamente com tais ambientes, proporcionando a elas, com isso, um maior bem estar e uma melhor qualidade de vida. Além desses benefícios, de acordo com a Dra. Clice Mazzilli em sua tese de doutorado intitulada “Arquitetura Lúdica”, o estabelecimento de espaços lúdicos para as pessoas também tem como consequência a criação de diversos estímulos sensoriais que por sua vez ampliam as possibilidades de percepção e de reação do organismo. Robert Venturi, Denise Scott Brown e Steven izenour, realizam uma pesquisa denominada “Aprendendo com Las vegas: o simbolismo esquecido da forma arquitetônica”, na qual estudam de forma aprofundada a cidade de Las Vegas, e a ludicidade que pode ser encontrada na linguagem simbólica visual, a qual é responsável por criar a personalidade desta cidade. Características da arte lúdica também podem ser encontradas incorporadas a outros tipos de espaços, como por exemplo escolas, centros e espaços culturais, e alguns ambientes de trabalho; nesse trabalhos são escolhidos e analisados de forma mais aprofundada alguns exemplares destas categorias: o Colégio Santa Cruz; a Exposição do Castelo Rá-Tim-

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Bum; e o Parque lúdico do Sesc de Interlagos.

Figura 02 : diagrama que explica a associação do lúdico ao espaço. Fonte: acervo do autor Proposição O projeto consiste na criação de um circuito lúdico interno ao campus do Centro universitário Senac Santo Amaro. Para selecionar os espaços de intervenção, primeiramente realizou- se um levantamento espacial das áreas de relaxamento, áreas de salas de aula e áreas de estudos de livre acesso, com isso pode-se localizar regiões do campus que possuem menos atrativos porém um alto potencial de ocupação - o qual se deve, em alguns locais, à existência de intervenções artísticas, em outros à uma conexão já existente com os estudantes, ou ainda se deve a um certo isolamento da região em relação aos tipos de áreas

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estudadas, o que permite uma maior variedade de opções de intervenções para este determinado local e estas regiões portanto foram elencadas como sendo potenciais de intervenção. Em um segundo momento realizou-se uma análise de ocupação e utilização destas regiões selecionadas, na qual observou-se cada região em diferentes períodos, sendo que as áreas internas dos prédios foram observadas nos períodos de “aula” e de “intervalo”, e as áreas externas aos prédios foram observadas nos períodos de “manhã”, “tarde” e “noite”; tal análise teve como resultado a definição do tipo de intervenção e o caráter desejado para cada espaço. O circuito lúdico é composto por 8 espaços: sendo 4 externos, 1 intermediário e 3 internos. Os espaços externos são: Praça do cubo, Praça da Mata, Praça do Leitor e Praça Experimental; Já os espaços internos são: Núcleo de Informática (Nasa - localizada no Prédio do Acadêmico 1), Vão expositivo (localizado no Prédio do Acadêmico 2) e o Grande Salão (localizado também no Prédio do Acadêmico 2); O espaço intermediário se trata da área de conexão entre os prédios acadêmicos - um espaço coberto,

grandes decks de madeira, com diferentes níveis de altura, associados a bancos e com uma linguagem orgânica e fluida, que proporcionam desde ambientes convidativos até ambientes de estar, flexíveis ao uso e que estimulam a apropriação destes espaços por seus usuários. Os projetos dos ambientes e os projetos dos mobiliários são apresentados através de implantações, cortes e plantas de detalhamentos dos mobiliários. Já para os espaços internos são propostos planos de estudos de massas, nos quais apresenta- se uma setorização de cada ambiente com as idéias propostas através de implantações esquemáticas e de croquis perspectivados.

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Figura 03 : Mapa demarcando os pontos de intervenção. Fonte: acervo do autor Para os espaços externos e também para o espaço intermediário temos uma matriz projetual baseada em

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porém externo.


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Figura 04 : Intervenção na Praça da Mata. Fonte: acervo do autor Figuras 05 e 06 : Intervenção na Praça do Leitor e Projeto estrutural. Fonte: acervo do autor

Figuras 07 e 08 : Intervenção na Praça do Cubo e Detalhamento do mobiliário. Fonte: acervo do autor

Figura 09 : Intervenção no Conectivo. Fonte: acervo do autor

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Figura 10 : Intervenção na Praça Experimental. Fonte: acervo do autor

Figuras 11 e 12 : Setorização da Intervenção Nível 2 no Vão Expositivo e Croqui. Fonte: acervo do autor

Referências MAZZILLI, Clice de Toledo S. Arquitetura lúdica. Criança, projeto e linguagem. Estudos de espaços infantis educativos e de lazer. São Paulo: 2003. Tese (Doutorado), FAUUSP. DWORECKI, Silvio. Em busca do traço perdido. São Paulo: Edusp e Scipione, 1999.

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VENTURI; ISENOUR, S; SCOTT BROWN, D. Aprendendo com Las Vegas. O simbolismo (esquecido) da forma arquitetônica. Tradução por Pedro Maia Soares. Disponível em: <https://fauufpa.files.wordpress. com/2014/07/aprendendo-com-las-vegas-por-robert-venturi-denise-scott- brown-e-steven-izenour.pdf>



Templo Adventista Carolina de Souza Nascimento Elias Orientador: Profª. Drª. Valéria dos Santos Fialho

Figura 01 : Render vista geral do projeto. Fonte: acervo pessoal

Resumo

elementos, conhecidos pela igreja adventista como, os oito remédios divinos, que são: água, alimentação saudável, ar puro, luz solar, exercício físico, temperança, repouso e confiança em Deus, em forma de arquitetura.

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buscando analisar o espaço não somente como espaço funcional, mas também traduzir os

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Esse trabalho de conclusão de curso objetiva desenvolver um projeto de templo adventista,


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Introdução Por meio da análise do cenário mundial, é possível observar diariamente problemas e conflitos como violência, guerras, preconceitos, problemas sócio-políticos econômicos entre outros, que colaboram para uma vida desgastante e desconfortante, causando inúmeros problemas emocionais, e de relacionamento, que resultam em uma maior necessidade das pessoas buscarem na fé um alívio para as inseguranças que as cercam. Por esse motivo foi escolhido esse tipo de espaço a ser projetado, com intuito de dar a essas pessoas uma alternativa, como local de “refúgio” dos problemas corriqueiros enfrentados nos dias atuais. Um espaço onde o indivíduo consiga se desconectar dos problemas e anseios que enfrentam diariamente, e possam de alguma forma conectar-se com a fé e com Deus. Além disso foi intenção também deste trabalho, analisar não somente o projeto de templo como espaço funcional, mas também traduzir os elementos, conhecidos pela igreja adventista como, os oito remédios divinos, que são: água, alimentação saudável, ar puro, luz solar, exercício físico, temperança, repouso e confiança em Deus, em forma de arquitetura. Estudos de caso

Figura 02 : Igreja São Bonifácio.

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Hans Broos Fonte: https://www.archdaily.com.br

Figura 03 : Catedral Nossa Senhora dos Anjos. Rafael Moneo Fonte: https://www.archdaily.com.br

Figura 04 : Catedral de Brasília. Oscar Niemeyer Fonte: https://www.archdaily.com.br

Figura 05 : Igreja da Luz.

Figura 06 : Capela de Campo Bruder Klaus.

Tadao Ando

Peter Zumthor

https://www.archdaily.com.br https://www.archdaily.com.br

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Proposição

Figura 07 : Imagem da setorização do projeto. Fonte: acervo do autor Memorial de projeto

O projeto surgiu a partir da vontade de traduzir os oito remédios conhecidos pela fé adventistas como, “os oito remédios naturais”, em forma de arquitetura. A premissa básica para o projeto do templo adventista, foi a criação de uma praça rebaixada que abriga todo o programa do projeto. Nela estão contidas a nave principal da igreja, o bloco de spa e o bloco com salas de aula. A praça tem como intuito despertar no indivíduo que está nesse espaço a sensação de desligar-

com uma arquibancada para contemplação desse espaço, fazendo menção aos elementos: água e luz solar. A nave da igreja está localizada no centro do terreno, e elevada a 4,5m do nível da praça, com variação no pé direito. Esse volume faz referência aos elementos: temperança e confiança em Deus. Os demais volumes que compõem o programa estão posicionados ao redor da nave, de forma que “abraçam” o volume principal. O programa foi distribuído da seguinte forma: no centro do terreno está a nave principal da igreja, com capacidade para acomodar 1.000 pessoas, uma plataforma onde encontra-se o púlpito, 3 15

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que as demais construções do entorno, nesse mesmo nível contém um grande espelho d’água,

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se das “coisas” da cidade, pois o mesmo é levado por uma rampa para um nível mais baixo do


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arquibancada para coral, espaço para a orquestra/banda e batistério. Ao fundo situa-se em um nível mais alto, a sonoplastia, escadas de emergência e elevador. Voltando ao nível da praça, encontra-se uma grande cobertura lateral à nave da igreja, que abriga em sua maior parte, o spa, área para eventos, cozinha gourmet, banheiros, sala pastoral, sala dos diáconos e sala de reunião, esse volume faz referência aos elementos: alimentação saudável, prática de exercícios, descanso. Ao fundo, está localizado o conjunto de salas de aula, onde acontecem os estudos bíblicos e encontro após o culto. Também nesse mesmo bloco está o conjunto de banheiros, sala de música e livraria. Todos as salas apresentam aberturas para os dois lados, dando possibilidade de permear e ter vista para o bosque, a praça seca, e para a lareira que se situa no vão abaixo da nave da igreja. Esses espaços citados fazem alusão aos elementos: ar puro, temperança, repouso, luz solar e exercícios físicos. São áreas de livre acesso ao público, onde todos podem usufruir dos espaços e manter-se mais conectados com os “oito remédios naturais” Como sistema estrutural, foi escolhido para o bloco da igreja, o sistema de treliças, possibilitando maiores vãos, as mesmas são apoiadas nas duas empenas laterais da igreja, ambas de concreto. Os demais blocos são estruturados com vigas e pilares de concreto, seguindo uma modulação de 8m em 8m para o bloco das salas de aula, e para o bloco do spa. A materialidade escolhida foi a seguinte: Concreto branco para a nave principal, e também concreto para os demais volumes, porém com a cor cinza claro, no chão da praça seca encontra-

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se placas de 2m x 2m de concreto cinza.

Figura 08-09 : Render praça seca e espelho d’agua / Render interno da nave. Fonte: acervo pessoal

Figura 10-11 : Render interno da nave / Render vista do bosque. Fonte: acervo pessoal

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Referências: Leituras: ZUMTHOR, Peter Pensar a arquitetura. Barcelona: Gustavo Gili 2005 PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele. Porto Alegre: Bookman, 2011 MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. 2 ed. Trad. C. Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1999. Projetos: http://www.archdaily.com.br/br/793152/classicos-da-arquitetura-igreja-da-luz-tadao-ando - Igreja da luz http://www.archdaily.com.br/br/773670/catedral-de-nossa-senhora-dos-anjos-em-los-angeles - Catedral dos anjos http://www.archdaily.com.br/br/01-55975/capela-de-campo-bruder-klaus-peter-zumthor - Capela de campo de Bruder Klaushttp://www.archdaily.com.br/br/01-14553/classicos-da-arquitetura-catedral-debrasilia-oscar-niemeyer - Catedral de Brasília https://www.archdaily.com.br/br/01-187129/classicos-da-arquitetura-igreja-sao-bonifacio-slash-hansbroos?ad_medium=gallery - Igreja São Bonifácio

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Sites de consulta: http://centrowhite.org.br/pesquisa/pioneiros-adventistas/pioneiros-da-iasd/ acesso 03/10 23:15 http://www.adventistas.org/pt/espiritodeprofecia/pioneiros/tiago-white-1821-1881/ acesso: 04/10 10:00 https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/igreja-da-luz/#lg=1&slide=6 acesso: 18/10 https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/catedral-dos-anjos/ acesso: 23/09 15:35 http://www.cronologiadourbanismo.ufba.br/apresentacao.php?idVerbete=431 acesso: 19/09 20:00 https://blogdaarquitetura.com/uma-analise-estrutural-da-catedral-de-brasilia-de-oscar-niemeyer/ acesso: 19/09 21:00 http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/urbanismo/legislacao/planos_regionais/index.php?p=1 891 (dados urbanísticos)



Estudo de processo criativo e representação como método projetual para arquitetura Filipe Fiaschi Rodrigues Orientadora: Profª. Drª. Valéria dos Santos Fialho

Figura 1: Representação gráfica com tinta nanquim. Fonte: acervo do autor

Resumo O presente trabalho de conclusão de curso parte do desenvolvimento de um método projetual de arquitetura aplicado por meio de experimentações, fundamentado por referências imagéticas e textuais tangíveis e intangíveis, que refletem no projeto arquitetônico resultante - residência unifamiliar - o olhar

Projetar na faculdade de arquitetura é uma consequência. Percorrer estes cinco anos do curso de arquitetura é estar submetido a projetar a todo momento. Aula de projeto de arquitetura tem maior demanda sobre o aluno, tanto na carga horária em sala de aula quanto em horas dedicadas a matéria fora deste período. Todas as matérias exigem projeto, até aquelas que não imaginávamos. Para todas essas matérias a metodologia é basicamente a mesma de sempre. Isso se observa durante o período percorrido ao longo do curso. Logo, mais importante do que o projeto final é o ato de projetar, já que produtos finais são consequências do meio, este meio que está presente em todas as partes, independentemente qual seja o tipo de materialização e escala do produto final.

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Introdução

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interno reflexivo daquele que experimenta.


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O desenvolvimento do método pode ser estimulado tanto quanto o desenvolvimento do projeto de uma edificação. Para isso a metodologia pode ser estudada como parte integrante do desenvolvimento do aluno, futuro arquiteto. Pois desta maneira, olhar para dentro de si e refletir sobre o que é projetar é um relevante trabalho que necessita de desenvolvimento para que questões sejam abordadas com maior domínio durante o meio do processo que é o método. Faz assim um produto final estar carregado com uma série de questões que fazem parte de sua composição, diversos questionamentos, críticas, apontamentos sobre as mais diversas áreas do saber refletidas num projeto. Com este trabalho tento abortar o desenvolvimento de uma metodologia com questionamentos e bagagens próprias, sob a perspectiva de um questionamento reflexivo interno sobre projetar, neste caso,

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projetar arquitetura para uma residência unifamiliar.

Figura 2: diagrama de representação conceitual para o desenvolvimento do método projetual. Fonte: acervo do autor

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Proposição O resumo das etapas a seguir guia didaticamente o método escolhido para a concepção do projeto através de experimentos a partir do referencial estudado. O exercício deste método consiste em 8 etapas. Para a realização de cada etapa é feito uma reflexão sobre seu conteúdo. A partir deste trecho, segue a terceira etapa adiante. Como primeira parte do método é realizada a reflexão sobre o que se antecede ao projeto, buscando como base os itens fundamentais que norteiam todo o processo metodológico. A segunda etapa consisti na montagem dos dois painéis, intitulados de: painel tangível e painel intangível. O primeiro com imagens de referências que formam a sua bagagem imagética. Neste caso utilizado três áreas relacionadas para a composição deste painel, que foram a arte, o mobiliário e a própria arquitetura. Já o segundo painel, o intangível, é composto por sentidos, percepções, etc. Descritos em palavras neste primeiro momento. E posteriormente levados para a atmosfera do projeto de arquitetura. A terceira etapa deste exercício acontece com a abstração do conteúdo dos painéis. Para o painel tangível foi abstraído uma palavra ou uma frase para cada imagem ou grupo de imagens, para que assim se possa observar mais afundo cada uma delas e se aprofundar no intrínseco desta escolha. Para o painel intangível, de cada palavra se compõe uma reflexão sobre a mesma, abstraindo dela um significado particular, intrínseco. Para uma quarta etapa temos a abstração dos painéis para uma relação mais palpável para/com o exercício, onde deles são abstraídos formas e materialidades das imagens e palavras para as especulações das composições no experimento. Materiais e a base de madeira perfurada para os ensaios são pontos definidos neste momento. Então, com esses materiais em mãos, se inicia o experimento, ou seja, ensaios que contenham a exploração das formas e materiais através destes conteúdos até agora relacionados, formando esta quinta etapa. Posteriormente, na sexta etapa deste exercício, essas experimentações são registradas, tanto com imagens fotográficas quanto com desenhos manuais. Esses registros são para uma maior absorção do exercício, surgindo também novos aspectos formais. Podendo ser uma tradução da forma para o papel, um prévio mapa de bolhas ou diagramas de estudos sobre o experimento.

etapa é a consolidação do método desenvolvido através de um projeto da residência unifamiliar conforme os parâmetros arquitetônicos aprendidos durante o curso. Nesta etapa é onde os dois métodos se convergem. Por último (oitava) a representação livre para o projeto, que no caso foi utilizado a técnica de caneta tinteira feita de bambu, tinta nanquim e marcador. Um método utilizado nas primeiras aulas de desenho de observação do curso. O tempo de desenho é fragmentado, onde se observa o objeto e então desenha o mesmo dentro de um limite de tempo estabelecido. O intervalo é diminuído a cada vez mais, chegando até a poucos segundos para realiza-lo. O objeto observado para o a realização dos desenhos para esta etapa foi a maquete física do projeto final.

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cortes e fachadas e maquete física de um dos modelos resultantes dos ensaios do experimento. Esta

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A penúltima (sétima) etapa, consiste em um desenho arquitetônico técnico, com planta baixa,


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Figura 3, 4 e 5: Ensaios experimentais. Fonte: Acervo do autor. Figuras 6 e 7: Croquis de estudo. Fonte: Acervo do autor. Figura 8: Desenho técnico do projeto da residência unifamiliar desenvolvido a partir do método. Fonte: Acervo do autor Figura 9: Modelo físico em escala. Fonte: Acervo do Autor. Figura 10: Estudo de representação gráfica com tinta nanquim. Fonte: Acervo do autor.

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O percurso deste trabalho teve início com reflexões sobre o ato de projetar e tudo que este envolve. Tais reflexões levaram à formulação de questões que, de alguma forma, em seu desenvolvimento e busca por respostas, ajudariam a estabelecer um método de reflexão e projetação. O desenvolvimento do projeto de uma residência unifamiliar como “corpo de prova” permitiu, de forma mais pragmática, o registro do processo. A busca por respostas definitivas não foi premissa para resultado deste trabalho, mas um indicador de direção. As perguntas que procuram por respostas são turvas, mas neste trecho de uma visão um pouco distante do que se podia ter como resultado, foram surgindo processos para uma experimentação legítima, com uma diferente maneira de apropriação do espaço livre e a possibilidade de investigação entre as relações referenciadas inicialmente. O método e a forma de representação estudada neste trabalho podem ser considerados como uma ferramenta de exercício para desenvolvimento da criatividade, com a manipulação de instrumentos diferentes dos habituais podendo gerar resultados interessantes.

Referências ÁBALOS, Iñaki. A boa-vida. Visita guiada às casas da modernidade. Barcelona: Gustavo Gili, 2012. AMARAL, Aracy A. Projeto Construtivo na Brasileiro na arte: 1950 – 1962. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 1977 COHEN, Amélia de Farias Panet Barros; ANDRADE, Patrícia Alonso de. Uso da analogia com alunos iniciantes de projeto arquitetônico. Registro e análise de uma experiência facilitadora do processo de concepção. Arquitextos, São Paulo, ano 16, n 183.07, Vitruvius, agosto de 2015 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/16.183/5660> EICHEMBERG, André Teruya; BARBIERI, Mara Julia. Fujimoto e Ishigami. Entre o futuro primitivo e a natureza ambígua do espaço. <http://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/10.032/3434> (acessado em 03/09/2017)

NEUHART, John. Eames design: the work of the office of Charles and Ray Eames. Nova Iorque. Harry N. Abrams, Inc. 1990. PEDRO, Marta. Arquitetura e design: Sou Fujimoto (entrevista). Arquitetura e design: Sou Fujimoto (entrevista). Artecapital, Tóquio, setembro de 2009. <http://www.artecapital.net/arq_des-55-sou-fujimoto> (acessado em 03/09/2017) PMR 29’, Direção: Carolina Gimenez, Catherine Otondo, João Sodré, José Paulo Gouvêa e Juliana Braga. Documentário, 29”, 2017. SKETCHES of Frank Gehry. Direção: Sydney Pollack. Produção: Sydiney Pollack. Documentário, 93’39’’, 2005. ZUMTHOR, Peter. Pensar Arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili, 2009. WIESINGER, Véronique. Giacometti. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

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FUJIMOTO, Sou. Architecture Works 1995-2015. Tokio: TOTO, 2015.

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FRIEDMAN, Mildead. Gehry talks: Architecture + process, Frank O.Gehry. Nova Iorque: Universe, 1999



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Escola Primária Montessoriana Bruno Rodrigues da Silva Souza Orientador: Prof. Me. Mauricio M. Petrosino

Figura 01: Fachada da Escola. Fonte: Render do autor

Resumo

O projeto surge da necessidade de construção de um edifício que abrigue uma escola primária num terreno já adquirido para esta finalidade, tirando proveito da localização afastada do centro

orientador para o desenho do prédio, essa escola em seu desenho visa promover aos seus usuários, principalmente às crianças, a sensação de acolhimento, que se sintam bem e livres para aprender, confortáveis ao utilizar suas instalações e que levam para vida uma boa lembrança dos anos que passarão nesta escola.

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da cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Foi escolhido o método Montessori como

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urbano e de maior contato com a natureza, uma vez que se encontra numa região de chácaras


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Introdução O projeto surge da necessidade real de implantação de uma escola de ensino primário num terreno já adquirido para esse fim, diferente da maioria das escolas privadas que iniciam suas atividades num prédio já construído, geralmente residências adaptadas, essa se desenvolve a partir do zero expandindo assim as possibilidades para a construção de um edifício que será usado para ensinar crianças de 6 à 11 anos. O desenho das plantas orienta o fluxo por uso, grandes aberturas promovem a vigilância e a insolação bem como a iluminação natural. As salas de aula a princípio são como as convencionais, porém a grande diferença está no leiaute do mobiliário, pois a disposição de mesas e cadeiras não seguem o padrão comum das escolas, são dispostas em grupos promovendo a interação dos alunos, inclusive a mescla de alunos de outras series na mesma sala, de forma que o arranjo de alunos e instalações das salas se torna mais flexível. Apesar do método pedagógico Montessoriano ser relativamente independente da arquitetura, seus conceitos podem influenciar em como a arquitetura pode ser desenvolvida para ampliar os conceitos do método pedagógico.

Figura 02 : Sala de Aula Montessoriana. Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Montessori_Classroom.jpg Optou-se pela estrutura metálica na construção, e sistema “steel frame” nos fechamentos de paredes devido à rapidez de execução, facilidade de manutenção e durabilidade do material. Uma

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volumetria moderna e atraente compõe o desenho do prédio.

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Proposição O desafio de se projetar uma escola do zero e não só uma escola tradicional, mas uma que agregue os princípios da pedagogia Montessori é um ótimo exercício de arquitetura que é facilitado pela abundância de material disponível sobre o tema, não só no campo da pedagogia, mas também da arquitetura em si. Sobre a influência que o espaço exerce nas pessoas, sobretudo nas crianças, podemos citar o educador alemão Friedrich Wilhelm Froebel (1782-1852) que afirmava que as crianças pequenas aprendiam o ambiente físico ao interagir com ele, usando seus sentidos mais do que a razão. A partir desta constatação, Froebel concluiu que as brincadeiras se sobrepunham em importância ao ensino tradicional para os pequenos, foi ele que em 1840, criou o termo “jardim de infância” (J. White, The Educational Ideas of Froebel, p.13, apud PALMER, 2005). Maria Montessori em seu sistema cria direções que podem ser seguidas na arquitetura de uma escola, devido a sua recomendação da formação de espaços e atividades que proporcionassem para as crianças maior grau de liberdade e responsabilidade em comparação com os métodos tradicionais. Nele o aluno aprende comportamentos por meio de atividades ordenadas em grau de dificuldade e elas próprias reconhecem imediatamente os resultados ao verificarem se estão fazendo as conexões corretas ou não, isso estimula a autoconfirmação. O ritmo de cada aluno é rigorosamente respeitado, sem punições ou intervenções indevidas por parte dos professores, a observação das atividades de outros alunos é estimulada para facilitar uma posterior assimilação.

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Figura 03 : Salas com mínimo de paredes. Grandes áreas envidraçadas favorecem a vigilância, a iluminação natural e a integração de espaços. Fonte: Render do autor


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Montessori falava sobre a importância do “ambiente preparado” que proporcionasse a independência do adulto tanto quanto fosse possível e a troca de experiências entre crianças de diferentes idades (LAGÔA, 19811 p.33). Em seus textos afirma várias vezes a importância do ambiente para a aplicação de sua teoria de maneira satisfatória segundo ela a casa e a escola estavam intimamente ligados, explicou certa vez que a palavra “casa”, adquire, para os italianos, “o significado quase sagrado de ‘lar’, o templo em que se reúnem a afeição doméstica, acessível apenas às pessoas queridas” (PALMER, 2015), ainda assim mesmo sendo um “lar”, seria também um espaço educativo.

Figura 04: Escolha dos materiais e decoração com atenção ao tratamento acústico e conforto visual. Fonte: Render do autor

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Arquitetura do Edifício

A elaboração do projeto levou em consideração esses fatores de conivência entre adultos e crianças de diferentes idades, para que isso fosse feito de uma maneira confortável e segura a escola possui o mínimo de pontos sem vigilância, inclusive as salas de aula são envidraçadas para que tanto quem está de fora possa observar o que se passa dentro da sala como quem está na sala pode observar o que se passa nos corredores, em outras salas e inclusive do lado de fora. Essa configuração apresenta outras vantagens como a integração de todas as atividades como a abundância de luz natural. A sensação de segurança do ambiente reforça a identidade da escola como sendo uma extensão do próprio lar para a criança e estabelece um vínculo de confiança entre alunos e professores.

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Referências HOWWEMONTESSORI. montessori-school-kitchens Disponível em <http://www.howwemontessori.com/how-we-montessori/2016/07/montessori-school-kitchens-.html> Acesso em 10 de setembro de 2017 ISABELLE Lomholt, RIBA Gold Medal 2012 Winner. Disponível em: < https://www.earchitect.co.uk/architects/herman-hertzberger>. Acesso em 20 de setembro de 2017. KOWALTOWSKI, D.C.C.K. Arquitetura escolar: o projeto do ambiente de ensino. São Paulo, São Paulo: Oficina de Textos, 2011 LAGÔA, Vera. Estudo do Sistema Montessori. São Paulo: Edições Loyola, 1981 Maria Montessori Pedagogia científica: a descoberta da nova criança – (tradução de Aury Azélio Brunetti). São Paulo: Flamboyant, 1965 MONTESSORI-ACADEMY. The Montessori method. Disponível em <http://www.montessoriacademy.org/the-montessori-method/> Acesso em 19 de setembro de 2017 PALMER, Joy A. 50 grandes educadores modernos. São Paulo: Contexto, 2005 RÖHRS, HERMANN. Maria Montessori Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2010.

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SOROCABA, Plano diretor. Disponível em: <http://www.sorocaba.sp.gov.br/portal/servicos/plano-diretorde-sorocaba>. Acesso em 20 de setembro de 2017.



Parque Campo Grande Entre o repouso e o movimento Érika S. Nascimento Orientador: Prof. Me. Maurício Petrosino

Figura 01 : o sentido da vida. Fonte: acervo do autor (legendas das fotos Arial 10 itálica)

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O presente trabalho apresenta um projeto de intervenção urbana em um espaço ocioso na Região de Campo Grande, onde verificou-se uma escassez de espaços públicos destinados ao lazer coletivo, restringindo assim as atividades dos moradores, as pequenas praças com infraestrutura básica, ou espaços vazios internos restritos aos usuários das edificações. Chama atenção em relação a promoção da saúde e bem-estar; para além do conceito de lazer e socialização. Permite a visão do despertar sensorial advindo da integração corpo/mente, agregando também a arte. Visa ainda no contexto da implantação apresentar e agregar ao projeto o tratamento das águas pluviais e aquelas geridas pelo parque através dos Jardins Filtrantes.

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Resumo


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Introdução A cidade contemporânea é urbana (CHOAY,2015). Carregada de signos, esta demanda um estudo e olhar cuidadoso para sua história no intuito de compreendê-la melhor. É esse olhar que possibilita recriar espaços e ressignificar lugares, proporcionando ambientes mais agradáveis, seguros e saudáveis para o convívio dos seres vivos e possibilita qualidade de vida aos citadinos, habitantes das grandes metrópoles.

Figura 02 : Levantamento de dados da região estudada. Fonte: acervo do autor

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O projeto vigente busca integrar os conceitos urbanísticos ligados a preservação, recuperação dos cursos d’água em conjunto com a promoção de um espaço físico para o lazer da população de Campo Grande, Distrito de São Paulo.

Figura 03 : Conceito do projeto. Fonte: acervo do autor

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Baseado em estudos realizado sobre a implantação dos Wetlands em meio a parques urbanos, sistema que proporciona áreas alagadas pelo tempo desejado ou adequado ao projeto, tratando águas sujas, contaminadas e pluviais. O projeto visa implantar o recurso para promover a requalificação das águas pluviais e as geridas pelo parque, além de criar ambientes que permitam a reconexão do ser com a natureza, pois esse processo permite a renovação e criação de um ambiente propicio a proliferação da fauna e flora locais.

Figura 04 : Lagoa Plantada. Fonte: acervo do autor

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Figura 05 e 06 : Os Bichos a esquerda e Mascaras Sensoriais, obra Clarkiana. Fonte: adar

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O projeto aborda ainda a inclusão da arte em meio ao espaço público como forma de despertar o imaginário e permitir a manipulação por meio da interação do corpo com o objeto criado, como nas obras de Lygia Clark, autora dos “ Os Bichos” e “Mascaras Sensoriais”, fontes de inspiração para o despertar sensorial em conjunto com o paisagismo implantados no Parque Campo Grande.


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Proposição

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Visando conectar as ruas do Shopping Interlagos e São Canuto (destinando-as a utilização do pedestre), cria-se uma rua central, onde através desta é realizada a distribuição do programa, funcionando como uma espinha dorsal cuja suas ramificações ortogonais direcionam o transeunte a áreas especificas. Outro princípio importante do projeto fora a de criar uma unidade entre os terrenos cortados pela presença de uma rua, logo, o fluxo dos carros é realocado para uma nova rua criada adjacente ao projeto da praça que contém as edificações da biblioteca, galeria e auditório. Os estudos da declividade do terreno, proporcionaram a disposição do sistema de Wetlands construídos, onde o seu desenho orgânico diferencia-se dos traços retos dos caminhos dispostos na implantação.

Figura 07

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Figura 08: Corte do projeto. Fonte: acervo do autor

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Referências ABBUD, B. Criando paisagens, Guia de trabalho em arquitetura paisagística, 4°ed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010. Bienal Internacional de Arquitetura (8ª : 2009 : São Paulo), Ecos Urbanos = Urban Echoes / [realização/attainment IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil ; tradução/translation Arlete Cecchi Bergamos] – São Paulo: Editora Senac São Paulo : IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil, 2012. Vários Autores BENEVOLO, L. História da cidade, Leonardo Benevolo; [tradução Silvia Mazza]. São Paulo: Perspectiva, 2012. CHOAY, FRANCOISE. O Urbanismo: Utopias e Realidades, uma antologia/Francoise Choay: [Tradução Dafne Nascimento Rodrigues] São Paulo: Perspectiva, 2015 GIFFORD, Robert. Environmental Psychology. Principles and practice. 3. ed. Boston: Optimal Books, 2002. HAMMER, D.A. (ed.). 1989. Constructed Wetlands for Wastewater Treatment: Municipal, Industrial and Agricultural. Lewis Publishers, Chelsea, MI. Isabel Cristina Moroz-Caccia Gouveia, « A cidade de São Paulo e seus rios: uma história repleta de para¬doxos », Confins [Online], 27 | 2016, posto online no dia 16 Julho 2016, consultado o 18 Novembro 2017. URL : http://confins.revues.org/10884 ; DOI : 10.4000/confins.10884 LORENZI, H. Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Bra¬sil, volume 3. Editora Plantarum. Nova Odessa, São Paulo, 2009. LIMA. V, A Qualidade Ambiental na cidade de Osvaldo Cruz/SP -importância das áreas verdes para a qualidade ambiental das cidades, 2006. Tese (Mestrado em Geografia), Universidade Estadual Paulista, São Paulo. MACEDO, S. Parques Urbanos no Brasil, BRAZILIAN URBAN PARKS; São Paulo: QUAPÁ, 2001. MACEDO, S. Paisagem Ambiental - Miranda Magnoli; São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,2006 MILLIET, M. A. Lygia Clark: Obra-trajeto - São paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1992

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Figura 09: Corte do projeto. Fonte: acervo do autor



Centro de Arte e Cultura Uma proposta de lazer e cultura na zona norte de São Paulo Fernanda Ito Rubino Orientador: Prof. Me. Maurício Petrosino

Figura 01: Vista da fachada norte do projeto. Fonte: Acervo ao autor.

Resumo Este trabalho apresenta o estudo preliminar de um Centro de Arte e Cultura localizado na zona norte da cidade de São Paulo, no bairro de Santana. Para seu desenvolvimento foram feitas duas linhas de pesquisa: a primeira procura entender o contexto histórico dos centros culturais,

levantamentos necessários para entender o terreno e seu entorno. Com base nos estudos e pesquisas, ao final é apresentado a proposta do equipamento.

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pesquisas sobre a distribuição dos equipamentos culturais na cidade, a história do bairro e os

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suas necessidades conceituais e programáticas e os estudos de caso. A segunda inicia-se com


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Introdução Como destacado por Eduardo e Castelnou (2007, p. 107) “[...] os homens sentem a necessidade de se reunirem em espaços públicos para o desenvolvimento de atividades culturais e de lazer”. Estas foram desenvolvidas em espaços que passaram por modificações para atender as necessidades de seu tempo, tanto funcionais quanto espaciais e estéticas, como por exemplo a ágora grega, o fórum romano, as feiras medievais, os museus modernos e agora os complexos culturais. Para Silva e Milanesi (apud RAMOS, 2007a) há indícios de um modelo de complexo cultural na Antiguidade Clássica, a Biblioteca de Alexandria, por reunir em um único espaço diferentes atividades. No século XIX surgem os primeiros Centros Culturais na Inglaterra, mas somente da década de 50, na França, foram lançadas bases do que hoje entendemos como ação cultural (COELHO, 1997). Segundo Ramos (2007a) os autores Milanesi, Coelho e Silva concordam ao afirmarem que o primeiro centro cultural moderno foi o Centre National d’Art et Culture Georges Pompidou, ou Beaubourg, inaugurado em 1977. No Brasil embora já houvesse interesse por esse tipo de equipamento na década de 1960 é apenas na década de 1970 que surgem, em São Paulo, os primeiros Centros Culturais com a construção do Centro Cultural do Jabaquara e do Centro Cultural São Paulo. (RAMOS, 2007a) Os Centros Culturais são espaços destinados às atividades que propiciam a integração e interação das pessoas, se tornando “[...] um lugar alternativo para a produção e difusão da cultura e arte” (EDUARDO; CASTELNOU, 2007, p. 113). Assim, o centro cultural é caracterizado pela reunião de produtos culturais, a oportunidade de discuti-los, praticá-los e criá-los (Milanesi apud RAMOS, 2007a) O projeto propõe um Centro de Arte de Cultura na região da Zona Norte que sirva de local de encontro, convivência e reunião de diferentes grupos sociais, abrigando atividades artísticas e culturais proporcionando à população um equipamento em que se possa ter acesso a informação e atividades educacionais, culturais e artísticas, pois o acesso a esse tipo de equipamento na cidade de São Paulo é privilégio de poucos pois estes concentram-se em sua maioria na região central e oeste. O bairro de Santana foi escolhido para o desenvolvimento do projeto devido sua localização e sua característica de subcentro, com grande concentração de serviços e comércios atrai intenso fluxo de

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pessoas que é influenciado pela presença do terminal de ônibus e da estação do Metrô.

Figura 02: Vista aérea do terreno escolhido para o projeto. Fonte: Google Maps modificado.

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Proposição Abrigando um auditório, espaços para exposição e ateliês o projeto é destinado a práticas de atividades artísticas e culturais além de um espaço de lazer e convívio. Localizado ao lado da estação de metrô e do terminal de ônibus de Santana a ideia é criar uma praça de chegada para o equipamento e dividir seu programa em edifícios conforme o uso. Assim, surgiram três edifícios: o do auditório, o de apoio e o cultural.

Figura 03: Planta pavimento térreo. Fonte: Acervo do autor. A implantação dos edifícios se dá de forma a criar a praça na testada norte do terreno, a mais próxima da estação do metrô e do terminal de ônibus. Desta forma, o edifício de apoio foi implantado ao fundo, na divisa com o vizinho, - como nessa parte do terreno encontram-se seis árvores, é proposto o transplante das mesmas para locais no próprio terreno - o edifício do auditório na testada leste e o edifício cultural à frente do edifício de apoio. Essa idéia permitiu liberar um grande vazio no edifício cultural, criando uma relação entre as atividades exercidas dentro do equipamento, pois os banheiros, escadas, elevadores, depósitos e salas técnicas estão concentrados do edifício de apoio. A estrutura de concreto foi pensada com vãos de no máximo 8,75m e pequenos balanços

Para o pavimento térreo - no edifício cultural - reservou-se o espaço para a livraria, o ambulatório, a sala de segurança, o café e um grande espaço livre que pode ser utilizado para reunião e convívio de pessoas ou exposições, esse vazio possui uma grande fachada de vidro que é segurada por pilares metálicos e o sistema de spider-glass.

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12,50m.

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criados para abrir o vazio. Apenas na parte interna do auditório a modulação muda para vender o vão de


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O edifício de apoio como dito anteriormente concentra todas as circulações verticais, banheiros depósitos e salas técnicas. No térreo possui acesso externo para a sala do gerador e a doca, que possui um elevador de carga e um acesso ao depósito do auditório. Ao todo o edifício possui duas escadas de emergência, uma com saída para a av. Cruzeiro do Sul e outra com saída para a rua Ezequiel Freire, uma escada social, três elevadores sociais, um elevador de carga e um elevador de serviço. O edifício do auditório tem capacidade para 210 pessoas, possui camarins, foyer, uma copa que pode ser utilizada em dia de evento e banheiros. A escada de emergência cria um volume externo que segue o desenho da escada. A fachada deste edifício é composta por placas metálicas brancas perfuradas com desenho irregular, criando uma identidade diferenciada do restante do equipamento.

Figura 04 : Corte A. Fonte: Acervo do autor.

O primeiro pavimento abriga a biblioteca, a administração e um espaço para crianças, neste pavimento o edifício de apoio libera um espaço ao lado da escada para o acervo de periódicos, um espaço aberto, diferente da biblioteca que possui portas, porém sua parede de vidro permite que se mantenha uma relação com o restante do equipamento e com a rua, pois está voltada para a praça e para a a av. Cruzeiro do Sul. Vista de fora, a biblioteca é um ambiente transparente e para que o sol não seja tão incidente no ambiente, ele se recua dos limites do edifício e possui uma viga de borda mais alta para que quebre a entrada do sol. O segundo e terceiro pavimento abrigam os ateliês e as áreas expositivas, ambos possuem paredes de vidro voltadas para o vazio, mantendo a mesma relação que a biblioteca propunha no 1º pavimento. No 2º pavimento os ateliês são de uso fixo, ateliê de ensaio (teatro e dança), ateliê de música, ateliê de artes. Nestes andares a fachada é fechada por painéis de madeira, móveis na área dos ateliês e fixos

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em vigas metálicas que vencem o vão do vazio até chegar na área das exposições (que possuem janelas altas).

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Figura 05: Vista da praça de chegada, é possível observar a entrada do edifício cultural e a grande fachada de vidro do vazio. Fonte: Acervo do autor.

Referências COELHO, Teixeira. Ação Cultural. In: ________. Dicionário Crítico de Política Cultural: cultura e imaginário. São Paulo: Iluminuras, 1997. p. 31-34. COELHO, Teixeira. Espaço Cultural. In: ________. Dicionário Crítico de Política Cultural: cultura e imaginário. São Paulo: Iluminuras, 1997. p. 165-168. MILANESI, Luís. Centro de Ação Cultural. In: ________. A Casa da Invenção: Biblioteca, Centro de Cultura. 4ª ed. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. cap. 10, p. 161-194. PELLEGRIN, Ana De. Equipamentos de Lazer. In: GOMES, Christianne Luce (org.) Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2004. p. 69-73. PELLEGRIN, Ana De. Espaços de Lazer. In: GOMES, Christianne Luce (org.) Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2004. p. 73-75. VOLTORINI, Ricardo. Santana: sua história e suas histórias. São Paulo: Editora Senac SP, 1996. 80p. CANAVERDE, Andrea Aparecida. Do Além-Tietê às novas áreas de centralidade - estudo da proporção de centralidade na zona norte de São Paulo. 2007. 184 p. Dissertação de Mestrado apresentado à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Disponível em: <www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-19092007-133828/.../Mestrado.pdf> Acesso em: outubro 2017. RAMOS, Luciene Borges. Os centros culturais. In: ________. O centro cultural como equipamento disseminador de informação: um estudo sobre a ação do Galpão Cine Horto. Maio 2007. 243 p. Dissertação de Mestrado - Curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais. p. 75-139. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/VALA-74QJRP> Acesso em: agosto 2017.

RAMOS, Luciene Borges. Centro Cultural: território privilegiado da ação cultural e informacional na sociedade contemporânea. III ENECULT. Salvador, 2007. Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/enecult2007/LucieneBorgesRamos.pdf> Acesso em: agosto 2017.

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CASTELNOU, Antonio M. Nunes; EDUARDO, Agnaldo Adélio. Bases para o projeto de centros culturais de arte. Revista Terra e Cultura. Londrina, n. 45, ano 23, ago./dez. 2007. Disponível em: <http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/terra_cultura/n45/terra_10.pdf> Acesso em: julho 2017.

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BOTELHO, Isaura. Os equipamentos culturais na cidade de São Paulo: um desafio para a gestão pública. Espaço e Debates - Revista de Estudos regionais e urbanos, São Paulo, n. 43/44, 2004. Disponível em: <http://web.fflch.usp.br/centrodametropole/antigo/v1/pdf/espaco_debates.pdf> Acesso em: agosto 2017.



Escola Infantil Um Espaço para Práticas e Vivências Sustentáveis Juliana Costa Correia Orientador: Prof. Me. Maurício Petrosino

Figura 01: Escola infantil sustentável. Fonte: acervo do autor

Resumo O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um projeto arquitetônico para uma escola infantil sustentável. Dessa forma, foram realizados estudos necessários para

características urbanísticas do entorno, como, fluxos, localização, zoneamento, uso do solo, e estudos baseados nos parâmetros básicos do Ministério da Educação. Por fim, a criação de um programa e partido de projeto necessários para atender as demandas e necessidades das crianças, pais e funcionários.

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as crianças, mas também de toda a região na qual o projeto está inserido, além de dados e

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assegurar a educação de qualidade juntamente com a consciência ambiental não apenas para


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Introdução

A educação infantil inicia-se em seu convívio familiar, sua continuidade passa a ser dividida junto à escola, que participa cada vez mais cedo do processo educacional. Nos dias atuais, houveram muitas mudanças no dia-a-dia dos pais, onde ambos são provedores do lar, com menos tempo de dedicação aos filhos. Porém, por outro lado, este ingresso precoce, conscientiza e influência desde cedo o desenvolvimento da criança, com atividades pedagógicas voltadas ao meio ambiente e sustentabilidade. Por se tratar do primeiro contato da criança no ambiente escolar, a escola tem o papel de proporcionar espaços tanto internos, quanto externos, organizados, adequados, sendo estes lúdicos, convidativos, exploráveis, brincáveis, dinâmicos e, principalmente, acessíveis à todos, estimulando assim a curiosidade, interesse e prazer na busca do saber. Propondo espaços adaptados, acolhedores e alegres, no qual a qualidade favorece o desenvolvimento adequado para cada criança. DESEMPENHO

Ar fresco, luz natural, melhorando a performance dos alunos

ALUNOS

em sala de aula.

PEDAGOGIA

Sustentabilidade e ciência, ensinando as crianças a terem

CIÊNCIA E ARTE NA

sensibilidade com os aspectos ambientais.

EDUCAÇÃO COMUNIDADE

Compartilhando conhecimento junto à escola, alcançando os

CRESCIMENTO NO

parentes e comunidades vizinhas.

EDUCAÇÃO RESPONSABILIDADE

As crianças aprendendo a ter responsabilidade com suas

RELAÇÃO COM MEIO

próprias ações e preocupações com o ambiente onde vivem.

AMBIENTE Figura 02: Tabela de benefícios da sustentabilidade na escola.Fonte: acervo do autor

Escolas sustentáveis são definidas como aquelas que mantêm relação equilibrada com o meio ambiente e compensam seus impactos com o desenvolvimento de tecnologias apropriadas, de modo a garantir qualidade de vida às presentes e futuras gerações.

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Proposição

A proposta inicial do projeto, além de ser sustentável, é a integração das áreas internas com as áreas externas, criando espaços agradáveis, dinâmicos, funcionais que contribuem naturalmente com uma continuidade entre os ambientes. Na entrada é proposto um alargamento de calçada onde o jardim externo segue para dentro da escola. Ao entrarem, as crianças se encontram em um ambiente criado para o acolhimento das mesmas, onde terão propostas de

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diversas atividades e brincadeiras, um espaço coberto porém com a liberdade de estarem ora dentro, ora fora. Neste mesmo volume, encontram-se também um núcleo de banheiros, sendo um feminino, um masculino e dois acessíveis; o refeitório com horta, a cozinha possui uma parede de vidro para as crianças participarem da preparação dos alimentos e a área de serviço com acesso restrito. O fluxo se dá em dois corredores principais que dá acesso ao outro volume horizontal, mantendo a linearidade do terreno; nele estão inseridas a área administrativa, as salas de aula, com estruturas individualizadas, contendo um banheiro feminino e um masculino em cada sala e o acesso à biblioteca e o laboratório, onde além de aulas da grade curricular, também será utilizado aos finais de semana para toda a comunidade ter aulas e experiências. O jardim da escola é uma área criada para trazer diversas sensações, como, tranquilidade, bem-estar e conforto. As árvores estrategicamente plantadas contribuem diretamente para este ambiente criando sombreamento, no lado oposto do jardim, encontra-se o lago de peixes, para as crianças cuidarem e aprenderem na prática sobre tratamento de aula. Nas coberturas foram utilizados painéis fotovoltaicos e teto verde. A escola foi criada para atender a demanda da região e criar um espaço onde as crianças se sintam confortáveis, seguras e estimuladas à aprender, criar, compartilhar, vivenciar e se conscientizar com os aspectos importantes do meio onde vivem, do nosso meio ambiente.

Figura 03: Planta baixa. Fonte: acervo do autor

O conceito sustentável se dá ao projetar de forma consciente e menos agressiva ao meio ambiente, utilizando a captação e reutilização de água, iluminação natural maximizada, ventilação cruzada, plantação de novas vegetações e painéis fotovoltaicos para geração de

acolhidas em um espaço de atividades diversas e brincadeiras, ao lado deste ambiente, 3 47

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A escola possui duas entradas, a principal para os alunos, pais e funcionários e a de serviço, para manutenção na escola e coleta de lixo. Foi proposto um alargamento de calçada criando um jardim que se estende ao interior da escola e também um parqueamento para os carros e vans escolares. Ao entrarem na escola, com a sensação de continuidade do jardim, as crianças são

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energia.


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encontra-se o refeitório com horta, voltado para uma alimentação equilibrada e balanceada sendo um dos fatores fundamentais para o bom desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças. A cozinha será outra diversão para as crianças, pois terão total visão de como estão sendo preparados os alimentos e poderão participar deste momento, criando vínculos com a refeição.

Figura 04: Vista do refeitório. Fonte: acervo do autor

A área de serviço será um local restrito, apenas os funcionários terão acesso à despensa, lavanderia, depósito de limpeza, sala de segurança, vestiários e lixeira. Ao lado, em um módulo separado encontra-se a área administrativa, contendo recepção, enfermaria, secretaria, coordenação, direção e sala dos professores e banheiros para pais e funcionários. A circulação se dá por meio de corredores principais, que levam as crianças para as salas de aula, cada sala possui estrutura independente podendo ser alterada em futuras modificações, e possui também banheiros para atender os alunos, exceto a sala dos bebês de 0-1 ano, que contém um fraldário e um lactário. Ao lado oeste, foi criado um mini lago para peixes, além das crianças cuidarem dos mesmos, aprendem sobre o tratamento da água, proposto dentro da

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grade curricular.

Figura 05: Circulação e salas de aula. Fonte: acervo do autor

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No lado leste temos um espaço criado para leitura, trazendo conforto, tranquilidade e conhecimento, juntamente com o laboratório, onde além de aulas para as crianças, aos finais de semana é aberto para toda comunidade, participar, aprender, reciclar e colocar em práticas suas experiências.

Figura 06: Vista laboratório. Fonte: acervo do autor Referências

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MÜLLER, Dominique, Arquitetura Ecológica. Editora: Senac São Paulo, 2011. KWOK, Alison e GRONDZIK, Walter, Manual da Arquitetura Ecológica. Porto Alegre: Bookman, 2013. Prefeitura de São Paulo, disponível em: <http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/zona-de-centralidadezc/> Acesso em 23/10/20717 Câmara de São Paulo, disponível em: <http://www.camara.sp.gov.br/blog/especial-zoneamento-entendaas-zonas-de-centralidade/> Acesso em 03/11/2017 Escolas sustentáveis, disponível em: <http://sustentarqui.com.br/construcao/10-escolas-sustentaveis/> Acesso em 17/09/2017 Regras ABNT, disponível em: <http://www.profemarli.com/regras-abnt-2017> Acesso em 15/09/2017 Escola Yutaka, disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/787601/jardim-de-infancia-yutakasugawaradaisuke> Acesso em 03/11/2017 Tratamento de água e reuso, disponível em <http://alfamec.com.br/produtos/tratamento-de-agua/etaestacao-para-tratamento-de-agua-para-reuso/> Acesso em 16/01/2018 Madeira laminada colocada, disponível em: <http://www.carpinteria.com.br/madeira-laminada-coladaglulam/> Acesso em 03/02/2018



CCEM Complexo Cultural e Educacional de Muriaé Marlucy Marques Campos Orientador: Prof. Me. Maurício Petrosino

Figura 01 : Maquete eletrônica. Fonte: acervo do autor

Resumo O tema escolhido para o Trabalho de Conclusão de Curso é um Complexo Cultural e Educacional, no bairro do Centro do município de Muriaé – Minas Gerais. O projeto consiste na elaboração de um edifício de cunho institucional – CCEM a fim de intensificar a arte local e incentivar ações culturais no município e apresentar atrativos para a população local e externa, além de impulsionar a discussão de temas muitas vezes ignorados tanto pelo poder público quanto pelos próprios cidadãos, tais como a valorização do patrimônio artístico, turístico e cultural da cidade. O município possui uma associação, FUNDARTE (Fundação de Cultura Arte de Muriaé) que incentiva os eventos culturais, grupos particulares e ONG’s que realizam trabalhos junto com a população, o intuito é incentivar as atividades culturais existentes no município e

potencial urbano, a implantação de um novo polo de cultura irá atrair pessoas, passar conhecimento e através da arquitetura, influenciará a sociedade a visitar esse novo marco.

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com as atividades desenvolvidas – dança, teatro, balé e música. O local apresenta um enorme

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potencializar o turismo cultural, tendo em vista que a cidade também atende a população vizinha


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Introdução A compreensão do termo cultura, se faz de extrema importância, quando se pretende projetar um equipamento voltado para abrir atividades culturais, relacionadas ao estilo de vida e características de cada região. (ALVES, 2014). Atualmente, o conceito de cultura é bem mais genérico e universal que designa, segundo RAMOS (2007) a democratização e o acesso à criação [...] o objetivo maior das ações de um centro de cultura deve ser o de fazer com que as pessoas tomem consciência de si mesmas e do coletivo através da experiência criativa, coletiva e do contato com a arte. Dessa forma, o edifício em questão possui uma estrutura de atividades, que aguça a criação e o pensamento crítico, não somente dos valores locais, mas também de outras manifestações artístico/culturais que possam contribuir para a consolidação intelectual do público alvo. Após fundamentação teórica e análise dos estudos de caso, foi possível criar o programa de atividades, tendo em vista que tal projeto deverá atender estes três pontos, a partir da metodologia de Milanesi (2003) : criar + informar + discutir = centro cultural. A proposta de anteprojeto do Complexo Cultural e Educacional de Muriaé (CCEM) é de um espaço flexível, visando a integração do terreno com os principais pontos de comércio/serviços, e com a rodoviária municipal; localizado na região central do munícipio de Muriaé - Minas Gerais, no entroncamento das Avenidas Constantino Pinto e Doutor Passos, região de importante fluxo urbano. No município de Muriaé encontra-se a Fundarte (Fundação da arte e cultura), que possui o teatro Zacarias Marques capaz de sediar palestras e solenidades, tendo a capacidade de 116 pessoas; possui também o Teatro Municipal Belmira Vilas Boas com 167 assentos, de acordo com a população os dois teatros não suprem a necessidade da cidade e muitas vezes a cidade não recebe espetáculos maiores, devido a sua capacidade. A maioria da população sente falta deste tipo de equipamento de acordo com a opinião dos moradores e funcionários que trabalham na Fundarte. Dentre as cidades vizinhas, segundo a Prefeitura Municipal, Muriaé é a única que presta serviços com este aspecto, sendo eles: a dança, teatro, música, oficinas de criação e arte de rua. O propósito é de potencializar estas atividades culturais, e abrir novas oportunidades para os municípios e comunidades rurais que fazem divisa com a cidade de Muriáe. Inicialmente foi escolhido 2 possíveis locais de implantação. A primeira opção seria implantar no Bairro Padre Tiago (um dos últimos bairros da cidade - divisa com a cidade de Itaperuna - Rj), porém foi descartada a possibilidade, levando em consideração que a cidade necessita de um microequipamento polivalente, que seriam os equipamentos de grandes dimensões, adequado para receber um grande fluxo de pessoas, situados em pontos estratégicos da cidade. A segunda opção (e escolhida) de implantação foi em um grande terreno que abrigava o antigo campo nacional da cidade (Avenida Constantino Pinto com o entroncamento da Avenida Doutor Passos),

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em frete à rodoviária municipal. Por ser de fácil acesso não apenas para o transporte público, como também para carros e possíveis excursões das cidades da redondeza. A localização estratégica tornará o Complexo Cultural e Educacional em um grande destaque da cidade.

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Proposição Com uma área de 6.980,61 m², TO de 65% e CA de 60%, o terreno encontra-se em uma zona de restrição de adensamento, local já destinado para edificações e instalações de usos institucionais conforme Plano Diretor lei nº 3.377/2006. Situado no entroncamento de duas vias importantes da cidade: Avenida Constantino Pinto e Avenida Doutor passos, local de grande fluxo de pessoas e porta de entrada do município, sendo uma área estratégica com infraestrutura de transporte coletivo, áreas comerciais, institucionais, residenciais e serviços em geral. Além da vocação da área para o uso escolhido, algo que foi determinante para a escolha da temática - cultura - foi o fato de Muriáe ser polo de desenvolvimento (em relação as cidades vizinhas) e ter carência de equipamentos culturais desse porte. O intuito é criar uma linguagem característica da cidade: respeitar o entorno imediato de até 3 pavimentos e criar ambientes funcionais, confortáveis e acessíveis ao público. O principal foco é a fruição do térreo, hora com praças e pátios internos que se tornam elementos de conexão com os volumes distintos que são criados. O complexo cultural e educacional atenderá a demanda e necessidade da população Muriaeense, desenvolvendo atividades de cunho artístico, criativo e usufruindo dos vazios que envolve e molda o terreno. Tal proposta de cheios e vazios permite que as pessoas usufruam e façam parte do espaço, isto acontece através da praça coberta e praça das esculturas (situada no miolo do terreno).

Figura 02 : Maquete eletrônica. Vista da praça interna, que conecta os blocos: corpos artísticos, área expositiva, teatro e biblioteca. Fonte:

Figura 03 : Maquete eletrônica. Vista do acesso da biblioteca e praça das esculturas. Fonte: acervo do autor.

acervo do autor. Cada bloco recebe um programa diferente, reforçando a setorização e organização em volumes,

No pavimento térreo encontram-se os programas mais públicos: teatro, praça das esculturas e biblioteca, ambos com plantas livres que poderão ser remodeladas, laje nervurada, estrutura de concreto e fechamentos em alvenaria, painéis de drywall nas áreas de catalogação, administração, camarins e setores que são sujeitos a mudanças no decorrer do tempo e utilização do vidro u - glass duplo, que além

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continuação natural da rua.

Arquitetura do Edifício

garantindo um espaço de circulação aberto, livre e qualificado por vazios e passagens como se fossem a


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da função de fechamento, atenua os ruídos, pois tem um bom comportamento acústico e inibi a quantidade de calor que passa para o ambiente. Já no primeiro e segundo pavimento tendo o acesso pela fachada norte, encontram-se os setores de formação/corpos artísticos: sala de música, dança, teatro, e ateliês, onde são ministrados cursos de artesanato, pintura e costura. Este bloco conta também com um café e uma praça pública elevada que se estende até a entrada da fachada sul. A estrutura e materialidade empregada neste bloco é a mesma do térreo, sendo estrutura de concreto com fechamentos em alvenarias e vidro u-glass. A área administrativa de todo o complexo foi elevada ao nível +4,00m por pilotis de concreto, que marca a entrada da biblioteca e traça uma trajetória até a recepção. O programa inclui um restaurante e mais dois cafés, sendo um dentro do foyer do teatro e outro na cobertura da área expositiva, que funciona como mirante (local que pode ser utilizado para eventos).

Figura 04 : Maquete eletrônica. Vista do

Figura 05 : Maquete eletrônica. Vista da fachada

restaurante com a fachada de vidro u-glass e

com painel de madeira do restaurante e rasgos

praça elevada que conecta o bloco corpos

que marcam o bloco corpos artísticos. Fonte:

artísticos. Fonte: acervo do autor.

acervo do autor.

Proposta Cultural Para que o espaço seja incluso na realidade da população serão semestralmente propostas experiências culturais que abordem um tema em específico e o trate de diversas maneiras, trazendo sentido à proposta e unificando as dependências da edificação. Exposição temporária - As exposições sugeridas neste espaço dão o tom à proposta semestral, na intenção de oferecer à sociedade exibições de temáticas variadas. Peças e objetos que forem confeccionadas no bloco corpos artísticos/escola, poderão ser expostos no próprio complexo, fomentando a mão de obra local e reforçando a importância destas. Exposição permanente - Narrativa da história Muriaeense, com fotografias, documentos e objetos históricos.

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Cine debate- Sessões de filmes exibidos para a população e grupos das instituições de ensino da cidade. Teatro - Apresentação das peças teatrais ministradas pela cidade, e exibições em nível nacional. O local pode ser utilizado como auditório e encontros de palestras. Bloco corpos artísticos / escola- Destinado a criação e manuseio de equipamentos musicais, exerce a função de escola, onde ensina e possivelmente expõe os trabalhos realizados, além de potencializar estas habilidades proporciona a oportunidade de uma renda salarial. Biblioteca - Possui livre acesso para população local e das cidades vizinhas.

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Capacidade de pessoas Complexo Cultural e Educacional de Muriaé

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GOMES, C.L. Dicionário crítico do lazer. São Paulo: Autêntica Editora,2004. MARCELLINO, N.C. Estudos do Lazer: uma introdução. 3ed. Campinas: Autores Associados, 2002. MILANESI, Luís. A Casa da Invenção: Biblioteca, Centro de Cultural. 4º ed. revisada e ampliada. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. ALVES, Carvalho. Espaço Celestino Gomes: Anteprojeto Arquitetônico de um Centro de Cultura Energeticamente Eficiente. Trabalho final (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Natal, Rio Grande do Norte, 2014. EDUARDO, A.A; CASTELNOU, A.M.N. Bases para o projeto de Centros de Cultura e Arte. Revista Terra e Cultura, nº 45, agosto a dezembro, 2007. MEIRA, Morelli. A cultura dos novos museus: arquitetura e estética na contemporaneidade. Tese (Doutorado em Filosofia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. NEVES, R.R. Centro Cultural: a Cultura à promoção da Arquitetura. Revista on-line IPOG, ESPECIALIZE. Goiânia-GO, 2012. PINTO, G.B; PAULO,E.D; SILVA, T.C.D. Os Centros Culturais como espaço de lazer comunitário: o caso de Belo Horizonte. Belo Horizonte/MG, 2012. SILVA, M.J.V. LOPES, P.W.; XAVIER, S.H.V. Acesso a Lazer nas Cidades do Interior: um Olhar Sobre Projeto CINE SESI Cultural. VI Seminário 2009 ANPTUR. São Paulo/SP, 2009.

Arquitetura do Edifício

Referências



Patrimônio Arquitetônico e Urbano

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Garagem de Barcos Santapaula Um espaço artístico coletivo Gabrielle Moreira Orientadora: Profª. Drª. Valéria dos Santos Fialho

Figura 01 : Fachada da proposta de intervenção na Garagem de Fonte: acervo do autor

Resumo Este trabalho apresenta uma proposta de recuperação e ressignificação da Garagem de Barcos do antigo Clube Santapaula, uma obra projetada pelos arquitetos João Vilanova Artigas

com a paisagem e fomentar a arte advinda da sociedade. O conceito de praça-museu cabe bem nesse sítio e no contexto urbano onde se encontra, servindo como instrumento de identificação e pertencimento da população consolidada na região.

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fechado, transformando-o num espaço convidativo para a população desfrutar da aproximação

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e Carlos Cascaldi. O projeto modifica o uso, rompendo com a lógica exclusivista de clube


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Introdução Este trabalho é um projeto de ressignificação da Garagem de Barcos do Conjunto Santapaula, localizado na orla da Represa Guarapiranga, zona sul da cidade de São Paulo. A edificação, abandonada há anos, possui grande potencial de uso cultural para beneficiar a população local e promover uma melhor integração da cidade com a paisagem. O conjunto foi projetado pelos arquitetos João Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi em 1961 para ser um clube esportivo, num período em que ainda se tentava consolidar o Balneário de Interlagos, projeto urbanístico do empresário Luís Romero Sanson que tentou vender a região como a praia dos paulistanos.

Figura 02 : Foto aérea da construção do conjunto Santapaula, 1961. Fonte: Arquigrafia. As transformações socioeconômicas impactaram diretamente o Conjunto Santapaula já que o interesse gerado por ele não era suficiente para garantir, financeiramente, seu funcionamento, pois seu público alvo, a elite paulistana, se afastou da região. Fechado por anos, passou por várias ocupações

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Patrimônio Arquitetônico e Urbano

irregulares e deterioração devido à falta de manutenção.

Figura 03 : Fachada atual do conjunto Santapaula, 1961. Fonte: Acervo do autor.

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Proposição Para o amplo espaço disponível no terreno de 400 metros lineares, o projeto da praça abriga vários tipos de experiências e trajetos. A sinuosidade dos caminhos asseguram a premissa do passeio contemplativo, com aberturas que ampliam a calçada até pontos de entrada da praça, formando uma rede capaz de levar o fluxo para diferentes experiências sensoriais enquanto desfruta da amplitude visual da paisagem natural. Esses caminhos avançam sobre a água com deques que permitem o passeio e a permanência dos visitantes sobre a represa. O tradicional auditório também ganha uma releitura ao passo que foi alocado a céu aberto, também próximo da água, aproveitando o recorte ortogonal do terreno feito no projeto original. É um palco com cerca de 210m², semi cercado por uma arquibancada acessível por escadas e uma longa rampa de inclinação suave, destinado à apresentações, performances e práticas coletivas de treinos esportivos e meditação.

Figura 04 : Implantação. Fonte: acervo do autor Por seu histórico de abandono e descuidos, o processo de recuperação desta edificação passa por uma etapa de subtração. Isso porque ao longo do tempo houveram adaptações físicas que, além de

Nesta retirada perde-se alguns aspectos do projeto original, cuja recuperação fica destituída de propósito, como é o caso das paredes de tijolo de vidro sob a laje mais ao sul, cuja completa retirada

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Figura 05 : Levantamentos das intervenções que prejudicam o edifício. Fonte: acervo do autor

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danificar a estrutura, ocultaram aspectos fundamentais da estrutura.


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explicita a solução estrutural da laje tripartida e favorece a continuidade do ambiente pensada pelos arquitetos do projeto original. Já na outra extremidade, a retirada do volume original dos banheiros, antiga cozinha e o balcão, deu lugar para o anexo para novas funções pertinentes ao novo uso. Ele é marcado por dois volumes que se interseccionam e extrapolam a projeção original. O cubo funcional é um bloco de concreto translúcido que abriga o escritório administrativo, os banheiros e o café. Seu material é fruto das novas experimentações com o concreto, e assimila o ícone do brutalismo da estrutura original com a importância que o Artigas dava para a luz natural. O resultado é um bloco de concreto que durante o dia irradia a luz de fora para dentro e a noite irradia luz de dentro para fora.

Figura 06 : Plantas térreo e subsolo do projeto. Fonte: acervo do autor

Figura 07 : Corte longitudinal do projeto. Fonte: acervo do autor

Este bloco está envolto por uma redoma de vidro, cuja forma é derivada do vazio do edifício, conversando com seu ângulos atrevidos e mantendo a transparência e a sensação de leveza da enorme viga da fachada original. A estrutura metálica é totalmente independente do edifício original de forma a

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Patrimônio Arquitetônico e Urbano

preservar sua condição termodinâmica.

Figura 08 e 09 : Entrada do café e entrada da galeria. Fonte: acervo do autor

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O projeto de dar um novo uso para a Garagem de Barcos do Conjunto Santapaula, passa pela restauração física do edifício, mas principalmente é a criação de um novo lugar, num espaço existente, onde a população mais vulnerável, carente de locais de qualidade para se expressar, consiga criar um vínculo de identificação e apropriação.

Figura 10 : Fachada do projeto. Fonte: acervo do autor Referências CARSALADE, Flávio de Lemos. A preservação do patrimônio como construção cultural. Arquitextos, São Paulo, ano 12, n. 139.03, Vitruvius, dez. 2011 . Acessado em: 10/08/2017 CARTA DE VENEZA, 1964. Disponível em: Acesso em 25/10/2017 CARVALHO, Maria Cristina Wolff de; MENDES, Denise. A Ocupação da Bacia do Guarapiranga: Perspectiva Histórico - Urbanística. In: FRANÇA, Elizabeth (org). Guarapiranga: Recuperação Urbana e Ambiental no Município de São Paulo. São Paulo: M. Carrilho Arquitetos, 2000. CASCALDI, Carlos. Entrevista. In: DPH. DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO. Processo de Abertura de Tombamento da Garagem de Barcos do Santapaula Iateclube. Processo Administrativo nº 2000-0.101.744- 2. Entrevista concedida em 20/04/2000 e 03/09/2003. São Paulo: DPH, p. 181207 e 208- 227. TOURINHO, Andréa de Oliveira. O Tombamento do Antigo Santapaula Iateclube em Interlagos: Memórias de Uma Modernidade Paulistana. Revista arq.urb [on-line]. Edição 14. São Paulo: Universidade São Judas Tadeu, 2015. Disponível na Internet: ISSN 1984-5766

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VILANOVA ARTIGAS: O ARQUITETO E A LUZ. Direção: Laura Artigas e Pedro Gorski. Produção: Gal Buitoni e Luiz Ferraz. Local: São Paulo, 2015. Documentário, 93 minutos, português. Acessado em 01/11/2017. Disponível em . Acesso em: 02/11/2017.



Reconversão de Usos do Conjunto Arquitetônico Fábrica de Sal Ribeirão Pires Thiago Hiroshi Washimi Orientadora: Profª. Drª. Valéria dos Santos Fialho

Figura 01 : Entrada do conjunto, atualmente: acervo do autor.

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O presente trabalho é uma proposição projetual para a reconversão do antigo conjunto arquitetônico tombado de Ribeirão Pires, “fábrica de sal”, em um centro cultural local. A construção se encontra em completo abandono e estado de deterioração, apesar de reconhecida como monumento de valor histórico. Para a elaboração de um novo programa foram pesquisados autores e arquitetos que dialogam diretamente com a ideia de memória, restauro e preservação, objetivando um meio de abrigar usos contemporâneos que possibilitem vida útil ao patrimônio, e maior participação na consciência afetiva da população.

Patrimônio Arquitetônico e Urbano

Resumo


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução

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Patrimônio Arquitetônico e Urbano

Esquecida na paisagem, quase que despercebida pelos usuários da linha férrea, há uma edificação que já foi de extrema importância para o município de Ribeirão Pires. As ruínas pertencem ao antigo Moinho Maciotta/ Fábrica de Sal dos Cartelesa, e compõe o início do ciclo de industrialização de São Paulo, fazendo parte do legado deixado pelos visionários imigrantes italianos que ali vieram morar. A construção, mesmo após a descaracterização que sofreu para adaptação de diferentes usos, ainda mantém elementos arquitetônicos originais, tendo valor histórico e afetivo com a região, porém sofrendo descaso pelo poder público e deixada ao abandono Já no período de operação como salina, muito depois do fechamento da firma de seus idealizadores e o funcionamento como moinho, teve papel relevante para o município. Era responsável pelo emprego de até 400 funcionários, o que ajudava a movimentar a economia local,gerando riqueza. Com sua total desativação, algo que era funcional e benéfico às dinâmicas da cidade passou a ser encarado como um estorvo na paisagem urbana, chegando até a ter sua remoção cogitada. O intento deste trabalho é, por meio das fundamentações teóricas, empíricas e bibliográficas, propor por meio do projeto um modo de reativar todo o valor histórico dormente e esquecido na edificação, colocando-a à dispor dos moradores do município. Há o intento de que com isso o patrimônio cumpra uma função ligada à coletividade de seu meio, agregando novo significado, reincorporando o conjunto arquitetônico à malha urbana e possibilitando sua vida futura. Vale salientar que a fábrica mantém potencial para ser uma ligação entre os centros alto e baixo, divididos pela linha férrea, podendo conferir fluidez e melhorar a dinâmica entre espaços que cresceram de forma desigual devido à barreira do trem. Para tanto são revisadas pensamentos que discutem a memória, o patrimônio e a requalificação/ restauração de objetos próximos ao trabalhado.

Figura 02 : Lateral da fábrica e um dos galpões: acervo do autor

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Proposição A readequação do conjunto arquitetônico Fábrica de Sal para o abrigo do uso cultural se desenvolve tendo como partido o contraste dos elementos construtivos, cuja diferenciação nos facilita identificar acréscimos e modificações, dialogando com as teorias do restauro crítico apresentado em capítulos anteriores. A interação com os elementos já presentes no terreno da fábrica (a escola, biblioteca e a linha férrea) também são considerados na concepção inicial, sendo de maior importância a passarela que liga as duas metades do centro, outrora divididas pela linha do trem, com o objetivo de facilitar as dinâmicas entre os dois lados Um anexo é construído um pouco a frente da fábrica, cujas medidas são aproximadamente equivalentes às da edificação mais antiga. A chaminé, objeto de destaque da paisagem, é mantida como elemento de maior altura no entorno próximo. O prédio tombado passa por uma remodelagem das lajes metálicas, com recortes e dimensões diferentes das propostos inicialmente por Rafael Perrone. Da primeira intervenção são mantidas as prumadas de banheiro, escada, elevador e as tesouras do telhado, que ajudam no travamento da edificação. A implementação da rede wi-fi por todo o terreno e o térreo universal são elementos importantes do projeto, se tornando atrativos para grande parte da população, o que nos leva a criação de um café no galpão próximo a biblioteca. O novo espaço tem como objetivo ser uma opção de ambiente para leitura e estudos, com mesas amplas que podem ser tomadas por pessoas com seus notebooks ou mesmo cadernos e livros emprestados. As paredes que ruiram são refeitas com concreto e vidro, cujas desenhos são simplificações das linhas existentes no corpo principal da fábrica.

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O segundo galpão, que abrigou um anfiteatro, agora tem uso esportivo seguindo o raciocínio de implementação do Sesc Pompeia, em que os equipamentos não obedecem os padrões oficiais e servindo apenas para recreação. O espaço é reformulado e passa a contar com duas quadras cobertas poliesportivas e novos banheiros encaixados ao fundo. Bancos de madeira circundam todo o ambiente. O corpo principal da edificação tem suas lajes sustentadas por novos pilares metálicos, o térreo se reparte em três ambientes, sendo o principal situado na entrada, destinado ao ócio e a apropriação livre, contando com bancos e tomadas para uso público. Mais ao fundo instala-se uma sala multimídia para projeções e pocket shows, além de paredes destinadas a exposição de fotos antigas do conjunto. Já no primeiro andar são alocadas mesas para pequenas atividades, que podem ser oferecidas para adultos ou crianças, e uma sala mais privativa, caso exista a necessidade de um ambiente mais isolado. Mais ao fundo se encontra o acervo histórico presente na nova pinacoteca municipal, que já foi abrigado uma vez dentro da fábrica. Devolvê-lo é algo interessante, pois ele estaria dentro de uma construção que é testemunha de parte da história do município e tem relevância, ao invés de um prédio novo e sem esse

Patrimônio Arquitetônico e Urbano

Figura 03 : Esquema do conjunto proposto, junto da passarela e a linha férrea: acervo do autor


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

caráter. Chegando ao último pavimento se alocam as alas administrativas, com mesas para trabalho, isoladas de todas as atividades dos andares inferiores. Um talude com escadas e rampas dá acesso ao anexo do novo centro cultural, que contempla atividades complementares aos do edifício histórico. A concepção da nova estrutura continuou com a lógica dos contrastes dos materiais, sendo formada por estruturas metálicas e paredes de concreto. A volumetria nasceu dos recortes de um cubo com proporções equivalentes ao do prédio original, hermético para mimetizar o ambiente fabril, e se valendo das mesmas janelas em igual ritmo para diálogo direto. O primeiro andar permanece de apropriação livre, dispondo mobiliários básicos para usufruto variável. Rasgos, revestidos em vidro, nas arestas do cubo quebram a monotonia da forma e permitem a entrada de luz natural. Os pilares marcam o ambiente em todos os andares, com um ritmo de espaçamento simples e bem delimitado. Mais acima o pavimento se divide entre o office e o expositivo. Mesas de estudo individuais e coletivas se dispõem para estudantes, sejam da escola próxima, da biblioteca ou arredores. O objetivo é criar um ambiente propício para os mais diversos público, que podem interagir e trocar conhecimento entre si . Uma ala expositiva divide o andar e pode abrigar mostras itinerantes e renováveis. Fazendo fronteira com os dois ambientes há um polo de descanso, com puffs e um deck de madeira. Por fim o último andar é destinado para o cinema, ressaltando que os moradores precisam sair do município para esse tipo de atividade, devido a inexistência de opções. Três salas se dividem ao fundo, e no centro do andar se espalham pequenos quiosques para lanches e pipocas. Uma varanda envidraçada e em balanço desponta da arquitetura, abrigando um foyeur que dá vista direta para os trilhos. Do teto, um rasgo na laje garante luz zenital em dias claros. De todos os andares do anexo, é possível visualizar a linha férrea que corta o centro de Ribeirão Pires

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Figura 04 : Fachada da nova fábrica e fachada do anexo: acervo do autor

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Referências (você pode citar até 12 títulos – use o formato segundo o modelo abaixo) ARCDAILY. Clássicos da Arquitetura: Casa Modernista da Rua Santa Cruz / Gregori Warchavchik. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-17010/classicos-da-arquitetura-casa-modernista-da-rua-santacruz-gregori-warchavchik>. Acesso em: 01 out. 2017. ARCHDAILY. Clássicos da arquitetura - sesc pompéia. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bobardi>. Acesso em: 04 set. 2017. CANTO SCIENCE. Cesare Brandi. Disponível em: <https://cantorscience.org/2010/05/11/cesare-brandi/>. Acesso em: 01 nov. 2017. CHOAY, Françoyse. Alegoria do Patrimônio. 1 ed. São Paulo: Estação liberdade, 2001. 282 p. DUARTE, Marcílio. Diretriz de tombamento do antigo moinho de trigo fratelli maciotta fábrica de sal. Ribeirão Pires, 2015. 71 p. DUARTE, Marcílio. Uma família, um moinho e uma cidade: notas sobre o moinho de trigo fratelli maciotta em ribeirão pires (fábrica de sal). Ribeirão Pires, 2016. 15 p. FOLHA RIBEIRÃO PIRES. Cidade desapropriação da fábrica de sal ainda está na justiça, impedindo concessão para shopping. Disponível em: <http://www.folharibeiraopires.com.br/portal/exibemateria.php?materia=23346>. Acesso em: 20 ago. 2017. MUNDO UBEX. Desvendando a fantástica história da fábrica de sal. um dos primeiros moinhos movidos a vapor de são paulo.. Disponível em: <http://www.mundourbex.com.br/desvendando-a-fantastica-historia-da-fabrica-de-sal-um-dosprimeiros-moinhos-movidos-a-vapor-de-sao-paulo/>. Acesso em: 28 set. 2017. MUSEU LAZAR SEGAL. Apresentação. Disponível em: <http://www.museusegall.org.br/mlsTexto.asp?sSume=34>. Acesso em: 11 set. 2017. MUSEUS DA CIDADE DE SÃO PAULO. Casa Modernista. Disponível em: <http://www.museudacidade.sp.gov.br/casamodernista.php>. Acesso em: 04 set. 2017. O ESTADO DE S. PAULO. Como era são paulo sem sesc pompéia. Disponível em:

O ESTADO DE S. PAULO. O estado de s. paulo: páginas da edição de 03 de setembro de 1957 pag. 7. Disponível em: <http://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19570903-25257-nac-0007-999-7-not/busca/gelomatic>. Acesso em: 20 ago. 2017.

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Patrimônio Arquitetônico e Urbano

<http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,como-era-sao-paulo-sem-sesc-pompeia,9353,0.htm>. Acesso em: 20 ago. 2017.



Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

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O Parque Cocaia e o córrego Reimberg Jamile Sousa Orientador: Prof. Dr. Fábio Robba

Este trabalho de conclusão do curso de arquitetura e urbanismo tem como objetivo a criação de um parque urbano na área periférica próxima da várzea do córrego Reimberg Cocaia, Grajaú. Assim, a proposta do trabalho visa a requalificação das margens do córrego, promovendo a recuperação ambiental, a melhoria da qualidade urbana para a população residente, além de atenuar as tensões sociais oferecendo alternativas de lazer para os moradores da região.

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Resumo

Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

Figura 01: o córrego existente. Fonte: acervo do autor


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução Será que é possível trazer as áreas que circundam os córregos e rios de volta a paisagem urbana? Porque será que elas são áreas de abandono e geralmente estão ocupadas por construções irregulares? Se andarmos desatentos pela região metropolitana de São Paulo, provavelmente não identificaríamos todos os cursos d’água existentes. Isso se dá pelo fato dos cursos d’água estarem ocultos pela malha urbana. Conforme o Código Florestal, todas as áreas próximas a córregos e rios são áreas de A.P.P., ou seja, área de preservação permanente. Porém, elas são vistas como “barreiras”, pois geralmente apresentam-se como áreas de invasões ocupadas por edificações, depósitos de lixo, além de muitas vezes se encontrarem em estado de abandono. Por não possuírem alternativas, a prática de autoconstrução em áreas como essas aumentam, e consequentemente os riscos ao equilíbrio ecológico, deslizamentos de encostas, e poluição dos rios e córregos também. Dessa forma, o curso hídrico se encontra desconectado com a sociedade. Buscando achar uma resposta para os problemas citados, este projeto tem como objetivo a requalificação de áreas frágeis, tal como os rios e córregos, além da recuperação de áreas degradadas, visando uma forma de reinserção urbana dos mesmos, já que estes se encontram num local carente de espaços públicos. E para atingir tal objetivo, pesquisas sobre o surgimento das regiões periféricas, sobre as ocupações em áreas de mananciais, e sobre a importância de se ter parques urbanos nessas regiões foram feitas, assim como estudos de casos de projetos que englobam o tema escolhido, servindo então como auxílio para o desenvolvimento do projeto a seguir.

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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

Figura 02 : corte perfil natural e área de A.P.P.. Fonte: acervo do autor

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Proposição Diretrizes gerais Após todos os levantamentos feitos, foram possíveis ver quais são as necessidades da população local, e se a proposta do projeto é viável ou não. Dessa forma, foram estabelecidos um tripé com as principais demandas que o projeto deverá atender para ser consolidado. Este tripé segue três parâmetros, que são: 1. Funcional: Proporcionar mais aberturas de parque para o bairro, para que assim ele possa ser mais visitado e tenha uma relação melhor com a população do entorno, atendendo pessoas de vários locais, por conta da facilidade de acesso. 2. Simbólico: Introduzir o parque no cotidiano da população local, a fim de quebrar a barreira existente entre a população e o córrego, para que eles criem um sentimento de pertencimento com o parque. 3. Ambiental: Restabelecer a área de A.P.P. como área verde, preservando o curso d’água existente. Para que o projeto consiga atingir esse tripé, são necessários estabelecer diretrizes específicas, entre elas temos: 1. Realocar moradores que se encontram nas margens do córrego; 2. Realocar moradores de alguns trechos do terreno, a fim de criar maiores aberturas para o parque, e ele se tornar mais visível; 3. Criar ZEIS, implantando prédios HMP (habitação de mercado popular) e prédios de HIS (habitação de interesse social) para os moradores que foram realocados; 4. Criar bacias visuais; 5. Criar novas transversalidades; 6. Criar novas atividades; 7. Incorporar a escola no parque. Memorial descritivo O Parque Cocaia tem como partido de projeto o desafio de lidar com a topografia íngreme existente, que possui 38 metros de altura na longitudinal, fazendo com que o terreno não seja acessível.

A escola possuirá duas ligações de entrada diretamente no parque, sendo que uma delas leva o visitante a área de playground, e a outra possui proximidade com as quadras e o galpão cultural. Este último por sua vez, será criado para servir de apoio a escola e para os frequentadores do parque, contendo salas de oficina, danças, biblioteca, além de um café. O projeto se dá também através de três mirantes, para que a paisagem visual seja sempre admirada de todos os pontos.

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A acessibilidade foi um ponto primordial considerado no projeto, principalmente por conta dos desníveis existentes. Para vencê-los foram criados então oito platôs, cujos níveis foram definidos a partir das ruas existentes que circundam o parque na transversal. Além dos platôs, foram criadas rampas com inclinação de até 8%, de acordo com a NBR9050 e escadas que levam o visitante a diversas áreas do parque.

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Além disso, tem como partido a integração da escola EMEF Padre José Pergoraro, e a incorporação do córrego Reimberg Cocaia no parque e na vida das pessoas do entorno.


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Figura 03: proposta geral do parque. Fonte: acervo do autor

Figura 04: planta pav. um- galpão

Figura 05: planta pav. térreo- gal

Fonte: acervo do autor

Fonte: acervo do autor

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Figura 06: corte longitudinal - platôs criados. Fonte: acervo do autor

Figura 07: corte transversal. Fonte: acervo do autor

Referências MACEDO, Silvio Soares. Quadro do Paisagismo no Brasil. São Paulo, Quapá, 1999. MACEDO, Silvio Macedo & SAKATA, Francine Gramacho. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo: Edusp. 3 ª Ed. 2010. ROBBA, Fabio e MACEDO, Silvio Soares. Praças Brasileiras. São Paulo. Edusp. 3ª Edição. 2010

JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. São Paulo WMF, Martins Fontes, 3ª Ed. 2012. KLIASS, Rosa Grena. Os parques urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993 GORSKI, Maria Cecília Barbieri. Rios e cidades- rupturas e reconciliação. São Paulo, Senac, 2010. MORIN, E. O método 1:. a natureza da natureza. Porto Alegre: Sulina, 2008. BARCELLOS, Vicente. Os parques como espaços livres públicos de lazer: O caso de Brasília. São Paulo, 1999. Tese (Doutorado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo

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GEHL, Jan. Cidade para pessoas. 2ª Ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.

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MACEDO, Silvio Soares. Paisagismo Brasileiro Na Virada Do Século 1990-010. São Paulo: Edusp. 1ª Ed. 2012.



Praça Boulevard Linearidade, fluidez e permanência na cidade consolidada Karine A. Falk Braz Orientador: Prof. Dr. Fabio Robba

Nos últimos anos, as cidades têm suportado o trânsito intenso, o calor, a poluição visual e sonora, o abandono e degradação dos imóveis, ocasionado pelo crescimento constante e fortalecido, ficando carente de espaços livres de edificação para respiro da urbe. A conscientização dos hábitos saudáveis e a procura por espaços de lazer ao ar livre cresceram em paralelo ao valor imobiliário, visando recuperar áreas a fim de melhorar a qualidade de vida e proporcionando um ambiente de convivência, o projeto propõe a apropriação da via e reestruturação do trânsito local em áreas de importância comercial, transformando-as em uma praça linear e compartilhada.

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Resumo

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Figura 01: Festival gastronômico da Rua dos Pinheiros. Fonte: Acervo do autor.


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Introdução

O projeto busca por meio de duas discussões, a importância da praça para as cidades e o conceito de pracialidade desenvolvido por Eugenio Queiroga, propor meios de construção de espaços públicos livres de qualidade com a mínima necessidade de apropriação dos lotes particulares. Para isso, inicialmente foram pesquisados e analisados os significados da praça para as sociedades, procurando averiguar e recuperar as funções perdidas para incorporá-las em um projeto único, denominado aqui como Praça Boulevard. Com a visão de que a praça é um importante símbolo para a urbe e um dos espaços mais antigos quando se estuda a história das cidades, será possível compreender seus inúmeros formatos e diferentes papéis para seu entorno, ressaltando a diferença das praças secas, praças jardins e praças resíduos. Os estudos de casos analisados mostram que o urbanismo contemporâneo europeu vem se preocupando desde os anos 60 com o espaço para o pedestre e a sociabilidade dos ambientes perante o crescimento da cidade, enquanto nos Estados Unidos o tema “Espaço público” foi introduzido na década de 80 com inúmeros debates que se concretizaram, por exemplo, pelos Pocket Parks. No Brasil, de forma contrastante e em decorrência de sua conturbada trajetória política e econômica, o urbanismo e o paisagismo foram mantidos esquecidos por muitos anos - suas praças concebidas em moldes europeus de jardins palacianos e construídas a partir do ponto central da cidade tornaram-se, em vez de um oásis para passeio, um espaço de medo e insegurança em meio ao caos imposto pelo ritmo frenético da passagem de pessoas. Por isso, a reestruturação destes locais começa a se fazer necessária. Já a compreensão do termo pracialidade é fundamental para a proposta que o trabalho desenvolve, pois Queiroga define pracialidade como o espaço do encontro público, onde acontecem as ações de convívio

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e manifestações públicas, e cita que o contexto urbano é que potencializa o uso da praça. É nessa conjectura que fica constatado que alguns espaços que chamamos de praças não passam de espaços residuais da cidade. Os aspectos arquitetônicos que levaram ao tradicional apadrinhamento como praça podem até permanecer, mas seja pelo abandono decorrente da falta de investimento público, seja simplesmente pela perda de interesse dos transeuntes em de fato utilizar o local, evidenciase que a pracialidade do ambiente foi perdida. Decorre dessa conceituação a escolha do modelo urbanístico para o projeto, pautado em dois elementos principais: fluxo e permanência. Se a pracialidade está ligada ao uso que se faz do espaço, é mandatório que o novo espaço seja capaz de atrair frequentadores e fazê-los utilizar consistentemente as atividades e empreendimentos que farão parte do espaço. Para isso, a vegetação, os equipamentos e o desenho são elementos-chave para aumento do convívio social dos frequentadores.

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Proposição Hoje, como sabemos, Pinheiros é um bairro que apresenta grande e diversa rede comercial, além de uma vida cultural única. Dentre as inúmeras vias do bairro, a Rua dos Pinheiros é um referencial quando falamos destas características apresentadas pela região. Localizada próxima a três importantes avenidas de ligação da cidade, Av. Brig. Faria Lima, Av. Brasil/Rua Henrique Schaumann e Av. Rebouças, a Rua dos Pinheiros tem um desenho singular em relação à malha ortogonal existente no bairro, pois ela acompanha a hidrografia do córrego verde que passa no local. Além disso, possui algumas características importantes para a implantação de um projeto de desafogo do espaço livre público, como baixo gabarito e prevalência de uso comercial.

Nesse sentido, a escolha da área está ligada ao grande fluxo de pessoas e número de restaurantes existentes. A rua hoje acolhe mais de 60 estabelecimentos entre restaurantes, bares e docerias, sendo considerada o maior polo gastronômico de São Paulo em 2017.

Figura 02: Mapa de restaurantes existentes na Rua dos Pinheiros. Fonte: Acervo do autor. O projeto desenvolve-se sob três pilares que se entrelaçam em um desenho expressivo, com a

Neste caso, para que o desenho funcione, tivemos a necessidade de inverter a ordem rua-calçada, de forma que esta nova ordem proporcionasse um espaço livre de qualidade, seguro e fluido ao pedestre.

Figura 03: Faixa interna de 10m: praça; faixa externa de 5m: vias compartilhadas. Fonte:Acervo do autor.

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de 10m de largura e duas vias compartilhadas de 5m de largura, separadas por uma faixa de árvores.

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linearidade mantida na nova proposta através da praça que é composta por uma faixa central peatonal


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Como podemos perceber, além de manter uma via linear em forma de praça, a inversão das vias tem como objetivo mostrar a importância do pedestre para a cidade e minimizar a primazia do veículo em relação a este, uma vez que em grande parte do tempo o espaço livre público reservado à circulação de pessoas é estreito e sem qualidade para o passeio. A área repleta de restaurantes e comércios se faz fluida com a possibilidade de circulação rápida e, ao mesmo tempo, recebe tratamento de uma nova vegetação para garantir um ambiente agradável para quem busca um local de permanência. A praça recebe no novo plantio árvores, jardins coloridos, hortas verticais e pomares, tendo como objetivo a escolha de uma diversidade de espécies nativas brasileiras, seguindo critérios culturais e de desenho. A arborização intensa traz ao projeto um clima mais ameno e a melhoria da qualidade do ar, além de abrigar uma infinidade de seres vivos, aumentando a biodiversidade. As flores e os frutos também trazem à cidade um ganho ambiental significativo, pois se prestam como atrativo da avifauna urbana.

Figura 04: Nova arborização em fita. Fonte: Acervo do autor. O desenho do piso busca ressaltar a importância do que temos de mais marcante na região, a quantidade de restaurantes. Portanto a ligação entre estes estabelecimentos é o ponto de partida para o projeto. O caminho é guiado por faixas de 1m de largura que direcionam o visitante da Praça Boulevard. Tendo em vista nosso ponto de partida, os restaurantes, buscamos para a palheta de cores do piso uma referência que deles emana, e encontramos na cozinha um objeto de extrema importância, a panela, que

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pode ser confeccionado com diversos elementos como cobre, ferro, barro e pedra.

Figura 05: Desenho de piso, faixas de 1m: ligações restaurantes; piso interno: áreas de permanência; e piso externo: áreas de fluidez. Fonte: Acervo do autor. O projeto Praça Boulevard tem como objetivo apresentar um desenho funcional para novos espaços livres públicos, que revertam o movimento anti-humano, prezando pelo resgate e realce das características do bairro em que for implantado. No caso de Pinheiros, a vida gastronômica deu inspiração aos desenhos e às cores que moldam o trabalho.

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Figura 06: Projeto Praça Boulervard – extensão total de 1.040m Fonte: Acervo do autor.

Figura 07: Trecho 3 - Rua Joaquim Antunes até Rua Francisco Leitão tem 212m de extensão e foi desapropriado o terreno que hoje pertence ao banco Itaú para dar lugar a uma grande entrada e ligação da Rua dos Pinheiros com a Av. Rebouças, este espaço conta no projeto um com pomar, horta vertical e espaço para eventos. Fonte: Acervo do autor.

Referências ALEX, Sun. Projeto da praça. Convívio e exclusão no espaço público. São Paulo: editora SENAC. 2008.

MACEDO, Silvio Soares. Quadro do paisagismo no Brasil. São Paulo: Edusp, 1999. MACEDO, Silvio Soares; ROBBA, Fábio. Praças brasileiras. 2 ed. São Paulo: Edusp, 2003. MACEDO, Silvio Soares; SAKATA, Francine. Parques urbanos no Brasil. São Paulo: Edusp, 2003. MAGNOLI, Miranda M. Espaços livres e urbanização: uma introdução a aspectos da paisagem metropolitana. São Paulo, tese de livre docência, FAUUSP, 1983. MARX, M. Cidade Brasileira. São Paulo: Melhoramentos: Editora da Universidade de São Paulo, 1980. QUEIROGA, Eugenio Fernandes. A megalópole e a praça: o espaço entre a razão de dominação e a ação comunicativa. São Paulo, tese de livre docência, FAUUSP, 2001. SEGAWA, H. Ao amor do público: jardins no Brasil. São Paulo: Studio Nobel: Fapesp, 1996. Fonte de referência: acervo QUAPA, QUAPASEL

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do século XX. São Paulo, tese de mestrado, FAUUSP, 2003.

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FONT, Mauro. A praça em movimento: processos de transformações morfológicas e funcionais no Brasil



Parque Linear de Conservação da Orla de Bertioga Mariana Santerini Orientador: Prof. Dr. Fabio Robba

Figura 01: Vegetação de Restinga e Jundu na orla da praia de Bertioga. Fonte: www.bertioga.sp.gov.br/

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O projeto tem por objetivo conectar todo o percurso de orla e oferecer à comunidade um único e imenso parque linear destinado estritamente ao lazer estar, convívio e contemplação. Isso distribuído ao longo de uma extensão de 17 km ininterruptos, totalmente integrado e com diferentes níveis de urbanização que visam amenizar o impacto sobre o ecossistema da região, em especial às áreas onde encontramos vegetação de jundu e restinga. Outra característica importante do projeto é a priorização das questões de acessibilidade, utilização de formas de energia limpa e de uma equação positiva das demandas decorrentes da expansão imobiliária.

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Resumo


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Introdução É notória a constatação dos impactos que a expansão imobiliária na região causou sobre vários aspectos de vida da população local. Em virtude dos diversos empreendimentos que foram e vêm sendo construídos ao longo da orla, houve uma alteração acentuada na paisagem cidade, isso foi considerado na concepção desse projeto no que diz respeito às alterações de fluxos, insolação, equilíbrio ecológico, conceitos de população local e flutuante, entre outros. Por outro lado a chegada desses empreendimentos proporcionou um significativo aumento da atividade econômica, gerando empregos, renda e atraindo investimentos consideráveis para a cidade, beneficiando a população residente. O comércio local passou a oferecer serviços e produtos antes inexistentes e que obrigavam a população a se deslocar para municípios vizinhos para obtê-los. Leva-se em conta ainda o fato de que os compradores dos imóveis nos empreendimentos em sua grande maioria não são residentes na cidade e em princípio não pretendem sê-lo. Com um projeto dessa proporção com certeza perceberão a melhoria da qualidade de vida a valorização de seus imóveis e a valorização dos seus imóveis podem se dispor a passar mais tempo na cidade e eventualmente se decidirão a residir na cidade. Isso certamente os voltará mais facilmente em relação às questões particulares da cidade. Ao mesmo tempo automaticamente estará impulsionando ainda mais o comércio e a economia local. Um aspecto muito importante e até surpreendente na elaboração deste trabalho foi a descoberta do jundu. O que antes para a autora leiga era uma vegetação comum, ao iniciar as pesquisas para o início do trabalho descobriu ser uma vegetação em grave nível de extinção e já inexistente em grande parte da costa brasileira. E isso é gravíssimo já que tem um papel imprescindível na manutenção do ecossistema litorâneo. Ao se aprofundar nas pesquisas constatou que bertioga é um dos poucos locais em todo o litoral brasileiro onde essa vegetação ainda existe de forma significativa.

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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

Isso constatado, incorporou como diretriz do seu projeto, a priorização da proteção total das áreas de jundu. Para isso estabeleceu graus de urbanização diferenciados para as áreas adjacentes a essa vegetação.

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Figura 02: Proporção de construção civil nas áreas de vegetação de Restinga e Jundu em Bertioga.

Fonte: AFONSO, CINTIA MARIA. A PAISAGEM DA BAIXADA SANTISTA: URBANIZAÇÃO TRANSFORMAÇÃO E CONSERVAÇÃO. SÃO PAULO, EDUSP, 2006.

Projeto Após definida a metodologia de implantar três diferentes níveis de urbanização, determinouse:

-

VILA: Grau de urbanização com o maior nível de intervenção no projeto.

Nesse setor estimulamos o as atividades através da determinação do uso e ocupação do solo, permitindo atividades de cunho comercial.

-

ORLA: Grau de urbanização com nível intermediário de intervenção, onde atividades de lazer foram implantadas afim de transformar a orla da praia em um grande parque linear. O uso e ocupação do solo nessas áreas é predominantemente residencial. implantação de um deck que tem por objetivo principal tornar o trajeto de orla ininterrupto.

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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

JUNDU: Menor nível de intervenção do projeto. Nessas áreas a única proposta é a

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-


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Figura 03: Parte do trajeto com os trechos Vila, Orla e Jundu. Escala 1:12500

Fonte: acervo do autor

Desenho de piso: Para propor um desenho de piso que integrasse os diferentes níveis de urbanização de maneira harmoniosa, foi desenvolvida uma geometria baseada em grafismos indígenas, considerando o passado da nossa origem e assim tornando o conceito de conservação do parque não apenas ambiental, mas também cultural. Equipamentos: Entendendo o déficit em infraestrutura de equipamentos de lazer, e a falta de qualidade naqueles que se mostram existentes hoje ao longo da orla, a proposta é a de um redesenho e reinserção destes elementos ao longo do trajeto do parque, de maneira que ganhem mais qualidade em seus espaços através de um desenho que possibilite

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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

melhores condições de acesso e permanência. Vegetação: Para melhor adaptação no solo e também pensando na recuperação de todas as áreas de Restinga e Jundu que já foram prejudicadas e retiradas é proposto o plantio de espécies características desse tipo de vegetação, como bromélias, palmitos jussara e amendoeiras.

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Figura 04: Trajeto de orla - 17 km. Escala 1:55000

Fonte: acervo do autor

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AFONSO, Cintia Maria. A Paisagem da Baixada Santista: Urbanização Transformação e Conservação. São Paulo, edusp, 2006. CHACEL, F. Paisagismo e Ecogênese. 2 ed: Rio de Janeiro: Fraiha, 2001 SERRA, Josep Ma. Elementos Urbanos. Barcelona, Gustavo Gili, 1996 ABBUD, Benedito. Criando Paisagens: Guia de trabalho em arquitetura paisagística. São Paulo, Editora Senac, 2010.

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Referências



Parque Rosana Revitalização urbana as margens do córrego engenho Mariele Macedo Simas Orientador: Prof. Dr. Fabio Robba

Figura 01: implantação 3d – Parque Rosana

Resumo O objeto de estudo deste trabalho é uma área junto ao Córrego do engenho, na cidade de São Paulo - SP, ocupada irregularmente com moradias de caráter precário, em locais de risco e

e ambientais. O resultado a ser obtido com as desapropriações é um parque ecológico, a requalificação dos espaços, espaços de convívio, a criação de ciclovias, caminhos para pedestres, conjuntos habitacionais e vias com corredor de ônibus. Introdução

Parque urbano pode ser definidos dentro de diversas tipologias e segmentos. Dentre eles o parque, que foi pensado a princípio, para se parque de uso recreativo, para servir de caminho para escola, trabalho, criando conexões entre os bairro e espaços. A principal função deste trabalho é conservar amostras dos ecossistemas e

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do novo plano diretor para propor valorização econômica e possíveis intervenções urbanísticas

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sujeitos a inundação. Após a caracterização da área objeto de estudo, utilizando as diretrizes


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recuperar a área já degradas, o bairro que tem sua população habitacional predominante de baixa renda, na maioria dos casos, sofre com a falta de espaços públicos. Existem os casos onde estes bairros até dispõem de parque e praças, porém não possuem vegetação e infraestrutura, não permitindo assim, um efetivo uso para apreciação do espaço. A falta destes espaços verdes dentro da malha urbana, tem consequências graves na sociedade, como o aumento da violência nas regiões, comprometendo as condições humanas e desvalorizam a paisagem. É importante ressaltar que os parques urbanos são espaços que permitem e proporcionam a população: Lazer, educação ambiental, conforto, distração, interação do homem com o meio. As áreas verdes adquirem um papel de equilíbrio entre o espaço modificado para o assentamento urbano e o meio ambiente, trazendo benefícios ao redor. Assim, este, tem como objetivo a Implantação de um parque ao longo do córrego do engenho, no jardim Rosana, Zona sul da cidade de São Paulo. Este trabalho se faz relevante quando, propõem um projeto de requalificação das áreas residuais, através da criação um parque, traçando novas conexões, retirando a população das margens do córrego, criando um sistema de áreas verdes a partir de áreas degradadas um espaço de qualidade para a área e atenda a uma escala territorial proporcionando ao usuário uma melhoria direta a qualidade de vida. Possibilitando ganho ambiental, social e cultura, que gera benefícios diretos para os moradores do entorno, tornando-se um referencial. O método para o desenvolvimento deste trabalho se dá a partir da coleta e análise de bibliografias que abordaram o tema e o objeto de estudo, em conjunto é realizada a coleta de dados junto ao IBGE e a prefeitura. Quanto ao desenvolvimento da proposta é feito visita “in loco” e levantamento de dados. Temos como objetivo específicos: - Reaproximar a comunidade do rio por meio de estratégias educacionais e recreacionais;

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- Requalificar o rio com enfoque na valorização paisagística e urbanística; - Remover as pessoas de áreas de cheias e ocupação inapropriada e realocá-las.

Figura 02: levantamento fotográfico Área de implantação. Fonte: acervo do autor

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Proposição A área escolhido fica no bairro Jardim Rosana é um bairro localizado no distrito do Capão Redondo, na cidade de São Paulo. E um bairro constituído por maioria ''Nordestinos'', é um bairro bem Populoso, possui seu Próprio comercio, apesar de estar na periferia das periferias é um bairro bem desenvolvido, seus vários comércios estão localizados na principal via do bairro ''Avenida Carlos Lacerda'', aonde também está localizado umas das principais Empresa de Ônibus atuante na Zona Sul e Oeste da Cidade de São Paulo a Viação Campo Belo. O distrito é conhecido pela presença de uma grande divisão social, onde vivem pessoas de baixa renda em favelas, residências de baixo padrão e conjuntos habitacionais populares, ao lado de condomínios horizontais e verticais de classe média e média alta. Além disso, o bairro possui grandes áreas de comércio popular e uma atividade industrial em processo de declínio, com alguns galpões e fábricas ainda em atividade. Apesar dos investimentos em piscinões e canalização de córregos, a região ainda sofre em alguns pontos isolados com as enchentes e alagamentos no Córrego Pirajuçara, principalmente em casos de chuva muito forte. As chuvas muito fortes, particularmente no verão, também provocam o deslizamento de terra em áreas onde famílias vivem precariamente, quase sempre áreas invadidas e de risco já conhecido. Diretrizes projetuais A partir de análises e pesquisas realizadas a proposta busca trazer vitalidade para uma área com grande potencial. Os espaços vivos se sustentam com naturalidade a medida que os usos e usuários se misturam. Buscamos restabelecer através do projeto a reinserção do Rio Engenho, um importante elemento ambiental e paisagístico da área, a natural que incentiva a relação entre homem e natureza, com ele nasce o parque com diversos usos. A proposta foi divindade em 2 setores: Urbano e ecológico e 4 grupos: usos, ativadas,

Figura 03: diagrama de proposta. Fonte:

acessos e público. A construção do programa

acervo do autor

nasce a partir das necessidades encontradas no bairro.

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fim de trazer memórias e valorizar esse bem


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O partido surgiu a partir do curso do rio, começando pelo traçando de caminhos transversais e longitudinais, com ele o redesenho das calçadas proporcionando a maior fluidez de pedestres.

Figura 04: diagrama de processo. Fonte: acervo do autor Propostas

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Após identificar os problemas e potencialidade do local, pode-se definir alguns pontos com maior relevância para proposta de requalificação da área. Pretende-se através de equipamentos, e qualificação na área, atender as necessidades dos moradores.

Figura 05: O Parque proposto é um equipamento de uso municipal, cujo o objetivo é proporcionar a população o acesso ao lazer e entretenimento, em um local que abrigue a pluralidade de gêneros, classes sociais e idade. Localizado no bairro do jardim Rosana e tem uma área de 500 mil M2.

Algumas condicionantes importantes para a proposta, como: corredor urbano de ônibus,

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habitação

social,

alargamento

de

fachada

ativa,

calçada,

esses

previsto na Lei Nº 16.050. O parque é dividido em quadro diretrizes e em dois setores urbano, voltado para atividade esportiva e comercial, e o ecológico, área de maior proximidade com as aguas, voltado para a preservação

ambiental

com

Figura 05: aproximação da área, arquibancada beira agua.

atividades socioambientais Os espaços públicos são de grande influência em uma cidade, são essas áreas que formam os vínculos entre as comunidades, criando relações e identidade do local. O impacto dos espaços livres de uso público, da qualidade de vida a população e influenciam nas relações entre pessoas e meio em que habitam. O planejamento urbano tem muita importância, uma vez que é responsável por pensar a cidade de forma inclusiva e universal. As propostas para essa revitalização foram pensadas para criar, a sensação de pertencimento a cidade e estimular a população a ter práticas ambientais, além de retirar as pessoas que estão em situação de risco. O parque permite a maior interação e relacionamento entre pessoas

MAGNOLIA, Miranda. Espaço Livre - objeto de trabalho. Fundamentos, São Paulo, n.21, 2006 p.175-214 GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 2013 MACEDO, Silvio Soares. Quadro do paisagismo no Brasil. São Paulo, Quapá, 1999 MACEDO, Silvio Soares e ROBBA, Fabio. Praças brasileiras. São Paulo: Edusp 3º ed. 2010 JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes,2013 KLIASS, Rosa Grena. Os Parques Urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini,1993 GORSKI, Maria Cecília Barbieri. Rios e Cidades: ruptura e reconciliação. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.

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Referências

Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

Figura 06: Corte transversal – parque e gabaritos proposto



Parque do Gelo Recuperação e requalificação do curso d'água Patrícia Vila Nova Satyro Brandão Orientador: Prof. Dr. Fábio Robba

Figura 01 : Render Parque do Gelo. Fonte: acervo do autor

Resumo O projeto Parque do Gelo é o desenvolvimento de um parque linear ecológico na área de várzea do córrego do gelo a fim de preservar o perímetro e recuperar o curso d’água e sua várzea. A região é protagonista de desastres causados pela degradação ambiental como enchentes e desmoronamentos. Promover a ampliação dos espaços urbanos de lazer, conter

córrego mas que estão degradadas ou subutilizadas foram as soluções adotadas nesse projeto. Introdução Figura 01 : Jardim Celeste e perímetro definido de intervenção. Fonte: Google Earth, 2018. A recuperação da várzea do córrego do gelo se tornou de fato relevante para mim há muitos anos, uma vez que sou moradora da região. Os desastres ocasionados pela degradação ambiental e ocupação das várzeas e encostas

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instaurar uma conexão entre os espaços livres de edificação públicos já existentes vizinhos ao

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as encostas e realocar as pessoas que hoje residem na região em situação insalubre além de


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próximas ao leito do córrego protagonizaram diversos capítulos da minha vida e estudar arquitetura e urbanismo me possibilitou indagar ainda mais e propor uma possível solução ao problema. Atualmente, o córrego, que tem cerca de 1,5 quilômetro de extensão, sofre diversas ações prejudiciais como a ocupação da várzea e do leito do mesmo pela favela do Gelo com cerca de 89 famílias que vivem em residências palafitadas ou nas encostas -uma vez que o Gelo é um córrego de cabeceira e percorre cerca de 45 metros de desnível de sua nascente até a foz. Figura 02 : Favela do Gelo e o leito do córrego. Fonte: Maria Bonafé, Secretaria de Planejamento Urbano Subprefeitura do Butantã, 2016. Essas encostas, que por muitas vezes têm desníveis de 15 a 25 metros, são desmatadas e ocupadas por residências de madeira e até mesmo alvenaria sem nenhum preparo específico ou respaldo técnico. Por isso, episódios como desmoronamento resultados em mortes e inundações gravíssimas em épocas chuvosas são comuns. Para agravar a problemática, o Córrego do Gelo é afluente do córrego Pirajussara -protagonista das maiores enchentes da região e o causador dos maiores desastres ambientais do Butantã e do município de Taboão da Serrae por causa de obras de infraestrutura cinza mal realizadas, em momentos de cheia, o córrego que já não suporta a própria vazão, ainda recebe água do córrego Pirajussara.

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Figura 03 : Episódio de desmoronamento de uma residência na encosta no verão de 2016. Fonte: Maria Bonafé, Secretaria de Planejamento Urbano Subprefeitura do Butantã, 2016. Além do motivo ambiental, o motivo social foi relevante na proposição do projeto. O bairro é lindeiro à região da Vila Sônia, que hoje passa por uma operação urbana e gentrificação porém pouco absorve de seus benefícios. A área que se localiza em um terreno bastante acidentado, enfrenta a realidade de um bairro periférico com poucas opções de espaços livres de edificações pública voltadas ao lazer, pouca opção de meios de transporte coletivo e caminhos adequados para o deslocamento acessível da população até a área mais baixa, onde se encontra a avenida principal, com a maioria dos ônibus que levam ao centro da cidade. Assim, também se tornam objetivos do projeto a criação de identidade e significado para o espaço livre de edificação público a fim incorporá-lo ao cotidiano do bairro através de seus diferentes usos e novas transversalidades propostas além de um percurso acessível que vencesse o desnível do bairro até a avenida Eliseu de Almeida. Para as problemáticas ambientais, foi estudado a utilização do conceito de wetlands e infraestrutura verde a fim de promover a redução de velocidade de escoamento das águas fluviais para evitar inundações e suas consequências. O livro de Robert L. France “Wetland Design - Principles and practices for landscape architecture” foi a principal fonte de informação para propor bacias úmidas com um design adequado e justificado. O estudo teórico de referências nacionais e internacionais somado à leitura de livros, periódicos e pesquisas que envolvam o tema são as principais ferramentas para a proposição. Autores como Silvio Macedo, Rosa Kliass e Maria Cecília Gorsky Barbieri e estudos de caso como Parque das Corujas,

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Parque Rio +20 de Madureira e Parque Gabriel Chucre são evidenciados neste trabalho como peças importantíssimas para o processo de construção desse projeto. Simultaneamente, foi realizado o diagnóstico detalhado e consistente da área de estudo para definição de conflitos e potencialidades a fim de traçar demandas a serem atendidas no projeto. Proposição Diagnose

parque.

De início, para definir as premissas reais do projeto foi desenvolvido um “tripé de atributos”. Nele, defino as três justificativas essenciais para um projeto de qualidade. São elas: Atributo funcional, simbólico e ambiental. Após a definição do tripé de atributos, o próximo passo foi estudar as características de toda a extensão do córrego. Graças à esse estudo, foi possível a divisão do córrego em quatro trechos em relação às suas características físicas e necessidades. Para cada trecho definido foi estabelecido características próprias. Dessa forma, ficou claro definir as premissas de projeto para cada parte do

Figura 05 : Mapa de desapropriação e realocação. Fonte: acervo do autor. Projeto O terreno escolhido é a várzea do córrego do gelo. Seus limites são definidos pela Avenida Intercontinental, Rua Natal Pigassi, Rua Margarida Izar, Avenida Ezequiel Campos Dias, Rua Sargento Estanislau Custódio e Rua João Pedro da Silva. A população ali instalada seria realocada à uma distância peatonal de 300 metros de onde hoje vivem. A intenção é impactar o menos possível a

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Em relação à população residente da favela do Gelo, foi proposto a realocação dessa população em terrenos públicos dirigidos à ZEIS e que atualmente estão ociosos em uma distância peatonal da área hoje ocupada.

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Figura 04 : Mapa de Diagnose dos trechos. Fonte: acervo do autor


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vida cotidiana desses moradores. Dessa forma, no processo de diagnose já foram elencados terrenos adequados e comprovado a sua viabilidade em uso para a construção das Habitações de Interesse Social. Foi proposta uma passarela que percorre longitudinalmente o parque permitindo o acesso em diversos pontos do parque facilitando o trajeto do morador até a Avenida. A passarela é palafitada para evitar o excessivo contato com o solo e é construída por madeira plástica. Ela é o elemento integrador de todo o parque. Para torná-la acessível, foi calculado nos trechos de maior acidente de relevo, um corpo de escada e rampas, o que permite que a mesma ainda seja acessível. Idealizada ao pensar em retas que se interseccionam, a passarela tem pequeno mirantes que adentram às áreas de reserva natural, formando áreas de contemplação. A construção dessa passarela faz parte do partido de desenho, onde as intervenções de projeto de infraestrutura tem por característica a racionalidade, linearidade e geometria enquanto nas intervenções propostas para natureza como os desenhos das wetlands e plantio, seguem a linha mais orgânica de desenho. Somada à passarela, o desenho de piso também é o responsável pela unidade do parque uma vez que a paginação em forma de leque se estende por todo o projeto com uma gama de cores previamente decididas para remeter o caráter industrial que o bairro já tivera. Através do piso intertravado em três tons diferentes (Camurça, cinza e terracota), o desenho é dividido funcionalmente entre área de estar e circulação. No trecho 1, onde nasce o córrego, a ideia era trazer lazer passivo e uma área de recreação das crianças do bairro além de proteger a nascente Dentro das decisões realistas, a ideia foi proteger as margens com área verde arbustiva e algumas árvores. Duas passarelas de madeira vencem o rio lado a lado, não impedindo a transversalidade do parque. A maior bacia de área úmida do parque fica nessa região. A ideia de construir a maior bacia logo na nascente do rio é exatamente já promover o tratamento através de fitorremediação mais agressiva próximo à nascente e garantir que as demais bacias córrego abaixo, que estão em espaços mais sufocados e por isso são menores, fiquem com etapas mais sensíveis do tratamento e que exijam menos espaço.

Figur a 06: Corte transv ersal do trecho 1.

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Figura 07: Corte transversal do trecho 2. Fonte: acervo do autor. No trecho 2, o mais íngrime e crítico do projeto, foi proposto um reflorestamento e escalonamento da encosta e garantir rugosidade ao solo, para conter essa água de chuva e prevenir futuros desmoronamentos e deslizes de encosta. No topo da encosta, onde a Rua Bernardo Buontalenti margeia e o escadão foi recentemente construído pela subprefeitura do Butantã, foi proposto uma pequena praça com um mirante coberto. No platô mais alto do parque -trecho 3- localiza-se a área de lazer ativo, com quadras e equipamentos de ginástica e o mirante interligado à passarela através de escadas e uma rampa monumental que passeia entre os terraços de arroz. Nessa área do parque, foi abordado um projeto de praça seca com vegetação em linha e funcionais. Os dois mirantes do projeto (trecho 2 e 3) tem a mesma linguagem. A intenção de usar gabiões, além de estética é estimular a drenagem nas encostas, assim como os pisos semipermeáveis e o máximo de áreas verdes permeáveis, somando assim, ao ideal ambiental do projeto.

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Figura 08: Corte transversal do trecho 3. Figura 09: Corte transversal do trecho 4. Fonte: acervo do autor.

do parque.

No trecho mais impermeável e sufocado do leito do rio, o trecho 4, foi proposto a aglomeração de um terreno público (atualmente baldio) lindeiro ao parque para a construção de um pequeno balneário próximo ao córrego com playground e gramado. Aqui é onde a passarela termina e segue pela Avenida Ezequiel Campos Dias, que se torna compartilhada até a Avenida Pirajussara para prolongamento Figura 10 : Implantação Parque do Gelo. Fonte: acervo do autor

Referências KLIASS, R, Parques Urbanos de São Paulo. Pinni, 1993 JACOBS, J, Morte e vida nas grandes cidades. Martins Fontes, 2012.

MACEDO, S, Paisagismo na virada do século. Edusp, 2012. MACEDO, S, Quadro do paisagismo no Brasil. Edusp, 1999. MAGNOLI, M, Paisagem e ambiente, ed. 21, 2006. GORSKI, Maria Cecilia Barbieri, Rios e cidades: Ruptura e reconciliação. Editora SENAC, 2008. SANCHEZ, P, De áreas degradadas à espaços vegetados. Editora SENAC, 2014. FRANCE, R, Wetland Design - Principles and practices for landscape architects and land-use planners. 2003 FERRAZ, Caio S, Entre Rios. 2009, São Paulo. https://vimeo.com/14770270. Acessado em: 18/11/2017 às 20:45

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ROBBA, F, Praças Brasileira. Edusp, 2003. MACEDO, S, Parques Urbanos no Brasil. Edusp, 2002.

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GEHL, J, Cidade para pessoas. Perspectiva, 2014.



Requalificação do Sistema de Espaços Livres Públicos do Parque Grajaú Thais Vanessa Ximenes Mendes Vieira

Resumo Este trabalho busca requalificar o sistema de espaços livres do Parque Grajaú – distrito localizado na Subprefeitura da Capela do Socorro, Zona Sul de São Paulo. A proposta nasce através da percepção de que o sistema de espaços livres públicos da região é inadequado para atender as necessidades de lazer da população, que acaba buscando opções de lazer deslocando-se para locais distantes da região onde vivem. Além disso, o trabalho tem como 1 103

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Figura 01: Mapa do Sistema de Espaços Livres Públicos do Parque Grajaú. Fonte: acervo da autora

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Orientador: Prof. Dr. Fábio Robba


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objetivo a reorganização do bairro através de premissas e de leis como a de Zoneamento e de Áreas de Preservação Permanente (APP), para a preservação de áreas margeadas por córregos e pela Represa Billings que estão atualmente ocupadas por moradias.

Introdução Os espaços livres são palco de diferentes expressões da vida cotidiana e estão presentes desde a Antiguidade, para compor a organização das cidades. Segundo Macedo (1999, p.5) o principal espaço livre é a rua, elemento fundamental de conexão na cidade, por onde ocorre grande parte da vida cotidiana da sociedade urbana. Além das ruas, outros elementos que constituem o sistema de espaços livres são: parques, praças, calçadões, mirantes, lagoas, praias, florestas urbanas, etc. Na área urbana, a necessidade de se criar espaços para lazer surge no final do século XVIII e, desde então, os parques urbanos evoluem, acompanhando as mudanças urbanísticas. Os parques lineares surgiram no século XIX, como alternativa de projeto para frear a degradação de áreas urbanas que possuem cursos d’água e em áreas marginais. Em São Paulo, a maioria dos parques urbanos foi implantada pelo poder público, mas alguns contaram com a participação da iniciativa privada. Alguns vazios urbanos sem ocupação, compra de glebas particulares ou em outros casos, áreas designadas em loteamentos também fazem parte da construção dos parques urbanos na cidade (Kliass, 2010). Como bairro periférico, o Parque Grajaú sofre com a má distribuição de parques, já que a maioria existente é proveniente de vazios urbanos. O parque tem como principal função atender as necessidades de lazer e recreação da população, bem como possibilitar a convivência e a interação. Como este trabalho ocorre em um município da cidade de São Paulo onde o movimento pendular é parte da rotina de muitos dos habitantes da região, acredita-se que esta rotina pode ser amenizada com as atividades que ocorrem nos parques, como caminhadas, interações com moradores, passeios, áreas de contemplação e descanso entre outras.

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Ao ter estudado sobre a região do Grajaú em disciplinas anteriores, me dei conta de que a região não possuía espaços livres que estimulassem a permanência de pessoas, fato que as leva a buscar lazer e recreação em regiões mais distantes. Por esse motivo, foi escolhido para pesquisa o trecho que abriga o bairro Parque Grajaú e algumas regiões adjacentes. A requalificação do sistema de espaços livres do Parque Grajaú foi feita através da implantação de um parque linear na área que a legislação considera como ZEIS – e que, por isso existem moradores a ocupando – mas que é na verdade um trecho de área de preservação permanente, pois conta com a passagem de córregos oriundos da Represa Billings. Além disso, foram propostas melhorias para o sistema de espaços livres para a circulação de pedestres e veículos, para a área de ZEPAM – que contém muitos moradores – e também para o sistema de espaços livres para lazer existentes.

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Figura 02: Mapa de Legislação do Parque Grajaú. Fonte: acervo da autora

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Na figura 03, pode-se visualizar o Mapa de Áreas de Desapropriações e Realocações, que apresenta tanto os locais que, atualmente são ocupados por moradias, e que foram adequados de acordo com a lei 12.651 neste projeto, quanto as remoções em função da proximidade com áreas ambientalmente frágeis, devido à proximidade com a Represa Billings e com a área, classificada de acordo com a lei 16.402/16, como Zona Especial de Proteção Ambiental (ZEPAM).

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Proposição


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Figura 03: Mapa de Desapropriações e Realocações do Parque Grajaú. Fonte: acervo da autora

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Com base nisso, a região do Parque Grajaú foi reorganizada em premissas para 4 subsistemas de espaços livres públicos: subsistema de espaços livres públicos de conservação – áreas de preservação permanente (APP), subsistema de espaços livres públicos de conservação – ZEPAM, subsistema de espaços livres públicos de lazer existentes e subsistema de espaços livres públicos de circulação de pedestres.

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Figura 04: Mapa de Áreas de Intervenção do Parque Grajaú. Fonte: acervo da autora

Referências GEHL, Jan. Cidade para pessoas. Perspectiva, 2014 JACOBS, Jane. Morte e vida nas grandes cidades. Martins Fontes, 2012. KLIASS, Rosa. Parques Urbanos de São Paulo. Pinni, 1993

MACEDO, Silvio. Parques Urbanos no Brasil. Edusp, 2002. MACEDO, Silvio. Quadro do paisagismo no Brasil. Edusp, 1999. MAGNOLI, Miranda. Paisagem e ambiente, ed. 21, 2006 ROBBA, Fábio. Praças Brasileiras. Edusp, 2003.

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MACEDO, Silvio. Paisagismo na virada do século. Edusp, 2012.



Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia

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Metropolis Adaptado Bernardo Zamengo Montich

Resumo Sendo conhecido como primeiro longa de ficção científica e obra prima do cineasta expressionista Fritz Lang, Metropolis foi um filme que marcou não só sua época mas as gerações seguintes no ramo cinematográfico, através de sua estética e cenários únicos e um enredo repleto de significados que são relevantes até os dias de hoje. Este trabalho tem como propósito propor uma nova visão do longa em sua totalidade, para que o mesmo possa ressurgir por meio de uma performance teatral, atribuindo uma nova leitura e características estéticas contemporâneas em sua cenografia.

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Figura 01: Croqui inicial da proposição da adaptação de Metropolis

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Orientador: Prof. Dr. Gabriel Pedrosa


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Introdução “Metropolis adaptado” consiste em um projeto cenográfico de adaptação do filme expressionista alemão “Metropolis” (1927), dirigido pelo cineasta Fritz Lang, para o campo teatral. O local escolhido para a montagem foi o Teatro Santander, localizado na cidade de São Paulo. O principal objetivo deste projeto é trazer através dos recursos cênicos uma nova leitura e estética para o longa de Lang, não havendo a pretensão de ser fiel aos cenários criados para o filme de 1927. Para atingir este objetivo de se trazer uma visão mais contemporânea de futuro do que a apresentada em Metropolis, tornou-se necessário analisar referências que já haviam dado suas perspectivas para um mundo futurista, desde outros filmes mais recentes a jogos eletrônicos, HQ’s e artes visuais.

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Após estudos feitos com relação à estética e à narrativa de Metropolis, e filtrados os aspectos mais relevantes apresentados em várias dessas mídias citadas, tornou-se possível visualizar onde se queria chegar com a releitura do longa para os palcos. Porém, paralelamente a esta pesquisa, foi necessário também fazer um levantamento histórico a respeito das origens de Metropolis e do momento histórico que influenciou Lang a produzir o clássico filme de ficção científica como o conhecemos hoje.

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Proposição Com a definição de se fazer uma releitura com caráter mais contemporâneo com relação a estética apresentada por Metropolis a partir do material referencial (o filme original de 1927 e as mídias mais atuais) foi preciso criar diretrizes de definição. Tais diretrizes, por sua vez estabelecem uma linha de pensamento própria, que consequentemente geram uma interpretação da obra, e não uma reprodução. Com isso estas mesmas diretrizes ganham papel determinante para o partido do projeto de adaptação e entre elas estão o conceito de dualidade e de cenário único. A ideia de cenário único nasce a partir do fato de que no enredo de Metropolis nos é apresentado dois grupos sociais distintos que coexistem num único ambiente, a grande metrópole futurista, que, por sua vez, como todo ambiente urbano, abriga diferentes acontecimentos e situações ou seja, o partido se baseia em não haver troca de cenários, já que as cenas acontecerão em uma única estrutura de andaimes, que por sua vez ocupa todo ambiente cênico, que metaforicamente poderia ser vista como a grande cidade em sua totalidade.

Com base nesta análise, a intenção foi criar uma releitura a partir deste fator e reforçá-lo dentro da unidade, fazendo com que o público consiga diferenciar os espaços e o grupo ao qual cada um pertence dentro da grande estrutura. Para isso modificações na própria estrutura foram feitas, como a tentativa de criar alívios e uma sensação de verticalidade visual para um lado da unidade, para o outro, se buscou algo claustrofóbico e visualmente desconfortável, adicionando elementos estruturais para o outro lado da estrutura (representada na figura 02). Com isso, para que a ideia de dualidade se torna ainda mais visível elementos cênicos adicionais foram recorridos, o que consequentemente gerou outra diretriz complementar ao partido, a utilização de recursos de iluminação, o que levou a adotar três maneiras de se lidar com este recurso: Iluminação acoplada à estrutura de andaimes, projeções nos painéis de fundo e simulação holográfica.

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O conceito de dualidade que também surge a partir de outra interpretação que o filme apresenta, onde se marca muito bem a divisão que existe entre os dois grupos sociais presentes na narrativa, principalmente na diferenciação de cenários, vestimentas e comportamento dos personagens.

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Figura 02: Primeiro modelo de estudos da estrutura de andaimes. Fonte: autoral


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Figura 03 : Modelo de testes de iluminação (teste de projeção nos painéis de fundo). Fonte: autoral

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Figura 04 : Modelo de testes de iluminação (teste de projeção simulação holográfica e iluminação acoplada a estrutura). Fonte: autoral A luz passa a ser um recurso auxiliar tanto na concretização da atmosfera futurista quanto na construção da narrativa. Já que, através da iluminação e de outros métodos de interação com a luz, torna-se possível transformar um cenário estático em algo de características mais dinâmicas. O resultado final foi uma grande estrutura multifacetada que acredita-se ter conseguido traduzir uma das maiores obras do cineasta Fritz Lang para os dias atuais, em um espetáculo teatral. Sendo uma combinação de características e elementos do clássico filme da década de 20 com referências mais recentes, o elemento cênico criado tem como um dos seus principais objetivos levar consigo as críticas e reflexões que Metropolis carrega, podendo assim atingir não só um público mais familiarizado com o longa ou com o próprio gênero, mas também um público que até então desconhecia uma das maiores obras do cinema alemão, que pode ser entendido também como referência entre os filmes de ficção científica.

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Figura 05 : Visão geral da estrutura cênica (Modelo digital). Fonte: autoral Referências ARGAN, Giulio Carlo; BOTTMANN, Denise (Tradutor); CAROTTI, Federico (Tradutor). Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. 2. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. BEHR, Shulamith. Expressionismo. 2. ed. São Paulo: Cosac Naify, 2001.

<culturabancodobrasil.com.br/portal/wp-content/uploads/2014/08/fritzlang_catalogo_site.pdf> acessado em: 15/08/2017 <www.cinemateca.pt/CinematecaSite/media/Documentos/lang_2013.pdf> acessado em:15/08/2017 <www.gazetadopovo.com.br/manualdousuario/metropolis-fritz-lang/> acessado em:15/08/2017 <cinemadahistoria.blogspot.com.br/2012/11/quando-o-seu-maior-fa-e-adolf-hitler.html> acessado em:25/08/2017 <www.youtube.com/watch?v=GF1pozFDiY0> acessado em:25/08/2017 <www.blog.365filmes.com.br/2017/08/o-legado-do-expressionismo-alemao-setima-arte.html> acessado em:10/09/17 <imagemovimento.files.wordpress.com/2009/05/expressionismo-alemao-metropolis.pdf> acessado em:11/09/2017 <www.maxwell.vrac.puc-rio.br/15486/15486_1.PDF> acessado em:20/09/2017 <petersonpcoelho2013.wordpress.com/> acessado em:13/10/2017

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MANZANO, Luiz Adelmo Fernandes . Som-imagem no cinema: a experiência alemã de Fritz Lang. São Paulo: Perspectiva, 2014.



Luz na Arquitetura Ensaios fotográficos Carolina Picchi Senatore

Resumo Este trabalho vai tratar da questão da fotografia e arquitetura, a partir de uma reflexão sobre a relação entre estas duas formas de manifestação artística, com um olhar voltado para os detalhes, para a relação do corpo humano com a obra, para o tratamento poético da luz e de sua ausência, e para a relação entre o espaço interno e o externo, com reflexos trazendo a natureza para dentro da construção e vice-versa. Isso foi possível por meio de ensaios fotográficos autorais, que mesclam diversos aspectos da linguagem fotográfica com os temas levantados acima, gerando comparações e novos diálogos entre as obras de diversos arquitetos.

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Imagem 01. Fonte: Autoria própria

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Orientador: Prof. Dr. Gabriel Pedrosa


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Introdução Neste trabalho tratarei de questões que não estão tão óbvias na arquitetura. A intenção não é documentar os edifícios e seus ambientes, e sim representar a arquitetura de uma forma diferente, com um olhar mais apurado, mais voltado às questões formais, tanto da arquitetura quanto da fotografia, seguindo os seguintes temas: Luz e sombra, Reflexos, Transparências, Corpo e Espaço e Ritmos. Todos eles são temas encontrados em edifícios, porém, nem sempre observados com muita clareza pelas pessoas que por eles passam ou habitam. Como a fotografia é uma forma de registro muito dinâmica, que proporciona várias edições, vários tratamentos de imagens, e possibilita diversas interpretações, este foi o meio escolhido para representar a arquitetura e suas relações com o corpo humano. Para chegar no produto final, um livro fotográfico, foram feitos vários estudos de caso, sobre fotografia e seus aspectos de linguagem, que são: Plano Fotográfico, Foco, Movimento, Ângulo, Cor, Textura, Iluminação, Perspectiva, Equilíbrio e Composição, Forma e Aberrações. Plano fotográfico:

Imagens 02.03.04.05.06. Fotos de Tuca Vieira, mostrando desde o plano geral, com a primeira foto, até

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o plano detalhe,na última.Fonte: Acervo de Tuca Vieira. Como referência para desenvolver os ensaios fotográficos, utilizei alguns fotográfos para me guiar, que são: Julius Schulman, Henri Cartier-Bresson, Thomaz Farkas, Vivian Maier, Marcel Gautherot, Tuca Vieira, Cristiano Mascaro, Fernando Guerra entre outros, brasileiros e estrangeiros.

Imagens 07.08.09. Fotos de Thomaz Farkas, Cristiano Mascaro e Henri Cartier-Bresson, respecitavamente. A primeira mostrando luz e sombra, a segunda, o ritmo das escadas e a terceira, a relação do corpo com o espaço. Fonte: acervos dos autores.

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Imagens 10.11.12. Fotos de Vivian Maier mostrando um pouco de reflexos transparências. Fonte: acervo de Vivian Maier.

Proposição O projeto do TCC resultou num livro, com 102 fotos, sobre a cidade de São Paulo. Os lugares escolhidos foram: Sesc Pompeia, Sesc Santo Amaro, Sesc 24 de maio, MASP (Museu de Arte de São Paulo), MUBE (Museu de Escultura Brasileira), CCSP (Centro Cultural São Paulo), Casa Modernista, Instituto Moreira Salles (IMS), Casa Giz (casa de Vilanova Artigas), Parque Ibirapuera (Oca, Auditório e Marquise), Pinacoteca, Estação da Luz, Teatro Oficina, FAU-USP, Centro Universitário Senac, Copan, Parque Villa Lobos, Galeria Luciana Brito e Japan House. Para a realização das fotografias foi utilizada uma máquina Nikon D3200, levando em consideração os temas estudados e seguindo como referência os fotógrafos citados acima. Foram feitas cerca de 1000 fotos ao total, porém, elas acabaram passando por uma seleção inicial, para retirar as fotos que não haviam ficado boas, ou que não valia a pena tratar. Este processo resultou em um pouco mais de 250 fotos. Depois disso tudo, comecei a editar as fotos e a reselecioná-las, resultando em cerca de 150

resultado em menos fotos do que o restante dos grupos, foi decidido diluir este tema nos demais, não descartando as imagens feitas por serem muito boas e importantes para a coerência do trabalho em si. Apesar de ter sido definido estes temas, a organização final das fotos ficou um pouco diferente do que havia sido pensado inicialmente; para isso, levei em consideração as questões de forma e conteúdo, aproximando as fotos pela semelhança entre elas, sejam elas de luz e sombra, de cor e até mesmo de forma. Outras foram associadas pela maneira como as pessoas fotográfadas estavam se portando e agindo, como por exemplo, andando, paradas, ou subindo e descendo escadas e até mesmo quando elas estão enquadradas por elementos da arquitetura. A partir de vários experimentos e alguns estudos de como poderiam se dispor as fotos no livro, cheguei num resultado final que será apresentado mais a frente. Além disso, quase todas as fotos passaram por edições, a maioria por mudanças pequenas, como por exemplo na coloração, para deixálas preto e branco, ou fazer um corte, que privilegiasse mais uma parte da foto, e até mesmo mudanças

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Transparências e Reflexos. Inicialmente, havia o tema dos Detalhes também, porém, por conta de ter

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fotos, que foram divididas e organizadas nos seguintes temas: Luz e Sombra, Ritmos, Corpo e Espaço,


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mais bruscas de exposição, de saturação, cortes mais acentuados e a eliminação de algum elemento. E é importante ressaltar que há uma liberdade de formatos das fotos pós edição. Por uma questão de custos, não foi possível imprimir exemplares do livro para acompanhar o caderno de apresentação do trabalho. No entanto, uma versão em arquivo eletrônico pode ser acessada nos seguinte links: https://issuu.com/carolpicchi/docs/bookparte1 https://issuu.com/carolpicchi/docs/bookparte2

Imagem 13. Foto de autoria própria, representando o processo de seleção e orgaização das fotos que entraram no livro.

Para a produção do livro final foram utilizados dois softwares, o Photoshop e o InDesign. Para a edição das fotos, o Photoshop foi essencial, e para a diagramação e montagem do livro, capa e índice, utilizei o InDesign. O livro começa com fotos de aberturas encontradas na arquitetura de alguns edifícios, remetendo ao diafragma das lentes das máquinas fotográficas; migrando para espaços e ambientes enquadrados pelos próprios edifícios, até chegar nas fotos mais abstratas, com armações, linhas horizontais, verticais, ritmos de luz e sombra, reflexos, hora ou outra introduzindo o corpo humano nestas

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fotos, deixando-as mais difíceis de compreender. Para finalizar o livro, foram selecionadas as fotos que apresentavam formas circulares, como por exemplo a janela da Oca do Ibirapuera, os tijolos de vidro da casa modernista, que se assemelham às aberturas das imagens iniciais do livro, voltando para o conceito de diafragma, só que desta vez, fechando, como que finalizando um ciclo.

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Imagens 14.15.16.17. Autoria própria, representando as duas imagens iniciais do livro e as duas últimas, respectivamente.

Imagens 18. 19. Fotos de autoria própria, com a capa do livro impresso e duas páginas mostrando-o aberto.O livro foi feito no estilo brochura, todo impresso em papel couchê, fosco, gramatura de 150g. A

BAVISTER, Steve. Guia de fotografia digital. Tradução de Lúcia Marques. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2011. MASCARO, Cristiano. Luzes da cidade. São Paulo: DBA Dórea Books, 1996. GERNSHEIM, Helmut. A concise history of photography. United States: Copyright, 1986. MIBELBECK, Reinhold. Fotografia do século XX. Austria: Benedikt Taschen Verlag GmbH, 1998. BENJAMIN, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. São Paulo: Zouk, 2012. CARTIER-BRESSON, Henri. Henri Cartier-Bresson: fotógrafo. São Paulo: SESI-SP, 2017. BRICKER, Eric. The modernism of Julius Shulman, 2010. Documentário. BRESSON, Henri Cartier. The decisive moment. Reino Unido: Thames & Hudson- id, 1952. Documentário AMAR, Pierre-Jean. História da fotografia. Portugal: Edições 70, 2011. LUCARINI, Mariana. História da fotografia. Artigo. 2014. JHONSON, Chris e BULLOCK, Barbara. Wynn Bullock, New York: Phaidon, 2001. GRANDE, Chantal. Joan Fontcuberta. Madrid: La Fábrica. 2006.

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Referências

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capa foi feita em papel couchê 300g. Livro no formato 19cm x 19cm.



Props Da percepção corporal à prática de Yoga Maline de Oliveira Ribeiro

O presente trabalho se baseia no estudo e análise de Props, objetos que auxiliam em posturas de yoga, desenvolvidos pelo professor B.K.S. Iyengar. A partir da análise dos existentes e de um aprofundamento na questão da percepção corporal, o objetivo é criar um equipamento corporal seguro que atenda às necessidades de determinadas posturas, despertando a percepção e autoconhecimento do praticante, a fim de que o mesmo evite lesões e obtenha um melhor resultado em seu desenvolvimento durante sua prática.

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Figura 01 : equipamento corporal para a prática de yoga. Fonte: acervo do autora

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Orientador: Prof. Dr. Gabriel Pedrosa


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1. Introdução 1.1 Yoga O Yoga é uma das seis escolas filosóficas da Índia, onde o caminho espiritual, a vida em sociedade, a conduta e moralidade, e a maneira como lidamos com nosso corpo físico e psíquico são baseados em um estilo de vida que nos auxilia a chegar aos nossos objetivos, mantendo um equilíbrio entre corpo, mente e consciência. Essa integralidade e visão não-dual se tornou objeto de meu interesse nos últimos anos, e por isso comecei uma formação em Hatha Yoga, com o objetivo de me aprofundar em tais questões. Dessa forma, a ideia de trazer o universo do Yoga para o trabalho de conclusão de curso em Arquitetura e Urbanismo, surgiu de uma convergência entre o corpo e o objeto, apresentada em uma das aulas da formação, na qual tive contato com os Props idealizados pelo professor B.K.S Iyengar, e hoje utilizados na prática de Iyengar Yoga, enxergando então um ponto de conexão. Outro aspecto importante é o fato de que, no último ano, o SUS incorporou ao seu sistema o Yoga como uma das terapias complementares, trazendo uma maior atenção para os benefícios que a prática pode trazer. 1.2 Props Os Props surgiram na prática do professor B.K.S. Iyengar, que buscava objetos que auxiliassem os praticantes a realizar as posturas, entendendo suas dificuldades e avançando de maneira correta e terapêutica. Para isso, saía pelas ruas de Pune, na Índia, buscando materiais como tijolos, cordas e cadeiras, e assim foi aperfeiçoando sua prática e incorporando objetos que posteriormente passam a ser desenhados por ele e realizados por seus marceneiros. Portanto, os Props têm uma função muito maior do que apenas a correção de alinhamentos, mas também serve como um suporte, que para muitos corpos

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Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia

será sempre necessário, que possibilita o praticante a continuar sua prática de yoga usufruindo de todos os benefícios, respeitando os limites do seu próprio corpo. Yoga, uma vez sob o domínio de poucos, é agora universalmente praticado. Sua popularidade pode ser atribuída por seus efeitos terapêuticos tanto no corpo quanto na mente, possibilitando praticantes

a

aproveitar

um

profundo

sentido

estar. (IYENGAR, 2001, p. 32, tradução nossa)

Figura 02 e 03: Setubandhasana e banco. Fonte: The path to holistic health

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de

bem-


Trabalhos de Conclusão de Curso | 2018_1

2. Proposição Para dar início ao projeto foi estabelecido que a forma mais eficaz de se propor um equipamento corporal seria através da percepção corporal, e, portanto, o desenho do objeto partiria de testes no corpo com objetos variados. Dessa forma, foi escolhida uma postura que seguiam três critérios: sua frequência nas aulas, seu nível de dificuldade e os prejuízos que podem causar no corpo, se realizado de maneira incorreta. Assim, foi escolhida a postura Adho Mukha Svanasana, por ser muito utilizada em aulas, devido à sua versatilidade, pois pode ser utilizada na transição de posturas no plano baixo (deitadas ou em seis apoios) para posturas no plano alto (em pé), sendo adequada, portanto, ao primeiro critério. Em segundo lugar, é uma postura considerada fácil, que oferece variações para todos os níveis de prática, e, o terceiro critério, o prejuízo que ela pode gerar, podendo lesionar a articulação dos ombros, cotovelos e punhos, risco que aumenta se a postura for realizada frequentemente de maneira incorreta. Cabe ressaltar que o objetivo, com a prática regular, é que o praticante não fique dependente do equipamento, mas o utilize como um instrumento de evolução em sua prática. 2.1 Testes Os testes iniciais foram realizados com diversos objetos como blocos, cintos, régua T, espaguete de piscina e por fim, chegou-se a uma estrutura em forma de T, que abrangia todas os postos-chave levantados. A partir dessa primeira estrutura, foram feitos sucessivos testes para o aprimoramento da mesma até a proposição final do equipamento corporal. Conforme os testes foram sendo realizados em mim e em outros usuários, alterações foram sendo feitas tanto no colete que dá suporte à estrutura, quanto na própria estrutura T. A seguir a sequência de imagens demonstram as alterações graduais do

Figuras 07, 08 e 09. Teste com Emiliana com o mesmo colete e alterações na estrutura T, compreensão da estrutura retrátil para o ponto-chave da lombar.

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Figuras 04, 05 e 06. Adho Mukha Svanasana com o primeiro colete e estrutura T.

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equipamento.


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Figuras 10, 11, 12 e 13. Croquis com opções levantadas ao longo do processo, teste com Carolina Picchi e novo colete a partir do processo de modelagem e nova estrutura T retrátil, a partir de furos, feita com canos PVC, respectivamente. 2.2 Projeto Ao concluir os testes com o equipamento corporal, foram discutidos meios de execução e materiais possíveis para sua produção. Foram cogitadas algumas soluções para a estrutura T, como extrusão, plástico injetado, sopro, rotomoldagem, utilização do bambu e até mesmo a hipótese do faça você mesmo (DIY), seguindo os materiais do último modelo. O meio de produção definido foi pensado pela demanda existente no mercado, com o público alvo sendo escolas de yoga, academias ou profissionais da área que atendam em consultórios ou a domicílio, o que exigiria uma produção seriada e controlada, porém em uma escala de pequeno porte. Assim, a peça seria produzida através da termoformagem a vácuo, onde o molde forma duas partes separadas que, posteriormente, são recortadas a laser e coladas, além disso a peça que encaixa nos furos para a regulagem do tamanho já é existente, sendo utilizada na estrutura d guardasóis. O material foi pensando no peso, com a intenção de ser leve, e também no custo, por isso foi escolhido o PVC reciclado, dessa maneira tanto a técnica quanto o material são baratos. Já para o colete, foi realizada a pilotagem para a execução e o tecido escolhido é uma tela de poliéster. Além disso, as medidas padrões deste modelo atendem do P feminino ao M masculino, a intenção é formar duas medidas

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padrões P-M e M-G.

Figuras 14 e 15 –desenho técnico da estrutura T e pilotagem do colete, respectivamente.

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2.3 Considerações finais Ao longo do processo foram realizadas diversas reflexões, tanto sobre a prática, quanto sobre os alinhamentos corporais e a percepção corporal. O trabalho contribuiu imensamente no âmbito profissional, como instrutora de Yoga, pois os aspectos levantados foram incorporados às aulas, tendo um grande avanço pessoal na habilidade de explicar as posturas e compreender melhor os corpos dos alunos. Além disso, as noções sobre modelagem e costura, meios de produção e execução e raciocínio projetual foram fatores importantes na trajetória, que pude desenvolver ao longo do trabalho, sendo muito gratificante. O processo de experimentações para o desenvolvimento do modelo fez com que eu buscasse novas formas de explorar os ásanas, trazendo maior qualidade para minha prática pessoal e dos meus alunos. Apesar de uma variação restrita de posturas, vejo o colete como uma forma eficaz de ajudar os iniciantes a embarcar e se aventurar no mundo do Yoga, com mais segurança psicológica e física, nunca esquecendo de sua responsabilidade perante sua saúde física e mental. Esse modelo resolve questões de alinhamento para a flexão do tronco e rotação da báscula e encaixe do quadril, se formos resgatar os movimentos básicos presentes em uma prática de Yoga, como descritos no item 6.2, seria um possível desdobramento pensar em outras estruturas que auxiliassem em posturas de extensão, ou seja, que promovem o movimento oposto do que foi trabalhado neste projeto. Assim, acredito que o modelo tem potencial a ser explorado, e que seu uso pode ser incorporado nas aulas de Yoga de qualquer linha, quando se trata de explicar alinhamentos.

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DE PAULA, Caco; BINDO, Marcia. Coleção para saber mais: Yoga. Editora Abril, 2002. FEUERSTEIN, Georg. A tradição do Yoga: história, literatura, filosofia e prática. Pensamento, 2006. FORTIN, Sylvie. Práticas corporais e promoção de saúde. Cena, n. 20, p. 3-15. IYENGAR, B.K.S. The Path to Holistic Health. DK Publishing, 2001. KUPFER, Pedro. Conhecendo os Bandhas do Hatha Yoga. Pratique Ásana, 2007. Disponível em: <http://www.yoga.pro.br/openarticle?id=646&Conheça-os-bandhas-do-Hatha-Yoga#> Data de acesso: 13/02/2018. LOZIER, François. Working plans of the Props used for Iyengar Yoga at the Ramamani Iyengar Memorial Institute in Pune, India. Lozier Studios, Canada, 1994. MYERS, Thomas W. Meridianos miofasciais para terapeutas manuais e do movimento. Elsevier, 2010. NUNES, Tales da Costa Lima et al. Yoga: do corpo, a consciência; do corpo à consciência. O significado da experiência corporal em praticantes de yoga. 2008. SEGHETO, Wellington et al. Proposta de categorização para análise da percepção corporal. In: 1º Simpósio Internacional de Imagem Corporal, 1º Congresso Brasileiro de Imagem Corporal: Anais do 1º Simpósio Internacional de Imagem Corporal, 1º Congresso Brasileiro de Imagem Corporal. 2010. p. 9-10. SIEGEL, Pamela. Yoga e saúde: o desafio da introdução de uma prática não-convencional no SUS. Campinas, SP : [s.n.], 2010. STEINBERG, Lois. Iyengar Yoga Therapeutics. 2008. STRAZZACAPPA, Márcia. Educação Somática: seus princípios e possíveis desdobramentos. Repertório: teatro & dança, Salvador, Universidade Federal da Bahia, v. 2, n. 13, p. 48-54, 2009.

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Referências



O Rei da Vela Atravessando a rua do Teatro Oficina Mariana da Silva Orientador: Prof. Dr. Gabriel Pedrosa

Esse trabalho de conclusão de curso propõe um projeto cenográfico no Teatro Oficina para a peça O Rei da Vela, considerada um marco não só para o Teatro Oficina, mas também como afirmação da importância da obra de Oswald de Andrade, que inspirou através do seu conceito de antropofagia muitas das produções teatrais subsequentes, além de manifestações em outras artes, como por exemplo o Tropicalismo. A proposta consiste em trazer, a partir dessas referências, O Rei da Vela para o edifício atual do Oficina, projetado por Lina Bo Bardi e Edson Elito.

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Resumo

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Figura 01: Croqui. Fonte: acervo do autor


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Introdução

O trabalho pretende elaborar um projeto cenográfico no Teatro Oficina para a peça O Rei da Vela. Por se tratar de um teatro não convencional, foi importante fazer um recorte na história, iniciando o estudo pelo teatro de vanguarda para entender as principais referências e até a própria configuração espacial do Oficina. A vanguarda surge no teatro no final do Sec. XIX, na Europa, como movimento de contestação aos padrões teatrais até então estabelecidos, já no Brasil surge na semana de arte de 22. A partir desse levantamento inicial, o trabalho discorre sobre as principais influências que foram transformando a linguagem do Oficina. De Bertolt Brecht a Antonin Artaud, que apesar de opostos em algumas de suas propostas de teatro, eram semelhantes quanto à busca de grandes renovações. Do teatro de Brecht, que buscava estabelecer um discurso direto com a plateia, à loucura necessária do Teatro de Artaud, que buscava no próprio corpo e nos rituais a essência do seu teatro, o Oficina foi encontrando a sua própria linguagem. Essa transformação de linguagem é mostrada no capítulo sobre o Teatro Oficina, onde é feito um levantamento desde as primeiras peças, como Vento Forte para um Papagaio subir, passando por peças como Andorra de Max Frisch, Na Selva das Cidades de Bertolt Brecht, O Rei da Vela de Oswald de Andrade, e terminando o capítulo com Hamlet de Shakespeare, peça que inaugura a nova configuração arquitetônica do teatro Oficina, projeto de Lina Bo Bardi e Edson Elito. O Rei da Vela foi um marco não só para o teatro Oficina, mas também para o teatro nacional, sendo o objeto de projeto desse trabalho. Por fim é apresentado o projeto, com o trajeto desde os primeiros estudos até o resultado final, mostrado através de montagens, croquis,

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cortes, plantas, maquete e referências.

Proposição

O projeto se configura através de elementos que expressam uma crítica social, moral e política, tomando como base o texto de Oswald de Andrade e atualizando-o para os dias atuais. As engrenagens (figura 02) precárias mostram um sistema de Abelardos que manipulam e controlam os mais pobres. O primeiro ato inicia com uma procissão pelos arredores do Bixiga, o público carrega suas velas (almas) e, ao entrar no Oficina, jogam na pira de fogo (figura 03), alimentando o sistema.

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Figuras 02 e 03: Engrenagem e Pira de fogo. Fonte: acervo do autor

Teatro e vida se unem, assim como na realidade nua e crua mostrada por Oswald de Andrade. Panos (figuras 04 e 05) pendurados com imagens projetadas no segundo ato abordam questões como a intervenção militar (figura 06) no Rio de Janeiro, questões de gênero (figura 07), que no texto de Oswald aparecem em personagens como Heloísa de Lesbos, João dos Divãs e Totó Fruta do Conde, além de imagens carnavalescas (figura 08). A realidade é mostrada através dessas críticas à política, aos estereótipos que são criados, à falsa moral que é exposta em discursos de grupos (coloniais) conservadores que se dizem defensores da nação Brasileira,

Figuras 06, 07 e 08: Imagens projetadas nos panos. Fonte: acervo do autor

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Figuras 04 e 05: Panos. Fonte: acervo do autor

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da família tradicional e dos bons costumes.


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Da cenografia proposta por Hélio Eichbauer para a peça, resgato alguns elementos com uma nova leitura: o palco giratório aparece implícito na pira de fogo, por remeter a seu formato circular e porque os atores e espectadores circulam em volta dela; e a bandeira (figura 09), que continua presente no segundo e terceiro atos, e remete à bandeira utilizada nos quatro primeiros dias da república brasileira, que se tratava de uma cópia da bandeira americana, alterando apenas as cores (verde e amarelo).

Figura 09: Bandeira Segundo e Terceiro Atos. Fonte: acervo do autor

Os objetos escolhidos para compor a arquitetura cênica também têm como referência as peças já realizadas no Teatro Oficina, como por exemplo o fogo que é um elemento que aparece em Bacantes, os panos que aparecem em Para dar um fim ao juízo de Deus, além da utilização

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de todo o espaço do teatro, sempre respeitando a arquitetura proposta por Lina e Elito.

Planta Primeiro Ato

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Corte Primeiro e Terceiro Atos

Corte Segundo Ato

Referências ANDRADE, Oswald de. O rei da vela. 5º ed. São Paulo: Globo, 1995. 88, vi p. (Obras completas de Oswald de Andrade).

ARTAUD, Antonin. O Teatro e Seu Duplo. PARIS: Max Limonad, 1938. BARDI, Lina Bo. Sutis substâncias da arquitetura. Olivia de Oliveira. Gustavo Gili, Romano Guerra, São Paulo; 1º edição, 2006 BASUALDO, Carlos. Tropicália: Uma evolução na Cultura Brasileira. Cosac Naify, 2007. CORREA, José Celso Martinez. O rei da vela: Manifesto do Oficina. In: ANDRADE, Oswald. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003. ELITO, Edson. Teatro Oficina - 1980-1984. Lisboa: Editora Blau, Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 1999 FAVARETTO, Celso. Tropicália. Alegoria, Alegria. São Paulo: Ateliê, 2000. JAMESON, Frederic. Brecht e a questão do método. São Paulo: Cosac Naify, 2013 MAGALDI, Sábato. O país desmascarado. In: ANDRADE, Oswald de. O rei da vela. 5º ed. São Paulo: Globo, 1995 MAGALDI, S. O Teatro da Ruptura: de Oswald de Andrade. Global Editora. São Paulo. 2004. MAGALDI, Sábato. Panorama do Teatro Brasileiro. São Paulo: Global Editora, 1997.

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ARTAUD, Antonin. Linguagem e vida - Antonin. Artaud. São Paulo: Perspectiva, 1995.



nuu | experimentação como processo de projeto Thammy Tamie Nozaki

Resumo A intenção de criar e produzir um objeto a partir de um processo experimental é o que dá início a este trabalho, que procura compreender o desenho e o comportamento da forma com o uso de materiais diferentes, entendendo suas potencialidades e estimulando outras possibilidades de sistemas construtivos, a fim de propor um novo jeito de projetar, independente da escala, e estabelecendo uma nova leitura do espaço e do objeto.

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Figura 01 : modelos da série nuu. Fonte: acervo do autor

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Orientador: Prof. Dr. Gabriel Pedrosa


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Introdução A inspiração do projeto é baseada no corte, dobra e costura, a partir deles foram explorados o vinco, o entrelaçamento, e as amarrações, num método criativo que se desenrolou a partir de uma malha criada em papel, vincada para ser manuseada tridimensionalmente, observando suas variações, superfícies, flexibilidade e comportamento. A linha conduz o desenho, entrelaça na superfície e arremata com o nó. A busca em criar com base nestes princípios nos impulsiona a experimentar todos eles juntos. Pode-se dizer que o trabalho tem uma leve influência da arte japonesa, com as técnicas de dobrar (origami), cortar (kirigami) e amarrar (furoshiki), porém com um olhar sutil. A intenção é desfrutar dessa ideia inicial e transformá-la em objeto. A experimentação do material permite desenvolver melhor a peça, solucionando sua montagem com estratégias mais pertinentes ao discurso formal, e não apenas seguindo o caminho mais fácil de produção ou desenho. Do plano à forma moldam-se as coisas, é possível criar, imaginar, estruturar e transformar a partir do papel. A ideia inicial foi explorar a forma a partir das inspirações e desta direção, sem muito se preocupar com escala e função. Visava desenvolver um raciocínio de projeto e soluções construtivas. A partir da forma geométrica escolhida, o triângulo equilátero, estabelecemos um critério inicial para exploração, gerado por meio de modelos, observando características, diferenças funcionais e perspectivas para derivar, desmembrar, multiplicar, adaptar-se a outras formas. O projeto trabalha todo o tempo com o objeto tridimensional, de forma prática e direta, trazendo reflexões e alterações conforme a potencialidade do

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modelo, construído de maneira livre e intuitiva.

Figura 02 : teste da forma e método: acervo do autor Figura 03 : ensaio papel: acervo do autor

Figura 04 : teste da forma e método 2: acervo do autor Figura 05 : ensaio 1:5: acervo do autor

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Proposição Ensaio | madeira compensada | 1:1

Figura 06 : ensaio madeira compensada. Fonte: acervo do autor Olhando a questão do funcionamento como apoio/ banco, analisamos a estabilidade e a estrutura, utilizando a corda de algodão e uma amarração adicional com corda única para unir os três pés. Ao sentar, foi constatado o funcionamento da corda para juntar as peças na base e travar e tensionar os pés. O modelo ficou levemente instável entre o pé e o chão, pois a área de contato é pequena, mesmo assim percebeu-se nos testes que ele suporta o peso de um adulto. Seria necessário ajustar o desenho dos pés, optou-se por deixar os pés retos. Como a proposta original era de os triângulos serem iguais, a decisão

No encontro das unidades com a base do assento e na ponta que se apoia ao chão são feitos chanfros de 15° para que os pés não se fechem, enquanto a corda faz a tensão para que os pés não abram. Aproveita-se também uma sugestão de recorte para conseguir pegar a peça mais facilmente.

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Figura 07 :ensaio madeira compensada- ajuste pé. Fonte: acervo do autor

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de transformação de uma ponta serviria para todas as demais.


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Série nuu

É chamada de nuu, que significa costurar, em japonês, em um resgate à origem oriental. Cada peça escolhida será nomeada como nuu um, nuu dois e assim por diante. Por razões de tempo e custos de material, não foi possível testar todos os modelos nesta escala, dos 8 selecionados para compor a série, 4 foram produzidos e testados nesta etapa.

Figura 08 :processo de produção. Fonte: acervo do autor

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nuu um

nuu dois

Figura 09 e10 :modelo final nuu um e nuu dois. Fonte: acervo do autor nuu três

nuu quatro

Figura 11 e 12:modelo final nuu três e nuu quatro. Fonte: acervo do autor

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Figura 13: modelos finais. Fonte: acervo do autor O projeto experimental vem do fazer, criar de forma não condicionada, manipular a matéria, favorecendo a compreensão de suas propriedades, características, particularidades e potencialidades, inicialmente sem se preocupar com a escala ou a idealização do resultado, pois a todo momento mais de um caminho pode ser tomado. Sobre ser um processo “faça você mesmo”, é totalmente possível, porém requer muita atenção ao produzir os nós, travar bem as peças, e tensionar a corda; são detalhes que precisam ser levados em consideração senão o objeto pode ser facilmente desmontado e machucar alguém. A produção chegou a uma linha de oito objetos, mas apesar deste trabalho ter chegado ao fim,

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Referências ARHITEKTI, Modelart. Origami Forum. Belgrado, 2011. Disponível em: <http://modelart.rs/portfolio/origami-forum/> Acesso em: 29 de outubro de 2017. JACKSON, Paul. Cut and fold techniques for promotional materials. Londres, Laurence King Publishing Ltd, 2013. Disponível em: https://issuu.com/toantong4/docs/ cut_and_fold_techniques_for_promoti JACKSON, Paul. Folding techniques for designers from sheet to form. Londres: Laurence King Publishing Ltd, 2011. Disponível em: http://ommolketab.ir/aaf-lib/ kxakxnng1aejt12jxlc0snq20fjg5d.pdf JACKSON, Paul. Structural packaging. Desgin your own boxes and 3d forms. Londres, Laurence King Publishing Ltd, 2012. Disponível em: https://issuu.com/toantong4/ docs/structural_packaging__design_your_ LIU, Eunice. Do plano à forma. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/ disponiveis/16/16134/tde-16022017-103149/pt-br.php>. Acesso em: 29 de outubro de 2017. MORRIS, Richard. Fundamentos de Design de Produto. Porto Alegre: Bookman, 2010. MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1998. SANTI, Maria Angélica. Mobiliário no Brasil:Origens da produção e da Industrialização. São Paulo:Editora Senac, 2013. PAPPALARDO, Miriam Andraus. Costurando Geometrias: Ensaio experimental em busca de iguais diferentes, f.285. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2015. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde- 07032016-153112/pt-br.php>. Acesso em: 29 de outubro de 2017. WONG, Wucius. Princípios de forma e desenho. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

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não se encerram os experimentos, nem a possibilidade de a série nuu ganhar novas peças.



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Chama da Vida Hotelaria ocupacional assistida para idosos Jaqueline Hinteregger Pereira Orientador: Prof. Me. Ricardo Wagner Alves Martins

Resumo Devido à carência de lazer para terceira idade e principalmente de integração e desenvolvimento de idosos no Brasil, este é um projeto destinado a idoso, portadoras da doença de Alzheimer (DA). O estudo tem como objetivo, explorar as necessidades projetuais com DA e propor o desenvolvimento de uma Hotelaria Ocupacional Assistida, que sugere de um novo conceito em hospedagem aos idosos. A pesquisa utilizou de métodos qualitativos. O Projeto está localizado na Rua Rego Freitas e Amaral Gurgel, na região da República, Centro de São Paulo e tem como partido a moradia dos idosos na Capital.

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Figura 01: Chama da Vida. Fonte: autoral


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Introdução O enfrentamento do expressivo aumento da população de idosos é um dos grandes desafios da sociedade brasileira. Segundo dados do IBGE em 2016, havia aproximadamente uma pessoa de 60 anos ou mais para cada duas pessoas de menos de 15 anos de idade. O envelhecimento saudável sistêmico da população é, sem dúvida, uma conquista da humanidade, mas traz consigo questões sobre novas necessidades operacionais de grande proporção. Há várias perspectivas para esta análise, pois neste contexto há inúmeras novas possibilidades. No âmbito profissional, há novos vetores de força nas relações de hierarquia de comando entre gerações que surgem do envelhecimento saudável de uma grande parcela de idosos que associam manutenção da vitalidade à larga experiência, tudo temperado com o equilíbrio fruto da maturidade. No quesito macroeconômico, se inserem novas variáveis no algoritmo da equação previdenciária, além do fato que a possibilidade de majoração do tempo de contribuição também passa a serem ponderados para a transição hierárquica, novos tempos demandam novas soluções. Contudo, independentemente do contexto evolucionista claro, há questões que, ao menos contemporaneamente, são incontroláveis pela sociedade ou pela tecnologia, como o aumento significativo da incidência de doenças crônicas e incapacitantes, que exigem cuidados constantes, se acentuam com o tempo e que, até este momento, não têm cura. Neste cenário e com estas perspectivas insere-se este projeto como solucionador da necessidade de tratamentos não exclusivamente farmacológicos, através de moradia assistida e acompanhamento profissional deste público específico: o indivíduo idoso de ambos os sexos portadores de Doença de Alzheimer. Baseados nestes estudos o projeto consiste na montagem de um HotelOcupacionalAssistido

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com a seguinte proposta de valor:

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Proposição O Projeto possui uma área de 2902,75 m² e está localizado entre a Rua Amaral Gurgel e Rua Rego Freitas, um bairro chamado Vila Buarque, próximo a Praça da República. A escolha do terreno se deu pelo fato de se localizar dentro da malha urbana, mais precisamente ao centro da cidade. O Chama da Vida é um projeto que será dirigido a pessoas da terceira idade, integrando a funções de residencial com serviços, clube e especialização em pessoas com mal de Alzheimer.

Figura 02 : o sentido da vida. Fonte: acervo do autor

O primeiro e segundo pavimento foi elaborado de forma que priorizasse o lazer e múltiplas

Figura 03: Chama da Vida. Fonte: autoral

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passado, visto que sua memória é remota.

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atividades coletivas, trazendo um ambiente cenográfico, pois idosos precisam ter referências do


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Estruturalmente serão formados ambientes setorizados e conectados, definidos pelas relações de autonomia entre cuidadores e pacientes segundo duas variáveis: independência mental e física (definido como IMF) e necessidades de cuidados técnicos específicos (definido como NCTE). Com uma combinação de volumes, em que o grande volume vertical é reservado para as suítes privadas, com janelas voltadas para uma sacada com vegetação, permitindo que o paciente tenha contato com exterior; já o volume abaixo está organizado a parte administrativa do prédio e espaços de convivência e O volume ao lado estão toda a parte de fisioterapia.

Figura 04: Chama da Vida. Fonte: autoral

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Tipologia dos Quartos

Quarto Duplo Quarto Individual Destinado a idosos com necessidades de cuidados técnicos. Para idosos com Independência física Figura 05: Chama da Vida. Fonte: autoral

Figura 06: Chama da Vida. Fonte: autoral

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Figura 07: Chama da Vida. Fonte: autoral

Referências HERRERA, EJ; Caramelli, P; Silveira, AAS; Nitrini, R. Epidemiologic survey of dementia in a communitydwelling Brazilian population. Alzheimer Dis Assoc Disord, v.16, n.2, p. 103-8, 2002.

NITRINIi, R; Caramelli, P; Herrera, JR, et al. Incidence of dementia in a community-dwelling brazilian population.Alzheimer Dis. Assoc. Disord., v. 18, n 4, p. 241-6, 2004. NITRINI, R. Diagnóstico de demência: avaliação clínica, neuropsicológica e através da tomografia computadorizada por emissão de fóton único. Tese (livre-docência). Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1993. HERRERA, EJ; Caramelli, P; Nitrini, R. Estudo epidemiológico populacional de demência na cidade de Catanduva, Estado de São Paulo, Brasil. Ver. Psiquiatr.clín; 25(2):70-3,1998. SNOWDON, D; Greiner LH; Mortimer JA; Riley KP; Greiner, PA; Markesbery, WR. Brain infarction and the clinical expression of Alzheimer disease -The Nun Study. JAMA 1997;227:813-7.

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Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo

LOPES, MA; Bottino, C. Prevalência de demência em diversas regiões do mundo: Análise dos estudos epidemiológicos de 1994 a 2000. Arq. Neuro-Psiquiatr, v.60, n.1, p.61-9, 2002.



Habitação Estudantil Jurubatuba Projeto habitacional para estudantes Julio Venâncio Ricardo

Resumo O tema escolhido para o desenvolvimento do trabalho de TCC é o HABITAÇÃO ESTUDANTIL JURUBATUBA. Implantado no bairro Jurubatuba, zona sul da região metropolitana de São Paulo, o projeto consiste na elaboração de uma edificação de caráter multifuncional, focado na habitação estudantil, desenvolvido para diferentes tios de público, busca atender jovens, famílias e pessoas com necessidades especiais. Os serviços abrangidos são para auxilio dos residentes, dentre eles lavanderia, restaurante e farmácia. Estes serviços não são de uso exclusivo, sendo aberto para o público da comunidade no qual o projeto se insere.

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Figura 01: vista aérea. Fonte: acervo do autor

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Orientador: Prof. Ms. Ricardo Wagner A. Martins


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Introdução O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento de um complexo habitacional estudantil, localizado no bairro Jurubatuba, na região sul de São Paulo, que comtemple aspectos de permeabilidade urbana, com base em pesquisas de campo e levantamento bibliográfico de edificações relacionadas ao tema existentes, sem desconsiderar a experiência do usuário, seu conforto e o papel da moradia ou alojamento estudantil. Considerando o aumento da procura por cursos de graduação, estudantes se deslocam grandes distancias para frequentar a universidade. O terreno escolhido foi estudado para ter uma implantação que se conecte com o bairro, gerando oportunidade para os alunos das diversas universidades localizadas em Santo Amaro, e para uso da população usuária da região. Algumas referências foram: •

O PME (Programa De Moradia Estudantil) da Unicamp

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Figura 02: Modulo habitacional. Fonte: /www.pme.unicamp.br

Figura 03: www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos

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. Proposição O tema escolhido para o desenvolvimento do trabalho de TCC é o HABITAÇÃO ESTUDANTIL JURUBATUBA. Implantado no bairro Jurubatuba, região metropolitana de São Paulo, o projeto consiste na elaboração de uma edificação de caráter multifuncional, focado na habitação estudantil. Os serviços abrangidos são para auxilio dos residentes, dentre eles lavanderia, restaurante e farmácia. Estes serviços não são de uso exclusivo, sendo aberto para o público da comunidade no qual o projeto se insere.

Figura 05: explodida térreo. Fonte: acervo do autor

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Figura 04: perspectiva geral. Fonte: acervo do autor


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Figura 06: imagem de unidade habitacional. Fonte: acervo do autor

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Figura 07: imagem de unidade comercial, uso de restaurante. Fonte: acervo do autor

Figura 08: imagem de unidade comercial, uso de lavanderia. Fonte: acervo do autor

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Referências GARRIDO, Edleusa Nery; MERCURI, Elizabeth Nogueira Gomes da Silva. A moradia estudantil universitária como tema na produção científica nacional. Psicol. Esc. Educ., Maringá, v. 17, n. NAVES, Bruno. Coabitar: habitação estudantil para a Universidade de Uberaba. UNIUBE,2016. Disponível em: https://issuu.com/britneybitch/ docs/coabitar__1___etapa_>. Acesso em: novembro de 2017. Redação AECweb. Os verdadeiros impactos da construção civil. Portal Obra Limpa. Disponível em: <http://www.obralimpa.com.br/index.php/ os-verdadeiros-impactos-da-construcao-civil/>. Acesso em: novembro de 2017. SECRETARIA NACIONAL DE CASAS DE ESTUDANTE. Cartilha de apresentação do movimento de casas de estudantes. Disponível em: <http://sencebrasil.blogspot.com.br/p/sobre-sence.html>. Acesso em: novembro de 2017. GESTÃO URBANA SP. Consulta de mapas e dados sobre a subprefeitura de Santo Amaro. Disponível em:< gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br> Acesso em novembro de 2017 EXTENSÃO UNIVERSITARIA LAR. Laboratório de Arquitetura Responsável 2016. Pesquisa sobre o entorno do Campus Santo Amaro e aponta possibilidades de requalificação do espaço livre público entre a Estação Jurubatuba e a Ponte do Socorro. Disponível em <: https://issuu.com/arqlabsenac/docs/cadernolar2016 > Acesso em novembro de 2017 Silva, Carol, complexo estudantil lavapés. SENAC, 2017. Disponível em: <https://issuu.com/senacbau_201202/docs/caderno_final__digital_> Acesso em novembro de 2017 VIGLIECCA E ASSOCIADOS, projeto residencial parque novo santo amaro. Disponível em :< http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/parque-novo-santo-amaro-v >Acesso em novembro de 2017 http://www.tempohousing.com/projects/keetwonen/> Acesso em novembro de 2017 INEP. Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/web/guest/sinopses-estatisticas-da-educacao-superior > Acesso em novembro de 2017

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TEMPO HOUSING, Student housing Amsterdam 1000 ISO units. Disponível em <



Condomínio Ecológico Permacultura e Bioconstrução aplicado ao projeto Murilo F. Marcatto

Resumo O trabalho tem como proposta o desenvolvimento do projeto de um condomínio ecológico no meio urbano utilizando os princípios da permacultura e da bioarquitetura, procurando atingir o menor impacto ambiental. O projeto é um conjunto residencial que visa o máximo de autossuficiência utilizando materiais e recursos renováveis. O objetivo se deu diante da crise que se atravessa com consumo inconsciente e desenfreado dos recursos naturais renováveis e não renováveis está levando o planeta ao colapso. Foi desenvolvida e utilizada uma base teórica para a realização do projeto assim como foram feitos estudos de caso e cursos práticos relacionados ao tema.

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Figura 01: Condomínio Ecológico. Fonte: acervo do autor.

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Orientador: Prof. Me. Ricardo Wagner Alves Martins


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Introdução Diante da grande crise que atravessamos tratar do tema Sustentabilidade hoje é papel central nas discussões sobre as dimensões do desenvolvimento da sociedade em todos os aspectos, tanto no ambiental quanto econômico, social e político. O consumo inconsciente e desenfreado dos recursos naturais pelos humanos está levando o planeta ao total colapso. Com o crescimento da população a demanda de recursos naturais, água, energia, alimentos e materiais aumenta gradativamente. A exploração destes recursos causa graves impactos ao meio ambiente, sendo alguns destes recursos não renováveis, o que também vem modificando profundamente os ecossistemas naturais. Este panorama levanta um questionamento: se o consumo continuar de maneira inconsciente, compulsivo e insaciável, como será possível sustentar 7 bilhões de pessoas? O futuro depende de uma mudança de paradigmas através de uma nova maneira de viver, reorganizando as tarefas, a habitação, a saúde, as tecnologias. A cidade encontra-se hoje frente ao grande desafio de como lidar com questões básicas como a destinação do lixo e do esgoto doméstico, a qualidade do transporte público e o descarte insustentável de recursos da construção civil o que também degrada o meio. Além de, sem esforços, podermos ver grandes áreas de solo impermeabilizado pelo asfalto, pedacinhos esparsos de florestas comprimidos entre prédios, montanhas de resíduos na terra, lançados na água e no ar, expansão urbana sem qualquer planejamento, trânsito caótico, além de pouquíssima ou mesmo nenhuma área de agricultura urbana para suprir a demanda da população local (CAPELLO, 2003). Diante deste cenário instável surge um novo modelo de organização comunitária, o que pode ser chamado de comunidades sustentáveis, ecovilas, condomínio ecológicos, etc. Assim, o objetivo deste trabalho é projetar um condomínio ecológico no meio urbano utilizando os princípios da permacultura e bioarquitetura, que resulta em baixo impacto ambiental ao longo de todo ciclo de vida da edificação. O

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projeto foi desenvolvido visando o máximo de autossuficiência e buscando utilizar materiais e recursos renováveis e disponíveis no local ou nos arredores para sua concretização. O trabalho se fundamentou em pesquisas formando uma base teórica para a realização do projeto, onde foi feito uma análise relacionada ao tema sobre as cidades e a construção civil, estudos sobre diversas técnicas de bioconstrução e fundamentos da permacultura, assim como foram feitos estudos de caso e cursos práticos relacionados ao tema. Proposição Na concepção do projeto se buscou implantação diferenciada da maioria dos condomínios de casas localizados na área urbana. Geralmente são casas geminadas ou com pouco afastamento entre elas, que priorizam as áreas privadas com quintais fechados com muros. Privilegiam grande área para acesso e fluxo de automóveis, com pouca permeabilidade do solo e consequentemente pequena área verde. Enquanto que visam o parâmetro máximo do coeficiente de aproveitamento e taxa de ocupação para maior lucratividade com o empreendimento, não levam em consideração a questão social de convivência entre as pessoas que vão habitar o condomínio. Com base na perspectiva de maior ocupação

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dos lotes, as habitações são prejudicadas com pouca iluminação e ventilação natural devido ao modo como são implantadas e à orientação inadequada das edificações - orientação solar e em relação ao vento predominante. O lote do projeto está localizado na Chácara Monte Alegre, na zona sul de São Paulo. Tem 5.600m², com inclinação máxima de 10% com face voltada para o norte, a topografia é mantida o máximo possível, tendo algumas modificações para que tornasse viável a implantação das casas e os demais elementos. Algumas principais árvores foram mantidas. Há dois acessos, um voltado para pedestres e veículos na Rua Dr. Rubens de Azevedo Marques e outro somente para pedestres pela esquina da Rua Breves com a Rua Guilherme Asbahr Neto. A segunda se estabelece como uma conexão mais direta com o Parque do Cordeiro, localizado a menos de 100m de distância. A implantação dos elementos no projeto prioriza as pessoas e sua relação com o meio ambiente. Então foi criado um estacionamento coletivo, com duas vagas por casa, com área de circulação reduzida, delimitando aos veículos uma parcela pequena do lote. Um percurso coberto para as pessoas, interliga o estacionamento com as casas e a área comum, passando por jardins, hortas e espelhos d’água. As casas foram implantadas nas extremidades do lote que fazem limite com as ruas menos movimentadas, formando a área comum na parte central do terreno. A área de convivência construída está localizada mais próxima da rua de maior fluxo, a Rua Guilherme Asbahr Neto. As margens do terreno são destinadas a

Figura 02 e 03: Implantação e Corte. Fonte: acervo do autor

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uma pequena agrofloresta, onde estão alocadas árvores frutíferas.


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Uma das premissas do projeto, com base na permacultura, é se ter maior autonomia e uso de sistemas não poluentes e renováveis. Assim, o estacionamento foi projetado para que a cobertura das vagas seja de painéis fotovoltaicos para gerar energia elétrica para todo o condomínio. Ao lado do estacionamento há uma composteira para compostagem de material orgânico de todos do condomínio. Foram implantadas oito casas com a mesma planta tipo de 223m² distribuídos em dois pavimentos. As casas são estruturadas com bambu por ser um material natural que apresenta alta resistência a compressão e tração, além dos diversos fatores sustentáveis desde o cultivo até a construção e ser um material que pode ser obtido em regiões próximas a São Paulo.

Figura 04: Perspectiva explodida da estrutura. Fonte: acervo do autor. Figura 05: O bambu está presente nos pilares e vigas aparentes. Na estrutura, as uniões são feitas com encaixes, barras roscadas e parafusos com olhal. Fonte: acervo do autor. Os fechamentos da casa são feitos em bambu-a-pique, onde é feita a trama de bambu e é aplicada

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a mistura de terra, água e fibras vegetais longas. Depois de seca esta primeira camada, é aplicado duas camadas de reboco, com barro mais argiloso. Esta técnica de fechamento foi adotada por algumas questões: a terra é um material abundante no próprio terreno; tem bom desempenho térmico e acústico para o interior das residências; execução rápida; são usados materiais naturais que não geram resíduos; e devido a facilidade de aplicação, é possível formar e capacitar profissionais locais. Todas as casas foram implantadas de forma que favorece a iluminação e ventilação natural. As casas contam, de modo independente, com um sistema de captação e reuso de água pluvial para fins não potáveis. O telhado verde também tem a finalidade de servir como filtro da água captada na cobertura, antes de ser direcionada para uma cisterna enterrada com capacidade de 15m³. Tendo em vista que em um design permacultural busca-se fechar ciclos e aproveitar ao máximo os recursos obtidos, o condomínio foi projetado para tratar o próprio esgoto de forma que se utilizasse as águas servidas antes de devolver ao meio ambiente. As águas cinzas são tratadas por zona de raízes e tanque construído, onde plantas fazem a purificação da água processo químico-biológico. Conforme este tanque construído se enche, a água excedente é usada para irrigar as hortas. As águas negras são direcionadas para um vermifiltro, onde a água é filtrada e encaminhada para fertirrigação através de tubos dreno para árvores frutíferas e plantas

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ornamentais. O aquecimento de água é feito por energia térmica solar e armazenado em boiler, reduzindo o consumo de energia elétrica. Na extremidade norte, se deu atenção diferenciada por haver árvores de grande porte. Esta parcela do lote, que é a mais próxima ao Parque do Cordeiro, foi cedida ao uso público, formando uma praça de 330m² que serve também como acesso de pedestres ao condomínio. Junto a esta área, foi concebida a área de convivência com dois pavimentos. O pavimento térreo está no mesmo nível da praça, separado por grades que podem ser abertas completamente, estabelecendo conexão direta com a praça. A pretensão deste espaço é criar maior conexão com a comunidade do bairro e o parque, de forma que eventualmente o condomínio se abra ao público. O pavimento superior da área de convivência está no nível da área comum do condomínio. As fachadas possuem janelas e portas de tiras de bambu, como brises, que se abrem completamente, tanto para o condomínio como para a praça. A área comum também compreende uma piscina natural, também chamada de piscina biológica, composta por duas zonas: uma destinada ao banho e outra destinada a depuração da água por processos biológicos com plantas aquáticas e mecânicos através de pedras e areia.

Referências CAPELLO, Giuliana. Meio Ambiente & Ecovilas, Editora Senac, São Paulo, 2013. CASTAGNA, Guilherme. Esgoto como fonte de recursos, 2017. Fluxus Design Ecológico. (43m22s). Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=_NDxYTauW6w>. Acesso em 28 maio de 2018. GAUZIN-MULLER, DOMINIQUE. Arquitetura Ecológica. Editora Senac, São Paulo, 2011. MINKE, Gernot. Manual De Construção Com Bambu. 1ª Ed. 2010. MORROW, Rosemary. Permacultura Passo a Passo - Earth User´s Guide to Permaculture. 2ª Edição, Ampliada e Atualizada. Editora Mais Calango, 2010. MÜLFARTH, Roberta C. Kronka. Arquitetura de Baixo Impacto Humano e Ambiental. 192 f. Tese (Doutorado) FAU USP, São Paulo, 2002. HOLMGREN, David. Os Fundamentos da Permacultura. Versão resumida em português. Santo Antônio do Pinhal, SP: Ecossistemas, 2007. Disponível em: <http://www.fca.unesp.br/Home/Extensao/GrupoTimbo/permaculturaFundamentos.pdf>. Acesso em: 18 de novembro de 2017.

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Figura 07: Praça e acesso de pedestres. Fonte: acervo do autor.

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Figura 06: Diagrama do sistema de captação e tratamento das águas servidas. Fonte: acervo do autor.



Esta revista foi produzida em junho de 2018 pelo ARQLAB, com as famĂ­lias tipogrĂĄficas Arial, Cambria e Futura.


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