Revista do TCC 2020_2

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Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Centro Universitรกrio Senac

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Centro Universitário Senac, ARQLAB Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Revista do TCC 2020 | 2 / ARQLAB. Centro Universitário Senac - São Paulo (SP), 2020. 250 f.: il. color. ISSN: xxxx-xxxx Editores: Ricardo Luis Silva, Valéria Cássia dos Santos Fialho Registros acadêmicos (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2020. 1. Divulgação Acadêmica 2. Produção discente 3. Trabalho de conclusão de curso 4. Graduação 5. Arquitetura e Urbanismo I. Silva, Ricardo Luis (ed.) II. Fialho, Valéria Cássia dos Santos (ed.) III. Título

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

REVISTAS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO revista do tcc 2020_2 edição #09 FICHA TÉCNICA: Coordenação de curso: Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho

Editor da revista, diagramação e programação visual: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva Produção e organização: ARQLAB


Apresentação

Este volume apresenta os Trabalhos de Conclusão de Curso da turma 2016-1 do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, sintetizados pelos seus autores na forma de pequenos ensaios. Os trabalhos estão organizados em 6 Linhas, sob orientações dos professores abaixo listados: L1: Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo Profª. Drª. Myrna de Arruda Nascimento Prof. Dr. Ricardo Luis Silva L2: Arquitetura do Edifício Prof. Esp. Artur Forte Katchborian Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini

L3: Patrimônio Arquitetônico e Urbano Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres

L4: Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem Profª. Dra. Beatriz Kara José Profª. Ms. Marcella de Moraes Ocké Mussnich

L5: Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto Prof. Dr. Nelson José Urssi

L6: Tecnologia aplicada ao projeto de Arquitetura e Urbanismo Prof. Dr. Marcelo Suzuki Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino Os trabalhos completos podem ser acessados nos respectivos perfis do ISSUU, criado por cada um dos autores com o endereço indicado sempre ao final do resumo. Profª. Drª. Valéria Cássia dos Santos Fialho


TCC 2 ensaios

Linha 1 Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Capela de São José: Uma nova arquitetura sobre uma antiga lembrança Camila Brandão Nunes da Silva A Caixa de Música: Ambiente para experiências e aprendizado através da arquitetura impregnada de som Guilherme Antônio Sousa Macedo

06 09 15

Uma Epopeia na Liberdade: Alegoria da Memória, as bacantes nas heterotopias e os kamikazes maneiristas na paisagem urbana João Pedro de Góes Moura

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Arquitetura Religiosa: Igreja Cruz Divina Maria Eduarda Senger Gioia

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Entre textura e estrutura: ensaio sobre a Arquitetura Moderna Paulistana Mariana Chagas Ferreira A Tectônica da natureza incorporada: Experimentações e projeto de elementos naturais para constituir outras atmosferas no Pinheiral Rodrigo Queiroz Nunez

Linha 2 Projeto do Edifício

33 39 44

Projeto CEMEI: Centro Municipal de Educação Infantil Amanda Karoline da Silva Zillig

47

Centro Comunitário Sucupira - Zona norte – São Paulo Danielle dos Santos Santana

59

Complexo Olímpico Parelheiros: Esportes Aquáticos, Ginásticas e Lutas Amanda Yamamoto Valdemar

53

Moradia Estudantil para o Centro Universitário Senac: O habitar universitário Gabriela Corrêa

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Faculdade do Futuro: O redesenho do espaço universitário Heloísa Helena Reis Ferreira

71

Centro de Moda - Luz Larissa Barbosa Silvestre

83

Hotel Garden: Edifício Multifuncional Marian Victória El Soumaili

95

Centro de artes marciais e cuidados com o atleta Laiz de Souza Fernandes

77

Praça Cultural Campo Grande Leopoldo Alberto Teixeira Mendes Cruz

89

Habitação Mínima – Conjunto Santo Amaro: o morar em apartamentos pequenos e práticos Ramiro Lopes Nepomuceno Schmitz

101

Linha 3 Patrimônio Arquitetônico e Urbano

106

Eixo Moema-Capão: Mobilidade urbana como prática para requalificação da paisagem cultural Aline Yuri Tsushima Menezes

109

(Im)permanências: Memória, tempo e paisagem urbana em Santo Amaro Beatriz Prete Ramos

121

URBIS - Cidade sob isolamento social Ana Clara Ávila de Macedo

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126

Linha 4 Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

Cartilha de orientação para a efetivação do Direito à Posse e Propriedade Usucapião e Regularização Fundiária Urbana Bruna de André Moreira

129

Inthera Square, Brooklin Paulista-SP: Requalificação das Praças Fernanda Pereira da Silva

141

Proposição de linha de metrô em via urbana ligando o bairro do Morumbi/SP à São Bernardo do Campo Iman Abou Mahmoud

153

Processo de democratização do espaço urbano: A quadra como meio de ressignificação dos bairros jardins Victória de Almeida Arruda

165

A Nova Avenida Paulista: A inserção de uma nova Avenida Paulista com prioridade ao pedestre Caroline de Fátima Marques Tramontin

135

Urbanização da Favela Manuel de Teffé Guilherme Rodrigues Oliveira

147

A Represa e a Av. Atlântica: Uma nova experiência de desenho urbano, resgate da escala do pedestre e da natureza Natália Cristina Freitas Lima

159


Linha 5 Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia

170

Centro Cultural da Dança Ana Beatriz Marcelino Shimabuk

173

O espaço da sala de aula no Ensino Fundamental I no Brasil Maria Elisa de Lima Gragnani

185

Centro cultural Belmira Marin e sua importância de inserção em bairros periféricos Paula Renata Leme do Prado

197

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Mobiliário urbano adaptado para a perspectiva do pedestre na cidade de São Paulo Ângela Knijnik Burgos

179

Democratização Cultural: Centro de Cultura Guarapiranga Natália Cristina Sousa do Nascimento

191

BOWBU: Aplicação do bambu no mobiliário artesanal Vanessa dos Santos de Jesus

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Linha 6 Tecnologia Aplicada ao projeto de Arquitetura e Urbanismo

Encaixes de Madeira como Método Construtivo Asaph Nícolas Almeida de Souza

211

Colônia Penal Agrícola Feminina: proposta de um modelo socialmente inclusivo Mayara Ferreira Gonçalves

223

Centro de Terapia Assistida por Animais: A Interação Homem x Animal Raquel Ferreira Melo

235

Recanto Águia: Pousada Recanto Águia Júlia Resende Rocha

217

Bioarquitetura - projeto de arquitetura residencial unifamiliar: Aplicação da bioarqutetura para residência unifamiliar Michael Vinícius de Lima

229

Mesa Aberta: uma proposta arquitetônica de restaurante popular Vinícius Marin Cardozo

241



ensaios


Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

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Capela de São José Uma nova arquitetura sobre uma antiga lembrança Camila Brandão Nunes da Silva Orientadora: Prof.ª Dr.ª Myrna de Arruda Nascimento

O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como proposta o resgate histórico de uma vila no interior de São Paulo, por intermédio de uma nova arquitetura em um edifício pré-existente, no caso, uma capela. Mediante a documentação de relatos, fotografias e visitas, as análises entrelaçam passado e presente, que mostram a possibilidade da ressignificação de um local através da arquitetura, designando sentido simbólico e funcional, considerando as carências de uma população que necessita reavivar a consciência de suas raízes.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/camilabrandaonunes/docs/camila_brand_o_nunes_da_silva_

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Resumo

Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Figura 01: Vista frontal do projeto na altura do observador. Fonte: acervo da autora


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Introdução Este Trabalho de Conclusão de Curso apresenta o projeto de uma arquitetura religiosa, cuja finalidade é propor um anexo a uma capela existente, em um vilarejo afastado de meios urbanos, localizado na divisa de São Paulo com Minas Gerais, mais precisamente entre as cidades de Poços de Caldas e Águas da Prata. A proposta deste projeto vem de encontro a afinidade da autora com o lugar, uma vez que seus antepassados por parte materna são provenientes da região abordada. O interesse pelo assunto manifestou-se após conversas em família que desencadearam em antigas histórias, que habitam apenas em memórias, nas quais estão se esgotando com o tempo. O objetivo principal deste trabalho foi desenvolver um projeto que utilizasse materiais que representam a história e características do local, focando nas sensações do indivíduo no ambiente, ou seja, afirmando os princípios da fenomenologia como base da proposta arquitetônica, e destacando a simbologia própria dos edifícios religiosos católicos. A opção pela fenomenologia justifica-se, pois, o lugar selecionado para intervenção tem forte apelo simbólico e ritualístico para os moradores da cidade. Portanto, priorizar o significado dos ritos e das histórias locais é uma forma de relembrar e evocar valores locais do passado e sinalizá-los no edifício a ser projetado. Como metodologia optou-se por um levantamento em documentos históricos da cidade, estudando a história do local, seu entorno e o uso atual da capela de São José. Estes dados organizam informações sobre a origem, característica e importância das regiões que envolvem o alvo principal deste trabalho, além da documentação de registros passados do local, como fotografias pertencentes a antigos moradores, e também seus relatos, que trazem e recuperam informações importantes para o projeto, conectado com a tradição e memória do lugar. Fez parte deste levantamento reconhecer o simbolismo das procissões no passado, que justificarão a abordagem proposta para o anexo inserido na igreja existente. Em paralelo desenvolveu-se o estudo de referências bibliográficas, base para discutir, estudar e entender

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Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

a fenomenologia na arquitetura religiosa. Também foi feita uma pesquisa de campo no terreno de implantação do projeto para levantamento fotográfico e coleta de dados de topografia do terreno e de exemplos de materialidade do local. Através destes novos registros fotográficos e descritivos, entrevistas com moradores atuais do local, dimensionamos as possibilidades de intervenção que o projeto deveria apresentar. Após as análises a partir da região até a proximidade do objeto de trabalho, pesquisas sobre referências projetuais foram investigadas para associar as possibilidades de exploração do tema de forma mais concreta. O método de aplicação do estudo da fenomenologia e dos materiais usados na obra serão desenhos, tanto desenhos técnicos quanto modelos 3D. Por fim, o projeto foi deduzido de uma série de pesquisas

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exploratórias que investigaram possibilidades de representar os signos e significados que o lugar assumiu e pelos quais é reconhecido até hoje.

Figura 02: Fotografia da Capela de São José - alvo do projeto. Fevereiro de 2020. Acervo da Autora. Proposição Considerando as análises e estudos desdobrados para a proposição de uma nova volumetria, partindo da compreensão histórica do local, de seus valores e necessidades; passando pelo estudo da fenomenologia, afinando o entendimento dos elementos arquitetônicos e naturais para o despertar dos sentidos humanos; e aprofundando tal conhecimento, reconhecemos exemplos construídos a partir dos estudos de caso apresentados. Portanto, as necessidades sociais e culturais partem como objetivo do projeto, por conta da escassez de infraestrutura urbana e educacional, que vão de encontro com o apelo simbólico pelas

. A princípio, a forma deste anexo foi pensada com retas, sendo totalmente ortogonal. Porém, quando se percebe seu entorno, sua abundância em elementos naturais, suas particularidades, o ortogonal foge da

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Figura 03 : Planta baixa do projeto. Fonte: acervo da autora.

Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

memórias e relatos das tradições que se perdem com o passar do tempo.


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realidade do local. Se torna um contraste heterogêneo, não se funde com as histórias do passado e nem com seu presente. A forma curvada, além de remeter a natureza do entorno, também reflete a necessidade de adequação da volumetria com a forma do terreno da capela, além de evocar sentidos que a fé contém: A curva é um elemento singelo, aos olhos, parece infinita. É suave, porém presente. Dependendo do ângulo, o indivíduo não vê o início e nem o fim. Quando se está no côncavo da curva, o indivíduo se sente abraçado, enquanto o contrário, se sente em uma amplitude inexplicável. O novo anexo segue a extensão da curva na proporção áurea, na construção da forma, suas linhas se estendem até a antiga entrada do terreno da igreja, desse modo, a própria geometria do anexo indica seus acessos. A partir da implantação definida, surge a necessidade de interligar a Capela á nova intervenção. As paredes do antigo altar são retiradas, abrindo espaço em seu interior, e o elemento de interação entre o antigo e o novo surge, como um portal que permite a transição entre duas atmosferas, que agora se interligam em um espaço contínuo. Tal elemento que fura a parede posterior da Capela deverá ter materialidade sólida, homogênea e contemporânea, de forma que se sobressaia como nova intervenção de fato, para que se torne consciente e intencional a ação de uma ruptura do antigo com o novo, mantendo assim um contraste fino por dentro, e robusto por fora. A “Capela do Santíssimo” está ainda na área de transição entre a Capela de São José e o novo anexo. Esse local abriga um valor extremamente forte na religião católica. Foi estudada uma possibilidade de dar maior visibilidade e retomar a importância do elemento na Capela. O sacrário está posicionado na perspectiva central da nova intervenção, apesar de não estar no interior da antiga Capela, o Sacrário está inserido em um ambiente mais amplo, emoldurada por um elemento que dá destaque aos olhos em primeiro contato com o interior do ambiente. A estrutura que abriga tais elementos permite a entrada de luz natural, tornando o ambiente mais iluminado que o interior da antiga Capela. Dessa forma, a visão do sacrário em um ambiente de luz abundante transmite a espiritualidade através de um toque simbólico vindo

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Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

dos céus.

Figura 04 e 05 : Perspectiva 3D do interior da capela e foto atual do interior da capela - comparação antes e projeto. Fonte: acervo da autora.

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A estrutura que envolve o sacrário tem a materialidade e volumetria totalmente diferentes da intervenção que perfura a Capela de São José. Sua forma abriga a simbologia e marco da história da Procissão no Morro da Cruz juntamente ao abrigo da hóstia consagrada, que é o Sacrário. A volumetria da estrutura segue a forma de uma gota, sendo referência a chuva, elemento que era o objetivo das preces e orações dos fiéis nas procissões para o Morro da Cruz. Além da água, a gota também se torna elemento que aponta para o céu, indicando que ali está a presença de Deus, e de onde Ele vem.

Figura 06 : Perspectiva 3D do exterior da capela - parte posterior - enfatizando a estrutura que abriga o sacrário. Fonte: acervo da autora. Referências BACHELARD, G. A Poética do Espaço. Editora Presses Universitaires de France, 1957.

HAWKING, S. Breves Respostas Para Grandes Questões. Rio de Janeiro. Intríseca, 2018. PALLASMAA, J. Essências. Barcelona, Espanha. Editora G. Gili, 2018. PALLASMAA, J. Os Olhos da Pele: A arquitetura e os sentidos. São Paulo: Bookman, 2011. SANTOS, C. N. S. Preservar não é tombar; renovar não é pôr tudo abaixo. In: “Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.” 1985. ZUMTHOR, O. Pensar La Arquitectura. Barcelona: Gustavo Gill, 2004.

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Guia de Orientações: Projetos, execuções e conservações de igrejas, de COBECISA. Documento elaborado pela Comissão para os Bens Culturais da Igreja da diocese de Santo André. 2016.

Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Bíblia Sagrada. Edição Pastoral. Paulus Editora, 1990.



A Caixa de Música Ambiente para experiências e aprendizado através da arquitetura impregnada de som Guilherme Antonio Sousa Macedo Orientadora: Profª. Drª. Myrna de Arruda Nascimento

O intuito deste Trabalho de Conclusão de Curso é estudar experiências sonoras e entender como elas podem agregar valor arquitetônico, estabelecendo reciprocidade entre Arquitetura e música.

Assim propondo um projeto de arquitetura prático e sustentável, passível de ser

reproduzido em demais localidades, através da materialidade propicia para acústica e composição de atmosferas. A Caixa de Música, projeto arquitetônico que apresenta um ambiente sensorial propício para o estudo, teatro para apresentações, prática e convívio com a música/ som, de forma experimental e lúdica. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/guilherme.asmacedo/docs/guilherme_macedo_-_caderno_tcc

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Resumo

Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Figura 01: modelo de projeto. Fonte: acervo do autor


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução

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Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Este Trabalho de Conclusão de Curso apresenta um ambiente de modularidade simplificada que possa ser aplicado em diferentes lugares planos em terrenos disponíveis, a fim de levar o conhecimento e experiência da música para um maior número de pessoas, estimulando o desenvolvimento da sensibilidade musical, e ampliando o horizonte cultural dos usuários. O ambiente criado utiliza-se da arquitetura para enaltecer, elucidar e ensinar sobre o som, oferecendo também a experiência de lidar com o caráter efêmero do espaço arquitetônico. Para tanto, buscamos entender como se dá a relação da propagação de som e suas variações de acordo com a modelagem do espaço arquitetônico, e a expressão do som na exploração sensorial obtida através da composição de atmosferas, que constituem o local. O produto final proposto é um espaço concreto dedicado a nos fazer experimentar e conhecer a relação da música, espaço e corpo. Para sua definição exploramos diferentes materiais e ambientações do espaço, através da sensação extraída das materialidades e da percepção das espacialidades. A partir destes objetivos, justificamos esse projeto afirmando a importância do desenvolvimento da cognição infantil a partir de experiências sonoras e lúdicas, e da sensibilidade musical para todos indivíduos. Isso se dá na Caixa de Música a partir de experiências tangíveis, possíveis de serem vivenciadas por indivíduos de várias faixas etárias, em convívio com crianças. Como é sabido que a música é considerada uma linguagem universal, partimos da exploração de recursos sonoros, produzidos pelo espaço, e pela manipulação de objetos e estruturas, para estimular a interação com os ambientes da Caixa de Música, e assim, construir um espaço voltado para educação musical. Como metodologia, adotamos a pesquisa bibliográfica em fontes sobre acústica, propagação de som e suas tecnologias, além de estudos sobre fenomenologia e o conceito de atmosfera elaborado pelo arquiteto Peter Zumthor, e também defendido por Juhani Pallasmaa, escolhido como base para a concepção futura do projeto. Também foi desenvolvida pesquisa exploratória em estudos de caso que exploram a presença do som ou a possibilidade de produzi-lo em arquiteturas, e ambientes específicos, especialmente desenvolvidas para essa finalidade. Assim, este TCC está organizado em quatro capítulos. O primeiro trata da relação entre o som e a influência deste estímulo sonoro na percepção das espacialidades, dando ênfase ao caráter primário das experiências humanas em contato com a manifestação sonora ou sua ausência. No segundo capítulo, a partir da atmosfera identificada por Zumthor como “O som do espaço”, estudamos as reflexões do arquiteto suíço, que incluem a percepção da temperatura e das materialidades exploradas na arquitetura como estímulos “táteis”, que interferem na experiência do corpo humano quando inserido no espaço construído ( dentro, transitando pelo seu interior, e fora dele, estabelecendo o diálogo entre interior e exterior). No capítulo três, apresentamos os estudos de caso e projetos que se relacionam direta e indiretamente com o tema proposto neste trabalho, com o intuito de identificar inspirações e possibilidades de ampliação do repertório conceitual e material, que será utilizado no projeto desejado. O capítulo quatro apresenta a Caixa de Música desde sua concepção até sua conclusão como projeto. Proposição Para a definição do programa partimos da reflexão sobre quais experiências musicais poderiam ser vivenciadas na caixa (edifício). Esse dado foi fundamental para definirmos ambientes e dimensões, antes de elaborarmos o programa propriamente dito. Assim, surge a Caixa de Música com o intuito de criar um ambiente lúdico, que se dispõe como experiência para desenvolver a sensibilidade humana em interação com espaços, através da forma e do som. O edifício é dividido em cinco ambientes principais dispostos de forma linear fazendo alusão à progressão e tempo musical. Através de pesquisas e análise de fornecedores para o projeto, buscou-se conciliar o melhor tipo de material para desenvolvimento acústico com produção construtiva simples e sustentável. O material escolhido foi a madeira de cedro (Cedrela fissilis), muito usada para a construção de instrumentos (violão, baixo, violino, atabaques, pandeiros etc.) devido à sua maleabilidade, facilitando trabalhar os formatos que melhor reproduzem som. O cedro foi também utilizado por permitir obter um timbre mais grave e aveludado, além de conferir uma boa sustentação de frequências, fazendo as notas

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perdurarem por mais tempo. Muito usado também em construção civil, o cedro nem sempre agrada esteticamente por sua cor avermelhada e superfície aveludada, o que, no caso deste projeto, é uma virtude, tendo em vista que a própria textura da madeira funciona como tratamento sonoro na dissipação e absorção de ondas, além da cor propor ambientes mais aconchegantes. Devido a suas diversas aplicações e condições climáticas favoráveis, o cedro é abundante na maioria das florestas tropicais principalmente na região sul do país, tornando-se um material muito usado para reflorestamento, logo a produção dessa madeira possui um impacto ambiental baixo. Sua densidade alta concede boa resistência à umidade a todo objeto arquitetônico.

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A fachada principal e entrada do edifício dá-se através do espaço teatro concha, um ambiente para apresentações musicais que ajuda a amplificar o som favorecendo concertos e apresentações. A entrada é feita diretamente na concha, com o objetivo de instigar a curiosidade e busca pela origem do som, criando a sensação de adentrar um instrumento. Como referência de construção e dimensionamento do teatro concha, foi estudado a obra Rain Amplifier do escritório Matthijs la Roi Architects, que utilizam o formato de concha para ampliar o som, além de utilizarem apenas cedro como matéria.

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Figura 02: Planta baixa do projeto. Fonte: acervo do autor


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Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Figura 03: vista do Teatro Concha. Fonte: acervo do autor Uma porta de dupla camada separa o teatro da sala de privação sonora, um ambiente para reflexão com dimensões delgadas gerando maior conforto e intimidade com o espaço. A sala evidencia o contraste da acústica de espaços, transicionando de um amplificador para um abafador sonoro, dessa forma também exemplificando para os visitantes a importância das formas arquitetônicas, suas implicações no som ambiente e como o corpo interfere no espaço. Outra porta de camada dupla ao lado oposto da entrada leva até a sala de percussão, um ambiente circular com feixes verticais de madeira que auxiliam na propagação de ondas sonoras circulares. Ao centro da sala fica uma mesa de bateria de canos de pvc com variações de tamanhos permitindo alcançar as notas desejadas através da relação de frequências e comprimento, junto à baquetas de borracha. Através de uma escadaria engastada ao lado de fora da sala é possível chegar até a cobertura onde parte do piso é feito de membranas sintéticas de percussão que ecoam para o interior da sala e de volta para fora, exemplificando a diferença sonora de ambientes internos e externos, além do auxílio da forma do espaço na emissão de sons. Entre a sala de percussão e o quarto de cordas fica o corredor de órgão metálico, feito de feixes de madeira verticais vazados, recuado em relação aos outros ambientes com paredes côncavas. Aproveitando o formato externo do edifício para captação de ventos que vibram oito tubos metálicos de órgão, sendo quatro de cada lado do corredor, criando uma escala de notas oitavas. O corredor gera a sensação de vibração trazida pelo metal com a sensibilidade dos ventos fazendo alusão as frequências musicais extremas opostas e as possibilidades de emoções. Na extremidade oposta ao teatro concha e subsequente ao corredor de órgão metálico fica a sala de cordas. Um tensionador ao chão, logo à frente da janela redonda, permite regular a tensão de cordas de harpa fixadas no teto. O som emitido pelas cordas tocadas pelos visitantes desviam na parede chanfrada e refletem na parede oposta direcionando a saída de som para a janela circular. A vibração e estética do ambiente busca ensinar como a vibração das cordas precisa de uma caixa de ressonância para soar melhor, além do sentimento de estar dentro de um violão. O corredor de órgão metálico auxilia o fluxo de ar e dispersão das ondas sonoras através da janela principal.

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Figura 04: corredor de órgão e disposição de espaços. Fonte: acervo do autor

ALMEIDA, M. SOUZA, L. BRAGANÇA, L. Bê-á-bá da Acústica Arquitetônica: Ouvindo a Arquitetura. São Carlos, 2006. BRANDÃO, E. Acústica de Salas: Projeto e Modelagem. São Paulo: Blucher, 2016. HOSEY, L. A Forma do Verde: Estética, Ecologia e Design. Island Press, 2012. Materiais, Técnicas e Processos para Isolamento Acústico – Pesquisa apresentada no 16° Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. Foz do Iguaçu, 2006. PALLASMAA, J. Essências. São Paulo: Gustavo Gili, 2018. PALLASMAA, J. Os olhos da pele. São Paulo: Bookman, 2011. ZUMTHOR, P. Atmosferas. São Paulo: Gustavo Gili, 2009.

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Referências

Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

Figura 05: sala de cordas. Fonte: acervo do autor



Uma Epopeia na Liberdade Alegoria da Memória, as bacantes nas heterotopias e os kamikazes maneiristas na paisagem urbana João Pedro Moura Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva

Figura 01 :As bacantes na paisagem urbana. Fonte: acervo do autor

econômica vigente. Seus espaços/tempo durante os séculos são cenários insolúveis quando posicionados lado a lado. Sabendo disso, o trabalho em questão busca uma possível leitura do bairro, fundamentando-se em interpretações históricas, no conceito de Heterotopia do filósofo Michel Foucault, em conceitos teóricos do arquiteto Rem Koolhaas e em personalidades da mitologia grega para elucidar poeticamente, esses espaços através de um complexo teatral na Praça Almeida Jr. A praça em questão foi o maior cenário para todas essas ocupações estranhas umas às outras. Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/joaopedro_moura/docs/tcc_uma_epopeia_na_liberdade_issu

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Historicamente, o bairro da Liberdade, sempre esteve vinculado com a especulação social e/ou

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Resumo


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução

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Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

“A cidade de São Paulo é um palimpsesto” (TOLEDO, 1983, p. 67). Como um pergaminho antigo, sua história foi apagada de tempos em tempos para vincular-se com o interesse presente em determinado momento histórico. Os espaços/tempos da Liberdade que foram raspados são condensados em três tipos diferentes:. O Espaço (Mal)dito? nasceu da mudança da Forca para a Liberdade em aproximadamente 1789. Era o lugar dos não cidadãos da acrópole paulista, ao mesmo tempo permitindo um espaço sem lei para os verdadeiros cidadãos se aventurarem sem remorso nas condições geográficas e sociais adversas. O Espaço Extasiado! nasceu na inauguração do Theatro São Paulo no antigo Largo São Paulo, em 1914. Já metamorfoseado, foi palco para a cidade burguesa, estabelecendo arquiteturas de êxtase para os corpos seduzidos pela modernização desenfreada da metrópole. O Espaço Genérico... surgiu com a chegada da Radial Leste-Oeste e a demolição de várias arquiteturas neste lugar, em 1967. Com o crescimento vertiginoso da metrópole, foi necessário o atropelamento de variadas arquiteturas para a construção de avenidas urbanas como forma de resolver o trânsito da região central da cidade. Aproveitando-se desse apagamento, surge a ideia de transformar a Liberdade em um bairro orientalizado, explorando economicamente a região. A Praça Almeida Jr. (destacada em vermelho nos mapas) é o local que mais se metamorfoseou dentro de todos os espaços/tempos apresentados sendo: chácara dos amantes, hospital, instituição de caridade, mercado de carnes, teatro burguês e avenida, em um intervalo de 147 anos.

Figuras 02 : Os 3 Espaços/tempos, em destaque vermelho para a Praça Almeida Jr. Fonte: acervo do autor Ao levantar historicamente os diversos Espaços/Tempos inseridos no bairro da Liberdade, é evidente que, superficialmente, eles não parecem ter ocorrido no mesmo lugar. São diversificados e insolúveis uns aos outros. Ler esse território como “a heterotopia das heterotopias” é assumir esses espaço/tempo com seus nós embaraçados e construir uma nova imagem de alteridade múltipla no espaço. Esses nós não precisam ser desembaraçados, precisam ser expostos, análogos a eles mesmos, ressignificando a Liberdade como o lugar da múltipla alteridade como uma grande pintura maneirista.

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Proposição

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Figuras 05 e 06 : Respectivamente O Argo e o Deus Ex Machina.Fonte: acervo do autor.

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Ao apresentar essas temporalidades, avista-se uma oportunidade poética de transparecer esses tempos no território, por meio de uma arquitetura alegórica de um Teatro. Por isso, ao assumir a alegoria como representação das memórias trançadas da Liberdade, relaciona-se esses diferentes espaços/tempo com divindades e mitos clássicos do mundo grego. De certa maneira, esses personagens amarram-se entre si com suas sucessões de estórias: Para o Espaço (Mal)dito? utiliza-se o Deus grego do submundo e Rei dos Mortos — Hades Para o Espaço Extático! utiliza-se o personagem já destacado pelo historiador Nicolau Sevcenko no Livro de referência do trabalho “Orfeu Extático na Metrópole” (1992) — Orfeu Para o Espaço Genérico... temos a presença do Deus grego Hermes, mensageiro dos Deuses, Deus do Comércio, dos ladrões e guia das almas dos mortos para o submundo de Hades. Para a temporalidade alegórica que se pretende desenvolver pela arquitetura de um teatro, utiliza-se o Deus Dioniso, Deus do Teatro, das festas, do tédio, da contemplação da vida. Para o projeto do complexo teatral da Praça Almeida Jr., há três Kamikazes (ideias projetuais) que são lançados no polígono da Praça Almeida Jr., os quais, separados, representam outras coisas: O Deus Ex Machina, o Argo e o Estaleiro, onde representam a transmutação de suas funções programáticas, arquitetônicas e fluidas de um terreno. Os kamikazes se acasalam e, pela força do evento de Oxum, os fazem serem todos amarrados. O Deus Ex-Machina é um guindaste inspirado em uma na técnica de resolução grega, de mesmo nome, para narrativas teatrais inacabáveis. Esteticamente, o guindaste pousado será o mesmo utilizado em Estaleiros de Construções navais contemporâneas, relacionando-se com a heterotopia de Foucault e as semelhanças técnicas entre navios e teatros. O Argo um edifício/composição onde cada uma de suas faces são tipologias de teatro diferentes, sendo cada fronte uma representação arquitetônica dos Espaços/Tempo da Liberdade e dos personagens mitológicos gregos apresentados. Há no mesmo objeto um teatro de arena, um teatro de palco italiano, um teatro genérico e um teatro contemporâneo. Ele é suspenso pelo guindaste do Deus ex Machina, onde movimenta-se a todo momento. Sobe, gira, inverte seus usos, ancora, é puxado e pendurado, sempre ressoando os mesmos deslocamentos de acordo com o tipo de espetáculo. O Estaleiro é a nova Praça Almeida Jr., lugar de pouso e de movimentação do Deus Ex Machina e do Argo. É um lugar sob a radial leste-oeste que agora encontra-se submersa embaixo da praça, liberando a cicatriz deixada pela avenida ao atropelar o Theatro São Paulo no Espaço Extasiado!, incorporando-a na praça. É intimamente inspirada esteticamente e discursivamente nos estaleiros de construção naval contemporâneos.


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Figura 07 : Implantação da nova Praça Almeida Jr com os kamikazes maneiristas. Fonte: acervo do autor

Figura 08 : Corte da nova Praça Almeida Jr com os kamikazes maneiristas. Fonte: acervo do autor

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Referências ALMEIDA, João Estevam Lima de. Um deus a céu aberto: Dionisos e a expressão material do teatro na paisagem da pólis na Grécia arcaica e clássica, Dissertação (Mestrado em Arqueologia) - Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. BARDI, Lina Bo, Lina por escrito: Textos escolhidos de Lina Bo Bardi, Silvana Rubino e Marina Grinover. São Paulo: Cosac Naify, 2009. BROOK, Peter, O Teatro e Seu Espaço, Petrópolis, Editora Vozes, 1970. EISENMAN, Peter, O fim do clássico: fim do começo, o fim do fim (1984), in: NESBITT, Kate, Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica (1965-1995), São Paulo, Cosac Naify, 2006, p.251. FOUCAULT, Michel, De Outros Espaços, Tunísia, Círculo de Estudos Arquitetônicos, 1967. HOMERO, Ilíada, Tradução de Christian Werner, São Paulo, Ubu Editora e SESI - SP Editora, 1ª ed 2018. KOOLHAAS, Rem, Três textos sobre a cidade: Grandeza ou o problema do grande, A cidade genérica e o Espaço-lixo, Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 2010. KUHL, Beatriz Mugayar, Contribuição para o estudo da evolução da edificação teatral na cidade de São Paulo, São Paulo, TGI/FAU-USP, sd. MÉNARD, René, Mitologia greco-romana, São Paulo, Opus, 1991. SEVCENKO, Nicolau. A cidade metástasis e o urbanismo inflacionário: incursões na entropia paulista, Revista USP, n. 63, p. 16-35, 2004. SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extático na metrópole: São Paulo, sociedade e cultura nos frementes anos 20, São Paulo, Companhia das Letras, 1992.

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TOLEDO, Benedito Lima de, São Paulo, três cidades em um século, São Paulo: Duas cidades, 1983.



Arquitetura Religiosa: Igreja Cruz Divina Maria Eduarda Senger Gioia Orientadora: Profª. Drª. Myrna de Arruda Nascimento

Figura 01 : Vista interna da igreja. Fonte: acervo do autor.

Resumo

espaço sagrado explora o simbolismo dos ritos católicos na própria arquitetura, com ênfase na fenomenologia e como as sensações e percepções geradas pela arquitetura afetam diretamente as pessoas, com o emprego de recursos de iluminação natural/artificial, de experiências com materialidades diversas e cores. O edifício projetado abriga espaços para os rituais sagrados, espaços de trabalho comunitário, espaços educativos e uma praça com área verde.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/dudagioia/docs/maria_eduarda_senger_gioia_

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Divina, cuja proposta é atender uma região específica da Diocese de Santo Amaro. O projeto do

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Este TCC apresenta o projeto de uma edificação de caráter religioso (católica), Igreja Cruz


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Introdução Este Trabalho de Conclusão de Curso apresenta o desenvolvimento de um projeto de Igreja, a Igreja Cruz Divina, cuja finalidade foi atender a uma carência de edifícios religiosos católicos no Setor Santa Catarina da Diocese de Santo Amaro. A igreja é uma linguagem material de aspectos espirituais da religião, é onde ocorrem celebrações, compromissos e o encontro dos fiéis com Cristo Ressuscitado. Os espaços religiosos contemporâneos têm assumido uma série de atividades relacionadas à prática religiosa e à participação dos fiéis nas cerimônias, ações comunitárias, pastorais etc. tornando essas experiências uma vivência da própria fé.

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Figura 02 :Vista externa da igreja na parte superior do terreno. Fonte: acervo do autor. Os fiéis que moram nas proximidades são diretamente afetados pelos encontros e desenvolvimento de projetos na vizinhança. Por este projeto abordar dois temas paralelos, arquitetura e simbologia religiosa, ele teve como objetivo projetar espaços melhores para a comunidade local, junto com o desenvolvimento de um espaço sagrado, concebido a partir da missão e simbologia de cada ambiente, seguindo o “padrão litúrgico”. A motivação para o tema deu-se em primeiro lugar, pelo interesse no poder da arquitetura de criar lugares significativos e de ambientes capazes de explorar a fenomenologia, despertar os sentidos, emoções e desencadear experiências sensíveis nos usuários em geral. Em segundo lugar, devido a experiências pessoais da autora ao vivenciar e frequentar espaços religiosos, nessa região, voltados para o exercício da fé católica, soma-se a oportunidade de se propor um edifício que resgata as múltiplas simbologias que o edifício sagrado possui, além de possibilitar o projeto de espaços que atendam à comunidade das imediações da implantação escolhida. A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico, levantamento de dados sobre as igrejas, implantações e datas junto à Diocese, análise e estudos de caso de projetos de edifícios religiosos e a produção do projeto da igreja e dos espaços comunitários correspondentes. Foram realizadas consultas bibliográficas sobre livros relacionados à arquitetura religiosa, ao catolicismo, produzidos pela CNBB, Conferência Nacional de Bispos do Brasil. Para o levantamento teórico deste trabalho, as principais referências utilizadas foram as teorias dos arquitetos Peter Zumthor e Juhani Pallasmaa, sobre a experiência sensorial gerada pela arquitetura. Além dos estudos de caso de igrejas

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que serviram como base e referência para a produção do projeto final. Estas pesquisas subsidiaram o desenvolvimento do projeto, que incorporou ainda decisões sobre a implantação, questões técnicas estruturais, aspectos relacionados a acessos e circulação, uso e distribuição dos espaços, e paisagismo. Concluído o projeto, o TCC está organizado em 5 capítulos. O primeiro capítulo trata do ponto de partida e base de todo trabalho. O segundo apresenta os espaços que constituem a igreja católica, as tipologias de igrejas existentes e liturgias. No terceiro apresentamos desde a Diocese de Santo Amaro, até o Setor escolhido para o desenvolvimento da proposta. O quarto capítulo apresenta referências projetuais de igrejas e templos religiosos e reúne vários subcapítulos com estudos de casos mais aprofundados. O último capítulo é sobre o projeto da Igreja Cruz Divina.

Proposição O terreno está localizado na Rua Emílio de Sousa Docca, no bairro Jabaquara. É um terreno de aproximadamente 2990m² livre, com três frentes em diferentes ruas. O partido do projeto levou em consideração o terreno que apresenta uma topologia acentuada e tiramos proveito dessa situação trazendo as curvas para o edifício também. O programa também influenciou nesse ponto para entender

Um ponto de extrema importância no projeto foi explorar a luz natural e a reverberação dela no espaço interno para gerar sensações nos usuários. A presença de vitrais ao redor da igreja para gerar um efeito interno através dessa luz externa. Os vitrais com 2,5m de largura que pegam os dois pavimentos de cima a baixo, nos tons de azul que remetem o céu e remetem paz, e com isso percebemos como as cores podem gerar sensações nas pessoas. Já do lado de fora, o vidro é um tom de cinza bem escuro que faz contraste com o branco das paredes.

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Figura 02 : Planta Implantação. Fonte: acervo do autor.

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como seria sua distribuição e como os espaços internos e externos iriam se relacionar.


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A luz artificial também foi pensada e distribuída de forma a simular uma cruz de luz sobre toda a comunidade. A mesma cruz está presente no chão e seu ponto de encontro se tornou o altar onde ocorre a consagração do corpo e sangue de Jesus Cristo. A imagem da cruz, para a religião, foi o caminho de Jesus Cristo até o céu e é o caminho de cada um de nós, então a cruz esteve presente em várias partes do projeto, daí o nome Igreja Cruz Divina.

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Figura 02 : Vista interna dos vitrais e Via Sacra. Fonte: acervo do autor.

Figura 02 : Vista interna com iluminação artificial. Fonte: acervo do autor.

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O edifício apresenta dois pavimentos para comportar todos os usos necessários, o inferior ficou definido para usos comuns da igreja como secretaria, salas de catequese, salão de festas, cozinha. O segundo pavimento comporta o espaço para celebração, com sacrário, batistério e presbitério.

Figura 02 : Cortes AA e BB. Fonte: acervo do autor Referências CNBB. Conferência Nacional de Bispos do Brasil. Orientações para Projeto e Construção de Igrejas e Disposição do Espaço Celebrativo. Edições CNBB, 2013. 2a Edição revisada e ampliada, 2015.

GOMES, Wanessa Eduarda de Lima. Modernidade e Contemporaneidade entre Liturgia e Arquitetura Sacra no Brasil. Trabalho De Conclusão de Curso, Faculdade Damas da Instrução Cristã, 2019. GUTIERREZ, Gabriella Neri. Arquitetura do Sagrado: percepção, sensação e reflexão. Trabalho de Conclusão de Curso, Centro Universitário Senac, 2016. MELLO, Ricardo Bianca de. A cultura da crença: uma reflexão sobre o espaço simbólico e o simbolismo na arquitetura religiosa. 2007. 256 p: il. Dissertação de Mestrado (Área de concentração: Projeto de arquitetura) FAUUSP, São Paulo, 2007. MILANI, Eliva de Menezes. Arquitetura, Luz e Liturgia: um estudo da iluminação nas igrejas católicas. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006. PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: A Arquitetura e os Sentidos. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. ZUMTHOR, Peter. Atmosferas. Birkhäuser, 2006.

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FAUST, Eduardo. Criatividade no Planejamento de Obras na Paróquia. Revista Paróquias & Casas Religiosas, ano 8, número 46, janeiro-fevereiro 2014. São Paulo: Promocat Marketing.

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CNBB. Conferência Nacional de Bispos do Brasil. Projetar o Espaço Sagrado - O que é e Como se Constrói uma Igreja. Edições CNBB, 2019.



Entre textura e estrutura Ensaio sobre a Arquitetura Moderna Paulistana Mariana Chagas Ferreira Orientadora: Profª. Drª. Myrna de Arruda Nascimento

Figura 01: Ensaio fotográfico/ composições da coleção. Fonte: acervo da autora

Resumo Este trabalho estuda como os princípios elementares do Modernismo brasileiro, identificados

conexões artísticas entre arquitetura e vestuário nas vanguardas e em produções atuais, relacionando-as estética e conceitualmente. A simplicidade das formas geométricas, a racionalidade e a necessidade de mudança dos paradigmas tradicionais, presentes na Arquitetura Moderna, incorporam em sua matriz a ideia de molde, padrão e reprodução em série que o universo da Moda contempla. O ensaio assume a produção de uma coleção de peças de roupa inspirada em três edificações modernas de São Paulo, desenvolvida a partir da vivência destes espaços e de seu estudo e, posteriormente, de ensaios e experimentações. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/marichagas6/docs/mariana_chagas_ferreira_impressao

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vestuário contemporâneo. Com este objetivo, a pesquisa discorreu sobre as possíveis

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em três projetos da Arquitetura Moderna Paulistana, podem ser aplicados no design de


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Introdução A proposta pretende entender como o princípio do Modernismo pode ser aplicado no design de vestuário partir de uma narrativa estética e conceitual e, com isso, visa discorrer e ensaiar sobre as possíveis conexões artísticas entre arquitetura e vestimenta, relacionando-as estética e conceitualmente. Assim, o objetivo deste projeto é produzir um ensaio sobre os conceitos da Arquitetura Moderna Paulistana, levando em conta aspectos como geometria, cor, texturas, elementos visuais, padrões e repetições, revestimentos frequentes e materiais, o peso e a leveza de elementos estruturais, além de princípios filosóficos e conceituais norteadores de três obras selecionadas da arquitetura brasileira desse período: a Residência do arquiteto (1948) de Vilanova Artigas; a Casa Modernista (1927) de Gregori Warchavchik, e a Casa de Vidro (1950) de Lina Bo Bardi. Essas obras foram selecionadas por serem residências de arquitetos, pensadas para seu próprio uso; tendo total liberdade de revelar o modo como pensavam a arquitetura na época, sem nenhum controle e nenhuma restrição de clientes. Com a necessidade de compreender os pressupostos do movimento modernista e sua expressão no contexto mundial, a primeira parte da pesquisa se baseia em quatro correntes do Movimento Moderno, propostas por Giulio Carlo Argan (1992): o Racionalismo Formal, o Metodológico-Didático, o Ideológico e o Racionalismo Formalista. Todas tiveram como resultado produções na área da Arte, Arquitetura e Design. Os estudos de caso apresentados visam entender a correlação entre racionalismo moderno, arquitetura e vestimenta, tanto em exemplos contemporâneos, quanto dentro do próprio movimento moderno – por exemplo, a Antimoda das escolas soviéticas, que menciona a libertação de uma moda burguesa refém da estética, os pioneiros raciocínios sobre sustentabilidade e funcionalidade, além das

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propostas sobre vestuário sem gênero (Fig.02 e 03).

Figuras 02 e 03: Quadros da coleção Arte na Vida Cotidiana. “Como fazer um vestido de escola”, e “Como fazer um vestido em casa”, respectivamente. Fonte: Acervo digital público: Biblioteca Estatal da Rússia. Após a fundamentação sobre o movimento moderno brasileiro e internacional, foram desenvolvidas experimentações empíricas tendo em vista a produção de vestuários relacionados ao tema. A estratégia adotada para a pesquisa sobre o Movimento Moderno e a Arquitetura Moderna Paulistana, bem como para a composição das peças de roupa, foi a pesquisa bibliográfica, as visitas de campo e a análise de fotografias e percepções a partir de visitas in loco às três obras arquitetônicas, além de pesquisa exploratória sobre produções de outros autores com ensaios de moda ou design.

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Proposição A partir da análise fundamental, seguida da análise sensorial das três residências dos arquitetos e estudos de caso, foram reunidos e sintetizados os conceitos que os nortearam em sua trajetória por São Paulo, por exemplo, os prismas, linhas e repetições utilizados nas casas de Gregori Warchavchik; a função das cores e os conceitos do Brutalismo estabelecidos por Artigas; e a leveza, a cultura e a vernaculidade exploradas por Lina Bo Bardi. Cores, formas, detalhes, aberturas, transparências, materialidades, encontradas a partir desse exercício de síntese, foram traduzidas para um projeto de vestimentas. Neste sentido, a concepção, o modo de fazer, desde o desenho dos moldes até a escolha de cada tecido, detalhes particulares e a prospecção de possibilidades alinhadas com as reflexões apresentadas sobre cada residência e cada arquiteto, fizeram parte do processo criativo. Por fim, definidas as composições, procedeu-se a execução de cada peça e, posteriormente, o ensaio fotográfico com convidados para performar com as vestimentas. O processo de desenvolvimento da coleção elegeu como procedimento a escolha de palavraschave que captassem a essência desses lugares e das particularidades desses arquitetos singulares; assimilando a relação entre cor, textura e tecido, trazendo detalhes das casas e elementos da linguagem arquitetônica. A partir deste exercício, seguiu-se com a seleção de tecidos que traduzissem a percepção do espaço, fazendo, enfim, os croquis das peças, de forma a assumir esse papel entre matéria prima e

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Figura 04: Painel conceitual da Segunda Residência de Vilanova Artigas, com palavras chaves que descrevem a experiência sensorial. Fonte: Fotos da esquerda - https://www.nelsonkon.com.br/casa-vilanova-artigas/ Fotos da direita - acervo da autora

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materialidade.


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Figura 05: Painel de processo de criação da vestimenta, com os tecidos escolhidos para a composição e croquis. Fonte: acervo da autora Os resultados desse projeto são três composições, totalizando oito peças feitas sob medida para cada modelo. Cada conjunto, assim como cada modelo que as vestiu, representa uma residência dos arquitetos estudados. Os protótipos foram elaborados buscando romper com os métodos tradicionais da produção da moda, visto que a geometria da arquitetura aplicada nos moldes não corresponde ao método clássico de desenho dessas peças, além de romper também com a identidade de gênero em todas as roupas da coleção. Ao final das experimentações, foi feito um ensaio fotográfico e audiovisual

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para apresentação e documentação do trabalho.

Figura 06: Desenho técnico da composição. Fonte: acervo da autora

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Figura 07 e 08: Ensaio fotográfico / composições da coleção. Fonte: acervo da autora Referências ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna (1970). Cap. 6, A época do funcionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1992 BUZZAR, Miguel Antônio. João Batista Vilanova Artigas: elementos para a compreensão de um caminho da arquitetura brasileira, 1938-1967. São Paulo: Editora Unesp, Editora Senac São Paulo, 2011 Gregori Warchavchik. Acerca da arquitetura moderna. In: XAVIER, Alberto. Depoimento de uma geração (1987). São Paulo: Cosac Naif, 2003

LEITE, Tamires Moura Gonçalves. O Experimento da Roupa Construtivista na União Soviética. XXIX Simpósio Nacional de História, Brasília, Julho de 2017. LEITE, Tamires Moura Gonçalves. As estampas Liubov Popova e Varvara Stepanova e o “novo modo de vida soviético”. 2019. 73f. Dissertação (mestrado em Ciências) - Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. Versão original. OLIVEIRA, Olivia de. Lina Bo Bardi: Obra construída, Built Work. São Paulo, Barcelona, Romano Guerra, Gustavo Gili, 2006 RICKEY, George. Construtivismo: Origens e Evolução (1967). São Paulo: Martins Fontes, 2002. STANGOS, Nikos. Conceitos da Arte Moderna: com 123 ilustrações (1974). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000 Vilanova Artigas. A arquitetura moderna brasileira. In: XAVIER, Alberto. Depoimento de uma geração (1987). São Paulo: Cosac Naif, 2003 WICK, Rainer. Pedagogia da Bauhaus (1982). São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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Le Corbusier: A Carta de Atenas .Estudos Urbanos. São Paulo: Edusp, 1993.

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GRINOVER, Marina Mange. Uma ideia de arquitetura: escritos de Lina Bo Bardi / Marina Mange Grinover. - São Paulo : 2010



A Tectônica da natureza incorporada: Experimentações e projeto de elementos naturais para constituir outras atmosferas no Pinheiral Rodrigo Queiroz Nunez Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva

Figura 01: Processo. Fonte: acervo do autor

enfraquecimento da materialidade. No entanto, esses materiais não passam de simulações, que estimulam nossa visão a enxergar o “belo” e ignoram os outros sentidos, limitando nossas experiências espaciais entre o corpo e o espaço. Já os materiais naturais como a madeira ou a pedra, permitem que nossa visão penetre em sua superfície nos convencendo de sua veracidade. O projeto é composto por um conjunto de elementos arquitetônicos distribuídos numa área com forte presença da natureza, conhecido como Pinheiral, localizado no extremo sul de São Paulo.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/rodrigoqueiroz26/docs/rodrigo

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A superficialidade da construção atualmente é reforçada por um senso de

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Resumo


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Introdução O trabalho, trata-se de uma investigação sobre como a arquitetura que incorpora características da natureza carregando as marcas, as texturas, os significados e memória afetam nossos sentidos por meio de atmosferas criadas, ao ponto de permitir uma experiência do mundo pelo nosso corpo. O local escolhido para ser implantado o projeto é conhecido pelas pessoas que moram nas proximidades como Pinheiral, é um local afastado do cotidiano urbano e, ao mesmo tempo está muito próximo de um pequeno bairro no extremo sul da cidade de São Paulo, conhecido como Jardim Silveira.

Figura 02: O Pinheiral. Fonte: Google Earth e manipulado pelo autor Geralmente, as pessoas vão até o local para conversar, fazer luaus com os amigos, observar as estrelas, ascender fogueiras e, principalmente o lugar é entendido como um refúgio para aqueles que desejam passar um tempo a sós com o próprio pensamento. Algumas pessoas vão para ler em meio ao som relaxante do vento balançando os pinheiros, e há aqueles que procuram um pouco de inspiração para escrever ou desenhar. É um lugar que está vivo na mente das pessoas, que pode ser ocupado de acordo com a vontade de cada um, que possibilita experiências e imaginação para realizar atividades sozinho ou acompanhado.

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Figura 03: O Pinheiral. Fonte: acervo do autor O projeto é composto por um conjunto de elemento arquitetônicos distintos: sendo o espaço de convívio, o memorial para as árvores que foram incendiadas ou derrubadas, um mirante, um espaço espiritual, o anfiteatro e toda a infraestrutura de banheiros e bebedouros. Cada projeto possui uma aproximação com o local e suas principais características, como as cinzas deixadas pelo fogo os padrões encontrados nas plantas e troncos de árvores, além do efeito da luz que atravessa o vazio entre as folhas. Todos os detalhes se tornam uma nova referência para transformar o lugar em um espaço existencial habitável que se estrutura na base de significados, valores e experiências refletidos por cada indivíduo ou grupo.

Proposição Cada um dos seis projetos são um micro sistema que fazem parte de uma macro organização dentro do Pinheiral, apesar de se conectarem, cada uma funciona de forma independente e cada espaço foi pensando para estimular os sentidos em conjunto.

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O espaço de convívio Em todo o Pinheiral há bases de troncos que restaram das árvores que foram derrubadas, onde a natureza foi capaz de se adaptar e gerar uma nova vida em seu interior. As formas dessas bases isolam as plantas formando um microssistema, e ao replicar esses espaços aumentando sua escala, é possível obter um ambiente de encontro e permanência para as pessoas formado por estruturas orgânicas.

Figura 04: diagrama: acervo do autor Figura 05: planta. Fonte: acervo do autor Figura 06: perspectiva. Fonte: acervo do autor

Figura 08: implantação. Fonte: acervo do autor Figura 09: inserção. Fonte: acervo do autor O mirante A forma do mirante surge a partir dos padrões encontrados nos troncos das árvores, ele é composto por dois espaços que se complementam. O primeiro é uma praça rebaixada no topo da montanha, onde os degraus evocam um desenho topográfico criando uma cratera, em alguns momentos são mais estreitos e em outros são mais largos, desta forma podem ser utilizados para se sentar ou deitar, além da área livre no centro ocupada por bancos de concreto espalhados pela área; o segundo espaço é o próprio mirante, que se estende pelo penhasco aproximando o visitante da copa das árvores, onde é possível escutar de perto o barulho do vento balançando os galhos e ter uma visão das casas no horizonte.

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Figura 07: diagramação de formação da estrutura. Fonte: acervo do autor

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O memorial No dia 28 de Julho de 2020 houve um incêndio no Pinheiral, queimando boa parte dele. Ninguém soube dizer se foi intencional ou um acidente, mas mesmo depois de dias ainda era possível sentir o cheiro das cinzas que exalava no local e boa parte do cenário mudou completamente, o preto e o cinza tomaram conta do espaço que antes pertencia ao verde. Esse evento se tornou o ponto de partida para projetar o espaço em memória às árvores que foram queimadas no incêndio e também para aquelas que por algum motivo haviam sido derrubadas.


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Figura 10: implantação. Fonte: acervo do autor Figura 11: corte. Fonte: acervo do autor Figura 12: inserção. Fonte: acervo do autor Espaço sagrado o contrário do Memorial, que é destinado à morte, este espaço se refere à vida. Apesar de ser um local escuro e úmido, as aberturas no teto projetam pilares de luz como se divindades pousassem no seu interior trazendo a vida. É um lugar calmo, os únicos sons presentes são da própria natureza se comunicando. A luz que entra no local, além de simbólica, faz com que o corpo sinta seu calor e proporciona um cenário dramático.

Figura 13: estrutura da cobertura. Fonte: acervo do autor Figura 14: perspectiva interna. Fonte: acervo do autor Figura 15: inserção. Fonte: acervo do autor

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Anfiteatro O anfiteatro é uma estrutura que desprende o volume arquitetônico do solo, uma característica que esteve por muito tempo associada à ideologia de Le Corbusier e seu discurso do uso de pilotis. Atualmente na arquitetura essa estratégia visa libertar o terreno do domínio da arquitetura, promovendo um vazio arquitetônico que forma um espaço real definindo a relação entre arquitetura e território.

Figura 16: planta. Fonte: acervo do autor Figura 17: corte. Fonte: acervo do autor Figura 18: inserção. Fonte: acervo do autor

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Infraestrutura Como último projeto, foi proposto um sistema de infraestrutura para que as pessoas possam utilizar o banheiro ou beber água. Essa estrutura foi pensada para ser distribuída pelo Pinheiral em três pontos diferentes, como um espaço intermediário entre os principais destinos e sem se firmar como um agente dominante que pudesse se transformar em convenção de uso. Embora a estrutura tenha sido pensada para se repetir, cada uma assume uma forma diferente devido ao método construtivo, onde há camadas que servem como molde para o espaço interno, que aos poucos vai sendo coberto por concreto até confinar totalmente o volume, em seguida, são feitos os devidos recortes da entrada e abertura zenital.

Figura 19: planta. Fonte: acervo do autor Figura 20: perspectiva interna. Fonte: acervo do autor Figura 21: inserção. Fonte: acervo do autor

Referências AMARAL, I, (2009). Quase tudo que você queria saber sobre tectônica, mas tinha vergonha de perguntar. Pós. Revista do programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, (26), 148-167. BLOOMER, Kent C.; Moore, Charles W., - Cuerpo, memoria y arquitectura, H. Blume (1 de Janeiro 1983) CABERTI, Simone, Da imagem à atmosfera: A materialização da obra de Peter Zumthor, Faculdade do Porto. 2012-2013. CANTALICE II, Aristóteles de Siqueira Campos, Descomplicando a tectônica: três arquitetos e uma abordagem / Aristóteles de Siqueira Campos Cantalice II. – Recife, 2015.

PALLASMAA, Juhani, 1993 – Habitar / Juhani Pallasmaa; [tradução e revisão técnica Alexandre Salvaterra]. – São Paulo: Gustavo Gilli, 2017. PALLASMAA, Juhani, Essências / Juhani Pallasmaa; [tradução de alexandre Salvaterra]. – São Paulo: Gustavo GIlli, 2018 PALLASMAA, Juhani, Os olhos da pele: a arquitetura e os sentdos / Juhani Pallasmaa; tradução técnica: Alexandre Salvaterra. – Porto Alegre: Bookman, 2011. 76p.: 23cm ZUMTHOR, Peter, Atmosferas: Entornos arquitectónicos – As coisas que me rodeiam; [tradução técnica: Astrid Grabow]. Editora Gustavo Gili.

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HOLL, Steven,Cuestiones de Percepción: Fenomenologia de la arquitectur: [tradução: Igor Fracalossi], GustavoGili, (2011)

Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo

GUATELLI, Igor, Arquitetura dos entre-lugares: sobre a importancia do trabalho conceitual / Igor Guatelli – São Paulo: Editora Senac São Paulo 2012


ensaios


Arquitetura do EdifĂ­cio

TCC 2

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Projeto CEMEI Centro Municipal de Educação Infantil Amanda Karoline da Silva Zillig Orientador: Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini

Figura 01 : Projeto CEMEI. Fonte: acervo do autor

Resumo O Projeto CEMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) partiu de todo o estudo realizado durante o tcc1, com base no processo histórico da educação, pesquisas e estudos de caso realizados. A partir disso e com base no que seria um espaço ideal para um ambiente escolar preparado para receber crianças de 0 a 5 anos, foi criado o programa que deu início ao

natural. Uma escola projetada para que os anos iniciais da educação de uma criança seja especial, em um ambiente preparado para atender todas as necessidades. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/amandazillig2974/docs/amanda_zillig_-_issuu

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bem estruturado, divertido, aconchegante, com boa ventilação e grande uso de iluminação

Arquitetura do Edifício

projeto, sendo resolvido em uma planta térrea, comportando 140 alunos em um espaço amplo,


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Introdução Projeto CEMEI – Centro Municipal de Educação Infantil A Educação Infantil tem grande relevância nos anos iniciais de uma criança, sendo responsável por grande parte de seu desenvolvimento e processo de aprendizado. É durante essa etapa de vida que ocorre o desenvolvimento humano e social da criança, evoluindo de forma cognitiva, tendo contato com diversos objetos, com a arte, cultura, e toda a estrutura escolar que auxilia a essa evolução. Também com finalidade de complementar a ação da família, no qual hoje se divide com a escola, tendo em vista o novo papel da mulher na sociedade e a necessidade de um ambiente preparado para receber e desenvolver a formação dessas crianças na ausência dos pais. Requerendo assim o projeto de creche e educação infantil. A Arquitetura dentro de uma escola é essencial para o bom desenvolvimento de seus alunos, pois sua organização física pode ter grande influência com o aprendizado, convivência e adaptação de uma criança no ambiente escolar. Esse trabalho tem como objetivo projetar um Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI), aplicando a Arquitetura de uma forma a potencializar o ambiente, auxiliando os professores no processo de aprendizagem, convivência, integração, de fato tornando o ambiente escolar mais interativo, aconchegante e ajudando no desenvolvimento da criança. A metodologia usada se dá em pesquisas realizadas entre textos, livros, videos, pesquisas na internet, e reuniões via chamadas de vídeo, com profissionais de educação no qual abordam o tema em questão. Dentre elas estão as análises do processo histórico das escolas e também os estudos de caso realizados. Um exemplo deles é o Jardim Municipal Coronel Dorrego, centro educacional destinado para crianças de 0 á 5 anos que teve como objetivo gerar igualdade e oportunidade de estudo em um ambiente de qualidade para todas as crianças da cidade, considerando sua implantação em um local

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que não possuem instituições de ensino público para essa faixa etária.

Figuras 02 e 03 : Jardim Municipal Coronel Dorrego Fonte: Archdaily

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Proposição Com todas as análises e estudos de caso realizados, foi dado início ao projeto CEMEI. As CEMEIs são unidades que contam, no mesmo endereço, com um CEI (Centro de Educação Infantil), onde são atendidas crianças entre 0 e 3 anos, e uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), para as que têm entre 4 e 5 anos. O terreno escolhido para e implantação da unidade CEMEI está localizado no Distrito Cidade Dutra e sua escolha se da pelo levantamento de dados. Com esse levantamento foi notado um grande adensamento de residências na região e a falta de equipamentos voltado para crianças de 0 a 5 anos, além de um bairro com alta taxa de vulnerabilidade social. A partir disso foi realizado o programa qual deu estrutura ao projeto. Alguns critérios para a realização de um bom programa foi criar um ambiente aconchegante, estimulante, com boa iluminação natural e condicionantes físicos. O programa foi organizado entre setores acontecendo em torno do pátio central da escola, onde também dá apoio a toda circulação. Com essa organização, se tem uma escola ampla com grandes espaços de convivência e interação dos alunos. Salas de aula com grandes portas, conta com uma boa

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Figura 04 : Programa - Layout : acervo do autor

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iluminação natural e um ambiente confortável.


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Na parte externa da escola, onde acontece o desenho de piso, criando caminhos de passagens e passeios sobre todo o terreno. Também, local de parada para a chegada dos alunos, vagas de visitantes e funcionários e acesso de carga e descarga.

Figura 05 : Cortes. Fonte: acervo do autor Com os cortes realizados é possível identificar a diferença entre o pé direito de 3 metros da edificação e o pé direito de 6 metros da cobertura em arco acontecendo sobre a parte externa da escola. E assim se torna claro a grande circulação de ar e boa iluminação natural por todo o ambiente escolar. Tornando-o um ambiente claro e confortável para os alunos

Referências Escola e Educação. Disponível em <https://escolaeducacao.com.br/historia-da-educacao-no-brasil/> Acesso em: 5 de meio, 2020. FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Disponível em <http://www.fde.sp.gov.br/?AspxAutoDetectCookieSupport=1> Acesso em: 5 de abril, 2020. Geosampa. Disponível em < http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx > Primeiro Acesso em: 23 de março, 2020. Governo do Estado de São Paulo. Disponível em <https://dados.educacao.sp.gov.br/> Acesso em: 18 de abril, 2020. IBGE - Censo 2010. Disponível em <https://censo2010.ibge.gov.br/sinopseporsetores/?nivel=st > Acesso em 19 de maio, 2020. Linha Histórica da Arquitetura Escolar do Brasil. Disponível em <https://germinai.wordpress.com/textosclassicos-sobre-educacao/linha-historica-da-arquitetura-escolar-do-brasil/> Acesso em: 4 de maio, 2020.

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MENDONÇA, Fernando Wolff. Teoria e Prática na Educação Infantil. Maringá, PR: UNICESUMAR, 2013. Portal INEP - Censo Escolar. Disponível em < http://portal.inep.gov.br/web/guest/censo-escolar> Acesso em: 19 de maio, 2020. Prefeitura de São Paulo. Disponível em <http://www.capital.sp.gov.br/noticia/centro-municipal-deeducacao-infantil-cemei-atende-mais-de-300-criancas-no-jardim-noronha> Acesso em: 14 de abril,2020.

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ROBINSON, Ken; AURONICA, Lou. Escolar Criativas: A revolução que está Transformando a Educação. 1 ed. São Paulo, Penso, 2018. RODRIGUES, David(org.). Inclusão e Educação: Doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo, Summus, 2006.

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ROMANELLI - DE OLIVEIRA, Otaíza. História da Educação no Basil. São Paulo, Editora Vozes, 2014.



Complexo Olímpico Parelheiros Esportes Aquáticos, Ginásticas e Lutas Amanda Yamamoto Valdemar Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian

Figura 01: Vista Cobertura. Fonte: desenvolvida pela autora.

Resumo Este trabalho é o resultado de uma pesquisa para a proposição de um equipamento público de esportes e lazer no distrito de Parelheiros, na cidade de São Paulo. A partir de levantamentos e procura por carências, entendendo as questões de desigualdade e

apoia, principalmente, esportes aquáticos, ginásticas e lutas, além de disponibilizar lazer à população local.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/home/published/amanda_yamamoto_issu

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as decisões tomadas para chegar ao produto final: o projeto de um Complexo Olímpico que

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vulnerabilidade social presentes na região, foram demonstrados a partir de argumentos e dados


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Introdução Justificativa A escolha de Parelheiros veio de uma motivação pessoal por conhecer a região, além de grande parte da minha família materna residir no distrito. Durante a pesquisa, comecei a perceber carências na população local, trazendo a questão da vulnerabilidade e desigualdade social. Em comparação a outros distritos, como o da Consolação que tem a menor taxa de crianças em vulnerabilidade social da cidade, Parelheiros está muito desassistido, a discrepância entre a quantidade de equipamentos dos dois distritos é muito grande, a Consolação tem muitos equipamentos de lazer, esportes e cultura. A prática de esportes traz inúmeros benefícios para o corpo e para a mente, principalmente no desenvolvimento das crianças e adolescentes, inclusive ajudam na diminuição da evasão escolar. Então, implantando um Complexo Olímpico em Parelheiros busco além de disponibilizar lazer e práticas esportivas à população, revelar talentos e diminuir essas taxas tão tristes de vulnerabilidade infantil.

Decisões Como primeira decisão, escolhi um raio de influência 10km a partir do terreno imaginando que o trajeto mais longo para chegar ao equipamento demoraria menos de 60 minutos utilizando o ônibus como meio de transporte. O raio atinge 4 distritos: Parelheiros, Marsilac, Cidade Dutra e Grajaú, alcançando indiretamente uma população de 741 mil habitantes. Entendendo que o equipamento busca introduzir o esporte olímpico e treinar atletas, o público alvo são crianças e adolescentes acima de 4 anos, pois a partir desta idade já andam e se comunicam sozinhas. Separando a população dos 4 distritos atendidos, e selecionando apenas as idades que serão atendidas, o número atingido foi: 158.281 crianças e adolescentes. A porcentagem decidida de quem utilizará diariamente o equipamento é de 2%, o que dá cerca de 3 mil usuários diários. A decisão de quais esportes seriam trabalhados no equipamento foi decidida a partir de um levantamento feito pelo google maps. Inicialmente decidi que seriam 3 esportes, então procurei em todos os quatro distritos que o raio de influência atinge quais eram os esportes mais relevantes. O levantamento foi feito em duas categorias: ▪ Equipamentos Públicos: que englobam os SESCs e CEUs do raio (SESC Interlagos, CEU Cidade Dutra, CEU Vila Rubi, CEU Três Lagos, CEU Navegantes e CEU Parelheiros); ▪ Equipamentos Privados: que enquadram todas as academias e escolas esportivas do raio, além de quadras, campos e ginásios poliesportivos que não são públicos.

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Após ao levantamento, os três esportes que mais se destacaram foram: Ginástica Artística, Natação e Taekwondo. Com os esportes decididos, foi entendido que trabalhar apenas eles não seriam suficientes, mas sim aproveitar e acrescentar esportes similares: Esportes Aquáticos:

Ginásticas:

Lutas:

▪ Nado Sincronizado;

▪ Ginástica Artística;

▪ Judô;

▪ Natação;

▪ Ginástica Rítmica;

▪ Karatê;

▪ Polo Aquático;

▪ Ginástica de Trampolim.

▪ Lutas Olímpicas; ▪ Taekwondo.

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▪ Saltos Ornamentais. 54


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Proposição O partido O projeto foi desenvolvido a partir de sua composição volumétrica, com formas muito simples e tamanhos muito específicos pois todos os equipamentos e áreas necessárias para os esportes tinham tamanhos determinados, além de toda a disposição ter sido feita respeitando a massa arbórea do terreno. Também sempre trazendo a intenção de haver um caminho fluído que levasse de uma ponta a outra do complexo.

Figura 02: Diagrama Partido. Fonte: desenvolvida pela autora. O programa O programa foi todo distribuído por categorias, resultando em 2 edifícios descolados um do outro. O edifício de esportes abriga todos os ginásios conectados através de uma cobertura, a área de saúde e apoio ao atleta, e a coordenação esportiva. Já no edifício hotel, há toda a área de convivência, os alojamentos, área de funcionários e manutenção. A implantação Na entrada do complexo nos deparamos com uma pequena praça de recepção que acaba dividindo os caminhos e as ruas internas do terreno, distribuindo as pessoas e os veículos para as diferentes áreas. Seguindo, há uma grande praça inclinada que vence 6 metros de desnível em 105 metros de extensão,

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Figura 03: Implantação. Fonte: desenvolvida pela autora.

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chegando aos edifícios


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Os volumes foram organizados de forma simples, respeitando todas as medidas e tamanhos necessários. Há diversas praças ao longo do caminho que passa pelos edifícios, além de uma grande praça coberta entre os ginásios no edifício de esportes e uma pista de corrida no fundo do terreno. O estacionamento administrativo e de ônibus fica atrás do ginásio de lutas/ginásticas, possuindo uma área de desembarque para ônibus que não ficarão estacionados ali e até mesmo pais que venham apenas deixar seus filhos. A caixa de água que atende o edifício de esportes foi definida levando em conta a decisão feita anteriormente de 3 mil usuários diários, considerando 50 litros por pessoa resultamos em 150 mil litros por dia. Ao convertemos este resultado para metros cúbicos, se obtém o valor de 150 m³. Os anéis de concreto possuem um diâmetro de 3m, então a altura final da caixa d’água foi de 26m contando com a platibanda e uma casa de equipamentos abaixo do reservatório.

Figuras 04 e 05: Praças. Fonte: desenvolvida pela autora. O edifício de esportes São três ginásios: ginásio aquático; ginásio de lutas e ginásticas; e ginásio poliesportivo. No meio do ginásio aquático e do ginásio de lutas/ginásticas há um grande bloco de dois pavimentos que abriga toda a área de saúde e poio ao atleta, ele está entre dois corredores paralelos que dão a sensação de um túnel (apenas para pedestres) provocando vislumbres dos treinos através de uma única fileira horizontal de vidros. A estrutura dos ginásios é formada por uma malha de treliças metálicas apoiadas em polares também metálicos. Enquanto a do edifício central utiliza vigas ao em vez de treliças. O que une todo o edifício é a grande cobertura de vidro que está apoiada em uma interessante estrutura metálica espacial, que é sustentada por pilares árvores. As fachadas são todas envidraçadas e vedadas por ripas coloridas. A leste e a oeste estão tampadas

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por questão de conforto térmico, a norte e a sul são puramente por motivos estéticos.

Figuras 06 e 07: Interno edifício esportes. Fonte: desenvolvida pela autora.

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O edifício hotel/alojamentos O hotel foi solto do edifício principal ao longo do desenvolvimento do projeto, ele possui 4 pavimentos. Nos dois primeiros, estão as áreas de convivência, restaurante, auditório, área de funcionários e manutenção. E nos dois últimos estão os alojamentos. Cada unidade possui capacidade para até 3 atletas, todas são totalmente acessíveis e possuem uma pequena sacada que ajuda a compor a fachada do edifício. Na questão estrutural, os dois primeiros pavimentos utilizam treliças apoiadas em pilares pois em certas áreas, como o auditório e saguão, há pé direito duplo. A partir do 2º andar há a transição para vigas e acréscimo de mais pilares. A fachada do hotel segue a materialidade do outro edifício, brincando com as cores em suas sacadas e guarda-corpos.

Figuras 08 e 09: Vistas fachadas. Fonte: desenvolvida pela autora.

Referências BORELLI, Elizabeth. Vulnerabilidades sociais e juvenil nos mananciais da zona sul da cidade de Sâo Paulo. São Paulo: Universidade Católica de São Paulo, 2012. FONSECA, Franciele Fagundes. SENA, Ramony Kris R. SANTOS, Rocky Lane A. DIAS, Orlene Veloso. COSTA, Simone de Melo. As vulnerabilidades na infância e adolescência e as políticas públicas brasileiras de intervenção. Minas Gerais: Universidade Estadual de Montes Claros, 2012. JÚNIOR, Roberto de Carvalho. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura 10ª Edição. São Paulo: Blucher, 2016. NEUFERT. Ernst. Arte de projetar em arquitetura 18ª Edição. São Paulo: Gustavo Gili, 2013.

VILLAÇA, Flávio. São Paulo: segregação urbana e desigualdade. São Paulo, 2011.

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SIERRA, Vânia Morales. MESQUITA, Wania Amélia. Vulnerabilidade e fatores de risco na vida de crianças e adolescente. São Paulo: São Paulo em Pespectiva, v. 20, n. 1, p. 148-155, 2006.

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REBELLO, Yopanan Conrado Pereira. Concepção estrutural e arquitetura 10º Edição. São Paulo: Zigurate, 2000.



Centro Comunitário Sucupira Zona norte – São Paulo Danielle dos Santos Santana Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian

Figura 01: Periferia Sucupira – Jd. Peri, Zona Norte - SP. Fonte: Gustavo Cosme Cavalheiro

Resumo O objetivo desse trabalho de conclusão de curso é a construção de um equipamento urbano, ou seja, um Centro Comunitário. Esse projeto atenderá uma comunidade carente, buscando a superação de um conjunto de deficiências características das áreas de ocupação informal na cidade, como a falta de equipamentos, educação, degradação ambiental, falta de infraestrutura, ausência de espaços públicos de convivência, entre outros. O tema escolhido busca a diversidade no uso, com proposta de espaços

população carente do bairro, e assim reforçar o “laço social” onde serão vividas as relações humanas e podem serem descobertas as soluções para vários problemas sociais.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/daniellessantana/docs/projeto_tcc_danielle

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Comunitário poderá desempenhar um papel fundamental para a consolidação e criação de laços na

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multifacetado, voltados para cursos e oficinas, relacionados a técnicas e temáticas diversas. O Centro


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Introdução A escolha desse tema foi motivada pela grande quantidade de favelas existentes na cidade de São Paulo, e a falta de interversões de qualidade nesses territórios, levando os habitantes desses lugares a poucas oportunidades de lazer e baixa qualidade de vida. A referência do Sesc vila mariana, foi escolhido pelo programa, pois que o Sesc é uma instituição projetada para o uso educacional e cultural. A cobertura para uso como mirante também foi uma referência para o programa. O Sesc 24 de maio, a referência maior foi o conjunto de rampas, uma circulação para todos os pavimentos. A referência projetual do Museu de Arte do Rio, é o sistema da fachada U glass, como a solução pode ser usada para integração de espaços aproveitando a iluminação natural em todos os espaços que recebem os vidros.

Figura 02 : Entorno . Fonte: acervo do autor A localização do terreno é de fácil acesso, o transporte público, com dois terminais de ônibus próximo, como o terminal Cachoeirinha e o terminal Santana que além de ser ônibus tem o metrô Linha 1 Azul. Para o transporte particular com as principais avenidas próximas como a Avenida Inajar de Souza, Avenida Parada Pinto, Avenida Engenheiro Caetano Alvares, entre outras. Também com as

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ciclofaixas para as pessoas que moram próximo circularem com mais facilidade.

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Figura 03 : Terreno área total 3.036,81 m² . Fonte: google earth

Proposição O Centro Comunitário poderá desempenhar um papel fundamental para as crianças e jovens que moram na favela, incentivando-as a saírem daquela situação precária, ter oportunidade de crescer na vida, com algum curso de formação profissional ou abrir sua própria empresa. Pensando nisso foram selecionados os cursos de desenvolvimento profissional, designer e idiomas, como aulas de português, inglês básico, ateliê de costura, cursos de manicure, entre outros. Com apoio de uma biblioteca e salas de leituras, área de exposições dos trabalhos e atividades realizadas no Centro Comunitário.

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Figura 04 : implantação


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Figura 05 : vistas

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Figura 06: renderes

Referências SESC Vila Mariana https://www.flickr.com/photos/sescsp/9202266883/in/album-72157634466230711/ https://www.sescsp.org.br/unidades/13_VILA+MARIANA/#/content=tudo-sobre-a-unidade https://www.portalvilamariana.com/arte-e-cultura/sesc-vila-mariana.asp SESC 24 de Maio https://www.archdaily.com.br/br/889788/sesc-24-de-maio-paulo-mendes-da-rocha-plusmmbb-arquitetos MAR museu de arte do Rio de Janeiro https://www.archdaily.com.br/br/01-108254/mar-museu-de-arte-dorio-bernardes-jacobsen-arquitetura/57469cebe58ecebb96000177-mar-nil-rio-art-museum-bernardes-

http://www.leonardi.com.br/laje-alveolar/ https://www.acosgranjo.com.br/viga-i-construcao https://www.hometeka.com.br/aprenda/guia-da-parede-de-vidro-30-projetos-de-inspiracao-dicas/

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Matérias http://allaboutthatglass.com/

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jacobsen-arquitetura-photo?next_project=no



Moradia Estudantil para o Centro Universitário Senac O habitar universitário Gabriela Correa Orientador: Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini

Figura 01: Vista da moradia pelo acesso do campus. Fonte: acervo da autora

Resumo O presente Trabalho de Conclusão de Curso propõe uma moradia estudantil para alunos do Centro Universitário Senac. A escolha do tema surge através de questionamentos referente a significância e a interferência que a vida acadêmica desempenha no processo de formação e

dos estudantes, seja através do método de ensino ou da qualificação da infraestrutura. Com isso, acredita-se que a moradia estudantil é um instrumento satisfatório para a composição acadêmica e corrobora para a qualificação da vida dos estudantes. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/gabrielacorrea./docs/gabrielacorrea_issu

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e espera-se que ela desempenhe o papel de minimizar quaisquer problemas que afetem a vida

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transformação pessoal de um universitário. A universidade é fundamental durante este período


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Introdução

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Ao analisar o cotidiano de universitários brasileiros nota-se algumas dificuldades encontradas, tanto no ingresso, como na permanência na universidade. A vida universitária requer uma considerável disponibilidade de tempo. Além da carga horária exigida, é necessário participar de atividades extracurriculares, realizar trabalhos em grupo, pesquisa de campo, estágio, entre outras atividades. Esse também é o momento em que se dá o início à carreira profissional, o que demanda mais tempo na rotina do estudante. Ao considerar o tempo gasto com deslocamento, estudo e trabalho, estima-se que um universitário passa a maior parte do dia longe de sua residência. Conforme artigo do Centro Universitário de Belo Horizonte, uma das principais taxas de evasão nas universidades se dá pela distância e pela infraestrutura do campus. De acordo com as informações acima, observa-se a necessidade da oferta de estabilidade na vida do jovem universitário, que pode ser oferecida a partir do estreitamento das distâncias entre residência e universidade. No caso do Centro Universitário Senac, objeto de estudo, um importante fator que dificulta o ingresso no campus é sua localização e acessibilidade. Embora a região de Jurubatuba tenha passado por algumas transformações e conte com a existência de linhas de ônibus e estações de trem, o campus se situa em um local sem qualidade urbana. Segundo informações obtidas com o responsável pela equipe de infraestrutura do campus, em média, 70% dos alunos matriculados moram na Zona Sul de São Paulo (predominantemente em Interlagos, Santo Amaro, Socorro e Grajaú), 29% se dividem entre Zona Leste, Oeste, Norte e Centro e apenas 1% são alunos de outros municípios ou estados. Visto que a universidade é um equipamento de ordem metropolitana, neste caso, o Senac atua de forma regional/local, o que pode explicar o fato de que, atualmente, o campus possui 6000 estudantes matriculados em cursos presenciais, sendo que, possui a sua capacidade máxima de 18000 estudantes na mesma modalidade, ou seja, o campus atua com apenas 1/3 de sua capacidade. Com a falta de serviços de assistência à moradia, os ingressantes residentes de outras cidades ou estados optam pela moradia coletiva, de forma a transformar apartamentos, vizinhos ao campus, em república estudantil. Ainda que o campus possua uma infraestrutura qualificada, com livre acesso ao público e oportunidade de uso extracurricular, nota-se a necessidade de uma moradia estudantil, dado à sua inserção urbana e as condições expostas. Além disso, essa implantação traria diversos benefícios aos estudantes e melhoraria a atratividade do campus, diferenciando-o dentre as universidades particulares de São Paulo. O objetivo do presente trabalho é propor uma moradia estudantil para o Centro Universitário Senac com o principal intuito de estreitar as distâncias, facilitar o acesso e o deslocamento do universitário de modo a qualificar o processo acadêmico. Intrinsicamente, os objetivos específicos são: _O estudo do conceito da moradia estudantil e as várias tipologias já implantadas. _Entender sobre a vida acadêmica, o processo de formação do universitário e a importância que a moradia carrega neste momento. _Conhecer o desenvolvimento do bairro e como se deu a implantação do campus. _Estimular as diversificações de atividades, bem como a conexão do universitário com o campus. A metodologia utilizada na construção deste trabalho foi feita através de fundamentações e conceitos sobre o tema relacionado, por meio de pesquisas e estudos. Posteriormente foi realizado o levantamento de informações existentes e percepções dos estudantes, colaboradores e transeuntes da região, mediante a entrevistas e questionários, bem como, o levantamento de dados legislativos e análise morfológica para reconhecimento do sítio. O estudo de referências projetuais foi outro método para a construção do partido e conceito do produto.

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Figura 02: Gráfico demonstrativo de zona de moradia dos alunos. Fonte: Acervo da autora. Proposição A proposta de moradia estudantil é que a mesma seja um equipamento institucional pertencente ao Centro Universitário Senac, cujo objetivo é oferecer unidades habitacionais para alunos do campus, a fim de expandir sua infraestrutura e como um método atrativo para que estudantes de outras localidades se interessem em ingressar nesta universidade, de modo a cumprir e incentivar a qualificação acadêmica. Através dos temas discutidos anteriormente, pretende-se traduzir através da arquitetura espaços que estimulem o intercâmbio cultural no campus, implantando espaços multiusos e que contribuam para a socialização e convívio entre os universitários, não os restringindo apenas aos moradores. Embora o campus tenha uma infraestrutura com alto potencial, entende-se que o “habitar” possa proporcionar apropriações e sensações diferentes ao habitual, desenvolvendo a sensação de pertencimento com mais clareza ao estudante/morador. Com isso, a moradia prevê a oferta de 520 vagas habitacionais de permanência constante, para alunos matriculados nas modalidades presenciais, com variação entre as tipologias: individual e duplo, além de 144 unidades para permanência diária, direcionadas para pessoas que possuam qualquer vínculo com a universidade. Outra premissa projetual é a preocupação com o entorno do campus, o que implica na implantação de um térreo livre, com acessos públicos para uso da comunidade existente, espaços para lazer, comércio, entretenimento e uma considerável área verde para inúmeras apropriações. A implantação é pensada a partir da edificação existente (bloco do EAD) e da consolidação do Senac, para integrar as construções de forma que a nova edificação não obstrua ou suprima aquilo que já está materializado, com a intenção principal de manter as edificações com usos. Além disso, o acesso existente entre o campus e o terreno é uma forte característica que auxilia no processo de desenvolvimento da implantação.

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A ocupação da moradia estudantil é realizada em parte do terreno, essa escolha foi decidida pensando no potencial construtivo que o lote possui, que é maior do que a área total do programa, o que possibilita outras construções no mesmo terreno de acordo com necessidades de expansão que o Centro Universitário possa ter futuramente. Então, pensando nas construções existentes, no programa de necessidade e em possíveis demandas, a implantação é feita de modo que não se torne um obstáculo para futuras edificações e que mantenha uma integração e interligação entre todos os espaços.

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Conforme previsto no programa de necessidades, a decisão para implantação dá-se pela composição de elementos de uso público e coletivo, de forma a promover interação e apropriação do espaço, tanto pelos moradores da habitação, como para a comunidade do Senac e do entorno.


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Figura 03: Pavimento Térreo. Fonte: Acervo da autora. O projeto conta com três blocos distintos, porém ambos com usos coletivos e públicos localizados no térreo, com a intenção de estimular o convívio em grupo e promover espaços de maior interação e lazer. O primeiro edifício, localizado paralelamente à Avenida de acesso, é composto pelo bloco de unidades diárias (hotel), então no térreo, além do acesso às unidades (lobby), é encontrado espaços de atividades técnicas, como sala de administração e coordenação da moradia e uma sala para funcionários, com espaços que promovem o estar e descanso, assim como vestiários e uma copa compartilhada. A ideologia da forma foi pensada em manter um acesso (já existente) ao prédio do EAD, promovendo essa “ruela” de passagem, sem quaisquer tipos de interferência. Paralelo ao edifício, encontra-se o segundo bloco, composto por um restaurante e por um dos acessos às moradias estudantis. O restaurante é configurado pelo apoio em pilares metálicos, de forma a gerar uma fluidez e permitir os deslocamentos transversais. Já o terceiro edifício é composto por uma sala de jogos, a fim de proporcionar espaços de estar e convivência, além de outro acesso às unidades habitacionais.

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O segundo e terceiro edifício são conectados por uma laje pré-moldada que dá acesso ao primeiro pavimento, com acesso através de uma rampa helicoidal. Além das áreas construídas, há espaços descobertos que promovem o estar, integração e convívio coletivo, que podem ser apropriados de variadas formas.

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Figura 04 e 05: Imagens do Térreo. Fonte: Acervo da autora. Referências Comissão local de moradia, UNESP - Manifesto: Por que Moradia Estudantil?, Araraquara, 2017. COSTA, G. C. O.; OLIVEIRA, P. Moradias Estudantis: Uma política pública na consolidação do Direito à Cidade. Salvador: A produção da cidade e a captura do público: que perspectivas?; CUNHA, L.A. A Universidade temporã: o ensino superior da colônia à era Vargas. Rio de Janeiro, 1980. GOETTEMS, R. Franceschet. Moradia estudantil da UFSC: um estudo sobre as relações entre o ambiente e os moradores; GOMES, C. M.; RAMOS, D. P; SOUZA, E. S.; RAMOS, V. F. B. A Universidade e a importância da moradia estudantil como inclusão social; JOLY, M. C. R. A., SANTOS, A. A. A., & SISTO, F. F. (Orgs.). (2005). Questões do cotidiano universitário. São Paulo: Casa do Psicólogo; MENEGUEL, S. M. Unicamp: cérebros, cérebros, cérebros IN: Morosini, M. (Orgs.) A universidade no Brasil: concepções e modelos. Brasília, 2006. PADUA, R. Faleiros. Pensando os processos de industrialização, urbanização e desindustrialização em São Paulo: O caso Santo Amaro. (2005) São Paulo: Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina; PINTO, G. A.; BUFFA, E. Arquitetura e educação: campus universitários brasileiros. (2009) São Carlos: EduFSCar PONCIANO, Leviano. São Paulo: 450 bairros, 450 anos. (2004) – São Paulo; TURNER, P. V. Campus: an American planning tradition. Cambridge IN: PINTO, G. A.; BUFFA, E. Arquitetura e educação: campus universitários brasileiros. (2009) São Carlos: EduFSCar;

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WIESE, Ricardo Socas; ZIN, Joana Pinotti; SILVA, Eduarda Beatriz Valandro; ZIMERMANN, Karine Grasel. Moradia estudantil: território de coletividade. (2017). São Paulo: XVII Enapuor;



Faculdade do Futuro O redesenho do espaço universitário Heloisa Helena Reis Ferreira Orientador: Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini

Figura 01 Proposta. Fonte: acervo do autor

Resumo Este trabalho parte do anseio pelas possibilidades tecnológicas no ambiente universitário. Através das análises de textos, referências e dados, desenvolveu-se um raciocínio que busca a possibilidade de atualização dos espaços educacionais, através de novos métodos de ensino que envolvem a tecnologia. A convergência entre o espaço educacional e a tecnologia resultam na base para o desenvolvimento de um projeto de arquitetura híbrida e contemporânea.

para transformar a prática do aprendizado universitário. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/heloisahelenar/docs/caderno_tcc-finalizado

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matriz projetual que resulta em um espaço acadêmico dinâmico e flexível que utiliza a tecnologia

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Buscando também situar soluções arquitetônicas para tais questões, de forma a construir uma


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Introdução Este trabalho apresenta uma abordagem sobre a arquitetura voltada a educação de ensino superior, questionando padrões que não interligam a tecnologia, a noção de globalização e multidisciplinaridade existentes nos dias de hoje. Como produto final apresentará um projeto arquitetônico de uma faculdade para o futuro voltada ao ensino das artes e construção. A partir da percepção de que os ambientes projetados, contendo salas de aula padrão, para cursos que demandam mais espaço e interação com ferramentas e tecnologias, dificultam um aprendizado mais amplo e livre e sabendo que a experimentação das teorias apresentadas em aula tem suma importância para o entendimento de qualquer assunto, o trabalho pretende discutir e apresentar propostas para concepção destes espaços de um modo que o conceito base de ambiente educacional mude.

Figura 02 :Comparação do ambiente Sala de aula x ambiente educacional integrado. Fonte: acervo do autor A proposta desenvolvida será de um projeto de arquitetura que questiona o padrão estabelecido no Brasil, sobretudo nas faculdades mais populares, implantando um conceito onde a tecnologia, a liberdade e a

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criatividade moldem um espaço onde as possibilidades de criação possam ser levados a níveis além do básico, integrando a tecnologias e a conceitos disponíveis no mundo, baseado em referências de espaço como FAU USP e BAUHAUS que trouxeram ambientes e conceitos inovadores para sua época. Para o desenvolvimento e entendimento do tema, foi realizada uma pesquisa histórica sobre os princípios da educação, sobre a evolução dos espaços de aprendizagem, houve também uma análise crítica em espaços que além da sala de aula também constrói uma faculdade como bibliotecas. e salas de apoio e laboratórios.

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Também Houve um estudo de caso de faculdades que inovaram no desenho do espaço de ensino espalhados pelo mundo, e instituições/organizações que discutem o assunto da educação em parâmetros mundiais nos dias de hoje. Por fim para uma melhor organização de projeto e de discurso, foi desenvolvida uma análise de cursos como o de Arquitetura, Design industrial, Cinema, Moda e Engenharia Civil que tem matérias em comum na grade curricular e materiais que precisam especificamente de maquinários para seu desenvolvimento e criação tendo assim uma justificativa para uma nova abordagem arquitetônica no produto final deste trabalho. Proposição A proposta do projeto é a criação de volumes que se complementam, tanto em seus usos quanto em sua forma. O volume se divide em 3 edifícios, para que a ocupação do terreno seja mais fluida e permeável para seus usuários, conseguindo assim criar uma grande área externa de permanência contando com grandes jardins e bastante área arborizada. O campus Universitário tem o seu terreno público com ambientes focados tanto para visitantes quanto para os alunos e que residem no campus.

Figura 03 : Implantação. Fonte: acervo do autor

criando uma atmosfera que incita a percepção de infinidade aos olhos trazendo a sensação que o predios sai do chão trazendo o jardim para o teto. A forma curva torna o edifício mais habitável, mais próximo a delicadeza da organicidade humana e de suas rotinas e necessidades.

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inverno no térreo cria uma atmosfera de ligação e continuidade. Já o volume se inclina em direção ao alto,

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Sua forma orgânica traz continuidade e fluidez, e seus grandes vãos centrais com jardins de


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Figura 04 : Volumetria. Fonte: acervo do autor A organização funcional dos edifícios se divide em áreas de educação, administrativo e moradia estudantil. Cada curso segue um padrão de acordo com sua área, seguida pelas características e finalidades específicas. Em cada andar estão as disciplinas mais próximas em questão de grade curricular. O edifício que fica no centro abriga diversas finalidades. Em seu térreo, estão inseridos restaurantes, permitindo acesso mais livre e direto em todas as direções de acessos. Já o primeiro e o segundo andar está a área administrativa.

Figura 05 : Corte do edifício administrativo. Fonte: acervo do autor

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Os últimos andares deste edifício recebem acesso direto por meio de passarelas em conexão com os dois outros edifícios. O motivo dessa ligação é a existência do auditório no penúltimo andar e uma grande área de convivência que se espalha entre o último andar dos prédios. Por receber grande quantidade de pessoas, o local necessita de mais acessos de diferentes direções, para que os usuários tenham uma entrada e saída com mais opções de acessos, evitando grandes aglomerações.

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Figura 06 : Corte do edifício residencial. Fonte: acervo do autor Referências BAROSI, Antonio Carlos. O edifício da FAU-USP de Vilanova Artigas. São Paulo: Editora Cidade, 2016 BRAY, Barbara. Spectrum of Voice: Developing Self-Regulation, Autonomy, and Agency. Disponível em: https://barbarabray.net/tag/learning/page/3/. Acesso em: 19 fev. 2020 - 6:10pm CENTRO EDUCACIONAL LEONARDO DA VINCI. Espaços modernos e flexíveis vão reforçar o ensino infantil. Disponível em: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/especial-publicitario/leonardoda-vinci/leonardo-da-vinci-tradicoes-permanecem/noticia/2019/09/30/espacos-modernos-e-flexiveisvao-reforcar-o-ensino-infantil.ghtml. Acesso em: 20 fev. 2020 - 00:24 am EXAME. Uma faculdade voltada a formar “resolvedores de problemas”. Disponível em: https://exame.com/revista-exame/uma-faculdade-voltada-a-formar-resolvedores-de-problemas/. Acesso em: 25 fev. 2020 - 3:22 pm FUJITA, Luiz. Qual foi a primeira escola? 2018. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundoestranho/qual-foi-a-primeira-escola. Acesso em: 18 abr. 2020 - 10:32 pm FUKS, Rebeca. A Escola de Arte Bauhaus. Disponível em: https://www.culturagenial.com/bauhaus/. Acesso em: 2 abr. 2020 - 1:47 pm KOGAN, Gabriel. FAU EM RUÍNAS: o edifício de artigas desfigurado. O edifício de Artigas desfigurado. Disponível em: http://revistacentro.org/index.php/fau/. Acesso em: 20 abr. 2020 - 11:20 am PINTO, Gelson de Almeida; BUFFA, Ester. Arquitetura e educação: campus universitário brasileiro. São Carlos: EdUFSCar, 2009 SANTOS, Jorge. Introdução à História da Educação. 1998. Disponível em: http://anajorge.tripod.com/educa.htm. Acesso em: 10 mar. 2020 - 11:31 pm

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STEFANO, Fabiane. A universidade (com jeito de startup) que quer mudar tudo. 2017. Disponível em: https://exame.com/revista-exame/a-universidade-que-quer-mudar-tudo/. Acesso em: 10 mar. 2020 - 8:09 pm



Centro de artes marciais e cuidados com o atleta Laiz de Souza Fernandes Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian.

Figura 01: Lateral esquerda do edifício. Fonte: acervo da autora

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/laaizfer/docs/caderno_tcc_ii_issu

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A partir de uma demanda local, proposição de um projeto de uma academia de artes marciais que tem como principal atividade o Jiu-Jitsu; com acréscimo de programa de atividades correlatas e complementares. Transformando o edifício em um Complexo Esportivo completo dedicado a atletas de Artes marciais. O edifício traz todo cuidado e suporte para o atleta, há uma preocupação com o programa em centralizar todo suporte que o atleta necessitar no mesmo local onde ele habitualmente pratica suas atividades físicas.

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Resumo


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Introdução Os benefícios da saúde física do homem começam com a história do trabalho, quando o ser humano buscava satisfazer suas necessidades biológicas para sobreviver. O trabalho realizado era totalmente braçal; o homem precisava consumir mais nutrientes para aguentar horas de trabalho. Porém, ao passar do tempo, a forma de viver mudou e o trabalho também. Hoje o homem leva uma vida menos saudável e se alimenta muito mal comparado ao início da espécie humana. Além disso conforme o Dr. Drauzio Varella cita em seu vídeo: “Sedentarismo: o pai de todos os males” publicado no Youtube, “O trabalho sedentário correspondia à 10% da população e hoje esse número se inverteu, apenas 10% das profissões fazem com que a pessoa se movimente”. O Dr. Drauzio Varella cita em vídeo os benefícios do exercício físico; como o aumento da autoestima e sensação de bem-estar, controle de peso, aceleração do metabolismo, melhora na qualidade do sono, redução de doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose, fibromialgia, entre outras doenças. A partir da minha experiência de anos de atividades físicas em academias e conversa com outros praticantes de artes marciais, percebi a necessidade de criar um local que atendesse à critérios que beneficiem a manutenção e desempenho da saúde do atleta. Atividades que auxiliem na flexibilidade, condicionamento físico, prevenção e recuperação de lesões, profissionais para assessoria na alimentação específica de cada pratica esportiva e objetivo do atleta. Nas conversas que tive com outros praticantes de artes marciais, foi constatado a busca de outros locais que ofereçam os serviços citados acima. Foi pensado no acréscimo do programa com áreas destinadas ao cuidado com o atleta. Na cidade de São Paulo, facilmente encontramos diversas academias de diferentes práticas esportivas, que não oferecem estrutura adequada aos usuários; estruturas estas que não atendem a acessibilidade, iluminação necessária, climatização adequada e na maioria destas a circulação de ar é precária. É possível observar em muitas academias um improviso em relação a todos os itens já citados, identifiquei até mesmo vestiários que possuíam apenas um sanitário para uso tanto masculino quanto feminino. O objetivo foi elaborar um projeto arquitetônico de uma academia de artes marciais e centro de tratamento à atletas que ofereça acessibilidade, iluminação e climatização adequada as práticas esportivas.

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Uma solução pratica e eficaz para reorganizar o ambiente de prática esportiva, tornando-o mais estimulante e produtivo. A entrada de luz natural e a circulação pelo espaço melhora o aprendizado, já que quanto mais focado, mais nosso cérebro se empenha em desenvolver habilidades. A fundamentação da afirmação anterior, se deve ao estudo da neuroarquitetura, que traz novas perspectivas para o arquivo, o estudo de como o espaço estimula o nosso cérebro, seja positivamente ou negativamente.

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Proposição A atual academia existente no local, conta com um fluxo de 10 a 40 alunos por hora aula, sendo 8 a 9 aulas por dia, apenas de jiu-jitsu, fora as outras modalidades. Estima-se que cerca de 120 pessoas circulam no ambiente nos horários mais frequentados, e em apenas um tatame. Devido a situação que estamos vivendo, também optei por um número mais de tatames, para que haja uma distribuição das pessoas. O terreno moldou o edifício, devido ser estreito e comprido, suas limitações foram identificadas no começo do projeto; o que abriu possibilidade até para mudança de local. De imediato foi criada uma lamina, com um corte diagonal, com a intenção de atrair as pessoas para aquele espaço, as aberturas nasceram como a alma do edifício, trazendo não só a iluminação, mas também a relação do interior com o exterior, a expectativa era criar um local que os usuários se sentissem bem frequentando, que o ambiente estimulasse o aprendizado, e que os passantes despertassem o desejo de frequentar tal edifício.

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Figura 03 e 04: Áreas do térreo, musculação e café com loja. Fonte: acervo da autora

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Figura 02: Implantação. Fonte: acervo da autora


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Figura 05: Lateral esquerda do edifício. Fonte: acervo da autora

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A setorização do edifício, no térreo temos área de convívio, o café com a loja, um depósito geral com entrada externa, área de informações e espera para atendimento, área de musculação e vestiário, é importante destacar que todos os andares tem seus vestiários. O primeiro pavimento temos a sala de fisioterapia e pilates, vestiário e mezanino da área de musculação. Segundo pavimento temos a área administrativa, área de atendimento nutricional, e o primeiro tatame. E o terceiro pavimento temos apenas tatames.

Figura 06: Fachada frontal edifício. Fonte: acervo da autora

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Figura 07 e 08: Áreas de tatames. Fonte: acervo da autora

Figura 09 e 10: Sala de fisioterapia e pilates, destaque para iluminação zenital. Fonte: acervo da autora

Referências CERVATO, A. M., Nilda, R., Martins, I., & de Fátima, M., Dieta habitual e fatores de risco para doenças cardiovasculares – 1997. EBJJ., 1 vídeo (46:39 min). A Origem do Jiu-jitsu – 2016. JITSU, A. O., 1 Vídeo (3:23 min). Art of Jiu Jitsu Academy Commercial – LA, 2013. KORE, G., Infraestrutura, Gracie Kore - Site Gracie Kore, São Paulo, 2020. LEAL, P. d. (2014). A evolução do trabalho humano e o surgimento do Direito do Trabalho PAIVA, Andréa, NeuroArquitetura o que é isso?, - Artigo em site, NeuroAU, São Paulo, 2017. PAIVA, Andréa, Princípios da NeuroArquitetura e do NeuroUrbanismo – Artigo em site, NeuroAU, São Paulo, 2020. PRODUÇÕES, E. C., 1 Vídeo (18:58). Documentário - 1 ano de Gracie Kore - 2019.

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SIMPKINS, C. A., & SIMPKINS, A. M., Confucianism and the asian. Journal of Asian Marrial Arts, - 2007. TELES, A. , A importância da alimentação saudável ao longo da vida refletindo na saúde - 2017.



Centro de Moda Luz Larissa Barbosa Silvestre Orientador: Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini

Figura 01: Render externo do projeto. Fonte: Acervo da autora.

Resumo Este trabalho iniciou-se a partir de um gosto particular pela moda, e através de pesquisas sobre sua relação, esses dois assuntos se unem a partir que, inicialmente são pensadas e feitas especialmente para o corpo, com diferentes finalidades sendo elas, vestir x habitar. No Brasil temos um referencial de moda, criamos referências únicas e traços fortes que facilmente são reconhecidas. No livro O povo brasileiros de Darcy Ribeiro, afirma esta cultura territorial, além

com uma interpretação sobre ela, com isso, proponho projetar um centro de Moda com um arsenal histórico, possibilitando o indivíduo interessado de estudar, crescer culturalmente, se apresentar, pesquisar e aumentar seus conhecimentos neste espaço. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/silvestrelarissa/docs/larissa_silvestre__2_

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importante mostrar isso, expor toda essa história, pois vivemos de moda todos os dias, cada qual

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do mais, a moda é de grande fator econômico no Brasil , e como um mercado crescente seria


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Introdução Justificativa Hoje a moda é muito mais do que as passarelas, e o consumo pela “moda” foi se tornando cada vez mais viável, inúmeras franquias reconhecidas ou iniciantes, correm atrás desses consumidores que procuram por custo benefício x Tendência x Qualidade, e maior parte desses lotes vem através do principal polo de Moda de São Paulo, no Bom retiro, pois lá está localizada maior parte de indústrias têxtil, tantos para o mercado popular, quanto para o mercado mais seletivo, e também, o Bom Retiro é um dos principais pontos de comércio, muitas vezes as primeiras tendências são lançadas nesta região, são fabricadas e vendidas lá mesmo. De acordo com a ABIT (Associação Brasileira da indústria têxtil e de confecção) e do EMEI (Inteligência de mercado), o setor têxtil mostrou crescimento significativos desde 2017, comparado ao ano anterior, que foi 5,4 de janeiro e julho de 2017, maior comparado ao ano inteiro de 2016, e em 2019 72 mil empresas no setor foram abertas (FONTE: FIESP e TERRA), gerando cerca de 125 mil empregos, e todo esse crescimento o setor de moda no brasil fica em 5° lugar no consumo de roupa no ranking mundial. E com a maior oportunidade de trabalhar com moda, cresceram o número de pessoas pelas buscas de cursos rápidos de até 3 anos para se especializar na área, procurando principalmente pelos técnicos em moda, tendo de 18 a 24 meses de duração. Com isso, através do caderno de propostas dos planos regionais das subprefeituras dos perímetros de ação, um dos objetivos para o setor do Bom retiro é justamente promover este desenvolvimento econômico, estimulando os cursos profissionalizantes para estimular o comercio local. Sendo assim, o Bom Retiro, como região recorrente de transformações constantes, sendo de fácil acesso, estruturado sobre boas opções modais, apresenta um enorme potencial para implantação de um centro de moda, qualificando e trazendo culturalmente o crescimento econômico e social no polo de têxtil e confecção do local. Foco Central

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Com base nas informações anteriores, visto com uma necessidade de potencializam à região, o Centro de moda que será proposto, trará valorização e maior visibilidade neste setor de moda, criando espaços voltado a produção criativa, prezando ainda o mais o valor cultural da região, incluindo também outros interesses da Subprefeitura além de aprendizado, também, lazer e cultura. Também possui estrutura para abrigar grandes eventos como a SP Fashion Week. O projeto foi inserido no Centro Histórico de São Paulo, mais necessariamente no Distrito da República, ao lado do Bom Retiro. O terreno está localizado entre a Avenida Cásper Líbero, Rua Brigadeiro Tobias e Rua Mauá. O programa de organiza entre Biblioteca, Salas de estudos/ Coworking/ Oficinas/ Salas de Aulas e espaços livres.

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1° Etapa: Inicialmente o projeto estaria implantado apenas no terreno ao lado da praça seca, com acesso predominantemente pela avenida Cásper Líbero, Rua Brigadeiro Tobias e peça Praça.

Implantação Inicial: Com os acessos resolvidos, o primeiro estudo volumétrico foi desenvolvido para abrigar todo programa em um bloco que ocupasse todo perímetro do terreno.

Divisão: Após a implantação inicial, foram observadas duas empenas cegas da Casa da Luz que ficava do outro lado da praça com acesso pela Rua Mauá, com isso o programa foi divido em dois blocos criando fluxos para a praça e para o complexo.

Conexão: Com a divisão do programa, uma passarela foi implantada para conectar os dois blocos, sendo que o segundo bloco criado foi ampliado de forma que contornasse a esquina da Rua Mauá e da Rua Brigadeiro Tobias. As duas construções abraçaram a praça e criando novos fluxos ao projeto.

Etapa final: O resultado final do projeto incluiu três ruas como acesso juntamente com a praça central, criando diversas possibilidades de circulações.

Figura 02: Conjunto de diagramas apresentando o partido do projeto. Fonte: Acervo da autora.

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Terraço verde: Com o bloco 2 contendo um andar a menos do bloco 1, foi pensado em utilizar o seu terraço criando pequenas áreas verdes e espaços de permanência e eventuais eventos.

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Partido

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Figura 03: Render da parte externa do projeto. Fonte: Acervo da autora.

Implantação Figura 04: Diagrama fluxos. Fonte: Acervo da autora.

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O projeto proposta respeita a transversalidade que o terreno possui, a fluidez percorre por todo complexo com diversas possibilidades de acessos. Começando bloco 1 ao lado da estação Luz, o terreno abriga todo administrativo e um restaurante. Foi criado também um grande vazio com pé direito triplo onde se interage com os outros dois pavimentos, este vazio pode ter diversas atividades como desfiles, exposições e comemorações. Os meios de circulação verticais se distribuem entre elevadores, escadas de emergência e uma grande rampa. Saindo do bloco 1, temos a praça no qual foi desenvolvido um paisagismo com maior área de permeabilidade e caminhos que interligam

os dois blocos, além do caminho coberto pela passarela. Já no bloco 2 está situado o bicicletário, as lojas e a biblioteca, com recuo frontal de acesso possibilitando contornar a praça em áreas cobertas. As ruas de acesso para a biblioteca são as Ruas Mauá e Brigadeiro Tobias, além da própria praça. A circulação vertical se situa praticamente no meio da construção por elevadores e escada de emergência. Assim como o bloco 1, o bloco 2 também possui um vazio central.

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Figura 05: Render parte interna bloco 1. Fonte: Acervo da autora.

Referências ABNT NBR 8995 – 1, Iluminação em ambientes de Trabalho, Universidade tecnológica Federal do Paraná -Paraná, 2013. ANDRADE, Stephanie, Industria e comércio de moda no centro de São Paulo Rua José Paulino, Tese (Mestrado) São Paulo 2018. CHAVES, Liana, A influência da Arquitetura na Moda, Tese (Mestrado) Universidade Federal da Paraíba, 2018. CONRADO, Yopanan, A Concepção estrutural e a Arquitetura, Editora Zigurate 9° edição, janeiro/ 2000. KOWALTOWSKI, Dóris, Arquitetura Escolar, O projeto do ambiente de ensino– Editora Oficina de textos 1° edição, janeiro/ 2011. MANGILI, Liziane, Bom Retiro, bairro central de São Paulo: Transformações e permanências, São Paulo, 2011. OLIVEIRA, Abrahão, A ascensão e decadência da Região da Luz, embrião do centro paulistano, São Paulo in foco Edição São Paulo, São Paulo, 2019. PIMENTEL, Fernando, Cartilha Industrial Têxtil, publicado pela área de comunicação da ABIT, Brasília, 2013.

VIGGIANI, Edson, Bom Retiro: Imagens, culturas e identidades, Escola da Comunicação e artes USP, São Paulo, 2016.

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TONI, Graciliano, Mercado de Moda deve crescer 3.1% ao ano até 2021, FIESP, São Paulo 2018

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POLLINI, Denise, Moda no Brasil criadores contemporâneos e memorias, Editora Faap, 2012. PONCIANO, Levino; São Paulo: 450 Bairros, 450 anos, 2° edição- Editora SENAC, São Paulo, 2004.



Praça Cultural Campo Grande Leopoldo Alberto Teixeira Mendes Cruz Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian

Figura 01: edifício e praça vistos da direção sudeste. Fonte: acervo do autor

Resumo A proposta deste trabalho é de desenvolver um centro cultural e praça pública que ofereçam cultura, lazer e vitalidade para o distrito de Campo Grande e seus vizinhos. O local escolhido para sua implantação é um terreno pertencente ao Centro Comercial do Shopping Interlagos, local sem estímulos para o caminhar e permanência do pedestre, e distante de equipamentos de cultura e lazer públicos. Para chegar ao resultado foram estudados projetos, instituições e espaços públicos que promovem a imersão da cultura, vida urbana e possuam

com ambientes de serviços, interação, aprendizado, permanência, contemplação, lazer e fruição pública, tudo para florescer vida na região. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/leopoldoalberto/docs/caderno_tcc

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fim de compreender suas qualidades para a vida urbana e aplicá-los. Portanto, o projeto conta

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aspectos de transformação do entorno onde estão inseridos; e analisado os espaços “praças”, a


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Introdução Como morador no Distrito do Campo Grande, próximo ao centro comercial do Shopping Interlagos, nunca pude deixar de notar os amplos vazios, as enormes quadras e terrenos desocupados ao longo das vias que uso para me deslocar para qualquer local cidade. Popular entre a população da Zona Sul de São Paulo e alguns municípios do ABC Paulista, ele é composto por 4 edifícios: o Shopping Interlagos com Hipermercado Carrefour, Shopping Interlar com uma Cobasi, Leroy Merlin e o atacadista Makro, que juntos recebem cerca de 3.500.000 visitantes mensalmente. O complexo está implantado próximo a vias importantes (Marginal Pinheiros, Av. Interlagos, Washington Luiz etc.), e é servido de estacionamentos que chegam a ocupar quase metade de seus lotes e que se separam das calçadas por meio de gradis e em alguns pontos muros. Além destes edifícios, há o Hospital Geral de Pedreira, Hotel Ibis, a favela Morro da Macumba e alguns condomínios fechados, evidenciando a complexidade da região. Por outro lado, as vias próximas não possuem estímulos para o pedestre, os moradores da região e visitantes que chegam de transporte público, por não terem alternativas, caminham distâncias consideráveis para ter acesso aos equipamentos urbanos, através de longas calçadas sem fachadas ativas, com pouca arborização e dividindo espaço com carros e caminhões de abastecimento do comércio. Esse grande número de veículos transitando junto a um fluxo médio de pedestres tornam estas vias apenas locais de passagem para aqueles que realmente precisam atravessá-las, e mortas, principalmente durante a noite, quando chegam a ficar vazias, deixando-as inseguras para qualquer pedestre. Também não deixei de perceber a escassez de equipamentos culturais públicos e espaços públicos de qualidade nas proximidades. Com 96.756 habitantes (Seade, 2020) o distrito possui uma única biblioteca pertencente ao Centro Universitário Senac, um espaço cultural Casa de Cultura Municipal HipHop Sul, pouco conhecidos pelos moradores, e salas de cinema dos Shoppings Interlagos e SP Market. Outros equipamentos mais próximos são encontrados em outros distritos como: o CEU Alvarenga a 4 Km do centro comercial, Teatro Humboldt também a 4 Km e os SESCs Santo Amaro e Interlagos, ambos a 5 Km. Nos distritos vizinhos a leste, Pedreira e Cidade Ademar, que juntos possuem 400.000 habitantes (Seade, 2020) tem apenas o CEU Alvarenga e o Parque Sete Campos como opções de cultura e lazer público. Em relação aos espaços públicos da região, além das vias, existem aqueles considerados de permanência como praças por exemplo, porém das que existem em todo o distrito, elas são os espaços que sobraram dos loteamentos, sendo a ponta de uma quadra ou a rotatória do sistema viário, elas se encontram em situações diversas, algumas são bem cuidadas com mobiliário urbano enquanto outras a vegetação toma de conta. A praça mais próxima e talvez uma das mais bem equipadas é a Praça Capitão Antônio Del Zotto, com 2500 m2, entretanto raramente vejo alguém a utilizando. Além das praças, a 2 Km do centro comercial, em Jabaquara, existe o Parque Nabuco com 30.000 m2, mas moradores próximos reclamam com frequência do playground quebrado, falta de manutenção e abandono (G1, 2019). Numa visão mais ampla, a cidade de São Paulo tem uma grande diversidade de opções de espaços culturais para população usufruir, graças ao surgimento cada vez maior de edifícios deste caráter em regiões centrais e periféricas, porém em alguns pontos da cidade ainda carecem destes equipamentos devido a distância até o mais próximo. Além do mais, São Paulo apresenta uma considerável porcentagem de espaços coletivos direcionada ao meio de transporte privado ou que são áreas de resíduos não qualificados. Apresentando uma grande falta de locais públicos de qualidade voltada para as pessoas, tendo como exemplo muitos bairros que possuem poucos espaços urbanos convidativos para a mobilidade ativa, queda da vida nos espaços livres de edificações e uma alta dependência do transporte motorizado. Portanto, a ideia de implantar um Centro Cultural e Praça próximo ao centro comercial vem com o objetivo de solucionar os problemas citados, florescendo a vida urbana da região, se relacionando com o meio onde está inserido e aumentando a oferta de espaço de cultura e lazer, por meio do desenho do edifício e do espaço público onde ambos sejam um palco para a vida pública, difusores de cultura, potencializadores da sociabilidade e espírito comunitário e tornem a vida cotidiana mais interessante e saudável. Serão capazes de promover atividades e ações múltiplas com diversas atividades e relação com o espaço, agregados acessibilidade e conforto, para que as pessoas se sintam bem vindas e desejem permanecer.

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Figura 02: Centro Comercial Shopping Interlagos. Fonte: Savoy Imóveis

Figura 03 e 04: terreno visto da R. David Eid e R. do Shopping Interlagos. Fonte: acervo do autor

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Após o estudo das problemáticas da região houve a preocupação de montar um programa de necessidades que atenda o distrito local e vizinhos. Portanto foi estudado instituições como Sescs e outros edifícios culturais de caráter público para sua elaboração. Resultando em um programa de escala quase municipal. Com 41.000 metros quadrados, o edifício surgiu a partir de 4 princípios: proporcionar fruição no terreno, afim de criar passagens entre as vias próximas, evitando que pedestres deem uma volta na quadra; a não ocupação da área remanescente de preservação de Mata Atlântica, interferindo minimante em sua vegetação; integração do edifício com o verde e a praça externa; e a criação de opções de passeios para os visitantes, através de diferentes acessos, vias e níveis, onde se chega a qualquer pavimento e suas atividades oferecidas, sem que haja caminhos específicos para seguir. De início três volumes separados foram desenhados, porém foram unidos, ainda mantendo passagens entre eles em seus níveis mais baixos. O volume oeste, por ser mais próximo a pontos de

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Proposição


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ônibus movimentados, abriga os usos de saúde/administrativos, e conta com um conjunto de escadas que dão acesso a todos os pavimentos. No volume central, parte está elevado por meio de pilotis, abrindo seu nível inferior para a praça descoberta e abrigando o átrio central, ampla área com iluminação zenital onde acolhe o visitante e distribui todos os usos e programas. Já o volume leste abriga usos esportivos e áreas técnicas do edifício no subsolo. É em seu térreo que ocorre a integração com a vida das vias ao redor, sendo o paisagismo e suas atividades os atrativos. A oeste, onde o maior fluxos de pessoas transitará, existem pequenas praças que vencem um desnível de 7m e dão acesso à Rua Dr. Epaminondas Barra, graças ao auxílio de escadas e uma rampa. Logo após passar pelo bloco saúde/administrativo encontra-se um caminho que vai até as duas praças cobertas (divididas pela lâmina de circulação vertical), e se o visitante optar, ao ele virar à esquerda ele pode subir pelo caminho descoberto até o nível 795. Abrangido essas duas áreas (coberta e descoberta), tem uma grande escada que dá acesso ao nível superior (795) e que pode funcionar como um anfiteatro. Nas áreas remanescentes da Mata Atlântica, foi decidido em deixar apenas as árvores já existentes, porém conta com dois grandes pisos um para playground e outro de permanecia, ligados por pisos permeáveis. Ao sul do terreno, lindeiro a Rua do Shopping Interlagos há uma escada e assentos para que pedestres possam permanecer e observar o movimento da via. Seu conjunto é formado por 5 pavimentos com 4,5m de pé-direito e 9,5m em alguns trechos, apoiados sob lajes em grelha e pilares de concreto organizados para que não haja rigidez espacial. No pavimento de nível 800 encontram-se algumas treliças habitáveis, projetadas também para facilitar na criação de plantas livres e auxiliar no apoio de lajes em balanço. Sob o conjunto apoia-se a cobertura, um corpo de estrutura metálica com treliças, vigas e brises que busca dar uma sensação de leveza, em contraste com a solidez da base toda em concreto. Já suas fachadas foram pensadas em serem revestidas por uma pele de vidro, dando uma visão de todo o entorno e do entorno para dentro do edifício. Por cima dessa pele há brises de chapas perfuradas, com um desenho que permite a proteção das fachadas de maior insolação e cobre trechos onde existem janelas de banheiros, depósitos etc.

Figura 05: implantação. Fonte: acervo do autor

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Figura 06: corte longitudinal. Fonte: acervo do autor

Figura 07: vista a leste. Fonte: acervo do autor

Figura 08: vista a noroeste. Fonte: acervo do autor

Referências CARVALHO, Ana Cristina (Autor); FAGGIN, Carlos (Autor). São Paulo: olhar os museus, olhar a cidade. São Paulo: Dialeto Latin American Documentary, 2012. 329 p . : il .color. Inclui bibliografia Ensaio fotográfico por : Marcio Scavone Desenhos de : Pedro de Kastro. COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de política cultural: cultura e imaginário. São Paulo: Iluminuras, 1997. 383 p. GARREFA, Fernando (Autor). Shopping centers: de centro de abastecimento a produto de consumo. São Paulo: Ed. SENAC São Paulo, 2011. 180 p.: Il. ; color. Inclui bibliografia. GEHL, Jan (Autor); GEMZOE, Lars (Autor); ZOLLINGER, Carla (Tradutor). Novos espaços urbanos. Barcelona: Ediciones G.Gili, c2001. 263 p. : fots. color.

PONCIANO, Levino (Autor). São Paulo: 450 bairros, 450 anos. São Paulo: SENAC, 2004. liv. 364 pág. ROBBA, Fabio (Autor); MACEDO, Silvio Soares (Autor). Praças Brasileiras = Public squares in Brazil. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2010. 312 p. : il., fotos. Inclui glossário e bibliografia. Co-edição: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

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HUET, Bernard. Espaços públicos, espaços residuais. In: Os Centros das Metrópoles. (organização) Marco Antonio Ramos de Almeida. São Paulo: Editora Terceiro Nome. 2001, pp.147-15.

Arquitetura do Edifício

HEEMANN, Jeniffer Selaimen (Autor); SANTIAGO, Paola Caiuby (Autor). Conexão Cultural. Guia do espaço público para inspirar e transformar. São Paulo: ProlGráfica. 2ª Edição, 2016. 86 p. Fotos: Emilien Etienne



Hotel Garden Edifício Multifuncional Marian Victoria El Soumail Orientador: Prof. Esp. Arthur Forte Katchborian

Figura 01 : vista do jardim do segundo pavimento. Fonte: acervo do autor

Resumo O trabalho de conclusão de curso partiu da ideia de projetar um Hotel de alto padrão que busca atender o perfil de turista de negócios. Ao decorrer do desenvolvimento do projeto, foi percebido a oportunidade de se acrescentar mais funções ao edifício: área para coworking, espaço para eventos e área de lazer. O projeto buscará se destacar através de uma arquitetura

implantando se encontra na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no bairro Itaim Bibi, na cidade de São Paulo, a região faz parte de uns dos mais importantes centros financeiros de São Paulo. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/bausenac20202/docs/marian_victoria_tcc_issu

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em relação aos edifícios vizinhos que são muitas vezes hostis. O terreno no qual o projeto será

Arquitetura do Edifício

acolhedora, baseando-se em conceitos de conforto ambiental, com a intenção de se destacar


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução

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Arquitetura do Edifício

A avenida Brigadeiro Faria Lima atrai diariamente o público de negócios, eventos e lazer, que em sua maioria são pessoas vindas de outras lugares e consequentemente precisam de lugar para estadia e trabalho. O Hotel Multifuncional, surge do partido de atender estas demandas em um só local, oferecendo além do hotel, espaços de coworking. O objetivo deste trabalho é propor um Hotel Multifuncional, será um edifício voltado para o turismo de negócios, que além da hospedagem agrega funções atrativas para este público e as pessoas do entorno. As funções atribuídas foram: hotel de alto padrão, área para eventos, área para coworking e área de lazer com academia, piscina e área de massagem. O diferencial neste projeto é a valorização do espaço através do projeto arquitetônico. A intenção dos diversos usos é de que os usuários, usufruam dos usos oferecidos para realizar suas atividades sem a necessidade locomoção, por exemplo, no caso de uma empresa, seus funcionários poderão ficar hospedados no hotel, trabalhar na área de coworking, os eventos e apresentações poderão ser feitas na área oferecida pelo hotel, e a área de lazer poderá ser utilizada no horário livre dos funcionários desta empresa. O trabalho é fundamentado em conceitos de conforto, hospitalidade e arquitetura, no qual é apresentado a relação e importância deles na construção de um bom projeto de arquitetura. É importante que se compreenda a relação da produtividade e da qualidade de vida com o conforto na arquitetura, ou seja, a influência do ambiente sobre o indivíduo em suas atividades: dormir, trabalhar, acordar, relaxar. E é no projeto arquitetônico que é lançado o desafio aos projetistas no sentido de harmonizar os diferentes critérios e indicadores do conforto na busca da melhor solução de conjunto, seguindo exigências específicas de cada caso. As decisões de projeto, seja a definição da orientação do edifício, escolha do tipo de janelas e de proteção, da volumetria, cores e materiais de revestimentos, funcionalidade dos espaços e o tipo de desenho do mobiliário, têm no conforto ambiental um importante parâmetro. Além disso, também é fundamentado em uma pesquisa sobre o turismo na cidade de São Paulo que contém informações sobre quantidade de turistas que cidade recebe, e por quais motivos eles são atraídos. Nesta pesquisa é feita um perfil do turista que foi utilizado para gerar o programa do edifício e também as suítes do hotel.

Figura 02: Perfil doTurista Fonte: Demanda Turística feito pelo Observatório de Turismo, Sp Trans 2015 Proposição O programa do edifício é baseado no turismo de negócios citado anteriormente. Com objetivo de facilitar e atrair o turista de negócios, foi incorporado ao programa do hotel, duas áreas para coworking,

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Trabalhos de Conclusão de Curso | 2020_2

área destinada a lazer e relaxamento, restaurante, bar, áreas com copas destinada a lanches e cafés, espaço reservado para eventos e palestras, terraços com área verde e uma praça. Todo o restante do programa são áreas indispensáveis para funcionamento do Hotel.

Figura 03: Setorização do programa Fonte: Produzida pelo Autor

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Figura 04: Planta do Térreo Fonte: Acervo do Autor

Arquitetura do Edifício

Para o desenvolvimento da implantação, uma das primeiras premissas foi encostar o muro confrontante para que não se torne um elemento visível dentro do terreno do edifício. A segunda foi escolher a rua de menor movimento para tentar organizar a área de serviço, entrada e saída de caminhões, lixo, em um local que não atrapalhe o trânsito intenso que ocorre nas grandes avenidas próximas, e seja mais seguro aos colaboradores e prestadores de serviços do Hotel. Outra decisão que ajudou a definir a forma do edifício, foi a visibilidade do restaurante na Av. Faria Lima, para atrair mais clientes e usuários em potencial para o edifício. A forma definida para implantação foi a de um L, para que se pudesse criar uma praça na Av. Faria Lima com a Rua Callimaque, que servirá para diversas funções: espaço público de lazer e descanso, proteção visual e sonora a quem utiliza o edifício, corte de caminho transversal para pedestres que desejam se locomover de forma mais rápida e agradável. O piso da praça e da calçada são permeáveis, em concreto poroso e com variação de cores, o piso de cor cinza que adentra a praça será também utilizado por automóveis que precisem acessar o lobby do hotel.


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 05 Vista da praça olhando para o edifício: Acervo do Autor Os pavimentos 1, 2 e 3 no qual os dois primeiros são voltados para coworking e o terceiro para a área de lazer, possuem jardins em seus terraços com acesso para os usuários do edifício.

Figura 06: Vista do Jardim do pavimento 1: Acervo do Autor

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Arquitetura do Edifício

Os pavimentos seguintes destinados as suítes do Hotel possuem duas tipologias, uma suíte de 35 metros quadrados e outra de 90 metros quadrados na qual só se apresenta a partir do pavimento 9.

Figuras 07 e 08:Imagens do quarto de 35 metros quadros: Acervo do Autor

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Figuras 09, 10,11 e 12:Imagens do quarto de 90 metros quadros: Acervo do Autor Referências ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo L. de; JORGE, Wilson E. Hotel: Planejamento e Projeto. 2. ed. São Paulo: Senac, 2000. BRASIL. Ministério do Turismo. Segmentação do turismo e o mercado. / Ministério do Turismo, Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, Departamento de Estruturação, Articulação e Ordenamento Turístico, Coordenação Geral de Segmentação. – Brasília: Ministério do Turismo, 2010. CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Os interstícios da hospitalidade. Revista Hospitalidade. São Paulo, v. XII, n. especial, p. 42-69, mai. 2015.Roni Carlos Costa Dalpiaz, Aline Dagostin,Deisi Moraes Giacomin, Maria da Glória de Souza Della Giustina HOSPITALIDADE NO TURISMO: O BEM RECEBER Centro Brasileiro de Construção em aço .Disponível em https://www.cbcaacobrasil.org.br/site/construcao-em-aco-vantagens.php Código de Obras e Edificações do Município do Estado de São Paulo Dicionário Priberam. Disponível em https://dicionario.priberam.org/ Fatores que tornam o ambiente de trabalho um lugar feliz. Disponível em https://www.archdaily.com.br/br/933137/fatores-que-tornam-o-ambiente-de-trabalho-um-lugar-feliz Geosampa disponível em http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/

Mariana Audrigui, Meios de Hospedagem - São Paulo: Aleph, 2007. – (Coleção ABC do Turismo) Operação Urbana Consorciada Faria Lima disponível em https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/estruturacao-territorial/operacoes-urbanas/operacao-urbanaconsorciada-faria-lima/

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Luciana Brandão e Ferreira Ana Akemi Ikeda - O cliente hoteleiro Business to Business (BtoB) e o composto de marketing: o que é importante? - Observatório de Inovação do Turismo - Revista Acadêmica Vol. VI, nº4, Rio de Janeiro, DEZ. 2011

Arquitetura do Edifício

Hotel Fasano disponível em https://www.fasano.com.br/hoteis/fasano-belo-horizonte



Habitação Mínima – Conjunto Santo Amaro O morar em apartamentos pequenos e práticos Ramiro Lopes Nepomuceno Schmitz Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian

Figura 01 : vista da rua amador bueno. Fonte: acervo do autor

Resumo Este trabalho tem como objetivo propor unidades habitacionais mínimas e práticas, atendendo a demanda de um novo público que vem crescendo nas grandes cidades. Este público está inserido principalmente em dois dados levantados no Brasil, a diminuição na taxa de natalidade e o êxodo rural para os grandes centros urbanos, apesar desses dados apontarem pontos que

May, Le Corbusier e Raquel Rolnik. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/ramiroschmitz/docs/habita__o_m_nima_-_conjunto_santo_amaro__ramiro_sc

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debates sobre habitação mínima já feitos por diversos autores nos séculos XX e XXI, como Ernst

Arquitetura do Edifício

podem ser encontrados em muitos outros locais do mundo. A parti disto, veio a busca pelos


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução O tema habitação mínima mostra sua relevância ao longo dos anos por estar sempre sendo discutido por grandes arquitetos e urbanistas, e com o passar dos anos ele acaba ficando importante de se entender. Atualmente o mercado vem diminuindo cada vez mais o tamanho dos apartamentos para atender um novo público de moradores que já não é mais o mesmo usuário com famílias grandes. “Segundo um levantamento feito para a BBC Brasil pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), em 2012 foram lançados na cidade de São Paulo um total de 2.818 unidades residenciais de menos de 35m², um aumento de mais de 16 vezes em relação a 2008 (quando os lançamentos totalizaram 169 unidades).”

Atualmente dados indicam diminuição na taxa de natalidade, uma maior população de idosos, mais jovens emancipados, contínuo êxodo rural para os grandes centros urbanos e alto custo dos terrenos em áreas centrais importantes. Todo um grupo de pessoas que podem ser servidas por uma moradia prática e com o mínimo necessário. Então, o projeto procura em pouco espaço criar apartamentos minimamente habitáveis a um público de adultos solteiros ou mesmo um casal com até dois filhos baseado nos dados pesquisados. Após esses primeiros levantamentos, veio minha busca por toda a história que envolve o tema. Nessa história não se pode negar a importância do Arquiteto Ernest May, ele impulsionou as discussões sobre habitação mínima e inspirou outros tantos a pensar sobre. Para o desenvolvimento do trabalho foram abordados os seguintes métodos: busca por referências textuais que ajudaram na compreensão do tema habitação mínima, dados que apontaram a necessidade de se discutir o tema escolhido, análises de referências projetuais que deram noções de distribuição de espaço, estrutura, circulação e materialidade, levantamentos e diagnósticos do terreno escolhido e seu entorno, experimentações projetuais, elaboração do projeto demonstrando o entendimento do tema e maquete eletrônica.

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Proposição O terreno escolhido fica na Rua Amador Bueno entre o Shopping Mais e a Uninove. O local parece uma sobra de terra não utilizada pelo shopping e nem pela universidade, atualmente se encontra vazio, mas já foi de estacionamento à um restaurante feito de containers. Uma área bem servida de transporte público, pois além das linhas de ônibus que passam em sua rua há também o terminal Santo Amaro e a Estação Largo Treze do metrô logo atrás, por isso não houve a necessidade de pensar em um projeto com estacionamento para os moradores.

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Figura 02 : o sentido da vida. Fonte: acervo do autor

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Figura 03 : malha e experimentações. Fonte: acervo do autor

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Utilizando a ideia de se projetar sobre uma malha parecida com a referência do Edifício VN Ferreira Lobo, criei a minha com uma medida de 1,5 por 1,5 metros ao invés dos 1,25 por 1,25 metros pensados pelo Studio Arthur Casas. O tamanho de malha que adotei se adaptou melhor ao terreno escolhido e me permitiu um melhor encaixe de apartamentos com diferentes metros quadrados. A princípio determinei que meus módulos de apartamentos deveriam ter três tamanhos diferentes próximos a 22 m², 28 m² e 38 m². Esses valores poderiam ser um pouco menor ou maior dependendo de uma melhor relação com a circulação e com a malha. Com a malha lançada surgiram experimentações de modelos de apartamentos e de formas para o edifício ou edifícios.


O programa foi pensado para que além de servir os moradores também fizesse parte da cidade contribuindo com o entorno do terreno. O térreo conta com uma frente comercial voltada para a Rua Amador Bueno e outras lojas comerciais no interior do terreno que dão de frente a um pátio central, o acesso é público. As áreas privadas não são só os apartamentos, na torre 1 há um salão de festas e um terraço onde tanto os moradores do conjunto quanto os convidados podem usar. Na torre ao fundo, há no térreo um ambiente de coworking, que pode ser utilizado para trabalhadores autônomos realizarem networking e reuniões com clientes, espaço tanto para moradores quanto aberto ao público em geral.

Figura 04 : programa. Fonte: acervo do autor

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Arquitetura do Edifício

Figura 05 : plantas baixas. Fonte: acervo do autor

Figura 06 : corte aa. Fonte: acervo do autor Os tamanhos dos apartamentos propostos estão relacionados com o público a qual eles são direcionados. A ideia é que os de 22 metros quadrados sejam dedicados a um público de solteiros que estejam iniciando sua vida em uma casa própria ou se separou ou até mesmo para um estudante que quer

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um lugar pequeno para morar sem muitos custos. Esse público geralmente usa mais seu habitar para descansar e o restante do dia estão na correria do trabalho, encontro com amigos e faculdade. Nos apartamentos de 28 metros quadrados são dedicados a um casal sem filhos, para solteiros que querem um pouco mais de espaço na hora de receber seus amigos, cadeirantes e idosos. Queria dissertar mais sobre o público de idosos, pois baseado nos dados de natalidade o número de idosos só aumentará ao longo dos anos e a necessidade de um espaço para eles que seja prático e perto dos equipamentos, como os de saúde, é de suma importância. Os módulos de 35 metros quadrados são dedicados ao público de um casal com até dois filhos, assim como apontam os dados nacionais de natalidade, onde os casais estão tendo na média 1,5 filhos aproximadamente, até 2030 cairá para 1,0. Pela localidade do projeto ser próxima de muitos equipamentos educacionais, de lazer e culturais, também atrai esse público.

Figura 07 : aptos de 22m², 26m² e 35m². Fonte: acervo do autor

Referências DE OLIVEIRA, Abrahão. A curiosa História do Município de Santo Amaro. São Paulo in Foco, 2016. Disponível em: >http://www.saopauloinfoco.com.br/santo-amaro/<. Acesso em: 21 de abr. 2020. ANTONIO FONSECA JORGE, Pedro. A dinâmica do espaço na habitação mínima. Vitruvius, 2013. Disponível em: >https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/14.157/4804<. Acesso em: 21 de mai. 2020. LIS, Vilaça. Casa moderna: armadilha ou máquina de morar?. Vitruvius, 2015. Disponível em: >https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/resenhasonline/14.163/5550<. Acesso em: 23 de mai. 2020. F. ALVES PENA, Rodolfo. Êxodo rural no Brasil. Mundo Educação, 2011. Disponível em: >https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/Exodo-rural-no-brasil.htm<. Acesso em: 29 mai. 2020. ROLNIK, Raquel. Apartamentos de 10 m²: mínimo necessário ou lucro máximo?. Blog da Raquel Rolnik, 2017. Disponível em: >https://raquelrolnik.wordpress.com/2017/08/21/apartamentos-de-10m%c2%b2-minimo-necessario-ou-lucro-maximo/<. Acesso em: (23 de mai. 2020).

Site Studio Arthur Casas. Disponível em: >https://www.arthurcasas.com/pt/projetos/edificio-ferreiralobo/<. Acesso em: 9 de mar. 2020 Imovelweb. As atuais “moradias do futuro”. Imovelweb, 2018. Disponível em: >https://www.imovelweb.com.br/noticias/arquitetura/as-atuais-moradias-do-futuro/<. Acesso em: 16 mar. 2020.

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Site Archdaily. Disponível em: >https://www.archdaily.com/774236/batipin-flat-studiowok<. Acesso em: 9 de mar. 2020

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DIETRICH, Debora; L, Breno. Apartamento de 22 metros quadrados, dá ou não dá para viver bem?. Limaonagua, 2014. Disponível em: >https://www.limaonagua.com.br/apartamento/apartamento-de-22metros-quadrados-da-ou-nao-da-para-viver-bem/<. Acesso em: (1 de abr. 2020).


ensaios


Patrimônio Arquitetônico e Urbano

TCC 2

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Eixo Moema-Capão Mobilidade urbana como prática para requalificação da paisagem cultural Aline Yuri Tsushima Menezes Orientador: Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres

Figura 01: Reabilitação do córrego Morro do “S”, Avenida Carlos Caldeira. Fonte: acervo do autor

Resumo

fragmentada e desconectada do cotidiano da população que a frequenta. Por tanto, utilizando seu potencial topográfico para reconfiguração viária – priorizando modo ativo e coletivo –, o projeto consiste na construção de um roteiro que conecta equipamentos culturais propostos e já existentes, articulando os espaços livres gerados e criando, assim, uma nova dinâmica no território e a requalificação de sua paisagem cultural. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/alineyuritsushima/docs/aline_yuri_menezes

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sobre as várzeas, constituída pela Bacia Sedimentar de São Paulo, o eixo se apresenta de forma

Patrimônio Arquitetônico e Urbano

Mesmo pela sua importante via de comunicação radial sul do município e inscrita, boa parte


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução O cotidiano e a paisagem cultural A unidade geomorfológica da Bacia Sedimentar de São Paulo se manifesta por meio de processos cósmicos e antrópicos, possuindo assim, características peculiares e próprias que determina a paisagem cultural do território (AB’SABER, 1957). Porém, a construção do espaço das várzeas foram constantemente transformados e ocupados, dependendo de seu período histórico, através das contradições políticas e econômicas que determinavam seu desenvolvimento. A partir dos avanços técnicos como as estradas de ferro e energia elétrica no final século XIX (impulsionando a nova ocupação de imigrantes e dominínio bélico do território), o bem natural das várzeas se torna espaço distinto para

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Patrimônio Arquitetônico e Urbano

espoliação direta e rentável para o capital estrangeiro (SEABRA, 2015).

Figura 02 (acima): Mapa eixo de intervenção e mapeamento das ocupações em área de riscos geológicos. Figura 03 (abaixo): Esquema do perfil longitudinal do percurso. Fonte: acervo do autor. De acordo com Meneses (2006), reconhecer a importância do cotidiano do trabalho é condição fundamental para a preservação do patrimônio cultural. Em São Paulo o uso do transporte coletivo por ônibus é a principal forma de deslocamento do território. Esse modal vem sendo consolidado por diversos motivos e interesses políticos econômicos desde sua introdução na década de 20 em detrimento dos

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bondes elétricos (começo do século XX) e do metrô (década de 70), já que o modal atende maior flexibilização do trajeto e acesso às vias. (Re)construção do território O potencial geográfico da Bacia Sedimentar de São Paulo são enormes. Sua unidade geomorfológica pode ser lida como um patrimônio vivo para cidade que, além do grande potencial hídrico, as várzeas, ou planícies aluviais, proporcionam um espaço de circulação exímio para as práticas urbanas e culturais. O percurso, representado pelo eixo de intervenção, segue relativamente plano em praticamente toda sua extensão (figura 03). Portanto, priorizar os espaços de circulação para o transporte ativo e coletivo são inteiramente razoáveis. O projeto foi pensado a partir de “princípios estruturadores” (premissas utilizadas para compreensão do território a nível econômico, político e geográfico) que estão presentes no Plano Diretor Estratégico de São Paulo (PDE, 2014), como: 1) a visão de qualificar a mobilidade urbana por meio de transporte coletivo e ativo, além de reconhecer novos componentes de transporte hidroviário e compartilhamento de automóveis reestruturando a matriz de deslocamento de forma abrangente; 2) preservar o patrimônio e valorizar iniciativas culturais através de articulação dos espaços representativos para a população por meio de instrumentos culturais de preservação histórico, paisagístico, ambiental e social através de Zonas Especiais, Polos de Economia Criativa e Territórios Culturais; por fim, a premissa para 3) reorganização das dinâmicas metropolitanas, visando melhorar a distribuição de oferta de emprego e moradia no território. Proposição Roteiro temático: “Cultura, Tecnologia e Inovação” A proposta para o roteiro temático se faz pelo incentivo ao desenvolvimento do uso da tecnologia de forma criativa, com fomento às práticas culturais através da implantação de equipamento públicos de educação e cultura, como centros de pesquisas e formação, espaços para produção de arte, esporte e compartilhamento de conhecimento de forma que sejam acessíveis a grande parte da população, melhorando o atendimento ao cidadão. Além de tornarem-se pontos de referência cultural, ao mesmo tempo que qualificam e geram novos empregos no setor criativo. A partir de estudos volumétricos sobre os lotes e edifícios mapeados, os equipamentos seguem

permitindo o acesso a infraestruturas básicas como banheiros públicos, paraciclos e bicicletários, além da articulação dos espaços livres, com iluminação pública, acesso a internet e estações de compartilhamento de veículos, possibilitando uma vida urbana mais coletiva e circulação do transporte ativo. Trechos de intervenção A requalificação da paisagem cultural para o eixo Moema-Capão consiste tanto na elaboração e planejamento dos equipamentos, através do mapeamento das áreas não utilizadas e edificíos

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aulas, laboratórios, bibliotecas, espaços de convivência e auditórios (dependendo do espaço físico do lote),

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uma mesma unidade programática que consiste, basicamente, pela ocupação e instalação de salas de


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

subutilizados, como do enfrentamento a lógica da ocupação do solo viário, sendo necessário, portanto, novas configurações. Essas reconfigurações se deram pelo desenho de ciclorrotas, ciclofaixas e ciclovias, afim de incentivar uma nova cultura do trânsito, com ruas mais compartilhadas e seguras e também pela priorização da faixa de rolamento para o transporte coletivo, mantendo, a princípio a ocupação do transporte motorizado por ônibus, mas possibilitando, em certos trechos, a implantação tanto de BRTs como VLTs. A decisão para implantação de cada tipo de transporte em massa depende do cálculo de viabilidade de sua instalação e manutenção (além de conflitos políticos sobre os recursos naturais necessários). Apesar de compreender os interesses privados no uso do transporte motorizado em detrimento dos sobre trilhos, o objetivo do trabalho foi garantir o espaço para o transporte ativo e qualificar as faixas do coletivo em detrimento do modo individual, portanto, foram estudadas apenas as medidas das ruas e suas possibilidades, como é possível ver em algumas colagens.

Figura 04: Perspectiva do pedestre, av. Ellis Maas, acesso Parque Santo Dias. Fonte: acervo do

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autor.

Figura 05: Perspectiva do pedestre, rua Padre José de Jambeiro – Espaço livre gerado. Fonte: acervo do autor

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Figura 06: Perspectiva do pedestre, rua da Paz – Antiga ETA Alto da Boa Vista. Fonte: acervo do autor Referências AB’SABER, Aziz Nacib. “Geomorfologia do Sítio Urbano de São Paulo”, FFLCH - USP, 1957. ASCHER, François. “Os novos princípios do urbanismo”, 2010. CHOAY, Françoise. O urbanismo: utopias e realidades: uma antologia. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979. MARICATO, Ermínia. “Metrópole, legislação e desigualdade”, Estudos Avançados, FAUUSP, 2003. MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. A cidade com bem cultural. São Paulo, Iphan, 2006. PRADO JR., Caio. “A Cidade de São Paulo”, 1983. ROLNIK, Raquel. A cidade e a Lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. Studio Nobel/Fapesp: São Paulo, 2003. SANTOS, Milton. “A Natureza do Espaço”, Edusp: São Paulo, 2002. SEABRA, O. C. de L. “Urbanização e industrialização: rios de São Paulo”. Labor E Engenho, 9(1), 37-48, 2015. VASCONCELLOS, E. A. Mobilidade Urbana e Cidadania. Editora Senac São Paulo, 2018.

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VILLAÇA, F. J. M. “São Paulo: Segregação Urbana e Desigualdade”. Estudos Avançados, FAUUSP, 2011.



URBIS Cidade sob isolamento social Ana Clara Ávila de Macedo Orientador: Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres

Figura 01 : Desenho experimental do projeto, cidade movida por tubulação e habitada através de cápsulas.

COVID-19 durante 2020, novos modos de se pensar os espaços formadores da cidade entram em foco. Através do estudo de modelos e conceitos de urbe pensados desde o final do século XIX, tanto utópicos quantos distópicos, aplicados ou do mundo da ficção, propõe-se experimentações conceituais e planejamento utópico que elaboram uma cidade futurista com isolamento social extremo, a fim de trazer uma reflexão - se não crítica negativa ou positiva sobre as tendências de concepção urbanística, arquitetônica e social. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/ac.am/docs/tcc_issuu

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A partir das problemáticas arquitetônicas e urbanísticas frente ao combate da pandemia da

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Resumo


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Introdução Devido ao momento atual de pandemia pela COVID-19 e seu consequente isolamento social como medida preventiva, mudanças no modo de se relacionar com a cidade e o urbanismo, o espaço de habitar como um todo sofre alterações de suas funções primárias e deve ser adaptado ao novo modo de se viver. Refletindo sobre novos hábitos e consequências que passam a entrar em evidência neste contexto, como os métodos de transporte material que têm uma relevância fundamental para a manutenção da vida em quarentena, as adaptações necessárias para a mudança do espaço de morar para servir como trabalho, escola, academia ou lazer, a tecnologia necessária para a manutenção social, todas as consequências psicológicas e enfim, a proposição conceitual de uma arquitetura que materializa tais hábitos é composta, almejando metaforizar sobre como o contexto atual molda o espaço urbano e portanto a reflexão por meio do desenho. Tendo esta cidade como algo entre utopia e distopia, o estudo de ambas entra em foco para sua concepção. Através do estudo de utopias e como esta é representada de acordo com seu momento na história da humanidade foi possível entender como a cidade poderia ser traduzida graficamente, principalmente devido a projetos tecnotópicos que se relacionam com a atualidade em que vivemos como as proposições do Archigram - em principal a Plug-in City por suas cápsulas e conexões tubulares - entre outros, e como os limites neste modelo podem elevar o pensamento do que é conhecido como é possível observar em Utopia de Thomas More, por exemplo. Ao entender sobre as possibilidades infinitas do pensamento utópico a forma de uma cidade onde os limites são elevados em campos construtivos e tecnológicos se faz, contudo, tal cidade existe num contexto de isolamento social extremo e portanto mesmo que seja planejada para atender as necessidades possível do ser, se enquadra em uma distopia. Concluindo a concepção da cidade pensando em sua ambientação e arquitetura emergencial/preventiva, o estudo das distopias na ficção científica se faz necessário uma vez que nestes se considera um futuro onde a sociedade entra em colapso e então se relaciona com o partido do projeto. Futuros distópicos do cinema como vistos em Matrix na cidade subterrânea de Zion ou no edifício anti-epidêmico do Enigma de Andrômeda, por exemplo, concebem arquiteturas em ambientes onde o mundo externo já não é mais ideal e com arquitetura de proteção e manutenção funcional da vida, se relacionando com o tipo de arquitetura necessária para a concepção de uma cidade em isolamento social.

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Patrimônio Arquitetônico e Urbano

Figuras 02 e 03 : Desenhos do archigram para a Plug-In City e Concept-art de Zion, a cidade de Matrix. A partir da análise destes dois modelos opostos mas que no caso se tornam complementares e dos hábitos citados, foi possível chegar a criação de uma cidade experimental onde o indivíduo só habita seu espaço de morar, a cápsula; a manutenção da vida só é possível através de megaestruturas de tubulações que carregam o que é material das cápsulas de serviço até as cápsulas de morar; toda a manutenção social como trabalho, estudos e lazer é feita através de tecnologia que permite a realização remota de atividades ou realidade virtual. Proposição Pensando na concepção de cápsulas onde é possível viver com uma certa qualidade de vida e onde são atendidas todas as necessidades do ser, implantadas em uma cidade de tráfego apenas material, foram feitas experimentações sobre os melhores métodos para que esta cidade se fizesse. O pensamento

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modular logo se mostra ideal para uma arquitetura emergencial e de grande demanda, decisão tomada tanto para as cápsulas de morar quanto para as de serviços (setores como estufa, medicamentos, fabril e etc). Depois de diversas materializações possíveis a que melhor se enquadra na proposta para as cápsulas de morar foi a hexagonal, ao se dividir o espaço em funções principais sendo elas: refeitório, dormitório, lazer. sanitário, entrega/recebimento de materiais, conexão entre cápsulas (em caso de interação familiar e afins) e desfrute da tecnologia inserida. Por prumadas/paredes são segregadas as funções de Refeitório e recebimento de alimentos consequentemente, dormitório e lazer na mesma prumada através de uma cama e mesa com bancos retráteis, sanitário retrátil (com o complemento de estufa em sua frente para melhor conforto ambiental), e as três paredes remanescentes servindo para a possibilidade de conexão entre cápsulas através de uma porta que as interliga quando neste modo além servir para a entrega e recebimento de materiais quando conectada às tubulações externas. Além destas funções, a tecnologia é usada através de uma esteira no centro da cápsula que permite um livre trânsito quando no auxílio de realidades virtuais dentro dos limites construtivos.

As cápsulas são interligadas entre si quando estão conectadas pela porta ou não, até que se conectem na estrutura principal da edificação. Uma estrutura maciça nas medidas das cápsulas se estende até o solo e sustenta cápsulas imediatamente conectadas e mais distantes. Através dela a tubulação interna é feita, por onde passam alimentos e líquidos diretamente para o recebimento de alimentos nas prumadas de refeitório das cápsulas. Ela suspende a nova megaestrutura da cidade superior às cidades inutilizadas, atuais.

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Figuras 05 e 06 : Vista para o refeitório e ao lado direito dormitório e Vista para sanitário, a esquerda dormitório e a direita porta de conexão.

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Figura 04 : Planta baixa da cápsula e cortes.


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Figuras 07 e 08 : Planta baixa das cápsulas conectadas e experimentação sobre aplicação na cidade. As tubulações externas definem a estética do urbanismo nesta cidade, sendo a via de conexão entre tudo que permite a sobrevivência do indivíduo e o mesmo. Elas ligam as cápsulas de serviços em altitude muito inferior a das cápsulas de morar até estas. As cápsulas de serviços são mais simples que as cápsulas de morar pensando objetivamente por ter que suprir apenas uma função principal por cápsula. Mesmo assim, seguem a mesma linearidade de funcionamento útil nas paredes e trânsito livre tendo o seu conteúdo disposto em prateleiras.

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Figuras 09 e 10 : Maquete virtual das edificações de morar e tubulações.

Figura 11 : Cápsula de serviço, drogaria/medicamentos. Toda a infraestrutura se une numa megaestrutura que forma a cidade do isolamento social proposta. Mesmo que solucionada nas melhores e mais utópicas maneiras encontradas esta ainda é uma cidade distópica, criando assim os pontos de reflexão e indagamento sobre o momento atual e sobre sua utopia arquitetônica ser de fato uma utopia ou um conformismo distópico.

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Referências AMORIM, Andreza Silva. Arquitetura e cinema: a cenografia como fator de indução da percepção do espaço. Repositório UFT - Palmas. 17 de fevereiro, 2020. Disponível em:< http://hdl.handle.net/11612/1675 > CAMPOS, Andre. Da utopia ao utopismo: design e processo na cidade moderna. Repositório ESAD - 4 de dezembro, 2013. Disponível em: < https://comum.rcaap.pt/handle/10400.26/5017 > CHIANG, Doug. Mechanika, Revised and Updated: Creating the Art of Space, Aliens, Robots and Sci-Fi (English Edition). Editora Impact Books - 9 de setembro, 2015. CHOAY, Françoise. O Urbanismo. Editora Perspectiva, 1965. CLAEYS, Gregory. Utopia: A hisória de uma ideia. Edições Sesc SP, 2013. DICK, Philip K. Androides sonham com ovelhas elétricas?. Editora Aleph, 2018. HUNT, Robert Edgar. A Linguagem do Cinema. Editora Bookman - 28 de junnho. Disponível em: <https://www.academia.edu/6742058/A_interface_entre_arquitetura_cidade_moderna_e_cinema > JONES, Denna. Tudo sobre Arquitetura. Editora Sextante, 2014. LAMBIE, Ryan. O guia geek de cinema. Editoria Seoman, 2019. MANNHEIM, Karl. Ideologia e Utopia. Editora Ideais e Letras, 2014.

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PRONSATO, Sylvia Adriana Dobry. Arquitetura, cinema e literatura: uma reflexão sobre a percepção das contradições na paisagem. USP - São Paulo. 25 de dezembro, 2012. Disponível em:< http://www.periodicos.usp.br/posfau/article/view/52463 >



(Im)permanências: Memória, tempo e paisagem urbana em Santo Amaro Beatriz Prete Ramos Orientador: Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres

Figura 01: Proposta de intervenção temporária na catedral de Santo Amaro. Fonte: acervo da autora

Resumo Compreendendo a memória e o patrimônio urbanos como responsáveis pela criação de

de apagamento, tensões e possíveis projeções de futuro para a área central do bairro de Santo Amaro, que aqui é compreendido como o elemento condensador das dinâmicas e tensões presentes em diversas regiões do Brasil. Após a realização dos levantamentos e análises de tais dinâmicas, entendemos a necessidade de uma proposta de intervenção transitória no local, buscando despertar a tomada de consciência e apropriação do espaço por parte dos habitantes, condição precedente para a realização de uma intervenção de requalificação eficiente. Sugerimos, portanto, a criação de estruturas metálicas temporárias implantadas de forma

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história do passado e do futuro das sociedades, este trabalho se dedica a revelar as dinâmicas

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identidade e pertencimento de um povo, bem como, peças fundamentais para a criação da


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parasitária nos edifícios históricos. Tais estruturas têm caráter crítico e provocativo, buscam deslocar o espectador de seu lugar-comum, denunciar o descaso e a degradação do espaço público e dos edifícios históricos da região, além e da substituição massiva destas áreas degradadas ou abandonadas por condomínios verticalizados, que representam a negação da cidade e dos espaços públicos. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/beatrizpreteramos/docs/impermenencias_memoria_tempo_e_paisagem_urba na_em_ Introdução A globalização e seus resultados têm provocado a homogeneização dos espaços, a criação de cidades genéricas, onde reinam os condomínios fechados e as grandes avenidas. São cidades sem memória. No caso do Brasil a situação é ainda mais complexa, pois durante muito tempo cultuamos aqui o novo, “o progresso”, e muito de nossa memória urbana se perdeu. São Paulo é a cidade símbolo do progresso, a cidade “que não pode parar”. Esta ideologia, gera uma violência no tratamento do tecido e das camadas de tempo da cidade. Estamos em um recente e longo processo onde buscamos preservar o que nos restou do nosso passado. Este trabalho busca, portanto, enfatizar a valorização do cotidiano e da atribuição de significado aos locais do bairro de Santo Amaro, como forma de resgatar seus lugares de memória, sua identidade e o pertencimento de seus habitantes. A requalificação e preservação do remanescente histórico do bairro é compreendida aqui como um produto da tomada de consciência e da apropriação pelos habitantes, e

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apenas torna-se efetiva e possível, quando estas são alcançadas.

Figura 02: Espaços públicos e envoltórios aos edifícios históricos em Santo Amaro, gradeados, sem incentivo ao uso e abandonados à degradação. Fonte: acervo da autora Figura 03: A verticalização e substituição do tecido antigo: gentrificação, apagamento e negação do entorno. Fonte: acervo da autora

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A fundamentação teórica do trabalho se dá, principalmente, pelos conceitos de memória trazidos por Le Goff (1990) e Abreu (1998), pelo panorama geral do patrimônio escrito por Choay (1995), pelos conceitos de análise do território de Lynch (1960) e Menezes (2015), pelas contribuições de Santos (1984) quanto a preservação dos ambientes históricos, pelo olhar de Dias e Sousa (2016) sobre a evolução de Santo Amaro, e finalmente, pela contribuição de Montaner (2002) sobre a importância da luz e da projeção na busca por desmaterialização da arquitetura. Dividimos o conteúdo em 5 partes. O capítulo I, traz um compilado sobre a importância e os diversos significados da memória e do patrimônio urbanos para a humanidade ao longo do tempo. Falamos sobre o caso específico do nosso país. Analisamos, ainda, a região de Santo Amaro, trazendo a tona suas dinâmicas de formação, sua importância para a cidade e as suas características, condensadas na criação de mapas, diagramas, e recortes de reportagens. No capítulo II, discutimos nossa proposta de intervenção para o território, sugerindo meios de criar unidade na região histórica e buscando mostrar os conceitos que embasam a escolha pela realização de uma intervenção efêmera. No capítulo III descrevemos estas estruturas metálicas temporárias. São apresentadas as imagens, detalhes técnicos e descrição da intervenção em cada um dos locais escolhidos esclarecendo a fundamentação crítica das escolhas em cada projeto. Dedicamos o capítulo IV às referências. Por fim, temos um apêndice que reúne algumas fichas ou postais dos lugares de memória identificados por nós em Santo Amaro, parte importante no processo de análise do território. Proposição Nossa primeira proposta é a ampliação de Eixo Histórico Santo Amaro para Poligonal Histórica de Santo Amaro. Tal proposição se baseia na compreensão e identificação de “lugares de memória” situados para além do eixo existente tombado pelo CONPRESP em 2002. Estes lugares foram categorizados em fichas ilustradas para facilitar a compreensão do papel que tais edificações têm na história do bairro. Com a anexação de tais locais reconhecidos, teremos, portanto, um polígono resultante formado por estes “lugares de memória” agora denominada Poligonal Histórica Santo Amaro, entendemos esta ampliação como uma forma de criar unidade e conectar os edifícios de valor cultural e histórico da região de estudo e auxiliando no processo de combate ao apagamento de tais remanescentes. Entendemos, também, que os bens culturais têm matrizes subjetivas e suas representações precisam se integrar à vida social, portanto, realizar uma intervenção neste território será o elemento catalisador da

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mudança cultural e comportamental que gostaríamos de estimular.


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Figura 04 e 05: Proposta de intervenção no território. Mercado, Biblioteca Prestes Maia e Casa de Cultura. Fonte: acervo da autora

A escolha pela implantação de estruturas temporárias, reflete-se no desejo de realizar uma provocação, criar estranhamento na população e simular as possibilidades de futuro, ao mesmo tempo em que chamam atenção para o patrimônio e criticam suas condições de preservação, seu diálogo ou falta de diálogo com os habitantes cotidianos da região. Compreendemos, portanto, as intervenções aqui propostas como a materialização de uma intenção, a condensação de uma necessidade revelada, o primeiro passo. Uma intervenção transitória entre o passado, presente e futuro, um gesto não permanente, mas essencial para gerar um novo olhar sobre a região. Em busca de uma relação parasitária com as edificações históricas, consideramos a escolha de estruturas leves, e com a possibilidade de desmontagem, de forma a gerarem menos impactos pós-ocupação. Utilizamo-nos, portanto, de andaimes, gruas e estruturas metálicas como suporte de intervenção, elementos cotidianos, utilizados na construção civil, que além de possibilitarem trabalhar com a transparência, têm caráter simbólico, criando uma relação com elementos presentes nas construções dos edifícios verticais que estão substituindo grande parte do tecido antigo do bairro. Teremos, portanto, uma “arquitetura fantasma” capaz de transformar o espaço e dialogar com o passado e com as inúmeras projeções de futuro para Santo Amaro. Em nossa proposta de intervenção a luz e a projeção têm papel fundamental. Além de serem responsáveis por atrair a atenção e causar novas sensações e percepções do espaço, são capazes de criar uma versão noturna da Poligonal Histórica de Santo Amaro completamente nova e diferente daquela durante o dia ou

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anterior à intervenção.

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Figura 06 e 07: Proposta de intervenção no território, Teatro Paulo Eiró e Fábrica de plásticos York. Fonte: acervo da autora Gostaríamos de pensar que ao criar esta grande exposição urbana estaríamos abrindo possibilidades para uma futura Santo Amaro onde os espaços públicos são entendidos como áreas importantes, seguras e que convidam à permanência, diurna e noturna. Onde os edifícios históricos e os lugares de memória se integram à vida cotidiana, são bem cuidados e protegidos pelo poder público e apropriados pela população. Onde a verticalização não é um objeto de especulação imobiliária e gentrificação ou uma ameaça ao patrimônio e a substituição dos espaços integrados ao entorno, mas apenas uma forma vertical de cidade. Referências ABREU, Maurício de Almeida. Sobre a memória das cidades. Revista da Faculdade de Letras: Geografia, Porto, Vol.14, pp. 77-97, 1998. CERTEU, Michel de. A invenção do cotidiano. 3.ª edi - ção. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1998. CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. Tradução Teresa Castro. Lisboa: Edições 70, 1995. DIAS, A.; SOUSA, R. Santo Amaro: a evolução urbana do bairro sob diversos olhares. São Paulo: LiteraRUA, 2016. LE GOFF, Jaques. História e Memória. São Paulo: Editora da UNICAMP, 1990. LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Tradução Maria Cristina Tavares Afonso. Lisboa: Edições 70, 1960. MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. A cidade como bem cultural Áreas envoltórias e outros dilemas, equívocos e alcance na preservação do patrimônio ambiental urbano. p. 33-53 In.: MORI, Victor Hugo (et. Al.) (org.) Patrimônio: Atualizando o debate. IPHAN Instituto do Patrimônio Histó - rico e Artístico Nacional. 2 ed. São Paulo: Fundação Energia e Saneamento, 2015.

SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. Preservar não é tombar, renovar não é por tudo abaixo. Projeto, São Paulo, n. 86, 1984. VILLAÇA, Flávio Jose Magalhaes. Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil. In DE - 100 AK,C.; SCHIFFER, S. (Orgs.) O processo de urbanização no Brasil. São Paulo: EDUSP, 1999.

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NOBRE, E.A.C. Instrumento urbanístico operação urbana. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2002. Mimeografado. O projeto de revitalização do centro de Santo Amaro. Jornal Gazeta de Santo Amaro, São Paulo, 10 de mar. de 1990.

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MONTANER, Joseph Maria. As formas do século XX. Editorial Gustavo Gili, Barcelona, 2002.


ensaios


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TCC 2

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Cartilha de Orientação para a Efetivação do Direito à Posse e Propriedade Usucapião e Regularização Fundiária Urbana Bruna de André Moreira

Resumo O trabalho de conclusão de curso em questão apresenta a discussão sobre o direito à moradia e às formas de regularização das ocupações irregulares e clandestinas das cidades brasileiras, através de programas e políticas públicas. Tendo como foco a usucapião e a regularização fundiária urbana, o objetivo deste trabalho é facilitar a compreensão dos conteúdos

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Figura 01: Montagem de fotos. Fonte: Acervo do autor

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Orientadora: Profª Ms. Marcella de Moraes Ocke Müssnich


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referente à efetivação do direito à posse e à propriedade através dessas políticas. Inicialmente, com textos explicativos e discussões sobre o tema, e, como produto final, uma cartilha de orientação com ilustrações que esclareçam quais as condições e especificações de todo o processo para a efetivação da regularização desses imóveis.

Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/brunaamoreira/docs/bruna_moreira_tcc_cartilha_de_orienta__o_usucapi_o Versão simplificada apenas da cartilha em: https://issuu.com/brunaamoreira/docs/bruna_moreira_cartilha_de_orienta__o_usucapi_o_e_r

Introdução O direito à moradia, reconhecido como direito fundamental, está expressamente garantido na Constituição Federal de 1988. No entanto, a ocupação do solo urbano brasileiro, marcada pela exclusão social, espacial e política, transformou o acesso formal a terra um privilégio dos que detém o capital. Este ciclo constante impediu e vem impedindo o cumprimento do direito social a moradia digna por grande parte da população. Nesta temática, a parte da população excluída do mercado formal, geralmente membros da camada mais fragilizada do povo, buscaram espaços urbanos desocupados, muitas vezes locais de riscos, áreas de proteção ambiental e que, portanto, não possuem o interesse do mercado formal, com o intuito de estabelecer sua moradia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, existem ao todo cerca de 5,127

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milhões (7,8%) de moradias no Brasil que são irregulares. Porém, existe uma deformação nos levantamentos realizados pois muitas pessoas não têm conhecimento da irregularidade e ilegalidade de suas moradias; algumas pensam que ao comprarem o imóvel já têm a propriedade mas na verdade, adquirem apenas a posse, porque não existe nenhum documento legal que comprove a propriedade do imóvel. Tendo em vista a ineficiência do poder público na fiscalização municipal, mais especificamente na regularidade ou irregularidade dos imóveis, há uma necessidade de conscientização por parte das pessoas, para que mesmo por iniciativa própria entendam ser mais vantajoso ser proprietário de um imóvel regular, assim coincidindo o fim público que é a regularidade urbana com o fim privado que é o regular exercício do direito sobre os bens.

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Através da participação popular, com a realização de levantamentos mediante a aplicação de questionários, tendo como objetivo a obtenção das opiniões referente a efetivação das representações e textos apresentados na cartilha. Pretendendo-se que a linguagem a ser utilizada passe a informação necessária de maneira efetiva para a população em geral. As fontes utilizadas para a fundamentação das conclusões são retiradas de fontes estatísticas, estudos voltados para o tema, além de cartilhas já em circulação produzidas tanto por associações e fundações quanto pelo poder público. O extrato final dessas informações reunidas resulta no objetivo fim da cartilha que é informar de maneira efetiva qual o melhor caminho para a efetivação de um direito já garantido.

Proposição A Cartilha de Orientação para a Efetivação do Direito à Posse e Propriedade, tem como objetivo conscientizar e assessorar o público sobre as formas e vantagens de ser proprietário de um imóvel regular. Pois, quanto mais conhecimento for disponibilizado de maneira simplificada para o cidadão se apropriar,

Assim, utilizando a cartilha como um dos meios de assessoria técnica, pretende-se deixar os procedimentos e o próprio processo de regularização mais simples, tanto para o cidadão, quanto para os técnicos responsáveis que irão auxiliar e desenvolver os processos de regularização.

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Figura 02: Fluxograma de designação de regularização de posse e propriedade. Fonte: Acervo do autor

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mais perto estaremos da efetiva implementação dos direitos através das políticas disponíveis.


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O Fluxograma de Designação de Regularização de Posse e Propriedade tem como objetivo simplificar e direcionar o leitor para as formas de regularizações viáveis para o caso especifico do mesmo,

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tornando a leitura da cartilha mais dinâmica e direcionada caso a caso.

Figura 03: Recortes da Cartilha – ilustrações simplificadas. Fonte: Acervo do autor

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O desenvolvimento legislativo para a proteção da moradia ultrapassa a evolução dos mecanismos de proteção jurídica da posse e função social da propriedade urbana. A questão da aquisição da propriedade e segurança jurídica da posse tem um papel central na questão da habitação pois é essa regularização que protege o morador das hipóteses de despejos forçados e outras ameaças a moradia. O tratamento mais adequado para as ocupações irregulares é aquele que, em vez de marginalizar a informalidade estabelecida, reconhece o problema da habitação e busca regularizar a situação de precariedade na esfera jurídica e urbanística.

Traduzir formas de regularização de imóveis, que se encontram na ilegalidade e irregularidade, para uma linguagem de fácil entendimento e compreensão do público, faz com que a população primeiramente tenha o conhecimento e o entendimento da sua irregularidade e posteriormente tenha a compreensão das possibilidades e formas de regularização. Esta é uma maneira efetiva de disseminação de conhecimento e, por consequência, a diminuição do número de moradias irregulares nas áreas urbanas.

Referências CIDADES, Ministério das. Cartilha REURB - Regularização Fundiária Urbana e a Lei nº 13.465/17. S.l. : Brasil Governo Federal, 2017, p. 03. GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro - 5 direito das coisas. São Paulo: Saraiva Jur, 2017, pp. 239, 94. MARICATO, Erminia. Brasil, Cidades. Alternativas para a crise urbana. São Paulo : vozes, 2001. —. 2017. Instituto humanita unisinos. [online] 24 de janeiro de 2017. [citado em: 21 de maio de 2020.] Http://www.ihu.unisinos.br/espiritualidade/atendimento-espiritual/78-noticias/564230-direito-amoradia-e-absoluto-na-constituicao-o-a-propriedade-nao-diz-erminia-maricato-manuela-azenha. —. 2016. Melancolia da desigualdade - a cidade dividida. São paulo: café filosófico - cpfl, 22 de setembro de 2016.

MARIETA, projeto. 2020. Conversa com erminia maricato & convidados. São paulo: s.n., 26 de maio de 2020. PREFEITURA, são paulo. Cartilha de orientação sobre o programa de regularização urbanística e fundiária. São paulo: secretaria de habitação, p. 03. —. 2014. Plano diretor estratégico do município de são paulo - texto da lei ilustrado. São paulo: secretaria municipal de desenvolvimento urbano - prefeitura de são paulo, 2014, p. 41. —. 2016. Plano municipal de habitação de são paulo - caderno para discussão pública. São paulo: MORADIA E PERTENCIMENTO: a defesa do lugar de viver e morar por grupos sociais em processo de vulnerabilização. Vargas, maria auxiliadora ramos. Minas gerais: cadernos metrópole, 2016, cadernos metrópole, p. 544.

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—. 2015. Para entender a crise urbana. São paulo: expressão popular, 2015.

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—. 2003. Metrópole, legislação e desigualdade. São paulo: estudos avançados, 2003, pp. 152, 153.



A Nova Avenida Paulista A inserção de uma Nova Avenida Paulista com prioridade ao pedestre Caroline de Fátima Marques Tramontin Orientadora: Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocke Müssnich

Figura 01 :área de convivência Nova Avenida Paulista. Fonte: acervo do autor

Resumo Esse trabalho de conclusão de curso visa questionar o uso dos carros nas cidades, deixando de lado quem realmente deveria ser priorizado, as pessoas.

com as pessoas, também gera um aumento de poluição e falta de segurança. Sendo perceptível a mudança do que gera a falta de carros nesse momento de pandemia. Observando esses problemas, a proposta do trabalho é a construção de um calçadão que tem como objetivo tornar São Paulo uma cidade saudável, sendo a área escolhida a Avenida Paulista, um local onde a infraestrutura de transportes públicos é favorecida, fazendo remoção das faixas destinadas a carros e priorizando os pedestres. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/carolinetramontin/docs/a_nova_avenida_paulista_tcc_-_caroline_marques

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que temos da cidade seja a 60km/h, além de tornar a cidade algo estressante, sem interação

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Hoje em dia cada vez mais vemos os carros tomarem conta das ruas, fazendo com que a visão


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Introdução A escolha da Avenida Paulista como local para desenvolvimento desse TCC se justifica pela própria vivência que tenho com a área. A Avenida Paulista sempre esteve presente na minha rotina, seja para lazer, comércios e consultas. E conforme fui observando percebi que a Avenida sempre possuiu grandes pontos positivos, como os seus comércios, seus edifícios culturais e as intervenções que existem em seu percurso, assim fazendo com que a área sempre tenha grande movimento. Além da justificativa pessoal, a Paulista é uma centralidade importante da cidade de São Paulo. Dotada de infraestrutura de mobilidade e de todos os suportes necessários para todos os seus tipos de uso. Para chegar até a área, o transporte público sempre foi o método mais usado pelos pedestres, pois permite você transitar tanto de ônibus, como de metro, sendo esse também um dos pontos positivos. Mas se o transporte é tão favorecido na Avenida Paulista, por que a existência de seis faixas destinadas a carro? Após implantarem o programa o “Ruas Abertas Paulista “ percebi o grande potencial que a Paulista teria se fosse destinada apenas a pessoas e mobilidade urbana, o quanto o lugar fica mais convidativo, mais confortável sem os carros percorrendo por ele. Podemos observar até a mudança que ocorre na ciclovia, durante a semana não observamos muitas pessoas fazendo uso dela, mas qual seria o motivo? Talvez a existência dos carros atrapalhe, de acordo com o Estadão de São Paulo, a Avenida Paulista já chegou a possui o maior número de mortes por acidentes envolvendo carros em São Paulo, sendo 15 envolvendo ciclistas. “Avenida Paulista aparece em um ranking elaborado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) como a via paulistana que lidera em acidentes com ciclistas por km. Ela tem 50% mais acidentes, por exemplo, do que a segunda colocada, a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, também no centro.” (Estadão de São Paulo, 2014)

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Já quando frequentamos a Avenida aos Domingo, o número de ciclistas e outras pessoas fazendo o uso de transporte não motorizado é grande, além de não possuir veículos em volta, a ciclovia também é aumentada, pensando que talvez esses usuários precisem de mais espaço para percorrer. Como seria se a Avenida Paulista tivesse uma nova transformação? Aonde o transporte público, não motorizado e seus pedestres tivessem a preferência? Como será que vamos nos adequar depois da pandemia do Covid-19 em uma área bem aglomerada, aonde as pessoas estão sempre próximas umas às outras? Observando esses detalhes o objetivo do trabalho é desenvolver um projeto de uma NOVA AVENIDA PAULISTA, transformando esse importante eixo viário e centralidade da cidade de São Paulo em uma grande área que prioriza os pedestres e mobilidade ativa. A ideia é projetar um calçadão incorporado ao dinamismo da cidade e mantendo o caráter atual da avenida que possua atividades ligada à serviços, comercio, moradia e lazer e que possa diminuir aglomerações e que priorize o uso do transporte público, assim diminuindo a poluição atmosférica e oferecendo um espaço mais qualificado para a cidade considerando possibilidades para o espaço público pós pandemia do Covid-19. Como referências para a criação do projeto, escolhi importantes obras de transformações urbanas que priorizaram o pedestre ao invés dos carros. A primeira é a Times Square, onde em 2010 começou a dar vida a uma intervenção de fechar uma de suas avenidas, com o objetivo de diminuir grandes aglomerações, tanto pedestres como carros e acidentes. A mudança completa demorou cerca sete anos, assim fazendo com que as pessoas fossem se adaptando com o tempo. O segundo projeto seria o High Line Park, em Manhattan, como referência busquei para o meu projeto a questão de sua linearidade, e a interação entre o espaço urbano e a área verde. O terceiro é o Boulevard White Flowers, localizado na Rússia. O Boulevard criou um parque linear onde possui diversos tipos de uso, áreas de uso livre, áreas de convivência, áreas para crianças e entre outros. Esse e o aspecto que busco para o meu projeto, com a Avenida Paulista possuindo diversos tipos de uso, gostaria que o calçadão definisse espaços para esses usos, assim também evitando aglomeração. Por último foi escolhido o Boulevard Olímpico Rio 2016, como

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referência trouxe para o meu projeto a questão de priorizar o pedestre ao invés dos carros, harmonia entre todas as mobilidades e as diversas áreas encontradas no percurso.

Figura 02 : Times Square, antes e depois Fonte: Michael Grimm/ NYC DOT Figura 03 : Vista por do sol High Line Park Fonte: Iwan Baan/ Archdaily

Figura 04 : Boulevard White Flowers Fonte: Daniil Shvedov Figura 05 : Boulevard Olímpico Rio 2016 Fonte: André Sanches/ Archdaily

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Figura 06 : Partido circulação Fonte: Acervo do autor

Após as soluções pensadas, o primeiro passo do partido foi pensar em como seriam todos os tipos de circulação, mas priorizando o pedestre, trazendo tanto espaços mais livres, como mais seguros também. Então para isso foi pensado em centralizar tanto a circulação de pedestre em primeiro lugar, como a modal mais importante. Começando por colocar as faixas de ônibus no centro, logo ao lado seria o “Calçadão Avenida Paulista “, onde estariam localizadas todas as tipologias de áreas e logo depois nas laterais a ciclovia, assim determinando a área central para pedestres e outras formas de deslocamento da mobilidade ativa (bicicletas, patinetes). Após essa área uma faixa verde com arbustos para formar uma cerca viva foi proposta entre a parte privada e a parte pública, separando a ciclofaixa da faixa de transporte privado. Essa faixa além de aumentar a permeabilidade da área também traz segurança para pedestres e ciclistas. Ao lado da

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Proposição


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faixa verde temos uma faixa para transporte privado, uma de cada lado da Avenida e após uma faixa de 6 metros para circulação de pedestres para entrar e sair dos edifícios. Ao longo da faixa para transporte privado, existem espaços para carga e descarga e algumas vagas especiais, esses espaços e vagas ficam próximos a grandes centros comerciais e hospitais. Após definir as circulações, a segunda parte do partido é manter o caráter da paulista, mas dividindo-as em diferentes áreas. Como um dos pontos negativos levantados era a aglomeração, a primeira área definida foi a área livre, destinada para eventos, atividades, exposições, feiras e pequenos comércios. Ficará localizada próxima a centros culturais e áreas com grande comercio, onde ja são pontos aglomerados. Possuem uma grande distância entre si, e uma área bem espaçosa, assim solucionando o problema. A próxima área seria pequenos bosques ao longo do percurso, a Avenida Paulista possui pouca arborização fora de seus parques, então com pequenos bosques pode trazer mais conforto para os seus pedestres. A terceira seria a área de convivência e áreas de luz e sombra, intercalando entre si. As áreas de convivência possuem bancos com sombreado da vegetação arbórea e os espaços arborizados com menor quantidade de espécies vegetais para criar o efeito luz e sombra. Por último seria a área de circulação de pedestres. Todas as áreas possuem um grande espaço, porque além de ser uma solução para as aglomerações, também é um jeito de manter distância após a pandemia. Para conseguir delimitar essas áreas, além de cores de piso diferente também teriam linhas que possuem 1,5 metros para definir melhor seus desenhos de piso. As cores do piso são tons mais terrosos, sendo escolhido três tons para poder diferenciar os usos. Sendo o tom terracota para áreas de uso livre, o tom ocre para áreas de convivência e áreas de luz e sombra, e o tom pérola para áreas de bosques e circulação. As linhas mantem também o tom terracota. O piso escolhido é o piso intertravo de concreto,por ser um piso que evita a impermeabilização total do solo, por conta da sua técnica de assentamento.

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Figura 07 : Partido usos Fonte: Acervo do autor

Figura 08 : A Nova Avenida Paulista Fonte: Acervo do autor

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Figura 09 : A Nova Avenida Paulista Fonte: Acervo do autor

Referências Guia Global de Desenhos de ruas. Editora Senac, São Paulo, 2018. GEHL,Jan. Cidades para pessoas.Editora Perspectiva, São Paulo, 2013. Cidade ao Nivél dos olhos, Segunda Edição. Editora EdiPUCRS, Porto Alegre, 2015. JACOBS,Jane. Morte e vida de grandes cidades. Editora WMF MartinsFontes, São Paulo, 2014. MACEDO,Silvio. Quadro de Paisagismo no Brasil. Editora Quapá, São Paulo, 1999. LYNCH, Patrick. Projeto de Snohetta para Times Square é inaugurado. Artigo ArchDaily. 2017. GAETE, Constanza.Pedestrianização da Times Square deve ser concluída em 2016. Artigo ArchDaily, 2014. CRUZ, José.Snohetta faz da Times Square uma rua permanentemente de pedestres. Artigo ArchDaily. 2014. ROSENFIELD, KarissaUm passeio pelo High Line com Iwan Baan. Artigo ArchDaily. 2014. Project Group 8 + PARK. Boulevard White Flowers+Project Group 8+PARK. Artigo ArchDaily. 2018. KAHTOUNI, Saide.Sobre um outro ícone da paisagem paulistana, a Avenida Paulista. Artigo Vitruvius. 2008.

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SAKATA, Francini. Parques Urbanos no Brasil. Editora Quapá, São Paulo, 2002.



Inthera Square, Brooklin Paulista – SP Requalificação das Praças Fernanda Pereira da Silva

Figura 1– Perspectivas (Fonte: Autoral, 2020)

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Orientador : Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocke Mussnich


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Resumo: O presente trabalho traz uma análise geral sobre a os papeis das praças no tecido urbano, e mostra como esses espaços estão relacionados com o conceito de vitalidade urbana, onde percebe-se que para um espaço público ter vitalidade ele precisa ter condições adequadas para as pessoas o utilizarem, assim atraindo-as e favorecendo a interação social. O recorde físico da pesquisa é o bairro do Brooklin Paulista e das Avenidas Nova Independência, Avenida dos Bandeirantes e da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, mostrando as principais características do local e a importância tanto do bairro quanto das Avenidas citadas para as questões de emprego e renda, entre outros fatores. Dentro desse recorte, as praças estudadas são a Praça Acibe Ballan Camasmie, a Praça Procópio Ferreira e a Praça Dr. Francisco Patti, que foram analisadas morfológica, funcional e através de pesquisas em campo e bibliografias. Analisando quesitos como o seu contexto histórico, paisagismo, fluxos, usuários, mobiliários etc. Assim, podendo recolher as informações necessárias para elencar diretrizes urbanísticas e projetuais capazes de tornar o local mais prático e confortável para a permanência e uso das pessoas durante o dia a dia, tornando-as as Praças mais seguras, ativas e funcionais. Elaborar um projeto de requalificação nas três praças selecionadas do Brooklin Paulista, trazendo uma maior permanência e apropriação desse espaço por parte da população, com o intuito de contribuir para a vitalidade urbana do bairro, incluindo seus cachorros que atualmente tem sido bastante visto na região. De forma que esses locais sejam vistos como símbolo de identidade, e que atendam às necessidades dos moradores e frequentadores da região. Palavras-chaves: Praças, Vitalidade Urbana, Brooklin Paulista, Avenidas, Mobiliários, São Paulo. Versão integral do trabalho em ( https://issuu.com/fernandapdsm/docs/fernanda_pereira_da_silva ) Figura 2 – Foto Atual Praça Acibe (Fonte: Autoral, 2020)

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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

Figura 3 – Foto Atual Praça Dr. Francisco

Figura 4 – Foto Atual Praça Procópio Ferreira

Introdução: Algumas praças servem apenas como cruzamento dos pedestres de um lado para o outro, enquanto outras combinam a oportunidade de caminhar com a permanência, experiencias e conforto. As Praças deste Projeto tem essa característica de serem mais usadas como cruzamento dos pedestres de uma rua para a outra, pois elas não possuem atrativos nem mobiliários adequados que façam com que as pessoas queiram permanecer e desfrutar mais dela, apesar disto, tem grande relevância social para a região por ser um ponto de referência e estar localizada estrategicamente em Avenidas principais, que atrai grandes fluxos de usuários durante o dia. Tendo em vista nos dias de hoje do ano de 2020, estamos vivendo uma grande Pandemia do Covid -19, Toda a população é orientada a ficar em casa para reduzir os riscos de contágio pelo novo corona vírus, saindo apenas quando há necessidade, desta forma os espaços livres acabam ficando vazios e sendo um refúgio aos finais de semanas para aqueles que saem na rua para prática de atividades físicas que não foram proibidas na cidade de São Paulo. Com Tudo, foi preciso levar como objetivo: Entender o conceito de vitalidade urbana e como aplicá-los as praças; Caracterizar a área de estudo e diagnosticar aspectos positivos e negativos das três praças, para assim perceber os tipos de melhorias que devem

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Proposição: Figura 5 – Planta Geral Projeto Final (Autoral) Cada detalhe da praça foi pensado com relação à população existente ali e seu contexto com o entorno (comércios, consultórios, bancos etc.). Todas as decisões foram tomadas levando em conta esses critérios, pensando ESC. em propor uma requalificação nas praças no intuito de ser um projeto simples, prático e confortável, atendendo a população e os visitantes, sem tornar um elemento que destoasse com a identidade do Brooklin e que pudesse ser repetido em outras praças que ali no bairro de encontram. As imagens das Figuras 117 mostram essa relação das praças em si, com as construções em volta. Foi pensado em não colocar elementos que atrapalhassem na visão dos carros que estavam passando ali, por elas serem uma espécie de rotatórias e ajudar na organização do trânsito. Tais imagens destacam as diretrizes projetuais propostas para as Praças aqui analisadas, que foram organizadas a partir dos seguintes aspectos: faixa de pedestre, paisagismo, mobiliário, parcão, iluminação, pavimentação, bancas de jornal, dentre outros.

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ser feitas; Pesquisa entre moradores sobre a interação de seus animais domésticos na proposta; Mapear a área de estudo fazendo análises da praça e de seu entorno; Propor um projeto preliminar para requalificação da praça. A análise das Praças foi realizada por meio de imersões em campo a fim de compreender melhor a dinâmica local e seu contexto. Foram analisadas características urbanísticas, arquitetônicas e comportamentais, registradas por fotografias capturadas em diferentes dias e horários. A partir do momento em que ele entendeu que o ambiente urbano edificado tem enorme efeito sobre o que se pode fazer ou não fazer “os edifícios emolduram nossas vidas”, Gehl passou a desenvolver estudos sobre o modo como as pessoas usam os espaços públicos e quais componentes tornam um espaço mais ou menos vital. É isto que faz uma praça “bem sucedida”, e trazendo vitalidade aos locais. Estes estudos de caso foram selecionados por terem ideias projetuais bem parecidas com as praças escolhidas para este trabalho, são elas a Praça Horácio Sabino, Praça do alemão na vila carrão, e a Praça da Catedral em Maringá. A partir de todas as análises feitas a respeito da Avenidas Berrini, Nova Independência e dos Bandeirantes, das três praças do Brooklin Paulista e seu entorno, optou-se em seguir algumas diretrizes observadas ao longo das visitas a campo, trazer a vitalidade, tornando-a um local propenso a permanência e descanso dos usuários, sem atrapalhar na suas fortes características de ser Praças de “passagem”. Assim o partido do projeto em questão se baseia em diretrizes para intervir em aspectos como: as faixas de pedestres, o paisagismo, os mobiliários, a pavimentação e as bancas de jornais presentes ali fazendo com que as praças continuem funcionando de forma que é, só que com a vitalidade e qualidade necessárias. É importante aprender como as pessoas usam os espaços públicos e levar tudo em conta ao propor melhorias, incluindo a experiencia acumulada ao longo da história. As intervenções serão feitas nas faixas de pedestres que acercam as praças e são de extrema importância, no paisagismo que não atende aos usuários no quesito conforto térmico, os mobiliários que são poucos e em condições ruins, uma melhoria na pavimentação tanto esteticamente quanto pela acessibilidade, a relocação das bancas de jornais por que onde estão inseridas acabaram atrapalhando na circulação das pessoas, uma melhoria na iluminação para tentar atrair usuários nos horários noturnos deixando a praça menos ociosa.


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Figura 6 – Projeto Final Praça Acibe Ballan

Figura 7 – Projeto Final Praça Procópio Ferreira

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Figura 8 - Praça Dr. Francisco Patti (Fonte: Autoral, 2020)

Em virtude dos estudos feitos sobre praças e suas características gerais percebe-se que em meio a transformações constantes, contudo, mantem-se intacta a importância dos espaços de trocas, convivência, encontros. Propõe, então, que as praças e parques dos bairros sejam criados em áreas que possuam densidade suficiente para alimentá-las, e não ao contrário. Foi observado o histórico e importância das Avenidas Berrini, Bandeirantes e Nova Independência do Brooklin Paulista, pois elas concentram a maior quantidade de pedestres, lojas, serviços e outros estabelecimentos comerciais, formais e informais da região. Além de ser um local errado de empregos na região. E assim percebe-se a importância das Praças estudadas para estas avenidas principais, pois elas além de praças têm a função de organizar o trânsito como rotatórias. Está localizada quase nos finais das avenidas e os espaços públicos mais próximos destes comércios. Depois das análises feitas nas praças foi possível compreender as características urbanas existente nelas, seus pontos positivos e negativos, questões ambientais, iluminação, se os mobiliários presentes são atendendo aos usuários, quais os usos predominantes nela como refúgio também para os cachorros, onde seus tutores desejam espaços públicos onde possam frequentar com seus animais de estimação, entre outras propriedades. Esse exercício possibilitou uma análise conceitual e crítica dos elementos que compõem a área específica de estudo, e o entorno imediato que exercem algum tipo de influência na praça analisada. O objetivo, portanto, deste projeto, foi acentuar a capacidade do espaço público enquanto elemento de composição da área de estudo. Por se tratar de uma praça com grande importância para a região, trazendo melhorias arquitetônicas, paisagísticas, tornando-a acessível, com uma boa iluminação etc. Com base no histórico do local e nos resultados obtidos no diagnóstico e nas potencialidades/vulnerabilidades, foi possível observar a importância e necessidade do projeto de revitalização. Através desse projeto tentou-se manter as características principais da praças escolhidas, percebendo a sua forte influência na avenida e na população que está ali durante o dia a dia. Cada detalhe do projeto foi pensado de forma que o resultado não atrapalhasse o grande fluxo de pessoas que passam pela praça, fazendo com que as pessoas pudessem permanecer ali confortavelmente, com um paisagismo apropriado, iluminação de qualidade, paginação de piso diferenciada e acessível. Para os senhores que passam seu tempo ali jogando, com uso de um pergolado com plantas trepadeiras pode-se criar um local mais aconchegante e sombreado. O outro pergolado também traz essa sensação de conforto e aconchego para aqueles que estão passando por ali, além de nova banca de jornal que é maior e possui um design diferente.

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Referências: GHEL, Jan. Cidade para pessoas. Tradução Anita di marco.2. ed. São Paulo: perspectiva, v.1, 2013. 276 p.tradução de: Cities for People. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000. KARSSENBERG, Hans. A cidade ao nível dos olhos: lições para os plinths. EDIPUCRS, 2015. LIMA, Aryane. Renovação, revitalização ou requalificação urbana. Projeto Batente. 2017. Disponivel em: <http://projetobatente.com.br/renovação-revitalizacao-ourequalificacao-urbana/. MARCELLINO, Nelson Carvalho, Lazer, espaço urbano e transversalidade. Lazer no espaço urbano: transversabilidade e novas tecnologias./joao eloir carvalho (org.): Champagnat: 71-82, 2006. MOURA, Dulce. Arevitalização urbana: Contributos para a definição de um conceito operativo. Cidades – comunidade e territórios, p. 20, dez 2006. Disponivel em: <http://revistas,rcaap.pt/cct/article/view9228/6675. MULLER, Ademir. Espaços e equipamentos de lazer e recreação e as políticas públicas. In: MULLER, Ademir, BIURGOS, Miria Suzana. (Org.). coletânea de textos do encontro nacional de recreação e lazer – 14 ENAREL. 01 ed. Santa cruz do sul: EDUNISC, 2002, v.01. PEDROTTI, Gabriel. 20 espécies nativas para arborização urbana. Archdaily.2018. Disponivel em: <http://archdaily.com.br/br/880359/20-especies-nativas-paraarborizacao-urbana. PACHECO, Priscila. Espaços públicos: 10 princípios para conectar as pessoas e a rua. Archdaily. 2017. Disponivel em: <http://www.archdaily.com.br/br/873962/espacos-publicos10-principiospara0conectar-as-pessoas-e-a-rua>. PRAÇAS E PARQUES DURANTE A PANDEMIA. 2020.

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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem

ROBBA, Fabio. MACEDO, Silvio Soares. Praças Brasileiras. São Paulo, 2002. SANTOS, Paulo Ferreira.



Urbanização da Favela Manuel de Teffé Guilherme Rodrigues Oliveira Orientadora: Profª. Drª. Beatriz Kara José

Figura 01: Vista do pedestre – Espaço projetado para acontecer feiras livres.

O presente trabalho propõe intervenção em um núcleo de habitação irregular, busca realizar uma breve análise histórica das favelas do entorno do Autódromo de Interlagos, apresenta ameaças de remoção e a luta por melhorias habitacionais e de vida. Apesar de toda

Sendo assim, o trabalho concentra na provisão de habitação social, para que todas as famílias sejam realocadas no mesmo perímetro; espaços públicos, praças e áreas de convivência; implantação de um centro cultural multidisciplinar, numa edificação que contemple diversidade humana, segurança, acessibilidade e bem estar, oferecendo assim suporte para desenvolvimento de atividades de cultura e laser.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/arqgrodrigues/docs/urbanizacao_da_favela_manuel_de_teff__-_guilherme_

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desenvolvimento.

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evolução urbana algumas dessas comunidades ficaram esquecidas e não acompanharam o


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Introdução

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É sabido que a construção de determinada região da cidade através de projeto urbanístico abarca determinadas categorias essenciais numa perspectiva de melhora de vida das pessoas ocupantes daquele espaço. Desse modo, é fundante que se tenha políticas públicas habitacionais pautadas nessa perspectiva de melhoria de vida a partir dos espaços de vivências. Assim, esse modelo de cidade traz elementos como, por exemplo, quadras poliesportivas; áreas de convivência; lazer; acessibilidade e etc. Infelizmente, esse modo de pensar os espaços a partir de uma melhor qualidade de vida, não está para todos os lugares. Como, por exemplo, a comunidade Manoel de Teffé, também conhecido como Morrão, bairro de Interlagos que fica situado na Zona Sul da cidade de São Paulo. Nessa comunidade, residem aproximadamente 350 famílias, formadas em sua maioria por pessoas de baixa renda. Nessa perspectiva de melhoria de qualidade de vida a partir do lugar onde mora-se, esse trabalho advém de uma inspiração subjetiva, no caso, eu. Sou morador dessa comunidade e estudante arquitetura compreendo o quanto é importante pensar a comunidade Manoel Teffé tendo por base um projeto urbanístico. Para tanto, iremos estudar as políticas públicas habitacionais a fim de identificar como os projetos de lei voltados à habitação foram aplicados nas comunidades Jd. Autódromo, Jd. Cristal e Manuel de Teffé, situadas no entorno do Autódromo José Carlos Pace – popularmente conhecido por Autódromo de Interlagos. AS FAVELAS NÃO DEVEM SER VISTAS COMO ÁREAS ESPECIFICAS MARCADAS POR UMA SINGULARIDADE QUE AS SEGREGA DO RESTO DA CIDADE (PRETECEILLE E VALLADARES,2000; PASTERNAK, S.D.) FAVELAS: OLHARES INTERNOS E EXTERNOS

Figura 02 : Visão do pedestre na cota mais alta.

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O objetivo da proposta parte da análise das visitas, entrevistas e vivencias dentro da comunidade do Morrão. A principal intenção do projeto é proporcionar melhor qualidade de vida, através da qualificação da área, no desenvolvimento de projetos de acessibilidades aos acessos, com escadarias e passagens adequadas e interativas, criando assim, áreas de lazer, praças e áreas de estar. Faz parte da proposta: habitações sociais, áreas de lazer e estar, centro cultural multidisciplinar, praças e locais de convivência, proporcionando maior qualidade de vida e melhor vivência dentro da comunidade, por meio da implementação dessas áreas e espaços propostos.

. Figura 03: Visão da praça de contemplação e estar.

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A partir das reflexões e estudos da favela, foram instituídas premissas importantes para o conceito do projeto, como manter o fluxo atual e acrescentar mais acessos dando dinâmica e melhor circulação e incentivando a permanência as novas áreas projetadas. Com base nas premissas do levantamento dos assentamentos precários, insalubres e com alto índice de adensamento, motivos para a remoção, o projeto tem como proposta a reposição das habitações retiradas. Desta forma os espaços liberados, possibilitou inserir das novas unidades habitacionais destas famílias. A disposição dos edifícios parte da proposta de circulação e ventilação cruzada beneficiando as áreas secas voltadas para fachada norte e leste e as áreas de circulação horizontal e ares molhadas para fachadas Sul e oeste. Desta forma, as unidades são promovidas de iluminação e conforto térmico. Para que o projeto proposto por este trabalho tenha vida e animação foi necessário criar pontos de atração por toda favela criando assim áreas de lazer e pratica de esportes como as quadras e escadarias com patamares, degraus e bancos que acomodam no terreno reafirmando, de maneira lúdica, o grande desnível topográfico existente. Ao longo da parte baixa do terreno, estruturando longitudinalmente a área, está prevista uma via destinada aos veículos de manutenção e que servirá como segunda via de acesso como para favela.

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A intenção do projeto parte do estudo do tecido topográfico, no intuito de maximar o número de apartamento (246 unidades, de três tipos) com acesso em diferentes níveis, possibilitando assim a construção de apartamentos com 9 andares sem a necessidade de elevadores.


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Figura 04: Vista da aérea da quadra com barracas para comercialização de alimentos.

. Figura 04: Edifico cultural multidisciplinar.

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Referências

BRANDALISE, Vitor Hugo. Cingapura estão rodeados por favelas. Folha de S.Paulo, São Paulo, 30 de agosto de 2011. Disponível em: < https://saopaulo.estadao.com.br/noticias/geral,cingapuras-estao-rodeados-por-favelas-imp-,765918 >. Acesso em: 07 de março de 2020. FUNDAÇÃO TIDE SETUBAL. Territórios de Direito: um guia para construir um plano de bairro com base na experiência do jardim Lapena. São Paulo: Fundação Tide Setubal, 2019. ORGANIZAÇÃO, Lara Ferreira, Paula Oliveira, Victor Laconi. Dimensões do Intervir em Favelas: desafios e perspectivas 1 ed. – São Paulo: Peabiru TCA/ Coletivo LabLaje, 2019. São Paulo, Prefeitura do Município. Plano Municipal de Habitação de São Paulo, Projeto de Lei nº 619/16. São Paulo, Secretaria municipal de habitação/ Companhia Metropolitana de habitação de São Paulo, 2016. Barrios populares Medellín: favelas São Paulo. Organização de Maria de Lourdes Zuquim, Liliana María Sánchez Mazo e colaboração Yvonne Mautner. São Paulo: FAUUSP, 2017. KOWARICK, Lúcio. Viver em Risco. Sobre a Vulnerabilidade Socioeconômica e Civil. Capítulo 5. Favelas: olhas internos e externos. São Paulo: Ed. 34, 2009. Urbanização de favelas no Brasil: um balanço preliminar do PAC / organização Adauto Lucio Cardoso, Rosana Denaldi. 1. Ed. – Rio de Janeiro. Letra Capital, 2018. OLIVEIRA, Abrahão. O Principal projeto de habitação popular de São Paulo: O Cingapura. São Paulo in foco: Disponível em http://www.saopauloinfoco.com.br/projeto-cingapura/. Acesso em 13 mai. 2020. PEIXOTO, Luiz Eduardo. De Singapura a Cingapura: um conto de dois modelos habitacionais. Caos Planejado. Disponível em https://caosplanejado.com/de-singapura-a-cingapura-umconto-de-dois-modelos-habitacionais-conjunto-habitacional-hdb/. Acesso em 13 mai. 2020

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Os primeiros mutirões autogeridos e a constituição das assessorias técnicas: http://www.ctescoladacidade.org/contracondutas/editorias/trabalho-e-arquitetura/os-primeiros-mutiroesautogeridos-e-a-constituicao-das-assessorias-tecnicas/.



Proposição de linha de metrô em via urbana ligando o bairro do Morumbi/SP à São Bernardo do Campo Iman Abou Mahmoud Orientadora: Profª. Drª. Beatriz Kara José

Figura 01: Mapa Intermunicipal que apresenta o trajeto proposto da linha de metrô, com terminais de ônibus em saídas pontuais da linha.

os bairros Vila Cordeiro/Morumbi, em São Paulo, ao Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. O trecho que se destinará para análise local, com a inserção de terminal de ônibus, conexões de grande e médio porte, é o Jardim Miriam, local da maior motivação para o trabalho proposto. A partir da vivência pessoal, pelo fato de residir nas proximidades da via que é tratada como eixo principal da intervenção, Avenida Cupecê, é notável uma necessidade crescente de maior possibilidade de mobilidade pela cidade, visto o saturamento do eixo da avenida pelo uso latente do automóvel particular e análise de tabelas da pesquisa Origem Destino 2017.

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Este trabalho irá tratar da proposição de uma linha de metrô no trecho que compreende

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Resumo


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Este trabalho tem como princípio de que a melhoria do transporte público e da mobilidade na cidade leve à superação da fragmentação espacial que permeia o desenvolvimento econômico, e, assim, à criação de uma sociedade mais justa e igualitária, mais homogênea no aspecto do valor e acesso à terra. A falta de infraestrutura de maiores e melhores acessos, especialmente de transporte de alta capacidade, repercute no uso do solo, sobretudo em seu valor. O trabalho tem como objetivo melhorar a acessibilidade e mobilidade urbana no trecho acima mencionado, ao propor uma linha de modal de alta e média capacidade; propor a implantação de um terminal de transportes no Jardim Miriam e, junto a este, propor alternativas na regulamentação urbanística no entorno do novo equipamento a fim de limitar um desenvolvimento urbano excludente. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/iman.aboum/docs/tcc_2020_iman_abou_mahmoud Introdução Como uma forma de observação inicial, por vivenciar esse espaço que se propõe um trajeto, sempre notei a escassez de acesso à infraestrutura urbana de transporte na região do Morumbi/São Paulo à São Bernardo do Campo, de forma que, o eixo dessa ligação fosse norteado por uma grande avenida, já existente. Entretanto, seu trajeto em nível de esgotamento do transporte público e trânsito, não colabora com a qualidade de vida das pessoas da região. E é sabido o quanto um transporte onera a vida de um trabalhador, tanto em termos de tempo gasto nos trajetos, como em custo. Desta observação nasce a proposta de um traçado complementar e mais potente para região, em comparação aos já existentes. O ônibus da EMTU que o percorre – traçado semelhante ao da linha existente, e que executa esse movimento pendular da população, que parte do ABC Paulista (nesse caso, São Bernardo do Campo, passando por Diadema e São Paulo e terminando em Osasco), desde muito tempo já havia ultrapassado

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sua capacidade máxima, até mesmo em relação ao conforto que deveria ser fator essencial por conta do longo trajeto que é feito e considerando a carga trabalhista. A linha 17-Ouro do metrô, que circunda a região do Jabaquara, próximo à área estudada, não compete com a infraestrutura proposta, uma vez que ela é de proporção intermunicipal. É desta perspectiva de análise que se dá o ponto fundamental do trabalho: acredito que a facilidade de acessos deveria servir a toda a população e não apenas a quem vive próximo as zonas mais bem servidas de oferta de trabalho e, por consequência, de infraestrutura. A questão do aumento do valor da terra como consequência da implantação de novos equipamentos também é uma das preocupações deste trabalho, e será tratada em especial na localização que se dará maior enfoque – o Jardim Miriam, bairro de grande vulnerabilidade social. E, embora o enforque seja ao Jardim Miriam, trata-se de um problema a ser considerado desde o eixo inicial ao final da linha proposta, já servidos de boa infraestrutura (como é o caso do Morumbi e do Rudge Ramos), passando ainda pela área central de Diadema, visando a necessidade de um apoio de legislação que

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garanta a permanência da população que mora no entorno das estações a serem criadas, considerando que, com a implantação dos novos terminais de transporte, poderão surgir novas centralidades, atraindo novos usos e, por consequência, aumentar o valor do solo. Com a análise da região estudada a partir de pesquisa virtual Origem Destino 2017, dada a data que ocorre o estudo - em plena pandemia – o trabalho tem como proposta a criação de uma linha de metrô intermunicipal - uma inserção em escala local, a qual apresentará uma conexão possibilitada pelos modais de média e alta capacidade, metrô e ônibus. O trabalho abarca estudos de autores como Flávio Villaça, Silvana Zione e David Harvey. Proposição O traçado da linha que é sugerida compreende as Avenidas: Roque Petroni Júnior, Professor Vicente Rao, Vereador João de Lucca, Cupecê, Presidente Kenedy, Fábio Eduardo Ramos Esquível e Corredor ABD. Sobre o raciocínio da maior oferta de infraestrutura urbana que, nesse caso, se direciona a produção de transporte de média e alta capacidade, o trabalho abarca as chances de diminuir as diferenças sociais e econômicas de uma população, já que maiores acessos aos transportes interfere na produção e reprodução de uma sociedade, garantindo ainda, uma legislação vigente para a não expulsão das camadas mais vulneráveis que moram no entorno desse caminho proposto. Acredita-se que a partir da produção de maior infraestrutura para os cidadãos, maior será sua qualidade de vida, interferindo em menor desgaste da jornada de trabalho por retirada de parte do tempo dispendioso do movimento pendular. Na parte inicial do trabalho, apresenta-se a visão ampla da produção da cidade, os aspectos que se dão para decisão da criação da linha sugerida, conexões intermunicipais juntamente com o cenário que a cidade apresenta em seus aspectos sociais e econômicos, mostrando questões como vulnerabilidade social, pesquisa Origem Destino de 2017 do metrô de São Paulo e mapas que subsidiam essa análise geral de território. Na segunda parte, o trabalho apresenta a intervenção sugerida com a proposição de terminais de

área. Com isso se dá a apresentação da análise do território que é local, conexões possíveis e quais são os fatores que motivaram a produção da proposta. Na terceira parte, apresenta-se a proposta em escala local - o enfoque que escolho para abordar as questões que se propõe defender com a análise: a permanência da população local, que necessita de uma legislação e regulamentação urbanística para evitar os impactos negativos possíveis, como a expulsão da mesma para as franjas ou outras áreas da cidade, visto que é uma população vulnerável. Como proposta final, um memorial descritivo da legislação que deve ser criada para a área como apoio das classes mais vulneráveis para a sua permanência visando o adensamento da área que contêm um caráter horizontal, a qualidade urbanística que se propõe melhorar e a sugestão de realocação das

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mesmo e as problemáticas que podem ser ocasionadas ao trazer uma infraestrutura de tal porte para a

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ônibus ao longo da linha de metrô, em uma escala macro regional, os fatores positivos para a criação do


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camadas vulneráveis para as ZEIS do local. Assim, adquirindo um caráter de corredor com usos mistos e mais verticalizado, formando novas centralidades e assegurando maior produção de empregos nos locais.

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Figura 4: Produção da nova infraestrutura no local

Figura 5: Área da proposição verticalizada com tratamento de Coeficiente de Aproveitamento em todas as quadras que permeiam a região.

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Referências AEMESP ESTUDOS TÉCNICOS. Evolução e Tendências na Implantação e Financiamento dos Sistemas de Transporte Público Sobre Trilhos.SP, 2010. CIA DE METROPOLITANOS DA CIDADE DE SÃO PAULO – obtenção de imagem que configura a área atual na RMSP com a configuração das linhas de metrô. DÉAK, Ramos Schiffer. O processo de Urbanização no Brasil – Elementos de uma política de Transportes para São Paulo. 1987 revisado em 1990 HARVEY, D. A condição pós moderna. São Paulo: Boitempo, 2006. “O trabalho, o capital e o conflito de classes em torno do ambiente construído nas sociedades capitalistas avançadas”. In. Espaço e Debates, n.6, 1982. Também disponível em https://antropologiadeoutraforma.files.wordpress.com/2014/03/david-harvey-o-trabalho-o-capital-eharvey-david-o-conflito-de-classes-em-torno-do-ambiente-construc3addo-nas-sociedades-capitalistasavanc3a7adas.pdf> ISODA, Marcos Kyioto de Tani e. Transportes sobre trilhos na Região Metropolitana de São Paulo Estudo sobre a concepção e a inserção das redes de transporte de alta capacidade. São Paulo, 2013. KOWARICK, L; CAMARGO, H. C.; MAZZUCCHELLI, A. M.; ALMEIDA, M. H. T.; SINGER, I; BRANT, C; apresentação de EVARISTO ARNS, São Paulo 1975. Crescimento e Pobreza – A lógica da desordem. Estudo realizado para a Pontifícia Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, 1976. NIGRIELLO, Henrique de Oliveira. A rede de transporte e a ordenação do espaço urbano. Revista dos Transportes Públicos, ANTP, Ano 35, 2013. VILLAÇA, Flávio. O rodoanel e a Ideologia.Oculum Ensaios 11_12, Campinas, p. 112-115, Janeiro_Dezembro, 2010.

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______; ZIONI, Silvana. A Expansão do metrô de São Paulo: Acentuando Desigualdades. XII Encontro da Associação Nacional de pós-graduação e pesquisa em Planejamento Urbano e Regional, Belém-Pará-Brasil, 2007.



A Represa e a Av. Atlântica Uma nova experiência de desenho urbano, resgate da escala do pedestre e da natureza Natalia Cristina Freitas Lima Orientadora: Profª. Ms. Marcella de Moraes Ocke Müssnich

Esse projeto parte da análise da Av. Atlântica com a represa Guarapiranga, e seu entorno imediato que por muitos anos fora local de grande diversidade de usos, porém desde os anos 70 a área vem sofrendo constante degradação e esquecimento. Após compreendermos a formação histórica do território e quais foram os fatores que influenciaram para a atual situação da área, fora proposto um desenho de parques e vias visando trazer uma potencialização para as dinâmicas sociais, econômicas e urbanas da área, para que assim gerar um espaço de convivência e integração da pessoa com a cidade. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/natalialima950/docs/a_represa_e_a_av._atl_ntica.tcc

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Figura 01: Av. Atlântica e seu entorno. Fonte: acervo do autor


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Introdução Este trabalho de conclusão de curso parte da premissa abordar sobre Requalificação Urbana e da Paisagem a partir da análise da Avenida Atlântica, onde o foco e que a partir dos estudos sobre a região um anteprojeto de requalificação urbana e da paisagem venha a surgir após a análise e estudo da Avenida Atlântica, a várzea da Represa Guarapiranga e todo seu entorno imediato. A área de intervenção deste TCC é um trecho da Av. Atlântica e parte da várzea da Represa Guarapiranga, onde serão analisadas as relações existentes no tecido urbano da área, e como eles se conectam e se relacionam no dia a dia, buscando entender as conexões dos espaços públicos e privados, para que assim possam ser pensadas maneiras de criar uma integração entre esses espaços, através de um novo desenho para esse espaço, preservando e valorizando os elementos característicos do trecho. Avaliando assim disponibilidade de infraestrutura urbana e viária, as relações com o entorno imediato, a fim de identificar os problemas e potencialidades que o setor possui, para que assim seja possível trazer um potencial de reocupação e requalificação urbana e ambiental ao trecho. Podendo assim transformar e trazer novos valores onde finalmente as pessoas deixem de seres meros expectadores da paisagem e passem a ser protagonistas do espaço o transformando e o dando um novo valor afetivo. Com o propósito de um projeto de requalificação da paisagem urbana para o trecho de estudo escolhido alguns pontos precisaram ser levantados e pensados para que assim qualquer projeto possa a vir a surgir. Partindo assim desse princípio os primeiros passos faz-se necessário a execução de levantamento de dados sobre um raio de interferência da região e quais fatores interferem diretamente ou indiretamente. Visando entender as dinâmicas de ocupação e todas as leis que o local possui, fez-se necessário utilizados métodos de levantamento para realizar a pesquisa, qual o instrumento usado para a coleta de dados, o cenário e os indivíduos que utilizam o local. Durante pesquisa fora utilizado a abordagem de levantamentos de dados dispostos pela prefeitura de São Paulo e sites de levantamento urbanos, que de acordo com eles foi possível entende o ambiente.

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Usamos como instrumento de coleta de dados para facilitar na -leitura do território e chegar a um trecho de possível intervenção, foram analisados leis que abrangem a área como: lei de zoneamento, uso de solo, leis de proteção aos mananciais, macrozonas, ZEPEC e como também analises diretas do atua estado da área como suas vias, paisagem e ocupação do solo. Os principais autores que contribuíram para esse trabalho foi Jan Gehl, Maria Cecilia Barbieri Gorski, Jane Jacobs e outros autores de teses que abordavam os temas similares, onde o principal foco e a relação das pessoas com a cidade. Para responder à questão-problema desta pesquisa, foi realizada uma análise do perfil dos moradores e quem frequentava o local e quem poderia a vir frequentar o local se melhoras fossem feitas, fazendo com que escolhas necessárias fossem feitas e qual público desejaria alcançar com esse possível projeto.

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Proposição O partido que será apresentada estruturam-se a partir de três diretrizes, entendidas como essenciais para transformação coerente do território em questão, sendo elas: • Qualificação dos espaços livres públicos, de modo a garantir qualidade de vida aos moradores e usuários desse espaço, bem como estabelecer relação sustentável com o meio ambiente e recursos naturais • Otimização e implantação de infraestrutura verde urbana para garantir assim um melhor funcionamento da captação, drenagem e limpeza das águas pluviais • A valorização e incentivo para a ocupação de usos mistos de atividades que possam se complementar e sobrepor durante 24 horas. O princípio dessas diretrizes e trazer uma potencialização para as dinâmicas sociais, econômicas e urbanas da área, para que assim um novo desenho possa surgir gerando um espaço de convivência e integração da pessoa com a cidade. Partindo dos princípios que todo o entorno da Represa Guarapiranga necessitaria criar uma infraestrutura que se ajuda na limpeza das águas pluviais que seriam futuramente despejadas na represa contribuindo assim para a sua limpeza, foram pensados em uma nova tipologia de ruas onde suas calças

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Figura 02 :Nova tipologia de ruas. Fonte: acervo do autor

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e canteiros recebam uma infraestrutura verde.


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Visando atender a diretriz de qualificação dos espaços livres públicos, de modo a garantir qualidade de vida aos moradores e usuários desse espaço, bem como estabelecer relação sustentável com o meio ambiente e recursos naturais, um grande parque linear fora proposto por toda a várzea da represa. O parque linear possui 4,49 km de extensão, onde diversos usos foram implantados no decorrer deste passeio visando atender a todas as faixas etárias, onde as atividades se sobrepõem trazendo assim movimento do parque em diversos períodos.

Figura 03 : Diagrama de atividades e lazer do parque. Fonte: acervo do autor A vegetação que cobre o parque se mescla de maneiras diversas, servindo algumas vezes como identificador de locais ou até mesmo norteador de caminhos, a vasta área permitiu também preserva um bosque existente e criar um novo, que servira como um grande viveiro ao ar livre que serviria de repositório e espécies do parque. Os equipamentos urbanos propostos são da empresa Mader, cujo foco é na sustentabilidade com

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o uso de materiais ecológicos, como o concreto ecológico com reciclado de ágata, madeira de reflorestamento pinus auto clavado e aço. Iluminação pública em LED. Estão entre os mobiliários desenhados pela Mader que serão utilizados estão: bancos e canteiros em concreto, bancas de revistas e bancas de flores, totens de sinalização, postes de iluminação, displays informativos, lixeiras seletivas, bicicletário, bebedouro e novas bancas.

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Figura 04: Mobiliário de Canoas .Fonte: https://www.mader.com.br/mobiliario-canoas/

Referências ARAÚJO, Ricardo e SOLIA, Mariângela. Guarapiranga 100 anos. 2014. GEHL, J. Cidades para Pessoas. Tradução: Anita di Marco. São Paulo: Perspectiva, 2013, 2 ed. GLOBAL DESIGNING CITIES INICIATIVE; NACTO. Global Street Design Guide. Island Press, 2016. GORSKI, Maria Cecilia Barbieri. Rios e cidades: ruptura e reconciliação. 2008 JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades; tradução Carlos S. Mendes Rosa; revisão da tradução Maria Estela Heider Cavalheiro; revisão técnica Cheila Aparecida Gomes Bailão / Jane Jacobs. São Paulo: Martins Fontes, 2011, 3 ed. KARSSENBERG, Hans (et aut). A Cidade Ao Nível dos olhos, 2015 NOBRE, E. A. C. A atuação do Poder Público na construção da cidade de São Paulo: a influência do rodoviarismo no urbanismo paulistano. In: SEMINÁRIO de História da Cidade e do Urbanismo, Anais do XI Seminário de História da Cidade e do Urbanismo. Vitória: UFES, 2010.

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SOUZA, Valmir. Políticas culturais em São Paulo e o direito à cultura. 2012.



Processo de democratização do espaço urbano A quadra como meio de ressignificação dos bairros jardins Victória de Almeida Arruda

Resumo Entendendo a cidade como meio de prática social o presente trabalho visa discutir o papel dos Bairros Jardins no contexto da metrópole paulistana, se emprenhando em respeitar o valor histórico, urbanístico e arquitetônico do sítio. Considerando aspectos em diferentes escalas, e partir do questionamento dos parâmetros e restrições que regem este território, é proposto um conjunto de diretrizes de ocupação que visão equilibrar os aspectos de preservação e as constantes transformações urbanas. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/almeida.vic/docs/victoria_de_almeida_arruda

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Figura 01 – As quadras são caracterizadas em 3 tipologias em vista seu potencial de transformação e oportunidade de aplicação da cota de solidariedade. Fonte: acervo do autor

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Orientadora: Profª Drª Beatriz Kara José


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Introdução Considerando que “a cidade além de ser um local de disputa e de movimentos sociais ... além de ser lida como um discurso ... a cidade é uma mercadoria” (MARICATO, 2016) e somado a cultura patrimonialista do Estado brasileiro, que confunde o público e o privado na defesa dos interesses das elites (WHITAKER, 2005), o processo de urbanização resulta em um modelo segregacionista e patrimonialista, onde o poder aquisitivo compra a qualidade de vida. Deste modo, ao compreender o processo de urbanização de São Paulo e reconhecendo que a cidade não foi resultado de uma soma de privilégios e sim da teia de articulações das facções do capital, identificouse nos bairros tombados pelas Resoluções 05/CONPRESP/1991, 07/CONPRESP/2004, 02/CONDEPHAAT/1986 e 07/CONDEPHAAT/2004 - Jardim América, Europa, Paulista e Paulistano – um protótipo claro desse modelo de urbanização. Para elucidar esta questão, foi necessário dividir o processo histórico deste território em três fases – implantação, consolidação e transformação -, onde a compreensão do processo histórico foi diretamente atrelada as políticas de desenvolvimento urbano e a incorporação de legislações urbanísticas como estratégia de valorização do sítio. Entendendo, portanto, que este território foi se consolidando em aspectos arquitetônicos, urbanísticos, sociais e econômicos pautados em uma política urbana patrimonialista, observa-se a quadra como uma cicatriz urbana desse processo de urbanização, onde o lote funciona de forma autônoma ao uso coletivo e gera espaços ociosos, excludentes e segregadores. No entanto, identifica-se nesta mesma quadra um potencial de ressignificação, onde o conjunto de lotes de um quarteirão podem representar uma instância de gestão local, ativa e legitima (NOTO, 2019). As relações de uso e vizinhança, combinados com políticas urbanas habitacionais, contribuem para o encontro entre as demandas da cidade contemporânea e o valor histórico inquestionável. Proposição

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O projeto vai de encontro ao seu objetivo geral, quando identifica a possibilidade de transpor as barreiras sociais, políticas e econômicas ao propor a ressignificação de um território que até então, ainda é de poucos. Deste modo, as diretrizes recomendadas buscam reforçar a visão da cidade democrática e inclusa. Intervir em um território já consolidado e de forte relevância histórica é desafiador, assim as experiencias apresentadas são norteadoras para a proposta e muitas são absorvidas. No caso de Marais em Paris, o encontro entre as políticas de preservação histórica e de habitação são apropriadas neste ensaio, de modo a atuarem como contrapartida á novas construções. Entendendo que a Cota de Solidariedade é um forte instrumento de contrapartida, buscou-se reconhecer no território quadras com potencial de aplicação, porém podemos observar que o modo como ela é disposta na lei não contribui para sua real finalidade – que é a produção de habitação social. Deste modo,

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ao considerar que estamos atuando em um território de grande valorização imobiliária, recomenda-se a remodelação deste instrumento. E sabendo que um dos objetivos desse trabalho é mostrar possibilidades de ressignificar esta área e identificando a capacidade de ocupação das quadras, imagina-se que ao flexibilizar as diretrizes de uso e ocupação do solo – zoneamento e as resoluções de tombamento – seria de grande interesse para iniciativa privada. O que pode ser visto como potencial, pois para viabilizar seus empreendimentos, é proposto um conjunto de contrapartidas e incentivos. Para tanto, os elementos de mobilidade urbana, usos e adensamento apresentam características que diferem áreas, quadras e os lotes dentro do perímetro em estudo. A proposta, portanto, parte da

Levando em consideração que o objetivo desse trabalho é apresentar uma oportunidade de democratização desse território, destaca-se aqui duas das diretrizes de ocupação de incentivo e contrapartida à flexibilização das normas de ocupação, a fim de promover habitações de interesse social e aluguel de interesse social:

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Figura 03 – Modelo de paisagem construída próxima a Av. Brig. Faria Lima (QT1.1) e Av. Rebouças (QT1.2). Fonte: acervo do autor

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identificação dessas tipologias de quadras e propõe diretrizes de ocupação.


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Figura 04 – Para Quadra Tipo 1.1, 1.2 e 2 em novas construções >1.000m² <3.000m² 20% do empreendimento deverão ser destinados à aluguel social no mesmo lote, já em construções em novas construções >3.000m² deverá ser destinada 30% do empreendimento á aluguel social no mesmo lote. Fonte: acervo do autor Para tanto é recomendado que os imóveis localizados em ZCOR-1 e ZCOR-2 adotem as diretrizes de ocupação das Zonas Mistas (conforme Quadro 3 e 3A da Lei 16.402/16), sabendo-se que esta admite todos os grupos de atividades correspondentes à subcategoria de uso nR1 e subcategorias nR2, nR3, Ind1a e Ind-1b, ou seja, admite-se na mesma zona, comércio e serviços de pequeno a grande porte (500 m² a mais de 2.000 m² de área computável e locais de eventos com lotação superior a 500 pessoas). E não somente, as ZM permitem uma maior exploração do lote tendo em vista seus parâmetros (CA 2, TO, 0,85

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E GABARITO MAX. 28m).

Figura 03 – Zoneamento recomendado considerando o potencial de transformação da área. Fonte: acervo do autor.

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VILLAÇA, Flávio. São Paulo: segregação urbana e desigualdade. Estud. av., São Paulo , v. 25, n. 71, p. 37-58, Apr. 2011.

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SEABRA, O. C. de L. (2015). Urbanização e industrialização: rios de São Paulo. Labor E Engenho, 9(1), 37-48. https://doi.org/10.20396/lobore.v9i1.2092


ensaios


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TCC 2

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Centro Cultural Dança Ana Beatriz Marcelino Shimabuk Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi

Neste trabalho de conclusão foram estudadas diferenças formas de expressões de cultura e suas ramificações, entender os espaços projetados para a arte da dança e espaços voltados para acrescentar o conhecimento e lazer de uma determinada área da região Sul da cidade de São Paulo, que passa por um processo de requalificação urbana e o quão importante seria o caso de uma instalação de cultura pode ser incentivado numa região periférica. Alem de entender a importância da cultural para a sociedade, veremos como uma edificação pode transformar a cultura e seu entorno a partir das referencias retratadas, e um estudo aprofundado do terreno com seu entorno em relação cidade urbana. Com o estudo da área de intervenção pode-se entender por onde o partido do projeto começa, a fim de tentar requalificar urbanisticamente uma quadra e inserir o Centro Cultural Dança de uma forma correta.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/biashimabuk/docs/tcc_ana_beatriz_marcelino_shimabuk_2020_02_turma_b

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Resumo

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Figura 01: Perspectiva lateral e 3D do Centro Cultural Dança. Fonte: acervo do autor


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Introdução Para começar a entender os rumos deste trabalho as primeiras diretrizes foram entender o que é cultural, a sua importância diante a sociedade e quais são suas formas de expressão. Sua importância tanto para entender como a historia ocorreu, acontecimentos, valores, rituais, costumes, praticas de um determinado grupo e como ela pode afetar a vida, diariamente, como pode acrescentar seus conhecimentos, melhorar um determinado local da cidade trazendo benefícios tanto corporal como intelectual, e benefícios de empregabilidade, como o reconhecimento de determinadas profissões e garantir novos empregos para a região. Falaremos também com exclusividade sobre uma determinada expressão artística, a Dança. O projeto se desenvolverá atrás dessa demanda que foi escolhida como área principal do projeto. Sendo assim as referências projetuais apresentadas servirão como base para o desenvolvimento do projeto. Além de conhecer outros locais que já são usados para arte da dança, em São Paulo, destaquei 2 projetos importantes da cidade. O Centro Cultural São Paulo é considerado um ponto de encontro, referencia e passagem que recebe uma diversidade de pessoas e classes variadas, sendo um equipamento cultural de grande porte e inserido na malha urbana de São Paulo, o exemplo desta obra que sem se impor visualmente na paisagem se contrapõem o exemplo de urbanidade e diversidade. O Projeto se atenta em entender seu entorno e como o individuo pode se interagir sobre a obra. Não podemos esquecer também sobre sua edificação que construído de concreto e aço, a obra se atenta também a iluminação zenital e seus grandes caixilhos de vidro.

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O projeto de Barozzi Veiga se materializa em um edifício de cara nova, uma infraestrutura cultural renovada para a cidade de Zurique, a qual reflete a importância da instituição como um dos principais centros de dança contemporânea na Suíça e no mundo. A identidade que Tanzhaus passa será semelhante ao projeto a ser desenvolvido, um espaço público que atende também o entorno que se localiza,transformando um espaço ‘abandonado’ num espaço cultural, que permite outras atividades, mas também é possível ser um espaço dedicado a dança. Não é apenas uma escola de dança contemporânea. O projeto enfrenta vertentes diferenciadas, mas solucionada de uma forma simples e eficaz. Entender que o edifício faz parte da urbanização é um processo importante para o convívio de quaisquer populações, um espaço público pode atender diversos gostos e necessidades. Por fim foi realizado um breve estudo também sobre a obra do escritório Brasil Arquitetura, a Praça das Artes. Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área. O espaço físico é composto por uma série de lotes que se interligam no miolo da quadra, voltados para três frentes de ruas, no coração da cidade. Enfim, o lugar é rico em urbanidade. A implantação desse equipamento cultural, além de atender à histórica carência de espaços para o funcionamento do Teatro, desempenha papel indutor estratégico na requalificação da área central da cidade, uma vez que o rico e complexo programa de uso, focado nas atividades profissionais e educacionais de música e dança, está fortemente marcado por funções de caráter público, convivência e vida urbana. Após os estudos das referencias, foi levantada uma série de informações sobre a área de intervenção como local inserido geograficamente, sua importância na região que esta inserida, suas vias principais e intermediárias, quem está inserido em seu entorno, tanto em relação urbana como na sua relação em acesso e deslocamento, seu contexto historio, o entendimento sobre a ocupação e uso do solo, o incentivo a reestruturação do bairro a partir dos tipos de uso designado pelo Plano Diretor.

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Figura 2: Mapa do Terreno. Fonte: acervo do autor

A estruturação para um programa de necessidades do projeto teve como base também o entorno, além de querer atender especificamente o publico destinado para cultura da dança, o local também quer destinar ao morador ou residente próximo, entender quais são suas demandas, e assim tem um edifício que possa atender variados públicos e incentivar o crescimento do bairro. Neste estudo foram realizados os objetivos da proposta, o publico alvo, o perfil socioeconômico dos bairros vizinhos, quem são e de onde veem seus usuários, como podem usar o espaço e horário, programa de espaço, fluxograma, com todo o conjunto os partidos do projeto foi desenvolvido. Proposição O Centro Cultural Dança se desenvolve em dois edifícios: Centro Cultural Dança onde acontecem aulas de dança de diversos ritmos e com variedade de horários e aulas, oficinas voltadas a cultural e dança, exposições, sala de apresentações, sala de gravações, ateliê, lounge, academia,

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Figura 3: Mapa de Requalificação de Quadra Urbana. Fonte: acervo do autor

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E determinadas circunstancias encontradas, foi proposto uma requalificação de quadra urbana, destinando área total do terreno em quatro vertentes: Uso Residencial com miolo de quadra,Uso de Comércios e Serviços, Uso para uma Instituição Educacional Publica (Escola), Parque e por fim para a utilização de um Equipamento Publico Cultural.Além da criação de novas ruas para melhor deslocamento diante do terreno e entorno.


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piscina e um grande teatro arena onde se pode encontrar atividades de diversas maneiras e informal. E contamos com o Teatro onde apresentações formas e com qualquer finalidade, podendo abrigar aproximadamente 1300 pessoas visitantes.

Figura 4: Planta Baixa Térreo. Fonte: acervo do autor

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Figura 5: Planta Baixa 1º Pavimento. Fonte: acervo do autor

Figura 6: Elevação Inferior. Fonte: acervo do autor

Figura 7: Perspectiva 3D. Fonte: acervo do autor

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Referências (https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/20.240/7748) ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade. São Paulo, Martins Fontes, 1995, p. 24 BASTOS, Maria Alice Junqueira. Pós-Brasilia: rumos da arquitetura brasileira. São Paulo, Perspectiva, 2007. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. 6ª e. São Paulo: Editora Ática, 1986. BOTELHO, I. Dimensões da Cultura e Políticas Publicas. São Paulo 2001 CENTRO CULTURAL SÃO PAULO. História. São Paulo, 2016. (http://centrocultural.sp.gov.br/site/institucional/historia/.) COLI, Jorge. O que é arte. 15ª ed. São Paulo: Brasiliense ,1995. ELLMERICH, Luis. História da Dança. 3. ed. São Paulo: Ricordi, 1964. FARO, Antonio José. Pequena História da Dança. 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1986. MARCHELLI, Maria Victoria. Urbanidade: Verticalização, densidade e percepção nos espaços urbanos Edifícios como articuladores e estruturadores de urbanidade no centro de São Paulo. 2016. 178 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2016. (http://tede.mackenzie.br/jspui/bitstream/tede/2891/5/Maria%20Victoria%20Marchelli.pdf.) PINHEIRO, Thaynara. A importância da Cultural para a Sociedade. 2018 (https://www.siaranews.com.br/a-importancia-da-cultura-para-a-sociedade/) RENNE, Monique. Espaços Culturais em São Paulo. São Paulo, 2016. (https://guia.melhoresdestinos.com.br/museus-e-espacos-culturais-em-sao-paulo-173-2016-p.html.) RODRIGUES, Dra Sonia Regina Rocha. A importância da Cultura na Formação do Cidadão. (http://www.qdivertido.com.br/verartigo.php?codigo=57) VERÍSSIMO, Gustavo de S.; CÉSAR JUNIOR, Kléos M. L. Concreto Protendido: Fundamentos Básicos.

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Sites

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WEBER Schimiti, Webe. Centro Cultural São Paulo: A arquitetura paulista depois do brutalismo. 2020



Mobiliário urbano adaptado para a perspectiva do pedestre na cidade de São Paulo Angela Knijnik Burgos

Resumo O trabalho propôs desenvolver uma análise da situação da mobilidade urbana na cidade de São Paulo, evidenciando a importância do espaço da calçada e da infraestrutura relacionada ao transporte público coletivo. Tomando como referência os pontos de ônibus existentes e observando a ineficiência dos mesmos ao cumprir sua função de abrigo coletivo, desenvolveuse um projeto de adequação para um novo mobiliário urbano que se integra à paisagem e fornece conforto, visibilidade, segurança e acessibilidade, unindo diversos elementos de mobiliário essenciais à vida pública do pedestre.

Versão integral do trabalho em https://issuu.com/angkni/docs/tcc_angelaknijnik

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Imagem 01: Parada modelo "Abrigo Caos" em São Paulo. Fonte: Eduardo Knapp (Folhapress).

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Orientador: Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto


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Introdução De acordo com o Relatório Geral do Sistema de Informações da Mobilidade Urbana da ANTP de 2016, 28% da população se locomove predominantemente por transporte coletivo na cidade de São Paulo. Outros 41% se locomovem exclusivamente a pé. Nas calçadas, o primeiro ponto de acesso à vida urbana e ao transporte público coletivo, há poucos espaços agradáveis ou adequados para a permanência e para a passagem de pedestres com conforto e segurança.

Imagem 02: Divisão de viagens por modo de transporte nos municípios brasileiros. Fonte: ANTP, 2016. Na cidade de São Paulo, mais de 1 milhão de pessoas realiza um deslocamento diário até o centro da cidade, principalmente a motivos de trabalho (Censo Demográfico Brasileiro, 2010), causando uma superlotação em toda a rede de transportes - individuais ou coletivos. Nas grandes cidades, o uso do automóvel e de outros veículos motorizados cresceu rapidamente como consequência do aumento do poder aquisitivo da população e de incentivos públicos direcionados para a infraestrutura do transporte individual, causando diversos problemas no espaço urbano e afetando diretamente a população usuária de outros modais, que não têm suas necessidades atendidas.

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Todos os dias ônibus, metrôs e trens urbanos transportam cerca de 50 milhões de pessoas no Brasil (NTU, 2018), sendo ele o principal meio de deslocamento motorizado utilizado pela população, respondendo por 86% de toda a demanda por transporte coletivo nas 3.313 cidades atendidas por sistemas organizados de ônibus. O ponto de ônibus é um mobiliário urbano com grande potencial de utilização na cidade e que, quando projetado adequadamente, pode se tornar um ponto de encontro e até de referência para os moradores do bairro no qual é implantado, podendo resistir por décadas ao ambiente urbano e às distintas gestões municipais. Além de local de espera para os passageiros do transporte coletivo, as paradas de ônibus são grandes abrigos de proteção à céu aberto que o público em geral está convidado a utilizar. No Município de São Paulo existem 19,5 mil pontos de parada de ônibus disponível em 7 modelos de diferentes formatos (SPTrans, 2020). Pode-se dizer que os novos modelos de pontos de ônibus instalados a partir de 2013 não foram projetados de maneira a priorizar o conforto de seus usuários, que na época se queixaram sobre a materialidade do abrigo – vidro que não protege da radiação e do calor e também sobre a ausência de informação sobre as linhas de ônibus e seus itinerários. É necessário pautar as políticas públicas para que promovam o desenvolvimento de mobiliários urbanos acessíveis e confortáveis.

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Proposição Foi desenvolvida uma parada de ônibus, um mobiliário multifuncional de instalação simples e econômica utilizando um material já aplicado anteriormente em pontos de ônibus na cidade de São Paulo. Alguns aspectos essenciais foram considerados: cobertura e proteção, visibilidade, acessibilidade, assentos, distanciamento físico, espaço livre na calçada e conexão à outros mobiliários, buscando sempre respeitar o conforto do pedestre. O formato curvado do abrigo surge a partir de uma superfície plana, que tem suas extremidades deslocadas em direções opostas, aumentando a quantidade de apoios para a cobertura, também em formato de “S”. O formato também tem como proposta deixar a visão livre para as pessoas que se sentarem em sua parte “posterior”. A estrutura é implantada de maneira a ocupar o mínimo possível da largura da calçada, e em seu centro, onde os dois grupos de módulos se encontrariam, uma passagem se abre, dando espaço e criando caminhos para a fruição urbana natural.

Imagens 04 e 05: Elementos de mobiliário e utilização do abrigo. Fonte: produzido pela autora.

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A abertura no centro do abrigo também tem como propósito diminuir a sensação de barreira e facilitar o acesso dos usuários à qualquer área do abrigo. O formato do abrigo resulta na criação de 4 áreas cobertas de permanência, para pessoas em pé ou sentadas. Em uma das áreas é prevista a implantação de outros mobiliários: lixeira, bebedouro e bicicletário, que podem ser removidos de acordo com a necessidade de cada local (embora não seja recomendado). O abrigo é acessível, rodeado por pisos táteis e com local previsto para cadeira de rodas, e tem a capacidade de aproximadamente 14 pessoas em pé.

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Imagem 03: Vista frontal do projeto de abrigo modular completo. Fonte: produzido pela autora.


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Imagem 06: Planta baixa. Fonte: produzido pela autora.

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O abrigo é composto por 6 módulos, 3 em cada lado do abrigo. O módulo é formado por 4 planos verticais de 0,2 m, rotacionados em um ângulo de 10° formando uma curva, e dois planos perpendiculares em suas extremidades.

Imagem 07: Montagem. Fonte: produzido pela autora.

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No caso de calçadas estreitas, é possível implantar o formato reduzido do abrigo, que contempla apenas o módulo principal (metade da área original): dois assentos na frente e local previsto para cadeira de rodas.

Imagens 08 e 09: Elementos de mobiliário e utilização do abrigo simples. Fonte: produzido pela autora.

Referências BRASIL. Decreto nº 56.834, de 24 de fevereiro de 2016. Institui o Plano Municipal de Mobilidade Urbana de São Paulo – PlanMob/SP 2015. São Paulo: Prefeitura de São Paulo; 2016.

COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO – METRÔ. Pesquisa Origem Destino 2017 – 50 anos. São Paulo: METRÔ, 2019. IBGE. Sinopse do censo demográfico: 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. KÁTIA, Aline. MULLER, Humberto. NUNES, Luana. LANDIN, Lucas. VELOSO, Lucas. A desigualdade na manutenção das paradas de ônibus de SP. Agência Mural de Jornalismo das Periferias, 2019. MOBILIDADE a pé. In: MOBILICAMPUS. ITDP. National Association of City Transportation Officials (NACTO). Guia global de desenho de ruas. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018. O TRANSPORTE Público e a nova mobilidade urbana. Produção: NTU – Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos. São Paulo: Duo Design/Stud10, 2018. 1 vídeo (10 min), son., color. SPTRANS. Corredores e Faixas Exclusivas. SPTRANS. Pontos de Parada de Ônibus. TAMANAHA, Juliana Tiemi. Andar a pé como modo de transporte: conceituando infraestrutura para circulação a pé. Cidadeapé - Associação Pela Mobilidade a Pé em São Paulo, São Paulo, fev. 2015.

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CET – Companhia de Engenharia de Tráfego. Relatório Anual – Acidentes de Trânsito. São Paulo: CET, 2019.

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BRASIL. Decreto nº 58.717, de 17 de abril de 2019. Institui o Plano Municipal de Segurança Viária 2019/2028 e o Comitê Permanente de Segurança Viária do Município de São Paulo. São Paulo: Câmara Municipal de São Paulo; 2019.



O espaço da sala de aula no Ensino Fundamental I no Brasil Maria Elisa de Lima Gragnani

Resumo O trabalho propõe um ambiente de sala de aula de ensino fundamental I (1° ao 5 ano°) no Brasil, composto por elementos que atendam a critérios de diferentes abordagens pedagógicas. Para isso, foram investigados padrões de organização e uso através de experimentos com o mobiliário existente, além do levantamento de referências sobre as abordagens pedagógicas selecionadas, tendo como critério para seleção aquelas que adotam o espaço como uma das principais ferramentas no ensino. Os experimentos realizados, por sua vez, tiveram como norte os fundamentos dessas abordagens, parâmetro que foi mantido para a proposição do novo ambiente. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/elisagragnani/docs/tcc_2_maria_elisa_grag

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Figura 1: Foto da maquete da sala de aula proposta. Foto e maquete elaboradas pela autora, 2020.

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Orientador: Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto


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Introdução Passamos boa parte de nossas vidas dentro de salas de aula. Desde o início de nossa formação, e conforme a mudança de faixa etária, a composição desse ambiente não parece mudar muito da fase em que somos alfabetizados até o ensino médio. O modelo tradicional de sala de aula, geralmente com carteiras individuais retangulares, armários com trancas, dentre outros elementos tradicionais, pode ser um empecilho para tornar a criança ou o adolescente uma figura independente do professor nesse espaço. Além disso, a maior parte do espaço é ocupada por esse mobiliário, impossibilitando a criação de diferentes ambientes para diferentes usos. Quando se pensa em modelos de sala de aula que diferem daquele tradicional, onde cada elemento deve ser adequado à faixa etária do aluno (o que inclui cores, carteiras, mesas, armários, bancadas, dentre outros), que ofereça uso livre dos espaços, e que não tenha o professor como protagonista, é comum a associação às escolas que seguem uma linha pedagógica específica, como a Montessori, por exemplo. O objetivo desse trabalho é propor um ambiente de sala de aula que atenda diferentes abordagens pedagógicas, principalmente as que veem o ambiente da sala de aula como instrumento principal para proporcionar ao aluno uma experiên- cia de aprendizado ampla e que valorize a individualidade de cada criança, reconhecendo que cada uma tem seu tempo e seus interesses. A adequação desses espaços dentro dos critérios mencionados, não implica necessariamente na instituição de ensino seguir uma linha pedagógica específica, e sim usufruir de fundamentos das diferentes linhas estudadas para compor o ambiente, podendo ser aplicados inclusive em instituições públicas, pois não depende de mudanças na estrutura nem de grandes investimentos além da mudança do mobiliário. O trabalho inicia estudando a utilização do espaço da sala de aula de forma tradicional, ainda majoritariamente presente nas escolas brasileiras, utilizando projetos atuais para destacar alguns

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elementos. Depois, estuda-se abordagens pedagógicas que utilizem o espaço como ferramenta de aprendizado a fim de entender como o espaço pode proporcionar uma melhor experiência no desenvolvimento das crianças, e os diferentes métodos que podem ser utilizados para isso. Feito isso, inicia-se a análise de projetos de escolas que apliquem conceitos das abordagens estudadas, com elementos que serviram de base para as experimentações projetuais realizadas a seguir. Foram selecionadas leituras que analisam a influência do espaço no aprendizado como fundamento destas experimentações. Escolhi trabalhar com o espaço do ensino fundamental I por considerá-lo um meio-termo: nessa fase, a criança já possui independência física e busca por independência intelectual, porém sua percepção do ambiente ainda está sendo desenvolvida. Existem diversas escolas projetadas fora do padrão tradicional, com temáticas e conceitos específicos, porém aqui se propôs modificar o espaço de sala de aula em escolas já existentes dentro do padrão. A ideia é mostrar como pode-se passar de uma sala de aula com carteiras fixas viradas para a lousa, para uma sala lúdica, interativa e que se adapta às necessidades dos alunos, utilizando o espaço já existente.

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Proposição Proposta para uma nova sala de aula em espaços já existentes Para propor uma mudança dos elementos e suas composições, foi pensado em como o espaço da sala de aula poderia ser transformado de modo a proporcionar maior interatividade e liberdade ao aluno, estando apto a oferecer experimentações que contribuam no desenvolvimento cognitivo, emocional e intelectual. Para isso, a escola não precisa necessariamente seguir uma linha pedagógica como as estudadas anteriormente, mas a sala de aula pode surgir como protagonista ao fundamentar sua ocupação em alguns dos princípios das abordagens estudadas. Para a proposta, manteve-se a estrutura de uma sala de aula tradicional, modificando apenas o mobiliário. Este, teve como princípio ter um formato que possibilitasse diversos layouts, de modo integrado e fluido. A lousa deixa de ser fixa e deixa de ser um elemento principal para ser um elemento móvel, tornando-a mais acessível ao uso dos alunos de acordo com a dinâmica da aula. Foi acrescentada uma estante baixa e fixa de armazenamento de fácil acesso a todos da sala, podendo ser usada como apoio, além de duas mesas em conjunto com esse móvel que podem ser facilmente movidas pela sala. Há também, tapetes disponíveis aos alunos que quiserem realizar atividades no chão, um painel na parede que serve como área expositiva dos trabalhos e uma torre de aprendizagem (móvel que serve como uma escadinha com proteção) para que os alunos possam utilizar esse painel livremente sem a necessidade de ajuda do professor. Nos diagramas abaixo é possível ver a transformação que levou ao novo formato das carteiras, levando em consideração a área geralmente mais utilizada da superfície. O novo formato permite maior

Figura 3: Diagramas de comparação entre o uso de carteiras retangulares e dos novos formatos.

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Figura 2: Diagrama da transformação no formato das carteiras. Desenho elaborado pela autora, 2020.

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interação entre alunos, oferecendo um campo de visão mais dinâmico.


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Na planta abaixo é possível analisar como o novo formato das mesas favorece o fluxo da sala. Ele possibilita que os alunos se movimentem pela sala à medida que acharem necessário, podendo se desvincular dos grupos ou se integrar a outros sem dificuldades. O professor deixa de ter uma mesa necessariamente separada dos alunos, podendo se conectar aos grupos formados com mais facilidade, além de deixar de ser a figura em destaque no espaço.

Figura 4: Planta da sala de aula proposta. Desenho elaborado pela autora, 2020. Uma das paredes será pintada com um tom suave de azul, seguindo critérios tanto da pedagogia Waldorf quanto do Método Montessori, por se tratar de uma cor clara e fria. O mobiliário se mantém em

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cores neutras e predominantemente em madeira.

Figura 5: Foto da maquete da sala de aula proposta. Foto e maquete elaboradas pela autora, 2020. Ao decorrer das leituras e análises das referências, parecia ficar claro o quanto o ambiente pode influenciar no aprendizado das crianças, porém as experimentações projetuais é que possibilitaram uma

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melhor visualização de como pequenas modificações de layout e uso podem transformar a sala de aula em um espaço muito mais fluido e funcional. Ao utilizar o mobiliário existente na primeira série de experimentações, pôde-se notar como é possível aplicar alguns conceitos das abordagens pedagógicas estudadas sem grandes mudanças ou com um custo zero, algo que pode ser muito benéfico para escolas públicas brasileiras, por exemplo. Já na segunda série, é nítido o ganho de espaço e novas possibilidades dentro de um mesmo ambiente apenas alterando o uso do mobiliário existente, mostrando visualmente ser possível um maior compartilhamento entre alunos e professores. Um conceito interessante a ser observado é o fato da mesa do professor ser igual as dos alunos, tirando o professor como figura protagonista do espaço. Ao alterar o mobiliário na terceira série de experimentos, as possibilidades aumentam ainda mais, visto que o novo formato é favorável para trabalhos em grupos de diversos tamanhos e formas, e mesmo possuindo mesas individuais para cada aluno, ganha-se muito mais espaço. Isso facilita a mudança da disposição do mobiliário a todo instante, podendo se adaptar dependendo da atividade proposta no momento. Com isso, conclui-se que a arquitetura escolar deve considerar os elementos do espaço da sala de aula e não só a estrutura do edifício, não precisando necessariamente ter uma sala para cada tipo de atividade e sim, possibilitar diferentes usos no mesmo espaço. Referências A PEDAGOGIA construtivista. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/a-pe- dagogia-construtivista/53489. Acesso em: 08 jun. 2020.

ESCOLA Kalasatama. 2017. Disponível em: https://www. archdaily.com.br/br/873827/escola-kalasatamajkmm-archi- tects?ad_medium=gallery. Acesso em: 08 jun. 2020. ESCOLANO, Augustin; FRAGO, Antonio. Arquitetura como programa: espaço-escola e currículo. 2. ed. Rio de Janeiro: Dp&a, 2001. MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete Escola Parque. Dicionário Interativo da Educação Bra- sileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <https://www.educabrasil.com.br/escola-parque/>. Acesso em: 15 de nov. 2020. MÉTODO montessori. Disponível em: https://larmontessori. com/o-metodo/. Acesso em: 1 jun. 2020. MIGLIANI, Audrey. Como projetar escolas e interiores base- ados na pedagogia Waldorf. 2020. Disponível em: https:// www.archdaily.com.br/br/935704/como-projetar-escolas-e- -interiores-baseadosna-pedagogia-waldorf. Acesso em: 08 jun. 2020. MONTESSORI, Maria. A descoberta da criança: pedagogia científica. Brasil: Kírion, 2017. 348 p.

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ESCOLA El Til·ler. 2020. Disponível em: ttps://www.archdaily. com.br/br/921003/escola-el-til-star-lereduard-balcells-plus- -tigges-architekt-plus-ignasi-rius-architecture?ad_medium=- gallery. Acesso em: 08 jun. 2020.

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COMO organizar a sala de aula segundo o método Montes- sori? 2018. Disponível em: https://soumamae.com.br/como- -organizar-a-sala-de-aula-segundo-o-metodo-montessori/. Acesso em: 5 jun. 2020.



Democratização Cultural Centro de Cultura Guarapiranga Natália Cristina Sousa do Nascimento

Resumo A pesquisa, que tem como proposta a implementação de um Centro de Cultura na zona sul de São Paulo, busca destacar a importância da cultura no desenvolvimento da sociedade e como os equipamentos culturais possuem um papel importante nesse processo. Para isso, inicialmente é apresentado uma contextualização histórica da cultura na sociedade e política brasileira, seguida de uma reflexão acerca do impacto social proporcionado pelos equipamentos culturais e um mapeamento da distribuição desses espaços na cidade de São Paulo. Por fim é apresentado a área de intervenção e sua inserção urbana, seguida do projeto. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/nataliacsnascimento/docs/nat_lia_nascimento

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Figura 01 : Fachada oeste do projeto. Acervo do autor

Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia

Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi


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Introdução Proposta e Justificativa Os equipamentos culturais muitas vezes são relacionados apenas com o lazer, porém, são mais do que isso. Assim como a educação, a cultura também é um direito da população, e merece devida importância, já que pode ter um grande impacto no desenvolvimento social. Para isso, os equipamentos culturais são fortes aliados nessa luta pela democratização cultural já que proporcionam contato direto entre a população e diferentes tipos de cultura. O grande ponto a ser destacado é a má distribuição desses equipamentos, que está diretamente ligada com questões espaciais, sociais e econômicas, mantendo assim uma grande parte da população a margem desse meio.

Gráfico 01: Os dados fornecidos pelo gráfico nos mostram a grande diferença existente entre os distritos. Conseguimos concluir que os piores cenários (distritos mais populosos com poucos equipamentos culturais) são, em sua maioria, os mais afastados do centro da cidade. – Acervo do Autor com base nos dados do Mapa Digital da Cidade de São Paulo e PMSP

A falta de equipamentos culturais não é a única característica semelhante entre essas áreas

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periféricas, existem também algumas questões econômicas e sociais, como mostra o gráfico a seguir.

Gráfico 02 : Podemos notar que a linha pontilhada, que indica a vulnerabilidade, e o indicador da porcentagem da população com renda de até 2 salários-mínimos se acompanham em todo o gráfico, o que possibilita dizer que quanto maior a porcentagem da população com uma renda baixa, maior o índice de vulnerabilidade. Ao cruzar essas informações com as do gráfico 01, concluímos que os distritos com os piores índices são os mesmos nos três parâmetros (equipamentos por habitante, renda e vulnerabilidade). – Acervo do autor com base nos dados do IBGE (2010) e Seade (2000).

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Diante disso, a proposta se resume em um equipamento cultural, mais especificamente um Centro de Cultura, já que a intenção é estimular todas as etapas da produção cultural e não apenas o “consumo”, tendo como objetivo trazer impactos sociais significativos, e por isso está localizada no distrito Jardim São Luís, na zona sul de São Paulo, que ao comparada a outras regiões da cidade, carece desse tipo de infraestrutura e possui piores condições sociais e econômicas. Metodologia A metodologia seguida neste no trabalho possui inicialmente um caráter histórico, onde a partir das bibliografias estudadas, é apresentada uma breve trajetória da cultura na sociedade e política brasileira, para que assim fosse possível compreender o atual cenário cultural. Em seguida e apresentada a definição de equipamentos culturais e centros culturais, a partir de um olhar direcionado, onde o que é buscado no primeiro é o seu papel social, já sobre os centros culturais é discutido o que esses espaços devem proporcionar aos seus usuários. Também é feito um levantamento sobre a distribuição dos equipamentos culturais em São Paulo, relacionando com a quantidade de habitantes e extensão territorial, por região, subprefeitura e distrito, que serviu como objeto de análises comparativas, com o intuito de chegar nas zonas mais problemáticas da cidade. Após chegar na zona sul, são acrescentadas características sociais (índice de vulnerabilidade juvenil) e econômicas (% da população com x salários mínimos), para que se pudesse encontrar o distrito para a intervenção, que é o Jardim São Luís, que está entre os piores nos 3 índices (Infraestrutura, social e econômico). Os estudos de caso e referencias projetuais estudados foram: Centro Cultural Georges Pompidou, Centro Cultural São Paulo e Fábricas de Cultura Proposição Além da escassez de equipamentos culturais, a região também sofre com a falta de área livres,

edificada, e que essas áreas livres fossem continuidade das vias, sendo completamente públicas. É possivel acessar o projeto a partir das 3 vias que o contornam: Av. Guarapiranga, Rua Irutim e Rua Jaguaribara.

Figura 02: Implantação. Acervo do autor

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principais premissas para o desenvolvimento do projeto foi que parte considerável do terreno não fosse

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tendo basicamente como área de estar e lazer o Parque Guarapiranga. Em função disso, umas das


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A partir das caracteristicas do terreno, como o corrego, a topografia, área permeável e uma grande árvore existente na calçada da testada voltada para a avenida Guarapiranga, a implantação foi tomando forma, visto que a conservação das particularidades do local foi uma outra importante premissa considerada no projeto.

Figura 03: Corte BB. Acervo do autor. Mostra a relação entre os dois edifícios e as áreas livres

O terceiro importante ponto a destacar é o programa, que é composto por atividades que estimulam toda a cadeia cultural,desde o consumo até a produção, dividido em três principais grupos: Informar, discutir/criar e expor. Embora categorizado desssa forma, a conexão entre os diferentes usos era essencial, por isso todas as atividades, exceto o teatro por exigir ser mais reservado, estão

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concentrados em único edificio, com o minimo de barreiras visuais possiveis.

Figura 04: Diagrama de usos

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Figura 05: Fachada teatro

Figura 06: Fachada leste

Figura 06: Acesso rua Irutim Referências

revisionv1/?fbclid=IwAR3AOh3WiqITex5bjgCmCmm5iquP3rVFpyioIabd1f6AAzqxykqAjQdcK0.> BRASIL, Secretária especial de Cultura, 2020 BRASIL, Plano Nacional de Cultura, 2020 BRASIL, Sistema Nacional de Cultura, 2020 MENEZES, Henilton. Que papéis um Centro Cultural exerce para o desenvolvimento do povo de uma cidade? Carta Maior, 2005. Disponível em: < https://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FMidia%2FQue-papeis-um-centroculturalexerce-parao-desenvolvimento-do-povo-de-uma-cidade%2F12%2F7350&fbclid=IwAR2iJrWfoYKkq26tTatwKBUDdIvqMRH7-Ryup94wA5 BsvGciIAkrSWvmdLk >. MILANESI, Luís. A Casa da Invenção: Biblioteca, Centro de Cultura. 4º edição. São Paulo: Ateliê editorial, 2003

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http://cultura.gov.br/275084-

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BOTELHO, Isaura. Dimensões da Cultura e políticas públicas. Scielo, 2001. Disponível em <



Centro cultural Belmira Marin E sua importância de inserção em bairros periféricos Paula Renata Leme do Prado Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi

O estudo aqui apontado, procura relacionar as críticas do pensamento pós-moderno, no que se refere à equipamentos culturais, na identidade da arquitetura e do urbanismo, nos aspectos vinculados ao entendimento da ideia de “lugar”, no caso as áreas de mananciais, localizado no extremo sul de São Paulo o bairro do Grajaú é um lugar de grandes distâncias, totalmente carente de oportunidades, entre elas, moradia, transporte, educação, lazer e cultura. A proposta apresentada é um centro cultural, um lugar que abriga atividades pensadas para a comunidade, juntamente com a busca de soluções de projeto que atenda os mais variados públicos, produzida com base nos conceitos estudados e levantamentos feitos do local que está sendo inserido, tem como objetivo unir e integrar as atividades culturais que acontecem nos bairros a ele interligados. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/paularenatalemedoprado/docs/caderno27x27

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Resumo

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Figura 01: Perspectiva do Centro cultural Belmira Marin Fonte: acervo do autor


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Introdução O Grajaú é um bairro periférico, de trânsito caótico, mas que apresenta uma infinidade de atividades culturais distribuídas nos bairros a ele agregados, conta também com forte impacto na paisagem, já que o bairro está inserido em área de manancial e abriga a população de baixa renda. Tomam-se como referências principais as reflexões de Lina Bo Bardi, Ermínia Maricato, Fernando Serapião, Maria Lucia Refinetti Martins e João Sette Whitaker Ferreira. Além de uma entrevista com proximidade da realidade vivida pela população local, através das vivências náuticas e culturais da instrutora de barco a vela e líder comunitária Laís Guimarães e seus parceiros Frans Tomaz coordenador pedagógico do Projeto, Fabiano Souza que é coordenador Náutico e Wellington Neri que é conselheiro artístico, juntos desenvolvem um trabalho incrível de levar atividades culturais para a população carente, através de um pequeno centro cultural - Navegando nas artes - inserido em área de manancial. O circo escola também é um equipamento de cultura e lazer para a população do Grajaú, mas que não consegue atender a todos, pelo espaço que oferece.

Figura 02, 03, 04: Centro cultural navegando nas artes

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Fonte: acervo site navegandonasartes.com.br

Figura 05, 06, 07: Circo escola Grajaú Fonte: acervo site @circocedecagrajau

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Proposição O projeto Centro Cultural Belmira Marin, nasce de uma necessidade local de inserção na cultura e arte na região do Grajaú - SP, tem como objetivo proporcionar um segmento cultural nas artes, cujos produtos culturais ofertados são: espaços de dança, música, teatro, cinema, exposições de arte, cinema na praça e oficinas culturais, todas essas atividades em um só lugar, com estruturas apropriadas para receber a população que deseja desenvolver qualquer atividade, estudar ou apenas tomar um café, já que o projeto reúne todos os programas necessários para um uso completo e diversificado, juntamente com a opção de se apropriar do espaço da forma que desejar, sem critérios, sem preconceitos ou limitações.

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Figura 10: Planta piso 768 - Centro cultural Grajaú. Fonte: acervo do autor.

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Figura 08: Render - Centro cultural Grajaú. Fonte: acervo do autor.


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Figura 11: Render fachada Sul - Centro cultural Grajaú.

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Figura 12: Fachada Norte - Centro cultural Grajaú.

Figura 13: Fachada Leste

Figura 14: Fachada Piso 760

Figura 15: Corte AA

Figura 16: Corte BB

Figura 17: Corte CC

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Referências CORTÉS, José Miguel G., Políticas do espaço, arquitetura, gênero e controle social, leitura em 03/05/2018. COSTA, Lucio e TÁVORA, Fernando, Plástica e tradição, uma aproximação entre Lucio Costa e Fernando Távora - leitura em 05/05/2020. FERREIRA, João Sette Whitaker, cidade da intolerância, ou o urbanismo “à brasileira”, São Paulo, 1988. leitura em 15/05/2020. FRACALOSSI, Igor, Centro Georges Pompidou, Renzo Piano e Richard Rogers, in https://www.archdaily.com.br/br/01-41987/classicos-da-arquitetura-centro-georges-pompidou-renzopiano-mais-richard-rogers acessado em 27/08/2020. GUIMARÃES, Laís, líder Comunitária, instrutora de atividades culturais, apoiadora do projeto Navegando nas artes entrevista dia 27/05/2020. MARICATO, Erminia, Metrópole, legislaçao e desigualdade, São Paulo, 2000. leitura em 14/04/2020 MARTINS, Maria Lucia Refinetti: Mananciais da RMSP e a legislação de proteção. in Moradias e mananciais tensão e diálogo na metrópole - leitura em 21/04/2020. NASCIMENTO, Gislaine Moura, A representação do lugar no projeto de arquitetura pós moderno, in tese de pós graduação aluna Gislaine Moura do Nascimento (orientadora Prof.ª Dr.ª Kátia Azevedo Teixeira), São Paulo - leitura em 08/04/2020. NESBITT, Kate, O conceito de lugar para Gregotti e Norberg-Schulz, in uma nova agenda para a arquitetura - 1996 editora CosacNaify - leitura em 29/05/2020. OLIVEIRA, Olivia, Lina Bo Bardi: O Sesc Pompéia– lugares de jogo - O projeto do centro cultural: concepção da arquitetura como lugar.in sutis substâncias da arquitetura - leitura em 07/04/2020. ROLNIK, Raquel, O mapa da desigualdade de São Paulo e as lições que vêm das periferias, in https://raquelrolnik.blogosfera.uol.com.br - acessado em 22/05/2020.

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SERAPIÃO, Fernando, Centro Cultural São Paulo - in Espaço e Vida - acessado em 30/05/2020.



BOWBU:

Aplicação do bambu no mobiliário artesanal Vanessa dos Santos de jesus Orientador: Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto

O presente trabalho de conclusão de curso se propõe a apresentar um mobiliário artesanal de bambu e mostrar a relação entre o artesanato e design de mobiliário ,com atenção à produção moderna e contemporânea, aos materiais, técnicas e processos de produção, assim como às suas relações com as expressões regionais e aos novos paradigmas ambientais. Busca desenvolver o projeto de um conjunto de peças que leve em conta tanto no seu processo de projeto, como na sua produção, a consciência das diferenças de expressão de uma produção artesanal em relação à industrial. A conclusão do trabalho se dá ao desenvolvimento de um modelo de poltrona em balanço de bambu de forma geométrica. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/vanessasarq/docs/caderno_final-_vanessa_2020_revis_o_03

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Resumo

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Figura 1 - Imagem da poltrona na área interna - acervo pessoal


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Introdução O presente trabalho de conclusão do curso busca desenvolver o projeto de um conjunto de peças que leve em conta tanto no seu processo de projeto, como na sua produção, a consciência das diferenças de expressão de uma produção artesanal em relação à industrial. O interesse pelo tema abordado no presente trabalho surgiu no decorrer da minha trajetória acadêmica, por meio de experimentos com materiais aleatórios encontrados no cotidiano, e na elaboração de propostas de móveis a partir da produção artesanal e da reciclagem. Tomada como forte referência, a trajetória de Lina Bo Bardi com suas obras de arquitetura e design de mobiliário que incorporam o artesanato, traz para o trabalho a importância da inovação na escolha de materiais e formas. Da mesma maneira o forte caráter de liberdade e leveza, tão bem expressas em seus projetos de arquitetura, de mobiliários e até mesmo nos seus desenhos. Uma das contribuições de Lina para o presente estudo está na forma como expressava desde as suas ideias mais radicais e revolucionarias, até as mais simples e palpáveis, como a do conforto em um móvel e do ato de sentar-se. Ou ainda, de como viu a cultura brasileira a partir do valor da criatividade, tendo nela uma possibilidade de síntese do movimento moderno que poderia resultar autêntico brasileiro.

Proposição O presente trabalho de conclusão reflete sobre o quão relevante se torna a forma de produção artesanal, como matéria prima natural, a transformação pela qual um objeto passa, com base na história de um determinado local, a riqueza de uma produção cultural e o poder de transmitir um pouco daquela cultura para outros locais, que seja para necessidade ou apenas como um utensilio a ser usado na

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decoração. Compreende-se que o trabalho artesanal transcende a produção industrial, uma vez que ele se torna um objeto, cujo trabalho compreende maior tempo para a sua produção e um número mais restrito de consumidores, agregando um maior valor a cada objeto construído. Dentro da categoria de mobiliários artesanais, o presente trabalho toma como base os designers e as obras citadas, para os modelos a serem desenvolvidos, e posteriormente reproduzidos, em uma escala real, poltronas artesanais, com exposição de modelos que ilustram o conceito artesanal.

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Figuras 02 e 03: Visão frontal e posterior de poltrona em balanço feita a partir da junção de prendedor de roupas- acervo pessoal

Partindo destas referências, utilizou-se da geometria para uma criação livre, de um modelo de poltrona em balanço com materiais recicláveis, a saber pregadores de roupas para a estrutura, amarrados em um

Modelos finais da poltrona em balnço em escala 1:5 na horizontal e vertical.

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Figuras 04 e 05: Visão frontal e lateral na horizontal da experimentação do modelo de poltrona em balanço feita com palitos de churrasco com barbante – acervo pessoal

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triangulo com barbantes, distribuídos e anexados por rolinhos de papelão, formando um hexágono.


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Referências _____. Cadeira São Paulo. Disponível em: <http://carlosmotta.com.br/design/wpcontent/thumb/timthumb.php?src=/wp-content/blogs.dir/2/files/2012/03/Cadeira-SP-assento-brancofrente.jpg>. ______. Olhares itinerantes – reflexões sobre artesanato e consumo da tradição. São Paulo, 2005. Disponível em: https://artesol.org.br/files/uploads/downloads/Olhares-Itinerantes.pdf ALBERT Faus. Home Kisito. Disponível em: <https://images.adsttc.com/media/images/5d76/89db/284d/d16b/8700/0081/slideshow/Giovanni_Quatt rocolo.jpg?1568049619+>. ARTESOL. O que é? [página na internet]. São Paulo, sem data. Disponível em:< https://www.artesol.org.br/conteudos/visualizar/O-que-e-conceitos>. BIBLIOTECA Virtual. Disponível em:< http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/sao-paulo/cultura-efolclore-paulista-artesanato.php>. BLOG da arquitetura. Cadeira dobrável de madeira e couro. Disponível em: <https://blogdaarquitetura.com/wp-content/uploads/2016/03/cadeiras_05_blog-daarquitetura.jpg?x65176>. BORGES, Adélia. Caminhos possíveis. São Paulo: 2007. p. 31-42. Disponível em: <https://artesol.org.br/files/uploads/downloads/Artesanato-Intervencoes-e-Mercado1.pdf>. BORGES, Adelia.“Cabeça, mãos e alma: Disponível em: http://www.adeliaborges.com/port/wpcontent/uploads/2020/09/2011-03-19-Cabe%C3%A7a-m%C3%A3os-e-alma-Reflex%C3%B5essobre-design-artesanato-na-Am%C3%A9rica-Latina.pdf CADEIRA TRÊS PÉS, disponivel em: http://www.joaquimtenreiro.com/about.html CARLOSMOTA.COM.BR. Sobre Carlos Motta. [Página da internet]. disponível em:< http://carlosmotta.com.br/sobre/>.

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Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia

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Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia

MAZZA. Cadernos EBAPE.BR, Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/article/view/5050>. Acesso em: 21 Out. 2020.


ensaios


Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo

TCC 2

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Encaixes de Madeira como Método Construtivo Asaph Nícolas Almeida de Souza

Resumo O trabalho tem como objetivo apresentar a madeira como o material que pode substituir em grande parte, o uso de concreto e aço na construção civil. Para isso, foram estudados o histórico do uso na madeira na construção, que acompanha a evolução da civilização até os dias de hoje, com ênfase nas técnicas de encaixe de madeira desenvolvidas por povos como os japoneses, que a utilizam ainda hoje. A partir disso, a proposta foi estudar a possibilidade de utilizar esses encaixes em um sistema construtivo que utiliza em grande parte, a madeira como material, resultando em um projeto experimental de um edifício residencial. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/saph336/docs/tcc_caderno_asaphn_colas_pagseparada

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Figura 01: Isométrica da estrutura de madeira do edifício. Fonte: Acervo do autor

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Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki


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Introdução O trabalho tem a intenção de apresentar e promover o uso da madeira como substituto de materiais convencionais como o aço e concreto na construção civil, pois a produção desses materiais é nociva ao meio ambiente. As questões ambientais estão cada vez mais fortes em todos os aspectos nas nossas vidas. Precisamos sempre buscar novas maneiras de preservar o meio ambiente e optar pela utilização de recursos renováveis. A madeira é um desses recursos renováveis e aliada à novas tecnologias de construção e fabricação, se torna um material superior em muitos aspectos se comparado aos materiais convencionais. As pesquisas deste trabalho giram sempre em torno da madeira. Primeiramente, é apresentado um histórico do uso da madeira no decorrer do tempo e como foi a evolução das técnicas de utilização desse material. Com foco na antiga técnica japonesa de encaixes de madeira, o propósito é mostrar que a madeira por si só já é um material com um grande potencial de uso na construção. Ao se construir com madeira, é preciso unir as peças de alguma maneira, seja com cordas, pregos ou cola. Os encaixes são outra madeira que os antigos carpinteiros desenvolveram para unir essas peças sem utilizar outro elemento que não fosse a própria madeira, assim, cortes e entalhes eram feitos na madeira para que ela se prendesse uma a outra. Essa técnica foi evoluindo e se tornou uma parte importante da cultura, principalmente do povo japonês, onde encaixes cada vez mais complexos e resistentes, se tornaram uma marca de seus carpinteiros. Atualmente, a madeira vem ganhando cada vez mais força nas áreas de arquitetura e engenharia com a criação da madeira engenheirada, que é aquela que é processada industrialmente para otimizar seu desempenho e uso na construção civil. A utilização da madeira como material para a construção dispõe de diversas vantagens que vão desde ser um material sustentável ao meio ambiente, até ter um bom custo benefício na fase de construção. Atualmente seu uso vem sendo cada vez mais presente, aparecendo até em grandes projetos sendo um eles o edifício Mjøstårnet, na

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Noruega, que foi idealizado pelo empreiteiro Arthur Buchardt. O projeto foi executado pela empresa de arquitetura Voll Arkitekter em parceria com a construtora Moelven, especializada em madeira e tem 18 andares e 85,5m de altura. Ele foi nomeado o edifício em madeira mais alto do mundo, em 2019, pelo Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano.

Figura 03: Edifício Mjøstårnet, em Brumunddal, Noruega. Fonte: Site Voll Arkitekter (2019)

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Trabalhos de Conclusão de Curso | 2020_2

A partir dos assuntos estudados, o objetivo do trabalho é propor um sistema estrutural que une os conceitos de estruturas de madeira, encaixes de madeira japoneses e fabricação digital. Esse sistema construtivo, tem como objetivo o uso da madeira como material principal e com isso reduzir o uso de outros materiais como concreto e aço, por isso a proposta é a utilização de encaixes no lugar dessas peças. Se baseando na técnica japonesa, os encaixes serão produzidos com a utilização de máquinas CNC, viabilizando a produção em grande escala dos elementos estruturais. Proposição O projeto tem a intenção de ser um estudo de como seria a aplicados o sistema de encaixes nos elementos estruturais e para isso, foi desenvolvido um projeto de edifício residencial com uma estrutura modular. O edifício é feito com uma base de concreto e a partir do primeiro pavimento, sua estrutura, com

Pela proposta do trabalho ser voltado ao uso da madeira e sua contribuição para com o meio ambiente, o projeto tem a intenção de trazer um contato maior com a natureza. O projeto foi pensado para ter diversas áreas de convivência e lazer. No térreo se encontram os salões de jogos e de festas e o bicicletário, além das áreas externas de lazer como a piscina, área infantil e pequenas áreas de estar. O primeiro pavimento é todo voltado para o lazer e bem-estar. Ele conta com uma academia, sala de música e cinema, sala de estudos/coworking e duas salas multiuso.

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Figura 04: Imagem renderizada da vista do edifício. Fonte: Acervo do autor

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exceção da caixa de circulação vertical, é feita inteiramente de madeira.


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Figura 05: Planta do térreo. Fonte: Acervo do autor

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Para esse edifício foram criados quatro tipos de unidades de apartamentos que variam de um até 3 dormitórios, sendo dois tipos simples e dois apartamentos duplex. Como a madeira da estrutura precisa ser muito bem protegida do sol e da chuva, o edifício é coberto por um painel de madeira além de uma madeira que passou por um processo japonês de carbonização chamado Shou Sugi Ban, onde a madeira é carbonizada e depois selada, tornando-a muito mais resistente à água.

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Figura 07: Corte transversal do edifício, mostrando o interior das unidades assim como a materialidade da fachada. Fonte: Acervo do autor

CARVALHO, Joyce. Edifícios em madeira terão espaço no Brasil? 2018. Disponível em: http://madeiraeconstrucao.com.br/edificios-em-madeira-terao-espaco-no-brasil/. Acesso em: 25 fev. 2020. GREEN, Michael; TAGGART Jim. Tall wood buildings: design, construction and performance. Basel: Birkhäuser, 2017. PARKS, Richard. The Life of Japanese Joinery. 2012. Disponível https://blogs.lt.vt.edu/parksrichie/the-life-of-japanese-joinery/. Acesso em: 18 fev. 2020

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POOLE, Mathew. Antique Joints and Joinery Techniques. 2019. Disponível em: https://www.antiquehq.com/antique-joints-and-joinery-techniques-2533/. Acesso em: 29 fev. 2020. SUMIYOSHI, Torashichi; GENGO Matsui. Wooden joints in classical japanese architecture. Tokyo: Kajima Institute Publishing Co., 1991. VILELA, Maria Isabel Marques. A madeira na construção de habitação coletiva. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) - Faculdade de Comunicação, Artes, Arquitetura e Tecnologia da Informação, Universidade Lusófona do Porto, Porto, 2013 ZWERGER, Klaus. Wood and wood joints: Building Traditions of Europe, Japan and China. Basel: Birkhäuser, 2015.

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BROWN, Azby. The genius of japanese carpentry: secrets of an ancient craft. North Clarendon: Tuttle, 2013.BRAGA,

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Referências



Recanto Águia Pousada Recanto Águia Julia Resende Rocha Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki

O presente trabalho de conclusão de curso apresenta o Recanto Águia como uma nova proposta para um terreno existente de 29.000 m², localizado em São Lourenço da Serra, SP. Atualmente o local é utilizado para o ramo corporativo e familiar, na parte frontal do terreno encontra-se a empresa Águia de Fogo como um espaço voltado para treinamentos de brigada de incêndio e na parte superior está localizada a casa dos proprietários. A casa foi projetada inicialmente para receber familiares e amigos, porém ao perceber que adoravam usufruir tanto a casa como o amplo espaço verde, surgiu a ideia de ampliar e abrir para o público mesmo na ausência dos proprietários, mantendo o estilo rústico que proporciona um ambiente acolhedor. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/julia_r_rocha/docs/julia_resende_rocha_-_tcc

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Resumo

Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo

Figura 01: Recanto Águia Fonte: acervo do autor


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Introdução O projeto do Recanto Águia teve princípio no momento que foi estudado as possibilidades que o terreno apresenta, surgiu a ideia de transformar uma parte do espaço de 4mil metros em pousada. O objetivo principal do projeto é a criação de chalés e novos espaços de lazer, buscando melhores alternativas para lidar com a topografia do local. A reforma da casa existente é essencial para esse projeto, a ideia se baseia em atribuir novas funções e ambientes para agregar valor e funcionalidade à pousada. O espaço existente promove sensação de bem-estar e acolhimento, portanto o partido do Recanto Águia é justamente trazer os benefícios que uma pousada e recanto oferecem, principalmente para os hóspedes que enfrentam uma rotina agitada e procuram um refúgio em momentos de descanso. Neste trabalho ao decidir o presente tema, o terreno já estava consolidado o que levou a ordem inversa de análise, pois seria preciso explorar as principais características do local e suas propriedades para fortalecer o partido da proposta. O local de projeto precisa ser estudado integralmente para entender quais as potencialidades e problemáticas encontradas no terreno, para isso o estudo aprofundado do clima e vegetação local se fazem imprescindíveis. A metodologia utilizada para o desenvolvimento foi feita através de estudos teóricos e levantamento de dados sobre o local escolhido, pesquisas técnicas e uso de softwares que deram o suporte para todos os desenhos e imagens no presente trabalho. Para o desenvolvimento alguns recursos foram essenciais, principalmente na escolha de referências para estudo pois desta forma é possível encontrar um eixo a ser seguido e proporciona engajamento para o desenvolvimento do projeto. Posteriormente as ideias passam a ter fundamento e começam a aparecer de maneira mais estável, e aos poucos tomam forma. As referências que deram base ao desenvolvimento do projeto foram selecionadas em alguns tópicos, sendo elas:

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Referência para elaboração de Maquete: Casa São Bento do Sapucaí Referências para Projeto: Cardomomo; Villa Fulô; Referência de ambientes de Interiores: Casa da Mata Azul E por fim alguns conceitos auxiliaram na concepção formal, funcional e arquitetônica do projeto. Seja por seus significados literais ou simbólicos. São eles: Leveza - O projeto deve se apresentar leve em sua forma, seja através de aberturas, tratamento de fachadas e implantação no terreno Acolhimento - A proposta precisa trazer sensação de acolhimento, proporcionando tranquilidade e bem estar aos hóspedes, seja através de iluminação, mobiliário ou cores. Acessível - A acessibilidade é fundamental neste projeto, precisa estar incorporado aos programas disponíveis na pousada. Natureza - O projeto precisa fazer parte da natureza, não ser o elemento principal. É preciso adaptar o desenho para conseguir fazer essa junção.

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Proposição O Projeto do Recanto Águia está localizado em São Lourenço da Serra – SP, na região sudoeste de São Paulo, aproximadamente 54km da capital. A escolha desta região foi devido a localização do terreno familiar onde será feito a intervenção para transformá-lo em pousada. O espaço escolhido para o projeto possui uma área de aproximadamente 4.400m², enquanto os espaços

livres

possuem

recursos

que

agregam

valor

e

diversão

para

os

hóspedes.

Possui também uma grande infraestrutura, contendo: 7 lagos; Trilhas; Circuito de atividades ao ar livre; Arvorismo; Infraestrutura para eventos; Tirolesa; Caiaque; Campo de futebol; Área para pesca. Para a implantação dos chalés foi adotado o sistema de terraplenagem no terreno existente, com proteção de encosta e sistema de drenagem através de gramíneas e vegetação pendente. O procedimento utilizado foi o corte e aterro, o que faz o aproveitamento 100% da terra removida para a estrutura do talude. O procedimento escolhido para a proteção de encosta foi com o uso de grama armada e geossintético, sendo fixado por estacas de bambu, este é o método mais indicado para garantir

Figura 03: Corte BB Fonte: acervo do autor

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Figura 02: Corte Terreno Fonte: acervo do autor

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a segurança.


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Na dimensão da terraplanagem foi usado a projeção de três chalés iguais, um espaçamento de 1,80m foi feito em frente para a circulação do carrinho auxiliar (golf). O estacionamento e retirada de bagagens serão feitas na entrada do terreno, a qual não foi especificada pela falta de materiais

disponíveis

do

restante

da

propriedade. Os hóspedes serão levados até a recepção com o carro auxiliar e após o checkin serão direcionados até os seus respectivos quartos/chalés.

Figura 04: Implantação Fonte: acervo do autor O layout escolhido para os chalés possui um acabamento rústico e moderno ao mesmo tempo. O

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uso de cores em móveis e tecidos deixam o ambiente charmoso e aconchegante.

Figura 05: Layout do Chalé Fonte: acervo do autor

Figura 06: Layout do Chalé Fonte: acervo do autor

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Figura 07: Projeto Recanto Águia Fonte: acervo do autor Referências ANDRADE, Nelson. BRITO, Paulo. JORGE, Wilson. Hotel: Planejamento e Projeto. 7ªed. São Paulo, 2004. CASCAO, Luiz. SEBRAE: Como montar uma pousada pdf.

CUNHA, Thaís. Utilização de Viga Vagão Formada por Peças Retangulares de Madeira para Sustentação de Fôrmas para Concreto. Uberlândia, 2013. Map of São Paulo. Disponível em <https://pt.map-of-sao-paulo.com/regi%C3%B5es-mapas/rmsp-mapaem-pdf> Acesso em: 15 de maio,2020. NASCIMENTO, Márcia. Metodologia para Compatibilização entre os Planos Diretores Municipais e as Leis Específicas das Áreas de Proteção e Recuperação aos Mananciais APRMs. São Paulo, 2019. Prefeitura São Lourenço da Serra. Disponível em <http://saolourencodaserra.sp.gov.br/novo/> Acesso em: 10 de maio,2020.

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Civitatis. Disponível em <https://www.civitatis.com/br/puerto-iguazu/passeio-cavalo-selva-comunidadeguarani/> Acesso em: 4 de junho, 2020

Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo

Archdaily. Disponível em <https://www.archdaily.com.br/br/892446/clube-cardamomo-kumar-la-noce > Acesso em: 31 de maio,2020. html?searchword=S%C3%A3o+Louren%C3%A7o+da+Serra> Acesso em: 15 de maio,2020.



Colônia Penal Agrícola Feminina

Proposta de um modelo socialmente inclusivo Mayara Ferreira Gonçalves

Resumo Este trabalho realizado durante a pandemia referente ao Covid-19, buscou compreender as principais causas do atual sistema prisional encontrado em nosso país, analisando as problemáticas referente ao modelo arquitetônico proposto, as especificidades do gênero feminino dentro do cárcere, assim como a sua organização e funcionamento. Considerando essas questões, é proposto um modelo inclusivo e que possa ser utilizado como padrão e replicado em outras regiões por meio do método construtivo pré-fabricado conforme os programas estabelecidos pelo Ministério da Justiça do Brasil que, em conjunto com as Unidades da Federação, desenvolveram parâmetros para a construção da arquitetura penal. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/mayara.goncalves/docs/mayara_goncalves

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Figura 01: Ala 3 - Fonte: acervo da autora

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Orientador: Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino


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Introdução A instituição penal é o modelo optado pelo Estado para punir e/ou remover do convívio social o indivíduo que venha a ter uma discrepância com a lei. Porém, os sistemas penitenciários construídos ao longo do tempo tinham como principal objetivo a punição, segregação e privação de liberdade. É visto que este modelo hoje se apresenta ineficaz, tornando o ambiente cada vez mais propício à violência e práticas criminosas por conta das condições precárias de habitabilidade, má qualidade de vida, assim como a falta de assistência à saúde, educação e higiene. O instrumento penal deve atender ao seu principal objetivo punitivo, porém sem ignorar o fato de que este indivíduo será um dia reintegrado para a sociedade e que é sua responsabilidade este trabalho ressocializador. Em nosso país a maior parte dos estabelecimentos penais se construíram de forma rígida e pavilhonar, considerando apenas a segurança como um elemento indispensável para este tipo de arquitetura. Como resultado deste modelo apresentado atualmente, que atua como uma ''Escola do crime'' temos a alta reincidência criminal. O gênero feminino representa 37,8% da população prisional do país e apesar de o número de mulheres se apresentar menor que o de homens, o sistema carcerário feminino tem aumentado bastante nos últimos tempos e não há uma preocupação relevante com a mulher criminosa, como assistência à saúde específica. Pesquisa feita pelo site Migalhas nos mostram que o regime semiaberto está longe de ser a realidade do sistema carcerário brasileiro, contabilizando apenas duas instituições femininas para este tipo de regime em São Paulo, sendo o CPP Feminino “Dra. Marina Marigo Cardoso de Oliveira” de Butantã e CPP de feminino de São Miguel Paulista. O estabelecimento penal proposto trata de uma colônia penal agrícola feminina em regime semiaberto que abrange penalidades médias e tempo de duração entre 4 a 8 anos, o qual representa a maior parcela

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carcerária presente. Em dados nacionais, São Paulo é o segundo estado que apresenta a maior quantidade de penas com essa durabilidade, representando 48,54%, abaixo apenas do Maranhão com 89,13%. Segundo o manual da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (2015) a construção civil em nosso país registra altos índices de desperdício de materiais, elevados custos e pouco planejamento. A estrutura modular optada surge como uma solução para estes problemas, acelerando o processo construtivo e oferecendo qualidade, rapidez e preocupação ambiental, uma vez que esse tipo de construção emite menos CO2 e consome energia e água. Portanto, este trabalho surge a partir do desejo em contribuir com o déficit existente de instituições prisionais voltadas ao regime semiaberto com o intuito de criar uma arquitetura humanizada e inclusiva, permitindo a realização de atividades reintegradoras, apresentando módulos educacionais, contendo bibliotecas e salas de aula, além de ofícios de trabalhos, onde as detentas possam desenvolver procedimentos agrícolas em prol de seu autoconsumo.

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Proposição O partido projetual foi definido conforme as diretrizes básicas para arquitetura penal do Ministério da Justiça de 2011, onde sugestões visam nortear o projeto, tais como: a. Fazer uso de áreas verdes, visando a humanizar o ambiente diário da pessoa presa sem deixar de lado as particularidades relacionadas à segurança; b. Considerar como unidade de vivência as alas celulares, que, além das celas, devem contar com áreas para lazer diário, refeitório e pátio; c.

Evitar sobrecarregar e superpor fluxos nas escadas e circulações por onde transitem pessoas presas;

d. Evitar o uso do subsolo, por uma questão de salubridade; e. Evitar barreiras visuais que possam criar pontos cegos em áreas de segurança, tais como: muralhas, corredores de circulação, acessos e telhados; Considerando as especificidades da arquitetura penal, do gênero feminino dentro do cárcere e do terreno de intervenção algumas questões surgem como ponto de partida para definição da implantação, como a declividade presente, sendo os edifícios intencionalmente colocados de forma paralela às curvas de níveis, conformando platôs. Além disso, a topografia irregular surge como uma oportunidade em criar vistas para o verde que a região apresenta, oferecendo a sensação externa para o interior da colônia. O conforto térmico foi outro ponto de partida importante para o projeto, sendo os módulos implantados de forma a aproveitar a ventilação e insolação local, assim como a escolha dos materiais em concreto armado e PVC, oferecendo conforto térmico e isolamento acústico para o interior. Outro ponto que norteou o projeto foi a setorização espacial da colônia entre área externa e interna, assim como as quatro alas que abrigam as detentas, entendendo os usos e funcionalidades e definindo

tornando viável e facilitando a gestão de logística na construção no sentido de planejamento, organização, direção, controle de fluxos, transportação e montagem das estruturas que iriam prontas ao canteiro de obra. Além disso, a padronização garante mais racionalidade para a construção, evitando desperdícios, o que se apresenta como uma ótima alternativa considerando os gastos da construção civil convencional.

Figura 02: Peças pré-fabricadas - Fonte: acervo da autora

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Os módulos têm 8x10m, sendo decidida para justificar o método construtivo escolhido: o pré-fabricado,

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os programas de necessidade através das exigências do Ministério da Justiça (2011).


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

A implantação é resolvida por dois setores; o exterior: com dois conjuntos de blocos voltados a administração, triagem, tratamento penal, visita, agente penitenciário e áreas previstas para estacionamento. E o interior que é dividido em quatro grandes alas com módulos de alojamento, saúde, educação, serviço, trabalho agrônomo, individuais e berçário/creche e quadras compartilhadas para cada duas alas. A forma com que os edifícios se compõem funciona como uma pequena cidade, onde há espaços abertos e amplos ora com áreas caminháveis e ora permeáveis. Um cinturão com muros rodeia a colônia penal externamente com área interna para circulação de automóveis para supervisionamento, retirada de lixos e desembarque de alimentos e produtos. Entre esta e às áreas circuláveis para detentas, alambrados ocorrem funcionando como setorizadores. A escolha pela implantação de três módulos juntos é dada pelo aproveitando das curvas de níveis, facilitando a abertura dos platôs, além de viabilizar a logística de construção e transporte das peças prémoldadas. As fachadas em verde, amarelo e azul dos edifícios foram definidas devido aos estudos voltados à psicologia das cores, dentre eles o livro ‘Psicologia das cores’’ de Eva Heller, onde é evidenciada a influência das diferentes tonalidades e texturas no espaço e como tendem a afetar nossa relação e percepção sob o mesmo.

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Amarelo: cor primária (cor pigmento). Transmite: alegria, entusiasmo, cuidado e clareza.

Verde: cor primária (cor luz). Transmite: esperança, cura, equilíbrio, razão e associada a elementos da natureza.

Azul: cor primária (cor luz/cor pigmento). Transmite: pureza, calma, segurança e eficiência. Figura 03: Fachadas frontais - Fonte: Acervo da autora

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Figura 04: Fachadas frontais - Fonte: Acervo da autora

Referências FURTADO, Adolfo. Lei de Execucação Penal, Brasília. 2008. GOMES, Geder Luiz Rocha. Diretrizes básicas para arquitetura penal, Brasília, 2011.

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Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo

HOLLAND, M. C. G. Cor na arquitetura, Tese (Mestrado) FAU USP, São Paulo, 1994.



Bioarquitetura - projeto de arquitetura residencial unifamiliar Aplicação da bioarqutetura para residência unifamiliar Michael Vinicius de Lima Orientador: Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino

O tema Bioarquitetura se tem feito cada dia mais presente dentro do campo da arquitetura. As construções que empregam seus conceitos, oferecem uma infinidade de benefícios econômicos, social e ambiental. Tendo em vista a sua importância, o presente trabalho aplicou seus conceitos, métodos e materiais para o desenvolvimento de um projeto de arquitetura residencial unifamiliar. A fim de preservar os elementos naturais do terreno, foi feito o mapeamento das arvores, seguindo com a análise dos elementos climáticos para o conforto da edificação. Com isso, podese chegar a um projeto que promoveu de forma consciente as alterações em seu entorno, conseguindo atender as necessidades de habitação e uso para o homem moderno, preservando o meio ambiente e os recursos naturais, seguindo o tripé da sustentabilidade - Ambiental, Social e Econômico. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/michaelviniciuslima/docs/michael_vinicius_de_lima_50a753b7928018

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Resumo

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Figura 01 : . Fonte: acervo do autor


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Introdução A concepção para Bioarquitetura, é considerar nos projetos arquitetônicos o respeito à vida e ao meio ambiente, trazendo os ideais de uma sociedade sustentável e saudável, que tenha por primícias preservar a vida do planeta em seus inúmeros ecossistemas. Fazendo uso das técnicas primitivas, onde o homem adaptava a arquitetura ao clima onde ela seria inserida, a bioarquitetura tendo por objetivo integrar as edificações ao ecossistema local, criando espaços mais vívidos, envoltos pela natureza. “A Bioarquitetura é uma ciência comprometida com o desenvolvimento global, onde todos os processos de sua cadeia de produção são cuidadosamente analisados. De modo interdisciplinar, a evolução dessa ciência caminha de mãos dadas e colabora com o progresso de outras áreas, sejam elas sociais, econômicas, culturais, educacionais e ambientais.” (Fonte: Site Colégio de Arquitetos) Segundo o Conselho Brasileiro de construção sustentável, a construção civil hoje, consome cerca de 75% dos recursos naturais, 20% da água nas cidades, e gera 80 milhões de toneladas por ano de resíduos. Além disso, a construção das edificações resulta em impactos ao ambiente que é inserida. Quase sempre, fazendo alterações no solo, na flora e tendo impactos na fauna local. Com isso, é notório a necessidade da diminuição de recursos naturais, da geração de resíduos e projetos que se integrem com o ecossistema local. Para tal, foi proposto um sistema construtivo que promove alterações conscientes no entorno, de forma a atender as necessidades de habitação e uso do homem moderno, preservando o meio ambiente

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e os recursos naturais, garantindo qualidade de vida para as gerações atuais e futuras.

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Proposição Como objeto de estudo foi selecionado um terreno localizado em Embu das Artes um município da Região Metropolitana de São Paulo, na Microrregião de Itapecerica da Serra, no estado de São Paulo, no Brasil. A escolha do terreno se deu por motivos profissionais, se tratando de um cliente da empresa a qual sou socio proprietário, Marcenaria L.A, que fará seu projeto de interiores conosco. E sabendo que estudo Arquitetura e Urbanismo, pediu minha ajuda para a realização do projeto de sua residência. Considerando as necessidades do casal e o programa pedido, pude perceber que ia de encontro a minha vontade de fazer um projeto ecológico. Com isso, decidi aplicar o desafio que é o TCC com a realidade que enfrentarei no mercado. Como etapa inicial do projeto, foi analisado o terreno com relação ao entorno, sua topografia, vegetação existente, conforto ambiental, insolação da edificação, fluxo do vento dentro da edificação e estudo dos materiais que serão aplicados. Com relação ao entorno, se mostrou muito promissor visto possuir comércios de necessidades básicas próximos, que facilmente podem ser acessados a pé ou meios de transporte não poluentes. Assim como, escolas, parque, centro da cidade, transporte público a menos de 2 quilômetros. Dados do terreno: -Terreno: 360m² | 12 frente x 30 profundida -Taxa de ocupação: 0.70 -Coeficiente de aproveitamento: 1,00

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Como etapa inicial do projeto, foi analisado o terreno com relação ao entorno, sua topografia, vegetação existente, conforto ambiental com a identificação do vento dominante e período de insolação, fluxo do vento dentro da edificação e estudo dos materiais que serão aplicados. Com a analise do terreno realizada, pode-se chegar na seguinte implantação:

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-Zoneamento: Residencial, comercial e serviço.


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Figura 02 : Planta de Implantação Fonte: acervo do autor

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Corte esquemático com as características da edificação.

Figura 03 : Corte esquemático Fonte: acervo do autor

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Abaixo segue o corte DD que destaque a abertura zenital da edificação, os materiais utilizados e uma visão inteira do terreno com a edificação.

Figura 04 : Corte DD com destaque para as aberturas e materiais Fonte: acervo do autor

Referências ABNT. ABNT NBR ISO 14001:2004: Sistemas da gestão ambiental – Requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004. ABREU, C., Como ser sustentável? Disponível: <http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/como-ser-sustentavel>

Certificação LEED. Disponível: < http://www.gbcbrasil.org.br>. CplusC Architectural Workshop, Aquas Perma Solar Firma: https://sustentarqui.com.br/casaautossustentavel-australia/ LENGEN, Johan Van. Manual Prático do Arquiteto Descalço. Ed.: UFRGS, Porto Alegre, 2004. Manual Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil. Disponível: www.sindusconsp.com.br Michael Habib, Projeto responsável: https://sustentarqui.com.br/projeto-responsavel-bioarquitetura/

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CASTRO, A. S., GOLDENFUM, J. A.,1Uso de Telhados Verdes no Controle Qualitativo Quantitativo do Escoamento Superficial Urbano. In: VIII Encontro Nacional de Águas Urbanas. - Rio de Janeiro, 2008.

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ARAÚJO, M. A., A moderna construção sustentável. Disponível: http://www.idhea.com.br/pdf/artigos1.asp.



Centro de Terapia Assistida por Animais A Interação Homem x Animal Raquel Ferreira Melo Orientador: Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino

Figura 01 – Perspectiva da entrada do Centro de Terapia Assistida por Animais. Fonte: acervo do autor

Resumo Localizado em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, o Centro de Terapia Assistida por

promovendo saúde e bem-estar aos usuários, permitindo assim, a reintegração social da pessoa, ao mesmo tempo dando uma nova perspectiva de vida aos animais abandonados. Este trabalho propôs uma arquitetura horizontalizada que atua como plataforma facilitadora da interação entre pacientes e animais, explorando uma linguagem inclusiva, envolvida e focada em uma percepção espacial humanizada, gerando ambientes mais confortáveis do ponto de vista térmico acústico, iluminação e ventilação natural, com uma organização estrutural e construtiva eficiente e coerente com o uso, com instalações que promovam conforto, segurança e bem-estar aos usuários e aos profissionais, adequando cada espaço às suas modalidades terapêuticas proporcionando um desdobramento eficiente das atividades, uma fluidez eficiente e funcional em todo o complexo, além de oferecer excelentes acomodações aos animais e a todos os profissionais envolvidos nos cuidados aos animais . Versão integral do trabalho em https://issuu.com/raquelmelo8/docs/caderno_final_tcc2__2020

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tratamentos de patologias, onde os animais atuam como uma intervenção terapêutica

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Animais foi idealizado com objetivo de facilitar a interação entre homens e animais em


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Introdução

Figura 02, 03 e 04 – Pessoas em terapia com animais. Fonte: google. A convivência dos humanos com os animais vem sendo escrita e redesenhada ao longo dos anos. Essa convivência vem se estreitando cada vez mais e, muitos animais hoje em dia, são considerados membros da família. O animal não é mais apenas uma companhia, mas uma peça primordial que passou a constituir intensamente a vida dos seres humanos, compartilhando os momentos mais importantes da vida, sejam estes felizes ou tristes, trazendo benefícios psicológicos para ambos. No Brasil, as pesquisas e os estudos sobre a Terapia Assistida por Animais, ainda é pouco explorado, porém a atuação dos animais na terapia e o interesse da prática por profissionais de saúde, têm crescido consideravelmente. A Terapia Assistida por Animais é uma prática onde o animal é a parte principal do tratamento, auxiliando diretamente na terapia, a fim de promover a melhora social, emocional, física e/ou cognitiva de pacientes humanos através da experiência do toque. Essa prática não substitui as terapias e tratamentos convencionais, mas é um complemento, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas ignoradas pela sociedade. A Terapia Assistida por Animais parte do princípio de que, o amor e a amizade entre seres

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humanos e animais geram inúmeros benefícios. O presente trabalho tem por objetivo proporcionar aos usuários uma arquitetura humanizada dos espaços, criando ambientes acolhedores, saudáveis e alegres. A proposta buscou entender o que significa essa relação entre humanos e animais e respondeu arquitetonicamente com uma estrutura totalmente pensada em otimizar e fortalecer esta relação com espaços amplamente harmônicos, adaptados, funcionais, seguros, confortáveis e aconchegantes para que o tratamento seja eficiente e tenha resultados significativos suprindo a necessidade de ambos. Este trabalho explorou estudos e pesquisas sobre o assunto e, analisando a problemática deste universo de estudo, estudos de caso, das leis e suas diretrizes além da localização, foi proposto a implantação do Centro de Terapia Assistida por Animais com uma arquitetura que auxilia na cura, trazendo ambientes mais humanizados, eficientes e coerentes com o uso, promovendo conforto, segurança e bem-estar, adequando cada espaço às suas modalidades terapêuticas para um eficiente desdobramento das atividades, além de amplos espaços externos que promovem socialização e interação entre pessoas e animais.

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Proposição O Centro de Terapia Assistida por Animais é dividido em cinco setores, sendo eles: Administrativo, Terapêutico, Hospedagem de Animais, Clínica Veterinária e Setor de Serviços e Apoio, sendo estes projetados de forma funcional e confortável a fim de contribuir positivamente no tratamento e bem-estar dos pacientes. ADMINISTRATIVO TERAPIA / HIDROTERAPIA ACOMODAÇÕES DOS CÃES E GATOS ACOMODAÇÕES DOS CAVALOS LANCHONETE CLÍNICA VETERINÁRIA SERVIÇOS E APOIO ESTACIONAMENTO Figura 05 – Planta de Setorização e legenda. Fonte: Acervo do autor. O terreno abriga um resquício de vegetação nativa, sendo estas mantidas e complementadas por novas vegetações composta por árvores frutíferas, floríferas e arbustiva servindo como barreira de ruídos tanto externos quanto internos.

Veterinária que além do atendimento aos animais do complexo, atende também ao público.

Eixo Central

Figura 06 – Planta de circulação e acessos. Fonte: Acervo do autor.

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ao complexo e um acesso para carga e descarga e serviços. Pela Avenida João Dias está a Clínica

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A implantação do edifício no terreno possui dois acessos pela rua Antônio Bandeira, um acesso principal


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A implantação foi dividida por um grande eixo central, a fim de facilitar a circulação e o acesso dos usuários às edificações. Além de sua localização privilegiada e com fácil acesso ao transporte público de ônibus metrô e trem, o Centro de Terapia Assistida por Animais oferece aos usuários um do programa bem estruturado com diversas modalidades de terapias, hidroterapia, fisioterapia, podendo cada uma destas ter atuação ou não dos cães e gatos, dependendo da atividade proposta, além da terapia realizada com cavalos, onde possui uma estrutura bem adequada e acessível a todos os usuários. O programa também oferece uma praça principal, é ampla, agradável para permanência devido ao lago que está ao lado, muitas árvores, pomar, e uma lanchonete com um deck onde as pessoas podem lanchar ao ar livre, socializar e praticar atividades ar livre. A clínica veterinária, tem sua fachada voltada para a avenida João Dias, devido ao atendimento

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ao público, mas possui acesso restrito ao complexo, apenas para funcionários.

Figura 07 – Implantação. Fonte: Acervo do autor.

Figura 08 – Cobertura. Fonte: Acervo do autor.

Figura 09 : Corte AA – Longitudinal do terreno. Fonte: acervo do autor

Figura 10 : Corte BB – Transversal do terreno. Fonte: acervo do autor

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Figura 11 : Fachada Leste – Entrada principal. Fonte: acervo do autor

Figura 12 : Fachada Sul – Clínica Veterinária. Fonte: acervo do autor

FUSHIMI, Flávia. A Humanização dos Espaços na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação. Universidade Estadual de Londrina - UEL, Especialização em Projeto Arquitetônico: Composição e Tecnologia do Espaço Construído, Londrina, PR / 2017. https://ww.comciencia.br/pandemia-aumenta-abandono-mas-tambem-adocao-de-pets/ https://www.archdaily.com.br/br/777376/vidro-como-aliado-na-construcao-de-edificios-sustentaveis https://www.archdaily.com.br/br/872443/hospital-do-rocio-manoel-coelho-arquitetura-e-design https://www.sarah.br/ NEUFERT, Ernest, 1900-1986. Arte de projetar em arquitetura / Ernest Neufert; tradução Benelisa Franco 18º ed. São Paulo: Gustavo Gili, 2013 O livro das áreas verdes / organização de Andrew Wilson: tradução de Karina lima. - São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2016. PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. 10ª ed. 3.reimpr. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2014. 256 pg. II. Publicado em parceria com as Editoras Senac Rio, São Paulo e Distrito Federal.

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ABBUD, Benedito. Criando Paisagens: guia de trabalho em arquitetura paisagística 4ª ed. - São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2010.

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Referências



Mesa Aberta Uma Proposta Arquitetônica de Restaurante Popular Vinícius Marin Cardozo

Resumo Os Restaurantes Populares surgiram com o propósito de fornecer refeições acessíveis e nutritivas a grupos em situação de insegurança alimentar. Porém, ao tratarem a refeição como um problema puramente técnico, muitos desses estabelecimentos renunciam às propostas arquitetônica e gastronômica - apresentando espaços monótonos e desinteressantes que mais se alinham à refeitórios fabris do que a restaurantes convencionais. Portanto, o objetivo desse trabalho é desenvolver um estabelecimento de Restaurante Popular que seja, ao mesmo tempo, funcionalmente adequado e arquitetonicamente propositivo. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/vinicius.marin/docs/caderno_tcc_r10

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Figura 01 : Fachada da Rua Washington Luís. Fonte: acervo do autor

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Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki


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Introdução No Brasil, os Restaurantes Populares são propostos e mantidos pelo Poder Regional – governamental ou não -, a partir de diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal. A principal vantagem desse arranjo é a contextualização dietética e econômica desses programas, que facilita a sua inserção nos territórios com os mais distintos hábitos alimentares. Em São Paulo temos o Programa Bom Prato, que é uma iniciativa do Governo Estadual. Dentre as diretrizes estabelecidas pelo Governo Federal está a indicação de como e onde devem ser implantados esses estabelecimentos: lugares planos e dotados de infraestrutura urbana que possuam em seus arredores uma alta movimentação da massa trabalhadora de baixa renda. Com isso, a região que escolhi para implantar um Restaurante Popular foi a luz – que fica em um dos distritos mais vulneráveis de São Paulo, ainda que tenha toda a infraestrutura urbana da área central da cidade. O terreno está localizado no encontro da Av. Prestes Maia – uma via arterial de trânsito intenso, integrante do Corredor Norte-Sul da cidade de São Paulo – com a Rua Paula Souza, conhecida como um dos principais polos do comércio atacadista de artigos de cozinha da cidade; à frente do terreno localizase uma das saídas da Estação Luz da Linha 4 – Amarela do Metrô. Essa junção de características resulta num fluxo diário ativo de pessoas e veículos, com os mais diversos propósitos, tornando a esquina

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dinâmica e propícia para o desenvolvimento de atividades de função social.

Figura 02 : Inserção do Terreno. Fonte: acervo do autor

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Proposição A proposta visa apresentar um restaurante que é mutuamente gentil com o público e a cidade, gerando um ambiente aberto e vivo que se insere numa praça configurada no entroncamento das principais vias do lote. Essa configuração é dada pela volumetria em L do edifício, que assim o faz para dividir seu programa de necessidades – dando ao volume perimetral ao muro de divisa a função de cozinha, e a

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Figura 03 : Implantação Simplificada. Fonte: acervo do autor

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função de refeitório ao bloco perpendicular.


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Figura 04: Corte AA. Fonte: acervo do autor

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Figura 05: Corte BB. Fonte: acervo do autor

Figura 06: Corte CC. Fonte: acervo do autor

Todos os ambientes foram pensados para garantir dignidade a quem visita, usufrui e trabalha nesses estabelecimentos. Trata-se, portanto, de uma proposta que visa democratizar a experiência que parece ser exclusiva de “restaurantes convencionais” que, além da refeição, também oferecem espaços de estar, levar a família, confraternizar com amigos, fazer reuniões etc. Portanto, o objetivo com o projeto foi propor uma solução de estabelecimento que ainda sob as restrições existentes fosse um espaço agradável e valorizado através do emprego da arquitetura.

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Figura 07: Maquete Eletrônica – Salão. Fonte: acervo do autor

Referências

___________. Restaurantes Populares: Roteiro de Implantação. 2007. 56 p. Disponível em: https://www.ufjf.br/renato_nunes/files/2011/04/Roteiro-de-Implanta%c3%a7%c3%a3o-RestaurantesPopulares-visualiza%c3%a7%c3%a3o.pdf. Acesso em: 16 maio 2020. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Lei nº 16402, de 22 de Março de 2016. Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo : Zoneamento Ilustrado São Paulo, Sp: [s.n.], 2016. 175 p. SES/SP. Secretária do Estado da Saúde de São Paulo. Centro de Vigilância Sanitária. Divisão de Produtos Relacionados à Saúde. Portaria CVS 5, de 09 de abril de 2013. DOE de 19/04/2013 - nº. 73 Poder Executivo – Seção I – pág. 32 - 35. Regulamento Técnico de Boas Práticas para Estabelecimentos Comeciais de Alimentos e para Serviços de Alimentação. São Paulo, p. 1-29, 2013. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/PORTARIA%20CVS-5_090413.pdf. Acesso em: 2 set. 2020.

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. Manual do Programa Restaurante Popular. Brasília, 2004. 71 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/projeto_logico_restaurante_popular.pdf. Acesso em: 16 maio 2020.

Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo

SILVA FILHO, Antônio Romão A. da. Manual Básico para Planejamento e Projeto de Restaurantes e Cozinhas Industriais. São Paulo: Varela, 1996.



Esta revista foi produzida em dezembro de 2020 pelo ARQLAB, com as famĂ­lias tipogrĂĄficas Arial, Cambria e Futura.


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