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Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Centro Universitário Senac
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revista do tcc
#11 > 2021
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Centro Universitário Senac, ARQLAB Revistas do curso de Arquitetura e Urbanismo Revista do TCC 2021 | 2 / ARQLAB. Centro Universitário Senac - São Paulo (SP), 2021. 346 f.: il. color. ISSN: xxxx-xxxx Editores: Ricardo Luis Silva, Valéria Cássia dos Santos Fialho Registros acadêmicos (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2020. 1. Divulgação Acadêmica 2. Produção discente 3. Trabalho de conclusão de curso 4. Graduação 5. Arquitetura e Urbanismo I. Silva, Ricardo Luis (ed.) II. Fialho, Valéria Cássia dos Santos (ed.) III. Título
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
REVISTAS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO revista do tcc 2021_2 edição #11 FICHA TÉCNICA: Coordenação de curso: Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho
Editor da revista, diagramação e programação visual: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva Produção e organização: ARQLAB
Apresentação
Este volume apresenta os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC2) da turma 2017-1 do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, sintetizados pelos seus autores na forma de pequenos ensaios, e da primeira parte dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC1) da turma 2017-2, sintetizados pelos seus autores em painéis síntese do tema estudado. Os trabalhos de TCC2 estão organizados em 6 Linhas, sob orientações dos professores abaixo listados: L1: Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo Profª. Drª. Myrna de Arruda Nascimento Prof. Dr. Ricardo Luis Silva L2: Arquitetura do Edifício Prof. Esp. Artur Forte Katchborian Prof. Dr. Felipe de Souza Noto
L3: Patrimônio Arquitetônico e Urbano Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres
L4: Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem Profª. Ms. Marcella de Moraes Ocké Mussnich Prof. Dr. Ricardo Dualde
L5: Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto Prof. Dr. Nelson José Urssi
L6: Tecnologia aplicada ao projeto de Arquitetura e Urbanismo Prof. Dr. Marcelo Suzuki Prof. Dr. Walter José Ferreira Galvão Os trabalhos completos podem ser acessados nos respectivos perfis do ISSUU, criados por cada um dos autores com o endereço indicado sempre ao final do resumo de cada ensaio. Profª. Drª. Valéria Cássia dos Santos Fialho
TCC 2 ensaios
Linha 1 Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo
O Espaço da mulher na Cidade Amanda Sampaio de Oliveira Espaço recreativo para crianças neurotípicas e neurodivergentes Amanda Seabo de Alcântara Vinilteca Itinerante: lugar de encontro e transformação André Lipppelt Dias A construção do imaginário – Memórias da casa e dos objetos íntimos Caroline Ribeiro de Assumpção Espaço mutante: a experiência da Arquitetura ao longo da vida Fernanda Leonídio Casemiro de Lima Linhas imaginárias entre centrinhos: Santo Amaro e Bela Vista Joyse Cavalcante Silva Deriva: investigações projetuais a partir de Steven Holl Marina Fedlato Baptista Espaço e Memória: Arquitetura como experiência Matheus Joris de Paulo Da liquidez da Cidade ao fragmento dos sólidos: a relação do corpo com o espaço urbano contemporâneo Rafael Pereira Vieira As calçadas e o caminhar no espaço urbano: um olhar sobre a Avenida Paulista Tabata Marinho Ribeiro Arquitetura como espaço cênico - experimentações projetuais Victoria Oliveira de Almeida Ensaios e reflexões sobre conexões entre a Arquitetura e o Cinema William Costa Sanches
07 09 15 21 27 33 39 45 51 57 63 69 75
Linha 2 Projeto do Edifício
Parque Guido Caloi Bianca Araújo Leal
81 83
Parque das Dunas Guará - Centro de Educação Ambiental e Parque Ecológico Bruna Costa Sampaio
89
Alicerce: Centro de Acolhimento e Apoio a pessoas em situação de rua Camila Pinheiro Baquette
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Espaços Destinados à Profissionais da Dança: a Arquitetura como valorização da arte Giovanna Hellu Ferrari
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Centro Cultural Cupecê Larissa Duarte Vidal
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Casa de Cultura Capão Redondo Mariana Batista da Silva
137
Centro de Reabilitação para Dependentes Químicos RE_NASCER: A Arquitetura que transforma Raphael dos Santos Gonçalves Nanni
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Parque Cultural Curumins: Arte como transformação Bruno Dias Garajau Tiburtino de Sousa
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Complexo Novo Glicério: a reinserção de um bairro em sua cidade Eduardo Garcia Rocha Amaro
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CEMEI GRAJAÚ: O jardim de infância e sua importância no desenvolvimento da criança Ingrid Leal Brites
119
Vila Esperança – Residencial Sênior Laura Toledo Monteiro
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Fundação Casa: uma nova chance aos jovens Nathalia Alice Gomes Sofia
143
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Linha 3 Patrimônio Arquitetônico e Urbano
Paisagem natural e cultural: requalificação da orla da Lagoa da Conceição Felipe Alonso Dans
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Resgatar, mapear e ressignificar: ensaio sobre memória, identidade e paisagem urbana no bairro do Bixiga Milena Andrade de Oliveira
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(R)existência: Axé Ilê Obá e o Patrimônio Cultural Afro-brasileiro no Jabaquara Marcela Pires Silveira
163
175
Linha 4 Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Parque Linear Jurubatuba: A cidade para o pedestre Alice Katarine Lopes Acioly Feijó Baixios de Viadutos: Espaços residuais na cidade Fernanda Kim Tongu Nishida
177 183
Cidade pra que(m)? A ocupação de edifícios em situação de abandono no Centro de São Paulo como forma de efetivação do direito à cidade Izabela Maria Borghoff de Paula
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Travessia para quem? Meio Ambiente, Direito à Cidade e Mobilidade Ativa no Rio Pinheiros Raquel Mitie Tanaka
201
Requalificação do Espaço Livre / Público: Praça do Trabalhador Raiane Lemos Silva
195
207
Linha 5 Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
Sonho de uma noite de verão, uma cenografia Aline Galdino Picolli
209
Refúgios Urbanos Julia Magalhães Carlucci
221
Habitação móvel no contexto brasileiro Thalita Franco Salvioli
233
Pessoas, Arte e Arquitetura: uma ação urbana Bruna Alves Feitosa
215
Mobiliário escolar e método Montessori: linha de mobiliário para escolas Montessori Nathany Ribeiro Felismino
227
Linha 6 Tecnologia Aplicada ao projeto de Arquitetura e Urbanismo
239
Edifício Multifuncional com ênfase na sustentabilidade e critérios de conforto ambiental Bianca Casagrande
241
Comunidade Terapêutica para tratamento de dependência química Eliza Megumi Mizawa
253
OM - Centro de Medicina Alternativa e Complementar Larissa Martiniano Nascimento
265
Ninho: Centro de Tratamento e Acolhimento para animais domésticos Leticia Marques Lima
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Veleiros - Unidade Básica de Saúde Tabata Pereira Lima
289
Ecovila Mar.Te: Bioconstrução e Permacultura aplicadas à arquitetura Clarissa Teixeira Costa
247
Ecovila Areião: Urbanização Integrada: conceitos de sustentabilidade e bioconstrução em assentamento precário urbano Geovana Roma de Almeida
259
Ocupa: repensando o modo de construir moradia em ocupações Laura Brito de Souza
271
A madeira como alternativa de verticalização racional: edifício de uso misto Sara Abdul Zoghbi
283
TCC 1 sínteses da 1a etapa
ESTUDANTES Ana Paula Silva de Freitas Beatriz Furtuoso Alexandre Bruno Kenzo Marques Hokama Christiano de Feo Cintra do Prado Erika Guerrero Mion Gustavo Henrique Rosatti Bunese Hieda Cristina Yoshioka Iarossi Hugo Fiais Silva Izabela Jorge Jéssica de Souza Ramos Laura Sales Lucas Carvalho Pinheiro Maria Alice Demétrio Pacheco Mariana de Almeida Angerami Matheus Garcia Prado Michael Lara Terra Nadia Bezerra Costa Nicole Alves da Silva Palloma Patrício Paulo Polyana Silva Freires Suynara Oliveira da Silva Thalia Cássia Ribeiro da Silva William Luis Bessa Tavares ORIENTADORES
Jordana Zola Marcella Ocke Marcelo Suzuki Maurício Miguel Petrosino Myrna de Arruda Nascimento Nelson José Urssi Ralf Castanheira Flôres Ricardo Luis Silva Sérgio Matera
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TCC 2
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O Espaço da Mulher na Cidade Amanda Sampaio de Oliveira Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Figura 01: Colagem Ampliação 1 – Praça Vila dos Remédios. Fonte: acervo do autor.
Resumo As mulheres possuem medo de sair na rua e é preciso ser feito precauções antes de sair de
são alarmantes perante à violência da mulher e isso será apresentado de forma bastante concisa e para embasamento de uma proposta de projeto urbano que pode ajudar diversas mulheres. Neste projeto urbano será abordado diretrizes e premissas de projeto que podem auxiliar nas questões de desigualdade de gênero nas ruas, garantindo equidade nos espaços, segurança principalmente para as mulheres e outros grupos que tendem a sofrer abusos nas ruas.
Versão integral do trabalho em (https://issuu.com/amanda_olv/docs/o_espa_o_da_mulher_na_cidade_amanda_sampaio)
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em conta antes de ir para o trabalho, faculdade, escola ou até mesmo buscar os filhos. Os dados
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casa. Qual roupa vestir, como arrumar o cabelo e qual bolsa usar. Tudo isso acaba sendo levado
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Introdução Ao longo dos últimos anos, é possível perceber que as pessoas e as cidades vêm mudando, crimes vem aumentando e pouca coisa vem sendo feita e discutida para que mudanças aconteçam. A cidade em si, é um local desigual quando colocamos a perspectiva de gênero como pauta desta discussão. Isto significa que, quem está fazendo os estudos, planejamento e análises do espaço urbano construído e a construir, o faz de forma geral, sem critérios e como se todas as pessoas tivessem a mesma experiência ao andar nas ruas, por exemplo. Ao longo dos últimos 20 anos, as mulheres vêm tomando novas posições de liderança, de forma ainda gradual e lenta, mas vem mudando, além de que o tecido urbano também tem mudado ao longo desses anos, com novos empreendimentos, condomínios murados, pessoas se “escondendo” nos bairros dormitórios que possuímos na contemporaneidade. Esses pontos em conjunto com o modelo de cidade que possuímos hoje, reforça o estereótipo de que o espaço urbano deve ser um local de apropriação masculina e que as mulheres fazem parte do ambiente privado. No atual momento em que vivemos, é inadmissível aceitar esta ideia, já que as mulheres cada dia mais tem sua independência, conquistam cargos de liderança e renome, abrem seus próprios negócios e garantem os seus espaços na cidade. Porém a cidade ainda não abriu as portas para as mulheres. A partir das notícias que circulam pelo país, cada dia novos casos de mortes, estupros, tentativa de ataque contra mulheres, vemos que a situação está sendo recorrente e não há medidas o suficiente que cessem estes tipos de casos.
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Figura 02 e 03: Crimes contra a mulher no Estado de São Paulo e Atendimento pela PM, respectivamente. Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo e Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Layout: acervo do autor. A partir destes expostos, os locais públicos devem acolher as mulheres e contribuir para diminuir as vítimas de violência deste grupo específico. O planejamento urbano funcional e racional, traçado a muitos anos atrás, já não tem mais espaço diante da realidade que temos hoje: mulheres livres, que têm direitos e deveres, trabalham, estudam e sustentam suas casas. Diante desta reflexão, proponho também uma análise profunda entre dois sujeitos, o espaço e a mulher, em relação à fenomenologia dos espaços. Podemos classificar os espaços, diante de uma perspectiva da mulher que utiliza o espaço como “locais seguros” e “locais que dão medo”. Os locais considerados seguros são os conhecidos, que já passamos anteriormente, bem iluminados e movimentados. Já os “locais que dão medo”, são os que há o conhecimento daquela mulher que já ocorreu crimes, ela já passou por alguma experiência negativa ou soube de alguma outra mulher que não teve uma experiência agradável. Essa última fenomenologia se dá pelo “corpo empático”, nesta reflexão se dá como a experiência de outra mulher pode afetar a minha rota para determinado local. Com isso, meu desafio como arquiteta, urbanista e defensora dos direitos das mulheres, é de realizar projetos de cidades amigáveis e acolhedoras para todos e todas. Devemos compreender as rotinas
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dessas mulheres, perceber as distinções de gênero nos locais e marcar todas as sutilezas que fazem a maior diferença na hora de andar nas ruas. E este desafio consiste, inicialmente, em propor esta possibilidade de um espaço com igualdade seguindo premissas específicas para garantir essa questão, seriam: caminhabilidade, segurança, pertencimento e equidade. Com estas premissas estipuladas, é possível também estipular as principais especificidades do projeto na questão urbana, seriam: prioridade para o pedestre, iluminação adequada, travessias seguras, criação de espaços de paradas e relação harmônica com os diferentes modais urbanos. Para auxiliar neste projeto, foi possível selecionar referências projetuais para o desenho como ações que discutem a posição da mulher na cidade, já que este tema é bastante pertinente pensando nos dias atuais e a emergência com que atitudes como esta sejam tomadas. Proposição
Para exemplificar e começarmos a discutir a ideia de um projeto estruturador neste local, que potencialize o que possui de melhor e diminua os perigos para todos e todas, garantindo caminhabilidade, conforto, conexão e maior pertencimento ao bairro e, consequentemente, à cidade. O trecho selecionado foi pensado para ser totalmente reformado levando em consideração os pontos que garantam a segurança de conforto de todos e todas, porém, a fim de mostrar mais a fundo alguns detalhes deste percurso, foram selecionados pontos específicos de ampliação, além de mostrar a heterogeneidade do local que está sendo discutido. Lembrando que, este projeto é experimental e faz parte de uma utopia. As cidades e as
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Figura 04: Mapa de Percepções e Vivências. Fonte: acervo do autor.
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Com base nestes pontos, a grande questão enfrentada neste trabalho seria: como fazer a mulher pertencer à cidade? Todo o conteúdo e embasamento pode estar direcionado nesta simples pergunta que, infelizmente, possui uma resposta ainda muito complexa e ainda difícil de ser aplicada em todos os lugares. Se a grande questão é o pertencimento, devemos usar a experiência dessas mulheres que usam o espaço urbano, como é feita sua locomoção todos os dias, quais caminhos são evitados, se há espaços de lazer e também se as mulheres se sentem seguras de estar nesses locais de lazer e até mesmo se as mulheres conseguem passear pelo próprio bairro sem sentir a sensação de segurança plena. Em conjunto com esses argumentos e a metodologia criada para o projeto, foi escolhida a Vila dos Remédios, local onde eu moro há 9 anos, em conjunto com um percurso até a Estação Imperatriz Leopoldina da CPTM. Este local faz parte do meu cotidiano e influenciou em minha escolha devido à proximidade e intimidade com ele. Apesar do bairro possuir uma certa centralidade de comércios, sendo facilmente acessados a pé, ainda há dificuldade para ir além dele. Além do chamado “lar expandido”, onde há essa facilidade para pequenas proximidades da residência das mulheres. Essas mulheres trabalham fora nos mais variados locais e precisam pertencer a cidade de forma segura e igualitária.
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pessoas infelizmente ainda não possuem estrutura o suficiente para garantir equidade nos espaços públicos. Para a apresentação do projeto, o percurso foi dividido em 5 trechos para auxiliar na compreensão do local, desde a Praça dos Remédios até a Estação Imperatriz Leopoldina, e apresentar a proposta de reforma urbana, com isso temos foto aérea, planta do trecho, planta de iluminação e ampliações para entrarmos mais a fundo no detalhamento do projeto em si.
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Figura 05: Trecho 1 indicando ampliações. Fonte: acervo do autor.
Figura 06 e 07: Ampliação 7, entrada da Estação Imperatriz Leopoldina e Colagem do mesmo local. Fonte: acervo do autor.
Com isso, o trabalho serve de porta de entrada para que futuramente, pautas como a que abordo neste momento, sejam questionadas e difundidas. Que os locais que temos consolidados hoje, sejam abordados por intervenções considerando todos os usuários E que essa voz que discute um projeto de tamanha importância hoje, sirva de exemplo para os futuros profissionais da área.
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Referências CALVINO, Italo. As cidades e o desejo. In: As cidades Invisíveis. São Paulo: Editora Globo Folha de São Paulo. 2003. DAMATTA., Roberto. A casa & a rua. Espaço, cidadania e morte no Brasil. Rio de Janeiro: Rocco Digital. 2011. E-book Kindle. FERREIRA, Karen; SILVA, Gleyton Robson da. Urbanismo Feminista. São Paulo: XVII Enanpur. 2017. JACOBS, Jane. Morte e vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes. 2014. E-book Kindle. KOWARICK, Lúcio. Favelas: Olhares Internos e Externos. In: Viver em Risco: sobre a vulnerabilidade socioeconômica e civil. São Paulo: Editora 34. 2009. p 223-275. LANDEIRO, Cândida Zigoni de Oliveira. Mulheres e suas guerrilhas urbanas: processos de análise urbana segundo a perspectiva de gênero. Rio de Janeiro: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UFRJ. 2019. NACTO. Guia Global de Desenho de Ruas. São Paulo: Editora Senac. 2018.
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SANTORO, Paula. Gênero e planejamento territorial: uma aproximação. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais. 2008. SARAIVA, Ágar Camila Mendes. Gênero e Planejamento Urbano. Trajetória recente da literatura sobre essa temática. São Paulo: XVII Enanpur. 2017.
Espaço Recreativo para Crianças Neurotípicas e Neurodivergentes Amanda Seabo de Alcântara Orientador : Profª. Dra. Myrna de Arruda Nascimento
Figura 01 – O espaço recreativo com setores de Integração Sensorial, com espaço para descanso e auto regulação. Há também lugar para desenvolvimento da criatividade estímulos para reconhecimento da própria criança como indivíduo. Fonte: Acervo da autora.
portadores do Transtorno do Espectro Autista (TEA) sintam-se à vontade, acolhidos e possam desempenhar atividades diversas, que visem seu desenvolvimento e interação, com indivíduos e com o meio. Crianças neurodiversas muitas vezes não são aceitas nas escolas e poucos são os registros dos espaços e objetos que são projetados para elas. Pensando nisso, este trabalho tem a intenção de conhecer o autismo a fundo para entender suas necessidades e projetar espaços inclusivos, que possam ser replicados em escolas, áreas comuns de edifícios, casas e clínicas, a fim de democratizar o acesso para o maior número de crianças possíveis.
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Este Trabalho de Conclusão de Curso tem como finalidade projetar ambientes nos quais
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Resumo
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Introdução Para consumar a apresentação da pesquisa e do projeto, organizamos este Trabalho de Conclusão de curso em 7 capítulos, considerando cada capítulo uma descoberta e representada por uma peça de Tangram. A relação com o jogo é metafórica, significando que as 7 peças encaixadas representam a união dos conhecimentos adquiridos durante o estudo do TCC transformados em projeto. Além disso, o Tangram não é considerado propriamente um quebra-cabeças, cuja montagem produz uma única imagem possível, pois sua lógica inclui experimentar e inventar várias composições. Neste raciocínio, todas as peças são imprescindíveis e funcionam quando articuladas em relações inovadoras. Essa ideia norteou todo TCC. O primeiro capítulo trata do Transtorno do Espectro Autista, como se dá seu diagnóstico e seu tratamento. Fizemos esse levantamento como uma forma de investigarmos como seria um ambiente considerado ideal para uma criança autista. No segundo capítulo apresentamos como o autista se comporta perante aos estímulos externos e internos, e como as sensações são percebidas dentro do espectro. O Capítulo três aborda a simbologia por trás do Espectro Autista, para investigarmos como os símbolos podem representar as dificuldades do autista diante de um mundo que geralmente é pensado e projetado para o neurotípico; no quarto capítulo abordamos as referências audiovisuais que colocam em prática toda a teoria estudada, e apresentamos a ABADS instituição em São Paulo que cuida de crianças com TEA, a fim de estudarmos como os profissionais lidam com as crianças e quais aspectos são interessantes de serem abordados no projeto de ambientes. O capítulo 5 expõe as estratégias de projeto a serem consideradas quando se trata de abrigar uma criança neurodivergente a fim de ajuda-la na sua interação social com neurotípicos; Os estudos e as primeiras propostas estão no capítulo 6, junto com as ideias que foram consideradas e as que foram descartadas e, no último capítulo, fechamos as peças do Tangram apresentando um projeto de espaço recreativo que une atividades para crianças neurotipicas e neurodivergentes, junto com as referências utilizadas em projeto. Por fim teremos os agradecimentos da autora, as considerações finais, a lista de imagens, as referências utilizadas na pesquisa que subsidiou o projeto e, em anexo, reunimos depoimentos de autistas, pais e mães de autistas e terapeutas, que auxiliaram na construção deste trabalho.
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Proposição A seguir temos a planta humanizada do Espaço Recreativo (Fig.61), as áreas aqui mostradas são apenas para simularmos um espaço que possa ser replicado em outros lugares e adaptados conforme as áreas em que forem implantados. Temos o corte AA, que vai mostrar como ficará o Tangram fixado na parede, mais o suporte do tapete sensorial e o controle da luz natural e artificial. Depois no corte BB veremos as medidas da lateral do casulo de madeira, do espelho, nichos, mesa, painel de cortiça, puffs e a lousa. No corte CC veremos as medidas da porta e do nicho de madeira. No corte DD temos as medidas das janelas que não dão acesso à parte externa. E por fim para explicar a janela que dá acesso ao espaço externo, temos uma perspectiva que detalha melhor como essas aberturas funcionam.
Figura 02 – Na planta podemos observar a criança sentada no casulo de madeira (nicho), os puffs com a mesa de atividades e nichos para guardar os brinquedos, o casulo multissensorial e na parede oposta à área de atividades está o Tangram com o suporte do tapete sensorial. Fonte: Acervo da Autora.
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Corte AA – Tangram e Tapete Sensorial O Tangram possui as 7 cores do arco-íris em tons pastéis com 3 tamanhos diferentes com peças adaptadas para serem manuseadas tanto por crianças quanto por adultos. Ele possui ímãs na parte superior das peças para serem fixadas na parede revestida por manta magnética de 0,3 mm. O Tapete Sensorial é feito de material silicone com diferentes formas e volumes, trazendo sensações diferentes, a ideia é explorar o sistema tátil fazendo com que a criança perceba essas diferentes formas sem que a cor influencie nessa percepção. O silicone é um material maleável e ideal para que a criança toque com as mãos e com os pés sem se machucar. Para guardar o Tapete Sensorial é necessário apenas o encaixe no suporte de madeira fixado na parede.
Figura 03 – Corte mostrando as peças do Tangram mais o tapete sensorial encaixado no suporte na parede. Fonte: Acervo da Autora.
Corte BB – Lousa, Painel e Espelho
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Figura 04 – Corte mostrando a área de atividades com o espelho para auxiliar no método ABA e no reconhecimento da criança como indivíduo. Na lateral do Casulo de madeira vemos a escada para acesso ao casulo mais as prateleiras laterais. Fonte: Acervo da Autora.
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O espelho ao lado do painel de cortiça será feito de acrílico polimetilmecrilato por ser mais resistente do que os espelhos comuns e será um elemento de apoio para aplicação de terapias como o método ABA, onde a criança irá explorar novas emoções e movimentos corporais no espelho. Todos os puffs, almofadas e casulo sensorial são feitos de tecido em lycra. Na lateral do casulo de madeira temos prateleiras para guardar brinquedos e difusores de ar como estímulo sensorial e ganchos para pendurar mochilas e guardachuvas.
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Corte CC – Casulo de Madeira e Porta/Corte DD – Corte e Perspectiva - Janelas O casulo de madeira é um esconderijo para a criança se acalmar, brincar, ficar um momento sozinha ou interagir com outras crianças. Por segurança e conforto ele é revestido internamente por almofadas com tecido de Lycra. Para as crianças menores subirem no casulo temos uma pequena escada feita de madeira, cujas medidas possibilitam que ela seja guardada no armário embutido no casulo. Para as janelas há dois módulos, o primeiro com a janela maxim-ar na bandeira superior, bandeira fixa na parte inferior e ao lado uma janela fixa. No segundo módulo existe a possibilidade de acessar áreas externas, com janelas maxim ar na parte superior, vidro fixo central e uma porta de vidro na lateral, esquematizada na perspectiva.
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Figura 05 – Na primeira imagem temos o corte do casulo de madeira com armário embutido para guardar brinquedos, o casulo sensorial e a escada de apoio. Na segunda imagem temos o corte mostrando a janela com o ambiente fechado sem acesso à área externa e na terceira imagem uma perspectiva da janela com porta de acesso para áreas externas que tenham playground ou outros ambientes. Fonte: Acervo da Autora.
Figura 06 – Na primeira imagem temos o casulo de madeira para que as crianças possam ter um momento de auto regulação, de descanso físico e mental, no casulo de madeira temos prateleiras nas laterais iluminadas com perfil de LED e a porta com furos para as crianças verem o que acontecem dentro do ambiente antes de entrar, como uma forma de prever o que vai acontecer naquele ambiente trazendo-lhes segurança. Na segunda imagem temos as peças do Tangram montadas na parede, mais o tapete sensorial encaixado na parede e que pode ser colocado no chão para as crianças pisarem em brincarem com ele. Fonte: Acervo da Autora.
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Figura 07 – Casulo Multissensorial, onde as crianças possam sentir seu corpo e se regularem, trazendo calma e consciência do seu próprio corpo e suas sensações. Ao lado um terapeuta aplicando métodos de arterapia na mesa de atividades. Fonte: Acervo da Autora.
Referências
TEA, BRILHANTE. 2021. Brilhante.TEA. https://www.instagram.com/brilhante.tea/. ZUMTHOR, PETER. 2006. Os olhos da pele. 2006. p. 29.
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Brilhante.TEA.
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NEUROSABER. 2018. Classificação de cores no Autismo. NEUROSABER . [Online] 09 de Fevereiro de 2018. https://institutoneurosaber.com.br/classificacao-de-cores-no-autismo/. NOVA ESCOLA. 2019. Autismo: conheça a ABA, uma base científica para trabalhar com crianças com autismo. [Online] 28 de maio de 2019. https://novaescola.org.br/conteudo/17550/autismo-conheca-aaba-uma-base-cientifica-para-trabalhar-com-autistas. PALLASMAA, JUHANI. 2018. ESSÊNCIAS. SÃO PAULO : GUSTAVO GILI, LTDA., 2018. SILVA, CAROLINE C.N. 2019. Os limites do meu conhecimento são os limites do meu mundo. psico.usp. [Online] 04 de 07 de 2019. https://sites.usp.br/psicousp/os-limites-do-meu-conhecimento-sao-oslimites-do-meu-mundo/. SINCLAIR, JAMES. 2019. Which Colour Represents Autism? Autistican & Unapologetic. [Online] 30 de Março de 2019. https://autisticandunapologetic.com/2019/03/30/which-colour-represents-autism/.
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AHRENTZEN, S E STEELE, K. 2009. Advancing full spectrum housing. techical report. Phoenix : Arizona Board of Regentes, 2009. DUNLAP, PIERCE e KAY. 1999. CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME AUTISTA. 1999.
Vinilteca Itinerante Lugar de Encontro e Transformação André Lippelt Dias Orientador: Prof. Dra. Myrna de Arruda Nascimento
Figura 01: Vista externa projeto Vinilteca Itinerante. Fonte: acervo do autor
Versão integral do trabalho: os interessados em obter a versão integral do trabalho deverão entrar em contato com o autor através do e-mail: arquiteturalippelt@gmail.com
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Esse trabalho tem como objetivo a concepção de um projeto arquitetônico para uma Vinilteca itinerante, destinada a promover a divulgação e a democratização do acesso à música em versão analógica, através de discos de vinil, propondo que este seja um lugar onde oficinas de audição se tornem um aprendizado coletivo em comunidades diversas. Como método de pesquisa para a concepção dessa Vinilteca, o trabalho estudou a materialidade dos discos de vinil (mídias analógicas x mídias digitais), arquitetura fenomenológica, a rítmica e o caráter abstrato do silêncio na música e arquitetura e por fim compilou um estudo teórico sobre música e cultura popular brasileira, englobando sons efêmeros, registro de arquiteturas, e o fruto pequi e sua relação na cultura nacional, na obra do músico Beto Guedes, bem como no desenvolvimento de uma pesquisa com o uso da casca do fruto associada a construção arquitetônica. Realizou-se também um levantamento de arquiteturas que abrigam o uso Vinilteca e loja de discos na cidade de São Paulo, analisando suas espacialidades, mobiliários, e aspectos efêmeros para a proposição da Vinilteca Itinerante.
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Resumo:
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Introdução Ao longo de sua vida o autor deste trabalho sempre admirou música e o processo de gravação dos discos de vinil, que pode ser analisado e estudado sob vários pontos de vista, principalmente por ser um objeto que apresenta uma materialidade própria, decorrente do processo de registro da voz humana nesse material. Um objeto constituído da fatura do registro das ondas sonoras na sua superfície vinílica. (Figura.02)
Figura 02: Microssulcos ou micro ranhuras do disco observáveis a olho nú. Fonte:https://www.wikihow.com/images_en/thumb/0/02/Clean-Vinyl-Records-Step-1.jpg/550pxnowatermark-Clean-Vinyl-Records-Step-1.jpg
No ano de 2020 o autor teve a oportunidade de desenvolver um trabalho para a disciplina de Projeto | Espaço | Objeto em que pode começar a especular e a trazer este campo de pesquisa para a área de arquitetura, resultando no projeto de uma Vinilteca itinerante.
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Agora, em 2021, o Trabalho de Conclusão de Curso permite a continuidade e o aprofundamento desse interesse aplicado em um projeto. Esse trabalho tem como objetivo explorar a relação entre Música e Arquitetura, invertendo a compreensão tradicional da lógica, em que algo aparentemente imaterial (música) ganha materialidade; e a Arquitetura, reconhecida pelos seus aspectos materiais é abordada em sua completude, que transcende seu caráter material. Propõem-se assim a espacialidade de uma Vinilteca Itinerante sobre rodas, que aborda em sua concepção projetual essa dualidade entre princípios materiais e imateriais da música e arquitetura. Esse projeto justifica-se na medida em que, através dessa Vinilteca, pretende-se democratizar o acesso à música, ao som tão peculiar da mídia analógica Vinil e ao conhecimento da expressão musical na cultura popular nacional.
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Ao longo deste trabalho o leitor é convidado a imergir em especulações sobre: sensações, atmosferas, materialidades, imaginários, histórias, simbologias, cultura popular, dentre outros assuntos que são suscitados tanto pela música como pela arquitetura. O trabalho também aborda a obra do músico e multinstrumentista Beto Guedes, sob o ponto de vista das canções, mas também sob um aspecto simbólico, que o mesmo traz nas capas e selos dos seus discos, o fruto Pequi, da região do Cerrado Brasileiro. (Figura.03)
Figura 03: Selo dos discos do Beto Guedes com ênfase no fruto Pequi. Fonte: Digitalização disco Amor de Índio – 1979. Como Método de Pesquisa o trabalho se pautou em leituras de livros, pesquisas iconográficas, e discográficas, além de visitas a acervos de discos, e contato com fotógrafos do Vale do Jequitinhonha
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de Itamarandiba e desconhecida por muitos. (Figura.04)
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(MG), que ajudaram na pesquisa da cultura popular e na busca da capela Santa Luzia, localizada na cidade
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Figura 04: Foto da Capela de Santa Luzia na década de 1970 presente na contracapa do disco “Como vai minha aldeia”,1978 de Tavinho Moura. Fonte: Acervo do autor / Fotos – Márcio Ferreira / José Luiz Pederneiras.
Proposição O projeto da vinilteca em sua proposição traz vários elementos simbólicos abordados e estudados ao longo do trabalho. De início podemos destacar a sua concepção itinerante, ponto de partida para a elaboração desse projeto e de grande desejo do autor do trabalho, uma vez que a itinerância permite que a mesma possa frequentar e ser frequentada por um público de diversas localidades, atingindo pessoas que terão a
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oportunidade de escutar discos de vinil e aprender sobre a cultura musical brasileira. (Figura. 5).
Figura 05: Projeto Vinilteca, com destaque na concepção itinerante e na janela giratória “Selo Pequi “inspirada na obra do músico Beto Guedes. Fonte: acervo do autor.
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Nas figuras a seguir, podemos ver diversos elementos simbólicos e construtivos que foram abordados no decorrer do trabalho e que foram contemplados na concepção projetual da vinilteca. (Figura.06).
Figura 06: Imagem de pessoas interagindo com o painel de discos presente no interior da Vinilteca. Por fim trazemos uma importante imagem que retrata a chegada da Vinilteca Itinerante numa cidade, em que damos especial ênfase a plataforma elevatória, com acionamento lateral, projetada pelo autor do trabalho que permite que diversas pessoas possam entrar, interagir e ter uma experiência musical e
pelo autor através de uma plataforma elevatória com acionamento lateral. Fonte: acervo do autor. Referências sintetizadas: GUEDES, Beto. Era Menino. São Paulo: EMI-ODEON, 1978. 1 LP IAZZETTA, Fernando. (2001). Reflexões sobre a Música e o Meio. Em Anais do XIII Encontro Anual da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música (ANPPOM), 23 a 27 de abril de 2001, UFMG, Belo Horizonte -MG, Vol. 1, pp. 200-210. PALLASMAA, Juhani. Essências. Juhani Pallasmaa; tradução de Alexandre Salvaterra. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.
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Figura 07: Pessoas interagindo com a Vinilteca, com destaque no sistema de acessibilidade concebido
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cultural única! (Figura.07).
A Construção do Imaginário Memórias da casa e dos objetos íntimos Caroline Ribeiro de Assumpção Orientador : Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Figura 01 : Porão. Fonte: acervo do autor
Resumo Este trabalho tem como eixo central investigar o imaginário, através de outras formas de cartografar, a partir do método de rastreio, toque, pouso e reconhecimento atento, com foco em
na tessitura de relações entre outros filósofos e pesquisadores da imaginação, memória e cidade. Ponderando acerca do lugar ocupado pelos pensamentos e imagens, reflete-se acerca dos possíveis desdobramentos de significados contidos nestes símbolos. Um dos aspectos fundamentais que norteiam a pesquisa consiste no entendimento da própria casa como abrigo da memória e processo criativo da imaginação. Portanto, o projeto busca compreender o impacto dessa linguagem na construção da nossa percepção da realidade, através de especulações e experimentações poéticas na construção de narrativas representativas do aspecto do eu versos o outro sobre a casa. Versão integral do trabalho em ( https://issuu.com/carolineribeiro38/docs/tcc_impress_o )
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trazer. A discussão desenvolvida percorre teorias bachelardianas e halbwachsiana, bem como
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narrativas fílmicas e literárias dentro do contexto da casa e memória que os objetos nela podem
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Introdução O primeiro ponto de pouso do trabalho, que mais se assemelha a um mergulho, compreendeu o local das primeiras memórias, as mais fortes, o lugar onde é possível guardar outras memórias, como isso pode ser feito de forma consciente. Abarcando a questão fenomenológica do devaneio para o projeto, contendo os aspectos do eu imaginário que irá cruzar com todas as explorações projetuais. Tendo em vista que a imaginação certamente é um dos principais elementos da criação. Por “aumentar os valores da realidade”, onde o espaço atrai à ação. “Consiste em representar mentalmente e descrever a realidade, enquanto não está vivendo a situação real.” Através de uma construção subjetiva da realidade, se constitui de representações internas, que compreendem essa realidade, traduzindo-a para entender seus efeitos. Desta forma utiliza-se da memória individual, que por si só “é um ponto de vista sobre a memória coletiva. Este ponto de vista muda segundo o lugar que ali ocupo e que esse mesmo lugar muda segundo as relações que mantenho com outros ambientes.” É dentro da casa que sentimos-nos seguros o suficiente para sonhar e criar livremente. É com essa visão que Bachelard nos apresenta a casa. Onde desenvolve o papel da casa da infância como espaço primário de criação, contenção da memória e influente no ser. Bachelard diz que o espaço percebido pela imaginação é o espaço vivido com todas as parcialidades, principalmente nos espaços interiores que protegem. Usando então a casa como instrumento de análise da memória e do inconsciente para mostrar que a habitamos, tanto quanto ela nos habita. A casa física está num lugar privilegiado do nosso intelecto. E a de nossa primeira infância, se configura com as conotações que levaremos para todos nossos outros destinos. Desde relacionamentos interpessoais, como sociais e ao projetar a cidade. Aquilo que conseguimos absorver e preservar, estará em algum canto de nossa casa. Seja ela física ou psíquica. O lugar da casa dentro da nossa memória se mostra importante para nós ativarmos a imaginação e o devaneio. Principalmente nos espaços de solidão, que são os espaços onde conseguimos certa privacidade e intimidade. A nossa memória não costuma reter lembranças sem emoção. Assim, estamos constantemente fazendo conexões ao realizar uma atividade que requer presença. Os sentimentos, objetos e espaços a elas vinculadas é o que torna possível voltarmos a acessá-las. Durante este processo de pesquisa, foi
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registrado algumas dessas conexões que se relacionam ao tema. A elas chamamos de atravessamentos. Esses atravessamentos representam todas as imagens, textos, filmes que em um momento da leitura se cruzaram com as ideias dos autores, mostrando essas referências de assimilações com a construção pretendida. Essas conexões são pontos de toque, composta de análises com o uso dos dados adquiridos através dessas leituras, ampliando a relevância dessa construção do imaginário, com o uso da memória. Dentro dela, buscou-se ampliar três aspectos notados de certa frequência. Os quais chamamos de Polaridades, Passagens e Intimidade.
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Figura 02 : Passagens - Kvothe. Fonte: acervo do autor Proposição A função atemporal da arquitetura é criar metáforas existenciais para o corpo e para a vida que concretizem e estruturem nossa existência no mundo. A arquitetura reflete, materializa e torna eternas as ideias e imagens da vida ideal. As edificações e cidades nos permitem estruturar, entender e lembrar o fluxo amorfo da realidade e, em última análise, reconhecer e nos lembrar quem somos. A arquitetura permite-nos perceber e entender a dialética da permanência e da mudança, nos inserir no mundo e nos colocar no continuum da cultura e do tempo. [...] Uma memória incorporada tem um papel fundamental como base da lembrança de um espaço ou um lugar. [...] Nosso domicílio se torna integrado à nossa autoidentidade; ele se torna parte de nosso corpo e ser. (PALLASMAA, 2011, p.67/68) Somos leitores de imagens, textos e lugares, de modo que habitamos nas imagens que despertam as memórias das coisas. Sendo a casa o lugar da presença, e contentor do princípio
“Na nossa imaginação, o objeto está simultaneamente em nossas mãos e dentro da nossa cabeça, e a imagem física projetada e criada é modelada por nossos corpos. Estamos ao mesmo tempo dentro e fora do objeto. O trabalho criativo exige uma identificação corporal e mental, empatia e compaixão.” (PALLASMAA, 2011, p.12) Assim, exploramos as ações propostas no decorrer do trabalho, em busca dos registros do viver cotidiano da casa, por remeterem a certa sensibilidade. Ao voltarmos o pensamento paras memórias reafirmamos os seus lugares ao escolhermos onde queremos estar e representá-los a partir dos recortes que escolhemos contar.
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flexibilidade e psicologia de percepção.
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imaginativo. Se voltar a ela para não só receber, como fabricar imagens, dentro de sua ampla
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Na afirmação proposta por Lacan, o objeto sujeito é construído por meio de uma afinidade idearia do outro, transformando-o em referência. Buscou-se justamente contrapor sempre duas perspectivas: eu versos o outro. Construindo a partir de entrevistas, narrativas e representações visuais dessas histórias. Visualizando “a construção do imaginário individual dada, essencialmente, por reconhecimento de si no outro, apropriação e distorção (reelaboração do outro para si)”. Foi proposto o dispositivo de construção do outro antes da proposição do eu. Numa tentativa de assimilar e comparar os elementos semelhantes. A primeira narrativa apresentada equivale às Ações propostas no decorrer da pesquisa, sendo apresentadas como Sótão (eu) e o Porão (outro), seguido de uma imagem interpretativa da história construída com base na ideia de espelhamento. Em sequência apresenta-se as narrativas da Cozinha e seus objetos contedores de memória, assim como o pode da comida como patrimonio imaterial, passado através de receita. Por último temos as Caixas, como reflexão do cofre, proposta como imagens mais intimas daquilo que somos. COZINHA DE MÃE Na Bahia, morei na roça com minha mãe, meu pai e meus irmãos. Numa casinha de taipa, só depois que construíram com blocos. Tomava banho no rio porque não tinha banheiro. Lá chamava Aracaju, mas a cidade era perto de Itambé. Plantávamos feijão, milho, mandioca, abóbora, quiabo, tudo para comer. Fazíamos até a farinha. Ralava a mandioca, colocava na prensa, sessava, torrava num forno bem grande. Era tudo muito difícil, mas tinha o que era bom. Vim para São Paulo com 14 anos. Morei com uma minha prima, e ela tinha todas as coisas da casa, e quando ela foi embora levou tudo. Ficamos eu, meu irmão e minha irmã. Nós não tínhamos nada para cozinhar. Então fui nas Pernambucanas e comprei essa panela. Foi à primeira coisa que eu comprei para casa que fomos morar. O resto as pessoas ajudaram dando, do que não usavam mais. “Essa é a única coisa que tenho de quando cheguei. A panela está viva até hoje. Olha a tampa dela como é velha!” Na Bahia minha mãe deixava a gente cozinhar junto com ela, no fogão a lenha, na panela de barro. Mas lá não tinha essas panelas. Para cozinhar tinha que buscar e cortar lenha, colher as plantas. O maior trabalhão. Aí você chega aqui e vê todas essas coisas, não quer mais saber de fogão de lenha. A receita de hoje não é igual à de antes porque não tinha todos esses temperos que temos aqui. Antes era só com sal, cebola, pimenta de cheiro, pimenta do reino, bastante cebolinha e coentro que tínhamos plantado. Lá fazia com abóbora pescoço e quiabo. Já aqui com caldo Knor, pimentão, a abóbora cabotian e o quiabo, claro. A farofa de feijão de corda, lá fazia com manteiga de garrafa. Eu cozinhava o feijão, minha mãe cortava cebola, cebolinha, deixava na manteiga colocava colorau e esperava esfriar para fazer a farofa. Às vezes minha mãe fazia com toicinho seco. Hoje faço com bacon, linguiça apimentada, cebola, alho, cebolinha. Tudo que tem direito. Nos lugares em que trabalhei via as casas cheias de coisas, e limpava todas as coisas dos outros. Acho que é por isso que eu gosto tanto de louça. Já tive muito apego por elas. De quebrar e eu ficar triste. Mas hoje não. Eu gosto, mas tá tudo bem se quebrar.
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A maioria ganhei dos meus filhos que viajaram e trouxeram para mim. Do México, Japão, muitos lugares, e às vezes quando vou num lugar e gosto, se não tenho dinheiro, depois volto para comprar. Algumas uso em ocasiões especiais. No casamento da minha filha, usamos todos os aparelhos de jantar que tenho guardado. E pegamos algumas louças pequenas e decoramos tudo. E nem fiquei com medo de quebrar. Se fosse em outro tempo iria ficar com medo de estragar. Foi muito bom. Não tenho uma favorita. Gosto de todas. As que uso todo dia ficam nos armários da cozinha, e as outras nas cristaleiras pela casa.
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Figura 03 : Cozinha de Mãe. Fonte: acervo do autor Isso posto, tem-se a ideia de que além de toda a pesquisa investigativa e o projeto proposto, o caderno em si funciona como um experimento, acentuando as ideias tratadas na discussão, assim como os outros experimentos na forma de lidar com essas narrativas. Referências AGUIAR, Grazyella; ANAZ, Sílvio; COSTA, Edwaldo; FREIRE, Norma; LEMOS, Lúcia. Noções do Imaginário: Perspectivas de Bachelard, Durand, Maffesoli e Corbin. PUC, SP, 2012. BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. Martins Fontes, 2008. CALVINO, Italo. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990. HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Editora Centauro, 2006. MELO, Magna de Oliveira. INTELIGÊNCIA: Tela mental, imaginação e mielinização. Actool, 2008. Disponível em: https://aaprendizagem.blogspot.com/search/label/INTELIG%C3%8ANCIA%3A%20Tela%20mental. Acesso em: 19/05/2021
PALLASMAA, Juhani. Os olhos da pele: A arquitetura e os sentidos; tradução técnica: Alexandre Salvaterra. - Porto Alegre: Bookman, 2011. PASAVENTO, Sandra Jatahy. O imaginário da cidade: visões literárias do urbano - Paris, Rio de Janeiro, Porto Alegre. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 1999. PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virginia; ESCÓSSIA, Liliana. Pistas do Método da Cartografia: Pesquisaintervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2015. SELIGMANN-SILVA, M. A escritura da memória: mostrar palavras e narrar imagens. Remate de Males, Campinas, SP, v. 26, n. 1, p. 31–45, 2012. DOI: 10.20396/remate.v26i1.8636053. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8636053. Acesso em: 20/10/2021.
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https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.037/676. Acesso em: 10/03/2021.
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NAME, Leonardo. Apontamentos sobre a relação entre cinema e cidade. Vitruvius, 2003. Disponível em:
Espaço Mutante: A Experiência da arquitetura ao longo da vida Fernanda Leonídio Casemiro de Lima Orientador : Prof. Dr. Myrna de Arruda Nascimento
Este Trabalho de Conclusão de Curso teve como proposição entender as dinâmicas que cada fase do desenvolvimento infantil necessita, para priorizar o desenvolvimento cognitivo e sensorial da criança, através dessa compreensão, projetar um quarto que o usuário pudesse usufruir dos 0 a 12 anos. A proposta realizada foi desenvolver mobiliários que se transformasse e esse adequasse a atender as fases mencionadas abordar e englobar experimentos diferentes para cada faixa etária da criança, compondo este espaço com dimensões de uso e interação diferentes para estes objetos, cujas funções sinalizam os estímulos e adaptações desejados a cada fase, levando em consideração sua materialidade.
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Resumo
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Figura 01 : Florescer, espaço de descobertas e pertencimento. Fonte: acervo do autor.
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Introdução Para fundamentar o trabalho compreendendo as fases de desenvolvimento infantil, para este TCC foi se fundamentado em pesquisas de estudiosos a seguir.
Figura 02 : Maria Montessori 1870-1952) Fonte: http://frankvcarvalho.blogspot.com/2011/10/maria-montessori acesso 04-05-2021 21:06 Montessori escreveu que o desenvolvimento se dá em “planos de desenvolvimento”, de forma que em cada época da vida predominam certas necessidades e comportamentos específicos. Sem deixar de considerar o que há de individual em cada criança, Montessori pode traçar perfis gerais de comportamento e de possibilidades de aprendizado para cada faixa etária, com base em anos de observação. A compreensão de como estas dinâmicas de cada fases acontece possibilitou a realização deste TCC.
Figura 4 : Jean Piaget ,educador, cuja teoria cognitiva foi denominada por ele mesmo como “epistemologia genética”, e serviu de base para o surgimento da corrente construtivista. Fonte: Desenvolvimento Infantil: O Que é? Conheça as 4 Fases de Jean Piaget (opas.org.br) acesso 1503-2021 15:20
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Piaget, baseamos para compreender as faixas etárias e que cada fase a criança necessita.
Figura 5 Howard Gardner, Influenciado por Piaget, Gardner se especializou nas áreas de Psicologia, Neurologia e Educação e tornou-se mundialmente conhecido por ter proposto a Teoria das Inteligências Múltiplas(1983). Fonte:https://portodalinguagem.com.br/howard-gardner-e-a-teoria-das-inteligencias-multiplas/ acesso 2305-2021 20:40
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Gardner, para o entendimento dos 9 tipos de inteligências Dando seguimento ao TCC com o filosofo Allain Botton discutimos a relação entre Arquitetura e os sentidos. Tratamos sobre o conceito de bem estar e de felicidade defendido na obra “A Arquitetura da Felicidade” (2007) de Alain de Botton, suíço, nascido em Zurique, 20 de dezembro (1969), escritor, produtor e filósofo, fundador e CEO da The School of Life. Estudado para a compreensão de atmosferas estudamos neste TCC: Um dos autores atuais que discutem a relação entre a arquitetura e os sentidos é o arquiteto finlandês Juhani Pallasmaa (1936). Um dos mais renomados arquitetos e teóricos da arquitetura da Finlândia, sua atividade teórica e prática, como arquiteto, artista gráfico, urbanista e autor de projetos expográficos, sempre enfatiza a importância da identidade humana, da experiência sensorial e da tatilidade. Sua obra “Os Olhos da Pele; Arquitetura e os sentidos ``. (2011) destaca o papel do corpo como meio de percepção do espaço, e as formas de atuação de seu autor, ao realizar experimentos, fazer e ensinar a arquitetura, revelam que “o significado dos sentidos na articulação, na armazenagem e no processamento das respostas sensoriais e dos pensamentos têm sido reforçadas e confirmadas.” (2011 p.10). Outra obra referencial para este trabalho são os conceitos do arquiteto suíço Peter Zumthor (1943), na sua obra “Atmosferas” (2006) Nesta obra o autor relata sobre o espaço envolvente partindo do conceito de atmosferas, pensando e discutindo como estes espaços se comunicam com as pessoas e qual o objetivo, sentido e finalidade do arquiteto ao projetar estes espaços e como estas atmosferas são criadas concomitantemente com a construção de uma experiência estética.
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Figura 06 : A esquerda guarda roupa pensado a ser um objeto de interação, travados a medida que se empilham, travamentos feitos pelos apoios em amarelo das laterais do berço, no centro imagens do berço a cama com variações de cabeceiras e peseiras a direita a mesa com o tampo que pode ter diferentes alturas para quando recém-nascido os pais usem de apoio para troca e posteriormente para a criança, adolescente e adulto. . Fonte: acervo do autor
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Proposição Buscando para o espaço/quarto a proposta foi desenvolver um ambiente que tendesse as fases do crescimento infantil, a estimular e atender o desenvolvimento cognitivo, motor e ter o mínimo de descarte pensando sempre métodos simples e sustentáveis.
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A proposição dos quartos para cada fase 1 (0-3anos), fase2 (3-6 anos) e fase 3 (6-12anos).
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Referências Fonte: http://frankvcarvalho.blogspot.com/2011/10/maria-montessori acesso 04-05-2021 21:06 Fonte: Desenvolvimento Infantil: O Que é? Conheça as 4 Fases de Jean Piaget (opas.org.br) acesso 1503-2021 15:20 Fonte:https://portodalinguagem.com.br/howard-gardner-e-a-teoria-das-inteligencias-multiplas/ acesso 2305-2021 20:40
DE BOTTON, Alain. Arquitetura da felicidade. Trad. Talita M. Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 2007. PALLASMAA, Juhani. Os Olhos da Pele. Arquitetura e os sentidos. Trad. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2011. PALLASMAA, Juhani. Essências. Trad. Alexandre Salvaterra. Editora Gustavo Gil: São Paulo 1ª edição 2018 PIRES, Maria Fernanda de Pádua Oliveira Pereira de Sousa Barra. Projetar Ambiente Arquitetônico para a infância: o espaço da casa que faz sonhar, criar, brincar e crescer Dissertação apresentada à Universidade de Lisboa, 2018 SALOMÃO, Gabriel. Princípios de Montessori para Famílias e Outros Textos. Lar Montessori. Edição do Kindle. 2017 SANTOS, Gabriela Autori.enCAIXA. design para imaginar “. TCC orientado pela Prof. Dra.
Myrna Arruda Nascimento, Centro Universitário Santo Amaro, 2020.
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ZUMTHOR, Peter. Atmosferas. Trad. Astrid Grabow. Editora Gustavo Gil: Barcelona 2006
Linhas Imaginárias entre centrinhos: Santo Amaro e Bela Vista Joyse Cavalcante Silva Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Figura 01: Mapa Psicogeográfico . Fonte: acervo do autor
Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/yse_yse/docs/joyse_cavalcante_silva_tcc2
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Este trabalho parte de um desejo da autora em retornar as experiências vividas no espaço urbano. A autora adentrou e retornou, novamente, os centrinhos dos bairros Santo Amaro e Bela Vista de SP. A cartografia e a etnografia, a partir do caminhar, foram os métodos adotados para os registros e representações dos espaços. Como um elogio e provocação as relações do cotidiano intenso, dinâmico e ativo dos centrinhos, foram explorados 7 tipos de atos/intervenções que potencializam os espaços e convidam os habitantes a visitarem outros cotidianos, estabelecendo outras relações, trocas e experiências.
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Resumo
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Introdução A arquitetura e o urbanismo ao longo dos anos nos apresentaram as complexidades e o grande rizoma que compõe o espaço urbano. E agora, depois de identificar e ressignificar os meus centros, retorno. Essa decisão assumida neste momento só foi possível de ser tomada, depois de muito caminhar e perceber as coisas que me afectam. A cidade me afecta, as centralidades me afectam, o cotidiano me afecta. E nesse sentido, através desse trabalho, me desafio a intervir nessas duas centralidades - Santo Amaro e Bela Vista, identificando os elementos estruturadores e as potencialidades nos territórios. Perder-se “Perder-se significa que entre nós e o espaço não existe somente uma relação de domínio, de controle por parte do sujeito, mas também uma possibilidade de o espaço nos dominar. São momentos da vida em que aprendemos a aprender do espaço que nos circunda [...] já não somos capazes de atribuir um valor, um significado à possibilidade de perder-nos. Modificar lugares, confrontar-se com mundos diversos, ser forçados a recriar continuamente os pontos de referência é regenerante em nível psíquico, mas hoje ninguém aconselha tal experiência. Nas culturas primitivas, pelo contrário se alguém não se perdia, não se tornava grande.” La Cecla, Franco. Perdersi, l’ uomo senza ambiente. Roma-Bari, Laterza, 1988 Processo Este trabalho em processo possui grande vínculo com um trabalho já desenvolvido no ambiente acadêmico, um projeto de Iniciação Científica: “Cartografia como caminho e artifício: Possibilidades na Arte para o reconhecimento e representação do espaço urbano. “ Assim como anteriormente, este trabalho percorre linhas paralelas de raciocínio e de desenvolvimento referencial. Essas linhas que se entrelaçam e se sobrepõem, em vários momentos, contribuem para o desenvolvimento de um trabalho em um campo científico e objetivo com interferências subjetivas Além dos temas extensos e intensos apresentados (a cidade, o cotidiano e construções metodológicas de pesquisa), há ainda outros dois paradigmas estabelecidos que provocam reflexões pertinentes e que justificam a produção deste trabalho: a cartografia e a fenomenologia.
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Santo Amaro ǁ Bela Vista Para além da conexão imaginária proposta como método de leitura dos territórios, Bela Vista e Santo Amaro possuem uma forte relação histórica. A Rua Santo Amaro é uma das vias mais antigas de São Paulo, localiza na Bela Vista, atualmente a maior parte tornou-se a Av.Brigadeiro Luís Antônio. Antigamente era chamada de “Caminho para Santo Amaro”, já que era uma das ruas pela qual o bonde passava para seguir trajeto ao bairro. Dessa forma, em Santo Amaro também existe uma rua chamada “Bela Vista”.
Figura 02 : Desenho de placas em Santo Amaro e Bela Vista. Fonte: acervo do autor.
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Proposição
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Figura 03: 7(x2) atos propostos. Fonte: acervo do autor
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Este trabalho desde o início esteve aberto a diversas possibilidades de desdobramentos. A própria maneira como os dados/relatos dos territórios foram coletados sugeriram inúmeras formas de intervir nos espaços. No entanto, o projeto teve como conceito desenvolver um imaginário real dentro de uma realidade imaginada, e reconectar os dois bairros, fazendo também um convite a visitação de ambos. O trabalho é orientado pela deriva situacionista em sua própria essência, assim como Paola Jacques definiu como: “técnica da passagem rápida por ambiências variadas”, a proposta que se faz é a criação de uma espécie de círculo mágico (Homo Ludens, Johan Huizinga”, onde o usuário é provocado a explorar a cidade, visitar as instalações e ressignificar os lugares e o próprio cotidiano. Neste trabalho, há também uma reflexão sobre a importância da apropriação dos espaços coletivos e públicos. Entre instalações, vídeos fotografias e desenhos, as intervenções temporárias fazem uso dos Terrain Vague existentes, criando um circuito artístico da própria cidade, revisitada. São 7(x2) explorações, experimentações, investigações apresentadas em tipos de suportes distintos, e que conformam uma espécie de circuito. Os circuitos tiveram como ponto de partida os 7(x2) lugares apresentados no primeiro momento. O que se propõe é a (re)conexão de linhas imaginárias dos bairros, Santo Amaro e Bela Vista, onde o material cartográfico coletado e produzido em um, é apresentado no outro, e vice-versa. A ideia é fazer uma provocação ao habitante de um lugar para visitar o outro, a partir do reconhecimento deste em seu próprio cotidiano. As intervenções buscam levantar discussões sobre as relações entre indivíduos, ambientes, condicionantes da arquitetura dentro da arquitetura. A arte urbana representa o reencontro da vida cotidiana com a arte, que surpreende, provoca e desloca o sujeito que vive na cidade (discussão ainda mais pertinente em um contexto pandêmico). Normas, programas, reflexões especulativas sobre o espaço raramente levam em consideração a maneira como realmente são usados, principalmente quando se tem um olhar focado no resultado e não no processo. Com isso, a postura adquirida aqui é de distanciamento de paradigmas tradicionais de intervenção em espaços urbanos, e aproximação de uma interpretação da sociedade, criando pontos que potencializam narrativas geradas pelos próprios habitantes.
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Conclusão
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Buscar um tema para o meu trabalho final de conclusão de curso foi um desafio muito complexo e ao mesmo tempo muito certeiro. Acredito que por este encerrar um ciclo tão especial da vida estudantil e dar início a outro tão importante da vida profissional, deva ser o momento de explorar ao máximo os desejos que se mantiveram mais tácitos até agora. Mas isso não deve estabelecer o trabalho como uma história que tem começo, meio e fim. Deve ser encarado como um processo, uma fase de exploração e de descobertas de fato, mas sempre buscando o pensamento crítico desenvolvido até aqui. Com isso, novamente, o objetivo deste trabalho não era pensar espaços úteis, nem intervir em áreas como uma tabula rasa, mas sim, pensar a cidade como um organismo vivo capaz de gerar experiências únicas e coletivas. O espaço urbano deve ser estimulante e prazeroso para que nós, sujeitos, habitantes, possamos nos desenvolver como cidadãos profundos. O ambiente acadêmico por muito tempo nos ensinou a produzir desenhos, maquetes, diagramas, estimulando também a leitura, a discussão e o pensamento crítico sobre arquitetura. No entanto, poucas foram as vezes em que fomos convidados a conhecer pessoalmente a cidade, por isso, devo agradecer novamente ao meu querido orientador que também foi meu professor na disciplina de P.I (CIDADE), que propôs uma disciplina quase que exclusiva e dedicada à cidade. Esse trabalho, certamente seria outro, se não fosse o convite feito através da disciplina. Nesse sentido, pude perceber como as dinâmicas dos locais da cidade podem operar os modos de viver e habitar os espaços, como podem estimular, sugerir e incentivar outros usos. Enfim com este trabalho, busquei apresentar um pouco sobre o meu olhar em relação as coisas que me afectam no cotidiano de cada um dos bairros, e as pequenas experiências que contribuíram para a minha formação como pesquisadora, arquiteta urbanista, habitante e apaixonada pela cidade.
Figura 04: ato 7 - encontro. Fonte: acervo do autor A proposta desse ato é provocar o espectador a reconhecer o “EuxOutro” como parte integrante de todo um habitat que é o espaço urbano, para isso, cavaletes em formato de silhuetas foram dispostos em uma plataforma que conecta os acessos da praça e configuram um outro desenho. Os cavaletes apresentam uma face espelhada e outra serigrafada, dessa maneira, o espectador reflete e se reflete no objeto, despertando atenção para um ato tão cotidiano, que é de encontrar o outro, mas que muitas vezes pode passar despercebido.
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Referências BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica. In ______________. Obras Escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1994. CARERI, Francesco. Walkscapes: o caminhar como prática estética. São Paulo: Gustavo Gili, 2013 CERTEAU, Michael de. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer / Michael de Certeau; 20.ed tradução de Ephraim Ferreira Alves. - Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. DELEUZE, Gilles. Empirismo e subjetividade: ensaio sobre a natureza humana segundo Hume. São Paulo: Editora 34, 2001. DELEUZE, Gilles e GUATARRI, Felix. Mil platôs. Capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed 34, 1995. HALL, Eward T. Dimensão Oculta; tradução de Sônia Coutinho. Rio de Janeiro, F. Alves, 1977. PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009. PONCIANO, Levino. São Paulo: 450 bairros, 450 anos. São Paulo: SENAC São Paulo Editora, 2004. ATLAS FOTOGRÁFICO | Meusite. Disponível em: . Acesso em: 01 nov. 2021. BEKA & LEMOINE. Disponível em: . Acesso em: 05 nov. 2021. BERENSTEIN, PAOLA JACQUES. CORPOGRAFIAS URBANAS. VITRUVIUS, 2019. Disponível em: https:// www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/08.093/165. Acesso em: 10 set. 2021 FOUCAULT, Michel (1998). De Outros Espaços, in Virose, archive a, 1998. Disponível em: http://virose.pt/vector/ periferia/foucault_pt.html. Acesso em: 01/04/2021
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SILVA, Ricardo Luís. Elogios à inutilidade: a incorporação do Trapeiro como possibilidade de apropriação e leitura da Cidade e sua alteridade urbana. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, p. 904, 2016.
Deriva: investigações projetuais a partir de Steven Holl Marina Fedalto Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Figura 01 : reflexo (investigação bloco 04). Fonte: produção autoral
importante do que um produto final preestabelecido. A partir da seleção e estudo de algumas obras do arquiteto norte americano Steven Holl, o trabalho vai se desenvolvendo em blocos de investigação e experimentação ligados à temática proposta em diferentes aspectos. A composição desses blocos resulta em um trabalho que foge de uma linha tradicional de desenvolvimento afim de explorar esse campo.
Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/marinafedalto/docs/marina_fedalto_tcc_compressed
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O trabalho tem como finalidade abordar o processo de desenvolvimento como parte mais
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Resumo
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Introdução Na maior parte dos casos o produto final do trabalho de conclusão de curso já está decidido e estabelecido no início do mesmo e o caminho de desenvolvimento é apenas uma ferramenta para viabilizar a execução dele. Aqui neste trabalho ocorre o oposto, onde o produto vai sendo descoberto ao longo do desenvolvimento do trabalho. Ou seja, havia apenas a intensão inicial de ser um tema relacionado a experimentações projetuais, mas não se sabia ao certo onde iria se chegar com isso. Como ponto de partida o trabalho buscou referências de arquitetos que trabalhavam de certa forma relacionados a experimentações do processo como desenvolvimento. Estes, utilizavam além do desenho de arquitetura tradicional como também ferramentas distintas que auxiliavam no processo criativo do projeto como maquetes, croquis, diagramas e entre outras. Em um dado momento, o trabalho volta-se especificamente a obra e produção do arquiteto Steven Holl, justamente por este disponibilizar sua produção e material. O arquiteto elabora também questões relacionadas a fenomenologia que desperta interesse e desdobra-se como intenção projetual posteriormente. As questões relacionadas a luz e como ela se comporta no espaço são desenvolvidas junto as investigações no decorrer do percurso. Mesmo após meses do processo de desenvolvimento do trabalho, este não pode afirmar de fato que possua um produto final como normalmente sempre existe. A composição do trabalho possui pesos semelhantes entre os blocos, porém com caráter e aspectos distintos como elaboração. Portanto, o trabalho como um todo pode ser considerado como produto. As especulações e investigações sobre o tema são múltiplas e infinitas que poderiam se desdobrar em muitos outros blocos de desenvolvimento nunca se chegando a um “fim” ou término de fato, pois as formas de investigação e representação são infinitas. Para inicio dessa produção pessoal é estipulado um exercício de analise e investigação projetual a partir das pesquisas feitas no primeiro momento. Algumas obras teriam que ser escolhidas para serem exploradas, estudadas e desenvolvidas mais a fundo. Então, é feito um levantamento geral para possíveis objetos de estudo dos mais diversos arquitetos e escritórios, mas nesse momento ainda não se sabia ao certo o que seria feito para esse tipo de exercício. Após disso, foi estipulado o tipo de especulação que
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seria realizado como desenhos, croquis, diagramas, maquetes físicas e entre outros. Após o desenvolvimento dessa primeira investigação, os outros blocos foram surgindo e relacionando-se diretamente com os outros blocos anteriormente concebidos.
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Proposição O trabalho então é dividido em blocos que abordam aspectos específicos, onde cada bloco está interligado com os demais anteriores como em uma linha de desenvolvimento cronológica assim como foram produzidos. Segue esquema simplificado do conteúdo e objetivos de cada um dos blocos.
Figura 02 : esquema da estrutura do trabalho. Fonte: acervo do autor
Bloco 03. O exercício escolhido para dar inicio ao trabalho começou sem um objetivo especifico final. Naquela época ele assumia um papel quase de um “catador de projetos” de diversos arquitetos. A principio
resultou no desenvolvimento de dez obras e que posteriormente ainda foi adicionada uma decima primeira. Após a decisão que dez obras seriam escolhidas como objeto de estudo suficientes, foi uma difícil escolha seleciona-las, pois existiam muitas que despertavam interesse. Criou-se uma linha de raciocínio para a escolha delas, onde elas deveriam apresentar um conjunto completo que representasse o arquiteto como um todo. Por isso foram escolhidas obras que conferem os mais diversificados tipos de programas atribuindo esse caráter ao exercício abrindo-o para essa leitura e construção analítica sobre o arquiteto. A partir disso diversas investigações foram feitas sobre essas obras através de desenhos, colagens, maquetes, esquemas, diagramas, manipulação de imagem e entre outras ferramentas.
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obras ao conjunto. Foi nessa hora que Steven Holl assumiu o protagonismo do trabalho. Ao final, isso
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foram escolhidas apenas três obras para estudo, a partir dai sentiu-se a necessidade de adicionar mais
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Figura 03 : obras de estudo escolhidas. Fonte: acervo do autor
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Bloco 04. O exercício proposto nesse bloco tem vínculo direto com as obras estudadas no bloco anterior e com aspectos anteriormente abordados, mas com uma competência de caráter simbólico e filosófico, assim se diferenciando do bloco 03 que possui caráter arquitetônico investigativo. Após o processo desenvolvido no bloco 03, algumas características foram identificaras como sempre presentes nas obras de Steven Holl. Elas foram notadas como importantes e essenciais, como por exemplo, a presença de luz natural que na maioria de suas obras está presente. Além da relação direta no comportamento da luz e como isso interfere na percepção do corpo com o espaço construído e viabilizado pelo conhecimento e manipulação da arquitetura pelo arquiteto. Através de mais pesquisas e do processo reflexivo sobre a primeira parte do trabalho - até o final do bloco 03, onze aspectos foram identificados em suas obras estudas no bloco anterior. Sendo esses aspectos separados em por 3 categorias, sendo elas: como a presença de luz se comporta no edifício, os partidos adotados e os elementos utilizados.
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Com isso foi feito um levantamento nas onze obras anteriormente estudadas identificando os aspetos definidos por esse bloco. Depois disso houve um cruzamento de dados entre as onze obras e os onze aspectos, estipulando para cada uma dessas obras um aspecto principal. Prosseguindo assim, com o cruzamento de dados definido houve um levantamento fotográfico de cada uma das onze obras. Foi preciso definir uma imagem que sintetizasse para cada uma das obras evidenciando o aspecto identificado e adotado para cada uma delas.
Bloco 05. Como já sinalizado desde o início do trabalhando havia o interesse por um exercício de desenvolvimento projetual. A questão preocupante era resolver como esse exercício projetual estaria diretamente vinculado aos blocos de estudo anteriores. Para que tudo continuasse conectado estipulouse uma metodologia que regatasse os aspectos estudados anteriormente para criar possibilidades a serem desenvolvidas projetualmente. O exercício propõe então especulações projetuais em nível de estudo de partido simplificados. Não esperasse desenvolver um projeto de fato com detalhamento e com todo material básico aprofundado sobre o mesmo, pois não há interesse para isso. O trabalho segue uma linha conceitual e não faria sentido desenvolver o projeto de forma habitual. A ideia desde o início foi trazer possibilidades de estudo que conferem caráter experimental e especulativo.
Referências
FIASCHI, Rodrigo. Estudo de processo criativo e representação como método projetual para arquitetura, tese de TTC, Centro Universitário Senac. São Paulo, 2018.
HOYOS, Beatriz. Os limites do corte: ensaio sobre representação gráfica, tese de TCC, FAU Escola da Cidade, São Paulo, 2016. MONTANER, Josep Maria. Do diagrama as experimentações: rumo a uma arquitetura de ação, tradução por Maria Luísa de Abreu Lima Paz, Gustavo Gíli, Barcelona, 2017. MONTANER, Josep Maria. Sistemas arquitetônicos contemporâneos, tradução por Alícia Duarte Pena, Gustavo Gili, Barcelona, 2009. QUEIROZ, Rodrigo. A tectônica da natureza incorporada: experimentações e projeto a partir de elementos naturais para construir outras atmosferas no pinheiral, tese de TCC, Centro Universitário Senac. São Paulo, 2020. WINKEL, Enk te. Arquitetura por subtração: estrados sob os viadutos Nove de Julho, Jacareí e Dona Paulina, tese de TCC, FAU Mackenzie. São Paulo, 2012.
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HOLL, Steven. Entrelazamientos: obras y proyectos 1989-1995, tradução por Glória Bohigas. Gustavo Gili, Barcelona, 1997. HOLL, Steven. Ideia and phenomena. Las Muller Publishers, Baden, 2002.
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GARCIA, Luís. O diagrama no processo de concepção arquitetônica, tese de TTC, Centro Universitário Senac. São Paulo, 2016. HOLL, Steven. Cuestiones de percepción: fenomenologia de lá arquitectura, tradução por Moisés Puentes. Gustavo Gili, Barcelona, 2011.
Espaço e memória A arquitetura como experiência Matheus Joris de Paulo Orientadora: Prof. Dra. Myrna de Arruda Nascimento
Figura 01: imagem produzida no ensaio “Cidades Invisíveis”. Fonte: acervo do autor
trabalho é um ensaio que explora essa tecnologia no âmbito da arquitetura ao relacionar o espaço (físico ou virtual) à memória. Através de diversas referências bibliográficas pode-se explicitar o processo de criação de memórias pela construção do espaço. A experimentação tridimensional, neste projeto, tem valor de construir narrativas de forma visual e/ou despertar sentimentos relacionados a reminiscência.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/matheusjoris/docs/matheusjorisdepaulo_tcc)
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Originado a partir do fascínio e sensibilidade do autor para com a modelagem 3D, o presente
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Resumo
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Introdução O projeto se origina em razão do entusiasmo e habilidade do autor em modelagem tridimensional. A representação digital dos espaços torna-se, nos momentos atuais de pandemia, principalmente, recurso sine qua non que permite a rememoração de ambientes que não podemos presenciar. A curiosidade sobre os processos de criação e visualização 3D, de um modo geral e não apenas arquitetônico, é fator fundamental no desenvolvimento do tema. Procurou-se unir tal elemento aos fundamentos da arquitetura e da memória, que são, por sua vez, intrinsecamente conectadas. Além disso, a liberdade criativa na utilização de softwares de modelagem torna possível uma produção tanto mais imaginativa e fantasiosa quanto realista. A experiência com arquitetura de interiores, que inclui detalhamento minucioso e a atenção a todo tipo de diferença de ambientes a partir da diversidade de revestimentos, dimensões e formas construtivas está contemplada também nesse trabalho, uma vez que é um domínio que fica evidente na modelagem tridimensional. O presente trabalho tem como objetivo explorar as relações da arquitetura em sua essência com a memória a partir de ensaios que explicitam as atmosferas e experiências geradas pelo meio arquitetônico. Isso se dá através da modelagem 3D de cenários selecionados de acordo com a narrativa do projeto. Estes exploram as dimensões inventivas, imaginativas e fantasiosas abrangidas nos fundamentos da disciplina com finalidade de evidenciar que a matéria ressoa além do tátil. A metodologia adotada é baseada no estudo de bibliografias que tratam dos conceitos de memória, através de autores que discutem a relação entre memória e esquecimento, a montagem, atmosferas, experiências e as dimensões da criação, partindo do ponto de vista da elaboração de imagens do espaço. A partir da compreensão destes temas correlatos ao interesse do TCC, foram feitas experimentações realizadas no âmbito das representações tridimensionais, que buscam traduzir as intenções das narrativas selecionadas para a construção dos espaços. Para o entendimento holístico do assunto, o projeto é estruturado do micro para o macro. Inicialmente, introduzimos o leitor aos diversos conceitos de memória de acordo com as diferentes áreas do conhecimento: arquitetura, psicologia, história, sociologia e filosofia. Após apresentado o cerne do tema, buscamos desenvolver a relação da arquitetura com esses conceitos de memória e os processos de formação da mesma segundo os fundamentos da arquitetura e de montagem, do cineasta russo Sergei Eisenstein. A fundamentação do trabalho é aprofundada no capítulo 3, no qual são utilizados os arquitetos Peter Zumthor e Juhani Pallasmaa como referência, para se discutir a presença da memória desde a essência deste campo do conhecimento (Arquitetura), e onde esta se encontra nas atmosferas e experiências concebidas pela materialização do espaço no tempo. Com o anseio de experimentar, buscou-se desenvolver ensaios que tocam nas dimensões de criação encontradas em Munari e relacionadas à arquitetura e seus fundamentos. O experimento como um todo é composto em três partes e temas materializados através da tecnologia de modelagem tridimensional e diferentes formas de representação. Por fim, foi levantada uma série de memórias de indivíduos que frequentam o mesmo espaço – o campus do Centro Universitário Senac. A partir da análise da atmosfera de cada relato, deu-se o exercício arquitetônico: utilizando dos principais elementos e percepções compartilhadas entre as reminiscências coletadas, foram construídos cenários tridimensionais que buscam expressar e representar os sentimentos em uma perspectiva de espaço remodelado.
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Proposição
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Figura 02: imagem do primeiro cenário. Memória de Eduardo Ehlers. Fonte: acervo do autor
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Para articular os conceitos discorridos com os ensaios produzidos, por meio de um exercício imaginativo e projetual arquitetônico, foram entrevistados diversos frequentadores do Centro Universitário Senac. A ideia foi fundamentada pela curiosidade do autor em relação à variedade de percepções sobre um mesmo espaço ou conjunto arquitetônico. Cada um que habita o campus guarda uma memória única, marcada por sentimentos únicos que transbordam em locais únicos: os 8 entrevistados, majoritariamente, compartilham experiências que ocorreram em lugares díspares. Em razão da pandemia, essas memórias adquirem um caráter "romantizado": elas exalam um sentimento de afeto pelo fato da rememoração construir as imagens mentais do campus, que, por ora, está distante. A partir das reminiscências coletadas, dá-se a prática arquitetônica: foram analisadas as atmosferas percebidas no lugar descrito por cada usuário, especialmente selecionado neste trabalho. Esta análise desenvolve-se de forma abstrata e pessoal, traduzindo em diagramas objetivos os principais elementos das memórias narradas. Estes diagramas simplificados foram utilizados como inspiração para a construção dos cenários pelo autor do trabalho que assumirá essa atitude projetual como mecanismo para a produção da representação arquitetônica do campus, em uma linguagem autoral. Buscou-se, assim, traduzir experiências vivenciadas em uma nova forma de representação, elaborada como projeto e orquestrada pela imaginação do arquiteto, apresentada por meio da ferramenta de modelagem 3D. Para tal, foram selecionadas três memórias para a criação dos cenários. Memórias essas que apresentavam semelhanças entre si tanto nas atmosferas quanto nos principais elementos do espaço. Essas "arquiteturas criadas", enfim, são apresentadas de forma a revelar o processo de construção destas, até o detalhamento final das cenas, que buscam recriar as atmosferas percebidas e rememoradas pelos indivíduos entrevistados.
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Figura 03: imagem do segundo cenário. Memória de Laura Carvalho. Fonte: acervo do autor
Figura 04: imagem do terceiro cenário. Memória de Myrna Nascimento. Fonte: acervo do autor
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Figura 04: imagem da “memória minha” – considerações finais do trabalho. Fonte: acervo do autor Referências CALVINO, Italo. As Cidades Invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990 Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 EISENSTEIN, Sergei. Reflexões de um cineasta. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1969
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MOURAO JUNIOR, Carlos Alberto; FARIA, Nicole Costa. Memória. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre , v. 28, n. 4, p. 780-788, Dec. 2015 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010279722015000400017&lng=en&nrm=iso>. access on 02 Mar. 2021. http://dx.doi.org/10.1590/16787153.201528416. MUNARI, Bruno. Air made visible: A Visual Reader on Bruno Munari. Suíça: Lars Müller Publishers, 2000
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HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória - Arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000
Da liquidez da cidade ao fragmento dos sólidos A relação do corpo com o espaço urbano contemporâneo Rafael Pereira Vieira Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Esta pesquisa trata inicialmente da historicidade da formação das cidades. Da pluralidade apresentada pelos espaços urbanos, e de como a evolução das tecnologias influenciou para que hoje a cidade se apresente da forma que é. Analisa então as características principais e mais marcantes da contemporaneidade (velocidade, liquidez, inconstância, fragmentação), das mídias e da relação do corpo com o espaço para entender como o meio urbano reflete estas questões sociais. Neste primeiro trecho, ao observar a influência do mundo criado pelo homem na própria “carne” é estabelecido um panorama geral do tempo em que vivemos nas grandes metrópoles. Os autores mais utilizados são Richard Sennett, Paola Berenstein Jacques e Edward T. Hall. Através de obras que exploram a reprodução urbana e a relação que o ser humano tem com o objeto construído é possível estabelecer afinidades em como as primeiras civilizações ocupavam os espaços públicos e em como ocupam atualmente: a relação de seus
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Figura 01 : QUINTAL, render do projeto final. Fonte: acervo do autor
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corpos com o urbano, a relação dos corpos na disparidade para com outros corpos, na expressão corporal e no uso diferenciado dos sentidos no cotidiano. Em um segundo momento a pesquisa propõe explorações de dois trajetos percorridos pelo pesquisador através de duas cartografias narradas, onde as teorias demonstradas na primeira introdução tomam forma no imaginário do leitor. Explicitando nos caminhos os termos desenvolvidos. A cartografia narrada estimula o leitor a criar estas imagens no próprio repertório imagético de cidade, extrapolando o meio físico e trazendo a experiência própria, propondo assim uma personalização do espaço, percebendo que a cidade se reproduz através de estruturas predeterminadas. Após isto, são exploradas visualmente algumas fotos tiradas ao longo dos trajetos, complementando de forma mais palpável a teoria desenvolvida, estabelecendo os principais eixos percebidos pelo corpo do pesquisador ao andar por estes espaços. Em um terceiro momento a pesquisa explora o mundo dos Neoconcretos, amarrando o modo de pensar e criar arte deste grupo com o fazer urbano desenvolvido até então, percebendo a relação do tempo, do espaço, da necessidade do corpo para a plenitude da obra final. Em contraponto à mecanicidade da repetição contemporânea, entende a corporalização da matéria na subjetividade da arte. Após isto escolhe um espaço dentro dos dois trajetos descritos e propõe a contaminação dele através da união entre a arte e a arquitetura. As intervenções se dão através de mobiliários e ocupações inspirados nos conceitos Neoconcretos, potencializando a experiência do caminhar e os efeitos da interação entre a contemporaneidade exacerbada e o corpo humano.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/rafael.pvieira97/docs/rafaelpereiravieira_tcc
Introdução A cidade. O que se pensa quando esta palavra vem à cabeça? Historicamente, o termo serve para explicitar o espaço que não é, por sua origem, natural. O espaço construído pelo homem. O dicionário
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Oxford Languages (2020) traz a seguinte definição: 1.
Aglomeração humana localizada numa área geográfica circunscrita e que tem numerosas casas, próximas entre si, destinadas à moradia e/ou a atividades culturais, mercantis, industriais, financeiras e a outras não relacionadas com a exploração direta do solo; urbe.
2. POR METONÍMIA: A população da cidade. Mas a cidade é muito mais do que apenas estas definições dadas pelos dicionários. A cidade é a materialização do conjunto de percepções individuais tornada sólida e dada uma função. A cidade só se da pelos seus habitantes, não existe sem eles. Da mesma forma, os habitantes de uma cidade só existem
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e se identificam como cidadãos de um determinado local quando este local já possui uma caracterização que engloba de alguma forma seus moradores. Para analisar a cidade contemporânea, é necessário observar e tentar entender também quem a habita. E quem o faz está imerso no caldo cultural da contemporaneidade. A velocidade, o excesso de informações, as obrigações cotidianas. Estas são as principais características do tempo em que vivemos. Este conjunto de características causam tanto impacto e se tornam tão forçosas para o cérebro humano que o mesmo se fecha, e amortece os sentidos na tentativa de apaziguar a situação e poder processar o necessário para se manter funcional. Através desta visão sobre o corpo civil de uma cidade, pode-se tentar experienciar ela através da caminhada e especular visualmente como estas características se conformam no espaço público. Através das tecnologias contemporâneas a pesquisa aqui tenta materializar o sentimento de vivenciar o mundo em imagens e projetos de espaços. Para isso, foram realizadas caminhadas em espaços urbanos diferentes. A República, em São Paulo, e o bairro Assunção, em São Bernardo do Campo. Com as percepções obtidas foram feitas intervenções imagéticas que denunciam estas características. Após isto, com a clareza de que o corpo com seus sentidos é uma forma potente de comunicação entre o mundo interno de uma pessoa e o externo, a pesquisa estuda as artes neoconcretas que tem esta característica como premissa para intervenções em uma praça de São Bernardo do Campo.
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Figura 03 : A experiência da velocidade (da carne). Fonte: acervo do autor
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Figura 02 : Bolha. Fonte: acervo do autor
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Proposição A proposta de intervenção desta pesquisa se dá na praça Luís Guereschi, em São Bernardo. A escolha desta praça se deu por ser um espaço dentro da pesquisa com cartografias narradas além de perceptivelmente subutilizada com muitas potencialidades no meio de um bairro crescente. Os espaços propostos nesta intervenção buscam se aproveitar dos desenhos já existentes da praça para intensificar, ou modificar as características da contemporaneidade exploradas na primeira e segunda partes da pesquisa. Inspirado esteticamente e conceitualmente nos neoconcretos os espaços apresentam design geométrico, trabalhando com a repetição, o paralelismo, a quebra dele e a capacidade da ambientação com a luz para que a experiência do caminhar e habitar este espaço torne o corpo do observador ativo e questionador.
Figura 04 : Mapa de intervenção. Fonte: acervo do autor
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Figura 05 : Vistas e Corte Biblioteca. Fonte: acervo do autor
Figura 06 : Renderização Feira. Fonte: acervo do autor Figura 07: Renderização Horta. Fonte: acervo do autor
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Referências SENNET, Richard. Carne e Pedra. O corpo e a cidade na civilização ocidental. Editora Record, Rio de Janeiro, 3° Edição, p. 01-101. 2003 JACQUES, Paola Berenstein. Estética da ginga. A arquitetura das favelas através da obra de Hélio Oiticica. Editora Casa da Palavra/RIOARTE, Rio de Janeiro, p. 01-65. 2001. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. 01-30. 2001. KASTRUP, Virgínia. PASSOS, Eduardo. Pistas do método da cartografia. Editora Sulina, Porto Alegre, 5° Reimpressão, p. 32-51. 2009. SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. O corpo e a cidade na civilização ocidental. Editora Record, Rio de Janeiro, 3° Edição, p. 01-101. 1985. PEREC, Georges. Tentativas de esgotamento de um local parisiense. Tradução de Ivo Barroso. São Paulo: G. Gili. 1974. Daguerreótipos. Direção de Agnes Varda. Paris, França. 1976. (75 min.)
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QUANDO a rua vira casa. SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. Rio de Janeiro, 1947. (30 min.
As Calçadas e o Caminhar no Espaço Urbano Um olhar sobre a Avenida Paulista Tábata Marinho Ribeiro Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Figura 01 : Calçada da Avenida Paulista. Fonte: acervo do autor
passagem, são o espaço das pessoas e da sociabilidade que oferecem oportunidades para que os caminhantes se apropriem dela das formas mais variadas, tornando assim o caminhar uma atividade maior do que apenas o ir e vir. Este trabalho apresenta o caminhar pensado pelos aspectos da paisagem e propõe uma leitura do cotidiano nas calçadas da Avenida Paulista que tem como resultado uma cartilha de organização potencialização do espaço do passeio. Versão integral do trabalho em Versão integral do trabalho em https://issuu.com/tabatamr/docs/cartilha_de_projeto_para_a_avenida_paulista
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A calçada é o espaço destinado ao trânsito do pedestre, mas não é apenas um lugar de
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Introdução As calçadas o espaço urbano e o caminhar, por meio destes três conceitos o trabalho é fundamentado com o objetivo de discutir os fatores que influenciam a relação do indivíduo com a cidade e da vivência do espaço público de forma exploratória. uma vez que esta relação se dá por meio das calçadas que é o principal espaço destinado ao passeio de pedestres, elas são o principal objeto de estudo. O território abordado é a Avenida Paulista e suas largas e diversas calçadas, que apresentam as mais diversas formas de apropriação do espaço destinado ao passeio, foram elaborados levantamentos fotográficos e diversas visitas ao território de estudo com o objetivo de analisar os elementos da calçada e as pessoas na calçada.
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Figura 02 : Formas de apropriação nas calçadas da Avenida Paulista. Fonte: acervo do autor
O processo de pesquisa foi reforçado por meio do Workshop “Avenida Paulista: um olhar etnográfico” em parceria do Centro Universitário Senac com a Escola da Cidade, que permitiu visitas a campo de forma a realizar uma investigação antropológica do território de estudo. O olhar sobre as etnografias na Paulista possibilitou uma análise próxima do espaço, das atividades que acontecem ali e sensações que foram documentadas durante as caminhadas investigativas. Estes estudos contribuíram de forma significativa para a proposta final de projeto associados a metodologia utilizada pela prefeitura de Nova York na publicação Active Design: Shaping Sidewalks Experience (2013) , estudo de caso realizado neste trabalho, que aborda a calçada como um cômodo de 4 planos onde cada plano tem uma influência sobre os sentidos do pedestre.
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Proposição A partir das análises em conjunto com estudos de caso a proposta de projeto foi elaborada como uma cartilha de projetos e intervenções de organização do espaço das calçadas na Avenida Paulista que tem como objetivo propor alternativas de ordenamento e potencialização do espaço de forma a suprir necessidades que um passeio confortável enquanto oferece uma variedade de possibilidades de usos e sensações nas calçadas. Os projetos foram pensados considerando o plano do piso como área de intervenção enquanto levando em considerações os outros planos de influência do ambiente. A cartilha é dividida em duas partes, primeiro são dadas as condições do passeio que são diretrizes de ações que podem ser aplicadas em diversos pontos ao longo do perímetro de estudo e que contribuem para a experiência do pedestre nas calçadas, as condições do passeio são: A organização do espaço como forma de criar uma caminhada ininterrupta e considerar a diferença de velocidade e necessidade dos caminhantes esta categoria propõe por meio de desenho de piso organizar o espaço criando zonas na calçada para que as demais atividades não atrapalhem o fluxo contínuo dos pedestres, nesta categoria a pintura de piso entra como uma intervenção de urbanismo tático para criar interação com o pedestre com o plano do piso. Iluminação na escala do pedestre incorporando elementos de iluminação no piso em pontos que são menos iluminados pelas fachadas dos edifícios. Mobiliário que oferece o espaço de parar e reunir, nesta categoria a proposta de mobiliário acontece como incrementação do que no momento se entende por espaço de parada na avenida, que são os canteiros assim os mobiliários acontecem como uma extensão confortável dos canteiros e em outros
Com as condições do passeio dadas, são apresentadas propostas de projeto em dois perímetros específicos como forma de incorporar as diretrizes já apresentadas às necessidades destas quadras que
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Figura 02 : Paginas da Cartilha de projetos. Fonte: acervo do autor
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momentos como mobiliário independente.
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também apresentaram necessidades específicas de suas características e usos comuns analisados durante as visitas a campo. Projeto Brigadeiro Na área de projeto I próximo à uma das saídas da estação do metrô Brigadeiro na calçada da livraria Martins Fontes foi utilizado o desenho de piso como forma de organizar o fluxo de trânsito contínuo de quem deixa a estação do metrô, dos vendedores ambulantes e do espaço de interação com o edifício onde estão as vitrines e mesas na calçada. Os blocos de concreto determinam o espaço do comércio efêmero e o gradil separa o trânsito da via tornando a extremidade da calçada mais agradável. Na faixa do edifício o ladrilho hidráulico é usado na paginação que remete a temporalidade do antigo piso de pedra portuguesa das calçadas da paulista.
Figura 03 : Calçada da área de projeto durante a semana. Fonte: acervo do autor Figura 04 : Perspectiva de projeto com desenho de piso. Fonte: acervo do autor
Projeto Trianon A área de projeto II invade a rua, as calçadas do Parque Trianon e do MASP e conexão entre elas
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intensificada aos domingos e feriados quando a Avenida Paulista fica interditada para o trânsito de veículos a calçada se torna um espaço único sem divisões, assim este projeto além de implantar as diretrizes iniciais nas calçadas de fato, apresenta a proposta de mobiliário efêmero durante os dias de Paulista aberta aos pedestres como forma conectar os espaços e oferecer diferentes espaços aos pedestres que possam servir às atividades de domingos como para assistir aos shows de artistas independentes. Faz parte deste mobiliário uma plataforma de módulos de parklet criando um nivelamento das duas calçadas. Este mobiliário de caráter modular pode ser movimentado e instalado de acordo com eventos e necessidades.
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Figura 05 : Corte esquemático de relação dos mobiliários e plataforma. Fonte: acervo do autor
Figura 06 : Perspectiva do projeto Trianon. Fonte: acervo do autor
Referências
Global Designing cities Initiative; National Association of City TransportationOfficials. Guia global de desenho de ruas. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018. JACOBS, Jane. Morte e vida das grandes cidades. São Paulo, Martins Fontes, 2003. SCHELLE, Karl G. A arte de passear. São Paulo, Martins Fontes, 2001. BURNEY, D.; Farley, T.; Sadik-Khan, J.; Burden, A. (2018). Commissioner’s introduction. In: The City of New
York.
Active
Design
–
shaping
the
sidewalks
experience.
Disponível
<https://www1.nyc.gov/assets/planning/download/pdf/plans-studies/active-design-sidewalk/active_ design.pdf> Acesso em 01 Setembro, 2021.
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em
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GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo, Perspectiva, 2017.
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BRAGA, Milton, O concurso de Brasília: os sete projetos premiados, FAU USP – Dissertação de mestrado, São Paulo, 1999. CARERI, Francesco. Walkscapes caminhar como prática estética. São Paulo, Gustavo Gili, 2013.
Arquitetura como espaço Cênico Experimentações projetuais. Victoria Oliveira de Almeida Orientador: Prof. Ricardo Luis Silva
Figura 01: FOTO DE CAPA – MUSEU CASA KUBITSCHEK. Fonte: Acervo do autor.
Resumo
construído e imerso pela experimentação da iluminação, cor e som. Nas primeiras etapas o estudo teórico baseia-se na definição de como um espaço é considerado qualificado arquitetonicamente de acordo com as necessidades do usuário e de como o corpo físico e mental estão definitivamente conectados com o espaço construído, encontra-se essa discussão no capítulo “A qualidade dos espaços”. Seguindo com a fundamentação teórica introduzindo os capítulos “Experimentação do espaço pela iluminação”, “Experimentação do espaço pela cor” e “Experimentação do espaço pelo som” onde é estudado os efeitos que cada uma dessas composições aplicadas no espaço podem influenciar o corpo humano dando mais base teórica ao capítulo anterior, logo após em “Tipos de espaço” vemos as definições de “Espaço Efêmero” e “Espaço Cênico” introduzindo suas características e concepções e também a interligação dos
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experimentar a questão da influência que o corpo sofre quando está envolvido por um espaço
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O presente estudo trata-se de uma pesquisa exploratória que tem como objetivo entender e
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dois conceitos como complementares e conectores para a ideia de produção do projeto físico que abrange os conceitos introduzidos na fundamentação do trabalho. Versão integral do trabalho: https://issuu.com/victoria.oalmeida/docs/arquitetura_como_espa_o_c_nico_victoria_oliveira_t Introdução As artes cênicas por muito tempo foram vinculadas apenas ao edifício teatro, mas à medida que se questionou a arquitetura teatral tida como tradicional, buscaram-se outras possibilidades espaciais. Kosovski afirma que essas novas abordagens acerca das artes cênicas e performáticas abriram lugar para a reflexão sobre o espaço teatral e, consequentemente, sobre o espaço cênico. Assim, quando o edifício teatro é explodido, seus diversos fragmentos são lançados pela cidade. Estes se misturam ao tecido urbano e configuram-se como alternativas de constituição de espaços teatrais. O edifício teatro deixa de ser predominante, e os espaços diversos que existem na cidade, bem como a rua, tornam-se possibilidades diferentes dentro dessa noção contemporânea de teatralidade. Ou seja, o teatro sai do edifício institucionalizado e segue para os mais diversos espaços da cidade, e não somente para a rua propriamente dita. O cênico misturado a arquitetura capta a imediatez de nossas percepções sensoriais. A passagem do tempo, da luz, da sombra e da transparência; os fenômenos cromáticos, a textura, o material e os detalhes, tudo isso participa na experiência total do espaço. Esse espaço mesclado entre arquitetura e cênico pode despertar simultaneamente todos os sentidos, todas as complexidades da percepção. A partir dessa expansão e incorporação do espaço cênico, as experimentações dos elementos que compõem esse espaço se tornam importantes e imersivos para os usuários, como por exemplo a iluminação, a cor e o som que são discutidos e colocados em prática nesse trabalho. Segundo Franz Brentano, os fenômenos físicos captam nossa “percepção exterior”, enquanto os fenômenos mentais captam a nossa “percepção interior”. Os fenômenos mentais têm uma existência real e intencional.
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Desde o ponto de vista baseado na experiência, um edifício poderia nos satisfazer como uma entidade puramente físico-espacial, mas desde o ponto de vista intelectual e espiritual necessitamos entender as motivações que encerra. Esta dualidade de intenção e de fenômenos é similar à interação que existe entre o objetivo e o subjetivo ou, dito de um modo mais simples, entre o pensamento e o sentimento. O desafio do espaço construído consiste em estimular tanto a percepção interior como a exterior, em realçar a experiência fenomênica enquanto, simultaneamente, se expressa o significado, e desenvolver esta dualidade em resposta às particularidades do lugar e da circunstância. Pallasmaa (2013) explica a fenomenologia da arquitetura como um "olhar" a arquitetura de dentro da consciência, vivendo-a e colocando-a em contraste com o analisar das características formais dos prédios e das suas propriedades estilísticas. Para ele, “a fenomenologia da arquitetura procura a linguagem interna do edifício", e tem uma abordagem de "um puro olhar para a essência das coisas aliviando por convenção ou explicação intelectualizada"
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Os elementos de construção do espaço utilizados neste trabalho (iluminação, cor e som) dão fundamento para a experimentação do corpo combinado com o espaço, entrelaçando sua experiência e criando memória e sentimentos no usuário ao experimentar aquele espaço em função de se tornar uma peça que compõe a obra e se manter imersivo dentro da intenção colocada em prática dentro do edifício construído. Após a análise dos elementos dos espaços é introduzido as características de um espaço efêmero que existe desde o barroco e seus primeiros indícios datam do século XVI. No entanto, esse estilo tem sido visto hoje como uma tendência por representar valores e anseios da sociedade contemporânea. Contando com um forte caráter abstrato e experimental, esse gênero também é lúdico e livre que pode ser observado como um experimento. A arquitetura efêmera se baseia na temporalidade. Ou seja, tratase de construções passageiras e transitórias que duram pouco tempo. Nesse sentido, uma obra pode tanto sumir definitivamente de um determinado lugar como também pode ser transferida para outro. Tudo depende da intenção do autor do projeto de arquitetura efêmera e da história que ele deseja contar. Esse tipo de espaço se mescla ao espaço cênico dando conceito e característica para o projeto base desse estudo. Como última etapa, após o levantamento teórico há a análise de obras dos artistas Hélio Oiticica, Olafur Eliasson e Emmauelle Moutreaux com obras que exemplificam as experimentações do espaço pela iluminação, cor e que dão base ao projeto final que seria a construção de diversas intervenções urbanas
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Figura 02: Intervenção 2 SOMBRAS: Intervenção no vão do MASP. Fonte: Acervo do autor. Colagem Autora.
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pela cidade.
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Proposição
A Intervenção Urbana é o termo utilizado para designar os movimentos artísticos relacionados às intervenções visuais realizadas em espaços públicos, introduzindo a premissa da arte como meio para questionar e transformar a vida urbana cotidiana. Era um movimento não reconhecido que foi ganhando forma com o decorrer dos tempos e se estruturando. Mais do que marcos espaciais, a intervenção urbana estabelece marcas, particulariza lugares, recria paisagens. existem intervenções urbanas de vários portes, indo desde pequenas inserções através de adesivos (stickers) até grandes instalações artísticas, A noção de intervenção é empregada, no campo das artes, com múltiplos sentidos, não havendo uma única definição para o termo. O termo intervenção é também usado para qualificar o procedimento de promover interferências em imagens, fotografias, objetos ou obras de arte preexistentes. A Intervenção urbana lança no espaço público questões que provocam discussões em toda a população. De uma maneira ou de outra, ela faz com que as pessoas parem sua rotina por alguns minutos, seja para questionar, criticar ou simplesmente contemplar a arte. Sua finalidade é provocar o público para questões políticas, sociais, ideológicas e estéticas. Como forma de colocar em prática os conceitos do cênico, foram criadas 5 intervenções em lugares já existentes espalhadas pela cidade de São Paulo, onde cada uma explora a vivência do usuário e transforma aquele espaço em algo novo e interativo. Todos os projetos de intervenção têm como relação o entrar, experimentar, sentir e vivenciar que foram conceitos explorados neste estudo. SOMBRAS – INTERVENÇÃO 1
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Como primeiro passo foram escolhidos dois lugares já existentes e com muito fluxo de pessoas que servissem de palco para a intervenção. O primeiro lugar seria a Praça do Patriarca onde há o pórtico do Paulo Mendes da Rocha, abaixo do pórtico há escadas que levam ao Vale do Anhangabaú. A proposta é inspirada na obra Sua Sombra Incerta de Olafur Eliasson, onde o entrar, sentir, experimentar e vivenciar tem um grande papel, o projeto de intervenção seria a implantação de luzes na escada rolante abaixo do pórtico, que projetasse a sombra do usuário direto no teto do pórtico, brincando com o descer e subir das pessoas. Proporcionando que o usuário brinque com a sua própria sombra e experimentando aquele local de forma nova em cada deslocamento.
Figura 03/04/05 : Intervenção 1.0 SOMBRAS: Intervenção Praça do Patriarca. Fonte: Acervo do autor. MONTAGEM AUTORAL
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LABIRINTO – INTERVENÇÃO 4
Mais uma vez a Avenida Paulista é palco de intervenção para esse projeto, mas dessa vez a entrada da estação Brigadeiro é o local escolhido para a implantação da intervenção. O Labirinto é um projeto onde o experimentar, sentir, entrar e vivenciar está muito presente, como na obra de inspiração do artista Da Graham. O projeto de intervenção proporciona confusão, interesse, curiosidade, exploração, irritabilidade por quebrar a barreira com o prático do cotidiano, a entrada e saída das pessoas pelo metro, essas pessoas que muitas vezes estão correndo para seus trabalhos ou querendo voltar rápido para casa. O anexo não impede a livre passagem para a entrada do metrô, mas o som e as cores chamam para dentro do labirinto e por estar na entrada de um polo de grande fluxo, o anexo quebra essa mesmice da entrada no metrô, forçando as pessoas a explorar e descobrir o que está dentro do labirinto. O som atrelado a essa obra seria de pequenos ruídos que mostram o caminho para o centro do labirinto forçando o usuário para que ele preste atenção de por onde o som está saindo, usuários que muitas vezes estão distraídos e ignoram os sons ao seu redor por causa dos barulhos esquecíveis da cidade. As cores e a iluminação do labirinto são escolhidas para dar a experiência de um ambiente alegre e destoante da cidade do lado de fora dando um momento de brincadeira, curiosidade e leveza ao dia.
Figura 06/07: Intervenção 4 LABIRINTO: Intervenção na Estação Brigadeiro. Fonte: Acervo do autor. MONTAGEM AUTORAL. Referências
ELIASSON, Olafur & URSPRUNG, Philip. Studio Olafur Eliasson. Taschen, Colônia, Alemanha, 2008. HÉLIO Oiticica. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa48/helio-oiticica>. Acesso em: 19 de maio. 2021. Verbete da Enciclopédia. PALLASMAA, Juhani. Os olhos da Pele: A arquitetura e os sentidos. 2011 PAZ, D. Vitruvius. Arquitetura efêmera ou transitória: esboços de uma caracterização. 2008. URSSI, Nelson Jose. Linguagem Cenográfica. Universidade de São Paulo, Dissertação para o título de Mestre em Artes. Escola de comunicação e Artes. 2006.
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CARNIDE, Sara Joana Ferreira. Arquitetura expositiva efêmera: pavilhão temporário em Roma. 2012. Dissertação de Mestrado em Arquitetura. Instituto Superior Técnico. Universidade Técnica de Lisboa.
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APEZZATO, Ruski Augusto. Transfiguração da percepção do espaço com a luz: Instalações. MuB 2016. Centro Universitário Senac. Trabalho de conclusão de curso de Arquitetura e Urbanismo. São Paulo.
ENSAIOS E REFLEXÕES SOBRE CONEXÕES ENTRE A ARQUITETURA E O CINEMA William Costa Sanches
Resumo O trabalho desenvolvido pelo autor é uma síntese que relaciona a arquitetura e o cinema em dois momentos, primeiramente recorrendo à análise e crítica da narrativa de filmes selecionados orientada pela ótica de um arquiteto urbanista, que aliado a leituras que relacionam os temas, o produto se desenvolve em um segundo momento em uma experiência audiovisual, buscando dialogar com as relações trabalhadas no primeiro momento do trabalho. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/william_sanches/docs/william_sanches_tcc2
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Figura 01: Trecho do trabalho audiovisual “ALVORADA”. Fonte: acervo do autor.
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Orientadora: Profª. Drª. Myrna de Arruda Nascimento
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Introdução O trabalho em questão busca discutir o tema da arquitetura, urbanismo, design e cinema como um todo, dividido em dois momentos denominados aqui como ensaios, a obra seleciona cinco filmes num espectro de noventa anos que dialogam de forma direta com o tema da arquitetura, durante este primeiro ensaio, é realizada uma análise e crítica das obras, que a partir da narrativa de um arquiteto urbanista, seleciona trechos específicos de filmes assim como assuntos pertinentes aos olhos do autor, discutindo relações como a segregação e a luta de classes estão elucidados no filme de Metropolis; a dualidade entre o ser moderno e o ser autêntico presente em Meu Tio, dentro outros temas … Durante o mesmo ensaio, são analisados a narrativa como um todo, trechos em específico, relações com leituras de terceiros e o desenvolvimento de comentários que confrontam cenas presentes nos filmes com a arquitetura e/ou urbanismo presente na vida real, como caso de Brasília, que é mencionado no primeiro filme analisado, juntamente com os comentários de Jan Gehl. O segundo ensaio é uma reflexão do tema desenvolvido no primeiro momento do trabalho, que aliado à leituras de Peter Zumthor e Georges Perec, dão corda e nó ao trabalho, sintetizando em uma proposta audiovisual a relação de arquitetura e cinema do cotidiano do autor, que assim como Baudelaire elenca o pintor da vida moderna, que descontrói e desmistifica a figura do herói e da exceção, na proposta audiovisual busca-se recriar as atmosferas de Zumthor, assim como se buscar dar espaço e voz à coisas e eventos que normalmente nos passam desapercebidas, que são desvalorizadas, do usual e do banal, do cotidiano, da rotina, daquilo que massivamente está presente no dia a dia, contar histórias de maneira
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lúdica assim como o jogo de palavras, ora rimado presente na obra de Perec.
Figura 02: Trecho do filme “Metropolis”, analisado e discutido no trabalho. Fonte: IMDb Photo Gallery.
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Proposição A proposição desenvolvida pelo autor durante o segundo ensaio, é uma síntese e reflexão de todo o tema estudado durante o primeiro ensaio, de forma a relacionar alguns dos temas discutidos durante o primeiro momento do trabalho em uma proposta audiovisual. Diante de todo o percurso realizado durante o primeiro ensaio, seja pela analise e crítica que buscou dialogar temas, levantar assuntos e suscitar questões, o autor buscou recriar atmosferas presentes nos filmes em sua proposta, então foi desenvolvido uma obra audiovisual que buscasse sintetizar todas essas relações perscrutadas, que dialogam entre as macro esferas da arquitetura e do cinema discutidas durante o primeiro momento do trabalho aliado à bibliografias desenvolvidas pelo autor e sua orientadora.
ou pelos inúmeros transeuntes pintados em aquarela do pintor da vida moderna - onde o personagem principal tem os “papéis invertidos” com a figura comumente associada à de um protagonista, é um processo de desmistificação da figura do protagonista, aliado à desconstrução da figura do herói, do distanciamento da obra de exceção como o cunhado termo “casa de arquiteto”, são cenas como a presença da voz e do lugar de Cleo que chocam o cinema tradicional, que enaltece uma causa, que em apoio à luta contra o serviço doméstico precarizado orientam os olhos do autor à temas pertinentes à vida cotidiana das pessoas, presentes todos os dias como uma rotina, uma realidade acachapante e angustiante que necessita de voz e espaço perante a história, que comumente segrega assuntos como estes, assim como estas pessoas à periferia não só espacial, mas também político-social, econômica e histórica.
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Seja na realidade de Roma, ou mesmo como o elenco de Baudelaire – seja pelo próprio Flâneur
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Figura 03: Trecho do filme “Meu Tio”. Fonte: IMDb Photo Gallery.
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Assim como o trecho acima descreve uma reorientação da ótica da realidade de forma geral, presente no cinema, nas relações político-sociais, econômicas e sobretudo históricas, o projeto audiovisual buscou dar luz à temas como estes, utilizando da cidade como a própria protagonista, se buscou elucidar essas relações, enaltecendo o papel do lúdico, pitoresco e do romântico presente no primeiro momento do vídeo, da residência do autor, que se distancia da heróização fetichista como na obra de exceção da casa de um arquiteto de a maiúsculo, então se escancara a realidade do bairro, da rua, das pessoas que ali transitam, dos objetos de ali estão colocados, dos eventos que ali acontecem, do estado das coisas como elas realmente são, que distantes de galerias de museus, não são colocadas em pedestais, são relações rotineiras, ora repetitivas, exaustivas, itinerantes, um contexto que é próximo do chão, das pessoas, do pó. O segundo trecho do vídeo dá continuidade ao tema, seguindo a pólvora do estopim, se discute a exaustiva e repetitivo movimento pendular diário, o itinerário funciona como um roteiro, um percurso, que desnecessariamente é desgastante diante do infeliz espraiamento da cidade, que não contém a evasão de densidades do centro expandido, e repercute diariamente na realidade, na vida e rotina de muitos que se deslocam de forma excessiva pela cidade, que fugazmente se repete no dia seguinte e seguinte, o tempo nos parece escorrer pelas mãos. O terceiro trecho do vídeo se alia a esse discurso da velocidade, da liquidez do tempo, de tal forma que ele não passa a ser mais sólido, concreto e presente, e passa a funcionar como os carros presentes nas extensas pontes e avenidas, que aceleram e buzinam de forma a zonear os poucos transeuntes que se arriscam a se deslocar à pé, pelo vento das alturas, das hélices e turbinas, o tempo se esvai de forma fervorosa, a única coisa que se vê no local de estágio do autor são outros terraços, fachadas de grandes edifícios, pontes, carros, avenidas, pouco se vê a presença do pedestre, o que acontece do lado de lá da ponte se distancia horizontalmente por muros, grades e portões ou pelo extremo distanciamento vertical, que fere dos olhos da rua de Jane Jacobs, ou da escala humana de Gehl, aqui não se pode chamar às crianças para o almoço como nos conjuntos habitacionais de Lúcio Costa. A proposta audiovisual denominada “Alvorada” é reflexo das relações discutidas pelo autor durante o primeiro momento do trabalho, assim como um reflexo da própria realidade do autor, que se alia a leituras de Zumthor e Perec, de tal forma buscando recriar essas atmosferas, recriar esse processo de valorização
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das coisas comumente “imperceptíveis”, destinadas ao quarteto da periferia social, econômica, espacial e histórica, o título do curto também faz menção à situação pandêmica enfraquecida, que passados os surtos de COVID-19, possibilitou a realização do vídeo, um período de transição, de retomada dos serviços, dos locais de trabalho, dos locais de lazer, da vida urbana de forma normal, é um brilho, um alarido, uma luz no fim do túnel que se aproxima, assim como o próprio significado do termo alvorada, após um período de escuridão, um crepúsculo, se possibilita um período de alvorecer, de claridade.
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Referências
Asas do desejo. Direção: Wim Wenders. Alemanha. 1987. Streaming. Metropolis. Direção: Fritz Lang. Alemanha. 1927. 1 DVD. Mon oncle. Direção: Jacques Tati. França. 1958. 1 DVD (Coleção Jacques Tati). O show de Truman – O show da vida. Direção: Peter Weir. Estados Unidos: Paramount Pictures. 1998. 1 DVD. Roma. Direção: Alfonso Cuarón. México: Participant Media. 2018. Streaming. BERMAN, Marshall. Tudo que é sólido desmancha no ar. Companhia de bolso. 2019. 8ª Reimpressão. CIAM. Carta de Atenas. 1933. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Atenas%201933.pdf Acesso em: Julho, 2021. EISENSTEIN, Sergei. Reflexões de um cineasta. Rússia. 1938. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo. Editora Perspectiva. 2013. 1ª Edição. MASCARELLO, Fernando. História do cinema mundial. Brasil. Editora Papirus. 2006. 7ª Reimpressão. PEREC, Georges. Tentativa de esgotamento de um local parisiense. São Paulo. Editora Gustavo Gili. 2016. 1ª Edição.
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ZUMTHOR, Pether. Atmosferas. Basileia. Editora Gustavo Gili. 2006. 1ª Edição 2ª Reimpressão.
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TCC 2
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Parque Guido Caloi Bianca Araujo Leal Orientador: Felipe de Souza Noto
Figura 01: Vista aérea – Parque Guido Caloi. Fonte: acervo do autor
Resumo A proposta deste trabalho é desenvolver um parque público que ofereça cultura, lazer e vitalidade para os habitantes do distrito Jardim São Luiz e seus vizinhos. O terreno escolhido para sua implantação está localizado na esquina da Avenida Guarapiranga com a Avenida Guido Caloi,
espaços públicos, culturais e esportivos, deu-se início ao projeto que conta com um edifício cultural, um edifício esportivo e espaços de permanência e contemplação da natureza. Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/biaraujoleal/docs/bianca_leal_tcc
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culturais e de lazer público. A partir de diagnósticos sobre a localidade do distrito e estudos sobre
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local sem estímulos para o caminhar e permanência de pedestres, e distante de equipamentos
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Introdução O Distrito O Distrito Jardim São Luiz, localizado na Zona Sul do Município de São Paulo, possui 21 quilômetros quadrados de área e é caracterizado por ser um dos mais densamente povoados da capital paulista. Segundo o IBGE, o distrito conta com 267 mil habitantes, sendo o sexto mais populoso de São Paulo. Ele ocupa a posição de número 75 no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), entre os 96 distritos da cidade. A história nos conta que no auge do processo industrial, que tomou conta de São Paulo nas décadas de 1950 e 1960, várias vilas começaram a nascer na zona sul. Eram as moradias dos operários que estavam chegando de vários estados. Eles foram chegando lentamente até a grande explosão que aconteceu a partir do fim da década de 1960, quando a ocupação foi predatória e desordenada, numa explosiva mistura de vilas, favelas e um grande número de loteamentos clandestinos. Hoje, o distrito possui muitas marcas deste processo de urbanização desordenada, contando com uma série de problemas sociais e ambientais como por exemplo a favelização e a precária infraestrutura de moradia, educação, saúde, transporte coletivo, lazer e saneamento básico. Proposta A partir de diagnósticos do distrito, foi percebida a necessidade de promover um espaço cultural e de lazer para suprir as necessidades da população, principalmente jovem, residente da região. Além disso, há a intenção de explorar as potencialidades urbanísticas que o distrito oferece, pois ele está inserido na Macrozona de estruturação e qualificação urbana, sendo uma das áreas do município mais propícias para abrigar os usos e atividades urbanas. O distrito também abriga três macroáreas relativas a essa macrozona, sendo uma delas a Macroárea de Estruturação Metropolitana que caracteriza a região como potência de transformação urbana. A partir destes dados e também considerando minha própria experiência como moradora do distrito, há uma inquietação com relação às carências existentes na região, como por exemplo a falta de incentivo há cultura e lazer para a população. O Terreno Neste trabalho a escolha do terreno foi feita antes da escolha do tema por estar localizado em uma região que já possuo familiaridade. Havia uma inquietação e indignação toda vez em que eu passava em frente ao local. Por que estes muros? Por que estas grades? Por que privar um espaço com tanto potencial? Por que não o oferecer ao público? Por que não dar espaço para algo acontecer ali? No terreno eu via um potencial grande de transformação através de um projeto que viria a ser realizado e até então estava indefinido. O que poderia ser?
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Então, após fazer um diagnóstico do distrito em que o terreno está inserido surgiu a ideia de implantar um Parque Cultural. Um equipamento que ofereça cultura e lazer para a população do Distrito Jardim São Luiz e de outros distritos vizinhos que carecem de equipamentos do tipo, além de preservar a vegetação existente no local. O terreno está localizado no bairro Guarapiranga, em uma esquina da Avenida Guarapiranga com a Avenida Guido Caloi, local sem estímulos para o caminhar e permanência de pedestres, e distante de equipamentos culturais e de lazer público. Possui uma área de 101.925m², pouca declividade e está, como dito anteriormente, cercado por muros e grades e ocupado apenas por uma vegetação de mata atlântica. Um fato interessante deste terreno é a presença de dois importantes cursos d’agua – o canal Guarapiranga na lateral e o riacho ponte baixa que corta o terreno ao meio. A ideia é incorporar a presença da água ao projeto e à vida urbana em si.
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Distrito Jardim São Luiz Terreno
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D i Figura 03 a 06: Fotografias do terreno. Fonte: acervo do autor s t T r e i r t r o e J n a 85 o r
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Figura 02: Mapa de São Paulo com localização do distrito e terreno. Fonte: acervo do autor
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Proposição O parque foi desenhado de forma que construa uma nova paisagem para as avenidas e acolha o pedestre que caminha por elas. Há uma grande praça de acolhimento, onde acontece o acesso principal, na avenida Guarapiranga e acessos secundários que acontecem na avenida Guido Caloi. Há uma certa organização por blocos: cultural e esportivo. Ao lado esquerdo do terreno se encontra o edifício esportivo, quadras poliesportivas e pista de skate e ao lado direito, se encontra o edifício cultural, playground e áreas de permanência e contemplação da natureza. O riacho ponte baixa que corta o terreno foi alargado, e nele foram feitas passarelas, palco ao ar livre e arquibancadas para contemplação dos shows e também da água. Há também uma ciclovia que beira o canal da represa e tem acesso tanto pela avenida Guarapiranga, quanto pela avenida Guido Caloi.
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Figura 07: Implantação. Fonte: acervo do autor
01 – Praça de Acolhimento / Acesso ao Público 02 – Acesso Secundário / Acesso Ciclovia 03 – Acesso Secundário / Acesso Edifício Cultural 04 – Acesso Secundário / Acesso Edifício Esportivo 05 – Palco para apresentações ao ar livre / Arquibancadas 06 – Área de contemplação 07 – Playground 08 – Quadras poliesportivas 09 – Pista de Skate 10 – Ciclovia
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Figura 08 a 11: Maquete Eletrônica. Fonte: acervo do autor
Referências KLIASS, Rosa, Projeto Paisagismo Parque da Juventude. São Paulo. SAKATA, Francini. Parques Urbanos No Brasil. Editora Quapá, São Paulo, 2002. JACOBS, Jane. Morte e Vida de grandes cidades. Editora WMF Martins Fontes, São Paulo, 2014. ROBBA, Fabio e MACEDO, Silvio Soares. Praças Brasileiras. São Paulo, 2002. SANTOS, Paulo Ferreira. MULLER, Ademir. Espaços e equipamentos de lazer e recreação e as políticas públicas. São Paulo, 2002. COELHO, Teixeira. Dicionário crítico de política cultural, cultura e imaginário. São Paulo: Iluminuras, 1997.
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HEEMANN, Jeniffer Seilaimen (Autor), SANTIAGO, Paola Caiuby (Autor). Conexão Cultural. Guia do espaço púlbico para inspirar e transformar. São Paulo: PolGrafica. 2º Edição, 2016.
Parque das Dunas Guará Centro de Educação Ambiental e Parque Ecológico Bruna Costa Sampaio Orientador: Prof. Artur Forte Katchborian
Figura 01: Colagem Parque das Dunas Guará. Fonte: acervo do autor.
Resumo O trabalho aqui apresentado traz a proposta de projeto arquitetônico para um centro de educação ambiental e parque ecológico na Área de Proteção Ambiental (APA) situada no município litorâneo de Ilha Comprida - SP. O projeto propõe uma solução para aumentar a conscientização local sobre a importância da preservação e proteção do bioma da região, unindo a pesquisa, educação e lazer, por meio de um edifício público integrado à paisagem do entorno, fortalecendo
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Versão integral do trabalho em https://issuu.com/brunasampaio44/docs/bruna_sampaio_caderno_tcc
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o vínculo do visitante com a natureza ao entrar e experimentar o espaço.
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Introdução Atualmente, vivemos no contexto de uma crise socioambiental no planeta que vem crescendo cada vez mais. O aumento de emissões de gases poluentes à atmosfera, derretimento de geleiras, desmatamento florestal, a diminuição e destruição dos recursos e ecossistemas naturais e outras inúmeras práticas insustentáveis são os principais causadores de tantos desastres ambientais, e é imprescindível que trabalhemos por mais ações, hábitos e soluções que são capazes de desacelerar esse processo de degradação. Pesquisas como a do Instituto Akatu realizada em 2018, afirmam que mais de 70% da população brasileira não possui hábitos sustentáveis, e que o maior nível de consciência tem viés de idade, qualificação social e educacional. Outro estudo, realizado desta vez pelo Ministério do Meio Ambiente, afirma que mais de 50% da população do nosso país não possui conhecimento sobre “Desenvolvimento Sustentável”, mesmo que quase todos que fizeram parte da pesquisa disseram acreditar que o cuidado com o meio ambiente é importante. O que se pode concluir a partir desses estudos, é que o que falta para atingirmos um número maior de pessoas com hábitos conscientes e mais sustentáveis, é o acesso à educação e oportunidades para o consumo verde. Pensando assim, a proposta do trabalho é abrir um debate sobre quais seriam as formas de colocar soluções do âmbito socioambiental em prática e o papel fundamental que o Arquiteto e Urbanista possui para realizá-las, apresentando através do Parque das Dunas Guará um projeto que contribua para a educação e conscientização ambiental da população local de Ilha Comprida - SP, e que ao mesmo tempo fortaleça o vínculo com o espaço no qual estão inseridos. Em Ilha Comprida, município brasileiro cuja totalidade de seu território corresponde a uma Área de Proteção Ambiental (APA), há sobreposição de algumas Unidades de Conservação: I- APA Ilha Comprida, II- APA -CIP Cananeia – Iguape – Peruíbe, III- APA marinha do Litoral Sul, IV- ARIE dos Guarás e V- ARIE da Zona V. Silvestre da APA Ilha Comprida. Segundo a lei, nessas unidades não devem ocorrer nenhum tipo de atividade degradante ou potencialmente causadora de degradação ambiental, como também o porte de qualquer instrumento que possa causar danos ou destruir a natureza presente na APA. Entretanto, ao longo dos anos vem se notando a grande quantidade de crimes ambientais que são cometidos na região, como a retirada de solo, extração de areia, queimadas, depósito de lixo e despejo de esgoto no canal do Rio Candapuí, pesca ilegal, caça e destruição de dunas. E que mesmo existindo reconhecimento por parte de órgãos responsáveis, há uma grande dificuldade em autuar esses praticantes. Isso vem acontecendo por diversos motivos, seja pela elaboração recente do processo de gestão da APA de Ilha Comprida, a dificuldade de articulação entre os gestores, a grande extensão
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territorial ou mesmo pela inexistência de uma base de alguma instituição ambiental em Ilha Comprida. A ideia de criar um Centro de Educação Ambiental e Parque Ecológico vem como uma proposta complementar as condições socioambientais, não exatamente como uma forma de resolver definitivamente os problemas, tendo em mente de que seria necessária uma reestruturação social muito maior para isto, visto que a inserção de centros de educação ambiental vem contribuindo com a conscientização da população ao seu redor.
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Proposição O projeto procura criar um ambiente de imersão a natureza através do parque e dos edifícios, gerando um sentimento de que são um único elemento. O principal objetivo é criar conexões entre os diferentes usuários, mas também entre o usuário e o espaço, fortalecendo o vínculo da população com a natureza existente no entorno. Para isso, foi muito importante os estudos de projetos de referências para a criação do conceito arquitetônico do edifício. Como o principal objetivo, antes mesmo da criação do programa e fluxograma do terreno, sempre foi integrar o edifício ao seu entorno imediato, buscar elementos do terreno para utilizar como inspiração foi a principal ferramenta utilizada na criação do projeto. Escritórios como o SANAA, evidenciam em seus projetos através de formas orgânicas, o conceito da fluidez e natureza como principal inspiração para suas criações.
Figura 03: Implantação Parque das Dunas Guará. Fonte: acervo do autor. As dunas possuem uma enorme presença no terreno, logo, utilizá-las como diretriz para o formato do edifício foi essencial para trazer uma primeira especulação da forma e volumetria.
os aspectos levados em consideração ao longo do trabalho chegaram ao equilíbrio: a funcionalidade, conceito, circulação, fluxos, cheios e vazios e a forma. A proposta é de um edifício com 3 módulos em meia lua, que evidenciam a fluidez e formas orgânicas do projeto. No pavimento térreo, foram implantados os setores de livre acesso ao público, como o auditório, áreas de exposição temporária e fixa, restaurante e recepção. Assim como o setor administrativo no módulo central do edifício, possibilitando um fácil acesso
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setores do CEA seria único, portanto, outras formas foram surgindo até chegar na forma final, onde todos
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Após alguns estudos de croquis e especulações, foi definido que o edifício que abrigaria os principais
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a todos os setores caso seja necessário e trazer mais conforto aos funcionários, tornando o percurso até o local de trabalho menos cansativo. Além de espaços destinados a depósitos de exposições, infraestrutura do edifício. Praças internas no centro de cada módulo, para aproximar o visitante a natureza mesmo estando dentro do edifício, além de contribuir para a iluminação natural do edifício e conforto térmico. O pavimento térreo também conta com os polos de circulação vertical e de banheiros para os visitantes, que se repetem no 1º pavimento.
Figura 04: Implantação ampliada: Parque das Dunas Guará. Fonte: acervo do autor. Para acessar o 1º pavimento, duas grandes escadas acompanham em paralelo a abertura do mezanino até a chegada do pavimento superior. Ao sair da escada, está o segundo andar da biblioteca, com áreas de leitura e acervos acadêmicos, com a finalidade de atender melhor os alunos e pesquisadores presentes no andar, já que as salas de aula e laboratórios se encontram no mesmo. À direita do primeiro pavimento, estão os 3 laboratórios do projeto, que possuem depósitos e acervos exclusivos para cada um, e à esquerda estão as salas de aula, sala multiuso e depósitos do primeiro pavimento. Espaços de estudos e
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convivência estão espalhados pelo mezanino de cada módulo, como tentativa de fazer o usuário usufruir de todos os espaços disponíveis do edifício. Para o edifício do centro de acolhimento ao visitante, escolhi utilizar o mesmo módulo meia lua como sua forma. Além de conectar os dois edifícios no que refere a forma, devido a duna presente próximo a seu local de implantação ser quase que um círculo, essa forma se tornou muito propícia. Em seu programa, está a recepção onde os primeiros atendimentos e central de informações estarão localizados, banheiros
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para atender os visitantes ao chegarem ao parque, área de convivência e sala de segurança e monitoração do parque. Além de um pequeno espaço de apoio aos funcionários do centro e portarias do estacionamento. O edifício do alojamento possui uma geometria retangular, diferentemente dos outros dois edifícios do projeto, contará com 3 pavimentos (térreo + 2) que abrigarão os quartos, recepção e áreas de infraestrutura compartilhadas. No pavimento térreo, estará a recepção e as áreas compartilhadas, como a cozinha, lavanderia, salas de estudo com acesso a computadores e internet e sala de estar. Os quartos terão 2 tipologias, quartos individuais e quartos compartilhados, todos com banheiros exclusivos, camas, mesa para estudo e espaço para armazenamento de pertences, e estarão no primeiro e segundo pavimento. Os trajetos e áreas de convivência ao longo do terreno, foram propostas levando em consideração os estudos de fluxo feito no trabalho assim como a topografia do terreno, usufruindo ao máximo das áreas que possuem menos desnível e áreas de dunas.
Figura 03: Colagens Parque das Dunas Guará. Fonte: acervo do autor.
Referências ALMEIDA, F. O bom negócio da sustentabilidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Agenda 21. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1992. PEACE – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DO CEARÁ / Ambientagro Soluções Ambientais. Edição Revisada e ampliada, 2017. SÃO PAULO (2013) Manual de Implantação do Centro Municipal de Educação Ambiental.
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FREIRE, Paulo; ARAÚJO, Ana Maria (org.). Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Editora UNESP, 2001. OLIVEIRA, Lívio Luiz Soares de e PORTO JÚNIOR, Sabino da Silva. O desenvolvimento Sustentável e a Contribuição dos Recursos Naturais para o Crescimento Econômico. Revista Econômica do Nordeste – BNB. Fortaleza, 2007.
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BOFF, Leonardo. Sustentabilidade: o que é e o que não é. Petrópolis, RJ: Vozes 2012, 180p. BRASIL - Lei 9.795 de 27 de Abril de 1999 - Política Nacional de Educação Ambiental. BRUNDTLAND, Gro Harlem. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - 1988. Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland). Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1988. CAPRA, Fritjof et al. Alfabetização Ecológica: a educação das crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Cultrix, 2006.
Parque Cultural Curumins Arte como transformação Bruno Dias Garajau Tiburtino de Sousa Orientador : Prof. Dr. Felipe Noto
Figura 01 : perspectiva dos equipamentos e parque. Fonte: acervo do autor
Resumo Este trabalho tem como objetivo a concretização de um projeto arquitetônico com a proposta central de ser um espaço que promova a arte como instrumento de transformação através de diversas atividades para um público de extrema vulnerabilidade. Tendo como principal referência a ONG Casa dos Curumins e somado as demais abordagens amadurecidas durante o processo de desenvolvimento, chego a um parque urbano que é articulado juntos aos demais
Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/bruno.dgtdesousa/docs/bruno_dias_garajau_tiburtino_de_sousa_tcc
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qualificar nosso espaço urbano, promovendo cultura e arte para todos.
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equipamentos projetados com objetivo de potencializar a discussão da nossa necessidade de
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Introdução Cultura e arte sempre foram campos de muito interesse pessoal. E partindo dessa afinidade e considerando o contexto urbano no qual estou inserido percebi a carência de equipamentos culturais, assim como nas demais regiões periféricas da cidade. Portanto, me recorreu a necessidade de desenvolver um equipamento para o bairro com a capacidade de suprir tal carência. Que se justifica por entender que educação é um tema urgente a ser discutido no cenário sociocultural brasileiro. que a arte, a cultura, estimulam valores e competências que servem de base para um futuro transformador, e por serem ferramentas que estimulam a criatividade das pessoas, transformando o mundo do futuro.
Figura 02 : fundamentação de arte e mapa do território de implantação do projeto. Fonte: acervo do autor
Projeto para um espaço cultural e convivência, para ofertar cursos, oficinas, atividades culturais e locais de convívio, para todas as faixas etárias, a fim de que as pessoas se encontrem, troquem
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experiências, tenham acesso a cultura e qualidade de vida.
Figura 03 : limites do terreno e diagrama de desafios do terreno. Fonte: acervo do autor
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Proposição Parque O parque é implantado depois da minha aproximação com cautela dos desníveis. Seguro disso, verifiquei as possibilidades de conexões desses níveis de forma que eu conseguisse atravessar o parque, mesmo com o rio, mas o conectando com o entorno Suas bordas foram tratadas a partir dessas conexões, crio uma frente na cota inferior com a proposta de um desenho viário que dá continuidade a cidade. Esse novo desenho de viário auxiliou a orientar a posição da área sugerida para implantação do HIS (equipamento sugerido considerando as famílias removidas das bordas do terreno). Essas conexões orientam também o deck e as passarelas sob o rio. Uma forma de trazer o usuário para dentro do parque sem perder sua relação com o rio, ou ignorar o mesmo. No seu interior, considerando que é um trecho com vários desníveis, rasgo o terreno com uma escadaria com pisos de degraus espaçados que se integram aos taludes e gramados intermediários somados a uma vegetação que configura esse trecho do parque com características de bosque. Os equipamentos foram implantados considerando os acessos pelas ruas laterais e em função das cotas de nível. Numa proposta de dar continuidade ao parque e nos fluxos, integrando os equipamentos ao parque. Junto é articulado o elevador urbano entre os equipamentos de modo que os usuários tenham acesso a todas as praças de acessos dos equipamentos, conectando a parte baixa do parque a cota mais alta da cidade. Nas cotas mais altas, ficam a praça do mirante e os reservatórios, que mantenho sua implantação original e proponho uma integração com o restante do parque, projetando uma praça com fontes de água.
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Figura 04 : diagrama de fluxos e setorização, e implantação. Fonte: acervo do autor
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Que dá acesso para a parte superior da casa de cultura e conexão com o elevador urbano.
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Casa de Cultura A proposta é implantar a casa de cultura numa posição do terreno favorável a possibilidade de vencer o desnivel realizando a transição dos usuários através de único eixo de circulação vertical, conectados a dois acessos de controle em pavimentos que possuem o carater mais público. Seu programa é referenciado na ONG Casa dos Curumins. O que norteou a setorização dos pavimentos, e consolidação do programa geral do equipamento. No seu interior é criado um vazio, para potencializar a praça do primeiro pavimento e criar uma relação dos usuários com os demais pavimentos.
Figura 05 : digrama e corte. Fonte: acervo do autor Teatro O teatro surge quando existe o entendimento da importância do equipamento para os usuários, considerando o histórico da comunidade com grandes eventos e shows. Sua posição é orientada de modo de que sua boca de cena se abra para o parque numa grande praça aberta com capacidade de reunir um número expressivo de pessoas. A organização do seu programa é o básico para o funcionamento de um
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teatro do porte.
Figura 06 : digrama e corte. Fonte: acervo do autor
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Ginásio O ginásio ele visa atender a comunidade e se integra ao parque, a partir de toda essa questão artística e cultural, já que acredito que esportes estejam conectados a essa temática. Com um programa simples ele é um equipamento que visa atender a comunidade como também ser um elemento de uso pelos usuários da casa de cultura. Sua lógica é que seu térreo e suas arquibancadas sejam extensão do parque, com um único controle de acesso restrito para a quadra, as piscinas e os vestiários. A rampa é um elemento que entra como conexão de níveis, mas também como forma de separar área molhada das piscinas e quadra. Sob tudo isso repousa uma cobertura metálica apoiada em pilares de concreto.
Figura 07 : diagramas. Fonte: acervo do autor
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QUERIDO, Marcus Vinícius Ortiz. A importância da educação para o enfrentamento e prevenção à criminalidade: uma reflexão sobre políticas públicas. Tese de Mestrado. UNISAL, São Paulo. 2017. BUITONI, Cássia Schroeder; PALLAMIN, Vera Maria. Mayumi Watanabe Souza Lima: a construção do espaço para a educação. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. BIESDORF, R. Kloh. ARTE, UMA NECESSIDADE HUMANA: FUNÇÃO SOCIAL E EDUCATIVA. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/rir/article/view/20333. Acesso em: 23 nov. 2021. BARROS, Iolanda. O Lazer Na Periferia. Disponível em: https://revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/view/23. Acessado em: 10 de abril de 2021. BARBOSA, Maria Flávia Silveira. A arte na formação do indivíduo: superando preconceitos. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/5015. Acessado em: 25 de maio de 2021. MORA, Paola. Boa arquitetura é suficiente para construir cidades melhores? O caso de Medellín. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-158914/boa-arquitetura-e-suficiente-para-construircidades-melhores-o-caso-demedellin?ad_source=search&ad_medium=projects_tab&ad_source=search&ad_medium=search_res ult_all. Acessado em 25 de maio de 2021. CAPILLÉ, Cauê. Arquitetura como dispositivo político: introdução ao projeto de Parques Biblioteca em Medellín. Dísponível em: https://www.archdaily.com.br/br/884133/arquitetura-como-dispositivo-politico introducao-ao-projeto-de-parques-biblioteca-em-medellin. Acessado em: 10 de agosto de 2021.
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Referências
Alicerce Centro de Acolhimento e Apoio a Pessoas em Situação de Rua Camila Pinheiro Baquette Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian
Figura 01: Fachada Centro de Acolhimento. Fonte: Acervo do autor
Resumo É de conhecimento geral que a cada ano que passa a quantidade de pessoas em situação de rua vem aumentando em todo país, especialmente na cidade de São Paulo onde já se tem
desfavorável para receber suas famílias, carroças e animais, por exemplo. Por esse motivo, o projeto terá a missão de acolher e oferecer de volta a dignidade dessas pessoas. Além disso, disponibilizar interação do centro de acolhimento com o entorno, concedendo atividades e espaços que tem como objetivo integrar essas pessoas de volta à sociedade.
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opção de lograr dos abrigos temporários, os mesmos acabam não aceitando pela estrutura
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aproximadamente 24.344 indivíduos nesta conjuntura. Por mais que parte da população tenha a
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Introdução Um dos principais problemas do nosso país, a extrema pobreza, vem piorando ao longo do tempo, notadamente nos últimos 5 anos. Dados divulgados pelo IPEA (2017) revelam que 77% das pessoas residem em municípios com mais de 100 mil habitantes e mesmo com todos os serviços públicos voltados para essa população, ainda existem muitas pessoas sem atendimento e sem assistência. Esse grupo é constituído por cidadãos peculiares e diversos, especificamente mulheres e homens, de diferentes idades, estados, com ou sem vícios, vivendo sozinhos ou com familiares e amigos. Por não terem uma característica específica, se torna ainda mais difícil analisar e caracterizar essa população, que apesar de serem muitos, se tornam invisíveis, sofrem com a exclusão social, e aos olhos da sociedade do governo, na verdade, são vistos como, “marginais”. Foram feitos estudos e levantamentos sobre as principais problemáticas apontadas pela população que se abriga temporariamente nos centros de acolhimento da cidade, a pesquisa intenta compreender as causas que levam os indivíduos optarem por ficar na rua ao irem para o local referido. As maiores queixas foram: a falta de estrutura para armazenarem seus objetos pessoais, como por exemplo, suas carroças, não poderem levar seus animais de estimação, terem que se separar de sua família pois os abrigos usualmente atendem somente homens ou mulheres. Para sanar essas problemáticas, no espaço foi pensado cômodos que atendam todas as necessidades mencionadas: quanto as carroças e grandes volumes carregados por eles, o programa garante um local para que os mesmos possam guardar com segurança seus pertences, com relação aos animais de estimação, o ]projeto contará com baias e um espaço pet para que todos os animais fiquem protegidos, fora isso, contará também com auxilio veterinário voluntário e estagiário que trará higiene ao animal, realizando banho e tosa, com relação as famílias, não precisarão se separar, pois terão quartos familiares que atenderá famílias completas. Fora esses problemas apontados e já solucionados, muitos pais não conseguem creche para os seus filhos pela falta de comprovante de residência, e isso, faz com que os mesmos fiquem impossibilitados de sair para trabalhar ou procurar emprego pois as crianças não estão seguras sozinhas na rua. Pensando nisso, o projeto contemplara também uma creche com berçário e salas infantis para que os pais consigam resolver suas pendencias e gerar renda. Conforme pesquisas oficiais da Prefeitura de São Paulo, considerando os anos de 2000 e 2019 o aumento foi de 179%, contudo, também é notável o crescimento da quantidade pessoas acolhidas que em 2015 eram 8.570 e atualmente são 11.693, ou seja, houve um aumento de 36,44%. Para a inserção do projeto foram levantados dados considerando os distritos de Santo Amaro, Capela do Socorro, Cidade Dutra, Campo Grande e Grajaú, bairros dentro do raio de 3,5km do terreno. Segundo a Pesquisa Censitária da População de Situação de Rua de 2019, das 812 pessoas consideradas
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em situação de rua nesses distritos 459 já são acolhidas por algum centro de acolhimento da prefeitura, mas ainda sim, há cerca de 353 pessoas que permanecem em situação total de rua, sem qualquer tipo de acolhimento.
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Proposição Após estudar as referências e fazer os ensaios iniciais do projeto, o mesmo foi concluído de forma que cumpra com as funções principais de um abrigo para a população em situação de rua por meio de uma arquitetura humanizada, apoiando e introduzindo essas pessoas a sociedade novamente. Por conta do potencial do terreno e suas dimensões, foi agregado ao projeto uma praça central pública que proporcionara ao abrigo e ao bairro mais uma área de convívio e lazer e garantindo também a permeabilidade do terreno. A praça está localizada a 1 metro da entrada principal que se dá na Avenida Rio Bonito e seu acesso é possível pelas escadas e rampa. Para facilitar a divisão do programa o projeto foi dividido entre as áreas públicas e privadas, sendo assim, a parte comercial que garante a integração dos acolhidos com a sociedade, a praça, os ambientes do andar térreo e o primeiro pavimento são abertos ao público, a partir do segundo pavimento os ambientes se destinam apenas aos acolhidos e garantem a privacidade dos mesmos. DORMITÓRIOS FAMILIAR ÁREA DE ESTAR FAM.
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Figura 03: Setorização do Projeto. Fonte: Acervo do autor A estrutura e materialidade do projeto foi pensada a fim de estimular boas sensações aos usuários que irão utilizar o edifício como também viabilizar a construção e evitar manutenções constantes. O concreto armado foi utilizado em toda estrutura do edifício (vigas, pilares e lajes) pois o mesmo possui baixo custo de manutenção e alta resistência, as sessões dos pilares variam entre 5,00m e 10,70m, as divisões dos ambientes que funcionam de forma independente serão de alvenaria convencional para que seja possível adaptar as áreas a estrutura, a utilização do piso intertravado foi pensado para as áreas
uma outra preocupação sanada pelo projeto foi o uso da transparência através de grandes janelas e aberturas, pois como os usuários muitas vezes são acostumados a viver na rua, a sensação de ambiente fechado pode ser incomoda, por esse motivo a preocupação de manter grandes janelas e a maior quantidade de áreas abertas e ventiladas possíveis. As esquadrias são de alumínio preto que também foram instalados no programa devido ao custo-benefício e baixa manutenção. Outro elemento utilizado no
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áreas internas foi utilizado piso de cimento queimado claro trazendo sofisticação e leveza aos ambientes
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externas e principalmente para as áreas térreas garantindo assim a permeabilidade do terreno, para as
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programa foi o cobogó de concreto, com o intuito de separar os ambientes sem isolar e ao mesmo tempo trazer a iluminação e ventilação natural. Pensando no aconchego das áreas de estar, procurou-se trazer a natureza para dentro do projeto e fazer com que a mesma estivesse presente nas áreas comuns, o uso da madeira também é bem marcante pois traz boas sensações aos usuários. A fachada do edifício onde se localizam os dormitórios femininos e familiares contam com brises metálicos com pintura de tom amadeirado que garante maior durabilidade e menos manutenção, os brises foram incorporados ao projeto com o intuito de diminuir a incidência solar nos dormitórios que ficam para o oeste, com isso o edifício acabou ganhando movimento pois os brises foram instalados de maneira aleatória, assim funcionando esteticamente e garantindo o conforto térmico dos ambientes.
ENTRADA SECUNDARIA ENTRADA PRINCIPAL
Figura 04: Materialidade. Fonte: Acervo do autor
Figura 07: Entrada Secundaria. Fonte: Acervo do autor
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Figura 06: Praça. Fonte: Acervo do autor
Figura 05: Implantação. Fonte: Acervo do autor
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Referências CÂMARA MUNICIPAL de SÃO PAULO COMISSÃO EXTRAORDINÁRIA de DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA Visitas Aos Centros de Acolhida Para Pessoas Em Situação de Rua, 2019. “Especial Cidadania População Em Situação de Rua.” Senado Federal, Senado Federal, 28 Mar. 2019, www12.senado.leg.br/noticias/especiais/especial-cidadania/especial-cidadania-populacao-em-situacaode-rua. Accessed 4 June 2021. Maia, Dhiego. “Alta de Moradores de Rua Após Pandemia Exigirá Resposta de Prefeito de SP Em Diversas Áreas.” Folha de S.Paulo, Folha de S.Paulo, 27 Oct. 2020, www1.folha.uol.com.br/poder/2020/10/alta-demoradores-de-rua-apos-pandemia-exigira-resposta-de-prefeito-de-sp-em-diversas-areas.shtml. Accessed 4 June 2021. “Moradores de Rua: Invisíveis Aos Olhos Da Sociedade. - Alagoas 24 Horas: Líder Em Notícias On-Line de Alagoas.” Alagoas 24 Horas: Líder Em Notícias On-Line de Alagoas, 29 Nov. 2017, www.alagoas24horas.com.br/blog/moradores-de-rua-invisiveis-aos-olhos-da-sociedade/. Accessed 4 June 2021. Niall Patrick Walsh. “Proposta de Morris + Company Reaproveita Estação de Metrô de Londres Como Albergue Para Sem-Tetos.” ArchDaily Brasil, 11 Jan. 2019, www.archdaily.com.br/br/909329/proposta-demorris-plus-company-reaproveita-estacao-de-metro-de-londres-como-albergue-para-sem-tetos. Accessed 4 June 2021. Portal da Câmara dos Deputados. “Portal Da Câmara Dos Deputados.” Portal Da Câmara Dos Deputados, 2021, www.camara.leg.br/radio/programas/337385-moradores-de-rua-as-acoes-do-governo-paraminimizar-problemas-enfrentados-pelo-grupo-631/. Accessed 4 June 2021. “Power BI Report.” Powerbi.com, 2021, app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYzM4MDJmNTAtNzhlMi00NzliLTk4MzYtY2MzN2U5ZDE1YzI3IiwidCI6I mE0ZTA2MDVjLWUzOTUtNDZlYS1iMmE4LThlNjE1NGM5MGUwNyJ9. Accessed 4 June 2021. Redação Observatório 3o Setor. “Pandemia Evidenciou a Vulnerabilidade de Quem Vive Em Situação de Rua.” Observatório Do 3° Setor, 13 Jan. 2021, observatorio3setor.org.br/noticias/pandemia-evidenciou-avulnerabilidade-de-quem-vive-em-situacao-de-rua/. Accessed 4 June 2021.
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Sagi, Monitoramento, et al. População Em Situação de Rua No Brasil: O Que Os Dados Revelam? . São, Paulo, and Sp. PESQUISA CENSITÁRIA DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO de RUA, CARACTERIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO de RUA E RELATÓRIO TEMÁTICO de IDENTIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES DESTA POPULAÇÃO NA CIDADE de SÃO PAULO PRODUTO IX RELATÓRIO FINAL DA PESQUISA AMOSTRAL DO PERFIL SOCIOECONÔMICO. , 2019.
Complexo Novo Glicério A reinserção de um bairro em sua cidade Eduardo Garcia Rocha Amaro Orientador: Prof. Artur F. Katchborian
Figura 01: Inserção do projeto. Fonte: acervo do autor
Resumo Como uma região originada nos primórdios da civilização da capital, o Glicério carrega marcas da história da cidade e traz muitas questões são provenientes de uma época distante, mas que são essenciais para o entendimento da sua situação atual. A topografia da região cria segregações socio-espaciais que dificulta ainda mais a vida dos moradores. Além disso, leis ao longo da história incentivaram proprietários das moradias da região a produzir o que
Versão integral do trabalho em (https://issuu.com/eduardogramaro/docs/eduardo_amaro_tcc)
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de uma região histórica escassa em diversas frentes.
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identificamos hoje como o encortiçamento. O projeto tem como desafio melhorar as qualidades
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Introdução Neste trabalho será apresentado o Complexo Novo Glicério. Um projeto com propostas de melhorias para a região do Glicério e suas áreas adjacentes sendo formado a partir da leitura do bairro e suas necessidades. O projeto é composto por edificações de diferentes usos, tais como comercial, educacional, habitacional e empresarial. Divididos estes usos em um eixo edificado para unidades habitacionais com térreos comerciais elevados, um depósito para central de triagem do lixo, um bloco edificado para auditório e biblioteca e uma praça que engloba todos os edifícios para que o projeto todo fique sobre um térreo para livre circulação, promovendo-se a uma área de lazer. O início do projeto se deu pelo tratamento do lixo na região. Uma questão muito importante, pois o Glicério é um destino de moradores de rua, além do abandono institucional e caracterizado por cortiços. Todos esses elementos em conjunto fazem com que o Glicério seja uma região com uma relação muito ligada ao lixo, que se acumula por esses diferentes fatores. Para solução dessa questão, fez-se pesquisas sobre o processo de tratamento do lixo e da coleta de todos os materiais como vidro, papel, metal e plástico e o método de triagem feito nos diferentes centros espalhados pela cidade. A segunda questão a ser abordada é em relação aos cortiços presentes na região. Com pesquisas feitas no site do IBGE, CENSO, e outras ferramentas do governo para compreensão dos números de famílias e moradores por habitação. Além disso, foram feitas visitas ao local, de modo a compreender a situação da região não só por pesquisas feitas pela internet. Após feito todo o estudo, concluiu-se uma média de habitantes por cômodo e não por habitação, para compreender melhor os cortiços. A partir dessa média, foi criado um objetivo de quantas unidades habitacionais serão necessárias ser feitas para substituir as moradias que serão removidas para a execução do projeto após a escolha do terreno. Próximo à região do Glicério, é encontrado um centro de acolhida. Buscando complementá-lo decidiu-se criar outro no terreno do projeto, juntamente as lâminas residenciais para que o bairro não possua mais moradores de rua. Além disso, poderá ser feito um trabalho social com os mesmos proporcionando cursos para inserí-los ao projeto do centro de triagem, gerando economia local e reinserção social. A questão comercial foi compreendida a partir do estudo do entorno, pelo google maps, google earth, além de pesquisa empírica, e notou-se que a infraestrutura da região não é suficiente para suprir as necessidades dos moradores. Então, acrescentar no projeto comércios de necessidades básicas para a
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região mostrou-se imprescindível. Por último e não menos importante, foi pensado em complementar a parte educacional do bairro, que possuí uma escola de ensino fundamental e uma escola de ensino infantil, porém, ambas não possuem equipamentos educacionais que suprem a necessidade dos alunos e professores, então a adição de uma biblioteca e auditórios ao programa configuram um polo educacional interessante para a região, com um poder atrativo e convidativo para este tanto na região como no entorno.
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Proposição A implantação do projeto teve como principal objetivo requalificar o espaço utilizado atualmente. Os lotes mal preservados, cortiços e pequenos comércios, assim como os estacionamentos deram lugar a uma praça pública com diversos usos como biblioteca, lojas, praça pública com vegetação e o galpão de triagem de lixo. Buscando a melhoria da qualidade de vida dos moradores do Glicério, a vegetação foi pensada de forma com que o conforto térmico e acústico fosse desenvolvido na região, uma vez que não se apresentam áreas verdes.
Figura 02: Implantação. Fonte: acervo do autor Outra questão relevante para o projeto foram as circulações. Os acessos são feitos pelas próprias ruas que se mantiveram no local, relembrando da identidade antiga das quadras e ruas que estavam instaladas por lá, mas dessa vez totalmente pedestrianizadas, para que não haja conflito entre o pedestre e os carros dentro do projeto. Com a manutenção das ruas existem 6 acessos na implantação e além disso, há outros 6 acessos para os pavimentos superiores que se dividem entre mezanino e pavimentos tipo, este último de acesso apenas para moradores. Em outro vetor, se encontram os acessos ainda no bloco cultural, para o auditório, em conjunto com o café, que se localizam ao sul da biblioteca.
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Além do trabalho do embasamento para obter uma fachada com relação direta com o entorno, houve um trabalho das outras fachadas, buscando obter uma diferenciação entre cheios e vazios com as interseções proporcionadas pelas lâminas residenciais. Uma vez que as lâminas são interrompidas para criar circulação horizontal entre elas, são feitos vazios que trazem movimento a fachada, e em conjunto com estes elementos, varandas foram proporcionadas de acordo com a modulação estrutural das unidades habitacionais criando áreas de convívio dos próprios moradores. Essas “varandas” criadas pelas modulações, foram coloridas, a fim de dar vida a fachada, uma vez que ela se encontrava pálida e sem um devido tratamento em relação as cores. Em conjunto, os pavimentos formam uma espécie de gradiente nas cores, criando uma arte em cada fachada e movimento em todas as laminas habitacionais.
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Buscando um embasamento que tivesse relação com o entorno do terreno, a biblioteca, que teve como referência a midiateca de Sendai tem sua fachada toda transparente com vidros e caixilhos para trazer essa relação do interno com o externo.
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Figura 03: Perspectiva. Fonte: acervo do autor
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Figura 04: Biblioteca. Fonte: acervo do autor
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Figura 05: Vista do observador em pav. Tipo. Fonte: acervo do autor
Referências MARX, Karl, O Capital – crítica da Economia Política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988. Disponível em: <http://lhs.unb.br/atlas/(MARX,1988)> TAUNAY, Affonso, Evolução da Cidade sob o Império - ruas Secundárias - O Mosteiro de Nossa Senhora da Luz, Editora Melhoramentos, São Paulo, 1954. Disponível em <https://www.estantevirtual.com.br/sebomachadodeassis/affonso-de-e-taunay-velho-sao-paulo-3volumes--3011367285?show_suggestion=0> NEVES, S., Psicologia, Diversidade Cultural e Multiculturalidade: Caminhos Cruzados, 2007. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/264895877_Neves_S_2007_Psicologia_Diversidade_Social_e _Multiculturalidade_Caminhos_cruzados_Psychologica_45_125-145>
MARINA, Pita., Central de Triagem, São Paulo, 2015. Disponível em> < https://docplayer.com.br/10774758-Central-de-triagem-por-marina-pita.html>
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SOUZA, Paula Carlos, Baixada do Glicério: Um patrimônio encortiçado, São Paulo, 2015. Disponível em: <http://eventoscopq.mackenzie.br/index.php/jornada/jornada/paper/download/280/242>
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AB’SABER, AN., Geomorfologia do sítio urbano em São Paulo, São Paulo, 1957. Disponível em <https://repositorio.usp.br/item/001343126>
Espaços Destinados à Profissionais da Dança A arquitetura como valorização da arte Giovanna Hellu Ferrari Orientador : Prof. Dr. Felipe de Souza Noto
Figura 01 : perspectiva. Fonte: acervo do autor
Resumo A importância da dança no Brasil tem crescido muito nos últimos tempos, caracterizando um momento de maior interesse a respeito da linguagem da dança, que também vem se modificando ao longo dos anos. No entanto, a repercussão no público geral ainda é muito pouca,
dança, e então um edifício arquitetônico pode surgir a partir dessas premissas. A arte precisa de espaço e o espaço precisa de arte.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/giovannahellu/docs/giovannahellu_tcc
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expressões e sentimentos, produzem linguagens corporais que devem ser consideradas como
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necessitando de propostas que aproximem a cidade do mundo artístico. Movimentos, gestos,
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Introdução A dança cada vez mais se torna algo alcançável pela população do mundo, obtendo uma propagação significativa na América desde a grande atuação de bailarinos como Rudolph Nureyev e Mikhail Baryshnikov, levando para a televisão e espaços públicos algo que era apenas para uma classe privilegiada. Porém, da mesma forma em que há um aumento na propagação dos espaços para a dança, há uma deficiência na qualidade destes. Carecem locais adequados que permitam a visibilidade da arte, ressaltando um histórico em que esses espaços eram considerados desnecessários, por motivo de pouca demanda à essa arte. Estúdios de cinema, salas de concerto, auditórios e ginásios de colégios geralmente são utilizados por bailarinos, com pisos duros, de concreto, e muitas vezes espaços apertados, reprimindo a execução de movimentos. Atualmente a dança apresenta um papel diferenciado na sociedade, em que antigamente o que era considerado elitista passa a fazer parte da cidade, e a necessidade de locais qualificados, tanto para quem deseja praticar como para quem deseja apreciar, se mostra indispensável. Para o desenvolvimento do trabalho foram realizadas pesquisas com bailarinos profissionais sobre a infraestrutura oferecida em seu ambiente de trabalho, e sobre a vida no meio da dança, compreendendo qual é o cenário atual das companhias de dança em São Paulo. Assim, identificando o suporte necessário, pôde-se dar início a elaboração de um programa de necessidades que encaminha o projeto. A leitura de livros, artigos, visualização de documentários e vídeos, traz a melhor compreensão entre corpo e espaços, como podem ser utilizados e estudados, permitindo o desenvolvimento de croquis, os quais dão início a uma proposição do edifício. Com o auxílio de pesquisas de referências e estudos de caso, iniciam as ideias das formas de articulações para o projeto, de forma que valorizem e deem visibilidade para a arte. Procurando a valorização de um local existente, o terreno proposto enfatiza um Teatro, comunicando um ponto importante que passa a fazer parte do projeto. Portanto, o contato realizado com os arquitetos responsáveis pela última reforma deste foi fundamental para o melhor entendimento do edifício.
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Proposição Através de levantamentos das possibilidades que a dança pode trazer se inicia a busca da proposição do projeto. A pesquisa de locais próximos à teatros, de fácil acesso, que tenha a possibilidade de expor, definem a proposta de espaços atrelados ao Teatro Paulo Eiró. Uma nova sede de uma Companhia de Dança Profissional é pensada em conexão com a cidade, incluindo atividades aos espectadores no geral, e proporcionando que as pessoas circulem livremente em térreo público, favorecido por uma proximidade ao metrô.
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A Dança concede a possibilidade de experimentações de caminhos no terreno, localizado entre a Av. Adolfo Pinheiro, Rua São José e Rua Salomão Karlik, no distrito de Santo Amaro, em que uma coreografia pode desenvolver desenhos espaciais, com passeios antes de chegar ao destino final, enfatizando as características de mobilidade e flexibilidade que mostram como o edifício se relaciona com o espaço. Através dessas articulações, uma praça da dança surge como possibilidade de um espaço aberto, com função de expor e aproximar a arte do público. A Companhia de Dança proposta convida o público a entrar no edifício, assim como os bailarinos em seus ensaios são convidados a se mesclarem na cidade através das transparências existentes. Utilizando a esquina como um lugar importante, as varandas criadas ao longo da circulação vertical permitem a observação da cidade, se articulando nas áreas periféricas do edifício. A loja de artigos de dança no acesso superior também se utiliza da esquina para criar um espaço de vitrine e atrai o público para seu interior, onde um café proposto induz a permanência no local. As salas de aula, diretamente relacionadas com espaços de apoio aos bailarinos, se organizam de forma a dinamizar a edificação, com pé direito duplo e possuindo acessos em diferentes níveis, se conectando através da transparência entre salas e permitindo a visualização tanto de quem está no exterior ou interior da companhia. Demonstrando diferentes usos, as salas de aulas se diferem ao apresentar a possibilidade de fechamento com divisórias retráteis/articuladas acústicas (aumentando o número de salas), existência de mezanino, e a presença de um auditório, permitindo assim apresentações para o público. A circulação horizontal contínua permite a ligação entre os blocos do edifício, assim como a conexão direta ao Teatro Paulo Eiró em sua varanda em que são acessados os camarins. As passarelas formadas pela circulação dão lugar à espaços de convivência e descanso aos bailarinos que estão praticando nas salas de aula. A estrutura se organiza através de pilares em concreto que permeiam o edifício, em uma modulação de 7,50x,7,50m, sustentando lajes nervuradas que irão formar a malha estrutural do edifício e assim a formação dos ambientes com paredes alinhadas em suas nervuras. A cobertura de telha de fibra de vidro traz a uma leveza ao conectar todos os blocos de forma descolada do edifício, sustentada pelos pilares. A transparência da fachada da Av. Adolfo Pinheiro permanece na Rua Salomão Karlik e Rua São José, porém ganha uma materialidade ao serem utilizados painéis de policarbonato perfurados para proteção de irradiações solares, mas permitindo ventilação. A translucidez do edifício não apenas permite
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visão para os bailarinos, mas abre a dança para a cidade.
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Figura 02 : implantação. Fonte: acervo do autor
Figura 03 : corte A. Fonte: acervo do autor
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Figura 04 : acesso superior com visão para praça da dança em acesso inferior. Fonte: acervo do autor
Referências PINA. Direção: Wim Wenders. Alemanha, 2011. (filme). ARMSTRONG, Leslie. MORGAN, Roger. Space for Dance: an Architectural Design Guide. Washington: Publishing Center for Cultural Resources, 1984. KAPP, Silke. Armadilhas: Algumas palavras sobre o concurso para a sede do Grupo Corpo. Vitruvius, 02 abr. 2002. Disponível em: <https://vitruvius.com.br/index.php/revistas/read/arquitextos/02.023/791>. ARQUITETURA 003 Escola de música, dança e teatro. Projetar.ORG. <https://projetar.org/concurso_ver/19/escola-de-teatro,-danca-e-musica-do-rio-003
Disponível
em:
PINTOS, Paula. Edifício do Ballet Nacional Britânico / Glenn Howells Architects. Archdaily, 17 de Maio de 2020. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/939355/edificio-do-ballet-nacional-britanicoglenn-howells-architects>.
FACULDADE de Teatro e Dança Unicamp. UNA barbara e Valentim, 2009. Disponível em: <http://unabv.com.br/cultural/teatro-da-unicamp/>. Acesso em: outubro, 2021. NOTO, Felipe de Souza. A dimensão urbana da arquitetura de Oscar Niemeyer na França: Le Havre, Paris e Bobigny. Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Departamento de Projeto. São Paulo: agosto, 2020.
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MOCH, Michel. Centro Cultural Le Havre. Fundação Oscar Niemeyer. Disponível em: < http://www.niemeyer.org.br/obra/pro157>. JÚNIOR, Roberto Selmer. Roberto Tibau e o fazer arquiteura. Universidade de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – Pós-graduação – Mestrado. São Paulo, 2011. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16138/tde-11012012-155625/publico/dissertacaorsj.pdf>.
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MCMURTRY Art and Art History Building. Diller Scofidio + Renfro. Disponível em: <https://dsrny.com/project/mcmurtry-art-and-art-history-Building>. PINTOS, Paula. Tianjin Juilliard School / Diller Scofidio + Renfro. Archdaily, 15 de Abril de 2021. Disponível em: <https://www.archdaily.com/960166/tianjin-juilliard-school-diller-scofidio-plus-renfro>.
CEMEI Grajaú O jardim de infância e a sua importância no desenvolvimento da criança Ingrid Leal Brites Orientador: Prof. Artur F. Katchborian
Figura 01: Elevação Av. Antônio Carlos B. dos Santos. Fonte: acervo do autor
Resumo Este trabalho tem como objetivo propor um Centro Municipal de Educação Infantil, também conhecido como CEMEI. Aborda questões relativas à educação básica pública no Brasil, com foco em especial na educação infantil, onde, até hoje, apresenta déficits relacionados à aprendizagem individual. A proposta baseia-se em uma escola pensada para atender um público-alvo específico, com espaços e ambientes projetados de acordo com seu uso e funcionalidade, além de proporcionar ambientes coletivos de uso público, fazendo essa interação entre escola e comunidade.
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Versão integral do trabalho em (https://issuu.com/ingridbrites/docs/cemei_graja_)
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Introdução No Brasil, de acordo com a Constituição Federal de 1988, a educação é um direito de todos e um dever do Estado. Na prática, não é bem assim que funciona, uma vez que pesquisas indicam que a taxa de analfabetismo ainda existe e que uma das metas do plano é a de reduzir essa taxa a zero. Sabemos também que a desigualdade social tem bastante influência nessas taxas. A educação pública não permite que todo aluno tenha a atenção necessária para o seu desenvolvimento, onde a demanda de crianças por sala de aula acaba sendo bem maior do que na escola particular, na qual as turmas são bem reduzidas, fazendo com que os resultados sejam melhores do que comparados ao ensino público. Um outro problema que encontramos com frequência são instituições que não possuem infraestrutura adequada para a faixa etária, além de não oferecerem materiais e recursos pedagógicos aos docentes para que consigam ter resultados melhores e satisfatórios. Se tratando da cidade de São Paulo, pesquisas apontam que há filas de crianças esperando por vagas nas creches municipais, uma vez que alguns distritos não conseguem atingir o básico: garantir que toda criança tenha acesso à creche ou a uma escola municipal de educação infantil. A necessidade de um ensino público de qualidade em uma região que ainda é carente desse serviço, com uma estrutura que proporcione além da educação, uma integração entre escola e comunidade através de equipamentos públicos como biblioteca e auditório, une três importantes eixos: educação, cultura e lazer.
Figura 02: Distritos com mais crianças sem creche em SP. Fonte: Secretaria Municipal da Educação Com base nas informações coletadas, deu-se início à um projeto de um Centro de Educação Municipal de Educação Infantil – também conhecido como CEMEI – no distrito do Grajaú, região periférica da cidade de São Paulo. A definição para ser um CEMEI, foi após realizar pesquisas que mostraram que na cidade de São Paulo,
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os Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI) são pouquíssimos quando comparados aos Centros de Educação Infantil (CEI) e às Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI). A escolha pelo distrito foi baseada em pesquisas que mostraram que ele lidera o ranking, sendo o distrito com maior quantidade de matrículas de crianças de 0 a 5 anos e ao mesmo tempo o que há um maior número de crianças nessa faixa etária sem estarem matriculados em alguma creche ou escola municipal de educação infantil. Estes foram os fatores decisivos para a escolha da região onde o projeto será instaurado.
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Proposição
O Centro Educacional está situado na Avenida Antônio Carlos Benjamin dos Santos, 1614. Encontra-se em uma avenida de fácil acesso – a principal da região –, em um bairro onde há uma predominância de residências, além de estar ao lado de uma escola pública de ensino fundamental. Possui também um segundo acesso, pela Rua Walter Sgarbi.
Figura 03: Entorno imediato com indicação dos acessos. Fonte: acervo do autor O terreno conta com uma área total de 5.857m² e possui um desnível total de 7 metros, tendo sua cota mais alta no nível 804, e, sua cota mais baixa no nível 797. Os cortes a seguir mostram uma
A integração é o principal conceito pensado quando surgiu a ideia de projetar uma escola municipal em uma região onde pôde ser observado qual era a sua real necessidade. Primeiro por se tratar de um
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Figura 04: Topografia do terreno. Fonte: acervo do autor
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considerável parte plana, e as maiores diferenças de níveis estando em suas extremidades:
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lugar onde permitisse que as crianças pudessem criar uma relação com o espaço, com o ambiente que ocupam. Em segundo é a integração da escola com a comunidade, permitindo a realização de atividades em que as pessoas da região possam participar, já que a ideia de incluir uma biblioteca para uso da população em geral deu-se por conta da falta de equipamentos públicos na região, além da pouca quantidade de equipamentos culturais no distrito ao todo. E, por fim, a integração do terreno com o seu entorno, tendo uma conexão por meio de uma praça. A topografia foi um aspecto muito importante na setorização do projeto, pois o objetivo era que o acesso principal da escola fosse pela cota mais alta do terreno, e, no bloco social, tivesse dois acessos, sendo um através da cota alta, em mesmo nível que a escola, e o outro fosse pela cota mais baixa, aproveitando boa parte do desnível do terreno.
Figura 05: Setorização. Fonte: acervo do autor A ideia de uma praça principal de entrada, é para que haja uma separação e ao mesmo tempo conexão entre o que é de acesso público e o que é restrito. Onde, de um lado encontra-se a escola em si, e do outro lado o bloco social, formado pela biblioteca, brinquedoteca, e auditório – ambos para uso público. Ao fundo da praça, há o bloco administrativo que separa e ao mesmo tempo conecta os blocos
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pedagógico e social, além de também ter o seu acesso por essa praça.
Figura 06: Implantação. Fonte: acervo do autor
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No corte a seguir é possível observar o edifício alocado de acordo com a topografia do terreno, onde, procurou aproveitar a topografia da melhor maneira possível. A parte pedagógica e administrativa encontra-se na cota 804, em nível da Avenida Antônio Carlos Benjamin dos Santos. À direita, o bloco social na cota 798, no mesmo nível da Rua Walter Sgarbi. Já o bloco esportivo, à esquerda, está na cota 803, aproveitando também esse desnível do terreno que ocorre em suas extremidades.
Figura 07: Corte AA. Fonte: acervo do autor
Referências CROQUER, Gabriel; SILVA, Brendo. Cidade de SP tem mais de 22 mil crianças à espera de vaga em creche. 2020. LORENZONI, Ionice. Creches e pré-escolas seguem projeto arquitetônico padrão. 2013. Governo de São Paulo. Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) atende mais de 300 crianças no Jardim Noronha. 2018. Rede Nossa São Paulo. Mapa da Desigualdade 2020 revela diferenças entre os distritos da capital paulista. 2020. Rede Social de Cidades. Grajaú, São Paulo – SP . Indicadores por distrito. 2020.
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LIMA, Matos. Entenda a diferença entre CEIs, EMEIs, CEMEI, CEIIs e EMEBS na Ed. Infantil de SP. 2016.
Centro Cultural Cupecê Larissa Duarte Vidal Orientador: Prof. Felipe Noto
Figura 01 : Centro Cultural Cupecê. Fonte: acervo do autor
Resumo A partir do diagnóstico de dados referente a distribuição dos equipamentos culturais em São
pauta, na busca de um melhor distrito afim de suprir a necessidade da região, tendo como área de estudo a Cidade Ademar, que conta com uma população densa e sem nenhum equipamento cultural, localizado na zona sul de São Paulo, próximo a grandes eixos de circulação, como a Avenida Cupecê. Teve como principal metodologia a escolha de 5 terrenos, com 5 possibilidades
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implementando um Equipamento Cultural. Nesse contexto, o desenvolvimento do trabalho se
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Paulo, que atualmente é heterogênea e segregada, foi pensado em solucionar essa problemática
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distintas, a fim de instigar possíveis alternativas de implantações e soluções, e por fim foi escolhido o terreno que possibilita a transição entre duas grandes avenidas, sendo elas a Avenida Vereador João de Luca e a Avenida Cupecê. Portanto o projeto visa implementar um equipamento cultural que integre os indivíduos, promovendo espaços de convívio, lazer e desenvolvimento cultural. Introdução
A escolha do Centro Cultural, foi pensada a partir de profundas reflexões durante o período de faculdade, instigada pela procura de ambientes democráticos que a Arquitetura fomenta e a relação do cidadão com a cultura. O Centro Cultural, pode trazer a concepção inicial de um espaço de lazer ou convívio, porém seu significado extrapola esse entendimento, pois trata-se de um espaço que promove a educação e a cultura, como um direito do cidadão, o qual colabora para o desenvolvimento do ser humano. Portanto, analisando o Mapa de Equipamentos públicos culturais (Figura 2), é possível compreender que a distribuição destes é heterogênea e segregada. Observando o mapa, vemos que a região central apresenta uma grande oferta desses equipamentos, enquanto as regiões periféricas, como da Zona Sul, possuem poucos ou nenhum, especificamente o distrito da Cidade Ademar. Tendo o local e uma problemática, após analisar melhor essa região, cheguei à conclusão que era necessário a criação de um equipamento de lazer, cultura, convívio e suporte para todas as faixas etárias. E como já dizia Oliveira (2006): “O direito de lazer é um direito social garantido por lei, dessa forma a cultura deve estar ao alcance de todas as pessoas permitindo a construção e preservação de suas histórias e costumes, além de suas reflexões. ”
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Cidade Ademar Os equipamentos culturais públicos são: biblioteca, espaços culturais, museus, teatro, cinema, shows
Equipamentos públicos culturais
Figura 02: Mapa Equipamentos Públicos Culturais Fonte: geosampa /editado pelo autor
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Ao analisar as informações dos mapas anteriores, de distribuição de equipamentos públicos culturais, e fazendo uma comparação da distribuição desses equipamentos, entre o distrito do jardim Paulista (centro) e cidade Ademar (zona sul), percebemos a carência desse suporte na região da cidade Ademar, portanto foi aprofundado o conhecimento nesse local. Jardim Paulista ( centro )
Equipamentos públicos culturais
Figura 03: Mapa Equipamentos Públicos Culturais Fonte: geosampa / editado pelo autor Cidade Ademar ( zona sul )
Equipamentos públicos culturais
Figura 04: Mapa Equipamentos Públicos Culturais Fonte: geosampa / editado pelo autor Proposição
Após o estudo das problemáticas da região houve a elaboração de um programa para as necessidades do distrito e seus arredores. O edifico foi pensado através de algumas condições
também a intenção de diferentes acontecimentos para cada nível. Sendo assim foi proposto a disposição do Centro Cultural em três blocos que se conectam através de passarelas, que permitem o acesso a áreas de convívio, e circulação dos demais programas, promovendo sempre ao usuário passear pelo edifício.
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fruição de travessia de uma avenida a outra, o formato do terreno por ser estreito e cumprido, e
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relacionadas ao terreno, como o desnível da Avenida Cupecê até a Avenida João de Luca, a
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Figura 05: Planta Cobertura Fonte: acervo do autor
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Figura 06: Corte Longitudinal Fonte: acervo do autor
Figura 07: Perspectiva fachada Avenida Vereador João de Luca Fonte: acervo do autor
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Referências SERAPIÃO, Fernando Centro Cultural São Paulo: Espaço e Vida 1° Ed. São Paulo: Edição; Monólito, 2013
SANTOS, José Luiz dos, 1949, 0 que é cultura / José Luiz dos Santos. São Paulo: Brasiliense, 2006. MILANESI, Luís A Casa da Intervenção: Biblioteca Centro de Cultura. 3° Edição, 1997 AUDE, Camila Guimarães. A Feira Livre na Celebração da Cultura Popular. São Paulo, 2010 SILVA, LOPEZ, XAVIER. Os Centros Culturais como espaços de lazer comunitário: O caso de Belo
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Horizonte, 2009
Vila Esperança Residencial Sênior Laura Toledo Monteiro Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian
Figura 01 : Colagem da fachada principal do projeto. Fonte: acervo do autor
Resumo Com o aumento da longevidade na vida das pessoas, especialmente do brasileiro, estudou-se o problema e a escassez que mais afetava a vida do idoso atualmente. Propôs-se então alternativas que melhorassem as experiências e expectativas da terceira idade, através da arquitetura, provocando diferentes sensações, tal qual promovendo a independência, socialização e autoestima dos idosos.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/lauratmonteiro/docs/lauramonteiro_tcc
Introdução O crescimento no número de idosos no mundo, especialmente no Brasil, vem sendo mais frequente devido à melhoria da qualidade de vida. Mas infelizmente, muitas vezes, a velhice ainda é
ou mais. No Brasil, já são mais de 28 milhões de pessoas (cerca de 13% da população do país) nessa situação, e a Projeção da População prevê que esse percentual dobre nas próximas décadas, segundo o IBGE de 2018. Muitas vezes as pessoas têm medo de enfrentar o caminho natural da vida, visto que essa etapa mais experiente é visto como algo negativo.
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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), idoso é aquele indivíduo com 60 anos
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ligada ao descaso e sentimento de abandono.
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Tabela 01 : comparação da Pirâmide Etária em 2011, 2021 e 2031. Fonte: IBGE Ainda como um assunto pessoal e delicado, prezo pelo bem-estar e luto pelos direitos de se sentirem acolhidos, trabalhar com a autoestima, o sentimento de independência e de convívio social, trabalhando isso através dos espaços projetados e das sensações que a arquitetura pode oferecer. O estímulo às atividades em grupo, ligação com a natureza e a prática de exercícios físicos faz com que os idosos
se
sintam
ativos
e
ainda
assim,
trabalhem
com
sua
saúde.
O Estatuto do Idoso, que entrou em vigor no começo de 2004 prevê e defende alguns direitos dos idosos, sendo algum deles: o acesso à saúde, habitação, lazer e cultura, alimentação, liberdade e transporte (como prevê o art. 3º da Lei 10.741/2003). A partir disso, foram as principais vertentes que me guiaram para a definição do programa do projeto, visto que queria garantir que esses direitos fossem cumpridos.
Proposição A partir de estudos, chegou-se a conclusão de que as pessoas que estão adentrando à terceira idade têm fortes tendências a se deslocarem para o litoral, como é visto em países como os Estados Unidos, onde
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as pessoas migram para lugares como Florida, aqui em São Paulo isso ocorre muito com a cidade de Santos.
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Figura 02 : destaque da cidade de São Paulo, e a cidade de Santos. Fonte: acervo do autor O terreno, que fica no bairro Morro Nova Cintra, com cerca de 18 mil metros quadrados foi dividido em duas partes, onde desde o começo eu decidi que metade seria destinado às residências, visto que seriam trabalhadas em formato de Vila, para que houvesse uma maior integração com os seus “vizinhos”, e o restante destinado aos usos do programa. Nas proximidades do terreno há a presença de uma lagoa, recém inaugurada pelo governo, onde fizeram uma requalificação do espaço público, que também seria um grande potencial para o meu projeto, visto que permitiria a integração do espaço externo e interno. Entre as unidades habitacionais, criou-se pequenas praças que também servem como áreas de descanso, para os idosos que passeiam pelo terreno e permite até a realização de alguma atividade na área externa. Na lâmina, distribui-se nos seus 120 metros de comprimento a área dos funcionários, refeitório, sala de workshop (que atende diversos usos, podendo ser uma aula de culinária, artesanato, costura), a ala fitness (com um vestiário, academia e sala de pilates), sala comum (que é onde prevê-se que talvez passem a maior parte do tempo, então dispõe de sofás, poltronas, televisão, mesas de computador e área de jogos), o setor administrativo (que é o único com mais de um pavimento, visto que o restante do programa todo se aloca no térreo), e mais abaixo a ala de atendimentos médicos. No canto mais afastado e privativo do terreno, um espaço ecumênico para aqueles que desejam explorar mais a
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Figura 03 : fachada das unidades habitacionais. Fonte: acervo do autor
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sua fé.
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Todo o programa foi pensado para que o idoso tenha plena liberdade e independência, ao mesmo tempo que promove a comunicação social com os demais residentes e um envelhecimento ativo, com exercícios físicos e manuais.
Figura 04 : Implantação. Fonte: acervo do autor
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Por útlimo, mas não menos importante, a decisão pelo projeto também teve um fator muito pessoal e importante. Dedicado às minhas avós, Dona Cecília, que me ajudou com o logo do projeto e Dona Esperança, que cedeu o nome.
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Figura 05 : o logo do projeto, com as minhas avós. Esperança e Cecília. Fonte: acervo do autor
Referências
OMS- Opas: Organização Pan-Americana de Saúde. Envelhecimento ativo: uma política de saúde Brasília, 2005.
–
BRASIL - Estatuto do idoso: lei federal no 10.741, de 01 de outubro de 2003. Brasília, DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004. BRASIL. Ministério da Justiça. Política nacional do idoso. Brasília, DF: Imprensa Nacional, 1998. BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. Lei no. 8742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe a organização da assistência social e dá outras providências. Brasília, DF, ago. 2001. ONU - Plano de ação internacional para o envelhecimento, Madrid 2002. Brasília: Secretaria dos Direitos Humanos, 2003.
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UNITED NATIONS. The world ageing situation: exploring a society for all ages. New York, 2001.125 p.
Casa de Cultura Capão Redondo Mariana Batista da Silva Orientador: Prof. Dr. Felipe de Souza Noto
Figura 01: Casa de Cultura Capão Redondo. Fonte: acervo do autor.
Resumo O trabalho analisa a importância da cultura para o desenvolvimento de regiões periféricas, levanta dados relacionados à falta de investimentos das autoridades públicas direcionadas a espaços e equipamentos de cultura e lazer, mostra a dificuldade de acesso e opções para os moradores dessas regiões, e faz um comparativo com as atividades culturais paulistanas como um todo. A partir disso, é feito um levantamento de dados do distrito Capão Redondo – localizado no extremo sul de São Paulo – que resulta na elaboração do projeto de uma casa de cultura que
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Versão integral do trabalho em https://issuu.com/marianabatista.arq/docs/caderno_mariana_batista
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atende às necessidades e demandas culturais do lugar.
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Introdução O Brasil é um país eclético, de cultura vasta e crenças religiosas sincréticas, pelo fato de sua formação étnica ter surgido a partir da miscigenação de muitos outros povos. Porém, essa origem diversificada resulta, muitas vezes, um entendimento preconceituoso da produção cultural periférica, filtrado pela lente do elitismo cultural e pelo racismo. A desigualdade é uma característica marcante de nosso país, e é evidente a supremacia de uma classe social nos processos de divisão dentro da cidade, como o trabalho e renda, e fatores como o acesso à saúde, educação, saneamento, segurança e cultura. O Capão Redondo é reconhecido, há muito tempo, como um dos lugares mais perigosos na cidade; a concepção de muitos sobre o distrito ainda remete questões da criminalidade e violência, isso porque, a cidade de São Paulo deixa de contar com a inclusão da periferia no seu desenvolvimento socioeconômico. A falta de suportes educacionais e culturais para a população de baixa renda que reside em regiões periféricas, está diretamente relacionado a esses altos índices indicadores. Mas isso não significa que não há interesse pela parte dos moradores. Nas duas últimas décadas, outro aspecto vem trazendo novas concepções para as periferias: a produção artístico-cultural local.
Figura 02: Atividades e coletivos culturais do Capão Redondo. Fonte: acervo do autor No final dos anos 80 nasce no Capão Redondo um dos maiores grupos de referência do rap nacional: o Racionais Mc's. Com um discurso que apontava questões sociais, raciais, políticas, violência policial e o sistema capitalista, o grupo conseguiu dar voz a uma classe que nunca foi ouvida, e se tornou uma referência para diversas pessoas – principalmente jovens negros – que consumiam suas letras. Racionais Mc's transformou algo que era motivo de vergonha e omissão, em sentimento de orgulho e autoestima, levando aos moradores do distrito a vontade de luta artisticamente contra a realidade. Levando em consideração essa grande desigualdade, e sabendo que a identidade cultural constrói
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a consciência de uma comunidade, o objetivo do trabalho é buscar a democratização da cultura, aumentando o seu acesso na periferia, possibilitando que seus moradores possam desenvolver o seu próprio modo de expressão artística e cultural; incentivar a participação da comunidade e dar suporte para as necessidades das atividades já existentes na região.
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Proposição O projeto fica localizado na esquina da Estrada de Itapecerica com a Rua Paulino Vital de Morais. Têm distância de 220m da estação do metrô Capão Redondo – cerca de 3 minutos a pé – e possui uma área de 2.260m².
Figura 03: Localização da Casa de Cultura Capão Redondo. Fonte: acervo do autor O terreno abriga um programa de necessidades pensado nas atividades culturais praticadas pelos moradores do distrito, com espaços para diversas atividades coletivas. São elas: uma sala multiuso para reuniões, eventos, encontros e estudo em grupos ou individual; um espaço de exposições para obras de fotografias, vídeos, projeções, pinturas, vestuários e objetos –prioritariamente para artistas locais; um pátio para os eventos informais que pedem espaços abertos e maiores, como sarau, slam, grafite, apresentações de danças e músicas; um auditório para eventos mais formais como peças, consertos, musicais, apresentações de dança e música, e cinema; uma biblioteca com ambientes de leituras, pesquisas e estudos em grupo ou individual; oito salas de atividades sendo elas de música, dança, moda, artes, literatura, informática, um estúdio musical e outro fotográfico. O projeto também conta com um café
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Figura 04: Setorização volumétrica. Fonte: acervo do autor
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e terraço como áreas de convivência, e área administrativa com salas de coordenação, trabalho e reuniões.
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Figura 04: Implantação. Fonte: acervo do autor O edifício é composto por dois blocos que formam um L e criam um pátio (02) e palco externo coberto (03) no térreo com duas praças laterais (01), fazendo com que, além de proporcionar espaços de convivência, descanso e lazer, seja possível realizar atividades como apresentações de música e dança, e a prática e exposição de grafites em algumas paredes que servem como murais.
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Figura 05: Corte transversal. Fonte: acervo do autor No corte podemos observar principalmente o vazio do pátio externo e dos corredores internos do edifício, e a cobertura metálica de ambos. Vemos também a relação da passarela e o terraço com a Estrada de Itapecerica, e a integração do pátio com a calçada que gera uma continuidade “convidando” os pedestres para o edifício de forma imperceptível.
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Figura 06: Fachada Estrada de Itapecerica. Fonte: acervo do autor
Figura 07: Praça lateral com mural de grafites. Fonte: acervo do autor Referências PORFÍRIO, Francisco. “Cultura brasileira: da diversidade à desigualdade.” Brasil Escola. WILLIAM, Felippe. “A Influência da Cultura na Formação do Cidadão”. Filantropia. 2014. FRAZÃO, Fernando. “Cultura é área mais prejudicada pela falta de investimentos públicos na capital paulista”. Rede Brasil Atual. 2018.
NACIONAL, Jornal. “Pesquisa do IBGE mostra como é desigual o acesso à cultura e ao lazer”. 2019. CINE104, Wikia. “Capao Redondo - Violência, desigualdade e crescimento demográfico”. INFOCIDADE. “Dados demográficos dos distritos pertencentes às Subprefeituras”. 2021 SOUZA, Renato. “Cultura de periferia em movimento”. Sesc SP. 2014.
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paulista”. 2020.
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Rede Nossa São Paulo. “Mapa da Desigualdade 2020 revela diferenças entre os distritos da capital
Fundação CASA Uma nova chance aos jovens Nathalia Alice Gomes Sofia Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian
Figura 01: Vista do complexo socioeducativo. Fonte: acervo da autora
Versão integral do trabalho em (colocar o link para o ISSUU)
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Esse trabalho se iniciou a partir da ideia de como são tratados os jovens, que ainda estão em fase de formação, e acabam indo para o caminho da criminalidade e como a forma de restituição deles ainda se assemelha muito ao sistema carcerário comum, adulto, mesmo hoje em dia já tendo instituições e legislações especificas para coordenar um tratamento diferente. Com o objetivo de trabalhar a arquitetura socioeducativa de forma que o ambiente possa acolher esses garotos e trazer novas ideias e oportunidades enquanto cumprem suas penas. Um espaço que cumpra seu verdadeiro objetivo, assim como manda a legislação, com áreas de desenvolvimento pessoal, educacional, profissional e com convívio em grupo e como isso pode motivá-lo a ser melhor, desenvolver novas habilidades e trazer novos pensamentos e oportunidade, mudando o seu contexto pôs reclusão, para não apenas puni-lo.
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Resumo
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Introdução A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Fundação CASA) é uma instituição vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, tem como objetivo aplicar medidas socioeducativas em adolescentes, desde os 12 anos se estendendo até no máximo aos 21 anos incompletos, que cometeram algum ato infracional. Ela coordena os estabelecimentos penais para esses adolescentes, e muitas vezes não oferecem as condições necessárias para a reinserção social daqueles que cumprem sua pena, os quais muitas vezes acabam voltando para os Centros e reincidindo seus crimes. No Brasil o perfil do jovem infrator está constituído em 95% é do sexo masculino, 66% encontrase em situação de extrema pobreza, seis a cada dez jovens são negros e 50% deles, na época em que cometeram o ato infracional, estavam fora da escola. Em pesquisa feita na Fundação CASA pela NUPRIE, entre março e abril de 2018, mostra que o maior número de jovens infratores internados ainda são entre 15 a 17 anos e o maior índice é por tráfico de drogas (45,49%) e roubo qualificado (36,86%). Em 2006, o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, SINASE, é aprovado e se apresenta como primeiro documento que traz parâmetros arquitetônicos aliados com parâmetros de gestão pedagógica para a construção de edificações destinadas a esses adolescentes. Neste documento possui todas as diretrizes necessárias, com um programa básico e áreas mínimas aceitas, muros e alturas. “Mesmo sendo uma medida de internação, ela tem por princípio a garantia do adolescente de transitar do prédio. A edificação deve representar os níveis de segurança de uma edificação residencial, sem a necessidade de demonstrar um aporte maior de vigilância e segurança, causando impacto visual ao ambiente do bairro.” PIZATTO, CHARLES 2015. Pag, 45. A partir do estudo desses dados, dos regulamentos do SINASE e ECA e a história do desenvolvimento dos tratamentos para jovens infratores, como base contextual do tema foram abordados os métodos utilizados em referencias projetuais, sendo a principal delas a Prisão Halden, em Noruega, conhecida por ter as condições mais humanas da Europa, recebendo o Prêmio Arnstein Arneberg por seu design de
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interiores em 2010. Sem cercas elétricas ou arames farpados e com a filosofia de “segurança dinâmica”.
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Figura 02 : Interno da Prisão Halden. Fonte: JusBrasil Proposição Terreno está localizado em São Bernardo do Campo, SP, onde funcionava a Fundação Criança de São Bernardo, que atendia crianças e adolescentes carentes ou em situação de rua desde 1998. Mas por um decreto da prefeitura local, o espaço, que já estava e situação de abandono, foi fechado em 2020, junto com outras sedes, conta com uma área com mais de 20 mil m² Com proximidades estratégicas de outras instituições que agregam e possuem parcerias com as Fundações CASA, sendo elas o SESI São Bernardo do Campo e o SENAI Mario Amato, frente ao terreno. Na mesma quadra também tem o Hospital Santa Casa que pode servir de apoio. O projeto conta com blocos que dividem os usos em setores, para a utilização de todos ao mesmo tempo, em grupos separados, de forma aberta e segura, dormitórios divididos como alojamentos pensado
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Figura 03 : Volumetria disposta no terreno. Fonte: Acervo da autora
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para receber até 60 internos, bem acomodados.
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Praticamente toda a unidade se encontra no térreo, contando com os alojamentos, bloco educacional, área de lazer, centro médico, bloco de serviço e área dedicada as visitas, com um pátio e auditório. Tendo apenas o bloco administrativo no primeiro pavimento, acima da área de visitação. A entrada se dá pela via de mão dupla e de principal movimentação, Rua Francisco Visentainer, onde a portaria frontal é a principal e possui estacionamento para os funcionários e visitantes, e a portaria lateral é a entrada de serviço, que dá acesso a uma rua interna do complexo para ambulâncias e caminhões de lixo, carga e descarga.
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Figura 04 : Implantação e 1° Pavimento. Fonte: Acervo da autora Os espaços se interligam por uma cobertura e um caminho central principal em concreto. A
volta do terreno há um muro de gabião de 5 metros de altura, como indicado pelo edital, mas com uma passarela e pontos de guarita, onde os seguranças podem andar e observar todo o perímetro de forma discreta. Toda sua volta conta com uma área verde. Os dormitórios são divididos em dois tipos, os dormitórios compartilhados e os individuais. Os quartos individuais são para os jovens que estão em fase inicial do atendimento, passando pelo período de adaptação. Nesse alojamento os quartos são maiores e possuem uma cama, área de estar individual e um lavabo dentro de cada quarto. Os quartos coletivos acomodam até três adolescentes que já estão na fase conclusiva, com suas penas decretam e passaram para a convivência em grupo. Possui um
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sistema de duas entradas para que os internos possam circular livremente dentro da ala e uma área de conivência compartilhada e os banheiros também. O grande bloco educacional abriga as salas de aula do ensino básico, salas do ensino profissionalizante e uma horta. A área de serviço conta com dois blocos, o centro médico e o refeitório, com cozinha e lavanderia.
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Figura 05 : Render do Complexo. Fonte: Acervo da autora
Referências LIMA, Suzann Flávia Cordeiro de. Arquitetura penitenciária: a evolução do espaço inimigo. 2005. Coleção CAU/RS 2015 Arquitetura Socioeducativa – O espaço ressocializando pessoas e curando a sociedade, Rio Grande do Sul, 2015. Disponível em: https://www.caurs.gov.br/wp-content/uploads/2017/07/Arquitetura-So cioeducativa.pdf Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE Diretrizes Governo do Brasil, São Paulo, 2006. Disponível em: http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/publicacoe s/sinase.pdf Núcleo de Produção de Informações Estratégicas – NUPRIE 2018 Boletim estatístico para Fundação CASA Disponível em:
CORDEIRO, Suzann. O espaço penal e o indivíduo-preso: dinâmicas do espaço habitado. 8 ed. São Paulo: Revista Brasileira de Segurança Pública, 2011
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Souza, Danielle Gomes de Barros, Arquitetura socioeducativa - Os espaços de internação para adolescentes em conflito com a lei: mudanças ocorridas até o SINASE e a sua repercussão na arquitetura, 2011 Disponível em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.131/3832
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http://www.fundacaocasa.sp.gov.br/boletins/boletins_2018/044.Boletim_Presidencia_04.05.2018.pdf
Cento de Reabilitação para Dependentes Químicos Re_Nascer A Arquitetura que Trans Forma Raphael dos Santos Gonçalves Nanni Orientador: Prof. Artur Forte Katchborian
Figura 01: Fachada do Projeto. Fonte: Autoral.
O projeto arquitetônico apresentado refere-se a um centro de reabilitação, com três abordagens de tratamento, para dependentes químicos. Está inserido em Santana de Parnaíba – SP onde é um local de fácil acesso para diferentes regiões do estado de São Paulo. A construção do pensamento para a edificação tem como premissa compreender o ambiente onde o dependente químico está inserido e projetar um centro de reabilitação; onde a arquitetura seja um fator contribuinte para o tratamento e recuperação desses usuários, permitindo a reinserção na sociedade após o tratamento.
O presente trabalho possui como intuito discutir o centro de reabilitação para dependentes químicos. Como sabemos o grande mal do(s) século(s) são as drogas e os efeitos que elas causam em seus usuários: o vício. São Paulo possui vários pontos estratégicos que acumulam estes dependentes e, muitos não possuem acesso para um completo tratamento ou simplesmente se recusam por falta de
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Introdução
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Versão integral do trabalho em https://issuu.com/raphaelgnanni/docs/caderno
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encorajamento (seja do governo ou da família); além daqueles usuários que passam despercebidos na sociedade. O papel da arquitetura está diretamente ligado com o sucesso de reabilitação do paciente. Florence Nightingalei já pensava nisso enquanto cuidava dos enfermos na guerra da Crimeia, em 1853. Visando conceitos como ventilação, iluminação e higiene, a enfermeira pioneira estabeleceu um novo modelo de espaço de internação. Dessa forma, inspirando a divisão clínica dos hospitais; a arquitetura hospitalar influencia diretamente na saúde e bem-estar de pacientes, familiares e colaboradores da instituição, ajudando na recuperação, qualidade de vida e promoção à saúde. Por esse motivo, é essencial que o ambiente siga estes conceitos com a finalidade de evitar agravos ao quadro do paciente e proporcionar uma boa recuperação. A escolha do tema possui caráter de arquitetura hospitalar, focando em um centro de reabilitação para dependentes químicos; a região escolhida para inserção do projeto foi Santana de Parnaíba, interior de São Paulo. O projeto possui uma visão de recuperação ao indivíduo viciado em drogas, mas que tenha uma forma “livre” do tratamento; o intuito é fazer com que a estadia do paciente seja sucedida de forma calma e natural. O projeto destina-se a adictos de qualquer droga, idade e gênero; aqueles que necessitam de um tratamento em dependência química e, assim, viver em sociedade novamente. Referência Projetual
Figura 02 Vista Superior Externa | Hospital Psiquiátrico Helsingor . Fonte: archdaily.com.br Inaugurado em 2005, o hospital é organizado para dar melhorias e fornecer secções individuais com um máximo de dependência e espaços íntimos, onde os pacientes podem se sentir em casa. As seções (dia) e noite são abertos, ambos oferecendo uma visão geral para os indivíduos e cuidados para eles não se sentirem observados; oferecendo quartos para socialização e encontros entre as pessoas e,
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ao mesmo tempo, aproveitar o isolamento e contemplação. O programa de tratamento tem como estrutura um cristal de floco de neve em todas as direções em comprimentos variados. De acordo com o tamanho das unidades individuais, todas as partes do edifício são fundidos em um único ponto. Acima do centro de trevo de galerias, uma das galerias interrompe-se com uma ponte para o hospital existente e torna-se uma estrutura flexível para expansão devida ao desenvolvimento.
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Proposição Estudo do terreno.
Figura 03: Brainstorm inicial do projeto. Fonte: Autoral. A primeira etapa desta fase foi a execução de um Brainstorm, com o intuito de organizar melhor as palavras que mais se encaixam ao projeto. Através dos estudos preliminares, foram estipulados alguns pontos; categorizados como necessários e/ou desejáveis, para a escolha do terreno, sempre focando na proximidade do “Centro Novo” de São Paulo (a preferência se dá pelo enfoque do tratamento de usuários localizados, principalmente, na região metropolitana de São Paulo). A partir desses estudos, foram selecionados quatro terrenos; onde foi selecionado o terreno que apresentava todos os requisitos mínimos projetuais.
Figura 04: Imagens do terreno selecionado. Fonte: Google Maps. O município de Santana de Parnaíba está localizado no interior de São Paulo – SP, na zona oeste da região metropolitana de São Paulo. O município se estende por 179,8 km². A população em 2010 é de 108
turísticas, onde o centro da cidade é história, com vários bens tombados. A economia de Santana de Parnaíba é ligada ao setor de serviços e comércios, notadamente na região de Alphaville. O município conta com uma política de preservação ambiental, onde proporciona a criação e a manutenção de áreas de valor ecológico e ambiental.
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(dados do IBGE). Santana de Parnaíba nasceu às margens do rio Tietê. A cidade possui características
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875 habitantes e a área é de 184 km², o que resulta numa densidade demográfica de 468,73 hab/km²
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Programa.
Figura 05: Programa do projeto. Fonte: Autoral O programa foi elaborado através dos estudos realizados, apresentados na monografia. Grande parte das áreas foram estipuladas conforme a legislação ordena, “orientação para instalação e funcionamento das comunidades terapêuticas no estado de São Paulo”, de 2014. Este guia possui uma legislação mínima para cada ambiente. A elaboração do programa foi baseada para 41 internados de período integral | parcial; além dos internados de um curto período do tempo; mediante às necessidades do tratamento contra o vício.
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Figura 06: Implantação | Planta baixa. Fonte: Autoral
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Figura 07: Render 1: praça interna coberta; render 2: salão restaurante externa coberto. Fonte: Autoral
Figura 08: Dois qr-codes onde permite acessar mais informações visuais do projeto. Fonte: Autoral Os Qr-Codes acima redicionará para maiores informações visuais do projeto. O primeiro está destinado à renders realizados do projeto como um todo, em diferentes horários do dia e perspectivas; já o segundo, está ligado à um vídeo percorrendo pelos espaços do projeto e mostra o estudo da carta solar em diferentes perspectivas do projeto. Conclusão. As drogas vêm atingindo a sociedade, sendo uma doença que não possui cura, mas, há a possibilidade de tratamento para reduzir seus sintomas de abstinência. Concluo este trabalho ressaltando a importância da influência que o projeto de arquitetura possui, para a recuperação do adicto com suas devidas abstinências. Apesar das tentativas de programas sociais do governo, a reabilitação de um dependente químico ainda é um assunto bastante complexo, levando a vulnerabilidade social e tornando os usuários marginalizados e excluídos da sociedade; reflexo de poucas unidades com uma arquitetura adequada de tratamento em vigor. A proposta de criar um centro de reabilitação para dependentes químicos parte da premissa de respeito, igualdade e valorização à todas as pessoas, auxiliando, indiretamente, aqueles que são excluídos de a sociedade tornarem parte da mesma através de acompanhamento de profissionais, educação, convivência e respeito; ajudando não “eles”, mas sim, “nós”; qualquer um corre o risco de se tornar adicto Referências
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ORGANIZACÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Neurociências: consumo e dependência de substâncias psicoativas. Genebra: [s.n.], 2006. Site.
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LANG, O. ’Vícios têm origem em traumas e não estamos atacando as causas do problema’. BBC World Service, BBC News, p. 1 – 1, novembro 2019. Disponível em: https://www:bbc:com/portuguese/internacional-50459101. Acesso em: 12/052021.
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Paisagem natural e cultural: requalificação da orla da Lagoa da Conceição Felipe Alonso Dans Orientador: Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres
Figura 01: Proposição para a orla do “centrinho da Lagoa”. Fonte: acervo do autor
Resumo Conhecida por seus patrimônios naturais, a região da Lagoa da Conceição atrai visitantes
se fazem presentes, colocando em risco a existência futura destes patrimônios, bem como de seu espaço público próximo as águas. Este trabalho tem por objetivo atuar na requalificação do espaço urbano de sua orla, mais precisamente em seu reconhecido ”centrinho da Lagoa” Versão integral do trabalho em https://issuu.com/felipedans/docs/tcc_2_felipe_dans
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em razão de sua ocupação histórica em torno de suas águas, problemas ambientais e urbanos
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de diferentes lugares, em busca de suas belezas naturais e atmosfera descontraída. Entretanto,
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Introdução A região da Lagoa da Conceição em Florianópolis-SC é reconhecida por sua paisagem, composta por morros de vegetação densa, dunas e seu mais extenso patrimônio, a Lagoa da Conceição. Seu entorno possui diferentes características, ordenando a ocupação urbana em torno de suas águas. Assim surgem dinâmicas territoriais específicas do conflito entre a vida cotidiana dos moradores locais e o uso turístico da região, ambos ameaçando a preservação desse patrimônio natural. Este trabalho, portanto, nasce a partir de vivências na região e inquietações pessoais sobre possíveis contribuições para o tema. Antes de tudo, no entanto, faz-se necessário a definição de patrimônio natural, que se define a seguir na Carta de Paris: [...] os lugares notáveis naturais ou as zonas naturais estritamente delimitadas, que tenham valor universal excepcional do ponto de vista da ciência, da conservação ou da beleza natural. (Carta de Paris, 1972, p.2) Apesar da proximidade da região com este patrimônio natural, a relação Bairro-Lagoa aparece por vezes interrompida. Edificações irregulares ocupam as margens da Lagoa, privando esta relação, bem como ameaçando a preservação das águas com sua proximidade. Não existem espaços públicos qualificados junto à Lagoa, restando apenas áreas residuais. Outro problema é a mobilidade, tendo seu acesso bastante dificultado graças ao intenso trânsito de veículos automotores. Para Somekh (2016): Sob a luz do desenvolvimento urbano sustentável, as cidades contemporâneas vêm passando por transformações que podem ser elencadas apontando a necessidade de ampliar a importância da proteção do patrimônio cultural, bem como dos espaços públicos, garantindo a permanência da identidade e democracia urbana. (Somekh, 2016, p. 221) Surge o questionamento, de como reabilitar e requalificar o espaço público desta região de forma eficiente, garantindo a preservação do patrimônio natural, cultural e a boa urbanidade para o território. Assim, este trabalho tem por objetivo propor um projeto que estimule e permita a gestão integrada do patrimônio cultural e ambiental, propondo novos espaços públicos para os usos já presentes. Como objetivos específicos:
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-Valorizar a relação visual Lagoa e bairro; -Liberar a orla; -Retirar lotes em áreas irregulares; -Criar novos espaços públicos, levando em conta alta e baixa temporada; -Criar coberturas para os eventos já existentes, bem como para espaços de estar públicos; -Requalificar passeios; Dividido em capítulos, estrutura-se da seguinte forma: No Capítulo 1, Paisagem, discute-se o termo e seus alternados significados, bem como diferentes tipos de patrimônio, a fim de se ter um entendimento acerca do tema e dos patrimônios da região. No
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Capítulo 2, Lagoa, é apresentada sua ocupação, bem como características. São presentes problemas urbanos e ambientais, dos quais colocam em risco a preservação da área. No Capítulo 3, fundamenta-se a proposta, através da apresentação da área no capítulo anterior, são feitos diagnósticos, bem como as diretrizes da intervenção. Por fim, são apresentados nos capítulos seguintes os estudos de caso que são referência ao projeto, bem como conclusões acerca da proposta e referências.
Figura 02: Área da intervenção atualmente. Fonte: acervo do autor Proposição
Como proposta à requalificação da Orla, parte-se da premissa e priorização da retirada de edificações da beira da água. Como continuidade, o desenho das áreas na margem da Lagoa, pretende-se implantar um espaço de estar público, que valorize e aproxime a Lagoa com o bairro. Também será revisto o fluxo de automóveis, bem como de bicicletas, criando uma ciclovia na orla e se utilizando da nova ponte prevista no plano diretor, a fim de desafogar o trânsito e não apagar a antiga ponte e suas áreas adjacentes. Através do desenho de espaços públicos qualificados ao longo da Orla, será revista e estimulada a relação do Casarão Bento Silvério com seu entorno, criando um novo espaço próximo com coberturas para as feiras que já ocorrem no
Figura 03:Setor feirinha. Fonte: acervo do autor
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local.
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Figura 04: Setor eventos. Fonte: acervo do autor
Esta requalificação da área visa a melhoria do bem estar urbano, valorizando a relação da população com suas áreas públicas, bem como com a Lagoa, graças a ocupação da Orla apenas por espaços públicos e não privados. Por fim, esta intervenção colocará em prática os
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desejos da população local, onde pede por ações que preservem as águas da Lagoa.
Figura 05:Setor esportivo. Fonte: acervo do autor
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Referências
CRISPIM, F. B. Entre a geografia e o patrimônio: estudo das ações de preservação das paisagens paulistas pelo Condephaat (1969-1989), Guarulhos: UNIFESP, Dissertação de pós graduação, 2014. D’AQUINO, V. S. Lagoa_Uma visão CHIS, Florianópolis: Trabalho de Conclusão de Curso, UNISUL, 2019. VAZ, M. C. Lagoa da Conceição: a metamorfose de uma paisagem, Florianópolis: Dissertação de Mestrado, UFSC, 2008. GONÇALVES, S. D. (RE)Qualificação Urbana: Lagoa da Conceição, Florianópolis: Trabalho de Conclusão de Curso, UNISUL, 2020. CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Unesp/Estação Liberdade, 2001. RIBEIRO, Rafael Winter. Paisagem cultural e patrimônio. Rio de Janeiro: IPHAN/ COPEDOC, 2007. SOMEKH, N. A construção da cidade, a urbanidade e o patrimônio ambiental urbano: o caso do Bexiga, São Paulo, São Paulo: Revista CPC n.22, 2016. ZANCHETI, S. M. et. al. Gestão do Patrimônio Cultural Integrado, Recife: UFPE, Programa de pós graduação em Desenvolvimento Urbano, 2002. Recomendação Paris - Proteção do patrimônio Mundial, Cultural e Natural, Paris, 1972. Carta do Rio, Rio de Janeiro, 1992. Recomendação Europa, 1995.
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WEISS. R. A dinâmica urbana: da compreensão à construção de um modelo de identificação dos padrões de crescimento urbano por meio das métricas espaciais da paisagem o caso do distrito da Lagoa da Conceição. Florianópolis: Dissertação de pós graduação, UFSC, 2016
(R)existência: Axé Ilê Obá e o Patrimônio Cultural Afro-brasileiro no Jabaquara Marcela Pires Silveira Orientador: Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres
Figura 1: Implantação: Fonte: acervo da autora
Resumo O trabalho tem interesse na reflexão do tratamento da memória e patrimônio cultural material e imaterial afro-brasileiro no espaço urbano paulistano, com foco no distrito do Jabaquara. Para
temática em mente, é realizado uma pesquisa teórica acerca do contexto do patrimônio cultural no Brasil principalmente na perspectiva do patrimônio cultural negro brasileiro. A compreensão e problematização feita sobre o território revela a importância de uma proposta de intervenção que conecte e consolide o percurso terreiro – museu como recurso de fortalecimento e valorização da memória identitária negra no território em questão. Por fim, uma praça foi escolhida para maior detalhamento. Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/marcelapires_/docs/marcelapiressilveira_tcc
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negra na região: o terreiro de candomblé Axé Ilê Obá e o Sítio da Ressaca (MCSP). Com a
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isso, reconhece-se a importância de dois lugares que fazem parte da (re)existência da identidade
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Introdução No Brasil a noção de patrimônio e identidade é geralmente vista sob uma ótica colonialista europeizada, ignorando a cultura, os costumes e a memória dos povos que constituíram a sociedade brasileira e atualmente resistem nas cidades por meio de territórios específicos. Apesar do crescimento das discussões acerca da importância de resgatar e preservar a produção, herança cultural e patrimonial de negros e indígenas, essas comunidades ainda sofrem com as problemáticas resultantes de todo o processo histórico brasileiro. Isso implica no fato dos grupos permanecerem suscetíveis aos processos de apagamento nos territórios urbanos brasileiros. Este trabalho busca, portanto, valorizar os pontos de memória e sociabilidades negras na cidade de São Paulo. Para isso, assume a importância do Sítio da Ressaca e do Terreiro Axé Ilê Obá na (r)existência da identidade negra na região do Jabaquara. Buscando propor novas formas de tratar o patrimônio cultural material e imaterial nesse contexto, o trabalho tem como premissa propor uma conexão que qualifique o percurso museu – terreiro, fortalecendo a preservação do território e memória por meio da paisagem cultural e evidenciando outros pontos de territorialidade negra presentes na paisagem do percurso escolhido. Partindo do resultado das leituras urbanas, representadas em forma de mapas e reportagens, foi proposto 3 principais eixos de trabalho: 1. memória e patrimônio; 2. vias; 3. estar. Para um desenvolvimento detalhado do trabalho foi escolhido uma área pública ao lado do terreiro, pertencente ao primeiro e terceiro
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eixo.
Figura 02: Mapa de terreiros e escolas de samba na cidade de São Paulo. Fonte: acervo da autora Figura 03: Mapa de favelas na cidade de São Paulo. Fonte: Geosampa.
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Proposição Para o detalhamento do projeto foi escolhida a Praça Dr. Aécio Mennucci, localizada ao lado do terreiro Axé Ilê Obá. A intervenção focada no tratamento desse espaço público ao lado do terreiro se justifica, em parte, por antigamente situar o assentamento de Exú do terreiro - agora alocado para dentro do terreiro. Para o melhor aproveitamento da área optou-se também pela remoção da edificação que segregava os lotes do terreiro e da praça, conformando assim a nova praça, chamada “Praça Ilê Obá”. A edificação removida atualmente comporta um escritório de engenharia e não possui nenhum valor patrimonial. Com a retirada da edificação o projeto passa a ter cerca de 443m².
Figura 04: Diagrama de remoções. Fonte: acervo da autora. Com as bases levantadas e reflexões feitas, o desenho da praça toma partido de uma série de elementos da simbologia religiosa atrelada à conduta trabalhada nos terreiros e na cultura afro-brasileira - a Sankofa, um pássaro que volta a cabeça a sua própria cauda, um dos ideogramas Adinkra representando a ressignificação do presente e a construção do futuro; o formato do caracol Igbin na disposição dos bancos; e a própria noção de sentido entre os espaços, o terreiro, aqui como local de manifestação de desejos como explicado na teologia Iorubá, e a praça, representante dos ébos (despachos), levando à apropriação da esquina antes vulnerável (entre a Av. Eng. Armando de Arruda Pereira e Rua Azor Silva) em um local de proteção nesse entorno. As inspirações se manifestam tanto no mobiliário quanto no desenho de piso,
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Figura 05: Caracol Igbin e pintura corporal retratada por Carybé. Fonte: imagens da internet
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na adequação dos usos e na composição com a natureza.
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Partindo do provérbio nagô “Kò sí ewé, kò sí Òrìsà” que significa “Sem folha não há Orixá”, implantou-se um herbário próximo ao muro como forma de aproximar a atividade cotidiana do terreiro, afinal as ervas são elementos importantes na manutenção dos rituais do candomblé, integrando-as nas arquibancadas juntas ao muro que divide o lote da praça e do terreiro - aqui as ervas servem de transição entre o sagrado e o profano, patrimônio material (terreiro) e imaterial (candomblé). Ainda foram necessárias adequações nas calçadas: alargadas tanto na Rua Azor quanto na Avenida. Nessa última foi proposta uma diminuição do leito carroçável para priorizar a segurança do ciclista. Atentou-se à iluminação geral com luz difusa em toda a praça, refletindo a copa das árvores e fazendo menção ao céu, Orum.
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Figura 07: Diagrama da jardineira/escadaria. Fonte: acervo da autora.
Figura 08: Cortes do projeto. Fonte: acervo da autora.
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Referências ABREU, Mauricio de Almeida. Sobre a memória das cidades. Revista Território, ano III, nº 4, jan/jun, 1998, p. 5-26. Atlântico Negro: Na Rota dos Orixás. Disp em: https://www.youtube.com/watch?v=MuuLCmr9SQo | Acesso em: 06.03.2021 CORREA, Renato Pereira. História e memória do terreiro Axé Ilê Obá. 2014. 148 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2014. DEBUS, José Carlos dos Santos. Identidade Cultural, Multiculturalismo e Patrimônio Cultural. In: NOGUEIRA, João Carlos; NASCIMENTO, Tânia Tomázia do (orgs). Patrimônio cultural, territórios e identidades. Florianópolis: Atilènde, 2012. HALL, Stuart. Da diáspora: Identidades e mediações culturais / Stuart Hall; Organização Liv Sovik; Tradução Adelaine La Guardia Resende ... let all. - Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasilia: Representação da UNESCO no Brasil, 2003, p. 334-349. LE GOFF, Jaques. História e Memória. São Paulo: Editora da UNICAMP, 1990. MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra. A cidade como bem cultural: áreas envoltórias e outros dilemas, equívocos e alcance na preservação do patrimônio ambiental urbano. São Paulo: IPHAN, 2006. ROLNIK, Raquel. Territórios negros nas cidades brasileiras: etnicidade e cidade em São Paulo e Rio de Janeiro. Revista de Estudos Afro-Asiáticos 17, 1989, p.1-17.
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SILVA, Maria Nilza. Nem para todos é a cidade: segregação urbana e racial em São Paulo / Maria Nilza da Silva. - 1 .ed. - Brasília, DF: Fundação Cultural Palmares, 2006.
Resgatar, mapear e ressignificar: Ensaio sobre memória, identidade e paisagem urbana no bairro do Bixiga Milena Andrade de Oliveira Orientador: Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres
Figura 01: vão da Rua Fortaleza com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Fonte: acervo do autor
Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/lenaandradepublications/docs/caderno_final_-_milena_andrade-issuu
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O trabalho pretende discutir o processo de apagamento, mercantilização e verticalização dos espaços públicos do antigo bairro do Bixiga, considerando o contexto de desenvolvimento urbano da metrópole paulista. Dividido em três tempos, o trabalho resgata a memória do Bixiga através de uma pesquisa histórica sobre sua conformação no imaginário popular como bairro, a tradição italiana e sua ascensão como polo cultural. Através do mapeamento, compreende-se os problemas e desafios atuais do bairro no que tange a problemática do patrimônio, a espetacularização da vida pública e a preservação do seu tecido para posterior desenvolvimento de ações de enfrentamento. Assim, é sugerida a criação de espaços livres públicos em alguns trechos do bairro que visem estimular e incorporar em maior grau no cotidiano do Bixiga a ideia de fruição, permanência e conectividade entre indivíduo, espaço público, patrimônio cultural, memória e identidade.
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Resumo
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Introdução Localizado na região central de São Paulo, no distrito da Bela Vista, o bairro do Bixiga, é considerado tanto por moradores como não-moradores, como um dos bairros com a maior diversidade cultural e social da capital paulista. O bairro possui diversas particularidades que o marcam como um dos pontos históricos de maior destaque no processo de consolidação do espaço urbano no que é hoje considerado centro de São Paulo, tanto por sua multiculturalidade, como pela riqueza de seu patrimônio arquitetônico e urbano. Entretanto, mesmo sendo um lugar tão famoso e tradicional, marcado por um turismo forte, repleto de ocorrências artísticas e gastronômicas que tanto se faz presente no dia a dia do paulistano, a região se vê diante de diversas tensões e conflitos no que se refere aos interesses na produção do espaço urbano do mercado imobiliário e seu valor histórico. O Bixiga vem sendo fragmentado, explorado e gradativamente apagado através dos resquícios e ruínas de construções antigas que acabam tendo como destino a demolição e seu uso reconvertido em estacionamentos, sendo estes alvos constantes de forças especulativas que intensificam as políticas de apagamento. Buscando propor novas formas de reabitar e se apropriar do Bixiga, o trabalho tem como premissa propor uma conexão entre os vazios urbanos e fragmentários do território com seus espaços culturais consolidados, ressignificando assim não só aqueles alvos de especulação como também as formas de ocupar o território. Considerando seu patrimônio urbano, a reabilitação e preservação do bairro serão entendidas aqui, como um mecanismo capaz de gerar maior proximidade entre o espaço da cidade e seus habitantes. Apesar de não constar oficialmente na divisão administrativa da cidade de São Paulo, neste trabalho é considerado a região do Bixiga como bairro; e Bixiga e Bela Vista como sinônimos, uma vez que a intenção é reconhecer e reafirmar suas características históricas, sociais e culturais atreladas ao seu patrimônio arquitetônico e urbano. O trabalho está estruturado em três tempos: O resgate, em que se realiza uma pesquisa histórica sobre a formação do bairro e sua ascensão como bairro tradicional, observando as transformações urbanas que ocorreram na área central de São Paulo ao longo dos anos e afetaram diretamente o território; o mapeamento, com diagnósticos e análises sobre o cotidiano dando importância aos atuais desafios e acontecimentos que moldam e direcionam as dinâmicas socioespaciais; e por último, a ressignificação,
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por meio de diretrizes e estudos de ocupação e intervenção que reabilitam os espaços alvos de análise, articulando e conectando ao patrimônio cultural e urbano existente. Proposição A proposta aqui apresentada de ocupação e criação de espaços livres públicos no Bixiga através da manutenção de territórios de cultura e memória por intermédio de foyers públicos, tem como embasamento a retomada do conceito de vida pública e a desvinculação do preceito de que lugares de lazer e práticas culturais devem se manter afastados da vida cotidiana das cidades.
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Para tanto, toma como frente às “sobras” que estão como alvo de especulação e atuação no bairro, como áreas subutilizadas (estacionamentos, áreas esvaziadas ou em ruínas) e notificadas na falta do cumprimento da função social da propriedade.
Figura 02: Mapa: Imóveis ou lotes subutilizados ou notificados. Fonte: acervo do autor
Foi escolhido três locais para ensaio onde os espaços para receber as intervenções buscassem atender aos seguintes objetivos gerais: 1. Revelar as fissuras e vazios criados ao longo do tempo no tecido urbano do Bixiga; 2. Questionar a metodologia empregada na construção de altos edifícios nestes lugares de vazio
demolição e verticalização; 4. Expor a supervalorização do Bixiga através de áreas que se encontram em situação precária porém possuem alto valor de mercado devido a sua posição estratégica por estar inserido na área central; 5. Estimular uma relação continuada e demorada com os espaços livres; 6. Estabelecer conexões aos usos já consolidados do bairro, principalmente os voltados a comércio, serviços e bens de uso cultural.
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3. Denunciar a degradação gradual dos espaços públicos e bens históricos do bairro para posterior
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sob o argumento de adensar o território;
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7. Mostrar a relevância do patrimônio para além de sua função unicamente intocável e apreciativa, mas também como um elemento que pode ser inserido dentro de todo o conjunto urbano. Levando tais critérios em consideração, foram escolhidos três áreas do bairro para serem utilizados como modelos em um ensaio sobre o habitar a cidade, cuja metodologia e conceito de ocupação também poderiam ser replicados as demais fissuras do Bixiga alvos de especulação.
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Figura 03: Perspectiva de uma das três áreas alvo de intervenção - desnível da Cardeal Leme com a Rua Rocha. Fonte: acervo do autor
Figura 04: Perspectiva aérea de uma das três áreas alvo de intervenção – beco da rua Fortaleza com a Conselheiro Ramalho. Fonte: acervo do autor
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Referências ARANTES, Otília Beatriz Fiori. O lugar da arquitetura depois dos modernos. 3ª edição, São Paulo, Edusp, 2000. CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. Tradução de Luciano Vieira Machado. São Paulo: Estação Liberdade/Ed.UNESP, 2001. GONÇALVES, Camila Teixeira. Intervenções contemporâneas no Bixiga: Fissuras urbanas e insurgências. 2016. Dissertação de Mestrado. Instituto de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, São Carlos, 2016. LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: Editora da UNICAMP, 1990. LEITE, Rogério Proença. Espaços públicos na pós-modernidade. In: Fortuna C (org.). Plural de cidades: Novos léxicos urbanos. Editora Almedinas, p. 187-204. MARZOLA, Nádia. Bela Vista, história dos bairros de São Paulo. São Paulo: PMSP, Secretária Municipal de Cultura, 1979. MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra. A cidade como bem cultural: áreas envoltórias e outros dilemas, equívocos e alcance na preservação do patrimônio ambiental urbano. São Paulo: IPHAN, 2006. PAES, Célia da Rocha. Bexiga e seus territórios. São Paulo, Dissertação de Mestrado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 1999. POLLAK. Michael. Memória, esquecimento e silêncio. In: Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, n. 3, 1989, p. 3-15. SCHNECK, Sheila. Bexiga: O cotidiano e trabalho em suas interfaces com a cidade (1906-1931). São Paulo, Tese de Doutorado. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2016.
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Patrimônio Arquitetônico e Urbano
SOMEKH, Nádia. Patrimônio cultural em São Paulo: Resgate do contemporâneo? PUB. Vitruvius, 2015. VERCELLI, Giulia. Reinventariar para preservar. O histórico bairro do Bixiga na contemporaneidade. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas, 2018.
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
TCC 2
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Parque Linear Jurubatuba A Cidade para o Pedestre Alice Katarine Lopes Acioly Feijó Orientadora: Profa. Ms. Marcella de Moraes Ocke Müssnich
Este trabalho de conclusão de curso consiste na implantação de um parque linear localizado próximo à estação Jurubatuba da CPTM, na Zona Sul de São Paulo. O local foi escolhido devido a potencialidade de se transformar em um espaço público livre de edificação com qualidade que priorize o pedestre e proporcione segurança e lazer. O parque linear tem como finalidade atender a todos com maior qualidade ao ambiente urbano, proporcionando áreas de lazer, caminhabilidade, permanência.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/aliceacioly/docs/caderno_tcc
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Resumo
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Figura 01 : Parque Linear Jurubatuba. Fonte: acervo do autor
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Introdução Os automóveis modificaram e moldaram o desenho de rua, a cidade foi pensada para que os carros fossem prioridade e como resultado o meio urbano tornou-se hostil para os pedestres e ciclistas, que acabaram ficando em espaços com poucas condições. As calçadas estreitas ficam cobertas por sinalizadores, parquímetro, postes, além dos difíceis cruzamentos de ruas, esses são exemplos que comprovam que na atualidade as cidades proporcionam melhores condições para os automóveis. Esse problema que vem do século passado e gera consequências como congestionamento nas cidades, altas emissões de CO2 na atmosfera, aumento no número de acidentes e de estresse. O ato de andar tem relação direta com questões urbanísticas da cidade, proteção e segurança nas ruas (causada pela presença constante de pessoas e iluminação de qualidade); a relação com as fachadas, muros altos e grades tornam a cidade menos atrativa; qualidade das calçadas (largura, acessibilidade, iluminação); faixas de travessia; separação dos automóveis; mobiliário; consumo e qualidade visual são fatores que influenciam diretamente no convite para utilização do espaço e no tempo que as pessoas irão gastar nesses lugares. O deslocamento a pé continua sendo um dos meios de locomoção mais importantes, na cidade de São Paulo um terço dos deslocamentos são realizados por pedestres. Um dos pontos em São Paulo que incentivam ou atrapalham a pedestrianização é a forte diferença social e urbana, enquanto regiões da cidade possuem maior estrutura, outras não oferecem quase nada ou zero estrutura para o pedestre. Pessoas
que
moram
ou
frequentam
o
Centro
da
cidade
possuem
melhores
condições
de caminhabilidade do que os moradores da periferia de São Paulo. Espaços públicos, ruas, parques e praças são lugares onde ocorrem interação humana e diversas atividades como: lazer, cultural, permanência, passeio, esportes. Gehl (2010) categoriza as atividades realizadas nos espaços públicos como necessárias (são as atividades compulsórias como ir à escola, ao trabalho), opcionais (atividades que há um desejo de realizar e condições agradáveis, como caminhar,
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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
pedalar por lazer), e sociais (são as atividades que dependem da presença de outros nos espaços públicos). Se um espaço possui vitalidade, essas atividades opcionais sociais serão desenvolvidas de forma natural e em maior número pelas pessoas, desse modo atraindo mais pessoas. A falta de espaços públicos livre de edificação com qualidade em algumas partes da cidade de São Paulo (como na região do Campo Grande, Zona Sul - onde se localiza a área de intervenção) vem se tornando um problema ao longo dos anos. Decorrente da intensa urbanização na cidade, desde a década de 1970, São Paulo sofre uma forte priorização do transporte privado como principal meio de locomoção, em decorrência o pedestre passa para segundo plano, proporcionando problemas de vitalidade, segurança, ambiental, liberdade e lazer.
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Proposição Atualmente a área de intervenção localizada na Marginal Pinheiros, atualmente caracteriza-se como uma via não convidativa para o pedestre, onde esse foi colocado em estreitas calçadas desqualificadas, muros e grades que geram fachadas hostis e pouco atrativas, além do canteiro central que é isolado por ônibus das empresas da região que estacionam e tornam o espaço não convidativo e inseguro para o pedestre, enquanto o automóvel domina o espaço. A região localizada na Zona Sul de São Paulo não possui espaços livre de lazer com qualidade e o pedestre está vulnerável na cidade, o lugar poderá contar com um espaço público livre de edificação destinado ao lazer mais qualificado para o pedestre. No contexto de pandemia, a questão da necessidade de espaços públicos livres de edificação ficou ainda mais evidente na região escolhida, devido a carência de áreas livres para lazer ou permanência que o lugar possui. Pensando no potencial que o trecho escolhido oferece de se transformar em um lugar qualificado para o pedestre, o projeto tem como objetivo solucionar questões urbanísticas e paisagísticas na região, melhorando a qualidade de vida na área escolhida, preservando a flora existente, priorizando o pedestre e incentivando meio de transporte verde (bicicleta e pedestres), sendo o parque um lugar inclusivo,
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Figura 02 : Implantação Parque Linear Jurubatuba. Fonte: acervo do autor
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
proporcionando espaços adequados para atividades de estar, lazer e cultural para os usuários da região.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
O partido inicial do projeto se dá pela preservação da flora existente na região e inserção de novas espécies, e a implantação de jardim de chuva para a captação das águas. A partir disso é proposto um desenho de piso orgânico criando áreas de caminhabilidade e permanência, valorizando o percurso a pé e de bicicleta; proporcionando conforto e segurança. Para maior segurança e conforto de pedestres e ciclistas, nos pontos de encontro do parque (que compreendem a Av. Nações Unidas e a Av. Eng. Eusébio Stevaux (com maior fluxo de automóveis) é proposto a implantação de lombofaixas utilizando a solução de traffic calming através do nivelamento das avenidas com o ponto de encontro do parque para a redução de velocidade do automóvel. Como proposta de projeto foram modificadas ruas que priorizam veículos particulares em rua exclusiva para o pedestre e ruas compartilhadas, criando espaços mais seguros e confortáveis para o pedestre, além disso foi mantida a ciclofaixa existente nas Av. Octalles Marcondes Ferreira e Av. Engenheiro Alberto Zagottis e foi realocada a ciclofaixa da Rua Maestro Joaquim Capocchi (que no presente momento não possui nenhuma conexão com a Av. Nações Unidas) para a Rua Rosa Galvão Bueno Trigueirinho que faz conexão com a ciclovia implantada na Av. Nações Unidas, criando um sistema conexo de ciclovia com
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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
o parque.
Figura 03 : Corte D - Antes e Depois. Fonte: acervo do autor
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Figura 04 : Parque Linear Jurubatuba. Fonte: acervo do autor Referências
GEHL, Jan. Cidades para Pessoas. São Paulo: Editora Perspectiva, 2013. Guia de Boas Práticas para os Espaços Públicos da Cidade de São Paulo, 2016. Guia Global de Desenho de ruas. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2018. JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2014.
SAKATA, Francine Gramacho e MACEDO, Silvio Soares. Parques Urbanos no Brasil. São Paulo: Editora Quapá, 2002. SPECK, Jeff. Cidade Caminhável. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2017. WHYTE, William H. The Social Life of Small Urban Spaces. Washington D.C. Editora: Project for Public Spaces Inc, 1980.
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Nível dos Olhos: Lições para os Plinths. Porto Alegre. Editora EdiPUCRS, 2015.
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KARSSENBER, Hans; LAVEN, Jeroen; GLASER, Meredith e HOFF, Mattijs van’t. A Cidade ao
Baixios de Viadutos Espaços residuais na cidade Fernanda Kim Tongu Nishida Orientadora: Profa. Dra. Marcella de Moraes Ocke Müssnich
Figura 01 : Baixios de Viadutos. Fonte: acervo do autor
Resumo
pois ficam fora dos circuitos, das estruturas produtivas. É um espaço não planejado, no qual acaba virando sinônimo de violência, desigualdade social e que, muitas vezes, acaba gerando insegurança de quem passa sob o viaduto. Em função disso, este trabalho busca refletir sobre esse espaço de outra forma, onde prioriza o pedestre, visando a qualidade caminhável que nesse espaço não tem, além de propor novos usos que dão propriedade e integram a malha urbana a esse espaço que tem oportunidade de um espaço livre que faz parte do cotidiano urbano.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/feekim/docs/fernanda_nishida_tcc2_
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cidade lugares que, supostamente, tem de ser de todos, porém não representa lugar de ninguém,
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Os espaços livres de edificação nas cidades têm uma tendencia ao residual, proporcionam na
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Introdução A implantação dos viadutos e pontes na cidade de São Paulo, assim como em todo país, foi muito mecânica e automática, pois a partir do descobrimento dessa infraestrutura, do domínio dessa engenharia que promove desenvolvimento para cidade, a partir da mobilidade e dos automóveis, se tornou necessária e muito importante nas metrópoles. A partir do momento que a cidade começa a se desenvolver e precisar do deslocamento de pessoas, mercadorias, a transposição e movimentação no meio urbano, torna-se necessário implantar viadutos e pontes para facilitar as barreiras geográficas, porém o que acontece embaixo dele raramente é planejado. A construção dessas pontes e viadutos tinham como objetivo resolver questões de mobilidade voltadas para o transporte motorizado e os projetos dessas infraestruturas viárias não contemplam a parte de baixo das estruturas, que aqui neste trabalho estão denominados "baixios". Estes espaços são áreas que acabaram se tornando locais sem qualificação, escuros e, em alguns casos, resíduos urbanos. Há muitos problemas sob os viadutos de São Paulo, moradores de ruas, violência, dependentes químicos, lixos acumulados, falta de iluminação adequada, impossibilidade de transitar a pé adequadamente e insegurança que o espaço gera. Entre outras dificuldades, o baixio do viaduto é um “não lugar”, um espaço onde não é nada, não é pensado não é planejado, não é qualificado, e acaba sendo o que sobra, ou melhor, resquícios da malha urbana. A maior parte dos espaços sob viadutos não são caminháveis e de forma totalmente negativa, não há faixas de pedestres, nem calçadas adequadas para caminhar e o espaço é exclusivamente pensado para veículos, as pessoas evitam ao máximo passar debaixo de um viaduto quando na escala do pedestre, mas
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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
muitas vezes não se tem outras opções.
Figura 02. Calçada sob o Viaduto Washington Luís. Fonte: acervo do autor
Figura 03. Espaço residual sob o Viaduto Washington Luís. Fonte: acervo do autor
Este trabalho de conclusão de curso estuda como esse espaço sem caráter e residual se apresenta no meio urbano, como começou a implementação de viadutos na cidade e porque esses lugares se encontram
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assim nos dias de hoje. Juntamente, com levantamentos bibliográficos e estudos de caso que reflitam de outra maneira o espaço do baixio de viadutos, melhorando o espaço público na cidade, representando de modo inovador esse ambiente e dando um caráter urbano diferente do habitual. Há muitos exemplos internacionais que veem de outra maneira esse espaço e tentam requalificar um lugar não tão usual para um lugar importante e confortável na cidade. Exemplos e boas referências que o Brasil poderia repensar seu modo de ver o espaço sob viadutos. A partir de pesquisas de campo, realizadas durante o trabalho, obteve-se dados no qual comprovam a insatisfação das pessoas em relação a esses espaços na cidade e as intenções delas para a melhoria desse lugar. Com base nesses contextos e motivada pela possibilidade de requalificação desses espaços, foi escolhido o baixio do Viaduto Washington Luís como local para intervenção de projeto neste trabalho. A escolha desse espaço se deu por apresentar grande potencial de requalificação urbana/paisagística como uma melhor qualidade espacial para a região e para os pedestres que ali transitam.
Proposição O objetivo do trabalho de conclusão de curso é estudar e projetar o espaço residual que os baixios de viadutos na cidade de São Paulo enfrentam, de acordo com suas condicionantes urbanísticas, condicionantes habitacionais e como a implantação dessa infraestrutura (ponte/viaduto) se insere no meio urbano esquecendo de criar um sistema completo com o viaduto, a escala do pedestre e com o
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Figura 04: Cortes antes e depois da intervenção. Fonte: acervo do autor
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paisagismo, tanto no meio urbano quanto no meio social.
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Portanto, intervindo neste espaço para melhoria do cotidiano e da vida das pessoas, concebendo assim sua inserção na rede urbana e dando um novo significado para esse lugar, criando novas formas de viver o espaço público, através de diversos aspectos. O objetivo do principal dessa pesquisa foi projetar o baixio do Viaduto Washington Luís para oferecer uma melhor qualidade da paisagem urbana e condições de mobilidade, priorizando o pedestre, mas a intenção é que essa ideia de continuidade aos baixios decorrentes do Corredor norte-sul, para a cidade toda. Este projeto visa a caminhabilidade e qualidade do pedestre, em um espaço residual na cidade, refletindo de outra forma inusual esse espaço público. Trazendo assim um insentivo desse público local sob o viaduto, com lazer, esporte, áreas verdes, áreas de permanência e atendendo o fluxo comercial das
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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
travessias já existentes embaixo do viaduto também.
Figura 05. Planta antes
Figura 06. Planta depois da intervenção
As estratégias projetuais nessa esfera da escala humana em conjunto, criam uma interação desse espaço esquecido e mal visto no meio urbano, estabelecendo uma interação com a malha urbana. A proposta conta com o aumento das áreas delimitadas para o pedestre nos canteiros exigentes, separando-os do automóvel por meio de balizadores, pois estarão no mesmo nível para segurança nas travessias, atendendo os ideiais do traffic calming.
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Referências CHAHOUD, N.; STEDILE, O. Arquitetura sem lugar: Espaços Residuais. Arquiteturas Contemporâneas, 2016. GASPERINI, Fernando Henrique. Nota Técnica: Baixos de Viadutos. Gestão Urbana, Prefeitura de São Paulo,2016. AUGÉ, Marc. Não-lugares: Introdução a uma Antropologia da Supermodernidade: 1. Ed. Papirus Editora, 1994. MEYER, Regina Maria; HUET, Bernard. Os centros das metrópoles: Reflexões e propostas para a cidade democrática do século XXI: 3. Ed. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001.
HEEMANN, Jeniffer; SANTIAGO, Paola. Guia do espaço público: para inspirar e transformar. Conexão Cultural. JACOBS, Jane. Morte e a Vida das Grandes Cidades: 3. Ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011. MANUAL DE DESENHO URBANO E OBRAS VIÁRIAS CIDADE DE SÃO PAULO, São Paulo: Prefeitura de São Paulo; Partnership for Healthy Cities; Bloomberg Philanthropies; Vital Strategies; WRI Brazil, 2021. GUIA DE BOAS PRÁTICAS PARA OS ESPAÇOS PÚBLICOS DA CIDADE DE SÃO PAULO, São Paulo: Prefeitura de São Paulo Desenvolvimento Urbano; SP-Urbanismo São Paulo Urbanismo, 2016.
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GUIA GLOBAL DE DESENHO DE RUAS, São Paulo: NACTO; SENAC SP, 2018.
Cidade pra que(m)? A ocupação de edifícios em situação de abandono no centro de São Paulo como forma de efetivação do direito à cidade Izabela Maria Borghoff de Paula Orientador: Prof. Dr. Ricardo Dualde
Figura 01: Desenho 3D de uma das áreas de proposta. Fonte: acervo do autor
https://issuu.com/izabelaborghoff/docs/tcc_izabelaborghoff
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O presente trabalho pretende discutir os conceitos de direito à moradia adequada e direito à cidade, a partir da utilização de edifícios em situação de abandono do centro de São Paulo, com a intenção de fornecer habitação social apropriada, qualificar o entorno imediato e, consequentemente, a cidade como um todo. Este trabalho tem o intuito de afirmar a necessidade de políticas habitacionais que priorizem a diminuição da desigualdade e segregação socioespacial, visando, além da moradia, a efetivação do direito à cidade e melhor utilização dos seus espaços construídos. A intenção dessa proposta baseia-se na criação de uma malha de apoio aos moradores, fazendo com que esses espaços sejam qualificados a serem, além de moradia, espaços de convívio, lazer, preservação cultural, acolhimento, espaços onde possam existir equipamentos públicos e espaços de geração de renda para os moradores.
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Resumo
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Introdução
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A formação do tecido urbano da cidade de São Paulo carrega um acúmulo de questões que, como resultado, construíram uma cidade com significante desigualdade e segregação socioespacial. São Paulo é uma das cidades mais ricas da América Latina, a cidade mais populosa do Brasil, o principal centro financeiro da América do Sul e considerada umas das cidades mais globalizadas do planeta. No entanto, possui o maior número de favelas do país, mais de 2 milhões de pessoas vivendo em habitações informais e precárias, 24.344 pessoas em situação de rua, aproximadamente 33.000 famílias sem teto, em média 1440 mulheres sofrem algum tipo de agressão por dia, a maioria da população negra reside em regiões periféricas e, segundo a última pesquisa Pnad, São Paulo é o segundo estado brasileiro com maior número de pessoas em situação de insegurança alimentar, sendo que hoje, em 2021, devido a pandemia de Covid-19, existem dados de um aumento significativo de pessoas em insegurança alimentar em todo o Brasil. Toda desigualdade social existente na cidade é refletida em seu tecido urbano, no caso de São Paulo existe uma concentração de renda, de empregos e serviços em uma região da cidade enquanto a maioria da população vive precariamente periférica a isso. Políticas públicas habitacionais que deveriam reverter essa situação, são, muitas vezes, responsáveis por consolidá-la, reproduzindo moradias sem o cuidado de acesso aos serviços cotidianos necessários para a população. Essa situação, combinada com a falta de ação do Estado para conter o constante processo especulação da terra, contribui para a não diminuição do déficit habitacional da cidade e da desigualdade socioespacial. Esta especulação tem como objetivo um rendimento fundiário sem considerar sua função social. O processo de urbanização capitalista e os interesses históricos das classes de mais alta renda, por sua ação sempre especulativa, fazendo uso dos imóveis como reserva de capital, estabeleceu no centro da cidade de São Paulo uma realidade que, atualmente retrata uma situação na qual diversos edifícios estão vazios e em situação de abandono, enquanto a população busca abrigo em assentamentos precários nas regiões periféricas. Além disso, há na região um constante aumento de população em situação de rua e usuários de droga; um considerável esvaziamento nos espaços públicos no período noturno e baixa densidade habitacional, considerando o ambiente construído. A proposta deste trabalho é uma aposta sobre a possibilidade de melhoria dos espaços da cidade, quando se propõe a reversão desses edifícios abandonados para o uso da habitação social, divergindo assim, das práticas seletivas de apropriação utilizadas pela classe dominante e realizando a então efetivação do direito à moradia adequada e o direito à cidade.
Figura 02: Mapas realizados que demonstram: a taxa de emprego formal; renda média doa habitantes; localização de assentamentos precários e localização dos empreendimentos habitacionais de interesse social na cidade de São Paulo. Fonte: acervo do autor
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Proposição viver.
Este trabalho propõe um projeto conceitual, que convida a pensar sobre a cidade que queremos
A proposta tem a intenção de demonstrar como a utilização de edifícios/ espaço, em situação de abandono ou subutilizados, pode ser benéfica para a região e para a cidade como um todo. A ação projetual consiste na identificação de edifícios em situação de abandono; edifícios notificados pela prefeitura; edifícios ocupados por movimentos de luta por moradia e áreas de ZEIS 3, para propor a reversão destes em habitação de interesse social com foco em direito à cidade. A proposta, nesse perímetro escolhido, é criar uma malha de apoio aos moradores dos edifícios em questão, abrigando equipamentos sociais necessários, espaços de lazer, convívio e preservação cultural, além de espaços destinados à geração de renda dos moradores, proporcionando assim, o apoio para que essa população possua condições de viver na região. Por se tratar de uma região central, os equipamentos propostos não serão somente de apoio aos moradores do perímetro e, sim, da população da cidade como um todo. Essa proposta é pautada na eliminação de barreiras, físicas e sociais, efetivando o tão necessário – direito à cidade.
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A ação projetual propõe os determinados espaços: 1. Edifícios a serem transformados em habitação social, com incentivo à utilização dos térreos e eventualmente primeiros pavimentos para equipamentos públicos sociais, adequação cultural ou geração de renda dos moradores. 2. Espaços para lazer / eventos, que possibilitem a geração de renda dos moradores e a inclusão social, potencializando a vivência em comunidade. 3. Equipamentos de apoio à mulher: 3.1) casa de parto humanizado e espaço da saúde da mulher; 3.2) casa de acolhimento para mulheres vítimas de violência. 5. Residência Inclusiva para pessoas com deficiência. 6. Escola pública - CEI | EMEI | EMEF I. 7. Pessoas em situação de rua: um Centro de Acolhimento para homens e um Centro de Acolhimento para mulheres e crianças. 4. Segurança alimentar: Horta urbana (democratização do uso so solo); uma cozinha comunitária (geração de renda dos moradores) e uma cozinha solidária (segurança alimentar).
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Feito os levantamentos, a proposição passa a basear-se em 7 pontos: 1. provisão de habitação de interesse social para a população de mais baixa renda, com o incentivo ao uso misto nos edifícios (uso dos térreos) 2. geração de renda para os moradores, proporcionando a condição de subsistência no local 3. preservação da vivência em comunidade e inclusão social 4. segurança alimentar 5. educação 6. apoio à mulher 7. atendimento às necessidades locais, nesse caso, atendimento às pessoas em situação de rua.
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Figura 03: Mapa demonstrando a proposição. Fonte: acervo do autor
Figura 04: Corte demonstrando parte da proposta. Fonte: acervo do autor
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Figura 05: Corte demonstrando parte da proposta. Fonte: acervo do autor Referências VILLAÇA, Flávio. São Paulo: segregação urbana e desigualdade. Estud. av. São Paulo, v.25, n. 71, p. 3738, Apr. 2011 JOSÉ, Beatriz Kara. A popularização do centro de São Paulo: um estudo de transformações ocorridas nos últimos 20 anos. 2010. Tese (Doutorado em Planejamento Urbano e Regional) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.
LABCIDADE – FAU/USP, pesquisa “Ferramentas para avaliação da inserção urbana dos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida”- Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, São Paulo, 2014. KOWARICK, Lucio. A espoliação urbana. Paz e Terra, Rio de Janeiro, 1979. BONDUK, Georges Nabil. Requalifica Centro: um bom projeto que Ricardo Nunes e Milton Leite querem transformar em boiada. Artigo para Folha de São Paulo, São Paulo, 2021. PAULA, A.R. de - RELATÓRIO DE CONSULTORIA PROJETO 914BRA3026 - Consultoria nacional para a elaboração de caderno de orientações técnicas Departamento de Proteção Social Especial/SNAS/MDS, conforme estrutura de organização metodológica validada”, 2010
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IACOVINI, Rodrigo Faria GONÇALVES; Klintowitz, Danielle; ROLNIK, Raquel. Habitação em municípios paulistas: construir políticas ou “rodar” programas? 2014. BONDUK. Georges Nabil. Origens da habitação social no Brasil, 1994.
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CASTRO, Luíz Guilherme Rivera. Operações Urbanas em São Paulo, interesse público ou construção especulativa do lugar. 2006. Tese (Doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. JÚNIOR, Nelson Saule e Uzzo, Karina. A trajetória da reforma urbana no Brasil. 2012
Requalificação do espaço livre / público: Praça do Trabalhador Raiane Lemos Silva Orientadora: Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocke Mussnich
Figura 01 : Praça do Trabalhador. Espaço cultural. Fonte: acervo do autor
extremo sul de São Paulo, mais precisamente do entorno e da Praça do Trabalhador, que está situada entre as avenidas Senador Teotônio Vilela e avenida Paulo Guilguer Reimberg, e é considerada a centralidade da região. A pesquisa tem como objetivo criar um sistema de espaço livre, ou seja, a integração do entorno com a praça e modais existentes. Para o desenvolvimento da pesquisa e projeto foram utilizados levantamento de dados georeferenciais, estudos de caso que corroboram com o tema e investigação in loco.
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Este trabalho consiste na investigação do espaço livre e público na região de Parelheiros,
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Resumo
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Introdução De acordo com o artigo do Macedo (1995, p.15), os espaços públicos são todos aqueles livres de construções - lugares que geralmente utilizamos para morar ou trabalhar, são espaços onde as pessoas fluem no seu dia a dia. Esses espaços segundo Macedo, são validados a partir da qualificação que atribuímos a eles, conferindo-lhes vida útil, ou seja, quanto maior a apropriação das pessoas nos espaços sociais, maior será sua aceitação e mais chances possuem de manter-se com as características morfológicas, cria-se uma identidade e reconhecimento / pertencimento do lugar. Para Jan Gehl, (2013, p.134), os espaços urbanos podem ser considerados de duas formas, o primeiro relacionado apenas às atividades de necessidade diária de cada indivíduo, ou seja, locais que não precisam ser qualificados para ter pessoas circulando, uma vez que as atividades precisam ser realizadas independententemente do espaço percorrido, e os espaços que demandam qualificação para que haja uma permanência das pessoas, ou seja, estimular atividades nos espaços livres, sejam elas nas praças ou nos térreos de edifícios faz com que as pessoas se sintam mais confiantes para passar mais tempo nos lugares. A análise elaborada pelo autor, está diretamente relacionada com a percepção do espaço livre determinado para a intervenção neste TCC, a Praça do Trabalhador, pois aborda a relação que a população residente tem com a praça situada no centro do bairro. Apesar de atrair a população que reside e precisa dessa via para acesso ao terminal até o trabalho diariamente, as mesmas estão apenas criando um fluxo por necessidade diária de deslocamento e a praça se configura como um local de passagem, pois não oferece possibilidade de atividades de encontro de pessoas e maior estímulo à permanência na região. A praça como centro e os equipamentos urbanos juntamente com as pessoas, dentro deste contexto, tem um papel fundamental na geração de melhores condições do espaço. Para Jane Jacobs, (1961, p.97), a geração de praças e parques urbanos de sucesso está diretamente integrada com as pessoas, são elas que fomentam o lugar e confere a eles o “selo de aprovação”. Segundo Jane Jacobs, a falta de crítica quando a questão da geração de mais áreas livres entra em pauta, resulta em um problema, pois anula as possibilidades de detectar o porquê de muitos lugares com previsão de sucesso, darem errado e outros lugares inesperados resultarem em ambientes atrativos. Apesar de cada praça se configurar de uma forma, para Jacobs existem fatores gerais que ampliam as chances de uma praça obter um resultado positivo. A importância da praça existe no imaginário das pessoas, mas ao mesmo tempo não fica claro o verdadeiro significado desses espaços nas cidades. A praça era considerada o centro das cidades e lugar de reunião de pessoas, de encontros e portanto, um lugar de relevância para os acontecimentos importantes que diziam respeito a cidade, este conceito ficou no subconsciente das pessoas, porém as demandas que surgiram ao longo das transformações dos espaços não foram compreendidas de forma integral para a construção de espaços melhores. Portanto, a necessidade prevista nesta pesquisa parte da compreensão primeiramente do espaço livre / público, das demandas dessas pessoas que habitam esta região e procuram se integrar com esses espaços, da atual situação de uso da praça, para, enfim, qualificá-los e valorizar os potenciais existentes. Os métodos empregados para desenvolvimento do trabalho consistem em levantamento de dados georreferenciais, através do site geosampa, que contém informações sobre a cidade de São Paulo - local escolhido para estudo e aplicação de proposta de projeto. Estudos de caso, que apresentam soluções adequadas e funcionais e que trazem aspectos de áreas semelhantes ao objeto de estudo. E por fim, a proposta empregada que é a reunião de informações fundamentadas através desses exemplos teóricos e práticos. O estudo da área consiste na percepção de fatores que contribuem para o desenvolvimento da região e das demandas da população que reside neste local. Por se tratar de um lugar que faz parte do meu cotidiano, me fez refletir sobre as questões desse espaço e portanto trabalhar nele com a intenção de contribuir para um discurso que chegue a uma solução assertiva no local de intervenção. A área de estudo apresenta um valor histórico e potencialidades que tornam relevante o emprego de soluções de melhorias que a colocam em perspectiva relevante para o futuro.
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A proposta consiste na requalificação do espaço livre da região de Parelheiros, que tem como centralidade a Praça do Trabalhador. O principal objetivo, é conectar a praça que faz parte desse sistema aos equipamentos de relevância que possuem na região, tornando o deslocamento mais eficiente e sobretudo priorizando o pedestre neste redesenho do espaço.
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Figura 02 : Praça do Trabalhador. Área molhada. Fonte: acervo do autor
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A área apresenta alguns desafios a serem solucionados, portanto a previsão para a conexão dos espaços se fará principalmente pela conexão através de ciclofaixas, diminuição do tráfego, através da criação de atividades em ruas próximas, que inibe a passagem do automóvel e coloca o pedestre como protagonista. Para a Praça, a inserção de elementos que agregam valor e reúnem pessoas, com a introdução de espelhos d’água, mobiliário urbano e equipamentos voltados à cultura (facilitando o acesso da população residente a equipamentos deste caráter). Realocação da escola presente na praça, situandoa como um anexo da escola presente na quadra ao lado, ganhando um espaço de lazer maior e possivelmente melhor aproveitado pelas crianças do bairro, uma vez que a região possui 3 escolas próximas a praça. O objetivo é reunir a grande praça e setorizá-la em três pequenas praças, com segmentos distintos, sendo elas: uma pequena praça voltada para atividades esportivas, uma praça "molhada" e a praça próxima à escola, voltada às atividades culturais. Sobre o entorno, houve o fechamento de uma rua ao lado da escola a fim de promover atividades aos finais de semana, com food truck, uma vez que a rua proporciona uma boa dimensão para circulação. Foi proposta a qualificação do calçadão da Avenida Paulo Guilguer Reimberg, com o objetivo de melhorar o deslocamento diário das pessoas que necessitam acessar o Terminal de ônibus e trem.
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Figura 03 : Praça do Trabalhador. Corte da área esportiva. Fonte: acervo do autor.
A imagem representa o primeiro setor da praça do Trabalhador, a área esportiva, para este espaço foi proposto inserção de um circuito pequeno para quem anda de skate, foi mantida uma quadra poliesportiva e acrescentada uma segunda quadra poliesportiva ao projeto. Este espaço também conta com um playground e equipamentos de ginástica.
Figura 04 : Praça do Trabalhador. Corte da área molhada. Fonte: acervo do autor.
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Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
O segundo setor trata-se de uma praça molhada, com a presença de 3 espelhos d'água, o objetivo deste local é fazer com que as pessoas que frequentam a praça possam reunir, integrar e interagir com a presença deste elemento no espaço.
Figura 05: Praça do Trabalhador. Corte da área cultural. Fonte: acervo do autor.
O terceiro setor apresenta a praça cultural, a escolha deste espaço foi pensada com o objetivo de aproximar os frequentadores e moradores da região de atividades educacionais e culturais, visto que a região conta com 3 escolas em seu entorno, duas delas muito próximas a área da praça. Neste espaço foi proposto 2 arquibancadas para a realização de eventos e totens expositivos para possíveis exposições que podem ser apresentadas. .
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Referências GEHL, jan. Cidade Para Pessoas. 1a edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. JACOBS, JANE. Morte e Vida de Grandes Cidades. 2a edição. São Paulo: Martins Fontes, 2013. LEITE, Maria Angela Faggin Pereira. Um Sistema de Espaços Livres para São Paulo, São Paulo, 2011. Revista USP. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10604> MACEDO, Silvio Soares. Paisagem Ambiente Espaços Livres. São Paulo, 1995. Revista USP. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/133811. QUEIROGA, Eugenio Fernandes; BENFATTI, Denio Munia apud. SANTOS, Milton. São Paulo, 2007. Revista USP. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/85699> ROBBA, Fabio; MACEDO, Silvio Soares. Praças Brasileiras. 2ª edição, São Paulo, EDUSP; 2ª edição
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2003.
Travessia para quem? Meio ambiente, Direito à cidade e mobilidade ativa no Rio Pinheiros Raquel Mitie Tanaka Orientador: Prof. Dr. Ricardo Dualde
Figura 01: Rio Pinheiros e ponte Eusébio Matoso. Fonte: Martins, Juca – Acervo de fotografia IMS
Resumo
Hirant Sanazar (Ponte do Jaguaré), situada na zona oeste de São Paulo. O projeto é desenvolvido a partir de estudos e questionamentos sobre a ausência de travessias para pedestres e ciclistas no Rio Pinheiros, que garantam segurança e conforto para usuários de modais de transporte ativos, visto que em toda a extensão do Rio Pinheiros de aproximadamente 25 km, há uma carência de infraestrutura voltadas para a mobilidade ativa. As discussões levantadas tratam assuntos referente ao direito à cidade, mobilidade ativa e meio ambiente.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/raqueltanaka/docs/raqueltanaka_tcc
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um projeto de requalificação de uma infraestrutura abandonada localizada no meio da ponte
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Esse trabalho de conclusão de curso tem como objetivo propor um estudo e desenvolvimento de
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Introdução A partir de um questionamento acerca do Rio Pinheiros e sua degradação, estudos e discussões trouxeram à tona o processo histórico e políticas públicas que levaram a tal situação. A chegada da revolução industrial e consequentemente a chegada da indústria automobilística ao Brasil, teve grande influência nas decisões tomadas pelos órgãos públicos. As políticas públicas da época intervieram no desenho natural do Rio Pinheiros para interesses que priorizaram o modal de transporte motorizado individual que, na época, acreditava-se ser um potencial foco financeiro, além de carregar um forte pensamento associado com o desenvolvimento tecnológico. As consequências dessas decisões, refletem hoje, a falta de estrutura adequada para modais de transporte ativo (pedestres, ciclistas, patinetes etc.). O Rio Pinheiros com sua extensão de aproximadamente 25 km tem cerca de 13 pontes que fazem a travessia de um lado ao outro do rio, e todas elas são de uso quase predominantemente para automóveis. Os estudos deste trabalho foram direcionados também para os temas de mobilidade ativa e direito à cidade. Questionamentos relacionados aos temas e como se relacionam no Rio Pinheiros, questionamentos estes que não trazem uma resposta como solução dos problemas, mas traz à tona uma discussão que pode se tornar uma potencialidade para futuras melhorias e adequações do nosso contexto
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atual de consciência ambiental, de direitos como cidadãos e de sustentabilidade.
Figura 02: A cidade é de todos. Fonte: Observatório das metrópoles. O caderno está organizado em capítulos que fundamentam e justificam o projeto elaborado. Começando com uma contextualização histórica, introduzindo o que diz respeito à cidade de São Paulo com histórico junto aos rios, e a relação com o crescimento da cidade. Em seguida, o processo de retificação do rio e a construção da marginal e os motivos que levaram à essas decisões, que resultaram na paisagem de São Paulo atualmente. Após essa contextualização, apresento temas sobre o meio ambiente, direito à cidade e mobilidade ativa, temas que se relacionam diretamente e indiretamente com o projeto desenvolvido. Um levantamento das 13 pontes existentes no Rio Pinheiros, e suas condições
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para pedestres ciclistas e motoristas. Chegando à um diagnóstico de que quase nenhuma delas tem qualidade para uma passagem segura e que garanta conforto para ciclistas e pedestres. Todas as pontes têm o uso quase que exclusivo para veículos motorizados. São elas:
Figura 03: As 13 pontes do Rio Pinheiros. Fonte: Acervo do autor
Considerando uma diretriz de projeto, que visa e incentiva a permanência, o projeto desenvolvido traz elementos que permitam o usuário a criar uma aproximação e relação com a praça, com a pretensão de se tornar não apenas uma passagem, mas sim, um local onde se tenha oportunidade de se descansar, praticar o ócio, e contemplar o espaço. Além disso, o projeto inclui módulos que permitam a regularização das mesas de café, comuns em frentes às estações de trem, com estrutura adequada (água, energia etc.), com mesas e cadeiras à disposição da praça. Conta também com um banheiro público, sendo considerado um elemento importante para a manutenção da saúde pública, possui duas praças que se estendem, e ao mesmo tempo se afastam do caminho principal com o objetivo de desacelerar, podendo inclusive se tornar ponto de encontro para quem vem da estação a caminho do parque Vila Lobos. O projeto conta com a ligação da ciclovia existente da Av. do Jaguaré com a Av. Queiroz Filho, além de uma ligação direta com a ciclovia do Rio Pinheiros.
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Proposição
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A existência dessas 13 pontes para travessia de automóveis e a inexistência de uma ponte para pedestres e ciclistas, traz um questionamento sobre mobilidade e segurança na cidade de São Paulo.
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Figura 04: Implantação. Fonte: Acervo do autor
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Figura 05: Corte AA. Fonte: Acervo do autor
Figura 06: Corte BB. Fonte: Acervo do autor
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O programa conta com banheiro público e módulos para uso de comércio e serviços. A demanda por um lugar com infraestrutura com água, energia, espaço para estoque e lugar para se sentar e tomar um café, veio a partir das barracas de café da manhã existentes hoje, que contam apenas com uma mesa ou duas, um banquinho de plástico para quem serve, e em algumas barracas, um guarda-sol. Lá eles são limitados a comidas prontas que provavelmente foram feitas em casa, sem energia para esquentar e sem água para realizar a manutenção higiênica. As barracas ficam localizadas normalmente na saída da estação da CPTM, e fazem parte da rotina de diversas pessoas que atravessam a praça Professor Odorico Machado de Souza para o trem. Os módulos contam com toda a infraestrutura necessária para atender essa demanda vinda pelas barracas.
Figura 05: Módulos e sugestão de uso. Fonte: acervo do autor. O questionamento sobre a travessia do Rio Pinheiros de um lado ao outro do rio, resultou neste trabalho de conclusão de curso, aliado com temas que estão intrinsicamente ligados: meio ambiente, direito à cidade e mobilidade ativa. Faz-se necessário a reflexão no nosso contexto atual, de como podemos melhorar a nossa qualidade de vida, considerando diversos aspectos, inclusive processos históricos que nos trazem no momento presente. Referências SOUZA, Carlos Leite de; AWAD, Juliana di Cesare Marques. Cidades sustentáveis, cidades inteligentes: desenvolvimento sustentável num planeta urbano. Porto Alegre: Bookman, 2012.
MONTEIRO, Peter Ribon. São Paulo no centro das marginais: a imagem paulistana refletida nos Rios Pinheiros e Tietê. 2010. Tese (Doutorado em Design e Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. PINTO, Tales dos Santos. “Evolução das cidades”; Brasil Escola TAVOLARI, Bianca. Direito à cidade: uma trajetória conceitual. Novos estud. CEBRAP [online]. 2016 SARAGIOTTO, Daniela. “Mobilidade ativa como meio de transporte em São Paulo”. Estadão, São Paulo. DELAGUA, Victor. “Mobilidade ativa como possibilidade de uma cidade melhor” 07 Jun 2020. ArchDaily Brasil. LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Moraes, 1991b. [1968] INSTITUTO PÓLIS. Estatuto da cidade. Guia para implementação pelos municípios e cidadãos.
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MENDONÇA, Giselle Kristina Barbosa de. Bucci, Angelo (orient). Infraestrutura urbana: uma investigação sobre pontes em São Paulo. São Paulo, 2012. 1 CD-ROM. Trabalho Final de Graduação da FAUUSP. PESSOA, D. F. O processo de retificação do rio Tietê e suas implicações na cidade de São Paulo, Brasil.
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
CARLOS, Ana Fani Alessandri. O espaço urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo, Contexto, 2004. CARLOS, Ana Fani Alessandri. Henri Lefebvre: o espaço, a cidade e o “direito à cidade”. Rev. Direito Práx. [online]. 2020, vol.11, n.1, pp.349-369. Epub Mar 20, 2020. ISSN 2179-8966.
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
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Sonho de uma noite de verão, uma cenografia Aline Galdino Picolli Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
O presente Trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo principal propor um projeto cenográfico para a peça teatral "Sonho de Uma Noite de Verão" de William Shakespeare. Por meio da análise teórica sobre o teatro de palco elisabetano, renascentista e italiano e suas referências, buscou-se compreender o processo de evolução cênica e suas influências sobre o teatro contemporâneo. Ainda, a aplicação de estudos de caso de quatro diferentes peças teatrais tradicionais e contemporâneas auxiliaram na investigação da história cenográfica. A produção do projeto partiu da implementação de características típicas do Teatro Elisabetano na caixa cênica italiana do Teatro Municipal de São Paulo, onde a peça tomaria lugar. De forma complementar, realizou-se um estudo de volumes visando a identificação da melhor maneira de se compor o espaço. A criação de um storyboard da peça e um estudo de cenários e figurinos, seguindo uma tendência contemporânea, auxiliaram em conjunto a definir com clareza os objetos, cenários e personagens que iriam compor a peça.
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Resumo
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
Figura 01: Bosque perto de Atenas. Fonte: acervo do autor
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução A cenografia mostra claramente seu desejo de escrever em um espaço tridimensional (e até mesmo uma dimensão de tempo é necessária). Não é mais uma pintura sobre tela, porque o drama se contenta com o naturalismo. A cena teatral não pode ser considerada como a reificação do símbolo da paisagem. O teatro elisabetano que também é conhecido como isabelino, é o teatro na Inglaterra de 1558 a 1603, que aconteceu durante o reinado da rainha Elizabeth I. Diferente dos outros lugares, onde seus teatros eram reservados à elite, na Inglaterra desse período, os espaços eram abertos para o público em geral. A realeza, nobreza e os trabalhadores dividiam o mesmo espaço, porém em lugares diferentes da plateia. O teatro renascentista aconteceu durante o período do Renascimento, no século XV. De caráter cômico e burlesco e com exploração de diversos temas. No início do Renascimento foram criados as companhias, os teatros privados e os públicos, também começaram a cobrar ingresso para as apresentações de teatro. Com o maior exemplo de construção tem o Teatro Olímpico de Vicenza. William Shakespeare nasce em 1564 e chega a Londres no final da década de 1580. Entrando para a companhia Lord Chamberlain's Men. Onde era sócio do Globe Theatre que pegou fogo em 1613. Hoje em dia temos a terceira versão do Globe Theatre que foi construído em 1997, às margens do Tâmisa. Configurados na primeira metade do século XX, os estilos cenográficos estão relacionados aos estilos de dramaturgia. Numa classificação inicial, existem dois grupos: os representativos e os não representativos. No século XX, devido ao rápido desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a cenografia ampliou seu campo de atuação e se estendeu à arquitetura e aos espaços expositivos, permanentes ou
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Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
temporários. Essa evolução também foi observada no Brasil, a partir do início do século XX, onde a cenografia ganhou destaque. Também como principais referências desse momento temos o Josef Svoboda que estudou Arquitetura e Design Teatral. Em sua vida criou mais de 700 cenografias em todo o mundo, também desenvolveu os conceitos de polivisão e poliecrã que mistura as performances de palco com o cinema, dando origem ao grupo Lanterna Mágica, co-fundado com os encenadores Alfredo Radok e Otomar Krejca. E Robert Wilson que é um encenador, coreógrafo, iluminador, sonoplasta e dramaturgo. Que tem um trabalho bastante estético e essa é uma das suas características principais. Ele explora o cenário, o figurino, o visagismo, todos os elementos cênicos, a música e a expressão corporal o que cria uma ligação emocional do público com a cena. O objetivo desse trabalho é projetar uma cenografia para “Sonho de uma noite de verão” de William Shakespeare. Onde inicialmente foi estudado toda a história de Shakespeare e o teatro elisabetano, foi estudado também a cenografia contemporânea e suas técnicas, também foi definido o tipo de teatro que essa cenografia iria ser realizada e através desses estudos foram selecionados o projeto cenográfico para
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“sonho de uma noite de verão" de William Shakespeare por Dale Ferguson; Projeto cenográfico para “Wicked, o musical" por Eugene Lee; Projeto cenográfico para “Mágico de Oz" de Frank Baum, por Rogerio Falcão - Charles Moeller e Claudio Botelho; Projeto cenográfico para “Macbeth”, por Robert Wilson; Projeto cenográfico para “Jungle Book”, por Robert Wilson como forma de inspiração e objeto de estudo.
Proposição Depois de todo o estudo o projeto foi pensado para um tipo de teatro, o com palco italiano, o teatro escolhido para ser o exemplificar essa cenografia é o Theatro municipal de São Paulo. A peça é Sonho de uma noite de verão e se passa em três atos, no primeiro ato temos o palácio de Teseu, onde vemos cenas de Hipólita e Teseu bem no início da peça e logo em seguida vão entrando mais personagens como: Egeu, Hérmia, Helena, Lisandro e Demétrio. A segunda cena fora do palácio acontece na casa de Marmelo que fica em um bosque perto de Atenas. Onde vemos Marmelo, Pino, Novelo, Flauta, Trombudo e Faminto, que estarão fazendo a distribuição de papeis para uma peça que vai acontecer mais tarde. A terceira cena fora da casa de Marmelo é nesse mesmo bosque, mas do outro lado dele. O segundo ato é composto apenas por cenas no bosque perto de Atenas. Onde vemos os atores ensaiando para a peça, o embate da rainha e rei das fadas, e confusão de Puck. O terceiro ato é composto por cenas no bosque e novamente no palácio de Teseu, onde vemos o resultado da confusão de Puck e desenrolar de toda essa história e finalmente a apresentação dos atores.
Depois de um estudo para identificar a necessidade da cenografia, chegamos a conclusão que os materiais usados em todas a cenografia fixa no palco giratório será uma base de madeira e painel no centro em LED com estrutura metálica, a cenografia móvel é feita por madeira, PVC, isopor e vegetação artificial.
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e vermelho.
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Em todas as cenas as cores utilizadas para a iluminação são nos tons de azul, marrom, rosa, verde
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Figura 03: fachada da casa do Marmelo. Fonte: acervo do autor
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Figura 03: fachada da casa do Marmelo. Fonte: acervo do auto
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Referências
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URSSI, Nelson José. A linguagem cenográfica. Dissertação de mestrado. São Paulo: ECAUSP, 2006.
Pessoas, Arte e Arquitetura: uma ação urbana Bruna Alves Feitosa Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
Em nosso trabalho através do acelerado crescimento urbano e espacial notamos um afastamento direto do indivíduo com a cidade e sua interação com os demais atores desse cenário, dessa forma temos como objetivo reduzir esse espaço do indivíduo com a cidade, desenvolvendo um projeto com o intuito de amadurecer a sociedade como coletivo e força mútua, nosso estudo busca aprimorar formas diferentes de intervir no cenário, criar conexões sociais e chamar atenção para a reprodução de algumas ações que são prejudiciais para o desenvolvimento social e coletivo. Dessa forma, desenvolvemos uma estrutura que funcionará como um elemento complementar e também como manifestação de ações e uma critica ao uso do espaço e de modais de transporte.
Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/bruna.afeitosa/docs/caderno_brunafeitosa_tcc
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Resumo
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Figura 01 : Intervenção. Fonte: acervo do autor
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Introdução Com o intuito de identificar os principais fatores que fazem da cidade sua essência de pluralidade e desenvolvimento, e que com o seu crescimento acelerado e da dinâmica efervescente o indivíduo fica suscetível a constante impacto de informações, fazendo com que ele não consuma ou aproveite diretamente da possibilidade de interação e participação de qualidade no meio urbano, frisando essa composição buscamos potencializar essa rede de conexões da sociedade e o exercício de cidadania juntamente com o senso de coletividade e reflexão buscando qualificar o espaço por meio de intervenções e atividades que estimulem uns aos outros a capacitar o urbano. Toda essa ação terá como crítica a forma que estamos priorizando o uso inadequado do espaço urbano, gerando uma sucessão de ações contrárias ao amadurecimento necessário para a cidade. Temos como essência a raiz da maturidade e liquidez do cidadão; o despertar do ser vivo, que é a cidade, o direito de cidade; de permanecer, de apropriar espaço, se sentir parte fazendo o mecanismo acontecer o zelar pela urbanização, tendo como parâmetro as diferentes formas que podemos enxergar e discutir. Ciente da grande massa populacional, da distribuição desregulada de terra e de serviço, lazer e cultura pela nossa cidade, desenvolvemos um projeto que possa ser reestruturado para atender a demanda do público que carece de espaço de lazer, tranquilidade e troca de experiências sociais, tendo como manifestação artística e crítica ao descarte de resíduos, a interferência que temos de espaço e a forma como lidamos com o meio ambiente e sua inserção. Ciente da importância do estudo e das diferentes formas de ocupação do espaço, desenvolvemos um projeto que faça o indivíduo olhar a cidade com um olhar mais atento e crítico ao momento em que ele se encontra, seja por sua forma, sua massa,
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ou sua leveza diante das inúmeras ações no urbano
Figura 02 : vista lateral da intervenção. Fonte: acervo do autor
Proposição Como projeto desenvolvemos uma estrutura que possa ser inserida no meio urbano por meio combinações de encaixe e volumes de cheio e vazios que sirva como lugar de descanso e lazer, onde as
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pessoas possam sentar, interagir, umas com as outras e também possa servir como uma escada e um artificio que seja fixo e permita o destaque de um dos inúmeros pontos de destaque da cidade (lugar contemplativo/ ou que sirva como ativo de manifestação) o objetivo é trazer questionamentos e evidenciar o que passa despercebido no passear despreocupado e pouco atento. Tendo esse critério ativo, conseguimos desenvolver uma linha direta de comunicação e reflexão do espaço em que o nosso projeto de intervenção está acontecendo, e de ações que são reproduzidas diariamente sem ou com pouca conscientização. Acreditamos no poder de desenvolvimento coletivo e o quanto isso é valioso na construção de cidade que temos, logo em nossa estrutura vamos propor um espaço de criação coletiva como o mural onde a população possa se apropriar e fazer a sua própria contribuição para o nosso elemento, tendo lambe, tintas e materiais que permitam essa construção e que será previamente estruturada em um período específico da nossa ação, e também uma ação que só será possível sua desenvoltura com a junção de mais pessoas para desenvolver sua estrutura, dessa forma só será possível
Figura 03 : Corte A
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Figura 02 : Planta de intervenção. Fonte: acervo do autor
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atingir essa etapa da intervenção com a atividade conjunta por mais membros.
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Figura 04 : Corte
Materilidade A materialidade do projeto é desenvolvida para ressaltar a importância do uso de materiais sustentáveis e com eficiência técnica estrutural e de conforto e de continuidade de materialidade composto do espaço de intervenção por ser tratar de uma praça, um ambiente ao ar livre, exige que o
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material suporte temperaturas diversificadas.
Mobiliário Urbano ao longo da intervenção
Estrutura de visibilidade com pallets
Detalhe da estrutura da caixa de visibilidade
Girassol com capacidade captação de energia solar
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Figura 05 : 3D Estruturas. Referências AMANAJÁS, Roberta; KLUG, Letícia Becalli. Direito à cidade, cidades para todos e estrutura sociocultural urbana. 2018 AUGÉ, Marc. Não lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. Papirus Editora, 2017.
DELAQUA, Victor. Arte e Arquitetura: “A Piscina do Parque Lage”. Jan/2015. Penique Produções. Site: https://www.archdaily.com.br/br/761201/arte-e-arquitetura-a-piscinado-parque-lage-por-peniqueproductions?ad_medium=gallery. Acesso em: FELACIO, Rafael Matos et al. A PRODUÇÃO DO ESPAÇO: SEGREGAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO SOCIOESPACIAL NA CIDADE DE CRICIÚMA SC. 2013. GEHL, Jan. Cidades para pessoas. São Paulo: Perspectiva, 2013. JACOBS, Jane. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. Martins Fontes, 2000. HERTZBERGER, Herman; MACHADO, Carlos Eduardo Lima. Lições de arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1999. MEDEIROS, Florissa Maria Satori. Conectando pessoas, ligando espaços: a importância do esporte na melhoria da qualidade de vida urbana. 2020. Site: https://issuu.com/flomedeiros/docs/caderno_de_tfg_completo_-_florissa; Acessado em: 05/05/2021. URSSI, Nelson José. Metacidade: projeto, bigdata e urbanidade. 2017. Tese (Doutorado em Design e Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017
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DA SILVA, Daniel Cavalcante et al. A INTERVENÇÃO URBANA COMO PRÁTICA SOCIAL: A APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO URBANO ATRAVÉS DA ARTE. EXTIFAL, v. 2, n. 1, 2014. In: BARJA, Wagner. Intervenção/terinvenção: a arte de inventar e intervir diretamente sobre o urbano, suas categorias e o impacto no cotidiano. In: Revista Iberoamericana de Ciência da Informação (RICI), v.1 n.1, p.213-218, jul./dez. 2008.
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
BENATTI, Mestranda Nayara; SPERLING, David Moreno. Construindo convívios: apropriação de espaços públicos através do engajamento social. ANAIS DO 3ºSEMINÁRIO DE ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO DO IAU/USP CEOLIN, Leo. Transform Your City. Bijari. 2015. Site: Acesso em:
Refúgios Urbanos Julia Magalhães Carlucci Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
Este TCC apresenta um edifício denominado “Refúgio Urbano”, um espaço com foco nas experiências sensoriais e percepções pensado a partir de abordagens fenomenológicas estudadas. Pensando que, a maioria dos edifícios da cidade não são pensados para relaxamento, e sim para consumo ou produtividade, um refúgio, como sugerido no título, é definido como um lugar para onde se foge, que serve de amparo e proteção. Assim, o ponto de partida para o desenvolvimento foi idealizar um pavilhão, que pudesse ser reimplantado/recriado em diferentes territórios urbanos, visando criar um ambiente íntimo e sensível.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/home/drafts/l4lsv0793o4/file
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Resumo
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Figura 01 :Vista externa do pavilhão. Fonte: acervo do autor
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Introdução Os capítulos escritos para esse trabalho, buscaram aprofundar o conhecimento sobre as emoções humanas e sobre a ciência filosófica da Fenomenologia, em conjunto com as abordagens vistas nos estudos de caso apresentados. Observando-se que, com o conhecimento sobre o despertar de sensações e emoções, a elaboração dos espaços visa simplesmente acolher o usuário, tendo a consciência de que a arquitetura não tem a capacidade de resolver aflições ordinárias dos seres humanos, mas a partir de
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soluções projetuais consegue sensibilizar aqueles que ali estão.
Figura 02 : Vista interna mostrando os corredores do espaço. Fonte: acervo do autor Buscou-se entender como funciona o despertar de emoções e sensações decorrentes da presença ou permanência das pessoas em determinados locais, analisando a interação das pessoas com os espaços construídos, e ainda o quanto esta interação pode ser benéfica para a saúde do indivíduo. O principal questionamento abordado foi como a arquitetura pode combater os sintomas da ansiedade, buscando esclarecer através de um processo evolutivo a problemática. Os capítulos desenvolvem uma linha de pensamento, construindo uma relação entre a sociedade e suas emoções com a arquitetura e natureza, como o homem é afetado pelo espaço construído e como despertar comportamentos positivos através dos estudos de caso. Concluindo o projeto, este trabalho teve a fundamentação teórica estruturada da seguinte maneira: as mudanças de hábitos e a consequência dessa evolução na sociedade contemporânea (cap.1), como as emoções humanas são desenvolvidas e a relação com espaço construído (cap. 2), a relação da arquitetura com os seres humanos e a natureza (cap. 03), relação entre arquitetura e fenomenologia (cap.04), arquitetura como experiência (cap. 05)
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Proposição
O edifício arquitetônico é estruturado a partir da base de concreto, que funciona como uma cinta de amarração em toda a estrutura, o bambu faz ligação com a cobertura que é sustentada pelo círculo de concreto estrutural que está dentro do pavilhão. No interior do pavilhão, há um ponto de água na parede para a cascata que cai em direção em um dos dois espelhos d’agua. A água circula constantemente a partir de um sistema de bombeamento. A construção convida o usuário a usar a sua percepção para reparar a dinâmica dos vazios nas paredes curvas, que alternam a relação entre a luz natural e os materiais utilizados no projeto. O espaço foi concebido para que as pessoas percorram o pavilhão circular, composto por dois "eventos" distintos. O primeiro evento é formado por paredes de concreto com rasgos, revelando as ripas de bambu. O segundo espaço é composto por um diâmetro menor, iluminado através da claraboia em círculo na cobertura também em concreto, com jardins e dois espelhos d'água que permitem molhar os pés, além da cascata que brota da parede e espalha o ruído de água corrente dentro do ambiente.
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Figura 03 : Implantação do Pavilhão na Praça da Paz, Parque Ibirapuera, SP. Fonte: acervo do autor
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Partindo da ideia de que o projeto possa ser reimplantado em outros locais, alguns critérios foram analisados. O primeiro foi a escolha de um local movimentado, mas que permita essa parada para conhecer espaço. O segundo, foi um território plano que permita o fluxo contínuo entre os ambientes. E por fim, o terceiro requisito é que não tenha elementos ao redor que impeçam a chegada da luz do sol no pavilhão. A partir desses aspectos, o local selecionado para a inserção do edifício foi em um parque urbano situado na cidade de São Paulo, O Parque Ibirapuera.
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Figura 04: Planta. Fonte: acervo do autor
Figura 05: Corte AA. Fonte: acervo do autor
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Figura 07: Vista interna apresentando o corredor e o pátio com espelhos d’água. Fonte: acervo do autor Em todos os campos, o intuito é estimular o visitante a deslocar-se e a descobrir novos pontos de vista e novas perspectivas. O design dos bambus torna-se um palco em mudança constante, à medida que é inundado por sombras produzidas que respondem tanto ao movimento do visitante quanto aos padrões de mudança de iluminação ao longo do dia. A experiencia lúdica e individual proporciona pontos de vistas diferente afim do usuário perceber a si mesmo e o seu entorno.
Referências
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(Doutorado em Design e Arquitetura) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo,
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URSSI, Nelson José. Metacidade: projeto, bigdata e urbanidade. 2017. Tese
Mobiliário escolar e Método Montessori Linha de mobiliário para escolas Montessori Nathany Ribeiro Felismino Orientador: Prof. Ms. João Yamamoto
O presente trabalho de conclusão de curso, tem o objetivo de pensar na arquitetura para criança, desenvolvendo uma família de mobiliário para uso de atividades e escolas de educação infantil que fazem o uso do Método Montessori, essa família é composta por duas mesas e uma cadeiras, todos os móveis são de montagem feita através de encaixe, o intuito é proporcionar as fazerem a montagem e desmontagem dos seus próprios mobiliários escolas, explorando sua autonomia e independência.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/nathanyrf/docs/nathany_ribeiro_tcc
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Resumo
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Figura 01 : Sala de aula com os móveis propostos. Fonte: acervo do autor
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Introdução
O trabalho tem como base os métodos educativos criados por Maria Montessori, uma grande educadora e dedicada a pesquisas voltadas a crianças, deste modo buscando estudar um ambiente natural de acordo com o desenvolvimento da criança eliminando qualquer barreira do processo de desenvolvimento, a metodologia busca desenvolver a autonomia das crianças, através do estimulo da
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independente, aumento da concentração, e atividades que envolvam a habilidade motora.
Figura 02 : Diversidade das cores do mobiliário. Fonte: acervo do autor Para melhor compreensão desse método e a maneira que é aplicado no cotidiano das escolas, foram feitas entrevistas com educadores da área e visita em escola montessoriana, através desses levamentos foi possível fazer uma serie de descrições de dados para entender melhor as necessidades da carência nos mobiliários. Além do projeto de mobiliário, a pesquisa também pretende levantar as questões relativas ao espaço da sala de aula, de forma que a arquitetura e os objetos estimulem o processo de aprendizado e o desenvolvimento físico e intelectual das crianças, dando suporte às atividades realizadas diariamente e suprindo as necessidades cotidianas.
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Proposição A partir de todo estudo e levamento de dados sobre o Método Montessori, foi desenvolvido um desenho para família de mobiliário, pensando na funcionalidade e também o bem estar das crianças, respeitado a ergonomia. A ergonomia infantil, foi abordada durante o desenvolvimento desse trabalho, para verificar as necessidades e corresponder da melhor maneira para as crianças. Os equipamentos possuem as alturas adequadas para que não seja necessário fazer força nos cotovelos ou punhos e não utilizem angulações inadequadas que seja prejudicial a saúde. A materialidade utilizada para o desenvolvimento dos móveis foi o compensado naval de 30 mm, com a opção de cor toda natural ou variedade nos tampos e assentos com 5 cores diferentes. O publico alvo é de crianças de 3 a 6 anos de idade, de 3 a 4 anos é necessário o auxílio do professor para montagem das peças e as crianças de 4 e 6 anos organizam sozinhos de forma didática, o mobiliário é desenvolvido na escala da criança, proporcionando compreensão das crianças na logica construtiva. São colocadas como prerrogativas de projeto: a utilização de tonalidades mais natural possível, com uma paleta de cores sutis, a configuração de espaços acessíveis, de maneira que a criança possa interagir com todos os objetos de forma segura, com a possibilidade de manter ordenado e visualizar claramente cada um dos objetos, sendo estímulo para o desenvolvimento de
Figura 04 : Sistema de encaixe. Fonte: acervo do autor
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Figura 03 : Projeto planificado. Fonte: acervo do autor
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uma noção de organização na criança.
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Figura 05 : Mobiliário aplicado na sala de aula. Fonte: acervo do autor
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Referências CRISTINA, Eliza. Dimensão lúdica e arquitetura: o exemplo de uma escola de educação infantil na cidade de Uberlândia. Tesesusp. São Paulo,2011. GENTIL, Tatiana. Ambiente escolar infantil. Tesesusp. São Paulo,2008. IBG SCHOOL.Hibinosekkei+Youji no shiro+kids designlabo. ArchDaily,27 de março de 2020. MIGLIANI, Audrey. A importância do ambiente na abordagemReggio Emília. ArchDaily. 25 de julho de 2020. MIGLIANI, Audrey. Como estimular a autonomia das crianças pormeio da arquitetura e do método Montessori. ArchDaily. 2021. MIGLIANI, Audrey. Pedagogia Pikler na arquitetura: jogos demadeira e espaços de liberdade. Archdaily. 2020. STEVENS, Philip. Arquitetura aberrante reconfigura a escola de Londres com trilhos escultóricos e cortinas coloridas.2016.
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STEVENS, Philip. Bjarke ingels grupo projeta escola consciente e empreendedora em nova York.
Habitação Móvel no contexto brasileiro Thalita Franco Salvioli Orientador: Prof. Ms. João Yamamoto
Considerando os impactos causados pela construção tradicional e as pessoas com cada vez menos tempo para afazeres domésticos, esta pesquisa tem como objetivo apresentar uma proposta de projeto de uma habitação móvel, também conhecida como tiny house, que visa atender a diferentes perfis familiares. Essas casas são construídas por meio de técnicas de construção seca e com espaços internos otimizados. Com base nas tendências mundiais e experiências nacionais, foi feito um levantamento sobre as especificações técnicas referentes à legislação, transporte, instalações elétricas e hidráulicas, conforto térmico e implantação. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/thalitasalvioli/docs/thalita_salvioli_tcc
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Figura 1: Vista lateral direita. Fonte: Autoria própria.
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Introdução As tiny houses – ou “habitações móveis”, em uma tradução livre –, são casas móveis de pequena escala com até 40 m², cujos usuários, proprietários e construtores se articulam em uma espécie de movimento arquitetônico e de modo de vida e consumo. Utilizam soluções sustentáveis, como uso de energia solar, método construtivo a seco e banheiro com sistema de compostagem. Podem ser construídas sobre rodas ou plataformas e utilizam móveis multifuncionais para a otimização do espaço e sobreposição de funções dentro da unidade. O modelo, assim como a reunião de pessoas em torno de um movimento, surgiu nos anos 90 e ganhou força com a crise financeira norte-americana em 2008, quando a população se viu sem recursos para financiar uma casa convencional, optando por casas menores ou, nesse caso, por casas móveis econômicas. O discurso estruturado sobre um estilo de vida simples e consciente, sobre a mobilidade e possibilidade de maior contato com a natureza, assim como sobre os resultados estéticos da adoção desses pressupostos, gerou grande aceitação entre pessoas da chamada geração millennial, alcançando relativa consolidação como modelo em países da América do Norte e da Europa. Em geral, os usuários que buscam esse tipo de habitação estão atentos às questões relativas ao meio ambiente, à busca por mais qualidade de vida e ao equilíbrio da vida financeira. No Brasil, embora ainda não sejam populares e poucos exemplos tenham sido construídos, o movimento vêm ganhando visibilidade. Existem algumas casas em território nacional, como é o caso da Toca Turquesa e a Araraúna (figura 2), do portal Pés Descalços Nos dois casos de casas citadas os proprietários oferecem consultorias, promovem oficinas e divulgam conteúdo multimídia sobre o tema nas redes sociais. Existem ainda algumas empresas que trabalham com esse tipo de construção, como a Tiny House Brasil
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no sul do país.
Figura 3: Interior da Araraúna.. Fonte: https://pesdescalcos.com.br/wpcontent/uploads/2020/06/4-Cozinha-e-Sala.jpg
Figura 2: Tiny House Pés Descalços Fonte: https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-eJardim/Arquitetura/noticia/2021/03/casal-constroitiny-house-brasileira-itinerante.html.
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Proposição O projeto proposto é de uma habitação móvel que esteja de acordo com as normas brasileiras. A casa deve conter um espaço de estudo/trabalho, uma área interna livre para a realização de exercícios físicos e brincadeiras, duas portas externas, um espaço ao lado da cama de casal que possibilite que o morador fique em pé para se vestir e arrumar a cama, um corredor suspenso que conecte os dois quartos nos mezaninos e deve haver a possibilidade de uma bancada na área externa com acesso a cozinha A estrutura deve comportar a mudança do pequeno quarto para um escritório ou sala de lazer.
Figura 4: Planta térreo. Autoria própria.
No piso dos mezaninos podemos ver os quartos e o corredor de acesso. O corredor está mais baixo do que o nível dos quartos, e se estende para dentro do quarto de casal, gerando assim um espaço que possibilita o morador a ficar em pé ao lado da cama, para se vestir ou arrumar o quarto.
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Figura 5: Planta mezanino. Autoria própria.
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Essa planta apresenta o piso térreo, que conta com os ambientes sociais da casa e o banheiro. A porta principal de entrada está ao lado direito (considerando a parte do engate como frente) por questões de segurança em caso de estacionamento em vias públicas. E a porta secundária está localizada na parte traseira da casa, funciona como porta de serviço, saída de emergência e passagem de ar.
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Figura 8: Planta Tipo 2. Autoria própria. Essa opção da planta dos mezaninos apresenta o quarto infantil como sala de TV. Uma opção para casais sem filhos. O local pode funcionar também como escritório ou depósito.
Figura 6: Corte BB e CC. Autoria própria.
Figura 7: Corte AA. Autoria própria.
No corte AA podemos ver a diferença de altura entre o corredor e os quartos, o que afeta diretamente o pé direito no piso de baixo. O corredor está localizado em cima do sofá, por ser um espaço onde as pessoas não ficam em pé. No corte CC podemos ver a extensão do corredor para dentro do quarto de casal. Gerando a diferença de altura fundamental para o conforto dos moradores.
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O projeto proposto possui 8,3m de comprimento, 4,4m de altura e 2,6m de largura, contando com os revestimentos externos, onde as duas últimas medidas representam o limite permitido por lei. A área interna no piso de baixo é de 18m² e nos mezaninos 10,35m².
Figura 9: Processo construtivo. Autoria própria. O método construtivo é em steel frame, com fechamento em OSB. A montagem é feita em cima de um chassi modelo tiny pad, atualmente fabricado em solo nacional pela Tiny House Brasil.
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Figura 13: Interior. Autoria própria.
Figura 10: Vista Superior. Autoria própria.
Figura 12: Vista lateral esquerda. Autoria própria.
Figura 11: Perspectiva. Autoria própria.
Referências
CARERI, Francesco. Walkscapes – O caminhar como prática estética. São Paulo. Editora G. Gili, 2013. DELAQUA, Victor. 10 micro casas: um outro modo de habitar. 21 Set 2016. ArchDaily Brasil. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/795746/10-micro-casas-um-outro-modo-de-habitar> Acesso em: 29 de nov. de 2020. FOLZ, R. R. Projeto tecnológico para produção de habitação mínima e seu mobiliário. Tese de Doutorado. São Paulo: EESC.USP, 2008. GUTIERREZ, R. M. Casas móveis: experiência na região oeste do Paraná. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FAU.USP, 2008. MARTINEZ, Patrícia; MINGUET, Anna. Tiny Mobile Homes. Small space – big freedom. Barcelona. Editora Monsa, 2018. MARTINEZ, Patrícia; MINGUET, J. M. Mobile Homes – Transportable, Tiny, Lightweight. Barcelona. Editora Monsa, 2017. Movimento Tiny House. Direção: John Weisbarth Produção: Loud TV. Estados Unidos. Netflix, 2014.
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BARBOSA, L. L. Design sem fronteiras: a relação entre o nomadismo e a sustentabilidade. Tese de Doutorado. São Paulo: FAU.USP, 2009. CAO, Lilly. Casas mínimas e espaços coletivos: comunidades de Tiny Houses ao redor do mundo [Minimal Homes and a Central Collective Space: Tiny House Communities Around the World] 12 Set 2020. ArchDaily Brasil. (Trad. Souza, Eduardo). Acesso em: 29 de nov. de 2020.
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
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Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
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EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL com ênfase na sustentabilidade e critérios do conforto ambiental Bianca Casagrande Orientador: Prof. Dr. Walter José Ferreira Galvão
O trabalho apresenta a elaboração de um edifício multifuncional localizado em uma área de estruturação da transformação urbana, segundo o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, com grande incentivo de edificações de uso misto. Tem por premissa utilizar estratégias sustentáveis e proporcionar o máximo de conforto para todos os seus usuários. O propósito deste projeto é proporcionar um empreendimento que forneça recursos para ter um menor impacto ambiental e que atenda às necessidades de seus frequentadores, utilizando diversos usos em um único local e promovendo uma maior integração e diversidade social e econômica na área. Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/biancacasa/docs/biancacasagrande_tcc
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Resumo
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Figura 01 : Perspectiva da avenida Adolfo Pinheiro. Fonte: acervo do autor.
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Introdução
Neste trabalho será apresentado uma proposta de um projeto arquitetônico de um edifício multifuncional localizado no distrito de Santo Amaro, na cidade de São Paulo, e inserido em um eixo de estruturação da transformação urbana, conforme determinado pela prefeitura da cidade de São Paulo, no Decreto n° 16.050, de 31 de julho de 2014, no Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, em que o define como área de influência potencialmente apta ao adensamento construtivo, populacional e ao uso misto. As proximidades do local definido possuem uma ocupação predominantemente habitacional e com uma forte disponibilidade comercial e institucional, o que garante uma boa infraestrutura para os ocupantes do edifício. A arquitetura multifuncional se classifica pelo residencial e não residencial em uma mesma área, trazendo benefícios para o lugar, como a otimização de tempo dos ocupantes a fim de evitar longos deslocamentos para realizar atividades essenciais, compras, lazer, promovendo uma maior diversidade urbana, social e econômica e melhorando a qualidade de vida de seu usuário. Do mesmo modo, visando em proporcionar uma construção sustentável na escala do edifício, é necessário estabelecer estratégias para promover a eficiência máxima do empreendimento para os recursos de consumo de água e energia e aplicar tecnologias de automação predial. Essas estratégias trazem benefícios sociais para o local, pois promovem uma melhor qualidade ambiental, diversidade de classes com a integração de diferentes usos e socialização do espaço oferecido. Atualmente, já é claro que o desenvolvimento sustentável promove a saúde, conforto e uma
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qualidade melhor de vida para o ocupante de um edifício e é possível relacionar o termo com a questão econômica, em que progressivamente o mercado demanda a utilização de medidas eficientes e a inclusão da sustentabilidade com a questão ambiental, através da aplicação de medidas para evitar o uso de técnicas poluidoras na construção e aderir soluções tecnológicas requisitadas por certificações ambientais, e a questão social, em que no momento atual, grandes empresas precisam se readequar para pensar em sustentabilidade e se enquadrar com essa crescente demanda do mercado. O procedimento a ser realizado para garantir um melhor conforto aos usuários e longa durabilidade da edificação consiste em análises das propriedades dos materiais para a escolha adequada da composição do empreendimento e simulações computacionais para comprovar o atendimento dos níveis requisitados pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) NBR 15.575 em conjunto com as premissas da sustentabilidade e critérios abordados no capítulo de Referenciais Teóricos.
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Proposição
Figura 04: Implantação.
Figura 05: Planta do 1° pavimento.
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Figura 03: 1° subsolo do empreendimento.
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Figura 02: 2° subsolo do empreendimento.
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BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Figura 06: Planta do pavimento tipo do edifício corporativo.
Figura 07: Planta do pavimento tipo 1 residencial: 2° ao 7° pavimento.
Figura 08: Planta do pavimento tipo 2 residencial: 8° ao 19° pavimento
Figura 09: Corte A
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Figura 10: Corte B.
Figura 11: Elevação da avenida Adolfo Pinheiro
Referências ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.220 - Norma de Desempenho Térmico de Edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.575 - Norma de Desempenho de Edificações Habitacionais. Rio de Janeiro: ABNT, 2013 BERNARDES, J. Cidades compactas podem melhorar a qualidade de vida urbana. Jornal da USP. São Paulo, 28 set. 2016. Disponível em < https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/cidades-compactaspodem-melhorar-qualidade-de-vida-da-populacao-urbana/> Acesso em: 9 mar. 2016
DZIURA, Giselle Luzia. Arquitetura Multifuncional como instrumento de intervenção urbana no século XXI. Dissertação (mestrado). Programa de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Pontifícia Universidade Federal Católica do Paraná, 2003. GALVÃO, W. Roteiro para Diagnóstico do Potencial de Reabilitação para Edifícios de Apartamentos Antigos. Tese Doutorado - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2012. GESTÃO URBANA DE SÃO PAULO. Projeto de Lei PL 688/13. Disponível https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/incentivo-ao-uso-misto/. Acesso em: 09 de mar. de 2021
em:
GONÇALVES, Joana Carla Soares; DUARTE, Denise Helena Silva. Arquitetura Sustentável: uma integração entre ambiente, projeto e tecnologia em experiências de pesquisa, prática e ensino. Ambiente Construído, 2006. MARQUES, J. Análise de Aplicabilidade da NBR 15575 em Projetos Arquitetônicos. Monografia Apresentada ao Curso de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG. Belo Horizonte, 2013. SÃO PAULO. Prefeitura do Município de São Paulo – PMSP. Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo: Lei Municipal n° 16.050, de 31 de julho de 2014.
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CORBELLA, Oscar; YANNAS, Simos. Em busca de uma arquitetura sustentável para os trópicos: conforto ambiental. Rio de Janeiro: Revan, 2003.
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COLAÇO, L. M. M., A Evolução da Sustentabilidade no Ambiente Construído Projecto e Materiais dos Edifícios. 2008. Tese Apresentada na Universidade Portucalense para obtenção de grau de Doutor, Porto, 2008.
Ecovila Mar.Te Bioconstrução e Permacultura aplicadas à Arquitetura Clarissa Teixeira Costa
Resumo O desenvolvimento do presente projeto demonstra que é possível projetar moradias dignas e qualificadas, utilizando recursos do próprio terreno e/ou de fontes renováveis advindas da região de implantação, as Ecovilas nos permitem integrar cidadania, educação, economia e qualidade de vida junto com o meio ambiente, de forma a vivemos sem impactar e degradar a natureza, seguindo as diretrizes da Permacultura e da Bioconstrução podem-se criar vilas ecológicas visando a integração de moradores e toda comunidade, tornando-as autossuficientes, gerando educação, alimentação, trabalho, energia e moradia em um único local.
Versão integral do trabalho em https:issuu.com/clarissatc/docs/clarissateixeira_tcc
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Figura 01: Vista Ecovila Mar.Te. Fonte: acervo da autora
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Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
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Introdução Com o passar das décadas, o ser humano vem consumindo recursos naturais de forma inconsciente e desequilibrada, causando danos irreversíveis ao meio ambiente. Esse consumo se deu em maior quantidade a partir da Revolução Industrial, época em que as produções aumentaram. Consequentemente, o meio ambiente foi severamente impactado, graças ao fomento da individualização humana e segregação urbana, fazendo-se necessária a extração crescente de recursos naturais (essa com materiais limitados). Atualmente, segundo a Global Footprint Network (GFN), para suprir o consumo que a humanidade demanda, são utilizados 60% a mais de recursos naturais, seja por extração, seja por degradação, que a capacidade de renovação da Terra. A construção civil é responsável por diversos impactos ambientais, segundo John (JOHN; OLIVEIRA; LIMA, 2007), até 75% dos recursos da natureza vai para a construção civil. Com a explosão de problemáticas ambientais, nasceram também diversos projetos socioambientais, dentre eles estão as Ecovilas que são comunidades com princípios e práticas voltadas a sustentabilidade, cujo objetivo é criar uma comunidade autossustentável sem entrar em conflito com o meio ambiente, as Ecovilas utilizam a Bioconstrução que é uma alternativa de conciliação de crescimento econômico, social e a preservação do meio ambiente, pois busca construir de maneira sustentável, com recursos que causam a menor degradação ambiental possível, utilizando materiais encontrados no ou próximo ao local de implantação do projeto, praticam as diretrizes da permacultura, que é um sistema autossustentável e permanente, uma “cultura permanente”. O conceito foi criado na década de 70 por Bill Mollison e David Holmgren, devido à crise ambiental a época, notou-se que sem uma agricultura permanente e a limitação do uso dos recursos naturais, não seria possível que a humanidade vivesse bem por mais longos anos, pois a Terra estaria ficando com os recursos cada vez mais limitados e escassos.
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Estudo de Caso
Figura 02 :Santuário construído com a técnica de Cob e estrutura de eucalipto. Fonte: Ourecovillage A “O.U.R. Ecovillage” está situada no Canadá, cultua os princípios da Permacultura, tem como missão a educação através da preservação da natureza. Ministram aulas sobre permacultura e bioconstrução. Utilizam sabugo, fardo de palha, madeira, entre outros, a fim de garantir a preservação do local e utilização dos recursos disponíveis. No Santuário (pequeno alojamento) as paredes foram construídas com a técnicas de Cob. Para as estruturas, foram utilizadas madeiras; janelas e portas criadas a partir de madeiras de demolições ou doações que recebiam de pessoas que iam inutilizar o produto.
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Proposição
Figura 03: Planta de implantação. Fonte: acervo da autora
meio-ambiente e integrar os moradores com os visitantes. O projeto fora dividido em quatro setores: residencial, cultivo, aglofloresta e educacional/espaço comunitário. O acesso da área residencial será pela Rua dos Tangará, e contará com estacionamento e bicicletário na entrada (Tanto sua estrutura quanto a cobertura são constituídas por bambu com fundação de concreto) permitindo que moradores possam fazer o percurso até sua residência de bicicleta. O acesso para visitantes será pela Rua Dois, com acesso próximo à Escola, criando assim a facilidade na integração entre a escola e a Ecovila, tendo como objetivo correlacionar as atividades do dia a dia estudantil ou profissional. O acesso do mirante será por meio da reserva ambiental, com o intuito de criar um passeio entre a mata na trilha até ao topo do mirante, sua visão contempla toda a Ecovila e região próxima. Sua estrutura é constituída por estrutura de eucalipto. Para um melhor aproveitamento do desnível do terreno, o residencial será implantado em três níveis, na fundação, será utilizado o sistema de construção de Hiperadobe, as paredes serão de taipa de pilão, que garantem um maior conforto térmico e acústico à residência; os pisos serão de madeira de demolição, com
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utilizados encontrados no próprio terreno/bairro, com o objetivo de valorizar a relação dos usuários com o
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Implantado em um terreno de 61,836m², o projeto tem a premissa de economia e valorização de material
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sistema de woodframe para as áreas molhadas. A cobertura será de telhado verde, garantindo ainda mais conforto térmico, e melhor aproveitamento na captação das águas pluviais.
Figura 04: Corte CC, Residencial. Fonte: acervo da autora
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A composteira/armazém é constituída por paredes, fundação e arrimo de Hiperadobe. O piso será de cimento queimado, sendo de alta resistência e bom conforto térmico. Será semienterrado; para isso, será necessária a extração de terra no local. A terra será utilizada na construção das paredes; a ventilação darse-á através dos lanternins instalados no teto jardim, do qual é possível acessar o pavimento superior, chegando ao nível da área residencial.
Figura 05: Perspectiva- armazém e composteira, ao fundo horta, alojamento e cozinha comunitária. Fonte: acervo da autora A cobertura da cozinha comunitária em forma de folha faz menção à natureza (sustentabilidade) e ao uso do ambiente (folha = alimentação). Estruturalmente, utiliza-se madeira laminada colada, as paredes de Cob permitem que cozinha, depósito e banheiros estejam mais reservados. O alojamento comunitário servirá de guarida para os visitantes, estruturalmente, é constituído por paredes de Hiperadobe, semienterrado, com a terra retirada utilizada em sua estrutura. O espaço de yoga/meditação é constituído por uma estrutura totalmente de bambu, tendo encaixes meia cana, o sistema do telhado assemelha-se ao das estruturas dos estacionamentos. A madeira laminada colada é utilizada nas estruturas da biblioteca, administração e ateliê, a estrutura curvada será apoiada aos pilares e travadas por vigas de madeiras; as telhas serão de taubilha, as paredes constituídas por tijolos de adobe à mostra, e o piso será de madeira. O banheiro seco possui dois níveis, para que seja possível a instalação adequada do espaço para o destino dos dejetos. As paredes serão de adobe e possui telhado jardim.
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Figura 06: Perspectiva- Recepção, acesso da Rua Dois (próxima a Escola). Fonte: acervo da autora
A recepção é constituída por um telhado curvo, onde sua forma orgânica das estruturas, bem como da área educacional e da recepção fazem alusão ao ambiente em que o terreno está inserido, próxima à aldeia indígena (tendo a predominância de telhados curvos em sua arquitetura) e em meio à vegetação da mata atlântica. A estrutura será de madeira laminada, piso de madeira; as paredes constituídas por cordwood e as telhas serão de taubilha. Referências
RABIOVITCH, Jonas, temos que reconhecer que a urbanização é um fenômeno mundial irreversível. outubro 2019. Disponível em: https://news.un.org/pt/interview/2019/10/1692941. Acesso em: 17 mar. 2021. DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HIDRICOS, Secretaria, Como cultivar alimentos plantando florestas: histórias de pessoas, florestas e roças, Copiadora R2, Salvador, 2017. 26 p. GLOBAL ECOVILLAGE NETWORK: GEN Mission, Vision and Purposes. Disponível em: https://ecovillage.org/about-ecovillages/. Acesso em 13 abril. 2021. SÃO PAULO, Prefeitura, Legislação Urbana: Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo, Lei Nº 16.050 de 31 de julho de 2014, São Paulo, 31 julho, 2014. SOARES, André Luis Jaeger, Conceitos básicos sobre permacultura. MA/SDR/PNFC, Brasília, 1998. 53 p. JOHN, V. M.; OLIVEIRA, D. P.; LIMA, J. A. R, Levantamento do estado da arte: seleção de materiais. [s.b.], São Paulo, 2007. Disponível em: https://labeee.ufsc.br/sites/default/files/documents/tecnologias-paraconstrucao-mais-sustentavel/HabitacaomaisSustentavel_D2.4_selecao_materiais.pdf. Acesso em: 25 março. 2021.
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PROMPT, Cecília, Curso de Bioconstrução, MMA, 2008. 64p. PAMPLONA, Sérgio; VENTURI, Marcelo, Permacultura Brasil: soluções ecológicas, RBP, ano VI, n. 16, 2004. LÓPEZ, Oscar, Manual de constructos com bambu. Estudios Técnico Colombianos Ltda, Bogotá, 1981.
Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
VAN LENGEN, Johan, Manual do arquiteto descalço, B4 Editores, 2014. 729 p. MOLISSON, Bill; STAY, Reny Mila. Introdução a permacultura; tradução de André Luis Jaeger Soares, MA/SDR/ PNFC, Brasilia, 1998. 204 p. HOLMGREN, David, Permacultura: princípios e caminhos além da sustentabilidade; Tradição Luzia Araújo, Via Sapiens, Porto Alegre, 2013 415p.
Comunidade Terapêutica para tratamento da dependência química Eliza Megumi Misawa Orientador: Prof. Dr. Walter José Ferreira Galvão
Pode-se afirmar que as consequências da dependência química afetam o ser humano e o leva a ter uma vida de sofrimento. Levando em consideração, que os ambientes estimulam o comportamento, cognição e emoção, o objetivo desse trabalho é projetar uma Comunidade Terapêutica com uma edificação apropriada ao dependente químico, pois muitas dessas edificações existentes foram adaptadas, apresentando uma infraestrutura inadequada. O trabalho se desenvolveu com base nas pesquisas e acompanhamento de um Centro Terapêutico existente chamado Missão Resgate, propondo um novo espaço arquitetônico.
Versão integral do trabalho em https://issuu.com/misawamegumi/docs/elizamisawa_tcc
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Resumo
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Figura 01: área de lazer. Fonte: acervo da autora
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Introdução O consumo e a dependência de substâncias psicoativas atuam diretamente no Sistema Nervoso Central do indivíduo, modificando seu funcionamento. A substância psicoativa ou uso de drogas quando ingeridas afetam a cognição, o humor, a percepção, a disposição e os pensamentos, sejam as substâncias lícitas ou ilícitas. Em meio a esse aumento decorrente do uso de droga, João Filho (2013), presidente do Conselho Estadual de Políticas sobre drogas afirma que vem crescendo o número das Comunidades Terapêuticas, porém, muitas dessas instituições aplicam conceitos de tratamento distorcidos, não possuem uma estrutura adequada, utilizam edificações fora de normas e padrões, e com adaptações inadequadas. Ao projetar um edifício, considera-se dentre outros, os aspectos de funcionalidade, acessibilidade e conforto. O programa de necessidades da Comunidade Terapêutica deve atender aos usuários, tanto fisicamente quanto no bem-estar, a organização espacial estimula o comportamento humano e alguns fatores como cor da parede, textura, pé – direito, posição e dimensionamento das janelas, mobiliário e iluminação favorecem uma qualidade melhor ao ambiente e ajuda no tratamento do paciente. Baseando-se nos problemas apresentados, este trabalho visa projetar uma Comunidade Terapêutica para dependentes químicos construindo um espaço acolhedor, visando proporcionar um ambiente residencial confortável, semelhante ao próprio lar, e não como se estivessem em um hospital, ajudando no processo de recuperação, promovendo aprendizado social e crescimento pessoal para sua reinserção na sociedade após o tratamento. O Centro Terapêutico Missão Resgate (CTMR) funciona com instalações adaptadas e que não se adequam as necessidades demandadas e por isso resolvi dada a necessidade de dependência química optei por fazer esse projeto que vai atender as necessidades mais amplas da instituição, construindo um novo espaço físico, que coopere no processo de tratamento.
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Como metodologia deste trabalho, foram realizadas visitas e um estudo de campo no Centro Terapêutico Missão Resgate, acompanhando o cotidiano para melhor compreensão do espaço e indivíduo, verificando o funcionamento para facilitar na elaboração do projeto. Nas visitas foi realizado um levantamento fotográfico e análise dos ambientes, pontuando aspectos de maior necessidade. Buscou-se referências bibliográficas em artigos, livros, teses, dissertações que fundamentassem a dependência química, os métodos de tratamento e a arquitetura nas comunidades terapêuticas. Para nortear este projeto, será utilizado a RDC nº. 29/2011, atual legislação sanitária para o funcionamento das Comunidades Terapêuticas, que atuam no tratamento de pessoas com transtornos decorrentes do uso ou abuso de substâncias psicoativas, em regime de residência, temporário, usando como principal instrumento terapêutico a convivência entre os pares. As referências de projeto para este trabalho foram o Centro Hospitalar Adolescente, o Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont e o Centro de Natureza James e Anne Robinson, além do Centro Terapêutico Missão Resgate.
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Proposição O terreno de implantação está localizado no município de São Roque, interior de São Paulo, no encontro da Rodovia Prefeito Quintino de Lima com a Rua Manuel José Antunes, com uma população estimada de 92.060 habitantes em uma área de 306,908 km. No Plano Diretor de São Roque, segundo a Lei Complementar Nº 40, de 8 de novembro de 2006, o perímetro de São Roque está localizado na Macrozona de Consolidação Urbana, sendo considerado Zona Urbana de Preservação Ambiental (ZUPA). No seu entorno se encontra muitas chácaras, vegetação densa e nas proximidades o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Roque e a rota do vinho. Por estar afastado de centros urbanos, da poluição sonora, o local se torna propício à recuperação do dependente, pois estimula a sensação de paz e de tranquilidade.
Figura 02: portal de São Roque e CTMR. Fonte: acervo da autora
Em adição este projeto visa construir um bloco principal térreo, com forma irregular, tendo espaços de uso da área administrativa, lazer, reabilitação, convivência e dormitório, esse bloco principal conecta
que auxilia na terapia ocupacional, e espaços para atividade física, a piscina semiolímpica e uma pista de caminhada e corrida, as atividades físicas são de grande importância, são essenciais para o bem-estar físico e psicológico do residente, e pode ser um grande aliado contra a ansiedade e depressão, podendo influenciar diretamente na autoestima de um ser humano
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ecumênico para exercer a espiritualidade, na parte externa também tem um espaço com um pomar e horta,
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através de pergolado para outros blocos, que são o de eventos e academia, além de conter um espaço
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Figura 03: planta de setorização. Fonte: acervo da autora
Figura 04: corte D. Fonte: acervo da autora
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Figura 05: perspectiva. Fonte: acervo da autora Referências
CARDOSO, Beatris de Bem. Novo Florescer: centro de recuperação especializado em dependência química feminina. Disponível em: <https://riuni.unisul.br/handle/12345/9340> DIEHL, Alessandra; CORDEIRO, Daniel Cruz; LARANJEIRA, Ronaldo. Dependência Química – Prevenção, Tratamento e Políticas Pública. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. HELLEN, Eva. A psicologia das cores: Como as cores afetam a emoção e a razão. ed. São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2013. NEUFERT, Peter. Arte de projetar em Arquitetura. 18. ed São Paulo: Gustavo Gili, 2013. PILLON, Aline Machado e PEREIRA, Téssia Kapp. Qualificações arquitetônicas para a reabilitação de dependentes químicas. Disponível em: <https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumALC/article/view/816/758> SÃO PAULO, Governo do Estado. Comunidade Terapêuticas 2020: manual para instalação e funcionamento do serviço no Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/MANUALCOMUNIDADETERAPEUTICA%202020.pdf> SODRÉ, Kelly Jesus. Centro terapêutico Niyama: casa de acolhimento para mulheres em situação de drogadição. Disponível em: <http://monografias.ufrn.br/handle/123456789/5007> VASCONCELOS, Renata Thaís Bomm. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração interior/exterior. Disponível em: <http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/87649>
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ARCHDAILY. Centro Hospitalar Adolescente. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/873646/centro-hospitalar-adolescente-tva-architects>
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ANVISA. Disponível em:< https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2011/res0029_30_06_2011.html> ARCHDAILY. Centro Comunitário de Reabilitação de Belmont. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-155486/centro-comunitario-de-reabilitacao-de-belmont-slashbillard-leece-partnership>
ECOVILA AREIÃO, Urbanização Integrada: conceitos de sustentabilidade e bioconstrução em assentamento precário urbano Geovana Roma de Almeida
Fonte: Relatório de avaliação ambiental, São Bernardo do Campo, 2014.
Resumo Este trabalho de conclusão de curso tem como motivação a busca de soluções para os grandes problemas ambientais que o homem enfrenta em suas cidades, o crescimento populacional desgovernado, a falta de planejamento dos espaços e a ausência da coexistência pacífica entre o homem e a natureza. Como um dos seus objetivos, o trabalho estuda a possibilidade de ofertar moradia própria de qualidade, lazer, cultura e segurança para aos atuais moradores da região escolhida para estudo através de técnicas construtivas sustentáveis e bioconstrutivas. A proposta da ecovila é baseada em pesquisas e referências, visando estratégias para um desenho urbano integrado, com espaços de uso misto, moradias de interesse social, atividades inclusivas diversas e espaços públicos que reintegrem o verde na cidade com baixo impacto ambiental. Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/geroma_/docs/geovanaroma_tcc.
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Figura 01: Situação atual das construções localizadas no terreno em estudo, executadas no nível do córrego com inundações frequentes.
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Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
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Introdução 1. Contextualização As cidades modernas e o estilo de vida consumista são cada dia mais enraizado na sociedade atual. Vivendo- se na era da tecnologia e informação, o crescimento populacional desgovernado se solidifica a cada dia que passa, fazendo com que seja comum o surgimento de cidades sem planejamento urbano, contribuindo para a problemática social e ambiental antes já existente.
Figura 02: Situação atual das unidades residencias localizadas no terreno em estudo.
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Fonte: Boldarini Arquitetos e Associados Os problemas sociais e ambientais se tornam insustentáveis, exemplificando através dos problemas encontrados no próprio dia- a- dia dos indivíduos, desde o urbanismo caótico e não planejado que resulta na formação de assentamentos precários e periféricos carentes de infraestrutura e organização urbana, até mesmo nos estilos de vida daqueles que causam danos e prejuízos em nosso meio ambiente. Observando os pensamentos cada vez mais individuais quando o assunto é bem-estar, a natureza é quem paga pelas ações egoístas que permeiam os estilos de vida acelerado. Como consequência deste crescimento desgovernado e não planejado, a maioria das grandes cidades do mundo é conhecida por terem em seu território grandes espaços denominados como favelas, estas são designadas como assentamentos precários em sua grande maioria. Favelas são caracterizadas pela ausência, ausência de infraestrutura básica e de equipamentos essenciais para uma qualidade de vida mínima para as pessoas. Sendo assim as favelas são estereotipadas como espaços ruins a serem frequentados, deixados de lado e esquecidos pela sociedade. Estes espaços se tornam cada vez mais desestruturados e não aproveitados com o possível potencial não enxergado por aqueles que poderiam investir tempo e recursos para tornar estes núcleos habitáveis para seus moradores pré-existentes, e até mesmo para solucionar o problema de falta de espaço que enfrentamos em nossa sociedade atual. A qualidade ambiental é um aspecto ancestral que objetiva estabelecer equilíbrio harmônico entre o homem e a natureza que o cerca. (GAUZIN- MÜLLER, 2011). A partir do estabelecimento do que é necessário para uma vida saudável, entra em evidência a busca por um desenvolvimento sustentável, tendo esse o conceito de conservação dos recursos naturais, tornando-os capaz de serem usados sem que isso afete de alguma maneira o meio ambiente. Neste estudo estes conceitos são estudados para serem aplicados em moradias, moradias estas que busquem sempre o melhor relacionamento possível entre o homem e os recursos naturais dispostos pela Terra.
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2. OBJETIVOS Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo geral fundamentar uma proposta em nível de estudo, de uma urbanização integrada, buscando construir um modelo de comunidade similar à de uma ecovila, construída com o maior número possível de métodos sustentáveis, dentro de um assentamento precário localizado em uma área urbana. Localizada na cidade de São Bernardo do Campo, a Favela do Areião se encontra no bairro do Montanhão, estado de São Paulo, será o objeto de estudo em questão. De forma a suprir as necessidades da comunidade, a implantação do projeto irá englobar diferentes usos, dentre eles: habitações de interesse social, comércio e serviço, centro de atividades sociais e entre outros. Neste caso, temos que relacionar o desenvolvimento sustentável com a arquitetura, trazendo novas formas de construir, com o mínimo de impacto ambiental possível, máxima qualidade ambiental e novas formas de organização e planejamento urbano, relacionando todas essas diretrizes em pensamentos e unificandoos em só um método.
Durante estudo, 845 unidades são selecionadas para remoção, seguindo critérios rigorosos de escolha, estabelecendo esta ação apenas por extrema necessidade. Conforme projeto na área selecionada para o reassentamento destas unidades removidas, a ecovila ganha 975 unidades residenciais em sua totalidade, sendo dentre elas, 130 unidades para portadores de deficiências físicas, e outras 845 unidades residências. O projeto dispõe de espaços para a recuperação ambiental de um bioma prejudicado pela ação do homem, criação de espaços de lazer e equipamentos públicos necessários para que haja força no partido projetual. É prevista a implantação de parques e praças nas áreas verdes de recuperação ambiental.
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Proposição O projeto da ecovila adaptada para um assentamento precário urbano, busca assegurar moradia de qualidade para todos, melhoria na qualidade de vida dos moradores do assentamento, melhoria na segurança, na mobilidade e acessibilidade entre o assentamento com as vias externas, melhor relação dos moradores com o meio ambiente presente na comunidade e extinção dos riscos a vida dos moradores do assentamento. O projeto da ecovila leva em consideração todas as caraterísticas físicas e socioeconômicas do perímetro. Após muito estudo e reconhecimento da área e suas complexidades, a montagem do programa de necessidades se desdobra em cima de usos diversos. Para dar início as especulações projetuais, foi necessário um estudo sobre os riscos que o terreno apresentava para os moradores já existentes do local. Diante de altos riscos de deslizamentos e enchentes localizados em determinadas áreas do terreno, a primeira etapa para solucionar este problema foi a seleção de moradias que deveriam ser removidas para assegurar que nenhuma das famílias localizadas nestes espaços passassem por uma situação de perigo.
Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
Figura 03: Estudo de caso localizado no terreno em estudo. Fonte: Boldarini Arquitetos e Associados
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Figura 04 : Mapa de unidades a serem removidas.
Figura 05 : Mapa de unidades removidas.
Fonte: acervo do autor.
Fonte: acervo do autor.
A implantação do edifício foi pensada de forma a garantir o aproveitamento máximo do terreno, buscando integrar o projeto aos desníveis existentes, e aproveitando a movimentação de terra á favor da construção, quando necessário para melhor a locação dos terrenos em favor do uso no dia-a-dia. É proposta uma conexão com o bairro ao lado através de um viário proposto, convidando outros moradores a terem acesso aos equipamentos presentes no conjunto habitacional. Propõe-se o aproveitar do espaço para múltiplos usos, promovendo lazer, cultura, moradia e emprego. O projeto é composto pela implantação de 13 edifícios em lâmina de uso misto e um edifício de uso institucional. Vias de acesso a carros, vias de pedestre, corredor de ônibus e equipamentos de lazer e cultura.
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Figura 06 :Planta de implantação geral. Fonte: acervo do autor. O programa do edifício busca abranger todas as necessidades humanas juntas em um único espaço, assim como nas ecovilas tradicionais. Além do uso habitacional, o programa conta como apoio para integrá-lo, equipamentos sociais, comércios, serviços e espaços de lazer voltados para o incentivo à educação, saúde e emprego. Os espaços destinados à educação e emprego levam em consideração a necessidade de integrar a cooperação e respeito como forma de aprendizado, propondo um novo estilo de vida e de pensar.
Figura 07 :Corte transversal- Edifícios uso misto e Equipamentos. Fonte: acervo do autor.
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Figura 08 :Corte Longitudinal- Edifício Institucional. Fonte: acervo do autor.
Figura 10: Modelagem 3D prédio institucional.
Fonte: do autor.
Referências D´AVILLA, F. B. Conceitos e técnicas para assentamentos humanos na perspectiva da sustentabilidade. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo- Dissertação- mestrado- pós-graduação, 2008. ROSENBAUM+ ALEPH ZERO. Moradias Infantis. ARCHDAILY, 2020. CANUTTI, CASSIA, RITA E BOLDARINI, MARCOS. MANANCIAIS: Limites e desafios nos projetos de urbanização. Revistaqatsi, 2015. GAUZIN-MÜLLER, DOMINIQUE. Arquitetura ecológica. 1ª edição. Editora SENAC, 2011. NEUWIRTH, ROBERT. Shadow cities. Editora Routledge, 2006. JACKSON, H.; JACKSON, R. Global ecovillage network history.gaia trust education denmark: [s.n.]. 2004.
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Figura 09: Modelagem 3D prédio institucional.
Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
A materialidade é uma das essências do projeto, o uso de madeira, terra e bambu como os principais materiais abordados para a formação deste espaço traduz a importância da bioconstrução e suas derivações no projeto. O material escolhido para a estrutura foi o Eucalipto, entre alguns dos motivos, pode-se destacar sua resistência ao sol e a água, custo-benefício, isolamento acústico e incentivo á diminuição do desmatamento florestal e aquecimento global. O eucalipto é usado nas vigas, pilares, barrotes das coberturas e decks das passarelas. Os pilares são feitos em madeira e concreto, sendo conectados através de chapas e parafusos metálicos. As coberturas são compostas por barrotes de madeira. A ligação de seus elementos é feita por chapas metálicas internas, sendo assim os barrotes são fixados nos pilares e vigas através de parafusos. Os guarda-corpos são feitos em bambu, e revestidos com vegetação, promovendo um fechamento que permita também o respiro do edifício sem que ele perca sua proteção contra chuvas e efeitos climáticos.
Om - Centro de Medicina Alternativa e Complementar Larissa Martiniano Nascimento Orientador: Prof. Dr. Walter José Galvão
A medicina alternativa e complementar tem como intuito focar no paciente como um todo, abordando seu sistema físico, mental e espiritual. Devido a diversos fatores como: o alto nível de estresse, a rotina agitada e a procura por tratamentos menos invasivos essa modalidade vem crescendo, porém ainda são poucos os locais que as oferecem. Pensando nisso esse trabalho propõe um projeto de arquitetura de um centro de medicina alternativa e complementar denominado Om, um centro especializado no Instituto da Previdência, zona Oeste, que vai contar com 22 tipos de terapias, visando atender aos pacientes e seus familiares em um lugar acolhedor e acessível.
Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/larissamn/docs/larissa_nascimento_caderno_tcc_3_
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Resumo
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Figura 01 :Perspectiva da entrada principal do centro. Fonte: autoral
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Introdução O começo do desenvolvimento da medicina vai se dar na Grécia Antiga com Hipócrates, que acreditava que os doutores deveriam restaurar o equilíbrio entre todas as partes do corpo; ideal que vai começar a se perder a partir do séc. XVII com o cartesianismo e o avanço da tecnologia fazendo com que a medicina cientifica/alopática ganhasse mais força e a tradicional fosse se perdendo.
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Essa medicina mais tradicional só vai voltar a ser reconhecida novamente com a criação do Ministério da Saúde em 1930, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) em 2006 e o acesso à algumas terapias através do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2006, sendo mais procurada nos últimos anos por conta da globalização e as novas rotinas do capitalismo. Entretanto ela ainda é muito renegada por médicos mais convencionais e pouco explorada no ramo da arquitetura e das pesquisas, muitas vezes ocorrendo em casas adaptadas e em alguns hospitais pouco convidativos, além disso ela não possui muito embasamento teórico e provas de funcionalidade por não possuir muito apoio do governo.
Figura 02 :Gráficos comparativo entre a procura por medicinas alternativas. Fonte: Globo Figura 03: Exemplo de casa adaptada para terapias alternativas. Fonte: Street View Partindo desse princípio foram feitas algumas pesquisas de estudos de caso que auxiliariam na concepção do projeto, o Centro Estadual de referência em medicina integrativa e complementar (CREMIC) e a Clínica Humaire foram utilizados mais como embasamento teórico e do programa de necessidades, pois o primeiro é o único centro especializado no país e o segundo é uma clínica onde foi realizada uma entrevista com uma terapeuta. Os outros três foram utilizados para embasamento mais arquitetônico do projeto, sendo eles: Centro Psiquiátrico Friedrichshafen, Hospital Gheskio e Hospital de Cirurgia Infantil - Renzo Piano. O primeiro é um hospital localizado na Alemanha desenvolvido para integrar um centro médico e foi utilizado principalmente pelo seu formato com o jardim interno e a sua integração com o interior e exterior; o segundo é um hospital especializado em tratamento de tuberculose no Haiti e foi utilizado pelo seu ideal de circulação de ventos e circulação de pessoas; e o terceiro é um hospital infantil na Uganda que teve como principal referência o seu teto solar e seu formato de “abraçar o interior”.
Figura 04: Centro Psiquiátrico Friedrichshafen. Fonte: Archdaily Figura 05: Hospital de cirurgia infantil – Renzo Piano. Fonte: Archdaily
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Proposição O projeto fica localizado no bairro Jardim da Previdência, zona oeste de São Paulo, local de fácil acesso tanto para transporte público quanto privado, além de estar localizado perto de polos comerciais e possuir grande quantidade de equipamentos de saúde e educação no entorno. O seu terreno original vai contar com 17.639 m², sendo reduzido em 75% para maior atender o centro, ficando com 3400 m². O local vai contar com 22 tipos de terapias, além de consultórios de clínico geral e nutrição, locais de acesso público, como café e auditório, espaços para os funcionários, praças de convívio e local de plantação. Pensando em um maior conforto e distribuição os edifícios foram divididos em três, o primeiro conta com apenas térreo e a hidroterapia, localizado na parte superior direita do terreno; o segundo que está ao longo dos jardins internos conta com térreo e 1º Pavimento e estão localizados as terapias e o terceiro com térreo e dois pavimentos onde estão localizadas as áreas voltadas para os funcionários no térreo e o aspecto mais público nos superiores.
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Figura 08 – Entrada dos carros. Fonte: Autoral Figura 09 – Jardim Interno. Fonte: Autoral A ideia foi criar um espaço onde os pacientes não se sentissem enclausurados e sem aquele aspecto não hospitaleiro de clínicas médicas, de forma que além dos espaços de terapia tivessem também os espaços de convivência com café, biblioteca, loja, entre outros. Assim o centro vai além de espaço apenas para tratamento, mas sim para o convívio social que também afeta o lado mental dos pacientes. Um ponto muito importante para o projeto, que partiu dos estudos de caso, foi criar esse ideal da natureza sempre presente dentro do terreno, onde se tem um edifício que se fecha para seu interior, mas ao mesmo tempo se conecta com o exterior.
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Figura 06 – Implantação. Fonte: Autoral Figura 07 – Entrada de pedestre, onde mostra o edifcio mais alto dos funcionários e público e também a materialidade de madeira, planos de vidro, concreto e aço. Fonte: Autoral A distribuição do projeto foi pensada de forma que criasse praças internamente e externamente aos edifícios, criando assim eixos de circulação horizontal e vertical e dois acessos, um pela avenida, para carros e outros dois para pedestres na esquina com a rua Antônio Mariani.
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Figura 10 – Planta 1º Pavimento, setor de terapias e aspecto público. Fonte: Autoral Figura 11 – Planta 2º Pavimento, auditório. Fonte: Autoral Outro ponto levado em consideração para a divisão dos pavimentos foi o entorno, criando um edifício que se destacasse em altura, mas que conseguisse seguir o padrão das residências, dessa forma foi possível criar uma vista limpa do que ocorre na avenida e nas ruas laterais, não criando uma poluição visual muito grande.
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Figura 12 – Corte AA. Fonte: autoral
Figura 13 – Corte BB. Fonte: Autoral Figura 14 – Elevação lateral direita, mostrando as diferenças de alturas entre os edifícios. Fonte: Autoral A materialidade foi pensada de forma que não atrapalhasse no aspecto mais clínico do local, portanto as salas de terapias são sempre de concreto aparente e/ou piso vinílico de madeira que são de fácil manutenção e limpeza, porém sem deixar o aspecto hospitaleiro de lado, o seu exterior vai seguir a mesma linha, focando em materiais de fácil manuseio como a madeira, o concreto e os planos de vidro; criando grandes conexões entre todos os lados do centro e sem remeter ao conceito mais antigo dos hospitais; a única quebra de materialidade que ocorre vai ser pra marcar o edifício mais alto com o aço cortén.
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Figura 15 – Exemplo das salas de terapias práticas. Fonte: Autoral Figura 16 – Exemplo da sala de Ioga, mostrando essa conexão da sala com o jardim interno. Fonte: Autoral Além das salas de terapias o centro vai contar com laboratório de pesquisa, muito importante para o desenvolvimento de um estudo mais aprofundado da medicina alternativa, além de ser muito utilizado para novos medicamentos, visto que a maioria vem da base de plantas. Para tal foi pensado em uma área de cultivo com acesso dos pacientes, para assim eles conhecerem como e de onde vem o medicamento que estão comprando e ingerindo.
Figura 17 – Imagem externa da área de cultivo. Fonte: Autoral Figura 18 – Vista externa da primeira recepção. Fonte: Autoral
Referências
NOGALES-GAETE, Jorge, Medicina alternativa e complementar, Jornal Chileno de neuropsiquiatria, Chile, out. 2004, (pp. 243-250) KOITHAN, Mary, Apresentando Terapias Complementares e Alternativas, Arquivos PMC, Estados Unidos, jan. 2009, (pp. 18-20) CANNATARO, Jurema, O CENÁRIO atual de aplicação das PICs no Brasil, Revista de Medicina Integrativa, São Paulo, mai. 2021, (pp. 1-5) Autor desconhecido, Praticas integrativas e complementares como recurso de saúde mental na Atenção Básica, Revista gaúcha de enfermagem, Rio Grande do Sul, abr. 2017, (pp. 1-5) ANSELMO, Diego Augusto, Centro de terapias integrativas Mente sã, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Mogi das Cruzes, 2019 SALVADORI, Liana Vaz, Fonte de Vida: Centro de terapias integrativas, Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade federal do Rio Grande do Sul, 2012
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MINISTÉRIO da saúde, Política Nacional de Praticas Integrativas e Complementares no SUS, São Paulo, 2015. SPETHMANN, Carlos Nascimento, Medicina Alternativa de A a Z, Editora Natureza, Minas Gerais, 2003.
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LIMA, Paulo de Tarso, Medicina Integrativa: A busca pelo equilíbrio, Editora MG editores, São Paulo, 2009.
Ocupa Repensando o modo de construir moradia em ocupações Laura Brito de Souza Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
desigual a moradia, priorizando a parcela rica da cidade, e que acaba fazendo com que a população mais pobre tenha que ocupar, informalmente, áreas as margens da cidade, que possuem alguma “barreira” e que são pouco investidas pelo poder público. Além disso, estuda e discute o modo de construção das habitações nessas áreas. Com isso, o projeto pretende, através da tecnologia construtiva madeira engenheirada, ou seja, CLT (madeira laminada cruzada) e MLC (madeira laminada colada), trazer uma nova proposta de moradia provisória, sem perder as características desse tipo de habitação. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/laurabrito.au/docs/ocupa_repensand_o_mod_construir_morad
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O trabalho analisa o processo de segregação urbana na cidade de São Paulo, o acesso
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Figura 01: Isométrica implantação. Fonte: acervo da autora
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Introdução
Esse trabalho de conclusão de curso ensaia um módulo habitacional para a Ocupação Vila Nova Palestina, localizada no distrito do Jardim Ângela. De acordo com o UM-Habitat de 2016, é na América Latina, a região mais urbanizada e desigual do mundo que vivem mais de 104 milhões de pessoas em assentamentos precários, onde 1 a cada 4 habitantes urbanos vivem em favela, vila, ou ocupações, em situação de pobreza. São essas pessoas, invisibilizadas pela urbanização, que devem resistir por conta própria, com a constante violação de seus direitos de existir e de possuir uma moradia digna. A escolha desse tema e da área de estudo partiu de um interesse pessoal em dar mais uma atenção as condições de moradias para a população que luta por moradia digna, e para além de um projeto de habitação social, mostrando que antes do edifício existe uma moradia e como melhorar aquela condição, mesmo que provisoriamente. Esse interesse foi despertado após um breve contato com o tema de ocupações, movimentos sociais e assentamentos precários em uma das disciplinas de graduação, além de um grande interesse pela arquitetura da américa latina, assim podendo trazer exemplos de projetos de habitação de interesse social e novas tecnologias realizadas aqui. A partir disso, o objetivo geral deste trabalho é criar modelos e estudos que gerarão uma nova proposta de moradia, desenvolvida para ser aplicada em um terreno localizado em assentamentos precários, mais necessariamente ocupações, como nesse caso a ocupação Vila Nova Palestina, localizada no distrito Jardim Ângela, para que seja possível e acessível aplicar em diversos contextos, levando em consideração as tipologias no entorno e também o uso da madeira engenheirada, que se torna uma alternativa sustentável e que tem seu tempo diminuído na questão da montagem, já que as peças são construídas fora do local da obra, o que acaba gerando menos gastos, além de produzir modelos que permitirão a ampliação caso a família sentir necessidade. Para isso, será necessário
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cumprir com alguns objetivos específicos que ajudaram no projeto final: (1) estudar projetos habitacionais em pequena escala na América Latina; (2) estudar a técnica construtiva de madeira engenheirada em projetos habitacionais; (3) realizar levantamento sobre a Ocupação Vila Nova Palestina, área do projeto; (4) elaborar ensaios de implantação habitacional nessa área estudada, utilizando o sistema construtivo em madeira, comprovando sua viabilidade.
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Proposição O projeto tem a intenção de propor uma moradia provisória, porém com as particularidades, espacialidades e estéticas das moradias da ocupação, ou seja, fornecer aos moradores condições adequadas para morar, considerando seu estilo de vida, através de uma releitura das habitações, porém utilizando novas tecnologias construtivas, nesse caso a madeira engenheirada, mostrando uma nova possibilidade de aplicação. Com isso foi estudado o material e pensando em otimizar o máximo possível o projeto, ou seja, o dimensionamento máximo do CLT e MLC na sua concepção nas fabricas, na otimização do material, no transporte e no dimensionamento e montagem das peças. A estrutura das moradias é formada por pilares e vigas MLC (madeira laminada colada), lajes e paredes em CLT
Para otimizar ao máximo das moradias, as paredes de vedação e as janelas possuem a mesma dimensão. Após estudos foi chegado no modelo com três dimensões de paredes, 90cm para a área fixa do banheiro, 95cm e 1 metro para o restante do projeto. A partir das medidas das peças que compõem a moradia e com a intenção de permitir a ampliação, as estruturas acabaram sendo fixas, gerando 5 modelos de moradia, sendo 16m², 24m², 32m², 40m² e 48m², considerando o limite máximo permitido para o financiamento pela Caixa Econômica. Além das moradias, foi gerado também um modelo de espaço multifuncional de uso comunitário dos morados, permitindo que os líderes e moradores convivam, realizem reuniões, eventos, uso educacional etc.
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Figura 02: Isométrica explodida da moradia. Fonte: acervo da autora.
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(madeira laminada cruzada).
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Figura 03: Implantação. Fonte: acervo da autora. O terreno do projeto possui 7038m² e está localizado em uma região com uma topografia
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bastante íngreme, após sua análise, foi definido que as moradias estariam dispostas pelo terreno em níveis de um metro para cada moradia. No nível da rua, é criado um espaço para uso livre e acesso à ocupação, nos níveis acima encontram-se as moradias e no nível 830 ficou localizado o espaço multifuncional.
Figura 04: Corte AA. Fonte: acervo da autora.
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Referências VILLAÇA, Flávio. São Paulo: segregação urbana e desigualdade, São Paulo, 2011. MARICATO, Erminia. A nova Política Nacional de Habitação, São Paulo, 2018. LABHAB. Programa Bairro Legal, Plano de Ação Habitacional e Urbano. Diagnóstico Jardim Ângela. São Paulo, 2003. MARICATO, Erminia. Metrópole, legislação e desigualdade, São Paulo, 2003. Regularização Fundiária de Loteamento. Serviços Cohab. São Paulo. Conhecendo Sobre o Cross Laminated Timber (Clt), Crooslam. JARDIM, Mariana. HABITAÇÃO (É) ELEMENTAL: o caso de Quinta Monroy. Fórum Habitar, 2017. COHAB SÃO PAULO. História: A Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo.
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Figura 06: Imagem ilustrativa vista moradias. Fonte: acervo da autora.
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Figura 05: Corte DD. Fonte: acervo da autora.
Ninho: Centro de Tratamento e Acolhimento para Animais Domésticos Letícia Marques Lima Orientador: Prof. Dr. Walter Galvão
A falta de conscientização da maioria população em relação aos animais é um fator relevante para o grande número de abandonos nas ruas, algo que acaba sendo preocupante para a saúde pública e para as Organizações Não Governamentais (ONG) que muitas vezes estão lotadas. Por outro lado, a ancestral relação entre o homem e o animal vem crescendo cada vez mais no Brasil e no mundo, fato que ajuda a aumentar o número de adoções e minimizar as filas de espera dos centros de acolhimento, dando assim um lar com atenção e carinho para os pets. Com isso, esse trabalho visa criar um edifício para atender as necessidades desses animais, proporcionando conforto, tratamento, chances de uma adoção e castração para controle populacional de cães e gatos nas ruas, além de serviços de banho e tosa para atender a população em geral. Por fim, o projeto tem como objetivo a criação de um Centro de Tratamento para Animais Domésticos, onde por meio de sua arquitetura trará todo o suporte necessário para terapias e acolhimento desses animais para que estejam aptos a serem adotados por uma família. Esse
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Figura 01: Fachada da Av. Mofarrej. Fonte: acervo do autor
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equipamento tem a intenção de ter gestão estatal visando a visitação e interação entre os homens e os animais que ali estão e também será um ambiente de conscientização populacional, que ocorrerá por meio de palestras dadas por profissionais da área. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/home/published/leticialima_tcc Introdução Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, tem a intenção de abranger a questão do abandono e traumas dos animais através da criação de um Centro de Tratamento e Acolhimento para Animais Domésticos instalado em São Paulo, SP na zona oeste. Segundo uma reportagem publicada no portal Terra, existem indícios arqueológicos que a domesticação canina tenha iniciado há cerca de 500 mil anos. Enquanto a domesticação dos felinos ocorreu no momento em que os nômades se fixaram nas margens do rio Nilo e os mesmos começaram a defender as pessoas impedindo que os roedores chegassem perto de suas comidas (JOENCK PINTO, 2018). Atualmente, a relação entre o homem e o animal doméstico não tem mais pauta com a sobrevivência, e sim a laços afetivos, já que o mesmo está cada vez mais presente nas famílias brasileiras fazendo parte das planilhas financeiras, dos passeios e de muitas outras programações. Em contrapartida, temos um grande número de animais abandonados nas ruas das grandes cidades que apenas não vivem em situações mais precárias devido as ONG’s que lutam para seus resgates e estimulam as adoções. Durante anos o bem-estar animal não foi algo considerado importante pelos governos do país. O Centro de Controle de Zooneses (CCZ) foi criado em 1973 e usava como meio de controle populacional dos animais a carrocinha, que retirava os animais das ruas e os levava para o CCZ para um cruel fim, que
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podia ser em câmara de gás ou de descompressão. Em 2008, Feliciano Filho, deputado de São Paulo, criou a Lei Feliciano, lei nº 12.916, que impede a matança indiscriminada e impõe uma política pública de castração para controle populacional (SÃO PAULO, 2008). Com a chegada do Coronavírus no Brasil e consequentemente a crise econômica, a demanda por hospitais públicos veterinários cresceu de forma notória e foram ocorrendo aglomerações nas portas sendo que algumas pessoas chegavam de madrugada para garantir um atendimento para seu animalzinho, dentre os hospitais com maior aglomeração podemos evidenciar o da Zona Sul e da Zona Norte (G1, 2020). Devido a estes fatores, o trabalho propõe a criação de um Centro de Tratamento e Acolhimento para Animais Domésticos que intencionalmente seja dirigido com apoio estatal e que ajude a desafogar os hospitais, clínicas veterinárias e ONG’s de São Paulo. Proposição Ao término do desenvolvimento do projeto Ninho: Centro de Tratamento e Acolhimento para Animais Domésticos, considera-se que os objetivos propostos para o trabalho desde sua etapa de pesquisa
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até a execução dos desenhos foram altamente satisfatórios. É entendido que o trabalho atende ás especificações de uma construção e tem a capacidade de suprir as demandas dos animais da cidade. A partir dos recursos obtidos na etapa de análise, como foco nos estudos de referências projetuais, foi possível obter a compreensão da organização dos equipamentos de saúde voltados para os animais, a ordem de volumetria dos espaços que foram propostos e a necessidade de cada ambiente, auxiliando então na execução do projeto. Outro fator importante de ser ressaltado, é a pesquisa autoral realizada que ajudou na compreensão de dados mais atuais, tendo em vista que os dados obtidos são de dois anos atrás. Do ponto de vista pessoal, a elaboração desse projeto é muito satisfatória. Não apenas por ter obtido um resultado coerente, mas também por poder unir o fazer profissional com uma causa que me é tão recorrente no dia a dia e ainda assim mantendo pertinente as justificativas apontadas para a definição deste tema. Como base da volumetria, foi criado blocos com os usos necessários próximos, trazendo então um bloco administrativo e de recepção e outro bloco de tratamento. Ademais no piso superior temos o bloco com salas multiuso e auditório para as atividades educacionais e de conscientização. Mais ao final do terreno temos o bloco de feira de adoção e no piso superior parte de lojas e serviços como o banho e
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Figura 03: planta térreo. Fonte: acervo do autor
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a tosa.
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Figura 04: planta superior. Fonte: acervo do autor
Figura 06: corte B. Fonte: acervo do autor
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Figura 07: vista do canil. Fonte: acervo do autor Referências
ARCHDAILY. Animal Refuge Center. Archdaily, 11 junho 2008. Disponivel em: <https://www.archdaily.com/2156/animal-refuge-centre-arons-en-gelauff-architecten>. Acesso em: 13 maio 2021. ARCHDAILY. HOSPITAL VETERIÁRIO CONSTUCION. ARCHDAILY, 25 março 2017. Disponivel em: <https://www.archdaily.com.br/br/867854/hospital-veterinario-constitucion-dobleese-space-andbranding>. Acesso em: 15 maio 2021. ARCHDAILY. Hospital das Praias do Norte / BVN. ARCHDAILY, 26 agosto 2019. Disponivel em: <https://www.archdaily.com.br/br/923545/hospital-das-praias-do-norte-bvn>. Acesso em: 19 maio 2021. ARCHDAILY. Clínica Veterinária Sentidos. Archdaily, 2020. Disponivel em: <https://www.archdaily.com.br/br/944737/clinica-veterinaria-sentidos-ocre-arquitetura>. Acesso em: 10 agosto 2021. BBC. A 'epidemia de abandono' dos animais de estimação na crise do coronavírus. BBC NEWS, 30 julho 2020. Disponivel em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53594179>. Acesso em: abril 2021.
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AFFINITY. Os motivos por trás do abandono de um animal de estimação. Affinity pet care, 13 janeiro 2020. Disponivel em: <https://www.affinity-petcare.com/br/os-motivos-por-tras-do-abandono-de-umanimal-deestimacao#:~:text=Segundo%20o%20%C3%BAltimo%20estudo%20realizado,animal%20de%20estima%C 3%A7%C3%A3o%20(11%25).>. Acesso em: 10 março 2021.
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ABINPET. Informações gerais do setor Pet. ABINPET, 14 novembro 2019. Disponivel em: <http://abinpet.org.br/infos_gerais/#:~:text=S%C3%A3o%2054%2C2%20milh%C3%B5es%20de,nosso%2 0setor%20na%20economia%20brasileira.>. Acesso em: abril 2021.
A madeira como alternativa de verticalização racional Edifício de uso misto Sara Abdul Zoghbi
Resumo A preocupação com o ciclo dos materiais e as demandas futuras da expansão das cidades vem trazendo questionamentos acerca dos métodos construtivos, e como podemos utilizar alternativas mais sustentáveis. Como opção, a madeira vem sendo cada vez mais utilizada na construção civil, principalmente em construções de grande porte. O objetivo desse trabalho é abordar os principais questionamentos sobre o uso desse material, além de entender sua física e estudar exemplos de projetos de arquitetura na mesma temática. Ao fim, apresentaremos a proposta projetual de um edifício de uso misto em madeira.
Versão integral do trabalho em: https://issuu.com/sarazoghbi/docs/sara_zoghbi_tcc2
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Figura 01: Vista das lojas na Avenida João Dias. Fonte: produção autoral.
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Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
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O presente trabalho é um reflexo do interesse de questionar nosso modo de consumo e nossas escolhas, e como podemos influenciar o ecossistema com as nossas decisões. É inevitável não pensar que, com a rapidez da expansão das cidades, e da constante necessidade de bairros mais diversificados, se não nos preocuparmos com sustentabilidade, dificilmente saberemos como será o futuro das próximas gerações, ou, se sabemos, não são previsões muito promissoras. Segundo o relatório da “Agenda 21 on Sustainable Construction”, de 1999, citado por DERMAZO e PORTO (2007), o setor da construção civil consome cerca de 20 a 50% do total de recursos naturais utilizados pela sociedade, ao mesmo tempo que gera 40% de todos os resíduos sólidos produzidos. Esses resíduos - que podem ser resultado de reformas, demolições ou entulho de obra - muitas vezes não tem o destino apropriado, não são recicláveis e podem ser um dos maiores responsáveis pelas enchentes e poluição de cursos d’agua, rios e nascentes. Por isso a importância da conscientização da escolha de materiais construtivos renováveis, como a madeira. Com o uso intensificado da madeira ao redor do mundo em edificações de múltiplos andares a partir da década de 2010, o material passou a ser visto como um elemento estrutural de muitas vantagens, e se mostrando tão resistente quanto qualquer outro material construtivo tradicional, o que colabora, ao menos, na diminuição do uso de materiais que consomem um alto valor energético em sua produção. O gráfico 1 abaixo mostra a diferença de consumo na produção de um pilar de três metros, com madeira, aço, concreto armado e bloco cerâmico, onde podemos compreender essa diferença de consumo, principalmente se tratando do aço. Após a compreensão dos parâmetros de sustentabilidade, como ainda existem diversas questões a respeito do uso da madeira em edificações, o trabalho procurou compreender cada processo, desde sua estrutura anatômica e a resistência ao fogo e a xilófagos, até a sua obtenção de maneira legal, conhecendo algumas espécies e os produtos resultantes da industrialização da matéria prima. Posteriormente, apresentaremos o resultado do estudo aplicado ao projeto de um edifício de uso misto, que é reflexo de todo o embasamento teórico desenvolvido, e que conta com um programa de necessidades com residências, térreo comercial e uma escola focada em construção civil sustentável.
Gráfico 1 (esquerda): Comparação de consumo energético para a realização de um pilar de 3 metros de altura, à mesma solicitação de carregamento. Fonte: adaptado de JOSEF KOLB, 2011 apud Ita Construtora, 2014. Figura 2 (direita): Depósito irregular de entulho de construção civil. Fonte: Porto, 2021.
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Figura 03 (esquerda): diagrama de usos do projeto. Figura 04 (direita): Isométrica do projeto. Fontes: produção autoral.
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Para a proposição do projeto, foi definido um programa que conta com áreas de permanência e bicicletários, atendendo moradores que buscam por residências com boa localização, e oferecendo qualificação profissional facilitada para quem trabalha no setor da construção civil. O desenho da edificação seguiu um raciocínio considerando os acessos onde os usos seriam mais solicitados. O bloco residencial se alinha com a Avenida João Dias, facilitando o posicionamento das lojas de fachada ativa. A escola tem seu alinhamento conforme a Rua Coronel Luís Barroso, controlando o fluxo de quem vem por esse caminho para chegar à escola. A união dessas unidades se dá pelo bloco de circulação residencial, que por ser de concreto, ajuda no contraventamento das estruturas de madeira. No complexo residencial, foi pensado em unidades de 51m², com seis unidades por pavimento, e com o acesso por meio de uma varanda aberta que beneficia a circulação de ar e entrada de luz solar pela manhã nas unidades. O controle de luminosidade nos dormitórios pela tarde se dá pelo fechamento em painéis camarão verticais, de madeira de pinus tratada. Na escola, o térreo conta com um espaço livre para permanência, além da recepção e auditório. Ao centro, uma prumada de concreto organiza a circulação e banheiros. O primeiro pavimento possui duas salas de aula e dois laboratórios para até 24 alunos cada, e o segundo e último pavimento temos biblioteca, sala de reunião, diretoria, coordenação e salas de apoio. No térreo comercial, foi pensado em fechamento de vidro, com os andares superiores em placas de policarbonato, que controla a luminosidade e dá certa transparência, mostrando a estrutura interna da edificação, principalmente pela noite, sendo essa mesma materialidade também aplicada na escola. A diferença dos níveis nas duas extremidades do terreno é de dois metros, com o ponto mais alto na Avenida João Dias, na cota 755, e o ponto mais baixo na Rua Coronel Luís Barroso, na cota 753. O complexo educacional fica na cota mais baixa, com o objetivo de se aproveitar desse desnível criar um pé direito mais alto no auditório da escola.
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Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Esquema 01 (esquerda): Ancoragem do pórtico da escola no chão. Fonte: acervo do autor. Esquema 02 (direita): Detalhamento construtivo da fachada do bloco residencial. Fontes: produção autoral. Como não é viável deixar a madeira em contato com o solo, para o posicionamento dos pilares no chão, foram usados conectores metálicos ocultos para executar a transição. Para a escola - demonstrado no esquema acima - o suporte é fixo no chão com parafusos ancorantes, e o encaixe do pilar é feito a partir do recorte serrado em cruz na madeira, e por parafusos autoperfurantes, que tem parte do corpo liso e parte roscado, para melhor perfuração e fixação na madeira. Para a fachada do edifício residencial, foi pensado em encaixes e painéis que fossem facilmente fixados, mas que também protegessem as estruturas de madeira. Com isso, a fachada possui cinco camadas até chegar na estrutura propriamente dita. Mais detalhamentos foram produzidos, que ajudam a manter a integridade da madeira a longo prazo, como a proteção da laje cobertura, impermeabilização de áreas molhadas no interior da edificação, união da madeira com o concreto a partir de peças metálicas, entre outros.
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Trabalhos de Conclusão de Curso | 2021_2
Figura 05: Vista interior do térreo da escola. Fonte: produção autoral. O trabalho buscou estudar a respeito do material construtivo da madeira, compreendendo suas possibilidades, sua estrutura anatômica, os materiais que podem ser fabricados a partir de diversos métodos, entre outros. A compreensão da variabilidade construtiva desse material nos dá o entendimento de que é possível projetar em madeira em qualquer escala, e o exercício do detalhamento construtivo permitiu a compreensão do seu funcionamento estrutural, e como mantê-lo a longo prazo. Com isso, pode-se concluir que a madeira é um material que, se usado com consciência e fiscalização, é viável para a demanda de moradias e edifícios mistos nas metrópoles, usando tecnologias que incrementem a física do material e racionalize o processo de construção das edificações.
GREEN, Michael. THE CASE FOR Tall Wood BUILDINGS: How Mass Timber Offers a Safe, Economical, and Environmental Friendly Alternative for Tall Building Structures. Estados Unidos: Blurb, 2012. 272 p. HERZOG, Thomas et al. Timber Construction Manual. Munique: Birkhäuser Verlag, 2004. 375 p. (In Detail). INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (IPT). Disponível em: < https://www.ipt.br/consultas_online/ informacoes_sobre_madeira/busca>. Último acesso em: 27 abr. 2021. SHIGUE, Erich Kazuo. Difusão da Construção em Madeira no Brasil: Agentes, Ações e Produtos. Tese (Mestrado) – Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Carlos, p. 237. 2018.
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AFLALO, Marcelo. Madeira Como Estrutura – A História da ITA. São Paulo: Paralaxe, 2005. GIORGI, Rodrigo de Souza Nazareth. A Madeira na Cidade: edificações de múltiplos andares com estrutura de madeira em centros urbanos. 2019. 86 f. Monografia (Especialização) - Curso de Arquitetura da Madeira: Projeto e Aplicação, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, 2019. Disponível em: https://issuu.com/rodrigogiorgi/docs/o_impacto_da_madeira_na_constru__o_. Acesso em: 29 abr. 2021. GONZAGA, Armando Luiz. Madeira: Uso e Conservação. Brasília: Iphan/Monumenta, 2006. 246 p.
Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
Referências
Veleiros Unidade básica de saúde Tabata Pereira Lima
Resumo O trabalho tem como objetivo desenvolver um projeto arquitetônico de uma Unidade básica de saúde, localizada no distrito do Socorro na zona sul de São Paulo. Para o desenvolvimento desse projeto foram feitos estudos, apresentando um breve histórico da área, bem como suas potencialidades e fragilidades. Dessa forma foi proposto diretrizes de melhoramento sendo uma delas a ampliação da capacidade de suprir as novas demandas de usuários e com isso promover maior comodidade das famílias que se obrigavam a deslocar-se para outros bairros no anseio de atendimento médico mais rápido. Versão integral do trabalho em https://issuu.com/tabatalimaa/docs/veleiros_unidade_basica_de_sa_de_-_tabata_lima_02
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Figura 01 : Entrada principal da UBS. Fonte: acervo do autor
Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução O presente trabalho tem como intuito apresentar a proposta de um projeto arquitetônico de Unidade Básica de Saúde tendo a função de melhorar o atendimento causado pela sobrecarga populacional da região do distrito de Socorro. No decorrer deste trabalho serão apresentados dados que comprovam a importância da readequação dessa unidade, não só no que diz respeito a saúde, mas também no âmbito da humanização que a arquitetura pode proporcionar. A partir disso, conheceremos nesse trabalho de curso, uma proposta que além de seguir as normas de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde considera também o bem estar dos seus usuários. Referencias projetuais – USB Parque do Riacho
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Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
Figura 02 : Planta baixa UBS Parque do riacho. Fonte: Archdaily Foi analisado nesse projeto a circulação de ar e luz natural nas salas de atendimentos através dos átrios centrais de cada núcleos. Seguindo esse padrão o edifício foi planejado para uma futura ampliação da UBS.
Figura 03 : Corte da UBS. Fonte: Archdaily Circulação de ar e entrada de luz natural foram os principais pontos observados para projetar a UBS Veleiros de acordo com as normas e pensando no conforto dos profissionais de saúde e seus pacientes.
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Trabalhos de Conclusão de Curso | 2021_2
Proposição
Figura 04: Planta baixa UBS Veleiros: acervo do autor Devido à preocupação com o atendimento ao público surgiu a necessidade de uma sala de espera com jardins internos e espaço de lazer infantil. Embora não esteja na norma é importante para humanizar o espaço durante a espera por atendimento. Os núcleos que comportam os consultórios possuem ventilação cruzada tendo abertura para o os átrios centrais e em toda a UBS há dois fluxos principais de corredores largos de acordo com a norma RDC-50, sendo eles um para a entrada de visitantes e outros
Figura 06: Detalhamento da circulação de ar natural UBS Veleiros: acervo do autor
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Figura 05: Diagramas UBS Veleiros: acervo do autor
Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
para os profissionais de saúde.
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Figura 08: Átrio UBS Veleiros: acervo do autor
Figura 09: Detalhamento Fachada lateral
Figura 10: Área de espera com jardim interno
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Referências PUPO, L. A entrevista sobre a UBS Veleiros. 21 maio 2021. Entrevista concedida a Tabata Lima. BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: O humanizasus na atenção básica. 1.ed. Brasília, 2009.Acesso em: 15.10.2021. BRASIL Cad. Saúde Pública. O acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso de Betim, Minas Gerais,1999. Acesso em: 16.10.2021. Brito, JCO. Trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. Cad. Saúde Pública 2005. Acesso em: 26.10.2021. Puccini PT, Cecílio LCO. A humanização dos serviços e o direito à saúde. Cad. Saúde Pública 2004. Acesso em: 26.10.2021. BRASIL. Resolução RDC n‘50. 2002. Acesso em: 10.11.2021
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UBS Figura 12: Entrada principal com a recepção
Tecnologia Aplicada ao Projeto de Arquitetura e Urbanismo
Figura 11: Área de espera infantil
TCC 1
HYGGE NA ARQUITETURA Aluna: Ana Paula S Freitas Orientadora: Dr Myrna de Arruda Nascimento
HYGGE [R U - G A] É UM E S T I LO DE VIDA Q U E V A L O R I Z A O S P R A Z E R ES SIMPLES D A V I D A C O M O E STA R C O NFORTÁVEL E A L E G R E E M S UA C A S A . A C I ÊNCIA POR TRÁS DO DESIGN U M A LUZ DE 6500K (MAIS AZULADA) D E I X A AS PESSOAS DO EXPERIMENTO M A I S ALERTAS, ENQUANTO UMA LUZ DE 3 5 0 0 K (MAIS ALARANJADA) DEIXA AS P E S SOAS MAIS RELAXADA S
O Manifes
OS ITENS CITADOS QUEM TEM INTERES CONCEITO HYGGE A NÃO SÃO EXATOS, P DE INÚMERAS FORM UMA FÓRMULA, ELE
sto
ACIMA S Ã O U M A B A S E P A R A SS E EM A D I C I O N A R O A SUA VID A , E N T R E T A N T O , PODEM S E R I N TE R P R E T A D O S MAS. O H Y G G E N Ã O S E G U E E DEPEND E D E C A D A P E S S O A .
Preparação TCC 2
ESTUDOS D E U M P R O J E T O DE INTERI O R E S P A R A U M APARTAME N T O D E 3 6 M ² N A ZONA SUL D E S Ã O P A U L O . PLANTAS E M O O D B O A R D S DO DESIGN E U M P R O J E T O 3D PARA A P R E S E N T A Ç Ã O FINAL
Espaço de expressão music
Aluna: Beatriz Furtuoso Ale Orientador: Jordana Zola
Resumo
P
O trabalho propõe uma Escola de música voltada para a população adulta, localizada na região central de Taboão da Serra mais precisamente no Parque das Hortênsias antigo Minizoológico da cidade que atualmente tem projetos de implantação de uma escola de artes. Após um levantamento de dados a partir de mapas retirados da prefeitura de Taboão da Serra, foi possível ver que a oferta de equipamentos culturais do caráter musical é bastante escassa.
Estudos de caso
LUGAR PARA ESCOLA DE MÚSICA / ESPAÇO COLETIVO DE ARQUITETOS
TERMINAL NÁUTICO DO RIO YALUNTZANGPU / ZAO/STANDARDARCHITECTURE + EMBAIXADA
PROJETO MMBB PARA CAMPOS DO JORDÃO
cal
exandre
Primeiro estudo
salas de aula
O programa foi pensado na em três setores, área restrita que seria a área de administração, livre acesso que seria áreas livres como restaurante, e área controlada que seria a área de ensino.
3D de estudo
Corte aa
Corte bb
restaurante/recepção estúdio auditório
PEDRAS NO CAMINHO “Vamos pensar em arte. Acho que é o ato de dar forma à alma. [...] Quando o espírito e a expressão se juntam, abrindo a janela de um novo mundo, muitas pessoas se sentem transportadas a um lugar em que podem sentir o que é viver no mundo. ” — Tadao Ando resumo O trabalho aqui apresentado tem como finalidade de iniciar uma discussão entre arquitetura e arte a partir de análises e estudos de caso de obras selecionadas pelo autor (Bruno Kenzo) junto com seu orientador (Professor Ricardo Luis). Aqui eu também apresento artistas e suas respectivas obras de arte para a criação de um repertório para a próxima etapa do trabalho. O produto final se espera um projeto na cidade de São Paulo onde é possível ter acesso a arte sem precisar adentrar em um local fechado, ou seja, o projeto proporcionará a visualização de obras de artes ao ar livre.
introdução Após a minha visita ao Instituto Inhotim, em Brumadinho, com o SENAC em maio de 2019, fiquei absurdamente admirado, perplexo, espantado e entre outros sinônimos da palavra chocado, como a arquitetura e a arte se comunicavam de uma forma tão gentil e plena naquela vasta área verde. Lembro que, logo após a viagem, compartilhei em uma aula de projeto que uma das minhas metas, que adquiri depois dessa experiência que tive no museu a céu aberto, é de um dia poder participar de um projeto para o Inhotim, ri e disse que talvez essa meta estaria longe e que seria difícil de se concretizar. Creio que a escolha do meu tema para o meu Trabalho de Conclusão de Curso veio daí, do meu anseio em juntar a arte com a arquitetura em um projeto onde o público pudesse sentir o que eu senti quando fui para Inhotim pela primeira vez. O trabalho, propriamente dito, desde sua primeira ideia até o presente sofreu algumas adequações e modificações positivas. Alterações feitas com a ajuda de meu orientador, que juntos entendemos que o projeto não irá resultar em um “Inhotim na cidade de São Paulo” e sim em uma experimentação projetual baseada em minha primeira ideia. Dito isso, a proposta do trabalho é fomentar o assunto de arte e arquitetura que foi criado a partir de uma experiencia pessoal, além da criação de um projeto onde o acesso a arte para o público é fácil e quase que inevitável.
arte // arquitetura // cultura // galeria // sensorial // amostras // experimentação // percurso das artes // museu a céu aberto // praça pública
estudos de caso Um dos meus primeiros estudos de caso foi sobre o projeto feito pelo Brasil Arquitetura, a Praça das Artes. Sempre gostei da atmosfera que o projeto cria em dias de eventos e mesmo em dias do cotidiano. Creio que é de extrema importância a análise crítica deste projeto para este TCC. Um outro projeto que durante as minhas pesquisas sobre o arquiteto Tadao Ando me interessou foi o Garden of Fine Art. Um museu a céu aberto que apresenta oito reproduções em tamanho quase reais de obras de arte em sua maioria de origem europeia e que o arquiteto cria diversos encontros entre a arte exposta e o visitante de forma única.
Garden of Fine Art © elizabethannah
encaminhamentos A partir da metodologia aplicada na primeira etapa do Trabalho de Conclusão de Curso, com uma série de pesquisas, leituras, estudos de caso, tanto no campo das artes quanto no da arquitetura, podese dizer que essa primeira parte possuí uma grande carga de conteúdo para ser absorvido e encorpado na próxima etapa do trabalho. Por mais que não tenha chegado em um terreno em específico, por exemplo, acredito que a metodologia desta primeira etapa abriu diversos caminhos e problemáticas a serem discutidas e enfrentadas no próximo semestre, além de traduzir muito do que estava apenas em minha mente. Sendo assim, o principal objetivo da segunda parte do Pedras no Caminho é achar de fato um terreno de acordo com as diretrizes propostas, concluir a curadoria de obras de arte a serem expostas no projeto, iniciar e finalizar o desenvolvimento do projeto arquitetônico do Pedras no Caminho.
aluno Bruno Kenzo Marques Hokama orientador Ricardo Luis Silva
JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO
Jock
A DIALÉTICA DOS GRANDES LOTES NA CIDADE
Atualmente a cidade de São Paulo uma das maiores capitais mundiais seja em dimensão e/ou importância econômica, com mais de 21 milhões
próximas ao centro grandes lotes. Este trabalho tem por objetivo: estudar, investigar, questionar e propor um novo uso e ocupação, guiado por longo do curso. Dessa maneira o assunto ao qual este estudo irá se debruçar é: que uso desejamos e quais equipamentos queremos para esses espaços. O lote em questão é onde hoje se encontra o Jockey Club de São Paulo. O processo que se encontra em andamento busca encontrar a melhor vocação para esse enorme sítio!
fonte: fotos do autor tirada do 20º andar de edifico Eldorado Tower
“A importância da arquitetura em nossas vidas é enorm repousamos nosso corpo, que ao longo do dia transita p que ai estão implantados artificialm fonte: Imagem gráfica autor
N OMA
OMA
STEVEN HOLL
HORIZONTAL SKYSCRAPER VANKE CENTER MASTERPLAN Shenzhen, China 2008
DUBAI KNOWLEDGE FUND Dubai International Academic City (DIAC), Dubai, 2021 (Em Desenvolvimento)
GREENPOINT LANDING Brooklyn, NY, USA 2021 (Em desenvolvimento)
orientador - Prof. Sergio Matera | Christiano Prado
key Club de São Paulo | Grandes lotes | Escala do edifício | Uso e ocupação | Bem cultural
s de habitantes na região metropolitana e mais de 12 milhões de habitantes em seu município, possui ainda em suas regiões relativamente
r conceitos e fundamentos adquiridos ao
me, somos a todo momento influenciados por ela mesmo sem perceber, do local onde pela cidade em seus espaços vázios internos ou externos aos grandes e pequenos objetos mente na paisagem. Essa potência de transformação é fascinante.” STEVEN HOLL
UCSF MISSION BAY MASTER PLAN San Francisco, USA 1996
FOSTER + PARTNERS
RPBW - Renzo Piano Building Workshop
CITY CENTER DC Washington, DC, USA 2014
THE OŌELI COMPLEX Hangzhou, China 2020
A memóra da cidade:
ESTUDO DE CASO
Revitalização do Cine Comodoro Aluno: Gustavo Henrique Rosatti Bunese Orientador: Ralf José Castanheira Flôres
RESUMO O trabalho analisa a trajetória da Avenida São João e o Cinema até os dias atuais, esse olhar se expande para a quadra e o seu vazio. Busca, através de uma reflexão sobre a memória urbana e o centro de São Paulo, uma proposta de intervenção que articule essas histórias às demandas contemporâneas.
PROPOSTA O trabalho procura avançar no projeto de revitalização do Cine Comodoro e montar um equipamento institucional voltado a cultura, para ser um apoio a esse espaço central que era a antiga sala de cinema, assim criar um local público de lazer para o centro da cidade.
Praça das artes
INTERVENÇÃO
DIAGRAMA
Brasil Arquitetura
1. Situação a do terreno atual. Retirada da edificação existente
Apresentações
5. Remoção de área para salubridade, iluminação e ventilação natural.
SESC Tatuapé
MMBB+Paulo Mendes
Ordener
Andrade Morettin
2. Implantação de duas edificações de 10 metros sem recuo na parte mais estreita do terreno.
3. Retirada de áreas para circulação, iluminação e ventilação.
4. Implantação do edifício do lado oposto ao antigo cinema.
6. Redução de gabarito para melhor relação com a área livre e o edifício vizinho.
7. Criar circulação cruzada entre as ruas.
8. Passarelas que servem de “arquibancada” para a área de shows aberta.
COMPLEXO INSTITUCIONAL MORRO GRANDE ALUNO : HIEDA CRISTINA YOSHIOKA IAROSSI ORIENTADOR : MAURÍCIO MIGUEL PETROSINO
A Importância do Tema Precisamos criar mais acesso a Arte, Cultura, Esporte e o principal Educação, pois elas são as bases essenciais para o desenvolvimento do individuo e inclusão social. Cultura tem um papel importante, chamar a população para a praticas de atividades esportivas e culturais sem ter o compromisso comercial, viabilizando somente o lazer, precisamos fortalecer esse vinculo cultura com a educação, ao planejar esse trabalho para a comunidade que necessita de uma atenção, visando sempre o aprendizado e a evolução de cada individuo. Esses centros tem um papel importante no processo de desenvolvimento profissional, com a oportunidade de educar, criar e crescer com mais independência, posposta arquitetônica desse centro institucional na região de Santo Amaro, tem como objetivo de ser o destino educacional e de lazer toda região. Precisamos de mais equipamento urbanos que tendem a movimentar e alavancar não somente a economia do local, mas também trazer a vida social e ativa da população com lazer, cultura, saúde, educação e fortalecendo o comercio e serviços da região. O Trabalho de conclusão de curso, aqui apresentado será desenvolvido em diferentes etapas, pretendo usar as seguintes tipologias, CEU e SESC para nortear em relação aos espaços e seus usos e as metodologias, Montessoriano e Waldorf, vão fazer pensar e entender melhor como lidar com os espaços educacionais de modo diferenciado. Começo analisando alguns projetos de estudo de caso com temas e objetivos semelhante, foram destacados alguns pontos principais, como fluxos de pessoas que se apropriam do espaço, volumetria e as suas divisões de usos, partido arquitetônico e os programas de necessidades com acesso a todos.
Referências
Complexo Escolar de Sassá O Complexo integra uma mistura de espaços públicos e privados de diferentes escalas, ele também propõe uma integração edifício à paisagem, criando um diálogo contínuo entre os espaços internos e externos e também entre os espaços de aprendizagem e de interação social. SESC Interlagos Com a Urbanização da área de próxima a represa Guarapiranga, o projeto teve como objetivo a implantação de um conjunto social - esportivo contendo e assim cultivando as margens da represa. O programa foi distribuídos no terreno como área aquática, ginásios esportivos, playground, campos de esportes e uma variedade de atividades culturais.
Área de Intervenção Planejar um equipamento urbano em um determinado local temos que analisar a importância e funcionamento do mesmo, visando a concentração maior de pessoas na apropriação do edifício e seus usos. A falta de locais como esse na região que proporciona educação e lazer artístico e cultural se faz a necessário, já que essa região possuí uma grande carência desse tipo de estrutura. Fazer um levantamento específico sobre as edificações escolares, sua relação com a pedagogia e desempenho educacional. Entender a necessidade da construção e um ambiente cultural que possa contribuir com os nosso déficits educacionais, socioeconômico e a compatibilização do ensino fundamental. Expor diretrizes de projetos que priorizam a cultura local e a construção de autonomia da própria criança sobre o seu cotidiano, fazendo um levantamento de referencias e estudos de caso.
SETOR ESPORTIVO SETOR MULTIUSO SETOR EDUCACIONAL
ESTUDO VOLUMÉTRICO
Proposta Criar um local de apoio ao desenvolvimento da crianças onde possam passar boa parte do seu dia, com atividades, seja elas intelectuais ou criativos, espontâneo e cultural. O projeto tem a intenção de dar um apoio educacional e cultural fora da escola com intuito de incentivar as crianças a ter mais autonomia, ser mais independente e criativa. A base para a concepção de uma local de estudo ideia, segundo Doris Kowaltowksi (2011), vem de um elo de ligação dividido em 3 pilares; teoria pedagógica, o espaço e a dimensão social em que se insere essa proposta. Rua São Canuto PRAÇA AO AR LIVRE
PRAÇA COBERTA
SALÃO MULTIUSO REFEITÓRIO
SALAS
CONVIVÊNCIA
PISCINAS
CAFÉ
AUDITÓRIO
LANCHONETE
PISCINA INFANTIL ‘
BIBLIOTECA LANCHONETE
QUADRA
PLAYGROUND
BOSQUE
10 0
50 20
80
NEUROCIÊNCIA APLICADA À ARQUITETU O AMBIENTE FÍSICO COMO FATOR DE SAÚDE PARA HUMANIDADE ALUNO: IZABELA JORGE
ª DRA. MYRNA NASCIMENTO
ORIENTADORA: PROF
O
DESENHO
DOS
ESPAÇOS
INTERIORES,
ALÉM
DE
AFETAR
A
FORMA
COMO
OS
AMBIENTES SÃO OCUPADOS E COMO FUNCIONAM PARA AS INÚMERAS FINALIDADES A QUE SE DESTINAM, TAIS COMO EDUCAÇÃO
ETC.,
EMOCIONAIS
DE
TAMBÉM QUEM
MORADIA, TRABALHO, COMÉRCIO, CUIDADOS À SAÚDE,
INTERFEREM HABITA
OU
NOS
COMPORTAMENTOS
FREQUENTA
ESSES
E
NOS
AMBIENTES,
ESTADOS E
NELES
DESENVOLVEM AS AÇÕES MAIS DIVERSAS, JÁ QUE ALGUNS INDIVÍDUOS SE FIXAM E TEM PRESENÇA PERMANENTE NESTES AMBIENTES, E OUTROS NÃO.
O CENÁRIO PANDÊMICO E PÓS-PANDÊMICO AUMENTOU AINDA MAIS A ATENÇÃO E O INTERESSE POR ESTUDOS SOBRE COMO NOS RELACIONAMOS EM UMA SITUAÇÃO DE
ISOLAMENTO SOCIAL, HOME OFFICE, ESCOLA REMOTA ETC., E MUITOS TEM SIDO OS ESTUDOS DESENVOLVIDOS SOBRE ESSAS ADAPTAÇÕES E ALTERNATIVAS ENCONTRADAS PARA
GARANTIR
O
BEM
ESTAR
E
O
CONFORTO
NAS
RESIDÊNCIAS
EM
SITUAÇÕES
IMPREVISTAS.
UMA ÁREA DE CONHECIMENTO QUE TEM SE DEDICADO AO ESTUDO DO TEMA É A NEUROCIÊNCIA, INTERIORES
E
E
É
JUSTAMENTE
NEUROCIÊNCIA
QUE
SOBRE ESTE
ESSA
RELAÇÃO
TRABALHO
DE
ENTRE
ARQUITETURA
CONCLUSÃO
DE
DE
CURSO
1
DESENVOLVEU SEU ESTUDO , PARA EXPERIMENTAR APLICÁ-LO NA AMBIENTAÇÃO DE UM APARTAMENTO NO TCC2.
Planta do apartamento de estudo para o TCC2
URA
TCC 1
S
A
S
O
E
S
S
E
1
M
Hall Abluo - Casa Cor SP 2021 COMO PROPOSTA PARA A SEGUNDA PARTE DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO,
TEMOS
A
INTENÇÃO
DE
PROPOR
A
APLICAÇÃO
²
DA
NEUROCIÊNCIA EM UMA AMBIENTAÇÃO DE UM ESPAÇO DE 32M , QUE DEVE ATENDER DIVERSOS USOS COMO TRABALHO, ESTUDO, RECEBER AMIGOS E FAMILIARES, ENTRE OUTROS. ACIMA TEMOS O HALL DE ENTRADA DE UMA RESIDÊNCIA AGORA
APRESENTADA
COMO
UM
NA
ESPAÇO
MOSTRA QUE
CASA
GANHOU
COR
SP,
APRESENTADA
RELEVÂNCIA
DURANTE
A
PANDEMIA DA COVID-19.
AS REFERÊNCIAS UTILIZADAS NESTE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 1 REÚNEM
AUTORES
COMO:
PENICK, ENTRE OUTROS.
ERIC KANDEL, JUHANI PALLASMAA, NIGEL
JÉSSICA DE SOUZA RAMOS / ORIENTADOR: PROF. DR. RICARDO LUIS SILVA
ARQUITETURA DO SOM OS SONS QUE TOCAM O ESPAÇO.
O ser humano, tanto visual quanto auditivo, é um ser que se fixa nas mudanças e contrastes, o novo é a repetição diária de coisas faz com que desapareçam rapidamente de sua atenção. O som da arquitetu individuais, mas sim a distância ou diferença entre as coisas, isto é, seu espaçamento de som. É im sonoro e o espaço acústico. O espaço sonoro, ao contrário do acústico, não só modula sons de acord terial, mas também é carregado com sentido porque obedece à forma perceptiva do comportamento do de traços sonoros que o identificam, presumimos que o som não pode literalmente esboçar em uma r própria natureza imaterial. No entanto, o mapeamento sonoro seria uma maneira para otimizar a didát formas de compreender o fenômeno e que poderia ser abordado, incluindo, na idealização do projeto
debate sobre a importância do som na arquitetura, abordando o tema inteligência artificial e seu uso na arquitetura usando design paramétrico e generativo.
Performance “D
Stretto House, Aquarelas feitos por Steven Holl, 1992.
John Cage numa câmara aneicoica em Harvard. 1951
Com base n sa debater dos para tações, n arquitetur processo, projeto se escolhido de dados: habitado. os sons, a forma s forma per sonoras, gramação de geomet trolar o mas que e
Amostra “Archive Dreaming” 2017 Refik Anadol.
é imediatamente percebido, enquanto ura não representa o som de objetos mportante distinguir entre o espaço do com suas qualidades físico e masom. Embora o espaço seja portador representação visual, devido à sua tica de escuta e técnica de som como de arquitetura.
A exploração teorica e projetual se deu atráves de várias formas de expressão de arte, seja pelo questionamento via literatura (Philip K. Dick e Issac Asimov) e mídia sci-fi (Blade Runner e Ex-Machina), nas artes plásticas (Kandinsky) e compositores musiais contemporaneos questionando atráves da sua obra o som e o silencio (John Cage), arquitetos construindo peças musicais (Steven Holl) ou artistas interagindo e colaborando com maquinas (Refik Anadol e Sougwen Chung). Trazendo pro campo da arquitetura e relacionando com o método de modelagem paramétrica, podemos ir além de algoritmos, precisão milimétrica e uma A.I nós auxiliando no campo das múltiplas possibilidades de desenvolvimento de uma ideia ou projeto, nos permite também vislumbrar e com isso, navegar por outros planos que também compõem um pensamento criativo como método de exploração e investigação humana-máquina, como um caminho de construção de identidade e compartilhamento; de uma ideia, de uma sensação, ou seja, uma imersão no espaço não-físico.
Drawing Operations” 2016, Sougwen Chung.
nessa discussão, a monografia tem como premisr transcendendo dos temas habituais relacionatrazer por meio de investigações e experimennovas tentativas de correlacionar a música e a ra, tornando aqui, o som como protagonista do com o desenvolvimento teórico e projetual. O e baseia no mapeamento sonoro do espaço. Serão os sons a partir do cruzamento de três bancos : de músicas, do espaço físico e do espaço . Nessa perspectiva, com o mapeamento de todos será proposto um modelo gráfico que integra sonora representada, a forma construída e a rcebida, e partir da captura das frequências esses dados serão manipulados através de provisual e convertidos em parâmetros geradores trias tridimensionais, onde será possível concomportamento do código e selecionar as foremergem dessas operações criando um abrigo.
Playlist com as músicas selecionadas.
Nome: Laura Sales de Araujo Tema: Creche sustentavel Campo Grande Orientador: Mauricio Miguel Petrosino
Introdução A construção civil além de ser forte o seu desenvolvimento econômico e social, por gerar emprego e renda, é um dos setores que mais gera resíduo de lixo causando um impacto ambiental e danos a natureza, tem um grande consumo de energia, água, geração de poluição e resíduos. As construções sustentáveis cada vez vem tendo mais visibilidade na construção civil, aproximadamente 35% de todos os materiais extraídos da natureza anualmente são para as construções, existem diversos métodos sustentáveis que hoje pode ser executados nas obras, como por exemplo, utilizando materiais recicláveis, implantação de novas tecno-
logias, sistemas menos agressivo ao meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e auxiliando na redução do consumo de recursos naturais não renováveis. Desta forma, o objetivo deste trabalho é elaborar um projeto de arquitetura sustentável, e com arquitetura poder incentivar e ensinar crianças o quão é importante o sistema de sustentabilidade no planeta. A maioria das crianças que vivem em favelas não tem acesso a estudo de qualidade ou informação, este projeto tem como objetivo também ensinar crianças a terem uma qualidade de vida melhor e um ensino de qualidade.
Creche sustentavel Campo Grande
Espaço sustentavel
Ensino de qualidade
Crianças de vunerabilidade social
Metodo Montessori
Terreno O terreno está localizado na Av. uma avenida bastante movimentada pelo fato de conter diversos Yervant Kissajikian 1626, Zona comércios, as moradias estão Sul de São Paulo no bairro Vila localizadas nas ruas paralelas. O Joaniza, é um bairro de classe baixa onde contém diversas fave- bairro tem uma grande rede de escola infantil, com isso, se torna las, A avenida é de fácil acesso para os pedestres, carros e para o ainda mais desafiador trazer mais uma creche para região. transporte público (ônibus). É
Cidade Ademar
Como? Porpor uma arquiterura sustentavel e utilizando o método montessori para uma qualidade de vida e ensino melhor.
Objetivo Trazer ensino de qualidade para crianças que vivem em vulnerabilidade social.
Resultado
Trazer conforto no seu momento de aprendizagem, acolhimento e uma infraestrutura adequada para as crianças necessitadas.
SET DESING DE CIDADES INVISIVEIS TCC 1 - 2021 LUCAS CARVALHO PINHEIRO NELSON URSSI
Esse trabalho de Conclusão de Curso tem como finalidade de projetar cidades cenográficas partindo do livro de Italo Calvino em As Cidades Invisíveis. Um livro com sua finalidade em criar cidades imaginárias através do enredo contado por Marco Polo. A imaginação reproduz laços entre os conceitos, as teorias e os fatos da realidade. O exercício mental através da literatura é fundamental para o conceito, onda a criação do projeto desenvolverá. Esse trabalho tem como função demonstrar a importância do arquiteto na área da cenografia. A ideia do trabalho segue em criar cidades imaginárias através da cenografia, entender a que ponto o arquiteto pode interferir no mundo. O cinema e a arquitetura sempre estiveram conectados em que arquitetos desenvolvem cenários para transmitir a localização em que a história se passa. Diante disso, o livro de Calvino oferece essa compreensão da visão e percepção que
Queria falar da minha predilecção pelas formas geométricas, pelas simetrias, pelas séries, pela combinatória, pelas proporções numéricas, e explicar as coisas que escrevi à luz da minha fidelidade à ideia de limite, de medida…Mas talvez tenha sido precisamente esta ideia de limite a suscitar a do que não tem fim: a sucessão dos números inteiros, as rectas euclidianas... (CALVINO, 1990:85/86)
Referênicas para possíveis possibilidades
https://br.pinterest.com/pin/310466968034650962/
https://www.jwestonlewis.co.uk/filter/Linocut/Invisible-Cities
https://www.carlostanga.com/en_EN/154/online_portfolio_carlo_stan ga_italian_illustrator
Pop de rua e o espaço urbano: arquitetura como instrumento de reinserção social Aluna: Maria Alice Demetrio Pacheco Orientador: Mauricio Miguel Petrosino O tema a ser abordado por este trabalho de conclusão de curso tem como público alvo a população em situação de rua e o espaço urbano, e busca utilizar da arquitetura como um instrumento de reinserção social. O tema foi escolhido a partir de uma inquietação pessoal com a condição dos desabrigados nas cidades, especialmente em uma metrópole como São Paulo. A problemática da situação de rua é antiga e no Brasil tem forte ligação com a abolição da escravidão num contexto histórico, mas investigando a motivação que leva uma pessoa a viver nessa situação de extrema vulnerabilidade atualmente, encontramos diversos motivos, desde questões econômicas, políticas, sociais, psicológicas e urbanísticas. Segundo o último Censo da população de rua da cidade de São Paulo, realizado em 2019, é possível identificar um alto índice de indivíduos nessa situação, ao todo a pesquisa identificou 24.344 pessoas, e se comparado aos anos anteriores, a sua curva de crescimento seria ascendente. Em 2020 com o surgimento da pandemia do Coronavírus (covid-19), o mundo inteiro se viu dentro de uma crise de saúde pública, que consequentemente
desencadeou ou aprofundou a crise financeira e política em determinados países. O Brasil já se encontrava inserido nesse contexto de crise antes mesmo da covid, e após sua chegada houve um agravamento de sua condição. A pandemia se instaurou e rapidamente tomou conta das cidades do mundo inteiro, e sendo um vírus respiratório, tinha como principal forma de prevenção, o afastamento social. O isolamento social vivenciado por todos durante meses, foi o grande responsável pela elevação do número de desempregados, levando o país a vivenciar uma crise profunda neste setor, que assolou a população e fez com que milhares de pessoas perdessem para além de seus empregos, a sua habitação e dignidade,
levando famílias inteiras para as ruas das cidades brasileiras. E é sob esse cenário, que a minha pesquisa se desenvolve, abordando possibilidades de saída dessa situação devulnerabilidade por meio da arquitetura. O objetivo do trabalho é desenvolver um projeto de arquitetura, que promova uma assistência e moradia digna para pessoas em situação de rua, correspondendo às suas demandas e questões, visando a sua recuperação e reinserção na sociedade, resgatando a sua dignidade, auto estima, cidadania e identidade. ESTUDOS DE CASO
Ficha Técnica
Ficha Técnica
Ficha Técnica
Projeto: The Bridge Homeless Assistance Center
Projeto: Bud Clark Commons
Projeto: La Casa
Arquitetura: Overland Partners
Arquitetura: Holst Architecture
Arquitetura: Studio 27Architecture, Leo A Daly JV
Localização: Dallas, Estados Unidos
Localização: Portland, Oregon, Estados Unidos
Localização: Washington, DC, Estados Unidos
Área: 22.860m²
Área: 106.000m²
Área: 2.728m²
Ano de conclusão: 2008
Ano de projeto: 2011
Ano de conclusão: 2014
Tipo de edificação: Centro Comunitário
Tipo de edificação: Edifício de apartamentos
Tipo de edificação: Edifício de apartamentos
V
PROPOSTA PROJETUAL O terreno de implantação está localizado na subprefeitua da Sé, próximo da Praça da Sé e possui acesso direto pelas ruas: Tabatinguera, Conde de Sarzedas e Conselheiro Furtado; atualmente se encontra subutilizado, pois é usado como estacionamento do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; o terreno possui uma área de aproximadamente 12.800m².
A proposta inicial de implantação partiu da identificação dos eixos transversais que seriam interessantes para a travessia dos pedestres que utilizam as ruas do entorno diariamente. Partindo desse ponto, foram feitas as distribuições dos edifícios no limite do perímetro do lote, liberando o centro dele para a criação de uma praça. A área de ocupação do lote pelos edifícios foi definida por meio do seu uso e características do entorno. O edifício de habitação temporária e de apoio, foram assentados em pontos estratégicos, por permitirem uma visual da área da Praça da Sé. PROGRAMA DE USOS
Área máxima de construção permitida = 51.200m² Edif. de uso misto = 26.200m²
Edif. de moradia perm.= 8.000m²
Edif. de moradia tempo. = 11.200m²
Edfi. de apoio = 7.000m²
VILA MARIA ZÉLIA: MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS PATRIMONIO ARQUITETONICO E SUA IMPORTÂNCIA MARIANA DE ALMEIDA ANGERAMI ORIENTADOR: PROFº RALF JOSÉ CASTANHEIRA FLÔRES Este trabalho realiza estudos e análises sobre a Vila Maria Zélia, da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, de Jorge Street, projetada em 1917 e tombado em duas esferas de proteção (municipal e estadual). Seu conteúdo busca abranger desde o contexto histórico, político e social do início de surgimento da vila operária em questão até como a construção se mantém na atualidade; procurando auxiliar no entendimento de como e quais transformações ocorreram ao longo desse período. Divido em três partes, inicia com o estudo histórico, a importância local e usos sociais locais, esclarecendo a origem da vila e a importância desse patrimônio operário, vinculado ao projeto arquitetônico/urbanístico, valorizando a memória construída em torno do cotidiano e da luta do operariado urbano. Na sequência apresenta-se a problemática envolvida no tombamento da vila operária pelos órgãos de preservação estadual e municipal (respectivamente, Condephaat e Conpresp) e federal (INSS), bem como as circunstâncias e razões que levaram à concepção e ao desenvolvimento de uma gestão compartilhada do patrimônio, denominada de Oficinas de Memória Vila Maria Zélia. Trata-se de uma iniciativa que buscou a aproximação entre as instituições de tutela do patrimônio e os moradores do conjunto tombado que fazem parte da Sociedade Amigos da Vila Maria Zélia e que revela as enormes dificuldades e obstáculos para construção de um diálogo necessário. Por fim, apresentam-se algumas proposições sobre a condição atual e suas consequências e a proposta para restauração a ser desenvolvida ao logo do próximo semestre dos prédios locais, em parceria com órgãos governamentais, mantendo dessa forma a história local e mostrando a importância do patrimônio arquitetônico e cultural.
A Vila Economizadora foi utilizada como estudo de caso para desenvolvimento desse Trabalho de Conclusão de Curso. A mesma foi escolhida pois apresenta uma construção parecida com a Vila Maria Zélia, onde ambas cresceram em função de uma fábrica, apresentaram uma descaracterização e são tombadas como patrimônio cultural e arquitetônico pelo Condephaat e Conpresp. Sob o aspecto socioeconômico, segundo dados do Censo do IBGE de 2010, a Vila Economizadora possui indicador de rendimento nominal médio mensal por habitante abaixo da média, enquanto a Vila Maria Zélia está acima, mostrando que os moradores possuem um poder aquisitivo maior. Caracterizando o quadro atual em que se encontra a Vila Maria Zélia é possível constatar que se apresenta dotada de um conjunto de externalidades positivas (baixos níveis de poluição sonora e atmosférica e presença de duas grandes praças arborizadas). Outros pontos importantes são os vínculos afetivos e identitários muito fortes com o lugar e em um grau de segregação espacial nitidamente excludente em relação ao entorno. O resgate histórico e a preservação da memória da Maria Zélia são zelosamente trabalhados a partir de iniciativas de seus moradores. Até hoje existem descendentes dos primeiros moradores e a família nuclear se apresenta como padrão básico de unidade residencial. Para o TCC_2 será dado continuidade no levantamento de dados para entendimento da concepção do bairro e as influências das memórias afetivas dos moradores para revelar, argumentar, consolidar e aprofundar as formas de uso, sejam antigas ou atuais feitas pelos indivíduos e a forma que são estabelecidas. Para isso será utilizado como metodologia a busca por acervo junto aos órgãos de patrimônio, prefeitura e INSS; registros fotográficos do cotidiano; recolhimento de fragmentos de memórias, os quais narram o passado; estudo arquitetônico; estudo do desenvolvimento e restauração de outras vilas operárias e os atuais estados de conservação; propostas de revitalização.
TERMINAL 2 AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS por MATHEUS GARCIA PRADO orientação PROF. DR. SERGIO MATERA
introdução
O projeto do novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Viracopos, surgiu por conta do Plano de Ampliação apresentado pela Concessionária de Viracopos em 2012, sido a primeira fase do mesmo já ter sido realizada com a construção do TPS 1 em 2014, aumentando a capacidade do aeroporto de 10 milhões de passageiros anualmente para 24 milhões. Com o número de viagens crescendo cada vez mais no Brasil e em São Paulo (cidade com maior número de viagens do país), é inevitável a construção do segundo terminal em Viracopos, por ser o único aeroporto do estado de São Paulo com espaço para aumentar ainda mais sua capacidade de passageiros, e estando cada poucos quilômetros das principais cidades do mesmo. O trabalho apresenta o projeto de arquitetura pensado para o novo terminal, tendo um desenho completamente diferente dos terminais existentes no Brasil, um projeto pensado tanto na parte plástica, quando na comodidade e funcionalidade do TPS, sendo não apenas um espaço de passagem dos passageiros, mas um espaço de estar.
justificativa
Com o passar dos anos, o número de viagens aéreas no Brasil aumentou e, segundo a Anac (Administração Nacional de Aviação Civil), o número de passageiros aumentou 1,2% em 2019, chegando a 108,3 milhões em janeiro. Em 2018, era de 107 milhões no mesmo período. Os voos domésticos lideraram este crescimento, com o tráfego de passageiros a aumentar 1,6%. Em 2019, foram 86,4 milhões de viagens em todo o país, face a 85 milhões em 2018. São Paulo é a cidade com mais viagens nacionais e voos internacionais. Ainda de acordo com dados da Anac, a ponte aérea tradicional ainda é a rota de maior movimento para os passageiros brasileiros em 2019, com 3,6 milhões de passageiros viajando entre o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Em segundo lugar está a rota São Paulo-Porto Alegre com mais de 2 milhões de passageiros, seguida pela rota São Paulo-Brasília com mais de 1,8 milhão de passageiros. Em termos de viagens internacionais, a rota entre o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e o Aeroporto Altur Benitez, no Chile, é a mais movimentada, com mais de 1,2 milhão de passageiros. Buenos Aires é a segunda rota internacional mais popular do Brasil, com 1,2 milhão de passageiros viajando, seguida por Miami, com mais de 82 milhões de brasileiros viajando. Por ser São Paulo uma cidade com grande fluxo turístico no Brasil e ainda em crescimento, será inevitável escolhê-la como local de realização do TCC. Contando que em São Paulo existem 3 aeroportos, Congonhas, Guarulhos e Viracopos, a decisão de expandir Viracopos se deve ao fato de que a concessionária do aeroporto planeja transformá-lo no
maior aeroporto da América Latina, sendo o único com aumento de área útil. O plano de expansão do Aeroporto Internacional de Viracopos foi lançado em 2012. Com base no conceito de “aeroporto da cidade”, os projetos de expansão incluem hotéis, shopping centers e centros de conveniências.. O projeto foi desenvolvido em cooperação com o escritório holandês NACO, empresa de consultoria em engenharia aeroportuária especializada no Aeroporto Schiphol de Amsterdã, e também com a consultoria da operadora de aeroportos de Munique Flughafen München GmbH (FMG), sendo esta última a sexta O grande aeroporto é na Europa.
referências
Aeroporto Jewel Changi Arquitetos: Safdie Architects Localização: Singapura Área: 135.700 m² Ano: 2019 Aeroporto Internacional de Beijing Daxing Arquitetos: Zaha Hadid Architects Localização: Daxing, China Área: 700.000 m² Ano: 2019 Aeroporto Internacional de Florianópolis Arquitetos: Biselli Katchborian Arquitetos Localização: Florianópolis, Brasil Área: 46.829 m² Ano: 2018
proposição
Com a proposta de ampliação do aeroporto, sido pensada em ter uma capacidade de 80 milhões de passageiros anualmente, o novo terminal deverá ter uma capacidade para 56 milhões, sendo assim, o TPS 2 será o maior terminal de passageiros do Brasil, contando que o Aeroporto de Cumbica, o maior aeroporto do Brasil, tem capacidade para 43 milhões de pax/ano, contando com 20 pontes de embarque e uma área de 192 mil metros quadrados. Atualmente a maioria dos aeroportos tem ambientes de espera muito vazio, apenas tendo assentos e algumas lojas, na proposta do projeto do novo terminal, é pensado em trazer ambientes de diversão e áreas verdes dentro do terminal em si, trazendo um lugares mais confortável tanto para os passageiros, quanto para seus acompanhantes.
A volumetria do terminal de passageiros foi pensada para poder suportar todos os aviões em seu entorno, com linhas curvas, e toda em vidro nas suas paredes externas, havendo também algumas aberturas em sua cobertura, para ter mais luz natural no interior do edifício. Na parte da frente do meio fio, foi pensado em duas passarelas para levar os passageiros que chegam em transporte público direto ao pavimento de embarque.
Palacete do Carmo
intervenção e reinserção do patrimônio ocioso na cidade
fonte: site são paulo antiga
aluno: Michael Lara Terra orientadora: Profa. Dra. Jordana Alca Barbosa Zola
patrimônio em São Paulo
Pesquisa feita pela Prefeitura de São Paulo junto ao Uol, a qual reforça a quantidade de imóveis ociosos na região central da cidade, sendo 819 somente na Sé.
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Esse trabalho de conclusão de curso busca investigar o patrimônio que hoje encontra-se ocioso no bairro Sé, São Paulo, com intuito de criar um projeto de reinserção para o edifício escolhido, Palacete do Carmo, de volta ao cotidiano local, através da transformação das dinâmicas do espaço e da sua relação com a cidade. O intuito é criar uma intervenção nesse local que possa responder tanto às demandas atuais do centro da cidade, sendo a falta de adensamento populacional uma delas, como também às dinâmicas de uma praça metropolitana como é a Sé, a qual o Palacete é lindeiro.
programa
público - sem restrição de acesso -
Praça coberta Biblioteca Auditório Espaços de contemplação, lazer e recreação Salas multiuso Estudo em grupo e estudo privado Convivência Locação de comércio
público - restrito e rotativo - Salas de escritório (rotativas) - Flats (residencias rotativos - locação social)
1. Praça das Artes
Brasil Arquitetura - São Paulo - Brasil
2. Highbury Square
Allies and Morrison - Londres - UK
fonte: site archdaily
fonte: site archdaily
fonte: site allies and morrison
estudos de caso
3. Pratt Institute, Higgins Hall Steven Holl Architects - Nova York - EUA
1. Conexões criadas pelo edifício, entre o Vale do Anhangabaú e outras duas ruas. Diferentes características de espaços sendo conectadas pela intervenção. 2. Discurso que subverte a necessidade do patrimônio estar sempre ligado as exceções da cidade. Programa residencial em um estádio de futebol desativado. 3. Nova relação criada entre os dois edifícios existentes e o anexo projetado passa a funcionar como ponte entre eles.
proposição de projeto - volumetria A partir das investigações e levantamentos produzidos, o programa do projeto surgiu com intuito de contemplar tanto a necessidade de adensamento local, como também ser um vetor para a reestruturação do espaço e redesenho limítrofe da Praça Sé, para criação de uma melhor relação entre Praça e Cidade
no lote do Palacete do Carmo. A composição de residência e uso público será contemplada através de um edifício multifuncional, com espaços mutáveis e rotativos, os quais permitirão um constante uso do edifício. A lapidação dos espaços e programas será trabalhada a partir do próximo semestre.
intervenção
Palacete do Carmo
floresta urbana orientanda: Nadia Bezerra Costa
orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
fundamentação teórica MADEIRA ENGENHEIRADA
RESUMO Esse trabalho se propõe a desenvolver um projeto, que concilie a demanda de expansão, e adensamento da área urbanizada de São Paulo, com a necessidade social de repensar a forma de viver e construir. Para o desenvolvimento desse projeto, houve duas frentes de pesquisa, sendo elas, o uso da madeira engenheirada. E a expansão urbana de São Paulo, buscando entender quais eram as regiões consolidadas, estagnadas e em crescimento. A aplicação dos conteúdos estudados busca propor um edifício multifuncional com usos residenciais, comerciais e de serviço, tendo a madeira como principal elemento estrutural, e uma implantação urbana, coerente com as áreas de crescimento da cidade.
Madeira engenheirada é o nome que se dá a madeira a pós passar por processos industriais para melhorar seu desempenho, e torná-la apta para o uso na construção civil. O processo de produção começa nas plantações de madeira (silviculturas). As espécies mais usadas nesse processo são o Pinus e o Eucalipto. O processo de produção passa pelas etapas: retirada das toras, produção das lamelas, secagem, tratamento preservam-te, ressecarem, classificação visual e mecânica, união por emendas dentadas, aplainamento das lamelas, aplicação de adesivo e a prensagem. Os processos industriais de qualificação da madeira resultam em diferentes produtos, os principais são o CLT (madeira laminada cruzada, em inglês Cross Laminated Timber) e MLC (madeira lamelada cruzada em ingles Glue Laminated Timber ou Glulam).
proposições iniciais TERRENO
DIAGRAMA PROPOSTA 01
O projeto ocupa os lotes remanescente da implantação da estação Butantã, por perceber um forte potencial nessa localização em função da proximidade com a estação, a escassez de áreas livres públicas na região, e o intenso fluxo de pessoas que passa pelo local diariamente.
proposta de implantação composta por 2 volumes permeáveis de uso comerciais que se relacionam com o entorno 1 uma lâmina residencial 1 praça livre pública interna
V
praça publica arborizada, conexão entre a rua camargo e a estação Butantã
av. vital brasil
V V
BRA
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comercio e serviço
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escala gráfica 0m
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lâmina residencial comercio e serviço
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rua camargo
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5 3 .0
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100m V
fachada ativa se relacionando com o terminal de ônibus
terminal de ônibus
rua pirajussara
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AV.V IT
fachada ativa se relacionando com a Av. Vital Brasil
palavras chave: madeira engenheirada - multifuncional - sustentabilidade - urbano
EDIFICIOS MULTIFUNCIONAIS
ESTUDO DE CASO CASA PIXEL
Em São Paulo nos anos 1970 foi implantada a primeira lei de zoneamento com aplicação dos parâmetros urbanísticos que contribuíram para melhorar ventilação e insolação dos edifícios. Essa mesma lei também trouxe protagonismo para o lote desvinculando sua relação com a cidade sem discutir a função dos espaços vazios que foram criados.
Escritório: Térreo Arquitetos Concurso: Habitação de interesse sustentável IAB DF
O Plano Diretor Estratégico de 2014, retoma parâmetros que induzem a retomada dos edifícios multifuncionais incentivando o uso da fachada ativa e da fruição pública. Especialmente em áreas de ZEU (Zonas Eixos de Estruturação da Transformação Urbana).
O projeto de habitação com foco em soluções sustentáveis, apresenta uma série de estratégias detalhadas que foram de grande utilidade para o início do desenvolvimento do projeto. Com sistema estrutural em MLC o projeto utiliza um sistema modular em diversas frentes, como a implantação no terreno, as unidades habitacionais e os painéis que compõem os fechamentos.
“Zonas Eixo de Estruturação da Transformação Urbana são porções do território em que pretende promover usos residenciais e não residenciais com densidades demográfica e construtiva altas e promover a qualificação paisagística e dos espaços públicos de modo articulado ao sistema de transporte público coletivo.” Gestão Urbana SP
DIAGRAMA PROPOSTA 02 proposta de implantação composta por 2 volumes permeáveis que partem dos sobrados pré-existentes 1 uma lâmina residencial 1 praça interna, livre publica
praça publica arborizada, conexão entre a rua camargo e a estação Butantã
av. vital brasil
fachada ativa se relacionando com a Av. Vital Brasil
lâmina residencial comercio e serviço
fachada ativa se relacionando com o terminal de ônibus
terminal de ônibus
rua pirajussara
rua camargo
comercio e serviço
CONSIDERAÇÕES PARA O PROXIMO SEMESTRE A metodologia adotada é a pesquisa em paralelo ao projeto. Ainda assim o primeiro semestre teve a pesquisa como elemento predominante. Com isso o segundo semestre terá como prioridade o desenvolvimento do projeto acompanhado de pesquisas com um viés prático.
REQUALIFICAÇÃO PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA NICOLE ALVES DA SILVA PROFA. DR JORDANA ALCA BARBOSA ZOLA
RECORTE INTERVENÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO O PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CAPIVARA FOI CRIADO EM 5 DE JUNHO DE 1979, COM A FINALIDADE DE PROTEGER UM DOS MAIS IMPORTANTES EXEMPLARES DO PATRIMÔNIO PRÉ-HISTÓRICO DO PAÍS, SOB A DIREÇÃO DE NIÈDE GUIDON, ATUAL PRESIDENTE DO FUMDHAM REGIÃO ESTÁ INSERIDA DENTRO DA BACIA DO ALTO RIO PIAUÍ, ÁREA POSSUÍNDO CHAPADAS E VALES, COM DESNÍVEIS DE ATÉ 250 M. ENTRE AS CIDADES E NO LIMITE DO PARQUE SE CONCENTRAM PEQUENOS POVOAODOS E FAZENDOAS, A PRECARIEDADE DA SITUAÇÃO SOCIAL SE REFLETE NA INCIDÊNCIA DE POBREZA, QUE GIRA AO REDOR DE 60%. POR ISSO, O TURISMO TEM SIDO A MELHOR APOSTA PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO, SENDO O PARQUE UM INDUTOR DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
O PRINCIPAL ATRATIVO DO PARQUE SÃO AS PAISAGENS E OS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS COM PINTURAS RUPESTRES E GRAFISMOS GRAVADOS SOBRE OS PAREDÕES ARENÍTICOS, TODOS OS CIRCUITOS SÃO ESTRUTURADOS COM ESCADAS, PASSARELAS, O PARQUE CONTA ATUALMENTE, COM 17 SÍTIOS ACESSÍVEIS A CADEIRANTES, ALEM DISSO O PARQUE DISPÕES DE TRECKINGS, EM DIVERSAS CATEGORIAS, MIRANTES, CICLOTURISMO, CENTRO DE VISITANTES E O MUSEU DA NATUREZA.
ESTUDOS DE CASOS
PARQUE NACIONAL DE ITATIAIA 2017 TRABALHO VISOU O CONCEITO DAS INFRAESTRUTURAS POR MEIO DO MELHORAMENTO E DA POTENCIALIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS JÁ EXISTENTES
HE MARIKA-ALDERTON HOUSE– 1994 A CASA É ELEVADA EM UMA PLATAFORMA PAALAFITADA PARA EVITAR ANIMAIS E INSETOS, PROTEGER CONTRA ENCHENTES E PERMITIR UMA BRISA CRUZADA ABAIXO DE ONDE O SOLO É MAIS FRESCO.
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE BURKINA– 202 É COMPOSTO POR MÓDULOS DE BARRO E AS ABERTURAS DO TELHADO SÃO PROJETADAS PARA LIBERAR AR QUENTE POR MEIO DO EFEITO DE CHAMINÉ O AR QUENTE SOBE E O AR FRIO DESCE.
MIRANTE LAS CRUCES – 2010 - UM MIRANTE COM UMA VISTA PANORÂMICA DO VALE, QUE PRECISOU DE UMA FRENTE DUPLA, CRIANDO UM BOM SOMBREAMENTO, DURO E SÓLIDO, BEM COMO VENTILAÇÃO.
O PROJETO A LEITURA TERRITORIAL COMPREENDE-SE QUE É NECESSÁRIA UMA ABORDAGEM QUE PRIVILEGIE MELHOR A CONEXÃO DO PARQUE E A INFRAESTRUTRA EXISTENTE, O INTUIDO PRINCIPAL DO PROJETO É TRABALHAR COM O TERRIÓRIO DE CARATER TÚRISTICO, IDENTIFICANDO SUAS CARÊNCIAS, CRIANDO E PONTENCIALIZANDO A INFRAESTRUTRUSTURA EXTENTE, AFIM DE CRIAR ESTRUTURAS FUNCIONAIS QUE ATENDAM À UMA PROPOSTA DE IDENTIDADE, PROPONDO MAIS CONEXÃO ENTRE O PARQUE E AS CIDADES E POVOADOS AO REDOR. OS MIRANTES, ESTÃO LOCALIZADOS EM PONTOS ESTRATÉGIOS ALTOS E COM VISTA PARA A PAISAGEM NATURAL, OS PONTOS DE ENCONTRO, NOS ENCONTRO DE ROTAS, POSTOS DE PARADA EM MEIOS AS TRILHAS MAIS LONGAS, ALÉM DE UM NOVO CENTRO DE VISITANTES, PRÓXIMO A GUARITA DE UMAS DAS ENTRADAS PRINCIPAIS, E UMA ÁREA RECREATIVA PENSADA PARA AS COMUNIDADES E POVOADOS PRÓXIMOS USUFRUIREM, DE UM ESPAÇO QUE OFERECE OFICINAS E UM ACERVO DE LEITURA.
MIRANTE ESTUDOS
PROPOSIÇÃO A PROPOSTA DE PROJETO PERMITIU UM NOVO OLHAR, PARA UMA REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO, PERPECTIVAS DE PERMITINDO OVAS ESTRUTURAÇÃO, POTENCIALIZANDO AS EXISTENCIAS E CRINADO NOVAS ESTRUTURAS, QUE PODERÁ SER MAIS UTILIZADAS PELA POPULAÇÃO, SENDO INICIADA COM UM ESTUDO INICIAL DO MIRANTE, UM DOS PROGRAMAS A SEREM INCUIDOS NO PROJETO, O CLIMA E O TERRITÓRIO É UM DESAFIO A SER A ANALISADO
SESC PARELHEIROS Aluna: Palloma Patricio Paulo Orientador: Sergio Matera
OBJETIVOS
OFICINAS
SAÚDE
CULTURA
EDUCAÇÃO
CONVIVÊNCIA
ESPORTES
LAZER
FONTE: ELABORADO PELA AUTORA , 2021
Neste trabalho final de graduação será abordada a necessidade e a proposição de um equipamento como o SESC no distrito de Parelheiros, que está localizado no extremo sul de São Paulo e que sofre com elevados índices de vulnerabilidade social e ambiental devido à falta de gerenciamento de políticas públicas nas regiões periféricas da cidade. O intuito é promover melhorias nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer e assistência, contribuindo para o desenvolvimento cultural e social, e atendendo a todas as faixas etárias, desde as crianças aos idosos, trazendo mais qualidade de vida e esperança para suas vidas. PALAVRAS CHAVE:
Lazer, Educação, VulnErabilidadE, QualidadE
Sesc Birigui
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
Sesc Interlagos
Sesc Guarulhos
TERRENO O terreno encontra-se desocupado. Ele pertencia a já falida empresa de ônibus Auto Viação Parelheiros, e se encontra na Estr. Ecoturística de Parelheiros - Parelheiros São Paulo - SP Possui cerca de 105.000m² Grande parte dele é ocupado por vegetação E em entorno do terreno, o tipo de uso que predomina é o residencial
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Legenda CONTORNO DO TERRENO DISTRITO DE PARELHEIROS TERRENO FONTE: ELABORADO PELA AUTORA , 2021
FONTE: GOOGLE MAPS, 2021
PROPOSTA O partido foi definido de acordo com as características do terreno escolhido, tendo em vista que se trata de um local que era utilizado como garagem para ônibus de uma falida companhia, o terreno sofreu alterações em sua topografia tendo como resultado um platô na região que era mais favorável para guardar os ônibus e ao redor desse platô se mantiveram as características originais do terreno. Nessa área do terreno que não foi modificada, existe um curso d’água além de, atualmente estar vegetado com várias espécies de árvores. Tendo em vista a intenção de preservar o máximo possível dos recursos naturais existentes, a implantação dos programas se concentra no platô que já está desmatado por ser mais favorável e está organizada por setores de usos em volta da área de convívio central que pode ser, ora livre, ora coberto por meio de uma marquise. Além disso, como forma de incentivar a integração com a vegetação existente, os visitantes poderão caminhar pelas árvores no bosque através de trilhas que os levam para diferentes áreas do terreno.
Legenda ACESSO PRINCIPAL FONTE: ELABORADO PELA AUTORA , 2021
Centro Cultural Guido Caloi Polyana Freires Profº Dr. Sérgio Matera
Fundamentação Este trabalho tem como objetivo projetar um Centro Cultural, tomando como premissa a ocupação da antiga área da fábrica da Caloi. Oferecendo opções de serviço, lazer e educação para os moradores dos bairros Jardim São Luís, Jardim Ibirapuera e seus arredores. Para a concepção deste trabalho, é necessário entendermos o contexto histórico tanto do bairro quanto do terreno escolhido. Foi realizada uma pesquisa desde o significado do termo ‘‘Centro Cultural’’ até o que desencadeou o abandono da antiga Fábrica da Caloi. Foi importante também entender a logística e a rotina dos moradores dos bairros Jardim São Luís e Jardim Ibirapuera, os quais atualmente possuem uma escassa oferta de equipamentos públicos voltados tanto para o lazer, quanto para a cultura do bairro. O programa para o Centro Cultural Guido Caloi foi elaborado com base nos estudos sobre o entorno, a fim de identificar as necessidades do bairro. Os primeiros pontos a serem destacados são: a falta de equipamento público, falta de lazer e a falta de áreas arborizadas. Com base nessas problemáticas, cria-se núcleos dentro do projeto, sendo eles: lazer, cultura, educacional e ambiental, todos eles possuindo interface entre si.
Volumetria
Estudos de caso Representado por dois volumes com formas construtivas distintas, um sendo o volume embasamento de concreto remetendo-se a firmeza, arraigado na terra. Enquanto o outro, um volume suspenso, contemporâneo, com sua sombra delimita e configura o vazio central. ETEC Santa Ifigênia
Centro Cultural El Tranque
Uma de suas premissas de projeto, é organizar os programas nos pavimentos de forma que crie-se áreas de passeio a fim de trazer a rua para dentro da quadra. Tem como elemento central coberturas metálicas que conectam os dois volumes. Centro Cultural Univates
O projeto é composto por dois volumes que realizam o seu cruzamento em um eixo central, criando-se um espaço de contemplação e circulação, o qual é repleto de possibilidades e trajetos, pretendendo incluir de forma natural e cotidiana a praça projetada.
Proposição O partido do projeto é elaborar uma edificação que estimule a circulação dentro do terreno. Para isso, foi pensando como acesso principal duas praças. Uma sendo a frente do terreno, fazendo uma extensão do passeio existente. E a outra, uma praça interna, criando um espaço de apreciação ás margens do Rio Guarapiranga.
Bosque Praça como extensão do passeio Praça interna arborizada como área de contemplação Quadras poliesportivas Cultura Lazer Educacional Área arborizada
HOSPITAL VETERINÁRIO PÚBLICO REGIONAL DO ABC ALUNA: Suynara Oliveira da Silva Marinho ORIENTADOR: Maurício Miguel Petrosino
FUNDAMENTAÇÃO Este trabalho consiste no desenvolvimento e pesquisa do projeto de um hospital público veterinário localizada na cidade de Santo André na região do ABC, porquanto a população dessa região não tem acesso a um serviço público veterinário, e não podem usar os serviços públicos veterinários da cidade de São Paulo, se trata de uma região com muitas famílias de baixa renda, que ficam sem opção para dar uma qualidade de vida aos seus pets. A relação com os animais pode aliviar os sintomas de ansiedade, depressão e estresse, então se nossos animais de estimação estiverem saúdaveis, nos proporcionará uma vida com mais saúde e alegria. São Caetano Santo André
Diadema
Mauá Ribeirão Pires
Rio Grande da Serra
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LEGENDA: Cidade de Santo Região do Terreno
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Represa Bilings
7.3
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São Bernado do Campo
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QGIS - Mapa Autoral - Região do ABC
QGIS - Mapa Autoral - Santo André e Região do Terreno.
A cidade de Santo André foi escolhida para implantação do projeto pois está centralizada na região e é a única que possui os dois principais modais da região (trem e trólebus), facilitando assim o deslocamento de qualquer parte da região para a cidade. Próximo do terreno possui três pontos de ônibus com duas linhas disponíveis. Fica em frente ao Parque Celso e Daniel onde tem lago, complexo esportivo, brinquedos e muitas trilhas, também é próximo ao Shopping Grand Plaza que é o maior shopping da região do ABC.
REFERÊNCIAS UNIRITTER - HOSPITAL VETERINÁRIO
MALPERTUUS - CLÍNICA VETERINÁRIA
DOG SHELTER - ABRIGO
PROPOSIÇÃO O projeto será divido em setores baseados na legislação imposta pelo CFMV, após etudos e análise da resolução foi definido 5 setores para execução do Hospital Veterinário: A SETOR DE ATENDIMENTO O setor de atendimento é o primeiro meio de contato do cliente e seu pet com o edifício, então é uma parte muito importante pois ela organizará todos os fluxos internos, além de organizar os agendamentos das consultas e dar as informações gerais sobre o funcionamento e os serviços oferecidos.
B SETOR DE DIAGNÓSTICO É o setor de apoio as consultas realizadas, pois ajudará a diagnosticar os problemas para solucioná-los com o tratamento adequado. laboratório de análises clínicas para diagnóstico dos exames coletados in loco, radiologia e ultrassonografia são os exames mínimos para estrutura deste setor, conforme a Resolução nº 1275/2019.
C SETOR CIRÚRGICO O setor cirúrgico irá auxiliar os pacientes em procedimentos mais complexos, e principalmente no auxílio da castração que é um dos procedimentos mais procurados da rede pública. É necessário prever uma unidade de recuperação anestésica, contendo os sistemas de aquecimento, ventilação mecânica, provisão de oxigênio, e a monitorização completa do paciente.
D SETOR DE INTERNAÇÃO O setor de internação irá auxiliar nos cuidados dos animais quando precisarem ficar internados na unidade, seja com um encaminhamento da consulta ou de um pós-cirúrgico. É importante que todos tenham espaços individuais e que os cães estejam separados dos gatos, e é obrigatório o isolamento de animais com doenças infectocontagiosas.
E SETOR DE SUSTENTAÇÃO O setor de sustentação auxiliará todo o hospital veterinário, assim como espaço de descanso e alimentação para os funcionários, lavanderia, depósitos e estocagem de medicamentos. Para o animais nesse setor será necessário espaço para preparo de alimentos de animais internados e um lugar apropriado para conservação dos animais mortos.
AV. INDUSTRIAL
RUA Dr. RUBENS AWADA
SETOR DE ATENDIMENTO
SETOR DE DIAGNÓSTICO
SETOR DE INTERNAÇÃO
SETOR CIRÚRGICO SETOR DE SUSTENTAÇÃO LEGENDA:
Organograma - Autoral
Circulação Pública
Circulação semi-pública
Circulação privada
367 m2
428 m2
1.835 m2
A distribuição dos fluxos foi o primeiro estudo a ser feito, partindo do acesso de cada rua e cada setor, e qual seria a melhor forma de orgnizar essas circulações público privada dentro do projeto. Para que o Hospital tenha um bom funcionamento, é necessário que tenha uma boa organização espacial e funcional, então os setores foram posicionados de forma que os acessos públicos possa ser feito pela avenida principal, facilitando assim as diretrizes de disposição no terreno.
SETOR DE ATENDIMENTO
77 m2
SETOR DE DIAGNÓSTICO
416 m2
SETOR DE INTERNAÇÃO
SETOR CIRÚRGICO SETOR DE SUSTENTAÇÃO
305 m2 242 m2
CIRCULAÇÃO TOTAL DOS SETORES E CIRCULAÇÃO
do território à arquitetura criação de uma estrutura urbana na bela vista Thalia Cássia Ribeiro da Silva Orientadora: Profa. Dr. Jordana Zola
FUNDAMENTAÇÃO frei caneca
nove de julho
joão passalaqua
Corte longitudinal, Viaduto Plínio de Queirós em azul.
A região metropolitana de São Paulo é marcada por seus diversos vales e cristas, muitos deles preenchidos por vias, como o caso da avenida Nove de Julho na região da Bela Vista. As ocupações, encontradas sob essas encostas, acontecem sem um projeto que lide com a cisão que essas vias criam. Essa configuração geomorfológica típica da cidade levanta o desafio de como estruturar o espaço urbano em meio a uma topografia tão característica.
rua frei caneca
Dessa forma, o trabalho propõe a criação de uma infraestrutura urbana a partir das características do lugar. Esse lugar corresponde a região da Bela Vista, a qual representa essa típica geomorfologia encontrada em São Paulo. A infraestrutura projetada pretende ter uma relação direta e evidenciar a paisagem, chamando atenção para o lugar em que está inserida. Não só isso, a proposta também pretende criar uma conexão entre a cota mais baixa e a cota mais alta, superando essa geografia.
rua avanhandava
REFERÊNCIAS CONEXÕES URBANAS PROGRAMA “ABERTO” ESSÊNCIA DO LUGAR REGIONALISMO Carpenter Center for the Visual Arts, 1963 Le Corbusier
MIRAR TRASNPOR INVADIR INFILTRAR CONEXÃO
Universidade de Vigo, 2005 Paulo Mendes da Rocha + MMBB
PROPOSTA
CORTE PROPOSTA - AVENIDA NOVE DE JULHO
CORTE PROPOSTA - RUA FREI CANECA
rua araquã
avenida nove de julho
William Luis Bessa Tavares Cenografia no espaço digital Prof Dr Nelson J. Urssi Este trabalho tem como objetivo a adaptação do conto Guardiões da Terra de William Bessa em ambiente digital por meio da pesquisa de fundamentação teórica e histórica. A proposta é um projeto de cenário para um jogo de plataformas Windows e Sony. O projeto é relevante pois tem como objetivo entender, explorar o mercado de jogos 3D, por meio de pesquisas científicas, artigos e sites. O método de pesquisa é por meio de artigos, estudos de caso conforme segue no trabalho os levantamentos, pesquisa de campo, testes com usuário feito durante 15 anos de jogabilidade, para embasamento do desenvolvimento do projeto.
Referencias Tcc A expressão do medo através do design visual no jogo Resident Evil Remake - THIAGO DE SENA PEREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ; Design de cenários, uma perspectiva além do produto - Gianfrancesco Afonso Cervelin UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Artes e Letras; Empresas Atari Archives; Acervo da Epic Games; Ubisoft Montreal; Shinji Mikami - Netflix; Sites https://www.archdaily.com.br/br/767677/maria-elisa-navarro-a-arquiteta-queassessorou-o-desenvolvimento-de-assassins-creed-ii
Estudos de caso Os estudos de caso dão base de compreensão a respeito dos tipos de câmeras, cenário, no qual se adapta melhor ao projeto, tendo vários tipos como cenário 2D e 3D, câmera em primeira e terceira pessoa dependendo do tema e estilo de jogo. Estudos feitos para base do tema de souls like , survival horror e a importância de um arquiteto na concepção do projeto.
Captura de tela do jogo Outlast - ps4 Câmera primeira pessoa
Captura de tela do jogo Resident Evil 2 - ps4 Cenário 3D
Proposta TCC2
O mercado de jogos vem evoluindo bastante com o passar dos anos, podemos ver a necessidade e a evolução dos cenários conforme teste com usuário, podemos ver que o arquiteto começou a se ver presente nesse mercado. O desenvolvimento do TCC 1 possibilitou por meio de bibliografias, estudos de caso, pesquisa de campo, testes com usuários a começar o pensamento de desenvolvimento do cenário do jogo e sua adaptação da história apresentada no conto. O objetivo do plano de trabalho para o TCC2 será o desenvolvimento com base na pesquisa levantada para a criação de um cenário de jogo 3D, desenvolvimento do roteiro do jogo com o objetivo de adaptar um conto para as plataformas Windows e Sony.
Imagem retirada da Epic Game
Imagem retirada da Epic Game
Esta revista foi produzida em dezembro de 2021 pelo ARQLAB, com as famílias tipográficas Arial, Cambria e Futura.
2021