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Centro Universitário Senac, ARQLAB
Revistas do curso de Arquitetura e UrbanismoRevista do TCC 2023 | 1 / ARQLAB. Centro Universitário Senac - São Paulo (SP), 2023. 130 f.: il. color.
ISSN: xxxx-xxxx
Editores: Ricardo Luis Silva, Valéria Cássia dos Santos Fialho
Registros acadêmicos (Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2023.
1. Divulgação Acadêmica 2. Produção discente 3. Trabalho de conclusão de curso 4. Graduação 5. Arquitetura e Urbanismo I. Silva, Ricardo Luis (ed.) II. Fialho, Valéria Cássia dos Santos (ed.) III. Título
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC
REVISTAS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO revista do tcc 2023_1
edição #14
FICHA TÉCNICA:
Coordenação de curso e editora da revista: Profa. Dra. Valéria Cássia dos Santos Fialho
Editor da revista, diagramação e programação visual: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Produção e organização:
ARQLAB
Apresentação
Este volume apresenta os Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC2) da turma 2018-2 do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac, sintetizados pelos seus autores na forma de pequenos ensaios, e os resumos dos Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC1) da turma 2019-1, tanto do período matutino quanto do noturno.
Os trabalhos de TCC2 estão organizados em 6 Linhas, sob orientações dos professores abaixo listados:
L1: Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo
Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
L2: Arquitetura do Edifício
Prof. Esp. Artur Katchborian
Prof. Dr. Sérgio Matera
L3: Patrimônio Arquitetônico e Urbano
Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flôres
L4: Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Profª. Dr. Jordana Alca Barbosa Zola
Profª. Ms. Marcella de Moraes Ocké Mussnich
Prof. Dr. Ricardo Dualde
L5: Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
Prof. Dr. Nelson José Urssi
L6: Tecnologia aplicada ao projeto de Arquitetura e Urbanismo
Prof. Dr. Marcelo Suzuki Os
TCC 2 ensaios
Linha 1 Fundamentos da Arquiterua e do Urbanismo
A rua Taguapaca como espaço coletivo e dinâmico: outras abordagens para pensar arquitetura e cidade
Carina Ruiz Andreotti
Percepções do Espaço Habitado – Um olhar para a Memória e Identidade do bairro do Bixiga
Jamilly C. dos Santos Alves
Linha 2 Projeto do Edifício
Centro de Saúde, Educação e Cultura para pessoas com deficiência intelectual e múltipla
Carolina Brito Marinho
Lar temporário para vítimas de violência doméstica - Arquitetura: lar, proteção e segurança
Mariana de Castro Lacerda
Proposta de reurbanização com ênfase em provisão habitacional
Maurício Alexandre do Nascimento
Estádio Canindé: modernização e clube social
Rafaela Rodrigues de Andrade
Linha 3 Patrimônio Arquitetônico e Urbano
Patrimônio e Cidade: Orientações para revitalização, conservação e gestão do eixo histórico de Santo Amaro
Ana Paula Nunes de Sant'Ana
Linha 4 Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Áreas verdes na Zona Leste de São Paulo – Requalificação do Parque Aterro Sapopemba
Ana Caroline Rocha de Jesus
Parque Linear Represa Guarapiranga
Gabriela de Sousa Forte
Ressignificação do Vazio Urbano. O entorno da Estação Giovanni Gronchi
Laís Bazalha
Linha 5 Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
Uma cenografia para o balé O Lago dos Cisnes
Núbia Faciolo Lira
Entre Cortinas e Luzes: uma cenografia para o Teatro Oficina
de Oliveira Alves
TCC 1 sínteses da 1a etapa
Ana Luiza Ferreira
Ana Thaisa Moura Rodrigues
Arthur Barbosa Breda
Barbara da Silva Cruz
Beatriz Bezerra Silva
Braulo Fagundes Vitorino
Bruna Rodrigues Pereira de Lira
David Samir Medeiros Moraes
Deborah Faria de Melo
Elizabeth Yuriko Sinto
Fernanda Ajzen
Gabriela Cristina Silva Beletatti
Gabriela Lourenco Martins
Gabriela Reis Raimundo
Giovanna Yumi Hasimoto
Giulia de Araujo Santos
Graziela Zanella Oliveira Dalge
Guilherme Barbosa Wiebbeling
Isabela Costa de Freitas Silva
Isabelly Ariadne Zillig
Isadora Rodrigues Cruz
Jade Grigoletti Spedo
Lara Martins Surkova
Leticia Alves Ramos Silva
Luana Trivelato Silva
Maria Bergonzoni Mascaro
Mariana Tuzaki Barbosa Coutinho
Matheus Gabriel Michelato Barreiros
Olivia Ferraz
Pollyana de Lima Figueiredo
Raquel Zanquini Laurindo
Raul Emanuel Scanavino
Renata Malosti Iuksz
Sabrina de Castro Moreira
Sabrina Martina Alves de Almeida Silva
Thais Cordeiro Breves de Menezes
ORIENTADORES
Artur Forte Katchborian
João Carlos Amaral Yamamoto
Marcella Ocke Müssnich
Marcelo Luiz Ursini
Marcelo Suzuki
Maurício Miguel Petrosino
Nelson José Urssi
Paulo Henrique Gomes Magri
Ralf Castanheira Flôres
Ricardo Dualde
Ricardo Luis Silva
Rita Cássia Canutti
Valéria Cássia dos Santos Fialho
Walter Ferreira Galvão
Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo
A Rua Taguapaca como espaço coletivo e dinâmico
outras abordagens para pensar arquitetura e cidade
Carina Ruiz Andreotti
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Resumo
O presente trabalho discute a importância da rua como elemento vital da cidade, explorando experiências vividas no espaço urbano e registrando suas dinâmicas e sociabilidades. Em um primeiro momento, o trabalho elogia a rua e aborda diferentes perspectivas de arquitetas urbanistas, escritores, jornalistas, cronistas, antropólogos, fotógrafos e outras figuras que refletiram sobre o espaço público e a urbanização ao longo do tempo. Em um segundo momento, o foco se volta para a Rua Taguapaca, em São Paulo, analisando suas potencialidades por meio de cartografia e etnografia urbanas. Por fim, são apresentados os produtos finais do trabalho, incluindo projetos e conceitos de natureza totalmente especulativa que ampliam o olhar sobre a Rua Taguapaca, bem como outra abordagem para se pensar arquitetura e cidade atualmente.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução
“Seu mais ilustre representante (do urbanismo racionalista), Le Corbusier, afirmou: “Precisamos matar a rua!”. A proposta é conhecida: contra a confusão, a mistura e a falta de racionalidade seria preciso garantir espaços cuidadosamente separados para morar, circular, divertir-se, trabalhar - as necessidades básicas que a cidade da “Carta de Atenas” deveria satisfazer. (LE CORBUSIER, 1989)
Pois justamente essa rua que se quis matar é que desperta o interesse do olhar antropológico: ela é “boa para pensar” (LEVI-STRAUSS, 1975). É a rua que resgata a experiência da diversidade, possibilitando a presença do forasteiro, o encontro entre desconhecidos, a troca entre diferentes, o reconhecimento dos semelhantes, a multiplicidade de usos e olhares - tudo num espaço público, e regulado por normas também públicas. Este é o espaço que se opõe, em termos de estrutura, àquele outro, o do domínio privado, da casa, das relações consanguíneas. (DA MATTA, 1985) Mas - é lícito perguntar - existe, ainda uma rua desse tipo? Como encontrá-la, por exemplo, no contexto de uma metrópole como São Paulo - cuja escala já nada tem a ver com a cidade de Baudelaire e seus dândis, flâneurs, boêmios, poetas e nem mesmo com a daquela idealizada por Le Corbusier?” (MAGNANI, 2003)
Com a introdução do professor e antropólogo José Guilherme Cantor Magnani, em seu texto intitulado “A rua e a evolução da sociabilidade”, podemos adentrar na discussão que se começa acerca do objeto de estudo, a rua, enquanto suporte de sociabilidade e ferramenta de potencialidade como abordagem para pensarmos arquitetura e cidade atualmente. A rua é a que interessa.
O trabalho pretende apresentar figuras que olharam para a rua em diferentes épocas e cidades do mundo, bem como expor a linha de pensamento seguida durante as pesquisas sobre o tema. O processo de pesquisa é análogo à uma caminhada pela rua: qualquer interferência foi bem vinda e todas foram ouvidas, lidas, relidas e registradas no desenvolvimento dos capítulos.
Foi feita uma aproximação de uma rua específica na zona sul de São Paulo, como um objeto de estudo encontrado no meio da caminhada, a qual estive totalmente imersa e aberta para coletar o que pudesse ser utilizado no trabalho, visto que durante todo o processo não tiveram muitos critérios do que poderia servir ou ser descartado. Nada foi descartado. A aproximação com a Rua, se iniciou desde a tentativa de decifrar o significado do seu nome, suas tipologias, usos, cores, personagens, as dinâmicas espaciais de uma rua qualquer, que poderia ter sido qualquer outra, mas foi escolhida a Rua Taguapaca; a qual foi enaltecida nesse trabalho e levantados diversos temas que se tornaram pertinentes para mim durante o curso de arquitetura: o corpo, o espaço público, o cotidiano... e de fato, esse trabalho é dotado de subjetividades.
No capítulo intitulado “estudos de caso”, pretende-se olhar para o conceito de um projeto arquitetônico concebido pela arquiteta Lina Bo Bardi, buscando olhar para outra rua da cidade, bem como a potencialidade presente em seu entorno. Foram estudados também os mapas feitos pela escritora Rebecca Solnit, como forma de representação gráfica das experiências ao caminhar nas ruas de uma cidade, ou melhor, de três grandes cidades.
O último capítulo retorna à Rua Taguapaca, especulando intervenções a partir dos levantamentos feitos desde o primeiro capítulo, mostrando a rua como espaço de potencialidade para pensar arquitetura e cidade.
Proposição
Foi especulada uma transformação do espaço da antiga indústria desativada no início da Rua Taguapaca. A proposta consiste em estender não apenas fisicamente a rua, mas também o olhar sobre o cotidiano e as dinâmicas já levantadas. Foram exploradas diversas formas de imaginar esse espaço, como sobreposições de imagens, desenhos, diagramas, maquete de estudo e manipulações digitais (colagens). Essas tentativas visavam imaginar as novas dinâmicas que poderiam surgir não apenas na Rua, mas também no seu entorno, nas ruas paralelas, avenidas, entre os moradores e o bairro como um todo. Como uma mancha de calor, vermelha, amarela e azul, pessoas que sentam, deitam e caminham pela Rua e suas redondezas, e que se espalham pela cidade. O Diagrama de ações encontrado no Mapa da Rua Taguapaca, por exemplo, ilustra essa ideia.
A Maquete foi produzida na escala 1:25000, com 120cm de extensão, e concretiza parte do projeto especulativo da extensão da Rua Taguapaca. A ideia foi representar todas as dinâmicas que acontecem na Rua por meio de pins coloridos, onde cada um representa uma pessoa ou um grupo de pessoas que frequentam a Rua diariamente, e que muitas vezes não se encontram. Nessa maquete, foi possível unir os personagens, por exemplo, o Melvin e a Romilda, apresentados no caderno do TCC, onde pela primeira vez, eles pudessem interagir, dentro do novo Centro de Lazer, observando seus netos brincarem.
Referências
ELKIN, Lauren. Flâneuse. Mulheres que caminham pela cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres. São Paulo: Fósforo Editora, 2022.
JACOBS, Jane. Morte e Vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
JACQUES, Paola Berenstein. (org) Apologia da deriva. Escritos situacionistas sobre a cidade. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.
JACQUES, Paola Berenstein. (org) Corpos e cenários urbanos: territórios urbanos e políticas culturais. Salvador: EDUFBA, 2006.
JACQUES, Paola Berenstein. Elogio aos errantes. Salvador: EDUFBA, 2012.
MAGNANI, J G C. Rua e a evolucao da sociabilidade. Cadernos de Historia de Sao Paulo, n. ja/dez. 1993. Disponível em: https://biblio.fflch.usp.br/Magnani_JGC_42_907110_RuaEAEvolucaoDaSociabilidade.pdf. Acesso em: 06 jun. 2023.
PASSOS, Eduardo, KASTRUP, Virgínia, ESCÓSSIA, Liliana (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção. e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009.
PALLASMAA, Juhani. 1936 - Habitar. São Paulo: Gustavo Gili, 2017.
PEREC, Georges. Tentativa de esgotamento de um local parisiense. São Paulo: Gustavo Gili, 2016.
RIO, João do. A alma encantadora das ruas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.
SILVA, Ricardo Luís. Elogios à inutilidade: a incorporação do Trapeiro como possibilidade de apropriação e leitura da Cidade e sua alteridade urbana. 2017. 904 f. Tese (Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo.
SOLNIT, Rebecca. Infinite City: A San Francisco Atlas. University of California Press, 2010.
Percepções do Espaço Habitado
Um Olhar para a Memória e Identidade do bairro do Bixiga
Jamilly C. dos Santos Alves
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
O presente trabalho, tem por objetivo ‘Olhar’ para a região compreendida pelo bairro da Bela Vista, principalmente contemplando o popular bairro do Bixiga, este que guarda quase inalteradas as características originais de seu traçado urbano, visando demonstrar o seu valor cultural, patrimonial, ambiental e afetivo, relevantes para este trabalho e importantes para a cidade de São Paulo. No projeto, buscou-se compreender a memória, identidade, traçado morfológico, figuras, arquitetura, diversidade e multiplicidade, por meio de pesquisas, caminhadas e visitas, observando e percebendo as dinâmicas individuais e coletivas do território, a fim de documentá-las na “Tentativa de um Atlas”, projeto que reúne dois produtos gráficos
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução
Como observadora, poucos ou talvez nenhum lugar tenha de fato influenciado as minhas experiências vividas, únicas e essenciais em minha descoberta de cidade, quando olhando suas invisibilidades, estabeleci vínculo afetivo com este lugar. A região do Bixiga bem como da Bela Vista é visada por alto interesse econômico e especulação imobiliária, dentre outras coisas, devido sua localização privilegiada, sua riqueza cultural e histórica é reforçada pela diversidade dos povos que habitam, mas pouco a pouco, vem se transformando totalmente Edificações remanescentes estão “cedendo” lugar à novos empreendimentos, que além de apagar os resquícios de memória, as características arquitetônicas e urbanas, também expulsam os residentes de classe menos favorecida da região. Foram realizadas pesquisas cientificas para fundamentação do trabalho, visitas e caminhadas para melhor percepção do “espaço” (território), e para melhor fundamentação do projeto foram realizados registros fotográficos de baixo critério, a fim da documentação e especulação das dinâmicas já estabelecidas e individuais experimentadas O trabalho se estrutura em cinco partes: A primeira, versa sobre a memória do bairro, sua formação, transformação, contexto na cidade de São Paulo e introduz sobre os o protagonismo dos primeiros habitantes. A segunda, versa na identidade, expondo sobre os principais personagens, tipologias identitárias, diversidade como uma expressão cultural, e simbologia trabalhando questões de signos, emoções e sensações. A terceira, versa no que faz o lugar, retratando os parâmetros urbanos, morfológicos, e estudos do território. A quarta, versa nos estudos de caso, que foram essenciais para a fundamentação e construção de pensamento importantes para a concepção do projeto. Por fim, a quinta, versa no projeto, buscando refletir sobre o olhar e a percepção do território e da cidade.
Proposição
No intento de materializar as percepções obtidas no espaço que se propôs “Olhar” – o Bixiga, buscou-se por meio de visitas e caminhadas, fazer um resgate a história, a tradição e identidade, para propor um conjunto desenhos e cartões postais, compreendendo que o bairro de estudo está localizado em um território muito independente e rico pela sua capacidade de ser múltiplo, que mistura com maestria povos de muitos lugares diferentes, que dispõe de uma infinidade de equipamentos de cultura e de arte, e que tudo isso junto ocupa um lugar muito potente de se olhar atentamente na cidade. O meu olhar para este lugar, é um convite para que a sociedade olhe não só para este, mas outros lugares ricos por suas invisibilidades cotidianas, por sua inutilidade promissora, por sua tradição encantadora, por sua arquitetura decadente e bela. Este trabalho busca demonstrar através das percepções e histórias retratadas nos postais, e retratos de fachadas, que basta estar disposto a perceber as cidades além do olhar de turista, para que as trocas aconteçam e sejam transformadoras à medida que, sua intenção seja devolver afetividade e alteridade a cidade.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Projeto
Dicionário Postal de Ruas do Bixiga
A “Tentativa de um Atlas”, é um projeto que reúne dois produtos gráficos: o dicionário postal de ruas e um conjunto de desenhos das fachadas remanescentes e peculiares, resultado das experiências vividas no Bixiga. Estes itens se apresentam separadamente, com a intenção de serem como complemento um do outro. Durante as caminhadas e visitas, foram de suma relevância retratar o cotidiano das dinâmicas já estabelecidas, e as dinâmicas individuais experimentadas, documentando as percepções obtidas a partir do olhar atento e inquieto que motivou esse trabalho, e assim, de alguma maneira contar sobre a história deste que guarda consigo tanta riqueza arquitetônica, cultural e patrimonial para a cidade de São Paulo. Foram elaborados 66 postais das ruas do bairro, com todos os elementos de um postal – selo e carimbo, também criados visando conferir identidade própria para estes, os postais se dividem em duas partes: a primeira - percepção pessoal ao permear e perceber o lugar, e a segunda - discorrer sobre a origem do nome da rua, como forma de expor o que faz a história do território estudado
Beleza em Ruínas – Fachadas remanescentes e/ou peculiares
Desde o primeiro contato com a região, houve um encantamento pelas fachadas "antigas", e foi percebido depois de algum tempo, que os sobrados, casas, cores e ornamentos, mesmo daqueles que estão em situação de degradação e ruína, chamam bastante a atenção. Com isso, a proposta foi desenhar algumas das fachadas remanescentes ou de uso peculiar, fazendo o desenho através de observação pessoal, visando demonstrar as belezas por vezes invisíveis dali. As fachadas escolhidas não se apresentam como representantes do que é a rua, mas sim exemplar do que faz a rua - a matéria que resistiu ao tempo, as gerações e mesmo com uso diverso, próprio ou até em ruínas, permanecem de pé, compondo o cenário e paisagem urbana, sendo patrimônio vivo na cidade
Referências
PALLASMAA, Juhani, 1936 – Habitar/ Juhani Pallasmaa; [tradução e revisão técnica Alexandre Salvaterra]. São Paulo: Gustavo Gili, 2017.
PALLASMAA, Juhani, Essências; tradução e revisão técnica Alexandre Salvaterra. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.
NOVAES, Adalto, O Olhar... [et al.] – São Paulo, Companhia das Letras, 1988.
CALVINO, Italo, 1923-1985. As Cidades Invisíveis; tradução Diogo Mainardi. – São Paulo : Companhia das letras, 1990.
LUCENA, Célia Toledo, 1894. Bairro do Bexiga. A sobrevivência cultural.
ROLNIK, Raquel, 2001. São Paulo. Folha Explica.
NASCIMENTO, LARISSA; “Lembrança eu tenho da Saracura”: Notas sobre a população negra e as reconfigurações urbanas no bairro do Bexiga. IN: Revista Intratextos, 2014, vol 6, no1, p. 25-50.
MEMORICIDADE – A Revista do Museu da Cidade de São Paulo. V.1 - N.1 - Dezembro 2020. Págs. 78-85
SOLNIT, Rebecca, 2010. Infinite City – A San Francisco Atlas.
PEREC, Georges, 1936-1982. – Tentativa de esgotamento de um local parisiense/ Georges Perec; tradução de Ivo Barroso. São Paulo : Gustavo Gili, 2016.
SICA, Rafael, 2017. Fachadas.
VIEIRA, Tuca, 2020. Atlas Fotográfico Tuca Vieira.
HELLER, Ava, 2021. A Psicologia das Cores. Como isso afeta a razão e a emoção.
Centro de Saúde, Educação e Cultura para pessoas com deficiência intelectual e múltipla
Carolina Brito Marinho
Orientador: Prof. Dr. Sergio Matera
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 6,2% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Essa estatística levanta o seguinte questionamento: como se dá o contato entre as pessoas com deficiência e os equipamentos de saúde e educação? No intuito de responder tal questionamento, a pesquisa procura diagnosticar as necessidades de cada deficiência, as áreas de maior carência no território urbano da cidade de São Paulo, assim tendo o material para proposição de um equipamento que possa oferecer saúde e educação ao público-alvo.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução
Segundo estudo realizado por Gualda, Borges e Cia (2013), pais, mães e responsáveis de crianças com deficiência intelectual, física e autismo declaram ter como maiores dificuldades: a busca por informações sobre serviços sociais e de saúde, carência de serviços sociais, necessidades financeiras, falta de conhecimento para explicar aos familiares e pessoas próximas, funcionamento do núcleo familiar. Instituições como a APAE e a AACD são grandes referências de atendimento nas áreas da saúde e educação e promovem acolhimento a esse público, porém infelizmente ainda não são suficientes para atender á demanda existente, principalmente nas áreas mais afastadas do centro.
Ao analisar o mapa da Figura 02, é possível perceber a carência de atendimento na região Sul da cidade de São Paulo, o que ocasionou na escolha da área circulada em vermelho como perímetro para diagnóstico e proposta de implantação de um equipamento que venha a suprir as necessidades da região.
Proposição
Para um estudo inicial e elaboração do programa de necessidades foram analisados os equipamentos já mencionados, entre outros de categoria menor, além de dissertações sobre o tema, o que tornou possível estabelecer quais atividades viriam a ser realizadas no edifício proposto.
Após a elaboração do programa de necessidades (Figura 04), estudos de caso como o CEU Parque do Carmo, a Casa de Atendimento Médico em Coulommiers, na França, e a Escola Aubrick contém elementos de organização que ajudaram a gerar um desenho de implantação em que dois grandes blocos de edifícios são ligados por um núcleo de circulação que serve como coletor e distribuídos do público-alvo ao seu destino, como mostra a Figura 5.
Referências
FREEDOM. Entenda como funciona a Lei de Inclusão para pessoas com deficiência. Disponível em: https://blog.freedom.ind.br/entenda-como-funciona-a-lei-de-inclusao-para-pessoas-com-deficiencia/
INTITUTO Jô Clemente, Legislação Relacionada à Pessoa com Deficiência. Disponível em: https://ijc.org.br/pt-br/defesa-de-direitos/Paginas/legislacao-relacionada-a-pcd.aspx
PCD. Leis e Deficiências. Disponível em: https://www.deficienteonline.com.br/leis-e-deficiência
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/MatrizesConsolidacao/comum/37518.html
APAE-ES VILA VELHA 2018. Relatório Anual de Atividades. Disponível em: https://www.apaees.org.br/files/meta/b9f4a423-b282-43c3-889a-07d394a6cb3d/4128f295-e362-4eaaac0b-1f8bfff44d65/276.pdf
ONU. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Disponível em: http://www.pcdlegal.com.br/convencaoonu/wpcontent/themes/convencaoonu/downloads/ONU_Cartilha.pdf
IBGE EDUCA. Pessoas com Deficiência. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-obrasil/populacao/20551-pessoas-com-deficiencia.html
ELAS - Lar temporário para Vítimas de Violência Doméstica
Arquitetura: lar, proteção e segurança.
Mariana de Castro Lacerda
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Matera
Esse trabalho abordar e reconhecer a fragilidade, em termos de consciência social, que a sociedade tem no acolhimento das vítimas de violência doméstica, demonstrando quase sempre a sua face machista, homofóbica e patriarcal. Neste contexto, as pessoas que sofrem esse tipo de violência ficam presas financeira e emocionalmente a seus agressores, não rompendo assim o ciclo de violência. A violência não se rompe sozinha e por esse motivo, o trabalho será focado em como a arquitetura pode e deve acolher as vítimas de violência doméstica, dando assim uma nova oportunidade, um recomeço com dignidade.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi concebido a partir de um tema, que não deveria existir: a violência contra a mulher.
Porém, como é um fato, aqui determinamos que a arquitetura funcionasse como uma solução de acolhimento, refúgio e segurança, pensando no seu uso como princípio fundamental, e não como um elemento adaptado.
TIPOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Esta proposta surge a partir de uma alta frequência de casos de violência doméstica, violência contra a mulher, e principalmente, dos números que somente aparecem nas estatísticas trágicas de feminicídio.
Ele também deflagra a necessidade de compreender como funciona a lei, o que caracteriza o crime e, o porquê de a Lei não estar sendo devidamente cumprida.
Nossa proposta é a ampliação da abrangência do acolhimento atual, representada pelo alojamento físico, onde as vítimas, em sua maioria as mulheres, possam encontrar apoio psicossocial, oportunidades de empoderamento para seu autossustento e segurança, não ficando presas financeiramente e emocionalmente ao seu agressor, que é um dos principais fatores para que este problema não seja solucionado de forma plena. Para a composição do programa de necessidades, optei em fazer levantamento de estudos de casos de projetos do mundo voltados para essa necessidade, como o Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência - ORIGEM / CENTRO CULTURAL de URUAPAN, MÉXICO voltado para o acolhimento de assistência social e moradia. O Abrigo para Vítimas de Violência Doméstica - Amos Goldreich Architecture + Jacobs Yaniv Architects/ ISRAEL refúgio para mulheres e crianças em dificuldades e abusos. O Sede Castanhas de Caju - Estúdio Flume, estimular a redução da pobreza. E a Casa da Mulher Brasileira, integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres
Proposição
O local foi escolhido após um levantamento na busca de locais cujo objetivo é o de impedir e de defender as vítimas de violência doméstica, verificamos uma grande escassez, sendo que, os poucos que existem ainda pecam pelo simples fator de tempo regular de funcionamento. Como as delegacias que não funcionam 24 horas. Também obedecendo a disponibilidade de espaços compatíveis com o enquadramento da legislação vigente para a implantação de um projeto com estas características. Rua João Carlos de Arthur /Campo Grande - São Paulo/SP - Zona Sul
Forma construtiva trata-se de uma solução que une tecnologia e sustentabilidade. As matériasprimas são conhecidas como madeira CLT (Cross Laminated Timber) e MLC (Madeira Lamelada Colada Cruzada). resultando num sistema de alto desempenho que substitui o uso de concreto e aço em
elementos como pilares, coberturas, paredes, lajes, vigas e treliças. Desenvolvemos o conceito de módulos, que tecnicamente é essencial para a questão do uso sustentável dos materiais. Também pretendíamos conotar seu uso a uma ideia poética de que cada um representasse uma vítima que buscou o auxílio neste lugar.
Esses módulos sendo replicados, formando novos conjuntos, podem compor diversos ambientes, com funções de utilidade específica, ou seja, juntos eles transformam a realidade unidos sob uma mesma problemática ou necessidade, algo que é inerente a cada vítima que procura o ELAS, isto é, buscam uma nova história de transformação positiva em suas vidas. Estando juntas, acreditamos que este processo possa ser mais bem sucedido.
O ELAS Lar Temporário para Vítimas de Violência Doméstica, levando em conta a legislação, a forma construtiva escolhida e o programa de necessidades. Apresentamos.
Será um projeto desenvolvido de forma híbrida com a combinação de madeira e concreto. A madeira será o material com maior destaque, alvenaria de concreto estará presente nas fundações e nas duas caixas de corridas dos elevadores.
O edifício estará dividido em dois setores sendo um voltado para o atendimento público, o térreo, subsolo e os quatro primeiros pavimentos, servidos por um conjunto de circulação vertical independente dos demais pavimentos.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
A partir do quinto pavimento, o projeto assume de fato o seu foco de acolhimento mais íntimo, ou seja, funciona como um lar para as vítimas de violência doméstica, tendo o seu acesso restrito. Lá estarão contidos a cozinha, os quartos individuais e coletivos/familiares, as salas de estar, os sanitários, as lavanderias e as copas.
O controle de acesso das torres será realizado na recepção do térreo, sendo assim, uma torre não terá acesso à outra sem que seja pela recepção principal. Entretanto, todos os ambientes terão acesso à saída de emergência.
Referências
https://www.fundobrasil.org.br/blog/lei-maria-da-penha-historia-e-fatos-principais/
https://www.salonline.com.br/tudo-sobre-a-lei-maria-da-penha
https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-e-maria-da-penha.html
https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia-em-dados/aumento-4-nos-registros-de-estuprono-pais-entre-2020-e-2021/
https://www.saopaulo.sp.leg.br/mulheres/legislacao/lei-do-
feminicidio/#:~:text=A%20Lei%20n%C2%BA%2013.104%2F2015,condi%C3%A7%C3%A3o%20de%20 mulher%20da%20v%C3%ADtima
https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wpcontent/uploads/2018/04/codigo_de_obras_ilustrado.pdf
https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/zona-eixo-de-estruturacao-da-transformacao-urbana-previstozeup/
https://www.conjur.com.br/2023-abr-25/tribuna-defensoria-maria-penha-alteracoes-lei14550perspectivagenero#:~:text=A%20Lei%20n%C2%BA%2014.550%2C%20que,personae%20quem% 20tem%20orientado%20as
https://www.archdaily.com.br/br/932069/madeira-e-fogo-o-que-todo-arquiteto-deve-saber-sobre-protecaocontra-incendio-em-construcoes-de-madeira
https://www.archdaily.mx/mx/907075/refugio-para-mujeres-victimas-de-la-violencia-origen-19o41-53n?ad_source=myarchdaily&ad_medium=bookmark-show&ad_content=current-user
https://www.archdaily.com.br/br/895789/abrigo-para-vitimas-de-violencia-domestica-amos-goldreicharchitecture-plus-jacobs-yaniv-architects?ad_medium=gallery
https://www.archdaily.com.br/br/931333/sede-castanhas-de-caju-estudio-flume
No último andar, disponibilizamo s uma creche para os que necessitam deste serviço.
Proposta de reurbanização com ênfase em provisão habitacional
Maurício Alexandre do Nascimento
Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian
O trabalho, propõe um projeto de reurbanização com ênfase em provisão habitacional em uma área consolidada no município de Diadema, São Paulo, e uma sugestão de viabilidade econômica através de uma Parceria Público Privada (PPP), estratégia adotada devido à falta de recursos próprios do município, que possui um alto déficit habitacional, e à precariedade das moradias oriundas da autoconstrução, e que são estão presentes em todo o território da cidade.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução
Esse trabalho se propõe a apresentar um panorama das políticas de habitação no país e sua importância, usando como exemplo mais aprofundado o território de Diadema dada a experiência na implementação e execução de tais políticas e ao final apresenta-se a proposição de uma reurbanização e provisão habitacional com hipótese de viabilidade econômica dentro do território em questão Essa introdução ao tema da habitação tem apenas o intuito de contextualizar a proposta e orientar o desenvolvimento do projeto que parte da vontade de pensar e projetar espaços de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade, principalmente nos grandes centros urbanos. Afinal, dado o histórico de ocupação das cidades brasileiras, sabemos que longe das áreas centrais e dos centros financeiros super estruturados a realidade é muito diferente, a alta densidade e a precariedade que se encontra muitas vezes beira o extremo e as perspectivas de mudança dependem de gestões que destinam pouco ou nada para questões tão urgentes, devido à falta de interesse em melhorar a vida da população mais carente perpetuando o ciclo da desigualdade e exclusão social tão constituinte do nosso país.
O desenvolvimento e conclusão do projeto seguiu os apontamentos dos estudos volumétricos, sofrendo algumas alterações para melhorar a acomodação do programa.
Na gleba destinada a provisão habitacional foi possível alocar três conjuntos de interesse social, totalizando 160 unidades que variam de 46m² a 55m², sendo que dois deles fazem frente para Av. Ruyce Ferraz Alvim, tendo a maior parte do térreo destinado a comércio e áreas comuns do condomínio.
As calçadas possuem em média 2m de largura, mas em frente as áreas comerciais há um beiral formado pelo pórtico que sustenta as vigas do térreo, criando uma área coberta podendo servir de apoio para as áreas comerciais e de serviço como restaurantes por exemplo.
No lado oposto, voltado para o miolo da quadra, foram alocadas as unidades PCD e as áreas comuns, como salão de festa e uma sala multiuso. Cada conjunto possui 12 unidades por pavimento (do 1º ao 4º) dividido em 2 blocos ligados por pequenas passarelas e uma escada central, o terceiro conjunto que faz frente para Av. Dep. Oswaldo Moraes e Silva, recebeu em seu térreo apenas unidades habitacionais e áreas comuns sem comércio.
O desenho da implantação dos edifícios adaptou se a forma sinuosa da quadra e isolou os acessos de cada conjunto, o que possibilitou manter a quadra aberta com acesso por todas as vias e uma grande praça no seu interior.
Para garantir a privacidade das unidades no térreo, optou-se por adotar pequenos jardins em frente as janelas circundadas por um muro, permitindo que o miolo da quadra fosse ocupado por jardins, áreas de lazer e permanência, qualificando o espaço público livre.
Na parte mais afunilada da quadra é onde acontece a transição dos conjuntos HIS para HMP, o formato estreito dessa área resultou em um edifício com embasamento de três pavimentos de garagem, sendo parte do térreo comercial, dando continuidade as fachadas ativas dos conjuntos anteriores deixando o acesso das garagens pela Av. Dep. Oswaldo Moraes e Silva.
Na cobertura do embasamento ficam as áreas de uso comum como salão de festas, salão de jogos, lavanderia e espaços de coworking, além do acesso as três torres de 20 pavimentos com quatro unidades (50m² cada) por andar, totalizando 240 apartamentos, com opção de garagem, pois possuem 191 vagas para automóvel.
Em contrapartida a área destinada a provisão habitacional foi proposto também um centro multiuso na área ocupada pelo núcleo Rua do Mar, aqui a proposta de intervenção é a criação de uma via sobre o trecho do córrego que ainda permanece aberto, essa via seria o logradouro oficial das unidades consolidadas do Núcleo Alvares Cabral que atualmente fazem frente para uma área remanescente da última urbanização, criando uma conexão entre a Av. Dep. Oswaldo Moraes e a Rua do Mar.
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Em compensação, foi criado ao lado da nova via, por tanto, ao lado do córrego canalizado, jardins de chuva que além de cumprirem a função de retenção das águas pluviais ainda qualificam a paisagem do espaço público, utilizando soluções simples e que visam a recuperação ambiental.
A implantação do centro multiuso se deu no centro da quadra como elemento articulador de duas praças, uma voltada para a prática de skate e a outra, como um espaço complementar ao auditório do centro que também possui salas de aula, dança e artes cênicas E para concluir as intervenções o núcleo Alvares Cabral recebe ampliação e manutenção das áreas livres a partir das remoções pontuais que foram necessárias.
Referências
Coelho Cláudia Bastos Melhorias habitacionais em favelas urbanizadas: impasses e perspectivas / Cláudia Bastos Coelho - São Paulo, 2017 230p : il Dissertação (Mestrado - Área de concentração: Habitat)FAUUSP.
Coelho, Marta Cirera Sari. Espaço de direitos é mais que direito a espaço: o processo de urbanização de favelas em Diadema (1983 2008). 2008. 179 f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2008.
Ferreira, G. G., Calmon, P., Fernandes, A. S. A., & Araújo, S. M. V. G. (2019). Política habitacional no Brasil: uma análise das coalizões de defesa do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social versus o Pro grama Minha Casa, Minha Vida. urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbana
Marguti, Bárbara Oliveira - Capítulo publicado em: A nova agenda urbana e o Brasil: insumos para sua construção e desafios a sua implementação / organizadores: Marco Aurélio Costa, Marcos Thadeu Queiroz Magalhães, Cesar Bruno Favarão. – Brasília: Ipea, 2018 (p. 119 a 133).
Zapelini, M. B., Lima, J. G., & Guedes, M. C. (2018). Evolução da Política Habitacional no Brasil (1967–2014): Uma Análise de Equilíbrio Pontuado. Revista Interdisciplinar De Gestão Social, 6(3). Recuperado de https://periodicos.ufba.br/index.php/rigs/article/view/24304
Zürcher, Patrícia de Figueiredo Ferreira (2017) Política habitacional no Brasil: Equívocos repetidos ou negações perpetuadas? Elementos para análise –https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/180863
Estádio Canindé
Modernização e Clube Social
Rafaela Rodrigues de Andrade
Orientador: Prof. Esp. Artur Katchborian
Resumo
Com o passar dos anos as entidades esportivas se tornaram mais rigorosas com a infraestrutura dos estádios para a realização de jogos, quanto maior a competividade mais exigências são cobradas pela organização. Partindo dessa informação, o presente trabalho tem como objetivo propor um projeto de reforma e modernização no Estádio Canindé.
O Estádio pertence ao clube de futebol Associação Portuguesa de Desportos e fica localizado no bairro Canidé, em São Paulo. No mesmo terreno de intervenção será implantado um clube social, com o intuito de promover atividades esportivas e culturais para o bairro.
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Introdução
A minha ligação com o futebol vem desde a infância, a primeira vez que fui ao estádio assistir uma partida ficou marcado em mim e desde então carrego essa paixão. Uma memória que tenho é quando criança vir à São Paulo visitar minha tia e saber que estava chegando ao avistar as grandes torres do Canindé.
Para delimitar o espaço público da rua com o espaço de acesso controlado foram utilizadas grades abertas em todo o perímetro, permitindo que exista essa integração entre rua e o espaço interno. A vegetação foi explorada para trazer conforto para quem ocupa os espaços.
Em todo o terreno foram distribuídos espaços de lazer completos, como skatepark, playground e piscinas (semiolímpica, infantil e adulto) próximo ao clube e próximo ao estacionamento nove quadras, sendo três poliesportivas, três de areia e três de tênis.
Os dois edifícios construídos foram pensados de forma que permitam uma conexão direta com o estádio e ofereçam a infraestrutura de apoio necessária.
Para o estádio é proposto uma reestruturação pensando na prevenção de possíveis danos por parte da estrutura e uma requalificação do uso dos espaços, mantendo as características do edifício. No clube o desenho foi pensado de forma que parecesse estar realmente “abraçando” o estádio, resultando na forma curva. O estacionamento foi posicionado de forma estratégica para conter o fluxo de carros em dia de jogo, sua forma faz com que ele não seja o foco da paisagem.
Referências
EBLING, João. O Preço da Elitização do Futebol Brasileiro. Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento, Centro Universitário de Brasília, 2014.
FIFA Stadium Guidelines 2022.
Disponível em: < ttps://www.fifa.com/technical/stadium-guidelines>.
Guia de recomendações de Parâmetros e dimensionamentos para segurança e conforto em Estádios de futebol, FGV, 2014.
HOLLANDA, Bernardo e MEDEIROS, Jimmy. De “País Do Futebol” A “País Dos Megaeventos”: um balanço da modernização dos estádios brasileiros sob a ótica das torcidas organizadas da cidade de São Paulo. Recorde, Rio de Janeiro, 2019.
PONCIANO, Levino. Bairros Paulistanos de A a Z: pequeno dicionário histórico e amoroso. Capítulo: Canindé. Editora Senac, São Paulo, 2017.
TREVISAN, Marcio. A História do Futebol para quem tem pressa. Capítulo 2: A chegada ao Brasil. Editora Valentina, 2019
PATRIMÔNIO E CIDADE
Orientações para revitalização, conservação e gestão do Eixo Histórico de Santo Amaro
Ana Paula Nunes de Sant’Ana
Orientador: Prof. Me Ralf José Castanheira Flôres
Resumo
Esse trabalho propõe a requalificação da Rua Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo, no Eixo Histórico de Santo Amaro em São Paulo, tendo como objetivo ressignificar esse espaço como um lugar valioso não somente para a história do bairro, mas também torná -lo importante para o uso cotidiano das pessoas. Foi realizada uma análise teórica, buscando entender a relação da história do homem com a formação histórica da cidade, expansão do tratamento do patrimônio urbano no Brasil e no mundo e exemplos de intervenções em conjuntos históricos brasileiros. Após esse processo, foi feito um diagnóstico geral da rua com fotografias e mapas, estabelecendo os problemas a serem resolvidos. A partir daí foram definidas as diretrizes de
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
intervenção para o redesenho da rua e normas de intervenção nas fachadas. Esse trabalho pretende mostrar que é necessário tratar de pequenos conjuntos urbanos históricos nas cidades, que permaneceram de pé após passar por grandes transformações urbanas.
Introdução
Este trabalho tem como objetivo incluir a participação da sociedade no processo de conservação de ambientes históricos urbanos e na preservação da memória da cidade através das relações sociais e ações conjuntas com o poder público, entendendo que é parte necessária para manter em bom estado os espaços das nossas cidades, especialmente os ambientes históricos.
Tendo como objeto de estudo o Eixo Histórico de Santo Amaro, importante polo comercial da cidade de São Paulo, que foi município e é anexado à metrópole paulista desde 1935 , buscamos entender a relação entre patrimônio e a vida cotidiana. Considerando a importância dessa área na formação histórica do bairro, busca-se apontar as questões problemáticas a respeito do cuidado do patrimônio histórico local e apresentar uma solução para requalificar esses espaços. A intenção é contribuir para o encontro de possibilidades que melhore as dinâmicas participativas no cuidado da área.
Nenhum projeto, seja ele em ambientes históricos ou não, pode garantir que os resultados pretendidos de uma intervenção permaneçam em bom estado por muito tempo, principalmente se não houver um processo participativo da população. Por isso, é essencial que haja participação da comunidade, tanto no desenvolvimento quanto na prática. Pois é ela que irá realme nte usufruir e dar vida a ele e manter esses lugares preservados.
É necessário incentivar as pessoas a conhecer e aproveitar o espaço em que vivem, e assim, entender que quando um ambiente histórico é destruído, vai embora também parte da sua própria histó ria.
E é nesse contexto que esse trabalho se encaixa. Na primeira parte, foram feitas reflexões com base em referências bibliográficas e históricas sobre a conexão histórica entre homem e a formação da cidade, a situação do patrimônio no contexto urbano, planos internacionais de preservação e casos de cidades históricas brasileiras.
Em seguida, é apresentado um breve panorama histórico do bairro de Santo Amaro, contextualizando seu processo de formação, se desenvolvendo por categorias de vila até se torna r município e sua importância econômica, que se destacou pela característica rural e produtora agrícola até passar a ter um contexto mais industrializado.
Também foi feito o diagnóstico da área, a partir de pesquisas de campo, retratando o estado atual do Eixo Histórico e especificamente da Rua Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo.
Após isso, são apresentadas as referências de projeto, trazendo as justificativas que levaram a se inspirar em cada uma.
Por fim, são apresentados desenhos de levantamento d a rua plantas e cortes e das fachadas para estruturar a proposta para a área de intervenção. Buscamos conectar as ações de planejamento urbano, com a reformulação do espaço da rua, integrando áreas para veículos e pedestres. Para as fachadas das edificações, propomos uma espécie de manual, com diretrizes de colocação de placas e letreiros, considerando os espaços disponíveis das fachadas. Foram feitos ensaios dessas diretrizes buscando não interferir em sua estrutura e visualização total.
Proposição
A partir dos levantamentos optamos por criar uma proposta de requalificação e gestão para a Rua Tenente Coronel Carlos da Silva Araújo, podendo servir de base para intervenções futuras reais.
O material produzido seria submetido aos órgãos do patrimônio, gestão municipal e impresso e distribuído para a população. Com isso, ele tem três papéis importantes: auxiliar o poder público na gestão do espaço urbano, auxiliar nos processos de intervenção, tanto para os profissi onais (urbanistas, arquitetos, engenheiros, etc) quanto para os proprietários das edificações, que terão o papel de realizar as diretrizes propostas. Também tem o papel de contribuir no processo de educação patrimonial, para o reconhecimento do valor da história, do patrimônio urbano do bairro e a comunidade de Santo Amaro.
A linguagem adotada, com os desenhos feitos à mão busca atrair a atenção e facilitar o entendimento da população para aproximá-las das ações de conservação. É necessária essa aproximaç ão para que os cidadãos se sintam parte desse processo e possam contribuir para uma real gestão do patrimônio.
As intervenções se organizam em duas partes: uma proposta de intervenção de caráter urbano, tratando de calçadas, leito viário, iluminação pública, fiação, vegetação, mobiliário e diretrizes básicas para construção de novas edificações. A segunda parte trata de sugerir formas de organização dos anúncios e identificação dos estabelecimentos que existem na rua, ou seja, orientações para colocação de placas e letreiros nas fachadas do Eixo Histórico do bairro.
Referências
ANJOS, Ana Cristina C. dos Santos. Diálogo sobre patrimônio, meio ambiente e aprendizagem social: uma experiência de educação patrimonial em pesquisa -ação no bairro paulistano de Santo Amaro Tese de Mestrado. 2016.
ALCÂNTARA, Denise de. Revisita ao Corredor Cultural: resgate do processo de revitalização do Centro Histórico do Rio de Janeiro . Rio de Janeiro: Cadernos PROARQ15, 2010.
BONDUKI, Nabil. Intervenções urbanas na recuperação de centros históricos . Brasília, DF: Iphan / Programa Monumenta, 2010.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. A cidade como bem cultural: áreas envoltórias e outros dilemas, equívocos e alcance na preservação do patrimônio ambiental urbano . [Debate]. Patrimônio: atualizando o debate. São Paulo. IPHAN. 2006.
OLIVEIRA, Lúcia M. Eixo histórico de Santo Amaro: um fragmento da paisagem urbana no município de São Paulo. Belo Horizonte: 40° Colóquio Íberoamericano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto. 2016.
SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. Preservar não é tombar, renovar não é tudo abaixo. São Paulo: Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. 1984
Projetos Urbanos e Arquitetura da Paisagem
Áreas Verdes na Zona Leste de São Paulo
Requalificação do Parque Aterro Sapopemba
Ana Caroline Rocha de Jesus
Orientadora: Profa. Ms. Marcella de Moraes Ocke Mussnich
O presente trabalho consiste na discussão da importância de espaços públicos de lazer na zona leste de São Paulo, área com poucos espaços qualificados. Através de embasamento teórico e estudos de caso relevantes, este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresenta uma proposta projetual para requalificação do Parque Aterro Sapopemba.
A intervenção projetual visa a requalificação dessa área pública, buscando estratégias de interação entre as pessoas de toda comunidade, através de áreas de socialização que permitam a construção de um local ambientalmente e socialmente qualificado.
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Introdução
O presente trabalho de conclusão de curso visa ampliar a discussão sobre a importância das áreas verdes no contexto urbano e requalificar o Parque aterro Sapopemba, que está localizado no distrito São Rafael na zona leste de São Paulo e integra a subprefeitura de São Mateus.
As áreas verdes urbanas desempenham funções importantes para os cidadãos e o meio ambiente, como aumentar a permeabilidade do solo, reduzir o risco de inundação e controlar a temperatura e a qualidade do ar. Mesmo a melhoria da paisagem urbana decorrente dos espaços verdes é um fator que aumenta a qualidade de vida da população, além de oferecer oportunidades para a implementação de espaços de convivência e lazer que proporcionam muitos benefícios à população.
Para Lobada e Angelis (2005), as áreas verdes urbanas são de extrema importância para a qualidade de vida pois oferecem muitos benefícios ao seu entorno, principalmente ao meio urbano, pois garantem áreas destinadas ao lazer, paisagismo e preservação ambiental.
A constituição Federal de 1988 prevê, em seu artigo 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondose ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
A zona leste de São Paulo é composta por alta densidade populacional, com baixo índice de vegetação abaixo de 5 m2 por habitante enquanto o mínimo recomendado pelo OMS (Organização Mundial da Saúde) é de 12 m2. Porém vale ressaltar que esses números analisados isoladamente não são indicativo de qualidade pois há muitas áreas verdes residuais, e espaços degradados sem um projeto paisagístico adequado que atenda a demanda populacional.
A má distribuição das áreas verdes é um problema que impacta a qualidade de vida das pessoas. As áreas verdes são importantes para a saúde mental, pois oferecem espaços para relaxar, se conectar com a natureza e praticar exercícios ao ar livre.
Muitos moradores de São Paulo são afetados pela falta de parques em suas áreas, enquanto alguns bairros possuem grandes parques com áreas para esportes, jogos, e lazer, outros possuem poucos ou nenhum parque. Esse problema de má distribuição de parques é prejudicial para a saúde e bem-estar dos cidadãos.
Espaços livres públicos são fundamentais para a saúde e o bem-estar da comunidade, pois permitem que as pessoas se conectem com a natureza, e também são cruciais para a criação de uma cultura saudável, fornecendo às pessoas um lugar para se reunirem para entretenimento, eventos culturais, atividades esportivas e outras atividades sociais. O que contribui para o desenvolvimento de uma cultura saudável. Portanto, é essencial que as pessoas tenham acesso a espaços livres públicos para desfrutar de todos os benefícios que eles oferecem.
Ao observar a carência de áreas verdes na zona leste de São Paulo, esta pesquisa identifica a necessidade de trazer o tema para discussão e estabelecer uma área para implantação de um parque urbano.
Após análises foi estabelecido que a área de intervenção seria o Parque Aterro Sapopemba, para sua requalificação. A área está localizada no extremo leste do município de São Paulo entre a Avenida Sapopemba e a Estrada do Rio Claro no bairro São Francisco Global.
No local funcionou o antigo aterro Sapopemba que foi desativado por volta de 1984 e atualmente está implantado o Parque Aterro Sapopemba que foi implantado pela prefeitura através do programa 100 Parques que visava a distribuição em áreas periféricas e pouco atendidas, ocupando espaços com remanescentes de bosques ou rios degradados.
Proposição
O principal objetivo desse trabalho é a requalificação do Parque Aterro Sapopemba para a melhoria do cotidiano da população. Para desenvolvimento no âmbito do projeto, foram realizadas análises (dados de pesquisa). Considerando todos os fatores, o partido é composto por três diretrizes, que visam: Requalificar um espaço público degradado, para atender as necessidades da população local. Desenvolver programa diversificado para atrair usuários de diferentes partes do município, considerando o uso existente, mas também propondo novas possibilidades de atividades Transformar e adequar ambientes para recreação, relaxamento e convivência de maneira ecológica.
Para isso, foram propostos:
1. Projeto para implantação de novas infraestruturas e serviços, como parque infantil, academia ao ar livre, pista de corrida, quadras, campo, equipamentos culturais e de lazer, entre outros.
2. O desenvolvimento de projeto para o parque considerando questões ambientais que envolvam a população, a fim de preservar e promover o uso consciente e responsável do espaço.
3. Destinação de espaço do parque para atividades econômicas que possam gerar renda através de ações ligadas à coleta de lixo. Além da questão econômica, o objetivo também foi de não esconder a memória do que foi o local anteriormente.
O programa buscou melhor atender a necessidade da população, além de reforçar a questão da memória e para isso foi implementado platores entre as rampas que podem servir de área de estar e área de exposição para contar a história do local.
Referências
GALENDER, Fany. Sobre o sistema de Espaços Livres da Cidade de São Paulo,2010.
GEHL, Jan,1936 – Cidades Para Pessoas/ Jan Gehl; tradução Anita Di Marco.2 Ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.
HEEMANN, Jeniffer. SANTIAGO Paola Caiuby. Guia do Espaço Público Para Inspirar e Trasformar,
LAMAS, J. M. R. G. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gubenkian. Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica, 1993.
MAGNOLI, Miranda Martinelli. O Parque no Desenho Urbano,2006
MACEDO, Silvio Soares. SAKATA, Francine Gramacho. Parques Urbanos no Brasil. 3. ed. São Paulo, EDUSP, 2010.
Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional V.17 n 1 (2021) publicado em 22.03. 2021.disponivel em https://rbgdr.net/revista/index.php/rbgdr acessado em 12.10.2022.
SAKATA, Francine Gramacho. Parques Urbanos no Brasil 200 a 2017,2018.
Parque Linear Represa Guarapiranga
Gabriela de Sousa Forte
Orientadora: Profª. Ms. Marcella de Moraes Ocké Mussnich
Resumo
Este trabalho de conclusão de curso propõe a implantação de um parque linear, localizado na orla da Represa Guarapiranga, especificamente, na Avenida Atlântica, situada na zona sul do Município de São Paulo. A área de intervenção foi escolhida devido à potencialidade de transformação de espaços residuais e fragmentados, em espaços livres públicos qualificados, capazes de atender a população local e atrair novos visitantes. O parque linear proposto é apresentado como um meio para a qualificação de áreas degradadas, valorização e preservação dos recursos naturais.
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Introdução
Os processos desiguais de urbanização, associados a priorização do sistema viário, são os principais agentes responsáveis pelas transformações na malha urbana do Município de São Paulo. As transformações causadas por esses processos e sistema, resultou no surgimento de áreas residuais e fragmentadas, identificadas como pontos isolados dentro da urbanização consolidada. Parte significativa destas áreas residuais, são áreas verdes e espaços livres de edificação. A ausência de projetos paisagísticos qualificados para atender à demanda por espaços livres públicos, existentes e propostos, resultou na subutilização e degradação dessas áreas. Desconsiderando o potencial urbano de espaços que podem ser qualificados para novos usos, como de convivência e recreação.
Outro fator que intensifica a ausência de espaços livres públicos, especialmente, os parques urbanos, é a distribuição desigual dos mesmos no Município de São Paulo. Visto que, a produção desigual do espaço urbano influenciou na distribuição e na qualidade das áreas livres públicas destinadas ao esporte, lazer e recreação. Com a expansão da malha urbana através da abertura de loteamentos populares e a procura pelo maior aproveitamento do solo para a comercialização, áreas impróprias foram destinadas para a implantação de parques, devido à baixa disponibilidade de terras nas regiões periféricas. Grande parte dos parques urbanos em bom estado de conservação, estão concentrados na região central da cidade. Enquanto, a região periférica tem dificuldades para acessar esses parques, devido à questão de deslocamento. Os parques urbanos localizados nos bairros periféricos não apresentam projetos qualificados, capazes de atender a população local e as demandas por áreas esportivas, culturais e contemplativas.
As questões apresentadas sobre a relevância dos espaços livres públicos, especialmente os parques urbanos e a ausência de projetos qualificados para áreas subutilizas com potencial transformação, são elementos observados na orla da Represa Guarapiranga, território de interesse do presente trabalho de conclusão de curso. A Represa Guarapiranga está situada na região da Capela do Socorro, zona sul do Município de São Paulo. Responsável pelo abastecimento público, de uma parcela significativa da população, considerada um dos principais mananciais do município. Desde sua implantação em 1907, até os dias atuais, a represa vivenciou diversas transformações em seu entorno imediato. Estas transformações sempre estavam associadas ao lazer social e a contemplação da vista proporcionada pela represa. Mesmo apresentando áreas residuais e degradadas, os usos mencionados, continuam presentes na região, que recebe diariamente visitantes de diversos lugares da cidade.
Para a realização dos procedimentos metodológicos, foram selecionadas bibliografias e levantamentos iconográficos, presentes na fundamentação teórica, com obras dos autores Silvio Soares Macedo, Francine Gramacho Sakata e Miranda Magnoli, referências fundamentais para a análise do contexto histórico dos espaços livres públicos e dos parques urbanos brasileiros. Na sequência, foram selecionados quatro estudos de caso com projetos de parques lineares, localizados em áreas semelhantes à orla da Represa Guarapiranga. A análise da área de intervenção, apresenta um panorama histórico sobre a região
da Capela do Socorro e a Represa Guarapiranga, com dados fornecidos pela Prefeitura Municipal de São Paulo. Esta análise resultou na escolha do trecho de intervenção, para a realização do projeto.
Proposição
O presente trabalho de conclusão de curso, tem como proposta de projeto a implantação de um parque linear no trecho de intervenção definido, a orla da Represa Guarapiranga. Para o desenvolvimento do projeto, foram realizadas análises sobre o contexto histórico e atual (levantamentos de dados e pesquisa de campo). Considerando todos os elementos apresentados, o partido é estruturado em três diretrizes, que visam a transformação de espaços subutilizados, em espaços livres públicos qualificados para atender as necessidades da população local e atrair novos usuários de outras partes do município. Espaços estes, com potencial de transformação, possibilitando a criação de áreas para a recreação, lazer e convivência, somadas aos aspectos de preservação dos recursos naturais.
Um meio de conscientizar sobre a importância da conservação dos recursos hídricos, permitindo a aproximação dos usuários com a água, mesmo em áreas de intensa consolidação da mancha urbana. Tornar as áreas residuais em espaços mais convidativos, é uma abordagem que busca intensificar as dinâmicas sociais e econômicas da região, com usos e atividades diversificadas.
Para respeitar a configuração atual das ocupações na orla da represa, foi definida a permanência dos clubes particulares e dos restaurantes e bares existentes. Visto que, são construções significativas para a história da região e para o desenvolvimento econômico. A escolha por manter os clubes particulares, visa uma parceria público-privada, na qual estas instituições podem colaborar na manutenção e no processo
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de educação ambiental para a população. Além disso, os clubes podem auxiliar na elaboração de atividades e eventos no parque linear. Alguns clubes particulares já promovem eventos com esportes náuticos como canoagem e vela.
As três diretrizes estabelecidas para o desenvolvimento do parque linear são:
• Valorização do recurso hídrico (represa): implantação de infraestrutura verde urbana, principalmente nas áreas alagáveis, para promover a interação da população com a água (represa), de modo contemplativo e recreativo. Visando a conscientização sobre a imp ortância da boa manutenção da orla, elemento que reflete na qualidade da água da represa.
• Preservação da vegetação nativa: Como apresentado anteriormente, existem remanescentes do bioma Mata Atlântica no trecho de intervenção, além das legislações que intensificam a importância da preservação dos recursos hídricos, da biodiversidade e o controle da expansão da mancha urbana. Sendo assim, é fundamental proteger a vegetação nativa existente e introduzir novas áreas arborizadas. Reforçada com a criação de espaços focados na conscientização e educação ambiental.
• Qualificação dos espaços subutilizados: implantação de uma infraestrutura convidativa a população, com áreas voltadas para as atividades esportivas, recreativas, culturais e comerciais, de modo a integrar cada um dos setores do parque linear. Promovendo espaços de encontro e convivência para a população.
Referências
ARAUJO, Ricardo; SOLIA, Mariângela. Guarapiranga 100 anos. Fundação Energia e Saneamento. São Paulo, 2014.
BORELLI, Elizabeth. A Bacia do Guarapiranga: Ocupação em áreas de mananciais e a legislação ambiental. Revista de Ciências Sociais. São Paulo, 2006.
CORMIER, Nathaniel; PELLEGRINO, Pedro Renato Mesquita. Infraestrutura Verde: Uma Estratégia Paisagística Para a Água Urbana. Paisagem Ambiente: Ensaios. São Paulo, 2008.
GALENDER, Fany. Sobre o sistema de espaços livres da cidade de São Paulo. ENANPARQ. Encontro Nacional da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo. Simpósios - Trabalhos Completos. Rio de Janeiro, 2010.
GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas. 1ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013.
MACEDO, Silvio Soares; SAKATA, Francine Gramacho. Parques Urbanos no Brasil. 3ª ed. São Paulo: EDUUSP, 2010.
MAGNOLI, Miranda. Espaço Livre - Objeto de Trabalho. Paisagem e Ambiente: Ensaios nº 21, p. 175197. São Paulo, 2006.
MAGNOLI, Miranda. O Parque no Desenho Urbano. Paisagem e Ambiente: Ensaios nº 21, p.199-213. São Paulo, 2006.
PINHEIRO, Maitê Bueno. Plantas para infraestrutura verde e o papel da vegetação no tratamento das águas urbanas de São Paulo: identificação de critérios para seleção de espécies. 2017. Dissertação (Mestrado em Paisagem e Ambiente) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
SAKATA, Francine Gramacho. Parques Urbanos no Brasil - 2000 a 2017. Tese (Doutorado - Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2018.
Ressignificação do Vazio Urbano
O entorno da estação Giovanni Gronchi
Laís Bazalha
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Dualde
Resumo
Este trabalho busca identificar e entender o processo que contribuiu para a formação dos vazios urbanos, para então indicar as possíveis potencialidades de uso desses locais, a partir do desenvolvimento de atividades que venham contribuir para a sociedade. Tem como objetivo, ressaltar a importância dos espaços públicos e dos elementos que o compõem, capazes de ativar a cidade e gerar melhorias urbanas.
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Introdução
Viver no bairro do Jardim Monte Azul e acompanhar a transformação da área, me motivou a conhecer mais sobre a história do território. Assim, o seguinte trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, tem como premissa o estudo dos aspectos urbanos do entorno da estação Giovanni Gronchi desde o processo de ocupação, até os dias de hoje. O primeiro capítulo, mostra os impactos da industrialização na região metropolitana de São Paulo e o processo de ocupação em áreas sem urbanização, de padrão rural e de baixo valor. Além disso, na linha no tempo, podemos perceber que a oferta das áreas citadas anteriormente, ocasionaram a construção de grandes empresas que marcaram épocas no perímetro de estudo.
Como consequência de um processo de urbanização que não se completou, surgiram os obstáculos para a evolução do desenho da paisagem na cidade. Contudo, no segundo capítulo foram escolhidos dois estudos de caso, como elementos reflexivos, devido a pretensão de avaliar no terceiro capítulo desde o parcelamento do solo, com os reflexos e remanescentes das áreas industriais, até o desafio de propor a redefinição dos elementos da paisagem no quarto capítulo.
Após a análise dos estudos de caso, que se encontram com o trabalho a partir da ideia de pensar desde a escala de maior abrangência no território, a menor escala do objeto. No terceiro capítulo, foi necessário fazer uma leitura aproximada da área de estudo, com o intuito de analisar a morfologia urbana, a fim de evidenciar a segregação por tipos de moradia e o descaso paralelo ao desequilíbrio no acesso aos bens culturais e de lazer no entorno da estação Giovanni Gronchi. Além de, identificar os vazios urbanos, que surgiram como consequência dos impactos da industrialização na Região Metropolitana de São Paulo, conforme o primeiro capítulo deste trabalho.
Figura 02: Colagem – O vazio ocupa um espaço imenso Fonte: acervo do autor
Figura 03: O ir e vir das pessoas no espaço urbano Fonte: acervo do autor
Proposição
Após realizar o mapeamento dos lotes vazios incluídos no tipo áreas ociosas e lotes subutilizados na classificação feita no Capítulo 3, no qual auxiliou na definição das áreas que seriam trabalhadas na proposição no capitulo atual. Foi necessário um recorte mais aproximado, onde foram selecionados 3 espaços de intervenção.
No capítulo 4, será apresentado o partido do conjunto de propostas de intervenções no raio de 600 metros da estação Giovanni Gronchi, com representação das principais intenções de projeto em escala geral e escala individual para cada uma das 3 áreas selecionadas.
A renovação dos elementos da paisagem nas áreas selecionadas, tem como objetivo a criação de uma rede de áreas públicas qualificadas que atendam não apenas às pessoas que se utilizam da estação como conexão, mas também aquelas que moram na região. Além de, ativar, conectar e ressignificar áreas industriais ociosas, propondo o incentivo ao empreendedorismo e a criação de lugares onde exista o lazer, a permanência e o encontro. Sempre visando a conexão entre as atividades sugeridas, com o intuito de levar autonomia e oportunidades para as pessoas que com a cidade.
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
As intervenções propostas no espaço 1 procuram causar impacto positivo no cotidiano de milhares de pessoas que passam pela estação Giovanni Gronchi e Terminal João Dias. O objetivo é criar um espaço aberto, de livre acesso e proporcionar a sensação de conforto e segurança em um local de permanência. O projeto contém elementos que permitem o usuário criar uma aproximação e relação com a praça, dando a sensação de pertencimento. Uma área aberta de livre acesso, onde se tem a oportunidade de praticar o
As intervenções propostas no espaço 2 estão ligadas a uma rede de apoio ao metrô, com incentivo a atividades associadas a um mercado empreendedor. Com o intuito de promover autonomia para as pessoas que moram no entorno e passageiros da estação. O projeto, além de conter uma programação por meio de aulas em ateliê, que proporcionam a inserção no mercado de trabalho, beneficia as classes menos favorecidas com atividades culturais, como: exposições temporárias, cinema ao ar livre e ateliê de fotografia e pintura.
A intervenção proposta no espaço 3 tem como principal ponto a apropriação do vazio urbano, sendo necessário a demolição da construção existente, devido as condições precárias. O objetivo é ressignificar um espaço desativado, com a proposição de um parque lúdico.
O terreno de maior área dos que estão sendo propostos, permitiu a criação de diversas áreas de convivência. Conta com 4 setores: lazer, esportes, praça de alimentação e playground, conectados por uma pista de caminhada que permeia o parque e mobiliários urbanos que induzem a permanência.
Partindo do caminho principal, entre a Estrada de Itapecerica e Avenida Giovanni Gronchi, podemos encontrar uma área de permanência, como ponto de contemplação. Em seguida, no setor de esportes estão os equipamentos de ginastica ao ar livre, pista de skate e as quadras poliesportivas. Por fim, a praça de alimentação e o playground, com brinquedos lúdicos e interativos, para o público infantil.
Figura 09: Intervenção 3 – Do vazio urbano ao lúdico Fonte: acervo do autor
Figura 10: Render intervenção 3 – Área de permanência Fonte: acervo do autor
Referências
MAUTNER, Yvonne. A periferia como fronteira da expansão do capital. In Deak, Csaba& Shiffer, Sueli (orgs) O processo de urbanização no Brasil. São Paulo: FupamEDUSP,1999.
REIS, Nestor G. Notas sobre Urbanização Dispersa e Novas Formas de Tecido Urbano. São Paulo: Via das Artes, 2006.
GEHL. Jan. Cidade para pessoas. São Paulo: perspectivas, 2015
MACÊDO, Nathalia de carvalho. Uma análise sobre os impactos decorrentes da inserção de estações metroviárias em áreas urbanas: contribuição conceitual e metodologia através de estudos de caso na cidade de São Paulo/ n.c. macêdo - ed.rev. São Paulo, 2010.
CET Companhia de Engenharia de Tráfego - Cidade de São Paulo: Mobilidade e trânsito/Manual de Desenho Urbano E Obras Viárias. Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/consultas/manual-dedesenho-urbano.aspx>
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
Uma cenografia para o balé O Lago dos Cisnes
Núbia Faciolo Lira
Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Resumo
Este trabalho tem como premissa a criação de quatro cenários contemporâneos para o balé clássico O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky. Para o espetáculo proposto, foram mantidos a história, melodias e coreografias originais, baseando-se no espetáculo apresentado em 2006 pela companhia de balé russa Saint Petersburg Ballet Theatre. Para a elaboração do projeto, foi feita uma investigação baseada em livros, artigos e vídeos sobre a história da dança e da cenografia, espetáculos de balé, além de desenvolvimento de estudos de caso, com o intuito de compreender a evolução das práticas e teorias utilizadas ao longo dos anos e propor uma nova cenografia para um balé que é uma referência mundial.
Introdução
O estímulo para esse trabalho decorreu a partir da relação da autora com a dança, e em especial o balé clássico, que esteve presente em sua trajetória desde os dez anos de idade. Com o interesse em conectar as duas artes, o balé e a arquitetura, surgiu a ideia de criar uma nova cenografia para o conhecido balé O Lago dos Cisnes, que sempre foi um de seus espetáculos preferidos.
A investigação do trabalho iniciou com o surgimento da dança, que é retratado na época da préhistória, quando o homem gravava figuras nas cavernas de Lascaux e haviam algumas dançando. Essas figuras sempre se referiam a itens importantes para eles, como a caça, a alimentação, a vida e a morte, portanto, é possível dizer que a dança fazia parte de rituais religiosos.
Contudo, atualmente podemos citar a dança de três formas: étnica, folclórica e teatral, de acordo com Faro (2011), sendo que uma descende da outra. A primeira delas, a dança étnica, está extremamente vinculada ao ato religioso. Se origina de determinada cultura e expressa a estética de um povo. No Brasil, podemos mencionar os indígenas e o candomblé como exemplos. Já a dança folclórica, ganhou muito impulso nas zonas campestres e foi onde o folclore se manifestou com maior influência e credibilidade. E por fim, os estágios embrionários da dança teatral, que em seguida se converteriam ao balé na França, durante o século XVI, onde a monarquia encomendou luxuosos espetáculos para acontecerem durante as festas barrocas.
A investigação continuou com o surgimento do balé até sua evolução para a dança moderna, observando o progresso em questões práticas e teóricas, mas também no aspecto da cenografia, e seus artifícios utilizados ao longo dos anos. Os estudos de caso e demais pesquisas de referência serviram como apoio e inspiração para a criação do novo projeto. E em conclusão, o desenvolvimento dos quatro cenários contemporâneos para serem apresentados no Theatro Municipal de São Paulo, podendo ser adaptado a demais teatros.
Proposição
Criado durante a fase do balé clássico pelo compositor russo Pyotr Ilyich Tchaikovsky, quando as partituras de balé eram, em sua maioria, compostas por especialistas com músicas leves, melodiosas e ritmicamente claras, O Lago dos Cisnes é um dos balés de repertório mais populares do mundo.
Em sua produção original, 1877, o balé foi dividido em dois atos, com cenários pouco elaborados e inspirados em contos folclóricos russos e alemães, e conta a história da princesa Odette, transformada em cisne por um feitiço. Sua estreia foi em uma apresentação beneficente no Teatro Bolshoi em Moscou, mas foi mal recebida pelos críticos, que consideravam a partitura complexa demais para o balé. Apesar disso, O Lago dos Cisnes foi apresentado diversas vezes até sua apresentação final de 1883. Entretanto, em 1895, Marius Petipa e Lev Ivanov fizeram o balé renascer, estreando-o novamente em um evento beneficente, mas dessa vez, no Teatro Mariinsky em São Petersburgo.
Para a nova proposta, foram desenvolvidos quatro cenários, e sugestões de figurinos para os bailarinos principais. A ideia foi criar cenários contemporâneos e minimalistas, inspirados a partir da investigação do trabalho de grandes cenógrafos como Adolf Appia, Josef Svoboda, Edward Gordon Craig, Gringo Cardia, entre outros, além de espetáculos da Companhia de Dança Deborah Colker e do Grupo Corpo. Portanto, foram colocados poucos elementos cenográficos no palco, mas trabalha ndo com muita dramaticidade, a partir da iluminação, fumaça e projeções digitais, criando atmosferas divergentes, levando o público para dentro de cada cena.
Além da cenografia, foram elaborados alguns moodboards com referências para os figurinos principais do espetáculo. Os trajes devem ser adaptados para o livre movimento na dança, mas que mantenham a mesma linguagem utilizada no espetáculo; os tons de cores e atmosferas criadas nos cenários, para que a experiência seja contemplada por inteiro.
Referências
AMORIM, Raissa V. de Almeida. O Design de superfície no balé de repertório. Monografia (Projeto Interdisciplinar em Curso de Tecnologia em Design de Moda). Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Juiz de Fora, p.76. 2018.
CLASSICS, Warner. Tchaikovsky: Swan Lake - The Kirov Ballet. 7 mar. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=9rJoB7y6Ncs>. Acesso em 7 out. 2022.
COHEN, Nell Shaw. Isadora Duncan: The Dancer of the Future. 25 jan. 2012. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=sDZLlHZyFdw&t=30s>. Acesso em 5 nov. 2022.
FARO, Antonio José. Pequena História da Dança / Antonio José Faro. 7.ed. - Rio de Janeiro: Zahar, 201.
FRAJUCA, Cheyenne Cordeiro. O Traje das Protagonistas do Balé Clássico: História, Trajetória e Conservadorismo. Dissertação (Mestrado em Design - Área de Concentração: Planejamento de Produto). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação. Bauru, p.130. 2021.
MONTEIRO, George Ricardo Carvalho. O Traje de cena da Sílfide do balé La Sylphide de Philipp Taglioni e Pierre Lacotte: um estudo dos aspectos formais do design e das técnicas de construção. Dissertação (Mestrado em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Têxtil e Moda). Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. São Paulo, p.283. 2011.
MONTEIRO, Marianna. Noverre: Cartas sobre a Dança / Marianna Monteiro; tradução e notas da autora1. ed., 1.reimp. - São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo: FAPESP, 2006.
URSSI, Nelson José. A Linguagem Cenográfica. Dissertação (Mestrado em Artes). Departamento de Artes Cênicas, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. São Paulo, p.122. 2006.
Entre Cortinas e Luzes
uma cenografia para o Teatro Oficina
Valquíria de Oliveira Alves
Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
Resumo
O trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um projeto de cenografia para a peça Roda Viva, escrita por Chico Buarque para o Teatro Oficina. Para o aprofundamento no tema, foi estudado a trajetória da arquiteta Lina Bo Bardi e, contando a trajetória do grupo Oficina e sua relação com o edifício Teatro Oficina que no decorrer dos anos passou por várias reformas até chegar no seu projeto atual que foi desenvolvido por Lina Bo Bardi, Edson Elito e Zé Celso em 1981. Depois iremos apresentar 3 estudos de caso de encenações realizadas pelo grupo no teatro, para chegarmos no projeto de cenografia desenvolvimento para a peça escolhida.
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um projeto de cenografia para a peça Roda Viva, escrita por Chico Buarque para o Teatro Oficina. Para o aprofundamento no tema, foi estudado as encenações realizadas no Teatro Oficina pelo Grupo, contando a trajetória do grupo e sua importância para o teatro brasileiro e sua relação com o edifício sede do grupo que no decorrer dos anos passou por vários momentos até chegar no seu projeto atual que foi desenvolvido por Lina Bo Bardi, Edson Elito e Zé Celso em 1981. A concepção do projeto foi realizada em parceria com o Zé Celso e buscando sempre atender as necessidades do grupo e a história do teatro.
Também iremos abordar a trajetória da arquiteta Lina Bo Bardi e suas produções como arquiteta cênica relacionando a sua bagagem com a sua arquitetura social e como isso influenciou na forma da arquiteta realizar os seus projetos, se preocupando com o contexto da obra, a história do local e principalmente em como as pessoas iriam habitar os espaços projetados.
A peça escolhida para ser desenvolvida no projeto de cenografia foi Roda Viva do Chico Buarque encenada pela primeira em 1968 pelo Grupo Oficina com figurino e cenografia de Flávio Império. Essa peça teve uma importância para o desenvolvimento das apresentações do grupo, pois nela ocorre a quebra da quarta parede, onde se começou a ter uma interação maior entre o público e os atores, ação que no decorrer do tempo e com as experiências vividas pelo grupo foi se tornando uma das características da forma de atuação do grupo e podemos até observar em como essa ação influenciou o desenvolvimento do projeto pensado por Lina para o Teatro Oficina.
Para o desenvolvimento do projeto de cenografia, tivemos uma análise de três encenações realizadas pelo Grupo no Teatro Oficina e após uma visita técnica ao teatro, assistir uma peça no mesmo, leitura e entendimento do roteiro foi desenvolvido um projeto de cenografia que traz a possibilidade de inserir elementos cênicos que tragam outra forma de utilizar o espaço da rua do teatro, mas ainda respeitando a história e a imponência do teatro e sua relação com a plateia. Foi adicionado ao projeto também elementos que remetem as produções de Lina Bo Bardi como cenografa e trazendo elementos que remetem as produções já realizadas pelo Grupo Oficina. Após leitura do roteiro, foram selecionadas onze cenas dos dois atos da peça como leitura e entendimento dos fluxos que podem acontecer durante o espetáculo.
O projeto desenvolvido para peça tem como objetivo criar uma relação com o espaço cênico e o contexto da obra, respeitando a história do Teatro e trazendo uma cenografia mais contemporânea para uma peça com uma temática tão atual, mas não deixando de lado a importância que o Teatro tem para o Grupo Oficina que o utiliza e traz vida para o mesmo até hoje.
Proposição
Roda Viva foi uma peça escrita por Chico Buarque em 1968 e surgiu como uma resposta ou continuação de Rei da Vela escrita por Oswald de Andrade e encenada pelo Grupo Oficina em 1967. A peça estreou em janeiro de 1968 no Teatro Princesa Isabel no Rio de Janeiro, depois teve uma temporada em São Paulo e em Porto Alegre.
A peça conta a história da ascensão e da queda de Benedito Silva, um cidadão comum, transformado em Bem Silver que é um cantor e compositor de sucesso inventado e fabricado pelas mídias, mais tarde é abraçado pelo cantor as novas tendencias e é transformado em Benedito Lampião, até ser descartado pela indústria de entretenimento e substituído pela namorada Juliana, que adere à Tropicália.
Após a visita foi realizado uma primeira leitura do roteiro de Roda Viva, onde separei cada cena presente nos dois atos da peça, inicialmente os atos foram separados em oito cenas, em que pude entender como iria funcionar o fluxo dos atores e do coro durante a peça, onde poderia ser os espaços cênicos, como a Casa do Benedito e da Juliana, o Bar, local onde o personagem Mané fica durante boa parte da peça.
Após o primeiro estudo realizado e aprofundamento nos estudos de caso das encenações realizadas no Teatro Oficina, pude perceber a presença de poucos elementos cênicos nas encenações, onde o corpo do ator ganha protagonismo e os objetos cênicos que estão presentes nas peças se tornam apenas um complemento para a encenação. Nas peças estudadas podemos ver a presença dos tecidos como objeto cênico, desde paneis que servem como fundo de cena, até mesmo os tecidos soltos trazendo movimento junto com os artistas.
Com isso, para o projeto de cenografia de Roda Viva, foram utilizadas cortinas que atravessam todo o teatro, as mesmas foram pensadas para seguir como um divisor dos espaços cênicos e servir também como projeção para as cenas que acontecem na peça, trazendo para a cenografia de Roda Viva uma referência ao Grupo Oficina que aos longos dos anos trabalha com as peças gravadas e exibidas durante o
Figura 02: Perspectiva da Cenografia no Teatro Oficina. Fonte: Acervo do autor. Para a peça, foi criado um palco que abrange a área da fonte onde está localizada a Casa, estendendo-se até o outro lado do teatro, criando uma área central de atuação, onde irão acontecer boa parte das cenas, por conta do desnível do teatro nessa área, foi interligado com o palco uma rampa que se estende para o fim do teatro, vencendo o desnível do terreno e não atrapalhando na movimentação dos personagens e do coro. A área escolhida para o palco foi escolhida pensando na sua localização já que a mesma se encontra no coração do teatro, tendo uma boa visibilidade de ambas as arquibancadas, além de remeter a segunda fase do Teatro, onde a localização do palco era nesse mesmo local.
Arquitetura de Interiores, Desenho do Objeto e Cenografia
Para o espaço cênico da Casa, foi escolhido a fonte, pois ali temos um lugar mais recluso, pois ele está localizado embaixo da arquibancada e ao ler o roteiro pude perceber que o ambiente da Casa era um local onde o Benedito poderia ser ele mesmo. Já para o Bar, foi escolhido par a criação do espaço, o fundo do teatro, onde o personagem Mané conseguiria ver todas as cenas da peça, se tornando um observador das mudanças e da vida de Benedito, inicialmente o mesmo estava localizado da parte do jardim do teatro, mas no decorrer do trabalho e para uma melhor circulação dos personagens o Bar foi disposto ao fim da rua, mas ainda sendo no fim do teatro.
Após desenvolvimento da leitura do projeto de cenografia é apresentado os espaços cênicos, como a Casa do Benedito e da Juliana e do Bar, é apresentados os personagens e a possibilidade de figurino do mesmo e por fim, a leitura de cenas do roteiro, onde são selecionadas onze cenas dos dois atos do roteiro, onde podemos ver como irá funcionar as aberturas das cortinas principais e o fluxo dos personagens e do coro e o estudo de iluminação de cada cena.
Nas imagens a seguir temos a apresentação da Cena 10, onde temos a entrada do Capeta, se juntando ao Benedito e ao Anjo. Logo em seguida, entram em cena Juliana e o coro, nesse momento temos a partida do casal junto com o Anjo para o exterior e permanece na área central o coro e o capeta. Para essa cena, ainda temos a mesma iluminação avermelhada, trazendo uma tensão maior para a cena.
Referências
Lina Bo Bardi, Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, São Paulo, 2008.
ENTRE ARQUITETURAS E CENOGRAFIAS – A arquiteta Lina Bo Bardi e o teatro; Evelyn Furquim Werneck Lima, Cássia Maria Fernandes Monteiro.
LIMA, Evelyn Furquim Werneck; MONTEIRO, Cássia Maria Fernandes. Entre Arquiteturas e Cenografias - A arquiteta Lina Bo Bardi e o teatro; São Paulo, Contra Capa; 2012.
FERRAZ, Macelo Carvalho; Lina ba bardi teatro oficina theater. Edições Sesc.
MARTINS, Daniela Valetini; História e memória do Teatro Oficina nos anos de 1960 e 1970; 2016.Pontíficia Universidade Católica de São Paulo PUC-SP.
MATZENBACHER, Carila Spengler; ARQUITETURA TEAT(R)AL URBANÍSTICA, Transformações do Espaço Cênico - Teat(r)o Oficina [1958-2010]; 2018.Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.
TEATRO Oficina Uzyna Uzona. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/grupo112413/teatro-oficina-uzyna-uzona. Acesso em: 18 de novembro de 2022. Verbete da Enciclopédia.
RODA Viva. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento405843/roda-viva. Acesso em: 13 de novembro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
TV UFBA .DOC - Lina Bo Bardi: Influências e Heranças na Bahia; Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=9fwtwODu4bo&t=3s
Centro de tratamento psicológico infantil
para tratamento de transtornos mentais comuns em crianças
Ana Luiza Ferreira
Orientador: Prof. Esp. Artur Katchborian
Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de projeto de um centro de tratamento psicológico infantil, devido à falta de espaços destinados a crianças com transtornos menos severos. O projeto visa proporcionar terapias e atividades necessárias para tratar as crianças em um ambiente que as acolha, transmita segurança e seja terapêutico, ou seja, faça com que o usuário interaja com o espaço construído por meio dos sentidos. Para aprofundamento do tema estudou-se a trajetória da psiquiatria e como ela começou a atender o público infantil, além de estudar os transtornos e tratamentos específicos para essa faixa etária. O terreno localiza-se no distrito de Santo Amaro, próximo à estação de metrô Borba Gato.
Palavras-chave: Saúde Mental, Crianças, Arquitetura, Psicologia
Figura 01: Diagrama fluxos e setores. Fonte: acervo do autor ResumoA Água, a Via
e
a Moradia
Um projeto de requalificação para o Bairro dos Alvarenga
Ana Thaisa Moura Rodrigues
Orientadora: Prof. Dra. Rita Cassia Canutti
Resumo:
A Estrada dos Alvarengas é a única via de distribuição do bairro dos Alvarenga ao resto do município Do seu lado norte, a ocupação é mais densa, com mais infraestruturas, porém confronta áreas de morros e mata atlântica, já o lado sul da estrada, tem novos assentamentos que surgiram após o início dos anos 2000 e fazem frente à represa Billings que margeia todo o bairro. Durante os anos, muitas coisas melhoraram, mas o impasse entre construção x área verde x mobilidade urbana, continuam. Esse trabalho busca desenvolver um projeto de requalificação urbana que possa melhorar as conexões da Estrada dos Alvarengas e ela continue tendo seu papel importante como identidade e parte da caracterização do bairro, mas servindo com nova estruturação urbana e de mobilidade, contendo uma rede de infraestrutura verde, espaços públicos e seja uma forma de controlar o adensamento urbano que cresce rumo a represa e a faixa de preservação permanente do lado sul da estrada.
Palavras-chaves: Estrada Dos Alvarengas, Projeto de Requalificação, Infraestrutura Verde, Mobilidade Urbana, Espaço Público e Identidade Urbana.
Figura 01: Diagrama de proposta Elaborado pela autora.Espaço Officinas Vanordem
Reinserção do patrimônio industrial
Arthur Barbosa Breda
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
Resumo
O Trabalho Final de Graduação elaborado analisa o espaço industrial como área que permite diversos usos coletivos capazes de oferecer programas voltados a cultura, lazer e comércio, a partir de um exemplar anteriormente abandonado ou degradado, sendo essas atividades capazes de reinserir a edificação ao cotidiano da população. O ensaio de projeto é realizado no bairro da Mooca e propõe, a partir de uma fábrica histórica sem reparações devidas, um espaço com novos fluxos e usos, aos moradores do entorno e aos indivíduos de passagem pelo local, e a requalificação de aspectos arquitetônico desse exemplar industrial tombado.
Palavras-chave: Patrimônio, Indústria, Requalificação, Lazer, Cultura
Figura 01: fachada atual da Officinas Casa Vanorden, local a ser realizado o ensaio de projeto.Tebas
Museu da Libertação
Barbara Cruz
Orientador: Prof. Dr. Marcelo Suzuki
Resumo
Esta pesquisa aborda a importância dos museus da escravidão na preservação e compreensão da história. Ela explora como essas instituições contribuem para a preservação da memória coletiva, promovem o diálogo intercultural e aumentam a conscientização sobre a escravidão.
São examinados aspectos como as estratégias de exposição, a arquitetura dos museus e suas abordagens pedagógicas. A pesquisa visa contribuir para uma sociedade mais justa, igualitária e consciente de suas raízes históricas. Junto com essas informações serão feitos o programa de interesses, implantação, cortes e maquetes 3D, etc.
Palavras-chave: Equipamento Cultural, Escravidão, Intercultural.
Cinema na Periferia
Cinema-Escola no bairro Grajaú
Beatriz Bezerra Silva
Orientador: Prof. Ms. Ralf José Castanheira Flores
Resumo
Atualmente em São Paulo, existem diversos equipamentos culturais, principalmente cinemas No entanto, destaca-se que a maior parte desses equipamentos estão concentrados nas áreas mais valorizadas da cidade, deixando uma lacuna nas periferias Deste modo, este trabalho consiste no desenvolvimento de um projeto arquitetônico para um Cinema-Escola que será implantado no bairro do Grajaú, Zona Sul de São Paulo, com a proposta de minimizar estas adversidades. O projeto de um Cinema-Escola pode ser um meio eficaz de levar a cultura cinematográfica para as comunidades e, ao mesmo tempo, promover a educação
Palavras-chave: Cinema, Equipamento Cultural, Escola.
Figura 01: Croqui de estudo – Cinema-Escola. Fonte: acervo do autorProposta de uma casa urbana para a cidade de São
Paulo utilizando
como
premissa o consumo zero
Braulo Fagundes Vitorino
Orientador: Prof. Dr. Walter José Ferreira Galvão
Figura: Estratégias de design passivo para resfriamento e para reduzir o acúmulo de calor interno. Fonte: Designing to beat the heat. https://www.buildmagazine.org.nz/index.php/articles/show/designing-to-beatthe-heat Acesso em 01/06/2023
Resumo
O objetivo desse trabalho é o projeto de uma Casa de Consumo Zero para atender as necessidades de habitação de uma família de classe média alta Optamos em utilizar os princípios de uma arquitetura passiva com a qual se procura obter um conforto ambiental interno maximizando o uso de energias passivas através da configuração plástico-formal, uso de materiais específicos e de uma orientação adequada da obra em relação a trajetória solar Esperamos contribuir para uma diminuição efetiva no consumo de energias ativas, em particular no consumo de energia elétrica transmitida.
Palavras-chave: Conforto Ambiental nas Edificações, Eficiência Energética, Consumo Zero, Casa Passiva.
UBS MODULAR
Proposta de uma UBS de construção rápida com foco em conforto ambiental
Bruna Rodrigues Pereira de Lira
Orientador: Prof. Dr. Walter
José Ferreira GalvãoResumo
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) desempenham um papel fundamental como o primeiro contato da população com o Sistema Único de Saúde (SUS), visando atender 80% dos problemas de saúde sem a necessidade de encaminhamento para serviços de emergência. Quase metade da população brasileira recorre a essas unidades quando tem algum problema de saúde. No entanto, o Brasil, especialmente o estado de São Paulo, enfrenta uma carência significativa de UBSs, com um déficit de cerca de 20% em relação ao número ideal, que seria uma unidade para cada 20 mil habitantes. Fiscalizações revelaram fragilidades, como falta de acessibilidade, problemas de infraestrutura e condições de higiene precárias em várias unidades pelo país. Com isso, este trabalho propõe a elaboração de uma UBS com construção rápida, visando minimizar as carências quantitativas no país. O sistema construtivo adotado será o light steel frame, para agilidade na construção e redução de resíduos. A edificação será adaptada às condições climáticas locais, buscando otimizar o consumo de energia elétrica. Além disso, será priorizada a iluminação natural como complemento ao sistema luminotécnico, sempre que possível. O objetivo é criar uma UBS eficiente, sustentável e adaptada às necessidades da comunidade.
Palavras chaves: Unidade Básica de saúde, Construção Rápida, Conforto Ambiental, Light Steel Frame. (LSF)
Figura 01 : Reportagem sobre precariedade em UBS’s. Fonte G1Arquitetura no Afrofuturismo
Análise de obras e criação de ideário na temática
David Samir Medeiros Moraes
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Resumo
O Afrofuturismo é um movimento estético e cultural que vem ganhando grande destaque e foco na mídia nos últimos anos. Este movimento consiste na busca de reafirmação de pessoas negras com relação à sua cultura ancestral, porém, ele não nasce com o século XXI. Referências como Sun Rá e Octavia Butler traziam essa temática à tona na música e na literatura, na década de 1960.
Na arquitetura, o Afrofuturismo é traduzido de forma a trazer referência à África, por parte de descendentes de africanos. A partir do contato da cultura eurocêntrica e a afrocentrada, surge este movimento estético. Aqui, busca-se trazer um ideário imagético e simbólico do que é o Afrofuturismo e de como a arquitetura se torna parte deste movimento e ganha ares estilísticos, próprios destas populações.
Buscamos entender, portanto, quem é o indivíduo que produz a arquitetura afrofuturista e quais são as referências e elementos que podem auxiliar na identificação deste movimento.
Palavras-chave: Afrofuturismo, África, Movimento.
Figura 01 : Leitura da capa do filme “Space is the place”, de Sun RaConstruir com Painéis Monolítico de EPS
As vantagens, limitações e comparações
Deborah Faria de MeloOrientador: Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino
O objetivo deste estudo é analisar a viabilidade técnica da construção com painéis monolíticos autoportante. Também nos preocupa, quando falamos em resíduos gerados pela construção civil, pois nem sempre são descartados em locais adequados Os painéis vêm se destacando, por ser um material inovador e sustentável. Gerando uma obra limpa, com menos resíduos e menos esforços físicos por parte dos profissionais, se compararmos ao sistema tradicional, esta é mais uma alternativa para uma construção de rápida execução, produtividade, sustentável, fácil manuseio, leve e baixa absorção de água.
Palavras-chave: Organização, Inovação, Praticidade, Leveza, Sustentabilidade, Tempo
Figura 01: natureza vista pela abertura da janela no painel monolítico de EPS. Fonte: Autoral ResumoProjeto de edificação de Escola de Música
com aspectos Fenomenológicos para a ONG Locomotiva
Elizabeth Yuriko SintoOrientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian
O trabalho apresentado traz a proposta de Projeto Arquitetônico para um espaço cultural no município de Santo André (SP).
A demanda pelo projeto é da Associação Locomotiva João Ramalho, uma organização de Sociedade Civil de Direito Público, sem fins lucrativos, que ensina gratuitamente a prática coletiva de Música para crianças e adolescentes de 07 a 17 anos visando a democratização do acesso a música.
Atualmente, a operação de Santo André é composta por uma escola de música com auditório, a sede administrativa e a luteria que estão localizados em 3 diferentes endereços. O espaço cultural proposto deverá abrigar em um só local essas 3 funções.
A Associação em Santo André atende 250 crianças e o objetivo com a nova sede é de dobrar a capacidade de atendimento para 500 crianças. Além disso, o objetivo é que o novo espaço seja um local de uso para a população em geral, não somente frequentadores da escola.
Do ponto de vista acadêmico, também faremos uma breve revisão bibliográfica sobre a Fenomenologia, tema que sempre me intrigou, para poder aplicar no projeto proposto aspectos fenomenológicos.
Palavras-chave: Escola, Escola de Música, Fenomenologia, Projeto Arquitetônico, Música
Figura 01 : explorações para o lançamento do Partido Fonte: autoral ResumoATHIS
a lei, a prática e o direito de compreender
Fernanda Ajzen
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Resumo
Este trabalho tem como objetivo investigar a aplicação prática da Lei ATHIS, tendo como referência as ocupações de edifícios abandonados no centro de São Paulo. Através de uma pesquisa teórica sobre o surgimento das ocupações e a legislação relacionada, e por meio do estudo de casos de cinco ocupações, examina-se como arquitetos e coletivos atuam, oferecendo assistência técnica para melhorar as condições habitacionais e contribuindo para sua regularização. Além disso, discute-se a importância do acesso à informação para divulgar a lei e as práticas de ATHIS, a fim de torná-las mais efetivas.
Palavras-chave: Assessoria técnica, ATHIS, Ocupações, Habitação de Interesse Social, Centro de São Paulo.
Figura 01 : ninguém ocupa porque quer. Fonte: montagem a partir de imagem de Manoel MarquesAmpliando Possibilidades: A Habitação Evolutiva como alternativa para a Autoconstrução em Diadema
Gabriela Cristina Silva BeletattiOrientadora: Profa Dra Rita Cássia Canutti
A autoconstrução é uma alternativa para famílias de baixa renda que não podem comprar uma casa pronta, porém é um processo desgastante e que compromete a renda mensal da família. A falta de acesso a profissionais especializados em arquitetura e construção civil resulta em erros construtivos e descumprimento da legislação. Em Diadema, há um desenvolvimento urbano marcado pela autoconstrução sem acompanhamento técnico, resultando em problemas de segurança e salubridade, comprometendo a vida do morador. A habitação evolutiva, um projeto arquitetônico modular, permite a expansão gradual da casa conforme as necessidades e recursos financeiros da família, oferecendo segurança, flexibilidade e qualidade de conforto ambiental.
Palavras-chave: Autoconstrução, Módulos Habitacionais, Embrião, Moradia, Expansão, Baixo Custo, Diadema.
Figura 01:. Casa autoconstruída no bairro Campanário – Diadema. Fonte: acervo da autora ResumoEspaços para Performance
Cenografia para Music Shows
Gabriela Lourenço Martins
Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
A música é uma forma de expressão artística capaz de transmitir emoções. Este trabalho visa compreender como os signos presentes nas músicas podem ser utilizados na criação de espaços para promover artistas, além de explorar a cenografia em programas de música ao vivo a fim de aprimorar a experiência do público. Como resultado, será proposta a criação de um Music Show brasileiro, explorando a individualidade de cada artista por meio da cenografia e incorporando os signos presentes em suas músicas.
Palavras-chave: Música, Signos, Televisão, K-POP, Music Shows, Cenografia
Figura 01: Apresentação do grupo Seventeen no M Countdown. Fonte: M2. [MPD직캠 ] 세븐틴직캠8K '손오공(Super)' (SEVENTEEN FanCam) | @MCOUNTDOWN_2023.4.27. YouTube, 27 de abril de 2023. ResumoEscola de educação infantil Montessori
Gabriela Reis Raimundo
A partir da necessidade de espaços voltados para crianças na primeira infância, este trabalho busca conceber um equipamento de educação infantil, abordando crianças de quatro meses a nove anos, no bairro da Cidade Dutra, zona sul da cidade de São Paulo, pois se entende que a criança tem a escola como elemento central em sua vida. Dessa maneira, procura-se uma arquitetura que busque favorecer o desenvolvimento infantil através dos sentidos e experiências, levando conforto e estímulos sensoriais.
Palavras-chaves: Método Montessori, Arquitetura escolar
Figura 01 : volumetria esquemática. Fonte: acervo do autor ResumoVagão projetado para os usuários:
Análise e desenvolvimento do espaço interno dos vagões de trem da Linha 10 - Turquesa da CPTM
Giovanna Yumi da Fonseca Faria Hasimoto
Orientador: Prof. Ms. Paulo Henrique Gomes Magri
Resumo
Este trabalho tem como objeto de estudo os vagões de trem da Linha 10 – Turquesa da CPTM (Brás – Rio Grande da Serra) que é um importante articulador urbano entre a cidade de São
Paulo e a região do ABC Utilizando como base o pensamento e metodologia do Design Thinking e o estudo da ergonomia para diferentes usuários, o trabalho tem como objetivo observar, analisar e compreender o espaço interno dos vagões de trem da Linha 10, identificando as necessidades e comportamentos dos usuários durante sua utilização, a fim de desenvolvedor uma proposta de design interno que proporcione um local de qualidade que melhore a experiência do usuário.
Palavras-chave: Vagão de trem, Design Thinking, Ergonomia, Trens de São Paulo, Design interno.
Parque Linear
Projeto de intervenção na paisagem da Avenida Braz
Leme
Giulia de Araujo Santos
Orientadora: Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocke Mussnich
Resumo
O desenvolvimento do projeto surgiu a partir da análise da área da Avenida Braz Leme e seu potencial como espaço de lazer. A intenção do trabalho é aproveitar o que a avenida fornece e qualificar para adaptar as necessidades dos frequentadores e moradores fortalecendo a região com equipamentos de lazer e sistemas de espaços livres. Este trabalho foi pensado de forma que solucionassem problemáticas existentes nas questões de proteção, conforto e prazer seguindo a metodologia usada por Jan Gehl e seu escritório.
Palavras-chave: Parque linear, Cidade para pessoas, Paisagismo, Qualidade urbana, Espaços públicos livres de edificação
Centro de Referência de Doenças
Neurodegenerativas
Graziela Zanella Oliveira Dalgê
Orientador: Prof. Dr. Walter Ferreira Galvão
Resumo
Esse trabalho visa atender as necessidades dos portadores em uma mesma unidade, visto que as doenças neurodegenerativas afetam diretamente, a mobilidade do indivíduo. Assim o local deve garantir todo apoio necessário, como tratamentos medicamentosos e terapias alternativas que servem como apoio ao método base. Em adição também seriam feitas consultas, rede de informação e de convivência tanto para os pacientes, quanto para os seus acompanhantes, como bibliotecas, sala comunal, jardim externo com atividades e oficinas.
Palavras-chave: Arquitetura da Saúde, Humanização em espaços da saúde, Espaços para o Tratamento de Doenças Neurodegenerativas.
Materialidade:
Experimentação e fabricação digital
Guilherme Barbosa Wiebbeling
Orientador: Prof. Ms. Paulo Henrique Gomes Magri
Resumo
Este trabalho tem como premissa a criação de uma linha de peças de mobiliário, produzidas através de uma abordagem tecnológica e experimental. Neste sentido, a fabricação digital através de CNC e a utilização de compósito a base de pó de serragem e resina complementam a proposta, que tem como objetivo uma produção responsável e prevê a utilização de materiais descartados, aliado as diretrizes da Agenda 2030 da ONU. Para elaboração do projeto, foi feita uma investigação baseada em livros, artigos, vídeos e referências de projeto. A pesquisa tem o intuito de agregar o processo e indicar caminhos, como no exemplo de experimentação de Alvar Aalto com madeira laminada e arquitetos e designers que trabalham com fabricação digital, elemento capaz de diminuir desperdícios e melhor aproveitamento no corte.
Palavras-chave: Design, Sustentabilidade, Experimentação.
Figura 01: Primeiros experimentos de encaixe com pó de serragem e fabricação digitalEcocentro de Esportes Radicais
Complexo Esportivo de Esportes Radicais
Isabela Costa e Silva
Orientador: Prof. Dr. Artur Forte Katchborian
O projeto consiste em um Complexo de Esportes Radicais focado em BMX e skate, visando atender tanto iniciantes até atletas de alto desempenho/nível olímpico. O objetivo principal é promover o desenvolvimento dessas modalidades esportivas por meio de instalações adequadas para treinamento e preparação para competições. Além disso, o complexo também inclui áreas de lazer para atrair novos praticantes e promover a disseminação desses esportes. Minha motivação para desenvolver esse complexo vem da minha experiência pessoal como atleta e praticante desses esportes. Essa vivência interna me permite compreender as necessidades dos praticantes e os desafios enfrentados, contribuindo para criar um projeto que atenda às demandas reais.
Palavras-chave: Bmx, Skate, Pump Track, Complexo esportivo, Lazer.
Figura 01: Complexo Esportivo de Esportes Radicais. Fonte: acervo do autor - Isabela Costa e Silva ResumoHabitação Unifamiliar
Conjunto de Casas no Grajaú
Otimização do espaço residencial
Isabelly Ariadne Zillig
Orientador : Prof. Dra. Valéria Fialho
Resumo
O objetivo geral deste trabalho é a elaboração do projeto de um conjunto de pequenas casas (vila) no Bairro do Grajaú, se aprofundando em estudos de soluções que possam aperfeiçoar a utilização do espaço. O que induziu o interesse a este tema é que cada vez mais ambientes de dimensões reduzidas vêm tomando conta do meio urbano, Dentre os fatores que justificam a razão da redução dessas áreas, destacam-se: o valor do metro quadrado; mudanças de estilo de vida; além é claro, da escassez de terrenos em áreas nobres da cidade. Contudo vem a preocupação e questionamentos de como compor essas áreas mínimas.
palavras-chave: pequenas casas, Grajaú, escassez de terrenos
Figura 01 : ImplantaçãoArquitetura e Fenomenologia
A importância dos projetos destinados a crianças na primeira infância
Isadora Rodrigues Cruz
Orientadora: Prof. Ms. Marcella de Moraes Ocke Mussnich
O presente projeto tem como objetivo compreender os aspectos fenomenológicos da arquitetura e sua influência no desenvolvimento infantil através do espaço construído, com enfoque em creches. Busca-se investigar como a arquitetura pode criar ambientes que estimulem os sentidos, promovam interações sociais e proporcionem experiências significativas para o crescimento e aprendizado das crianças. A pesquisa abrange estudos teóricos, análise de casos e propostas de projeto, com o intuito de criar espaços que favoreçam o desenvolvimento saudável e o bem-estar das crianças
Figura 01: diagrama de massas referente ao estudo preliminar. Fonte: acervo do autor Resumo Palavras-chave: Creche, Fenomenologia.Do imaginário ao espaço:
Arquitetura como agente de emoção e significado
Jade Grigoletti Spedo
Orientador: Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto
Resumo
Partindo do encanto para com a capacidade de criação que o conhecimento arquitetônico possibilita ao indivíduo, a vasta abrangência do curso como um todo e sua forte ligação com a vivência humana, o seguinte projeto procura aplicar diversos conceitos da arquitetura à concepção de um espaço previamente descrito em um conto. Visa-se gerar ensaios que testem a influência desses conceitos no espectador do espaço arquitetônico.
Palavras chave: Arquitetura, Fundamentos, Semiótica, Fenomenologia, Cenografia, Literatura, Criação, Tradução intersemiótica.
IV CENTENÁRIO
Proposta de reurbanização da Favela IV Centenário
O presente trabalho tem como objetivo a criação de um conjunto de propostas para reurbanização da favela IV Centenário, localizada no bairro de mesmo nome, na Zona Sul de São Paulo. Refletindo sobre o histórico de segregação urbana de São Paulo e suas políticas habitacionais (ou falta delas), a tese não se concentra apenas nas provisões habitacionais, mas também na qualidade de vida de todo o local, trazendo áreas públicas, de lazer, novos acessos e um centro comunitário para que haja uma maior integração e desenvolvimento entre os habitantes não só da favela, mas também dos arredores.
Palavras-chave: Segregação, Urbanização, Favela, Habitação Social, Autódromo
Parque das Hortênsias
Espaço de lazer, cultura e esporte
Leticia Ramos
Orientador: Prof. Esp. Artur Forte Katchborian
Resumo
Localizado no Município de Taboão da Serra, o Parque das Hortênsias abrigou por pouco mais de duas décadas um pequeno zoológico, mas devido ao descaso com o local e principalmente com os animais foi desativado por determinação do Ministério Público de São Paulo no ano de 2016. Após a determinação foram propostas pela prefeitura da cidade alguns projetos de melhoria para o local, mas atualmente sua condição é de completo abandono. Considerando a atual situação que o espaço se encontra, esse trabalho de conclusão de curso tem por finalidade propor uma nova configuração para o parque, a fim de que o mesmo volte a proporcionar lazer e cultura para a população
Palavras-chave: Parque, Zoológico, População, Lazer, Cultura.
Figura 01: Caminhos do parque. Fonte: acervo do autorTemplo Ecumênico:
Arquitetura e espaço religioso
Luana Trivelato Silva
Orientador: Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto
Resumo
O presente trabalho tem como finalidade a criação de um espaço de interligação entre as diversas religiões. Para isto será desenvolvido um projeto de templo ecumênico a partir das pesquisas acerca do tema. O ecumenismo é o termo que faz referência a união de todas as religiões, e o espaço ecumênico é o responsável pela reunião física com este propósito. Tendo isto em vista, torna-se necessário o estudo de diversos ambientes religiosos, a partir da análise simbólica e material. Para sua implantação foi escolhido um terreno localizado na zona sul de São Paulo, às margens da represa Guarapiranga.
Palavras-chave: Ecumênico, Simbólica, Religiões, Templo, Represa Guarapiranga
Templo
Maria Bergonzoni MascaroOrientador: Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto
Resumo
Este trabalho investiga a Wicca, religião neopagã fortemente ligada à natureza, fundada nos anos 1950 na Inglaterra, procurando entender seus conceitos, símbolos e representações cultura pop. Além das fontes bibliográficas, a pesquisa buscou recursos em campo, com a participação em rituais e cerimônias, afim de entender melhor quais as necessidades das práticas da religião e de seus praticantes. Desta forma, a intenção final deste trabalho é a proposição um templo que atenda essas necessidades de forma adequada, respeitando seus fundamentos e práticas e criando uma arquitetura própria da Wicca em harmonia com a natureza e com o contexto urbano
Palavras-chave: Wicca, Arquitetura Religiosa, Natureza
Figura 01: imagem síntese. Fonte: acervo da autoraDiscurso e identidade
Proposta de pavilhão Nipo-brasileiro no Parque Ibirapuera
Mariana Tuzaki Barbosa Coutinho
Orientador: Prof. Ms. João Carlos Amaral Yamamoto
Resumo
A cidade de São Paulo apresenta-se como um importante polo de concentração de japoneses e seus descendentes em território brasileiro. Com um histórico de pouco mais de um século desde o início das grandes levas de imigração, a cidade tem sido receptiva a diversas manifestações da cultura japonesa. Contudo, a cultura é um elemento em constante metamorfose, influenciado por diferentes contextos e transformações. Da mesma forma, as gerações posteriores aos nisseis convivem com uma realidade complexa, muitas vezes posta frente à frente com a dualidade do “ser japonês” e do “ser brasileiro”, ainda que componham uma identidade única consolidada. Assim, quais são os espaços na cidade com potencial para representatividade nipo-brasileira?
Este trabalho traz a proposta de um Pavilhão Nipo-brasileiro no Parque Ibirapuera.
Palavras-chave: Arquitetura, Arquitetura japonesa, Nipo-brasileiro, Pavilhão, Equipamentos culturais, Discurso Arquitetônico, Representatividade.
Figura 01: Foto interna do Pavilhão Japonês do Ibirapuera. Fonte: Acervo da autora.A percepção da paisagem
Uma investigação pela provocação do olhar
Matheus Michelato
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Luis Silva
Resumo
Um experimento que busca envolver o leitor em um processo ativo de reflexão e (re)descobrimento da paisagem, estimulando uma provocação do olhar através de uma coleção de imagens e inquietações. Ao se envolver ativamente nesse processo de reflexão, o leitor é convidado a questionar suas próprias experiências, memórias e associações pessoais em relação à paisagem. Essa provocação do olhar encoraja a investigação de detalhes, a apreciação de sutilezas e a exploração de diferentes perspectivas. À medida que nos permitimos observar a paisagem com um olhar renovado, podemos descobrir novos significados, conexões e emoções que talvez não estivessem inicialmente evidentes.
Palavras-chave: Utopia, Paisagem, Percepção, Memória, Representação.
Figura 01 : Utopia. Fonte: Desenho autoralEstratégias de Sustentabilidade aplicadas
ao edifício de uso misto
Olivia Ferraz
Orientador: Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino
Resumo
Esse trabalho apresenta um edifício de uso misto com estratégias de sustentabilidade na Barra Funda. A sustentabilidade busca o equilíbrio entre necessidades básicas, proteção e conservação de recursos naturais e do meio ambiente de modo a não afetar negativamente as futuras gerações.
Palavras-chave: Edifício de uso misto; Estratégias de sustentabilidade; Sustentabilidade na Barra Funda.
Figura 01: Valley, referência de edifício sustentável de uso misto Fonte: MVRDV. MVRDV Architecture, 2022. Valley.Arquitetura hospitalar humanizada
Arquitetura humanizada
Pollyana de Lima Figueiredo
Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
Resumo:
Na arquitetura humanizada, elementos como materiais, cores e percepção do espaço são fundamentais, onde a ambientação e a comunicação visual se unem para criar uma experiência significativa no espaço. Esse projeto tem como objetivo inserir a arquitetura humanizada em espaços hospitalares, com o propósito de criar uma arquitetura que atenda às necessidades das pessoas que as utilizam e promova o bem-estar. Para isso, serão considerados aspectos como funcionalidade, ergonomia, iluminação, cores, texturas, tecnologia, mobiliários e integração com a natureza. A ideia é criar um espaço único que vincule sensações e memórias, além de proporcionar uma experiência acolhedora e confortável aos usuários.
Palavras-chave: Arquitetura, Ambientação, Humanização, Design, Espaço
Proposta de edificação de interesse social utilizando Light
Steel Frame – LSF
Estudos preliminares e projetuais
Raquel Zanquini LaurindoOrientador:
Resumo
Este trabalho aborda o direito universal à moradia, conforme estabelecido no artigo 6º da Constituição. Diante da enorme defasagem habitacional no Brasil e da persistente falta de habitações adequadas, foi desenvolvido um estudo preliminar projetual de um conjunto habitacional para a população de baixa renda, com unidades habitacionais que garantam conforto e funcionalidade, utilizando o método construtivo Light Steel Frame (LSF) O objetivo é suprir essa demanda de forma rápida, econômica e proporcionar condições dignas de moradia.
Palavras-chave: Light Steel Frame (LSF), Habitação de Interesse Social, Moradia adequada, Déficit Habitacional
Figura 01: Perspectiva esquemática. Fonte: Desenvolvida pela autoraProjeto residencial Unifamiliar
O Light Steel Framing no terreno em aclive
Raul Emanuel ScanavinoOrientador: Prof. Ms. Maurício Miguel Petrosino
Resumo
A construção civil ainda é predominantemente artesanal com grande geração de resíduos, desperdício e baixa produtividade. A utilização de novas tecnologias industrializadas permite a racionalização dos processos, e o emprego do aço tem se mostrado capaz de mudar o panorama do setor. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de produtos siderúrgicos no país amplia as alternativas construtivas. Mesmo o Brasil sendo um dos maiores produtores de aço do mundo, a utilização desse material em estruturas de edificações é baixa quando comparado com a capacidade produtiva do parque industrial nacional. No entanto, faz se necessário a capacitação de profissionais nesse sistema construtivo para a redução dos prazos com a menor taxa de perdas possível. Nesse âmbito este trabalho pretende pesquisar e entender os aspectos positivos, bem como os negativos, do sistema construtivo em perfis de aço galvanizado moldados à frio conhecido internacionalmente como sistema Light Steel Framing. Além disso, propor um projeto residencial unifamiliar utilizando o sistema com a finalidade de demonstrar suas capacidades e aplicabilidade mesmo em um terreno inclinado.
Palavras-chave: Light steel framing, Habitação Unifamiliar, Terreno aclive.
Figura 01: croqui de estudo da implantação da residência em corte. Fonte: acervo do autorCentro de Apoio Oncológico Infantil
A cura além da medicina
Renata Malosti Iuksz
Orientador: Prof. Ms. Marcelo Luiz Ursini
Resumo
O projeto escolhido consiste em um Centro de Apoio Oncológico Infantil, associado ao Hospital Sabará Infantil, localizado na Avenida Angélica, 1978, São Paulo. O intuito é proporcionar um ambiente de conforto e acolhimento para pacientes pediátricos e seus familiares que passam por situações similares por conta da doença e promover serviços complementares fornecendo apoio psicológico, além de espaços para atendimentos e oficinas. Apesar do constante avanço da tecnologia, principalmente na área da medicina, o câncer ainda é uma questão de saúde pública que continua afetando a população. Fica evidente, então, a necessidade de um equipamento com um olhar voltado para esse cuidado. Além de levar em consideração a relevância do contato e troca de experiências com pessoas que enfrentam a mesma situação.
Palavras-chave: Centro de apoio, Tratamento oncológico, Centro infantil, Acolhimento
Figura 01: Vista isométrica. Fonte: acervo do autorRenovação do Espaço Público
A Avenida Cidade Jardim
Sabrina de Castro Moreira
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Dualde
Resumo
Diariamente, centenas de pessoas se locomovem pelas calçadas estreitas e pouco convidativas da Av Cidade Jardim, indo e vindo dos seus compromissos diários. Outras pessoas, por sua vez, trabalham em um dos vários edifícios envidraçados, rígidos, que ali estão instalados. Este trabalho busca propor a requalificação do espaço público na Avenida Cidade Jardim, desde a Estação Cidade Jardim até a Avenida Faria Lima, de forma a proporcionar aos pedestres caminhadas mais lentas, mais agradáveis, e àqueles que desejarem, um local para um breve descanso.
Palavras-chave: Renovação, Espaço Público, Avenida Cidade Jardim
Figura 01 : Passarela sobre Avenida Cidade Jardim. Fonte: acervo do autorEspeculação de materiais aplicados em projeto
Sabrina MartinaOrientador : Prof. Dr. Ricardo Luis
Resumo
A profissão de um Arquiteto e Urbanista impõe uma série de desafios. De encontrar o equilíbrio entre seguir as regras e usar a imaginação, ultrapassar os limites, inovar, ser curioso e sábio para enxergar as infinitas fontes de inspiração que o cercam. Com base em inquietações teóricas e condições projetuais, o objetivo é explorar, através de perfis estruturais, o verso e o inverso, o similar, a ordem e o equilíbrio, o real e o irreal, das formas convencionais, de maneiras, não convencionais.
palavras-chave: experimentação; método; dinâmica
Figura 01 : Perfis estruturais como material especulativo. Fonte: acervo do autorProjeto expográfico sobre a obra escultórica de Tomie Ohtake
Thaís Cordeiro Breves de Menezes
Orientador: Prof. Dr. Nelson José Urssi
O trabalho de conclusão de curso apresenta o processo de investigação e identifica fundamentos e contextos para um projeto de arquitetura efêmera. O projeto deverá conter características itinerantes sob um caminhão para que possa ser levado a cidades de todo o país ampliando o acesso à cultura e o conhecimento sobre a obra de Tomie. O projeto também contempla aspectos expográficos para a mostra da obra escultórica e pública da artista Tomie Ohtake.
Palavras-chave: Arte Contemporânea, Arquitetura, Tomie Ohtake, Projeto Efêmero, Expografia
Figura 01 : Obras selecionadas para a curadoria da exposição. Fonte: acervo do autor ResumoEsta revista foi produzida em junho de 2023 pelo ARQLAB, com as famílias tipográficas Arial, Cambria e Futura.