A ordem 08 03 2015

A Ordem

Arquidiocese de Natal - Ano XLIII - N0 10

Natal-RN, 08 de março de 2015 Exemplar avulso: R$ 1,00

Arquidiocese de Natal: uma Igreja com histórias de ações sociais para contar

Várias são as ações que marcam a história de presença da Arquidiocese de Natal na sociedade. Uma delas, são as Escolas Radiofônicas (foto), que surgiram junto com a Rádio Rural de Natal. Centenas de pessoas aprenderam a ler, escrever e a terem noções de cidadania, através das Escolas Radiofônicas.

Conheça mais sobre a memória das ações sociais da Igreja, nas páginas 6 e 7.

Combate à cibercensura é comemorado no dia 12 de março Com a ascenção dos mecanismos que envolvem a internet, o controle por parte de governos, principalmente no que diz respeito aos conteúdos publicados, se tornou mais forte. Para combater este po de prá ca, foi criado um dia de combate à cibercensura, comemorado no dia 12 de março. A doutoranda em Comunicação, Juliana Bulhões explica sobre o assunto. PÁG. 09

Paróquias realizam ações durante a quaresma >>> PÁG. 03 <<<

Foto: Cacilda Medeiros

Foto: arquivo pessoal

CF é lançada oficialmente na Arquidiocese de Natal

Celebração no bairro de Felipe Camarão, em Natal, marcou abertura da Campanha, no úl mo domingo (01). Missa foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha e reuniu centenas de fiéis. >>> PÁG. 12 <<< xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

São José é celebrado na cidade de Angicos >>> PÁG. 05 <<< xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Ordem Editorial A “gaveta” Os acontecimentos da vida de cada pessoa ficam armazenados numa parte do cérebro chamada de memória. É como se o cérebro vesse uma “gaveta” na qual arquiva os fatos da vida da pessoa. Esses fatos constuem a história daquele ser humano. Assim acontece, também, com as ins tuições. Tudo que elas fazem fica registrado em documentos, relatórios, imagens e arquivados numa “gaveta”. Ali está a “memória” da ins tuição.

Agora, imagine a quan dade de fatos registrados na vida de uma ins tuição como a Arquidiocese de Natal, que já tem mais de 100 anos. Ao longo dessa caminhada, a lista de fatos históricos é enorme. Na “memória” da Arquidiocese, o trabalho social é presença constante e o de maior destaque é a Campanha da Fraternidade, que já tem meio centenário. Na matéria de capa desta edição, A Ordem abre a “gaveta” da memória da Arquidiocese para narrar as principais obras e acontecimentos da ação social da Igreja de Jesus Cristo que está em Natal. Abrir a “gaveta” da memória da Igreja de Natal é, antes de tudo, um dever.

08 de março de 2015 Palavra do Arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha

Dia Internacional da Mulher Queridos irmãos e irmãs!

“Deus criou o ser humano como homem e mulher e ambos segundo a sua imagem. Só do modo de ser próprio do homem e da mulher, desenvolvidos em sua pureza, resulta a maior similaridade possível com Deus e a maior permeação de toda vida terrena pela vida divina” (Edith Stein).

Neste domingo, dia 8 de março, celebramos o Dia Internacional da Mulher. Um dia especial para comemorarmos a ternura, o carinho e a força da mulher. Criada à imagem e semelhança de Deus, ela é, como o homem, chamada à comunhão com o Criador e à colaboração na obra da criação. Hoje, nossos louvores ao bom Deus por ter impresso no ser humano o reflexo de sua bondade e ternura, e sobretudo, com a criação da mulher, manifestar que a doação da vida é milagre contínuo do seu infinito amor.

A mulher, especialmente com o pontificado de Francisco, é assumida como lugar teológico, isto é, “a Igreja não pode ser ela mesma sem a mulher e o seu papel. A mulher para a Igreja é imprescindível. É necessário trabalhar mais para fazer uma profunda teologia da mulher” (PAPA FRANCISCO. Entrevista a Antonio Spadaro. Revista La CiviltàCattolica, nº 3918. 19 de setembro de 2013). O atual Papa atualiza a mensagem dos padres conciliares quando, no dia 8 de dezembro de 1965, afirmaram: “Chegou a hora, a hora chegou, em que a vocação da mulher se completa na totalidade, a hora em que a mulher adquire influência na sociedade, uma irradiação, um poder que até agora não tinha atingido” (CONCÍLIO VATICANO II. Mensagem às mulheres).

Neste dia de comemoração e festejos à mulher somos chamados a reconhecer o amor de Deus presente em tantas mulheres que foram importantes na nossa vida: mãe, esposa, irmã. Mas, também aquelas que são exemplos de consagração ao Reino pela vida religiosa, as catequistas, as legionárias, as zeladoras, as agentes de pastoral, as consagradas nas comunidades de vida e de aliança. Todas elas inspirada n’Aquela que acreditou na graça libertadora de Deus, a Virgem Maria, modelo de mulher, esposa e mãe. Roguemos a Deus para que o exemplo de Maria, dócil ao Espírito Santo e mulher forte na fé, ilumine as mulheres e as fortaleça na caminhada do Reino de Deus.

Na história, quantas mulheres se destacaram, no mundo bíblico, na vida da Igreja. Reconheçamos que a purificação da memória nos leva a declarar, novamente com Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), que na Revelação divina não há nenhuma base para apoiar a submissão da mulher. E mais, com o Concilio reafirmamos: chegou a hora de louvar a mulher, de reconhecer o seu importante e imprescindível papel na sociedade e na Igreja, e pedir que converta nossos corações para que nunca mais tratemos a mulher como objeto ou só lhe demos valor quando nos serve, mas que vejamos nela a complementariedade não só querida por Deus mas por Ele dada como dom para a real edificação do Reino e para o bem e o crescimento da sociedade e da Igreja.

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EXPEDIENTE Jornal Semanal da Arquidiocese de Natal Endereço: Pastoral da Comunicação Av. Floriano Peixoto,674 Tirol 59020-500 - Natal-RN pascom@arquidiocesedenatal. org.br

www.arquidiocesedenatal. org.br Fone: (84) 3615-2800 Fax: (84) 3615-2800 Conselho Editorial: Pe. José Nazareno, Pe. Vicente Laurindo, Pe. Matias Soares, Pe. Edilson Nobre, Diác. José Bezerra, Vital Bezerra, Milton Dantas, Cacilda Medeiros, Luiza Gualberto, Antônio Roberto, Rodrigo Paiva e Pe. Francisco Fernandes.

Edição, redação e diagramação: Cacilda Medeiros (DRT-RN 1248) / Luiza Gualberto (DRT-RN 0901752) / Antônio Roberto Revisão: Milton Dantas (LP 3.501/RN) Pe. Francisco Fernandes Colaboradores: José Bezerra (DRT-RN 1210) e Rede de Comunicadores da Arquidiocese de Natal Impressão: RN Econômico - Fone: (84) 3201-2630 Tiragem: 1.400 exemplares Assinaturas: Com as coordenações paroquiais da Pastoral da Comunicação ou na redação do Jornal, no Centro Pastoral Pio X - Av. Floriano Peixoto, 674 - Tirol - Natal/RN

A Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, na Cidade Alta, Natal, dispõe de espaço para a realização de eventos. Trata-se do Centro Pastoral Dom Heitor Sales, que está situado na Rua da Conceição, 615, pertinho da antiga Catedral.

Reservas pelos telefones: (84) 2020-9085 / 8822-2742

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Notícias

Paróquias promovem ações na quaresma Foto: Maria de Fá ma

Durante o período quaresmal, em preparação à semana santa, as paróquias promovem momentos de formação, orações, entre outros, com o obje vo de proporcionar uma melhor vivência deste período para os fiéis. Este é o caso da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Macaíba, que está promovendo todas as sextas-feiras, a celebração penitencial, com benção do San ssimo Sacramento. A celebração acontece às 12h, na Igreja matriz e é aberta a toda comunidade.

Outra paróquia que está realizando ações durante a quaresma é a de Sant’Ana, no conjunto Soledade II, em Natal. Todas as sextas-feiras, a paróquia promove a celebração da via sacra, às 15h30, na Igreja matriz. Além disso, o 11º zonal da Arquidiocese está realizando um mu rão de confissões, sempre às 19h. Os dias das confissões, por paróquia, são os seguintes: 10/03 – Paróquia de Santo Antônio de Pádua – Parque dos Coqueiros; 17/03 – Paróquia de São Miguel – Extremoz; 18/03 – Paróquia de Santa Maria Mãe – Santa Catarina; 20/03 – Santuário de Nossa Senhora de Fá ma – Parque das Dunas; e 24/03 – Paróquia de Santa Luzia – Boa Esperança, todas em Natal.

A Paróquia de São Pedro, no bair-

Celebração penitencial, na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Macaíba

ro Alecrim, em Natal, também está promovendo a vidades durante o período quaresmal. No próximo dia 15, a comunidade paroquial vai viver um re ro, no salão nobre do Colégio Nossa Senhora das Neves, das 8h às 17h. Os interessados em par cipar devem efetuar inscrição e pagar uma taxa de R$ 15 reais.

Outras informações podem ser ob das na secretaria paroquial.

Retrouvaille organiza encontro para casais O 8º Retrouvaille Redescobrir será realizado no período de 24 a 26 de abril, no Paradise Flat Hotel, no bairro de Ponta Negra, em Natal. Anteriormente, o evento estava previsto para os dias 6 a 8 de março, mas, por mo vos superiores foi adiado para o mês de abril.

A taxa de inscrição, incluin-

Agenda do Arcebispo . 08/03 - 19h - Missa na Catedral . 09 a 12/03 - Reunião do Conselho Permanente da CNBB (CONSEPE) Brasília . 13/03 - 10h - Reunião no Seminário de São Pedro . 14/03 - 10h - aula inaugural da Escola Catequética 2015 - Centro Pastoral - Paróquia de São Sebastião - Alecrim

do hospedagem e alimentação, é R$ 492,00, por casal. Os interessados podem obter mais informações com a coordenação, através dos telefones (84) 9126-1430 / 9126-1523. O Retrouvaille é um movimento da Igreja Católica cuja missão é fortalecer e/ou restaurar o relacionamento de casais.

Ceará-Mirim realiza seminário sobre CIC A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Ceará-Mirim, promove no próximo dia 14 de março, das 8h às 16h, no Colégio Santa Águeda, um seminário sobre o Catecismo da Igreja Católica (CIC). Para par cipar do evento, os interessados devem efetuar inscrição na secretaria paroquial. A par cipação é gratuita e aberta a toda comunidade, porém, aqueles que desejarem almoçar no local, devem informar no ato da inscrição e contribuir com uma taxa de R$ 10.

Na programação, serão abordadas a primeira e segunda parte do Catecismo, com assessoria do coordenador do curso de Teologia e professor da Faculdade Dom Heitor Sales (FAHS), o padre Paulo Henrique, além do padre Abelardo Freitas, pároco do Beato André de Soveral, em Emaús. No dia 19 de setembro, será promovido um novo seminário, para estudar a terceira e quarta partes do documento.

Curso de noivos tem calendário definido A Paróquia de Nossa Senhora da Candelária, no bairro Candelária, em Natal, definiu o calendário para o curso de noivos, durante este ano. A primeira jornada em preparação para os casais que irão receber o sacramento do matrimônio acontece no próximo dia 22 de março. Os casais que desejarem par cipar podem fazer a inscrição na secretaria paroquial.

As próximas jornadas de noivos acontecerão nos seguintes dias: 03 de maio, 12 de julho, 13 de setembro e 08 de novembro. Outras informações ligue: (84) 3615-2851.

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Comentário Litúrgico Pe. Edilson Soares Nobre, Vigário Geral e Coordenador Arquidiocesano do Setor de Comunicação (3º Dom. da Quaresma - Ex 20, 1-3.7-8.12-17 / Sl 18 / 1 Cor 1,22-25 / Jo 2,13-25)

O zelo por tua casa me consumirá No Evangelho deste domingo há um elemento que chama a atenção de todos nós que somos discípulos missionários de Jesus. Encontramos um Jesus severo, polêmico, duro em relação àqueles que frequentam o templo, em relação àqueles que observam o sábado, em relação àqueles que têm uma prática religiosa. Jesus, de fato, chega a colocar em crise a “paz” do templo de Jerusalém. Ele provoca uma revolução naquele lugar. É um episódio que causa grande impacto e que é narrado por todos os quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João). Como se deram as coisas?

Jesus subiu a Jerusalém para a festa da Páscoa. Junto ao povo Ele entrou no templo que era o coração da vida religiosa hebraica. Era o lugar do encontro e da oração. O que encontrou? Um

verdadeiro comércio, um mercado que ofendia o significado do templo e, portanto, ofendia a Deus. Ele pegou um chicote, expulsou os vendedores, derrubou as mesas dos cambistas e gritou diante de todos: “Tirai isso daqui! Não façais da casa do meu Pai uma casa de comércio!” (Jo 2,16).

Por quê? Por que esta dureza da parte de Jesus com aqueles que creem, quando com Zaqueu o publicano, com a mulher pecadora, com o leproso, com a mulher adúltera e tantos outros . Ele foi compassivo e misericordioso?

Penso que em Lucas encontramos esta resposta: “A quem mais foi dado, mais será exigido” (Lc 12,48).

O episódio do templo é uma condenação aberta a cada tentativa de ganhar “nas costas” de Deus e a cada tentativa de transformar a religião em um fácil comércio. Assim, nós somos alerta-

dos para sermos vigilantes e evitarmos cair em tal situação.

Tem mais! Jesus, que em outras situações se declarou manso e humilde de coração, improvisamente assume um comportamento forte para recordar-nos que o amor pelo próximo não deve ser confundido com a conivência com o erro e com o permissivismo.

Podemos aplicar esta reflexão ao problema da educação dos filhos.

Não ama os filhos quem os protege de todos os seus caprichos; não ama os filhos quem não intervém para mostrar-lhes os verdadeiros valores da vida.

Quantos equívocos os pais cometem por não serem capazes de dizerem “não” aos filhos. Por não ensinarem aos filhos que na vida existem regras e limites.

Lembremo-nos: Corrigir e intervir são atos de amor. Atitudes desta natureza expressam o verdadeiro amor.

Doutrina da Igreja

Introduzindo a temática da Doutrina Social da Igreja, Nº2 O quê compete à Igreja Católica expor, testemunhar e praticar como específico de sua missão na área social, sob forma de assistência, caridade ou enfrentamento solidário com as lutas pela justiça social, nós o encontramos em todo o decurso da História da Salvação, inclusive, naquilo que transborda das propostas bíblicas, do Antigo e do Novo Testamento, dos Santos Padres e, na continuidade, do Magistério da Igreja.

Há um tempo, contudo, de decisiva reconstituição, sistematização e opção irreversível de um corpo doutrinário que não pode mais deixar de fazer parte intrínseca da Evangelização. É o período inaugurado por Leão XIII, com a primeira Encíclica Social, a Rerum Novarum, em 1891, apresentando a resposta da Igreja à ‘Questão Operária,’ nascida no seio da “Questão Social.”

Daquela iniciativa ao final do pontificado do papa João Paulo II, que editou três Encíclicas Sociais, se produziu um extenso corpo de princípios, normas éticas e morais, sugestivas, também para formas de atividade subsidiárias, orientando, Cardeais, Bispos, Padres, mas, com destaque para os fiéis leigos, a quem cabe, por vocação e direito, interferir de forma transformadora e até assumindo mandatos político partidários, o que é vedado aos membros da Hierarquia.

A sistematização, pela produção de um Compêndio sobre a DSI, na entrada do Terceiro Milênio, há 40 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, (1962-1965) recuperando o balizamento, pela identificação de pilastras que sustentam a doutrina da Igreja Católica naquilo que é sua tarefa no campo do Direito e da Justiça comutativa e distributiva é considerado um verdadeiro tesouro a serviço de implementação de um “humanismo integral,” guardadas a devidas proporções, permite que se possa dar importância comparável à Edição do Código de Direito Canônico (CIC), em 1983, ou do Catecismo da Igreja Católica, em 1997.

O Compêndio é um instrumento de evangelização necessário para que a Igreja de Cristo cumpra sua vocação social. Sem a prática desse seu dever, tanto para dentro dela mesma, quanto para fora, ao encontro dos apelos do mundo, sofreria a Igreja uma redução mutiladora, comprometendo sua missão, tanto no mundo como na condução dos seus fiéis na sua vocação e esperança da paruzia. (cf. Mt. 25, 31-46).

A Igreja que deve anunciar o transcendente de Deus terá que passar irremediavelmente pelas estradas dos homens como seres do tempo e do espaço limitados pelas contingências desse mundo. Vale mais do

que o que dele se pode mensurar, mas não pode mudar as exigências de um quantitativo calórico determinado pela sua constituição genética. O homem é o único ser que se ultrapassa e se transcende.

A passagem para o Terceiro Milênio aconteceu em concomitância com o fenômeno da “Globalização” a qual desafia a humanidade, trazendo com transformações inimagináveis, até então, uma ameaça de possíveis formas novas de exploração e domínio, previsíveis, que se estruturam nas relações entre países ricos e de economias robustas e nações pobres e de economias precárias e instáveis, acenando para a necessidade de uma nova ordem de relações e convivência. O Cristianismo, em especial o Catolicismo, por sua natureza e universalização, mas, sobretudo pelo que é sua missão, se presta para ser, pela solidariedade, por sua perene defesa da justiça, o antídoto das ameaças trasladas, para a ordem sonhada com advento da Globalização. Que tal os cristãos assumirem a parte que Cristo deles espera na construção de uma sociedade ‘globalizada’ ‘perita em humanidade’, justiça e a serviço da Paz. Uma civilização onde o amor seja o manjar à mesa dos irmãos.

Pe. Vicente Laurindo de Araújo, MSF Vigário Paroquial de São Pedro - Alecrim - Natal

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Notícias

Paróquia de Angicos festeja São José Considerado o padroeiro das chuvas, programação fes va vai contar com diversas a vidades religiosas e culturais, encerrando no dia 19 de março Foto: Celso Ricardo

Matriz de São José, na cidade de Angicos

Pascom promove encontro regional Coordenadores da Pastoral da Comunicação, das dioceses do Regional Nordeste 2, se reúnem neste final de semana, dias 6, 7 e 8 de março, no Centro Pastoral Dom Antônio Costa, na cidade de Caruaru (PE). Da Arquidiocese de Natal, quatro pessoas par cipam do encontro: Cacilda Medeiros e Luiza Gualberto, da coordenação arquidiocesana; Diácono José Bezerra, colaborador da Pascom, e Aldair Santos, ar culadora da Pascom, no 2º Zonal. A pauta é cons tuída de dois assuntos: estudo do Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil e elaboração do plano regional da Pascom. Para o estudo do Diretório, a coordenação regional definiu que cada capítulo será apresentado, metodologicamente, por uma das dioceses do Regional. A Arquidiocese de Natal apresentará o primeiro capítulo, in tulado ‘Comunicação e Igreja no mundo em mudanças”.

O Regional Nordeste 2 é formado pelas 21 dioceses dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

A Paróquia de São José, que envolve os municípios de Angicos e Fernando Pedroza, vai festejar a par r desta segunda-feira (09), o padroeiro, com uma programação diversifi cada.

Celebração de novenário, missas, recitação do terço e o cio de Nossa Senhora, além de a vidades sócio-culturais, integram as fes vidades deste ano.

Com o tema “São José modelo para as famílias do nosso tempo”, a programação de abertura nesta segunda, vai ter início às 18h, com carreata, saindo da cidade de Fernando Pedroza, com des no à matriz de Angicos e na sequência haverá benção dos carros e motos, hasteamento da bandeira e celebração de missa solene, presidida pelo pároco, o padre Severino Neto.

As a vidades seguem nos demais dias, encerrando no dia 19 de mar-

ço, com celebração da missa dos devotos de São José, às 6h, presidida pelo pároco emérito, o monsenhor Francisco das Chagas Pinto. Às 9h haverá missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha. Às 12h vai acontecer pipocaço e às 16h, tradicional procissão pelas ruas da cidade, culminando com a missa de encerramento, às 17h30 e às 19h, arriamento das bandeiras.

De acordo com o padre Severino, muitos fiéis acorrem a São José e a fé ao santo é atribuída, principalmente à chegada de chuvas no sertão, indicando um bom inverno. “Mesmo que os meteorologistas não acreditem em um bom inverno, a fé do sertanejo é muito forte e eles acorrem sempre a São José, pedindo chuvas para o sertão”, frisa.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO CENTRO DE TREINAMENTO DE PONTA NEGRA JOÃO PAULO II Pelo presente instrumento, ficam convocados os associados do CENTRO DE TREINAMENTO DE PONTA NEGRA JOÃO PAULO II para a Assembleia Geral, em conformidade com os seus estatutos, arts. 23, IV, V; 25 e seu parágrafo único; para se fazerem presentes na Assembleia Geral Ordinária, para deliberarem sobre a seguinte pauta: 1. apreciar e votar o relatório das a vidades 2014 e Plano Operacional 2015, apresentados pela diretoria; 2. discu r e aprovar as contas e o balanço do exercício financeiro de 2014, aprovados pelo conselho fiscal; 3. discu r e aprovar o orçamento para o exercício 2015; 4. apresentar novos sócios; 5. indicação de nome para a suplência da diretoria; 6. outros assuntos per nentes ao Centro de Treinamento.

A citada Assembleia será realizada no dia 23 de março de 2015, às 15h30 (quinze horas e trintas minutos), em primeira convocação, e, às 16h00 (dezesseis horas), em segunda e úl ma chamada, no Centro Administra vo Pio X, da Arquidiocese de Natal, situado na Av. Floriano Peixoto, 674 – Tirol/Natal-RN – CEP: 59020.500.

Natal-RN, 03 de março de 2015.

MILTON DANTAS DA SILVA Presidente do Centro de Treinamento

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CAMPANHA DA FRATERNIDADE

A Campanha da Fraternidade 2015 traz, em destaque, o diálogo e a colaboração entre e Igreja e sociedade. O primeiro obje vo específico da CF é “fazer memória do caminho percorrido pela Igreja com a sociedade e compreender os principais desafios da situação atual”.

A pergunta é: ‘A Arquidiocese de Natal conta com uma trajetória de ações junto à sociedade’? A resposta é ‘sim’.

Basta conversar com padres, religiosos e fiéis leigos mais idosos e, certamente, recordações não irão faltar. Outra fonte onde podemos encontrar tantos registros da caminhada da ação social desenvolvida pela Arquidiocese de Natal é o arquivo do Jornal A Ordem, cuja primeira edição data de julho de 1935. Ao folhear cada edição, guardadas no arquivo da Arquidiocese, o leitor se depara com várias no cias e reportagens que relatam essas ações.

Há mais de 70 anos Nos idos de 1930, a Diocese de Natal começou a viver uma experiência, denominada Ação Católica. Logo nos primeiros anos da Ação Católica, Natal, assim como o resto do mundo, enfrentou a 2ª Guerra Mundial e todas as suas consequências. Com o fim da Guerra e re rada dos americanos, a capital po guar teve que aturar as mazelas deixadas, principalmente nos aspectos sociais. Diante do quadro, os padres Nivaldo Monte e Eugênio Sales, que assumiam a coordenação da Ação Católica, não ficaram parados. “Na primeira Semana Diocesana da Ação Católica, realizada em Natal, em fins de outubro de 1945, tratou-se de temas como ‘a cooperação da Ação Católica nas obras sociais’ e ‘o pensamento social da Igreja”, escreveu Alceu Ferrari, no Livro Igreja e Desenvolvi-

Foto: arquivo Arquidiocese

Arquidiocese de Natal: uma Igreja com

Prédio da Rádio Rural de Natal e sede do Serviço de Assistência Rural (SAR), em 1964

mento – o Movimento de Natal. A experiência da Ação Católica foi iniciada pelo Cônego Luiz Monte, irmão de Dom Nivaldo Monte.

Quando o fundador faleceu, em 1944, a direção espiritual do Movimento passou a ser exercida pelo então Padre Nivaldo Monte. Na época, também foi criada a Juventude Masculina Católica, sob a direção do Padre Eugênio de Araújo Sales.

Várias ações sociais foram frutos da Juventude Masculina, como a Casa da Criança e os Centros Sociais Estevão Machado, João Gustavo Navarro e o Ambrósio Francisco Ferro, todos na periferia de Natal.

A Juventude Feminina também fundou centros sociais, na capital e no interior, para beneficiar populações carentes. Em Natal, ajudou a fundar a Escola de Serviço Social.

Há mais de 50 anos Na década de 60, um grupo de seis padres do clero natalense criou o hábito de se reunir regularmente, todo mês,

Livraria PAULUS promove: Encontro: "CF 2015 - Fraternidade: Igreja e Sociedade" Data: 14 de março Horário: 9 às 12h Palestrante: Pe. João Maria do Nascimento Inscrição: R$ 10,00

Vagas Limitadas Outras informações: (84) 3211-7514

em Ponta Negra, para tentar responder uma pergunta que os inquietava: “como podemos servir melhor à Igreja?” Daí, surgiram várias respostas em forma de pequenos movimentos inovadores que se transformaram num conglomerado de ações, gerando o chamado Movimento de Natal. Desse grupo dos seis, faziam parte os Padres Eugênio Sales, Nivaldo Monte, Alair Vilar, Manoel Tavares, Expedito Sobral e Pedro Moura.

Em entrevista publicada na revista comemora va do centenário da Diocese de Natal, em 2009, o então arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal Eugênio de Araújo Sales, falecido em 9 de julho de 2012, lembrava o que impulsionou o Movimento de Natal: “Nós não nhamos visão ideológica e nem polí ca, mas de amor à Igreja. As perguntas que fazíamos eram: estamos servindo bem à Igreja? Sabemos o que a Igreja quer? O que podemos fazer, ainda? Porque, naquela época, ainda não havia a ideia que surgiu do Va cano II. Nós estávamos angus ados. Uma vez, Dom Alair (na época, Pe. Alair Vilar

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histórias de ações sociais para contar Fernandes de Melo) perguntou: será que a Igreja quer o que estamos fazendo? Porque queríamos fazer o que a Igreja queria.

Mas, isso, com aspectos novos”.

Do Movimento de Natal, surgiram várias ações, algumas se espalharam Brasil afora e perduram até os dias atuais.

Entre estas ações, está a Campanha da Fraternidade, as Escolas Radiofônicas, o planejamento pastoral, a criação de maternidades, e as Semanas Rurais, que incen vavam a organização dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais.

E depois?

Passada a efervescência do Movimento de Natal, a Arquidiocese de Natal con nuou sendo presença na sociedade. No governo de Dom Nivaldo Monte (1967/1988), foi criado, por exemplo, o Serviço de Ação Urbana (SAUR). “O SAUR nha o obje vo de cuidar dos centros sociais,

como a Casa da Criança e o Estêvão Machado. Eram locais, nas periferias da capital, que trabalhavam com educação, cidadania e evangelização”, lembra o Arcebispo emérito de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales.

As décadas de 70 a 90 foram marcadas, na Arquidiocese de Natal, pelo programa de educação polí ca, coordenado pelo Serviço de Assistência Rural (SAR). “As a vidades eram mais voltadas para a formação polí ca e cidadã. Na época de eleições, a Arquidiocese produzia car lhas para orientar os fiéis e íamos às paróquias para proferir palestras”, diz o Arcebispo Metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. Ele foi Vigário Episcopal para as Pastorais Sociais, no governo de Dom Heitor.

Outro fato lembrado por Dom Jaime e que marcou a atuação da Igreja Católica, no RN, foi a construção da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, no Vale do Açu, na década de 80. “A Província Eclesiás ca teve papel importante na defesa da popula-

ção a ngida pela barragem”, recorda Dom Jaime. Ainda sobre essa época, o Arcebispo de Natal recorda o lançamento da Campanha da Fraternidade, com presença de pastores das Igrejas cristãs tradicionais; a festa do agricultor, em São Paulo do Potengi, coordenada pelo Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros; a atuação da Pastoral Operária, e a presença da Igreja nas discussões sobre os projetos de convivência com a seca.

Em 1993, os bispos do RN criaram o Serviço de Apoio aos Projetos Alterna vos Comunitários (SEAPAC). É um organismo que atua, até hoje, “junto às organizações da sociedade civil, o Estado e a inicia va privada, como referência nos debates e lutas em favor dos trabalhadores rurais, suas famílias e comunidades, na busca incessante de polí cas sociais que favoreçam a melhoria da qualidade de vida de todos, sem disnção”, como explica um texto publicado no site www.seapac.org.br.

Uma campanha que nasceu ‘social’ A primeira Campanha da Fraternidade foi realizada no território da Arquidiocese de Natal, no dia 8 de abril de 1962, por inicia va do então Administrador Apostólico, Dom Eugênio de Araújo Sales. A Campanha nha como obje vo fazer “uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas desta Arquidiocese”. A comunidade de Timbó, no município de Nísia Floresta, foi o lugar onde a campanha ocorreu, pela primeira vez.

O lançamento foi feito oficialmente numa entrevista do Administrador Apostólico da Arquidiocese às Rádios Rural de Natal e Poty. Dizia, então, Dom Eugênio: “Não vai lhe ser pedida uma esmola, mas uma coisa que lhe custe; não se aceitará uma contribuição como favor, mas se espera uma caracterís ca do cumprimento do dever; um dever elementar do cristão. Aqui está lançada a Campanha em favor da grande coleta do dia 8 de abril, primeiro domingo da Paixão”.

A experiência foi adotada, logo em 1963, por 19 dioceses do Regional Nordeste 2, nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Naquela época, o clima de reforma

emanado do Concílio Va cano II, a proposta levantada pelo Administrador Apostólico da Arquidiocese de Natal foi ouvido pelos demais bispos brasileiros. Em 26 de dezembro de 1963, os bispos fizeram o lançamento do Projeto da Campanha da Fraternidade para todo o Brasil. Dessa forma, na Quaresma de 1964, foi realizada a primeira Campanha da Fraternidade em nível nacional.

Desde então, até os dias atuais, a Campanha é realizada em todos os recantos do Brasil.

A par r de uma análise dos temas abordados a cada ano, a história da Campanha da Fraternidade pode ser dividida em três fases dis ntas: de 1964 a 1972, os temas refletem um olhar voltado para a renovação interna da Igreja, provavelmente sob o influxo das reformas protagonizadas pelo Concílio Va cano II; de 1973 a 1984, aparece, na Campanha, a preocupação da Igreja com a realidade social do povo brasileiro, refle ndo influências do Va cano II e das conferências episcopais de Medelín e Puebla.

A terceira fase, a par r de 1985, reflete situações existenciais dos brasileiros.

COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

- MATRÍCULAS ABERTAS Dr. Sérvulo Pereira Paulino Dr. Fernando José Vieira de Sousa

Educação Infantil, Fundamental I e II

EXAMES Radiologia Geral, Ultra-sonografias: Mamária, Pélvica, Abdominal, com Doppler Colorido, Transvaginal, Mamografia e Densiometria Óssea.

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8 - A Ordem

08 de março de 2015

Geral

Encontro sobre a CF

Inscrição para crisma

Manhã de Espiritualidade

A Livraria Paulus promove no próximo dia 14 de março, um encontro de formação sobre a Campanha da Fraternidade 2015, com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade – Eu vim para servir”. A programação vai acontecer das 9h às 12h, no auditório da livraria e os interessados em par cipar, devem realizar inscrição e pagar uma taxa no valor de R$ 10 reais. O assessor do encontro será o coordenador arquidiocesano de campanhas, o padre João Nascimento.

A Paróquia de Sant’Ana, no conjunto Soledade II, em Natal, está com inscrições abertas para os jovens que desejarem receber o sacramento da crisma.

Para par cipar, os interessados devem ter no mínimo 14 anos de idade e realizar a inscrição, que acontece todos os domingos, das 8h às 8h30 e das 18h30 às 19h30 e às quartas, das 19h às 20h, no salão paroquial. Os encontros terão início ainda neste mês de março.

A Paróquia de São Pedro, no Alecrim, em Natal, promoveu no úl mo domingo, 01 de março, uma manhã de espiritualidade, na Comunidade de São Francisco de Assis, na Ocidental de Baixo, com a proposta de viver refle r sobre o tempo quaresmal, bem como, a vivência da Campanha da Fraternidade.

O encontro contou com a celebração de missa e assessoria do pároco, o padre Francisco Mota.

Artigo

Mulher: relicário da vida, artífice da solidariedade Perguntar-se sobre o papel da mulher na sociedade, requer disposição para deparar-se com a multiplicidade de respostas que sinalizam para a complexidade da questão. Alguns apontam a natureza maternal e romântica expressas no cuidado, no altruísmo e no afeto. Outros atentam para a capacidade de enfrentar as demandas históricas nas quais as mulheres expressam fortaleza, coragem e determinação.

No enlace de tais respostas, tece-se uma concepção de mulher para além do romantismo e do pragmatismo, refletida no espelho dos Evangelhos, sem a pretensão de exegese e na contemplação da figura feminina a partir de algumas imagens de Maria de Nazaré colhidas em fragmentos de passagens bíblicas. A partir de Maria, Lê-se a mulher como relicário da vida e artífice da solidariedade.

Tornar-se relicário da vida é alargar a ideia de gestação para concebê-la como anúncio de libertação.

Gestar e tecer condições de liberdade é uma perspectiva que nos é apresentada no Evangelho de Lucas 1, 46b-47, na proclamação do Magnificat. “Minha alma proclama a grandeza do Senhor, meu espírito se alegra em Deus, meu

Salvador”. Nesse canto, a jovem mãe ensina às mulheres a também tornarem-se coparticipantes do projeto salvífico que institui a liberdade e a justiça. “Doravante todas as gerações me felicitarão, porque o Todo Poderoso realizou grandes obras em meu favor: Seu nome é santo, e sua misericórdia chega aos que o temem, de geração em geração”. (Lc1, 48b-50). A crença nessa promessa permite que mesmo em tempos sombrios, quando a vida é atacada pela ganância, egoísmo e indiferença, o testemunho de Maria que vai às pressas por entre as montanhas da Judeia para servir à sua prima Izabel, ecoa em cada mulher impelindo-a à fraternidade e à partilha.

Do Evangelho de João 2, 1-19, vislumbramos a figura de Maria como artífice da solidariedade. Tal condição supõe coragem, cumplicidade e confiança, atributos necessários para transformar velhas situações num banquete de novas ideias onde serão descartados preconceitos, discriminações e exclusões. Trata-se da narrativa das “Bodas de Caná”, cuja transformação da água em vinho configura o primeiro milagre de Jesus. É a Mãe do Filho de Deus que, atenta às necessidades, percebe a falta de vinho e se faz pe-

Este espaço está reservado para sua empresa.

dagoga das horas para indicar o início da vida política de Cristo. Maria compreende que o filho já está preparado para começar a missão de restituição da alegria e da esperança. Comunica-lhe: “eles não têm mais vinho!” (Jo2, 3b), o que quer dizer: falta alegria. E, em seguida, ordena: “Façam o que Ele mandar”. (Jo2, 5b), o que quer dizer: começa um novo tempo.

A lição tirada desse evento é a de que a alma feminina é capaz de captar com perspicácia as carências e possibilidades de superação. Num mundo de tantas privações e pouca disponibilidade para construir espaços mais solidários e colaborativos, o exemplo de determinação da Mãe de Jesus conclama as mulheres a serem articuladoras de uma ecologia de ideias e ações que invista na transformação do individualismo em redes de solidariedade.

Nas atitudes de Maria de Nazaré contemplamos o arquétipo da figura feminina que transcende a denominação cristã e apresenta-se como força propulsora que gesta, expande e regenera a vida.

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9 - A Ordem

Entrevista

08 de março de 2015

Combate à cibercensura é comemorado no dia 12 de março Foto: Arquivo pessoal

teúdos políticos, por exemplo", diz Juliana na entrevista.

A Ordem: O que significa o termo “cibercensura”?

Juliana Bulhões: É o nome dado à prática de censura em meio digital, muito forte em países como Cuba, China e Rússia, porém passível de acontecer em qualquer lugar. Pode ser confundido com o conceito de regulação da mídia, o que é um erro, pois a regulação pode fortalecer a liberdade de expressão, já que prevê o combate à dominação dos monopólios e oligopólios midiáticos.

Com a ascenção dos mecanismos que envolvem a internet, o controle por parte de governos, principalmente no que diz respeito aos conteúdos políticos, se tornou mais forte, com a proposta de coibir práticas que vão de encontro às crenças e regimentos pregados por esses governos. Para combater este tipo de prática, foi criado um dia de combate à cibercensura, no próximo dia 12 de março. No jornal A Ordem desta semana, trazemos uma entrevista com a doutoranda em Comunicação, pela Universidade de Brasília (UNB), Juliana Bulhões, que fala sobre o que significa este termo e de que forma a cibercensura está sendo aplicada atualmente. "A liberdade de expressão em meio digital não tem interpretação unânime. Há regiões do mundo em quem os internautas sofrem represálias dos governos, devido a con-

"Os internautas devem refletir bastante sobre o tipo de conteúdo que produzem na web, pois devemos prezar pela ética e legalidade também em ambientes digitais". - Juliana Bulhões A Ordem: Na sua visão, existe cibercensura atualmente? E como combatê-la?

Juliana Bulhões: Sim, existe. Primeiramente, porque a liberdade de expressão em meio digital não tem uma interpretação unânime.

Há regiões do mundo em que os internautas sofrem represálias dos governos devido a conteúdos políticos, por exemplo. A forma de combater é por meio da criação de políticas e campanhas de conscientização, como por exemplo a iniciativa da ONG Repórteres sem Fronteiras (Reporters without borders,

for freedom of information - http:// en.rsf.org/), que estabeleceu 12 de março como o dia mundial contra a cibercensura (world day against Cyber censorship - http://12mars.rsf. org/2014-en/).

A Ordem: Quais os riscos que o internauta corre hoje, ao exercer a sua “liberdade de expressão”? Podemos falar e expressar tudo o que queremos na internet?

Juliana Bulhões: Há leis diferentes em cada país que muitas vezes esbarram na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Além disso, os limites da liberdade de expressão em meio digital são por vezes associados às interpretações pessoais sobre este conceito, como quando o internauta acredita que na web pode cometer crimes como fraudes, roubos e bullying e sair impune devido ao meio em que estes foram cometidos. Ou seja, não podemos expressar tudo que queremos na web.

A Ordem: Que conselho você poderia dar para os internautas, no que diz respeito ao tipo de postagem, principalmente nas mídias sociais?

Juliana Bulhões: Acredito que os internautas devem refletir bastante sobre o tipo de conteúdo que produzem na web, pois devemos prezar pela ética e legalidade também em ambientes digitais. Hoje já existem diversos mecanismos que limitam o que é liberdade de expressão e o que é crime digital, como por exemplo a Lei 12.737/2012 (conhecida como Lei Carolina Dieckmann), que inclui invasão de dispositivos informáticos, clonagem de cartões de crédito, dentre outros.

Colabore com a manutenção da Rádio Rural de Natal 1090. Seja um 'Amigo da Rural' Entregue sua colaboração diretamente na emissora, localizada na Rua Açu, vizinho à Catedral Metropolitana, ou faça depósito bancário: Banco do Brasil - agência 3525-4 - conta corrente 10258-X, em nome da Fundação Paz na Terra.

Informações: (84) 3201-1689 / 3201-1690

10 - A Ordem

Virou notícia

08 de março de 2015

Dom Jaime: "Combate à deser ficação é uma preocupação real" Foto: Assessoria RN Sustentável

O Arcebispo Metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, ao lado do secretário da SEMARH - Secretária do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, José Mairton, par cipou da reunião com grupo de trabalho formado para desenvolver o projeto piloto de combate à deser ficação, formado pelos dois estados RN e PB, com parceria do programa RN Sustentável, Banco Mundial, da FAO, MMA, UCCCD e INSA. A reunião aconteceu na tarde da úl ma segunda-feira, 2, na SEMARH. O arcebispo elogiou a inicia va e disse que Igreja quer se unir ao grupo, com o papel importante de educar sobre temas como o combate à deser ficação, crise hídrica e a chegada das águas do Rio São Francisco.

"A crise hídrica em São Paulo despertou a população. O combate à deser ficação é uma preocupação real, devemos educar a população porque o solo é o que há de mais precioso. Preservar os açudes e matas ciliares, também é uma obrigação. Bom saber que ins tuições internacionais como ONU, FAO e Banco Mundial, estão atentas a essas questões. Quero contar com apoio de

todos, porque essa também é uma preocupação da igreja católica", disse Dom Jaime. O arcebispo explicou que a Arquidiocese fará uma reunião, nos dias 27, 28 e 29 de maio, em Natal, do grupo denominado Observatório Social. Esse encontro debaterá, além dos temas citados, a chegada das águas do São Francisco. O encontro também será em preparação para a visita oficial que os Bispos dos Nordeste estão organizando para o ano de 2016, quando eles vão conhecer o Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco. O obje vo da visita será entender a obra e cobrar

Cáritas define prioridades para 2015 Formação, sustentabilidade e captação de recursos e par cipação em eventos são as prioridades para Cáritas, na Arquidiocese de Natal, em 2015. A definição foi do encontro arquidiocesano com representantes das cáritas paroquiais, realizado dia 9 de fevereiro, no Centro de Treinamento de Ponta Negra, em Natal. “Neste ano, vamos trabalhar a formação, a mís ca e a espiritualidade

dos agentes. Também, queremos estudar os documentos produzidos pela Cáritas Brasileira, além de realizar intercâmbio de informações entre as equipes de dioceses vizinhas”, explica Kilza Gomes, integrante da coordenação arquidiocesana.

Entre as a vidades programadas para este ano, está um seminário para mulheres, previsto para acontecer no mês de junho, na cidade de João Câmara.

decisões amplas das esferas governamentais, no que diz respeito a vida da população das cidades ribeirinhas, como solo, deserficação, desenvolvimento regional. Dom Jaime pediu o apoio de todas as en dades envolvidas no combate à deser ficação. Ele lembrou que, na década de 60, o Clero de Natal visitou a usina de Paulo Afonso para conhecer o projeto do que seria a energia que iria chegar ao RN. A visita às obras de Transposição do São Francisco terá o mesmo foco. Fonte: assessoria de comunicação do Programa RN Sustentável

Setor Juventude retoma a vidades

Foto: cedida

O setor juventude da Arquidiocese de Natal iniciou as a vidades de 2015, com uma reunião no úl mo dia 24 de fevereiro. A proposta do encontro foi fazer uma avaliação do ano de 2014 e traçar as a vidades para este ano. Durante a reunião, foi repassado o calendário das visitas pastorais deste ano, além da organização da Assembleia Diocesana do Setor Juventude, que vai acontecer nos dias 14 e 15 de março. Es veram presentes na reunião, o coordenador do setor, o padre Inácio Lopes; a secretária, Daniely Barbosa, além de representantes de nove expressões juvenis da Arquidiocese de Natal e novo assessor do setor, o seminarista Gilvan Bezerra.

Foto: cedida

Encontro aconteceu no úl mo dia 09 de fevereiro, no Centro de Treinamento de Ponta Negra, em Natal

Reunião do setor aconteceu no úl mo dia 24 de fevereiro

11 - A Ordem

08 de março de 2015

Geral

Fique por dentro

Correio do clero

Pe. Valdir Cândido de Morais

Parabéns

Ecônomo da Arquidiocese de Natal

Aniversário natalício: . 14/03 – Pe. Severino da Silva Neto – Pároco da Paróquia de São José – Angicos . 14/03 – Diác. Carlos José dos Santos – Paróquia de Nossa Senhora de Fá ma – Parnamirim

A Certidão Negativa de Débito é um documento emitido pela Receita Federal, cuja função é comprovar que a entidade não possui débitos junto aos órgãos públicos. É necessária esta certidão para que a Arquidiocese e suas respectivas paróquias consigam formalizar convênios, abrir contas em bancos, fazer aquisição de bens e outros.

O que pode dificultar a emissão da CND é o não pagamento de impostos em dia, o não pagamento da conta à COSERN e cheques devolvidos.

Portanto, todos os párocos e os responsáveis pelo setor financeiro, devem estar atentos para pagarem em dia todos os encargos e contas em nome de suas respectivas paróquias e controlarem os cheques emitidos.

* E-mail: economato@arquidiocesedenatal.org.br

Colaboração: CONTAB/RN Ajude o Seminário de São Pedro através de doações na conta de energia.

Fone: (84) 3615-2819 Fax: (84)3615-2821 campanha@seminario saopedro.org.br

Paróquia de São Pedro muda horários de missa A Paróquia de São Pedro, no bairro Alecrim, em Natal, vai fazer uma mudança no horário das celebrações eucarísticas do domingo, no próximo dia 29 de março. A partir desta data, uma terceira missa vai ser acrescentada, no horário das 10h30. Assim, a Paróquia passará a contar com os seguintes horários de missa, na Igreja matriz, aos domingos: 6h30, 10h30 e 17h.

A Paróquia de São Pedro também está realizando atendimento de confissões e direção espiritual, de terça à sexta-feira, das 9h às 12h. A direção espiritual é conduzida pelo novo pároco, o padre Francisco Mota, MSF., na casa paroquial, que fica localizada ao lado da Igreja Matriz.

Foto: José Bezerra

CND - Cer dão Nega va de Débito

Matriz de São Pedro, no bairro Alecrim, em Natal

Passa tempo

Viva bem Acelga A acelga ou beterraba branca é uma hortaliça de talos longos e firmes, as folhas podem ser opacas ou brilhantes na coloração verde ou avermelhada. A acelga é rica em niacina, vitamina A e vitamina C, fibras que auxiliam na função intes nal. A vitamina A é boa para a visão, saúde da pele e mucosas, auxilia no crescimento e faz parte da formação do esmalte dos dentes. A vitamina C previne infecções, problemas da pele, hemorragias, fragilidade dos ossos. A niacina evita problemas do sistema digestório e nervoso.

Dra. Márcia Roque Braz de Araújo Nutricionista, Natal/RN

Enquanto isso, no Hospital: - Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar de obter informações sobre a paciente Maria Isabel, que está no quarto 302.

- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.

- Aqui é o Dr. Carlos. Em que posso ajudar?

- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde de Maria Isabel, internada há três semanas no quarto 302.

- Um instante. Ela se alimentou bem hoje, a pressão arterial e pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser re rada do monitor cardíaco até amanhã. Con nuando bem, o médico responsável assinará alta em três dias.

- Graças a Deus! Que alegria!

- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família?!

- Não, sou a própria Maria Isabel, telefonando aqui do 302. É que todo mundo entra e sai do quarto, mas ninguém me dá informação!

ASSINE "A ORDEM" Procure a equipe da Pascom, em sua Paróquia, ou a coordenação arquidiocesana INFORMAÇÕES: pascom@arquidiocesedenatal.org.br

(84) 3615-2800

ABASTECENDO NO POSTO, VOCÊ ESTÁ CONTRIBUINDO COM O “SEMINÁRIO DE SÃO PEDRO” - QUALIDADE MUNDIAL SHELL Rua Apodi, 520 - Tirol Vizinho ao Seminário de São Pedro

12 - A Ordem

08 de março de 2015

Notícias

Missa marca abertura arquidiocesana da CF 2015 Foto: Cacilda Medeiros

O espaço da quadra de esportes da Escola Municipal Veríssimo de Melo, no bairro de Felipe Camarão, zona oeste da capital, foi pequeno para acolher as dezenas de fiéis que par ciparam da missa, que marcou a abertura da Campanha da Fraternidade 2015, na Arquidiocese de Natal. A celebração, presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, aconteceu na manhã do úl mo domingo, primeiro de março. Além de fiéis da Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora, de Felipe Camarão, representações das demais paróquias do 4º Zonal e até de outros zonais também par ciparam da missa.

Cumprimento dos direitos fundamentais dos cidadãos, como educação, saúde e segurança, fim da violência, entre outros anseios da população, foram mencionados pelo Arcebispo, durante a homilia da missa. “Qual o meu papel, como cristão, na sociedade atual? Primeiro, devo me colocar a serviço do irmão, como nos ensina o Evan-

Lançamento aconteceu na Escola Veríssimo de Melo, no bairro Felipe Camarão

João Maria do Nascimento, falou sobre o obje vo da CF 2015, que tem como tema: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”. Ele também convidou os fiéis para par ciparem das sessões, em alusão à Campanha da Fraternidade, que serão realizadas pela Câmara Municipal de Natal, dia 17 de março, às 10 horas, e pela Assembleia Legisla va, dia 10 de abril, às 10 horas.

Seminário vai abordar presença da Igreja na Mídia

Parceria favorece formação para agentes

Foto: Cacilda Medeiros

gelho”, lembrou Dom Jaime. Ele também destacou ações da sociedade civil realizadas em parceria com a Igreja, como é o caso das ações desenvolvidas pela ONG A tude Cooperação, da Unimed, realizadas em parceria com a Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora, de Felipe Camarão.

No final da missa, o coordenador arquidiocesano de Campanhas, Padre

Evento pretende reunir agentes da Pascom das Paróquias da Arquidiocese de Natal

Roberto Lucena, repórter do jornal Tribuna do Norte; Leonardo Dantas, repórter do Portal No Ar, e Cézar Barros, redator da FM Universitária.

Também, haverá uma palestra sobre ‘Como se portar nas mídias sociais’, com a jornalista e professora de comunicação, Erika Zuza.

Para par cipar é preciso confirmar presença, até o dia 10 de abril, e colaborar com a taxa de cinco reais, junto à coordenação arquidiocesana da Pastoral da Comunicação.

Os interessados podem obter mais informações pelos telefones (84) 3615-2800 / 9675-7772 ou pelo e-mail pascom@arquidiocesedenatal.org.br.

Foto: cedida

A coordenação arquidiocesana da Pascom organiza um Seminário de Comunicação, previsto para acontecer dia 19 de abril, das 8 às 12 horas, no Centro Pastoral Dom Heitor Sales, na Cidade Alta, em Natal. O evento, que tem como tema “Ação comunica va na e da Igreja”, tem como público alvo agentes da Pascom e de outras pastorais, alunos e ex-alunos da Escola de Comunicação e demais pessoas interessadas. Na programação, haverá uma mesa redonda sobre ‘a presença da Igreja na mídia’, que contará, como expositores, os jornalistas: Francisco Júnior, editor e repórter da Inter TV Cabugi;

A Paróquia de Nossa Senhora de Fáma, no município de Passa e Fica, priorizou a formação dos agentes pastorais, neste ano. É o ‘ano sabá co’, des nado ao aprendizado, como define o pároco, Padre Iranildo Augusto de Assis. Ao todo, são oferecidos 14 cursos na área da Teologia. Para isto, o padre criou uma associação e firmou uma parceria com o Centro Universitário Clare ano e com a Educação a Distância (EAD), da Rede Século 21.

Os agentes par cipam das aulas através da internet. “Pretendemos, também, construir uma casa, com recursos da própria comunidade, para ser mais um espaço de formação para os agentes”, diz o pároco. Segundo ele, ter a formação dos agentes como prioridade na paróquia, neste ano, foi uma decisão da úl ma assembleia pastoral.

Formação pastoral é foco dos trabalhos em Passa e Fica