A ordem 12 04 2015

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A Ordem

Natal-RN, 12 de abril de 2015

Arquidiocese de Natal - Ano XLIII - N0 15

Exemplar avulso: R$ 1,00

Evangelização no mundo urbano e rural é desafio para Igreja Católica

Jovens fazem lançamento “Precisamos correr do Nigh ever atrás da pobreza Jovens do II zonal promovem, neste para encontrar a domingo (12), o lançamento oficial nossa riqueza” do Nightfever, às 17h30, na Igreja

>>> PÁG. 11

A frase é do Padre Robério Camilo. PÁG. 9

Arquidiocese de Natal entrega Diretório de Pastoral >>> PÁG. 12 Foto: Cacilda Medeiros

Foto: José Bezerra

Foto: cedida

de Santo Agostinho. PÁG. 3

Assembleia da CNBB será ele va e atualizará Diretrizes

Paróquias fazem coleta de assinaturas pró reforma polí ca “Par cipemos todos, então, da campanha de assinaturas de adesão à proposição de uma Reforma Polí ca Democrá ca", disse Dom Jaime. PÁG. 12

Foto: Brunno Antunes

De um lado a correria do dia a dia, trânsito caó co, grandes edificações e shoppings. Do outro, as rodas de conversa nas praças, a vida tranquila, os encontros face a face. Assim, podemos caracterizar um pouco da realidade vivida pelas grandes e pequenas cidades. Para a evangelização, levar em consideração os aspectos caracterís cos de cada uma destas realidades, tem se mostrado um desafio para a Igreja Católica. Leia mais nas págs. 6 e 7


Ordem Editorial

“Periferias” modernas An gamente, e bote an gamente nisso, a construção mais alta de uma cidade era a torre da Igreja. Hoje, a torre da Igreja fica “sufocada” entre espigões e arranha-céus, nos quais habitam algumas centenas de famílias em regime condominial. Nesses condomínios, por causa da insegurança dos tempos atuais, o acesso aos não habitantes é limitado. Para alguém entrar tem quevencer as inúmeras“barreiras” de segurança. Na an guidade, localizava-se a Igreja através da torre, que se sobressaia em meio às demais construções. Na modernidade,localiza-se a Casa de Deus e se descobre o horário das missas numa busca virtual, se a paróquia disponibilizar essas informações na Internet. Hoje, a evangelização urbana é um dos desafios da Igreja. Como levar o Evangelho de Jesus aos habitantes dos condomínios, cada vez mais fechados e inacessíveis? O Papa Francisco tem apelado para que a Igreja se desinstale e vá às periferias. Pois bem, os condomínios são, hoje, as periferias modernas. Muitos deles comportam população igual ou superior ao número de habitantes de algumas cidades do interior. Eis um dos desafios modernos da evangelização!

12 de abril de 2015 Palavra do Arcebispo Dom Jaime Vieira Rocha

A Festa da Divina Misericórdia e o Ano Santo Extraordinário Queridos irmãos e irmãs, A paz do Ressuscitado esteja com todos vós! Neste segundo domingo da Páscoa, celebrando a Festa da Misericórdia, o Papa Francisco publicará a Bula de convocação do Ano Santo Extraordinário, o Jubileu da Misericórdia, a ser celebrado de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. Assim, proponho a todos uma reflexão, já feita por mim, com este tema que é um conceito chave para entendermos a imagem de Deus, revelada a nós por Jesus: Deus é ternura e misericórdia. A misericórdia divina constitui o núcleo e a suma da revelação bíblica sobre Deus. Ela não é um sentimento divino qualquer, ou uma atenção divina extraordinária. É o próprio de Deus. Deus é misericórdia. Em todo o Antigo Testamento a mensagem da misericórdia está presente. O Deus do Antigo Testamento é apresentado, do Êxodo aos Salmos, como “misericordioso e piedoso, lento na ira e rico de graça” (Sl 145,8; cf. 86,15; 103,8; 116,5; e ainda Jn 4,2). Jesus mesmo assume essa revelação e dá um salto a mais: Deus é pai misericordioso. E, segundo o Evangelho de Lucas, a misericórdia é a perfeição da essência de Deus. Deus não condena, mas perdoa, dá e doa numa medida boa, calcada, sacudida e transbordante; ela é sem medida. Jesus deixa para os seus seguidores um programa de vida: “sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). O tema da misericórdia divina é um tema fundamental para o século XXI. E é possível reconhecer que foi no século XX, marcado por tantos acontecimentos trágicos (duas grandes guerras mundiais, holocausto, bomba atômica, etc) que a mensagem da misericórdia ressoou novamente na reflexão da Igreja. De João XXIII (com seu discurso inaugural do Concílio Vaticano II, onde afirma: “a esposa de Cristo prefere recorrer ao remédio da misericórdia”) a João Paulo II (que consagrou uma Encíclica ao tema “Dives in misericordia”), do Concilio Vaticano II à Evangelii gaudium de Papa Francisco, de Santa Faustina à Beata Madre Teresa de Calcutá, já não é mais possível falar de Deus sem entender que Ele é misericórdia, rico em misericórdia, como afirma São Paulo na carta aos Efésios (cf. Ef 2,4). Mas, falar de misericórdia não significa que Deus não exija de nós resposta, responsabilidade humana. Pelo contrário, é o amor misericordioso de Deus que empenha o homem. Deus quer que todos sejam salvos. Mas, a salvação consiste em viver na intimidade com Ele e no seguimento a Jesus, através do Evangelho. Porém, o seguimento a Jesus é alegria, é paz, é festa. Para acontecer não é o homem que produz, não é o resultado das obras do homem, é pura graça, é amor que transforma, que faz o homem nova criatura. E mais, a Igreja, comunidade de homens e mulheres salvos pela misericórdia divina, é a grande portadora da mensagem de misericórdia. Ela é a grande força da Igreja no século XXI. É a única que pode nos iluminar para que saibamos qual é a verdadeira imagem de Deus.

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EXPEDIENTE Jornal Semanal da Arquidiocese de Natal Endereço: Pastoral da Comunicação Av. Floriano Peixoto,674 Tirol 59020-500 - Natal-RN pascom@arquidiocesedenatal. org.br

www.arquidiocesedenatal. org.br Fone: (84) 3615-2800 Fax: (84) 3615-2800 Conselho Editorial: Pe. José Nazareno, Pe. Vicente Laurindo, Pe. Matias Soares, Pe. Edilson Nobre, Diác. José Bezerra, Vital Bezerra, Milton Dantas, Cacilda Medeiros, Luiza Gualberto, Antônio Roberto, Rodrigo Paiva e Pe. Francisco Fernandes. Edição, redação e diagramação: Cacilda Medeiros (DRT-RN 1248) / Luiza Gualberto (DRT-RN 0901752) / Antônio Roberto Revisão: Milton Dantas (LP 3.501/RN) Pe. Francisco Fernandes Colaboradores: José Bezerra (DRT-RN 1210) e Rede de Comunicadores da Arquidiocese de Natal Impressão: RN Econômico - Fone: (84) 3201-2630 Tiragem: 1.400 exemplares Assinaturas: Com as coordenações paroquiais da Pastoral da Comunicação ou na redação do Jornal, no Centro Pastoral Pio X - Av. Floriano Peixoto, 674 - Tirol - Natal/RN

A Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, na Cidade Alta, Natal, dispõe de espaço para a realização de eventos. Trata-se do Centro Pastoral Dom Heitor Sales, que está situado na Rua da Conceição, 615, pertinho da antiga Catedral. Reservas pelos telefones: (84) 2020-9085 / 8822-2742


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Notícias

Jovens fazem lançamento do Nigh ever nho.

Foto: cedida

Jovens das paróquias que integram o II zonal promovem, neste domingo (12), o lançamento oficial do Nightfever, às 17h30, na Igreja de Santo Agostinho, no Conjunto dos Professores, da Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório. O Nightfever teve sua primeira edição realizada em 2005, na Alemanha, organizado por dois jovens que participaram da Jornada Mundial da Juventude, em Colônia, no mesmo ano. A ideia tornou-se um projeto que se espalhou por toda a Alemanha, alcançando outros 16 países e continentes. Há dois anos, a atividade chegou ao Brasil, sendo realizada por dioceses no sudeste e centro-oeste. No próximo dia 23 de maio, das 22h às 5 horas (do dia 24), será realizado o primeiro

Equipe coordenadora do Nigh ever

Nightfever Natal, sendo o primeiro do norte-nordeste. A atividade que constará de uma vigília de oração, tendo temáticas ligadas aos jovens, acontecerá na Igreja de Santo Agosti-

Nova Cruz estuda Diretório da Comunicação A equipe da Pastoral da Comunicação, da Paróquia da Imaculada Conceição, de Nova Cruz, iniciou o estudo do Diretório da Comunicação da Igreja no Brasil. A cada mês, a equipe estuda um dos dez capítulos do documento. O

primeiro encontro aconteceu dia 22 de março, na cidade de Lagoa D´anta, que pertence à Paróquia. Após o estudo de cada capítulo, os agentes da Pascom fazem o estudo junto com agentes de outras pastorais.

Catecismo é tema de encontro

Terço dos Homens realiza vigília

Padres, ar culadores paroquiais e catequistas das Paróquias que formam o 5º Zonal par ciparam de reunião, neste sábado, 11, das 8 às 12 horas, na cidade de Angicos. Em pauta, uma reflexão sobre o Catecismo da Igreja Católica, em consonância com a Campanha O Catecismo em Cada Lar. A assessoria foi da equipe arquidiocesana da Campanha. O 5º Zonal é formado pelas paróquias de São Rafael, Angicos, Lajes, Santana do Matos, Pedro Avelino e Afonso Bezerra.

Grupos do Terço dos Homens, das paróquias do 11º Zonal, participam de uma vigília, neste final de semana, na Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Parque dos Coqueiros, zona norte de Natal. A atividade começa às 20 horas, deste sábado, 11, e segue até este domingo, 12, às 7 horas, encerrando com a celebração eucarística.

Agenda do Arcebispo . 12/04 - Às 19h30 - Missa do Domingo da Misericórdia, na Catedral . 13/04 - 10h - Missa solene no encerramento da festa de Nossa Senhora dos Prazeres, Goianinha . 14 a 24/04 - Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP)

Santuário celebra Casamentos Quatro casais da Paróquia do Santuário dos Bem Aventurados Már res de Cunhaú e Uruaçu, no bairro de Nazaré, em Natal, receberão o Sacramento do Matrimônio. A celebração acontecerá dia 18 próximo, às 18 horas, e será assis da pelo pároco, Padre Francisco das Chagas de Souza.

No lançamento oficial, neste domingo, será apresentada a proposta do evento. “Será uma oportunidade especial para alimentar-se do amor incondicional de Deus por cada um de nós. Iniciar oficialmente os trabalhos de divulgação do Nightfever com uma celebração Eucarística será, sem dúvida, um passo importante para entregar a Deus todo o projeto que envolve esse belo evento. Envolver-se nesta tarde de lançamento será importante para começar a contagiar a cidade com toda a energia que envolve o Nightfever”, diz Tiago Cortez, da coordenação geral. O Nightfever Natal está sendo organizado pela Comissão de Juventude do II zonal, com a assessoria do Padre Carlos Sávio Ribeiro.

Comunicação na e da Igreja é tema de evento “Ação pastoral comunica va na e da Igreja” é o tema do Seminário Arquidiocesano de Comunicação, que acontecerá dia 19 próximo, das 8 às 12 horas, no Centro Pastoral Dom Heitor Sales, na Cidade Alta, Natal. A programação iniciará uma reflexão sobre o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais 2015 - "Comunicar a família: ambiente privilegiado do encontro na gratuidade do amor”-, conduzida pelo Padre Edilson Nobre. Em seguida, haverá uma mesa redonda sobre “A presença da Igreja na Mídia”. Par ciparão da mesa os jornalistas: Francisco Júnior, repórter da Inter TV Cabugi; Roberto Lucena, assessor de comunicação da Prefeitura Municipal de Parnamirim; Cézar Barros, da redação da Rádio Universitária, e Leonardo Dantas, repórter do Portal No Ar. Depois, a jornalista e repórter da Inter TV Cabugi, Érica Zuza, vai proferir uma palestra sobre “Como se portar nas mídias sociais”. Para par cipar, basta confirmar presença, antecipadamente, pelo telefone 3615-2800 ou pelo e-mail pascom@arquidiocesedenatal.org.br. São apenas 100 vagas. A coordenação pede a contribuição de cinco reais, que deve ser paga no local do evento. O Seminário faz parte do Plano Arquidiocesano da Pastoral da Comunicação para ser desenvolvido neste ano.


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A Igreja

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Comentário Litúrgico Pe. Edilson Soares Nobre, Vigário Geral e Coordenador Arquidiocesano do Setor de Comunicação (2º Dom. da Páscua - At 4,32-35 / Sl 117 / 1Jo 5,1-6 / Jo 20,19-31)

O perdão é o primeiro fruto da caridade A Ressurreição de Jesus é todo o anúncio dos primeiros cristãos. Isto explica a serenidade da Igreja primitiva. A narração da aparição do Ressuscitado é precedida de uma apresentação do grupo apostólico. É a noite de Páscoa, mas para os apóstolos aínda não é Pascoa. Estes se encontram no Cenáculo onde a recordação de Jesus é ainda viva, mas triste. Os apóstolos ainda são homens bloqueados pelo medo e pela desilusão: não acreditaram na novidade da qual Deus é capaz. Imaginemos quantas vezes também nós vivemos assim a fé. Este Cenáculo triste é a imagem de tantos cristãos para os quais a Páscoa não entrou aínda na alma. Jesus se apresenta improvisamente. Era uma visita inesperada e quase imprevista para eles. Diz Jesus: “A paz esteja convosco!”. Deus vem para dar a paz. Deus doa a paz! Hoje falamos

tanto de paz! Não esqueçamos de que a paz vem de Deus e que é fruto de um encontro com Deus. Os homens, sem Deus, não construirão a paz! Jesus os faz ver as mãos e o lado. É uma experiência crua do realismo da Ressurreição e ao mesmo tempo um véu que acena para o custo do amor de Deus: os santos choravam olhando as feridas do crucificado sempre ensaguentadas de amor. E logo em seguida, eis as palavras do Ressuscitado: “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). Nós talvez sejamos levados a dizer: Como, Senhor! Nós em seu lugar? Você está exagerando, está arriscando! Nós somos pecadores! E qual é a resposta? “Eu vos envio. É a vossa hora, a hora da Igreja. Não temais! Eu venci o mundo!”. E Jesus continua. “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados e a quem não os

perdoardes, não serão perdoados”. Aqui está a clara consciência de Cristo Ressuscitado: Ele sabia a quem entregava o Evangelho, sabia bem em que mãos colocava a obra de Deus: aos pecadores. Por isso disse: “perdoai os pecados”. Sabia que temos pecados, que duvidamos, que traímos, que nos envergonhamos dele. Sabia tudo, porque Deus conhece o que há no coração do homem. Então, nesta ordem (“perdoai”), é delineado o rosto da Igreja em caminho: a Igreja que na terra não será nunca uma comunidade de perfeitos, não será uma família só de santos, mas será um lugar de perdão: a casa do perdão. Eis então o sinal que revela Cristo Ressuscitado presente entre nós: é o amor até o heroísmo do perdão. “Quem ama nasceu de Deus e conhece a Deus” (I Jo 4,7). E o perdão é o primeiro fruto da caridade, é o sinal da presença de Deus-caridade dentro de nós e em meio a nós.

Doutrina da Igreja

Compêndio: Cap. II. Encíclicas Sociais dos papas dão suporte à DSI nº 7 É provável que o leitor de ‘A Ordem’, ao se deparar com mais um artigo, comentando o Cap. II do Compêndio, se pergunte: o autor não está se repetindo? Pensa-se que não. É que o Capítulo em análise cobre um período de mais de cem anos, dentro dos quais se situam: O marco inicial dessa Doutrina, com a Rerum Novarum de Leão XIII, -1891; e a Centesimus Annus ,de João Paulo II-1991; última Encíclica Social promulgada pela Igreja Católica na área Social. Como se viu, o capítulo II expõe a ‘natureza da DSI, seus princípios e fundamentos’, além de apresentar todas as Encíclicas Sociais promulgadas pelos papas, até hoje. Acrescente-se ainda, as intervenções específicas, em audiências, radiomensagens, além de outras. Vê-se que, do ponto de vista das Encíclicas, esse Capítulo é, como se fosse, a medula que vitaliza a DSI. Atente-se, ainda, que no período, acontecerem as maiores catástrofes de todos os tempos: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918); e a Segunda Guerra Mundial (1938-1945), e mais, contabilizando-se avanços nunca vistos antes nas esferas da Ciência e da Tecnologia,até viagens planetárias. O momento mais denso e marcante do período, e, portanto, mais interessante para os nossos leitores, parece situar-se na década de (1961-1971), quando de (1962-1965) celebrou-se o Concílio Vat. II,

certamente o acontecimento mais marcante à Igreja Católica no século XX, e um dos mais significativos de sua história. O reencontro da Igreja Católica com os desafios emergentes do mundo moderno, a impulsiona, pela sensibilidade do “Papa Bom, ”João XXIII, a fazer uma correta leitura dos “sinais dos tempos,” orientando, internamente a Igreja para seu ”aggiornamento,” preparando-a melhor, para um necessário ‘diálogo’ com a modernidade. As encíclicas: Mater et Magistra -1961;- e Pacem in Terris -1963- de João XXIII reciclam, atualizando, a temática da DSI, aprofundando a e, atento aos “ sinais dos tempos” enfrenta os desafios que os novos tempos apresentam à Igreja. Após a devastação da Guerra, em clima de declínio da “Guerra Fria;” processo de descolonização da África e, em pleno Concílio Vat. II, João XXIII promulga suas encíclicas sociais, postando novos enfoques como: comunidade de nações, necessidade de “socialização”, em oposição ao socialismo coletivista de Estado. Levanta o tema da agricultura, como alternativa a possíveis impasses trazidos pela expansão demográfica, que aos olhos de muitos parecia ameaçar a vida humana do planeta com uma fome endêmica. O papa defende que a questão é distribuição entre os povos e nações. Na Pacem in Terris -1963-inaugura João XXIII a proposta efetiva da Igreja so-

bre os Direitos Humanos. Ele os vê sempre em contra ponto com os deveres: em âmbito local; regional e universal, o que comprometa pessoas, Instituições e Nações. Esta certamente é a mais qualificada proposta sobre a concepção e efetiva aplicação prática dos Direitos humanos, como caminho para construção da paz entre os povos. Em 1967 Paulo VI, em pleno pós-concílio retoma a riqueza proposta pelo mesmo, promulga a Populorum Progressio, sobre o desenvolvimento integral do ser humano, pressuposto da DSI, ratificado pelo Concílio na GS, o que produzirá um mundo de Paz. Para comemorar os 90 anos da Rerum Novarum João Paulo II promulga Laborem Exercens-1981-sobre o trabalho humano, visto oitenta anos depois, como se deve encarar a nova realidade do mundo de Trabalho.´Com a Sollicitudo Rei Socialis,-1987-comemorando os vinte anos da Populorum Progressio; e para festejar cem anos da Rerum Novarum edita a Centesimus Annus,-1991- cada uma com seus conteúdos mais revitalizadas, atualizados, enfocando tarefas e missões que se esperam da prática da Igreja, em diálogo com o mundo, que clama por justiça.

Pe. Vicente Laurindo de Araújo, MSF Vigário Paroquial de São Pedro - Alecrim - Natal


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Notícias

Arquidiocese planeja Marcha da Fraternidade a atenção da sociedade para a problemática vivida pelos idosos, especialmente os abrigos. A renda proveniente da Marcha será destinada à manutenção dos abrigos vinculados à Arquidiocese de Natal. No próximo dia 14, às 10 horas, no Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral), o grupo se reunirá para dar sequência ao planejamento do evento.

Foto: Edvanilson Lima

Um grupo formado pelos Vigários Episcopais, coordenação arquidiocesana de pastoral e coordenadores de zonais vem se reunindo, periodicamente, com o objetivo de organizar a Marcha da Fraternidade, prevista para ser realizada no segundo semestre deste ano, em Natal. Segundo o Diácono Márcio Andrade, que participa da equipe, a Marcha objetiva chamar

Equipe responsável pela organização do evento, em reunião realizada dia 21 de março

O Encontro de Jovens e Amigos de Cristo (EJAC), da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, de Morro Branco, Natal, está promovendo uma campanha de arrecadação de alimentos e materiais de limpeza para a Casa da Criança. Trata-se de uma instituição filantrópica, mantida pelas Irmãs Filhas da Caridade, que, há quase 70 anos, atende a 200 crianças de vários bairros da capital e que atualmente passa por dificuldades. Recentemente, a Casa da Criança correu o risco de fechar as portas devido a não estar recebendo o repasse da prefeitura, suspenso desde o ano de 2013, o que dificultava manter o funcionamento da instituição. Além disso, outra dificuldade enfrentada pela escola há dois anos é conseguir o "habite-se" do Corpo de Bombeiros. A instituição conseguiu fazer as adaptações exigidas pelo documento no prédio através de campanhas e ajuda do Rotary Club, o que resultou na liberação do habite-se no mês passado. Apesar disso, a Casa acumula dívidas de pagamento dos funcionários, atrasado há quatro me-

Foto: cedida

EJAC faz campanha para a Casa da Criança

Entrega dos dona vos à direção da Casa

ses. Sensibilizados com a situação da escola, os jovens do EJAC promoveram a campanha #SOSCasaDaCriança em prol instituição, no mês passado, e conseguiram arrecadar nove toneladas de alimentos e a quantia de 10 mil reais, o que ainda não foi suficiente para que a Casa da Criança possa quitar as dívidas. A campanha de arrecadação continua e os interessados em ajudar poderão entrar em contato com os jovens do EJAC, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, ou com a Casa da Criança, pelo telefone (84) 32212969.

12 de abril de 2015

Goianinha festeja padroeira A comunidade de Goianinha celebra a festa da padroeira, Nossa Senhora dos Prazeres, no período de 5 a 13 de abril. Diariamente, às 5 horas, há caminhada penitencial, seguida de missa, em uma das capelas da paróquia. Às 11h20, há celebração eucarís ca, na Igreja Matriz; às 12h, recitação do O cio de Nossa Senhora; às 19h, recitação do terço, e, às 19h30, novena. Os festejos serão encerrados nesta segunda-feira, 13, com a seguinte programação: 7h30, missa, presidida pelo pároco emérito, Monsenhor Armando de Paiva; às 10h, missa solene, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e, às 17h, procissão e bênção do San ssimo Sacramento.

Itajá encerra festa do padroeiro Os festejos em honra de São Vicente Férrer, padroeiro da comunidade de Itajá, são encerrados neste domingo, 12. Às 9 horas, há celebração eucarís ca, com administração do Sacramento da Crisma, presidida pelo Vigário Geral da Arquidiocese, Padre Edilson Nobre; às 12h, queima de fogos, e, às 17 h, missa, presidida pelo pároco, Padre Antônio Gomes, seguida de procissão. A programação fes va teve início dia 5 de abril e, neste ano, destacou o tema: Eu vim para servir (Mc 10, 45). Em preparação para a festa, a imagem do padroeiro peregrinou pelas comunidades rurais, no período de 13 a 28 de março. Em Natal, a imagem visitou as casas dos itajaenses, de 23 a 27 de março.

Paróquia celebra Via Sacra nas comunidades Durante o período da Quaresma, a Paróquia de São João Ba sta, no bairro de Lagoa Seca, em Natal, celebrou a Via Sacra nas comunidades. A celebração aconteceu nas sextas-feiras, às 5 horas da manhã, conduzida pelo pároco, Padre Marcelo Cezarino. O momento era encerrado sempre com a celebração eucarís ca.


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Capa

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Evangelização no mundo urbano e rural é desafio para Igreja Católica Ações para unificar atuação das Paróquias das grandes e pequenas cidades estão sendo realizadas junto ao clero e ar culadores paroquiais na Arquidiocese de Natal Foto: Pascom São José de Mipibu

De um lado a correria do dia a dia, trânsito caó co, grandes edificações e shoppings. Do outro, as rodas de conversa nas praças, a vida tranquila, os encontros face a face. Assim podemos caracterizar um pouco da realidade vivida pelas grandes e pequenas cidades. Para a evangelização, levar em consideração os aspectos caracterís cos de cada uma destas realidades, têm se mostrado um desafio para a Igreja Católica. A Arquidiocese de Natal, por exemplo, que congrega 90 paróquias e sete áreas pastorais, distribuídas na capital e interior do estado, tem mo vado a reflexão sobre o assunto, para que haja uma unificação e melhor atuação pastoral nesses contextos. No mês de março, a reunião do clero e ar culadores paroquiais contou com a par cipação da doutoranda em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Camila Furukava, que levantou o debate acerca dos desafios e par cularidades do mundo urbano e rural. Inserido no contexto de sua pesquisa, a arquiteta levantou alguns pontos com relação às duas realidades. “As cidades grandes e pequenas, as áreas rurais e urbanas são parte de um todo e o que se realiza em uma, tem efeitos sobre a outra. Isso induz a compreensão de que pensar sobre espaços separadamente, sem o exercício de estudá-los integradamente, dificulta uma distribui-

Na foto, procissão do Domingo de ramos na Paróquia de Santana e São Joaquim, em São José de Mipibu, evento tradicional nas paróquias da capital e interior do estado

ção equilibrada de plano, projetos, polícas, e assim de recursos e incen vos”, diz. Com relação às par cularidades de cada realidade, Camila diz que o mundo urbano vive uma constante mutação e as cidades são extremamente dinâmicas. “Materializamos nas cidades aquilo que conhecemos, a nossa cria vidade diante das dificuldades da vida. Expressamos os nossos conflitos, aquilo que valorizamos. Mas é mais que isso. As cidades passam a influenciar também em quem somos e em como nos percebemos e convivemos enquanto sociedade”, destaca. Já sobre as pequenas cidades, o mundo rural, ela fala que este meio atrai o pitoresco e elementos de

Mini-curso: MARIA, MULHER DE DEUS E DOS POBRES (uma releitura dos dogmas marianos) Assessoria: Irmãs de Belém Data: 09/05/2015 Local: Auditório da Paulus Livraria Investimento: R$ 20,00 Paulus Livraria Rua Cel Cascudo, 333 - Cidade Alta - Natal Tel: (84) 3211-7514 / E-mail: natal@paulus.com.br

desejo dos centros urbanos. “Um meio ambiente integrado às construções, pequenas distâncias e segurança pública. Ainda assim, durante muito tempo, renegamos a área rural como espaços ultrapassados e com poucos atra vos. Buscamos, portanto, as cidades e seus ideais de liberdade e crescimento financeiro e pessoal. Atualmente, tem-se do o esforço de reconhecer que renegar esses espaços foi um erro e separá-los dos centros urbanos também, afinal um não sobrevive sem o outro”, ressalta. Sobre a atuação da Igreja nestes meios, a arquiteta apontou pistas de que é necessário que haja um olhar pessoa como pessoa e um impulso para a atuação destas no meio em que vivem.


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Capa

Foto: Luiza Gualberto

Camila Furukava, arquiteta

Foto: Cacilda Medeiros

Camila citou o exemplo da Pastoral da Criança, da qual também faz parte. “A educação, portanto, é de fundamental importância. O exemplo da Pastoral da Criança, que atua sobre a melhora da saúde básica e que conseguiu, por meio dos próprios membros das comunidades, reduzir a mortalidade infan l em todo o país”, demonstra. E complementa: “Para isso, é importante que a Igreja seja ar culadora de conhecimentos e ações, por meio da a vação de redes existentes das comunidades (universidade, ins tutos, ONG’s, grupos de bairro, centros comunitários). Com isso, é possível capacitar os cristãos a sair em busca desses desfavorecidos e não apenas para doar coisas, mas também capacitá-los a assumir sua realidade e assim, mudá-la”.

atuação da Arquidiocese de Natal, nas paróquias da capital e interior, desde o mês passado o encontro do clero e arculadores foi dividido por grupos: zonais do interior e zonais da capital, tendo em vista um melhor aproveitamento das reuniões por parte destes grupos. Segundo o coordenador de pastoral da Arquidiocese de Natal, o padre Francisco das Chagas, esses encontros possibilitam uma melhor compreensão de cada realidade, para que se possa traçar ações que unifiquem estas realidades. “Tivemos a par cipação de Camila Furukava neste primeiro momento, que nos auxiliou na compreensão das realidades urbanas e rurais. Acreditamos que a par r disso, temos subsídio para planejar ações de evangelização que congreguem e unifiquem mais estas duas realidades”, frisa. Ainda de acordo com o padre, outros encontros do clero e ar culadores abordarão esta temá ca.

Realidade da Arquidiocese de Natal Com o obje vo de unificar a

Pe. Francisco das Chagas, coordenador arquidiocesano de pastoral

Mundo urbano x rural Para a geógrafa Josélia Carvalho, que também integra o conselho arquidiocesano de pastoral, em termos geográficos e sociais, um desafio do mundo urbano em relação ao mundo rural, diz respeito ao es lo de vida. “Viver hoje exige um esforço homérico para conseguir qualificação e por sua vez renda, para então sobreviver neste mundo que é presidido pelo consumo. Portanto, muitos têm que migrar das pequenas para as grandes cidades. Um segundo desafio, acho que é ter uma iden dade em meio a uma cambiante diversidade de posturas, prá cas e ideologias. Como é di cil a construção do ser social hoje, quando os costumes, as tradições e os ensinamentos são triturados pela inovação, as descobertas e as sempre novas experiências”, pontua. Levando em consideração estes pontos, Josélia aponta alguns caminhos para uma maior proximidade da Igreja com o povo. “A Igreja há que, e sei que sempre fez defender a vida. Mas para defender há que entender como as pessoas vivem - ou querem - viver hoje. Porque, admitamos, já não é mais a Igreja quem diz como as pessoas devem viver, não é verdade? Isso ficou há umas três gerações para trás! Não que a Igreja deva ser subserviente à loucura do mundo atual, antes, apresentar os seus princípios e dialogar com este mundo. Lembro bem que um padre um dia falou que não dá para proibir fieis na missa da Redinha, no domingo, às 10 horas da manhã, num dia de sol, se ele es ver de roupa de banho. Enfim, a Igreja precisa lançar mão do conhecimento socialmente produzido na atualidade, discu r, emi r sua opinião, ocupando sempre - e também - um lugar nessa realidade que vai sendo construída pela sociedade”, observou. COLÉGIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

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8 - A Ordem

12 de abril de 2015

Geral

Aniversário

Re ro no Carmelo

Festa da Misericórdia

A Comunidade cristã dedicada a São João Batista, da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Parque dos Coqueiros, zona norte da capital potiguar, celebra 15 anos de criação. Os festejos tiveram início no último dia 10 e se estendem até este domingo, 12 de abril. As celebrações acontecem todas as noites, sempre às 19h30. A comunidade fica situada no Vale Dourado.

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Ceará-Mirim, realizará re ro espiritual, dia 19 de abril, das 8 às 16h30, no Carmelo de Santa Teresinha e Nossa Senhora do Sorriso, em Emaús. A programação constará de missa, palestras, liturgia das horas, recitação do terço e adoração ao San ssimo Sacramento. As palestras serão proferidas pelas irmãs do Carmelo. Os interessados devem fazer inscrição na sacris a da Igreja Matriz.

A Renovação Carismá ca da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Parque dos Coqueiros, zona norte de Natal, celebra a Festa da Misericórdia, neste domingo, 12, das 8h30 às 16h30, na Comunidade São Francisco de Assis. A programação consta de louvor, pregação, adoração ao San ssimo Sacramento e missa. Também, ontem, dia 11, a Paróquia promoveu uma manhã de espiritualidade, no Carmelo, em Emaús.

Artigo

Compaixão e Misericórdia Há uma leitura sociológica sobre a situação relacional do humano na posmodernidade, que é preocupante: “A globalização da indiferença”. Existe uma leitura antropológica e outra teológica. Partimos do princípio de que quem é misericordioso sempre tem compaixão; mas, nem sempre quem tem compaixão é misericordioso. Deus é misericordioso e, por isso, sente compaixão. Ele sente as misérias da Humanidade e entra na sua história para resgatá-la de todas elas, inclusive da morte, que é a radicalidade do sofrimento humano. O homem sente compaixão; porém, nem sempre tem misericórdia. Para desenvolver esta visão, tomo a ideia da filósofa judia, Hannah Arendt, que em sintonia com as motivações da Revolução Francesa, afirma que “a compaixão é inquestionavelmente um afeto material natural que toca, de forma involuntária, qualquer pessoa normal à vista do sofrimento, por mais estranho que possa ser o sofredor e, portanto, poderia ser considerada como base ideal para um sentimento que ao atingir toda a humanidade, estabeleceria uma sociedade onde os homens realmente poderiam se tornar irmãos”. Era o ideal da Revolução que exilou as suas raízes cristãs. A compaixão, como solidariedade, foi a força humanizante da igualdade e da fraternidade. O divórcio gerou a perplexidade na leitura que se fez necessária nos “tempos sombrios” da modernidade, principalmente, com os questionamentos que foram feitos

à condição humana do pós-guerra. O Papa emérito, Bento XVI, quando visitou o campo de concentração nazista de Auschwitz, questionou o seguinte: “Onde estava Deus quando tudo aquilo aconteceu?” As bases antropológicas da modernidade não conseguiram dar a resposta que era necessária para que o sentido da ação humana fosse satisfatório no confronto com o outro. O Papa Francisco denunciou, na sua visita à Lampedusa, a “globalização da indiferença”. O sociólogo polaco, Zygmunt Bauman, descreve esta estrutura da indiferença de modo claro, ao dizer que vivemos em tempos líquidos. Neste contexto, o lugar para a compaixão é mínimo. Ela existe, mas não é suficiente. O paradigma dos Iluminados foi superado porque este sentimento, antes de ser estrutural, precisa ser pessoal. Já com João Paulo II, mas agora de um modo mais intenso e contundente com o Papa Francisco, o tema da misericórdia é retomado como atributo essencial da realidade de Deus. Ele é um Pai misericordioso. Eis a verdade sobre Deus que o mundo precisa conhecer e experienciar. No final deste ano haverá a abertura do ano da misericórdia. Eis a marca teológica do pontificado de Francisco que ele está fazendo questão de demarcar. Este será lançado na próxima solenidade da Imaculada Conceição e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016, domingo de Cristo Rei. O julgamento de Deus é a sua misericórdia. Ele nos julga, nos amando. O que faz

FAÇA SUA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA 2015

com que esta resposta teológica esteja escondida é a crise de fé do homem contemporâneo. O olhar proativo do Papa Francisco é que ninguém pode se sentir ou ser excluído da misericórdia de Deus. Falar da misericórdia é falar do amor de Deus que penetra o coração humano e o converte. Ele é aquele que pode resgatar a pessoa completamente. Essa misericórdia, que é para todos, deve ter meios de manifestação. Sendo assim, podemos e devemos pensar a misericórdia e a compaixão como sentimentos que se completam para plenificar e reintegrar a pessoa humana. Enfim, pode existir compaixão sem a misericórdia; mas, nunca misericórdia sem compaixão. A autêntica misericórdia nos leva a compaixão. Por isso que, o que a Igreja está para celebrar é importante para sua vida interna e, também, a vida da humanidade. As pessoas não vivem a compaixão porque não estão abertas à misericórdia. Esta relação precisa ser aprofundada. A misericórdia é de Quem ama e que está sempre de braços abertos a perdoar e a acolher. Ela é humanizadora porque promove a dignidade de todos. Leiamos, meditemos e apliquemos o capítulo 15 do evangelho de São Lucas, com a sua simetria, e perceberemos que a compaixão é conseqüência da justiça misericordiosa de Deus. Assim o seja!

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9 - A Ordem

Entrevista

12 de abril de 2015

Foto: José Bezerra

“Precisamos correr atrás da pobreza para encontrar a nossa riqueza”

Com o Papa Francisco, muito se ouve falar em ‘periferias da humanidade’. Mas, onde estão essas periferias? Quem são? Como evangelizá-las? Este tema é abordado, nesta entrevista, pelo Padre Robério Camilo da Silva. Atualmente, ele é presidente do Serviço de Assistência Rural (SAR) e vigário paroquial de Nossa Senhora de Lourdes, de Petrópolis e Mãe Luiza, em Natal. A Ordem: O Papa Francisco tem insis do que a Igreja deve anunciar a mensagem do Evangelho com “gratuidade” e “amor”, em par cular nas “periferias” da humanidade. Como podemos interpretar este apelo do Papa? Pe. Robério: Primeiro, precisamos entender o que o Papa chama de “periferias” da humanidade. Não se trata simplesmente de periferias das cidades, mas das diversas situações periféricas em que as pessoas se encontram, privadas de seus direitos e da vida digna prome da por Jesus, independente até da condição social. Ele tem insis do que nós como Igreja precisamos sair, ir ao encontro das pessoas onde elas es verem e na situação que es verem e oferecer-lhes o nosso tesouro, que é Jesus Cristo. O Papa tem dado o exemplo com o trabalho realizado pela esmolaria do va cano, departamento novo para servir aos pobres. Por ocasião da páscoa distribuiu 300 envelopes com dinheiro para os mo-

radores de rua. Quando Dom Krajewski foi nomeado ‘elemosineiro’, ouviu do próprio Papa: saia, vá ao encontro dos necessitados, não fique atrás da escrivaninha. Tem pedido insistentemente ao clero que saia e volte com o cheiro das ovelhas e o sorriso do pastor. Cunhou a expressão "uma Igreja em saída". Nestas periferias encontram-se os homossexuais, as pros tutas, os dependentes químicos, os moradores de rua, os refugiados, os prisioneiros... cada um pode acrescentar mais a esta lista, de acordo com a realidade. Escutemos com atenção o grito do Papa Francisco na Evangelii Gaudium n.49: “Saiamos, saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo! Repito aqui, para toda a Igreja, aquilo que muitas vezes disse aos sacerdotes e aos leigos de Buenos Aires: prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças”. A Ordem: Quais são os maiores desafios para levar a evangelização às “periferias da humanidade”? Pe. Robério: Acho que o primeiro grande desafio é amar como Jesus amou. Deixar-se preencher, possuir pela força do Evangelho. Acolher o Evangelho como força transformadora, permi ndo a própria transformação. Em primeiro lugar precisamos fazer a experiência deste maravilhoso encontro com o Cristo, através da Palavra. Desta experiência adquiriremos a força e a coragem para adentrarmos às ‘periferias’ da humanidade, livres dos preconceitos. Outro grande desafio é a superação da indiferença, da apa a, tanto dos ba zados que precisam receber o anúncio e, pior ainda, dos que receberam a missão de anunciar. O desânimo dos pastores faz muito mal ao rebanho. Fundamental no processo de conversão é a convicção e a coerência. O mundo pede de nós, testemunho, comprome mento. Quando pregamos sem convicção e sem testemunho, enfraquecemos o poder da Palavra, contribuindo para formar uma Igreja cheia de fiéis e não de discípulos missionários. É Lamentável ainda a força da praga do clericalismo impedindo o protagonismo dos leigos. Diz o Papa: “Mais do que o ateísmo, o desafio que hoje se nos apresenta é responder adequadamente à sede de Deus de muitas pessoas, para que não tenham de ir apagá-la com propostas alienantes ou

com um Jesus Cristo sem carne e sem compromisso com o outro” (EG 89) A Ordem: Como o senhor tem trabalhado a evangelização na comunidade de Mãe Luiza? Pe. Robério: Mãe Luiza é um presente de Deus para a minha conversão, consequentemente, para minha san ficação. Deus tem me proporcionado fazer a experiência do Evangelho do Bom Pastor de maneira radical e numa perspec va diferente. Aqui, eu tenho que ir em busca das noventa e nove ovelhas. É toda uma comunidade em situação de risco, de vulnerabilidade. O crime organizado é muito forte e sedutor. Por falta de boas escolas que preencham as vidas das crianças, jovens, adolescentes de sonhos e projetos, os encontramos muito cedo desejando e pra cando o que não presta. O trabalho de evangelização se dá aqui através das diversas pastorais, mas especialmente, através dos missionários. No processo educa vo sistemá co nas duas escolas e agora no Arena do Morro, nosso ginásio poliespor vo. Procuramos fortalecer os que estão de pé para dar amparo e suporte aos caídos. A Ordem: Neste sen do de levar a evangelização aos lugares mais di ceis, que mensagem o senhor deixa para os consagrados e fiéis leigos engajados da Arquidiocese de Natal? Pe. Robério: Indispensável na vida de quem ousa viver o Evangelho é a conversão diária; a coragem de mudar de rumo, de recomeçar, acreditar que Deus é quem age. Precisamos diariamente entrar na aventura de amar e servir. Tudo se torna pequeno quando abraçamos a grandeza de amar. Precisamos olhar o mundo com os olhos da fé; procurar enxergar o que Deus quer que a gente veja, para poder fazer a sua vontade. Precisamos, como pede o Evangelho, nos esvaziarmos de nós mesmos e tomar a cruz. Experimentar a alegria de sermos livre pelo fato de sermos de Deus. Precisamos correr atrás da pobreza para encontrar a nossa riqueza. Nessa corrida aprendemos que nós valemos por aquilo que somos e não por aquilo que temos. O resto é vaidade. “Uma das tentações mais sérias que sufocam o fervor e a ousadia é a sensação de derrota que nos transforma em pessimistas lamurientos e desencantados com cara azeda” (EG 85).


10 - A Ordem

12 de abril de 2015

Virou notícia

Paróquia lembra aniversário do padroeiro

Sintonia do Bem é apresentada ao governador panha “Sintonia do Bem”, em prol da Rádio Rural de Natal, que está no processo de transição de AM para FM. Na apresentação, o Padre Sávio solicitou o apoio ins tucional do governo, no sendo de auxiliar na divulgação da Rádio, que será a primeira FM católica de Natal.

A Paróquia de São José de Anchieta, no bairro de Lagoa Nova, desenvolveu uma programação, no úl mo dia 9, para celebrar um ano da canonização do santo padroeiro. O aniversário aconteceu dia 3 de abril, mas, por coincidir com a Sexta-feira Santa, a Paróquia comemorou a data no dia 9, realizando a ‘Missão Anchieta’, com várias a vidades, das 7 às 19 horas.

Foto: Luiza Gualberto

O Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e o diretor da Rádio Rural de Natal, Padre Carlos Sávio Ribeiro, es veram reunidos com o governador do Estado do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, na tarde do dia primeiro de abril. O obje vo foi apresentar ao governador a cam-

CMJ celebra dez anos de ações O Centro Marista de Juventude (CMJ), de Natal, comemorou dez anos de atuação, no úl mo dia 20 de março. A programação fes va teve início com a celebração eucarís ca em ação de graças, na Capela do Colégio Marista. Depois, houve um resgate da história do CMJ e homenagens aos cursistas, colaboradores, assessores e parceiros. Cerca de cem pessoas par ciparam das comemorações.

Audiência aconteceu dia primeiro de abril, na governadoria

Macaíba promove ação com o Hemonorte parceria com o Hemonorte, para a doação de sangue. A campanha aconteceu no largo da Igreja matriz.

Rádio Rural e FAHS estão na pauta da Pascom A coordenação arquidiocesana da Pastoral da Comunicação convocou dois representantes de cada equipe paroquial da Pascom, de Natal e região metropolitana, para uma reunião, neste dia 11, das 10 às 12 horas, no Centro Pastoral Dom Heitor Sales, no centro da capital. A reunião contou com a par cipação do Padre Sávio Ribeiro, que fez

uma exposição dos novos projetos da Rádio Rural de Natal, e do Padre Valquimar Nogueira, que apresentou os novos cursos da Faculdade de Filosofia e Teologia Dom Heitor Sales. Entre os novos cursos, está uma especialização em Comunicação Ins tucional e Eclesial, cujas pré-inscrições já estão abertas, através do site www.fahs.edu.br.

Seminário realiza encontro vocacional Tirol, em Natal, e contou com a participação do Diácono Rodrigo Paiva, que falou sobre o ‘chamado’. O próximo encontro vocacional está marcado para o dia 26 de abril.

Foto: Sérgio Alexandre

Trinta e sete jovens participaram do primeiro encontro vocacional deste ano, realizado pelo Seminário de São Pedro. A atividade aconteceu dia 28 de março, na sede da instituição, situada na Av. Campos Sales, no

Par cipantes do encontro vocacional, realizado dia 28 de março

Foto: Walter Severiano

A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Macaíba, realizou no úl mo dia 28 de março, uma ação social, em

Grupo de jovens ligados ao CMJ

Paróquia celebra em comunidades A Paróquia de São José de Anchieta, no bairro Lagoa Nova, em Natal, realizou a celebração de missas em ruas do bairro, durante o período quaresmal. O objetivo foi proporcionar a participação de pessoas que não podem se deslocar até a Igreja, como idosos, enfermos ou com necessidades especiais, preparando-as para a Semana Santa. As celebrações foram presididas pelo pároco, o padre Francisco Lucas, e pelo vigário paroquial, o padre Lourival Liberato.


11 - A Ordem

12 de abril de 2015

Geral

Fique por dentro Pe. Valdir Cândido de Morais Ecônomo da Arquidiocese de Natal

Declaração IRPF 2015 - Obrigatoriedade O prazo para entrega da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física - DIRPF 2015 começou no último dia 2 de março e termina em 30 de abril. Quem está obrigado a declarar: - Quem recebeu rendimentos tributáveis (como salários e aluguéis) em valor superior a R$ 26.816,55; - Quem recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte (como indenizações trabalhistas, prêmios de loteria, saques do FGTS, caderneta de poupança ou doações) em valor superior a R$ 40 mil; - Quem, em 31 de dezembro de 2014, tinha bens ou aplicações de valor total superior a R$ 300 mil reais. * E-mail: economato@arquidiocesedenatal.org.br

Colaboração: CONTAB/RN Ajude o Seminário de São Pedro através de doações na conta de energia.

Fone: (84) 3615-2819 Fax: (84)3615-2821 campanha@seminario saopedro.org.br

Correio do clero

Parabéns Aniversário natalício: . 12/04 - Pe. Manoel Alaíde da Silva - Administrador da Paróquia de São Paulo Apóstolo Pedro Avelino . 13/04 - Pe. Gilmar Pereira de Castro - Pároco da Paróquia de São Lucas - Conjunto Amarante - São Gonçalo do Amarante . 14/04 - Dom Ma as Patrício de Macêdo - Arcebispo emérito de Natal . 15/04 - Pe. Shirleno Shárlisson de Oliveira - Vigário Paroquial da Catedral . 18/04 - Pe. José Daniel Nunes de Paulo - Arquidiocese Militar . 18/04 - Pe. Talvaci Salus no Soares - Pároco emérito da Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora - Felipe Camarão

Assembleia da CNBB será ele va e atualizará Diretrizes A 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acontecerá de 15 a 24 deste mês, em Aparecida (SP). Durante o encontro, os bispos atualizarão as Diretrizes Gerais daAção Evangelizadora da Igreja no Brasil. As atuais Diretrizes contêm cinco urgências para a ação evangelizadora: Igreja em estado permanente de missão; Igreja: casa da iniciação à vida cristã; Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; e Igreja a serviço da vida plena para todos. O encontro anual do episcopado brasileiro reúne mais de 450 bispos, entre cardeais, arcebispos, bispos auxiliares e eméritos, além dos que fazem parte das igrejas de Rito Oriental. No total, serão 274 circunscrições eclesiás cas representadas. O Arcebispo Metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, par cipará da Assembleia. Em sua ausência, o Vigário Geral, Padre Edilson Nobre, responderá pelo governo arquidiocesano.

Passa tempo

Viva bem

Rúcula Além de pobre em calorias, é rica em fibras. Por isso, um dos seus principais bene cios é combater e tratar a prisão de ventre, porque é uma verdura rica em fibras, com aproximadamente 2g de fibra por cada 100g de folhas. Outros bene cios da rúcula são: ajuda a controlar a diabetes, combate o colesterol e o triglicerídeos altos; ajuda a emagrecer; previne o câncer do intes no; previne a catarata; e ajuda a combater a osteoporose. Além disso, as fibras da rúcula também ajudam a prevenir doenças inflamatórias no intes no, como a diver culite. Dra. Márcia Roque Braz de Araújo Nutricionista, Natal/RN

Frases engraçadas . A risada é o melhor remédio, mas se você está dando risada sem nenhum mo vo, talvez você esteja precisando tomar outro po de remédio. . Quer ganhar milhões de seguidores? Cutuque um enxame de abelhas e saia correndo. . O cara era tão magro que o chuveiro dele só nha um furo. . Se um dia sen r um enorme vazio dentro de você, vá comer. Pode ser fome. . Se dinheiro falasse, o meu diria tchau. Fontes: h p://www.frasescurtas.net/frases-engracadas.html http://www.mensagensonline.net/categoria/50/divertidas.html?pg=1

ASSINE "A ORDEM" Procure a equipe da Pascom, em sua Paróquia, ou a coordenação arquidiocesana INFORMAÇÕES: pascom@arquidiocesedenatal.org.br

(84) 3615-2800

ABASTECENDO NO POSTO, VOCÊ ESTÁ CONTRIBUINDO COM O “SEMINÁRIO DE SÃO PEDRO” - QUALIDADE MUNDIAL SHELL Rua Apodi, 520 - Tirol Vizinho ao Seminário de São Pedro


12 - A Ordem

12 de abril de 2015

Notícias

Paróquias fazem coleta de assinaturas pró reforma polí ca Foto: Cacilda Medeiros

Até o dia 30 de abril, as paróquias da Arquidiocese de Natal fazem a coleta de assinaturas a favor da reforma polí ca. Em cada paróquia, há uma equipe responsável pela coleta. Os interessados em assinar, também podem procurar o Vicariato para as Ins tuições da Arquidiocese de Natal. O assunto foi tratado na mensagem de Páscoa, do Arcebispo Metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, publicada no úl mo dia 5, por ocasião do Domingo da Ressurreição. No texto, Dom Jaime ressaltou a co-responsabilidade de todos os membros da Arquidiocese de Natal – padres, diáconos, religiosos e leigos – para a promoção da campanha de assinaturas para o Projeto de Lei de Inicia va Popular, elaborado pela coalizão pela reforma polí ca democrá ca e eleições limpas. “O momento exige a

Dom Jaime, Arcebispo de Natal

par cipação de cada cidadão para cobrar das Casas do Congresso Nacional uma Reforma Polí ca Democrá ca que estabeleça normas e procedimentos capazes de assegurar, de forma efe va e sem influências indevidas, a liberdade das decisões do eleitor”, lembrou o Arcebispo, na mensagem. E conclamou: “Par cipemos todos, então, da campanha de assinaturas de adesão à proposição de uma Reforma Polí ca Democrá ca, realizada por uma constuinte exclusiva e soberana, com a responsabilidade de mudar o sistema polí co para evitar que a esfera privada con nue dominando e sugando a espera pública, além de promover as reformas urgentes e necessárias que garantam a igualdade de direitos econômicos, sociais, ambientais, culturais e civis para todos os brasileiros”.

Arquidiocese entrega Diretório de Pastoral O arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, fez a apresentação e entrega do Diretório Arquidiocesano de Pastoral, ao clero da Arquidiocese e ar culadores paroquiais, no úl mo dia 02 de abril, durante a celebração da Missa do Crisma, na Catedral Metropolitana. O documento servirá como orientação para as celebrações litúrgicas e vida pastoral da Arquidiocese de Natal. No decreto de promulgação do Diretório, o arcebispo destacou aspectos relevantes do documento e solicitou a apresentação do texto, em todo o território da Arquidiocese de Natal, no IV Domingo da Páscoa. “Recomendamos que seja recebido por todos, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas engajados, com espírito de abertura e docilidade, e que ainda seja lido publicamente este decreto, bem como o texto de apresentação con do no Diretório Pastoral. O referido Diretório, no IV Domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor, seja entregue ao Conselho Pastoral Paroquial dentro da missa, com maior afluência de fiéis, significando a importância deste instrumento para a ação pastoral da nossa Igreja parcular de Natal e para o pro cuo conhecimento de todo o povo de Deus”, diz.

Foto: Cacilda Medeiros

Durante a Missa do Crisma, clero e ar culadores paroquiais receberam exemplar do documento

Dom Jaime entregou o Diretório ao clero, durante a Missa do Crisma

Segundo o padre Abelardo Freitas, organizador do material e revisor canônico, o Diretório Arquidiocesano tem o obje vo de apontar caminhos para a ação pastoral da Arquidiocese. “O Diretório é voltado a todos os agentes de pastoral das paróquias da Arquidiocese e o conteúdo está dividido em três capítulos e um anexo”, fala. Os capítulos tratam dos sacramentos da iniciação cristã, sacramentos de cura e sacramentos da comunhão ou do serviço, além do anexo, que trata sobre o es lo, a maneira e cronologia do caminho catecumenal. Há mais de três anos foi formada

uma comissão para organizar o material, coordenada pelo arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime, contando com a colaboração dos seguintes padres: Edilson Nobre, Francisco das Chagas, Bianor Junior, Ma as Soares, José Nazareno, Murilo de Paiva, Valdir Cândido, Elielson Cassimiro, Paulo Henrique, José Valquimar, Abelardo Freitas e o diácono Edmar Conrado. Os fiéis em geral podem adquirir o Diretório, na sala da tesouraria da Arquidiocese - Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral), no valor de quatro reais.


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