Revista A Ordem - Janeiro/2018

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A Ordem

Fundação Paz na Terra Ano LXVI - Nº 21 Natal-RN / R$ 7,00 Janeiro de 2018

Santos Reis:

co-padroeiros de Natal


a ordem | Assunto

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Outubro de 2016 | 3


a ordem | Editorial

Antes de eleger um corrupto

Dois eventos – um internacional e outro nacional – estão na agenda dos brasileiros em 2018 e vão interferir, direta e indiretamente, na vida das pessoas: a copa do mundo de seleções de futebol, que mexe com as paixões e o nacionalismo – já que estarão em campo seleções nacionais de 32 países – e as eleições gerais para renovação das duas casas do Congresso; a presidência da República, governador e assembleias legislativas. A copa do mundo vai mexer com o emocional das pessoas. As eleições, porém, implicarão em consequências futuras, boas ou más para os brasileiros, dependendo de quem o eleitor colocar na Presidência da República, no Senado e na Câmara Federal, no Governo do Estado e na Assembleia Legislativa. São os eleitos para esses cargos que ditarão os rumos das políticas nas áreas econômica, sociais e direitos dos cidadãos no País e nos Estados pelos próximos anos. Isso implica em que cada eleitor deve colocar nas suas perspectivas de 2018 uma análise criteriosa dos candidatos aos cargos eletivos. Sem essa análise, o eleitor cumprirá a obrigatoriedade de votar, sem projetar as consequências futuras da eleição. Poderá eleger alguém mais preocupado consigo mesmo e pouco ou nada com os direitos dos cidadãos e com políticas públicas de combate à violência, às desigualdades sociais, à superação da fome e melhor distribuição de renda. Ponha essa análise criteriosa como um dos propósitos de vida para 2018, antes de eleger um corrupto.

Expediente

Revista mensal da Fundação Paz na Terra Endereço: Rua Açu, 335 – Tirol CEP: 59.020-110 – Natal/RN Fone: 3201-1689

Conselho curador: Pe. Charles Dickson Macena Vital Bezerra de Oliveira Fernando Antônio Bezerra Conselho editorial: Pe. Rodrigo Paiva Pe. Paulo Henrique da Silva Luiza Gualberto Adriano Charles Cruz, OFS Hevérton Freitas Josineide Oliveira Cione Cruz Vicente Neto Filipo Cunha Edição e Redação: Cacilda Medeiros (DRT-RN 1248) Luiza Gualberto (DRT-RN 1752)

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ENTREVISTA

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ARTIGO

Consultor orienta sobre metas para o ano novo

Um mundo sem violência é possível

22 PARÓQUIAS

Nesta edição, conheça as comunidades paroquiais da Redinha e São Gonçalo do Amarante

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REPORTAGEM

Movimentos católicos promovem ações para jovens no período do veraneio

CAPA: Canindé Soares Revisão: Milton Dantas (LP 3.501/RN) Colaboradores: José Bezerra (DRT-RN 1210) Adriano Cruz (DRT-RN 1184) Cione Cruz Rede de Comunicadores da Arquidiocese de Natal Projeto e diagramação: Terceirize Editora (84) 3211-5075 www.terceirize.com

Comercial: RN Editora Idalécio Rêgo (84) 98889-4001 Impressão: Unigráfica - (84) 3272-2751 Tiragem: 1.000 exemplares Assinaturas: Com as coordenações paroquiais da Pastoral da Comunicação ou na redação da revista, no Centro Pastoral Pio X – Av. Floriano Peixoto, 674 - Tirol - Natal/RN - (84) 3615.2800 assinante@arquidiocesedenatal.org.br www.arquidiocesedenatal.org.br


| a ordem

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a ordem | Palavra da Igreja

Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Enfermo O Papa Francisco publicou a mensagem para o 26º Dia Mundial do Enfermo, que será celebrado em 11 de fevereiro de 2018, dia em que a Igreja recorda Nossa Senhora de Lourdes. O Santo Padre escolheu como tema da mensagem as palavras de Jesus, elevado na cruz, que se dirige à sua mãe e a João, dizendo: «“Eis o seu filho! (…) Eis a sua mãe!” E, desde aquela hora, o discípulo a recebeu em sua casa» (Jo 19, 26-27). No texto, o Santo Padre explica que estas palavras do Senhor iluminam profundamente o mistério da Cruz. “Esta não representa uma tragédia sem esperança, mas o lugar onde Jesus mostra a sua glória e deixa amorosamente as suas últimas vontades, que se tornam regras constitutivas da comunidade cristã e da vida de cada discípulo.” E acrescenta: “Em primeiro lugar, as palavras de Jesus dão origem à vocação materna de Maria em relação a toda a humanidade. Será, de uma forma particular, a mãe dos discípulos do seu Filho e cuidará deles e do seu caminho. E, como sabemos, o cuidado materno dum filho ou duma filha engloba tanto os aspectos materiais como os espirituais da sua educação.” Francisco também lembra que a vocação materna da Igreja para com as pessoas necessitadas e os doentes concretizou-se, ao

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longo da sua história bimilenária, numa série riquíssima de iniciativas a favor dos enfermos. “Esta história de dedicação não deve ser esquecida. Continua, ainda hoje, em todo o mundo. Nos países onde existem sistemas de saúde pública suficientes, o trabalho das congregações católicas, das dioceses e dos seus hospitais, além de fornecer cuidados médicos de qualidade, procura colocar a pessoa humana no centro do processo terapêutico e desenvolve a pesquisa científica no respeito da vida e dos valores morais cristãos. Nos países onde os sistemas de saúde são insuficientes ou inexistentes, a Igreja esforça-se por oferecer às pessoas o máximo possível de cuidados da saúde, por eliminar a mortalidade infantil e debelar algumas pandemias. Em todo o lado, ela procura cuidar, mesmo quando não é capaz de curar”, destaca. O Santo Padre encerra a mensagem pedindo a Virgem Maria para que interceda pelo 26º Dia Mundial do Doente, e que ela ajude as pessoas doentes a viverem o seu sofrimento em comunhão com o Senhor Jesus, e ampare aqueles que cuidam delas. “A todos, doentes, agentes de saúde e voluntários, concedo de coração a Bênção Apostólica,” conclui. Fonte: Portal do Vaticano

francisco Papa


A voz do pastor | a ordem

Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo Metropolitano de Natal

Queridos irmãos e irmãs! Eis que se descortina diante de nós o novo ano, 2017. Ele vem acompanhado do nosso desejo de vivê-lo com entusiasmo e determinação. Somos motivados pela missão de proclamar a nossa fé no Deus Uno e Trino, na Encarnação do Filho de Deus e no envio do Espírito Santo para fazer de nós, filhos e filhas no Filho, continuadores de sua missão. Para 2017, as perspectivas pastorais estarão animadas pela Missão e Visão de futuro, assumidas na 55ª Assembleia Pastoral Arquidiocesana, em 2015, e retomadas na 56ª Assembleia, em novembro passado. Nessa última Assembleia, seguindo a dinâmica do Marco Referencial da Ação Pastoral Arquidiocesana 2016-2019, nós, agentes de pastoral (Arcebispo, presbíteros, diáconos permanentes, religiosos e religiosas, leigos e leigas engajados e consagrados), escolhemos ações para 2017, compondo o nosso Plano Operacional Anual (POA). A Missão assumida por toda a nossa Igreja nos leva a uma atitude de confiança na ação do Espírito Santo que guia os nossos passos na vivência do estado permanente de missão: “Evangelizar a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, na escola de Maria, com o testemunho dos nossos mártires...”. Continuamos a perseguir a Visão de futuro, que é o desejo de ver todas as paróquias “setorizadas”, isto é, na dinâmica de pequenas comunidades que vivem a missão de evangelizar como Igreja “em saída”. Para 2017, em cada uma das Metas pastorais: formação missionária integral, setorização das paróquias, luta pelo acesso e proposição de politicas públicas, uso eficaz

Perspectivas pastorais para 2017 dos meios de comunicação social, setores família e juventude fortalecidos, foram escolhidas e assumidas ações para seguir adiante na Missão de tornar a nossa Igreja “Discípula Missionária, Servidora, Acolhedora, Profética e Misericordiosa”. Além dessas Metas, juntando a sexta, que trata da descentralização das estruturas pastorais, foi acrescentada ainda uma outra, a que diz respeito ao empenho pela devoção aos nossos mártires: “Devoção aos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, testemunhas da fé cristã, fomentada e disseminada em todas as Paróquias e Instituições da Arquidiocese e no Brasil”. Os três Vicariatos territoriais que compõem a nossa Igreja Particular assumiram ações nas Metas pastorais que procuram desenvolver as mesmas metas nas suas estratégias. Assim, o incentivo ao cuidado pela formação permanente dos agentes de pastoral, a atenção sempre necessária e urgente ao compromisso social, seguindo a Doutrina social da Igreja, a busca por um uso eficaz dos meios de comunicação social na evangelização, desde os meios existentes em nossa Igreja Particular até à formação dos núcleos paroquiais da PASCOM, a preocupação com a família e a juventude, querendo fortalecer todos os setores que cuidam dessas duas fundamentais áreas de evangelização, com os serviços, pastorais e segmentos ligados a esses setores, bem como uma formação segundo o pensamento do Papa Francisco de sermos uma Igreja que acolhe e não afasta, e por fim, a necessidade de seguirmos o testemunho dos nossos mártires que nos ensinam a nunca deixar de confiar na força do Espírito Santo na nossa vida, foram algumas das ações prioritárias assumidas para 2017.

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a ordem | Entrevista

Consultor dá orientações para alcançar metas traçadas para o ano novo

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Antes de chegar o final do ano, é comum as pessoas anotarem em um caderno ou fazerem listas de desejos do que desejam alcançar no ano novo que se inicia. Mas, muitas vezes, o que acontece é que, ao longo do ano, perdemos de vista o que se planejou e encerramos o ano, mais uma vez, sem alcançar o que se traçou como meta. Nesse caso, é preciso saber escolher bem quais metas deseja conquistar, seja pessoalmente ou profissionalmente, no intuito de manter o ânimo e conseguir batê-las. Kelermane Martins, consultor e palestrante, além de presidente da K&M Group dá algumas orientações neste sentido. Segundo ele, o aspecto mais importante antes de fixar uma meta é saber aonde nós estamos e pra onde nós queremos ir. A Ordem: Como as pessoas, de um modo geral, devem definir que metas seguir no ano novo que se inicia? Kelermane: O aspecto mais importante antes de fixar uma meta é saber aonde nós estamos e pra onde nós queremos ir. Para saber aonde eu quero chegar, é preciso que eu olhe pra dentro, ou seja, o que é que eu busco; o que realmente tem significado pra mim; e o que é que tem sentido maior. Tem muita gente estabelecendo metas que não são pra elas, porque acabam se inspirando nas coisas que leem, nas conversas que têm. Tem gente, por exemplo, elegendo metas, como a aquisição de um carro, um terreno e por aí vai, que muitas vezes pode não ser a busca principal. Então, há pessoas que conseguiram várias coisas,

Cedida

Entrevista | a ordem

mas terminam o ano tristes, porque não estão satisfeitas com a realidade que tem e muitas vezes isso está atrelado ao tipo de meta que desejamos alcançar, que muitas vezes não está diretamente ligada ao sentido maior da nossa existência. As metas podem ser qualitativas e quantitativas. Cada vez mais, as pessoas estão buscando alcançar metas mais qualitativas, até porque as quantitativas vem quase que por consequência. As vezes, a meta para uma pessoa, pode ser se relacionar melhor com os outros, por exemplo. Já numa empresa, não. Elas precisam ter também muitas metas quantitativas. Quando as pessoas conseguem estabelecer metas conectadas com o seu sentido interior, esse é o grande estímulo para conseguir alcançar aquilo que se traçou como objetivo.

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a ordem | Entrevista A Ordem: No caso de uma empresa, o que ela deve levar em consideração para o cumprimento de uma meta? Kelermane: As empresas passam pelos pontos que levantamos na questão anterior, mas por um outro viés. Elas devem se perguntar: qual o propósito da minha empresa? Qual a minha missão? O que tenho como estímulo maior? É importante que essas questões sejam todas refletidas antes de se pensar em elaborar metas. Se a empresa consegue definir isso, as metas começam a se apresentar mais facilmente. Uma coisa muito importante é que essas metas sejam atingidas. Eu só posso fixar metas para o período de um ano. Não posso traçar e executar metas para quatro anos, em apenas um ano. É como você colocar um objeto muito distante para uma criança que está engatinhando. Ela acaba perdendo o estímulo, porque aquilo se torna meio que inalcançável pra ela. A empresa é igual. A Ordem: Como fazer para eleger metas que tenham uma maior possibilidade de serem alcançadas? Kelermane: Imagine a meta como uma corrida, que tem outros competidores e você só pode correr conforme a sua resistência, o seu condicionamento físico e o tamanho do passo que você pode dar. Isso varia de pessoa para pessoa. É preciso que a gente reconheça o nosso potencial para que possamos eleger metas que tenham mais chance de ser alcançadas. Mas, é preciso que elas também sejam desafiadoras, porque se elegemos metas que conseguimos alcançar facilmente, isso pode gerar um estado de apatia. Temos que ter um meio termo. Não pode ser algo inalcançável, e também algo que com poucos passos a gente consiga realizar. A Ordem: O que se pode fazer para manter o ânimo no cumprimento das metas e não desistir no meio do caminho? Kelermane: Fixar metas, hoje, entrou no censo comum. As pessoas entendem que elas precisam fixar objetivos. Qual a parte delicada? É que a pessoa anota, faz uma lista de desejos e, 10 | Janeiro de 2018

nessa lista, mas, ao longo do caminho acontece algum tipo de imprevisto e, em função daquilo, ela mobiliza toda a energia no lado negativo e não consegue mais ser inspirada por aquelas metas. Por isso que é tão importante aquele passo inicial, de eleger metas que tenha a ver com o seu sentido interior, mesmo passando por algum tipo de adversidade na sua vida, isso não vai fazer com que você pare. É fundamental para o estado de ânimo que a pessoa não perca de vida aquelas metas que, de fato, são inspiradoras para ela. A Ordem: Que mensagem você poderia deixar aos leitores da Revista A Ordem no sentido do novo ano que se inicia? Kelermane: Em primeiro lugar, é precisar saber deixar pra trás tudo aquilo que não somou, não adicionou ou não nos edificou. Isso não tem a ver somente com algo que nos entristeceu, porque existem coisas que são difíceis, mas que nos edificam. Essas a gente deve trazer. Mas, há coisas, como a raiva ou o rancor de algo, por exemplo, que além de não resolver, nos torna cada vez mais limitados para agir em prol de algo melhor que a gente quer para a nossa vida. Em segundo lugar, eu preciso entrar mais leve no ano. Por mais que se tenha uma certa idade ou mais experiência, devemos entrar no ano novo com espírito de criança, olhando com o olhar do novo, porque há pessoas que começam o ano novo com um olhar muito envelhecido. Então, nada de novo acontecerá, porque não é o novo ano que se apresenta, mas a pessoa que adentra em um novo ano totalmente carregada do velho. É preciso entrar de uma forma mais leve e livre, para olhar o mundo de uma forma positiva, carregada de esperança, de visão de um amanhã melhor, construindo uma identidade de que se ela agir conforme ela precisa e der os passos necessários, ela vai, sim, alcançar objetivos melhores. Não tem nada que substitua, no centro de nossas vidas, a esperança, que deve ser carregada de fé. A força e a vontade interior também é algo que deve ser levado por nós, além do amor, que é o facilitador de tudo. Tudo que é permeado de amor, frutifica. Minha mensagem vai nesse sentido de otimismo.


Entrevista | a ordem

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Luiza Gualberto

a ordem | Capa

Antes da procissão, no dia 06, os fiéis visitam o Santuário de Santos Reis

Santos Reis:

tradição e religiosidade marcam festa dos co-padroeiros de Natal Por Luiza Gualberto

No dia 06 de janeiro, a Igreja católica celebra, tradicionalmente, a epifania do Senhor. Na tradição, lembra-se o dia que Jesus, recém-nascido, recebeu a visita de três Reis Magos: Belchior, Gaspar e Baltazar, que vieram do oriente,

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guiados por uma estrela. Os santos Reis Magos também são co-padroeiros da capital potiguar e do bairro que leva o mesmo nome, na zona leste de Natal. Desde o final de dezembro, a comunidade celebra a festa dos padroeiros, mas, o ponto alto é a procissão, que acontece no dia 06, dia em que também é feriado municipal.


História A primeira construção da Fortaleza dos Reis Magos começou no dia 06 de janeiro de 1598 e terminou no dia 24 de junho do mesmo ano. Havia dentro do forte uma capelinha com um desenho do três Reis Magos. Daí o nome Fortaleza dos Reis Magos. Na manhã do dia 24 de junho daquele ano, aconteceu a primeira celebração de missa no local. Daquela celebração, participaram quatro sacerdotes: o jesuíta Gaspar de Sampéres, construtor do forte; Pe. Lemos, outro jesuíta, seu desenhista, e os franciscanos Frei Bernadino dos Neves e Frei João de São Miguel. Segundo o livro “História de Santos Reis – A capela e o bairro”, de autoria de José Melquíades, edição do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, “tomaram parte, na celebração, Jerônimo de Albuquerque, oficias e praça, e os índios ligados a Frei Bernardino. E, assim, nasceu Natal e nasceu, também, a festa de Santos Reis”. A primeira festa de Santos Reis foi celebrada no Forte, no dia 06 de janeiro de 1599. As imagens, ainda hoje existentes, vieram de Portugal, em 1755. Em 1910, foi construída uma outra capela fora do forte, na elevação das dunas. O local chamava-se “Limpa”. As imagens foram levadas para lá e recomeçaram os festejos aos padroeiros. Na época, as festividades eram apelidadas de “Festa da Limpa”. Em 1935, a capela foi demolida e construída aonde está situada, nos dias atuais, com as imagens originais. A festa Neste ano, a festa tem como tema “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na Igreja em saída, a serviço do Reino”. De acordo com o pároco da Paróquia da Sagrada Família, nas Rocas,

Cacilda Medeiros

Capa | a ordem

Pe. Cláudio Luiz de Carvalho, pároco

da qual o santuário de Santos Reis faz parte, Padre Cláudio Luiz de Carvalho, os padroeiros são, para os fiéis, exemplos de leigos “em saída”, como pede o Papa Francisco. “Eles souberam entender os sinais de Deus e partiram para adorar o Menino Jesus. Diante de seus pais, lhe ofereceram seus dons. Após essa magnífica Epifania do Senhor, que abraçou seus corações, os Magos partiram para novos caminhos. Mudaram não somente a rota, mas a vida. Sigamos seus exemplos”, convoca. Os festejos serão encerrados no dia 6, com a seguinte programação: 6h, alvorada; 7h, missa, presidida pelo Vigário Episcopal Urbano, Padre Flávio Herculano; às 9h, missa dos peregrinos, presidida pelo pároco, Padre Cláudio Luiz de Carvalho; às 11h, celebração do Sacramento do Batismo; 16h, procissão com a imagem dos Reis Magos, encerrando com missa, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha.

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a ordem | Capa Luiza Gualberto

Festa de Santos Reis reúne milhares de fiés, todos os anos

Forte dos Reis Magos sofre com abandono O mais antigo monumento do Rio Grande do Norte permanece um amontoado de padres, areia, problemas e burocracia. Anunciada no último mês de setembro como candidata ao título de Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco, a Fortaleza dos Reis Magos pode ficar fora do páreo se a atual situação de abandono não for revertida. De acordo com uma matéria publicada pelo jornal Tribuna do Norte, no mês de novembro passado, a loja de artesanatos que havia no local, fechou e não há equipe gestora no lugar, apenas seguranças, recepcionistas e assistentes de serviços gerais. Apesar de aberto à visitação, o forte, símbolo máximo da fundação de Natal, está com ambientes interditados e 14 | Janeiro de 2018

deixou de oferecer atrativos aos poucos visitantes que se aventuravam no local. A Fortaleza é administrada atualmente pela superintendência regional do Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desde dezembro de 2013, após passar quase quatro décadas sob responsabilidade do Governo do Rio Grande do Norte. Ainda na matéria publicada pela Tribuna do Norte, o Forte deve retornar para as mãos do estado em breve, mas ainda sem data definida. As negociações entre o IPHAN e a Fundação José Augusto começaram em meio passado, e o processo de cessão provisória pelos próximos 20 anos tramita no IPHAN Nacional, em Brasília.


| a ordem

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a ordem | Artigo

Um mundo sem violência é possível Oportuno e necessário o tema escolhido para a Campanha da Fraternidade do próximo ano: “Fraternidade e Superação da Violência – em Cristo somos todos irmãos”. Há mais de trinta anos trabalho com a infância e com a juventude. Iniciei a vida profissional como Advogado da então FEBEM, hoje FUNDAC, depois passei pelo Ministério Público, como Promotor de Justiça e, agora, já faz um certo tempo, como Juiz da Infância e da Juventude, em Natal. Durante todo esse tempo, não foi difícil perceber, que uma das causas da violência que hoje atinge as pessoas, a sociedade e as instituições, de uma forma geral, é causada pela violação, no passado, dos direitos fundamentais, básicos, de crianças e de adolescentes. O direito à vida e à saúde; o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer; o direito à profissionalização e à proteção no trabalho e, por último, talvez o mais importante, o direito à convivência familiar e comunitária (o direito de ser criado e educado no seio de uma família, quer seja natural quer seja substituta) são direitos essenciais à formação, proteção e promoção humana de crianças, adolescentes e jovens, que deveriam ser observados desde a geração no ventre materno. Porém, nem sempre é isso que acontece. Se a violência de hoje é fruto dessa não observância no passado o será tam-

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José Dantas de Paiva Juiz Coordenador da Vara da Infância e da Juventude do RN

bém no futuro se não forem observados hoje. Agora a pergunta: é possível alterar o estado em que nos encontramos, de violência generalizada? Respondo que sim, ainda na atual geração. Sou um otimista e esperançoso. As mesmas pessoas ou instituições que provocam a violência, por ação ou omissão, podem ser proativas, de forma positiva. É responsabilidade da Família, da Comunidade, da Sociedade em geral e do Poder Público, promover e defender todos os direitos fundamentais já garantidos na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e em outras legislações. Se cada um fizer a sua parte, e nós devemos saber a parte que nos cabe, poderemos sim, mudar a realidade. A Justiça da Infância e da Juventude, por exemplo, vem mudando a realidade no atendimento à criança e ao adolescente tanto na área de proteção (crianças e adolescentes vítimas de violação de direitos) quanto no atendimento ao adolescente em conflito com a lei (autores de atos infracionais), com uma nova filosofia de intervenção. Estamos implantando no âmbito do Tribunal de Justiça do RN a Justiça Restaurativa, que é, na sua essência, uma nova forma de solução de conflitos, reestabelecendo entre os litigantes, vítima e autor, uma cultura de paz e de respeito mútuo, por entender que “somos todos irmãos”.


salão de eventos

do seminário de S. Pedro

Programe seu encontro paroquial em um espaço adequado, climatizado e com estacionamento próprio. O Seminário de São Pedro oferece essa oportunidade no Salão de Eventos com capacidade para 120 pessoas e por um valor que está ao seu alcance. Atenda a sua necessidade e ajude o Seminário.

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cedida

a ordem | Em ação

Implantação da Pastoral, na Paróquia de Morro Branco

Pastoral da Sobriedade atua há 15 anos em Natal

Organizados em grupos, nas paróquias, os participantes da pastoral vivenciam os ‘12 Passos da Sobriedade Cristã’

Ela nasceu há quase 20 anos, no Brasil, como uma ação concreta da Igreja na prevenção, recuperação, inserção familiar e social de dependentes químicos e de outros vícios, por intermédio do acolhimento e da evangelização. A Pastoral da Sobriedade foi aprovada pela 36ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, realizada em Itaici (SP), no ano de 1998. De acordo com o Padre Robério Camilo da Silva, coordenador da Pastoral da Sobriedade, na

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Arquidiocese de Natal, ela é inspirada na Bíblia, na carta de São Pedro. “Sobriedade é uma palavra que não usamos facilmente no dia a dia. Porém, na Carta de São Pedro, ele diz: ‘sede sóbrios’. É o desejo que as pessoas sejam sóbrias, isto é, livres, conscientes e que não tenham vícios”, explica. Padre Robério acrescenta que a Pastoral é a resposta da Igreja Católica ao grande desafio das drogas, do alcoolismo e de outros vícios.


Na Arquidiocese de Natal A Pastoral da Sobriedade atua há 15 anos e está presente em 34 paróquias da Arquidiocese de Natal. “Até março próximo, temos a previsão de implantá-la em mais três paróquias. A nossa meta, em 2018, é realizar três cursos, sendo um em cada vicariato, com o intuito de preparar pessoas para atuarem na Pastoral,” diz o coordenador. Em 2017, aconteceu o primeiro encontro provincial da Pastoral, reunindo representantes da Arquidiocese de Natal e das Dioceses de Caicó e de Mossoró, servindo de referência para a coordenação nacional. Segundo Padre Robério, na Arquidiocese de Natal, a Pastoral já ajudou muitas pessoas a se recuperarem de vícios. “Temos recuperado a estima, a dignidade e vícios diversos. É, portanto, uma pastoral necessária em nossa Igreja. Podemos dizer que é uma pastoral do acolhimento”, afirma. Para implantar a Pastoral da Sobriedade, o primeiro passo é o pároco entrar em contato com a coordenação arquidiocesana. “Quando o padre entra em contato, a gente pede que ele escolha quatro pessoas da paróquia para participarem da capacitação. Depois, elas voltam para casa e continuam estudando a metodologia, até que realmente estejam preparadas para implantar e atuar na Pastoral da Sobriedade. Então, para que a implantação aconteça, podemos resumir em quatro passos: o desejo do padre, a escolha das quatro pessoas, a participação delas no curso e o estudo posterior”, explica Padre Robério. A sala da coordenação arquidiocesana da Pastoral funciona de segunda a sexta-feira, no horário da manhã, no prédio Nossa Senhora da

José Bezerra

Em ação | a ordem

Pe. Robério Camilo, coordenador arquidiocesano

Apresentação, na Av. Floriano Peixoto, por trás da Catedral Metropolitana de Natal. Como funciona Com reuniões semanais, os grupos paroquiais da Pastoral da Sobriedade atuam na intervenção, recuperação e reinserção familiar, por meio de ação terapêutica e evangelizando, trabalhando para a sobriedade do dependente e sua família. Durante as reuniões semanais, é proposto um Programa de Vida Nova, através da vivência dos ‘12 Passos da Sobriedade Cristã’. Em todo o Brasil, durante a semana o mesmo passo é trabalhado nas paróquias onde a pastoral atua. Os 12 passos são: admitir, confiar, entregar, arrepender-se, confessar, renascer, reparar, professar a fé, orar e vigiar, servir, celebrar e festejar.

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Cacilda Medeiros

a ordem | Paróquias

Matriz São Gonçalo do Amarante

São Gonçalo:

uma Paróquia criada pela Arquidiocese de Olinda e Recife Distante 18 km de Natal, a cidade de São Gonçalo do Amarante é conhecida como o berço da cultura e história do Rio Grande do Norte. A religiosidade também é marca forte da população, que tem São Gonçalo como padroeiro. Segundo o livro “Paróquias potiguares – uma história”, de autoria do Pe. Normando Pignataro Delgado (in memoriam), em 1832, pessoas que moravam na região ajudaram a erguer

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uma capela perto do rio Potengi e nela puseram uma imagem de São Gonçalo, feita de pedra. Daí, veio o nome da cidade, que inicialmente era chamada de São Gonçalo do Potengi. “Era um povoado simples e juridicamente pertencia à Paróquia de Natal. Vários sacerdotes ali estiveram, na qualidade de capelães, como o padre Domingos Rodrigues de Meneses, padre Antônio Pedro de Alcântara, padre José Fran-

cisco dos Santos e outros”, diz a obra. A Paróquia foi criada no dia 27 de março de 1835, pela lei nº 27 da Assembleia Legislativa Provincial, mas, somente três anos depois, em 15 de julho de 1838, é que uma Resolução da Assembleia Provincial determinou que a nomeação do vigário acontece somente quando a Igreja em construção estivesse coberta, caiada e com as portas assentadas.


Paróquias | a ordem

Curiosidades A Paróquia de São Gonçalo foi criada quando o Rio Grande do Norte fazia parte do território da Arquidiocese de Olinda e Recife, em Pernambuco. O livro do Pe. Normando traz algumas curiosidades relativas a esse período: em 03 de agosto de 1874, a sede da freguesia de São Gonçalo foi transferida para Macaíba; em 07 de fevereiro de 1879, a lei 832, da Assembleia Provincial, revogou a lei 689, ficando sem efeito a transferência da Paróquia de São Gonçalo para Macaíba; em 17 de março de 1883, a sede paroquial foi transferida de São Gonçalo para Macaíba. No dia 06 de setembro de 1912, por decreto do primeiro bispo de Natal, Dom Joaquim Antônio de Almeida, foi restaurada canonicamente a Paróquia de São Gonçalo do Amarante. No dia 30 de novembro de 1943, ao criar a Paróquia de São Paulo do Potengi, dom Marcolino Dantas, 4º bispo de Natal, dividiu o território de São Gonçalo entre as paróquias de Macaíba e São Paulo do Potengi. E, em 15 de abril de 1982, aconteceu a restauração definitiva da Paróquia

pelo arcebispo metropolitano da época, Dom Nivaldo Monte. Vida Pastoral Atualmente, a comunidade tem como pároco, o padre Valberto Messias. A Paróquia é bem atuante e tem uma vida pastoral intensa e está dividida em cinco setores, com 23 comunidades. “Ao longo desses cinco anos em que estou à frente dos trabalhos pastorais, procuramos desenvolver uma dinâmica bem participativa na Paróquia. Desenvolvemos um trabalho consistente com a pastoral do dízimo, além de uma ação de visitação missionária às famílias. Também, conseguimos triplicar o número de coroinhas que auxiliam as celebrações. Enfim, é uma comunidade muito ativa e participativa”, destaca. Neste mês de janeiro, a Paróquia vive com um momento forte, com a celebração da festa de São Gonçalo, que vai no período de 20 a 28, com diversas atividades religiosas e culturais. O Monumento dos santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu está inserido no território paroquial e o padre Valberto diz que a Paróquia faz um acompanhamento do local, no sentido de auxiliar na devoção aos santos potiguares. “A Paróquia, juntamente com o padre Murilo, que é o capelão dos Mártires, faz um acompanhamento do Monumento, com cele-

brações e também dando assistência aos visitantes. Todos os domingos, às 10h30, acontece celebração de missa no local”, diz. Todo dia 03 de cada mês, acontece missa votiva aos mártires, no Monumento, às 16 horas. Arquivo Pascom

Ainda segundo o livro do Pe. Normando, em 15 de outubro de 1844, o padre José Paulo Monteiro de Lima tomou posse como o primeiro vigário de São Gonçalo.

Pe. Valberto Messias, pároco

ENDEREÇO Praça Senador Dinarte Mariz, 66 Centro – São Gonçalo do Amarante Contato (84) 3278-2843 Horários de missas Todos os domingos, às 19h30 Secretaria Paroquial: segunda a sexta-feira, 8h às 12h e da 13h às 17h

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Marilde Fernandes

a ordem | Paróquias

A conhecida “Igreja de Pedras” é, hoje, a Igreja Matriz

A Redinha e a devoção a

Nossa Senhora dos Navegantes Tradicional praia e, ao mesmo tempo, bairro, da zona norte de Natal, a Redinha é conhecida pelo mercado, pela ginga com tapioca, as casas de veraneio e pela religiosidade. A devoção a Nossa Senhora dos Navegantes, tão reverenciada pelos pescadores, é antiga na comunidade. Tamanha a devoção é que há mais de cem anos, os devotos realizam, em janeiro, duas procissões (uma maríti-

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ma e uma terrestre) em honra da Santa. Outra prova da devoção é que, ainda no século XIX, os pescadores construíram uma capela dedicada à Virgem dos Navegantes, conhecida como a “capelinha dos pescadores”. Com o aumento da população e dos veranistas, a capela se tornou pequena. Em 1954, a comunidade construiu uma Igreja, bem próxima à capelinha.


Paróquias | a ordem

A Paróquia Criada em 20 de fevereiro de 2017, a Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, com sede na Redinha, foi desmembrada das Paróquias de Santana, no Conjunto Soledade 2, e de Nossa Senhora de Fátima, no Parque das Dunas. Por ocasião da criação da Paróquia, o Arcebispo Metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, nomeou o Padre Mário Gomes de França, como o primeiro pároco. A Paróquia é composta por oito comunidades, sendo quatro na faixa litorânea, da Redinha à Praia de Santa Rita, e mais quatro que vão do Jardim das Flores até o Raio do Sol. “São oito comunidades e nove igrejas, contando com a capelinha dos pescadores”, conta o pároco. De acordo com Padre Mário, um dos desafios de realizar o trabalho pastoral e evangelizador é o fato de uma parcela de pessoas só estarem no território da paróquia no período do veraneio. “Muitas são até engajadas em outras paróquias. Além disso, enfrentamos o desafio de realizar um trabalho pastoral e social

com os pescadores. Já nas outras comunidades, temos o problema das drogas e da violência com a juventude”, comenta o padre. Festa da padroeira A festa de Nossa Senhora dos Navegantes é celebrada no período de 19 a 28 de janeiro. Antes, porém, de 2 a 18, acontece uma peregrinação com a imagem da padroeira, por todas as comunidades da paróquia, preparando os fiéis para os festejos. No dia 28, às 15 horas, acontecem as duas procissões – terrestre e marítima. Uma imagem sai da capelinha dos pescadores, no final do Rio Potengi, e segue para a procissão marítima. A outra procissão sai da Igreja Matriz, passa pela comunidade da África, segue por um trecho da Av. João Medeiros Filho e volta para a ponto de saída. “No dia do encerramento da festa há uma movimentação grande na comunidade. As duas procissões, em especial, atraem muitos fiéis, inclusive de outras comunidades que vão pagar promessas e prestar homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes. Podemos dizer que o ponto alto da festa é o encontro das duas imagens, em frente à Matriz, no encerramento das duas procissões”, diz o pároco, Padre Mário Gomes.

Cacilda Medeiros

O templo foi construído com pedras pretas, retiradas do mar. Talvez seja a única igreja, no Brasil, feita com pedras retiradas do mar. É conhecida com a “Igreja de pedras”.

Padre Mário Gomes, pároco

ENDEREÇO: Rua Francisco Ivo, 85 Redinha – Natal (RN) Expediente: Terça a sexta – 14h40 às 17h Missas (Igreja Matriz): . Domingos - 8h . 3ª terça-feira – 19h30 (missa dos comerciantes) Saiba mais: nossasenhoradosnavegantesredinha

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a ordem | Verão

Igreja e movimentos católicos dirigem ações

para jovens no período de veraneio Por Cione Cruz

No mês de janeiro, tradicionalmente período de férias escolares e universitárias, a Igreja Católica na região Nordeste sofre um processo de esvaziamento de jovens, devido à temporada de veraneio nas praias. Para ir até onde os jovens estão, algumas ações estão sendo programadas por paróquias, comunidades e movimentos católicos, no território da Arquidiocese de Natal. A ideia é chegar onde eles estão, e é pensando assim, que a Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, em Mirassol, na capital potiguar, promove no próximo dia 14, na praia de Pirangi, o Terço da Juventude, já em sua segunda edição. Segundo o Padre Carlos Sávio, vigário paroquial e coordenador do evento, na Paróquia já existe a prática de rezar o terço com os jovens, uma vez ao mês. “Como todos os jovens estão praticamente na praia nesse período do ano, resolvemos levar o terço até eles. Nós percebemos a adesão de muitos jovens. A participação é maciça. E esse ano acreditamos que teremos mais jovens ainda”, disse.

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Cedida

Terço da Juventude Sunset, da Paróquia de Santo Afonso, vai acontecer no dia 14

Jesus no litoral A Renovação Carismática Católica do Brasil tem o projeto Jesus no Litoral, idealizado no estado do Paraná, que existe há mais de uma década. Ele acontece em mais de 15 estados brasileiros e, no Rio Grande do Norte, acontecerá no período de 8 a 14 de janeiro, tendo como ponto principal de evangelização, a Praia de Ponta Negra, e como ponto de apoio a Paróquia de Santa de Cássia dos Impossíveis, também em Ponta Negra, envolvendo cerca de 200

missionários, advindos das Dioceses de Mossoró, Caicó e Natal. A programação deste ano será aberta com uma missa às 19h30 do dia 8, na Igreja de Santa Rita, porém a programação na Praia de Ponta Negra começa a partir das 9h30 do dia 10, com evangelização, e, como ação social, uma limpeza da praia a partir das 15h30 nesse mesmo dia. A evangelização continuará nos demais dias, sempre pela manhã. No turno vespertino, está prevista visitação às instituições de caridade,


Verão | a ordem

como Lar da Vovozinha, Hospital Infantil Varela Santiago e GACC, no dia 11, além de adoração ao Santíssimo Sacramento no dia 13, às 16h30. O evento encerra no dia 14, com mais ações de evangelização e, às 11h, haverá a missa de encerramento na Paróquia de Santa de Cássia dos Impossíveis, em Ponta Negra. Segundo Aracele Meiriane, secretária do projeto, “a iniciativa renovou o chamado missionário da juventude carismática, a partir do anúncio querigmático do Evangelho, com um novo ardor ao ir de encontro a veranistas nas praias, moradores locais ou em espaços, como hospitais, asilos, presídios, entre outros, para fomentar uma transformação social, humana e espiritual. O projeto acontece em nível estadual e hoje é realizado em mais de 15 Estados Brasileiros”. Acamp’s Acamp’s – Acampamento de Jovens Shalom, que no ano de 2018 tem como lema “não se descreve. Se sente”, é uma ação da Comunidade Católica Shalom, que é realizada todos os meses de janeiro e julho e tem como proposta proporcionar algo diferente aos jovens nos meses de férias, “principalmente a experiência com Deus”, conforme afirma Adriano Heverson Feitosa, que integra a comissão central do evento e coordena a divulgação.

Cedida

Acamp’s vai acontecer de 16 a 21 deste mês

O Acamp’s será realizado de 16 a 21 de janeiro, no Eco Resort Rio das Garças, em São José do Mipibu, que neste mês pretende reunir cerca de 400 jovens, entre 14 e 25 anos, oferecendo uma programação que inclui Adoração ao Santíssimo e lazer, pela manhã, momentos formativos e seminários de vida no Espírito santo, nas tardes, e à noite, festas temáticas, com bandas de música sertaneja, de forró, reggae, entre outros. O foco, segundo Adriano Heverson, é atrair jovens de fora da comunidade e da Igreja Católica. “Queremos levar esses jovens a ter essas experiências”, afirmou ele, chamando atenção para as vagas limitadas e

inscrições que podem ser efetuadas através do site www.acampsnatal. eventbrite.com.br. As inscrições podem, também, ser presenciais, no Centro de Evangelização Shalom, que fica situado na Av. Hermes da Fonseca, 533, ou na loja Acamp’s, no Natal Shopping, andar térreo, próximo à escada do cinema. Na onda de Cristo Na Onda de Cristo, evento idealizado pelo padre Ajosenildo Nunes, pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Ó, em Nísia Floresta, está em sua quinta edição e hoje já faz parte do calendário dos cristãos católicos da cidade e municípios circunvizinhos, no mês de janeiro. Trata-se de uma micareta de cunho cristão, já considerado um evento de grande porte nas praias da cidade, que acontece no próximo dia 27. Segundo Cynara Cardoso, coordenadora da Pascom paroquial, o planejamento dessa micareta conta com “a contribuição das pastorais e alguns comerciantes locais, bem como parceiros que já trabalham há um tempo no ramo da comunicação e de eventos”. A micareta católica acontece geralmente numa época em que as pessoas se deslocam, em massa, para as praias da cidade, o que contribui para o seu sucesso.

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a ordem | Artigo

Ano novo, vida nova

Quero isso, quero aquilo, assim, assado... são palavras, são sons que se ouvem sem ponderação num montante de desejos e traduções de acordo com os mais diversos sentimentos e sentidos que povoam nosso estado de vivos numa terra de viventes. É um querer que se traduz na medida daquilo que se vive e quer realizar ao longo do tempo e que nos aproxima cada vez mais da criação da felicidade que todos buscamos. Querer, conseguir, ser de tal forma aquilo que se busca é a tônica do momento, e este tempo nos direciona a olhar para trás e perceber o que deixamos de fazer, numa tentativa de encontrar algo novo que possibilite recuperação. Neste ímpeto e, ao mesmo tempo, leveza, todos nos atiramos a pedir e, ao mesmo tempo, desejar aos outros um espaço de graça, de bonança, e encontro real com a felicidade, como se tudo se transportasse para um tempo natalino; ou seja, um tempo propício para o nascer plenamente em espaços e meios favoráveis à recuperação de algo não alcançado. É um momento em que todos se jogam no caminho do alcance da realização como que o calendário resolvesse todos os problemas enfrentados e desse, neste finzinho de tempo cronológico, a resposta aos obstáculos que apareceram durante todo o ano em curso. Feliz Natal aqui, Noite feliz ali, Bom ano novo acolá... são expressões que se falam a cada encontro entre amigos, parentes, amantes numa repetição que muitas vezes se dão na medida em que vamos nos percebendo como passantes de um tempo não sentido antes. São pessoas que se dão no dia a dia como construtores de caminhos que se vão fazendo de acordo com o sentimento contido a cada encontro. Porém, haveremos de pensar mais intensamente na vida como algo muito mais forte que apenas um período cronológico, onde os calendários aparecem e nos transportam para felicitações, desejos e encantos com brilhos natalinos por excelência. Então! É Natal, é tempo, é geográfico tudo o que vivemos. É um novo tempo, um novo ano. 2018 chega e 28 | Janeiro de 2018

Prof. Milton Dantas da Silva Psicopedagogo

com ele nós já estamos, ou seja, não chegamos, porque as pessoas são, estão, permanecem, querem, desejam continuidades e mudanças, avaliam-se, prosperam. O calendário chega. Nele colocaremos nossas ações a serem plenificadas num olhar de sequência e de futuro para que, como diz o Evangelho, “todos tenham vida e a tenham plenamente”. O ano será novo, de fato, porque é um novo calendário, uma soma de números-dias, todavia a vida será nova a depender dos projetos que temos, das avaliações que fazemos, do coração que queremos colocar em torno dos acontecimentos que se vão delineando em meio à vida da humanidade presente neste tempo. Por isso se faz necessária uma boa parada pra reconhecer como andam nossos projetos, e o que temos para projetar daqui para frente. Somos seres caminhantes, somos um povo que segue em busca sempre da terra prometida onde corre leite e mel. Este mesmo povo é o povo que se depara com situações mil que, muitas vezes, tiram-no do trilho, desfazendo o seu próprio projeto de vida traçado. Daí esta grande necessidade de avaliar onde está o nó das questões que impedem a chegada à promessa, ao bem viver, ao estar no mel que adoça a vida, no leite que gera plenitude, que alimenta sonhos, que alimenta homens e mulheres em construção. Chegamos! É 2018! Luzes e sombras aparecerão e com elas estamos nós, seres vivos um mundo de viventes. Que as luzes materiais tragam o brilho necessário para conduzir este povo que segue em busca de chão. Que corpos e mentes se encontrem num verdadeiro sentimento de construção do tempo, espaço e realizações. Que as sombras que venham a aparecer, ou seja, os possíveis fracassos, obstáculos sejam superados dando espaço ao que queremos, podemos e somos. Sejamos cada vez mais resilientes a ponto de irmanar esta característica pessoal a muitos que ainda não encontraram o caminho da vida plena. Que 2018, em meio a tantas alegorias, possibilite, mesmo assim, encontrarmos respostas para o novo e a vida nova que tanto pedimos.


Personalidade | a ordem

Monsenhor Assis, o postulador dos Mártires Nesta edição da revista A Ordem, queremos prestar uma homenagem, mais do que oportuna e justa, ao Monsenhor Francisco de Assis Pereira. Neste tempo em que nossa Igreja Arquidiocesana se regozija pela graça especial da canonização dos Mártires, não podemos esquecer do trabalho realizado por ele. Nascido em 12 de abril de 1935, na cidade de Santa Cruz (RN), o Monsenhor Assis foi ordenado sacerdote em Natal, no dia 13 de abril de 1953. Em Roma, fez doutorado em Filosofia e Teologia. Na Arquidiocese de Natal, desempenhou várias funções, entre elas pároco das Paróquias de Nossa Senhora Aparecida, em Neópolis; da Sagrada Família, nas Rocas, e de São João Batista, em Lagoa Seca. Também foi responsável pela implantação do Curso de Teologia, no Seminário de São Pedro, trazendo para cá professores de renome nacional. Ao longo desse tempo, quantas pessoas - padres, religiosos e leigos -, já usufruíram da formação teológica oferecida pelo nosso Seminário! Quando faleceu, em 13 de dezembro de 2011, vítima de câncer, ocupava a função de capelão da Igreja de São Judas Tadeu, no Tirol. Entre todas as funções que desempenhou, uma delas foi muito importante para a nossa Igreja: a de postulador da causa de beatificação dos Mártires. Era uma equipe, nomeada por Dom Alair Vilar, à qual eu também integrava, como notário, e o então seminarista Júlio César, como secretário, e que tinha o Monsenhor Assis como postulador. As alegrias que vivemos com a canonização dos Mártires, em outubro passado, são fruto do trabalho incansável dele, que não mediu esforços, não limitou o tempo nem o espaço, andou pelo mundo (Holanda, Portugal, Vaticano, Brasil) pesquisando e escrevendo a história dos Mártires. Mesmo após a beatificação, ocorrida em 5 de março de 2000, ele continuou sua incansável luta em prol da canonização dos Protomártires do Brasil.

Jose Bezerra

Por Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo de Natal

Mons. Assis Pereira

Paralelo ao trabalho como postulador, Monsenhor Assis atuava na construção do arquivo da Arquidiocese de Natal. Considerado um intelectual e pesquisador incansável, escreveu e acumulou um vasto acervo sobre estudos eclesiais, tendo publicado dois livros: um sobre a história dos Protomártires do Brasil e outro sobre o Beato Mateus Moreira, patrono dos Ministros da Eucaristia. Além disso, foi professor no departamento de Filosofia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Nos últimos dias de vida aqui na terra, Mons. Assis se dedicou também a outros processos de beatificação: o de Dom Frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira, de Olinda (PE); do Padre José Antônio de Maria Ibiapina, de Guarabira (PE); e de reabilitação histórico-eclesial do Padre Cícero Romão Batista, do Juazeiro do Norte (CE). Que Deus o recompense por todo bem que fez à nossa Igreja, especialmente em favor dos processos de beatificação e de canonização dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu.

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a ordem | Para conhecer

Turismo & Cultura

Parrachos de

Perobas Localizada a cerca de 70 km de Natal, a praia de Perobas, no litoral Norte, é uma tranquila vila de pescadores, que chama a atenção pelo belíssimo paracho, distante 5 km da costa. Com sua natureza preservada, a praia encanta os visitantes pelo lindo coqueiral à beira-mar e sua tranquilidade, onde

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ainda se pode degustar um delicioso camarão do mar ou um saboroso peixe com tempero local, nos rústicos quiosques que estão no local. Um passeio imperdível para quem gosta de natureza preservada é conhecer o parracho de Perobas, um lindo aquário marinho natu-

ral com várias espécies de peixes e crustáceos. O parracho é o principal atrativo dessa tranquila praia de pescadores, emoldurada por coqueiros. Como os parrachos estão em Área de Preservação Ambiental (APA), o número de visitantes é controlado pelo Idema, instituto de


meio ambiente do Estado. O passeio de lancha para nadar e mergulhar de snorkel e máscara dura em média 2 horas, com saídas de acordo com a tábua de maré. Da praia, são 20 minutos até os parrachos. A partir da metade do caminho, é impossível desgrudar os olhos do farol em alto-mar, que é o símbolo de Perobas. Nas marés mais baixas, é possível mergulhar pertinho dele. Dependendo da maré, antes ou depois de Perobas, o passeio ainda inclui uma parada para conhecer a Barra do Punaú, num cenário de dunas, coqueiral e o encontro do rio com o mar. Os parrachos de Perobas são como as piscinas naturais que você conhece: rasos, transparentes, um piscinão. São para quem está mais interessado num banho gostoso em águas padrão Caribe, do que em inspecionar corais e peixinhos, que são menos atraentes do que em Maracajaú. Perobas é menos procurada, o que diminui a densidade demográfica nos parrachos.

Fotos: Cedidas

Para conhecer | a ordem

Como chegar Perobas fica no município de Touros, mas vindo de Natal é mais fácil ir pela cidade de Rio do Fogo. Antes de chegar à beira-mar, você vira à esquerda, segue até o final da rua, contorna um grupo escolar e já sai na estradinha de terra

que leva 3 km até o povoado de Perobas. Ali, é só pegar a rua de paralelepípedos que dá na Pousada de Vozinho, que é meio que um ponto de parada obrigatória ao visitar Perobas. Fonte: viajenaviagem.com

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Cacilda Medeiros

a ordem | Vida Pastoral

Assembleia Pastoral Arquidiocesana, realizada dias 23 e 24 de novembro de 2017

2018: leigos e juventude em foco A 57ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, realizada dias 23 e 24 de novembro do ano passado, no Centro Marista de Eventos, em Extremoz, refletiu a caminhada pastoral da Arquidiocese, em 2017, mas também apontou ações a serem realizadas neste ano, com foco

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nos leigos e na juventude. O planejamento foi feito com base no Marco Referencial Pastoral, com vigência até 2019. “Geralmente, em assembleias pastorais, a gente revê a caminhada. É hora de ver o que deixamos de fazer e o que podemos melhorar no ano seguinte”,


Vida Pastoral | a ordem comenta a Irmã Maria José, secretária do Vicariato Episcopal Sul. Para 2018, a Irmã Maria José acredita que tudo aquilo que deixou de ser feito, em 2017, e que estava previsto no Plano Pastoral Arquidiocesano, será executado em 2018. “Acredito que nossa ação pastoral tende a melhorar. Afinal, devemos acreditar que tudo pode melhorar e que vamos dar passos mais seguros, para o desenvolvimento da ação pastoral, em nossa Arquidiocese”, diz a religiosa. “O nosso plano de pastoral tem vigência até 2019. A cada ano, fazemos uma parada para vermos como agimos a partir das metas estabelecidas e prevermos o que faremos no próximo ano. As propostas das ações são dadas pelos Vicariatos – Urbano, Norte e Sul, de acordo com o Marco Referencial e com atenção com estes momentos novos que a Igreja nos proporciona: o Sínodo dos Bispos para a Juventude e o Ano do Laicato”, destaca o arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. Sínodo da Juventude ‘Os jovens, a fé e o discernimento vocacional’. Este é o tema da próxima Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que terá lugar no Vaticano, durante o mês de outubro de 2018. A Igreja Católica, no mundo inteiro, vive a preparação para o Sínodo, que será presidido pelo Papa Francisco. O relator geral, nomeado pelo Santo Padre, será o Cardeal Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em carta publicada em janeiro de 2017,

o Papa Francisco incentivou os jovens a serem audaciosos: “Não tenhais medo de ouvir o Espírito que vos sugere escolhas audazes, não hesiteis quando a consciência vos pedir que arrisqueis para seguir o Mestre. Também a Igreja deseja colocar-se à escuta da vossa voz, da vossa sensibilidade, da vossa fé; até das vossas dúvidas e das vossas críticas. Fazei ouvir o vosso grito, deixai-o ressoar nas comunidades e fazei-o chegar aos pastores.” Na Arquidiocese de Natal, o Setor Juventude só realizará a assembleia para planejar as ações no mês de abril. Porém, antes, no dia 9 de março, acontecerá o Fórum Rota da Vida, promovido pela Comissão Episcopal para a Juventude, da CNBB, em parceria com a Arquidiocese. Natal será uma das setes capitais brasileiras que receberão o evento e foi escolhida por estar entre as cidades brasileiras que possui altos índices de violência contra os jovens. Segundo o coordenador arquidiocesano do Setor Juventude, Padre Ândreson Madson, a Assembleia Pastoral, realizada em novembro passado, apontou algumas ações a serem realizadas neste ano. “Deveremos fazer um levantamento para conhecer mais as expressões juvenis que atuam no território da Arquidiocese. Também prepararemos um subsídio para os padres e paróquias sobre como trabalhar com grupos de jovens. Outra ideia é a criação e articulação de uma rede da juventude, formada por articuladores de zonais e padres referenciais. Além disso, queremos dar ao jovem o direito de ser ouvido pela Igreja”, ressalta o Padre Ândreson.

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a ordem | Vida Pastoral

e fermento” na Igreja e na sociedade. O documento 105 pode ser adquirido na sala da coordenação arquidiocesana de pastoral, situada no Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral), no valor de 8 reais. Segundo o coordenador arquidiocesano de pastoral, Padre Flávio Herculano, a revitalização do Setor de Leigos será um dos principais pontos a serem trabalhados em 2018. Durante a 57ª Assembleia Pastoral, Dom Jaime nomeou o Diácono Manoel Carlos (Diác. Mano) para assumir a coordenação do Setor de Leigos. Na programação do Ano do Laicato, na Arquidiocese de Natal, a partir do mês de março, acontecerá uma peregrinação pelas paróquias de um banner com a imagem da Sagrada Família e de uma imagem de São Mateus Moreira. Além da peregrinação, também está prevista a realização de uma assembleia arquidiocesana de leigos, agendada para o dia 26 de agosto, em local ainda a ser divulgado.

Cacilda Medeiros

Ano do Laicato A Igreja no Brasil celebra, no período de 26 de novembro de 2017 a 25 de novembro de 2018, o “Ano do Laicato”. O tema escolhido para animar a mística do Ano é: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14. A Comissão Episcopal Especial, da CNBB, para o laicato, organizou as atividades a serem desenvolvidas, no Brasil, durante este ano, em quatro eixos: 1) Eventos; 2) Comunicação, catequese e celebração; 3) Seminários temáticos nos Regionais; e 4) Publicações. O Ano do Leigo pretende dinamizar o estudo e a prática do Documento 105, da CNBB ,sobre “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, bem como demais arquivos do Magistério, em especial do Papa Francisco, sobre o Laicato, e estimular a presença e a atuação dos cristãos leigos como “sal, luz

Na Assembleia Pastoral, um grupo refletiu sobre a meta da juventude

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Espiritualidade | a ordem

Márcia Roque Braz Nutricionista

Proteger a pele no verão

O verão está a todo vapor. Muitas pessoas estão aproveitando esses dias quentes e ensolarados para pegar uma “corzinha”. Mas, será que estão tendo o cuidado necessário para manter a pele saudável e evitar um possível câncer de pele? O câncer é uma doença de origem genética cuja ocorrência é determinada em grande parte por fatores ambientais, de natureza química, física ou biológica. No caso do câncer de pele, o principal fator ambiental envolvido é a exposição ao sol. Como a alimentação pode ajudar na prevenção do câncer de pele? Os alimentos que são antioxidantes se ligam aos radicais livres e assim impedem que as moléculas causem danos às células da pele. Os principais antioxidantes são: melancia, tomate, laranja, cenoura, abóbora e mamão, além da vitamina A presente no espinafre, vitamina C presente na laranja, goiaba, limão, caju; vitamina E, presente nos vegetais, zinco presente em carnes vermelhas, fígado e ovos, selênio encontrado na castanha do Pará. É preciso não esquecer de tomar bastante água. A hidratação é fundamental para manter a pele hidratada e para que os nutrientes sejam absorvidos corretamente pelo organismo. O ômega 3 tem sido apontado nas pesquisas como importante fator na proteção contra esse tipo de câncer. Portanto, a nutrição tem um papel importante na prevenção do câncer de pele.

Ano do Laicato

Por Diác. Manoel Carlos coordenador do Setor de Leigos

Sal da terra e luz do mundo A Igreja no Brasil está celebrando o “Ano do Laicato”, no período de 26 de novembro de 2017, Solenidade de Cristo Rei, a 25 de novembro de 2018. O tema escolhido para animar a mística do Ano do Laicato foi: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mundo”, Mt 5,13-14. Será trabalhado a mística do seguimento a Jesus através de um discipulado apaixonante que envolve mestre e discípulo em uma empreitada na propagação dos ensinamentos de Jesus tornando-o de fato missionário na família, no trabalho, na sociedade onde ele estiver. O Ano do Laicato tem como objetivo geral: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.

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Cedida

a ordem | Viver

Fyllipe Ytalo lê quadrinhos desde a infância

O universo das Histórias em Quadrinhos atraem os natalenses Por Adriano Cruz

Os famosos gibis da Turma da Mônica embalaram gerações de crianças: personagens emblemáticos como a gulosa Magali, o Cebolinha e seus cabelinhos engraçados, sem falar no Cas36 | Janeiro de 2018

cão e sua aversão ao banho. Essas narrativas, até hoje, atraem os pequenos e grandes leitores. Esse mundo de imagens é apenas uma parte das Histórias em Quadrinhos (HQs), pois nem todas são infantis. Há, ainda, o universo dos super-heróis e até artes mais filosóficas e existenciais.


Viver | a ordem

Essa diversidade de histórias faz a alegria dos colecionadores em Natal. O bacharel em Direito, Cleber César, se encantou pelas HQs ainda na infância graças à influência do irmão mais velho. “Na década de 80 sempre observava meu irmão com umas revistas coloridas, via homens com superpoderes, com armaduras e alguns alienígenas lutando página à página”, relembra. E foi assim que surgiu o interesse por colecionar as revistas que persiste até hoje. “Leio de tudo, pois os universos, tanto da Marvel quanto da DC, são expandidos; uma revista conversa com outra”, finalizou. Nos quadrinhos, destacam-se essas duas editoras especializadas em histórias de super-heróis: a Marvel, com personagens como Homem-Aranha, o Capitão América e os X-Men e a DC Comics, com o Batman, o Superman, entre outros. Elas têm legiões de fãs espalhadas pelo mundo e geram disputas apaixonadas na Internet. Das HQs para outros produtos da indústria cultural foi um pulo: brinquedos, desenhos animados, publicidade, cinema e games. As HQs ultrapassam o papel e chega a vestir as pessoas nos eventos de “cosplays”, onde elas se dedicam a se “transformar” nos personagens por meio de roupas, maquiagens e gestos. O último desses eventos, na cidade, chegou a atrair 8.000 pessoas. Há quem procure histórias não tão conhecidas do grande público. É o caso do empresário natalense Fyllipe Ytalo que também se apaixonou pelas narrativas sequenciadas quando criança. Apesar de ter lido de “tudo”, Ytalo hoje procura HQs fora do “mainstream, que entregue uma história original”, afirma. As HQs viraram profissão para o professor José Veríssimo. Ele pesquisa as narrativas desde a graduação e montou uma escola para ensinar quadrinhos em Natal. No curso, aborda os aspectos históricos, conceituais, gráficos e até mercadológicos dos quadrinhos. Ele explica que há bons artistas na cidade que produzem e exportam suas criações. “Natal é um polo pulsante, apesar da maioria dos

leitores de quadrinhos desconhecer isso. O mercado local produz quadrinhos autorais de ótima qualidade”, afirmou. Um exemplo dessa profissionalização é o quadrinista Gabriel Andrade, natural de Macau/RN, que trabalhou na revista americana Crossed One Hundred, ao lado do roteirista Alan Moore. “Gabriel trabalhou com um dos mais revolucionários roteiristas do planeta. Alan Moore escreveu histórias que se tornaram referências para os quadrinistas e estudiosos, como Watchmen, a Liga Extraordinária e a Piada Mortal”, finalizou. Cedida

Cleber César, colecionador Janeiro de 2018 | 37


a ordem |

Liturgia daPalavra

Notas

O Sacramento do Matrimônio

O Matrimônio é o amor. Ninguém consegue viver sem a presença e a amizade de outras pessoas. Ninguém está sozinho. No casamento, essa amizade é repartida entre o marido e a mulher: é repartida entre o casal e os filhos, e com a comunidade onde vivem. O mais difícil do amor é permanecer firme nele. Só Deus mesmo é capaz de ser, sem defeito, fiel e amoroso. Quando o casal é fiel no amor, é um grande sinal de Deus. Deus está presente no amor do casal. Quem acredita nisso pode casar na Igreja. ‘A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, é ordenada por sua índole natural ao bem dos cônjuges e a geração e educação da prole, e foi elevada, entre os batizados, a dignidade de sacramento por Cristo Senhor.’ Deus nos fez para a felicidade, não nascemos para viver sozinho, mas sim com uma companhia. O Pai quando criou o homem, deu a ele uma companhia: Eva. Deus também acrescentou: ‘Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne’ (Gn 2, 24). Esse ato de se juntar com o sexo oposto para juntos viverem em uma só carne é o próprio Sacramento do Matrimônio. Este é um Sacramento de Serviço (junto com a Ordem), através dele nos unimos ao sexo oposto para juntos construirmos uma família. O matrimônio é uma doação total ao outro e a Deus, somos chamados a construir uma família cristã, com pensamentos retos e morais. Hoje, o Maligno vem se apoderando deste Sacramento como se fosse algo qualquer, ele usa do casal como forma de destruir, eliminar, desconcertar

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o convívio familiar. São muitos os casamentos feitos na Igreja Católica que possui objetivos contrários a conduta cristã, ou seja, muitos são os casais que vão para o altar com desejos carnais e com o seguinte pensamento: ‘Se não der certo, nos separamos’. Muitos falam como é difícil aceitar o Sacramento da Ordem, ou seja, pensam que ser sacerdote é uma grande dificuldade nos dias de hoje. Só que tanto a Ordem como o Matrimônio são Sacramentos de Serviço, que necessitam da doação total dos que receberam o Sacramento. A missão do sacerdote é direcionar o povo ao caminho de Deus. A missão do casal é direcionar a família ao caminho da Santidade e do Amor Fraterno. Não podemos deixar de lembrar que é através do Sacramento do Matrimônio que nasce as vocações sacerdotais, vindas da educação que os familiares deram ao vocacionado. Podemos chegar então à conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma vocação, devemos estar preparados para direcionar e educar filhos e Filhos de Deus no caminho da Santidade. A grande prova da falta de preparo de muitos casais nos dias de hoje, são os inúmeros casamentos que não dão certo. O divórcio é força do maligno, foi criado para separar a união que Deus criou entre dois de seus Filhos. Podemos então chegar a conclusão que o Sacramento do Matrimônio é uma das grandes obras divinas, que foi criado para o Amor Familiar. A Família é o grande investimento que Deus criou, é através dela que se educa cidadãos retos procurando a imitação de Cristo Jesus. Fonte: www.cancaonova.com


Comunidade Shalom

Galeria Festival Halleluya 2017 De 08 a 10 de dezembro, a Comunidade Católica Shalom realizou mais uma edição do Festival Halleluya. A programação aconteceu no anfiteatro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal

Diversas atrações subiram ao palco do festival. Entre elas, a cantora Eliana Ribeiro, que se apresentou no domingo, dia 10

De acordo com os organizadores, cerca de 70 mil pessoas participaram dos três dias de evento

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