Revista A Ordem - Dezembro/2019

Fundação Paz na Terra ano LXVII - Nº 44 Natal/RN | R$ 7,00 Dezembro de 2019

SAR: 70 ANOS DE

protagonismo social

A ORDEM

2 DEZEMBRO DE 2019

A ORDEM

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM

SUMÁRIO

EDITORIAL

PELOS “IRMÃOS” DE JESUS

Fundação Paz na Terra ano LXVII - Nº 44 Natal/RN | R$ 7,00 Dezembro de 2019

SAR: 70 ANOS DE

protagonismo social

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CAPA

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ENTREVISTA -Arquidiocese de Natal elabora plano para próximo quadriênio

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VIDA PASTORAL - Obra Lumen une evangelização e felicidade

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PARÓQUIAS - Nesta edição, vamos conhecer as comunidades paroquiais de Santo Antônio de Lisboa, em Tibau do Sul e Nossa Senhora da Conceição, em Serra Caiada REPORTAGEM - Arquivo metropolitano vai funcionar em novo prédio a partir de 2020

EXPEDIENTE

Revista mensal da Fundação Paz na Terra Endereço: Rua Açu, 335 – Tirol CEP: 59.020-110 – Natal/RN Fone: 3201-1689

4 DEZEMBRO DE 2019

CONSELHO CURADOR: Pe. Antônio Nunes Vital Bezerra de Oliveira Fernando Antônio Bezerra CONSELHO EDITORIAL: Pe. Rodrigo Paiva Luiza Gualberto Josineide Oliveira Cione Cruz André Kinal Idalécio Rego Luiz Gustavo Milton Dantas Rivaldo Jr Vitória Élida

A Igreja de Natal tem tradição na implementação de ações sociais, ao longo da história. Seguindo a orientação da Doutrina Social da Igreja (DSI), alguns padres de Natal desenvolveram uma série de ações que ficaram conhecidas como “Movimento de Natal”. Muitas das ações sociais se destacaram, se expandiram além-fronteiras e ainda hoje estão presentes em vários setores da Igreja Católica no Brasil. Uma delas foi a Campanha da Fraternidade, que surgiu a partir de uma Caminhada numa comunidade rural de Nísia Floresta, sob a orientação do então Padre Otto Santana.

O Serviço de Assistência Rural – SAR (1949) surge neste contexto para implementar as ações sociais da Igreja. Por estas ações, a Igreja se fazia presente junto aos “irmãos de Jesus” mais necessitados. Cumpria, assim, o mandamento do próprio Jesus Cristo, que disse: “... todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim que o fizestes” (cf. Mt 25,40). Se vivos ainda estivessem, certamente os Padres Eugênio Sales, Expedito Sobral, Pedro Moura, Nivaldo Monte, Alair Vilar, entre outros, estariam nos eventos festivos dos 70 anos do SAR, junto com leigos e leigas que se juntaram a eles, como Ulisses de Gois, Otto Guerra, Lourdes Miranda, Terezinha Vilar, as irmãs Vigárias... Todos abraçaram a causa de Cristo.

EDIÇÃO E REDAÇÃO: Luiza Gualberto (DRT-RN 1752) Cacilda Medeiros (DRT-RN 1248) REVISÃO: Milton Dantas (LP 3.501/RN) CAPA: André Kinal COLABORADORES: José Bezerra (DRT-RN 1210) Cione Cruz Rede de Comunicadores da Arquidiocese de Natal

DIAGRAMAÇÃO: Akathistos Comunicação (47) 9 9618-3464

IMPRESSÃO: Gráfica Sul (84) 3211-2360

COMERCIAL: RN Editora Idalécio Rêgo (84) 98889-4001

TIRAGEM: 1.000 exemplares

ASSINATURAS: Com as coordenações paroquiais da Pastoral da Comunicação ou na redação da revista, no Centro Pastoral Pio X – Av. Floriano Peixoto, 674 – Tirol – Natal/RN (84) 3615-2800 assinante@arquidiocesedenatal.org.br www.arquidiocesedenatal.org.br

A ORDEM PALAVRA DA IGREJA

Presépio: ADMIRÁVEL SINAL Francisco Papa

“

O Presépio é um convite a sentir, a tocar a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornandose assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento.”

(Papa Francisco)

Neste Natal, dê de presente um livro da PAULUS!

6 DEZEMBRO DE 2019

No dia primeiro de dezembro, o Papa Francisco publicou uma Carta Apostólica, intitulada Admirabile Signum (Admirável sinal), dedicada ao significado e ao valor do presépio. O texto é dirigido a todo o povo de Deus, sobretudo ao núcleo familiar, como uma forma de valorizar a transmissão da fé entre avós, pais, filhos e netos. “Com esta Carta, quero apoiar a tradição bonita das nossas famílias prepararem o presépio, nos dias que antecedem o Natal, e também o costume de o armarem nos lugares de trabalho, nas escolas, nos hospitais, nos estabelecimentos prisionais, nas praças…”, escreve o Santo Padre. Para Francisco, se trata de um “exercício de imaginação criativa” e faz votos de que esta prática “nunca desapareça”. E “onde porventura tenha caído em desuso, se possa redescobrir e revitalizar”.

Dividido em dez pontos, o texto recorda a origem do presépio com São Francisco de Assis, a sua obra de evangelização e as figuras e o simbolismo que o compõem. A palavra presépio vem do latim praesepium, que significa “manjedoura”.

As fontes franciscanas narram de forma detalhada o que aconteceu na cidade italiana de Greccio. Quinze dias antes do Natal, São Francisco chamou João, um homem daquela terra, para lhe pedir que o ajudasse a concretizar um desejo: “Quero

representar o Menino nascido em Belém, para de algum modo ver com os olhos do corpo os incómodos que Ele padeceu”. E assim foi: no dia 25 de dezembro de 1223, chegaram a Greccio muitos frades, e também homens e mulheres das casas da região, trazendo flores e tochas para iluminar aquela noite santa num lugar designado. São Francisco, ao chegar, encontrou a manjedoura com palha, o boi e o burro. “Assim nasce a nossa tradição: todos à volta da gruta e repletos de alegria, sem qualquer distância entre o acontecimento que se realiza e as pessoas que participam no mistério”, escreve o Papa. E continua: “O Presépio é um convite a sentir, a tocar a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento.”

O Papa conclui a carta, dizendo: “ Queridos irmãos e irmãs, o Presépio faz parte do suave e exigente processo de transmissão da fé. (…) E educa para sentir que nisto está a felicidade. Na escola de São Francisco, abramos o coração a esta graça simples, deixemos que do encanto nasça uma prece humilde: o nosso «obrigado» a Deus, que tudo quis partilhar conosco para nunca nos deixar sozinhos.”

FONTE: Vatican News OLHO Visite a PAULUS de Natal/RN “O Presépio é umLivraria convite a senRua Coronel Cascudo, 333 tir, a tocar a pobreza que escolheu, Cidade Alta | CEP: 59025-260 para Si mesmo, o Filho de3211.7514 Deus na Tel.: (84) (84) 99900.0246 sua encarnação,WhatsApp: tornando-se assim, natal@paulus.com.br implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento.”

A VOZ DO PASTOR A ORDEM

“O ano que termina foi muito rico em celebrações, em jubileus que nos encantaram e que motivaram mais ainda nossa adesão pessoal ao Espírito Santo que conduz a história.”

Retrospectiva 2019 Queridos irmãos e irmãs, caros leitores!

O ano de 2019 está terminando. Temos a oportunidade fazer uma retrospectiva desses 12 meses, reconhecendo os desafios que enfrentamos, as dificuldades e os problemas que estiveram presentes e forçaram a nossa mente e o nosso coração a buscar soluções, a tomar decisões e fazer escolhas, sempre motivados pela fé e pela confiança na graça de Deus, o que nunca falta em nossa caminhada.

Duas comemorações, a nível mundial, e que nos tocam muito: os 40 anos da realização da 3ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano, em Puebla, México, um evento que moldou a Igreja no nosso continente, especialmente no assumir a “evangélica opção preferencial pelos pobres”, tão respeitada e vivida pelo Papa Francisco, e que nunca devemos deixar de ser a grande luz dos nossos planejamentos e de nossa espiritualidade.

E também os 40 anos da publicação da Exortação Apostólica Catechesi tradendae, de São João Paulo II, que muito contribuiu para a renovação da catequese em todo o mundo.

O ano que termina foi muito rico em celebrações, em jubileus que nos encantaram e que motivaram mais ainda nossa adesão pessoal ao Espírito Santo que conduz a história. Em primeiro lugar, vivemos o Mês Missionário Extraordinário, em outubro.

Nele, pudemos experimentar novos impulsos na consciência da necessidade de transformação missionária da vida e da pastoral. Animados por esse impulso, elaboramos o novo Plano de Ação Pastoral Arquidiocesano 2020-2023, com suas metas,

Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo Metropolitano de Natal

estratégias e ações que nos levam a ser uma Igreja missionária, samaritana, pobre com os pobres, rumo ao Reino definitivo.

Neste ano, também vivemos as alegrias do Centenário de fundação do Seminário de São Pedro: “100 anos oferecendo mãos ungidas para a Messe do Senhor”. Quantas histórias, quantos levitas do Senhor, quantos bispos formados naquele casarão da Campos Sales. Nossa alegria pela existência centenária de nossa casa de formação dos futuros presbíteros.

Ainda em 2019, celebramos os 110 anos da criação de nossa Diocese (29.12.1909 – 29.12.2019).

Uma Igreja centenária, um Seminário centenário, são comemorações que nos enchem de alegria e, ao mesmo tempo, abrem os horizontes para olharmos para frente, confiantes e dispostos a seguir nosso caminho de discípulos missionários.

Um Jubileu que não devemos esquecer foi o que envolveu o serviço ECC – Encontro de Casais com Cristo. Neste ano, foram comemorados os 40 anos da implantação do 1º ECC de Natal, realizado na Paróquia de Santa Teresinha. Quantas graças vividas pelos casais. O ECC é uma bênção em nossa Igreja. São mais de 70 paróquias que implantaram esse serviço e seus frutos deixaram as comunidades mais missionárias, pois como todos sabem, o ECC não prende os casais, eles fazem o Encontro para despertar o engajamento nas pastorais. Parabéns a todos os que fizeram essa experiência!

Sigamos em frente! O Senhor está conosco e nunca nos abandona!

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A ORDEM ENTREVISTA FOTOS: CACILDA MEDEIROS

Nos dias 06 e 07 de novembro, a Arquidiocese de Natal promoveu a 59ª Assembleia Pastoral, com a presença do clero arquidiocesano, além de articuladores paroquiais e coordenadores de setores e comissões, tendo como foco a elaboração do novo plano pastoral, que vai entrar em vigor no próximo quadriênio. O foco da ação pastoral vai ser na missão e atuação social. Segundo o padre Flávio Herculano, vigário episcopal urbano e coordenador arquidiocesano de pastoral, o Marco Referencial Arquidiocesano, que norteou os trabalhos até 2019, fortaleceu a ação pastoral arquidiocesana, no sentido de olhar com motivação para as forças e oportunidades e também para as fraquezas e ameaças, a fim de serem superadas, na direção do alcance das metas. Ainda de acordo com o sacerdote, esse novo plano vai dar continuidade ao trabalho que já vem sendo realizado, dando dinamicidade às atividades apostólicas presentes na Igreja.

8 DEZEMBRO DE 2019

Plano pastoral

ENTREVISTA A ORDEM

DA ARQUIDIOCESE VAI TER FOCO NA MISSÃO E AÇÃO SOCIAL POR LUIZA GUALBERTO

A Ordem: Como o senhor avalia a execução do Marco Referencial, que encerra neste ano?

Pe. Flávio Herculano: Durante os anos de 2016 a 2019, a ação pastoral da Arquidiocese esteve centrada no Marco Referencial, que como todo plano, nasce dos desafios pastorais e da missão mesma de evangelizar. Evangelizar a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, na escola de Maria, com o testemunho dos nossos mártires, como Igreja Discípula Missionária, servidora, acolhedora, profética e misericordiosa, alimentada pela Eucaristia e orientada pela Palavra de Deus, promovendo a formação missionária integral e a Catequese permanente de inspiração catecumenal, a setorização, o compromisso ecológico, o fortalecimento da ação pastoral junto às famílias e juventudes, a partir de uma disposição dialógica, na comunhão e participação, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao reino definitivo. Olhando para este enunciado e para as metas construídas para esse período, avaliamos que muitas forças e oportunidades nos motivaram, assim como algumas fraquezas e ameaças, na direção do alcance das metas assumidas pelas paró-

quias e zonais, bem como setores e comissões. De modo geral, avalio de forma positiva, e creio que o novo Plano Pastoral dará continuidade a este trabalho, claro, com as novas luzes e olhares lançados pelas diretrizes sobre nossas realidades em constante mudança.

A Ordem: Que metas serão contempladas no próximo plano pastoral?

Pe. Flávio Herculano: Na nossa 59ª Assembleia Pastoral foram aprovadas três metas que serão trabalhadas em nível arquidiocesano e duas Metas específicas para os Vicariatos Territoriais.

Com estas metas, as paróquias, comissões, setores, comunidades eclesiais missionárias farão seus planos pastorais. As metas aprovadas durante a assembleia foram as seguintes: 1ª meta: Cultivar nos agentes de pastoral e fiéis em geral, a concepção de uma Igreja em saída, através de atividades que visem o fortalecimento das comunidades eclesiais missionárias; 2ª meta: Promover formação missionária para os agentes de pastoral das paróquias, a fim de que assumam, cada vez mais, a missão da evangelização das famílias, fortalecendo as comunidades eclesiais missionárias; e 3ª meta: Priorizar meses temáticos para trabalhar

“

Nessas metas, estão presentes os quatro pilares da evangelização: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária”

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A ORDEM ENTREVISTA

família, juventude e pastorais sociais, utilizando os meios de comunicação social. Nessas metas, estão presentes os quatro pilares da evangelização: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária.

A Ordem: Qual a recomendação para que as paróquias vivam de forma prioritária estas metas no próximo quadriênio?

Pe. Flávio Herculano: Abraçar o plano pastoral, pois foi construído em conjunto. Almejo que o plano tenha continuidade, dando à Arquidiocese dinamicidade nas tantas atividades apostólicas presentes nesta Igreja, assumindo com coragem e ousadia o grande desafio que o Papa Francisco nos pede: “Uma Igreja Sinodal em saída missionária”. Desejo que o Plano nos oriente e nos mostre, a partir do Evangelho de Jesus Cristo, ações concretas na construção do Reino de Deus, valorizando todos os carismas e dons de nossos fiéis. De fato, se queremos ter uma Arquidiocese preparada para responder aos desafios do tempo

“

Almejo que o plano tenha continuidade, dando à Arquidiocese dinamicidade nas tantas atividades apostólicas presentes nesta Igreja”

presente, às demandas da atualidade e de tempos globalizados, é preciso planejar, traçar metas, ter estratégias de ação e criatividade.

A Ordem: De que forma a Arquidiocese de Natal tem caminhado pastoralmente em sintonia com o que pede a Igreja do Brasil?

Pe. Flávio Herculano: O Plano Pastoral da Arquidiocese se constitui como resposta aos vários desafios à evangelização

Assembleia Pastoral aconteceu nos dias 06 e 07 de novembro

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e firma suas bases nas Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), que constituem uma das expressões mais significativas da colegialidade e da missionariedade da Igreja no Brasil. Para o quadriênio 2019-2023, elas foram estruturadas a partir da concepção da Igreja como “Comunidade Eclesial Missionária”, apresentada com a imagem da “casa”, “construção de Deus”. A ideia de casa, entendida como “lar” para os seus habitantes, acentua as perspectivas pessoal, comunitária e social da evangelização, inserindo, no espírito da Laudato si, a perspectiva ambiental. Essa casa é a comunidade eclesial missionária que, por sua vez, é sustentada por quatro pilares: Palavra, Pão, Caridade e Ação Missionária. Em tudo isso, as Diretrizes – aprovadas por nossos bispos – convidam todas as comunidades de fé a abraçarem e vivenciarem a missão como escola de santidade, em um caminho sinodal de escuta, diálogo e comunhão com o projeto de Deus.

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A ORDEM CAPA

SAR: 70 ANOS DE

protagonismo social Serviço surgiu como organismo para a ação social da Arquidiocese POR LUIZA GUALBERTO

ACERVO REDE SAR

Prédio onde funcionou o SAR na década de 60, hoje é a 91.9 FM

12 DEZEMBRO DE 2019

E

m 2019, o Serviço de Assistência Rural (SAR), da Arquidiocese de Natal, completou 70 anos de atuação.

O serviço foi criado no ano de 1949, como organismo para a ação social da Arquidiocese.

Essas ações geraram condições para a implementação de várias iniciativas do então chamado “Movimento de Natal”. De acordo com o diácono Francisco Adilson, assessor do Vicariato Social arquidiocesano, esse serviço envolveu diversos sacerdotes do clero da época, como os então padres Eugênio Sales, Expedito Sobral, Pedro Moura, Nivaldo Monte, Alair Vilar, entre outros. “Estávamos em um momento de grandes mudanças em nosso estado, principalmente com a não valorização das pessoas menos favorecidas. Então, foi criado esse serviço, a fim de promover a pessoa humana, nos mais diversos segmentos. Daí, surgiram várias iniciativas, como o incentivo à formação de sindicatos e associações, além de capacitação para mulher e fomento à educação, com as escolas radiofônicas e a Rádio Rural, bem como, a Campanha da Fraternidade”, destaca. Nesse sentido, somaram-se ao trabalho, vários cristãos leigos e leigas, além de religiosos. Entre eles, o professor Ulisses de Góis, Otto Guerra, bem como, as jovens Lourdinha Miranda, Terezinha Villar e as irmãs vigárias.

Segundo o ex-presidente do SAR, o professor Otto Santana, o organismo sempre se caracterizou como um serviço de leigos e de técnicos, integrado à ação da Arquidiocese. “Sua postura

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O organismo sempre se caracterizou como um serviço de leigos e de técnicos, integrado à ação da Arquidiocese”

por oferecer serviços da melhor qualidade o fez flexibilizar seus regulamentos e incorporar os competentes ao seu quadro funcional, independente de sua prática religiosa ou de outros condicionantes. O aprendizado com a resiliência do homem do campo e a convivência com os companheiros do SAR me inspiraram pela existência afora”, frisa. Atualmente, o serviço segue com o trabalho e missão que assumiu desde a sua fundação, que é estar a favor dos grupos e pessoas, de certa forma esquecidos pela sociedade.

O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, destaca a importância deste serviço ao longo dos seus 70 anos. “O SAR nos presenteou até agora, com tantos benefícios e serviços prestados, não só à Igreja, mas também para a sociedade como um todo. A própria sigla do SAR já fala muito pela sua finalidade e ação pastoral”, pontua.

O INÍCIO O SAR foi criado pelo então padre Eugênio Sales, para dar suporte às ações sociais da Igre-

CAPA A ORDEM

ja. Segundo o arcebispo emérito de Natal, Dom Heitor de Araújo Sales, depois da ordenação sacerdotal, no ano de 1943, o padre Eugênio, juntamente com Dom Nivaldo Monte, segundo arcebispo metropolitano de Natal, começaram a organizar um plano para atender a população mais carente da cidade. “Existiam grupos que atuavam nessa linha e o SAR surgiu para congregar todas essas atividades”, conta Dom Heitor.

LINHA DO TEMPO Nesses 70 anos, muitas atividades foram realizadas. Na década de 50, o SAR teve forte atuação na consolidação e criação de sindicatos rurais. Também nesse período, surgiu o projeto das escolas radiofônicas. Nas décadas de 60 e 70, o foco do trabalho foi no desenvolvimento de comunidades. Nesse período, aconteceu a criação da Associação Nordestina de Crédito e Assistência Rural, bem como o setor de politização para conscientizar as populações rurais com relação à política, combatendo os currais eleitorais, voto de cabresto e a indústria da seca.

Nas décadas de 80 e 90, as atividades foram centradas na luta pelo acesso e permanência do homem e da mulher na terra. Em parceria com outros movimentos sociais, junto às comunidades acompanhadas, contribuiu com o processo de construção que resultou na constituição cidadã de 1988. Nos anos 2000, foram enfatizados os direitos, democracia e participação social, com foco na consolidação do conjunto de direitos sociais e incidência polí-

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A ORDEM CAPA

“

ACERVO REDE SAR

Atualmente, o SAR segue com sua atuação mais centrada na formação de fóruns municipais de política públicas”

CACILDA M

Oficina para lideranças, em Natal

tica na implementação de políticas públicas.

O SAR hoje Atualmente, o SAR segue com sua atuação mais centrada na formação de fóruns municipais de política públicas. Recentemente, foi instituída a Rede SAR, fazendo incidência política em espaços de gestão de políticas públicas e alcançando progressos na defesa de direitos. Entre as atividades desenvolvidas, uma que tem ganhado notoriedade, é a Caminhada da Solidariedade, que em 2019 chegou à quinta edição, com o objetivo de ajudar setores frágeis da sociedade, como escolas, hospitais, além das pastorais sociais da Arquidiocese de Natal. Além

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disso, o serviço tem atuado junto à revitalização e preservação de bacias hidrográficas e na defesa dos direitos socioambientais.

Hoje, o Serviço de Assistência Rural atua nas seguintes linhas de desenvolvimento de atividades: Meio Ambiente – Defesa e preservação do meio ambiente com práticas agroecológicas sustentáveis: educação ambiental, recuperação de nascentes e matas ciliares, além do incentivo à criação de comitês de bacias e ações de acesso à água; Economia Solidária – Fortalecimento das redes e práticas de economia popular solidária para a geração de emprego e melhoria de renda das famílias do campo e da cidade, através

Quinta edição da Caminhada da Solidariedade, reuni

do incentivo à preservação das sementes crioulas, feiras e bodegas agroecológicas, criação de moedas sociais e bancos comunitários; Participação e controle social – Formação cidadã junto às lideranças comunitárias e conselheiros das políticas públicas, ampliando as oportunidades de participação, controle social e defesa dos direitos sociais; Escola de formação Pe. Sabino Gentili – Formação de agentes sociais e pastorais, unindo fé e vida para atuação nos diversos espaços das Igrejas e da sociedade;

“

O SAR nos presenteou até agora, com tantos benefícios e serviços prestados, não só à Igreja, mas também para a sociedade como um todo” (Dom Jaime Vieira Rocha)

CAPA A ORDEM

Qualificação profissional – Promoção do acesso de jovens e adultos por meio da qualificação profissional ao mundo do trabalho para a superação do desemprego e do empobrecimento.

Para os próximos anos, a perspectiva é de intensificação do debate sobre o controle social, sobretudo em relação à necessidade de manutenção das políticas públicas. Também está no foco para os anos seguintes, a promoção do debate público sobre a questão das energias renováveis e a criação de mecanismos de combate e mitigação dos efeitos negativos das eólicas na região do Mato Grande.

indo centenas de participantes

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A ORDEM VIDA PASTORAL

Obra Lumen

une evangelização e felicidade Comunidade se instalou, oficialmente, em Natal, em setembro deste ano POR CACILDA MEDEIROS

“Acreditar que a felicidade está em sair de si mesmo e ir ao encontro do outro, especialmente daquele que é menos amado e mais sofre”. Este é o carisma da Obra Lumen de Evangelização, fundada na cidade de Fortaleza (CE), no ano de 1989. Hoje, há oito casas da Comunidade em outras cidades e estados, inclusive na capital potiguar. “Lumen significa luz. Então, nosso carisma é ser luz para o mundo, através de obras concretas de caridade, de misericórdia. Nós acreditamos que em cada um desses pequeninos, está o próprio Cristo encarnado”, explica Felipe Bastos, responsável pela Obra, em Natal.

Segundo ele, a Comunidade trabalha em dois eixos: evangelização dos pobres e evangelização da sociedade.

Dois eixos de ação Quando o cearense e servidor público, Felipe Bastos, passou a residir em Natal, com a família, há cinco anos, ele trouxe consigo a ‘semente’ da Obra Lumen.

Até que, em setembro passado, a Comunidade se instalou, oficialmente, na Arquidiocese, em uma casa situada no Conjunto dos Professores, na zona sul da capital. Nessa casa, residem três missionárias, uma monitora, além de seis mulheres e três crianças que estavam em situação de rua. “Não é uma clínica; é uma casa de acolhimento, onde

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se vive a oração”, explica Felipe.

Nessa casa, elas ficam durante nove meses e, depois, vão para ‘casa de ressocialização’, que fica em Fortaleza. Toda manutenção da casa é proveniente de doações de voluntários.

Outra ação é desenvolvida junto a crianças do Paço da Pátria, na Cidade Alta, e na Comunidade Rio Potengi, na zona oeste. No Paço, eles acompanham as crianças que já receberam a primeira Eucaristia. A Lumen também atua junto a pessoas em situação de rua, especialmente no Bom Pastor e na região do Viaduto do Baldo, entre o Alecrim e a Cidade Alta.

“Com eles, fazemos um trabalho de evangelização, de oração, porque percebemos que sentem necessidade de Deus”, diz o responsável pela Obra.

No eixo da evangelização da sociedade, consiste em levar pessoas de classes média e alta para ter uma experiência com Jesus nos pobres. Isso explica porque a ‘Casa São Felipe Néri’, da Obra, fica situada em uma região de classe média. “Aquela experiência de fazer algo por alguém mais necessidade, que nunca vai poder lhe retribuir materialmente, gera uma alegria que a pessoa nunca tinha experimentado antes”, afirma Felipe Bastos. Ele ressalta que essa atitude põe em prática o que tanto pede o Papa Francisco: uma Igreja em saída, favorecendo a cultura do encontro.

Momento de evangelização realizado pela Obra Lumen junto a pessoas em situação de rua

A ORDEM

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A ORDEM VIDA PASTORAL LUIZA GUALBERTO

Natal para as crianças A Obra está organizando a festa ‘Natal branco Lumen’, para cerca de 500 crianças, das comunidades de Passagem de Areia, em Parnamirim, e de Mãe Luíza, Paço da Pátria e Guarita/Alecrim, em Natal.

A festa vai acontecer dia 7 de dezembro, no Parque Aluísio Alves, em Parnamirim.

Para participar da Lumen Para quem deseja participar das ações da Obra, o grupo se reúne todos os domingos, às 16h30, no Centro Pastoral da Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, no Conjunto Mirassol.

Segundo o responsável, atualmente há cerca de 30 pessoas que fazem o caminho vocacional. “Temos pessoas de todas faixas etárias. Vários jovens conheceram a Obra e, depois, levaram seus pais para conhecer também. Essas pessoas estão no processo de formação. Mais adiante vão discernir se querem mesmo participar da comunidade, seja como vida consagrada, seja como aliança ”, explica.

Os interessados também podem obter mais informações através da página no Instagram @lumennatal ou do whatsapp (85) 99946-1671 ou, ainda, no www.lumenserfeliz.com.

Felipe Bastos, responsável pela Obra, em Natal

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A ORDEM

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A ORDEM PARÓQUIAS

População de Santa Maria mantém forte

devoção a Nossa Senhora

CEDIDA

Mesmo antes de se tornar município, comunidade já realizava atividades religiosas e devocionais POR LUIZA GUALBERTO

Igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição

22 DEZEMBRO DE 2019

PARÓQUIAS A ORDEM

A

poiados pelos ensinamentos do monsenhor Expedito, conhecido como o “profeta das águas”, mesmo antes de se tornar município, o povoado de Santa Maria mantinha uma forte religiosidade. Desde o início, a comunidade foi formada por muitos católicos praticantes, que também guardavam uma forte devoção a Nossa Senhora.

A primeira missa celebrada em Santa Maria aconteceu no dia 25 de março de 1970. A celebração foi presidida pelo monsenhor Expedito. No ano de 1974, foi construído um centro sócio urbano, com recursos adquiridos pelo próprio monsenhor. A partir da inauguração do centro, as celebrações passaram a acontecer no local.

No dia 13 de junho de 1987 foi inaugurada a Igreja da comunidade. Nesse mesmo dia, aconteceu a celebração do primeiro sacramento do batismo. A criança que recebeu o sacramento foi José Edmilson da Silva. A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Santa Maria, foi criada no dia 30 de maio de 2011, pelo então arcebispo metropolitano, Dom Matias Patrício de Macedo, sendo desmembrada da Paróquia de São Paulo Apóstolo, em São Paulo do Potengi.

O primeiro pároco foi o padre José Sílvio de Brito.

A Paróquia hoje A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição engloba dois polos, nas cidades de Santa Maria (matriz) e Ielmo Marinho. Conta com 34 comunidades, divididas

entre sete setores. A Paróquia tem como administrador paroquial, o padre Franklin de Araújo. De acordo com o sacerdote, a comunidade é ativa e conta com diversos grupos de pastorais, movimentos e serviços. São eles: dízimo, catequese, liturgia, pastoral da comunicação, ministros, Mãe Rainha, terço dos homens, mães que oram pelos filhos, grupo de cânticos, grupo de jovens e coroinhas, além da atuação da juventude missionária. Neste ano, a Paróquia sediou uma missão arquidiocesana da pastoral do dízimo, que contou com visitas às famílias e atividades missionárias.

Festa da padroeira Até o próximo dia 08, a comunidade festeja a padroeira, Nossa Senhora da Conceição. Diariamente, a programação conta com caminhada penitencial, sempre às 05h30, recitação do ofício da Imaculada Conceição, às 18h30 e celebração de novena, às 19h, sempre com a presença de um padre convidado. Neste ano, a festa reflete o tema “Virgem Imaculada, tornai-nos comprometidos com a Igreja de Cristo no mundo”. De acordo com o padre Franklin, o tema está em sintonia com o que pede o papa Francis-

CACILDA MEDEIROS

Pe. Franklin de Araújo, administrador paroquial

co, de sermos uma “Igreja em saída”. “Em meio às contrariedades e desafios deste mundo, não podemos perder os anseios e esperanças que o evangelho nos apresenta, na perspectiva do que o papa nos apresenta, de sermos uma Igreja em saída”, frisa. Os festejos encerram no próximo dia 08 de dezembro, com as seguintes atividades: 05h30 – alvorada festiva; 06h – missa dos devotos; 09h – Imaculada Bike; 12h – pipocaço; 18h – procissão, saindo da Igreja matriz, encerrando às 19h30 com celebração de missa de encerramento.

SERVIÇO Endereço: Rua Joaquim Manoel de Araújo, 358 – Centro – Santa Maria/RN Horários de missa (Igreja matriz): Domingos, às 19h Primeira sexta-feira de cada mês (Sagrado Coração de Jesus) e terceira quinta-feira de cada mês (missa com oração de cura e libertação), às 19h

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM PARÓQUIAS

Tibau do Sul: uma paróquia

dedicada a Santo Antônio de Lisboa MARIANA FERREIRA

Igreja Matriz de Santo Antônio de Lisboa

O território paroquial é formado por seis comunidades; entre elas, a Praia de Pipa

24 DEZEMBRO DE 2019

PARÓQUIAS A ORDEM

A

Paróquia de Santo Antônio de Lisboa, com sede em Tibau do Sul, foi instalada pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, em 2 de junho de 2016, sendo desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres, em Goianinha. Na ocasião, foi nomeado o primeiro pároco, Padre Luiz Paulo da Silva. Desde 13 de fevereiro de 2017, a Paróquia tem como pároco, Padre Luciano Freitas. “Por quase meio século, o Monsenhor Armando de Paiva, cuidou da vida de fé dos fiéis que habitavam as margens da Lagoa de Guaraíras”, conta Padre Luciano, se referindo à época em que a comunidade pertencia à Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres.

Segundo o pároco, o santo padroeiro nasceu em Lisboa (Portugal) e faleceu em Pádua (Itália). “A Paróquia é dedicada a Santo Antônio de Lisboa para diferenciar do nome da Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Parque dos Coqueiros, em Natal, mas se trata do mesmo santo”, explica.

Além da Igreja Matriz, o território paroquial é formado por seis comunidades; entre elas, a Praia de Pipa, no litoral sul potiguar. “Nem todos os distritos possuem capela. Porém, pela proximidade geográfica, os fiéis vão participar da celebração na capela da comunidade vizinha”, diz Padre Luciano. Ele conta que as comunidades que contam com capela e com missa semanal, são: Umari, com a capela de

CEDIDA

Nossa Senhora da Conceição; Piau, dedicada a Nossa Senhora das Dores; Bela Vista, capela de Nossa Senhora Aparecida; Cabaceiras, capela de São Francisco de Assis; Praia de Pipa, que tem São Sebastião como padroeiro; e Sibaúma, dedicada a São Francisco de Assis.

Pe. Luciano Freitas, pároco

Ação pastoral Atualmente, a Paróquia conta com a ação dos agentes das pastorais do dízimo, liturgia, coroinhas, comunicação, catequese, batismo, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, além dos conselhos pastoral e de assuntos econômicos e administrativos. “As pastorais precisam de atenção e novos membros, para ter uma expressividade maior”, diz o pároco.

SERVIÇO ENDEREÇO Rua Dr. Hélio Galvão, 100 – centro 59178-000 – Tibau do Sul (RN) MISSAS (Igreja Matriz) . Domingo – 19h30 . Quarta-feira – 19h30 (missa do pão de Santo Antônio) Nos outros dias, há missa nas demais comunidades da Paróquia.

SAIBA MAIS www.facebook.com/paroquiatibaudosul www.instagram.com/paroquiadetibaudosul

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM REPORTAGEM RIVALDO JR

Arquivo da Arquidiocese

ganharรก nova sede 26 DEZEMBRO DE 2019

REPORTAGEM A ORDEM

A previsão é de que o novo prédio esteja pronto para acolher o arquivo em junho de 2020 POR DANIELLA CÂMARA

O Arquivo Metropolitano da Arquidiocese de Natal (AMAN) terá novo endereço, a partir de junho de 2020. Atualmente, funcionando no Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral Metropolitana), o Arquivo tem sob a sua guarda toda a documentação histórica da instituição desde o Século XVII. O local escolhido foi o antigo Dispensário Sinfrônio Barreto, localizado no Centro Histórico da capital, prédio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan-RN) e que pertence à Arquidiocese de Natal. Construído em 1935 e inaugurado em abril de 1936, o também conhecido como Casa dos Mendigos, foi idealizado para solucionar problemas dos moradores de rua, naquele período em que a cidade estava passando por grande mudança de modernização e transformação. O espaço ainda sediou a Confederação Católica do Rio Grande do Norte, além da escola de empregadas domésticas.

Processo de restauração Agora, com a restauração, o centro histórico de Natal ganhará mais um aparelho cultural

para a salvaguarda da história e patrimônio local, além de um novo espaço de visitação turística na região. A edificação está passando por um processo de restauração graças à verba do PAC Cidades Históricas, destinada desde 2016, mas só liberada agora, no valor de R$ 1,3 milhão.

O projeto foi idealizado pelo Arquivo Metropolitano Arquidiocesano de Natal, coordenado pela Irmã Vilma Lúcia de Oliveira, e está sendo executado em parceria com IPHAN-RN. O projeto visa a manutenção da planta original do edifício e modernização de algumas áreas para que o prédio possa abrigar todo o acervo do AMAN, criando um novo marco para a preservação do patrimônio arquitetônico e documental do Estado. A obra inclui a criação e adaptação de diversos ambientes e contará com uma área para exposições museológicas, sala de higienização documental, sala de digitalização, depósito para reserva técnica, sala de consulta, sala do acervo do arquivo entre outros ambientes.

Acervo documental A organização do acervo documental da Arquidiocese vem sendo desenvolvido desde o ano de 2006, em parceria com o departamento de História, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tendo a função de preservar a memória histórica da Instituição, assim como de toda a sociedade.

Irmã Vilma lembra as palavras do Papa Paulo VI que definem bem o que é e significa um arquivo arquidiocesano, sendo “o lugar onde se preserva a ação de Jesus na história através de seus seguidores”.

Entre os documentos que fazem parte do acervo estão os livros de registros de sacramentos, como batismo, primeira eucaristia, crisma e matrimônio, documentação das ações pastorais e dos governos diocesanos.

A estruturação do Arquivo Arquidiocesano é uma boa notícia para pesquisadores e público em geral, que contará com mais um centro de preservação para pesquisa e enriquecimento cultural.

DANIELLA CÂMARA

Prédio que abrigará o arquivo, situado na Rua Padre João Manoel, 520, Cidade Alta, Natal DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM EM AÇÃO GACC/RN

Árvore da Alegria estimula doação de presentes para crianças com câncer

Doações podem ser entregues até o próximo dia 10

28 DEZEMBRO DE 2019

EM AÇÃO A ORDEM ACERVO GACC

POR CIONE CRUZ

O Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC) comemora durante todo este ano de 2019, 30 anos de criação, apoiando crianças e adolescentes em tratamento oncológico e hematológico e, neste Natal, mais uma vez, promove a Árvore da Alegria, uma ação que pretende tornar mais alegre o natal de seus assistidos.

A Árvore da Alegria disponibiliza cartinhas para voluntários que desejem presentear as crianças e adolescentes assistidas pelo GACC. Em cartinha padronizada, colocada na árvore armada na recepção do GACC, no dia 4 de novembro, os pedidos passam por brinquedos, roupas, calçados e kit escola. Os interessados têm até o dia 10 de dezembro para procurar o GACC, na Floriano Peixoto, 383, Tirol, escolher uma cartinha e informar seu nome à recepcionista.

Segundo a presidente do GACC, Tânia Rocha Cabral, a festa de entrega dos presentes acontece no dia 17, a partir das 14h, na casa de recepção Vagalume (situada na Rua Miguel Castro, 751, Lagoa Nova). Para cumprir a meta de distribuição de 300 cartinhas, que é o número aproximado de crianças atendidas pela instituição, a presidente Tânia Rocha solicita o máximo de divulgação dessa campanha, que é muito importante para que o Natal dessas crianças obtenha o sucesso desejado.

30 ANOS DE APOIO O GACC atende quase 300 crianças e segundo Tânia, 70 por

cento desse número vem do interior do Estado, porém há registro de pessoas de outros estados, porque o Rio Grande do Norte é referência em transplante de medula e a instituição disponibiliza apartamento também para transplantados (4), além dos 22 apartamentos para os pacientes em tratamento oncológico de uma forma geral.

As crianças e adolescentes assistidas pelo GACC recebem apoio psicológico, nutricional, hospedagem, fraldas, exames, medicamento e, mensalmente, suas famílias recebem uma cesta básica. Quando algum paciente vem a falecer, eles também recebem todo apoio do GACC. O tempo de permanência dos pacientes nas dependências do GACC é de dois a três dias, mas quando há casos de transplantes esse tempo se estende em até seis meses.

Sem ajuda de nenhum órgão público ou do governo (seja em que esfera for), o Grupo de Apoio à Criança com Câncer conta, exclusivamente com doações de voluntários, e as contribuições, podem ocorrer de formas diversas, como: Bazar solidário, Central de Doações e doações diversas, como alimentos não perecíveis, fraldas descartáveis, material de limpeza e outros itens de primeira necessidade. Tânia Rocha lembrou, no entanto, que agora o GACC conta com a ajuda da Nota Potiguar. As doações bancárias podem ser feitas na conta do Banco do Brasil 501.503-0, agência 2870-3.

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM ARTIGO

Que a fraternidade

supere a diferença e a desunião!

A

brir qualquer rede social virtual hoje em dia resulta em uma exposição a uma série de posicionamentos feitos pelos internautas. Muitas vezes o que se vê é uma antagônica série de postagens e comentários que surgem de todos os setores da sociedade. Isso é natural na democracia. É direito das pessoas divergir e expressar as diferenças de pensamento.

Entretanto, muitas vezes, essas opiniões estão carregadas de ódio e rancor, com uso de discursos agressivos. Parece-me que as pessoas abriram mão de sua própria humanidade e optaram por destilar ofensas a todos que pensam diferente.

E o que mais causa impacto é o transbordamento dessa raiva para os relacionamentos interpessoais. A situação se torna mais dramática quando esse discurso de ódio vem de seguidores de Jesus Cristo, como os católicos, que acabam diminuindo ou anulando o espírito fraternal que os une.

Como um profissional que atua na mídia tradicional e aderiu livremente à fé católica, vejo com preocupação as recentes manifestações de desapreço feitas ao Papa Francisco por ocasião do Sínodo da Amazônia e na defesa que ele faz da solidariedade aos mais necessitados. Assusta o modo como muitos irmãos têm deixado que convicções de natureza política interfiram diretamente na vivência do principal mandamento de nossa fé: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Quando uma pessoa opta por usar a grosseria para afetar alguém que discorda dela, não se trata de uma demonstração de amor.

Neste ano de 2019, por ocasião do 53º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco chamou a atenção para uma simbólica frase da Carta de São Paulo a Efésios que pode ajudar a pensar sobre o assunto: “Somos membros uns dos outros” (Ef 4, 25). No texto, o pontífice chama a atenção para a necessidade de nos sentirmos parte de uma mesma comunidade: a comunidade cristã. Em minha opinião, isso deve ser o que nos move, seja na internet, seja no contato presencial com os outros: reconhecer-se semelhante ao interlocutor e abrir espaço para um diálogo franco e pacífico.

Penso que, neste final de ano, é saudável fazer uma reflexão sobre o comportamento que se tem assumido ao expressar suas opiniões; descobrir se a forma como expõe seu pensamento pode ser ofensiva ao outro; evitar a divisão dentro e fora da Igreja; e, sobretudo, esforçar-se para encontrar a melhor forma de ser comunidade e de amar o seu próximo.

Assim, rechaçando qualquer discurso de ódio, é possível estabelecer relações fraternais.

30 DEZEMBRO DE 2019

Cezar Barros Jornalista e mestre em comunicação

“

Quando uma pessoa opta por usar a grosseria para afetar alguém que discorda dela, não se trata de uma demonstração de amor”

GERAL A ORDEM Padre João Maria

Anjo da Caridade

Por José Rodrigues - vice postulador da causa do Pe. João Maria

Padre João Maria, um “Santo” seridoense O Sevo de Deus, Padre João Maria, é muito conhecido pelo seu apostolado de mais de 24 anos na cidade do Natal, mas o que nem todos sabem é que sua origem sertaneja e seridoense foi muito importante na sua formação. Ele nasceu no dia 23 de junho de 1848, na fazenda Logradouro do Barro, na época pertencente ao município de Caicó, atualmente em Jardim de Piranhas. Passou seus primeiros anos na fazenda, onde teve contato com a dura vida no campo do século XIX. Com cerca de 10 anos, vai morar com a família no então distrito de Jardim de Piranhas, onde seu pai assume a função de professor. O menino só deixa o Seridó poucos anos mais tarde, quando aos 13 anos vai estudar no Seminário de Olinda, para ser padre. Já ordenado sacerdote, regressa à sua terra natal, para celebrar sua primeira missa na igreja de Sant’Ana, em Caicó (atual catedral), no dia 10 de dezembro de 1871.

Seus primeiros anos como sacerdote foram em Jardim de Piranhas, como vigário coadjutor da Freguesia de Sant’Ana, em Florânia e Acari, como vigário coadjutor da Freguesia de Nossa Senhora da Guia e em Santa Luzia/ PB como pároco. Somente no final de 1878, deixa a região seridoense transferido para Papari, atual Nísia Floresta, de onde viria para Natal em 1881. Mas o Seridó nunca saiu de seu coração, seu cuidado com os retirantes, vítimas das grandes secas do século XIX indicava essa ligação com sua origem sertaneja. Quantas vezes sendo socorro e acolhida de conterrâneos desterrados pelas prolongadas estiagens e desassistidos pelos poderes públicos de então. Desta forma, o “santo” vigário de Natal também sempre foi carinhosamente lembrando como um “filho do Seridó”.

Karina Lélis Nutricionista, Farmacêutica e Terapeuta Floral

Final de ano com saúde e sem exageros Sempre falo que devemos pisar no freio quando nos deparamos com a fartura de comidas e bebidas e horas e horas de distração... Isso devido às festas de final de ano, que principalmente no Brasil são regadas de ‘’prazeres’’.

O problema é que as comemorações chegam acompanhadas de muitos excessos. E, são eles, os vilões da saúde e do bem-estar. Passar dos limites com a quantidade de comida e de bebida, passar muitas horas sem dormir e até mesmo se descontrolar tem seu preço. Para não acabar a noite em um hospital, a minha primeira dica é para se hidratar antes de consumir bebidas alcoólicas, pois é essencial, e claro, não abusar. Antes de começar a tomar as bebidas com álcool, a melhor dica é beber muita água. Já, durante a festa, intercale um copo do tradicional vinho da ceia de Natal ou o champanhe de ano novo, por exemplo, com um de água ou até mesmo de suco. Assim, os efeitos da bebida não aparecem com tanta intensidade e a ressaca do dia seguinte também não. Está chegando a época do panetone, peru, também das carnes gordurosas e o consumo cresce neste período: Doenças gastrointestinais podem surgir durante o período de comemorações, sintomas como: náuseas, vômito, dor de cabeça e dor de estômago são alguns sinais de que houve exagero na refeição. Alimente-se corretamente! Opte por pratos com salada, legumes, frutas e fibras. Dê preferência a carnes grelhadas e magras, como peixes, lombo de porco, sobremesas como frutas frescas, gelatinas, o tradicional Panetone - com moderação. E se por acaso não resistir às guloseimas de fim de ano, a dica é: coma e beba com moderação, evitando excessos.

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM PERSONALIDADE

ACERVO DA ARQUIDIOCESE

N

Dom Marcolino Dantas o quarto bispo e primeiro arcebispo

Por Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo Metropolitano de Natal

32 DEZEMBRO DE 2019

o ano de 1929, a Diocese de Natal acolheu seu quarto bispo: o baiano Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas.

Ele teve o governo mais longo de nossa história: 38 anos. Dom Marcolino construiu a atual sede do Seminário de São Pedro, na Av. Campos Sales, e o Colégio das Neves, em Natal; fundou o Jornal A Ordem; criou as dioceses de Mossoró, em 1934, e de Caicó, em 1939; criou oito paróquias e ordenou 40 padres. Em 1945, comemorou os 300 anos do martírio de Cunhaú e Uruaçu e, em 1953, os 200 anos da aparição da imagem de Nossa Senhora da Apresentação. Foi grande incentivador dos congressos eucarísticos paroquiais.

Com a elevação da Diocese de Natal a Arquidiocese, em 16 de fevereiro de 1952, através da Bula Arduum Ônus, do Papa Pio XII, Dom Marcolino tornou-se, então, o primeiro Arcebispo de Natal. Nesse mesmo período, Natal ganhou um bispo auxiliar que, depois, tornou-se administrador apostólico: Dom Eugênio Sales.

Dom Marcolino era conhecido pela obediência à Igreja e que exigia do clero a mesma integridade. Disciplinado, era dotado de uma admirável oratória e de uma memória fenomenal.

Gostava de compor hinos para os colégios. Era poeta. Nos últimos anos de vida, ficou cego.

Mesmo assim, ditava os versos para outra pessoa anotar, levar para a gráfica e, depois de impresso, distribuir com os amigos.

Faleceu no dia 8 de abril de 1967, em Natal, e foi sepultado na antiga Catedral. A Dom Marcolino nossa homenagem póstuma, especialmente agora, em que estamos celebrando os cem anos de história do Seminário de São Pedro. Ele foi um grande incentivador das vocações, construindo o ‘Casarão de Ouro da Campos Sales’. Por tudo que Dom Marcolino fez em nossa Arquidiocese, Deus seja louvado!

RECEITA A ORDEM

LUIZA GUALBERTO

Francisca Maria mostra os alfenins produzidos por ela

Alfenim

doce e arte

Os leitores mais jovens, talvez não conheçam esse doce. Os mais vividos, provavelmente, guardam doces lembranças dele. Trata-se de uma guloseima feita, basicamente, de açúcar e água, em forma de pequenos animais, flores, corações e o que mais a imaginação do “escultor” permitir. E são exatamente essas formas criativas que chamam a atenção das pessoas.

A palavra alfenim vem do árabe “al-fenid” e significa aquilo que é branco – alvo. Segundo o historiador Luiz da Câmara Cascudo, o alfenim era uma das gulodices orientais, muito popular em Portugal, entre os séculos XV e XVI. Antigamente, no Rio Grande do Norte e em outros estados do Brasil, era facilmente encontrado em feiras livres, casas comerciais especializadas e durante festas religiosas e populares. Hoje, é um produto em risco de desaparecer.

Francisca Maria, residente na cidade de Açu (RN), trabalha com comidas regionais e, desde 2007, fabrica alfenim. “Os ingredientes são água, açúcar e um pouco de vinagre. A gente põe para cozinhar até virar uma massa. Deixa esfriar um pouco, para poder modelar. Depois, de modelar, a gente pega um palito de dente para fazer os ‘bordados’ nas formas”, explica a artesã. Ela conta que vende os doces em eventos, como feiras de artesanato.

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM GALERIA LUIZA GUALBERTO

Tradicionalmente, a festa de Santos Reis reúne milhares de fiéis

Natal prepara festa dos co-padroeiros A festa será celebrada de 28 de dezembro a 6 de janeiro, no Santuário de Santos Reis A partir de 6 de dezembro, as imagens dos Santos Reis vão peregrinar pelas comunidades da Paróquia da Sagrada Família, nas Rocas. Trata-se de uma preparação para a festa dos co-padroeiros da cidade do Natal, que será celebrada no período de 28 de dezembro a 6 de janeiro, no Santuário dedicado a eles, no bairro de Santos Reis. De acordo com o pároco, Padre Francisco Lima, a abertura, no dia 28, será às 19h, com a chegada das imagens peregrinas.

O novenário será celebrado sempre

34 DEZEMBRO DE 2019

às 19h, com a participação de coordenações arquidiocesanas de pastorais, serviços e movimentos. Todas as noites, também vai haver quermesse, com apresentações culturais, em frente ao Santuário.

No dia 5, às 5h30, será celebrada missa, em frente ao Forte dos Reis Magos. A programação de encerramento, no dia 6, será intensa, iniciando às 7h, com a missa dos peregrinos; às 9h, a segunda missa do dia, presidida pelo arcebispo emérito, Dom Matias Patrício de Macêdo; às

15h, haverá carreata, saindo do Santuário, passando pelos pontos históricos da capital, em direção à Ladeira do Sol. Lá, iniciará a procissão, seguindo pela orla, retornando ao Santuário, onde será celebrada missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha.

As imagens de Santos Reis chegaram a Natal, no ano de 1752, um presente do rei de Portugal, Dom José, para a capelinha do Forte. Atualmente, as imagens são guardadas no Santuário.

GALERIA A ORDEM

Seminário encerra comemorações do centenário De 12 a 19 de dezembro, será realizada a Semana Celebrativa, encerrando com uma ordenação diaconal RIVALDO JR

Várias atividades foram realizadas, durante todo este ano, em comemoração ao centenário do Seminário de São Pedro, da Arquidiocese de Natal. A programação será encerrada neste mês de dezembro.

No dia 9, às 18h30, haverá sessão solene, na Câmara Municipal de Natal.

A partir do dia 12, será realizada uma semana celebrativa. Na abertura, no dia 12, às 19h, haverá o lançamento da mostra ‘Casarão de Ouro: caminhos da memória’, da revista A Ordem – edição especial do centenário e de um documentário sobre a história do Seminário. A revista e o documentário foram produzidos pelo Setor de Comunicação da Arquidiocese.

A Mostra permanecerá aberta ao público, Sede do Seminário de São Pedro, na Av. Campos Sales, Tirol até o dia 20, na sede da instituição, situada na Av. Campos Sales, 850, no Tirol. No dia 17, será promovido o 2º Colóquio de Bens Culturais da Igreja no Rio Grande do Norte, no auditório do Seminário.

A Semana Celebrativa será encerrada no dia 19, às 17h, na Catedral Metropolitana, com a ordenação diaconal dos seminaristas Dênison Ricardo da Costa Barbosa e Gilson Klaus Barbalho. A celebração será presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha.

A criação do Seminário de São Pedro aconteceu, oficialmente, em 15 de fevereiro de 1919, por iniciativa do segundo bispo da Diocese de Natal, Dom Antônio dos Santos Cabral.

Arcebispo instala mais uma paróquia O arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, vai instalar a Paróquia de São José, na comunidade de Cidade Nova, zona oeste de Natal. A missa, durante a qual acontecerá o rito de instalação da nova paróquia, acontecerá dia 11 de dezembro, às 19 horas. Na ocasião, será lida a provisão do arcebispo nomeando o Padre Gentil Pereira do Nascimento Neto, como primeiro pároco. A comunidade se preparava, oficialmente, para esse momento, desde 18 de fevereiro deste ano, quando foi criada a Área Pastoral.

A nova paróquia será desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora da Esperança, da Cidade da Esperança. A partir de 11 de dezembro, a Arquidiocese passará a contar com 106 paróquias e quatro áreas pastorais.

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM GALERIA

Festival Halleluya reúne cantores e bandas católicas NIELCIO SILVA

A Comunidade Católica Shalom promove o Festival Halleluy, dias 13, 14 e 15 de dezembro, no anfiteatro da UFRN, em Natal. Dentre as atrações confirmadas, está a banda Rosa de Saron, que marcará presença logo na primeira noite de evento. Nesse mesmo dia, haverá o Espetáculo “O último anoitecer”, encenado pelo Projeto Artes da Comunidade Católica Shalom, e a apresentação das bandas locais LouvoGod e Banda Veo. Já no sábado, 14, a banda Missionário Shalom trará seu novo show, seguida pelas performances de Cosme, DJ Angellus, PJ Samba e Banda Ecoar. O domingo, último dia de festa, contará com animação da Irmã Kelly Patrícia, o cantor Thiago Brado e as bandas Solidéo, Obra Nova e JP2.

Com o tema “valorização da vida”, a 10ª edição do Halleluya, em terras potiguares, proporcionará uma reflexão sobre a importância do cuidado e preservação da vida. Além dos shows e exposições, o público poderá participar de momentos de oração e reflexão. A estimativa é de que o Festival reúna mais de 90 mil pessoas nos três dias de evento. Como nos anos anteriores, toda a programação será gratuita e aberta ao público.

Irmãos de rua participam de confraternização natalina A Fraternidade Toca de Assis vai promover o 9º Natal dos irmãos em situação de rua, dia 15 de dezembro, na granja do clero, em Emaús. Será um dia de cuidados básicos, como banho, corte de cabelo, limpeza de unhas, barba e atendimento de enfermagem, além de atividades de lazer, café da manhã e almoço festivo. Na ocasião, cada pessoa também vai receber um kit de higiene pessoal, com lençóis, roupas, sandálias e material de higiene pessoal.

A coordenação da Toca de Assis realiza uma campanha de donativos para a confraternização natalina. As doações podem ser entregues na sede da Toca, que fica na Rua Xavier da Silveira, em Morro Branco. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (84) 98844-9799.

36 DEZEMBRO DE 2019

VIVER A ORDEM

Organização da casa para o fim de ano

T

odo ano é a mesma coisa, né? Uma semana antes do natal rola aquela organização de fim de ano. E o resultado são sacolas e mais sacolas para doar ou jogar fora. E com isso uma dor na coluna por 15 dias. Pensa comigo: a bagunça não começou do dia pra noite e não é em um dia que você vai resolver ela.

Você só vai camuflar, porque no início você está com todo gás e depois já está super cansada e só camufla o restante da organização e limpeza. O ideal é fazer um cômodo por dia, se você estiver diariamente em casa. Ou fazer um cômodo por semana, caso trabalhe o dia inteiro. Eu gosto de iniciar já em novembro e um cômodo por semana.

O primeiro passo da organização é a categorização. Retire todos os itens dos móveis e separe em grupos distintos: 1) O que se quer manter; 2) O que será jogado fora; 3) O que será doado e 4) Os “indecisos”, que deverão ser analisados no final do processo. Depois da categorização e limpeza, agora agrupe os itens iguais ou semelhantes e faça uma “casinha” para cada grupo. Por ex.: copo com copo, prato com prato, calça com calça, blusa de alça com blusa de alça e assim por diante. Ao finalizar a organização de todos os cômodos, sobra uma semana antes do natal, então, cuide de você. Vá ao salão e aproveite!

Não é só a casa que deve ficar linda, VOCÊ também merece! Torne a organização um hábito e o desapego também e verá que organizar não é um fardo de fim de ano ou férias.

POR GLICIA KARINA PERSONAL ORGANIZER @MICASASUCASAORGANIZER

#FICAADICA POR JEFERSON ROCHA

Nossa dica de livro é um clássico da literatura internacional: “O pequeno Príncipe” conta a história de um piloto que, após derrubar seu avião no deserto do Saara, encontra um garotinho conhecido pelos leitores como o Pequeno Príncipe. O menino diz ao piloto/narrador sobre o seu planeta natal, e suas viagens a outros mundos no universo, e eles formam um laço pouco provável durante os oitos dias abandonados no deserto. Apesar de escrita por Antoine de Saint-Exupéry em meados do século passado, as mensagens são extremamente atuais e nos levam a buscar uma vida melhor.

No mês em que nosso Papa Francisco faz aniversário, uma boa dica é a série “Pode me chamar Francisco”. Na jornada que o levou a se tornar o Papa Francisco, o padre Jorge Bergoglio segue sua vocação religiosa durante a violenta ditadura militar da Argentina. A série de quatro capítulos com duração média de 50 minutos apresenta desde o despertar para a vida religiosa até sua escolha como Papa. A produção original da Netflix tem classificação 12 anos e está disponível na plataforma de Streaming.

DEZEMBRO DE 2019

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A ORDEM ARTIGO

Resiliência em risco

A lição ainda não aprendida

A

palavra socorro hoje expressa bem a realidade enfrentada pelo meio ambiente nesses últimos anos.

São vários os desastres ambientais ocorridos ao longo do tempo. E a grande quantidade desses desastres acabam acarretando em uma variedade de danos para a população brasileira e principalmente para a fauna e flora, deixando marcas profundas e por vezes irreparáveis.

Em uma sociedade capitalista, a busca incessante pela aquisição de mais capital e conquista de progresso, faz com que as grandes empresas não se importem com os efeitos colaterais causados. E muitos são os exemplos dessa realidade que podemos citar aqui. Como não lembrar das tragédias ocorridas em Mariana e Brumadinho, onde centenas de pessoas foram vitimadas e várias espécies da biodiversidade prejudicadas pela lama tóxica. Quem não lembra das quase 40 toneladas de peixes mortos no Rio Potengi em 2007, causada pela contaminação do rio por substâncias químicas liberadas pela atividade de carcinicultura.

Atualmente, muito se tem discutido sobre a contaminação das praias do Nordeste por óleo. Desde o início da descoberta da contaminação, já foram contabilizadas cerca de 4.500 toneladas de resíduos coletados das praias nordestinas. Os danos que esse óleo vem causando já estão sendo sentidos de várias formas. O prejuízo vai desde a economia pesqueira até a saúde daqueles voluntários que tiveram contato com o óleo, em uma tentativa de “salvar” a costa nordestina.

Além dessa contaminação, o Rio Grande do Norte também tem sofrido com os diversos pontos de incêndios florestais.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Inpe, já foram registrados mais de 128 focos de incêndios no RN. Os danos causados a fauna e flora são grandes, bem como o agravamento da situação hídrica do Estado. As queimadas geram um impacto socioeconômico negativo no setor agropecuário, e preocupam devido à dificuldade de recuperação natural das áreas devastadas pelo fogo.

Diante de todos os problemas ambientais cabe para nós uma reflexão acerca de que postura assumiremos nos próximos anos, já que a maioria dos desastres tem no homem a sua causa. O que hoje sabemos é que levará décadas para que os recursos naturais possam voltar a um estágio similar ao que eram antes. Os reais efeitos de tudo isso ao longo dos anos são imprevisíveis. Por isso, devemos pensar, como encararemos a nossa existência? Seremos apenas expectadores de tudo? Ou lembraremos que somos parte integrante desse meio e lutaremos por ele?

38 DEZEMBRO DE 2019

Por Vitória Élida Bióloga

“

A história do Brasil manchada por óleo e lama

A ORDEM

DEZEMBRO DE 2019

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