Revista A Ordem - Outubro/2019

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Fundação Paz na Terra ano LXVII - Nº 42 Natal/RN | R$ 7,00 Outubro de 2019

ECC: Encontro de casais celebra 40 anos na Arquidiocese de Natal


A ORDEM

CONHEÇA SUA MAMA

Em frente ao espelho observe suas mamas. Compare e veja se há presença de rugas, ondulações ou mudanças. Em pé, e depois deitada, leve um braço até a cabeça, examine cada uma das mamas com a mão oposta ao braço levantado. Se você identificar alguma deformidade, presença de nódulo (caroço) ou qualquer secreção, um médico deverá ser consultado.

CENTRAL DE MARCAÇÃO (84) 4009.5600

2 OUTUBRO DE 2019

(84) 99497-9479


A ORDEM

OUTUBRO DE 2019

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A ORDEM

SUMÁRIO

EDITORIAL

UM PRESENTE DE DEUS Fundação Paz na Terra ano LXVII - Nº 42 Natal/RN | R$ 7,00 Outubro de 2019

ECC: Encontro de casais celebra 40 anos na Arquidiocese de Natal

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CAPA

ENTREVISTA - Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias fala sobre mês missionário

PARÓQUIAS - Nesta edição, você vai conhecer as comunidades paroquiais de Jesus Bom Pastor, no bairro Bom Pastor e Santo Ambrósio Francisco Ferro, no bairro Planalto REPORTAGEM - Comissão pró beatificação do Pe. João Maria trabalha na coleta de material e testemunhos VIVER - Musicografia Braille promove inclusão de pessoas com deficiência visual

EXPEDIENTE

Revista mensal da Fundação Paz na Terra Endereço: Rua Açu, 335 – Tirol CEP: 59.020-110 – Natal/RN Fone: 3201-1689

4 OUTUBRO DE 2019

CONSELHO CURADOR: Pe. Antônio Nunes Vital Bezerra de Oliveira Fernando Antônio Bezerra CONSELHO EDITORIAL: Pe. Rodrigo Paiva Luiza Gualberto Josineide Oliveira Cione Cruz André Kinal Idalécio Rego Luiz Gustavo Milton Dantas Rivaldo Jr Vitória Élida

Várias matérias interessantes recheiam as páginas desta edição de outubro, mês repleto de eventos propostos pela Igreja de Jesus Cristo aos cristãos. No âmbito geral, a Igreja luta e convida a todos a lutar pela preservação da “Casa Comum”, e o Sínodo da Amazônia entra nesse foco. Nas terras amazônicas há exemplos significativos de pessoas que perderam a vida na luta pela preservação da biodiversidade e pala vida dos povos amazônicos. Chico Mendes e Irmã Dorothy, assim como vários outros, na atualidade, assassinados por defenderem a preservação desse “presente de Deus” à humanidade, chamada Amazônia, são exemplos. Em âmbito local, os Mártires de Cunhaú e Uruaçu também deram testemunho de santidade. O Mês Missionário Extraordinário remete à missão de cada pessoa, na face da terra. Quem assume a defesa da familiar, dos desamparados e das crianças; serviços pastorais, religiosos e educacionais; os que lutam para que pessoas tenham direito à vida digna, em qualquer lugar, estão testemunhando atitudes cristãs que conduzem à santidade, como recomenda São Paulo: “Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor”(Hb 12,14). A vida, um presente de Deus, é um cotidiano e constante testemunho de santidade, nas ações de cada pessoa.

EDIÇÃO E REDAÇÃO: Luiza Gualberto (DRT-RN 1752) Cacilda Medeiros (DRT-RN 1248) REVISÃO: Milton Dantas (LP 3.501/RN) CAPA: Luiza Gualberto COLABORADORES: José Bezerra (DRT-RN 1210) Cione Cruz Rede de Comunicadores da Arquidiocese de Natal

DIAGRAMAÇÃO: Akathistos Comunicação (84) 9 9948-4140

IMPRESSÃO: Gráfica Sul (84) 3211-2360

COMERCIAL: RN Editora Idalécio Rêgo (84) 98889-4001

TIRAGEM: 1.000 exemplares

ASSINATURAS: Com as coordenações paroquiais da Pastoral da Comunicação ou na redação da revista, no Centro Pastoral Pio X – Av. Floriano Peixoto, 674 – Tirol – Natal/RN (84) 3615-2800 assinante@arquidiocesedenatal.org.br www.arquidiocesedenatal.org.br



A ORDEM PALAVRA DA IGREJA

DOMINGO DA

Palavra de Deus

Francisco Papa

Celebrar o Domingo da Palavra de Deus expressa um valor ecumênico, porque as Sagradas Escrituras indicam para aqueles que se colocam à escuta o caminho a ser percorrido para alcançar uma unidade autêntica e sólida”

A Santa Sé divulgou, no último dia 30 de setembro, a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio Aperuit illis, do Papa Francisco, com a qual se institui o ‘Domingo da Palavra de Deus’. Com esse documento, o Santo Padre estabelece que “o terceiro Domingo do Tempo Comum seja dedicado à celebração, reflexão e divulgação da Palavra de Deus”. Francisco explica que com essa decisão quis responder aos muitos pedidos dos fiéis para que na Igreja se celebrasse o Domingo da Palavra de Deus. A carta começa com a seguinte passagem do Evangelho de Lucas (Lc 24,45): “Encontrando-se os discípulos reunidos, Jesus aparece-lhes, parte o pão com eles e abre-lhes o entendimento à compreensão das Sagradas Escrituras. Revela àqueles homens, temerosos e desiludidos, o sentido do mistério pascal, ou seja, que Ele, segundo os desígnios eternos do Pai, devia sofrer a paixão e ressuscitar dos mortos para oferecer a conversão e o perdão dos pecados; e promete o Espírito Santo que lhes dará a força para serem testemunhas deste mistério de salvação.” O Papa recorda o Concílio Vaticano II que “deu um grande impulso à redescoberta da Palavra de Deus com a Constituição Dogmática Dei Verbum”, e Bento XVI que convocou o Sínodo, em 2008, sobre o tema “A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja” e escreveu a Exortação Apostólica Verbum Domini, que “constitui um ensinamento imprescindível para as nossas comunidades”. Nesse documento, observa, “aprofunda-se o caráter performativo da Palavra de Deus, sobretudo quando

o seu caráter sacramental emerge na ação litúrgica”. O Domingo da Palavra de Deus, sublinha o Pontífice, situa-se num período do ano que convida a reforçar os laços com os judeus e a rezar pela unidade dos cristãos: “Não é uma mera coincidência temporal: celebrar o Domingo da Palavra de Deus expressa um valor ecumênico, porque as Sagradas Escrituras indicam para aqueles que se colocam à escuta o caminho a ser percorrido para alcançar uma unidade autêntica e sólida”. Francisco exorta a viver esse domingo como um dia solene. “Entretanto será importante que, na celebração eucarística, se possa entronizar o texto sagrado, de modo a tornar evidente aos olhos da assembleia o valor normativo que possui a Palavra de Deus (...). Neste Domingo, os Bispos poderão celebrar o rito do Leitorado ou confiar um ministério semelhante, a fim de chamar a atenção para a importância da proclamação da Palavra de Deus na liturgia. De facto, é fundamental que se faça todo o esforço possível no sentido de preparar alguns fiéis para serem verdadeiros anunciadores da Palavra com uma preparação adequada (...). Os párocos poderão encontrar formas de entregar a Bíblia, ou um dos seus livros, a toda a assembleia, de modo a fazer emergir a importância de continuar na vida diária a leitura, o aprofundamento e a oração com a Sagrada Escritura, com particular referência à lectio divina”. FONTE: Portal Vatican News

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A VOZ DO PASTOR A ORDEM

“O apelo do papa Francisco, com o Mês Missionário Extraordinário, acontece na dinâmica da necessidade da conversão pastoral”

O MÊS MISSIONÁRIO

Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo Metropolitano de Natal

Extraordinário Queridos irmãos e irmãs! Iniciamos o mês de outubro, esse ano convocado pelo Papa Francisco como “Mês Missionário Extraordinário”. Com o tema: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, e com um objetivo claro: “despertar em medida maior a consciência da missão ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. Uma transformação missionária da vida e da pastoral que nos leve a todos ao reconhecimento de que a Igreja é missionária por natureza. O apelo do Papa Francisco, com o Mês Missionário Extraordinário, acontece na dinâmica da necessidade da conversão pastoral, desejada pelo Documento de Aparecida, expressa nas últimas Diretrizes gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2015-2019, DGAE 2019-2023), como fruto da renovação eclesial iniciada pelo Concílio Vaticano II, com sua reforma litúrgica, a re-valorização do laicato, sobretudo, retomando a doutrina patrística do “sacerdócio comum dos fiéis”, a urgência de apresentação de um ministério ordenado que seja imitação de Cristo, servo de todos, a restauração do diaconado permanente, especialmente para homens casados, a necessária colegialidade episcopal e a sinodalidade como caminho normal da vida da Igreja, e ainda, a visão mais otimista em relação ao mundo, não mais visto como lugar de pecado, mas como espaço da ação criadora, redentora e iluminadora

realizada pelo Deus Transcendente, que se faz o mais próximo do ser humano. A Igreja proclama a ação do Espírito Santo no mundo. Devemos reconhecer que o pecado traz trevas e ofende a Deus. Mas, o que seria de nós, da Igreja e do mundo, se não proclamássemos a infinita e superior graça redentora? Se estivéssemos diante de um fracasso total de Deus, como sustentar que a nossa mensagem mereceria o nome de “Evangelho”? Não, nós anunciamos que o Crucificado venceu e que nos faz participar de sua vitória. A missão da Igreja é a de confiar no Espírito Santo. Essa confiança não é criada ou medida ou sustentada, nem pelo dinheiro, nem pela força bruta, nem pela beleza de nossas boas obras. Ela é o próprio Deus presente em nós, dado a nós, gratuitamente, fortalecendo-nos pela PALAVRA que convoca, que dialoga, que age, que espera, que se une ao nosso ser, frágil e pecador, sim, mas feito capaz de se abrir ao agir misericordioso de Deus. E assim, a Igreja é nutrida pelo PÃO, Corpo de Cristo, a Cabeça que se une aos membros, formando o Cristo total, Cabeça e membros, vivendo a CARIDADE como norma indispensável e critério de discipulado, com sua AÇÃO MISSIONÁRIA para consolar e dar esperança a todos. Vivamos esse mês missionário com empenho e com muita ação de graças, pois Deus nos chamou para anunciar a boa nova da graça redentora de seu Filho, alegria e salvação do gênero humano.

VISÃO DE FUTURO

MISSÃO DA ESCOLA A missão educativa do Instituto Reis Magos é contribuir para o desenvolvimento das potencialidades dos seus educandos, na perspectiva do exercício da cidadania plena no prosseguimento de seus estudos.

Rua Brasília, Alecrim 3222-3539 | 3221-6033 www.institutoreismagos.com.br institutoreismagos@gmail.com

O Instituto Reis Magos busca olhar o presente e se projetar no futuro como um lugar de permanente visão crítica, de valorização dos seus educandos, educadores e das famílias chamando-os para um fazer educativo compartilhado.

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A ORDEM ENTREVISTA LUIZA GUALBERTO

“A missão não se resume ao mês ou a algumas atividades. A missão é permanente”. Esta é a afirmação do diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM), padre Maurício Jardim, destinada aos cristãos católicos, por ocasião do Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo papa Francisco. Segundo o sacerdote, a missão deve acontecer diariamente e em todos grupos pastorais.

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ENTREVISTA A ORDEM

DIRETOR NACIONAL DAS POM REFORÇA VIVÊNCIA DO

Mês Missionário Extraordinário Papa Francisco convocou celebração que tem como tema “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” POR LUIZA GUALBERTO

A Ordem: Qual o significado do trabalho das Pontifícias Obras Missionárias? Pe. Maurício: Primeiro, são pontifícias, uma vez que são obras do papa. E o papa convoca toda a Igreja a viver o Mês Missionário Extraordinário, agora em outubro. Neste mês, aqui no Brasil, já vivenciamos o mês missionário. Com a convocação do papa, essa celebração ganha uma grande força institucional. Em segundo lugar, são obras, distribuídas em quatro segmentos: propagação da fé, união missionária, infância e adolescência missionária e a obra São Pedro Apóstolo. Em terceiro lugar, missionárias, porque nasceram com um carisma dos fundadores, que é rezar pelas missões e contribuir para que elas possam acontecer no mundo inteiro. A Ordem: Qual a importância da convocação do papa Francisco para o Mês Missionário Extraordinário? Pe. Maurício: Eu percebo que essa convocação do papa Francisco tem um incentivo maior e as dioceses estão abraçando.

Há também um interesse maior em entender a Igreja como missionária, porque a missão não é só fazer coisas ou viver eventos. A identidade da Igreja é missionária. Neste mês missionário, a nossa proposta é fazer com que as comunidades descubram sua própria identidade, por meio das ações e atividades. Devemos entender que todo batizado é um missionário. A missão não se resume ao mês ou a algumas atividades. A missão é permanente. A Ordem: De que forma o cristão pode viver a missão? Pe. Maurício: Cada cristão vive a missão ao seu jeito, seja no seu ambiente pastoral ou de trabalho. A missionariedade é bastante ampla. Não podemos delegar a missão a somente um grupo. A missão é da Igreja e ela vem recuperando algo que ela mesma delegou às comunidades e congregações há muitos anos. Quando o papa Francisco define o tema do Mês Missionário, “Batizados e enviados”, ele está querendo dizer que todo batizado, tem, por essência, a missionariedade.

Quando o papa Francisco define o tema do Mês Missionário, “Batizados e enviados”, ele está querendo dizer que todo batizado, tem por essência a missionariedade”

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A ORDEM ENTREVISTA

Neste mês missionário, a nossa proposta é fazer com que as comunidades descubram sua própria identidade” A Ordem: De que forma as Pontifícias Obras Missionárias tem atuado no Brasil? Pe. Maurício: Em nível nacional, contamos com o trabalho de três secretários nacionais. A gente sempre está em atividade pelo Brasil. Nos dividimos para fazer esse acompanhamento nas bases. Uma outra atividade que nos debruçamos é a produção do material da campanha missionária. São mais de 60 toneladas de

subsídios que enviamos para todas as dioceses do Brasil. A Ordem: Que mensagem o senhor deixa aos agentes de pastoral da Arquidiocese por ocasião do Mês Missionário Extraordinário? Pe. Maurício: Que a gente possa estar muito alinhado com aquilo que o papa deseja para a Igreja. É uma convocação do santo padre, que está muito empenhado em fazer

uma Igreja verdadeir amente em saída e missionária, que não fica fechada somente em si. O mundo precisa de nós, dos cristãos. Que em cada grupo, possamos ver a realização da novena missionária e também realizar os gestos concretos, propostos no guia para a vivência deste período. Eu desejo que todos nós possamos assumir a condição de missionário em nossas comunidades. ACERVO PONTIFÍCIAS OBRAS MISSIONÁRIAS

Pe. Maurício Jardim, diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias

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A ORDEM

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ECC: Encontro de casais celebra 40 ANOS NA ARQUIDIOCESE DE NATAL

Programação alusiva à data vai ser realizada no mês de dezembro POR LUIZA GUALBERTO

Um serviço da Igreja em favor da evangelização das famílias. Essa é proposta do Encontro de Casais com Cristo (ECC), que comemora 40 anos de presença na Arquidiocese de Natal. Hoje, 77 paróquias contam com a implantação do ECC. O início Segundo Washington Reis, que está produzindo um livro por ocasião dos 40 anos do ECC, de 1971 a 1975, o então padre Francisco Canindé Palhano foi para São Paulo realizar estudos e teve a oportuCEDIDA

nidade de conhecer o encontro, inclusive ministrando palestras para os casais. Com o retorno a Natal, ele se mobilizou para trazer o ECC para cá e, nessa época, Dom Antônio Soares Costa era bispo auxiliar da Arquidiocese e autorizou o sacerdote a seguir o processo para implantação no território arquidiocesano. No ano de 1979, ele enviou cinco casais para fazer sementeira na Arquidiocese de Olinda e Recife (PE), com a finalidade de conhecerem o encontro, para que pudesse ser implantado em

Natal. “No retorno desses casais, aconteceu a implantação do ECC. A primeira experiência aconteceu na Paróquia de Santa Teresinha, no bairro Tirol. Este encontro contou com a presença de 57 casais de Natal e de outras cidades do estado. O encontro foi coordenado pelo casal Aldo e Ana, de Natal”, conta. A partir desta primeira experiência, o ECC começou a ser implantado nas demais paróquias do território arquidiocesano. O casal Maria Lúcia Ferreira e Joaquim Elói Ferreira estavam entre os casais que fizeram a sementeira em Recife. “A grande contribuição do ECC foi no sentindo do fortalecimento das relações familiares. Quando realizamos o primeiro encontro aqui em Natal, foi perceptível o benefício que trouxe. Os casais que participaram, saíram renovados. Foi um momento muito bonito que vivemos em nossa Igreja arquidiocesana. Isso se deve à atenção pastoral de Dom Costa e também à figura de Dom Francisco, que na época ainda era padre”, reforça.

Cristina Eufrásio e Marcus Rodrigues, casal arquidiocesano, juntamente com o padre Roberlan Roberto, dirigente espiritual arquidiocesano do ECC


Para os casais que participam do ECC, o encontro representa um despertar, não só para o matrimônio, mas para a família como um todo”

Contribuição para o casal Para os casais que participam do ECC, o encontro representa um despertar, não só para o matrimônio, mas para a família como um todo. Foi assim com o casal Maria Dilvia Flor e Manoel Flor Neto. Eles participaram do encontro no ano de 1996 e, desde então, passaram a se inserir na vida pastoral da Paróquia de São Pedro Apóstolo, no bairro Alecrim, em Natal. “Para nós foi um despertar. Aceitamos fazer o encontro a partir do 4º convite que recebemos. Sempre fomos muito unidos, juntamente com nossos filhos, mas cada um vivia a sua realidade. Participávamos das celebrações litúrgicas somente em períodos, digamos, festivos. No momento em que fizemos o ECC, passamos a nos compreender mais como família e entendemos a necessidade de ser Igreja e de nos inserir nos movimentos e grupos pastorais”, frisa o casal. Segundo o dirigente espiritual arquidiocesano do ECC, o padre Roberlan Roberto, o encontro é um importante serviço da Igreja para a evangelização dos casais e dinamização da vida eclesial pastoral das paróquias. “Ao celebrarmos os 40 anos de implantação do ECC em nossa Arquidiocese de Natal, queremos reconhecer os bons frutos gerados por meio deste serviço em nossa Igreja particular, bem como rememorar com um profundo sentimento de gratidão a


A ORDEM CAPA LUIZA GUALBERTO

Dilvia e Manoel fizeram o ECC no ano de 1996

O ECC está presente e atuando em 223 (Arqui)Dioceses do Brasil e está estruturado nos 16 regionais da CNBB”

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todos os envolvidos nesta belíssima história”, enfatiza. O sacerdote ainda lembra daqueles que passaram pela história do ECC nesse período. “Queremos agradecer o empenho, a dedicação e o zelo de tantos padres e casais que se doaram com fé, alegria, gratuidade e oração nesse arco histórico do ECC e, ao mesmo tempo, iluminados por esses testemunhos, queremos animar e motivar os nossos passos e nosso entusiasmo para continuarmos essa missão com o mesmo ardor, a fim de que o ECC continue a dar abun-

dantes e generosos frutos de casais e famílias renovadas para as diversas comunidades eclesiais de nossa Arquidiocese”, destaca. O Encontro O Encontro de Casais com Cristo (ECC) é um serviço da Igreja, em favor da evangelização das famílias. Segundo o documento 112 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que trata sobre as orientações pastorais para o matrimônio, a evangelização do matrimônio e da família é missão de toda a Igreja, em que os fiéis devem coo-


CAPA A ORDEM

perar, segundo as próprias condições e vocação, devendo partir do conceito exato de matrimônio e família. O ECC nasceu da inquietude do padre Alfonso Pastore, que dedicou sua vida sacerdotal à Pastoral Familiar, Pastoral da Saúde e Pastoral Carcerária. O encontro teve início em 1970, na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário, na Vila Pompéia, em São Paulo (SP). O ECC está presente e atuando em 223 (Arqui)Dioceses do Brasil e está estruturado nos 16 regionais da CNBB. Quando idealizou o ECC, o padre Alfonso Pastore pensou o encontro para ser desenvolvido em três etapas distintas, indispensáveis, inter-relacionadas entre si, cada uma com características e finalidades próprias. São elas: 1ª etapa – É o momento evangelizador e missionário, é o despertar, é o chamamento aos casais afastados da Igreja. Essa etapa visa despertar os casais para que vivam o casamento de uma maneira cristã; 2ª etapa - Esta etapa pretende levar o casal a refletir sobre o verdadeiro sentido da fé batismal, para que vivem plenamente a mensagem de Jesus Cristo; visa ainda a dar conhecimento aos casais dos Documentos da Igreja e das Diretrizes da Ação Evangelizadora”; por fim, a 3ª etapa - Esta etapa vai propor aos casais uma reflexão profunda, séria e adulta do homem que vive numa sociedade cheia de injustiças, de opressão, de miséria, de egoísmo, de dominação e de marginalização. Como o papa Francisco diz em seus discursos, esta etapa pede aos casais para que vivam a Igreja em saída.

LUIZA GUALBERTO

Lucia e Joaquim Elói fizeram sementeira em Recife (PE)

40 ANOS DO ECC

Para a comemoração dos 40 anos do ECC, está sendo pensada uma programação que será desenvolvida no mês de dezembro. As atividades vão ser desenvolvidas no dia 15 de dezembro, com um encontrão celebrativo. A programação vai contar com palestras, testemunhos, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento, além de celebração eucarística. Informações sobre inscrições serão divulgadas em breve pelo conselho arquidiocesano do ECC.

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A ORDEM VIDA PASTORAL

Espaços de devoção aos Mártires do Rio Grande do Norte

Capela de Cunhaú e os Santuários, em Uruaçu e no bairro Nazaré, acolhem fiéis dos Protomártires do Brasil POR JÉFERSON ROCHA

Jéferson Rocha

Francisca Nascimento (dona Coca), devota

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VIDA PASTORAL A ORDEM

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rancisca Nascimento de Lima, 74 anos, mais conhecida como Dona Coca, é moradora do bairro Nazaré, em Natal, e devota dos Mártires Potiguares. Ela conheceu a história dos santos há cerca de 20 anos, quando Padre Agustin Calatayud decidiu construir uma capela dedicada aos mártires, na rua onde ela mora. Depois de conhecer a história daquele povo que deu a vida por amor a Cristo e à Eucaristia, dona Coca passou a acompanhar também o crescimento da devoção do povo àqueles que se tornariam os padroeiros do estado e viu surgirem espaços que guardam a memória e mantém viva a fé dos cristãos, em Canguaretama, São Gonçalo e Natal. “Quando visitei a capelinha de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú (Canguaretama), vi aquela terra como um bagaço molhado e tinha cheiro de sangue. Então, naquele momento, senti assim uma coisa muito diferente, que me tocou, e aquele cheiro de sangue não era desagradável; era um cheiro bom”, relembra. A igreja onde dona Coca sentiu forte a lembrança da história, foi o local onde aconteceu o martírio dos Santos André de Soveral (sacerdote), São Domingos de Carvalho e dos fiéis reunidos na capela para a Santa Missa do domingo 16 de julho de 1645. A igrejinha foi construída pelas pessoas da comunidade em 1604 e se degradou ao longo do tempo, sendo restaurada em 1964 e conservada até os dias atuais. Já o Monumento aos Mártires é o local do martírio de Santo Ambrósio Francisco Ferro (sacerdo-

Quando visitei a capelinha de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú (Canguaretama), vi aquela terra como um bagaço molhado e tinha cheiro de sangue. Então, naquele momento, senti assim uma coisa muito diferente, que me tocou, e aquele cheiro de sangue não era desagradável; era um cheiro bom”

te), São Mateus Moreira (leigo) e seus companheiros, também em 1645, no dia 3 de outubro, na comunidade de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante. Os mártires foram massacrados ao ar livre em um campo deserto que, hoje, se tornou um espaço de devoção. O local abrange uma área de dois hectares, projetado pelo arquiteto Francisco Soares Junior, tendo capacidade para receber 50 mil peregrinos, podendo ser ampliada de acordo com a expectativa de público. No local, há a imagem dos três mártires identificados produzida com pó de mármore, esculpidas pelo artista plástico Manxa. De Uruaçu, dona Coca tem boas lembranças da vez que foi: “senti de perto a fé do povo”. Mas foi em Natal que dona Coca doou parte de sua vida aos Santos Mártires. Desde meados dos anos 2000, ela e outros fiéis de bairro Nazaré acreditaram e, juntos, sob coordenação do Padre Agustin, construíram o Santuário do Mártires de Cunhaú e Uruaçu, com capacidade para abrigar 700 pessoas sentadas. É no Santuário, situado na Avenida Miguel Castro, 1002, bairro Nazaré, onde está instalada a pintura que reúne a representação dos santos de Cunhaú e Uruaçu, pintada pelo artista plástico Gilvan Lira, que foi levada a Roma, para beatificação. O Santuário foi inaugurado no dia 12 de outubro de 2009, depois de quase quatro anos do início de suas obras. E é lá que dona Coca vai todos os dias para rezar o terço de São Mateus Moreira e celebrar, pedir e agradecer as graças que os santos já concederam.

SANTUÁRIO DOS MÁRTIRES FESTEJA DEZ ANOS

A Paróquia do Santuário dos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, no bairro Nazaré, celebra dez anos de instalação, com uma programação desenvolvida de 3 a 12 de outubro. A abertura, acontece às 8h30, no dia 3, com missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. A programação segue todos os dias com novenas, com participação de sacerdotes convidados, e quermesse com atrações musicais, no pátio externo do Santuário. A mini-micareta MartirFest (3/10) o Auto dos Mártires, e o passeio de bicicleta MartirBike (6/10) são destaques da programação, que está disponível no www.instagram.com/psmartires.

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A ORDEM ARTIGO

Alienação

parental

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alienação parental, regulamentada no Brasil pela Lei 12.318/10, é uma violência moral praticada contra crianças e adolescentes que causa inúmeros prejuízos ao seu pleno desenvolvimento psicológico, pois gera ansiedade, prejudica o relacionamento e gera até mesmo temor de um de seus genitores. A síndrome da alienação parental começou a ser estudada na década de 1980 por um psiquiatra americano que constatou que crianças cujos pais estavam em processo de separação ou que já estavam separados e em disputa de guarda apresentavam sintomas de ansiedade, temor e sentimentos negativos em relação ao genitor que não exercia a guarda. Nos termos da lei, “considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este.” Dificultar o convívio da criança ou do adolescente com um dos seus genitores, omitir informações relevantes sobre o filho, realizar campanha de desqualificação do genitor como pai ou mãe são alguns exemplos de atos que ensejam a alienação parental. O alienante – aquele que pratica os atos de alienação – muitas vezes não tem a intenção de atingir a criança ou o adolescente. Seu alvo, na maioria dos casos, é o genitor alienado – aquele que é vítima dos atos de alienação, utilizando-se da alienação parental como um instrumento de vingança contra o genitor. Ocorre que o maior prejudicado nestas situações é o filho, uma criança ou adolescente que não tem condições de se proteger das informações negativas sobre o seu genitor que lhe são repassadas por alguém em quem ele confia (mãe, avó, pai, avô). Falar com filho “sua mãe não gosta de você, pois se gostasse não teria saído de casa” pode parecer simplesmente um ataque à mãe, mas, na verdade, está causando um grande mal ao filho, que vai efetivamente acreditar que a mãe não lhe ama. Uma das consequências mais graves da alienação parental é a chamada “síndrome das falsas memórias”, em que a criança passa efetivamente a acreditar em uma realidade paralela, criada unicamente para afastar o outro genitor. Em casos extremos, cria-se a falsa memória de prática de abusos sexuais, o que somente se descobre após o trabalho da equipe multidisciplinar (formada por psicólogos e assistentes sociais). As penalidades impostas pela lei vão desde advertência, multa ou alteração da guarda até a efetiva decretação de suspensão do poder familiar – situação em que o genitor perde temporariamente o direito de ter qualquer ingerência na vida do filho menor. A alienação, portanto, pode acontecer em qualquer ambiente e ser praticada por qualquer pessoa que conviva com a criança, trazendo consequências drásticas no desenvolvimento psicológico de crianças e adolescentes.

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Ana Beatriz Ferreira Rebello Presgrave Professora do Curso de Graduação e do Programa de Pós-graduação em Direito da UFRN. Doutora em Direito Constitucional pela UFPE

“A alienação, portanto, pode acontecer em qualquer ambiente e ser praticada por qualquer pessoa que conviva com a criança”


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A ORDEM PARÓQUIAS

Paróquia do Bom Pastor

celebra dez anos de criação FÁBIO FIGUEIREDO

Igreja Matriz e Centro Pastoral do Bom Pastor

Há mais de 70 anos, a Igreja Católica realiza ações sociais e evangelizadoras no Bom Pastor POR CACILDA MEDEIROS

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PARÓQUIAS A ORDEM

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Paróquia Jesus Bom Pastor, no bairro Bom Pastor, zona oeste de Natal, foi instalada em 19 de outubro de 2009, pelo então arcebispo metropolitano, Dom Matias Patrício de Macêdo, sendo desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, nas Quintas. Porém, a história da presença da Igreja Católica na vida das pessoas, naquela região da capital, é bem mais antiga. Em 1947, o então Padre Eugênio de Araújo Sales inaugurou o Instituto Bom Pastor, um complexo que, hoje, abriga o centro pastoral, secretaria e casa paroquial e a Igreja Matriz. Quando inaugurado, o prédio foi entregue às Irmãs de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor de Angers. Naquela época, o Bom Pastor ficava distante da cidade, em uma região rural. Lá, a Arquidiocese implantou um programa para acolher moças prostituídas. Por isso, chegou a ser conhecido como a ‘casa das arrependidas’. “Elas vinham pra cá para serem disciplinadas e preparadas para, depois, seguirem a vida familiar, de esposas, de mães”, explica o pároco, Padre Cláudio Régio Bezerra. Tempos depois, a Arquidiocese construiu o Centro Estevam Machado, também no Bom Pastor, para acolher os meninos. No final dos anos 80, a Congregação Servas do Imaculado de Maria (Irmãs do Bom Pastor de Quebec) substituíram as Irmãs de Angers, no Instituto, na missão de educar e evangelizar. Hoje, as Irmãs não atuam mais diretamente no Instituto, mas continuam trabalhando na Paróquia, no Centro Integrado de Atendimento à Mulher (CIAME).

RIVALDO JR

tensa, iniciando às 5 horas, com alvorada; às 12h, recitação do Ofício de Nossa Senhora; às 15h, recitação do terço da misericórdia e adoração ao Santíssimo Sacramento e, às 19h, missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha.

Comemorações Desde o mês de julho, vêm sendo realizados eventos comemorativos aos dez anos de criação da Paróquia. O auge das comemorações acontecerá no período de 9 a 19 de outubro. Nestes dias, todas as noites, haverá celebração de missa. No dia 19, a programação será in-

Ação pastoral Quando da instalação da Paróquia, em 2009, o Padre Cláudio Régio foi nomeado o primeiro pároco, função que desenvolve até hoje. Além da Igreja Matriz, mais cinco comunidades formam o território paroquial. “Temos, aqui, quase todas as pastorais presentes na Arquidiocese de Natal. É uma Igreja viva”, diz o pároco. “Quase todas as famílias que residem no Bom Pastor vieram ou têm raízes em cidades do interior. E trouxeram consigo os costumes da devoção, da reza, da procissão. Isso colabora muito no nosso trabalho de evangelização”, acrescenta. No trabalho evangelizador e pastoral, Padre Cláudio conta com o auxílio do Diácono Josimar Francisco de Macedo.

SERVIÇO Endereço: Av. Bom Pastor, nº 1186 – Bom Pastor – Natal (RN) Tel.: (84) 3653-6555 E-mail: secretariabompastor@hotmail.com MISSAS (Matriz) Domingo: 7h30 / 16h30 / 19h30 Terça a sexta: 19h Sábado: 19h30 *Dia 20: 19h (missa com oração de cura) * Dia 29: 19h (missa de São Miguel Arcanjo)

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A ORDEM PARÓQUIAS

Bairro Planalto tem Paróquia dedicada a

santo potiguar

RIVALDO JR

Igreja matriz de Santo Ambrósio

Paróquia de Santo Ambrósio Francisco Ferro foi criada por ocasião da beatificação dos mártires do RN, no ano de 2003

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PARÓQUIAS A ORDEM

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undado no ano de 1998, pela lei municipal 151, o bairro Planalto, situado na zona oeste de Natal, traz características da vida interiorana e pacata. No período de sua fundação, a população estimada era de 30 mil habitantes. Desde o início, a religiosidade foi marca predominante dos moradores da comunidade. Segundo o livro “Paróquias potiguares – uma história”, de autoria do padre Normando Pignataro Delgado (in memoriam), entre os anos de 1984 e 1995, o padre José Sianko, sacerdote polonês, da Congregação dos Salesianos, que desenvolvia um trabalho missionário em na Arquidiocese de Natal, construiu no Planalto, uma Igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Recém-aposentado dos serviços às forças armadas, o padre Valdemar Fernandes foi designado pelo Arcebispo Metropolitano da época, Dom Nivaldo Monte, para auxiliar nos trabalhos da Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora, em Felipe Camarão, da qual a comunidade do Planalto fazia parte. Criação da Paróquia No dia 05 de março de 2000, os padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, além de Mateus Moreira e companheiros mártires foram beatificados por São João Paulo II, no Vaticano. Como marco desse acontecimento, quatro paróquias foram criadas e de-

dicadas aos padroeiros do Estado, entre elas, a comunidade do Planalto. No dia 01 de novembro de 2003, Dom Heitor de Araújo Sales, que era o Arcebispo Metropolitano da época, criou a Paróquia, no Planalto, nomeando o padre Valdemar como primeiro pároco. Atualmente, a comunidade tem como pároco, o padre Antônio Teixeira Gomes. Vida Pastoral Segundo o padre Antônio Teixeira, a comunidade é bem ativa do ponto de vista pastoral. “Temos a presença dos mais diversos grupos de pastorais, movimentos e serviços. Além da matriz, a Paróquia conta com mais quatro comunidades, às quais damos assistência na realização das atividades de evangelização”, destaca o padre. A comunidade paroquial também trabalha na difusão da devoção aos santos mártires, canonizados pelo Papa Francisco, no ano de 2017. “A gente realiza a peregrinação com a imagem de Santo Ambrósio em todo o território da Paróquia. Além disso, todo dia 03 de cada mês, celebramos uma missa votiva aos santos potiguares”, frisa. No período de 18 a 27 de outubro, a comunidade celebra o padroeiro com uma programação diversificada, que vai contar com o tradicional novenário, celebração de missas, recitação do terço, entre outras atividades. Neste ano, o tema dos

CACILDA MEDEIROS

Pe. Antônio Teixeira, pároco

festejos é “Santo Ambrósio, mártir de Cristo, servo da Igreja”.

SERVIÇO Endereço: Rua Miramangue, 754 Planalto – Natal/RN Telefone: (84) 3218-7512 E-mail: paroquiaplanalto@gmail.com Horários de missa (Matriz): de terça a sábado, às 19h e domingos, às 09h e às 19h

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A ORDEM

REPORTAGEM

ISTÊNIA PAREDES

Busto em homenagem ao Padre Maria, no centro de Natal

Padre João Maria: o Anjo da Caridade

Comissão pro beatificação trabalha na coleta de material e testemunhos POR CACILDA MEDEIROS

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REPORTAGEM A ORDEM

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m 22 de fevereiro de 2002, a Arquidiocese de Natal abriu, oficialmente, o processo para a beatificação do Padre João Maria Cavancalti de Brito, também chamado por ‘Anjo da caridade’. A primeira fase do processo, chamada de fase diocesana, foi iniciada pelo Monsenhor Francisco de Assis Pereira, que também foi o postulador da causa de beatificação dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu. Ele faleceu em dezembro de 2011 e, em 2012, Dom Jaime Vieira Rocha nomeou o Cônego José Mário de Medeiros para a função de postulador da causa dos santos da Arquidiocese de Natal. Na fase diocesana é realizada a investigação histórica. Segundo o historiador, José Rodrigues, que integra a comissão pró beatificação, agora o grupo está finalizando a elaboração da biografia documentada do Padre João Maria. “É nossa pretensão concluir essa etapa até o mês de dezembro próximo, para enviar o material para a Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano”, explica. Junto com a biografia documentada, é necessário também conter registros de graças alcançadas por fiéis, por intercessão do Padre João Maria. Para isso, a comissão solicita aos fiéis que receberam graças, para que as comunique na sala da postulação, que fica no Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral Metropolitana), de segunda a sexta-feira, das 13h às 17 horas. Quem foi o Anjo da Caridade Padre João Maria Cavalcanti de Brito nasceu em 23 de junho de 1848, em Jardim de Piranhas (RN). Alfabetizado pelo pai, o jovem João Maria deu continuidade aos estudos em Caicó, e, aos 13 anos, seguiu para o Pernambuco. Matriculou-se no Seminário

de Olinda, e, em seguida, foi transferido para Fortaleza (CE), com o objetivo de concluir o Curso de Teologia. Foi ordenado sacerdote no dia 30 de novembro de 1871. Foi vigário coadjutor de Jardim de Piranhas; depois, serviu às paróquias de Florânia, Acari, Santa Luzia (PB) e Nísia Floresta. Nesta última, passou poucos meses, mas deixou seu legado em prol dos flagelados da seca, onde começou sua ação social de maior relevância. Em 7 de agosto de 1881, tomou posse, na qualidade de pároco colado da Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, onde exerceu seu apostolado até o fim de seus dias. Pureza, desprendimento e generosidade são traços marcantes da personalidade desse homem consagrado pelo povo como “santo”. Com total desprendimento e caridade, dedicou sua vida aos pobres, aos flagelados da seca, aos escravos e, durante seus últimos anos, lutou para congregar e agilizar o socorro aos portadores da varíola. Em 1979, no dia 7 de agosto, com autorização de Dom Nivaldo Monte, foi feita a exumação dos restos mortais do Padre João Maria, dividindo-os assim: alguns resíduos ficaram no cemitério do Alecrim e a maioria dos restos foi levada para a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, em Petrópolis, onde foi feito um mausoléu em sua homenagem. Missa na Praça Como forma de difundir a devoção ao ‘Anjo da Caridade’, mensalmente, no dia 16, às 12 horas, há celebração de missa, na Praça Padre João Maria, na Cidade Alta, em Natal. Nessa praça, há um busto em homenagem ao Padre João Maria, que dedicou sua vida à caridade aos mais pobres e faleceu em 16 de outubro de 1905, em Natal.

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A ORDEM EM AÇÃO FOTOS: RIVALDO JR.

Congregação incentiva

educação evangelizadora A unidade entre a ação apostólica e a formadora POR VITÓRIA ÉLIDA

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EM AÇÃO A ORDEM

A educação é considerada uma das mais importantes formas de construção da sociedade. E quando a educação está associada a uma ação evangelizadora, é capaz de transformar vidas. Acreditando nisso, a Congregação das Filhas da Caridade desenvolve atividades que transformam a Escola São José, no bairro das Rocas, em Natal, em um espaço de cuidado e acompanhamento, levando educação da fé e serviço evangélico a cerca de 200 crianças. Segundo a coordenadora da instituição, a Irmã Maria Dejânia Domingues, na Escola São José as irmãs vivem a temática Educação. Porém, a forma como essa temática é realizada entre os alunos é que faz a diferença na vida das crianças. “Nós trabalhamos a educação evangelizadora. Consideramos que essa é a nossa marca como filhas da caridade presentes nessa instituição: educar evangelizando. Sempre dentro dos princípios evangélicos, trabalhando os valores fundamentais que seguram a vida do cristão”, disse. A Escola São José foi fundada em 11 de março de 1939 pela Irmã

Vitória Chaves, e tinha como objetivo inicial desenvolver atividades em educação e trabalhos sociais com os pescadores residentes na região. E nestes 80 anos de história, muitas gerações foram formadas neste berço da fé. A diretora da escola, a Irmã Maria das Graças Aquino, fala com muita alegria sobre o corpo docente da instituição, visto que são professores, em sua maioria engajados em grupos e movimentos da Arquidiocese e profissionais empenhados nas questões sociais. O dia a dia A Escola São José, atende, hoje, cerca de 200 alunos, do Ensino Infantil até o Ensino Fundamental I, nos turnos matutino, com o ensino integral, e vespertino. Todos os dias, os discentes realizam uma rotina que vai desde as ações catequéticas até a aquisição de conhecimentos em disciplinas. Além disso, os alunos contam com aulas de música, robótica, ballet, judô, futsal e catequese de primeira eucaristia, entre outras atividades. A Irmã Maria das Graças informou que a escola sempre

Escola trabalha aspectos educacionais e humanos com alunos

desenvolve atividades lúdicas e de reflexão, de acordo com as datas comemorativas, e todos os dias, os alunos mantêm uma rotina de acolhimento, oração e aulas. A Educação Vincetina, segundo a Irmã Dejânia, tem um caráter formador integral, e se diferencia por ser uma educação em que o evangelho está vivo na vida da pessoa. “A educação vicentina vai além da formação para o mercado de trabalho, pois enxergamos os nossos alunos como gente”, afirma. No mês em que se comemora o dia do professor, as irmãs relembram que a marca evangélica de ser educador vicentino está no acolhimento. “Nos diferenciamos em nossa missão educadora, porque acolhemos, damos atenção, respeitamos as histórias, dando chances para que a pessoa possa se reerguer de determinadas situações”, continuou a Ir. Dejânia. A Congregação das Filhas da Caridade A Companhia das Filhas da Caridade surgiu em 1633 através de São Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac, que viam na atenção e cuidado aos pobres, a forma de estar servindo ao próprio Cristo. Em 1849, a Congregação chega através de 12 irmãs ao Brasil, se fixando no território brasileiro e através da atuação na área caritativa e educacional, segundo o espírito vicentino, provocam rapidamente multiplicidade de obras e serviços e surgimento de vocações. Em Natal, a Congregação chega aos seus 80 anos, e conta com a presença de cerca de 20 irmãs distribuídas em quatro casas: O Patronado da Medalha Milagrosa, a Casa da Criança, o Abrigo Juvino Barreto, a Escola Dom Marcolino Dantas e a Escola São José.

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A ORDEM ARTIGO

Crianças off line Meus ladrilhos não são vossos ladrilhos, meus encantos não são mais vossos encantos. O que me encantou ontem pode não ser o que me encanta hoje. O que você tem pode não representar para mim o que eu quero, o que eu sinto, o eu faço acontecer. E em minha rua já não brilham mais os cantos e encantos como outrora brilhavam em sonhos e realidades mil sonhos de meninos e meninas “off line”. Em cada canto que passam não soltam mais bandeirolas, não gritam fazendo eco nas montanhas, não gritam alto nomes e mais nomes perambulando pelas ruas dormidas de uma noite esplêndida. Crianças, venham! Ainda existem as ruas coloridas, tacos de pedras brutas ou lapidadas, espaços para o brincar, decantando sonhos e vivendo a tática do encontro entre pais e filhos, amigos e amigas, solfejando temas que teimam em existir diante do “online” maravilha criada a tantas mãos. Venham se saborear da plena força do gritar, saltar, dançar, criar espaços e canções esplêndidas de ninar, embalando a flor que ainda teima em exalar seu cheiro. E eu mandava ladrilhar “com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante para o meu, para o meu amor passar”. Crianças, venham! Ainda há tempo para o “off line”, para caminhar, pular, soltar pipas e perambular como pássaros leves de penas flutuantes num ar de leveza e prudência, sonhos e mais sonhos de ares bravios, singrando o tempo e encontrando vivas as intenções pueris. Ah! Quanta felicidade na tenra folha de papel que voa como gaivota; na pura onda gigante da bola de ar que se faz ao sopro puro da pureza infantil; no colorido água e sol, transcendendo o sopro soprado em desejo de força e coragem que está dentro de si. Nessa rua, nessa rua tem um bosque... Como se chama este bosque? Não seria o bosque da imaginação que cresce a cada tempo e em cada coração? Bosque de imagens construídas em meio ao tumultuado mundo da movimentação? Bosque que clama por crianças que se tomem seus assentos nos bancos do sossego das árvores, céu e mar trazidos pela constante luta dos transeuntes que passam cheirando o ar numa verdadeira ascensão? Ah! Encontro de seres, vivos na imensidão! Encontro de crianças, jovens, adultos, anciãos em constante desafio de liberdade, porém antenados em fios da alma sem vícios ou dependência de fones e mais fones, fios e mais fios que gerem dependência no tempo e espaço “line” num bosque que não se chame solidão.

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Milton Dantas Psicopedagogo clínico

“Se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar...”


MISSÃO

Diác. Haroldo Lima Coord. da Comissão Missionária Arquidiocesana

Missão: Viver o extraordinário Com o Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo nosso Papa Francisco, para este mês de outubro, temos uma oportunidade e motivação, proposta já oferecida pela Igreja Católica, no Brasil, para aprofundar e compreender o convite do nosso Bom Pastor. Somos chamados e deixar renascer a consciência de que o nosso Batismo está conectado diretamente com o Batismo de Jesus Cristo, recebido por João, no rio Jordão. A fonte da missão é Deus, pois Jesus Cristo veio ao mundo como missionário do Pai. A convocação do Papa Francisco é para vivenciarmos um mês missionário, ou seja, com a graça do sacramento do Batismo que um dia recebemos da mãe Igreja, para ingressarmos no seguimento da missão de Cristo. No dia 03 de outubro, a Arquidiocese de Natal fez a abertura do Mês Missionário Extraordinário em nível local, ocasião em que também aconteceu o envio dos missionários para a 4ª Missão Arquidiocesana, na cidade de Santa Maria. Nos próximos dias 19 e 20, convocamos todos a participarem da coleta missionária, que vai acontecer em nossas paróquias. Que não vivamos a missão somente neste mês, mas em todos os dias do ano. Esse é o chamado da nossa Igreja, viva e missionária.

GERAL A ORDEM

Idaísa Mota Sócia-fundadora do grupo Reviver Natal

A prevenção salva vidas O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. É importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na mama. Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica. A orientação atual é que a mulher faça a observação e a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal, sem necessidade de uma técnica específica de autoexame, em um determinado período do mês. A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da doença, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática. Com a prevenção, a mulher que por venturar vier a ter um caso de câncer de mama, tem uma taxa de cura de 90%. O tratamento e todo o processo de recuperação são dolorosos, mas passam. A mulher não pode deixar de fazer a prevenção. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a recomendação, no Brasil, atualizada em 2015, é que mulheres entre 50 e 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos. Durante este mês de outubro, estaremos com o caminhão do mutirão gratuito de mamografia percorrendo os bairros da capital potiguar. Para saber as datas, acesse o nosso site: www.gruporeviver.com.

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A ORDEM PERSONALIDADE

JOSÉ BEZERRA

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Diácono Severino: um

missionário

Por Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo Metropolitano de Natal

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ilho de trabalhadores rurais, no município de Coronel Ezequiel, no pé da Serra da Borborema, Severino Faustino Sobrinho nasceu em 9 de outubro de 1949. Lá, residiu até 1968, quando se mudou para Natal, em busca de trabalho. Na capital, casou-se com Raimunda Medeiros Faustino e tiveram três filhos. Ela faleceu em março deste ano. Durante 24 anos, trabalhou em uma empresa particular e, paralelamente, ensinava na rede pública. Nesse tempo, também cursou Teologia. A relação com a Igreja foi uma herança dos pais. Ao chegar a Natal, Severino foi residir no bairro de Lagoa Seca e ali se engajou na Igreja, na catequese, sob a orientação do Padre Pio Hensgens. Em 1978, foi residir no Conjunto Amarante, em São Gonçalo do Amarante. Lá, ele foi colaborar com a missionária alemã, Ana Elizabeth Lenz. Anos mais tarde, Severino mudou-se com a família para o Parque dos Coqueiros, na zona norte de Natal, e continuou seu engajamento pastoral e missionário. Até que recebeu o convite para o Diaconato Permanente, sendo ordenado em 25 de março de 2009. De 2003 a 2009, a Arquidiocese de Natal desenvolveu o projeto das Santas Missões Populares, em preparação ao seu centenário de criação. Severino tornou-se um animador das Santas Missões Populares, integrante a equipe arquidiocesana. Para ele, esse projeto foi um momento importante para a Arquidiocese, que ajudou as pessoas a crescerem na espiritualidade. Hoje, o Diácono Severino Faustino continua atuando na Paróquia de Santo Antônio de Pádua, no Parque dos Coqueiros, com seu estilo simples e na incansável busca do ser Igreja discípula-missionária. Que o seu exemplo sirva para avivar a consciência batismal dos que o conhecem, em relação à missão da Igreja.


GALERIA A ORDEM

Festa da Mãe Aparecida A comunidade de Neópolis, zona sul de Natal, celebra a festa da padroeira, Nossa Senhora Aparecida, no período de 2 a 12 de outubro. Diariamente, às 19h30, há celebração de novena, seguida de quermesse. Em 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, às 8 horas, será celebrada missa, presidida pelo reitor do Seminário de São Pedro, Padre Valquimar Nogueira, e, às 16 horas, missa solene, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. Após a missa, os fiéis conduzirão a imagem da padroeira, em procissão, pelas principais ruas do bairro. Neste ano, a festa tem como tema: “Com Maria, escolhidos e enviados em missão”. Neópolis é a única paróquia da Arquidiocese de Natal dedicada a Nossa Senhora Aparecida. (Informação enviada por Rafael Pacheco – Pascom/Neópolis) PASCOM NEÓPOLIS

Procissão de encerramento da festa/2018

Festa no Amarante A comunidade do Conjunto Amarante, em São Gonçalo do Amarante, celebra a festa do padroeiro, São Lucas, no período de 9 a 19 de outubro. Neste ano, a festa reflete o tema: “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”, o mesmo do Mês Missionário Extraordinário. No período festivo, diariamente, às 19h30, haverá celebração de missa e atividades sócio-culturais. A missa de abertura será presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. No dia 18, após a missa, acontecerá show com Padre Antônio Nunes. Os festejos serão encerrados no dia 19, às 19h, com procissão conduzindo a imagem do padroeiro, seguida de missa solene, presidida pelo vigário geral da Arquidiocese, Padre Paulo Henrique da Silva. (Informação enviada por Idalécio Rêgo e Sérgio Luiz – Pascom/Amarante) OUTUBRO DE 2019

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A ORDEM GALERIA

COMUNIDADE SHALOM

Festival Halleluya 2018

Festival de Artes Estão abertas, até 13 de outubro, as inscrições para os artistas potiguares que desejam participar do Festival de Artes, dentro da programação do Festival Halleluya Natal, promovido pela Comunidade Shalom. A 10ª edição do Halleluya ocorrerá no período de 13 a 15 de dezembro, no anfiteatro da UFRN, com entrada gratuita. O Festival de Artes reúne artistas nas categorias da música, dança, fotografia e desenho. Haverá premiação em dinheiro para os melhores. Os interessados podem obter mais informações no Instagram @halleluyanatal ou através do telefone (84) 99921-8359.

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GALERIA A ORDEM

Educação e solidariedade “Caminhos para uma formação humana e solidária” é o tema do primeiro Simpósio Educação e Humanismo Solidário, promovido pela Comissão Arquidiocesana Pastoral para a Cultura e a Educação, que ocorrerá dia 9 de novembro, no Centro Pastoral da Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório, no Conjunto Mirassol, em Natal. A programação iniciará às 8h30, com uma reflexão sobre as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Durante o dia, ainda serão realizadas mesas de diálogos para o tema central do evento, que será encerrado às 18h30, com a celebração da missa. “O Simpósio tem como objetivo geral discutir as Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja (2019-2023), com foco na educação e na cultura; as orientações da Congregação para a Educação Católica, com foco no humanismo solidário; e os objetivos da Pastoral da Educação à luz do documento de estudos da CNBB (n. 110), sobretudo no aspecto da relação da Igreja com o Estado e a sociedade”, explica o coordenador arquidiocesano da Comissão, Diácono Márcio Azevedo. O público-alvo do Simpósio são educadores e estudantes da educação básica e universitária, de escolas católicas, e agentes de pastorais interessados nos temas da educação e da cultura.

Festa no Planalto No período de 18 a 27 de outubro, a comunidade do Planalto, em Natal, celebra a festa do padroeiro, Santo Ambrósio Francisco Ferro. No período festivo, diariamente, às 18 horas, haverá recitação do terço; às 19h, novena e missa, seguidas de quermesse. A programação de encerramento, no dia 27, será a seguinte: 8h, celebração do Sacramento do Batismo; às 9h, missa com a Primeira Eucaristia; e, às 17 horas, celebração do Sacramento da Crisma, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha. (Informação enviada por Joel Victor – Pascom/Planalto)

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A ORDEM VIVER

Musicografia Braille: inclusão de pessoas com deficiência visual Projeto é desenvolvido pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) CIONE CRUZ ANASTÁCIA VAZ

Além dos alunos da Escola de Música, projeto envolve estudantes de outras áreas de pesquisa

C

om a proposta inicial de inclusão social, ampliada posteriormente para a capacitação de alunos do Curso de Graduação em Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ensinando-os a lidar e trabalhar com alunos deficientes, o projeto de extensão Esperança Viva, coordenado pela professora Catarina Shin Lima de Souza, da Escola de Música (EMUFRN), completou neste mês de setembro, oito anos e atende não somente pessoas com deficiência visual, mas de outros tipos, como autismo, Síndrome de Down ou microcefalia. Como funciona O Esperança Viva serve como laboratório para os alunos da gradua36 OUTUBRO DE 2019

ção. São 12 alunos bolsistas e dois voluntários, além de contar com a colaboração de professores, como Eugênio Lima, e uma professora especialista em autismo, Liana Araújo, bem como, membros da comunidade externa, que também atuam como voluntários. Cerca de 20 pessoas são beneficiadas com a iniciativas. Segundo a professora Catarina Shin, o trabalho com o deficiente visual atinge um maior número de pessoas: “temos mais projetos para elas”, afirmou, citando a Banda Braille, Grupo de Flauta Doce, Orquestra de Violão e Saxofone, Duo de Violão, Contrabaixo Elétrico e o Musicografia Braille. Esse último, ensina a escrita de música para que os alunos possam aprender a ler uma partitura em braile. São quatro turmas, em níveis dife-

rentes, informou. Além dos alunos da Escola de Música, estudantes de outras áreas têm desenvolvido pesquisas a partir desse projeto Esperança Viva, como de Comunicação Social. Catarina destaca eventos sobre música e inclusão que são realizados, como o VII Encontro sobre Música e Inclusão da Escola de Música, e o convite para participação em um evento realizado em Portugal, em maio deste ano. Na oportunidade, eles levaram o Duo de Violão. “Esses projetos são muito importantes para as pessoas com deficiência, pois eleva a autoestima. Eles sentem-se capazes e realizados, além do que estimula a formação de alguns. Eles passam a acreditar neles mesmo”, concluiu Catarina Shin.


NOMEAÇÃO A ORDEM

Dom Jaime é nomeado presidente de

Comissão especial para Causa dos Santos Nomeação foi publicada pela CNBB, dia 19 de setembro

O

BRUNNO ANTUNES

arcebispo metropolitano de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, foi nomeado, no último dia 19 de setembro, presidente da Comissão Especial para a Causa dos Santos, da CNBB. A nomeação foi feita pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo. Também compõem a comissão, Dom Diamantino Prata de Carvalho, OFM, bispo emérito da Diocese de Campanha (MG) e Dom Giovanni Crippa, IMC, bispo da Diocese de Estância (SE). Como assessor, foi nomeado o padre Leonardo José de Souza Pinheiro, da Arquidiocese de Juiz de Fora (MG). Dom Jaime recebeu a nomeação com alegria. “Agradeço a Deus por essa nova missão que me foi confiada e vejo isso também como um reconhecimento, fruto da canonização dos nossos 30 santos mártires, em 2017. Espero poder contribuir da melhor forma, juntamente com os demais membros da comissão. Que Deus nos favoreça e ilumine essa comissão”, frisou. Durante o processo de beatificação dos santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, Dom Jaime integrou a comissão arquidiocesana. Na CNBB, o arcebispo também foi membro da Comissão Especial para a Amazônia e, atualmente, é bispo referencial para a Comissão de Comunicação, no Regional Nordeste 2. Sobre a comissão A Comissão Especial para a Causa dos Santos tem como finalidade o acompanhamento dos processos de canonização e beatificação que já estão em andamento na Cúria Romana, na Congregação para a Causa dos Santos e, ao mesmo tempo, oferecer subsídios para as Dioceses que desejam introduzir novas causas. Outra atribuição da Comissão é a formação de pessoal que possa acompanhar este serviço nas Igrejas particulares.

Dom Jaime, arcebispo de Natal

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A ORDEM CÚRIA

Transferências e nomeações O arcebispo metropolitano, Dom Jaime Vieira Rocha, anunciou, no último mês de setembro, a nomeação de novas funções para os seguintes padres: . Pe. Rodrigo Fernandes de Souza Paiva deixa a Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes, em Touros, para ser o primeiro pároco da Paróquia de São Tiago Menor, no Santarém, em Natal. A instalação da Paróquia e a posse canônica do primeiro pároco acontecerão dia 21 de outubro. . Pe. Willian Lamark Nunes de Brito sai da Paróquia de Nossa Senhora da Pureza, em Pureza, e assumirá a função de pároco da Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes, em Touros, dia 8 de outubro. . Pe. Luiz Martins de Carvalho, até então vigário paroquial da Sagrada Família, nas Rocas, é o novo pároco da Paróquia de São João Batista, na Vila de Ponta Negra, em Natal, desde 19 de setembro. . Pe. Francisco de Assis Silva Rodrigues de Lima, até então capelão dos hospitais, foi nomeado pároco da Paróquia da Sagrada Família, nas Rocas, em Natal, com posse agendada para o dia 11 de outubro. . Pe. Helenildo Marques de Morais sai da Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, em Taipu, e assumirá a Capelania dos Hospitais, a partir do dia primeiro de outubro. . Pe. Alcimário Pereira de Oliveira deixou a Área Pastoral de São Tiago Menor, no Santarém, para ser pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Livramento, de Taipu e Poço Branco, em 30 de setembro. . Pe. Cláudio Luiz de Carvalho sai da Paróquia da Sagrada Família, nas Rocas, para ser o primeiro pároco da Paróquia da Imaculada Conceição, no Loteamento Nova Aliança, em Natal. A instalação da nova Paróquia e a posse canônica do primeiro pároco ocorrerão dia 23 de outubro. . Pe. Francisco Ney Lopes sai da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em São Tomé, e será o novo pároco da Paróquia de Santo André de Soveral, no Jardim Aeroporto, Parnamirim, a partir de 18 de outubro. . Pe. Antônio Almeida de Oliveira, até então vigário paroquial da Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Santa Cruz, será o novo pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em São Tomé. A posse canônica está marcada para o dia 28 de outubro. . Pe. Robson Nascimento da Silva deixa a Área Pastoral da Imaculada Conceição, no Loteamento Nova Aliança, e será apresentado como vigário paroquial das Paróquias de Santana, no Soledade 2, e de Santa Luzia, na Comunidade Boa Esperança, ambas em Natal, dia 27 de outubro. . Pe. Francisco de Assis da Silva, recém-chegado da Espanha, onde concluiu mestrado, assumiu a função de pároco da Paróquia de São Mateus Moreira, em Cidade Verde, Parnamirim. A posse canônica aconteceu dia 17 de setembro. . Os Padres Humberto Luiz de Negreiros e Tomaz Silveira Neto, após renunciarem ao ofício de pároco, respectivamente, das Paróquias de São João Batista, na Vila de Ponta Negra, e de São Mateus Moreira, na Cidade Verde, permanecem com uso de Ordens. . Pe. Abelardo de Freitas Barros Neto, até então pároco da Paróquia de Santo André de Soveral, no Jardim Aeroporto, se afastou de suas funções ministeriais para se dedicar a um tempo de reflexão pessoal. 38 OUTUBRO DE 2019


A ORDEM

OUTUBRO DE 2019

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O Anjo Bom da Bahia agora é

Santa Dulce dos Pobres,

a santa de todos os brasileiros!

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13 de outubro é uma data muito especial: Irmã Dulce será a primeira mulher nascida no Brasil canonizada, sendo chamada agora de Santa Dulce dos Pobres. Rogai por nós, Santa Dulce dos Pobres, a santa de todos os brasileiros.

Santa Dulce dos Pobres O anjo bom do Brasil

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Conheça a admirável história de Santa Dulce dos Pobres, uma mulher humilde de aparência frágil, mas com uma fortaleza espiritual que a enchia de energia quando o assunto era socorrer os necessitados. Com uma narrativa leve e fluida, o autor fala sobre sua devoção aos pobres e enfermos, sobre sua luta pelas questões sociais e sobre a comoção que tomou conta do País quando partiu para a casa do Pai.

Dulce dos pobres Novena e biografia

Santa Dulce dos pobres O anjo bom do Brasil

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Cinco minutos com Deus e Irmã Dulce

R$ 6,80 R$ 10,00 De um lado, detalhes da trajetória de vida desta santa que, desde menina, ainda com o nome de Maria Rita, ajudava os carentes na porta de sua própria casa. Do outro lado do fôlder, uma linda imagem de Irmã Dulce que pode ser exposta ou usada para atos devocionais particulares. Formato aberto 46 x 64 cm

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