Revista A Ordem - Janeiro/2019

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| A ORDEM

Fundação Paz na Terra ano LXVII - Nº 33 Natal/RN | R$ 7,00 Janeiro de 2019

DESCENTRALIZAÇÃO

SOCIAL

FORMAÇÃO

SETORIZAÇÃO

FAMÍLIA

MÁRTIRES

COMUNICAÇÃO

JUVENTUDE

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A ORDEM | Expediente

O Mundo maleducado

Vez por outra ouve-se dizer de determinada pessoa que “ela é muito educada”, porque cumprimenta a todos, relaciona-se bem com todos, respeita as opiniões alheias, convive bem com os diferentes etc. Para esse tipo de educação não há necessidade de se aprofundar nos estudos. Mas quando se diz que “fulano é muito instruído”, tem sentido diferente do conceito citado acima sobre “pessoa muito educada”. Contudo, os termos educado e instruído podem ter o mesmo significado. Ser bem educado também significa bem instruído intelectualmente, tanto na família quanto nos bancos escolares. Hoje, o verbo educar toma proporções complexas devido às mudanças advindas dos processos de modernização e pós-modernização em todos os sentidos e espaços. Paradoxalmente, as novas tecnologias comunicacionais facilitaram e complicaram os processos educativos de crianças e jovens. Antigamente, as famílias diziam: “ensinamos boa educação aos filhos, mas o convívio com colegas maleducados destruiu o que ensinamos”. Hoje, em vez de dar boa educação aos filhos, dão-lhes smartphone, tablet, notebook. Aí, em vez de colegas, é o Mundo maleducado das tecnologias sociais que “gera” os maleducados de hoje, porque a família abriu mão da boa educação. Logo, educar nos tempos atuais é, de fato, um desafio e tanto.

EXPEDIENTE

Revista mensal da Fundação Paz na Terra Endereço: Rua Açu, 335 – Tirol CEP: 59.020-110 – Natal/RN Fone: 3201-1689

CONSELHO CURADOR: Pe. Antônio Nunes Vital Bezerra de Oliveira Fernando Antônio Bezerra CONSELHO EDITORIAL: Pe. Rodrigo Paiva Luiza Gualberto Josineide Oliveira Cione Cruz André Kinal Idalécio Rego Luiz Gustavo Milton Dantas Rivaldo Jr EDIÇÃO E REDAÇÃO: Luiza Gualberto (DRT-RN 1752) Cacilda Medeiros (DRT-RN 1248) REVISÃO: Milton Dantas (LP 3.501/RN)

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ENTREVISTA

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PARÓQUIAS

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VIVER

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VIDA PASTORAL

Hospital Varela Santiago é exemplo em gestão e atendimento infantil

Nesta edição, você vai conhecer as comunidades paroquiais de Itajá e Vila de Ponta Negra

Semião Paulino - Catequista do testemunho, profeta dos versos

Pastoral da Educação é implantada na Arquidiocese de Natal

CAPA: André Kinal COLABORADORES: José Bezerra (DRT-RN 1210) Adriano Cruz (DRT-RN 1184) Cione Cruz Rede de Comunicadores da Arquidiocese de Natal DIAGRAMAÇÃO: Akathistos Comunicação (84) 9 9948-4140

COMERCIAL: RN Editora Idalécio Rêgo (84) 98889-4001 IMPRESSÃO: Gráfica Sul – (84) 3211-2360 TIRAGEM: 1.000 exemplares

ASSINATURAS: Com as coordenações paroquiais da Pastoral da Comunicação ou na redação da revista, no Centro Pastoral Pio X – Av. Floriano Peixoto, 674 – Tirol – Natal/RN (84) 3615-2800 assinante@arquidiocesedenatal.org.br www.arquidiocesedenatal.org.br


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A ORDEM | Palavra da Igreja

Direitos humanos no centro das políticas O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes da Conferência Internacional sobre o tema “Os direitos humanos no mundo atual: conquistas, omissões e negações”, realizada dias 10 e 11 de dezembro passado, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, promovida pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral e essa instituição acadêmica. O encontro realizou-se por ocasião dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do 25º aniversário da Declaração e Programa de Ação de Viena para a tutela dos direitos humanos no mundo. Neste ano em que se celebram os aniversários significativos desses instrumentos jurídicos internacionais, o Papa afirma que é “oportuna uma reflexão profunda sobre o fundamento e o respeito dos direitos humanos no mundo atual”, esperando que dessa reflexão “possa surgir um compromisso renovado em favor da defesa da dignidade humana, com uma atenção especial aos membros vulneráveis da comunidade”. Escreveu o Santo Padre: “Observando com atenção as nossas sociedades contemporâneas, verificam-se muitas contradições que levam a nos perguntar se realmente a igual dignidade de todos os seres humanos, proclamada solenemente 70 anos atrás, é reconhecida, respeitada, protegida e promovida em toda circunstância.” Francisco também escreveu sobre o direito à vida: “Penso nos nascituros aos quais são negados o direito de vir ao mundo, naqueles que não têm acesso aos meios indispensáveis para uma vida digna, nos que são excluídos de uma educação adequada,

naqueles que são injustamente privados do trabalho ou forçados a trabalhar como escravos, nos que estão detidos em condições desumanas, nos que sofrem torturas ou não têm a possibilidade de se redimir, nas vítimas de desaparecimentos forçados e suas famílias.” O Papa recordou as pessoas “que vivem num clima dominado por suspeita e desprezo, que são alvos de intolerância, discriminação e violência por causa de sua pertença racial, étnica, nacional e religiosa”. Lembrou “os que sofrem múltiplas violações de seus direitos fundamentais no contexto trágico dos conflitos armados, enquanto negociantes de morte sem escrúpulos se enriquecem com o preço do sangue de seus irmãos e irmãs”. Segundo o Pontífice, somos chamados em causa diante desses fenômenos graves. “Quando os direitos fundamentais são violados, ou quando se privilegiam alguns em detrimento de outros, ou quando os direitos são garantidos somente a determinados grupos, ocorrem injustiças graves que por sua vez alimentam conflitos com consequências sérias dentro das nações e em suas relações.” O Papa faz um apelo aos responsáveis de instituições, pedindo-lhes para que coloquem “os direitos humanos no centro de todas as políticas, incluindo as de cooperação ao desenvolvimento, mesmo se isso significa caminhar contracorrente”. Francisco concluiu a mensagem afirmando que espera que a Conferência Internacional possa “despertar as consciências e estimular iniciativas voltadas a tutelar e promover a dignidade humana”.

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A Voz do Pastor | A ORDEM

Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo Metropolitano de Natal Queridos irmãos e irmãs!

Perspectivas para 2019

Ao iniciar o ano de 2019, queremos colocar nossas esperanças no Senhor Jesus. Mais um ano em nossas vidas, e a confiança da presença e da ação da graça de Deus nos anima a olhar os nossos dias e renovar nossa fé. Porque acreditamos que Ele, o Senhor, o ano todo coroa com a sua benignidade, e os seus passos destilam fertilidade (cf. Sl 65, 12), acolhemos o ano novo com alegria, esperança e paz no coração. O Ano novo vem com muitas perspectivas. Será o ano em que viveremos o Mês Missionário Extraordinário, que será celebrado no mês de outubro, cujo objetivo deve ser buscado constantemente: “despertar em medida maior a consciência da missio ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. Faço minhas as palavras do papa Francisco: “Não nos deixemos roubar o entusiasmo missionário!” (FRANCISCO. Exortação Apostólica, Evangelii gaudium, n. 80). Dentro dessa perspectiva missionária, o ano de 2019 será o último ano do nosso Marco Referencial da Ação Pastoral de nossa Igreja Particular. Como em 2019, a CNBB renovará as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora para o quadriênio 2019-2023, no final de 2019, também nós faremos a renovação do Plano Pastoral 2020-2023. Então, 2019 será um ano de muito empenho para que a nossa visão de futuro se consolide ainda mais: “A Arquidiocese de Natal ser uma referência em Setorização das Paróquias, de modo que estas se tornem cada vez mais missionárias, acolhedoras e solidárias, a serviço da

vida plena”. O ponto alto do Mês Missionário Extraordinário será a celebração do dia 20 de outubro, Dia Mundial das Missões. Nesse mesmo mês de outubro acontecerão as Jornadas Missionárias, onde as paróquias e comunidades deverão realizar visitas, encontros e celebrações missionárias. Com muita alegria, celebraremos em 2019, o Centenário de fundação do Seminário de São Pedro. São “100 anos oferecendo mãos ungidas para a Messe do Senhor”. Quantas histórias, quantos levitas do Senhor, quantos bispos formados naquele casarão da Campos Sales. Mas, também, quantos que beberam da formação religiosa, e, mesmo que não tenham chegado ao sacerdócio ministerial, exercem o sacerdócio comum, com dignidade, ética e valores. As comemorações do Ano Jubilar do Seminário de São Pedro iniciaram em 17 de dezembro de 2018 e se concluem em 19 de dezembro de 2019. Em 2019 celebraremos os 110 anos da criação de nossa Diocese (29.12.1909). Uma Igreja centenária, um Seminário centenário, são comemorações que nos enchem de alegria e, ao mesmo tempo, abrem os horizontes para olharmos para frente, confiantes e dispostos a seguir nosso caminho de discípulos missionários. Um caminho que deve ser marcado pela solidariedade e pela ação de graças pelo testemunhos dos nossos Santos Mártires: lembro a 5ª Caminhada da Solidariedade, a ser realizada em setembro e a Festa dos Santos Mártires André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus companheiros, em 3 de outubro. Por tudo isso, demos graças ao Senhor nosso Deus, pois Ele conduzirá com bênçãos e graças o Ano Novo que se inicia.

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A ORDEM | Entrevista

Hospital Varela Santiago é exemplo em gestão e atendimento infantil Unidade hospitalar filantrópica tem mais de 100 anos e um trabalho consolidado junto à população do Rio Grande do Norte

Referência no atendimento eletivo de crianças de todo o Rio Grande do Norte, além de acolher pacientes de outros estados, o Hospital Infantil Varela Santiago, localizado na capital potiguar, se destaca na excelência e desempenho de suas atividades. Dirigido há 19 anos pelo otorrinolaringologista Paulo Xavier, a instituição dispõe de uma ampla estrutura para o atendimento infantil, contando com 110 leitos, sala da cirurgia, ambulatório, UTI Neonatal, enfermaria, auditório, além de um espaço de apoio para as mães que estão com filhos em atendimento. Trata-se da Casa de Apoio Nazinha Lamartine, que foi reformada e reinaugurada no último dia 12 de dezembro. Segundo o diretor da unidade, são feitas aproximadamente 400 cirurgias por mês, além de contar com 16 leitos para atendimento oncológico infantil. A Ordem: Qual a importância do hospital no atendimento infanto-juvenil no estado? Dr. Paulo: Estou à frente do hospital há 19 anos e, ao chegar aqui, encontramos muitos obstáculos que eram considerados difíceis de ultrapassar, mas, graças a Deus, conseguimos. E isso vai muito do nosso propósito. Nós trabalhamos no hospital sempre no caminho da igualdade. Hoje, o Varela Santiago é um hospital respeitado no Brasil e a gente busca sempre levar a dignidade para os pacientes que procuram os serviços oferecidos. A Ordem: Quais são os serviços oferecidos, hoje, pela instituição? Dr. Paulo: Nós somos os maiores fornecedores de tratamento de pediatria no estado. O hospital realiza, hoje, mais de 400 cirurgias por mês, que vão desde uma simples cirurgia de amídalas até os grandes tumores cerebrais. Nós temos um setor para o tratamento de câncer, que foi o primeiro implantado no Rio Grande do Norte. Hoje, contamos com 8| Janeiro de 2019

16 leitos para atendimento oncológico, que vive lotado. O hospital possui 110 leitos e atende todo o estado e fora dele. Já recebemos crianças da Paraíba e Pernambuco. A gente não faz distinção. Na hora que a criança chega, precisa de um tratamento. Para nós, não importa de onde ela vem. A gente trabalha também na qualidade das acomodações. Nós ainda temos muito o que fazer. Inauguramos no último dia 12 de dezembro, a nova sede da Casa de Apoio Nazinha Lamartine, um espaço moderno e amplo, para dar assistência aos acompanhantes das crianças em tratamento na instituição. Antes da reforma, a gente tinha poucos leitos e, hoje, estamos com mais de 20, o que amplia o acolhimento a essas mães e pais. A casa oferece abrigo, alimentação, material de higiene pessoal e hospitalar, além de todo o apoio psicológico, lazer e oficinas de capacitação profissional, com direito a três alimentações diárias. A Ordem: Quais sãos os maiores desafios que o senhor enfrenta na con-

dução e administração do Hospital Varela Santiago? Dr. Paulo: Tivemos muitos obstáculos e, graças a Deus, conseguimos vencer todos eles. Graças à contribuição solidária da população, conseguimos adquirir mais espaço físico que será destinado à melhoria da estrutura. A gente precisou adaptar o prédio antigo para um hospital. Temos, hoje, enfermarias com 20m² para comportar cinco mães e cinco crianças, o que torna inviável. Na época, tomamos essa medida pela necessidade. Nossa meta é a construção de um anexo para acomodar essas mães com dignidade, porque as atuais acomodações deixam muito a desejar. A Ordem: Nesses 19 anos à frente do Hospital Varela Santiago, o que mais lhe tocou? Dr. Paulo: São milhares de emoções. Quando assumimos o Varela Santiago, lá já existia UTI e crianças internadas tratando o


Entrevista | A ORDEM Fotos: Rivaldo Jr.

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A ORDEM |Entrevista câncer. Nos primeiros dias, nós tentamos comprar os ingredientes para preparar o quimioterápico. Ligamos para São Paulo e a vendedora disse que só poderia fornecer a medicação mediante pagamento antecipado. Nessa época, o hospital não tinha dinheiro e muito menos crédito para adquirir. Juntamente com outros dois diretores, tiramos dinheiro da nossa conta para aquisição desse tratamento e eu fiquei pensando: “como morre o pobre”, seja de qual doença for. Graças a Deus, hoje, a gente consegue oferecer esse tratamento para essas crianças. Isso marca muito a gente, além das histórias que a gente ouve, diariamente, nos corredores do hospital. A Ordem: O que esse trabalho representa para o senhor? Dr. Paulo: Representa, hoje, a minha vida. O sucesso de qualquer gestão é você ter o prazer de fazer aquilo e aqui tenho esse prazer. Quando amanhece o dia, eu já tomo café e saio louco para ir trabalhar no Varela Santiago. Eu sempre fui adepto de solucionar problemas. Desde a minha vida particular até a vida no hospital, eu vivi para solucionar problemas, criando e imaginando como é que eu vou fazer. Eu sempre ando olhando para o horizonte e é por isso que cheguei aonde cheguei.

“Tivemos muitos obstáculos e, graças a Deus, conseguimos vencer todos eles. Graças à contribuição solidária da população, conseguimos adquirir mais espaço físico que será destinado à melhoria da estrutura. A gente precisou adaptar o prédio antigo para um hospital”

Tomógrafo que foi adquirido graças à campanha de compra de camisetas da Copa do Mundo 10| Janeiro de 2019


| A ORDEM

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A ORDEM | Reportagem

2019: último ano de vigência do Marco Referencial Pastoral André kinal

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Reportagem | A ORDEM

Com entrada em vigor no ano de 2016, o Marco estabeleceu sete metas pastorais para a Arquidiocese de Natal

A

Por Cacilda Medeiros

55ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, realizada no final de 2015, aprovou o Marco Referencial da Ação Pastoral, para uma vigência de 2016 a 2019. O processo de construção do Plano foi iniciado em julho de 2015, assessorado por Domenico Corcione, especialista em planejamento estratégico, implementado a partir do método SWOT (FOFA, em português) – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. O Marco Referencial estabelece sete metas e respectivas estratégias, construídas com base nos problemas-desafios constatados em uma visão diagnóstica, num processo coletivo, que envolveu paróquias, zonais e vicariatos. As metas estabelecidas são: 01) Formação missionária integral; 02) Setorização fortalecida em todas as paróquias; 03) Arquidiocese comprometida na luta pelo acesso e proposição de políticas públicas; 04) Uso eficaz dos meios de comunicação social em favor de um maior compromisso pastoral e evangelizador; 05a) Setor Família fortalecido; 05b) Setor Juventude fortalecido; 06) Estruturas pastorais da Arquidiocese mais descentralizados; 07) Devoção aos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu. Em todas elas, no decorrer destes três anos, já foram realizadas ações, relacionadas às estratégias, bem como ainda faltam ser realizadas algumas atividades, previstas para 2019. FORMAÇÃO MISSIONÁRIA De acordo com o coordenador da Comissão Missionária Arquidiocesana (COMIPA), Diácono Haroldo Lima, toda ação correspondente à meta 01 segue o tema: Igreja em estado permanente de missão. “Precisamos compreender que a Igreja, em sua essência, é missionária”, diz o Diácono. Segundo ele, uma das atividades já realizadas nestes anos foram as Semanas Missionárias, reunindo todas as forças missionárias – crianças, adolescentes, jovens e adultos. A Semana Missionária é realizada uma vez por ano, em uma das paróquias da Arquidiocese. A terceira missão arquidiocesana foi realizada de 12 a 14 de outubro de 2018, na Paróquia de Nossa Senhora da ConJaneiro de 2019 |13


A ORDEM | Reportagem Fotos: Cacilda Medeiros

Participantes da assembleia pastoral arquidiocesana, novembro/2018

Assembleia realizada em fevereiro de 2016 aprovou o Marco Referencial

Assembleia pastoral arquidiocesana, novembro/2017

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Reportagem | A ORDEM

ceição, em Santo Antônio, reunindo missionários de várias outras paróquias. Para 2019, a novidade será a realização do mês missionário extraordinário, no mês de outubro, a pedido do Papa Francisco. De acordo com o Diác. Haroldo, em reunião com Dom Jaime, arcebispo de Natal; Dom Mariano Manzana, bispo de Mossoró, e Dom Antônio Carlos, bispo de Caicó, foi definido celebrar o mês missionário extraordinário em nível provincial. SETORIZAÇÃO No território arquidiocesana, algumas paróquias já deram passos no processo de setorização; outras ainda estão criando os setores territoriais e pastorais. “No

Vicariato Episcopal Norte, temos algumas paróquias em um processo bem avançado de setorização, inclusive já criaram conselhos de articuladores de setores. E nesses espaços (setores) são realizadas atividades e celebrações como as festas de padroeiros e encontros da Campanha da Fraternidade”, explica o vigário episcopal norte, Padre Josino Raimundo da Silva. O vigário afirma que para 2019 a ideia é fortalecer as paróquias que já estão em um processo bem encaminhado de setorização e melhorar as que ainda estão no início do processo.

para as Instituições Sociais está organizando as pastorais, serviços, movimentos e instituições que atuam no campo social, em uma rede de articulação, à luz da opção preferencial pelos pobres, como preconiza a Doutrina Social da Igreja. “O Setor Social foi reorganizado e agora é a Rede SAR, com o objetivo de tornar visível as ações sociais que a Igreja arquidiocesana desenvolve”, explica o assessor do Vicariato, Diácono Márcio Andrade. “São várias ações, como a formação política e cidadã, através do Serviço de Assistência Rural e Urbano – SAR; o trabalho com o povo de rua, realizado por leigos e leigas da Toca de Assis; as ações das pastorais da Criança, da Saúde, da Pessoa Idosa, do Menor, além da Escola Fé e Política, Caritas e do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários – SEAPAC, que completou 25 anos de atuação, em 2018”, comenta.

COMUNICAÇÃO A meta 04 diz respeito à comunicação. “Estamos satisfeitos com o que já conseguimos realizar, no cumprimento das estratégicas da meta, em busca de um maior compromisso pastoral e evangelizador. No aspecto da formação, temos oferecido vários cursos para os agentes da Pascom e de outras pastorais, através da Escola de Comunicação da Arquidiocese. As equipes SOCIAL paroquiais da Pascom têm utiliPara vivenciar a meta 03 do zado satisfatoriamente as novas Marco Referencial, o Vicariato tecnologias para propagar a fé

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A ORDEM | Reportagem católica. Temos, também, trabalhado para consolidar a Pastoral da Comunicação, em todas as paróquias”, comenta o coordenador arquidiocesano do Setor de Comunicação, Padre Rodrigo Paiva. Em dezembro de 2018, havia equipe da Pascom em 90 paróquias da Arquidiocese. Para 2019, o foco é ter equipes da Pascom atuando e fortalecidas em 100% das paróquias. “No primeiro semestre, vamos trabalhar para implantar a pastoral nas paróquias onde ainda não há equipe e, no segundo semestre, fortalecer as equipes já existentes”, informa o coordenador.

Domenico Corcione assessorou na elaboração do Marco

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FAMÍLIA De acordo com Rosângela Ferreira, da articulação arquidiocesana do Setor Família, foram realizadas muitas formações que contribuíram para o fortalecimento do Setor. “Nestes anos, tivemos muitas formações realizadas em parcerias, especialmente com o Conselho Regional de Economia (CORECON) e com o Instituto Caná para a Família. Ainda podemos o Congresso Nacional do Segue-me, sediado pela Arquidiocese de Natal, realizado em outubro de 2018”, comenta. Para 2019, Rosângela diz que o Setor pretende intensificar a divulgação do Instituto Caná, ampliando os atendimentos e formações; dar maior apoio ao programa Retrouvaille e estudar a Exortação Apostólica Amoris Laetitia, do Papa Francisco.


Reportagem | A ORDEM JUVENTUDE Na meta que trata da juventude, alguns passos foram dados, conforme informações do coordenador arquidiocesano do Setor Juventude, Padre Andreson Madson. “Nós trabalhamos para a descentralização do Setor, elegendo os articuladores de zonais e os referenciais para cada Vicariato. Também, alinhados à meta 7, que trata da devoção aos Santos Mártires, realizamos o Acampamento das Juventudes, em outubro de 2018, no Santuário dos Mártires, em Uruaçu. Além disso, tivemos as reflexões acerca do Sínodo dos Bispos sobre a juventude”, conta Padre Andreson. Ele também destaca o trabalho feito em conjunto em as outras duas dioceses do Estado – Mossoró e Caicó. “As coordenações diocesanas vêm se reunindo periodicamente e tivemos um encontro estadual para lideranças, em Açu”, explica. Segundo o coordenador, para 2019, a pretensão é consolidar um material que ajudará na formação dos grupos de jovens, nas paróquias; a realização de uma missão jovem e assembleia da juventude em cada vicariato e uma em nível arquidiocesano. DESCENTRALIZAÇÃO “Estruturas pastorais da Arquidiocese mais descentralizadas”. Esta é a meta 06 do Marco Referencial. Segundo a secretária do Vicariato Episcopal Sul, Irmã Maria José, as duas principais conquistas desta meta são a

criação do secretariado para cada Vicariato (Norte, Sul e Urbano) e o fortalecimento dos Conselhos Pastorais Paroquiais. “Os secretariados têm a missão de planejar ações, em nível de Vicariato, e acompanhar os zonais”, explica a religiosa. A Irmã Maria José lembra que ainda é necessário criar e fazer funcionar coordenações para as várias pastorais, nos Vicariatos. DEVOÇÃO AOS MÁRTIRES A última meta do Marco Referencial diz respeito à devoção aos Mártires. Após a canonização, em outubro de 2017, o arcebispo, Dom Jaime, criou dois grupos de trabalhos (GTs) para pensar ações nos locais de devoção aos Mártires de Cunhaú e Uruaçu. “A gente percebe uma maior procura dos fiéis por visitarem a capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú, e o Santuário de Uruaçu”, diz o pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, em Canguaretama, Padre José Pereira Neto. Nesses dois locais, também foram feitas algumas melhorias na infraestrutura. Na capela de Nossa Senhora das Candeias, há celebração de missa aos domingos, das às 10h30. No primeiro domingo, a missa é celebrada no Santuário Chama de Amor, às 10h, com oração de cura e bênção das velas. Em Uuaçu, há celebração de missa aos domingo, às 10 horas, e todo dia 3, às 15h30, adoração ao Santíssimo Sacramento e missa votiva aos Santos Mártires.

O processo de construção do Plano foi iniciado em julho de 2015, assessorado por Domenico Corcione, especialista em planejamento estratégico, implementado a partir do método SWOT

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A ORDEM | Artigo

O que são as Políticas Públicas? Durante a campanha eleitoral chamamos a atenção de nossos leitores para a importância das políticas públicas para as classes sociais mais vulneráveis. E o que são as políticas públicas? Alguns indagam. Respondendo, diremos que são ações e programas desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos humanos fundamentais que estão previstos na Constituição Federal e em outras leis. O planejamento, a criação e a execução dessas políticas deve expressar as reais necessidades da população e precisam ser articuladas e assumidas em conjunto pelos três Poderes que formam o Estado: Legislativo, Executivo e Judiciário. Tanto o Poder Legislativo quanto o Executivo podem propor políticas públicas. O Legislativo cria as leis referentes a uma determinada política pública e o Executivo é o responsável pelo planejamento de ação e pela aplicação da medida. Já o Judiciário faz o controle da lei criada e confirma se ela é adequada para cumprir aquela finalidade. Essa é a principal razão da existência do Estado e a missão irrenunciável do gestor público: administrar a “coisa” (res) pública em benefício da coletividade do povo, que trabalha e com seus tributos financia e mantém em funcionamento a máquina pública. Nunca devemos esquecer de que os agentes políticos e servidores públicos dos três poderes da República são os empregados da cidadania para garantir a efetivação das políticas públicas. A sua execução é tão importante para o bom funcionamento da sociedade que, desde 1989, existe a carreira de especialista em políticas públicas. De acordo com a lei que criou esse encargo, o especialista em políticas públicas é o profissional especializado

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Diác. Francisco Teixeira Assessor jurídico da Arquidiocese de Natal

na formulação, planejamento e avaliação de resultados de políticas públicas. Para que elas possam atender as principais necessidades da sociedade é importante que os cidadãos também participem do processo de escolha dando a sua opinião. Isso pode acontecer de diferentes maneiras, dependendo da esfera de governo. O governo federal possibilita a participação através de consultas feitas com a população. Para ver a lista completa das consultas abertas acesse o site do Portal Brasil. Outra maneira de colaborar é através do site mudamos.org. Você pode enviar uma proposta para um projeto de lei ou dar o seu voto nos projetos já enviados. Nos estados e nos municípios a informação sobre as formas de participação, como o orçamento participativo, pode ser obtida nas secretarias de governo ou secretarias de políticas públicas do estado ou da prefeitura da sua cidade. Essa informação também pode ser encontrada no Portal da Transparência. A Lei da Transparência - lei complementar nº 131/2009 - estabeleceu que a participação do cidadão na formulação das políticas públicas deve ser incentivada pelos governos. Por serem programas relacionados com direitos que são garantidos aos cidadãos pela Constituição Cidadã de 1988, as políticas públicas existem em muitas áreas. São exemplos: educação, saúde, trabalho, segurança, moradia, assistência social, meio ambiente, transporte, cultura, terra, lazer, entre outras. Como cidadãos ativos, lutemos e atuemos junto aos governantes e parlamentares, para que essas políticas públicas básicas tornem-se concretas, no Município e no Estado onde vivemos, que sejam executadas, com qualidade, por todas as esferas de governo do País.


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A ORDEM |Paróquias Rivaldo Jr.

Igreja matriz

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C

om mais de 300 anos de história, o bairro da Vila de Ponta Negra, que originou o bairro de Ponta Negra, é um dos mais tradicionais da capital potiguar, que foi povoado principalmente pela população de pescadores que se reuniram no local, em virtude da atividade da pesca. A religiosidade também foi marca presente da comunidade, que ergueu uma capelinha na localidade, que mais adiante, em virtude da ação da natureza, se deteriorou-se. Conta-se que essa primeira Igreja foi construída pelo padre João Maria, por volta do ano 1823. Tempos depois, na década de 1940, foi erguida uma nova capela. O alicerce da Igreja foi composto por pedras da praia de Ponta Negra, trazidas pelos próprios pescadores. Em 29 de agosto de 2011, a comunidade foi elevada a Paróquia, pelo então arcebispo de Natal, Dom Matias Patrício de Macedo, sendo desmembrada da Paróquia de Santa Rita de Cássia, em Ponta Negra. Atualmente, quem está à frente dos trabalhos pastorais é o padre Humberto Negreiros. VIDA PASTORAL Padre Humberto conta que, atualmente, a Paróquia conta com diversos grupos de pastorais, movimentos e serviços. “Temos, ao todo, em torno de 25 grupos pastorais. Estamos em um processo de estruturação setorial e das atividades paroquiais”, conta. No próximo dia


Paróquias | A ORDEM

São João Batista: Paróquia que nasceu em uma colônia de pescadores 20 de dezembro, a Paróquia vai vivenciar a assembleia pastoral, para a elaboração do plano paroquial, com base nas orientações do Marco Referencial Arquidiocesano, que vai ficar em vigência até o final deste ano. Fátima Carvalho, articuladora paroquial que reside há 28 anos no bairro conta que, neste ano, foram implantados novos grupos pastorais. “A Rivaldo Jr.

Fátima Carvalho, articuladora paroquial

Paróquia implantou a Pastoral da Pascom Vila de Ponta Negra Comunicação, Pastoral Familiar e Pastoral da Sobriedade. Também fizemos a implantação do Apostolado da Oração. Inclusive, no último dia 20 dezembro, recebemos a peregrinação da imagem do sagrado Coração de Jesus, em virtude do jubileu do movimento”, conta. Ainda de acordo com Fátima, para este ano, a Paróquia vai implantar a missa votiva a São Mateus Moreira. A comunidade conta com uma capela dedicada ao santo. Lá, todo dia 03 de cada mês, acontece a recitação do terço de São Mateus Moreira, sempre às 19h. Neste ano, a ideia é também fazer uma celebração Pe. Humberto Negreiros, administrador eucarística votiva neste dia. paroquial Do ponto de vista social, a Paróquia cede o espaço do centro pastoral para a realização Endereço de atendimentos semanais, nas Rua Manoel Coringa de Lemos, 441 – áreas de nutrição e fisioterapia, Vila de Ponta Negra – Natal/RN além de abrigar a reunião de Al- Telefone: (84) 99987-2257 Instagram: @psjbpontanegra coólicos Anônimos, aos domingos. A comunidade também tem atuação dos Jovens Shalom e da Horários de missa Pastoral da acolhida, que foi re- Terça a sábado – 19h centemente implantada. A comu- Domingos – 07h/ 19h nidade vive ainda a Festa de São Missa de cura – Toda 1º terça – 19h Sebastião. No próximo dia 19, vai acontecer a tradicional missa e Funcionamento da secretaria procissão na comunidade, a par- paroquial Quartas e quintas, das 14h às 19h tir das 07h, na Igreja matriz.

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A ORDEM | Parรณquias

Itajรก: parรณquia nova com igreja centenรกria Geiza Cruz

Igreja Matriz de Sรฃo Vicente Ferrer

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Paróquias| A ORDEM A Paróquia de São Vicente Ferrer, com sede na cidade de Itajá, foi criada em 26 de novembro de 2017, sendo desmembrada da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de São Rafael. O primeiro pároco é o Padre Antônio Gomes da Silva. Apesar de ser uma paróquia nova, a Igreja Matriz completará cem anos de construção, em 1921. “A igreja de São Vicente teve a construção iniciada em 1918 e foi concluída em 2021”, conta o pároco. Nos primeiros anos de sua história, a comunidade de Itajá (chamada “Saco”) era distrito do município de Santana do Matos e ligada à Paróquia de São Rafael. Em 1956, com a criação da Paróquia São João Batista, em Pendências, Itajá (Saco) passou a pertencer à nova paróquia. Padre Jaime Vieira Rocha, hoje, arcebispo de Natal, deu assistência religiosa à comunidade, na época em que foi pároco de Pendências. “Itajá foi emancipada politicamente em 26 de junho de 1992. Naquele ano, eu também fui nomeado pároco de São Rafael, que era uma paróquia com um único município. Então, conversei com Dom Alair Vilar e pedi que o município de Itajá passasse a integrar a paróquia de São Rafael, o que aconteceu em 17 de julho de 1992”, explica Padre Antônio Gomes. De acordo com o padre, Itajá sempre foi bastante independente em sua dinâmica pastoral e comunitariamente. “Muitas ações foram realizadas em mutirão, pela comunidade. A própria igreja foi

construída em forma de mutirão”, diz o pároco. Com isso, a comunidade sempre sonhava em se tornar paróquia, embora faltasse estrutura física: a igreja e a casa paroquial pequenas e não contava com um salão para as atividades pastorais. Enfim, o sonho se concretizou, em novembro de 2017. Atualmente, Itajá conta com a Igreja Matriz e com as capelas de São Francisco, na comunidade Acauã; de Santa Teresinha, no Barro Vermelho; de São Francisco, no bairro São Manoel, e a de Santa Luzia, no bairro de Iguaraçu, onde está sendo construída a residência do padre. A comunidade de Araras, às margens da Barragem Armando Ribeiro, também está dando passos para a construção da capela de Nossa Senhora Aparecida. A festa do padroeiro, São Vicente Ferrer, é celebrada no mês de abril. AÇÃO PASTORAL De acordo com Padre Antônio, a ação pastoral no Itajá é dinâmica, graças à atuação de suas pastorais, movimentos e serviços: Liturgia, Batismo, Catequese, Criança, Juventude, Comunicação, Dízimo e Familiar, Encontro de Casais com Cristo, Terço dos homens e Oficinas de Oração, que atuam nas comunidades e setores missionários São Vicente, São Francisco, Santa Teresinha e Santa Luzia. “Trabalhamos num esforço conjunto, à luz do Plano Pastoral Arquidiocesano, de fazer da Paróquia uma ‘rede de comunidades’, como orienta o Documento 100, da CNBB – Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”, diz o pároco.

Cedida

Pe. Antônio Gomes, pároco ENDEREÇO Av. José Juscelino Barbosa, 280 Centro – Itajá/RN E-mail: paroquiadeitaja@gmail.com SECRETARIA PAROQUIAL Funciona de segunda a sexta, das 8h às 12h, e, aos sábados, das 15h às 19 horas. HORÁRIOS DE MISSAS . Domingo –17h (Matriz) e 19h (Santa Luzia) . 1ª sexta-feira – 19h30 (Matriz) . Sábado – 17h (Santa Teresinha) e 19h30 (São Francisco – bairro São Manoel) SAIBA MAIS www.facebook.com/saovicente.ferreritaja.5 www.instagram.com/saovicenteitaja

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A ORDEM | Reportagem

Uso de novas tecnologias representa desafio para educação escolar Escolas têm buscado se adaptar a essa nova realidade, inserindo ferramentas digitais nas aulas e atividades curriculares dos alunos 26| Janeiro de 2019


Reportagem | A ORDEM Por Luiza Gualberto Nos últimos anos, o crescimento tecnológico tem sido rápido e, hoje, não temos como imaginar a realização de atividades corriqueiras sem a presença da tecnologia, em suas variadas plataformas. Na educação escolar, os aparatos tecnológicos já fazem parte do ambiente de ensino, o que gera um desafio, não só para o gestor, mas para o quadro docente. Segundo o portal Plataforma Educacional, especializado em ferramentas na área da educação, fazer uso da tecnologia já é uma necessidade inadiável, reconhecida por todo profissional do ensino, que anda atualizado com as últimas tendências na área. O portal orienta ainda que não basta somente adquirir as ferramentas tecnológicas, mas saber utilizá-las, para melhor compreender como empregá-las, efetivamente, no aprendizado dos alunos e no dia a dia dos professores. De acordo com o consultor em marketing, com atuação no marketing educacional, Bruno Félix, com o advento das redes sociais, por exemplo, a escola necessita se comunicar digitalmente. “Muitas escolas ainda não se atentaram às mudanças do perfil do aluno, principalmente com o crescimento da robótica, da inteligência artificial e da tecnologia como um todo. Existe um novo aluno na sala de aula e o professor dever estar atento e atualizado para lidar com esta nova realidade”, conta. Entre os colégios católicos de Natal, a tecnologia já integra a metodologia escolar. A Rede Salesiana de ensino no Rio Grande do Norte passou a adotar, por exemplo, livros digitais e uma espécie de robô para se comunicar com as crianças. É o que explica a psicopedagoga e gestora do Serviço de Aperfeiçoamento Pedagógico do Salesiano RN, Ana Cristina Gomes. “A escola trabalha com material digital a partir do 6º ano. Utilizamos um livro digital que é acessível em várias plataformas. Na educação infantil, trabalhamos com um robô, que auxilia, por exemplo, trazendo soluções criativas para um problema. Para utilizar esses aparatos tecnológicos, fazemos uma formação continuada com o corpo docente. O

professor tem que dominar o conteúdo, estudar e ir além, entendo esse novo universo digital”, reforça. De acordo com o diretor do Colégio Marista de Natal, Ir. Assis Brito, pensar na escola antenada com o futuro é mais do que falar do espaço escolar e das novas tecnologias. “Pensar nessa perspectiva, remete-nos à busca de mais perguntas para o espaço de aprendizagem, pois os nossos estudantes estão cheios de respostas encontradas nos compartilhamentos rápidos de informações da internet, esperando oportunidades estimulantes para o diálogo e para a socialização dessas informações, encontradas nos espaços de navegação”, comenta. Ainda segundo o Ir. Assis, o Marista responde à essa realidade por meio da gestão, oferecendo uma proposta de espaço continuado de formação para os educadores. Em relação aos alunos, a escola dispõe de diversas ferramentas, entre elas, uma plataforma de educação à distância, chamada Ne@d, que possibilita o compartilhamento de material de estudo e avaliações online. Além disso, o colégio conta com um laboratório de informática com programas que garantem uma aula mais dinâmica, bem como, salas de aula com ferramentas tecnológicas, possibilitando ao professor, maior gama de recursos.

“Muitas escolas ainda não se atentaram às mudanças do perfil do aluno, principalmente com o crescimento da robótica, da inteligência artificial e da tecnologia como um todo. Existe um novo aluno na sala de aula e o professor dever estar atento e atualizado para lidar com esta nova realidade”

Cedida

Bruno Félix, consultor em marketing educacional Janeiro de 2019 |27


A ORDEM | Personalidade

Catequista do testemunho, profeta dos versos Semião Paulino do Nascimento, homem de fé e coragem, do alto de seus 84 anos continua a dar testemunho do Cristo Libertador para os que têm a sorte de conhecê-lo. Desde cedo, sentiu na pele a aspereza da vida de pobreza, sem assistência de saúde, com pouco alimento e muito trabalho. Sem tempo para brincar e sem escola para estudar, foi alfabetizado por seu pai por meio das letras dos cordéis adquiridos na feira. As dificuldades impostas pela vida não lhe roubaram a capacidade de sonhar. Pela métrica dos cordéis seu genitor contava noticias do mundo e incentivava-o a imaginar uma vida melhor, onde todas as crianças, e também adultos, teriam escola, comida e moradia. Ainda menino, aprendeu nos árduos ofícios da pesca e da agricultura, a valorizar o “pão nosso de cada dia” e a frater-

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Por Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo de Natal

nidade comunitária. As exigências da realidade fizeram-no desenvolver muitas competências como a de zeloso agricultor familiar, pescador, pedreiro, marceneiro, encanador, artesão, sindicalista e militante político. Tudo isso o colocou à disposição da vida comunitária e da Igreja. Por volta dos anos 1970, com as irmãs Aloísia Gerhardinger e Verônica Machado, percorreu os acidentados caminhos que cruzam os terrenos da fé e da política e, munido de solidariedade e de amizade experimentou a vivência de uma catequese que cuida, acolhe e liberta. Semião com firmeza e ternura liderou a empreitada da construção de casas populares, escolas e igrejas como prenúncio de salvação da inteireza humana que se compõe do corpo e da alma. Sob a orientação de Dom Antônio Costa, de Monsenhor Expedito e Monsenhor Lucena experimentou a força transformadora do método “Ver-Julgar-Agir”, primeiro na colônia dos pescadores, em São Bento do Norte, e, depois, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Touros. Como leigo engajado, participou da primeira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT), da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Centro de Educação e Cultura dos Trabalhadores Rurais (CENTRU) e, longe do lugar da vitimização e do fundamentalismo, assumiu o compromisso de luta pela dignidade humana e justiça social. No serviço de Assistência Rural (SAR), da Arquidiocese de Natal, na aproximação com o Movimento dos Sem Terra (MST) e na Pastoral dos Pescadores acompanhou a saga dos que lutavam por um pedaço de terra para morar e nutrir o próprio sustento. Hoje, residente em Ceará-Mirim, continua a dar seu testemunho batizado como animador da comunidade e um agente de pastoral atuante na Animação dos Cristãos do Meio Rural (ACR). Fazendo-se “Sal da terra e luz do mundo” (Mt 5 13-14) permanece acreditando no compromisso social da Igreja cujo lema “pobres evangelizando pobres” recompõe a promessa de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em plenitude” (Jo 10,10b). Obrigado, Semião, pelo seu testemunho de cristão.


Juventude

Saúde | A ORDEM

Pe. Andreson Madson do Nascimento

Coord. arquidiocesano do Setor Juventude

Uma nova primavera Em outubro de 2018, em Roma, foi realizado o Sínodo dos Bispos para a Juventude, atendendo ao pedido do Santo Padre, o Papa Francisco. Estiveram bispos do mundo inteiro e jovens representando diversas nacionalidades, para trabalhar o tema: “O jovem, a fé e o discernimento vocacional”. O que vimos durante este período foi uma constante e feliz movimentação da Igreja e das juventudes em torno do nosso Papa Francisco, para de forma concreta e objetiva, atualizarmos o campo missionário e evangelizador do trabalho com as juventudes. De certo, ao final do Sínodo, foi publicado o documento final do Sínodo da Juventude. O Sínodo não quis só responder questões; ele quis levar os jovens, a Igreja e sociedade como um todo a levantar sonhos e esperanças para vencer os desafios que assolam as juventudes, no tempo presente Nas edições que se seguem, da revista A Ordem, iremos apresentar as principais forças que resultaram deste grande momento para nossa Igreja e para a juventude como um todo, tratando, também, de buscar traduzir e atualizar o que ecoou do sínodo para a nossa realidade arquidiocesana. Aproveitemos deste tempo, e somemos esforços para construirmos cada vez mais espaços de uma juventude comprometida com a fé, buscando discernir o verdadeiro sentido da vida cristão: sentir-se amado (a) por Deus.

A vitamina D e seus benefícios

Por Márcia Roque Braz nutricionista

A vitamina D é essencial para o equilíbrio de diferentes órgãos e funções do organismo. Responsável por regular a absorção de cálcio e fósforo, ela mantém o cérebro funcionando perfeitamente, além de fortificar ossos, dentes e músculos, inclusive o coração. Importante na prevenção da osteoporose, a vitamina D também pode estar relacionada à expectativa de vida. A carência de vitamina D pode provocar alterações cerebrais. Pesquisas recentes apontam que a deficiência de vitamina D também está relacionada a altos níveis de marcadores inflamatórios, aumento da pressão arterial, mais fraturas, obesidade e diabetes. Em crianças, ainda há risco de raquitismo. O sol tem importância vital para a absorção de vitamina D, mas não é preciso exagerar. Recomenda-se 10 minutos diários de sol, antes das 10h, mas não é preciso ir à praia todos os dias. Simples atividades, como a prática de exercícios ao ar livre ou a caminhada até o ponto de ônibus já são suficientes. Também é possível encontrar fontes ricas de vitamina D na alimentação. A maior concentração está nos peixes de água salgada, como salmão, arenque e sardinha, além de ovos, carne, leite e manteiga.

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A ORDEM | Artigo

Dom Bosco: uma vida dedicada à juventude “A juventude é a porção mais delicada e preciosa da sociedade humana”, assim dizia o homem que decidiu fazer da sua vida uma luta incansável pela juventude. Dom Bosco, nascido aos 16 dias de agosto de 1815, na Itália, teve aos 9 anos, através de um sonho, a sua missão de vida revelada: lutar pela conversão dos jovens e pela sua dignidade. O fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales, tratava a juventude como a sua “terra prometida”, onde ele via o cumprimento da promessa de Deus feita em sua vida. Dom Bosco nasceu em família humilde, e muito precisou fazer para ajudar o irmão mais velho e a mãe no sustento da família. Porém, nunca se deixou abater pelas adversidades impostas pelo conturbado período enfrentado pela Europa daquela época, marcada pelo avanço da industrialização e a exploração do trabalho humano em fábricas. Tornou-se assim, um grande exemplo para a juventude daquele período, e até hoje inspira a vida de tantos outros jovens frequentadores dos diversos oratórios espalhados pelo mundo. O Pai e Mestre da Juventude não se contentava em oferecer pão, instrução e perspectivas de um futuro melhor aos jovens dos quais cuidava, e foi por isso, que o seu projeto educativo se propunha a mudar as estruturas injustas existentes para a juventude, porém de uma forma simples e eficaz. Dom Bosco acreditava que o educador deveria ter pulso e corrigir os defeitos, mas deveria também saber estimular as potencialidades, levando os jovens a amar as virtudes que lhe trariam a felicidade duradoura. Ele vivenciou de forma espetacular esse desafio de ganhar a juventude em meio a tantas situações que criavam um ambiente propício ao afastamento de Deus. Por isso, o seu 30| Janeiro de 2019

método educativo recebia o nome de preventivo e não repressivo. Em sua forma peculiar de lidar com a juventude, Dom Bosco sempre enfatizava a importância de conquistar os jovens através da alegria. Dessa forma, buscava, por meio de brincadeiras e em um convívio amoroso dar conselhos e desafiar aos jovens a repetir as boas ações dos santos. Dom Bosco exclamava como Davi “Sirvamos ao Senhor com alegria”, sempre afirmando que um cristão triste não poderia ser um bom cristão, e que a comunhão e confissão deveriam sempre estar presentes na vida dos jovens, para que assim o Senhor pudesse tomar posse de seus corações, antes que o pecado o fizesse. A vida e obra de Dom Bosco muito nos ensinou sobre a forma como lidar com os jovens. E hoje nos faz refletir sobre como podemos atuar para salvar a nossa juventude tão entregue aos caminhos maus, cercados pela violência e falta de compaixão. Onde, ao contrário do que pregava o santo padroeiro da juventude, a individualidade fala mais alto e onde o amor ao próximo procura abrigo.

Vitória Élida Jornalista, integrante da Equipe Suporte, na Paróquia de São João Bosco, no Gramoré, Natal

“O Pai e Mestre da Juventude não se contentava em oferecer pão, instrução e perspectivas de um futuro melhor aos jovens dos quais cuidava”


| A ORDEM

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A ORDEM | Vida pastoral

Pastoral da Educação é implantada na Arquidiocese de Natal Divulgação

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Vida pastoral | A ORDEM Por Cione Cruz

Comissão é composta por representações de instituições de ensino, instituições religiosas, assim como a Associação Nacional da Educação Católica do Brasil (ANEC)

A Arquidiocese de Natal está implantando a Pastoral da Educação, que tem o objetivo geral de promover, articular e organizar ações evangelizadoras no mundo da educação, compreendido como pessoas, famílias, instituições e ambientes relacionados à educação, com a finalidade de ser sinal do Reino de Deus e de ajudar a construir um ser humano fraterno, livre, justo, consciente, comprometido e ético. Para a implantação dessa pastoral, foi criada a Comissão Arquidiocesana Pastoral para a Cultura e Educação, cujo documento norteador é o Documento 110 “Pastoral da Educação – estudos para diretrizes nacionais”, da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil). Segundo o pedagogo Marcio Azevedo, articulador diocesano e membro da Escola Diaconal da Arquidiocese, essa comissão está planejando a ação pastoral. Esse planejamento prevê algumas dimensões, tais como a da Comunicação, que pretende sensibilizar os paroquianos s obre a importância dessa Pastoral, através de um plano de mídia que utilizará redes sociais como Instagram, Twitter e Facebook; a Missão, para desenvolver ações efetivas, visando a divulgação e a ação pastoral nas paróquias; além da Formação, que prevê a organização e realização de eventos, encontros e palestras. Essa comissão, segundo afirmou

Marcio Azevedo, conta com 16 representações de instituições de ensino, instituições religiosas, assim como da Associação Nacional de Educação Católica do Brasil“ seção RN (ANEC). A proposta da Pastoral, afirmou, é garantir a presença evangelizadora da igreja no campo da educação, na reflexão-ação conjunta envolvendo a igreja e as instituições formais da educação, prestar um serviço estruturado para desenvolver ações com educadores católicos comprometidos com o testemunho de Fé e de ação evangelizadora, além de firmar um pacto educativo entre a família, a escola, o Estado e a Igreja. Algumas ações concretas para 2019 já estão sendo planejadas, como o envolvimento, diretamente, com as atividades da campanha da fraternidade, o desenvolvimento de um projeto educativo junto a uma escola de educação infantil da comunidade e a realização de um seminário sobre Humanismo Solidário. Esse tema, informou Marcio Azevedo, segue uma orientação da Congregação para a Educação Católica, vinculada ao Vaticano, para que seja feita uma reflexão sobre o assunto. SERVIÇO Contatos com a nova pastoral poderão ser feitos através do e-mail peeducacao@arquidiocesedenatal.org.br, ou pelo telefone (84) 99922.1130.

Cedida

Comissão da Pastoral da Educação na Arquidiocese de Natal Janeiro de 2019 |33


A ORDEM | Notas Fabiano de Lima

Halleluya Natal reúne mais de 90 mil participantes

O Festival Halleluya reuniu, de 14 a 16 de dezembro, mais de 90 mil pessoas no anfiteatro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O evento foi promovido pela Comunidade Católica Shalom, com o objetivo de levar a cultura de paz para a cidade do Natal. Realizado anualmente, o festival superou a expectativa de público, tendo um aumento de 17 mil pessoas de 2017 para 2018. Durante os três dias de festival, mais de 1500 voluntários trabalharam. Segundo a organização do evento, foi um Halleluya surpreendente na dimensão do público, das atrações e das surpresas que tiveram na resposta de quem passou pelo anfiteatro da UFRN. O Halleluya promoveu ainda uma onda de solidariedade. No evento, foram doados cerca de 750 produtos esportivos e escolares para os projetos de promoção humana desenvolvidos pela Comunidade Católica Shalom, que visam levar dignidade e esperança para pessoas que estão à margem da sociedade.

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Horário de FUNCIONAMENTO

Durante este mês, o Centro Pastoral Pio X (subsolo da Catedral Metropolitana) funciona em horário diferenciado. O expediente vai acontecer de segunda a sexta-feira, das 08h às 14h. O horário volta ao normal a partir do mês de fevereiro. Até o próximo mês, o Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Natal, que também funciona no subsolo da Catedral vai estar em recesso. As atividades voltam ao normal a partir do dia 08 de fevereiro. O anúncio do recesso foi feito através de um decreto que está publicado no site da Arquidiocese de Natal – www.arquidiocesedenatal.org.br.

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Notas | A ORDEM

Mostra Elos entrega 37 novos cômodos aos idosos do Juvino

Barreto

Os idosos do Instituto Juvino Barreto ganharam uma instituição de cara nova. Por meio de uma iniciativa do escritório de arquitetura Renove Projetos, o abrigo foi beneficiado com a Mostra Elos, arquitetura social, que reformou 37 cômodos que vão auxiliar em uma melhor qualidade de vida para os idosos que lá residem. A exposição ao público foi realizada de 29 de novembro a 11 de dezembro. O projeto idealizado pelas arquitetas Mara Lorena, Larissa Magalhães e Juliana Maia, trouxe um formato inovador e foi abraçado por mais de 80 profissionais, entre arquitetos, designer de interiores, engenheiros e paisagistas da cidade. Entre os ambientes reformados, estão dormitórios, capelas, espaços de convivência e de terapia ocupacional. Os idosos também ganharam salão de beleza, redário, coreto, entre outros. O Instituto Juvino Barreto tem 76 anos de história, com todo o seu funcionamento feito de forma filantrópica. Canindé Soares

Redário foi um dos novos espaços que os idosos do Juvino Barreto ganharam com a Mostra Elos

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REUNIÃO DO CLERO

e articuladores trata sobre CF 2019

No último dia 20 de dezembro aconteceu a última reunião do clero e articuladores paroquiais. O tema da reunião foi a Campanha da Fraternidade 2019, que vai tratar sobre Políticas Públicas. Neste ano, a CF vai ter como objetivo estimular a participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja, para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais de fraternidade.

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sonidos

A ORDEM |Viver

um canto a mais

Proposta do livro ĂŠ levar o leitor Ă sua musicalidade interior, interpretando e descobrindo formas de pensar diferente, que sirvam para a continuidade de pensamentos coletivos

36| Janeiro de 2019


Viver

É

Milton Dantas da Silva

mais um livro de poesias, um canto a mais, rabiscos já arrumados, organizados para fazer valer o gosto poético que está em mim transportado a você. Gosto muito de tocar a vida em poesia. Nela está o poeta por instantes, escritor, ancorador, tradutor de pensamentos que estão interiorizados. Nesta musicalidade poética, mais um livro entrego a quem quiser, para dizer, para cantar, para sussurrar, interpretar, descobrir formas de pensar diferente e concluir o que vier em suas cabeças, fazendo nascer novas palavras, diagramando pensamentos outros que sirvam para a continuidade de pensamentos coletivos. Sou grato por chegar às suas mãos e adentrar ao seu coração!!! Esta obra foi produzida num ímpeto de vontade de degustar palavras, atos e não omissões, transpondo para o papel, um sentimento produto de imagens criadas a cada instante no universo dos sonhos do poeta que se encontra latente em mim, mas muito mais em você. Quero que você encontre nas entrelinhas este desejo de se tornar facilitador(a) da leitura do mundo que muitos ainda não descobriram porque não sentiram desejo. Quero estar com você em momento presencial

Milton Dantas, autor do livro “Sonidos”

| A ORDEM

para nos comunicar e contribuir em sua formação de comunicador ou comunicadora de um jeito poético, de uma maneira leve e capaz de facilitar a chegada de pensamentos ao mundo da construção comunicativa que todos precisamos. Isso pode se dar em momentos grupais interativos. Como pode ser? Organize seu grupo, venda meu livro e irei ao encontro. Entregarei a obra num contexto de palestra interativa de comunicação. Combinaremos a forma, o tempo, o local.

Outra forma de adquirir a obra é diretamente com o autor pelo telefone/whatsapp: (84)9.98865.3703 ou na sede da Pastoral da Criança, na Avenida Floriano Peixoto, 674, no bairro Tirol, em Natal.

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Viver

Liturgia

Cedida

da Palavra

Pe. Willian Bruno dos Santos Costa

Vigário Paroquial da Paróquia do Bom Jesus dos Navegantes – Touros

O canto litúrgico Santo Agostinho († 430), importante filósofo e teólogo do início do cristianismo, nos ensina que “cantar é próprio de quem ama”. Portanto, a música, que é vista por muitos especialistas como sendo um centro de equilíbrio, proporcionando ao ser humano uma agradável sensação de bem-estar e concentração, leva igualmente esse mesmo homem a buscar a virtude, que é o próprio Filho de Deus. Desta forma, a música na liturgia ganha o seu espaço não apenas como sendo um adereço superficial e sem sentido, não é exclusivamente a junção de sons, para proporcionar um prazer estético, mas para todos nós cristãos revela a Beleza Divina; é uma linguagem sagrada e santa que nos transporta até o infinito, com o intuito de adentrarmos no próprio mistério, encarnado e imolado sobre o altar. Assim, o canto litúrgico não pode ser tratado como um canto qualquer, mas deve ser escolhido com cuidado para que haja participação dos fiéis e espiritualidade no Mistério Pascal de Cristo. O canto litúrgico é um dos elementos integrantes da celebração eucarística. Para a sua escolha, nunca se deve esquecer de que o mesmo necessita remeter sempre a oração, conservando aquilo que é próprio do tempo e da parte cantada. O Ato Penitencial (Kyrie Eleison), Hino de Louvor, Salmo Responsorial, Aclamação antes da proclamação do Evangelho, Profissão de fé (Credo), Santo, Pai Nosso e Cordeiro de Deus (Agnus Dei), o que conhecemos por partes fixas da celebração, quando cantados, nunca devem ser substituídos por gostos pessoais ou outras letras que fogem do sentido original ao qual foi destinado. As demais partes cantadas, como a entrada, a

PÁGS. 36 e 37 Falta inserir a editoria: PÁG. 37 Inserir crédito da foto: Legenda: PÁG. 38

preparação das oferendas, comunhão e final, devem Na não segunda coluna, apertarcomo a frase igualmente, mesmo sendo algo fixado os“laicato na liturgia” para caber na coluna anterior exemplos anteriores, observarem aquilo que se celebra no desenrolar do Ano Litúrgico. Já o rito da paz, conforme carta da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, autorizada pelo Papa Francisco, em 2014, apresenta para todos nós que não há um “canto para a paz”, ou seja, inexistente no Rito Romano. Sendo assim, não cabe mais esse canto, apenas a saudação aos mais próximos, para expressar o gesto da paz dada por Jesus: “...eu vos dou a minha paz” (Jo 14,27). Aqui também vale recordar o “canto pós-comunhão”. O Concílio Vaticano II, na Constituição Sacrossanctum Concilium, tratando sobre a Liturgia, expressa que “a seu tempo, seja guardado o silêncio sagrado” (nº 45). Elias, quando se encontrou com o Senhor no Monte Horeb, não o encontrou “no vento, nem no terremoto, nem no fogo e sim no murmúrio de uma brisa” (1Rs 19, 9-15), ou seja, no silêncio. Desta forma, após a comunhão deveria se conservar o silêncio e não o barulho, mesmo que a música seja suave. Ainda na liturgia também podemos cantar as respostas da Oração Universal e Eucarística – próprio para o Brasil – e o grande “Amém” da Doxologia final. Por fim, queridos leitores, o principal desafio dos grupos de música deve ser revalorizar o sagrado e esquecer o barulho, seja nos instrumentos, na altura do som ou nas vozes. Como dizia o Papa Emérito Bento XVI, “onde quer que nos juntemos para cantar, louvar, exaltar e adorar a Deus, um pouco do céu se torna presente na terra”.


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A SINTONIA VAI MEXER COM VOCÊ



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